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¹Graduanda, em Licenciatura Plena em Química - IFPE campus Vitória de Santo Antão e integrante do Grupo de Estudo e Pesquisas em Ensino de Ciências IFPE/CNPQ, [email protected] ²Graduanda, em Licenciatura Plena em Química - IFPE campus Vitória de Santo Antão, [email protected] ³Graduado em Licenciatura Plena em Química (UFPE) e mestrando em Ensino de Ciências (UFRRJ). Integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas em Ensino de Ciências - CNPQ. Atualmente é professor e pesquisador do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco IFPE campus Vitória de Santo Antão. [email protected] 4 Graduada em Licenciatura Plena em Pedagogia (UFPE), mestra e doutoranda em Ensino de Ciências, na área de concentração de Física (UFRPE). Integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas em Ensino de Ciências - CNPQ. Atualmente é professora e pesquisadora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco - IFPE- campus Vitória de Santo Antão. [email protected] UMA INVESTIGAÇÃO SOBRE AS ATIVIDADES EXPERIMENTAIS PRESENTES NOS LIVROS DIDÁTICOS DE FÍSICO-QUÍMICA DO ENSINO MÉDIO Rosivânia da Silva Andrade¹ Amanda Veruska dos Santos Ferreira da Silva² Cláudio Henrique Alves Perdigão³ Kilma da Silva Lima 4 1. Introdução No ensino médio, precisamente no ensino de Química, é indiscutível o distanciamento dos alunos com a disciplina. O desinteresse se dá relativamente à falta de correlação entre os conceitos propostos pelos livros e suas aplicações. Nesse contexto vale ressaltar que os livros didáticos, de uma forma geral, tem uma importância extremamente grande no processo de ensino-aprendizado, por ser um dos principais recursos didáticos, ou ate mesmo o único recurso, disponibilizado pelas escolas aos professores e alunos. Por conseguinte, o ensino de Química desenvolvido atualmente nas escolas, sobretudo nas redes públicas de educação, tem se distanciado da verdadeira “essência” do ensinar/aprender Química. Uma vez que a Química é uma ciência experimental, FARIAS, Cristiane Sampaio; BASAGLIA, Andréia Montani; ZIMMERMANN afirma que, é difícil compreende-la sem a realização de atividades práticas, em que proporciona aos estudantes uma compreensão cientifica das transformações que nela ocorre. Nesse

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¹Graduanda, em Licenciatura Plena em Química - IFPE campus Vitória de Santo Antão e

integrante do Grupo de Estudo e Pesquisas em Ensino de Ciências – IFPE/CNPQ,

[email protected]

²Graduanda, em Licenciatura Plena em Química - IFPE campus Vitória de Santo Antão,

[email protected]

³Graduado em Licenciatura Plena em Química (UFPE) e mestrando em Ensino de Ciências

(UFRRJ). Integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas em Ensino de Ciências - CNPQ.

Atualmente é professor e pesquisador do Instituto Federal de Educação, Ciência e

Tecnologia de Pernambuco – IFPE campus Vitória de Santo Antão.

[email protected]

4Graduada em Licenciatura Plena em Pedagogia (UFPE), mestra e doutoranda em Ensino de

Ciências, na área de concentração de Física (UFRPE). Integrante do Grupo de Estudos e

Pesquisas em Ensino de Ciências - CNPQ. Atualmente é professora e pesquisadora do

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco - IFPE- campus Vitória

de Santo Antão. [email protected]

UMA INVESTIGAÇÃO SOBRE AS ATIVIDADES EXPERIMENTAIS

PRESENTES NOS LIVROS DIDÁTICOS DE FÍSICO-QUÍMICA DO ENSINO

MÉDIO

Rosivânia da Silva Andrade¹

Amanda Veruska dos Santos Ferreira da Silva²

Cláudio Henrique Alves Perdigão³

Kilma da Silva Lima4

1. Introdução

No ensino médio, precisamente no ensino de Química, é indiscutível o

distanciamento dos alunos com a disciplina. O desinteresse se dá relativamente à falta

de correlação entre os conceitos propostos pelos livros e suas aplicações. Nesse

contexto vale ressaltar que os livros didáticos, de uma forma geral, tem uma

importância extremamente grande no processo de ensino-aprendizado, por ser um dos

principais recursos didáticos, ou ate mesmo o único recurso, disponibilizado pelas

escolas aos professores e alunos.

