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1 - Protocolo: ANTT/Ouvidoria/2007-07760 Nome: Paulo Sérgio Pagani Vieira Machado - Pagani Fretam Mensagem: 1. Que possamos emitir a licença para viagem a qualquer momento para atender aos nossos clientes e possam trabalhar, servindo ao nosso país (5 dias de antecedência mataria a todos). 2. Seja abolida a etiqueta de bagagem por entendermos que é uma burocracia e custo desnecessários, pois em fretamento o grupo de pessoas é conhecido. Não há risco de extravio de bagagem. 3. Que seja liberado microônibus com menos de 20 lugares, desde que se tenha todos os documentos exigidos normalmente. 4. Que seja revista a exigência do seguro obrigatório, pois estamos na mão de apenas 1 ou 2 seguradoras no país, e a prática tem demonstrado que as seguradoras não estão honrando com o valor segurado. Além da fortuna de dinheiro que estamos pagando mensalmente, o que onera muito o fretamento não trazendo nenhum benefício ao usuário, e muito menos para nós empresários. Pedimos justiça!

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1 - Protocolo: ANTT/Ouvidoria/2007-07760 Nome: Paulo Sérgio Pagani Vieira Machado - Pagani Fretam Mensagem: 1. Que possamos emitir a licença para viagem a qualquer momento para atender aos nossos clientes e possam trabalhar, servindo ao nosso país (5 dias de antecedência mataria a todos). 2. Seja abolida a etiqueta de bagagem por entendermos que é uma burocracia e custo desnecessários, pois em fretamento o grupo de pessoas é conhecido. Não há risco de extravio de bagagem. 3. Que seja liberado microônibus com menos de 20 lugares, desde que se tenha todos os documentos exigidos normalmente. 4. Que seja revista a exigência do seguro obrigatório, pois estamos na mão de apenas 1 ou 2 seguradoras no país, e a prática tem demonstrado que as seguradoras não estão honrando com o valor segurado. Além da fortuna de dinheiro que estamos pagando mensalmente, o que onera muito o fretamento não trazendo nenhum benefício ao usuário, e muito menos para nós empresários. Pedimos justiça!

2 - Protocolo: ANTT/Ouvidoria/2007-07761 Nome: AVIESP - MARCOS ANTONIO CARVALHO LUCAS Mensagem: Associação das Agências de Viagens Independentes do Interior do Estado de São Paulo Campinas-SP, 23 de Janeiro de 2007. A ASSOCIAÇÃO DAS AGÊNCIAS DE VIAGENS INDEPENDENTES DO INTERIOR DO ESTADO DE SÃO PAULO - AVIESP, com sede em Campinas-SP, na Avenida Anchieta, 416 - Centro, inscrita no CNPJ (mf) 47.745.351/0001-95, representando 400 (quatrocentos) associados do interior de São Paulo, norte do Paraná e Sul de Minas Gerais, mercado que representa o segundo pólo emissor do turismo nacional, dentre as quais muitos dedicados ao ramo de agenciamento de viagens e turismo com frota própria, ciente das modificações propostas para os artigos 22,23,24,26,27,32 e 39 da Resolução n° 1.166, de 5 de outubro de 2005 expedida pela ANTT- Agência Nacional de Transportes Terrestres, vem mui respeitosamente, com a devida vênia, expor idéias e lançar suas sugestões, expostas que são à apreciação em Audiência Publica da ANTT, no sentido de colaborar para a mais completa e transparente regulamentação deste importante seguimento da economia nacional e, ao final, sugerindo as seguintes inserções: Dentre as modificações que a ANTT pretende implantar no texto do Decreto em espeque, destacamos aquelas que visam distinguir no Transporte de Superfície, na espécie rodoviária, as modalidades Turística e Eventual (art. 22 § 1° e 2°). Destacamos ainda a restrição no prazo de emissão das Autorizações de Viagem via Internet para o máximo de cinco dias de antecedência no caso de Fretamento Eventual (art. 24), não permitindo que a procedência da viagem se dê em Estado da Federação diverso da sede da autorizatária (art.39-V), por fim a obrigatoriedade de porte de documentos que comprovem a contratação de hospedagem, alimentação e visitas a locais turísticos. A prestação de serviços de transporte interestadual e internacional, atividades de exploração exclusiva da União, que as concede, permite ou autoriza às empresas da iniciativa privada, sempre apresentou como principal característica a liberdade de iniciativa, consoante o que estipula a própria Carta Constitucional em seu artigo 170. No caso do transporte turístico, sua previsão legal dista de 1977 quando da edição do Decreto 6.505, bem como via seguidas alterações propostas pelos Decretos 84.934/80 e 87.348/82, até a lei 8.181/91 que retomou as competências da EMBRATUR-Instituto Brasileiro do Turismo, e final publicação da lei 10.233/01 que veio criar essa Agência Reguladora de Transportes Terrestres. Neste iter legal, sempre se observou extremada intervenção estatal no seguimento de transporte de forma geral, e isso não é opinião apenas da AVIESP. Tal preocupação tem lugar quando se vislumbra a necessária proteção ao consumidor final, o passageiro/turista transportado, mas não se coaduna com a necessária margem de liberdade de ação que deve existir na concessão do serviço publico.

As atividades de organização, operação e venda de pacotes turísticos são atividades privativas das Agências de Turismo assim constituídas, tudo em decorrência da legislação supra mencionada, apurada no mais recente Decreto Federal 5.406 editado em 30/03/2005 que assim bem definiu: Art 4. Compreende-se por agência de turismo a pessoa jurídica que exerce, de modo isolado, cumulativo ou simultâneo, atividades econômicas próprias de organização e de intermediação remunerada entre fornecedores e consumidores de serviços turísticos, bem como atividades complementares a esses serviços. § 1º A atividade de intermediação própria de agências de turismo. comumente chamadas "agências de viagens". compreende a oferta. a reserva e a venda a consumidores de um ou mais dos seguintes serviços turísticos fornecidos por terceiros: I - passagens; II - acomodações e outros serviços em meios de hospedagem; III - programas educacionais e de aprimoramento profissional; IV - serviços de recepção, transferência e assistência; e V - excursões, viagens e passeios turísticos, marítimos, fluviais e lacustres. § 2º A atividade de organização própria de agências de turismo, comumente chamadas "operadoras turísticas", compreende a elaboração de programas, serviços e roteiros de viagens turísticas, nacionais ou internacionais, emissivas ou receptivas, que incluam mais de um dos serviços referidos nos incisos I a V do § 1º. § 3º As atividades complementares das agências de turismo, observada a legislação aplicável, compreendem a intermediação, organização ou execução dos seguintes serviços: I - obtenção de passaportes, vistos ou qualquer outro documento necessário à realização de viagens; II - transporte turístico de superfície; III - desembaraço de bagagens em viagens e excursões; IV - intermediação remunerada na locação de veículos, em serviços de carga e na reserva e venda de ingressos para espetáculos públicos, artísticos, esportivos, culturais e outras manifestações públicas; V - operação de câmbio manual para uso exclusivo dos clientes, atendidas as exigências do Banco Central do Brasil; VI - representação de empresas transportadoras, de meios de hospedagem e de outras fornecedoras de serviços turísticos; VII - assessoramento e execução de atividades que lhes são próprias em feiras, exposições, congressos e eventos similares; VIII - venda comissionada ou intermediação remunerada de seguros vinculados a viagens, passeios e excursões e de cartões de assistência ao viajante; IX - venda de livros, revistas e outros artigos destinados a viajantes; X - prestação de serviços ligados ao acolhimento turístico, consistente na organização de visitas a museus, monumentos históricos e outros locais de interesse turístico; e XI - outros serviços de interesse de viajantes. Assim, percebe-se a amplitude dos serviços conferidos às Agências de Turismo, dentre as quais aquelas que dispõe de frota própria. Cercear tais atividades com exigências fora da realidade, com todo respeito e acatamento, seria ferir de morte o Direito Constitucional da Livre Iniciativa conferido ao

empreendedor nacional. A própria Lei 10.233/01 que criou a ANTT corrobora tais assertivas em seus artigos 26-II e 45. Feitas estas considerações iniciais, a AVIESP pensando na repercussão que tais mudanças vem tendo no dia a dia do Turismo Nacional, em contraponto a constantes campanhas e gastos públicos despendidos na divulgação do Turismo interno e externo, ousado plano de levar o Brasil a competir internacionalmente no movimento turístico, SUGERE sejam debatidos, discutidos e aprovadas mudanças sim, mas que resgatem a emergida liberdade de ação das pequenas empresas que, ao passo que contribuem e muito para geração de empregos, capacitação de seus profissionais, engordam as cifras de recolhimento de tributos nacionais, mediante alteração nos seguintes temas: 1) AUTORIZAÇÃO DE VIAGEM: Hodiernamente a ANTT cadastra Agências de Turismo com frota própria e Transportadoras Turísticas no mesmo banco de dados e fornece autorizações de viagem idênticas a tais prestadores de serviços, quando se pôde verificar pelas assertivas legais colacionadas in supra que ambas prestam serviços absolutamente distintos. Na pratica as Agências de Turismo devem ter total liberdade de ação para criar e operar programas de excursão rodoviária que necessariamente deve incluir serviço adicional ao transporte, seja hospedagem, alimentação, ingresso de evento cultural, esportivo ou mero passeio local, mas que não necessita obrigatoriamente de nele agregar todos estes serviços. Parte-se da premissa de que pode haver um ponto turístico relevante e de interesse geral, como uma reserva de Mata Atlântica (Ex: Morro do Diabo no Pontal do Paranapanema/SP) que fique distante a pouco mais de 100 Km de determinada sede de Agência e que possa ser visitada em apenas um dia com almoço e Guia especializado inclusos, e que não demande hospedagem. De seu turno, as Transportadoras Turísticas, devem se restringir a fretar seus ônibus a Agências de Turismo devidamente cadastradas no Ministério do Turismo ou a Pessoas Jurídicas e entidades civis, desde que estas não tenham fim lucrativo, tudo consoante o que determina o § 30 do artigo 60 do Decreto 5.406/05. Frise-se que o fretamento de ônibus a Pessoas Físicas é ato vedado pela Legislação Especial, pois a pratica de organizar excursões por pessoas físicas é Contravenção Penal de "Exercício ilegal de Atividade", em vias de se tornar crime pelo Projeto de Lei n° 55/2006 de iniciativa do Senado Federal. Assim, entende-se que a determinação que ser quer aprovar no sentido de exigir que Agências com frota portem comprovantes de reserva de restaurantes e passeios locais é demasiadamente exagerada, pois é cediço que tais locais, via de regra, não fornecem comprovantes de reserva, sendo tudo ajustado verbalmente entre os prestadores de serviços. O prazo de CINCO dias de antecedência para emissão das Autorizações inviabiliza a prestação dos serviços no mercado, pois problemas de ordem técnica podem ocorrer, decorrentes da logística das viagens de determinada Transportadora que a impeçam de fretar seu ônibus ao cliente e a substituição por outro veículo de terceira empresa restaria inviabilizada, sob pena de multa na interpretação de fiscais do conceito de "socorro ou serviço emergencial" . 2) BAGAGENS TRANSPORTADAS: Exige-se que sejam etiquetadas todas as bagagens transportadas no interior do Ônibus, sejam na parte inferior ou superior do coletivo. O problema gira em torno da interpretação do termo

