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II ASSO DOMINGO, 35 DE MAIO DE 1903 s.° 45 SEMANARIO NOTICIOSO, LITTERARIO E AGRÍCOLA 4GÍB ETII :fí£»i 0. ' Asslgasttiía §j •Anno, iSoopvrjjs; semestre, 5 oo .rçís. Pagamento adeantado. H ftfi Papt o Brnzilj.rapno, 2SS00 réis (moeda forte;. A Avdsd; no dia da p„tík^ão/,oTéis. y 16 — LARGO DA MISERICÓRDIA — 1 6 p EDITOR— Jose Augusto Saloio k aldegallega h || I*8Bl>lIcaçõe.s «« fj Annuncios:— \.a publicação. 40 réis a linha, nas seguintes, Q-à?o réis. Annuncios na 4.» pagina, contractojéSp?cial. Os autò- M graphos flão se restituem quer sejam 011 não publicado^-. PROPRIETÁRIO José Augusto Saloio e x p e d ie n t e Acceiiam-se cosi» grati dão quaesquer noticias que sejam de interesse piiltUe». IBIICMO 10®AL A sociedade moderna confere á mulher hodierna um papel importantíssimo que ella-,; principalmente quando é mãe, tem a des empenhar 110 campo da civilisação. De feito, que ha ahi de mais Sympaihico e attrahente que é vèr a mãe ■com o filho ao collo? Ella sorri se o vè sorrir, chora •se o vè chorar-, vive por elle e para elle, desentra nhando-se em consolações e àlíectos, veiando noite ,e dia junto d elle se o vê do ente, e isto-com o maior des interesse, porque o amor maternal é sempre o mais puro e o mais lídimo dos amores. A mãe é a primeira edu cadora, e ning-uem como ella insuffla no espirito da cre an ça as.pr im e iras noçõe s da educação moral.' A pai' do desenvolvimento physi- co que com o.seu leite lhe vae dando, lhe ensina a bal buciar as primeiras pala vras, Ella entende,.de hygi- e.ne, ninguém como ella a sa.be resguardar dos frios.e dos calores; entende de musica e. poesia, canta-lhe canções suavíssimas, senti- meptaes.,. resonantissimas, como um concerto de tril- lõs de aves canoras; fala- lhe de Deus, do Redemptor d.o Mundo, da. Virgem, com uma expressão .encantado ra, sympathica, ineguala- vel, de que só as mães sa bem 0 segredo. E as crean- ças nessas tenras edades amoldam-se como a cera a todos esses ensinamentos. E tudo isto fica profunda mente arraigâdo nó espiri to da creança. E’ n essas edades e com essa influen cia benefica, salutar, mater nal, que se fórma o cara cter da individualidade hu mana. Sempre que nos re lampagueia no espirito um pensamento, investigue mos, perscrutemos, e lá nos apparece pairando no céo da nossa alma a imagem querida de nossas mães. Vale a sociedade o que va ler a familia, vale a familia o que valer a educação, va le a educação o que valer a mãe, vale a mãe o que va ler a fé. Eduque-se, portanto, a mulher nos moldes da mo ralidade, e com ísso pres ta-se um dos maiores^, ser viços á causa da civilisacão. UMA CATASTROPHE Abalou dolorosamente todos os corações a noti cia da morte; de Augusto Severo, o inventor do ba lão Pax, que tão desastro samente succumbiu em Paris, depois de se ter ele vado nos ares, realisando assim o sonho dourado de toda a sua existencia. Pagou bem cara a sua audaciosa te meridade. Mais um nome a inscrever no longo martyrologio da sciencia, mais uma victima das concepções arrojadas que hão de levar a, huma nidade ao mais alto grau de perfeição, A conquista do ar, o vasto e intrincado proble ma da navegação aerea, tem feito muitas victimas, mas o cérebro' humano, cheio de prodigiosa activi dade, vae ampliando essas poderosas, invenções e su bindo cada vez mais na .es cola da perfectibilidade, até conseguir a mais assigna- lada victoria que os homens podem sonhar. Desde o padre Bartholo- meu de Gusmão, o portu- guez, que foi o inventor do balão, embora os extran- geiros, nos pretendam con testar essa primazia, até ho je, quanto se tem progredi do desde a Passarola até aos balões de Santos Du- monte e Severo, que de trabalhos, que de aperfei çoamentos maravilhosos, se teem apresentado aos nos sos olhos deslumbrados! E a direcção dos balões, que a muitos se afigurava um sonho, um produeto dalou- ca phantasia de qualquer desvairado, na de finalmen te conseguir-se, graças ao esforço e á energia dos ho mens que põem a sua for tuna e a sua vida ao servi ço da sciencia. Pobre Severo! Descanea em paz, infeliz victima do teu arrojo intemerato! Que te cubram de flores a campa os que sabem com- prehender o alcance de to das as idéas grandiosas e nobres, de todos os esfor ços emprehenclidos para elevar a humanidade ao ni- vel da perfeição! JOAQOIM DOS ANJOS. Tomou posse