Por conseguinte, o ensino de Química desenvolvido atualmente nas escolas,

sobretudo nas redes públicas de educação, tem se distanciado da verdadeira “essência”

do ensinar/aprender Química. Uma vez que a Química é uma ciência experimental,

FARIAS, Cristiane Sampaio; BASAGLIA, Andréia Montani; ZIMMERMANN afirma

que, é difícil compreende-la sem a realização de atividades práticas, em que proporciona

aos estudantes uma compreensão cientifica das transformações que nela ocorre. Nesse

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contexto a prática experimental tem um caráter motivador, significativo e

essencialmente vinculado aos sentidos (PERDIGÃO; LIMA, 2010).

Portanto, a experimentação no ensino de Química desperta curiosidade e

interesse nos alunos, sendo um recurso capaz de assegurar uma transmissão eficaz dos

conhecimentos científicos que muitas vezes não estão presentes de forma relevante nos

livros didático. Nesse contexto García et al. (2002) afirma que o livro didático tem sido

utilizado como a principal fonte de apoio ao professor em sala de aula. Além de cada

vez mais, ser utilizados não apenas como uma fonte de apoio, mas também como fonte

de pesquisa e estudo. E no ensino de Química enfatizam com assiduidade, apenas nas

dimensões representacional do conhecimento químico.

No ensino da Físico-Química, particularmente, os alunos sentem uma vasta

dificuldade na compreensão das aulas. Isso se dá por ser nessa área da Química em que

constantemente se aplica as formulas matemáticas e as leis da física para compreender

as propriedades das substâncias químicas como também explicar as características dos

fenômenos químicos. Contudo, a maioria dos professores se restringe apenas a

resolução das formulas e leis matemáticas e físicas aplicadas à Química. Deixando de

lado um dos tripés da Química, a experimentação, a qual seria uma aliada formidável na

compreensão de alguns conteúdos como propriedades físicas das substâncias,

fenômenos de ionização, propriedades térmicas, equilíbrio, velocidades de reação,

mecanismos de reação, sistemas químicos, dentre tantos os outros conteúdos abordados

nessa área. Portanto, a atividade experimental como recurso didático é vista em um dos

três níveis propostos por Atkins e Jones (2006) no qual trata da matéria, suas

transformações e propriedades em que podemos ver tais mudanças.

Pelos motivos apresentados, recentemente a escolha do livro didático tem

preocupado tanto os órgãos públicos responsáveis pelo setor educacional, quanto os

professores das diversas áreas. Deste modo, é necessária uma análise sobre como as

experimentações vem sendo abordadas nos livros didáticos de Química no ensino

médio. Ressaltando que nossa pesquisa irá se restringir ao livro didático e não às

situações ou os processos educativos que a ele correspondem.

O presente trabalho pretende analisar quais são os aspectos estruturais e

conceituais dos experimentos apresentados nos livros didáticos de Química

propostos pelo guia PNLD de 2012. Para que possamos compreender como está

sendo desenvolvida a prática experimental no ensino da Química,

particularmente, da Físico-Química. Procuraremos respostas para as seguintes

perguntas: os experimentos ajudam a compreender a teoria descrita no capítulo?

Fazem com que os alunos possam levantar hipóteses? Têm caráter de atividade

investigativa? Estão descritos de forma clara? Em qual categoria a atividade

experimental se adequam? Encaixam-se na sequência cronológica descrita no

capitulo? Os materiais que serão utilizados são acessíveis, principalmente

alternativos?

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Pois segundo (DE, R. et al., 2008) o livro didático é um espelho de como a

Química é apresentada em sala de aula, o que infelizmente é algo natural, pois em

grande medida ele é a base com que se preparam as aulas.

