10018-boletim epidemiológico novembro 2010...

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EDITORIAL Muitos foram os elogios ao boletim epidemiológico anterior que foi a edição especial sobre a população negra. Agradecemos os elogios, mas reforçamos que o boletim foi inteiramente elaborado pela Coordenação da Área Técnica e Saúde da População Negra da Assessoria de Planejamento da Secretaria Municipal de Saúde. Neste boletim destacamos a investigação da leishmaniose visceral canina realizada pela Equipe de Vigilância de Zoonoses. A mudança de um perfil epidemiológico sempre precisa ser destacada, pois determina as ações de diagnósticos clínicos e laboratoriais. Buscaremos manter atualizadas as informações resultantes dos inquéritos realizados na população canina e demais dados sobre esta questão. A varicela há muito vem se mostrando de alta endemicidade na cidade de Porto Alegre.Com um trabalho contínuo de orientação às escolas infantis houve a sensibilização para a notificação de surtos que tiveram um aumento importante no ano de 2010.Infelizmente, também houve a ocorrência de dois registros de óbitos no Sistema de Mortalidade (SIM) relacionados a este agravo. A vacina contra a varicela não está no calendário básico de imunização, somente indicada para controle de surtos em ambientes hospitalares como descrito nas normas fornecidas pela Secretaria Estadual de Saúde e publicada nesta edição. Nesta edição também se encontram publicadas as planilhas de 2007 e 2008 por serviço de saúde dos casos investigados na vigilância da gestante HIV + e criança exposta. Trabalho este que abrange todos os níveis de assistência, integrando a atenção primária, a assistência especializada, as maternidades, os laboratórios, a vigilância epidemiológica, os programas e a política das DST/AIDS da Secretaria Municipal de Saúde. E, todos estes atores ficam felizes ao ver os resultados que podem atingir em uma boa assistência que impacta na transmissão vertical do HIV. A implantação das vacinas Meningocócica C – Conjugada e Pneumocócica 10 – valente no calendário básico de vacinação da criança é um ganho na prevenção de agravos transmissíveis de alta letalidade como as meningites. Na próxima edição do boletim será publicada a tabela final comparativa dos casos notificados, investigados e confirmados das doenças de notificação compulsória em relação ao ano de 2009 e 2010. A tabela desta edição se refere aos casos até a semana epidemiológica 48, ou seja, até o mês de novembro. ANO XII NOVEMBRO DE 2010 NÚMERO 44 BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO INVESTIGAÇÃO DE LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA EM PORTO ALEGRE *Autoria: Equipe de Vigilância de Zoonoses, Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde, Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre. A Leishmaniose Visceral (LV) é uma zoonose causada pelo protozoário Leishmania chagasi nas Américas, transmitida através da picada de fêmeas infectadas do inseto vetor (flebotomíneo) e tem como reservatórios principais animais silvestres (raposas e marsupiais) e o cão na área urbana. A enfermidade canina tem precedido a ocorrência de casos humanos e a infecção em cães tem sido mais prevalente que no homem. No Brasil, a LV é muito importante devido à incidência e alta letalidade em indivíduos não tratados e crianças desnutridas (Rabello et al. 2003). Caracterizada inicialmente como uma doença eminentemente rural, mais recentemente vem se expandindo para áreas urbanas tornando- se crescente problema de saúde pública no país. A transmissão ocorria em vários municípios brasileiros, exceto na Região Sul, onde não havia registro das espécies de flebotomíneos até então incriminadas como vetoras, Lutzomyia longipalpis (Lutz & Neiva) e Lutzomyia cruzi (Mangabeira) (Brasil, 2006). No entanto, em 2008, a Leishmaniose Visceral Canina (LVC) foi diagnosticada em um cão do município de São Borja. No mesmo ano, um levantamento entomológico realizado na cidade registrou, pela primeira vez na região Sul, a presença de Lu. Longipalpis e corroborou na confirmação da autoctonia do caso canino (Souza et al., 2009). Outros levantamentos de flebotomíneos, em diferentes municípios da fronteira com a Argentina, em 2009, também demonstraram a infestação desse vetor na área urbana de Barra do Quaraí, Uruguaiana, Itaqui, Garruchos, Pirapó e Porto Xavier (Souza et al., 2010) Ainda em 2009, cinco casos humanos de LV, foram confirmados em São Borja, com um óbito. Em 2010, duas pessoas contraíram a doença (fonte CEVS¹/LACEN²/SES³/RS). Equipe de Vigilância das Doenças Transmissíveis Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre.

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EDITORIAL

Muitos foram os elogios ao boletim epidemiológico

anterior que foi a edição especial sobre a população negra.

Agradecemos os elogios, mas reforçamos que o boletim foi

inteiramente elaborado pela Coordenação da Área

Técnica e Saúde da População Negra da Assessoria de

Planejamento da Secretaria Municipal de Saúde.

Neste boletim destacamos a investigação da

leishmaniose visceral canina realizada pela Equipe de

Vigilância de Zoonoses. A mudança de um perfil

epidemiológico sempre precisa ser destacada, pois

determina as ações de diagnósticos clínicos e

laboratoriais. Buscaremos manter atualizadas as

informações resultantes dos inquéritos realizados na

população canina e demais dados sobre esta questão.

A varicela há muito vem se mostrando de alta

endemicidade na cidade de Porto Alegre.Com um trabalho

contínuo de orientação às escolas infantis houve a

sensibilização para a notificação de surtos que tiveram um

aumento importante no ano de 2010.Infelizmente, também

houve a ocorrência de dois registros de óbitos no Sistema

de Mortalidade (SIM) relacionados a este agravo. A vacina

contra a varicela não está no calendário básico de

imunização, somente indicada para controle de surtos em

ambientes hospitalares como descrito nas normas

fornecidas pela Secretaria Estadual de Saúde e publicada

nesta edição.

Nesta edição também se encontram publicadas

as planilhas de 2007 e 2008 por serviço de saúde dos

casos investigados na vigilância da gestante HIV + e

criança exposta. Trabalho este que abrange todos os

níveis de assistência, integrando a atenção primária, a

assistência especializada, as maternidades, os

laboratórios, a vigilância epidemiológica, os programas e a

política das DST/AIDS da Secretaria Municipal de Saúde.

E, todos estes atores ficam felizes ao ver os resultados

que podem atingir em uma boa assistência que impacta na

transmissão vertical do HIV.

A implantação das vacinas Meningocócica C –

Conjugada e Pneumocócica 10 – valente no calendário

básico de vacinação da criança é um ganho na prevenção

de agravos transmissíveis de alta letalidade como as

meningites.

Na próxima edição do boletim será publicada a

tabela final comparativa dos casos notificados,

investigados e confirmados das doenças de notificação

compulsória em relação ao ano de 2009 e 2010. A tabela

desta edição se refere aos casos até a semana

epidemiológica 48, ou seja, até o mês de novembro.

ANO XII NOVEMBRO DE 2010NÚMERO 44

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO

08

Prefeitura de Porto AlegreSecretaria Municipal de Saúde

Editoração e Impressão:A. R. Ribeiro Pinto

Fone: (51) 3364.2576Distrito IndustrialCachoeirinha/RS

TIRAGEM: 2.000 ExemplaresPeriodicidade trimestral. Sugestões ecolaborações podem ser enviadas para:Av. Padre Cacique nº 372Bairro Menino Deus - Porto Alegre - RSPABX: (51) 3289.2400

Esta publicação encontra-se disponível noendereço eletrônico:

no formato PDF

E-mail: [email protected]

www.portoalegre.rs.gov.br/sms

E X P E D I E N T E

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO - Ano XII, nº 44, Novembro 2010

SECRETÁRIO MUNICIPAL DA SAÚDECarlos Henrique Casarteli

COORDENADOR DA COORDENADORIA GERAL DE VIGILÂNCIA EM SAÚDEAnderson Araújo de Lima

CHEFE DA EQUIPE DE VIGILÂNCIA DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEISRosane Simas Gralha

Adelaide Kreutz Pustai / Ana Salete de G. Munhoz / Ana Sir C. GolçalvesAndré Luiz M. da Silva / Ângela M. L. Echevarria / Carla R. B. Vargas / Cerli Cristófio Pereira

Débora B. G. Leal / Dimas Alexandre Kliemann / Eliane C. Elias / Eliane de S. NetoIsete Maria Stela / Lisiane M. W. Acosta / Marcelo J. Vallandro / Márcia C. CalixtoMárcia C. Santana / Maria Aparecida M. Vilarino / Maria da Graça S. de Bastos

Maria de Fátima de Bem / Maria Neves R. Aquino / Marilene R. Mello / Mariloy T. Viegas Maristela Fiorini / Maristele A. Moresco / Naiar S. Marques / Patrícia C. WiederkehrPatrícia Z. Lopes / Paulina B. Cruz / Rosane Simas Gralha / Simone Sá B. Garcia

Sônia Eloisa O. de Freitas / Sônia V. Thiesen / Vera L. J. Ricaldi / Vera R. da S. Carvalho

MEMBROS DA EQUIPE DE VIGILÂNCIA DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS

INVESTIGAÇÃO DE LEISHMANIOSE

VISCERAL CANINA EM PORTO ALEGRE

*Autoria: Equipe de Vigilância de Zoonoses, Coordenadoria Geral de

Vigilância em Saúde, Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre.

A Leishmaniose Visceral (LV) é uma

zoonose causada pelo protozoário Leishmania

chagasi nas Américas, transmitida através da

picada de fêmeas infectadas do inseto vetor

(flebotomíneo) e tem como reservatórios principais

animais silvestres (raposas e marsupiais) e o cão na

área urbana. A enfermidade canina tem precedido a

ocorrência de casos humanos e a infecção em cães

tem sido mais prevalente que no homem.

No Brasil, a LV é muito importante devido à

incidência e alta letalidade em indivíduos não

tratados e crianças desnutridas (Rabello et al.

2003). Caracterizada inicialmente como uma

doença eminentemente rural, mais recentemente

vem se expandindo para áreas urbanas tornando-

se crescente problema de saúde pública no país. A

transmissão ocorria em vários municípios

brasileiros, exceto na Região Sul, onde não havia

registro das espécies de flebotomíneos até então

incriminadas como vetoras, Lutzomyia longipalpis

(Lutz & Neiva) e Lutzomyia cruzi (Mangabeira)

(Brasil, 2006).

No entanto, em 2008, a Leishmaniose

Visceral Canina (LVC) foi diagnosticada em um cão

do município de São Borja. No mesmo ano, um

levantamento entomológico realizado na cidade

registrou, pela primeira vez na região Sul, a

presença de Lu. Longipalpis e corroborou na

confirmação da autoctonia do caso canino (Souza

et al., 2009). Outros levantamentos de

flebotomíneos, em diferentes municípios da

fronteira com a Argentina, em 2009, também

demonstraram a infestação desse vetor na área

urbana de Barra do Quaraí, Uruguaiana, Itaqui,

Garruchos, Pirapó e Porto Xavier (Souza et al.,

2010) Ainda em 2009, cinco casos humanos de LV,

foram confirmados em São Borja, com um óbito. Em

2010, duas pessoas contraíram a doença (fonte

CEVS¹/LACEN²/SES³/RS).

Implantação de Novas Vacinas no Calendário Vacinal da Criança.

Enfª Patricia Couto Wiederkehr.

O Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Imunizações, incluiu no ano de 2010 as vacinas Meningocócica C – Conjugada e Pneumocócica 10 – valente no calendário básico de vacinação da criança.

A implantação da vacina Meningocócica C tem como objetivo prevenir as doenças invasivas provocadas pela bactéria Neisseria meningitidis do sorogrupo C, que causa infecções graves, muitas vezes, fatais, como a meningite e a sepses.

A estratégia de implantação do Ministério da Saúde é vacinar com a Vacina Meningocócica C - Conjugada todas as crianças de 3 meses a menores de 02 anos, com o seguinte esquema:

A implantação da vacina Pneumocócica 10-Valente (Conjugada) também significou um grande avanço para a saúde pública, uma vez que protegerá as crianças menores de dois anos de idade contra doenças invasivas e otite média aguda causadas por Streptococcus pneumoniae sorotipos 1, 4, 5, 6B, 7F, 9V, 14, 18C, 19F e 23F. A infecção por Streptococcus Pneumoniae é uma importante causa de morbi-mortalidade em todo o mundo e se constitui em uma das prioridades atuais da Saúde Pública.

O esquema de vacinação preconizado pelo Programa Nacional de Imunização é de 3 doses, a partir de 2 meses de idade, com uma dose de reforço entre os 12 e 15 meses de idade. Crianças a partir do 7 mês está indicada duas doses com intervalo de dois meses e uma dose de reforço entre 12 a 15 meses de idade. A partir de 10 meses são apenas 2 doses e não está indicada dose de reforço. A partir de 1 ano até 1A11M29D está indicada dose única.

O município de Porto Alegre implantou a vacina Pneumocócica 10-Valente em junho/2010 e a vacina Meningocócica C – conjugada em novembro/2010. Os profissionais da Rede Básica de Saúde foram capacitados para este trabalho, e a população tem procurado a vacina que está disponível em todas as Unidades de Saúde da cidade para as crianças menores de 2 anos.

Referências: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações. Proposta para introdução da vacina pneumocócica 10-valente no calendário básico de vacinação da criança. Brasília, 2010.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações. Proposta para introdução da vacina meningogócica C conjugada no calendário básico de vacinação da criança. Brasília, 2010.

Idade e meses Reforço 3 a 9 meses 2 doses (intervalo de 2m

entre as doses) Reforço a partir dos 12meses com intervalo de 2 meses entre as doses

10 e 11 meses 2 doses (intervalo de 2 meses entre as doses)

Não receberá dose de reforço

12 a 24 meses incompletos

Dose única Não tem reforço

Nº Doses

Equipe de Vigilância das Doenças Transmissíveis Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde

Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre.

02 BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO - Ano XII, nº 44, Novembro 2010 07BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO - Ano XII, nº 44, Novembro 2010

Nos dois últimos anos, em outras cidades do

RS, dentre elas, Santa Cruz do Sul e Viamão, que

estão localizadas longe da fronteira oeste, também

foram identificados casos de LVC através de exames

sorológicos (ELISA) e imunofluorescência indireta

(RIFI) (fonte CEVS/LACEN/SES/RS). Porém, nas

amostras caninas coletadas não foi caracterizada a

espécie de Leishmania e nessas cidades também

não foram capturadas as supracitadas espécies

vetoras.

Em agosto de 2010, em Porto Alegre, no

bairro Lageado, foi notificado um caso suspeito de

LVC. Tratava-se de uma cadela, raça labrador, adulta

que apresentava sinais clínicos da doença. O caso foi

confirmado laboratorialmente através de provas

sorológicas (ELISA e RIFI) e por cultivo parasitológico 4(fonte LACEN/RS e FIOCRUZ/RJ ). No mesmo local,

por exames sorológicos (ELISA e RIFI), também foi

provada a infecção em outro cão macho, raça são

bernardo, adulto oligossintomático. A residência dos

casos caninos está localizada em área periurbana

com presença de mata nativa.