do logar de solicitador forense nes ta comarca no dia 22 do corrente, 0 nosso amigo Antonio Rodrigues Callei- ro Junior, activo e intelli gente professor de ensino livre. Enviamos-lhe cordial mente as nossas felicita ções. JLivraria ESordaBo Esta antiga casa editora, fundada em 1 835, remette pelo correio, caminho de ferro ou via 'marítima-, to dos os artigos que lhe se jam pedidos, para o que tem montada uma Secção de Encommendas, tanto de livraria como de outros ge neros alheios a. esta espe cialidade. Tambem se en carrega de vendas á «con- «■nação» e de outros quaesq-uer negocios. Toda a correspondencia deve ser dirigida- a A rnal- io Bordalo, rua da Victo- fia,'42, cl. \ Moda., Sob esta epigraphe aca bamos de receber um ele gante numero-brinde da importante e acreditada Casa de Modas do sr. J. J. Martins, rua do ouro, 174 — Lisboa. Agradecemos a offerta. De visita a sua sobrinha a ex."'1 sr.* D. Estephania Augusta da Veiga Sarge das Coelho, estéve nesta villa, a ex.'”3 sr.aD. Hortên sia A. Sargedas Caldas, em companhia de sua sobrinha a ex.raa sr.a D. Hortênsia A. Sargedas Silva. depurativo S&hss Ama do e os jtts-asaes dc iJs- Itõa. AS DOENÇAS DOUTERO E OVÁRIOS Destruição completa da syphilis em todas às suas manifestações, rlieumatis- mn, erupção de pelle, fe ri das antigas ou recentes, es- crophulas, olhos e nevral gias,, . _____ Este importante depura tivo já celebre pelas curas assombrosas que tem ope rado, está despertando um interessante indiscriptivel em todo o publico. Doenças tem elle curado, que os proprios médicos se teem detido em justificadas meditações. Poderíamos hoje citar o nome dum dos mais notá veis médicos militares, po rém, olhando a que elle não fique satisfeito com as referencias que poderíamos fazer ao seu nome, deixa mos com bastante pesar nosso de o mencionar. Referir-nos-hemosao ca so que se passou. Um doente que ha mui to tempo procurava allivio para a sua grave doença, nos recursos da sciencia, depois' de ter, consultado diversos médicos, e ne nhum d elles tqr logrado restabelecel-o, resolveu-se a ir, por indicação particu lar, á consulta do referido distincto medico com o qual andou em tratamento, durante bastante tempo, porém,.como a doença não apresentasse tendência al guma a melhorar, o medi co- dissê-lhe que já não ti nha nada que lhe receitar. Então o doente já déses- perado e sem esperanças de se vêr livre do seu fla- gello, pediu a opinião do mesmo senhor sobre osef- feitos' do depurativo «Diaã Amado». O iilustre homem de sciencia já não menos abor recido com a doença do seu cliente e, talvez no de sejo de evitar maior mas- sada,,respondeu-lhe:—tex tual Sim, ás, vezes a m . faz bem. Experimente vos- sê essa coisa, pode ser que nella esteja a sua cura. Este poderoso depurati vo do sangue, composto apenas de vegetaes inof- fensivos, nãõ contém mer cúrio comopor mais d uma vez temos provado com a publicação da analyse feita em Coimbra por dois pro fessores da Universidade. Preço de cada frasco, 1,^000 réis. P ara fóra de Lisboa não se remettem encommen das inferiores a dois fras cos, sendo o porte do cor reio de dois até seis frascos 200 réis. Deposito geral: Phar macia Ultramarina, rua de S. Pauío, 99 e 101, Lisboa, e no Porto pharmacia Bo- lhãò. dos a festa ao Senhor Afflictos Teve logar, conforme noticiámos, a festividade ao Senhor dos Afflictos, jmingo e segunda-feira, sendo muito concorrida, como esperavamos, por fo rasteiros. No domingo, a distincta phylarmonica«Uniãoe T ra- balho», de Sarilhos Gran des, percorreu as princi paes ruas da villa, acompa nhando a Commissão pro motora daquelle festejo, que então fazia o peditorio. Pelas 5 horas da tarde en trou no coreto a phylàrmo- nicá «União e Trabalho», que se fez ouvir, éxecucãil- do alli alguns trechos de musica devidos á batuta do sr. Constando Maria da Silva, mestre daphylarmo- nicã, havendo tambem ar raial, kermesse, ladainha, etc , até ás 7 horas da tar de. A’s. 8 horas da noite: il- 1 um inação veneziana,— que deveria produzir um effeito deslumbrante se não fosse a traiçoeira ventania— ker messe, bailes ao ar livre e musica no coreto pela phy larmonica «União e Traba lho» que tocou até á meia noite. Na segunda-feira: missa pelas 11 horas da manhã, kermesse, musica no core to pela phylarmonica«1.°de Dezem bro desta villa, pe las 5 horas da tarde, ser- mãs pelo rev. prior do Sa-

