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Bachiana Filarmônica SESI-SP Maestro João Carlos Martins - Diretor Artístico e Regente Titular Primeiros Violinos: Andréa de Araújo Campos (SPALLA) • Cesar Miranda (SPALLA ASSOCIADO) • Flavio Geraldini • Felipe Moreira Santarelli • Dorin Serban Tudoras • Ana Camila Bordino • Matthew Thorpe • Anderson Lacerda • Heitor Hideo Fujinami. Segundos Violinos: Ricardo Takahashi • Rodolfo Delgado Lota • Renato Marins Yokota • Andressa dos Santos Matheus • Paulo Lucas Moura da Silva • Jonathan Cardoso dos Santos • Wagner Pereira de Souza • Sara Silva de Oliveira. Violas: Tania Augusta Campos • Marcos Fukuda • Alexandre de Leon • Irina Matzen • Danielle lima de Andrade • Eric Schafer Licciardi. Violoncelos: Ricardo Massahaku Fukuda • Sergio Schreiber de Freitas • Mayumi Ando Micheletti • Diego Francisco Araújo Mesquita • André Luis Giovanini Micheletti • Franklin Martins Chaves • * Watson Clis • *Alec Fukuda. Contrabaixos: Sergio de Oliveira • Thiago Hessel de Paula • Rafael Rodrigues da Silva. Oboés: Peter Hamsley Apps • Gerson Quirino de Abreu • Wainer Concourd de Carvalho. Flautas: Edson Beltrami • Danilo Crispim Ferreira • Ana Maria Gaigalas. Fagotes: Francisco de Assis Alves Formiga • Filipe de Castro • Eliseu Silva Nascimento. Contrafagote: *Romeu Rabelo. Clarinetes: Leirson Corrêa Maciel • Tiago José Garcia. Clarone: * Marcelo Silverio. Trompetes: Adenilson Roberto Telles • Israel dos Santos Salomé • Bruno Souza dos Santos. Trombones: Carlos Augusto Tadeu de Freitas • Tiago Azevedo de Araújo • *Marcos Pacheco. Trompas: Samuel de Paula Hamzem • José Costa Filho • Douglas Rodrigo Bruno da Costa • Eric Gomes da Silva. Tuba: *Luiz Ricardo Serralheiro. Percussão: John Boudler • Daniel Dias de Lima • Natali Calandrin. Inspetor de Orquestra: Fábio Kremer. Inspetor Assistente: Hudson Flavio Gorzoni Pires. Arquivista: Maria Cláudia Ribeiro Gomes. (*Músicos Convidados). A Fundação Bachiana realiza um trabalho de musicalização em áreas menos privilegiadas para crianças e jovens que estão transformando as suas vidas através da música, em um Projeto que será ampliado a nível Nacional nos próximos anos. Seja nosso parceiro na procura de um sonho pois temos a certeza que um dia o sonho virá ao nosso encontro. 08 bkp.indd 2-3 08 bkp.indd 2-3 10/12/2012 21:17:21 10/12/2012 21:17:21

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Bachiana Filarmônica SESI-SPMaestro João Carlos Martins - Diretor Artístico e Regente Titular

Primeiros Violinos: Andréa de Araújo Campos (SPALLA) • Cesar Miranda (SPALLA

ASSOCIADO) • Flavio Geraldini • Felipe Moreira Santarelli • Dorin Serban Tudoras • Ana

Camila Bordino • Matthew Thorpe • Anderson Lacerda • Heitor Hideo Fujinami. Segundos

Violinos: Ricardo Takahashi • Rodolfo Delgado Lota • Renato Marins Yokota • Andressa

dos Santos Matheus • Paulo Lucas Moura da Silva • Jonathan Cardoso dos Santos • Wagner

Pereira de Souza • Sara Silva de Oliveira. Violas: Tania Augusta Campos • Marcos Fukuda

• Alexandre de Leon • Irina Matzen • Danielle lima de Andrade • Eric Schafer Licciardi.