Coletas de flebotomíneos foram feitas pelo

Núcleo de Vigilância de Roedores e Vetores, usando

três armadilhas luminosas (tipo CDC), nos meses de

setembro, outubro e novembro de 2010, nessa casa,

para conhecer as espécies passíveis de transmitir a

LV e ajudar na corroboração ou refutação da

transmissão autóctone.

Foram capturados 47 flebotomíneos e três

espécies foram determinadas: Nyssomyia neivai

(51,1%), Pintomyia fischeri (34%) e Migonemyia

migonei (14,9%). Com relação à importância

epidemiológica, essas espécies já foram bastante

es tudadas e i nc r im inadas p r imá r i a ou

secundariamente na veiculação da Leishmaniose

Tegumentar Americana em diversos estados

brasileiros. No entanto, em pesquisas recentes, duas

delas também foram implicadas na participação da

infecção do agente etiológico visceral. Ny. neivai já foi

encontrada infectada com Leishmania infantum

chagasi em Corinto, MG, e poderia estar envolvida na

manutenção do ciclo silvestre da LV na região

(Saraiva, 2009). A espécie Mi. migonei foi sugerida

como participante no ciclo de transmissão da LV no

município de São Vicente Férrer, PE, por apresentar

maior predominância em todos os ecótopos

estudados, inclusive no intradomicílio e peridomicílio

(Guimarães et al., 2010). Também em La Banda,

Argentina, Mi. migonei somou 93% dos exemplares

coletados, manteve um ciclo de transmissão na

população canina e foi considerado o suposto vetor

da Leishmaniose Visceral Humana (Salomón et al.,

2010). Portanto, nessa área de ocorrência da LVC,

em Porto Alegre, novas coletas de flebotomíneos

serão efetuadas com o objetivo de estudar a infecção

natural nesses insetos, para incriminação da(s)

espécie(s) vetora(s), compreender o ciclo de

transmissão e desencadear ações de controle e

educação em saúde para a população da área de

risco.

Também como medidas de vigilância e

controle, o Núcleo de Vigilância de População Animal

está realizando inquérito sorológico nos cães que se

encontram próximos ao local onde houve

confirmação dos casos caninos, além de orientação

daquela população.

1CEVS – Centro Estadual de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul2LACEN/RS – Laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Sul3SES – Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul4FIOCRUZ/RJ – Fundação Instituto Oswaldo Cruz do Rio de Janeiro

REFERÊNCIASBrasil, Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância

Epidemiológica 2006. Manual de vigilância e controle da leishmaniose visceral, MS, Brasília, il., 120p.

Guimarães, VCFV; Costa, PL; Silva, FJ; Rodrigues, EHG; Brandão Filho, SP 2010 Flebotomíneos em área de ocorrência de Leishmaniose Tegumentar e Leishmaniose Visceral no município

ade São Vicente Férrer, Pernambuco. In: Anais da 26 Reunião de Pesquisa Aplicada em aDoença de Chagas e 14 Reunião de Pesquisa Aplicada em Leishmanioses. Uberaba, MG,

p. 251.

Rabello A, Orsini M, Disch 2003. Leishmania/HIV co-infection in Brazil: an appraisal. Ann Trop Med Parasitol 97: 17-28.

Salomón, OD; Quintana, MG; Bezzi, G; Morán, ML; Betbeder, E; Valdéz, DV 2010. Lutzomyia migonei as putative vector of visceral leishmaniasis in La Banda, Argentina. Acta Tropica 113: 84-87.

Saraiva L, Carvalho GM, Gontijo CM, Quaresma PF, Lima AC, Falcão AL, Andrade Filho JD 2009. Natural infection of Lutzomyia neivai and Lutzomyia sallesi (Diptera: Psychodidae) by Leishmania infantum chagasi in Brazil. J Med Entomol. 46(5):1159-63.

Souza, GD; Santos, E, Andrade Filho, JD 2009. The first report of the main vector of visceral leishmaniasis in America, Lutzomyia longipalpis (Lutz & Neiva) (Diptera: Psychodidae: Phlebotominae), in the state of Rio Grande do Sul, Brazil. Mem Inst Oswaldo Cruz, 104(8): 1181-1182.

Souza, GD; Santos, E; Rangel, S; Tartarotti, AL; Anjos, CB. 2010. Levantamento entomológico de Lutzomyia longipalpis (Psychodidae: Phlebotominae) para vigilância da leishmaniose visceral em municípios da região oeste do Rio Grande do Sul. In: Resumos do XLVI Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (CD). Foz do Iguaçu, PR, s.p.

*Equipe técnica Núcleo de Vigilância de Roedores e Vetores Núcleo de Vigilância de População AnimalBiól. Getúlio Dornelles Souza Méd. Vet. Karen de Medeiros DabdabBiól. Maria Inês M. R. Bello Méd. Vet. Sonia Maria Mottin Duro Biól. Liane Oliveira Fetzer Méd. Vet. Márcio de Oliveira CarreñoBiól. Maria Mercedes Bendati Méd. Vet. Helen Albrecht Biól. Maria Angélica Weber Ag. Fisc. Renata Ferreira CasanovaMéd. Vet. Luiz Felippe Kunz Jr.Méd. Vet. Rosa Maria Jardim Silveira de CarvalhoServ. Gerais Carlos Fernandes Flores

Agravos

2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010Acidentes com animais peçonhentos 82 71 82 71 33 24 33 24Aids 2123 1703 2123 1703 1703 1299 1703 1299

>13 anos 2080 1664 1673 1273< 13 anos 43 39 30 26

Atendimento anti-rábico 4378 1792 4378 1792 4378 1792 4378 1792Botulismo 0 0 0 0 0 0 0 0Carbunculo ou Antraz 0 0 0 0 0 0 0 0Caxumba 53 61 NA NA 53 61 NA NACólera 1 0 0 0 1 0 0 0Coqueluche 134 80 78 39 86 44 51 20Dengue 58 291 14 80 48 292 11 50Difteria 3 0 0 0 2 0 0 0Doença de Chagas ( casos agudos) 0 0 0 0 0 0 0 0Doença de Creutzfeld-Jacob 4 0 0 0 2 0 0 0Doença Exantemática 60 115 0 7 59 96 0 7

Rubéola 29 86 0 0 59 70 0 0 Sarampo 0 29 0 7 0 26 0 7

Esquistossomose 0 0 0 0 0 0 0 0Eventos Adversos Pós-vacinação 515 698 515 698 515 698 515 698Febre Amarela 6 1 1 0 3 0 0 0Febre do Nilo Ocidental 0 0 0 0 0 0 0 0Febre Maculosa 0 1 0 0 0 1 0 0Febre Tifóide 0 0 0 0 0 0 0 0Gestantes HIV + e Criança Exposta 653 501 653 501 420 335 420 335Hanseníase 54 32 54 32 19 6 19 6Hantavirose 8 1 0 0 4 0 0 0Hepatites Virais 1880 1399 1808 1309 1823 1286 1759 1207

Hepatite A 57 119 53 112 Hepatite B 294 186 277 152 Hepatite C 1442 993 1414 935

Hepatite B+C 14 9 14 6Hepatite A/B ou A/C 1 2 1 2

Influenza A(H1N1) e/ou SRAG 1603 285 654 0 1015 285 444 0Leishmaniose Tegumentar Americana 2 3 2 3 2 3 2 3Leishmaniose Visceral ** 3 0 2 0 0 0 0 0Leptospirose 241 219 73 62 142 141 43 38Malaria** 3 6 2 6 1 3 1 1Meningites 1091 771 920 546 522 404 503 305

Doença meningocócica 24 22 16 9 M. bacteriana 145 74 69 37

M. outras etiologias 92 59 49 36 M. haemophilus 1 4 1 2

M. não especificada 163 138 71 63 M. pneumococo 38 22 24 13

M. tuberculosa 65 24 40 8 M. viral 392 203 232 137

Peste 0 0 0 0 0 0 0 0Poliomielite/Paralisia Flácida Aguda 13 12 0 0 4 4 0 0Raiva Humana 0 0 0 0 0 0 0 0Sífilis Congênita 291 253 291 253 212 185 212 185Sífilis em gestante 188 156 188 156 144 133 144 133Síndrome da Rubéola Congênita 1 1 1 0 1 1 1 0Tétano Acidental 6 2 5 2 3 0 2 0Tétano Neonatal 0 0 0 0 0 0 0 0Tuberculose 2659 2208 2659 2208 2106 1681 2106 1681

Casos Novos 2079 1576 1714 1249

Tularemia 0 0 0 0 0 0 0 0Varicela 1961 2350 NA NA 1961 2347 NA NAVaríola 0 0 0 0 0 0 0 0Total 18103 13127 15321 11217

NA: Não se aplica/ considerado caso pela notificação* dados sujeitos a revisão**casos confirmados importados

Confirmados

Tabela comparativa do número de casos notificados e investigados até a semana epidemiológica 48 (SE 48) pela Equipe de Vigilância das Doenças Transmissíveis nos anos de 2009 e 2010.*

Casos Residentes em POAInvestigados Confirmados

Total de Casos Investigados

Gráfico 1- Distribuição dos casos de varicela e o coeficiente de incidência em Porto Alegre no período de 2001 a 2010*.

0306 BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO - Ano XII, nº 44, Novembro 2010 BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO - Ano XII, nº 44, Novembro 2010

Unidades de Saúde TOTAL

GESTANTE GEST C/PN

GEST S/PN OU

IGN ABORTO NATIMORTO

INFECTADA

/OBITO NÃO INFECTADA

PERDA

SEGUIMENTO

Gerência Centro GD1 TOTAL 35 26 9 2 1 0 16 16

UNIDADE DE SAUDE SANTA CECILIA 2264382 2 2 0 0 0 0 0 2CENTRO DE SAUDE SANTA MARTA 2237334 22 14 8 2 0 0 10 10PSF SEM DOMICÍLIO 5463890 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE SANTA MARTA(PSF) 5463874 NA NA NA NA NA NA NA NACENTRO DE SAUDE MODELO 2264390 11 10 1 0 1 0 6 4Gerência Noroeste/Hum-Naveg-Ilhas GD2 TOTAL 44 34 10 5 0 2 13 24

UNIDADE DE SAUDE ILHA DA PINTADA 2237113 0 0 0 0 0 0 0 0CENTRO DE SAUDE VILA IAPI 2237385 7 5 2 1 0 0 2 4UNIDADE DE SAUDE NAZARE (PSF) 2237504 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE FARRAPOS 2264285 14 12 2 2 0 1 6 5CENTRO DE SAUDE NAVEGANTES 2264331 7 5 2 1 0 0 0 6UNIDADE DE SAUDE ILHA DOS MARINHEIROS 2264366 2 2 0 0 0 0 1 1UNIDADE DE SAUDE DIRETOR PESTANA 2264374 5 3 2 1 0 0 1 3UNIDADE DE SAUDE VILA IPIRANGA 2264811 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE JARDIM ITU 2265079 4 3 1 0 0 0 1 3UNIDADE DE SAUDE VILA FLORESTA 2265109 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE HOSPITAL CONCEIÇÃO 2265168 1 1 0 0 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE SANTISSIMA TRINDADE 2265176 3 2 1 0 0 0 1 2UNIDADE DE SAUDE BATISTA FLORES 2264900 1 1 0 0 0 1 0 0UNIDADE DE SAUDE MARIO QUINTANA (PSF) 3437159 0 0 0 0 0 0 0 0Gerência Norte/Eixo Baltazar GD3 TOTAL 40 33 7 5 4 0 17 14

UNIDADE DE SAUDE ASSIS BRASIL 2237245 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE SAO BORJA (PSF) 2237423 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE BECO DOS COQUEIROS(PSF) 2264218 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE PASSO DAS PEDRAS I 2265214 5 4 1 3 0 0 1 1UNIDADE DE SAUDE PASSO DAS PEDRAS II (PSF) 2264250 3 2 1 0 1 0 2 0UNIDADE DE SAUDE ASA BRANCA (PSF) 2264617 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE NOVA BRASILIA 2264633 2 2 0 0 0 0 1 1UNIDADE DE SAUDE NOVA GLEBA (PSF) 2264641 1 1 0 0 0 0 0 1UNIDADE DE SAUDE VILA ELIZABETE 2264676 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE SARANDI 2264684 3 2 1 0 0 0 2 1UNIDADE DE SAUDE SANTA ROSA 2264692 3 2 1 1 0 0 1 1UNIDADE BASICA DE SAUDE RAMOS 2264706 5 4 1 0 1 0 1 3UNIDADE DE SAUDE JENOR JARROS (PSF) 2264714 1 1 0 0 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE SAO CRISTOVAO 2264854 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE RUBEM BERTA 2264862 7 6 1 1 0 0 4 2UNIDADE DE SAUDE PLANALTO (PSF) 2264919 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE COSTA E SILVA 2265087 4 4 0 0 1 0 2 1UNIDADE DE SAUDE PARQUE DOS MAIAS 2265095 2 2 0 0 0 0 1 1UNIDADE DE SAUDE JARDIM LEOPOLDINA 2265125 2 1 1 0 1 0 1 0UNIDADE DE SAUDE NOSSA SENHORA APARECIDA 2265206 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE SANTA FÉ (PSF) 3321428 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE SANTA MARIA (PSF) 3321401 2 2 0 0 0 0 0 2UNIDADE DE SAUDE ESPERANÇA-CORDEIRO(PSF) 5377978 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE SANTO AGOSTINHO(PSF) 3927997 NA NA NA NA NA NA NA NAGerência Leste-Nordeste GD4 TOTAL 57(1 GEMELAR) 51(1 GEMELAR) 6 5 3 1 22 27