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Page 1: 10® AL...podem sonhar. Desde o padre Bartholo- meu de Gusmão, o portu- guez, que foi o inventor do balão, embora os extran- geiros, nos pretendam con testar essa primazia, até

I I A S S O DOMINGO, 35 DE MAIO DE 1903 s.° 45

S E M A N A R I O N O T I C I O S O , L I T T E R A R I O E A G R Í C O L A

4GÍB ETII:fí£»i 0. ' A sslgasttiía §j•Anno, iSoopvrjjs; semestre, 5oo .rçís. Pagamento adeantado. H ftfi Papt o Brnzilj.rapno, 2SS00 réis (moeda forte;. AA vdsd; no dia da p „ t ík ^ ã o /,o T é is . y 1 6 — LARGO DA MISERICÓRDIA — 16 p

EDITOR — Jose Augusto Saloio k a l d e g a l l e g a h

|| I*8Bl>lIcaçõe.s ««f j Annuncios:— \.a publicação. 40 réis a linha, nas seguintes, Q-à?o réis. Annuncios na 4.» pagina, contractoj éSp?cial. Os autò- M graphos flão se restituem quer sejam 011 não publicado^-.

PROPRIETÁRIO — José Augusto Saloio

e x p e d i e n t e

A cceiiam -se cosi» g r a ti­dão q u aesq u er n o t ic ia s que sejam de in te r e s s e piiltUe».

I B I I C M O10® AL

A sociedade moderna confere á mulher hodierna um papel importantíssimo que ella-,; principalmente quando é mãe, tem a des­empenhar 110 campo da civilisação. De feito, que ha ahi de mais Sympaihico e attrahente que é vèr a mãe ■com o filho ao collo? Ella sorri se o vè sorrir, chora •se o vè chorar-, vive por elle e para elle, desentra­nhando-se em consolações e àlíectos, veiando noite ,e dia junto d elle se o vê do­ente, e isto-com o maior des­interesse, porque o amor maternal é sempre o mais puro e o mais lídimo dos amores.

A mãe é a primeira edu­cadora, e ning-uem como ella insuffla no espirito da c r e a n ç a a s. p r i m e i ras n o ç õ e s da educação moral.' A pai' do desenvolvimento physi- co que com o.seu leite lhe vae dando, lhe ensina a bal­buciar as primeiras pala­vras, Ella entende,.de hygi- e.ne, ninguém como ella a sa.be resguardar dos frios.e dos calores; entende de musica e. poesia, canta-lhe canções suavíssimas, senti- meptaes.,. resonantissimas, como um concerto de tril- lõs de aves canoras; fala- lhe de Deus, do Redemptord.o Mundo, da. Virgem, com uma expressão .encantado­ra, sympathica, ineguala- vel, de que só as mães sa­bem 0 segredo. E as crean- ças nessas tenras edades amoldam-se como a cera a todos esses ensinamentos. E tudo isto fica profunda­mente arraigâdo nó espiri­to da creança. E’ n essas edades e com essa influen­cia benefica, salutar, mater­nal, que se fórma o cara­cter da individualidade hu­mana. Sempre que nos re­lampagueia no espirito um

pensamento, investigue­mos, perscrutemos, e lá nos apparece pairando no céo da nossa alma a imagem querida de nossas mães. Vale a sociedade o que va­ler a familia, vale a familia o que valer a educação, va­le a educação o que valer a mãe, vale a mãe o que va­ler a fé.

Eduque-se, portanto, a mulher nos moldes da mo­ralidade, e com ísso pres­ta-se um dos maiores , ser­viços á causa da civilisacão.

UMA CATASTROPHEAbalou dolorosamente

todos os corações a noti­cia da morte; de Augusto Severo, o inventor do ba­lão Pax, que tão desastro­samente succumbiu em Paris, depois de se ter ele­vado nos ares, realisando assim o sonho dourado de toda a sua existencia.

Pagou bem cara a sua audaciosa te meridade. Mais um nome a inscrever no longo martyrologio da sciencia, mais uma victima das concepções arrojadas que hão de levar a, huma­nidade ao mais alto grau de perfeição,

A conquista do ar, o vasto e intrincado proble­ma da navegação aerea, tem feito muitas victimas, mas o cérebro' humano, cheio de prodigiosa activi­dade, vae ampliando essas poderosas, invenções e su­bindo cada vez mais na .es­cola da perfectibilidade, até conseguir a mais assigna- lada victoria que os homens podem sonhar.

Desde o padre Bartholo- meu de Gusmão, o portu- guez, que foi o inventor do balão, embora os extran- geiros, nos pretendam con­testar essa primazia, até ho­je, quanto se tem progredi­do desde a Passarola até aos balões de Santos Du- monte e Severo, que de trabalhos, que de aperfei­çoamentos maravilhosos, se teem apresentado aos nos­sos olhos deslumbrados! E a direcção dos balões, que a muitos se afigurava um sonho, um produeto dalou-

ca phantasia de qualquer desvairado, na de finalmen­te conseguir-se, graças ao esforço e á energia dos ho­mens que põem a sua for­tuna e a sua vida ao servi­ço da sciencia.