Violoncelos: Ricardo Massahaku Fukuda • Sergio Schreiber de Freitas • Mayumi Ando

Micheletti • Diego Francisco Araújo Mesquita • André Luis Giovanini Micheletti • Franklin

Martins Chaves • * Watson Clis • *Alec Fukuda. Contrabaixos: Sergio de Oliveira • Thiago

Hessel de Paula • Rafael Rodrigues da Silva. Oboés: Peter Hamsley Apps • Gerson Quirino

de Abreu • Wainer Concourd de Carvalho. Flautas: Edson Beltrami • Danilo Crispim

Ferreira • Ana Maria Gaigalas. Fagotes: Francisco de Assis Alves Formiga • Filipe de Castro

• Eliseu Silva Nascimento. Contrafagote: *Romeu Rabelo. Clarinetes: Leirson Corrêa

Maciel • Tiago José Garcia. Clarone: * Marcelo Silverio. Trompetes: Adenilson Roberto

Telles • Israel dos Santos Salomé • Bruno Souza dos Santos. Trombones: Carlos Augusto

Tadeu de Freitas • Tiago Azevedo de Araújo • *Marcos Pacheco. Trompas: Samuel de

Paula Hamzem • José Costa Filho • Douglas Rodrigo Bruno da Costa • Eric Gomes da

Silva. Tuba: *Luiz Ricardo Serralheiro. Percussão: John Boudler • Daniel Dias de Lima •

Natali Calandrin. Inspetor de Orquestra: Fábio Kremer. Inspetor Assistente: Hudson

Flavio Gorzoni Pires. Arquivista: Maria Cláudia Ribeiro Gomes. (*Músicos Convidados).

A Fundação Bachiana realiza um

trabalho de musicalização em áreas menos privilegiadas para crianças

e jovens que estão transformando as suas vidas através da música, em

um Projeto que será ampliado a nível Nacional nos próximos anos.

Seja nosso parceiro na procura de um sonho pois temos a certeza que

um dia o sonho virá ao nosso encontro.

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Marcelo Ghelfi - regente. FORMAÇÃO: Piano: diplomado no Conservatório Marcelo Tupynambá (1973 – 1981). CLAM/Zimbo Trio: harmonia e improvisação (1982 – 1983). Bacharelado em Composição e Regência (UNESP 1982 – 1987). Formação em Filosofi a (Faculdade de São Bento 2005 – 2009). Curso particular de piano com a Prof.ª Beatriz Balzi. Curso particular de harmonia e arranjo com o Prof.º Edmundo Villani. Curso particular de canto com a Prof.ª Efi gênia Côrtes. ATIVIDADES COMO REGENTE: Orquestra Jazz Sinfônica de São Paulo – diversas vezes, entre 1996 e 2012.Orquestra Sinfônica de Brasília – convidado para reger o concerto de encerramento das festividades alusivas ao dia 21 de abril de 2008.Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo – três concertos realizados no 1º trimestre de 2008, com a temática “o popular erudito”, tendo como convidados: Miúcha, Zimbo Trio e Rodolfo Mederos. Diversas orquestras arregimentadas para eventos institucionais.

Jean William - tenor. Formado em canto e Arte Lírica pela ECA-USP de Ribeirão Preto, atualmente frequenta aulas em Milão com o barítono Davide Rocca. Participou do “Festival de Música de Campos do Jordão”, fez aulas com Fernando Portari, Rosana Lamosa e Ricardo Ballestero. Frequentou master classes com grandes nomes como Francisco Campos Neto, Celine Imbert, Elena Obrasztova, John Snijders, Ana Cervantes e Luciana Serra. O grande apoiador, João Carlos Martins, o incluiu em seu programa de jovens talentos e com ele apresentou-se nas principais salas e teatros de concerto do Brasil, incluindo o Teatro Municipal do Rio e Sala São Paulo-SP. Em 2010 participou do projeto “Vocália” dirigido pelo maestro Martinho Lutero e foi bolsista em Milão, onde integrou a temporada de concertos ao lado tmbém da diretora da Academia do teatro Alla Scala, Luciana Serra. Foi recebido pela Rádio Suíça e homenageado no programa Ridoto dell Ópera. Ao fi nal dessa temporada, protagonizou a estreia nacional de uma opera moderna, “A Rainha da Neve” de Pierangelo Valtinoni na cidade de Vicenza, Itália. Com João Carlos, debutou no Avery Fisher Hall, no Lincoln Center de Nova York. Fora do Brasil, já se apresentou na Argentina, Portugal, Suíça, Itália, EUA e Emirados Árabes.