UNIDADE DE SAUDE MILTA RODRIGUESI (PSF) 2237237 2 2 0 0 0 0 0 2UNIDADE DE SAUDE JARDIM CARVALHO (PSF) 2237946 4 4 0 0 0 0 1 3UNIDADE DE SAUDE JARDIM PROTASIO ALVES (PSF) 2237954 NA NA NA NA NA NA NA NACENTRO DE SAUDE BOM JESUS 2264188 7 6 1 0 1 0 1 5UNIDADE DE SAUDE JARDIM DA FAPA (PSF) 2264196 6 6 0 0 1 0 3 2UNIDADE DE SAUDE MATO SAMPAIO (PSF) 2264765 3 2 1 0 0 0 2 1UNIDADE DE SAUDE VILA BRASILIA (PSF) 2264773 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE VILA PINTO (PSF) 2264781 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE LARANJEIRAS (PSF) 2264803 1 1 0 0 0 0 0 1UNIDADE DE SAUDE TIJUCA (PSF) 2237733 3 2 1 0 0 0 2 1UNIDADE DE SAUDE SAFIRA (PSF) 2264889 4( 1 GEMELAR) 4(1 GEMELAR) 0 1 0 0 4 0UNIDADE DE SAUDE SAFIRA NOVA (PSF) 2237911 1 1 0 0 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE TIMBAUVA (PSF) 2237210 6 6 0 0 0 0 4 2UNIDADE DE SAUDE MORRO SANTANA 2237792 2 1 1 1 0 0 0 1UNIDADE DE SAUDE VILA JARDIM 2264846 2 1 1 1 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE CHACARA DA FUMACA 2264870 11 10 1 2 0 0 2 7UNIDADE DE SAUDE WENCESLAU FONTOURA (PSF) 2264897 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE VILA SESC 2265133 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE BARAO DE BAGE 2265141 2 2 0 0 0 0 1 1UNIDADE DE SAUDE DIVINA PROVIDENCIA 2265184 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE COINMA 2265192 0 0 0 0 0 0 0 0UBS PUC ( CAMPOS APROXIMADO) HOSPITAL 2262568 3 3 0 0 1 1 0 1GERÊNCIA GLORIA-CRUZEIRO GD5 TOTAL 55 43 12 1 3 1 25 25

UNIDADE DE SAUDE APARICIO BORGES 2237288 1 1 0 0 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE ORFANOTROFIO (PSF) 2237296 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE CRISTAL 2237318 6 1 5 1 1 1 1 2UNIDADE DE SAUDE CRUZEIRO DO SUL(PSF) 2237326 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE OSMAR FREITAS (PSF) 2237512 3 3 0 0 0 0 1 2UNIDADE DE SAUDE GRACILIANO RAMOS (PSF) 2237903 1 1 0 0 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE SAO GABRIEL (PSF) 2264226 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE SANTA TEREZA (PSF) 2264315 3 3 0 0 0 0 1 2UNIDADE DE SAUDE BELEM VELHO 2264498 4 3 1 0 0 0 4 0UNIDADE DE SAUDE TRONCO 2264927 5 4 1 0 0 0 1 4UNIDADE DE SAUDE SANTA ANITA (PSF) 2264935 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE VILA GAUCHA 2264994 2 2 0 0 0 0 1 1UNIDADE DE SAUDE JARDIM CASCATA 2264951 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE MATO GROSSO (PSF) 2264978 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE PRIMEIRO DE MAIO 2264986 2 1 1 0 0 0 0 2UNIDADE DE SAUDE ESTRADA DOS ALPES 2265028 1 1 0 0 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE VILA CRUZEIRO (FEBEM) 2265036 6 4 2 0 0 0 4 2UNIDADE DE SAUDE GLORIA 2265044 7 7 0 0 0 0 3 4UNIDADE DE SAUDE ALTO EMBRATEL (PSF) 2265222 0 0 0 0 0 0 0 0CENTRO DE SAUDE VILA DOS COMERCIARIOS 2693356 13 11 2 0 2 0 5 6UNIDADE DE SAUDE NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS(PSF) 3306453 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE DIVISA (ANTIGO 3857883) (PSF) 3979938 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE NOSSA SENHORA DE BELEM (PSF) 6027725 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE RINCAO (PSF) 5007518 1 1 0 0 0 0 1 0Gerência Sul /Centro-Sul GD6 TOTAL 31 26 5 2 0 1 9 19

UNIDADE DE SAUDE MORADAS DA HIPICA (PSF) 8013632 1 1 0 0 0 0 0 1UNIDADE DE SAUDE CAMPOS DO CRISTAL (PSF) 2237539 2 2 0 0 0 0 0 2UNIDADE DE SAUDE CIDADE DE DEUS (PSF) 2264420 4 3 1 0 0 0 0 4UNIDADE DE SAUDE MORRO DOS SARGENTOS (PSF) 2264439 1 1 0 0 0 0 0 1UNIDADE DE SAUDE SAO VICENTE MARTIR (PSF) 2264447 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE BECO DO ADELAR 2264463 4 4 0 0 0 1 0 3UNIDADE DE SAUDE CALABRIA 2264501 2 2 0 0 0 0 1 1UNIDADE DE SAUDE CAMAQUA 2264528 2 2 0 0 0 0 1 1UNIDADE DE SAUDE CAMPO NOVO 2264536 2 2 0 0 0 0 1 1UNIDADE DE SAUDE IPANEMA 2264544 2 1 1 1 0 0 0 1UNIDADE DE SAUDE JARDIM DAS PALMEIRAS 2264552 1 1 0 0 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE MONTE CRISTO 2264579 2 1 1 1 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE TRISTEZA 2264595 3 2 1 0 0 0 2 1UNIDADE DE SAUDE ALTO EREXIM (PSF) 2264943 1 0 1 0 0 0 0 1UNIDADE DE SAUDE NONOAI 2265001 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE VILA NOVA IPANEMA 6247938 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE GUARUJA 2693437 4 4 0 0 0 0 2 2Gerência Partenon/Lomba do Pinheiro GD7 TOTAL 55 41 14 2 1 2 17 33

UNIDADE DE SAUDE MAPA 2237342 8 5 3 0 0 1 3 4UNIDADE DE SAUDE PANORAMA 2237350 6 4 2 1 0 0 0 5UNIDADE DE SAUDE BANANEIRAS 2237369 4 1 3 0 0 0 0 4UNIDADE DE SAUDE SAO JOSE 2237377 4 3 1 0 0 0 3 1CENTRO DE SAUDE LOMBA DO PINHEIRO 2693402 3 3 0 0 0 0 1 2UNIDADE DE SAUDE HERDEIROS (PSF) 2237458 1 1 0 0 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE PITORESCA (PSF) 2237482 2 1 1 1 0 0 0 1UNIDADE DE SAUDE PANORAMA(PSF) 2237750 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE ESMERALDA (PSF) 2264722 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE SAO PEDRO (PSF) 2264730 2 2 0 0 0 0 1 1UNIDADE DE SAUDE VICOSA (PSF) 2264757 3 2 1 0 0 0 1 2UNIDADE DE SAUDE SAO CARLOS 2264838 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE PEQUENA CASA DA CRIANCA 2264269 10 8 2 0 1 0 0 9UNIDADE DE SAUDE II 8006822 2 1 1 0 0 1 0 1UNIDADE DE SAUDE V 8006830 2 2 0 0 0 0 2 0UNIDADE DE SAUDE IV 8006849 4 4 0 0 0 0 4 0UNIDADE DE SAUDE VI 8006857 2 2 0 0 0 0 1 1UNIDADE DE SAUDE VII 8006865 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE VIII 8006873 0 0 0 0 0 0 0 0CENTRO DE SAUDE ESCOLA MURIALDO 8006881 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE III 8006903 2 2 0 0 0 0 0 2Gerência Restinga/Extremo-Sul GD8 TOTAL 36 28 8 0 0 1 16 19

UNIDADE DE SAUDE 5ª UNIDADE (PSF) 2264234 3 3 0 0 0 0 1 2UNIDADE DE SAUDE CHACARA DO BANCO (PSF) 2264412 3 3 0 0 0 0 3 0UNIDADE DE SAUDE PONTA GROSSA I (PSF) 2264455 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE PITINGA (PSF) 2264749 1 0 1 0 0 0 0 1UNIDADE DE SAUDE CASTELO (PSF) 2693410 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE PAULO VIARO(PSF) NA NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE BELEM NOVO 2264471 3 3 0 0 0 0 2 1UNIDADE DE SAUDE LAMI 2264560 2 2 0 0 0 0 2 0UNIDADE DE SAUDE RESTINGA 2264587 8 4 4 0 0 0 0 8UNIDADE DE SAUDE MACEDONIA 2264609 16 13 3 0 0 1 8 7

2008

A varicela é uma doença viral primária aguda, a l tamente contagiosa e, por conseqüência, exige que se tenha um olhar de vigilância sobre este agravo. Conhecendo os padrões de ocorrência da doença, detectando surtos e implementando medidas de controle, quando possível, pretende-se minimizar o impacto desta doença.

A vigilância epidemiológica de Porto Alegre foi municipalizada no ano de 1995, sendo que neste mesmo ano ocorreu a implantação da notificação para a varicela. Mesmo que a varicela não esteja incluída na relação nacional das doenças de notificação compulsória, o município de Porto Alegre vem acompanhando o comportamento desta infecção. Uma análise

da série histórica deste agravo no município, no período de 1995 a 2000, foi publicada no Boletim Epidemiológico nº 09/2000.

Além da notificação individual de cada caso, tem ocorrido notificação de surtos, especialmente, entre os alunos de escolas infantis e regulares. Estes surtos colocam em risco grupos de maior vulnerabilidade tais como ges tan tes , pessoas com a l te rações imuno lóg i cas e , t ambém, un idades hospitalares.

Até a semana epidemiológica de nº 48, do ano de 2010, há o registro de 2347 casos individuais notificados. A distribuição dos casos e sua incidência nos últimos anos estão demonstradas no gráfico abaixo.

ATUAL SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA VARICELA EM PORTO ALEGRE Sônia Regina Coradini - Enfermeira EVDT/CGVS

Percebe-se na figura acima um aumento da incidência da varicela em 2010 em relação ao ano de 2009. Contudo, a série histórica mostra uma incidência alta em anos anteriores no município de Porto Alegre.

No ano de 2010, chama a atenção a notificação da ocorrência de 2 óbitos por complicações decorrentes da varicela com idades de 4 e 10 anos respectivamente. Em uma avaliação retrospectiva do SIM (Sistema de Mortalidade) até o ano de 2005, somente o ano de 2007 tem um registro de óbito por varicela em uma criança de 6 anos de idade.

Acompanhando as notificações dos

surtos, observou-se um aumento da varicela em relação aos anos anteriores. Em 2008 e 2009 são 09 surtos notificados em cada ano. Já em 2010, até a semana epidemiológica 48, foram notificados 22 surtos. Diante da ausência da vacina de uso regular na rede pública, é importante que profissionais estejam alertados a este aumento de numero de casos, notificando-os, bem como mantendo as medidas necessárias para o controle deste evento. As medidas estão descritas na nota técnica da Secretaria Estadual de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul (SES), apresentada na integra neste Boletim.

Unidades de Saúde TOTAL

GESTANTE GEST C/PN

GEST S/PN

OU IGN ABORTO NATIMORTO

INFECTADA/

OBITO NÃO INFECTADA

PERDA

SEGUIMENTO

Gerência Centro GD1 TOTAL 37 30 7 0 1 3 22 11

UNIDADE DE SAUDE SANTA CECILIA 2264382 3 3 0 0 0 2 0 1CENTRO DE SAUDE SANTA MARTA 2237334 25 20 5 0 1 1 15 8PSF SEM DOMICÍLIO 5463890 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE SANTA MARTA(PSF) 5463874 NA NA NA NA NA NA NA NACENTRO DE SAUDE MODELO 2264390 9 7 2 0 0 0 7 2Gerência Noroeste/Hum-Naveg-Ilhas GD2 TOTAL 47 33 14 4 1 3 24 15

UNIDADE DE SAUDE ILHA DA PINTADA 2237113 1 1 0 0 0 0 1 0CENTRO DE SAUDE VILA IAPI 2237385 9 5 4 2 1 1 5 0UNIDADE DE SAUDE NAZARE (PSF) 2237504 1 1 0 0 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE FARRAPOS 2264285 6 3 3 0 0 2 2 2CENTRO DE SAUDE NAVEGANTES 2264331 5 3 2 0 0 0 3 2UNIDADE DE SAUDE ILHA DOS MARINHEIROS 2264366 5 5 0 0 0 0 3 2UNIDADE DE SAUDE DIRETOR PESTANA 2264374 8 6 2 0 0 0 4 4UNIDADE DE SAUDE VILA IPIRANGA 2264811 1 1 0 0 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE JARDIM ITU 2265079 4 3 1 0 0 0 2 2UNIDADE DE SAUDE VILA FLORESTA 2265109 1 0 1 1 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE HOSPITAL CONCEIÇÃO 2265168 1 1 0 0 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE SANTISSIMA TRINDADE 2265176 4 3 1 1 0 0 1 2UNIDADE DE SAUDE BATISTA FLORES 2264900 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE MARIO QUINTANA (PSF) 3437159 1 1 0 0 0 0 0 1Gerência Norte/Eixo Baltazar GD3 TOTAL 46 40 6 3 2 0 24 17

UNIDADE DE SAUDE ASSIS BRASIL 2237245 4 4 0 0 0 0 2 2UNIDADE DE SAUDE SAO BORJA (PSF) 2237423 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE BECO DOS COQUEIROS(PSF) 2264218 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE PASSO DAS PEDRAS I 2265214 4 4 0 0 1 0 2 1UNIDADE DE SAUDE PASSO DAS PEDRAS II (PSF) 2264250 4 4 0 0 0 0 3 1UNIDADE DE SAUDE ASA BRANCA (PSF) 2264617 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE NOVA BRASILIA 2264633 3 2 1 0 0 0 1 2UNIDADE DE SAUDE NOVA GLEBA (PSF) 2264641 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE VILA ELIZABETE 2264676 4 4 0 0 0 0 2 2UNIDADE DE SAUDE SARANDI 2264684 2 2 0 0 0 0 0 2UNIDADE DE SAUDE SANTA ROSA 2264692 5 3 2 1 0 0 3 1UNIDADE BASICA DE SAUDE RAMOS 2264706 7 6 1 0 1 0 4 2UNIDADE DE SAUDE JENOR JARROS (PSF) 2264714 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE SAO CRISTOVAO 2264854 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE RUBEM BERTA 2264862 4 3 1 0 0 0 3 1UNIDADE DE SAUDE PLANALTO (PSF) 2264919 1 1 0 0 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE COSTA E SILVA 2265087 3 3 0 1 0 0 0 2UNIDADE DE SAUDE PARQUE DOS MAIAS 2265095 2 1 1 1 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE JARDIM LEOPOLDINA 2265125 3 3 0 0 0 0 2 1UNIDADE DE SAUDE NOSSA SENHORA APARECIDA 2265206 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE SANTA FÉ (PSF) 3321428 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE SANTA MARIA (PSF) 3321401 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE ESPERANÇA-CORDEIRO(PSF) 5377978 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE SANTO AGOSTINHO(PSF) 3927997 NA NA NA NA NA NA NA NAGerência Leste-Nordeste GD4 TOTAL 58 46 12 4 0 1 34 19