Pobre Severo! Descanea em paz, infeliz victima do teu arrojo intemerato! Que te cubram de flores a campa os que sabem com- prehender o alcance de to­das as idéas grandiosas e nobres, de todos os esfor­ços emprehenclidos para elevar a humanidade ao ni- vel da perfeição!

JOAQOIM DOS ANJOS.

Tomou posse do logar de solicitador forense nes­ta comarca no dia 22 do corrente, 0 nosso amigo Antonio Rodrigues Callei- ro Junior, activo e intelli­gente professor de ensino livre. Enviamos-lhe cordial­mente as nossas felicita­ções.

JLivraria ESordaBoEsta antiga casa editora,

fundada em 1835, remette pelo correio, caminho de ferro ou via 'marítima-, to­dos os artigos que lhe se­jam pedidos, para o que tem montada uma Secção de Encommendas, tanto de livraria como de outros ge­neros alheios a. esta espe­cialidade. Tambem se en­carrega de vendas á «con-

«■nação» e de outros quaesq-uer negocios.

Toda a correspondencia deve ser dirigida- a A rnal- io Bordalo, rua da Victo- fia,'42, cl.

\ M o d a . ,

Sob esta epigraphe aca­bamos de receber um ele­gante numero-brinde da importante e acreditada Casa de Modas do sr. J. J. Martins, rua do ouro, 174— Lisboa. Agradecemos a offerta.

De visita a sua sobrinha a ex."'1 sr.* D. Estephania Augusta da Veiga Sarge­das Coelho, estéve nesta villa, a ex.'”3 sr.a D. Hortên­sia A. Sargedas Caldas, em companhia de sua sobrinha a ex.raa sr.a D. Hortênsia A. Sargedas Silva.

d ep u ra tiv o S&hss Am a­do e o s jtts-asaes dc iJ s -Itõa.

AS DOENÇAS DO UTERO E OVÁRIOSDestruição completa da

syphilis em todas às suas manifestações, rlieumatis- mn, erupção de pelle, fe r i­das antigas ou recentes, es- crophulas, olhos e nevral­gias,, . _____

Este importante depura­tivo já celebre pelas curas assombrosas que tem ope­rado, está despertando um interessante indiscriptivel em todo o publico.

Doenças tem elle curado, que os proprios médicos se teem detido em justificadas meditações.

Poderíamos hoje citar o nome dum dos mais notá­veis médicos militares, po­rém, olhando a que elle não fique satisfeito com as referencias que poderíamos fazer ao seu nome, deixa­mos com bastante pesar nosso de o mencionar.

Referir-nos-hemosao ca­so que se passou.

Um doente que ha mui­to tempo procurava allivio para a sua grave doença, nos recursos da sciencia, depois' de ter, consultado diversos médicos, e ne­nhum d elles tqr logrado restabelecel-o, resolveu-se a ir, por indicação particu­lar, á consulta do referido distincto medico com o qual andou em tratamento, durante bastante tempo, porém,.como a doença não apresentasse tendência al­guma a melhorar, o medi­co- dissê-lhe que já não ti­nha nada que lhe receitar.

Então o doente já déses- perado e sem esperanças de se vêr livre do seu fla- gello, pediu a opinião do mesmo senhor sobre osef- feitos' do depurativo «Diaã Amado».

O iilustre homem de sciencia já não menos abor­recido com a doença do seu cliente e, talvez no de­sejo de evitar maior mas- sada,,respondeu-lhe:— tex­tual Sim, ás, vezes a m . faz bem. Experimente vos- sê essa coisa, pode ser que nella esteja a sua cura.

Este poderoso depurati­vo do sangue, composto apenas de vegetaes inof- fensivos, nãõ contém mer­cúrio comopor mais d uma vez temos provado com a publicação da analyse feita em Coimbra por dois pro­fessores da Universidade.

Preço de cada frasco, 1, 000 réis.

P ara fóra de Lisboa não se remettem encommen­das inferiores a dois fras­cos, sendo o porte do cor­reio de dois até seis frascos 200 réis.

Deposito geral: Phar­macia Ultramarina, rua de S. Pauío, 99 e 101, Lisboa, e no Porto pharmacia Bo- lhãò.

d osa fe s ta ao S en h o r A fflic to s

Teve logar, conforme noticiámos, a festividade ao Senhor dos Afflictos,

jmingo e segunda-feira, sendo muito concorrida, como esperavamos, por fo­rasteiros.

No domingo, a distincta phylarmonica«Uniãoe T ra- balho», de Sarilhos Gran­des, percorreu as princi­paes ruas da villa, acompa­nhando a Commissão pro­motora daquelle festejo, que então fazia o peditorio. Pelas 5 horas da tarde en­trou no coreto a phylàrmo- nicá «União e Trabalho», que se fez ouvir, éxecucãil- do alli alguns trechos de musica devidos á batuta do sr. Constando Maria da Silva, mestre daphylarmo- nicã, havendo tambem ar­raial, kermesse, ladainha, etc , até ás 7 horas da tar­de. A’s. 8 horas da noite: il-1 u m inação veneziana,— que deveria produzir um effeito deslumbrante se não fosse a traiçoeira ventania— ker­messe, bailes ao ar livre e musica no coreto pela phy­larmonica «União e Traba­lho» que tocou até á meia noite.

