1 pé diabético consenso internacional 2003 jorge ricardo de souza lira universidade federal de...

47
1 Pé Diabético Pé Diabético Consenso Internacional Consenso Internacional 2003 2003 Jorge Ricardo de Souza Lira Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina/Fundação Universitária de Ciências da Saúde de Alagoas/Escola de Ciências Médicas de Alagoas 2005

Upload: internet

Post on 18-Apr-2015

103 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: 1 Pé Diabético Consenso Internacional 2003 Jorge Ricardo de Souza Lira Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina/Fundação Universitária

1

Pé Diabético Pé Diabético Consenso InternacionalConsenso Internacional

20032003

Jorge Ricardo de Souza Lira

Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina/Fundação Universitária de Ciências da Saúde de

Alagoas/Escola de Ciências Médicas de Alagoas2005

Page 2: 1 Pé Diabético Consenso Internacional 2003 Jorge Ricardo de Souza Lira Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina/Fundação Universitária

2

Pé Diabético Pé Diabético Consenso InternacionalConsenso Internacional

IntroduçãoIntrodução Em 1996 eram 120 milhões, em 2025 estima-Em 1996 eram 120 milhões, em 2025 estima-

se que serão 250 milhões de diabéticos em se que serão 250 milhões de diabéticos em todo o mundo. Muitos com pés ulcerados, todo o mundo. Muitos com pés ulcerados, com alto risco para amputação. As causas com alto risco para amputação. As causas são as mesmas em todos os paises, porém a são as mesmas em todos os paises, porém a prevalência para as úlceras e amputações prevalência para as úlceras e amputações variam de acordo com o padrão socio-variam de acordo com o padrão socio-econômico de cada população.econômico de cada população.

Page 3: 1 Pé Diabético Consenso Internacional 2003 Jorge Ricardo de Souza Lira Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina/Fundação Universitária

3

Pé Diabético Pé Diabético Consenso InternacionalConsenso Internacional

DefiniçãoDefinição (OMS) (OMS)

É o pé de indivíduo diabético, que apresenta É o pé de indivíduo diabético, que apresenta infecção, ulceração e ou destruição de tecidosinfecção, ulceração e ou destruição de tecidosprofundos associados com anormalidadesprofundos associados com anormalidades

neurológicas e vários gráus de doença neurológicas e vários gráus de doença vascular periférica no membro inferior. vascular periférica no membro inferior.

Page 4: 1 Pé Diabético Consenso Internacional 2003 Jorge Ricardo de Souza Lira Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina/Fundação Universitária

4

Pé Diabético Pé Diabético Consenso InternacionalConsenso Internacional

EpidemiologiaEpidemiologia

• 40-60% das amputações não traumáticas dos MMII 40-60% das amputações não traumáticas dos MMII são realizadas em diabéticos.são realizadas em diabéticos.

• 85% das amputações nos diabéticos são precedidas 85% das amputações nos diabéticos são precedidas de uma úlcera do pé.de uma úlcera do pé.

• Quatro em cada cinco úlceras nos pés dos Quatro em cada cinco úlceras nos pés dos diabéticos são precipitadas por trauma externo.diabéticos são precipitadas por trauma externo.(calçados inadequados)(calçados inadequados)

• A prevalência de úlcera do pé, é de 4 a10% na A prevalência de úlcera do pé, é de 4 a10% na população diabética.(população diabética.(nos paises desenvolvidos)nos paises desenvolvidos)

Page 5: 1 Pé Diabético Consenso Internacional 2003 Jorge Ricardo de Souza Lira Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina/Fundação Universitária

5

Pé Diabético Pé Diabético Consenso InternacionalConsenso Internacional

EpidemiologiaEpidemiologia

• 10-30% dos diabéticos com úlcera do pé 10-30% dos diabéticos com úlcera do pé necessitarão de amputação.necessitarão de amputação.

• A incidência de amputações é estimada em A incidência de amputações é estimada em 7-206/100.000/ano7-206/100.000/ano

• 15-19% dos pacientes submetidos a 15-19% dos pacientes submetidos a amputação não sabiam que eram diabéticosamputação não sabiam que eram diabéticos

Page 6: 1 Pé Diabético Consenso Internacional 2003 Jorge Ricardo de Souza Lira Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina/Fundação Universitária

6

Pé Diabético Pé Diabético Consenso InternacionalConsenso Internacional

EpidemiologiaEpidemiologia

• a neuropatia é o mais importante fator de a neuropatia é o mais importante fator de risco no desenvolvimento da úlcera do pé.risco no desenvolvimento da úlcera do pé.

• 30-70% da população diabética é portadora 30-70% da população diabética é portadora desta neuropatia.desta neuropatia.

• 70-100% das úlceras apresentam sinais de 70-100% das úlceras apresentam sinais de neuropatia periférica associados a vários neuropatia periférica associados a vários gráus de comprometimento vascular gráus de comprometimento vascular periférico. periférico.