BAGAGEM pelas equipes de fiscalização, que em muitos casos vêem penalizando os prestadores de serviço com pesadas multas pela simples presença de pequenas bolsas de passageiros com objetos de uso pessoal e sem etiquetas no porta-embrulhos do ônibus. Tais multas se mostram de rigor exacerbado, pois no muito se tratam de "souvenires" adquiridos pelos turistas nas paradas em pontos turísticos e por sua fragilidade são transportados junto aos mesmos para evitar quebras etc. A exigência de FORMULÁRIO DE RECLAMAÇÃO dentro do ônibus sob pena de pesada multa, exigida pela Resolução 1.432/06 também deve ser suprimido. Ora, o turista/consumidor tem ampla proteção legal no tocante a ressarcimento de danos, tudo derivado da Legislação Consumerista e os prazos prescricionais para reclamar tais direitos são bastante amplos no atual Código Civil. O exercício deste direito é faculdade e não obrigação do ofendido. De sorte que uma simples folha de papel à disposição para efetuar a reclamação naquele instante ou não, não terá o condão de suprimir seu direito de ação que será melhor exercido na sede da empresa que o transportou. Ademais não existe modelo especifico determinado e os fiscais da ANTT ou conveniados vem tendo interprestaçães sem nenhum padrão na aplicação de multas. 3) SEGURO OBRIGATÓRIO: Atualmente as coberturas do chamado RCO-Seguro de Responsabilidade Civil Obrigatório são da ordem de R$ 2.085.000,00 (dois milhões e oitenta e cinco mil reais). Em que pese a necessária e indispensável cautela do órgão concedente em garantir indenização ao turista/passageiro transportado, o mercado de Seguros tem se mostrado hostil à contratação da referida cobertura, tudo decorrente do altíssimo risco e principalmente do valor de indenização em caso de sinistro. Vale mencionar que nos dias atuais um Seguro com tais coberturas não custa menos que R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais) por ano às empresas, sejam Transportadoras ou Agências de Turismo com Frota. Existem até mesmo Cias. de Seguros, dentre as poucas que ainda aceitam tais riscos, cobrando exagerados R$ 6.000,00 por tal Apólice. Essa política, caso a ANTT mantenha atualização anual em índices similares aos já apurados nos últimos tempos, tornará inviável a contratação desta modalidade securitária, o que aumentará seriamente a demanda por serviços clandestinos no País. 4) NOTA FISCAL: Na proposta de inclusão de incisos no artigo 39 com exigência de emissão de Nota Fiscal no Estado em que se inicie a viagem em estudo conjunto com correta alteração proposta no § 3° do artigo 23, trazem clara intenção de coibir a utilização de Autorização de Viagem para execução de Serviços com característica de Linha Regular. Neste ponto anda bem a ANTT, mas deve considerar que certamente existem Transportadoras ou Agências com Frota situadas nas divisas estaduais e cuja clientela também se encontre na outra margem do Estado vizinho. Assim, tendo por norte que o registro no Ministério do Turismo tem abrangência nacional (artigo 6° do Decreto 84.934/80), tal medida significa na pratica empecilho a que tal Agência angarie clientes e os embarque na sua cidade de domicilio, que muito embora esteja distante a poucos Km da sede da empresa, estão em outro Estado da Federação. Assim, propõe-se a exclusão de tal mudança, mantendo-se a atual redação, uma vez considerando-se que os passageiros transportados serão os

mesmos durante toda a viagem/excursão, fato que garante a livre iniciativa das empresas do setor. 5) LISTA DE PASSAGEIROS: Não há duvida que a emissão de Autorização de Viagem pela internet por Autorizatárias previamente cadastradas significou incomparável avanço nos serviços em debate. A possibilidade de alteração de nomes a poucos minutos do horário de saída da viagem relacionada confirma essa tendência e moderniza o serviço de uma forma geral, vez que admite as prováveis oscilações na listagem. Ante o exposto nas considerações discorridas, a AVIESP propõe que a redação dos artigos 22, 23, 24 e 39, contemplando as mudanças estritamente necessárias, passem a vigorar na forma seguinte: Art. 22. Fretamento turístico e fretamento eventual são os serviços prestados por empresas detentoras de Certificado de Registro para Fretamento - CRF, em circuito fechado, em caráter ocasional, sem implicar no estabelecimento de serviços regulares, sem venda de passagens, com relação de passageiros transportados e emissão de nota fiscal, por viagem, com prévia autorização da ANTT. § 1 ° O serviço de fretamento turístico possui, além das características de que trata o caput, a de ser contratado, organizado ou operado por agências de turismo devidamente cadastradas na EMBRATUR, para o atendimento de excursões, passeios ou programas turísticos, em âmbito interestadual ou internacional, que incluam, além do transporte de superfície, hospedagem e/ou alimentação e/ou visitas a eventos, parques e demais locais de interesse turístico. § 2° O serviço de fretamento eventual possui, além das características de que trata o caput, o de ser ajustado diretamente entre a transportadora e entidades civis associativas, sindicais, de classe, desportivas, educacionais, culturais, religiosas e recreativas, cujo objeto seja exclusivamente o transporte turístico, realizado em âmbito interestadual e internacional, com finalidade diversa da compreendida no § 1°. Art. 23. A autorização de viagem será emitida somente via Internet, na forma da Resolução específica. § 1° As empresas detentoras de CRF disporão de senha para a emissão da Autorização de Viagem, responsabilizando-se pelo teor das informações prestadas. § 2 ° Nova Autorização de Viagem para um mesmo veículo não poderá ter como ponto de origem uma localidade do(s) Estado(s) de destino da Autorização de Viagem imediatamente anterior. § 3 ° As autorizações de viagem deverão ser preenchidas com os dados completos referentes à viagem contratada, incluindo os endereços referentes aos locais de embarque e desembarque, bem como, quando se tratar de serviço de fretamento turístico, os dados da hospedagem, da alimentação e dos locais turísticos a serem visitados. Art. 24 - Manutenção integral da redação atual. Art. 39. A autorizatária deverá portar no veículo, quando da realização da viagem, a seguinte documentação, além da exigida pela legislação de trânsito: I - Cópia autenticada do Certificado de Registro para Fretamento - CRF; II - Autorização de viagem com a relação de passageiros e, no caso de fretamento contínuo, os respectivos anexos; III - Comprovação do vínculo dos motoristas com a detentora do CRF;

IV - Cópia autenticada da apólice de seguro de responsabilidade civil, com cobertura total durante todo o período da viagem e comprovante de pagamento do seguro, caso mensal; V Nota fiscal da prestação do serviço no caso de Fretamento Eventual ou Turístico; VI - Certificado de Segurança Veicular - CSV; VII - Certidão Liberatória, emitida pela Delegacia Regional do Trabalho, no caso do transporte de trabalhadores rurais descrito no art. 27 da presente Resolução. MARCOS ANTONIO CARVALHO LUCAS Secretário Executivo - AVIESP 19-3234-2212 18-3221-3777