Na segunda-feira: missa pelas 11 horas da manhã, kermesse, musica no core­to pela phylarmonica«1.° de Dezem bro desta villa, pe­las 5 horas da tarde, ser- mãs pelo rev. prior do Sa-

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2 O D O M I N G O

mouco, illuminaçao e mu­sica no coreto das 9 horas até á meia noite pela « 1 de Dezembro». O bazar— que não era pequeno — esteve completo de valiosas pren­das, salientando-se entre estas uma jarra, primoroso trabalho do sr. Jacintho Antonio Gouveia. Algumas prendas que restaram fo­ram na terça-feira vendi­das em leilão por exorbi­tantes lanços. Tocou du­rante o leilão a phylarmo­nica «i.° de Dezembro»., á qual, depois do leilão, foi offerecida uma boa ceia. A illuminação, devido á ame­nidade da noite, produziu o effeito desejado. Foi mais um dia de larga festa.

Estavam alli muitas bar­racas próprias destas fes­tividades, discernindo-se entre ellas uma de vistas de cera em tamanho natu­ral.

O local do festejo foi po­liciado por grande numero de cabos de policia d’esta villa, não se dando occor- rencia alguma digna de mensao.

A nniversario

Completou hontem mais um anniversario natalicio o nosso amigo, sr. Baltha- zar Manuel Valente, digno mestre da banda 1.° de De­zembro, d’esta villa.

As nossas felicitacões.

Tentou hontem suicidar- se pelas 10 hòras e meia da manhã, um individuo de nome Simo, exposto da Santa Casa da Misericór­dia, de Lisboa.

In cu rsã o a Thom ar

O nosso amigo, sr. Bal- thazar Manuel Valente, consciencioso mestre da banda i.° de Dezembro, de esta villa, acaba de com­por primorosamente um passo doble a que deu o ti­tulo: Aldegallega saúdaThomar, e que é exclusi­vamente dedicado á for­

mosa Thomar, e uma valsa A Noiva do Senhor.

O sr. Valente tambem vae pôr na estante a excel- lente phantasia original deC. Zeller I I Venditorio Uc- celli.

Segundo algumas noti­cias que temos recebido de Thomar, lavra alli grande enthusiasmo pela visita da Sociedade i.° de Dezembro, tratando-se já activamente de preparativos para a rece­pção. Por isto e pelos diffe- rentes attractivos que a commissão promotora está preparando, é de crer que a excursão de que se trata deixe magnificamente im­pressionados todos os que nella tomarem parte. A excursão terá logar no dia 22 do proximo mez de ju­nho. Já ha poucos bilhetes.

S c c r o lo g ia

Falleceu na manhã de 22 do corrente, victimada por uma pneumonia, a ex.nla sr.aD. Maria da Conceição Ro­drigues Pinto, estremecida esposa do sr. Francisco Ro­drigues Pinto, honrado commerciante desta villa

A’ enlutada familia envia­mos as nossas sinceras condolências.

Tem passado incommo- dado de saude o nosso ami­go, sr. Domingos Simões dos Santos. Felizmente vae sentindo algumas melhoras, pelo que muito folgamos.

IS ih lio lh eea lllsssira íla da O IA ÇO TA

Recebemos 0 3.° volume desta interessante publica­ção mensal em volumes de32 paginas sob a direcção de Pygmeu. E’ um interes­sante íivrinhb com muitas gravuras, impresso em ma­gnifico papel pela 'módica quantia de 60 réis.

Para os assignantes de A Chacota cada série de 12 volumes, (um anno) custa apenas 600 réis, ou 6 volu­mes, (um semestre/1 3oo réis!

JOÃO DE DEUS(Na passagem do cortejo fúnebre]

Abram caminho! Vão form ar alas!Joelho em terra, humilde e reverente!Mudam-se em luto as feiticeiras galas

1 Que exornaram a festa refulgente.

Vae a passar um r e i... re i do Talento,Realeza a maior de iodo o mundo.Não brilha mais 0 sol no firmamento Do que brilhou seu genio tão fecundo.

Não tem salvas reis de instante a instante,Como os reis adulados toda a vida;Tem soluços de dôr dilacerante,Mas dôr que é mais profunda e mais sentida.

Logar! Logar ao mestre da poesia,Cuja memória o tempo não corroe.Grandes da terra, a vossa fidalguia De nada vale ao pé d aquelle heroe!

A b ri caminho! Ante essa Realeza Descobri as cabeças, descobri!De tão grande talento e singeleza Não ha ninguém, não ha ninguém aqui!

JOAQ UIM DOS ANJOS.

PENSAMENTOS

A arte não conta com a mediocridade; dd aças, não dá muletas.— Victor Hugo.

— Muitos artistas crêem muito no seu genio e pouco no trabalho.— Jules Breton.