Samira Hassan - Soprano lírico. Bacharelada em Canto pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e pós-graduada em Interpretação Cênica e Musical em Ópera, pela Kunst Universität Graz, na Áustria. Foi professora na Universidade de Mogi das Cruzes (SP) e na UDESC (SC), Foi Preparadora Vocal dos corais da Sogipa, Banco do Brasil, Ars Vocalis, OMEC e UDESC no Brasil, e dos coros Wienersingakademie e Concentus Vocalis, na Áustria. Estudou com Neyde Thomas, Lúcia Passos, Heloísa Vergara, Anna Maria Kieff er e Maestro Marcello Mechetti, no Brasil; e no exterior com Sebastian Vittucci (Viena), Gottfried Hornik (Graz), Josef Loibl (Munique), fez cursos de aperfeiçoamento com Helga Müller-Molinari (Milão), Francisco Araiza e Hans Hotter (Munique), com o Regisseur Christian Pöppelreiter e o Maestro Wolfgang Schmid (Graz). Possui vasto repertório operístico e camerístico, apresentados em concertos no Brasil, Europa e EUA.

Adriano Jordão - piano. Nascido em Angola, estudou piano em Portugal também com Helena Sá e, em 1967, a Fundação Calouste Gulbenkian oferece-lhe um ano de aperfeiçoamento artístico nos Estados Unidos. Tendo concluído em 1969, o Curso Superior do Conservatório Nacional de Lisboa, na classe da Professora Helena Matos, prosseguiu seus estudos em Paris, sob orientação de Yvonne Lefèbure, também com apoio da Fundação Gulbenkian. No Centro Cultural de Belém, idealizou, concebeu, criou e dirigiu durante os primeiros cinco anos o Festival Internacional de Música de Macau, foi responsável pelos Festivais de Lisboa e da Costa Verde e é Director Artístico do Festival de Música da Casa de Mateus, desde que se iniciou, há mais de 20 anos, além dos Festivais Internacionais de Maiorca e dos Açores. Adriano Jordão é licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa. Foi agraciado com o grau de Ofi cial da Ordem das Artes e das Letras pelo Governo Francês, com a Medalha de Mérito da Soberana Ordem de Malta, entre outras. Exerceu de 2004 a 2011 as funções de Conselheiro Cultural de Portugal no Brasil.

Flavio Apro - violão. Iniciou seus estudos aos 5 anos. Estudou com Monina Távora no Uruguai. Bacharel pela USP, recebeu orientação de Edelton Gloeden. Premiado em diversos concursos, foi selecionado para representar o Brasil no Japão no KYOTO INTERNATIONAL MUSIC FESTIVAL, onde recebeu o prêmio de melhor intérprete internacional de Villa-Lobos. Diretor da fi lial sul-americana da HERMANN HAUSER GUITAR FOUNDATION, com sede em Munique. Jurado e co-produtor do CONCURSO INTERNACIONAL JOHANN SEBASTIAN BACH. Produtor local do FESTIVAL LEO BROUWER. Mestre pela UNESP, fazendo o lançamento do CD FLÁVIO APRO INTERPRETA MIGNONE. Doutor em Música pela ECA-USP. Professor efetivo da UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ e professor convidado em instituições brasileiras e estrangeiras. Como produtor, lançou Praeludium, aclamado pela crítica e público. Atualmente, está preparando, com previsão para 2013, o lançamento de dois novos CDs: O Violão Brasileiro e Nocturne. Realizou o I FESTIVAL INTERCULTURAL DE MARINGÁ. É co-responsável pelo concurso internacional de violão “J. S. Bach”.

O maestro João Carlos Martins rege a sua Bachiana SESI-SP homenageando o Ano Brasil-Portugal, com as participações especiais do pianista português Adriano Jordão, do jovem tenor Jean William, da soprano Samira Hassan, do violonista Flávio Apro e do regente Marcelo Ghelfi . A apresentação começa com Heitor Villa-Lobos com as peças “Mazurka-Choro”, “Estudo nº 7” e “Prelúdio nº 2”, que conta com solo de violão de Flávio Apro, e prossegue com o pianista português Adriano Jordão nas interpretações de “Concerto para Piano e Cordas”, do compositor português do século 18 Carlos Seixas, e “Balada para Piano e Orquestra”, de Freitas Branco, um dos mais importantes compositores de Portugal do século 20. Em seguida, o jovem tenor Jean William será o solista de “Evocação” e “Melodia Sentimental”, ambas obras de Villa-Lobos. Sob a batuta de João Carlos Martins, que divide a regência com Marcelo Ghelfi neste concerto, a orquestra interpreta mais obras de Villa-Lobos fazendo uma retrospectiva dos movimentos mais conhecidos das Bachianas Brasileiras que o artista brasileiro compôs em homenagem a Bach e ao Brasil: “Bachianas Brasileiras nº 2 – Trenzinho do Caipira”, “Bachianas Brasileiras nº 4 – Prelúdio”, “Bachianas Brasileiras nº 5 – Cantilena”, com solo da soprano Samira Hassan, e para encerrar, “Bachianas Brasileiras nº 7 – Fuga”.