3 - Protocolo: ANTT/Ouvidoria/2007-07762 Nome: Nivaldo José Soares Junior - Saint Rose Turismo LT Mensagem: Sr. Presidente, Sr. secretário, e demais membros que compõem a mesa, Como proprietário da empresa Saint Rose Turismo, atuante do mercado de fretamento e turismo há 10 anos, como representante de várias Empresas da região metropolitana de Belo Horizonte e portanto conhecedor da realidade do segmento, sinto-me credenciado a vir aqui demonstrar a profunda preocupação com a ameaça representada pela proposta de alteração à Resolução 1166/2005, tal como foi apresentada. Embora nobre a preocupação com o combate ao transporte clandestino, com o que concordamos e aplaudimos, o fato é que a proposta apresentada não se presta ao propósito de combater o transporte clandestino e sim, representará por um lado, a falência das empresas sérias que insistem em sobreviver no setor e por outro, um incentivo à realização do transporte clandestino, diante da impossibilidade de atender às modificações impostas. Noutro vértice, a aberração jurídica constante da proposta, já que inviabiliza o exercício de profissão lícita, bem como o direito de ir e vir, constitucionalmente garantidos, certamente será objeto de incontáveis ações a serem propostas, das quais resultarão num sem número de decisões judiciais, que fatalmente tumultuarão a prestação de serviços das empresas e dificultarão a padronização da fiscalização, pois a cada decisão proferida, deverá a ANTT se adaptar. O resultado disso senhores, será o colapso no atendimento ao público por parte da ANTT, a lesão à transparência na prestação do serviço público por fim, no prejuízo ao transporte regular que é exatamente o que se pretende proteger pois, aí sim, proliferará o transporte clandestino. Senhores, a emenda será pior que o soneto!!!!!!!! A proposta como apresentada, sugere que a mesma foi criada, não para coibir o transporte clandestino, mas sim para dizimar com a categoria do transporte por fretamento, que transporta o desenvolvimento do país ,e alavanca o enriquecimento dos cofres públicos. Está ameaçado o Estado, com este virtual aniquilamento do turismo mas sobremaneira, o direto e indireto de milhares de pessoas que sobrevivem através do turismo. Se o objetivo é realmente acabar com o transporte clandestino, não é necessário alterar a resolução (que entendemos, é uma solução simplista), e sim, que a ANTT resolva tomar as rédeas da fiscalização colocando seus próprios fiscais para exercerem a fiscalização. Nós que vivemos a prática do transporte, bem sabemos que a proposta aqui combatida, não se aplica à realidade. O fretamento eventual em sua maioria, ocorre por parte de pessoas de baixa renda que mesmo se organizando com antecedência, somente conseguem ter certeza do fechamento do grupo de passageiros, momentos antes da viagem. Em conseqüência desta incerteza, são enviadas à empresa, listas manuscritas, que geralmente apresentam

incorreção na anotação dos nomes ou número de documentos, que impõem a realização de correção, momentos antes da viagem. Nossa proposta é a seguinte: Art. 22.' Concordamos, vez que simplesmente está discriminando o transpo11e turístico do eventual. T Art. 23, parágrafo 2º letra "c" - E inviável para todas as empresas transportadoras de passageiros, seja eventual ou turístico, vez que os ônibus da categoria fazem transporte eventual e turístico, tendo tempo hábil para manutenção e limpeza. Por outro lado, difere das empresas concessionárias e permissionárias de linhas, que têm seus ônibus à disposição e trabalho 24 horas por dia, 365 dias ao ano, ou seja, têm desgaste exaustivo do veículo. Sugerimos então, que este seja excluído. O artigo 24, § 1 °, deverá ser VETADO em sua íntegra. Qual dos senhores, que de última hora, nunca desistiu de uma viagem???? COMENTAR ~ DR. FERNANDO COSTA Ressalta-se que, em reunião ocorrida em 25/10/2005, , nas dependências deste Órgão, contando com a presença do Sr. Renato Soares, assessor do então Deputado Estadual, hoje Federal Eleito, Leonardo Quintão, Sr. Nivaldo José Soares Júnior, representante da COOTRANSPAS e da Empresa Saint Rose Turismo Ltda., foi sugerido pelo Dr. Fernando C. Costa, que se fizesse a lista para simples conferência, até o embarque e posteriormente, já com a presença de todos os passageiros e a lista conferida e corrida, a empresa providencia a impressão da lista e autorização definitivas para início da viagem. Com relação ao § 2° do artigo 24, deve-se Acrescentar a palavra "eventual" à redação deste parágrafo, após a expressão "fretamento turístico". Ou seja: " sob regime fretamento turístico e eventual " Sugerimos ainda, que o artigo 34 da Resolução 1166/2005, com as alterações dadas pela Resolução 1600 de 24/08/2006, seja alterado pois, em diversos eventos tais como encontros nacionais de estudantes, é comum que os passageiros de diversas faculdades fretem o veículo e embarquem em seus respectivos . . . . municípios para seguir viagem rumo ao evento. Esperamos pois senhores, que este assunto seja tratado com a devida imparcialidade, e traga soluções que estejam de acordo com a realidade, e que sejam eficientes ao com bate do transporte clandestino, e que saibam ser competentes para separar o joio do trigo. OBRIGADO.

4 - Protocolo: ANTT/Ouvidoria/2007-07763 Nome: André Krommel / ALLESTUR - ABAVSC Mensagem: - Permitir que as vans também possam conseguir trabalhar legalmente, assim como os ônibus - Por que a exigência de 2 ônibus para o registro na ANTT - Por que um grupo não pode ir de ônibus e voltar de avião

5 - Protocolo: ANTT/Ouvidoria/2007-07764 Nome: Humberto Pires da Silva Mensagem: O cadastro a que se refere o § 1º do artigo 22 atribuído a Embratur, de acordo com legislação em vigor é uma prerrogativa do Ministério do Turismo, portanto não se pode falar em cadastro na Embratur.

6 - Protocolo: ANTT/Ouvidoria/2007-07765 Nome: Magda Rita - Turismo Santa Rita Mensagem: Art. 22 § 1º Não é regra ser o fretamento turístico organizado por agências operadoras de viagens. Conforme dados do próprio Ministério do Turismo, as pessoas se movimentam por conta própria e organizam suas viagens, nem sempre utilizando todos os equipamentos turísticos mencionados no § 1º. Isso é o que predomina no país. Principalmente as empresas que possuem setores específicos para organizar viagens com enfoque em (ilegível) de treinamento são os contratantes de viagens de fretamento eventual. Muitos não têm relação de passageiros com a antecedência que ora está sendo exigida. Temos que tomar cuidado para não tirar das empresas de fretamento a capacidade de se adequar ao mercado, ser flexível, pois é isso que o cliente quer, o qual está cada vez mais exigente e conhece os seus direitos, bem como toma decisões rápidas e pontuais. Obrigada.

7 - Protocolo: ANTT/Ouvidoria/2007-07766 Nome: Alain Baldacci - Ag. Desenv. Turismo do Sudeste Mensagem: Embora não seja do setor de transportes, noto a complexidade do assunto. Porém, face às modernas exigências do mercado, em especial do grande potencial turístico do Brasil, percebo como é imperiosa uma adaptação das normas da ANTT à realidade do transporte rodoviário turístico. Sinto que, mais importante que engessar a atividade de operadores honestos para coibir a ação de clandestinos é achar outras formas de coibir aqueles que não agem corretamente. Se quisermos crescer o turismo interno como o país merece e como o usuário precisa, necessitamos de flexibilidade e agilidade. A dinâmica do mercado é própria e não se prende a normas inexeqüíveis.

8 - Protocolo: ANTT/Ouvidoria/2007-07767 Nome: Evanir R. Piccolo - Visatur Mensagem: 1) Como contemplar na resolução caso de excursões com tempo de permanência relativo e curto no fretamento eventual por ocasião de shows (ex: Rolling Stones no Rio de Janeiro) ou eventos religiosos etc. Outro exemplo, deslocamento de grupo de pessoas para evento como a posse de um governador, Presidente da República - fretamento eventual sem hospedagem, curta permanência. 2) Ainda no fretamento eventual, caso de agremiação esportiva (time de futebol) fazer pré-temporada ocorre viagem de distância relativa e curta - estadia longa, neste caso o ônibus retorna vazio para a cidade de origem e o circuito vai fechar quando o veículo vai vazio e retornar com a delegação (time) - durante o período, data da ida e do retorno - como este ônibus poderá ser liberado para efetuar outras viagens (nova autorização). Art 24 § 1º - fretamento eventual, ex. do caso acima - a delegação sofre alterações até na véspera ou até mesmo no dia da viagem. Entendemos que a alteração ou a lista deveria ser permitida até o dia da saída da viagem. Fretamento eventual (negócios) convenção de representantes, empresa contratará ônibus. A lista dos passageiros na maioria das vezes é apresentada na véspera ou no dia da viagem. Fretamento eventual (festa/data comemorativa ou mesmo familiar), lista é finalizada muitas vezes no dia da viagem.

9 - Protocolo: ANTT/Ouvidoria/2007-07768 Nome: Cláudio Oraindi Rodrigues Neto Mensagem: lIustríssimo Senhor Diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT HOFFTUR TRANSPORTES TURISMO L TDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas sob o n. 00.684.681/0001-92, com sede na Rua Araújo Lima, n° 165, na cidade de Campo Bom-RS, neste ato representada pelo seu procurador adiante firmado, que recebe intimações na Rua Júlio de Castilhos, n. 405, conjunto 502, Centro, Novo Hamburgo-RS, CEP 93510-130, instrumento de procuração anexo, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Senhoria, apresentar argumentos e solicitações para que sejam analisados quando da audiência pública a realizar-se no dia 23 de Janeiro de 2007, a qual tem por escopo discutir a proposta de resolução que visa alterar a redação dos os artigos 22, 23, 24, 26, 27, 32 e 39, todos da Resolução n. 1.166, de 05 de Outubro de 2005, nos termos que seguem: Primeiramente, vale consignar que as propostas de modificações na redação dos artigos antes referidos têm por finalidade "disciplinar a prestação do serviço de transporte rodoviário de passageiros sob o regime de fretamento" e, ainda, porque" a freqüência com vêm sendo realizadas viagens amparadas pela emissão de autorizações de viagem para prestação de serviço com característica de prestação de serviço diverso daquele para o qual a empresa foi autorizada". Ou seja: a presente proposta objetiva evitar o desvio de finalidade com que as autorizações de viagem têm sido solicitadas, segundo informação da própria ANTT. Em outras palavras, o que pretende a ANTT com a proposta resolução em testada é moralizar, depurar o sistema que, segundo sua óptica, está se prestando a desvios de finalidade. É inegável que realmente podem existir desvios de finalidades. Na mesma medida, também é inegável que existem muitas formas de fiscalizar tais desvios, inclusive algumas de fácil implementação. Todavia Senhores, o que não é crível, porque afronta os preceitos mais comezinhos existentes em nosso ordenamento jurídico, que para coibir os possíveis desvios de finalidades na utilização das autorizações de viagem seja editada uma resolução que irá aniquilar com as empresas que se destinam ao fretamento turístico e/ou eventual. Conveniente o destaque, por oportuno, que a presente proposta de resolução e suas conseqüentes alterações tem ganho amplo destaque na mídia nacional, a