UNIDADE DE SAUDE MILTA RODRIGUESI (PSF) 2237237 4 4 0 0 0 0 2 2UNIDADE DE SAUDE JARDIM CARVALHO (PSF) 2237946 2 2 0 0 0 0 0 2UNIDADE DE SAUDE JAR PROTASIO ALVES (PSF) 2237954 NA NA NA NA NA NA NA NACENTRO DE SAUDE BOM JESUS 2264188 16 11 5 1 0 0 11 4UNIDADE DE SAUDE JARDIM DA FAPA (PSF) 2264196 1 1 0 0 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE MATO SAMPAIO (PSF) 2264765 3 3 0 0 0 0 3 0UNIDADE DE SAUDE VILA BRASILIA (PSF) 2264773 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE VILA PINTO (PSF) 2264781 1 1 0 0 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE LARANJEIRAS (PSF) 2264803 3 2 1 1 0 0 1 1UNIDADE DE SAUDE TIJUCA (PSF) 2237733 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE SAFIRA (PSF) 2264889 2 1 1 1 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE SAFIRA NOVA (PSF) 2237911 3 3 0 0 0 0 3 0UNIDADE DE SAUDE TIMBAUVA (PSF) 2237210 7 6 1 0 0 0 4 3UNIDADE DE SAUDE MORRO SANTANA 2237792 4 4 0 0 0 0 1 3UNIDADE DE SAUDE VILA JARDIM 2264846 3 2 1 0 0 1 2 0UNIDADE DE SAUDE CHACARA DA FUMACA 2264870 2 2 0 0 0 0 1 1UNIDADE DE SAUDE WENCESLAU FONTOURA (PSF) 2264897 1 0 1 0 0 0 0 1UNIDADE DE SAUDE VILA SESC 2265133 2 1 1 0 0 0 1 1UNIDADE DE SAUDE BARAO DE BAGE 2265141 1 1 0 0 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE DIVINA PROVIDENCIA 2265184 1 1 0 0 0 0 0 1UNIDADE DE SAUDE COINMA 2265192 0 0 0 0 0 0 0 0UBS PUC ( CAMPOS APROXIMADO) HOSPITAL 2262568 2 1 1 1 0 0 1 0GERÊNCIA GLORIA-CRUZEIRO GD5 TOTAL 69 58 11 0 0 4 48 17

UNIDADE DE SAUDE APARICIO BORGES 2237288 2 1 1 0 0 0 2 0UNIDADE DE SAUDE ORFANOTROFIO (PSF) 2237296 1 (GEMELAR) 1 0 0 0 0 2 0UNIDADE DE SAUDE CRISTAL 2237318 7 6 1 0 0 1 4 2UNIDADE DE SAUDE CRUZEIRO DO SUL(PSF) 2237326 1 1 0 0 0 0 0 1UNIDADE DE SAUDE OSMAR FREITAS (PSF) 2237512 3 3 0 0 0 0 2 1UNIDADE DE SAUDE GRACILIANO RAMOS (PSF) 2237903 1 1 0 0 0 0 0 1UNIDADE DE SAUDE SAO GABRIEL (PSF) 2264226 1 1 0 0 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE SANTA TEREZA (PSF) 2264315 10 9 1 0 0 0 8 2UNIDADE DE SAUDE BELEM VELHO 2264498 1 1 0 0 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE TRONCO 2264927 5 4 1 0 0 1 2 2UNIDADE DE SAUDE SANTA ANITA (PSF) 2264935 3 3 0 0 0 1 2 0UNIDADE DE SAUDE VILA GAUCHA 2264994 3 2 1 0 0 0 3 0UNIDADE DE SAUDE JARDIM CASCATA 2264951 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE MATO GROSSO (PSF) 2264978 1 1 0 0 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE PRIMEIRO DE MAIO 2264986 5 5 0 0 0 0 3 2UNIDADE DE SAUDE ESTRADA DOS ALPES 2265028 1 1 0 0 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE VILA CRUZEIRO (FEBEM) 2265036 7 6 1 0 0 1 4 2UNIDADE DE SAUDE GLORIA 2265044 5 5 0 0 0 0 5 0UNIDADE DE SAUDE ALTO EMBRATEL (PSF) 2265222 3 3 0 0 0 0 2 1CENTRO DE SAUDE VILA DOS COMERCIARIOS 2693356 8 3 5 0 0 0 5 3UNIDADE DE SAUDE NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS(PSF)3306453 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE DIVISA (ANTIGO 3857883) (PSF) 3979938 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE NOSSA SENHORA DE BELEM (PSF) 6027725 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE RINCAO (PSF) 5007518 NA NA NA NA NA NA NA NAGerência Sul /Centro-Sul GD6 TOTAL 51 45 6 0 0 2 33 16

UNIDADE DE SAUDE MORADAS DA HIPICA (PSF) 8013632 1 1 0 0 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE CAMPOS DO CRISTAL (PSF) 2237539 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE CIDADE DE DEUS (PSF) 2264420 2 0 2 0 0 0 2 0UNIDADE DE SAUDE MORRO DOS SARGENTOS (PSF) 2264439 1 1 0 0 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE SAO VICENTE MARTIR (PSF) 2264447 1 1 0 0 0 0 0 1UNIDADE DE SAUDE BECO DO ADELAR 2264463 3 3 0 0 0 0 1 2UNIDADE DE SAUDE CALABRIA 2264501 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE CAMAQUA 2264528 9 8 1 0 0 0 5 4UNIDADE DE SAUDE CAMPO NOVO 2264536 2 2 0 0 0 0 1 1UNIDADE DE SAUDE IPANEMA 2264544 2 1 1 0 0 0 2 0UNIDADE DE SAUDE JARDIM DAS PALMEIRAS 2264552 2 2 0 0 0 0 1 1UNIDADE DE SAUDE MONTE CRISTO 2264579 6 6 0 0 0 0 5 1UNIDADE DE SAUDE TRISTEZA 2264595 7 6 1 0 0 0 4 3UNIDADE DE SAUDE ALTO EREXIM (PSF) 2264943 8 7 1 0 0 0 6 2UNIDADE DE SAUDE NONOAI 2265001 7 7 0 0 0 2 4 1UNIDADE DE SAUDE VILA NOVA IPANEMA 6247938 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE GUARUJA 2693437 NA NA NA NA NA NA NA NAGerência Partenon/Lomba do Pinheiro GD7 TOTAL 61 55 6 0 0 5 36 20

UNIDADE DE SAUDE MAPA 2237342 6 5 1 0 0 0 4 2UNIDADE DE SAUDE PANORAMA 2237350 4 4 0 0 0 0 1 3UNIDADE DE SAUDE BANANEIRAS 2237369 2 2 0 0 0 0 1 1UNIDADE DE SAUDE SAO JOSE 2237377 5 5 0 0 0 0 4 1CENTRO DE SAUDE LOMBA DO PINHEIRO 2693402 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE HERDEIROS (PSF) 2237458 1 1 0 0 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE PITORESCA (PSF) 2237482 2 2 0 0 0 0 2 0UNIDADE DE SAUDE PANORAMA(PSF) 2237750 2 2 0 0 0 0 0 2UNIDADE DE SAUDE ESMERALDA (PSF) 2264722 5 4 1 0 0 1 3 1UNIDADE DE SAUDE SAO PEDRO (PSF) 2264730 5 4 1 0 0 0 3 2UNIDADE DE SAUDE VICOSA (PSF) 2264757 1 1 0 0 0 0 0 1UNIDADE DE SAUDE SAO CARLOS 2264838 3 2 1 0 0 0 3 0UNIDADE DE SAUDE PEQUENA CASA DA CRIANCA 2264269 5 4 1 0 0 1 4 0UNIDADE DE SAUDE II 8006822 4 3 1 0 0 0 3 1UNIDADE DE SAUDE V 8006830 3 3 0 0 0 0 2 1UNIDADE DE SAUDE IV 8006849 3 3 0 0 0 0 2 1UNIDADE DE SAUDE VI 8006857 6 6 0 0 0 1 3 2UNIDADE DE SAUDE VII 8006865 1 1 0 0 0 1 0 0UNIDADE DE SAUDE VIII 8006873 1 1 0 0 0 1 0 0CENTRO DE SAUDE ESCOLA MURIALDO 8006881 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE III 8006903 2 2 0 0 0 0 0 2Gerência Restinga/Extremo-Sul GD8 TOTAL 44 39 5 1 1 1 23 18

UNIDADE DE SAUDE 5ª UNIDADE (PSF) 2264234 1 1 0 0 0 0 0 1UNIDADE DE SAUDE CHACARA DO BANCO (PSF) 2264412 4 4 0 0 0 0 3 1UNIDADE DE SAUDE PONTA GROSSA I (PSF) 2264455 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE PITINGA (PSF) 2264749 1 1 0 0 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE CASTELO (PSF) 2693410 2 2 0 0 0 0 1 1UNIDADE DE SAUDE PAULO VIARO(PSF) NA NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE BELEM NOVO 2264471 4 4 0 0 0 0 3 1UNIDADE DE SAUDE LAMI 2264560 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE RESTINGA 2264587 22 18 4 1 1 1 9 10UNIDADE DE SAUDE MACEDONIA 2264609 10 9 1 0 0 0 6 4

2007

Gestantes HIV+ e Criança Exposta em 2007/2008 nas Unidades e Gerências de Saúde.

0

500

1000

1500

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2500

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3500

nºc

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200,00

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de c

aso

s /100.0

00 h

ab

Número de casos 369 2344 2964 3159 2458 2625 2395 3327 2029 2347

Taxa de Incidência( casos/100000hab) 26,87 169,43 212,61 224,89 172,05 182,17 164,82 232,62 141,28 166,46

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Fonte: PMPA/SMS/CGVS/EVDT/SINAN* até a SE 48

04 BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO - Ano XII, nº 44, Novembro 2010 05BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO - Ano XII, nº 44, Novembro 2010

CENTRO ESTADUALDE VIGILÂNCIA SAÚDEDIVISÃO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

NOTA TÉCNICA SOBRE OCORRÊNCIA DE VARICELA NO RS 30/11/10

A Varicela ou Catapora é uma doença altamente

transmissível, causada por um vírus varicela-zoster. Acomete, principalmente, crianças entre um e dez anos, porém pode ocorrer em pessoas suscetíveis (não imunes) em qualquer idade.

Os sintomas iniciais são a febre e erupções maculopapulares (manchas na pele) seguidas de vesículas, disseminadas em todo o corpo, que provocam coceira e evoluem para crostas até a cicatrização.

A transmissão é por contato direto de pessoa a pessoa através de secreções respiratórias (ao falar, espirrar ou tossir) ou pelo contato com as lesões in fec tadas na pe le . O per íodo de ma io r transmissibilidade inicia-se dois dias antes do aparecimento das vesículas e vai até a fase de crosta. O período de incubação varia de duas a três semanas, com média de 12 dias.

Na maioria das vezes, principalmente em crianças, a doença evolui sem conseqüências mais sérias. Contudo, a varicela pode ter evolução grave e até causar o óbito, sendo consideravelmente maior o risco quando ocorre em adultos e pessoas com imunodeficiência. As complicações podem variar desde infecção secundária das lesões de pele, pneumonia, encefalite, complicações hemorrágicas, hepatite, artrite, Síndrome de Reye, até relatos de infecção invasiva severa por estreptococos do grupo A.

A varicela pode ocorrer durante o ano todo, porém observa-se um aumento do número de casos no período que se estende do fim do inverno até a primavera (agosto a novembro), sendo comum, neste período, a ocorrência de surtos em creches e escolas.

No Estado, são notificados a cada ano entre 10 e 20 mil casos, com cerca de 89% dos casos ocorrendo em menores de 15 anos. Em 2009, foram notificados 12.889 casos no RS e em 2010 até o momento 10.970 casos, mantendo o padrão observado nos outros anos. Apesar da doença cursar com baixa letalidade, entre um e três óbitos são detectados anualmente.

VACINAÇÃO EM SURTOSDe acordo com o Programa Nacional de

Imunizações (PNI), a vacina contra a varicela está disponível apenas para bloqueio de surtos em ambiente hospi ta lar , nos comunicantes suscet íve is imunocompetentes maiores de um ano de idade, até 120 h após o contato.

Comunicantes: pessoas com contato íntimo e prolongado, por mais de uma hora, em ambiente fechado.

Suscetíveis: pessoas sem referência de ter tido a doença(diagnóstico clínico ou informação verbal), ou não ter sido vacinado

Uma das grandes conquistas da saúde frente à epidemia da aids é a prevenção da transmissão vertical. Ações efetivas diminuem o risco da transmissão de 20% para índice menores que 1% e, Porto Alegre, sendo uma das capitais do Brasil com maior incidência de aids, tem muito que agir nesta prevenção.

A Equipe de Vigilância das Doenças Transmissíveis faz um grande esforço na detecção de casos, acompanhando as crianças expostas pela gestação/parto por um período de até 24 meses,

Informações sobre a vigilância da gestante HIV+ e criança exposta pela gestação/parto em Porto Alegre

digitando e analisando os casos em dois diferentes sistemas de informação a fim de acompanhá-los nos momentos de pré-natal e parto da criança. Este trabalho é realizado de forma conjunta com vários serviços de saúde da cidade. Em virtude deste esforço, percebe-se a tendência de diminuição da transmissão vertical ao longo dos anos, contudo, a exposição das crianças se mantém, ou seja, 2% dos nascidos na cidade são exposto ao HIV, uma média de 400 gestantes por ano.

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

2.4 2.1 2.1 2.3 1.9 2.21.7 1.9

5.1 5.1

5.8

4.4

3.84

2.1 2.2

0

5

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15

20

25

30

n d

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1

2

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6

7

%

Taxa de Exposição (NV exposto ao HIV por 100 NV) %

Criança infectada e óbitos por HIV

Taxa de Transmissão Vertical do HIV ( infectado eobitos por HIV em 100 exposta) %

Fonte: SINAN/EVDT/CGVS/SMS/POA* Dados sujeitos a revisão

Gráfico 1 – Distribuição da taxa de crianças expostas ao HIV na gestação/parto e taxa de transmissão vertical do HIV em Porto Alegre, período de 2002 a 2009.

Considerando a complexidade deste trabalho que une serviços da atenção primária em saúde (APS) da cidade, serviços especializados como os SAEs (Serviços de Assistência Especializada) , maternidades, laboratórios e vigilância, mas levando em consideração a territorialização que é um pressuposto do SUS, os casos de gestantes HIV+ e crianças expostas pela gestação/parto estão distribuídos por serviços de saúde da APS em Porto

Alegre nas tabelas a seguir nos anos de 2007 e 2008 respectivamente. Para uma análise mais completa, as tabelas possuem variáveis importantes deste processo como a realização do pré-natal, forma de contaminação e encerramento do caso. Esta informação visa à análise de cada serviço de saúde do seu próprio território em relação aos seus casos de Gestantes HIV e crianças expostas.

INDICAÇÃO DA IMUNOGLOBULINA CONTRA VARICELA ZOSTER

A imunoglobulina específica contra varicela zoster (IGHVZ) é preparada com o soro de pacientes que foram infectados com o vírus da varicela zoster e contém elevados títulos de anticorpos.