Page 7: 1 Pé Diabético Consenso Internacional 2003 Jorge Ricardo de Souza Lira Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina/Fundação Universitária

7

Pé Diabético Pé Diabético Consenso InternacionalConsenso Internacional

EpidemiologiaEpidemiologia

Em um estudo transversal observou-se que:Em um estudo transversal observou-se que:• 55% das úlceras são puramente neuropáticas.55% das úlceras são puramente neuropáticas.• 34% são mistas ou neuro-isquêmicas.34% são mistas ou neuro-isquêmicas.• 10% são puramente isquêmicas.10% são puramente isquêmicas.• 1% não se relacionam com o diabetes.1% não se relacionam com o diabetes.• 47% destas úlceras não eram do 47% destas úlceras não eram do

conhecimento dos médicos assistentes.conhecimento dos médicos assistentes.

Page 8: 1 Pé Diabético Consenso Internacional 2003 Jorge Ricardo de Souza Lira Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina/Fundação Universitária

8

Pé Diabético Pé Diabético Consenso InternacionalConsenso Internacional

EpidemiologiaEpidemiologia

A prevalência de doença vascular periférica A prevalência de doença vascular periférica em diabéticos, definida como sinais e em diabéticos, definida como sinais e sintomas incluindo índice tornozelo-braço sintomas incluindo índice tornozelo-braço abaixo de 0.8-0.9 foi estimado em 10-20% em abaixo de 0.8-0.9 foi estimado em 10-20% em diferentes estudos.diferentes estudos.

Page 9: 1 Pé Diabético Consenso Internacional 2003 Jorge Ricardo de Souza Lira Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina/Fundação Universitária

9

Pé Diabético Pé Diabético Consenso InternacionalConsenso Internacional

Fatores Associados à Úlcera do PéFatores Associados à Úlcera do Pé

• Úlcera anterior ou AmputaçãoÚlcera anterior ou Amputação• NeuropatiaNeuropatia• Trauma: Calçado inadequadoTrauma: Calçado inadequado

Andar descalçoAndar descalço

Quedas, acidentesQuedas, acidentes

Objetos dentro dos calçadosObjetos dentro dos calçados

Page 10: 1 Pé Diabético Consenso Internacional 2003 Jorge Ricardo de Souza Lira Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina/Fundação Universitária

10

Pé Diabético Pé Diabético Consenso InternacionalConsenso Internacional

Fatores Associados à Úlcera do PéFatores Associados à Úlcera do Pé

• Biomecânicos: Limitação articularBiomecânicos: Limitação articular

Proeminências ósseasProeminências ósseas

Deformidade do péDeformidade do pé

Osteoartropatia Osteoartropatia

CalosCalos • Doença vascular periféricaDoença vascular periférica

Page 11: 1 Pé Diabético Consenso Internacional 2003 Jorge Ricardo de Souza Lira Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina/Fundação Universitária

11

Pé Diabético Pé Diabético Consenso InternacionalConsenso Internacional

Fatores Associados à Úlcera do PéFatores Associados à Úlcera do Pé

Condição sócio-econômica:Condição sócio-econômica:

Posição social inferior, pobre acesso aos Posição social inferior, pobre acesso aos serviços de saúde, pouca percepção dos riscosserviços de saúde, pouca percepção dos riscos

negligência, pouca educação, vida solitária etc. negligência, pouca educação, vida solitária etc. são fatores que aumentam expressivamente a são fatores que aumentam expressivamente a incidência de amputações nos mmii.incidência de amputações nos mmii.

Page 12: 1 Pé Diabético Consenso Internacional 2003 Jorge Ricardo de Souza Lira Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina/Fundação Universitária

12

Pé Diabético Pé Diabético Consenso InternacionalConsenso Internacional

Fisiopatologia da Ulceração do PéFisiopatologia da Ulceração do Pé

1. Neuropatia sensitiva1. Neuropatia sensitiva: perda da sensibilidade : perda da sensibilidade tátil, térmica, dolorosa e proprioceptiva. tátil, térmica, dolorosa e proprioceptiva. A úlcera surge por falta de percepção dos A úlcera surge por falta de percepção dos pequenos traumas ou queimaduras.pequenos traumas ou queimaduras.

Page 13: 1 Pé Diabético Consenso Internacional 2003 Jorge Ricardo de Souza Lira Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina/Fundação Universitária

13

Pé Diabético Pé Diabético Consenso InternacionalConsenso Internacional

Fisiopatologia da Ulceração do PéFisiopatologia da Ulceração do Pé

2. Neuropatia motora:2. Neuropatia motora: resulta em atrofia e resulta em atrofia e fraqueza da musculatura intrínseca do pé, fraqueza da musculatura intrínseca do pé, causando flexão e deformação dos dedos causando flexão e deformação dos dedos com alteração do modo de andar, a com alteração do modo de andar, a deformidade resulta em aumento de pressão deformidade resulta em aumento de pressão em determinadas áreas como as cabeças dos em determinadas áreas como as cabeças dos metatarsos e dedos, favorecendo o metatarsos e dedos, favorecendo o surgimento de calos e perfurações.surgimento de calos e perfurações.