exemplificar a questão, cita-se matéria jornalística veiculada no programa Jornal Nacional, da rede globo, exibido em 20 de janeiro do ano em curso. É perceptível o equívoco na reportagem, talvez o mesmo cometido pela ANTT, pois que nitidamente a matéria jornalística apresenta empresas transportando passageiros de forma clandestina, situação que em nada se assemelha com as empresa que fazem fretamento, quer seja turístico, quer seja eventual. O combate ao transporte clandestino de passageiros não passa pela adoção desta ou de qualquer outra resolução, mas sim por métodos de fiscalização específicos e eficientes. Convém destacar que o transportador clandestino sequer solicita autorização para realizar viagens, explorando sua atividade à margem do regramento estipulado pela ANTT ou qualquer outro órgão regularizador da atividade. Ingressando propriamente na proposta de resolução, é necessário referir que a redação sugerida para os artigos 23 e 24, implicam em desobediência aos preceitos constitucionais da razoabilidade, da proporcionalidade, da dignidade do trabalho da pessoa humana e da livre concorrência, dado o acentuado protecionismo aos grandes conglomerados e a desproporção nas medidas a serem adotadas. Nunca é demasiado lembrarmos que o ordenamento jurídico é formado por um conjunto de normas dispostas hierarquicamente, constituindo o que foi chamado pelo mestre Kelsen de "pirâmide jurídica", sendo que no ápice desta encontramos as normas constitucionais, a exemplificar os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade, além do tratamento igualitário, independente de credor, cor, situação financeira e assim por diante. Tais normas dão fundamento de validade para todo o ordenamento jurídico, com isso todas as normas infraconstitucionais devem estar harmonizadas com a Carta Magna, assim nos ensina o Ilustre publicista Roque Antônio Carrazza; "as normas subordinadas devem harmonizar-se com as superiores, sob pena de deixarem de ter validade, no ordenamento jurídico. " Os princípios são enunciados de alta "carga" axiológica que estão implícitos ou explícitos na Constituição Federal e que deverão ser observados como fundamento de validade no nosso sistema. E assim, resta evidente que a proposta de resolução em testada também deverá estar em harmonia com a Constituição Federal, sob pena de restar eivada nulidade, posto que sabidamente de hierarquia inferior à Constituição Federal. Desde a Constituição de 1988, temos, no Brasil, uma hierarquia legal determinada constitucionalmente. Essa hierarquia tem sido objeto de doutrina, mas está sendo também regulamentada em lei complementar, ponto por ponto. A elaboração legislativa cobre todos os aspectos da transformação da vontade

política e interesse social em normas escritas, mesmo que algumas regras não escritas de comportamento social, às vezes até antagônicas às escritas, possam prevalecer. Este deveria ser a forma como o Leviathan brasileiro se controla ou controla os cidadãos que neste país resolveram viver com suas famílias e/ou aplicar seus investimentos. No caso brasileiro a atual Constituição teve origem numa Assembléia Nacional Constituinte, de ação paralela ao Congresso que 'promulgou a Constituição Federal em 1988. Depois de nossa primeira Constituição, a de 1824, outorgada pelo Imperador, as constituições de 1891, 1934, 1937, 1946, 1967 e a atual de 1988 tentaram, ao menos na letra, integrar mais e maiores segmentos populacionais, sucessivamente, ao processo político. Não foi outra a razão por que se deu o nome à atual Constituição de Cidadã. A Constituição de 1988 já sofreu várias alterações e tentativas outras frustradas. Elas pareceram mais ajustes do que adequação a uma nova situação da sociedade, raramente definida nos últimos dez anos, exceto quanto aos aspectos da ordem econômica, principalmente devido à maré da globalização. Ainda temido, este movimento global tem definido mudanças na economia, que precisariam correspondência na área social, ainda pouco estudada e pouco definida, em especial Quanto ao fenômeno do desempreqo e da absoluta necessidade de inclusão social, igualmente global. A seguir na hierarquia legal, depois da Constituição, a precedência legal já coube, no Brasil, aos atos de exceção que foram chamados Atos Adicionais. Eles não existem no processo democrático de elaboração legislativa. De qualquer forma, as Emendas à Constituição integram-se à ela e, portanto, continuam ocupando o primeiro grau da hierarquia das leis, juntamente com a Constituição de que fazem parte. Em hierarquia similar à da Constituição, porém em jurisdição própria, estão as Constituições Estaduais e as leis Orgânicas dos Municípios, estas funcionando à semelhança de uma Constituição para o Município. Como legislação que explicita o que não ficou detalhado na Constituição, a precedência hierárquica do segundo grau cabe às leis complementares. Em geral elas tratam de assuntos que devem cobrir as normas permanentes sobre as matérias Orçamentárias, Tributárias e Financeiras. Explicitam a maneira como os Estados devem legislar no seu âmbito de jurisdição, as formas de eleição e outras características mais permanentes e abrangentes aos entes federados que as leis ordinárias. As leis ordinárias se aplicam às pessoas físicas e jurídicas, às complementares ultrapassam as fronteiras dos entes governamentais federados. Além da legislação de segunda hierarquia, composta pelas leis complementares, alguns países dispõem de Estatutos, que consolidam a legislação ordinária, de terceiro grau, e facilitam o acesso do público a sua compreensão. Entre nós, em vez de Estatutos temos um conjunto de leis

complementares e ordinárias, superpostas, que às vezes se anulam uma às outras, e outras vezes se reforçam. As várias tentativas de consolidação junto às Câmaras do Congresso e ao Ministério da Justiça foram, afinal, atropeladas pela era da informática que permite hoje uma catalogação ampla da legislação existente e melhorou a situação de quem estuda a lei, mas não eliminou a possibilidade de superposição e falhas. Similares aos Estatutos em forma, porém diferentes em conteúdo estão, na mesma categoria hierárquica, os Códigos e Consolidações da legislação setorial. Seguintes a esta hierarquia, portanto no terceiro nível estão as leis ordinárias, que são a maioria do conjunto legal, exceto os vários níveis de regulamentação setorial do primeiro escalão da administração até o último. Enquanto as leis complementares devem ser aprovadas por maioria absoluta de cada Casa do Congresso, as leis ordinárias só exigem maioria simples. São também leis ordinárias as eventualmente originarias de Medidas Provisórias do governo, especificamente desenhadas na Constituição para casos urgentes e relevantes. As leis originárias de projeto de lei ou de Medidas Provisórias, como as leis complementares, depois de passar no Congresso, devem ser sancionadas pelo Presidente da República, e publicadas no Diário Oficial. Há ainda possibilidade de elaboração de leis delegadas, que também de nível hierárquico similar às ordinárias, porém elaboradas pelo próprio poder Executivo, mediante autorização prévia e específica do Poder Legislativo que fixa os padrões e critérios da futura lei delegada. Essa delegação de poder se dá por meio de uma norma interna com eventual efeito externo, denominada “resolução”. As resoluções têm efeito interno e eventualmente externo, mas estão hierarquicamente abaixo dos Decretos Legislativos - equiparados aos Decretos Administrativos. Tanto as Resoluções como os Decretos Legislativos prescindem de sanção presidencial. Tratam de assuntos que, por força constitucional são de deliberação exclusiva do Congresso como também o são as Resoluções do Congresso ou de cada uma de suas Casas. A diferença entre Decretos Legislativos e Resoluções das Casas do Congresso é que os primeiros devem ter deliberação das duas Casas, as resoluções tratam de assunto de competência exclusiva de cada uma das Casas do Congresso, são freqüentemente de interesse da economia interna, mas não exclusivamente, porque também tratam de ordenações externas sobre as quais a responsabilidade é de uma de suas Casas ou do Congresso. São exemplos de Decretos Legislativos as autorizações ao Presidente da República, homologação de atos internacionais e sustação de atos do Executivo. São de iniciativa privativa do Legislativo. Como há área privativa de deliberação do Legislativo, também há as da Presidência da República e sobre estas ele inicia projetos que manda em Mensagem à apreciação do Poder Legislativo. Quando as leis não estão totalmente explicitadas quanto à forma como devem ser implementadas não

são auto-aplicáveis. O Executivo precisa então, consoante seu conhecimento de dados e disponibilidades físicas e financeiras sobre as alternativas de execução, elaborar decretos (não confundíveis com decretos-leis, que não existem mais na hierarquia da nova Constituição Brasileira e foram usados como leis no passado). Muitas das Mensagens que contém projetos de lei, cuja aprovação o Executivo solicita do Legislativo, são detalhamento de seus programas de governo e normas sobre sua área de atendimento ao público. Dizem respeito a normas de administração pública, disposições sobre programas em vários Ministérios. Os decretos costumam ser o "modus-faciendi" das leis que foram aprovadas. As resoluções também estão presentes como normas em outros poderes que não o Legislativo. São editadas sobre assuntos internos com força de aplicação sobre o público interno e externo. Tanto as resoluções de qualquer poder como os Atos derivados das Resoluções e das Leis dão origem a uma série de documentos legais de explicitação e execução. Além das Resoluções e Atos toda uma hierarquia de instruções normativas, instruções administrativas, atos e portarias, existem para permitir a execução das leis. São sempre o detalhamento de como executar, cobrar, dispensar serviços, verificar aplicação legal ou execução de obrigações paralelas das várias áreas Ministeriais, Departamentais ou setoriais, como de órgãos autárquicos a exemplo do Banco Central, Banco do Brasil e outros agentes do Estado. A hierarquia dos Atos e Portarias, como das Resoluções e Instruções Normativas existe nas várias esferas de poder, tanto nas Casas Legislativas como nos Ministérios. Podem dizer respeito às decisões da autoridade maior setorial e tratam de prêmio ou penalidade a funcionários; fórmula de execução dos serviços públicos e autorizações. Esses atos menores mesmo que sejam, na maioria destinados à ordem interna podem ter efeito sobre o exterior na medida que delimitam a forma de dispensa do serviço público aos usuários. Toda essa hierarquia, enunciada para o nível Federal, serve igualmente para o nível Estadual e Municipal. As Assembléias Legislativas fazem no Estado, e as Câmaras de Vereadores no Município quase tudo o que o Congresso faz a nível Federal. Cada Estado tem uma Constituição própria, e um conjunto de leis estaduais, que deve se enquadrar nas federais. Da mesma forma, os Municípios, ao elaborar suas leis orgânicas e as demais leis, devem conformá-Ias de modo a não contrariar a Lei Estadual e a Federal. Em síntese, a hierarquia das leis no Brasil se dá da seguinte forma: 1. CONSTITUIÇÃO; 2. EMENDA A CONSTITUIÇÃO; 3. LEI COMPLEMENTAR; 4. LEI ORDINÁRIA ou CÓDIGO ou CONSOLIDAÇÃO;