A IGHVZ é recomendada para uso em comunicantes suscetíveis que apresentem risco aumentado de varicela grave ou complicações, em situações de pós-exposição .

Consideram-se as seguintes indicações:· crianças e adultos imunodeprimidos; · gestantes suscetíveis;· RNs de mães que apresentam varicela nos

últimos cinco dias antes e até 48 horas após o parto;

· RNs prematuros ≥ 28 semanas de gestação, cuja mãe não teve varicela;

· RNs prematuros < 28 semanas de gestação e/ou abaixo de 1000g, independente de história materna de varicela.

De acordo com o Manual para os Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE), essa imunoglobulina deverá ser administrada até 96 horas do contato com o caso índice.

ORIENTAÇÕES GERAIS· afastar as crianças com varicela da creche ou

escola até o 7º dia após o aparecimento das lesões ou até que todas as lesões tenham evoluído para crostas;

· manter cuidados adequados de higiene, incluindo banho diário;

· manter as unhas das mãos das crianças doentes bem aparadas, para evitar lesões que propiciem infecção por bactérias;

· procurar um serviço de saúde para avaliação e orientação;

· não administrar aspirina para crianças com varicela, pois esta pode causar uma complicação grave chamada Síndrome de Reye, caracterizada por quadro neurológico e alterações no fígado;

· administrar imunoglobulina às gestantes suscetíveis em contato com casos de varicela.

NOTIFICAÇÃOA Varicela é doença definida como Notificação

de Interesse Nacional e casos suspeitos devem ser notificados às Secretarias Municipais de Saúde, sendo a Ficha de Notificação Individual digitada no SINAN-NET.

Ocorrendo aumento do número de casos que torne operacionalmente inviável a digitação da ficha individual, pode ser utilizada a Ficha de Notificação de Surto, especificando o provável local de contágio. Garantir que ao menos 10% dos casos estejam digitados como Notificação Individual.

Lisiane M. W. Acosta/EVDT/CGVSCarolina Von Muhlen Corsetti/Estagiária EVDT/CGVS

Aimara Santos dos Santos/Estagiária EVDT/CGVSJaqueline Machado Ewald/ Estagiária EVDT/CGVS

04 BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO - Ano XII, nº 44, Novembro 2010 05BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO - Ano XII, nº 44, Novembro 2010

CENTRO ESTADUALDE VIGILÂNCIA SAÚDEDIVISÃO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

NOTA TÉCNICA SOBRE OCORRÊNCIA DE VARICELA NO RS 30/11/10

A Varicela ou Catapora é uma doença altamente

transmissível, causada por um vírus varicela-zoster. Acomete, principalmente, crianças entre um e dez anos, porém pode ocorrer em pessoas suscetíveis (não imunes) em qualquer idade.

Os sintomas iniciais são a febre e erupções maculopapulares (manchas na pele) seguidas de vesículas, disseminadas em todo o corpo, que provocam coceira e evoluem para crostas até a cicatrização.

A transmissão é por contato direto de pessoa a pessoa através de secreções respiratórias (ao falar, espirrar ou tossir) ou pelo contato com as lesões in fec tadas na pe le . O per íodo de ma io r transmissibilidade inicia-se dois dias antes do aparecimento das vesículas e vai até a fase de crosta. O período de incubação varia de duas a três semanas, com média de 12 dias.

Na maioria das vezes, principalmente em crianças, a doença evolui sem conseqüências mais sérias. Contudo, a varicela pode ter evolução grave e até causar o óbito, sendo consideravelmente maior o risco quando ocorre em adultos e pessoas com imunodeficiência. As complicações podem variar desde infecção secundária das lesões de pele, pneumonia, encefalite, complicações hemorrágicas, hepatite, artrite, Síndrome de Reye, até relatos de infecção invasiva severa por estreptococos do grupo A.

A varicela pode ocorrer durante o ano todo, porém observa-se um aumento do número de casos no período que se estende do fim do inverno até a primavera (agosto a novembro), sendo comum, neste período, a ocorrência de surtos em creches e escolas.

No Estado, são notificados a cada ano entre 10 e 20 mil casos, com cerca de 89% dos casos ocorrendo em menores de 15 anos. Em 2009, foram notificados 12.889 casos no RS e em 2010 até o momento 10.970 casos, mantendo o padrão observado nos outros anos. Apesar da doença cursar com baixa letalidade, entre um e três óbitos são detectados anualmente.

VACINAÇÃO EM SURTOSDe acordo com o Programa Nacional de

Imunizações (PNI), a vacina contra a varicela está disponível apenas para bloqueio de surtos em ambiente hospi ta lar , nos comunicantes suscet íve is imunocompetentes maiores de um ano de idade, até 120 h após o contato.

Comunicantes: pessoas com contato íntimo e prolongado, por mais de uma hora, em ambiente fechado.

Suscetíveis: pessoas sem referência de ter tido a doença(diagnóstico clínico ou informação verbal), ou não ter sido vacinado

Uma das grandes conquistas da saúde frente à epidemia da aids é a prevenção da transmissão vertical. Ações efetivas diminuem o risco da transmissão de 20% para índice menores que 1% e, Porto Alegre, sendo uma das capitais do Brasil com maior incidência de aids, tem muito que agir nesta prevenção.

A Equipe de Vigilância das Doenças Transmissíveis faz um grande esforço na detecção de casos, acompanhando as crianças expostas pela gestação/parto por um período de até 24 meses,

Informações sobre a vigilância da gestante HIV+ e criança exposta pela gestação/parto em Porto Alegre

digitando e analisando os casos em dois diferentes sistemas de informação a fim de acompanhá-los nos momentos de pré-natal e parto da criança. Este trabalho é realizado de forma conjunta com vários serviços de saúde da cidade. Em virtude deste esforço, percebe-se a tendência de diminuição da transmissão vertical ao longo dos anos, contudo, a exposição das crianças se mantém, ou seja, 2% dos nascidos na cidade são exposto ao HIV, uma média de 400 gestantes por ano.

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

2.4 2.1 2.1 2.3 1.9 2.21.7 1.9

5.1 5.1

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Taxa de Exposição (NV exposto ao HIV por 100 NV) %

Criança infectada e óbitos por HIV

Taxa de Transmissão Vertical do HIV ( infectado eobitos por HIV em 100 exposta) %

Fonte: SINAN/EVDT/CGVS/SMS/POA* Dados sujeitos a revisão

Gráfico 1 – Distribuição da taxa de crianças expostas ao HIV na gestação/parto e taxa de transmissão vertical do HIV em Porto Alegre, período de 2002 a 2009.

Considerando a complexidade deste trabalho que une serviços da atenção primária em saúde (APS) da cidade, serviços especializados como os SAEs (Serviços de Assistência Especializada) , maternidades, laboratórios e vigilância, mas levando em consideração a territorialização que é um pressuposto do SUS, os casos de gestantes HIV+ e crianças expostas pela gestação/parto estão distribuídos por serviços de saúde da APS em Porto

Alegre nas tabelas a seguir nos anos de 2007 e 2008 respectivamente. Para uma análise mais completa, as tabelas possuem variáveis importantes deste processo como a realização do pré-natal, forma de contaminação e encerramento do caso. Esta informação visa à análise de cada serviço de saúde do seu próprio território em relação aos seus casos de Gestantes HIV e crianças expostas.

INDICAÇÃO DA IMUNOGLOBULINA CONTRA VARICELA ZOSTER

A imunoglobulina específica contra varicela zoster (IGHVZ) é preparada com o soro de pacientes que foram infectados com o vírus da varicela zoster e contém elevados títulos de anticorpos.

A IGHVZ é recomendada para uso em comunicantes suscetíveis que apresentem risco aumentado de varicela grave ou complicações, em situações de pós-exposição .

Consideram-se as seguintes indicações:· crianças e adultos imunodeprimidos; · gestantes suscetíveis;· RNs de mães que apresentam varicela nos

últimos cinco dias antes e até 48 horas após o parto;

· RNs prematuros ≥ 28 semanas de gestação, cuja mãe não teve varicela;

· RNs prematuros < 28 semanas de gestação e/ou abaixo de 1000g, independente de história materna de varicela.

De acordo com o Manual para os Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE), essa imunoglobulina deverá ser administrada até 96 horas do contato com o caso índice.

ORIENTAÇÕES GERAIS· afastar as crianças com varicela da creche ou

escola até o 7º dia após o aparecimento das lesões ou até que todas as lesões tenham evoluído para crostas;

· manter cuidados adequados de higiene, incluindo banho diário;

· manter as unhas das mãos das crianças doentes bem aparadas, para evitar lesões que propiciem infecção por bactérias;

· procurar um serviço de saúde para avaliação e orientação;

· não administrar aspirina para crianças com varicela, pois esta pode causar uma complicação grave chamada Síndrome de Reye, caracterizada por quadro neurológico e alterações no fígado;

· administrar imunoglobulina às gestantes suscetíveis em contato com casos de varicela.

NOTIFICAÇÃOA Varicela é doença definida como Notificação

de Interesse Nacional e casos suspeitos devem ser notificados às Secretarias Municipais de Saúde, sendo a Ficha de Notificação Individual digitada no SINAN-NET.

Ocorrendo aumento do número de casos que torne operacionalmente inviável a digitação da ficha individual, pode ser utilizada a Ficha de Notificação de Surto, especificando o provável local de contágio. Garantir que ao menos 10% dos casos estejam digitados como Notificação Individual.

Lisiane M. W. Acosta/EVDT/CGVSCarolina Von Muhlen Corsetti/Estagiária EVDT/CGVS

Aimara Santos dos Santos/Estagiária EVDT/CGVSJaqueline Machado Ewald/ Estagiária EVDT/CGVS

Gráfico 1- Distribuição dos casos de varicela e o coeficiente de incidência em Porto Alegre no período de 2001 a 2010*.

0306 BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO - Ano XII, nº 44, Novembro 2010 BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO - Ano XII, nº 44, Novembro 2010

Unidades de Saúde TOTAL

GESTANTE GEST C/PN

GEST S/PN OU

IGN ABORTO NATIMORTO

INFECTADA

/OBITO NÃO INFECTADA

PERDA

SEGUIMENTO

Gerência Centro GD1 TOTAL 35 26 9 2 1 0 16 16

UNIDADE DE SAUDE SANTA CECILIA 2264382 2 2 0 0 0 0 0 2CENTRO DE SAUDE SANTA MARTA 2237334 22 14 8 2 0 0 10 10PSF SEM DOMICÍLIO 5463890 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE SANTA MARTA(PSF) 5463874 NA NA NA NA NA NA NA NACENTRO DE SAUDE MODELO 2264390 11 10 1 0 1 0 6 4Gerência Noroeste/Hum-Naveg-Ilhas GD2 TOTAL 44 34 10 5 0 2 13 24

UNIDADE DE SAUDE ILHA DA PINTADA 2237113 0 0 0 0 0 0 0 0CENTRO DE SAUDE VILA IAPI 2237385 7 5 2 1 0 0 2 4UNIDADE DE SAUDE NAZARE (PSF) 2237504 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE FARRAPOS 2264285 14 12 2 2 0 1 6 5CENTRO DE SAUDE NAVEGANTES 2264331 7 5 2 1 0 0 0 6UNIDADE DE SAUDE ILHA DOS MARINHEIROS 2264366 2 2 0 0 0 0 1 1UNIDADE DE SAUDE DIRETOR PESTANA 2264374 5 3 2 1 0 0 1 3UNIDADE DE SAUDE VILA IPIRANGA 2264811 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE JARDIM ITU 2265079 4 3 1 0 0 0 1 3UNIDADE DE SAUDE VILA FLORESTA 2265109 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE HOSPITAL CONCEIÇÃO 2265168 1 1 0 0 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE SANTISSIMA TRINDADE 2265176 3 2 1 0 0 0 1 2UNIDADE DE SAUDE BATISTA FLORES 2264900 1 1 0 0 0 1 0 0UNIDADE DE SAUDE MARIO QUINTANA (PSF) 3437159 0 0 0 0 0 0 0 0Gerência Norte/Eixo Baltazar GD3 TOTAL 40 33 7 5 4 0 17 14

UNIDADE DE SAUDE ASSIS BRASIL 2237245 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE SAO BORJA (PSF) 2237423 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE BECO DOS COQUEIROS(PSF) 2264218 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE PASSO DAS PEDRAS I 2265214 5 4 1 3 0 0 1 1UNIDADE DE SAUDE PASSO DAS PEDRAS II (PSF) 2264250 3 2 1 0 1 0 2 0UNIDADE DE SAUDE ASA BRANCA (PSF) 2264617 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE NOVA BRASILIA 2264633 2 2 0 0 0 0 1 1UNIDADE DE SAUDE NOVA GLEBA (PSF) 2264641 1 1 0 0 0 0 0 1UNIDADE DE SAUDE VILA ELIZABETE 2264676 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE SARANDI 2264684 3 2 1 0 0 0 2 1UNIDADE DE SAUDE SANTA ROSA 2264692 3 2 1 1 0 0 1 1UNIDADE BASICA DE SAUDE RAMOS 2264706 5 4 1 0 1 0 1 3UNIDADE DE SAUDE JENOR JARROS (PSF) 2264714 1 1 0 0 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE SAO CRISTOVAO 2264854 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE RUBEM BERTA 2264862 7 6 1 1 0 0 4 2UNIDADE DE SAUDE PLANALTO (PSF) 2264919 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE COSTA E SILVA 2265087 4 4 0 0 1 0 2 1UNIDADE DE SAUDE PARQUE DOS MAIAS 2265095 2 2 0 0 0 0 1 1UNIDADE DE SAUDE JARDIM LEOPOLDINA 2265125 2 1 1 0 1 0 1 0UNIDADE DE SAUDE NOSSA SENHORA APARECIDA 2265206 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE SANTA FÉ (PSF) 3321428 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE SANTA MARIA (PSF) 3321401 2 2 0 0 0 0 0 2UNIDADE DE SAUDE ESPERANÇA-CORDEIRO(PSF) 5377978 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE SANTO AGOSTINHO(PSF) 3927997 NA NA NA NA NA NA NA NAGerência Leste-Nordeste GD4 TOTAL 57(1 GEMELAR) 51(1 GEMELAR) 6 5 3 1 22 27