Page 14: 1 Pé Diabético Consenso Internacional 2003 Jorge Ricardo de Souza Lira Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina/Fundação Universitária

14

Pé Diabético Pé Diabético Consenso InternacionalConsenso Internacional

Fisiopatologia da Ulceração do PéFisiopatologia da Ulceração do Pé

3. Neuropatia autonômica:3. Neuropatia autonômica: resulta em diminuição resulta em diminuição ou ausência da secreção de suor levando a ou ausência da secreção de suor levando a um ressecamento que provoca fissuras da um ressecamento que provoca fissuras da pele. aumento do fluxo sanguineo através das pele. aumento do fluxo sanguineo através das comunicações artério-venosas deixando o pé comunicações artério-venosas deixando o pé quente, hiperemiado, com edema e dilatação quente, hiperemiado, com edema e dilatação das veias dorsais.das veias dorsais.

Page 15: 1 Pé Diabético Consenso Internacional 2003 Jorge Ricardo de Souza Lira Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina/Fundação Universitária

15

Pé Diabético Pé Diabético Consenso InternacionalConsenso Internacional

Fisiopatologia da Ulceração do PéFisiopatologia da Ulceração do Pé

A doença vascular periférica algumas vezes A doença vascular periférica algumas vezes associada a um trauma banal, poderá resultar associada a um trauma banal, poderá resultar em uma dolorosa úlcera puramente em uma dolorosa úlcera puramente isquêmica. porém, o mais frequente, é a isquêmica. porém, o mais frequente, é a doença vascular associada com a neuropatia doença vascular associada com a neuropatia no mesmo paciente.no mesmo paciente.

Page 16: 1 Pé Diabético Consenso Internacional 2003 Jorge Ricardo de Souza Lira Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina/Fundação Universitária

16

Pé Diabético Pé Diabético Consenso InternacionalConsenso Internacional

Fisiopatologia da Ulceração do PéFisiopatologia da Ulceração do Pé

O espessamento da membrana basal e o O espessamento da membrana basal e o edema do endotélio capilar, causados pela edema do endotélio capilar, causados pela microangiopatia diabética, quando associados microangiopatia diabética, quando associados ao edema provocado por traumas, trombose ao edema provocado por traumas, trombose séptica ou infecção, poderá resultar numa séptica ou infecção, poderá resultar numa oclusão total das já comprometidas artérias oclusão total das já comprometidas artérias terminais, resultando em gangrena da terminais, resultando em gangrena da extremidade.extremidade.

Page 17: 1 Pé Diabético Consenso Internacional 2003 Jorge Ricardo de Souza Lira Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina/Fundação Universitária

17

Pé Diabético Pé Diabético Consenso InternacionalConsenso InternacionalDoença Vascular PeriféricaDoença Vascular Periférica

PeculiaridadesPeculiaridades da aterosclerose nos diabéticos:da aterosclerose nos diabéticos:a. a. É mais comum do que na população geral É mais comum do que na população geral b. Afeta indivíduos mais jovensb. Afeta indivíduos mais jovensc. Não tem diferença entre os sexosc. Não tem diferença entre os sexosd. Progressão rápidad. Progressão rápidae. É multisegmentare. É multisegmentarf. Mais distal ( poupa os segmentos aorto-ilíacos)f. Mais distal ( poupa os segmentos aorto-ilíacos)g. Calcificação da camada média(moenkeberg)g. Calcificação da camada média(moenkeberg)

Page 18: 1 Pé Diabético Consenso Internacional 2003 Jorge Ricardo de Souza Lira Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina/Fundação Universitária

18

Pé Diabético Pé Diabético Consenso InternacionalConsenso InternacionalDoença Vascular PeriféricaDoença Vascular Periférica

Sinais e sintomas de acordo como a Sinais e sintomas de acordo como a classificação de Fontaine : classificação de Fontaine : 1. Doença arterial oclusiva sem sintomas1. Doença arterial oclusiva sem sintomas 2. Claudicação intermitente2. Claudicação intermitente 3. Dor isquêmica de repouso3. Dor isquêmica de repouso 4. Ulceração ou gangrena4. Ulceração ou gangrena

(O diferencial é que a dor pode estar ausente devido (O diferencial é que a dor pode estar ausente devido à neuropatia)à neuropatia)

Page 19: 1 Pé Diabético Consenso Internacional 2003 Jorge Ricardo de Souza Lira Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina/Fundação Universitária

19

Pé Diabético Pé Diabético Consenso InternacionalConsenso InternacionalDoença Vascular PeriféricaDoença Vascular Periférica

Revascularização:Revascularização:

Atualmente todos os procedimentos quer Atualmente todos os procedimentos quer sejam a céu aberto ou endovasculares devem sejam a céu aberto ou endovasculares devem ser realizados também nos diabéticos na ser realizados também nos diabéticos na tentativa de salvamento do membro ou tentativa de salvamento do membro ou mesmo na claudicação incapacitante.mesmo na claudicação incapacitante.