— Uma mulher rica é uni mal insolente.— Juvenal.— Começa-se por fa \er arte e a final considera-se

como ajficio. — F. Brunetiêre,— 0 segredo do artista é ficar na verdade das contin­

gências individuaes, dando-lhes a immortalidade dos ly- pos.■— G. M. Valtour.

— As rugas são 0 tumulo do amor. — Serrasin.

A N E C D O T AS

Um musico ambulante está locando harpa, e um poli­cia approxima-se.

— .d sua licença?— Não lenho.— Iinlão acompanhe-me.--C o m muito gosto. 0 que é que o sr. quer cantar?

— Isto dos telegrap/ios parece coisa do diabo!— I océ e de bom tempo.— O seu Antonio, pois então ...— Pois então nada maisfácil: toca-se numa extremi­

dade, e logo na outra apparece escripta o que a gente quer...

— Ora pois é isso que me fa\confusão; é isso mesmo. Como demonio...

— Olhe, sr. Francisco, não tem que penetrar. Aquil- lo e como um gato; a gente aperta-o atra^, na cauda, e elle mia adiante, cda bacca.

THOMAR(Continuado do n.° 43;

Sobranceiro á cidade pe­lo lado do poente eleva-se o vetusto castello de D. Gualdim Paes, Mestre da Ordem dos Templários, que alli o mandou edificar em i i 6o e d elle fez séde da Ordem, ao mesmo tem­po que no suppe do mon­te, onde foi erecto, se iam lançando os fundamentos da villa de Thomar, que em poucos annos teve ra­pido incremento. Para o la­do do nascente e sul está aquella fortaleza, para as­sim dizer, intacta, tão soli­damente foi construída que a acção corrosiva do tem­po, durante muitos séculos, que vão passados, a não prostrou em ruinas; lá es­tá ainda a alta torre de me­nagem e os extensos pan- nos de muralhas com seus castellos, com especialida­de de um delles se disfru- cta um dos mais bonitos panoramas do nosso paiz: num vasto horizonte vè-se em baixo a cidade alvejan­te e bella, dividida em quar­teirões regulares e bem ali­nhados, sobresahindo no meio dum manto de ver­dura que a circunda, o rio que a corta e vae serpean­do pela planicie, orlado de virente arvoredo, emittindo frescura, dando realce e belieza; ao longe as collinas subindo e descendo em on­dulações graciosas, povoa­das d arvores, no meio de cuja verdura aqui e álém se vêem branquejar casaes ou aldeias e pequenas ca­sas de campo, disseminadas pelo valle, sobresahindo nas encostas e elevando-se na cumeada dos montes.

No panno da muralha, que fica voltado para o sul existe ainda uma porta, que era uma das entradas para aquelle recinto fortificado, chamam-lhe porta do san­gue, porque, quando cm 1190 o imperador de Mar­rocos, Yacub Al-mensor veiu atacar aquelle castello com um poderoso exercito, pondo-o em estreito assedio com assaltos durante 6 dias.

12 FOLHETIM

TraduccãO de J. DOS ANJOS

UMA HISTORIADO

OUTRO MUNDORomance de avenluras

vuOnde está ella?

Ora, emquanto a noite cahia, á Bri­sa do mar, assobiaíldo, roçavà pelos juncos, e a ribeira murmurava, o Mario contemplara todas estas coisas e reflectira.

Foi entáo que di^se- ao companheir 10;

- ^ E ' forçoso que vamos procurar a Joanna!

O João levantou a cabeça ao ouvir aquelle nome querido. Mas, como perdera toda a esperança, n 'o aco lheu aquella proposta com o seu en- thusúismo costumado. Olhou muito para o Mario, como,se olha para um homem que está caçoan ’o comnosco ou para um doido, e respondeu, còm voz lenta e desanimada :

— Bem sabes que é impossível.Era lá possivel,. effecthrartiente.

evadirem-se?De dia, nem pensar n'isso, porque

no dia seguinte iam para a ilhà.De noite; era uma loucura. Quem

andasse de noite e’m redor do territo- rio auctorisado tinha a certeza de ser alcançado por uma bala antes de dar cem passos. Ha portos por toda a parte. T’m dós mais importantes e-ta-

va exactamente no lado leste.do paul e commándava'o tèrreno a que per­tenciam a; cabanas dos dois amigos-.

O João fez. todas estas objecçòes num minuto e tornou a cahir no seu abatimento.. -O u v e -m e ! tornou o Mano. Náo

estou doidò, nem cáçôo comjágó, co- trio parece que julgas. Olha lá para baixo, ao longe, do lado opposto ao mar. O que vês?

— O que hei de vêr? vejo a monta­nha! E vejo-a ainda melhor de dia! rçplicou o outro com despeito.

K ao pé, o que vês sobre a agua dopntií?

— A herva negra, que-èstá immovel de dia e que os sapos fazem mecher de noite.

— Bom ! E tambem vês d'onde sae a ribeira, antes' de entrar na h e r v a

negra?

— Sae de debaixo das arvores, ora essa! M,as que relação pode ter isso com o que me dizias ha boccàdo? Falas como um imbecil eu ir procu­rar a Joanna. que á o mesmo que despegar a lua, e depois fazes-me olhar para a herva. e para a agu;i. Já me vaes aborrecendo! Olha para isto, olha pará aquillo! Já me pareces utri escamotéàdor falando ao respeitável publico . . . E ’ isso que queres fazer?

— Sim, querò esçamc>tear,í enten­des ? Quero esom otear-nos. E o que nos ha de occultar meu velho, é a herva, a água e as arvoreá. A algibei­ra em que nos havemos de metter, é a montanha. Compféhendes? E ’ béni simples. Trata-se de irmos ao paul inpognitos.-.Depois do paul á,ribeira, é preciso ter animo para chafurdar até'a, bòcca n'nquelle fosso, no meio dá herva viscosa e dój; sapos. Legará

tempo, será aborrecido, mas é preci­so fazer-se!

— Está dito! respondeu o João, vou comtigo. Até á ribeira, compre- hendo; mas depois de lá estar, o que fazes?.,.- .) ■ , A-.i i- ifp

. — Caminho pop- debaixo çUis, arvo­res, porque evidentemente a ribeira segue as arvores. Em todas as terras do mundo é assim. Depois, reflecte que o nome selvagem das ribeiras d'este paiz é «Diaot», e que «piaot» ignificaao mesmo tempo agua e som

bra. Portanto a agua é sempre a som­bra, segundo o meu reciócinio. Umá outra prova de qué é verdade é que ella está sempre gelada: Concluí) d is ­so qqe se pudernáqs chegar á ribéira^ não ;teremos m aisque sybil-a debaixo do arvoredo.

tContinua 1 '

Page 3: 10® AL...podem sonhar. Desde o padre Bartholo- meu de Gusmão, o portu- guez, que foi o inventor do balão, embora os extran- geiros, nos pretendam con testar essa primazia, até

O DOMI NGO

LITTERATURA

0 HOMEM DOS MIOLOS D’0UR0j Conclusão |

O pobre homem respon­dia: .

.— «Oh!... muito ricos»!E sorria com todo o amor

para a avesinha azul que ]he comia o craneo, inno- centemente... Algumas ve­zes, porém, o medo apode­rava-se delle, tinha vonta­de de ser avarento; mas a rapariguinha approximava- se então a saltitar, e dizia- lhe:

— «Meu maridinho, que sois tão rico, compra-me alguma coisa que custe muito caro...»

E elle ia-lhe comprar al­guma coisa que custasse muito caro.

Isto foi assim durante dois annos; depois, uma bella manhã, a raparigui- nha morreu, sem que se soubesse porquê, como um passarito>.;

O thesouro estava no fim; com o que lhe restava, o viuvo mandou fazer á querida defuncta um gran­de enterro. Sinos a dobra­rem todo o dia, carros mui­to pesados todos cobertos de preto, cavallos com pen- nachos, lagrimas de prata nos velludos: nada lhe pa­recia de mais. Que se im­portava agora com o seu ouro?... Deu á egreja, aos coveiros e cangalhéiros, ás vendedeiras de perpetuas; deu, espalhou por toda a gente, sem regatear... Ao sahir do cemiterio, quasi nada lhe restava d’esses maravilhosos miolos. Aoe-’ 1nas algumas migalhas pe­las paredes do craneo.

Viram-n’o então errar pelas ruas, o olhar allucina- do, os braços erguidos, cambaleando como um ho­mem ebrio. A’ noite, á ho­ra em que os bazares se il- luminam, parou deante de uma grande montra onde reluziam montes de setim, e alli ficou por muito tem­po a olhar para duas boti­nas de setim azul, guarne­cidas de pennugens de cys- ne.

— «Bem conheçoalguem que ficaria muito contente, se tivesse estas botinas» — dizia elle, a sorrir. E não se lembrando já que a ra­pariguinha tinha morrido, entrou para as comprar.

A dona do bazar ouviu um grande grito doloroso. Correu para a porta, e re­cuou espantada vendo um homem de pé, que procu­rava encostar-se, e que a olhava tristemente com11 molhar espantado...

Tinha numa das mãosbotinas azues guarneci­

das de pennugens <3e cys-

ne, e estendia a outra toda ensanguentada, com esti­lhas d ouro nas pontas das unhas!

Tal é a lenda do homem dos miolos douro.

Apesar dos seus ares de conto phantastieo, esta lenda é verdadeira de prin­cipio a fim... Ha por esse mundo pobres creaturas que estão condemnadas a viver do seu cerebro, e que pagam com bello ouro de lei, com a sua substancia e com o seu vigor, as coisas mais insignificantes da vida. Cada novo dia que surge é para ellas uma dôr: e de­pois, quando estão fartas de soffrer...

Decididamente esta his­toria é deveras melancho- lica, e o melhor que tenho a fazer é parar aqui.

A LP H O N S E D A U D E T .

J G R I C U L T U R AA am ontoa

Esta operação é bem co­nhecida ; mas são poucos os agricultores que a adoptam para todas as culturas em que ella é proveitosa. Na horta quasi todas as plan­tas lucram com a amontôa, e muito, especialmente os feijões anãos.

Em agricultura applica- se sobre tudo ao milho e ás batatas. Em geral a amon­toa favorece o desenvolvi­mento de novas raizes.

Entre nós pratica-se qua­si exclusivamente com um sacho ou com a enxada, e devemos confessar que, com trabalhadores habeis, esse systema tem vanta­gens, sob o ponto de vista da perfeição, sobre o tra­balho dos instrumentos aratorios proprios para es­te amanho, e a que mesmo se denominam amontoado- i'es.

A época mais própria de executar a amontôa é des­de junho a setembro, se gundo as culturas a que é applicada. Mas convém notar que essa operação deve ser precedida das sa­chas com o fim especial de mobilisar aterra, visto que difficilmente se faz a amon­tôa com o solo compacto e tenaz.

Quando convenha pra­ticar duas amontoas, a pfi- meira deverá ser mais ligei­ra do que a segunda.

Uma amontôa bem feita é de grande utilidade: Au- gmenta a fixidez das plan­tas muito altas, como o milho e a canna de assucar, e permitte-lhes muitas ve­zes resistir ás mais violen­tas ventanias; facilita o des­envolvimento dos tubércu­los da batata, do topinam-

bo, da batata doce, etc.; augmenta a frescura na ca­mada aravei; protege as raizes contra as geadas;1 contribue, emfim, na cultu­ra das couves forraginosas para o saneamento da ca­mada aravei durante o ou­tomno e inverno.

Por outra parte, a amon­tôa contribue para a limpe­za do solo.

PREJUÍZOS CONTRA O SAL

A crença de que o sal en­tornado é signal de desgra­ça, procede, talvez, dos tempos antigos em que es­ta substancia era bastante cara e muito apreciada, co­mo succede actualmente na Africa central.

A superstição é muito antiga, e no famoso quadro de Leonardo de Vinci, re­presentando a Ullima ceia, Judas está representando no momento em que entor­na sobre a mesa o saleiro.

Antonio Çhristiano Sa­loio cumpre o grato dever de patentear p o r este meio o seu profundo reconheci­mento ao ex.'"° sr. dr. Ma­nuel Fernandes da Costa Moura, pela maneira cari­nhosa com que tratou sua mulher da grave doença que a prostrara e de que se acha completamente resta­belecida.

A sua gratidão fica, pois, indelevel para com o dis- tincto medico, porque ao seu ^elo e sciencia deve a vida de sua mulher.

Aldegallega, 24 de maio de 1,902.

ANNUNCIOS

ANNUNCIO

1ARCA DE ALDEGALLEGA

(.®a PH lilicação)

No dia i.° do proximo mez de junho, pelo meio dia, á porta do tribunal ju­dicial d'esta villa de Aldeia Galiega do Ribatejo, nos autos de inventario orpha- nologièo a que se procede por obito de Alexandrina Henriqueta, viuva, mora­dora que foi na Quinta dos Fundilhões, freguezia da Moita, se hão de vender e arrematar em hasta publi­ca a quem maior lanço offerecer sobre os valores abaixo designados os pré­dios seguintes: 1." Uma ma­rinha denominada AS NA­

VES, no sitio da Quinta dos Fundilhões, avaliada em 2:ooo$ooo réis. 2.0— Outra mârinha denomina­da A COSINHEIRA, no mesmo sitio da Quinta dos Fundilhões, avaliada em i:ioo$ooo réis. 3.°-— Ou­tra marinha denominada O JOSE’ CAETANO, no mesmo sitio da Quinta dos Fundilhões, avaliada em i:3oo$ooo réis. 4.0 — Outra marinha denomina­da A NOVA, e uma casa que serve de abegoaria, no mesmo sitio da Quinta dos Fundilhões, avaliada em i:6ooSooo réis. As ma­rinhas NAVES e NOVA, estão sujeitas ao arrenda­mento feito pela inventa­riada ao cabeça de casal Manuel Rollo dos Santos, pela quantia de 2oo$ooo réis, por 19 annos que ter­minam em 3 i de dezem­bro de 1913.

Pelo presente são cita­dos quaesquer crédores in­certos para assistirem á dita arrematação e usarem dos seus direitos.

Aldegallega do Ribatejo,10 de maio de 1902.

O E S C R IV Á O

Antonio Augusto da SilvaCoelho.

Verifiquei a exactidão.

O JU IZ D E D IR E IT O

Antonio Augusto Noguei­ra Souto.

MARCENARIAJoão Maria da Luz, mar­

ceneiro, encarrega-se de todos os trabalhos perten­centes ao seu officio. Tam­bem restaura moveis anti­gos, concerta vãos de ta- boínhas e encarrega-se de polir toda a qualidade de moveis. Tem para vender duas commodas e dois guarda-louças acabados agora de fazer. Preços mui­to em conta.

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