2. Fundamentação Teórica

Mesmo com as longas transformações sofridas pela sociedade e com o avanço

tecnológico, o livro didático não perdeu a sua missão de atuar como mediador na

construção do conhecimento. No ensino de Química, particularmente, desempenha

papel fundamental na aprendizagem, por ser um dos instrumentos mais utilizados em

sala de aula (NASCIMENTO; MACEDO; OLIVEIRA, 2010).

Porém, muitos deles se prendem quase que unicamente à exposição de conceitos

e resoluções de exercícios, que conforme Brasil et al. (2011), “Atualmente, o ensino de

Química nas escolas segue o ritmo acelerado da aprendizagem teórica, sem ligação com

o cotidiano dos alunos e comunidade”. Este formato não oportuniza aos alunos o

desenvolvimento cognitivo crítico-social, o que nos parece nocivo por distanciar-se do

real objetivo do ensino de Química que segundo o PCNEM é “[...] possibilitar ao aluno

a compreensão tanto dos processos químicos em si, quanto da construção de um

conhecimento científico em estreita relação com as aplicações tecnológicas e suas

implicações ambientais, sociais, políticas e econômicas”. (PCNEM) ( grifo nosso)

Nesse contexto, a experimentação deve surgir como mais um instrumento de

mediação no ensino-aprendizagem de Química, buscando especificamente a

aprendizagem significativa crítica, no qual os conhecimentos cognitivos dos alunos

sejam levados em consideração e possam servir de âncora para novos conceitos. E, de

acordo com a Teoria da Aprendizagem Significativa de Asubel, após as discussões

sobre as atividades experimentais, estes novos conceitos possam ser ancorados aos

conhecimentos prévios, tornando-os melhor elaborados e expandindo a estrutura

cognitiva dos aprendizes. (MOREIRA; MASINI, 2001)

Pinho Alves (2000) ao longo de suas pesquisas vem discutindo sobre a prática

experimental em uma concepção construtivista. Na qual a atividade experimental não

é realizada com mera intenção de renomear coisas sabidas, mas sim como um objeto

pedagógico empregado para aperfeiçoar o processo de ensino aprendizado em química

tornando-o interativo e não um processo unilateral, no qual os alunos possam participar

de forma ativa, por está ser uma ciência experimental, no entanto que se difere da

“experiência” do cotidiano e da “experimentação” do cientista. (grifo nosso)

Em trabalho recente Pinho Alves (2002) destrinchou as atividades experimentais

em categorias que estão relacionadas aos diferentes momentos de um processo de

ensino aprendizagem, fornecendo os indicativos de seus atributos ou qualificações, tais

quais são citadas a seguir.

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Atividade Experimental Histórica: possibilita a reconstrução do cenário

histórico ligado ao conteúdo aplicado permitindo ao professor ensinar de forma

menos dogmática, no entanto esse tipo de atividade deve inspirar um cenário

próprio para uma recontextualização epistemológica, caso contrário não tem

sentido como componente didático. Portanto são experimentos que resgatam a

história da ciência por traz do fenômeno que está sendo discutido em sala.

Atividade Experimental de Compartilhamento: permite acentuar as variáveis

envolvidas em um fenômeno, eventuais relações de causa e efeito sob a ótica

qualitativa. Dessa forma, os experimentos devem transpor os fenômenos

envolvidos em terminado conteúdo de maneira clara para que os alunos possam

interpretar o conhecimento com o “mesmo olhar”, ou seja, com o objetivo que o

professor quis transpor, mantendo o foco. Sendo essa atividade experimental

indispensável para a construção do conhecimento formal.

Atividade Experimental Modelizadora: pretende mostrar aos alunos que a

natureza não é verdadeiramente aquela descrita pelas propriedades anexadas aos

modelos presente nos livros, mas sim construções humanas utilizadas para se ter

uma noção básica da realidade. Nesse caso os experimentos tem uma função

intermediária entre as abstrações da teoria e as ações concretas da

experimentação, fazendo com que os alunos atuem como modelizadores e

compreendam a utilidade referente dos modelos.

Atividade Experimental Conflitiva: permite por em confronto as concepções

não formais dos estudantes, viabilizando o conflito, que por sua vez vai

direcionando o diálogo construtivista no sentido de mostrar a inadequação e

limitação de suas explicações pessoais. A presença dessa atividade experimental

é de extrema importância, pois extrai os experimentos pretende extrair os

conhecimentos prévios dos alunos sobre o fenômeno a ser estudado, e em

seguida direciona os mesmos a uma mudança conceitual.

Atividade experimental crítica: possibilita ao professor a oportunidade de

induzir um diálogo que leve a diferenciar as variáveis que envolvem o conteúdo

em questão. Exige experimentos muito particulares, pois é preciso que consiga

mostrar explicitamente as diferenças entre as variáveis envolvidas de forma mais

clara possível. Essa atividade é de grande importância no diálogo construtivista.

Atividade experimental comprovação: objetiva explorar, de maneira

concomitante, o método experimental, pois as relações de causa-efeito já estão

aprendidas e com isto abre-se espaço para enfatizar o método experimental

como um instrumento de investigação. Desse modo os experimentos se

comportam como ilustrações da teoria anteriormente aplicada e discutida.

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Atividades experimentais de simulação: restringem ao uso de equipamentos

de mídia e dos respectivos softwares. Os experimentos que empregam esse

aparato são normalmente práticas difíceis, longas, ou perigosas de se realizar.

Contudo, não adianta apenas executar um experimento em aula, pois quando mal

realizados não contribuem para a melhoria do ensino. Vale ressaltar que independente

da classificação de um experimento, ele deve apresentar caráter investigativo e não ser

executado como uma “receita de bolo”. Pois, a experimentação não deve ser vista como

uma mera atividade física que deve ser executada por alunos ou professores, mas sim

como forma de tornar a aprendizagem significativa, dando espaço para discussões e

questionamentos. Portanto, “a experimentação, quando bem utilizada, é uma aliada do

processo de ensino-aprendizagem em ciências, por motivar os alunos e facilitar a

compreensão dos conteúdos”. (SANTANA; DOS SANTOS; CARVALHO, 2010).

Há evidências de que os livros didáticos apresentam propostas de trabalho

prático, mas que nada têm a ver com a experimentação, como pesquisas bibliográficas,

confecções de cartazes, dramatizações e separação de material para exposições. Por

outro lado, considera-se neste trabalho o conjunto das propostas de experimentação no

sentido amplo segundo Hodson1 (2008, apud MORI 2009), que afirma que a

experimentação deveria exigir do aluno uma postura mais ativa do que passiva, em que

fosse solicitado a construir, a registrar, a manipular ou a observar, podendo ocorrer ou

não em espaços como o laboratório didático, nem sempre se aproximando do que os

cientistas entendem como experimentos.

Nos conteúdos de Físico-Química, especificamente, os livros didáticos em sua

maioria enfatizam as representações de fórmulas e leis, em detrimento das propriedades

e reações que envolvem essa área, portanto deixando de lado as relações entre os níveis

macro e microscópico, ou seja, a representação desses fenômenos.

Em relação à prática experimental no ensino da Físico-Química, ela pode ser

uma forte aliada na aprendizagem, pois quebraria o paradigma sofrido pelos alunos de

que essa área é complexa. Além da maioria dos experimentos que envolvem esse campo

da Química apresentarem grandes efeitos visuais podendo dessa forma prender a

atenção e despertar a curiosidade dos alunos, como também esclarecer as aplicações

matemáticas e físicas que permeiam o conteúdo abordado, proporcionando deste modo a

aprendizagem da Química em si.

Entretanto, há indícios de que a prática experimental vem sendo mal

desenvolvida nas salas de aula, como também mal elaborada pelos livros didáticos do

Ensino Médio. Isso tanto em termos conceituais quanto estruturais. Ressaltamos que

problemas relacionados ao livro didático não é assunto atual. Para se ter uma idéia, o

1HODSON, D. Experiments in science and science teaching. Educational philosophy and

theory, [S.l.], v. 20, n. 2, p. 53-66, 1988. Tradução de Paulo Alves Porto. Disponível em:

<http://www.iq.usp.br/wwwdocentes/palporto/TextoHodsonExperimentacao.pdf>. Acesso em:

16 nov. 2008.

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Governo Federal, desde 1929, demonstra preocupação com os materiais didáticos

disponibilizados às escolas de rede pública em todo o país. Esta preocupação se

materializa na forma de programas de controle e normatização dos livros didáticos. E

que ao longo desses 80 anos, o programa foi aperfeiçoado e teve diferentes nomes e

formas de execução. Atualmente denominado Programa Nacional do Livro Didático

(PNLD), direcionado à educação básica brasileira, tendo como única exceção os alunos

da educação infantil (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2012).

Anualmente o Ministério da Educação durante os procedimentos legais para a

adesão dos livros elabora Guias para auxiliar as escolas na seleção do livro didático em

que cada escola escolhe dentre os livros constantes no Guia do PNLD, aquele que

deseja utilizar, levando em consideração seu planejamento pedagógico. O guia PNLD

2012, o que será abordado nesse trabalho, é o segundo processo em que as obras

didáticas de Química estão participando no contexto das políticas públicas fomentadas

pelo MEC.

Em relação à parte experimental trazida nos livros, à avaliação pedagógica

segundo PNLD 2012 foi realizada com base em dois critérios:

“[...] (8) propõe experimentos adequados à realidade escolar,

previamente testados e com periculosidade controlada, ressaltando a

necessidade de alerta acerca dos cuidados específicos para cada

procedimento; (9) traz uma visão de experimentação que se afine com

uma perspectiva investigativa, que leve os jovens a pensar a ciência

como campo de construção de conhecimento permeado por teoria e

observação, pensamento e linguagem.”

Dessa forma, objetivando analisar os aspectos estruturais e conceituais dos

experimentos presentes nos conteúdos de Físico-Química oferecidos nos livros didáticos

de química propostos pelo guia PNLD é que o presente trabalho foi desenvolvido.

3. Metodologia

Realizou-se uma pesquisa de abordagem qualitativa, dentro da qual utilizou-se a

análise de conteúdo por ser um instrumento compatível com o perfil de estudo em tela.

O nosso objeto de pesquisa foi o livro didático. Analisamos cinco obras que

foram previamente avaliadas e validadas pelo PNLD/2012.

As obras que compreendem o guia correspondem a 26% de todas as obras

inicialmente inscritas no programa, ou seja, apenas cinco das dezenove obras atenderam

aos requisitos do processo de avaliação proposto pelo MEC. E são eles:

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Código Título Autores Editora Código da

Coleção

1 QUÍMICA NA ABORDAGEM

DO COTIDIANO.

Eduardo Leite do Canto,

Francisco Miragaia Peruzzo

Moderna 25073COL

21

2 QUÍMICA – MEIO

AMBIENTE – CIDADANIA –

TECNOLOGIA

Martha Reis FTD 25159COL

21

3 QUÍMICA Andréa Horta Machado,

Eduardo Fleury Mortimer

Scipione 25163COL

21

4 QUÍMICA PARA A NOVA

GERAÇÃO – QUÍMICA

CIDADÃ.

Eliane Nilvana Ferreira de

Castro et. al

Nova

Geração

25164COL

21

5 SER PROTAGONISTA

QUÍMICA

Julio Cesar Foschini Lisboa SM 25174COL

21

No entanto, a avaliação pela qual esses livros passaram foi realizada de forma

ampla, analisando a coleção como um todo. Em contrapartida o presente estudo analisou

em particular o segundo volume de cada coleção para termos uma resposta mais precisa

sobre o problema em questão.

Foram estabelecidos os critérios para a avaliação e classificação dos

experimentos. Levou-se em consideração o caráter investigativo, o grau de participação

dos alunos em uma dada proposta de atividade experimental, além dos aspectos

conceituais e estruturais que abrange os experimentos. Tendo em vista esses aspectos e

para alcançar os objetivos propostos nesse trabalho, foram desenvolvidas as seguintes

etapas:

a) Seleção e organização dos livros analisados - Os livros de Química aprovados no

PNLD/2012.

b) A leitura de todos os capítulos da área de Físico-Química proposta pelos livros,

realizada tanto no levantamento exploratório quanto no levantamento focalizado

nas propostas de atividades experimentais.

c) Investigação focada nas atividades experimentais presentes nos conteúdos de

Físico-Química, nos livros selecionados tendo como referência as tendências

contemporâneas de ensino e os critérios adotados para a avaliação pedagógica

descrita pela PNLD/2012.

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4. Resultados e Discussões

QUÍMICA NA ABORDAGEM DO COTIDIANO (Eduardo Leite do Canto e

Francisco Miragaia Peruzzo)

O volume estudado se prende a representações teóricas como gráficos, imagens

e não a práticas. Nesse contexto, os experimentos encontrados no decorrer de cada

capítulo que compreende o volume eram simples ilustrações, sem nenhuma intitulação.

De tal modo, só foi encontrado duas atividades práticas que se aproximam de um caráter

experimental, mas não se enquadra em nenhuma daquelas categorias de atividades

experimentais citadas por segundo Pinho Alves (2002).

A descrição estrutural dos experimentos não apresenta tópicos que possam

ajudar na compreensão para uma execução segura, além de não apresentar questões a

serem discutidas pelos alunos. Sendo assim, os experimentos descritos nesse volume

não apresentam características de uma atividade experimental contemporânea.

Figura 1: Química na abordagem do cotidiano. Expressando a concentração de soluções aquosas.

Capítulo 1, pág.: 19.

Observou-se uma pouca incidência de experimentos dinâmicos e

contextualizados. Nos casos que ocorreram eram necessários reagentes de difícil

aquisição, matérias e equipamentos sofisticados.

Todas as ilustrações e atividades que se assemelham a uma prática experimental

ganharam certa relevância dos autores no que se diz respeito aos alertas de

periculosidade, sendo estes bem elaborados.

Entretanto, ao analisar o manual destinado aos professores, pode-se notar a

presença de atividades experimentais, que podem se encaixar em atividades

contemporâneas, como também serem classificadas segundo Pinho Alves (2002). Nesse

contexto foi detectada atividade experimental conflitiva, de compartilhamento e

principalmente de comprovação. Vale ressaltar que tais atividades não eram distribuídas

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uniformemente no decorrer do volume nem tão pouco estavam presentes em cada

capítulo, apresentando consigo alertas de periculosidade.

Porém, poucas atividades experimentais sugeridas pelo autor são transcritas de

forma clara e objetiva obedecendo a uma sequência ordenada. A maioria se restringia

apenas a sugestões de artigos com atividades experimentais relacionadas ao conteúdo e

ainda sim não era distribuídas uniformemente. Conforme observa-se adiante.

Pg.14 manual do professor

A partir dessas analises pode-se notar que o volume não considera a importância

da atividade experimental, indo contra os critérios propostos pela PNDL.

QUÍMICA – MEIO AMBIENTE – CIDADANIA – TECNOLOGIA (Martha Reis)

O volume de uma forma geral envolve e explora questões relacionadas à

cidadania, tecnologia e meio ambiente.

Em se tratando das atividades experimentais, estas estão contidas na

apresentação do volume, como também no início ou final do capítulo. Faz-se menção

ainda, quanto à segurança, dinâmica e acessibilidade de tais experimentos. A questão do

meio ambiente norteia as atividades.

Em termos estruturais os experimentos seguem uma sequência lógica (material

necessário, como fazer e investigue). Ao final apresentam questões investigativas,

porém alguns perdem tal caráter por apresentar uma prévia teoria.

Após análise minuciosa, constatou-se que os experimentos são em sua maioria

Atividades Experimentais Críticas. Por conseguinte, sua minoria foi caracterizada como

sendo: Atividade Experimental de Comprovação, segundo as classificações de Pinho

Alves (2002).

Figura 2: Química na abordagem do cotidiano. Manual do professor, pág.: 14.

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Apesar de validar certa qualidade nos experimentos encontrados, a insuficiência

quanto à quantidade dos experimentos é preocupante. Em todo o volume analisado só

foram encontradas 9 (nove) atividades experimentais. Sendo, em se tratando da

quantidade de atividades experimentais. Indo, portanto em desencontro ao que o

PNLD/2012 propõe.

QUÍMICA (Andréa Horta Machado e Eduardo Fleury Mortimer)

Pode –se afirmar que os experimentos por apresentar exemplos relacionados a

vivencia dos alunos e interação entre a teoria e o cotidiano, assim como a obra é

contextualizado e dinâmico.

Com relação à distribuição ao longo da obra as atividades experimentais

aparecem ao longo do capítulo. Para cada conteúdo abordado são propostas, em sua

maioria, mais de uma atividade experimental. O autor demonstra cuidados na

elaboração didática das práticas sugeridas adaptando procedimentos específicos para

conteúdos específicos. Desta forma, em determinados conteúdos a prática foi explorada

antes da discussão teórica, já em outros momentos iniciou-se com a discussão teórica e

os experimentos surgiram para validar a teoria abordada.

As atividades experimentais iniciam-se com pequenos textos introdutórios, em

seguida os materiais a serem utilizados, o método, e por fim propõem questões que

devem ser respondidas a partir do conhecimento adquirido.

Durante o procedimento alguns experimentos apresentaram textos explicativos na

intenção de sustentar as teorias que os fundamentam. Vale ressaltar que o titulo dado às

atividades experimentais é atividade e que estas são numeradas em decorrência do

volume. Outras atividades que não apresentam caráter experimental também possuem a

denominação de atividade.

O volume em si dá uma ênfase significativa à prática experimental. Mesmo

quando os experimentos são descritos, por necessitarem de materiais sofisticados e de

um longo período de execução.

Na maioria dos experimentos propostos os materiais são de baixo custo e

acessíveis, como também não dependem de uma estrutura sofisticada para as suas

execuções. Porém, apenas três dos experimentos presentes no volume fogem da

realidade das escolas da rede pública.

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Figura 3: Química. Soluções e solubilidade. Capítulo 1, pág.: 22

Nesse volume o manual do professor traz sugestões de outros experimentos, em

que cita as obras no quais são encontrados. Além de apresentar sugestões, alternativas e

cuidados para a realização. Vale ressaltar que as obras citadas no volume se adequam à

realidade escolar.

Os experimentos possuem caráter variado, entre os quais: investigativo,

conflitivo, modelizador, crítico, comprovativo e de simulação. Os dois últimos

apareceram com menos frequência. Em todas as atividades experimentais estão

presentes avisos de segurança para realização.

Pode-se afirmar que o volume examinado não apenas se enquadra nos critérios

propostos pela PNLD, mas também nos PCN’s e PCNEM’s.

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QUÍMICA PARA A NOVA GERAÇÃO – QUÍMICA CIDADÃ (Eliane Nilvana

Ferreira de Castro et. Al)

As atividades experimentais nesse volume apareceram constantemente, porém

uma atividade por capítulo, as quais se encontravam descritas geralmente, ao término de

cada capítulo ou ainda, disseminada entre as “partes” existentes em cada conteúdo.

As práticas descritas obedeciam a uma ordem sequencial, além de apresentarem

ao fim do experimento, observações compostas por perguntas a respeito da

experimentação, exercitando dessa forma uma aprendizagem significativa. Sua

localização em meio ao conteúdo é está intitulada e destacada em cores diferenciadas.

Após análise concisa, pôde-se perceber que grande parte dos experimentos foi

classificada como sendo composta por atividades experimentais de Comprovação, o que

se agrega grande importância.

O caráter objetivo e explorador desta modalidade induzem o aluno a investigar, de

forma que venha a possuir um pensamento construtivista, de comprovação, levando em

consideração que as relações de causa-efeito já foram, previamente, compreendidas.

A abordagem clara, com materiais de custo moderado adequam-se perfeitamente, a

um ambiente escolar. Periculosidade sempre dentro de níveis ponderados, mas que

requerem importância da mesma forma.

É relevante mencionar, que dentre a maioria dos experimentos ditos de

comprovação, houve incidência de um caso em especial: (Cap. 7 – Eletroquímica I =

Pilhas Químicas) uma atividade experimental Conflitiva. Esta permite um confronto

entre as concepções não formais dos estudantes, criando um diálogo, do qual surge um

conhecimento prévio para que, assim haja abordagem do conteúdo.

No Capítulo 9 – Radioatividade, não houve atividade experimental. Sabe-se da

incidência de índices significativos de periculosidade, ou custo elevado de materias, no

entanto existem práticas experimentais simplórias que aludem a tal conteúdo sem

comprometer a segurança ou a eficácia da atividade, no que se diz respeito ao processo

de ensino-aprendizagem.

Contudo compreende-se que os experimentos desta obra de modo geral, estão

atentos as atuais tendências da experimentação no ensino de Ciências, incentivando o

pensamento, a ação, o diálogo, e a construção do conhecimento.

SER PROTAGONISTA QUÍMICA (Julio Cesar Foschini Lisboa)

Os experimentos presentes nesse volume se concentram unicamente ao final de

cada capitulo das unidades. Vêm intitulados como Atividade experimental e abordam

em geral apenas um tema especifico previamente estudado no capítulo, com exceção

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apenas da unidade que aborda a temática: Reações nucleares. Sendo compreensível pelo

fato da periculosidade de qualquer experimento que aborde a temática.

As atividades experimentais presentes no volume como um todo se enquadram

como atividades experimentais de Comprovação, porém com traços investigativos.

Ressaltando várias ilustrações experimentais no transcorrer do volume.

Apesar de expor tais traços, as atividades experimentais em sua maioria não

estão interligadas ao cotidiano. Nesse contexto os questionamentos propostos estão em

sua maioria ligados aos conceitos teóricos.

Com relação ao caráter estrutural apresenta-se bem organizado e dinâmico.

Apresenta experimentos simples e baixa periculosidade. Não se prende a avisos de

segurança, mas se preocupa com o descarte adequado dos resíduos produzidos.

No exemplar do professor possuem sugestões extras de atividades experimentais

que podem ser desenvolvidas em sala de aula, geralmente propostas a cada capítulo.

Como também traz avisos de segurança, além de deixar clara a importância de cada

atividade experimental proposta.

Portanto, as atividades descritas no volume analisado, mesmo paralelas ao

cotidiano, instigam a investigação, o que confere uma característica das atividades

experimentais contemporâneas.

5. CONCLUSÃO

No âmbito da pesquisa experimental contemporânea, pôde-se perceber quais as

incoerências e méritos de cada obra analisada, suas especificidades e preocupação com

o uso da atividade experimental que auxiliam o processo educativo.

Mesmo concordando com a impossibilidade da existência de um livro didático

perfeito de Química, devido ao fato das peculiaridades de cada escola, cada sala de aula

e cada professor, existem aqueles que mais se aproximam das novas abordagens.

Nesses, o aprendizado deve possibilitar ao aluno a compreensão tanto dos processos

químicos em si, quanto da construção de um conhecimento científico em estreita relação

com as aplicações tecnológicas e suas implicações ambientais, sociais, políticas e

econômicas (PCN, 1998).

Entende-se que os experimentos no ensino de Química são aqueles que instigam

para a formação não apenas de um cientista, mas também de cidadãos mais conscientes.

Sendo por esse e por outros motivos que essa temática deve frequentemente ser

investigada, analisada e avaliada. Contribuindo para a melhoria do ensino dessa ciência

tão importante e frequente em nosso dia-a-dia.

Das cinco obras analisadas, apenas duas delas atenderam aos critérios

estabelecidos nesta pesquisa, quais foram: critérios do PNLD/2012 e recomendações

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dos PCNEM’s. Portanto, há a necessidade da produção de obras dinâmicas e

contextualizadas que atendam às especificidades do processo de ensino-aprendizagem

contemporâneo de Química. E que as seleções que definem quais livros serão

recomendados sejam criteriosas, pois esses são os principais instrumentos na

transformação de um aluno em um ser social verdadeiro.

6. REFERÊNCIA

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