Page 20: 1 Pé Diabético Consenso Internacional 2003 Jorge Ricardo de Souza Lira Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina/Fundação Universitária

20

Pé Diabético Pé Diabético Consenso InternacionalConsenso InternacionalDoença Vascular PeriféricaDoença Vascular Periférica

Revascularização:Revascularização:• sempre que uma amputação maior estiver sempre que uma amputação maior estiver

sendo cogitada a opção de uma sendo cogitada a opção de uma revascularização deverá ser considerada revascularização deverá ser considerada primeiro.primeiro.

• enxertos autólogos sempre que possível.enxertos autólogos sempre que possível.• há relatos recentes que a durabilidade dos há relatos recentes que a durabilidade dos

enxertos nos diabéticos é semelhante à dos enxertos nos diabéticos é semelhante à dos não diabéticos.não diabéticos.

Page 21: 1 Pé Diabético Consenso Internacional 2003 Jorge Ricardo de Souza Lira Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina/Fundação Universitária

21

Pé Diabético Pé Diabético Consenso InternacionalConsenso InternacionalDoença Vascular PeriféricaDoença Vascular Periférica

Revascularização:Revascularização:• Sempre que possível optar por arteriografias Sempre que possível optar por arteriografias

seletivas do membro afetado ou substituição seletivas do membro afetado ou substituição por angio-ressonância ou até mesmo eco-por angio-ressonância ou até mesmo eco-doppler nos casos de disfunção renal grave.doppler nos casos de disfunção renal grave.

Page 22: 1 Pé Diabético Consenso Internacional 2003 Jorge Ricardo de Souza Lira Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina/Fundação Universitária

22

Pé Diabético Pé Diabético Consenso InternacionalConsenso InternacionalDoença Vascular PeriféricaDoença Vascular Periférica

RevascularizaçãoRevascularização::• Não há evidência clara da melhora da Não há evidência clara da melhora da

perfusão na isquemia crítica com uso de perfusão na isquemia crítica com uso de vasodilatadores.vasodilatadores.

• Não iniciar marcha programada em caso de Não iniciar marcha programada em caso de úlcera ou gangrenaúlcera ou gangrena

• Simpatectomia lombar é um procedimento Simpatectomia lombar é um procedimento obsoleto na claudicação ou isquemia crítica obsoleto na claudicação ou isquemia crítica dos diabéticos.dos diabéticos.

Page 23: 1 Pé Diabético Consenso Internacional 2003 Jorge Ricardo de Souza Lira Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina/Fundação Universitária

23

Pé Diabético Pé Diabético Consenso InternacionalConsenso Internacional

InfecçãoInfecção

• Infecção em pé diabético é uma ameaça ao Infecção em pé diabético é uma ameaça ao membro e deve ser tratada empirica e membro e deve ser tratada empirica e agressivamente. pois é a causa de 25-50% agressivamente. pois é a causa de 25-50% das amputações imediatas em diabéticos.das amputações imediatas em diabéticos.

• Sinais e sintomas de infecção( febre, Sinais e sintomas de infecção( febre, leucocitose etc.) podem estar ausentes nos leucocitose etc.) podem estar ausentes nos diabéticos com úlcera infectada.diabéticos com úlcera infectada.

• Uma infecção superficial é usualmente Uma infecção superficial é usualmente causada por estafilococos aureos e/ou causada por estafilococos aureos e/ou estreptococos. estreptococos.

Page 24: 1 Pé Diabético Consenso Internacional 2003 Jorge Ricardo de Souza Lira Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina/Fundação Universitária

24

Pé Diabético Pé Diabético Consenso InternacionalConsenso Internacional

Pé Diabético Pé Diabético

• As infecções profundas com isquemia ou As infecções profundas com isquemia ou áreas necróticas são usualmente áreas necróticas são usualmente polimicrobianas, com cocos gram (+), bacilos polimicrobianas, com cocos gram (+), bacilos gram (–) e anaeróbios.gram (–) e anaeróbios.

• Nas infecções agudas profundas, a remoção Nas infecções agudas profundas, a remoção dos tecidos infectados é essencial.dos tecidos infectados é essencial.