5. LEI DELEGADA; "¬ 6. DECRETO LEGISLA TIVO; 7. RESOLUÇÃO; 8. DECRETO; 9. INSTRUÇÃO NORMATIVA; 10. INSTRUÇÃO ADMINISTRATIVA; 11. ATO NORMA TIVO; 12.ATO ADMINISTRATIVO; 13. PORTARIA; 14.AVISO. Dessa forma, claro está que uma RESOLUÇÃO oriunda de órgão regulador do governo é hierarquicamente inferior à Constituição Federal devendo subordinação aos seus preceitos e princípios. Assim, resta evidente que a proposta de resolução em comento deve guardar obediência aos princípios que regem nossa Constituição Federal, devendo ser observado, entre tantos, os princípios constitucionais da livre concorrência, livre acesso ao trabalho, proporcional idade e razoabilidade. A Diretoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT, no uso das atribuições que lhe conferem o art. 24, incisos IV e V e o art. 26, incisos 11 e 111, da Lei n° 10.233, de 5 de junho de 2001 e considerando os princípios e as diretrizes para o transporte terrestre, marcou para o dia 23 de janeiro de 2007 Audiência Pública para tratar da proposta de resolução que visa alterar artigos da Resolução n. 1.166/2005, franqueando aos interessados apresentação de contribuições e sugestões. A proposta de Resolução encaminhada pela ANTT sugere alterações na redação do artigo 23 da resolução 1.166/2005. A redação atual do citado artigo é a seguinte: Art. 23. A autorização de viagem será emitida somente via Internet, na forma da Resolução específica. Parágrafo único. As empresas detentoras de CRF disporão de senha para a emissão da autorização de viagem, responsabilizando-se pelo teor das informações prestadas. Todavia, a nova redação sugerida pela proposta de resolução da ANTT apresenta sensíveis modificações na redação do artigo 23, transformando o parágrafo único do artigo anterior em parágrafo primeiro e acrescendo mais três parágrafos, assim redigidos: Parágrafo 2. O sistema de autorização de viagem somente permitirá a emissão de nova autorização, para o mesmo ônibus, depois de transcorrido o tempo de liberação do veículo, o que será obtido por meio da soma dos seguintes tempos:

a) tempo de deslocamento entre os pontos de origem e destino, calculado considerando-se a distância total percorrida em circuito fechado, de toda a viagem; b) tempo para descanso e refeições durante a viagem, considerando-se vinte minutos deparada a cada quatro horas de viagem; c) tempo para estadia, conservação, limpeza e manutenção do veículo que não será inferior a cinqüenta por cento do tempo total de que tratam as alíneas "a" e "b". A sistemática sugerida pela proposta de Resolução da ANTT inviabilizará o sustento econômico das empresas de pequeno porte, que têm um dois ônibus em média, inclusive a proponente, porquanto com a globalização experimentada em nosso país, com o amplo acesso aos serviços de telefonia, inclusive móvel, bem como mais recentemente a rede mundial de computadores, que cresce em altos níveis, aproximou as empresas do mercado consumidor. Nesse contexto, se demonstra inviável a proposta de que somente se permita uma nova emissão de autorização para nova viagem após o retorno do ônibus, pois que é perfeitamente possível que enquanto o ônibus realize uma viagem a empresa negocie outra e, tão-logo chegue o ônibus, sejam feitas as manutenções de estilo e se prossiga em nova viagem. Aliás, tal situação é absolutamente necessária à manutenção das empresas, pois do contrário torna-se inviável economicamente o negócio. Vale ressaltar, que a prática de emitir novas autorizações antes do regresso do ônibus em nada é responsável pelas situações utilizadas para a elaboração da presente proposta de resolução, que nitidamente está relacionada à deficiência na fiscalização, porquanto tais situações nitidamente são provocadas pela transporte clandestino de passageiros. Além disso, é imperioso registrar que o parágrafo terceiro do artigo 23, o qual refere que uma nova autorização de viagem não poderá ter como origem uma localidade do Estado de destino da Autorização de viagem imediatamente anterior, isto é, caso uma empresa seja contratada para fazer o fretamento de um grupo de pessoas de Porto Alegre-RS até São Paulo-SP e, para não voltar com o ônibus vazio até sua sede, deseje contratar com outro grupo de pessoas para transporta-las de São Paulo até Porto Alegre-RS, tal possibilidade não será possível pela redação proposta para o artigo 23, parágrafo terceiro. Ou seja, tal redação não guarda proporcionalidade com a atual situação econômica vivenciada em nosso país, porquanto cada vez os lucros das empresas transportadoras são menores, sendo necessário à sobrevivência a adoção de tais práticas, as quais, aliás, em nada comprometem a segurança e a confiabilidade da empresa, muito antes pelo contrário, pois que a adoção de tais práticas é que garantem recursos necessários à realização de todas vistorias e manutenções indispensáveis à segurança dos passageiros e do transportador.

A adoção da redação ofertada pela proposta de resolução do parágrafo terceiro do artigo 23 certamente causará forte desemprego no setor, bem como fechar várias empresas, além de empurrar outras tantas empresas à clandestinidade, o que certamente não é o objetivo da República Federativa do Brasil. É de se indagar: Quem seriam os beneficiados com o fechamento de milhares de posto de trabalho e empresa que, diga-se de passagem, hoje atuam em rigorosa harmonia e respeito ao sistema jurídico vigente??????? Existiriam "interesses ocultos" na nova proposta de resolução???? A vingar a proposta de resolução estar-se-ia prejudicando o Brasil em primeira e última análise, porquanto haveria demissão em destacado número, diminuição da arrecadação e, o que é pior, estimularia o transporte clandestino de passageiros, que sabidamente não transporta com segurança, não recolhe tributos e gera subempregos, ou seja, perdem muitos, para que poucos sejam os beneficiados. Com efeito, resta cristalino que a proposta de resolução em testada prejudica a livre concorrência, a função social da propriedade e o direito ao trabalho digno, porquanto tal medida visa extinguir as pequenas empresas do ramo de transportes que trabalham com fretamento, subsistindo apenas as grandes empresa de transporte de passageiros de forma regular - linha-. A Constituição Federal, por sua vez, é bastante enfática ao destacar que a ordem econômica, que se funda na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, visa assegurar existência digna, observada a função social da propriedade, a livre iniciativa e a defesa do consumidor. Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: III função social da propriedade; IV livre concorrência; V defesa do consumidor; Evidentemente que a proposta de resolução que acabará inviabilizando economicamente o desempenho da atividade de transporte na modalidade fretamento e/ou turístico por pequenas empresas fere a Constituição Federal, porquanto afasta a possibilidade da livre concorrência e, sobremaneira, impede tenha a propriedade sua função social, tudo isso, ao final, sendo medida em prejuízo do consumidor. E mais, a própria Constituição Federal de 1988 define que qualquer medida tendente a eliminar a livre concorrência deverá ser reprimida, assim está disposto no artigo 173, § 4° :

Art. 173- § 4° - a lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros. A Constituição contempla, pois, os princípios gerais da atividade econômica, entre os quais ressalta, inserido no inc. IV, do art. 170, o princípio da livre concorrência, com observância à função social do trabalho. O Supremo Tribunal Federal, por sua vez, como nem poderia ser diferente, contemplou a idéia da livre concorrência, consoante se pode inferir do julgamento do MS n° 22323-5/SP, relatoria do Min. Carlos Veloso, afirmando que "Observada a regra de hermenêutica, segundo a qual a norma expressa prevalece sobre a norma implícita,.. .", força é convir que a livre concorrência é um postulado que exclui qualquer outro (exceto nas situações predeterminadas pela própria Carta, como é o caso do petróleo e dos minerais nucleares e radioativos, conforme previsão do art. 177) não afeito com este paradigma. Assim, em face ao § 4°, do art. 173, a legislação infraconstitucional deve não apenas reprimir o abuso do poder econômico que vise à eliminação da concorrência, como, o que é a melhor constatação, deve estimular a livre concorrência. Aliás, a Constituição Federal atribui ao Estado dever de incentivar a livre concorrência, como expressa o art. 174, do Texto Magno, "Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, ria forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado.” Assim é que a livre concorrência e a livre iniciativa são princípios básicos na nossa ordem econômica, cumprindo ao Estado reprimir qualquer ato que importe em afronta a tais princípios, evitando que o poder econômico se transforme em ferramenta anti-social, devendo, pois, qualquer indício, possibilidade ou tentativa de eliminação da concorrência - quase sempre velada -, ser, por força do § 4°, do art. 173 c/c com o 170, IV, coibidos com firmeza pelo Poder Público. É dizer, a redação elaborada pela proposta de resolução para o artigo 23 e seus parágrafos e frontalmente inconstitucional, pois que tendente a aniquilar com a livre concorrência e com a função social da propriedade, merecendo ser rejeitada. Quanto ao artigo 24 da Resolução n. 1.166/2005, o seu caput permanece inalterado, sendo que o parágrafo único é substituído pelo parágrafo segundo, com restrição a substituição de passageiros apenas para a modalidade de fretamento para turismo. Adota ainda, o parágrafo primeiro, que tem nítido caráter de exclusão, porquanto faz exigência de que a lista de passageiros seja remetida cinco dias antes da viagem contratada. Eis a redação da proposta de resolução no que diz com o artigo 24 e seus parágrafos:

Art. 24. Antes do horário marcado para início da viagem, é facultado à autorizatária o cancelamento da autorização de viagem emitida, ficando o veículo liberado para emissão de nova autorização. § 1º A lista de passageiros referente ao serviço prestado sob o regime de fretamento eventual deverá ser finalizada até cinco dias antes do início da viagem contratada. § 2º A lista de passageiros referente ao serviço prestado sob o regime de fretamento turístico poderá ser alterada, quando do início da viagem, para a inclusão ou substituição de, no máximo, quatro passageiros, devendo ser relacionados os nomes completos e números das cédulas de identidade no verso da autorização de viagem. Primeiro, vale destacar que há nítida afronta ao princípio da igualdade de tratamento, porquanto a possibilidade de substituição e/ou inclusão de passageiros apenas para a modalidade fretamento turístico, quando na redação anterior é referido apenas "autorizatária", ou seja, era possibilitado tantos às empresa que prestam fretamento turístico, bem como às que prestam fretamento eventual. Com efeito, não há qualquer razão lógica a autorizar a discriminação que se pretende efetivar pela proposta de resolução, devendo permanecer a redação anterior inalterada, sob pena de afronta expressa, mais uma vez, à nossa Carta Magna, que não é apenas uma letra morta, mais sim o ápice de nossa pirâmide jurídica (Kelsen). E mais, pior ainda é a redação proposta 'para o § 1 °, do artigo 24, o qual estabelece que deve ser remetido cinco dias antes da viagem, apenas para as empresas de fretamento eventual, a lista de passageiros, destacando que esta não pode ser alterada, conforme disposto no parágrafo segundo deste mesmo artigo. Primeiro, porque a desigualdade de tratamento entre empresa sob o regime fretamento eventual e turístico?? Adota-se os mesmo argumentos já expendidos no que diz com a inconstitucionalidade deste parágrafo. Todavia, tal redação fere a proporcional idade, a razoabilidade, a função social do trabalho e a livre concorrência, porquanto sua prática implicará em reservada de mercado indevida, culminando com o fechamento de tais empresas pela inviabilidade econômica do negócio, redundando em milhares de posto de trabalho fechados. Vejamos o conjunto da "obra": A redação sugerida pelo artigo 23, parágrafo segundo, implica em dizer que somente será permitida nova emissão de autorização de viagem quando o ônibus já houver retomado. Agregue-se a tal mandamento o que determina o

parágrafo primeiro do artigo 24, que estipula seja a lista de passageiros remetida cinco dias antes da viagem e temos o seguinte quadro: Uma empresa que preste serviços sob o regime de fretamento eventual poderá realizar de quatro a cinco viagens no máximo por mês, o que inviabiliza por completo a atividade comercial, resultando em verdadeira reserva de mercado. A exemplificar: Na data desta audiência (23/01) a empresa proponente fecha um contrato de fretamento na modalidade eventual, tendo como origem a cidade de Porto Alegre e destino a cidade de São Paulo-SP e posterior retorno. A primeira data que poderá ser emitida autorização para a viagem é dia (28/01), por força do artigo 24, parágrafo primeiro, o qual exige que a lista seja finalizada cinco dias antes da viagem. No dia 28/01 o ônibus parte de sua origem rumo ao seu destino. A estimativa de tempo da viagem, observando-se as alíneas "a", "b" e "c" do artigo 23, parágrafo segundo, vai ser de 24h, portanto, a chegada ao destino ocorrerá no dia 29/01. O tempo mínimo de estadia, conservação, limpeza e manutenção do veículo (artigo 23, parágrafo segundo, alínea "c") é de cinqüenta por cento ao tempo da viagem, no caso doze horas, portanto a viagem de regresso a Porto Alegre poderá ser iniciada no dia 30/01, chegando no dia 31/01. Devido ao fato de que não é possível emitir nova autorização de viagem antes do retorno do ônibus (art. 23, parágrafo segundo), nova contratação terá a lista de passageiros remetida em 31/01, sendo que a autorização somente será possível em 05/02 e, assim, poderão ser feitos os mesmos cálculos de tempo da primeira viagem, restando, com sorte, no máximo cinco viagens por mês, o que é absolutamente inviável economicamente. Dessa forma, mostra-se, por mais esta razão, totalmente desproporcional e inconstitucional as propostas de alteração da resolução 1.166/2005, no que diz com os artigos 23 e 24, pois que desprovidas de razoabilidade, tendentes a causar monopólios e conseqüente fechamento de milhares de pequenas empresas, deixando-se a função social da propriedade e a livre iniciativa em plano esquecido. Evidente, pois, a desproporcional idade das restrições que se busca impor pela proposta de resolução em testada, que tem nítidos interesses ocultos, não bem explicitados ao povo brasileiro. Indiscutivelmente, as restrições que se buscam introduzir pela presente proposta de resolução, acabam por fazer uma reserva de mercado em afronta aos preceitos constitucionais da livre concorrência, da dignidade da pessoa

humana, do direito ao trabalho, bem como na igualdade de tratamento que deve ser dispensada a todos pela administração pública. Vale ressaltar, por necessário e oportuno, que os princípios constitucionais são essenciais para assegurar os direitos fundamentais dos cidadãos. São eles a base da Constituição Federal e, portanto, devem ser respeitados. Na Constituição Federal de 1988 estão inseridos os princípios que visam assegurar o livre exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, desde que atendida as qualificações profissionais que a lei vier a estabelecer (art. 5°, XIII). É de se ressaltar, entretanto, que não é toda e qualquer restrição que a lei infraconstitucional poderá estabelecer como forma do livre exercício de um ofício. A limitação imposta pela lei ordinária e também por resoluções obviamente deverão atentar para os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade para que se demonstre harmônica com o sistema jurídico válido, pois do contrário estaria ferindo tais princípios e, conseqüentemente, sem validade. Nesse sentido, é o ensinamento de Celso Antônio Bandeira de Mello: "Violar um princípio é muito mais grave que transgredir uma norma. A desatenção ao princípio implica ofensa não apenas a um específico mandamento obrigatório, mas a todo o sistema de comandos. É a mais grave forma de ilegalidade ou de inconstitucionalidade, conforme o escalão do princípio atingido, porque representa insurgência contra todo o sistema, subversão de seus valores fundamentais, contumélia irremissível a seu arcabouço lógico e corrosão de sua estrutura mestra. Isto porque, com ofendê-/o, abatem-se as vigas que o sustêm e alui-se a estrutura neles esforçada." (Celso Antônio Bandeira de Mel/o. Curso de Direito Administrativo. 108 ed. rev. atual. e ampl. São Paulo, Malheiros, 1998, p. 583 e 584). Em igual sentido, se manifesta Carrazza: "Portanto tudo se congrega a indicar que a lei e os demais atos normativos de igualou inferior hierarquia, além de deverem obedecer às regras constitucionais, precisam ser interpretados e aplicados da forma mais congruente possível com os princípios encartados no Código Supremo." (Roque Antônio Carrazza. Curso de Direito Constitucional Tributário. 58 ed. rev. e ampl. São Paulo, Malheiros, 1993, p. 32). Assim, os princípios devem ser considerados como o ponto de partida para qualquer interpretação jurídica, e não o inverso, ou seja, são as normas infraconstitucionais (dentre elas as resoluções) que devem estar em harmonia com os princípios constitucionais. Ora, nada mais completo para descrever um tema desta relevância que uma analogia usada unanimemente pelos maiores Mestres do Direito Público da atualidade, ou seja, o saudoso mestre Geraldo Ataliba, o praf. Celso Antônio Bandeira de Mello e o brilhante Roque Antônio Carrazza, todos comparam o

sistema jurídico a um vasto edifício, onde está tudo disposto sobre uma sábia arquitetura, desta forma imediatamente o jurista identifica os alicerces mestres e suas vigas, a falta ou a necessidade das mudanças de portas ou janelas é possível, porém a falta ou a mudança de vigas levaria tal edifício à ruína, é o que nos ensina o mestre Roque Carrazza, "Pois bem, tomadas às cautelas que as comparações impõem, estes "alicerces" "e "vigas mestre" são os principios juridicos, ora objeto de nossa atenção. " Sendo mais pragmático, porém sem perder o brilhantismo peculiar, o mestre Celso Antônio Bandeira de Mello conceitua, "Principio, é por definição, mandamento nuclear de um sistema, verdadeiro alicerce dele, disposição fundamental que se i«adia sobre diferentes normas compondo-Ihes o espírito e servindo de critério para sua exata compreensão e inteligência, exatamente por definir a lógica e a racionalidade do sistema normativo." Desta forma, ferir tais princípios seria trazer abaixo toda a grandiosidade deste edifício, ou seja, do sistema jurídico. Pois bem, é justamente o que pretende fazer a proposta de resolução que visa alterar a resolução n. 1.166/2005, mormente no que diz com a redação dos artigo 23 e 24, os quais limitam o exercício do ofício da proponente, desrespeitam a livre concorrência, aniquilam com a função social do trabalho, excluem a razoabilidade e a proporcionalidade dos atos emenados pelo Poder Público, em completo desrespeito às disposições constitucionais e, também, às leis federais que tratam da matéria. Evidente, pois, o descompasso da proposta de resolução antes referida com a Carta Magna, pois feriu os princípios constitucionais do livre acesso ao trabalho, da proporcional idade e da razoabilidade, como também e, principalmente, da livre concorrência, razão pela qual é de se concluir que tal norma é inconstitucional frente a Constituição Federal de 1988. É inegável que a Constituição de 1988 tem a virtude de espelhar a reconquista dos direitos fundamentais, notadamente os de cidadania e os individuais, simbolizando a superação de um projeto autoritário, pretensioso e intolerante que se impusera ao País. Os anseios de participação, represados à força nas duas décadas anteriores, fizeram da constituinte uma apoteose cívica marcada, todavia, por interesses e paixões1.