UNIDADE DE SAUDE MILTA RODRIGUESI (PSF) 2237237 2 2 0 0 0 0 0 2UNIDADE DE SAUDE JARDIM CARVALHO (PSF) 2237946 4 4 0 0 0 0 1 3UNIDADE DE SAUDE JARDIM PROTASIO ALVES (PSF) 2237954 NA NA NA NA NA NA NA NACENTRO DE SAUDE BOM JESUS 2264188 7 6 1 0 1 0 1 5UNIDADE DE SAUDE JARDIM DA FAPA (PSF) 2264196 6 6 0 0 1 0 3 2UNIDADE DE SAUDE MATO SAMPAIO (PSF) 2264765 3 2 1 0 0 0 2 1UNIDADE DE SAUDE VILA BRASILIA (PSF) 2264773 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE VILA PINTO (PSF) 2264781 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE LARANJEIRAS (PSF) 2264803 1 1 0 0 0 0 0 1UNIDADE DE SAUDE TIJUCA (PSF) 2237733 3 2 1 0 0 0 2 1UNIDADE DE SAUDE SAFIRA (PSF) 2264889 4( 1 GEMELAR) 4(1 GEMELAR) 0 1 0 0 4 0UNIDADE DE SAUDE SAFIRA NOVA (PSF) 2237911 1 1 0 0 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE TIMBAUVA (PSF) 2237210 6 6 0 0 0 0 4 2UNIDADE DE SAUDE MORRO SANTANA 2237792 2 1 1 1 0 0 0 1UNIDADE DE SAUDE VILA JARDIM 2264846 2 1 1 1 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE CHACARA DA FUMACA 2264870 11 10 1 2 0 0 2 7UNIDADE DE SAUDE WENCESLAU FONTOURA (PSF) 2264897 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE VILA SESC 2265133 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE BARAO DE BAGE 2265141 2 2 0 0 0 0 1 1UNIDADE DE SAUDE DIVINA PROVIDENCIA 2265184 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE COINMA 2265192 0 0 0 0 0 0 0 0UBS PUC ( CAMPOS APROXIMADO) HOSPITAL 2262568 3 3 0 0 1 1 0 1GERÊNCIA GLORIA-CRUZEIRO GD5 TOTAL 55 43 12 1 3 1 25 25

UNIDADE DE SAUDE APARICIO BORGES 2237288 1 1 0 0 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE ORFANOTROFIO (PSF) 2237296 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE CRISTAL 2237318 6 1 5 1 1 1 1 2UNIDADE DE SAUDE CRUZEIRO DO SUL(PSF) 2237326 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE OSMAR FREITAS (PSF) 2237512 3 3 0 0 0 0 1 2UNIDADE DE SAUDE GRACILIANO RAMOS (PSF) 2237903 1 1 0 0 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE SAO GABRIEL (PSF) 2264226 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE SANTA TEREZA (PSF) 2264315 3 3 0 0 0 0 1 2UNIDADE DE SAUDE BELEM VELHO 2264498 4 3 1 0 0 0 4 0UNIDADE DE SAUDE TRONCO 2264927 5 4 1 0 0 0 1 4UNIDADE DE SAUDE SANTA ANITA (PSF) 2264935 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE VILA GAUCHA 2264994 2 2 0 0 0 0 1 1UNIDADE DE SAUDE JARDIM CASCATA 2264951 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE MATO GROSSO (PSF) 2264978 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE PRIMEIRO DE MAIO 2264986 2 1 1 0 0 0 0 2UNIDADE DE SAUDE ESTRADA DOS ALPES 2265028 1 1 0 0 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE VILA CRUZEIRO (FEBEM) 2265036 6 4 2 0 0 0 4 2UNIDADE DE SAUDE GLORIA 2265044 7 7 0 0 0 0 3 4UNIDADE DE SAUDE ALTO EMBRATEL (PSF) 2265222 0 0 0 0 0 0 0 0CENTRO DE SAUDE VILA DOS COMERCIARIOS 2693356 13 11 2 0 2 0 5 6UNIDADE DE SAUDE NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS(PSF) 3306453 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE DIVISA (ANTIGO 3857883) (PSF) 3979938 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE NOSSA SENHORA DE BELEM (PSF) 6027725 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE RINCAO (PSF) 5007518 1 1 0 0 0 0 1 0Gerência Sul /Centro-Sul GD6 TOTAL 31 26 5 2 0 1 9 19

UNIDADE DE SAUDE MORADAS DA HIPICA (PSF) 8013632 1 1 0 0 0 0 0 1UNIDADE DE SAUDE CAMPOS DO CRISTAL (PSF) 2237539 2 2 0 0 0 0 0 2UNIDADE DE SAUDE CIDADE DE DEUS (PSF) 2264420 4 3 1 0 0 0 0 4UNIDADE DE SAUDE MORRO DOS SARGENTOS (PSF) 2264439 1 1 0 0 0 0 0 1UNIDADE DE SAUDE SAO VICENTE MARTIR (PSF) 2264447 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE BECO DO ADELAR 2264463 4 4 0 0 0 1 0 3UNIDADE DE SAUDE CALABRIA 2264501 2 2 0 0 0 0 1 1UNIDADE DE SAUDE CAMAQUA 2264528 2 2 0 0 0 0 1 1UNIDADE DE SAUDE CAMPO NOVO 2264536 2 2 0 0 0 0 1 1UNIDADE DE SAUDE IPANEMA 2264544 2 1 1 1 0 0 0 1UNIDADE DE SAUDE JARDIM DAS PALMEIRAS 2264552 1 1 0 0 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE MONTE CRISTO 2264579 2 1 1 1 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE TRISTEZA 2264595 3 2 1 0 0 0 2 1UNIDADE DE SAUDE ALTO EREXIM (PSF) 2264943 1 0 1 0 0 0 0 1UNIDADE DE SAUDE NONOAI 2265001 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE VILA NOVA IPANEMA 6247938 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE GUARUJA 2693437 4 4 0 0 0 0 2 2Gerência Partenon/Lomba do Pinheiro GD7 TOTAL 55 41 14 2 1 2 17 33

UNIDADE DE SAUDE MAPA 2237342 8 5 3 0 0 1 3 4UNIDADE DE SAUDE PANORAMA 2237350 6 4 2 1 0 0 0 5UNIDADE DE SAUDE BANANEIRAS 2237369 4 1 3 0 0 0 0 4UNIDADE DE SAUDE SAO JOSE 2237377 4 3 1 0 0 0 3 1CENTRO DE SAUDE LOMBA DO PINHEIRO 2693402 3 3 0 0 0 0 1 2UNIDADE DE SAUDE HERDEIROS (PSF) 2237458 1 1 0 0 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE PITORESCA (PSF) 2237482 2 1 1 1 0 0 0 1UNIDADE DE SAUDE PANORAMA(PSF) 2237750 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE ESMERALDA (PSF) 2264722 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE SAO PEDRO (PSF) 2264730 2 2 0 0 0 0 1 1UNIDADE DE SAUDE VICOSA (PSF) 2264757 3 2 1 0 0 0 1 2UNIDADE DE SAUDE SAO CARLOS 2264838 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE PEQUENA CASA DA CRIANCA 2264269 10 8 2 0 1 0 0 9UNIDADE DE SAUDE II 8006822 2 1 1 0 0 1 0 1UNIDADE DE SAUDE V 8006830 2 2 0 0 0 0 2 0UNIDADE DE SAUDE IV 8006849 4 4 0 0 0 0 4 0UNIDADE DE SAUDE VI 8006857 2 2 0 0 0 0 1 1UNIDADE DE SAUDE VII 8006865 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE VIII 8006873 0 0 0 0 0 0 0 0CENTRO DE SAUDE ESCOLA MURIALDO 8006881 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE III 8006903 2 2 0 0 0 0 0 2Gerência Restinga/Extremo-Sul GD8 TOTAL 36 28 8 0 0 1 16 19

UNIDADE DE SAUDE 5ª UNIDADE (PSF) 2264234 3 3 0 0 0 0 1 2UNIDADE DE SAUDE CHACARA DO BANCO (PSF) 2264412 3 3 0 0 0 0 3 0UNIDADE DE SAUDE PONTA GROSSA I (PSF) 2264455 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE PITINGA (PSF) 2264749 1 0 1 0 0 0 0 1UNIDADE DE SAUDE CASTELO (PSF) 2693410 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE PAULO VIARO(PSF) NA NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE BELEM NOVO 2264471 3 3 0 0 0 0 2 1UNIDADE DE SAUDE LAMI 2264560 2 2 0 0 0 0 2 0UNIDADE DE SAUDE RESTINGA 2264587 8 4 4 0 0 0 0 8UNIDADE DE SAUDE MACEDONIA 2264609 16 13 3 0 0 1 8 7

2008

A varicela é uma doença viral primária aguda, a l tamente contagiosa e, por conseqüência, exige que se tenha um olhar de vigilância sobre este agravo. Conhecendo os padrões de ocorrência da doença, detectando surtos e implementando medidas de controle, quando possível, pretende-se minimizar o impacto desta doença.

A vigilância epidemiológica de Porto Alegre foi municipalizada no ano de 1995, sendo que neste mesmo ano ocorreu a implantação da notificação para a varicela. Mesmo que a varicela não esteja incluída na relação nacional das doenças de notificação compulsória, o município de Porto Alegre vem acompanhando o comportamento desta infecção. Uma análise

da série histórica deste agravo no município, no período de 1995 a 2000, foi publicada no Boletim Epidemiológico nº 09/2000.

Além da notificação individual de cada caso, tem ocorrido notificação de surtos, especialmente, entre os alunos de escolas infantis e regulares. Estes surtos colocam em risco grupos de maior vulnerabilidade tais como ges tan tes , pessoas com a l te rações imuno lóg i cas e , t ambém, un idades hospitalares.

Até a semana epidemiológica de nº 48, do ano de 2010, há o registro de 2347 casos individuais notificados. A distribuição dos casos e sua incidência nos últimos anos estão demonstradas no gráfico abaixo.

ATUAL SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA VARICELA EM PORTO ALEGRE Sônia Regina Coradini - Enfermeira EVDT/CGVS

Percebe-se na figura acima um aumento da incidência da varicela em 2010 em relação ao ano de 2009. Contudo, a série histórica mostra uma incidência alta em anos anteriores no município de Porto Alegre.

No ano de 2010, chama a atenção a notificação da ocorrência de 2 óbitos por complicações decorrentes da varicela com idades de 4 e 10 anos respectivamente. Em uma avaliação retrospectiva do SIM (Sistema de Mortalidade) até o ano de 2005, somente o ano de 2007 tem um registro de óbito por varicela em uma criança de 6 anos de idade.

Acompanhando as notificações dos

surtos, observou-se um aumento da varicela em relação aos anos anteriores. Em 2008 e 2009 são 09 surtos notificados em cada ano. Já em 2010, até a semana epidemiológica 48, foram notificados 22 surtos. Diante da ausência da vacina de uso regular na rede pública, é importante que profissionais estejam alertados a este aumento de numero de casos, notificando-os, bem como mantendo as medidas necessárias para o controle deste evento. As medidas estão descritas na nota técnica da Secretaria Estadual de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul (SES), apresentada na integra neste Boletim.

Unidades de Saúde TOTAL

GESTANTE GEST C/PN

GEST S/PN

OU IGN ABORTO NATIMORTO

INFECTADA/

OBITO NÃO INFECTADA

PERDA

SEGUIMENTO

Gerência Centro GD1 TOTAL 37 30 7 0 1 3 22 11

UNIDADE DE SAUDE SANTA CECILIA 2264382 3 3 0 0 0 2 0 1CENTRO DE SAUDE SANTA MARTA 2237334 25 20 5 0 1 1 15 8PSF SEM DOMICÍLIO 5463890 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE SANTA MARTA(PSF) 5463874 NA NA NA NA NA NA NA NACENTRO DE SAUDE MODELO 2264390 9 7 2 0 0 0 7 2Gerência Noroeste/Hum-Naveg-Ilhas GD2 TOTAL 47 33 14 4 1 3 24 15

UNIDADE DE SAUDE ILHA DA PINTADA 2237113 1 1 0 0 0 0 1 0CENTRO DE SAUDE VILA IAPI 2237385 9 5 4 2 1 1 5 0UNIDADE DE SAUDE NAZARE (PSF) 2237504 1 1 0 0 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE FARRAPOS 2264285 6 3 3 0 0 2 2 2CENTRO DE SAUDE NAVEGANTES 2264331 5 3 2 0 0 0 3 2UNIDADE DE SAUDE ILHA DOS MARINHEIROS 2264366 5 5 0 0 0 0 3 2UNIDADE DE SAUDE DIRETOR PESTANA 2264374 8 6 2 0 0 0 4 4UNIDADE DE SAUDE VILA IPIRANGA 2264811 1 1 0 0 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE JARDIM ITU 2265079 4 3 1 0 0 0 2 2UNIDADE DE SAUDE VILA FLORESTA 2265109 1 0 1 1 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE HOSPITAL CONCEIÇÃO 2265168 1 1 0 0 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE SANTISSIMA TRINDADE 2265176 4 3 1 1 0 0 1 2UNIDADE DE SAUDE BATISTA FLORES 2264900 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE MARIO QUINTANA (PSF) 3437159 1 1 0 0 0 0 0 1Gerência Norte/Eixo Baltazar GD3 TOTAL 46 40 6 3 2 0 24 17

UNIDADE DE SAUDE ASSIS BRASIL 2237245 4 4 0 0 0 0 2 2UNIDADE DE SAUDE SAO BORJA (PSF) 2237423 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE BECO DOS COQUEIROS(PSF) 2264218 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE PASSO DAS PEDRAS I 2265214 4 4 0 0 1 0 2 1UNIDADE DE SAUDE PASSO DAS PEDRAS II (PSF) 2264250 4 4 0 0 0 0 3 1UNIDADE DE SAUDE ASA BRANCA (PSF) 2264617 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE NOVA BRASILIA 2264633 3 2 1 0 0 0 1 2UNIDADE DE SAUDE NOVA GLEBA (PSF) 2264641 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE VILA ELIZABETE 2264676 4 4 0 0 0 0 2 2UNIDADE DE SAUDE SARANDI 2264684 2 2 0 0 0 0 0 2UNIDADE DE SAUDE SANTA ROSA 2264692 5 3 2 1 0 0 3 1UNIDADE BASICA DE SAUDE RAMOS 2264706 7 6 1 0 1 0 4 2UNIDADE DE SAUDE JENOR JARROS (PSF) 2264714 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE SAO CRISTOVAO 2264854 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE RUBEM BERTA 2264862 4 3 1 0 0 0 3 1UNIDADE DE SAUDE PLANALTO (PSF) 2264919 1 1 0 0 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE COSTA E SILVA 2265087 3 3 0 1 0 0 0 2UNIDADE DE SAUDE PARQUE DOS MAIAS 2265095 2 1 1 1 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE JARDIM LEOPOLDINA 2265125 3 3 0 0 0 0 2 1UNIDADE DE SAUDE NOSSA SENHORA APARECIDA 2265206 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE SANTA FÉ (PSF) 3321428 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE SANTA MARIA (PSF) 3321401 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE ESPERANÇA-CORDEIRO(PSF) 5377978 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE SANTO AGOSTINHO(PSF) 3927997 NA NA NA NA NA NA NA NAGerência Leste-Nordeste GD4 TOTAL 58 46 12 4 0 1 34 19