Page 25: 1 Pé Diabético Consenso Internacional 2003 Jorge Ricardo de Souza Lira Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina/Fundação Universitária

25

Pé Diabético Pé Diabético Consenso InternacionalConsenso Internacional

Infecção Infecção

• Uma abordagem multidisciplinar para realizar Uma abordagem multidisciplinar para realizar debridamento, cuidado meticuloso com a debridamento, cuidado meticuloso com a ferida, adequado suprimento vascular, ferida, adequado suprimento vascular, controle metabólico, iniciar antibioticoterapia controle metabólico, iniciar antibioticoterapia empírica e aliviar a pressão, é essencial para empírica e aliviar a pressão, é essencial para o tratamento da infecção do pé.o tratamento da infecção do pé.

Page 26: 1 Pé Diabético Consenso Internacional 2003 Jorge Ricardo de Souza Lira Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina/Fundação Universitária

26

Pé Diabético Pé Diabético Consenso InternacionalConsenso Internacional

Infecção Infecção • Quando enviar amostras para cultura?Quando enviar amostras para cultura?

Sempre que possível, exceto nas celulitesSempre que possível, exceto nas celulitesagudas e nas lesões sem infecção.agudas e nas lesões sem infecção.

• Como obter amostras para cultura de Como obter amostras para cultura de feridas?feridas?Amostras de tecidos profundos obtidos Amostras de tecidos profundos obtidos assepticamente dão informações maisassepticamente dão informações maisprecisas do verdadeiro patógeno, do queprecisas do verdadeiro patógeno, do queamostras colhidas com swab.amostras colhidas com swab.

Page 27: 1 Pé Diabético Consenso Internacional 2003 Jorge Ricardo de Souza Lira Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina/Fundação Universitária

27

Pé Diabético Pé Diabético Consenso InternacionalConsenso Internacional

Infecção Infecção

• Como interpretar o resultado da cultura de Como interpretar o resultado da cultura de uma úlcera?uma úlcera?

Bactérias únicas ou predominantes,Bactérias únicas ou predominantes,

isoladas tanto pelo gram quanto pelaisoladas tanto pelo gram quanto pela

cultura de uma amostra confiável, são oscultura de uma amostra confiável, são os

prováveis patógenos responsáveis pela prováveis patógenos responsáveis pela

infecção.infecção.

Page 28: 1 Pé Diabético Consenso Internacional 2003 Jorge Ricardo de Souza Lira Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina/Fundação Universitária

28

Pé Diabético Pé Diabético Consenso InternacionalConsenso Internacional

Infecção Infecção Interpretação bacteriológica:Interpretação bacteriológica:• Se vários organismos são isolados, de uma Se vários organismos são isolados, de uma úlcera superficial, o alvo da terapia não deverá úlcera superficial, o alvo da terapia não deverá ser os menos virulentos tais como , enterococo, ser os menos virulentos tais como , enterococo, stafilococo coagulase-negativa ou corynebacteriastafilococo coagulase-negativa ou corynebacteria• Eles até podem ser os agentes de algumas Eles até podem ser os agentes de algumas infeccões e devem ser tratados se reaparecereminfeccões e devem ser tratados se reapareceremem nova cultura.em nova cultura.

. .

--

Page 29: 1 Pé Diabético Consenso Internacional 2003 Jorge Ricardo de Souza Lira Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina/Fundação Universitária

29

Pé Diabético Pé Diabético Consenso InternacionalConsenso Internacional

Infecção Infecção

Interpretação bacteriológicaInterpretação bacteriológica• Em infecções profundas do pé, muitas Em infecções profundas do pé, muitas bactérias são isoladas, é difícil saber qual é o bactérias são isoladas, é difícil saber qual é o patógeno responsável. Estafilococo aureo é o patógeno responsável. Estafilococo aureo é o mais frequente e virulento patógeno das mais frequente e virulento patógeno das Infeccões em pés de diabéticos.Infeccões em pés de diabéticos.• Mesmo quando não é isolado sozinho ele faz Mesmo quando não é isolado sozinho ele faz parte de infecções mistas.parte de infecções mistas.

Page 30: 1 Pé Diabético Consenso Internacional 2003 Jorge Ricardo de Souza Lira Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina/Fundação Universitária

30

Pé Diabético Pé Diabético Consenso InternacionalConsenso Internacional

Infecção Infecção

Interpretação bacteriológicaInterpretação bacteriológica• Streptococos B-hemolíticos de váriosStreptococos B-hemolíticos de váriosgrupos são também agentes importantes.grupos são também agentes importantes.• Infecções em pacientes hospitalizadosInfecções em pacientes hospitalizadossão geralmente causadas por 3-5 espécies são geralmente causadas por 3-5 espécies bacterianas aeróbias e anaeróbias.bacterianas aeróbias e anaeróbias.

Page 31: 1 Pé Diabético Consenso Internacional 2003 Jorge Ricardo de Souza Lira Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina/Fundação Universitária

31

Pé Diabético Pé Diabético Consenso InternacionalConsenso Internacional

Infecção Infecção

Interpretação bacteriológicaInterpretação bacteriológica• Pseudomonas são frequentemente isoladasPseudomonas são frequentemente isoladas

de feridas tratadas com curativos úmidos oude feridas tratadas com curativos úmidos ou

hidroterapia.hidroterapia.• Enterococos são encontrados comEnterococos são encontrados com

frequência em culturas de pacientes que foramfrequência em culturas de pacientes que foram

tratados previamente com cefalosporina.tratados previamente com cefalosporina.

Page 32: 1 Pé Diabético Consenso Internacional 2003 Jorge Ricardo de Souza Lira Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina/Fundação Universitária

32

Pé Diabético Pé Diabético Consenso InternacionalConsenso Internacional

Infecção Infecção

Interpretação bacteriológicaInterpretação bacteriológica• Bacilos entéricos gram (–) aparecem em Bacilos entéricos gram (–) aparecem em culturas de pacientes com infecção crônica ouculturas de pacientes com infecção crônica oupreviamente tratada. previamente tratada. • Um dado preocupante é o surgimento deUm dado preocupante é o surgimento decepas de cepas de stafilococos aureusstafilococos aureus meticilina- meticilina-resistentes em pacientes que receberamresistentes em pacientes que receberamantibioticoterapia em hospitalização recente. antibioticoterapia em hospitalização recente.

Page 33: 1 Pé Diabético Consenso Internacional 2003 Jorge Ricardo de Souza Lira Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina/Fundação Universitária

33

Pé Diabético Pé Diabético Consenso InternacionalConsenso Internacional

InfecçãoInfecção

Interpretação bacteriológicaInterpretação bacteriológica• O padrão ouro para diagnóstico daO padrão ouro para diagnóstico daosteomielite é a biopsia óssea. a infecção é osteomielite é a biopsia óssea. a infecção é quase sempre polimicrobiana. predomínio dosquase sempre polimicrobiana. predomínio dosStafilococos aureosStafilococos aureos com 50%, com 50%,Stafilococos epidermidisStafilococos epidermidis 25%, 25%,Streptococos Streptococos 30% 30% EnterobacteriaceaEnterobacteriacea 40% 40%

Page 34: 1 Pé Diabético Consenso Internacional 2003 Jorge Ricardo de Souza Lira Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina/Fundação Universitária

34

Pé Diabético Pé Diabético Consenso InternacionalConsenso Internacional

Infecção Infecção

TratamentoTratamento• A hospitalização é quase sempreA hospitalização é quase semprenecessária.(para intervenção cirúrgica)necessária.(para intervenção cirúrgica)• Melhorar as condições clínicas e metabólicas.Melhorar as condições clínicas e metabólicas.• Definir rapidamente qual o melhorDefinir rapidamente qual o melhorprocedimento cirúrgico( procedimento cirúrgico( drenagens, debridamentos,drenagens, debridamentos,

ressecções, descompressões compartimentais, ressecções, descompressões compartimentais,

revascularizações ou amputaçõesrevascularizações ou amputações))

Page 35: 1 Pé Diabético Consenso Internacional 2003 Jorge Ricardo de Souza Lira Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina/Fundação Universitária

35

Pé Diabético Pé Diabético Consenso InternacionalConsenso Internacional

Infecção Infecção

Tratamento - AntibioticoterapiaTratamento - Antibioticoterapia• Um esquema empírico incluirá sempre um Um esquema empírico incluirá sempre um agente contra agente contra stafilococosstafilococos e e streptococosstreptococos..• Pacientes em tratamento prévio ou comPacientes em tratamento prévio ou cominfecção severa deverão receber também,infecção severa deverão receber também,cobertura contra bacilos Gram(-) e cobertura contra bacilos Gram(-) e enterococosenterococos..• Necrose, gangrena e odor fétido seráNecrose, gangrena e odor fétido seránecessário cobertura para anaeróbios.necessário cobertura para anaeróbios.

Page 36: 1 Pé Diabético Consenso Internacional 2003 Jorge Ricardo de Souza Lira Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina/Fundação Universitária

36

Pé Diabético Pé Diabético Consenso InternacionalConsenso Internacional

Infecção Infecção AntibioticoterapiaAntibioticoterapia

Infecção não Infecção não severasevera

Patógeno usualPatógeno usual Antimicrobianos Antimicrobianos Via Oral Via Oral

Sem sinais de Sem sinais de ComplicaçãoComplicação

Cocos Gram (+)Cocos Gram (+) Penic.S. Sintética Penic.S. Sintética Cefal.1Cefal.1aa geração geração

Recente Recente antibioticoterapiaantibioticoterapia

Cocos Gram (+) Cocos Gram (+) Bacilos Bacilos Gram (-)Gram (-)

Quinolona/inibidor. Quinolona/inibidor. de B-lactamasede B-lactamase

Alergia às Alergia às drogasdrogas

Clinda./Quinolona Clinda./Quinolona Sulfmtx+TrimetropSulfmtx+Trimetrop

Page 37: 1 Pé Diabético Consenso Internacional 2003 Jorge Ricardo de Souza Lira Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina/Fundação Universitária

37

Pé Diabético Pé Diabético Consenso InternacionalConsenso Internacional

Infecção Infecção AntibioticoterapiaAntibioticoterapia

Infecção SeveraInfecção Severa Patógenos Patógenos UsuaisUsuais

Antibióticos Antibióticos Parenterais / V0Parenterais / V0

Sem Sinais de Sem Sinais de ComplicaçãoComplicação

Cocos Gram(+) Cocos Gram(+) Bacilos Gram(-) Bacilos Gram(-)

Inibidor B-lactamase; Inibidor B-lactamase; Cefalosporina de Cefalosporina de 22aa/3/3a a GeraçãoGeração

Antibioticoterapia Antibioticoterapia Recente / NecroseRecente / Necrose

Cocos Gram(+) + Cocos Gram(+) + Bacilos Gram(-) /Bacilos Gram(-) /

AnaeróbioAnaeróbio

Cefalosporina 3Cefalosporina 3aa/4/4aa Geração / Quinolona+ Geração / Quinolona+ ClindamicinaClindamicina

Page 38: 1 Pé Diabético Consenso Internacional 2003 Jorge Ricardo de Souza Lira Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina/Fundação Universitária

38

Pé Diabético Pé Diabético Consenso InternacionalConsenso Internacional

Infecção Infecção AntibioticoterapiaAntibioticoterapia

Infecção com Infecção com risco de vidarisco de vida

Patógenos Patógenos usuaisusuais

Antibióticos I.V. Antibióticos I.V. Uso prolongadoUso prolongado

Improvável Improvável

Stafilococos AureosStafilococos Aureos MeticilinMeticilin-Resistente-Resistente

Cocos Gram(+) + Cocos Gram(+) + Bacilos Gram(-) + Bacilos Gram(-) + AnaeróbiosAnaeróbios

Carbapenem; Carbapenem; Clindamicina; Clindamicina; AminoglicosideoAminoglicosideo

Stafilococos AureosStafilococos Aureos MeticilinMeticilin-Resistente -Resistente

Glicopeptideo ou Glicopeptideo ou Linezolid+Cefalospo. Linezolid+Cefalospo. 33aa/4/4aa geração ou geração ou Quinol.+MetronidazolQuinol.+Metronidazol

Page 39: 1 Pé Diabético Consenso Internacional 2003 Jorge Ricardo de Souza Lira Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina/Fundação Universitária

39

Pé Diabético Pé Diabético Consenso InternacionalConsenso Internacional

Infecção Infecção AntibioticoterapiaAntibioticoterapia• Penicilinas Semi-Sintéticas (Flucloxacilina, Penicilinas Semi-Sintéticas (Flucloxacilina,

Oxacilina).Oxacilina).• Fluoroquinolonas ( Ciprofloxacina, Fluoroquinolonas ( Ciprofloxacina,

Levofloxacina)Levofloxacina)• Cefalosporinas de 1. geração (Cefazolina, Cefalosporinas de 1. geração (Cefazolina,

Cefalexina)Cefalexina)• Cefalosporinas de 2Cefalosporinas de 2aa.3.3aa.4.4aa gerações gerações

(Cefoxitina, Ceftazidime, Cefepime)(Cefoxitina, Ceftazidime, Cefepime)

Page 40: 1 Pé Diabético Consenso Internacional 2003 Jorge Ricardo de Souza Lira Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina/Fundação Universitária

40

Pé Diabético Pé Diabético Consenso InternacionalConsenso Internacional

Infecção Infecção AntibioticoterapiaAntibioticoterapia• Inibidores de B-lactamase ( Amoxicilina Inibidores de B-lactamase ( Amoxicilina

Clavulanato, Ampicilina Sulbactam).Clavulanato, Ampicilina Sulbactam).• Carbapenem ( Imipenem/cilastatina, Carbapenem ( Imipenem/cilastatina,

Meropenem, Ertapenem)Meropenem, Ertapenem)• Aminoglicosideo(Gentamicina, Amicacina)Aminoglicosideo(Gentamicina, Amicacina)• Glicopepetideo(Vancomicina,Teicoplanin)Glicopepetideo(Vancomicina,Teicoplanin)

Page 41: 1 Pé Diabético Consenso Internacional 2003 Jorge Ricardo de Souza Lira Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina/Fundação Universitária

41

Pé Diabético Pé Diabético Consenso InternacionalConsenso Internacional

Neuro-osteoartropatiaNeuro-osteoartropatia

Caracteriza-se por um pé quente, eritematosoCaracteriza-se por um pé quente, eritematosoedemaciado e às vezes doloroso, inversão do edemaciado e às vezes doloroso, inversão do arco plantar longitudinal. É causado por traumas arco plantar longitudinal. É causado por traumas extrínsecos em um pé neuropático. extrínsecos em um pé neuropático. Radiologicamente apresenta fragmentação ósseaRadiologicamente apresenta fragmentação ósseae destruição articular (pé de charcot).e destruição articular (pé de charcot).

Page 42: 1 Pé Diabético Consenso Internacional 2003 Jorge Ricardo de Souza Lira Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina/Fundação Universitária

42

Pé Diabético Pé Diabético Consenso InternacionalConsenso Internacional

AmputaçãoAmputação

• A incidência de amputações menores, A incidência de amputações menores, aquelas que têm como limite superior a aquelas que têm como limite superior a desarticulação dos metarsos tem aumentado.desarticulação dos metarsos tem aumentado.

• Enquanto as amputações maiores, aquelas Enquanto as amputações maiores, aquelas que têm como limite inferior, os ossos do que têm como limite inferior, os ossos do tarso, têm diminuido. tarso, têm diminuido.

Page 43: 1 Pé Diabético Consenso Internacional 2003 Jorge Ricardo de Souza Lira Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina/Fundação Universitária

43

Pé Diabético Pé Diabético Consenso InternacionalConsenso Internacional

Amputação Amputação

• Isto ocorre devido ao aumento no número de Isto ocorre devido ao aumento no número de reconstruções arteriais realizadas para reconstruções arteriais realizadas para salvamento de membro. salvamento de membro.

• Não é conveniente aguardar a auto-Não é conveniente aguardar a auto-amputação na linha de delimitação das amputação na linha de delimitação das gangrenas distais devido à demora e ao risco gangrenas distais devido à demora e ao risco de infecção ascendente.de infecção ascendente.

Page 44: 1 Pé Diabético Consenso Internacional 2003 Jorge Ricardo de Souza Lira Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina/Fundação Universitária

44

Pé Diabético Pé Diabético Consenso InternacionalConsenso Internacional

Prevenção dos Problemas do PéPrevenção dos Problemas do Pé

• Inspeção e exame regular dos pés e Inspeção e exame regular dos pés e calçados.calçados.

• Identificação dos pacientes de alto risco.Identificação dos pacientes de alto risco.• Educação do paciente, familiares e Educação do paciente, familiares e

profissionais de saúde.profissionais de saúde.• Calçados apropriados.Calçados apropriados.• Tratamento das patologias não ulcerativas.Tratamento das patologias não ulcerativas.

Page 45: 1 Pé Diabético Consenso Internacional 2003 Jorge Ricardo de Souza Lira Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina/Fundação Universitária

45

CategoriaCategoria Perfil de RiscoPerfil de Risco Frequência do Frequência do ExameExame

00 Sem Neuropatia Sem Neuropatia Uma vez ao anoUma vez ao ano

11 Com Neuropatia Com Neuropatia A cada 6 mesesA cada 6 meses

22 Neuropatia e Sinais de Neuropatia e Sinais de Doença Vascular e/ou Doença Vascular e/ou Deformidade do PéDeformidade do Pé

Uma vez a cada Uma vez a cada 3 meses3 meses

33 Úlcera PréviaÚlcera Prévia Uma vez a cada Uma vez a cada 1-3 meses1-3 meses

Sistema de Categorização de RiscoSistema de Categorização de Risco

Pé DiabéticoPé DiabéticoConsenso InternacionalConsenso Internacional

Page 46: 1 Pé Diabético Consenso Internacional 2003 Jorge Ricardo de Souza Lira Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina/Fundação Universitária

46

Pé Diabético Pé Diabético Consenso InternacionalConsenso Internacional

Experiência BrasileiraExperiência Brasileira• Atualmente são13 milhões de diabéticos. Atualmente são13 milhões de diabéticos. • 24% deste total não faz nenhum tipo de 24% deste total não faz nenhum tipo de

tratamento.tratamento.• 51% de todos os leitos de hospitais 51% de todos os leitos de hospitais

universitários do país são ocupados por universitários do país são ocupados por causa de úlceras dos pés.causa de úlceras dos pés.

• No Rio de Janeiro a incidência de No Rio de Janeiro a incidência de amputações relacionadas ao diabetes é de amputações relacionadas ao diabetes é de 180/100.000.180/100.000.

Page 47: 1 Pé Diabético Consenso Internacional 2003 Jorge Ricardo de Souza Lira Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina/Fundação Universitária

47

Pé Diabético Pé Diabético Consenso InternacionalConsenso Internacional

Experiência BrasileiraExperiência Brasileira

• Em Brasília foi criado em 1991 o Projeto Em Brasília foi criado em 1991 o Projeto Salva-Pé, baseado na experiência americana Salva-Pé, baseado na experiência americana e inglesa e que serviu de modelo para outros e inglesa e que serviu de modelo para outros serviços no Brasil.serviços no Brasil.

• Este projeto reduziu em 90% a incidência de Este projeto reduziu em 90% a incidência de amputações maiores no Distrito Federal.amputações maiores no Distrito Federal.