Quando João Carlos iniciou o projeto de criar uma orquestra apenas com a iniciativa privada, muitos duvidaram, mas já são mais de mil apresentações nos principais teatros do Brasil e com participação em grandes palcos ao redor do mundo. A qualidade dos músicos da Bachiana SESI-SP, selecionados entre as melhores orquestras brasileiras, tem sido muito elogiada. São profi ssionais que fazem questão de aprimorar seu talento com trabalho e estudo. Assim, a orquestra, fundada em 2004, não tardou a ganhar o merecido reconhecimento.

O rei Dom João V promoveu um ciclo dourado na vida musical da corte portuguesa nas primeiras décadas do século 18. Importou músicos italianos – que então dominavam a cena europeia – para ensinar aos músicos locais. Fundou em 1713 a Orquestra de Câmara Real, o Real Seminário de Música e instituiu, noventa anos antes dos franceses, um Prêmio de Roma lusitano. Custeava músicos portugueses em Roma por alguns anos, para estudarem na então capital mundial da música. Trouxe o reputado genovês Pietro Giorgio Avondano para dirigir a Orquestra de Câmara Real. Seu fi lho Pedro Antonio, já nascido em Portugal em 1714, foi nome-chave da música portuguesa no século 18 (viveu até 1782). Logo músicos locais que estudaram em Roma se destacaram. Dom João V formou compositores e intérpretes, criou novos repertórios e ao mesmo tempo instituições que lhes deram longevidade institucional.Esta é uma história muito pouco conhecida, sobretudo de nós, brasileiros. E que vale muito a pena conhecer. Para avaliar como foi decisiva a chegada dos italianos nos anos 1720, até Domenico Scarlatti passou por Lisboa em 1720 (deu aulas à princesa Maria Bárbara de Bragança). É certo que a surpreendente produção para cravo de Carlos Seixas está aparentada a Scarlatti. Sua produção para o instrumento compara-se às mais qualifi cadas criadas na Europa do seu tempo. São, no entanto, injustamente pouco conhecidas.Um desconhecimento que se estende até o século 20, em que viveu Luís Freitas Branco. Nascido em Lisboa em 1890, Branco estudou em Berlim e Paris, foi fi gura determinante da vida musical portuguesa na primeira metade do século (morreu em 1955). Foi crítico musical, conheceu Claude Debussy e, infl uenciado pelo impressionismo francês, compôs em todos os gêneros, da música para piano à sinfonia, e até música para cinema. Foi um dos primeiros a estudar a música portuguesa do século 18, em que a fi gura de Carlos Seixas é determinante. A “Balada para piano e orquestra” que ouviremos hoje foi escrita em 1917, sob o duplo impacto de Debussy e da forma cíclica do belga César Franck. O lado brasileiro deste concerto de congraçamento entre os dois países privilegia o nosso maior compositor, Heitor Villa-Lobos. Contemporâneo de Freitas Branco, Villa nasceu em 1887, também teve Paris como epicentro de seu universo musical e explorou todos os gêneros. Foi, no entanto, o primeiro a “inventar” uma música de invenção autenticamente brasileira, fi ncada fi rme na natureza lucuriante do país, assim como de seus cantos folclóricos, indígenas, negros, infantis e urbanos. As “Bachianas Brasileiras”, série de nove obras compostas entre 1930 e 1945 para diversas instrumentações, constituem um dos monumentos da música do século 20, unindo o contraponto e a polifonia de Bach ao jeito brasileiro de se escrever música.

Alex Gladstone

A Música do Brasil e de PortugalJoão Carlos Martins encerra a Temporada 2012 Bachiana SESI-SP

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