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25/08/2016 1 GESTANTE Decisão em adiar a maternidade = reflexo do aumento da expectativa de vida do brasileiro. Participação da mulher no mercado = retardou o objetivo maternal. Idade ideal = 28 anos de idade (após 35 aumentam os riscos). Necessário acompanhamento médico adequado fazendo exames laboratoriais de rotina. Considerada normal = duração de 38 a 42 semanas. PLANEJAMENTO: recomenda-se suplementação de ácido fólico (evitar a má formação do sistema nervoso central). Ácido fólico conhecido como vitamina B9, é um nutriente que participa de várias funções no organismo

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25/08/2016

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GESTANTE

� Decisão em adiar a maternidade = reflexo do aumento daexpectativa de vida do brasileiro.

� Participação da mulher no mercado = retardou o objetivomaternal.

� Idade ideal = 28 anos de idade (após 35 aumentam osriscos).

� Necessário acompanhamento médico adequado fazendoexames laboratoriais de rotina.

� Considerada normal = duração de 38 a 42 semanas.

� PLANEJAMENTO: recomenda-se suplementação de ácidofólico (evitar a má formação do sistema nervoso central).

Ácido fólico conhecido como vitamina B9, é um nutriente queparticipa de várias funções no organismo

25/08/2016

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� A tabela abaixo traz os alimentos ricos em ácido fólico e a

quantidade dessa vitamina em 100g de cada alimento.

� A farinha de trigo comercializada no Brasil é fortificada com

ácido fólico, por isso produtos como pão, biscoito e massas

também são fontes desse nutriente.

Alimento (100g) Ác. Fólico (mcg) Alimento (100g) Ác. Fólico

Espinafre 150 Brócolis cru 90

Couve manteiga 78 Salsa 170

Fígado de vaca frito 350 Cogumelo cru 44

Feijão 210 Manga 36

Laranja 31 Tomate 17

� A quantidade recomendada de ácido fólico por dia varia de

acordo com a idade, como mostra a tabela abaixo.

Idade Quantidade de Ác.Fólico

0 a 6 meses 65 mcg

7 a 12 meses 80 mcg

1 a 3 anos 150 mcg

4 a 8 anos 200 mcg

9 a 13 anos 300 mcg

14 anos ou mais 400 mcg

Mulheres grávidas 600 mcg

Mulheres que amamentam 500 mcg

� O ácido fólico é uma vitamina solúvel em água, por isso seu

excesso é facilmente eliminado através da urina.

� No entanto, o uso de suplementos de ácido fólico sem

orientação médica pode causar dores no estômago, náuseas,

coceira na pele.

� A quantidade máxima dessa vitamina por dia (5000 mcg)

quantidade que geralmente não é ultrapassada com uma

alimentação equilibrada. (TUA SAÚDE, 2016).

Primeiro trimestre (entre 0 e 12 semanas)

• implantação do óvulo fertilizado no útero da mãe (7 a 10

dias depois da fertilização).

• primeiros sintomas: alterações emocionais, aumento do

tamanho e sensibilidade das mamas, aumento da diurese e

do cansaço, podendo sentir náuseas e vomitar.

• ganho de massa corpórea pequeno (0 e 1,5 Kg).

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Segundo trimestre (entre 13 e 26 semanas)

• sente-se muito bem, sem náuseas e mais disposição.

• barriga se torna visível.

• sente os primeiros movimentos fetais (19 e 21 semana).

Terceiro trimestre (entre 27 e 42 semanas)

• surgem os maiores desconfortos: falta de ar, dificuldade

para encontrar posição confortável para dormir,

constipação intestinal, micção frequente, inchaço nos pés

e pernas, cansaço generalizado e dor na região lombar.

• contrações se tornam regulares (a partir do 7 mês).

GRAVIDEZ

No início o organismo da mãe reage ao feto (corpo estranho)

quebrando o estado de equilíbrio (homeostase), depois se

reestrutura para que ocorra o desenvolvimento.

Através da placenta ocorre a troca de alimentos (nutrientes),

portanto a vida do feto se torna dependente da função

placentária.

Embora não seja uma doença, envolve diversas modificações

no organismo materno, transformando-se numa “caixa de

hormônios”, tal a quantidade dessas substâncias secretadas.

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PRODUÇÃO HORMONAL

1. GONADOTROFINA CORIÔNICA HUMANA (HCG):

exame diagnóstico!!

� age como uma espécie de estimulante primário no

crescimento dos órgãos sexuais masculinos (induzindo

produção de testosterona).

� impede a ocorrência da menstruação e induz a liberação de

maiores quantidades de estrogênio e progesterona.

2. ESTROGÊNIO:

� aumento do útero (pode pesar 20 vezes mais) para o feto

se desenvolver.

� aumento da genitália externa.

� relaxamento dos ligamentos pélvicos (facilitando a

passagem do feto).

3. PROGESTERONA:

� diminuição da contratilidade do útero (evitar aborto).

4. RELAXINA:

� gera frouxidão ligamentar levando a um quadro de

hipermobilidade articular, principalmente nas articulações

de suporte do peso (coluna, bacia, joelhos, tornozelos,

pés).

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APARELHO CARDIOVASCULAR

A volemia (quantidade de sangue circulante) aumenta

progressivamente em torno 35 a 50%; representando 1,5 a 2

litros a mais de sangue (parte se perde no parto e o restante 6

a 8 semanas após o parto). (KISNNER, 1992).

APARELHO RESPIRATÓRIO

Em estado adiantado ocorre elevação do diafragma pelo útero

(representa mais uma carga para a atividade cardíaca) havendo

deslocamento e inclinação do coração, portanto, a partir do 5º

mês há menor capacidade respiratória, provocando diminuição na

troca gasosa havendo a necessidade de oxigênio para a mãe e para

o feto (ocorre aumento de 20% no consumo máximo de oxigênio).

FC aumenta 10 a 20 batimentos por minuto, voltando ao normal seis

semanas após o parto.

POSTURA

Alteração do centro de gravidade ficando mais para frente, a

musculatura paravertebral lombar se encurta, tentando puxar o centro

da gravidade mais para trás, ocasionando a hiperlordose lombar

(queixas de lombalgia). Surge também a hipercifose torácica

compensatória com o aumento do peso das mamas.

Na região pélvica, a pressão exercida pelo aumento do volume do

útero sobre os vasos dificulta a circulação do sangue.

ALTERAÇÕES CIRCULATÓRIAS

Aumento do sangue e da linfa que circulam, assim como a dilatação

dos vasos, portanto, esforço suplementar para o coração e para as

veias, aumentando o risco de dilatação e formação de varizes.

ESTADO PSICOLÓGICO

Instabilidade emocional durante o primeiro trimestre.

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TECIDO CONJUNTIVO

Modifica-se facilitando o aparecimento de edema e estrias na pele.

Há menor tonicidade muscular e esse esforço pode levar à fadiga

e à contratura dos músculos.

Parede abdominal sofre afrouxamento dos tecidos,

especialmente do 2º trimestre da gestação.

*diástase abdominal: o músculo reto abdominal é dividido por um

tecido fibroso, que se chama linha alba. Com o avanço da gestação,

essa musculatura se estira até seu limite, podendo ocorrer o

alongamento e afilamento da linha alba, com a separação dos

músculos do reto abdominal (1 cm ou 1 dedo).

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QUANTO TEMPO PARA RECUPERAR?

É um processo individual para Lemos (cirurgião plástico

especializado Microcirurgia Reconstrutiva) grávidas que praticavam

exercícios físicos antes da gestação apresentam diástase com menor

frequência, pois a musculatura abdominal foi exercitada antes da

barriga crescer, apresentando maior flexibilidade e capacidade de

extensão, portanto, menos chance de se distender.

Portanto, ter uma alimentação equilibrada também é essencial para

evitar o sobrepeso e o distanciamento dos músculos.

COMO TRATAR?

Se o espaço for discreto, de até 1,5 centímetros, exercícios

abdominais são capazes de fortalecer a região e tornar o vão

imperceptível.

As diástases mais evidentes podem ser corrigidas com cirurgia

plástica (o profissional costura os músculos retos, deixando-os bem

juntos, diminuindo a distensão, o tamanho da cintura e também

corrigindo o excesso de pele, que acompanha a diástase).

PROBLEMAS RESPIRATÓRIOS

1. mudanças mecânicas (aumento do volume uterino).

2. mudanças metabólicas (alcalose respiratória) que alteram a função

respiratória.

Até 60% das grávidas sem doença pulmonar, têm dispneia (dificuldade

respiratória) não restringe as atividades. Essa dispneia tem sido

atribuída ao aumento da frequência respiratória, ou seja, número de

movimentos respiratórios por minuto como inadequada.

Sintomas: respiração curta, falta de ar, chiado no peito, tosse e

secreção.

Durante a gestação a asma pode apresentar melhora, ficar inalterada ou

piorar (1/3 das asmáticas piora durante a gestação = quanto mais grave

for a asma antes da gestação maior a chance de piorar durante).

a. asma leve ou asma controlada: com medicações não oferece riscos

para o feto.

b. ataques de asma e asma grave: diminuem a oxigenação fetal

estando relacionados a prematuridade e baixo peso ao nascer. Com

controle pode reduzir a mortalidade perinatal.

Medicações utilizadas: broncodilatadores e corticosteroides (via

oral/via inalatória). A maioria pode ser utilizada durante a gestação, mas

deve-se consultar um médico.

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ATIVIDADE FÍSICA

Até início do séc. XX não se estimulava = efeitos nocivos. Final 70

iniciaram estudos e em 1985 mostraram não haver efeito adverso

sugerindo máximo 15’ de atividade moderada.

Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas (ACOG) - 2002

publicou recomendações: 30’ ou + de exercícios físicos de

intensidade moderada, quase todos os dias da semana, desde que

não haja complicações médicas. Recomenda-se para sedentárias

ou com complicações desde que submetidas a avaliação

médica.

Objetivo de um programa de treinamento físico para gestante:

não é aumentar condicionamento. (ACOG, 2002).

A gestante deve ser avaliada de modo individual. Portanto, a

prescrição de exercícios deve ser feita na dependência da idade,

da forma física e estado de saúde. Sendo adaptado ao gosto e

aptidão pessoal.

Costuma-se evitar exercícios nas primeiras 10 ou 12 semanas, uma

vez que há preocupação com o risco de abortamento.

Permissão médica por escrito!!

Era sedentária = praticar após 3 mês, o bebê já está

praticamente formado (crescer/desenvolver).

Já praticava = continuar durante primeiro trimestre, a não ser

que seja atividade de risco.

Já praticava e quer mudar de modalidade = só após 3 mês.

ESTUDOS: benefícios aos recém-nascidos

de mães ativas X as sedentárias

� melhor condição do recém-nascido por ocasião do parto;

� recém-nascido de melhor faixa de peso corporal;

� diferenças estruturais favoráveis tanto no músculo esquelético

quanto no coração (número aumentado de vasos sanguíneos na

circulação coronária).

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ESTUDOS: benefícios para a mãe

� aumento do suprimento de leite na amamentação;

� médicos citam a ocorrência bem menor de complicações pós-parto;

� o trabalho de parto é facilitado nas mulheres que sempre fizeram

algum tipo regular de esporte/exercício (principalmente da

musculatura abdominal);

� redução do percentual de gordura;

� fortalecimento e relaxamento da musculatura;

� melhora da capacidade cardiorespiratória;

� diminuição da percepção de dor na hora do parto. (Mataruna,

professor EF da UFRJ).

SINAIS E SINTOMAS: indicam paralisação do treino

� dor de qualquer tipo;

� contrações uterinas com intervalos de 20’;

� hemorragia vaginal;

� dificuldades respiratórias;

� vômitos;

� edema generalizado.

CUIDADOS: alguns exercícios ou situações específicas

� movimentos repentinos ou de saltos = ocasionar lesões articulares.

� posição supina por mais de 3’ (após 3 trimestre) = pressionar veia

cava inferior e artéria aorta, diminuindo retorno venoso e hipóxia

fetal.

� flexão/extensão profunda de qualquer segmento corporal = tecidos

conjuntivos estão sob efeito da relaxina (frouxidão).

� esportes com bolas = traumas abdominais.

� atividades competitivas, levantamento de peso e artes marciais.

� estudos animais (temperatura corporal acima 39C) pode resultar

defeito no fechamento do tubo neural, deve ocorrer por volta 25 dia

após concepção) = evitar banhos em banheira água muito quente,

sauna, ambientes quentes. (BENELL, 2001).

� exercitar em lugares muito quentes, água acima de 32C, roupas

pesadas = acarretar hemorragias e até aborto nos 3 primeiros

meses.

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RECOMENDAÇÕES

� incluir exercícios aeróbicos, força (cargas extremas), flexibilidade

(não muito intensos) e equilíbrio.

� nado borboleta, cuidado com estresse na coluna.

� exercícios com base de sustentação maior e pernas afastadas.

� ênfase na correção postural, fortalecendo músculos fracos,

alongando músculos encurtados.

Sem alterações importantes o profissional de Educação Física

1. Avaliação física

Após avaliação do médico obstetra e do cardiologista, o profissional

também precisará de mais informações para a prescrição adequada

de treinamento (conhecer a condição física, composição corporal,

alterações posturais, hábitos de saúde, nutricional e atlético).

2. Frequência semanal

Três vezes por semana (???).

3. Duração de treinamento

30 a 45’ (dependendo do histórico, cada caso é um caso!!).

4. Intensidade de treinamento

Exercícios aeróbios dependerá do resultado do teste ergométrico

realizado pelo cardiologista (modificar caso haja orientação médica).

Gestantes atletas em excelente condicionamento físico devem

realizar exercícios com moderação para não causarem danos à sua

saúde e também a de seu filho. (sedentárias 60% a 70% da FCmáx;

treinadas 75% a 80% da FCmáx). (ACOG).

5. Modalidade de atividades

Exercícios localizados visando resistência muscular (abdome,

peitoral, dorsais, adutores e abdutores da coxa, tríceps).

Exercícios respiratórios/relaxamento, associado a um treinamento

cardiovascular aeróbio sem impacto e exercícios de alongamento.

Os exercícios aeróbios (caminhar, pedalar, nadar) bem orientados.

Para as que aumentaram significativamente o peso corporal,

recomenda-se o trabalho aeróbio em bicicleta ergométrica e

exercícios localizados para correção postural.

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HIDROGINÁSTICA/NATAÇÃO

Hidroginástica mexe com o aspecto físico/psicológico aliviando estresse,

reduzindo inchaço, diminuindo dores lombares e cervicais). Estimulam a

produção da endorfina (sensação de bem-estar e bom humor).

Parte da aula: alongamentos, exercícios respiratórios, fortalecimento

muscular e relaxamento. O restante: exercícios aeróbicos e localizados e

novamente: relaxamento.

O peso corporal é aliviado em cerca de 90%. Em geral são liberadas após

12ª semana de gestação, o feto já está bem fixado e o risco de aborto

espontâneo é menor.

MUSCULAÇÃO

Se não praticava é melhor encaminhá-la para outra!!

Se já treinava (evitar grandes pesos para não diminuir o fluxo

sanguíneo para ao bebê).

Pesos leves fortalecerão os músculos, porém não realizar trabalho

com peso todos os dias, ideal alterná-lo com exercícios

respiratórios.

CAMINHADA/CORRIDA

Corrida é desaconselhada para a gestante que não a pratica, e,

mesmo para quem já corre, recomenda-se tomar precauções com

náuseas, vômitos, sensação de fadiga e desidratação. Podendo ser

prejudicial as articulações pelo impacto.

Caminhada é recomendada, principalmente para a gestante de vida

sedentária.

Ambos os casos: monitorar a frequência cardíaca e tomar muita

água.

GINÁSTICA DE ACADEMIA

Baixo impacto (a grávida está com menos equilíbrio e tem mais

facilidade para lesões).

Na localizada não são indicados pesos excessivos e, não se deve

repetir muitas vezes cada movimento (podendo lesionar).

Alongamento executado com muita cautela, não ultrapassando os

limites da gestante.

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BICICLETA

Estacionária é a mais indicada (não expõe ao

tráfego/poluição/quedas).

Cuidado com o tronco inclinado à frente = ocasionar dores.

IOGA

Movimentos relaxantes e outros que fortalecem a musculatura.

Evitar as posições em que a gestante permanece muito tempo em

pé ou em posição supina (a gestante tem seu equilíbrio reduzido e

não pode executar movimentos de grande amplitude).

PÓS PARTO

Recomenda-se o reinício dos exercícios, lenta e

progressivamente, priorizando atividades para a musculatura

abdomino-pélvica e para a coluna.

Profa. Ma. Paula Ciol