UNIDADE DE SAUDE MILTA RODRIGUESI (PSF) 2237237 4 4 0 0 0 0 2 2UNIDADE DE SAUDE JARDIM CARVALHO (PSF) 2237946 2 2 0 0 0 0 0 2UNIDADE DE SAUDE JAR PROTASIO ALVES (PSF) 2237954 NA NA NA NA NA NA NA NACENTRO DE SAUDE BOM JESUS 2264188 16 11 5 1 0 0 11 4UNIDADE DE SAUDE JARDIM DA FAPA (PSF) 2264196 1 1 0 0 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE MATO SAMPAIO (PSF) 2264765 3 3 0 0 0 0 3 0UNIDADE DE SAUDE VILA BRASILIA (PSF) 2264773 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE VILA PINTO (PSF) 2264781 1 1 0 0 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE LARANJEIRAS (PSF) 2264803 3 2 1 1 0 0 1 1UNIDADE DE SAUDE TIJUCA (PSF) 2237733 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE SAFIRA (PSF) 2264889 2 1 1 1 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE SAFIRA NOVA (PSF) 2237911 3 3 0 0 0 0 3 0UNIDADE DE SAUDE TIMBAUVA (PSF) 2237210 7 6 1 0 0 0 4 3UNIDADE DE SAUDE MORRO SANTANA 2237792 4 4 0 0 0 0 1 3UNIDADE DE SAUDE VILA JARDIM 2264846 3 2 1 0 0 1 2 0UNIDADE DE SAUDE CHACARA DA FUMACA 2264870 2 2 0 0 0 0 1 1UNIDADE DE SAUDE WENCESLAU FONTOURA (PSF) 2264897 1 0 1 0 0 0 0 1UNIDADE DE SAUDE VILA SESC 2265133 2 1 1 0 0 0 1 1UNIDADE DE SAUDE BARAO DE BAGE 2265141 1 1 0 0 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE DIVINA PROVIDENCIA 2265184 1 1 0 0 0 0 0 1UNIDADE DE SAUDE COINMA 2265192 0 0 0 0 0 0 0 0UBS PUC ( CAMPOS APROXIMADO) HOSPITAL 2262568 2 1 1 1 0 0 1 0GERÊNCIA GLORIA-CRUZEIRO GD5 TOTAL 69 58 11 0 0 4 48 17

UNIDADE DE SAUDE APARICIO BORGES 2237288 2 1 1 0 0 0 2 0UNIDADE DE SAUDE ORFANOTROFIO (PSF) 2237296 1 (GEMELAR) 1 0 0 0 0 2 0UNIDADE DE SAUDE CRISTAL 2237318 7 6 1 0 0 1 4 2UNIDADE DE SAUDE CRUZEIRO DO SUL(PSF) 2237326 1 1 0 0 0 0 0 1UNIDADE DE SAUDE OSMAR FREITAS (PSF) 2237512 3 3 0 0 0 0 2 1UNIDADE DE SAUDE GRACILIANO RAMOS (PSF) 2237903 1 1 0 0 0 0 0 1UNIDADE DE SAUDE SAO GABRIEL (PSF) 2264226 1 1 0 0 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE SANTA TEREZA (PSF) 2264315 10 9 1 0 0 0 8 2UNIDADE DE SAUDE BELEM VELHO 2264498 1 1 0 0 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE TRONCO 2264927 5 4 1 0 0 1 2 2UNIDADE DE SAUDE SANTA ANITA (PSF) 2264935 3 3 0 0 0 1 2 0UNIDADE DE SAUDE VILA GAUCHA 2264994 3 2 1 0 0 0 3 0UNIDADE DE SAUDE JARDIM CASCATA 2264951 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE MATO GROSSO (PSF) 2264978 1 1 0 0 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE PRIMEIRO DE MAIO 2264986 5 5 0 0 0 0 3 2UNIDADE DE SAUDE ESTRADA DOS ALPES 2265028 1 1 0 0 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE VILA CRUZEIRO (FEBEM) 2265036 7 6 1 0 0 1 4 2UNIDADE DE SAUDE GLORIA 2265044 5 5 0 0 0 0 5 0UNIDADE DE SAUDE ALTO EMBRATEL (PSF) 2265222 3 3 0 0 0 0 2 1CENTRO DE SAUDE VILA DOS COMERCIARIOS 2693356 8 3 5 0 0 0 5 3UNIDADE DE SAUDE NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS(PSF)3306453 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE DIVISA (ANTIGO 3857883) (PSF) 3979938 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE NOSSA SENHORA DE BELEM (PSF) 6027725 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE RINCAO (PSF) 5007518 NA NA NA NA NA NA NA NAGerência Sul /Centro-Sul GD6 TOTAL 51 45 6 0 0 2 33 16

UNIDADE DE SAUDE MORADAS DA HIPICA (PSF) 8013632 1 1 0 0 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE CAMPOS DO CRISTAL (PSF) 2237539 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE CIDADE DE DEUS (PSF) 2264420 2 0 2 0 0 0 2 0UNIDADE DE SAUDE MORRO DOS SARGENTOS (PSF) 2264439 1 1 0 0 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE SAO VICENTE MARTIR (PSF) 2264447 1 1 0 0 0 0 0 1UNIDADE DE SAUDE BECO DO ADELAR 2264463 3 3 0 0 0 0 1 2UNIDADE DE SAUDE CALABRIA 2264501 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE CAMAQUA 2264528 9 8 1 0 0 0 5 4UNIDADE DE SAUDE CAMPO NOVO 2264536 2 2 0 0 0 0 1 1UNIDADE DE SAUDE IPANEMA 2264544 2 1 1 0 0 0 2 0UNIDADE DE SAUDE JARDIM DAS PALMEIRAS 2264552 2 2 0 0 0 0 1 1UNIDADE DE SAUDE MONTE CRISTO 2264579 6 6 0 0 0 0 5 1UNIDADE DE SAUDE TRISTEZA 2264595 7 6 1 0 0 0 4 3UNIDADE DE SAUDE ALTO EREXIM (PSF) 2264943 8 7 1 0 0 0 6 2UNIDADE DE SAUDE NONOAI 2265001 7 7 0 0 0 2 4 1UNIDADE DE SAUDE VILA NOVA IPANEMA 6247938 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE GUARUJA 2693437 NA NA NA NA NA NA NA NAGerência Partenon/Lomba do Pinheiro GD7 TOTAL 61 55 6 0 0 5 36 20

UNIDADE DE SAUDE MAPA 2237342 6 5 1 0 0 0 4 2UNIDADE DE SAUDE PANORAMA 2237350 4 4 0 0 0 0 1 3UNIDADE DE SAUDE BANANEIRAS 2237369 2 2 0 0 0 0 1 1UNIDADE DE SAUDE SAO JOSE 2237377 5 5 0 0 0 0 4 1CENTRO DE SAUDE LOMBA DO PINHEIRO 2693402 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE HERDEIROS (PSF) 2237458 1 1 0 0 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE PITORESCA (PSF) 2237482 2 2 0 0 0 0 2 0UNIDADE DE SAUDE PANORAMA(PSF) 2237750 2 2 0 0 0 0 0 2UNIDADE DE SAUDE ESMERALDA (PSF) 2264722 5 4 1 0 0 1 3 1UNIDADE DE SAUDE SAO PEDRO (PSF) 2264730 5 4 1 0 0 0 3 2UNIDADE DE SAUDE VICOSA (PSF) 2264757 1 1 0 0 0 0 0 1UNIDADE DE SAUDE SAO CARLOS 2264838 3 2 1 0 0 0 3 0UNIDADE DE SAUDE PEQUENA CASA DA CRIANCA 2264269 5 4 1 0 0 1 4 0UNIDADE DE SAUDE II 8006822 4 3 1 0 0 0 3 1UNIDADE DE SAUDE V 8006830 3 3 0 0 0 0 2 1UNIDADE DE SAUDE IV 8006849 3 3 0 0 0 0 2 1UNIDADE DE SAUDE VI 8006857 6 6 0 0 0 1 3 2UNIDADE DE SAUDE VII 8006865 1 1 0 0 0 1 0 0UNIDADE DE SAUDE VIII 8006873 1 1 0 0 0 1 0 0CENTRO DE SAUDE ESCOLA MURIALDO 8006881 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE III 8006903 2 2 0 0 0 0 0 2Gerência Restinga/Extremo-Sul GD8 TOTAL 44 39 5 1 1 1 23 18

UNIDADE DE SAUDE 5ª UNIDADE (PSF) 2264234 1 1 0 0 0 0 0 1UNIDADE DE SAUDE CHACARA DO BANCO (PSF) 2264412 4 4 0 0 0 0 3 1UNIDADE DE SAUDE PONTA GROSSA I (PSF) 2264455 NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE PITINGA (PSF) 2264749 1 1 0 0 0 0 1 0UNIDADE DE SAUDE CASTELO (PSF) 2693410 2 2 0 0 0 0 1 1UNIDADE DE SAUDE PAULO VIARO(PSF) NA NA NA NA NA NA NA NA NAUNIDADE DE SAUDE BELEM NOVO 2264471 4 4 0 0 0 0 3 1UNIDADE DE SAUDE LAMI 2264560 0 0 0 0 0 0 0 0UNIDADE DE SAUDE RESTINGA 2264587 22 18 4 1 1 1 9 10UNIDADE DE SAUDE MACEDONIA 2264609 10 9 1 0 0 0 6 4

2007

Gestantes HIV+ e Criança Exposta em 2007/2008 nas Unidades e Gerências de Saúde.

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

nºc

aso

s

0,00

50,00

100,00

150,00

200,00

250,00

de c

aso

s /100.0

00 h

ab

Número de casos 369 2344 2964 3159 2458 2625 2395 3327 2029 2347

Taxa de Incidência( casos/100000hab) 26,87 169,43 212,61 224,89 172,05 182,17 164,82 232,62 141,28 166,46

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Fonte: PMPA/SMS/CGVS/EVDT/SINAN* até a SE 48

02 BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO - Ano XII, nº 44, Novembro 2010 07BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO - Ano XII, nº 44, Novembro 2010

Nos dois últimos anos, em outras cidades do

RS, dentre elas, Santa Cruz do Sul e Viamão, que

estão localizadas longe da fronteira oeste, também

foram identificados casos de LVC através de exames

sorológicos (ELISA) e imunofluorescência indireta

(RIFI) (fonte CEVS/LACEN/SES/RS). Porém, nas

amostras caninas coletadas não foi caracterizada a

espécie de Leishmania e nessas cidades também

não foram capturadas as supracitadas espécies

vetoras.

Em agosto de 2010, em Porto Alegre, no

bairro Lageado, foi notificado um caso suspeito de

LVC. Tratava-se de uma cadela, raça labrador, adulta

que apresentava sinais clínicos da doença. O caso foi

confirmado laboratorialmente através de provas

sorológicas (ELISA e RIFI) e por cultivo parasitológico 4(fonte LACEN/RS e FIOCRUZ/RJ ). No mesmo local,

por exames sorológicos (ELISA e RIFI), também foi

provada a infecção em outro cão macho, raça são

bernardo, adulto oligossintomático. A residência dos

casos caninos está localizada em área periurbana

com presença de mata nativa.

Coletas de flebotomíneos foram feitas pelo

Núcleo de Vigilância de Roedores e Vetores, usando

três armadilhas luminosas (tipo CDC), nos meses de

setembro, outubro e novembro de 2010, nessa casa,

para conhecer as espécies passíveis de transmitir a

LV e ajudar na corroboração ou refutação da

transmissão autóctone.

Foram capturados 47 flebotomíneos e três

espécies foram determinadas: Nyssomyia neivai

(51,1%), Pintomyia fischeri (34%) e Migonemyia

migonei (14,9%). Com relação à importância

epidemiológica, essas espécies já foram bastante

es tudadas e i nc r im inadas p r imá r i a ou

secundariamente na veiculação da Leishmaniose

Tegumentar Americana em diversos estados

brasileiros. No entanto, em pesquisas recentes, duas

delas também foram implicadas na participação da

infecção do agente etiológico visceral. Ny. neivai já foi

encontrada infectada com Leishmania infantum

chagasi em Corinto, MG, e poderia estar envolvida na

manutenção do ciclo silvestre da LV na região

(Saraiva, 2009). A espécie Mi. migonei foi sugerida

como participante no ciclo de transmissão da LV no

município de São Vicente Férrer, PE, por apresentar

maior predominância em todos os ecótopos

estudados, inclusive no intradomicílio e peridomicílio

(Guimarães et al., 2010). Também em La Banda,

Argentina, Mi. migonei somou 93% dos exemplares

coletados, manteve um ciclo de transmissão na

população canina e foi considerado o suposto vetor

da Leishmaniose Visceral Humana (Salomón et al.,

2010). Portanto, nessa área de ocorrência da LVC,

em Porto Alegre, novas coletas de flebotomíneos

serão efetuadas com o objetivo de estudar a infecção

natural nesses insetos, para incriminação da(s)

espécie(s) vetora(s), compreender o ciclo de

transmissão e desencadear ações de controle e

educação em saúde para a população da área de

risco.

Também como medidas de vigilância e

controle, o Núcleo de Vigilância de População Animal

está realizando inquérito sorológico nos cães que se

encontram próximos ao local onde houve

confirmação dos casos caninos, além de orientação

daquela população.

1CEVS – Centro Estadual de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul2LACEN/RS – Laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Sul3SES – Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul4FIOCRUZ/RJ – Fundação Instituto Oswaldo Cruz do Rio de Janeiro

REFERÊNCIASBrasil, Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância

Epidemiológica 2006. Manual de vigilância e controle da leishmaniose visceral, MS, Brasília, il., 120p.

Guimarães, VCFV; Costa, PL; Silva, FJ; Rodrigues, EHG; Brandão Filho, SP 2010 Flebotomíneos em área de ocorrência de Leishmaniose Tegumentar e Leishmaniose Visceral no município

ade São Vicente Férrer, Pernambuco. In: Anais da 26 Reunião de Pesquisa Aplicada em aDoença de Chagas e 14 Reunião de Pesquisa Aplicada em Leishmanioses. Uberaba, MG,

p. 251.

Rabello A, Orsini M, Disch 2003. Leishmania/HIV co-infection in Brazil: an appraisal. Ann Trop Med Parasitol 97: 17-28.

Salomón, OD; Quintana, MG; Bezzi, G; Morán, ML; Betbeder, E; Valdéz, DV 2010. Lutzomyia migonei as putative vector of visceral leishmaniasis in La Banda, Argentina. Acta Tropica 113: 84-87.

Saraiva L, Carvalho GM, Gontijo CM, Quaresma PF, Lima AC, Falcão AL, Andrade Filho JD 2009. Natural infection of Lutzomyia neivai and Lutzomyia sallesi (Diptera: Psychodidae) by Leishmania infantum chagasi in Brazil. J Med Entomol. 46(5):1159-63.

