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SCES Trecho 3, Lote 10, Polo 8 do Projeto Orla – Brasília – DF CEP: 70200-003 www.antt.gov.br 1 NOTA TÉCNICA Nº 005/SUPAS/ANTT/2014 DATA 12/06/2014 Assunto: Monitoramento Automatizado da Operação dos Serviços de Transporte Rodoviário Interestadual e Internacional de Passageiros - MONITRIIP. Processo 50500.109412/2013-74. GEFAE/SUPAS 1. Do Objetivo A presente Nota Técnica trata do Monitoramento Automatizado da Operação dos Serviços de Transporte Rodoviário Interestadual e Internacional de Passageiros - MONITRIIP, o qual é tema da Agenda Regulatória da ANTT para 2013-2014, Eixo Temático 3, aprovado por meio da Resolução ANTT nº 4.057, de 25 de março de 2013. Pretende-se definir os padrões, serviços, tecnologias e funcionalidades que comporão o sistema de monitoramento automatizado da operação dos serviços de transporte, necessários ao aprimoramento da atuação da Agência na qualidade dos serviços outorgados. As informações referentes à prestação dos serviços de Transporte Rodoviário Interestadual e Internacional de Passageiros TRIIP de natureza operacional, relacionadas ao consumo efetivo e à oferta associada, são fundamentais para a gestão do setor. Atualmente a verificação pela ANTT do cumprimento das obrigações relacionadas à programação dos serviços é efetuada por amostragem, por fiscais que atuam nos terminais, nas rodovias e nas garagens das empresas. Quanto aos dados de demanda, o acompanhamento realizado não permite assegurar que a movimentação real de passageiros do TRIIP corresponde integralmente às informações disponibilizadas trimestralmente pelas transportadoras nas bases de dados da ANTT. A importância destes dados de oferta realizada e demanda para a gestão do setor, associada à baixa disponibilidade e confiabilidade dos mesmos, foram motivadores para que a Agência contratasse pesquisas operacionais para coletar em campo os dados de demanda e oferta dos serviços de TRIIP, de longa distância e semiurbanos. Contudo, essa forma de pesquisa não deve ser tratada como rotineira, dada a amplitude do sistema de TRIIP, a necessidade contínua dessas informações (para a regulação e a supervisão do setor) e o custo associado a essa forma de obtenção dos dados e à dinâmica do setor de transportes. Além disso, o novo modelo de regulação adotado pela Agência estabelece uma série de indicadores de desempenho a serem observados pelas transportadoras com a finalidade

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SCES Trecho 3, Lote 10, Polo 8 do Projeto Orla – Brasília – DF CEP: 70200-003 www.antt.gov.br

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NOTA TÉCNICA Nº 005/SUPAS/ANTT/2014 DATA 12/06/2014

Assunto: Monitoramento Automatizado da Operação dos Serviços de

Transporte Rodoviário Interestadual e Internacional de

Passageiros - MONITRIIP.

Processo 50500.109412/2013-74.

GEFAE/SUPAS

1. Do Objetivo

A presente Nota Técnica trata do Monitoramento Automatizado da Operação dos

Serviços de Transporte Rodoviário Interestadual e Internacional de Passageiros - MONITRIIP, o

qual é tema da Agenda Regulatória da ANTT para 2013-2014, Eixo Temático 3, aprovado por

meio da Resolução ANTT nº 4.057, de 25 de março de 2013.

Pretende-se definir os padrões, serviços, tecnologias e funcionalidades que

comporão o sistema de monitoramento automatizado da operação dos serviços de transporte,

necessários ao aprimoramento da atuação da Agência na qualidade dos serviços outorgados.

As informações referentes à prestação dos serviços de Transporte Rodoviário

Interestadual e Internacional de Passageiros – TRIIP de natureza operacional, relacionadas ao

consumo efetivo e à oferta associada, são fundamentais para a gestão do setor.

Atualmente a verificação pela ANTT do cumprimento das obrigações relacionadas à

programação dos serviços é efetuada por amostragem, por fiscais que atuam nos terminais, nas

rodovias e nas garagens das empresas. Quanto aos dados de demanda, o acompanhamento

realizado não permite assegurar que a movimentação real de passageiros do TRIIP corresponde

integralmente às informações disponibilizadas trimestralmente pelas transportadoras nas bases de

dados da ANTT.

A importância destes dados de oferta realizada e demanda para a gestão do setor,

associada à baixa disponibilidade e confiabilidade dos mesmos, foram motivadores para que a

Agência contratasse pesquisas operacionais para coletar em campo os dados de demanda e

oferta dos serviços de TRIIP, de longa distância e semiurbanos. Contudo, essa forma de pesquisa

não deve ser tratada como rotineira, dada a amplitude do sistema de TRIIP, a necessidade

contínua dessas informações (para a regulação e a supervisão do setor) e o custo associado a

essa forma de obtenção dos dados e à dinâmica do setor de transportes.

Além disso, o novo modelo de regulação adotado pela Agência estabelece uma

série de indicadores de desempenho a serem observados pelas transportadoras com a finalidade

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de garantir a adequada prestação dos serviços que deverão ser acompanhados periodicamente

de forma a avaliar a qualidade dos serviços e a situação de cada empresa.

Não menos importante é a efetiva constatação das viagens realizadas pelos

serviços sob regime de fretamento, uma vez que possui características intrínsecas que o

diferenciam do serviço regular – viagens em circuito fechado com relação de passageiros fixa –

que devem ser atendidas para não concorrer com os serviços regulares delegados, bem como a

possibilitar o conhecimento da dinâmica do transporte rodoviário interestadual de passageiros.

Assim, torna-se essencial prover ao TRIIP a automatização da coleta de

informações e do monitoramento, que permita acompanhar de maneira mais eficiente e eficaz a

prestação dos serviços e, assim, assegurar a prestação de serviços adequados aos usuários,

conforme preconiza a missão institucional da ANTT.

2. Do Histórico

Em outubro de 2008 foi criado o Projeto da Rede de Transporte Interestadual de

Passageiros – ProPass Brasil – por intermédio da Deliberação ANTT n° 407, o qual possui como

um de seus pilares a gestão e controle dos serviços.

Também no ano de 2008 foi firmado convênio com o Centro Interdisciplinar de

Estudos em Transportes – CEFTRU, da Fundação Universidade de Brasília – FUB, com o objeto

de aprimoramento de Instrumentos de Gestão Operacional e Institucional do Transporte

Rodoviário Interestadual e Internacional de Passageiros, e aprimoramento dos procedimentos de

fiscalização do Transporte Rodoviário Interestadual e Internacional de Passageiros no âmbito da

Superintendência de Serviços de Transporte de Passageiros – SUPAS.

Em setembro de 2009, foi entregue produto fruto desse convênio que abrangia o

aprimoramento dos procedimentos e das tecnologias para obtenção de dados e disponibilização

das informações prioritárias para a gestão e a regulação do TRIP (Meta 2) que trouxe em seu

Relatório Final a avaliação do modelo automatizado de coleta de dados proporcionando subsídio

ao processo de avaliação do conjunto de tecnologias propostas para a obtenção automática dos

dados para apoio à gestão dos serviços por meio de subsistemas embarcado e não embarcado.

Em março de 2010, foi iniciado processo para a contratação de consultoria técnica

especializada com a finalidade de apoiar a Agência na especificação do projeto e no

acompanhamento da implementação do Monitoramento Automatizado da Operação dos Serviços

de Transporte Rodoviário Interestadual e Internacional de Passageiros, originando o processo

50500.013996/2010-31.

Em junho de 2010, foi determinado pela Diretoria que a execução do Projeto, sob a

perspectiva administrativa e de tecnologia da informação, estaria sob a responsabilidade da

SUDEG, ficando esta SUPAS no aguardo dos resultados.

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Em setembro de 2010, por meio da Portaria ANTT n° 240, foi constituído Grupo de

Trabalho, vinculado diretamente ao Diretor-Geral, para coordenar o desenvolvimento e a

implementação dos sistemas e da tecnologia relacionados ao transporte rodoviário de

passageiros.

Em 2011, a ANTT passou a participar das discussões no âmbito do CONFAZ sobre

o Equipamento Emissor de Cupom Fiscal – ECF de forma a adequar a legislação às necessidades

da ANTT e possibilitar a utilização da ferramenta para a venda dos bilhetes de passagem.

Em junho de 2011, a Resolução ANTT nº 3.688, institui a Agenda Regulatória no

âmbito da Agência Nacional de Transportes Terrestres e aprova a Agenda para o biênio

2011/2012, inserindo o tema como assunto a ser tratado no ano de 2012.

Em setembro de 2011, foi publicado o Ato COTEPE/ICMS 39, que aprovou as

alterações no Ato COTEPE/ICMS 06/08 necessárias para viabilizar a utilização do Programa

Aplicativo Fiscal (PAF-ECF) aos serviços de transporte rodoviário de passageiros, em

atendimento às solicitações da ANTT.

Nesse interim, em um processo de melhoria contínua, ocorreram apresentações,

visitas e seminários que contribuíram para o aprimoramento do conhecimento acerca das

tecnologias disponíveis e da forma de sua operacionalização viabilizando o aperfeiçoamento dos

instrumentos construídos pela Agência para a contratação de consultoria especializada com a

finalidade de propor as soluções tecnológicas para o Monitoramento dos serviços.

Em março de 2012, foi realizada reunião com a Diretoria da ANTT para apresentar

a necessidade de consultoria para a proposição de soluções tecnológicas adequadas ao sistema

de monitoramento automatizado e definida a diretriz de dar-se continuidade ao processo com a

orientação da SUDEG de que a área finalística deveria apresentar o “Termo de Referência”

solicitando a realização de “Chamamento” para a celebração de convênio com essa finalidade.

Em abril de 2012, foi publicado o Ajuste SINIEF 3/12, que instituiu o Cupom Fiscal

Eletrônico - CF-e-ECF e dispôs sobre a sua emissão por meio de Equipamento Emissor de

Cupom Fiscal - ECF.

Também em abril de 2012, foi iniciada Audiência Pública (AP 123/2012) da minuta

de Resolução que dispõe sobre as condições gerais relativas à venda de bilhetes de passagem

nos serviços regulares de transporte terrestre interestadual e internacional de passageiros, na

qual já contemplava as alterações necessárias à utilização do Emissor de Cupom Fiscal (ECF) e o

Programa Aplicativo Fiscal (PAF-ECF).

Em maio de 2012, foi encaminhado memorando à SUDEG para as providências

pertinentes à celebração de convênio com entidade sem fins lucrativos para a proposição das

soluções tecnológicas do MONITRIIP, originando o processo 50500.052051/2012-04.

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Em agosto de 2012, a SUPAS realizou as adequações solicitadas na

documentação de suporte à celebração do Convênio e encaminhou à Diretoria para a tomada de

decisão quanto ao prosseguimento do processo.

Em março de 2013, foi publicado o Ato COTEPE/ICMS 09, que revogou o Ato

COTEPE/ICMS 06/08, porém mantendo os requisitos específicos para o transporte rodoviário de

passageiros.

Em maio de 2013, foi aprovado Plano de Projeto para orientação do planejamento

de trabalho do tema sobre o Monitoramento dos Serviços de Transporte Rodoviário de

Passageiros, contemplado na Agenda Regulatória da ANTT.

Também em maio de 2013, a SUEPE assumiu a responsabilidade de dar

continuidade ao andamento do processo para a obtenção das soluções tecnológicas em

alinhamento com o Projeto do Centro Nacional de Supervisão Operacional e Informações

Gerenciais (CNSOIG).

Em julho de 2013, ocorreu reunião com a DNM, SUPAS, SUEPE e GETIN com a

tomada de decisão de que não haveria a necessidade de obtenção de recursos externos para o

estabelecimento das soluções tecnológicas e proposta a elaboração de novo Plano de Projeto

atendendo a estas diretrizes.

Em setembro de 2013, foi aprovado novo Plano de Projeto contemplando as

orientações acima.

No primeiro trimestre de 2014, a ANTT participou das discussões no âmbito do

CONFAZ sobre os requisitos específicos ao transporte de passageiros do Programa Aplicativo

Fiscal (PAF-ECF), Ato COTEPE/ICMS 09/2013. A ANTT solicitou inclusão de código de barras

bidimensional ao Cupom de Embarque para a utilização integrada com o MONITRIIP.

Em 26 de fevereiro de 2014, o Tribunal de Contas da União – TCU, por meio do

Acórdão nº 436/2014, processo TC 025.089/2013-7, determinou à ANTT a apresentação ao

Tribunal, até 31 de novembro de 2014, a especificação do sistema automatizado de coleta de

informações concebido para viabilizar a regulação e a fiscalização da permissão dos serviços de

transporte rodoviário semiurbano interestadual de passageiros da região DF e entorno.

Em abril de 2014, foi finalizado o preenchimento da Ficha de Análise Preliminar de

Impacto Regulatório (FAPIR) de regulamentação do sistema MONITRIIP, de acordo com modelo

estabelecido pela SUREG.

Em abril de 2014, foi publicada a Resolução ANTT nº 4.282, que dispõe sobre as

condições gerais relativas à venda de bilhetes de passagem nos serviços regulares de transporte

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terrestre interestadual e internacional de passageiros regulados pela Agência Nacional de

Transportes Terrestres.

Também em abril de 2014, foi realizada a Reunião Participativa nº 06/2014, que

contou com a participação de empresas dos setores de controle de bilhetagem e de rastreamento

de veículos, para a discussão de minuta de especificação do sistema MONITRIIP.

3. Introdução

Nesta nota pretende-se apresentar os pontos necessários à implantação do sistema

de monitoramento dos serviços de transporte interestadual de passageiros, com a proposição de

minuta de Resolução que servirá de ferramenta disciplinadora dos requisitos de atendimento

obrigatório por parte das empresas reguladas pela ANTT.

A implantação do MONITRIIP representa um avanço da ANTT na regulação dos

serviços de transporte rodoviário coletivo de passageiros e um importante catalisador para a

melhora da gestão dos serviços de transporte pelas transportadoras.

O MONITRIIP possibilita o acompanhamento da operação em tempo real, o que

representa um maior controle interno para as empresas transportadoras, com a diminuição da

probabilidade de ocorrências de erros, desvios e fraudes.

Podem ser adquiridos ainda junto às empresas desenvolvedoras módulos

adicionais àqueles exigidos pela ANTT, como controle de frota, controle da operação,

comunicação com o motorista, anúncio de próximas paradas aos usuários, adoção de

monitoramento por câmera em situações de emergência, etc. que permitem uma melhor atuação

dos empresários e, consequentemente, melhoria da qualidade de seus serviços e redução de

custos operacionais.

A implantação do sistema também traz a oportunidade e necessidade de uma maior

capacitação e treinamento da tripulação embarcada.

Tudo isso tende a viabilizar uma melhora da qualidade dos serviços ofertados e um

maior conhecimento do perfil dos usuários.

Ademais, tanto a Minuta do Contrato de Permissão constante do Edital de Licitação

nº 1/2013, do Transporte Rodoviário Coletivo Interestadual de Passageiros Operados por Ônibus

do Tipo Rodoviário, quanto a do Edital de Licitação nº 2/2013, do Transporte Semiurbano do DF e

Entorno, determinam a implantação de sistemas automatizados que possibilitem a coleta, o

armazenamento e a disponibilização de dados operacionais, financeiros, contábeis ou quaisquer

outros necessários para a regulação e supervisão dos Serviços.

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Essa obrigatoriedade deve ser estendida para as empresas do Transporte sob o

regime de fretamento com a revisão da resolução da ANTT que regulamenta esse tipo de serviço.

A seguir, abordaremos a estruturação deste documento a partir deste item.

O item 4 – Sistema MONITRIIP – versa sobre a concepção e constituição geral do

sistema. Está subdividido nos seguintes subitens:

i. 4.1 – Fluxo de Dados – demonstra como se dará o envio dos dados entre as

empresas transportadoras e a ANTT;

ii. 4.2 – Venda de Passagens – trata das vendas e tecnologia de bilhetagem

eletrônica (subsistema não embarcado).

iii. 4.3 – Registro de Ocorrências – trata dos registros das manifestações dos

usuários do transporte (subsistema não embarcado) e o seu envio à ANTT.

iv. 4.4 – Registro da Viagem – trata dos registros realizados no veículo

(subsistema embarcado), como velocidade, tempo, geoposicionamento e

leitores de embarques necessários ao sistema.

O item 5 – Proposta de Resolução – aborda a estruturação da minuta de resolução

apresentada em anexo e o item 6 traz a conclusão deste documento.

Como ANEXO deste documento, apresentamos a minuta de resolução de

regulamentação do sistema MONITRIIP.

Cabe destacar que deverão ser publicados instrumentos complementares que

contemplem o estabelecimento dos requisitos a serem verificados pelos Organismos de Avaliação

de Conformidade dos sistemas implantados pelas transportadoras, com a finalidade de analisar,

testar e emitir certificado de seu funcionamento e compatibilidade com o estabelecido pela ANTT,

bem como o estabelecimento dos pontos de origem e destino previstos no Ato COTEPE/ICMS

09/2013, que são de responsabilidade da ANTT.

4. SISTEMA MONITRIIP

O Monitoramento Automatizado da Operação dos Serviços de Transporte

Rodoviário Interestadual e Internacional de Passageiros – MONITRIIP, que contempla o

subsistema embarcado e não embarcado é composto por ferramentas que permitam a realização

da venda das passagens dos serviços, o registro de ocorrências e o registro das viagens.

Ainda, em função das características diversas dos serviços rodoviários e

semiurbanos, as funcionalidades de venda de passagens e de registro de ocorrências serão

apresentadas de forma distinta para cada serviço.

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4.1 Fluxo de dados

O sistema MONITRIIP será composto pelos subsistemas embarcado e não

embarcado. A figura abaixo apresenta o diagrama funcional do sistema de forma a possibilitar

uma visão geral de sua operacionalização.

O subsistema embarcado consiste em um conjunto de equipamentos instalados nos

veículos, destinados a permitir a sua localização e monitoramento ao longo de toda a operação,

registrando os dados relacionados à viagem, ao motorista e aos passageiros transportados,

possibilitando o armazenamento e o envio dos dados para ANTT.

Os dados dos veículos serão enviados à ANTT diretamente pelos equipamentos

embarcados, em formato e protocolo padronizados e em períodos regulares pré-definidos. Caso a

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empresa regulada adote a implantação de Centro de Controle Operacional, esta poderá receber

os dados de forma concomitante.

Foi escolhido o acesso direto aos dados porque é a forma mais segura de acesso,

que reduz ao mínimo a distância lógica entre o agente produtor dos dados e o agente receptor

dos dados (ANTT), havendo apenas um agente intermediário, que é a empresa de

telecomunicação.

A geração e o envio dos dados deverão atender aos critérios de criptografia e

segurança definidos pela ANTT.

O subsistema embarcado deverá estar em perfeito estado de funcionamento

durante toda a viagem, de forma a não comprometer a coleta e armazenamento dos dados e o

veículo não poderá ser utilizado em nova viagem até que eventual falha seja sanada.

Nos casos de transbordo em viagem ou empréstimo de veículo de outra empresa, a

empresa detentora do serviço outorgado será a responsável pela coleta, armazenamento e

disponibilização dos arquivos.

Segue detalhamento do sistema embarcado:

SUBSISTEMA EMBARCADO

Registro do início/fim da viagem.

Velocidade, tempo e localização.

Paradas não programadas.

Jornada do Motorista.

Registro dos embarques

Registro do início/fim da viagem.

Velocidade, tempo e localização.

Paradas não programadas.

Jornada do Motorista.

Ônibus Rodoviário e

Semiurbano

Ônibus Fretado

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O subsistema não embarcado corresponde à infraestrutura necessária à eficiente

coleta, armazenamento e envio dos dados exigidos pela ANTT, que não esteja localizada nos

veículos utilizados na prestação dos serviços, ou seja, relativos a vendas de passagens e recarga

de cartões e ao registro de ocorrências pelos usuários do serviço.

Os dados do subsistema não embarcado deverão ser enviados diretamente pela

empresa regulada, no formato e protocolo estipulados pela ANTT e em períodos regulares pré-

definidos. Acredita-se que essa funcionalidade seja integrada ao Programa Aplicativo utilizado na

venda de passagens e recargas.

Segue detalhamento do sistema não embarcado:

Será de responsabilidade das empresas de transporte a aquisição, implantação,

manutenção dos equipamentos e dos sistemas necessários ao funcionamento do MONITRIIP.

Segue representação dos equipamentos antevistos para as funcionalidades

previstas:

Registro de

Ocorrências

RODOVIÁRIO

SUBSISTEMA NÃO EMBARCADO

SEMIURBANO

Registro de

Ocorrências

Venda Internet

Venda Guichê

Venda Agência Turismo

Venda Embarcada

Recarga Guichê

Recarga em Conveniados

Cartões Gratuidades Emitidos

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Os equipamentos embarcados e não embarcados a serem utilizados terão sua

conformidade avaliada por organismos designados pela ANTT e deverão atender às disposições

da Lei n.º 9.503, de 23 de setembro de 1997, e às normas e regulamentos do Conselho Nacional

de Trânsito, do Conselho Nacional de Política Fazendária, da Agência Nacional de

Telecomunicações e do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia, quando

aplicáveis.

4.2 Venda de Passagens

A venda de passagem consiste no processo de aquisição pelo usuário do direito de

utilizar o serviço de transporte por meio da disponibilização de mecanismo que garanta o seu

pleno uso, também conhecido como bilhetagem.

Com o controle da bilhetagem, a empresa regulada deverá disponibilizar as

informações contidas em seus bilhetes de acordo com o formato de dados exigido pela ANTT.

Para isso, há a necessidade de um meio físico que possibilite a leitura automática do bilhete no

momento do embarque.

O leitor é o principal equipamento necessário para o controle da bilhetagem, de

acordo com o tipo de serviço.

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4.2.1 Serviço Regular Semiurbano

Para o transporte semiurbano de passageiros foi escolhida a tecnologia de

bilhetagem por cartão com leitura RFID, já em utilização no transporte urbano em várias cidades

brasileiras.

Os embarques deverão ser identificados por rádio frequência (RFID) por meio de

cartões de uso pessoal para uso com recarga, para usuários cadastrados atendidos por

gratuidades e, excepcionalmente, por cartão de uso geral para pagamentos realizados em

dinheiro.

O Subsistema não embarcado deverá dispor de infraestrutura necessária para a

coleta, armazenamento e envio dos seguintes registros relativos aos cartões emitidos e às

recargas realizadas em todos os pontos de venda autorizados:

a) número do cartão RFID;

b) número do CNPJ da empresa de transporte;

c) categoria do transporte (interestadual ou internacional);

d) tipo de cartão (tarifa normal, promocional, vale-transporte ou gratuidade);

e) bônus de recarga, se houver;

f) valor total da recarga;

g) saldo total do cartão;

h) nome do Passageiro; i) número do documento de identificação do passageiro;

j) número CPF do passageiro;

k) número de celular do passageiro ;

4.2.2 Serviço Regular Rodoviário

Para o transporte rodoviário de passageiros foi escolhida a opção de bilhetagem

por código de barras, o qual foi incluído no cupom de embarque emitido por meio do Programa

Aplicativo Fiscal-PAF e do Emissor de Cupom Fiscal-ECF.

Essa modalidade foi escolhida devido a sua implantação mais simples e menos

intrusiva para a empresa, bastando a utilização de um Equipamento ECF capaz de assinar

digitalmente seus dados e disponibilizá-los à Permissionária. Este equipamento já existe no

mercado atualmente, sob a regulamentação do Conselho Nacional de Política Fazendária –

CONFAZ.

Para a revisão dos requisitos para o ano de 2014, a ANTT solicitou ao CONFAZ a

alteração dos requisitos para o transporte interestadual de passageiros (Ato Cotepe/ICMS nº 09,

de 13 de março de 2013) com inclusão de código de barras com as informações necessárias para

o projeto do MONITRIIP.

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Assim, o Bilhete de Passagem, o Bilhete de Embarque e o Bilhete de Embarque

Gratuidade, nos termos do regulamento da Resolução da ANTT que disciplina os bilhetes de

passagem, devem ser emitidos por meio do equipamento eletrônico Emissor de Cupom Fiscal –

ECF e do Programa Aplicativo Fiscal – PAF-ECF, ou por sistema fiscal similar, desde que sua

utilização esteja disciplinada pelo Conselho Nacional de Política Fazendária – CONFAZ.

Os Pontos de Venda de Passagens (subsistema não embarcado) devem dispor de

infraestrutura necessária para a coleta, armazenamento e envio dos seguintes registros relativos

aos bilhetes de passagem vendidos:

a) código identificador do bilhete de embarque (normal ou gratuidade);

b) número do CNPJ da empresa de transporte;

c) número de série (fabricação) do equipamento fiscal que emitiu o bilhete de

passagem;

d) número do bilhete de embarque;

e) data de emissão do bilhete de embarque;

f) hora de emissão do bilhete de embarque;

g) categoria do transporte (interestadual internacional, intermunicipal ou

municipal);

h) número de identificação do registro da linha;

i) código do ponto de origem da prestação do serviço;

j) código do ponto de destino da prestação do serviço;

k) tipo de serviço (convencional com ou sem sanitário, leito com ou sem ar,

semileito, executivo ou semiurbano);

l) data prevista da viagem;

m) hora prevista da viagem;

n) tipo de viagem (regular ou extra);

o) número da poltrona;

p) plataforma de Embarque;

q) motivo do desconto (tarifa normal, promocional, benefício tarifário ou

gratuidade);

r) valor da tarifa, com duas casas decimais;

s) percentual do desconto praticado sobre a tarifa, com duas casas decimais;

t) alíquota do ICMS, com duas casas decimais;

u) valor do pedágio, com duas casas decimais;

v) valor da taxa de embarque, com duas casas decimais;

w) valor total, com duas casas decimais;

x) nome do Passageiro;

y) número do documento de identificação do passageiro;

z) número CPF do passageiro;

aa) número de celular do passageiro;

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4.3 Registro de Ocorrências

O subsistema não embarcado contará ainda com Ponto de Registro de Ocorrências, que corresponde ao guichê, terminal ou dispositivo de autoatendimento disponibilizado para registro de ocorrências em viagem, como reclamações e solicitações.

O registro de ocorrências deve estar disponível ao usuário em todos os locais onde

a Permissionária tenha ponto de venda de passagem ou recarga de cartões, de modo a permitir o

registro de ocorrências mesmo durante uma viagem, sendo a empresa de transporte responsável

pelo tratamento da ocorrência e pela resposta ao usuário.

O subsistema não embarcado de registro de ocorrências poderá ser

posteriormente integrado com os canais de ouvidoria da ANTT, para registro e acompanhamento

das ocorrências.

4.3.1 Serviço Regular Semiurbano

A empresa deverá dispor de infraestrutura necessária para a coleta,

armazenamento e envio dos seguintes dados relativos ao registro de ocorrências por parte dos

passageiros:

a) identificação da linha;

b) empresa responsável;

c) nome completo do reclamante;

d) CPF do reclamante;

e) endereço do reclamante;

f) e-mail do reclamante;

g) telefone de contato do reclamante;

h) tipo de ocorrência;

i) data e hora da ocorrência;

j) data e hora do registro da ocorrência;

k) descrição da ocorrência;

l) número do Protocolo;

4.3.2 Serviço Regular Rodoviário

A empresa deverá dispor de infraestrutura necessária para a coleta,

armazenamento e envio dos seguintes dados relativos ao registro de ocorrências por parte dos

passageiros:

a) número do Bilhete de Embarque;

b) Nome completo do reclamante;

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c) CPF do reclamante;

d) endereço do reclamante;

e) e-mail do reclamante;

f) telefone de contato do reclamante;

g) tipo de ocorrência;

h) data e hora da ocorrência;

i) data e hora do registro da ocorrência;

j) descrição da ocorrência;

k) número do Protocolo;

4.4 Registro da Viagem

O monitoramento automatizado dos serviços necessita de um sistema eletrônico

embarcado capaz de coletar, armazenar e transmitir os dados. Este sistema é, na maioria das

vezes, composto de um computador de bordo e da instrumentação eletrônica adequada à

aquisição dos dados.

As principais funcionalidades requeridas pelo subsistema embarcado são:

Computador de bordo do subsistema embarcado – unidade de processamento e

armazenamento de dados. Esse equipamento pode ser conectado ao computador de

bordo do veículo ou integrado a este, se possível.

Registrador instantâneo de velocidade e Tempo - esta funcionalidade deve permitir que

dados como de velocidades desenvolvidas, distância percorrida pelo veículo e tempo de

movimentação do veículo sejam armazenados internamente e transmitidas, de acordo com

o formato definido. Preferencialmente, os dados de velocidade e distância percorrida

devem ser extraídos do tacógrafo e do hodômetro.

Módulo GPS (Global Positioning System) - este equipamento deve permitir que os dados

de posição (Latitude, Longitude e Altitude), medidos por um sistema GPS, sejam

armazenados internamente e transmitidas, de acordo com o formato definido.

Módulo leitor dos Embarques - este módulo deve permitir que os dados advindos da leitura

dos embarques sejam armazenados internamente e transmitidas, de acordo com o formato

definido.

Sensor de abertura de porta e de ignição - estes sensores devem permitir que o estado

binário de um interruptor (0/1, aberto/fechado), ligado a um pino de I/O digital, seja

identificado e processado internamente.

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Interface com motorista - esta interface deve permitir ao motorista fazer escolhas de dados

pré-registrados (menus e alternativas), bem como fornecer uma interface adequada ao

registro de ocorrências. Caso o veículo pare e a sua porta seja aberta fora dos pontos de

parada programada no roteiro informado à ANTT, deve ser pedido ao Motorista que

indique o motivo da parada, por meio de alternativas de fácil seleção.

Conectividade à rede GSM/GPRS/3G - o equipamento embarcado deverá possuir

conectividade para transmissão dos dados. Deverá ser implementado um buffer (retentor),

para possibilitar a transmissão após a ocorrência de áreas de sombra. Em locais com

muitas áreas sombra pode ser acrescentada conectividade à rede sem fio da empresa

(wireless), para transmissão dos dados quando em locais de parada.

Segundo informações de cobertura apresentadas pela Anatel em seu portal no

início em dezembro de 2012, todas as cidades no Brasil possuem cobertura celular, ou seja, no

mínimo com cobertura GSM/EDGE/GPRS.

Demonstração de composição do subsistema embarcado:

Tacógrafo & Hodômetro (opcional)

Sensor

Abertura

de Porta

Sensor

Ignição Computador de

Bordo

GPS

Leitor

Bilhetagem Interface

Motorista

Conexão

2G/3G

EQUIPAMENTOS EMBARCADOS

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Cabe ressaltar que essa configuração pode ser atingida com equipamentos

integrados entre si, como um computador de bordo integrado à interface do motorista ou ao

validador do controle de embarque, por exemplo.

4.4.1 Registro de Embarques - Serviço Regular Semiurbano

O Subsistema embarcado deverá dispor de leitor automático de cartão de

embarque RFID, que registrará todos os embarques realizados para a viagem, para cada tipo de

passageiro e tarifa:

a) número do cartão;

b) tipo do cartão (tarifa normal, promocional, vale-transporte ou gratuidade);

c) valor debitado;

Os embarques realizados deverão sempre ser relacionados com a posição

geográfica da última parada.

4.4.2 Registro de Embarques - Serviço Regular Rodoviário

O Subsistema embarcado deverá dispor de leitor automático de código de barras,

que registrará todos os embarques realizados para a viagem, para cada tipo de passageiro e

tarifa.

O código de barras será preferencialmente bidimensional, com o seguinte formato e

ordenação:

a) os 6 seis últimos dígitos do número de série do equipamento fiscal emissor;

b) os 6 seis últimos dígitos do número do bilhete de embarque;

c) o número de identificação do registro da linha;

d) data prevista da viagem;

e) horário previsto da viagem;

f) código do desconto;

g) valor da tarifa para o trecho;

h) percentual do desconto;

i) o número de celular do passageiro; e

j) códigos dos pontos de origem e destino.

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Esses foram considerados os dados mínimos para identificação dos embarques

realizados, considerando que pode ocorrer dos dados de embarque serem enviados à ANTT

anteriormente ao dado da venda (subsistema não embarcado).

Os leitores utilizados deverão efetuar a leitura dos tipos código de barras mais

utilizados no mercado, seja do tipo unidimensional (Code 128, EAN128, Interleaved 2 de 5 etc.) ou

bidimensional (QRCode, Astec, PDF417 etc.)

Os embarques realizados deverão sempre ser relacionados com a posição

geográfica da última parada.

5. Proposta de Resolução Com a finalidade de instituir as exigências previstas para o sistema MONITRIIP,

elaborou-se proposta de Resolução (anexo II) com as especificações dos requisitos mínimos do

sistema e as obrigações a serem atendidas pelas operadoras.

A minuta de Resolução está estruturada da seguinte forma: as determinações

gerais estão dispostas no início da resolução, as determinações quanto ao Subsistema Não

Embarcado estão no Capítulo I, as determinação quanto ao Subsistema Embarcado estão no

Capítulo II, o Capítulo III aborda a homologação do sistema e o Capítulo IV das disposições finais.

Ainda, como anexo a Resolução estão estabelecidos os padrões a serem seguidos pelas

transportadoras para a implantação do sistema de monitoramento, contendo (i) a estrutura dos

dados; (ii) os códigos identificadores; (iii) a forma de disponibilização dos dados; e (iv) a estrutura

de segurança.

As especificações de estrutura e registros de dados foram elaboradas com o

suporte da Nota Técnica nº 0015/2014 GETIN/SUDEG, de 26 de maio de 2014.

6. Conclusão Frente ao exposto, constata-se que os resultados do monitoramento automatizado

dos serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros são

imprescindíveis para uma regulação eficiente do setor, bem como possibilitará ganhos aos

transportadores com um melhor diagnóstico de sua operação.

Ademais, considerando a determinação constante do Acórdão TCU nº 436/2014

para a apresentação, até novembro deste ano, das especificações do MONITRIIP e o tempo

transcorrido desde o início dos estudos sobre o tema torna necessária à devida celeridade nos

trâmites administrativos para cumprimento do cronograma do projeto o qual prevê a concretização

da etapa de participação social em agosto do corrente ano.

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Dessa forma, sugerimos o encaminhamento dos autos para manifestação do

NATAD e posterior envio à SUREG para a verificação de necessidade de consolidação com

outros normativos existentes e proceder à devida harmonização e uniformização da proposta de

Resolução, conforme estabelecido no regimento interno.

ALOISIO GOMES CAIXETA RODRIGO MORETTI BRANCHINI

Especialista em Regulação Especialista em Regulação

MAURO RODRIGUES SANJAD JONATHAN DOMINGOS DE LIMA

Especialista em Regulação Especialista em Regulação

ANDERSON LOUSAN DO NASCIMENTO POUBEL CLÓVIS DE CARVALHO TORRES

Especialista em Regulação Especialista em Regulação

De acordo, à SUPAS.

ALEXANDRE MUÑOZ LOPES DE OLIVEIRA ANDERSON PAULINO ARAÚJO COUTO

Gerente GEFAE Gerente GERPA

RICARDO TIMÓTEO ANTUNES KARLA CAMPOS DO CARMO

Gerente GEROT Coordenadora NATAD/SUPAS

De acordo, à SUREG.

Em / / 2014.

SONIA RODRIGUES HADDAD

Superintendente de Serviços de Transporte de Passageiros