1 BARROSO, Luís Roberto. ° Direito Constitucional e a Efetividade de suas Normas. 3. ed. Rio de Janeiro: Renovar, 1996, p. 40.

Nesse sentido, observa Robert Alexy2 que: "Os direitos Jundamentais e as normas jusfundamentais são materialmente fundamentais porque com elas se tomam decisões sobre a estrutura básica do estado e da sociedade." Com efeito, não devemos esquecer que os princípios constitucionais assumem importância ímpar no Estado Democrático de Direito. São, pois, a própria condição3 de possibilidade da Constituição, porque conformadores do seu núcleo político, naquilo que se denomina no contemporâneo constitucionalismo de reação de pertinência entre as normas4. Por isso, os princípios, mesmo não inscritos textualmente na Constituição, servem para fazer a conformação dos textos normativos infraconstitucionais com o texto da Constituição. Talvez os mais importantes, nessa trilha, sejam mesmo os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, reconhecidos desde há muito pelos Tribunais europeus, norte-americanos e pelo Supremo Tribunal Federal. Os direitos fundamentais estão ligados indissociavelmente com os princípios constitucionais, sendo, destarte, o próprio fundamento do processo hermenêutico-constitucional. Antes da regra, vigora o princípio, que lhe dá fundamento de validade5. Desse modo, a razoabilidade formulada como princípio jurídico ou como diretriz de interpretação das leis e atos da administração, é uma orientação que se contrapõe ao formalismo vazio, à mera observância dos aspectos exteriores da lei, formalismo esse que descaracteriza o sentido '. finalístico do direito6. O doutrinador Roberto Rosas observa que o devido processo legal tem dois princípios informadores essenciais para sua aplicação: a proporcional idade e a razoabilidade - da lei, do ato, da atitude, da ação etc7. Assim, vê-se que a inovação do princípio da razoabilidade é um chamado à razão, para que os produtores da lei (e também resoluções) e os seus aplicadores não se desviem dos valores e interesses maiores protegidos pela Constituição, mesmo quando aparentemente estejam agindo nos limites da legalidade8. 2 ALEXY, Robert. Teoria de Ias derechos fundamentales. Madrid: Centro de Estudios Constitucionales, 1997, p. 505: "Los derechos fundamentales y Ias normas iusfundamentales son materialmente fundamentales porque com ellas se toman decisiones sobre Ia estructura básica dei Estado y de Ia sociedad." 3 Idem, ibidem: Servindo de pautas ou critérios por excelência para a avaliação de todos os conteúdos normativos, os princípios, desde sua constitucionalização, que é ao mesmo passo positivação no mais alto grau, recebem como instância valorativa máxima categoria constitucional, rodeada do prestígio e da hegemonia que se confere às normas inseridas na lei das Leis. Com esta relevância adicional, os princípios se convertem igualmente em normas normarum, ou seja, norma das normas. 4 STRECK, Lenio Luiz. Op. cit., p. 413. 5 Idem, p. 414. 6 BUCCI, Maria Paula Dallari. O princípio da razoabilidade em apoio à legalidade. In: Revista dos Tribunais, São Paulo, n.o 16,p. 119-267, jul.-set. 1996, p. 173. 7 ROSAS, Roberto. Devido Processo Legal: Proporcionalidade e Razoabilidade. In: Revista dos Tribunais, São Paulo, v. 783, p. 11-15, jan. 2001, p. 11. 8 BUCCI, Maria Paula Dallari. Op. cil., p. 173.

No entanto, em rigor, o princípio da proporcionalidade não é senão faceta9 do princípio da razoabilidade, posto que se trata de um aspecto específico do princípio da razoabilidade, compreende-se que sua matriz constitucional seja a mesma, isto é, assiste nos próprios dispositivos que consagram a submissão ao cânone da legalidade, a qual não predica a mera coincidência da conduta com a letra da lei, mas reclama adesão ao espírito dela, à finalidade que a anima10. Para Luis Virgílio Afonso da Silva11 : Quando se fala, em discurso jurídico, em princípio da razoabilidade ou em princípio ou regra da proporcionalidade, é evidente que os termos estão revestidos de uma conotação técnico-jurídica e não são mais sinônimos, pois expressam construções jurídicas diversas. Pode-se admitir que tenham objetivos semelhantes, mas isso não autoriza o tratamento de ambos como sinônimos. Ainda que se queira, por intermédio de ambos, controlar as atividades legislativa ou executiva, limitando-as para que não restrinjam mais do que o necessário os direitos dos cidadãos, esse controle é levado a cabo de forma diversa, caso seja aplicado um ou outro critério. (...) A regra da proporcional idade no controle das leis restritivas de direitos fundamentais surgiu por desenvolvimento jurisprudencial do Tribunal Constitucional alemão e não é uma simples pauta que, vagamente, sugere que os atos estatais devem ser razoáveis, nem simples análise da relação meio-fim. Na forma desenvolvida pela jurisprudência constitucional alemã, tem ela uma estrutura racionalmente definida, com subelementos independentes - análise da adequação, da necessidade e da proporcionalidade em sentido estrito -, que são aplicados em uma ordem pré¬ definida, e que conferem à regra da proporcionalidade a individualidade que a diferencia, claramente, da mera exigência de razoabilidade. Pode-se afirmar, então, que a regra da proporcional idade não só não tem a mesma origem que o chamado princípio da razoabilidade, como freqüentemente se afirma, mas também deste se diferencia em sua estrutura e em sua forma de aplicação. O motivo é bastante simples: o conceito de razoabilidade, na forma como exposto, corresponde apenas à primeira das três sub-regras da proporcionalidade, isto é, apenas à exigência de adequação. A regra da

9 ROSAS, Roberto. Op. cil., p. 11, comentando: Veja-se na doutrina brasileira que há distância entre os termos, ainda que possa se subsumir a proporcionalidade como elemento da razoabilidade. 10 MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 9. ed. São Paulo: Malheiros, 1997, p. 68. 11 SILVA, Luís Virgílio Afonso da. O Proporcional e o Razoável. In: Revista dos Tribunais, São Paulo, v. 798, p. 23-50, abr. 2002, p. 28.

proporcionalidade é, portanto, mais ampla do que a regra da razoabilidade, pois não se esgota no exame da compatibilidade entre meios e fins12. Ernesto Pedraz Penalva13 afirma que: O principio da proporcionalidade agora se converteu em regra geral administrativa, com exigida referência em toda atividade sempre que está pode levar a cabo dentro de uma margem de apreciação e o legislador não fez a medida adequada, necessária e subsidiária, que o operador administrativo deve optar, supondo que só seria juridicamente conforme uma determinada decisão. A nosso juízo, seria aplicável a máxima da proporcionalidade nesta sede, inclusive quando a lei conceda a possibilidade de rechaçar ou tomar uma decisão segundo a oportunidade. Consequentemente, a doutrina nacional e estrangeira são abundantes e ricas na formulação dos princípios da proporcionalidade e razoabilidade como alicerces da validade das leis e atos administrativos14. O doutrinador português José Joaquim Gomes Canotilho15 acresce que no Direito português, o princípio da proporcionalidade em sentido amplo, também conhecido como princípio da proibição de excesso (Obermassverbot), foi erigido à dignidade de princípio constitucional, consagrando-se no art. 18,2, do Texto Magno, que a lei só pode restringir os direitos, liberdades e garantias nos casos expressamente previstos na Constituição, devendo as restrições limitar-se ao necessário para salvaguardar outros direitos interesses constitucionalmente protegidos. Assim, pode-se concluir que a adoção do princípio da proporcionalidade representa talvez a nota mais distintiva do segundo Estado de Direito, o qual, com a aplicação desse princípio, saiu admiravelmente fortalecido16, visto que o vício de inconstitucionalidade substancial decorrente do excesso de poder legislativo17 constitui um dos mais tormentosos temas do controle de 12 BARROSO, Luis Roberto. Os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade no direito constitucional. 3. ed. São Paulo: Renovar, p. 66. 13 PENALVA, Ernesto Pedraz. Op. cil., p. 280: "EI principio de proporcionalidad se há convertido ahora en regia general administrativa, com exigida referencia en toda actividad siempre que ésta pueda lIevarse a cabo dentro de um margen de apreciación y el legislador no haya fijado Ia mdida adecuada, necesaria y subsidiaria, que el operador administrativo deba adoptar, supuesto éste en el que sólo seria juridicamente conforme una determinada decisión. A nuestro juicio, seria aplicable Ia máxima de proporcionalidad en esta sede, incluso cuando Ia ley conceda Ia posibilidad de rechazar Q tomar una decisión según Ia oportunidad." 14 TÁCITO, Caio. Razoabilidade das Leis. In: Revista de Direito Administrativo, Rio de Janeiro: Renovar, n.o 204, p. 1-7, abr.-jun. 1996, p. 06. 15 CANOTILHO, José J. Gomes. Op. cil., p. 16 BONAVIDES, Paulo. Op. cit., p. 362. 17 MENDES, Gilmar Ferreira; COELHO, Inocêncio Mártires; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Op. cit., p. 247-48: A doutrina identifica como típica manifestação do excesso de poder Legislativo a violação a.o princípio da proporcionalidade ou da proibição do excesso, que se revela mediante contrariedade, incongruência e irrazoabilidade ou inadequação entre meios e fins.

constitucionalidade hodierno. Cuida-se de aferir a compatibilidade da lei com os fins constitucionalmente previstos ou de constatar a observância do princípio da proporcionalidade (Verhaltnismassigkeitsprinzip), isto é, de se proceder à censura sobre a adequação (Geeignetheit) e a necessidade (Erforerlichkeit) do ato legislativo18. Nesse contexto, a proposta de resolução, com as conseqüências que dela resultarão, fechamento de empresas, diminuição dos postos de trabalho, inobservância à função social da propriedade e, principalmente o fortalecimento indevido de grandes conglomerados, com forte tendência a criar verdadeiros e indevidos monopólios, se amolda absolutamente desproporcional a proposta de resolução que visa alterar a redação dos artigos 23 e 24 da Resolução n. 1.166/2005. Assim, o conceito de discricionariedade no âmbito da legislação traduz, a um só tempo, a idéia de liberdade e de limitação. Reconhecendo-se ao legislador o poder de conformação dentro de limites estabelecidos pela Constituição. E, dentro desses limites, diferentes condutas podem ser consideradas legítimas. Veda-se, porém, o excesso de poder em qualquer de suas formas (Verbot der Ermessensmissbrauchs; Verbot der Ermessenssunterschreitung). Por outro lado, o poder discricionário de legislar contempla, igualmente, o dever de legislar. A omissão legislativa (Ermessensmissbrauchs; der Ermessensmangel) parece equiparável, nesse passo, ao excesso de poder legislativo19. Nota-se com isso, que a utilização do princípio da proporcionalidade ou da privação de excesso no Direito constitucional envolve, como observado, a apreciação da necessidade e da adequação da providência legislativa. Então, o meio é adequado se, com a sua utilização, o evento pretendido pode ser alcançado; é necessário se o legislador não dispõe de outro meio eficaz, menos restritivo aos direitos fundamentais20. E, no caso concreto, ao menos para as finalidades informadas a justificar proposta de resolução, existem meios outros diversos das restrições impostas pela proposta de resolução capazes de equacionar o problema, indicando-se apenas um dentre tantos, qual seja, aumento na fiscalização do cumprimento das normas hoje existentes. Portanto, a doutrina constitucional mais moderna enfatiza que, em se tratando de imposição de restrições a determinados direitos, deve-se indagar não apenas sobre a admissibilidade constitucional da restrição eventualmente fixada (reserva legal), mas também sobre a compatibilidade das restrições estabelecidas com o princípio da proporcionalidade.

18 CANOTILHO, José J. Gomes. Op. cit., p. 617-18. 19 MENDES, Gilmar Ferreira; COELHO, Inocêncio Mártires; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Op. cil., p. 247-48. 20 MENDES, Gilmar Ferreira; COELHO, Inocêncio Mártires; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Op. cil., p. 248.

Roberto Rosas21 traz San Tiago Dantas, quem afirma que: Revela atentar aqui, para a imperiosa necessidade de controle jurisdicional sobre merecimento das classificações normativas, em particular quanto ao respeito à sua "razoabilidade" e "racionalidade", eis que não é suficiente para a validade dos atos materialmente legislativos, a simples observância do processo constitucional ou legal pertinente à sua formação. Não basta a expedição de um ato legislativo formalmente perfeito para preencher o requisito do due process of law. Se assim fosse, a cláusula seria inoperante como limite ao arbítrio legislativo, pois o requisito constitucional estaria atendido com a simples existência da lei formal. Resta, pois, evidente e ululante a inconstitucionalidade da redação sugerida para os artigos 23 e 24 pela proposta de resolução em comento, merecendo ser mantida a atual redação de tais artigos, oriunda da Resolução n. 1.166. Isso posto, a proponente requer sejam recebidas e acolhidas as propostas e considerações antes elencadas, isso como forma de que se respeite a Constituição Federal, bem como seja produzida justiça ao caso concreto. Outrossim, requer a juntada dos documentos anexos. Novo Hamburgo, 22 de janeiro de 2007 Cláudio Oraindi Rodrigues Neto Advogado inscrito na OAB/Rs sob n. 58.311.

21 ROSAS, Roberto. Op. cit., p. 13-4.

10 - Protocolo: ANTT/Ouvidoria/2007-07769 Nome: Julio Cesar Lyra Wiedemann - Suprema Locadora e tu Mensagem: Sugerimos a criação de mecanismos para regulamentar o transporte turístico/eventual em vans executivas com capacidade para até 15 passageiros. Esse atendimento seria limitado a região do entorno (no máximo 300 km), e visaria atender a grande procura que temos observado no mercado. Nossa microempresa opera dentro do Distrito federal e constantemente recebemos solicitações da nossa clientela para realizar transporte turístico em localidades próximas, a saber: - Chapada dos Veadeiros - Alto Paraíso - Caldas novas - Pirinópolis - Goiás Velho - Salto de Corumbá - Formosa, entre outros. Agradecemos a atenção ao nosso pleito.

11 - Protocolo: ANTT/Ouvidoria/2007-07770 Nome: PRF Neres - Dep. de Polícia Rodoviária Federal Mensagem: Art. 32 IX - Utilizar veículo de sua frota para a realização de transbordo caso incorra em situação que se enquadre no previsto no art. 1º, inciso IV, alínea "a" da Resolução 233/2003. Justificativa: Uma empresa, devidamente registrada, pode estar executando uma viagem sem possuir autorização. Ao permitir que essa empresa realize o transbordo previsto no código 401, o agente fiscalizador está, na verdade, legalizando para aquela empresa uma viagem que originariamente era irregular. Art. 53 § 2º - Considera-se irregular o Seguro de Responsabilidade Civil para o qual a devida apólice ainda não tenha sido emitida, ainda que seja apresentado à fiscalização declaração da seguradora ou proposta de seguro. Justificativa: Dirimir dúvidas quanto ao documento de porte obrigatório, haja vista que inúmeras empresas insistem em apresentar tais documentos em substituição à apólice e, ainda, conforme lei da Susep, o seguro considera-se válido apenas após a emissão da apólice.

12 - Protocolo: ANTT/Ouvidoria/2007-07771 Nome: Alex Rodrigues Pereira - Advance Transatur Transp. Mensagem: Seguro de Responsabilidade Civil - não ser necessário portar nos documentos do veículo de toda a frota o pagamento do referido através de cópia autenticada, basta apresentar junto a ANTT o comprovante após seu pagamento enviando-a. Assim, a ANTT saberia que toda aquela frota está habilitada naquele mês, já que enviou este documento antecipadamente. Excluir o controle de horário através do mecanismo que trata art. 23 § 2º alíneas a, b e c, já veículos novos em garantia requerem pouca manutenção. Extinguir a obrigatoriedade da lista de passageiros com 5 dias de antecedência, já que ela é dinâmica. Poder apresenta todas as documentações necessárias de cadastramento; inclusão de veículos nas filiais onde a empresa possui sede sem necessidade de enviá-las diretamente à Brasília, pois temos que aguardar muitas vezes por 15 dias a utilização do veículo para que recebamos o CRF, muito embora no meu entender bastava ele estar incluso no sistema. Determinar apenas como vistoria laudo dado por uma concessionária, porque hoje temos que pagar uma taxa para CSV (Certificado de Segurança Veicular) outra, se esse ônibus tiver que fazer uma viagem internacional, temos que pagar CITV (Certificado Internacional de Transporte Veicular) dupla oneração.

13 - Protocolo: ANTT/Ouvidoria/2007-07772 Nome: Paulo Roberto Pereira - Fabio Turismo LTDA. Mensagem: Sobre a Resolução 1166 não digo nada porque os companheiros já disseram o que tinha que ser dito. Falo sobre os clandestinos que durante a viagem nos órgãos fiscalizadores as empresas que estão certas com todos os documentos em dia ficam retidas horas enquanto a clandestina passa e faz sua viagem tranqüila. Agora eu pergunto: por que isto? Será que os senhores representantes da ANTT têm uma explicação para isto? Os motoristas das empresas que estão certas têm medo de passar nas barreiras da Polícia Federal, porque são tratados como se fossem bandidos, traficantes e outras coisas mais. Pelo que sei, a Polícia Rodoviária está nas estradas para nos orientar e nos ajudar e punir o que está errado, ou seja, o clandestino. Mas é o contrário, os clandestinos são protegidos e não tem barreira para eles e nós, os registrados, que pagamos nossos impostos em dia ficamos agarrados nas barreiras enquanto os clandestinos já estão no fim da sua jornada. Agora vai uma pergunta: por que os clandestinos vão tranqüilos na sua jornada e a regular fica? Vocês, representantes da ANTT, deveriam com carinho ver isto mais de perto. Obrigado.

14 - Protocolo: ANTT/Ouvidoria/2007-07773 Nome: Marco Aurélio - M. A. Turismo Mensagem: Não tem condições de tirar listas com condições de tempo marcado ou autorizações. Multas absurdas e a maioria das vezes por que a polícia, cada uma pensa de um jeito, porque eu já tive vários problemas, porque no meio de oito policiais cada um falará de um jeito pra mim, por exemplo, formulário não tem nada e nem um exemplo e como fazer igual. Quatro substituições é muito pouco. Precisa aumentar o número de substituições. Os carros de turismo ou fretamento são os mais cuidados porque são os que têm mais tempo parados nas garagens. Embarcar os passageiros num só lugar também é impossível (ilegível) já estão na lista de passageiros. CRF é um documento exigido pela fiscalização, é exigido, cobrado e feito pelos engenheiros (Inmetro) e falam que os veículos estão em perfeitas condições. O carro de linha faz o itinerário, ele vai, por exemplo, de Minas para o Rio com destino de retorno e não têm manutenção os carros de turismo ou eventual. As autorizações de viagem costumam ser passadas para as empresas até a última hora porque se não fechar o número de pessoas não tem como pagar os serviços e se desmarcar a viagem, como vamos fazer com os nossos compromissos a serem cumpridos? Em todos os sentidos, nós somos os mais interessados porque qualquer problema que houver no carro durante os serviços prestados, o prejuízo é das empresas porque qualquer coisa feita na estrada é muito mais caro. Nas viagens, os carros que a gente mais vê são carros de linha.