Souza, GD; Santos, E, Andrade Filho, JD 2009. The first report of the main vector of visceral leishmaniasis in America, Lutzomyia longipalpis (Lutz & Neiva) (Diptera: Psychodidae: Phlebotominae), in the state of Rio Grande do Sul, Brazil. Mem Inst Oswaldo Cruz, 104(8): 1181-1182.

Souza, GD; Santos, E; Rangel, S; Tartarotti, AL; Anjos, CB. 2010. Levantamento entomológico de Lutzomyia longipalpis (Psychodidae: Phlebotominae) para vigilância da leishmaniose visceral em municípios da região oeste do Rio Grande do Sul. In: Resumos do XLVI Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (CD). Foz do Iguaçu, PR, s.p.

*Equipe técnica Núcleo de Vigilância de Roedores e Vetores Núcleo de Vigilância de População AnimalBiól. Getúlio Dornelles Souza Méd. Vet. Karen de Medeiros DabdabBiól. Maria Inês M. R. Bello Méd. Vet. Sonia Maria Mottin Duro Biól. Liane Oliveira Fetzer Méd. Vet. Márcio de Oliveira CarreñoBiól. Maria Mercedes Bendati Méd. Vet. Helen Albrecht Biól. Maria Angélica Weber Ag. Fisc. Renata Ferreira CasanovaMéd. Vet. Luiz Felippe Kunz Jr.Méd. Vet. Rosa Maria Jardim Silveira de CarvalhoServ. Gerais Carlos Fernandes Flores

Agravos

2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010Acidentes com animais peçonhentos 82 71 82 71 33 24 33 24Aids 2123 1703 2123 1703 1703 1299 1703 1299

>13 anos 2080 1664 1673 1273< 13 anos 43 39 30 26

Atendimento anti-rábico 4378 1792 4378 1792 4378 1792 4378 1792Botulismo 0 0 0 0 0 0 0 0Carbunculo ou Antraz 0 0 0 0 0 0 0 0Caxumba 53 61 NA NA 53 61 NA NACólera 1 0 0 0 1 0 0 0Coqueluche 134 80 78 39 86 44 51 20Dengue 58 291 14 80 48 292 11 50Difteria 3 0 0 0 2 0 0 0Doença de Chagas ( casos agudos) 0 0 0 0 0 0 0 0Doença de Creutzfeld-Jacob 4 0 0 0 2 0 0 0Doença Exantemática 60 115 0 7 59 96 0 7

Rubéola 29 86 0 0 59 70 0 0 Sarampo 0 29 0 7 0 26 0 7

Esquistossomose 0 0 0 0 0 0 0 0Eventos Adversos Pós-vacinação 515 698 515 698 515 698 515 698Febre Amarela 6 1 1 0 3 0 0 0Febre do Nilo Ocidental 0 0 0 0 0 0 0 0Febre Maculosa 0 1 0 0 0 1 0 0Febre Tifóide 0 0 0 0 0 0 0 0Gestantes HIV + e Criança Exposta 653 501 653 501 420 335 420 335Hanseníase 54 32 54 32 19 6 19 6Hantavirose 8 1 0 0 4 0 0 0Hepatites Virais 1880 1399 1808 1309 1823 1286 1759 1207

Hepatite A 57 119 53 112 Hepatite B 294 186 277 152 Hepatite C 1442 993 1414 935

Hepatite B+C 14 9 14 6Hepatite A/B ou A/C 1 2 1 2

Influenza A(H1N1) e/ou SRAG 1603 285 654 0 1015 285 444 0Leishmaniose Tegumentar Americana 2 3 2 3 2 3 2 3Leishmaniose Visceral ** 3 0 2 0 0 0 0 0Leptospirose 241 219 73 62 142 141 43 38Malaria** 3 6 2 6 1 3 1 1Meningites 1091 771 920 546 522 404 503 305

Doença meningocócica 24 22 16 9 M. bacteriana 145 74 69 37

M. outras etiologias 92 59 49 36 M. haemophilus 1 4 1 2

M. não especificada 163 138 71 63 M. pneumococo 38 22 24 13

M. tuberculosa 65 24 40 8 M. viral 392 203 232 137

Peste 0 0 0 0 0 0 0 0Poliomielite/Paralisia Flácida Aguda 13 12 0 0 4 4 0 0Raiva Humana 0 0 0 0 0 0 0 0Sífilis Congênita 291 253 291 253 212 185 212 185Sífilis em gestante 188 156 188 156 144 133 144 133Síndrome da Rubéola Congênita 1 1 1 0 1 1 1 0Tétano Acidental 6 2 5 2 3 0 2 0Tétano Neonatal 0 0 0 0 0 0 0 0Tuberculose 2659 2208 2659 2208 2106 1681 2106 1681

Casos Novos 2079 1576 1714 1249

Tularemia 0 0 0 0 0 0 0 0Varicela 1961 2350 NA NA 1961 2347 NA NAVaríola 0 0 0 0 0 0 0 0Total 18103 13127 15321 11217

NA: Não se aplica/ considerado caso pela notificação* dados sujeitos a revisão**casos confirmados importados

Confirmados

Tabela comparativa do número de casos notificados e investigados até a semana epidemiológica 48 (SE 48) pela Equipe de Vigilância das Doenças Transmissíveis nos anos de 2009 e 2010.*

Casos Residentes em POAInvestigados Confirmados

Total de Casos Investigados

EDITORIAL

Muitos foram os elogios ao boletim epidemiológico

anterior que foi a edição especial sobre a população negra.

Agradecemos os elogios, mas reforçamos que o boletim foi

inteiramente elaborado pela Coordenação da Área

Técnica e Saúde da População Negra da Assessoria de

Planejamento da Secretaria Municipal de Saúde.

Neste boletim destacamos a investigação da

leishmaniose visceral canina realizada pela Equipe de

Vigilância de Zoonoses. A mudança de um perfil

epidemiológico sempre precisa ser destacada, pois

determina as ações de diagnósticos clínicos e

laboratoriais. Buscaremos manter atualizadas as

informações resultantes dos inquéritos realizados na

população canina e demais dados sobre esta questão.

A varicela há muito vem se mostrando de alta

endemicidade na cidade de Porto Alegre.Com um trabalho

contínuo de orientação às escolas infantis houve a

sensibilização para a notificação de surtos que tiveram um

aumento importante no ano de 2010.Infelizmente, também

houve a ocorrência de dois registros de óbitos no Sistema

de Mortalidade (SIM) relacionados a este agravo. A vacina

contra a varicela não está no calendário básico de

imunização, somente indicada para controle de surtos em

ambientes hospitalares como descrito nas normas

fornecidas pela Secretaria Estadual de Saúde e publicada

nesta edição.

Nesta edição também se encontram publicadas

as planilhas de 2007 e 2008 por serviço de saúde dos

casos investigados na vigilância da gestante HIV + e

criança exposta. Trabalho este que abrange todos os

níveis de assistência, integrando a atenção primária, a

assistência especializada, as maternidades, os

laboratórios, a vigilância epidemiológica, os programas e a

política das DST/AIDS da Secretaria Municipal de Saúde.

E, todos estes atores ficam felizes ao ver os resultados

que podem atingir em uma boa assistência que impacta na

transmissão vertical do HIV.

A implantação das vacinas Meningocócica C –

Conjugada e Pneumocócica 10 – valente no calendário

básico de vacinação da criança é um ganho na prevenção

de agravos transmissíveis de alta letalidade como as

meningites.

Na próxima edição do boletim será publicada a

tabela final comparativa dos casos notificados,

investigados e confirmados das doenças de notificação

compulsória em relação ao ano de 2009 e 2010. A tabela

desta edição se refere aos casos até a semana

epidemiológica 48, ou seja, até o mês de novembro.

ANO XII NOVEMBRO DE 2010NÚMERO 44

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO

08

Prefeitura de Porto AlegreSecretaria Municipal de Saúde

Editoração e Impressão:A. R. Ribeiro Pinto

Fone: (51) 3364.2576Distrito IndustrialCachoeirinha/RS

TIRAGEM: 2.000 ExemplaresPeriodicidade trimestral. Sugestões ecolaborações podem ser enviadas para:Av. Padre Cacique nº 372Bairro Menino Deus - Porto Alegre - RSPABX: (51) 3289.2400

Esta publicação encontra-se disponível noendereço eletrônico:

no formato PDF

E-mail: [email protected]

www.portoalegre.rs.gov.br/sms

E X P E D I E N T E

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO - Ano XII, nº 44, Novembro 2010

SECRETÁRIO MUNICIPAL DA SAÚDECarlos Henrique Casarteli

COORDENADOR DA COORDENADORIA GERAL DE VIGILÂNCIA EM SAÚDEAnderson Araújo de Lima

CHEFE DA EQUIPE DE VIGILÂNCIA DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEISRosane Simas Gralha

Adelaide Kreutz Pustai / Ana Salete de G. Munhoz / Ana Sir C. GolçalvesAndré Luiz M. da Silva / Ângela M. L. Echevarria / Carla R. B. Vargas / Cerli Cristófio Pereira

Débora B. G. Leal / Dimas Alexandre Kliemann / Eliane C. Elias / Eliane de S. NetoIsete Maria Stela / Lisiane M. W. Acosta / Marcelo J. Vallandro / Márcia C. CalixtoMárcia C. Santana / Maria Aparecida M. Vilarino / Maria da Graça S. de Bastos

Maria de Fátima de Bem / Maria Neves R. Aquino / Marilene R. Mello / Mariloy T. Viegas Maristela Fiorini / Maristele A. Moresco / Naiar S. Marques / Patrícia C. WiederkehrPatrícia Z. Lopes / Paulina B. Cruz / Rosane Simas Gralha / Simone Sá B. Garcia

Sônia Eloisa O. de Freitas / Sônia V. Thiesen / Vera L. J. Ricaldi / Vera R. da S. Carvalho

MEMBROS DA EQUIPE DE VIGILÂNCIA DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS

INVESTIGAÇÃO DE LEISHMANIOSE

VISCERAL CANINA EM PORTO ALEGRE

*Autoria: Equipe de Vigilância de Zoonoses, Coordenadoria Geral de

Vigilância em Saúde, Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre.

A Leishmaniose Visceral (LV) é uma

zoonose causada pelo protozoário Leishmania

chagasi nas Américas, transmitida através da

picada de fêmeas infectadas do inseto vetor

(flebotomíneo) e tem como reservatórios principais

animais silvestres (raposas e marsupiais) e o cão na

área urbana. A enfermidade canina tem precedido a

ocorrência de casos humanos e a infecção em cães

tem sido mais prevalente que no homem.

No Brasil, a LV é muito importante devido à

incidência e alta letalidade em indivíduos não

tratados e crianças desnutridas (Rabello et al.

2003). Caracterizada inicialmente como uma

doença eminentemente rural, mais recentemente

vem se expandindo para áreas urbanas tornando-

se crescente problema de saúde pública no país. A

transmissão ocorria em vários municípios

brasileiros, exceto na Região Sul, onde não havia

registro das espécies de flebotomíneos até então

incriminadas como vetoras, Lutzomyia longipalpis

(Lutz & Neiva) e Lutzomyia cruzi (Mangabeira)

(Brasil, 2006).

No entanto, em 2008, a Leishmaniose

Visceral Canina (LVC) foi diagnosticada em um cão

do município de São Borja. No mesmo ano, um

levantamento entomológico realizado na cidade

registrou, pela primeira vez na região Sul, a

presença de Lu. Longipalpis e corroborou na

confirmação da autoctonia do caso canino (Souza

et al., 2009). Outros levantamentos de

flebotomíneos, em diferentes municípios da

fronteira com a Argentina, em 2009, também

demonstraram a infestação desse vetor na área

urbana de Barra do Quaraí, Uruguaiana, Itaqui,

Garruchos, Pirapó e Porto Xavier (Souza et al.,

2010) Ainda em 2009, cinco casos humanos de LV,

foram confirmados em São Borja, com um óbito. Em

2010, duas pessoas contraíram a doença (fonte

CEVS¹/LACEN²/SES³/RS).

Implantação de Novas Vacinas no Calendário Vacinal da Criança.

Enfª Patricia Couto Wiederkehr.

O Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Imunizações, incluiu no ano de 2010 as vacinas Meningocócica C – Conjugada e Pneumocócica 10 – valente no calendário básico de vacinação da criança.

A implantação da vacina Meningocócica C tem como objetivo prevenir as doenças invasivas provocadas pela bactéria Neisseria meningitidis do sorogrupo C, que causa infecções graves, muitas vezes, fatais, como a meningite e a sepses.

A estratégia de implantação do Ministério da Saúde é vacinar com a Vacina Meningocócica C - Conjugada todas as crianças de 3 meses a menores de 02 anos, com o seguinte esquema:

A implantação da vacina Pneumocócica 10-Valente (Conjugada) também significou um grande avanço para a saúde pública, uma vez que protegerá as crianças menores de dois anos de idade contra doenças invasivas e otite média aguda causadas por Streptococcus pneumoniae sorotipos 1, 4, 5, 6B, 7F, 9V, 14, 18C, 19F e 23F. A infecção por Streptococcus Pneumoniae é uma importante causa de morbi-mortalidade em todo o mundo e se constitui em uma das prioridades atuais da Saúde Pública.

O esquema de vacinação preconizado pelo Programa Nacional de Imunização é de 3 doses, a partir de 2 meses de idade, com uma dose de reforço entre os 12 e 15 meses de idade. Crianças a partir do 7 mês está indicada duas doses com intervalo de dois meses e uma dose de reforço entre 12 a 15 meses de idade. A partir de 10 meses são apenas 2 doses e não está indicada dose de reforço. A partir de 1 ano até 1A11M29D está indicada dose única.

O município de Porto Alegre implantou a vacina Pneumocócica 10-Valente em junho/2010 e a vacina Meningocócica C – conjugada em novembro/2010. Os profissionais da Rede Básica de Saúde foram capacitados para este trabalho, e a população tem procurado a vacina que está disponível em todas as Unidades de Saúde da cidade para as crianças menores de 2 anos.

Referências: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações. Proposta para introdução da vacina pneumocócica 10-valente no calendário básico de vacinação da criança. Brasília, 2010.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações. Proposta para introdução da vacina meningogócica C conjugada no calendário básico de vacinação da criança. Brasília, 2010.

Idade e meses Reforço 3 a 9 meses 2 doses (intervalo de 2m

entre as doses) Reforço a partir dos 12meses com intervalo de 2 meses entre as doses

10 e 11 meses 2 doses (intervalo de 2 meses entre as doses)

Não receberá dose de reforço

12 a 24 meses incompletos

Dose única Não tem reforço

Nº Doses

Equipe de Vigilância das Doenças Transmissíveis Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde

Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre.