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1) Com relação aos critérios utilizados para definir a reperfusão pós- administração de trombolíticos, no infarto agudo com supradesnivelamento do segmento ST (IAMcSST), pode-se AFIRMAR: a) Há melhora lenta e gradativa do desconforto torácico ou do equivalente. b) Há aparecimento de fibrilação atrial. c) A instabilização hemodinâmica, como a hipotensão observada no uso de estreptoquinase, pode ser preditora de reperfusão. d) Ocorre resolução do supradesnivelamento do segmento ST ou redução de 20% na derivação com maior supradesnivelamento. e) Os critérios clínicos e eletrocardiográficos de recanalização, quando utilizados em conjunto, apresentam boa sensibilidade/especificidade para o diagnóstico de reperfusão. Referência: Livro texto. p. 1032-40.

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1) Com relação aos critérios utilizados para definir a reperfusão pós-

administração de trombolíticos, no infarto agudo com supradesnivelamento do

segmento ST (IAMcSST), pode-se AFIRMAR:

a) Há melhora lenta e gradativa do desconforto torácico ou do equivalente.

b) Há aparecimento de fibrilação atrial.

c) A instabilização hemodinâmica, como a hipotensão observada no uso de

estreptoquinase, pode ser preditora de reperfusão.

d) Ocorre resolução do supradesnivelamento do segmento ST ou redução

de 20% na derivação com maior supradesnivelamento.

e) Os critérios clínicos e eletrocardiográficos de recanalização, quando

utilizados em conjunto, apresentam boa sensibilidade/especificidade

para o diagnóstico de reperfusão.

Referência: Livro texto. p. 1032-40.

2) Alguns aspectos ecocardiográficos e hemodinâmicos contribuem para a diferenciação entre pericardite constritiva e cardiomiopatia restritiva. Identificar, nas variáveis abaixo, aquelas associadas à pericardite constritiva (A) ou cardiomiopatia restritiva (B):

I. Importante aumento biatrial.

II. Pressão da artéria pulmonar maior que 60mmHg.

III. Pulso paradoxal presente.

IV. Espessamento pericárdico.

V. Aumento da espessura ventricular.

a) I (B), II (B), III (A), IV (A), V (B) b) I (A), II (B), III (B), IV (A), V (B) c) I (B), II (B), III (B), IV (A), V (B) d) I (A), II (A), III (B), IV (B), V (A) e) I (B), II (A), III (A), IV (A), V (A)

f) Referência: Braunwald, Tabela 75-6, p. 1704

3) De acordo com a Atualização da Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica 2012, identificar a indicação CORRETA para o tratamento farmacológico da insuficiência cardíaca crônica:

a) Digoxina em pacientes assintomáticos, porém com fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) maior ou igual a 45% em ritmo sinusal.

b) Diltiazem ou verapamil em pacientes após infarto agudo do miocárdio e intolerantes aos betabloqueadores para redução do risco de morte.

c) Bisoprolol, carvedilol ou tartarato de metoprolol em pacientes com disfunção sistólica e FEVE menor que 40%.

d) Ivabradina em pacientes com disfunção sistólica (classe funcional II-IV da NYHA), ritmo sinusal e FC maior que 70bpm em uso de inibidores da ECA (ou bloqueadores dos receptores de angiotensina) + betabloqueadores em doses máximas toleradas.

e) Espironolactona para pacientes com insuficiência cardíaca crônica sintomática complicada com disfunção renal (creatinina acima de 2,5mg/dL) e hiperpotassemia (K acima de 5,5mEq/L) em substituição aos inibidores da enzima de conversão da angiotensina (ECA) ou bloqueadores dos receptores de angiotensina.

Referência: Atualização da Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica 2012, pp. 9-14

4) Em pacientes com cardiomiopatia isquêmica, diversos métodos de imagem podem ser utilizados na avaliação de isquemia e viabilidade. A figura a seguir ilustra os resultados obtidos pelo estudo de medicina nuclear (perfusão em repouso e metabolismo) em dois pacientes com cardiomiopatia isquêmica.

Assinalar a alternativa CORRETA quanto à interpretação destes resultados:

a. O paciente A apresenta, na parede inferolateral, um defeito de perfusão em repouso e metabolismo preservado (match), característico do miocárdio cicatricial, não viável.

b. O paciente B apresenta, na parede inferior, um defeito de perfusão em repouso e ausência de metabolismo (match), característico do miocárdio atordoado pós-infarto agudo do miocárdio com artéria “culpada” aberta.

c. O paciente A apresenta, na parede inferolateral, um defeito de perfusão em repouso e metabolismo preservado (mismatch), característico do miocárdio isquêmico e viável (miocárdio hibernante).

d. O paciente B apresenta, na parede inferior, um defeito de perfusão em repouso e ausência de metabolismo (mismatch), característico do miocárdio isquêmico e viável (miocárdio hibernante).

e. Sem as imagens da perfusão de estresse não é possível definir a viabilidade miocárdica nesses pacientes.

Referência: Atualização da Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica 2012, pp. 9-14

5) Sobre a hipertensão secundária de causa endócrina, marcar a afirmativa

INCORRETA:

a) Nos pacientes com feocromocitoma, a hipertensão arterial pode ser do

tipo paroxístico (30%) ou sustentada com ou sem paroxismo (50% a

60%).

b) Nos pacientes portadores de hiperaldosteronismo primário, a

hipertensão tem mais comumente estágios 1 e 2, e raramente é

refratária ao tratamento farmacológico anti-hipertensivo.

c) A correção cirúrgica do hiperparatireoidismo reduz a pressão arterial dos

hipertensos e não modifica a pressão arterial nos normotensos.

d) A hipertensão arterial sistêmica ocorre em 20% dos pacientes com

hipotireoidismo.

e) Na síndrome de Cushing, a pressão arterial eleva-se devido ao excesso

de cortisol, que aumenta a retenção de sódio e água e promove

expansão do volume plasmático.

Ref.: VI diretriz brasileira de HÁ, 35,37

6) Das seguintes afirmações, qual é a mais adequada no cenário do infarto

agudo com supradesnivelamento do segmento ST (IAMcSST)?

a) A fibrinólise deve ser realizada com o tempo “porta-agulha” até 120

minutos.

b) A angioplastia primária é procedimento preferencial de reperfusão se

realizada antes de 240 minutos após chegada do paciente ao hospital de

referência.

c) A estratégia fármaco-invasiva, ou seja, trombólise química + cateterismo

sistemático após 3-24 horas (mais cedo se “resgate necessário”) parece

não ser estratégia eficiente e bem documentada em ensaios clínicos

para locais sem redes organizadas para a angioplastia primária.

d) A maior utilização de tenecteplase (TNT) permitiu o aumento das taxas

de reperfusão rápida, mesmo em ambiente pré-hospitalar.

e) A reperfusão coronariana é um processo independente do tempo e do

método utilizado.

Ref.: Livro-texto, p. 1032-40

7) Sobre as miocardites, é CORRETO afirmar:

a) A biópsia, por ser o método definitivo para o diagnóstico, deverá ser o

procedimento inicial.

b) A cintilografia miocárdica 67-gálio está indicada após 3 meses do início

do quadro clínico.

c) O diagnóstico da miocardite pela ressonância magnética do coração

está indicado apenas da fase crônica para quantificação de fibrose.

d) O diagnóstico da miocardite se faz inicialmente por meio da suspeita

clínica, juntamente com métodos diagnósticos não invasivos, sendo a

confirmação possível ao se utilizar a análise histológica obtida pela

biópsia endomiocárdica.

e) O diagnóstico da miocardite se faz por meio da suspeita clínica,

juntamente com métodos diagnósticos não invasivos, sendo a

confirmação possível se utilizada a análise espectral obtida pelo

ecocardiograma.

Ref.: I diretriz de miocardite e periocardite, p. 3.

8) Com base na Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados

Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia, na

abordagem inicial da insuficiência cardíaca (IC) descompensada, referir qual é

a afirmativa VERDADEIRA quanto à avaliação clínica/hemodinâmica:

a) No perfil hemodinâmico C muitas vezes os inotrópicos são necessários;

nos pacientes em uso de betabloqueadores, levosimendano e milrinona

devem ser considerados pela ação direta no receptor beta-1.

b) O grupo mais frequente na emergência é o perfil L, sendo o de maior

mortalidade.

c) Os objetivos terapêuticos no perfil B são: (i) obter uma pressão venosa

jugular normal; (ii) a resolução da ortopneia e do edema periférico; e (iii)

a manutenção da pressão arterial (PA) sistólica acima de, pelo menos,

80mmHg, com manutenção da função renal.

d) Para caracterizar o perfil C, é necessário haver pressão sistólica menor

do que 90 mmHg.

e) Para definir o perfil clínico/hemodinâmico, há a necessidade de

implantação de um cateter de artéria pulmonar.

Ref.: I diretriz de ressuscitação cardiopulmonar e cuidados cardiovasculares de

emergência da SBC, p. 131-32.

9) Em relação a próteses biológicas em posição mitral, qual é a alternativa

CORRETA?

a) A mortalidade imediata (0 a 30 dias) na substituição valvar mitral é

influenciada pelo tipo e pelos modelos das próteses atualmente em uso.

b) Estrutura morfológica composta de duas cúspides semelhante à valva

mitral humana.

c) Maior durabilidade em crianças, adolescentes e adultos jovens.

d) Pacientes em ritmo sinusal necessitam de anticoagulantes até o sexto

mês.

e) Podem apresentar falhas estruturais de médio e longo prazos.

Ref.: Tratado de cardiologia 2015, 2 ed., pp. 1463-64;1786-87,88

10) Mulher, 68 anos, dá entrada no pronto-socorro com quadro de dispneia

importante de início há algumas horas.

- Nega dispneia prévia.

- Antecedente de hipertensão arterial de longa data, com má adesão ao

tratamento.

- Ao exame físico mostrava-se ansiosa, sudorética, com estertores crepitantes

até o ápice de ambos os pulmões.

- RCR, 3t, B4+, FC 120bpm, PA 200x140mmHg.

- Eletrocardiograma (ECG) na ocasião mostra sobrecarga de ventrículo

esquerdo e ritmo sinusal taquicárdico.

- Ecocardiograma (ECO) com fração de ejeção do ventrículo esquerdo de 55%

e hipertrofia ventricular esquerda.

O achado do Doppler transvalvar mitral é mostrado abaixo:

Qual é o padrão de enchimento diastólico do ventrículo esquerdo observado no

Doppler?

a) Disfunção diastólica grave – restritiva.

b) Disfunção diastólica leve – déficit de relaxamento.

c) Disfunção diastólica moderada – pseudonormal.

d) Padrão normal.

e) Trata-se de uma disfunção sistólica com comprometimento da função do

ventrículo esquerdo (VE).

Livro-texto, p. 275-77

11) Dentre as alternativas, qual é a recomendação classe I, nível de evidência A, para implante de cardiodesfibrilador implantável (CDI), segundo as Diretrizes Brasileiras de Dispositivos Cardíacos Eletrônicos Implantáveis (DCEI) – 2007?

a) Pacientes com cardiopatia isquêmica crônica, sob tratamento medicamentoso, com isquemia miocárdica passível de tratamento por revascularização cirúrgica ou percutânea, independentemente da expectativa de vida e fração de ejeção (FE) menor que 35%.

b) Pacientes sobreviventes de infarto agudo do miocárdio (IAM) há pelo menos 40 dias ou com cardiopatia isquêmica crônica, sob tratamento medicamentoso ótimo, sem isquemia miocárdica passível de tratamento por revascularização cirúrgica ou percutânea, expectativa de vida maior que um ano e FE menor que 50%.

c) Pacientes sobreviventes de IAM há pelo menos 40 dias ou com cardiopatia isquêmica crônica, sob tratamento medicamentoso ótimo, sem isquemia miocárdica passível de tratamento por revascularização cirúrgica ou percutânea, independentemente da expectativa de vida e FE menor que 35%.

d) Pacientes sobreviventes de IAM há pelo menos 40 dias ou com cardiopatia isquêmica crônica, sob tratamento medicamentoso ótimo, em CF II-III NYHA, sem isquemia miocárdica passível de tratamento por revascularização cirúrgica ou percutânea, com expectativa de vida de pelo menos um ano e FE menor ou igual a 35%.

e) Pacientes sobreviventes de IAM há pelo menos 6 meses ou com cardiopatia isquêmica crônica, sob tratamento medicamentoso ótimo, sem isquemia miocárdica passível de tratamento por revascularização cirúrgica ou percutânea, expectativa de vida maior que um ano e fração de ejeção menor que 50%.

Ref.: livro-texto SBC, p. 1404, quadro 2

12) Quanto aos inotrópicos não digitálicos, é CORRETO afirmar:

a) A dose de dobutamina para pacientes que utilizam betabloqueadores

deve ser menor do que para pacientes em uso do mesmo.

b) A milrinona, por não agir nos betarreceptores, deve ser o inotrópico de

escolha para pacientes com cardiopatia isquêmica.

c) Em doses baixas (15mcg/kg/minuto) a dopamina se une

predominantemente aos receptores D1, levando à natriurese e à

vasodilatação.

d) O levosimendano atua como sensibilizador da troponina I aos íons de

cálcio disponíveis no sarcolema.

e) Quando comparado ao placebo, o levosimendano causa mais

hipotensão e fibrilação atrial.

Ref.: Branwald, tratado de doenças cardiovasculares, 9. Ed., p. 547-548.

Livro-texto da SBC, 2 ed., p. 1208-1210

II diretriz brasileira de ICA, p. 28-29

13) Quanto ao tratamento da insuficiência cardíaca (IC) com fração de ejeção

(FE) reduzida, assinalar a alternativa CORRETA:

a) A eplerenona é um inibidor do receptor do mineralocorticoide, que tem

como efeito colateral frequente a ginecomastia.

b) A ivabradina tem ação nos canais “f” do nó atrioventricular (AV),

reduzindo a frequência cardíaca.

c) A toxicidade da digoxina é mais frequente quando está associada com

hipercalemia, hipermagnesemia e hipocalcemia.

d) Alguns efeitos colaterais dos inibidores da enzima de conversão da

angiotensina (IECA) são causados pela diminuição do nível sérico da

bradicinina.

e) Os bloqueadores dos receptores da angiotensina agem inibindo a ação

da angiotensina II no receptor da angiotensina tipo I.

Ref.: Braunwald, tratado de doenças cardiovasculares, 9. Ed., p.

572,573,577,578

Livro-texto da SBC, 2 ed., p. 1179

Atualização da diretriz de ICC, p. 10-13

14) Mulher, 65 anos, diabética, hipertensa de longa data, em tratamento com

hidroclorotiazida 25mg pela manhã.

- Queixou-se de dispneia aos esforços, com início há três meses.

- Dormia com dois travesseiros e negou dispneia paroxística noturna.

- Referiu edema vespertino de membros inferiores e negou dor torácica.

- Ao exame físico, pressão arterial 150x90mmHg, frequência cardíaca 80bpm.

- Estase jugular a 45º.

- Ausculta pulmonar com murmúrio vesicular positivo com raros estertores

crepitantes em bases

- Bulhas rítmicas, normofonéticas e sem sopros.

- Abdome sem alterações.

- Edema de membros inferiores 1+/4+.

- O eletrocardiograma mostrou ritmo sinusal, padrão de sobrecarga ventricular

esquerda.

- O ecocardiograma mostrou fração de ejeção do ventrículo esquerdo 52% e o

BNP 480pg/mL.

Com base nesses achados, é CORRETO afirmar, com relação ao diagnóstico e

melhor opção terapêutica para esta paciente, que há/deve-se:

a) Insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada/introduzir

digoxina.

b) Insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada/controlar a

hipertensão arterial.

c) Insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida/associar

betabloqueador ao tratamento atual.

d) Insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida/introduzir digoxina.

e) Insuficiência cardíaca fração de ejeção reduzida/aumentar a dose de

diuréticos.

Ref.: atualização da diretriz brasileira da ICC, 2012, Arq. Bras. Cardi, 2012; 98

(1 supl 1), p. 18

Livro-texto da SBC, 2012, manole, paginas 1039-40

Braunw, 9ed., 557-574

15) De acordo com as Diretrizes Atuais da Sociedade Brasileira de Cardiologia

(verificar o nome correto), dentre as alternativas, qual a MELHOR indicação de

terapia de ressincronização cardíaca na insuficiência cardíaca com fração de

ejeção reduzida?

a) Paciente em ritmo sinusal, com bloqueio de ramo direito e QRS com

duração maior que 150ms, fração de ejeção ao ecocardiograma menor

que 35% em classe funcional II e recebendo tratamento farmacológico e

não farmacológico não otimizado da insuficiência cardíaca.

b) Paciente com fração de ejeção ao ecocardiograma menor ou igual a

35%, eletrocardiograma em ritmo sinusal com QRS de duração entre

120 e 149ms, não apresentando morfologia de bloqueio completo de

ramo esquerdo e em classes funcionais II, III ou IV ambulatorial,

recebendo tratamento farmacológico e não farmacológico não otimizado

da insuficiência cardíaca.

c) Paciente com fração de ejeção ao ecocardiograma menor ou igual a

35%, eletrocardiograma em ritmo sinusal com bloqueio completo de

ramo esquerdo, com duração maior ou igual a 150ms e em classe

funcional III ambulatorial, recebendo tratamento farmacológico e não

farmacológico otimizado da insuficiência cardíaca.

d) Paciente com insuficiência cardíaca em razão de isquemia do miocárdio

com fração de ejeção ao ecocardiograma menor ou igual a 30%, em

classe funcional I, em ritmo sinusal com bloqueio completo de ramo

esquerdo com duração maior ou igual a 150ms, recebendo tratamento

farmacológico e não farmacológico otimizado da insuficiência cardíaca.

e) Paciente em fibrilação atrial, com bloqueio de ramo direito com duração

do QRS ao eletrocardiograma menor que 150ms, em classes funcionais

II, III ou IV e recebendo tratamento farmacológico e não farmacológico

não otimizado da insuficiência cardíaca.

Ref.: braunw, 9 ed., capitulo 26, p.555

16) Mulher, 31 anos, queixa-se de quadro de dispneia aos esforços habituais,

ortopneia, dispneia paroxística noturna e edema de membros inferiores há 2

meses.

- Nega comorbidades, exceto por história de tabagismo na adolescência.

- Diagnosticada com estenose mitral importante, insuficiência mitral discreta e

insuficiência aórtica discreta, de etiologia reumática.

- Calculado escore de Wilkins e Block=7.

- Sem evidência de trombo em câmaras cardíacas.

Qual é a MELHOR conduta para esta paciente?

a) Betabloqueador e diurético, com seguimento clínico.

b) Cirurgia de troca valvar mitral.

c) Cirurgia de trocas valvares mitral e aórtica.

d) Holter para pesquisa de fibrilação atrial paroxística.

e) Valvoplastia mitral por cateter balão.

Ref.: diretriz brasileira de valvopatias, 2011, pp 8-9

17) Paciente 27 anos, multípara (gesta 3/3), é encaminhada ao cardiologista

por estar na 30ª semana de gestação e vir apresentando edema de membros

inferiores e pressão arterial 140x80 mmHg. Em relação ao caso, é CORRETO

afirmar:

a) Edema é um dos critérios para pré-eclâmpsia.

b) Pré-eclâmpsia é mais frequente nas multíparas.

c) Pré-eclâmpsia é quatro vezes menos frequente em mulheres portadoras

de hipertensão arterial antes da gravidez.

d) Proteinúria é um principal critério para diferenciar hipertensão arterial

crônica de pré-eclâmpsia.

e) Se a paciente não está em uso de anti-hipertensivo, alfametildopa e

ácido acetilsalicílico devem ser iniciados.

Ref.: VI diretrizes de HAS, p. 44, brawnwald, p.370

18) Baseando-se na manometria de aorta e ventrículo esquerdo, realizada durante o cateterismo cardíaco, quais achados seriam esperados no exame físico do paciente em questão?

a) Sopro diastólico em ruflar em foco mitral, com estalido de abertura. b) Sopro holodiastólico aspirativo em foco aórtico. c) Sopro sistólico ejetivo com pico mesossistólico em foco aórtico.

d) Sopro sistólico ejetivo com pico tardio em foco aórtico. e) Sopro sistólico regurgitativo em foco mitral.

Ref.: braunwald, 9 ed., 1505-

19) Com relação a complicações pós-transplante cardíaco, é CORRETO

afirmar que:

a) As complicações infecciosas são a causa mais comum de morte nos

primeiros 12 meses após o transplante.

b) A doença arterial coronariana do aloenxerto não afeta a sobrevida do

receptor no longo prazo.

c) A propensão para rejeição celular do aloenxerto aumenta com o tempo.

d) A infecção por citomegalovírus ocorre raramente após o transplante

cardíaco.

e) O desenvolvimento de diabetes após transplante cardíaco não afeta a

morbidade ou a mortalidade.

Ref.:

Atualização diretriz brasileira de IC, 2012, p. 15

II diretriz brasileira de transplante cardíaco, e.41-e.51

Braunw, 9 ed.,, p. 585-87

20) Homem 60 anos, em tratamento por insuficiência cardíaca de etiologia

hipertensiva, deu entrada no pronto-socorro queixando-se de dispneia aos

mínimos esforços, ortopneia e dispneia paroxística noturna.

- Apresentava sinais de congestão pulmonar e má perfusão periférica.

- Pressão arterial 90x50mmHg.

- Frequência cardíaca 104bpm.

- Fazia uso de furosemida 40mg pela manhã, espironolactona 25mg 1x/dia,

carvedilol 25mg 12/12h e enalapril 10 mg 12/12h.

- Na admissão, recebeu O2 por cateter e furosemida intravenosa (IV).

- Na reavaliação, não foi observada melhora do quadro.

Qual das alternativas é a MELHOR opção terapêutica?

a) Associar hidroclorotiazida e manter as doses de carvedilol, enalapril e

espironolactona.

b) Prescrever dobutamina, passar furosemida para via oral (VO) e manter

as mesmas doses de carvedilol, enalapril e espironolactona.

c) Prescrever levosimendano e noradrenalina, manter furosemida IV e

suspender carvedilol, enalapril e espironolactona.

d) Prescrever levosimendano, iniciar ventilação não invasiva, manter

furosemida IV, reduzir a dose de carvedilol pela metade e suspender

enalapril e espironolactona.

e) Prescrever milrinona, manter furosemida IV, manter as mesmas doses

de carvedilol, enalapril e espironolactona e acrescentar dopamina em

dose dopaminérgica.

Ref.: sumário de atualização da II diretriz brasileira de ICA 2009-2011, p. 75-

383

Braunw, 9. Ed. p. 484-509

21) Paciente apresenta estalido mesossistólico e sopro mesotelessistólico. O

diagnóstico de prolapso da válvula mitral se confirma quando o estalido e o

sopro:

a) Tornam-se mais precoces em relação à primeira bulha, com expiração

profunda.

b) Tornam-se mais precoces em relação à primeira bulha, com inspiração

profunda.

c) Tornam-se mais precoces em relação à primeira bulha, elevando os

membros inferiores, estando em decúbito dorsal.

d) Tornam-se mais precoces em relação à primeira bulha, mudando da

posição ortostática para a posição de cócoras.

e) Tornam-se mais tardios em relação à primeira bulha, com inspiração

profunda.

Ref.: Braunw, 9 ed., p. 1547, livro 2

22) Qual é a melhor conduta para paciente com diâmetro diastólico do

ventrículo esquerdo de 76mm com fluxo diastólico retrógrado ao Doppler em

aorta abdominal e com queixa de diminuição da capacidade física?

a) Utilizar inibidores de enzima de conversão da angiotensina.

b) Utilizar bloqueadores dos canais de cálcio.

c) Utilizar implante transcutâneo de prótese aórtica.

d) Utilizar betabloqueadores.

e) Trocar a valva aórtica.

Ref.: Diretriz Valvopatia, p. 30.

23) Quanto à insuficiência aórtica aguda, é INCORRETO afirmar:

a) Pode ser causada por dissecção da aorta.

b) Pode ser causada por trauma.

c) Caracteristicamente, o paciente fica taquicárdico e ocorre aumento da

pressão diastólica do ventrículo esquerdo.

d) Pode ser causada por endocardite infecciosa.

e) Ocorre fechamento tardio da valva mitral ao ecocardiograma.

Ref.: Braunwald, 9 ed., 1522-23

24) Assinalar a alternativa CORRETA com relação à vasopressina:

a) A liberação contribui para a hipernatremia que ocorre na insuficiência

cardíaca.

b) Os receptores V1a são encontrados principalmente nas células

musculares lisas dos vasos.

c) Em circunstâncias normais é liberada em resposta à diminuição da

osmolaridade plasmática.

d) Os receptores V1b são encontrados principalmente nos rins.

e) O bloqueio dos receptores V2 causa vasoconstrição.

Ref.: brauwn, 2013, 9 ed., p. 505.

25) Sobre o acometimento da aorta na síndrome de Marfan, é INCORRETO

afirmar:

a) A dissecção da aorta em gestantes portadoras da síndrome de Marfan

ocorre mais comumente entre o terceiro trimestre e o primeiro mês pós-

parto.

b) A síndrome de Marfan é um preditor de maior mortalidade no

acompanhamento de pacientes com dissecção prévia.

c) O tamanho da aorta proximal pode ser acompanhado sequencialmente

por ecocardiograma transtorácico, tomografia computadorizada ou

ressonância magnética.

d) O paciente com síndrome de Marfan não deve ser considerado para

substituição eletiva da raiz da aorta, a menos que o diâmetro exceda

6cm.

e) A complicação mais temida é a dissecção aórtica.

Ref.: braunwald, 9 ed., 1341;1820

26) Paciente portador de cardiopatia reumática apresenta, ao exame físico:

- Pulso arterial: forma normal, com amplitude diminuída.

- Pulso venoso: onda “v” mais ampla que a onda “a” e colapso “y” profundo.

- Impulsão do ventrículo esquerdo no quarto espaço intercostal esquerdo de

difícil palpação.

- Impulsão do ventrículo direito palpável e hiperdinâmico.

- B1 hiperfonética.

- P2 mais intensa que A2.

- Estalido de abertura amplo, muito próximo de B2, introduzindo sopro

mesodiastólico, que se intensifica com expiração.

- B3 ampla com manobra inspiratória.

- Sopro sistólico 2+/4+ no quarto espaço intercostal da região paraesternal

esquerda que se intensifica com a inspiração.

Qual é o diagnóstico?

a) Estenose mitral leve e insuficiência tricúspide grave.

b) Dupla lesão mitral com predomínio da insuficiência.

c) Estenose mitral grave, hipertensão arterial pulmonar e insuficiência

tricúspide.

d) Dupla lesão mitral com predomínio da estenose.

e) Insuficiência mitral grave com hipertensão arterial pulmonar.

Ref.: Brauwn, 9 ed., p. 125, tabela 12-6, p, 1527.

27) Em atletas treinados e em relação à espessura máxima do ventrículo esquerdo entre 13 e 15mm (homens) ou entre 11 e 12mm (mulheres), o diagnóstico diferencial entre a hipertrofia fisiológica (“coração do atleta”) e a cardiomiopatia hipertrófica pode ser um dilema. Qual das seguintes características sugere o diagnóstico de “coração do atleta”?

a) Aumento do átrio esquerdo. b) Diâmetro diastólico final do ventrículo esquerdo maior que 55mm. c) Realce tardio por gadolínio na ressonância magnética do coração. d) Diâmetro diastólico final do ventrículo esquerdo menor que 45mm. e) Padrão de enchimento anormal do ventrículo esquerdo.

Ref.: braunwald, p. 1627

28) Na estratificação de risco pós-infarto agudo do miocárdio (pós-IAM), qual

dos seguintes parâmetros clínicos e laboratoriais NÃO caracteriza um paciente

de alto risco?

a) Depressão do segmento ST maior que (>) 3 mm durante o exercício.

b) Capacidade funcional de 7 MET.

c) Disfunção ventricular esquerda em repouso.

d) História prévia de dois ou mais infartos do miocárdio.

e) Queda da pressão da artéria sistólica durante o exercício.

Ref.: V diretriz do tratamento do IAMSST, seção 8.

29) Em pacientes com insuficiência cardíaca (IC) com fração de ejeção

reduzida, assinale a alternativa INCORRETA:

a) A apneia mais frequente neste grupo é do tipo obstrutiva.

b) Em pacientes idosos, a IC pode apresentar sintomas atípicos, como

depressão ou alteração no estado mental.

c) A anemia é um fator prognóstico nestes pacientes.

d) A respiração de Cheyne-Stokes é uma alternância de hiperventilação

com hipopneia/apneia.

e) A hipertensão é o fator de risco populacional que apresenta o maior

impacto sobre o desenvolvimento de IC.

Ref.: Braunwald, 9. Ed, p. 557,561,580,581

30) É CORRETO afirmar sobre dissecção aórtica do tipo A:

a) É menos prevalente do que a do tipo B, abaixo dos 60 anos.

b) Insuficiência aórtica é um fenômeno incomum e acontece em menos de

5% dos casos.

c) Ao contrário da síndrome coronariana aguda, a dor torácica é menos

intensa e de localização posterior no tórax.

d) O alargamento da silhueta (sombra) mediastinal é o achado mais

comum na radiografia do tórax, com ou sem derrame pleural.

e) É contraindicado o uso de betabloqueador no manejo clínico.

Ref.: Braunwald, 9 ed., PT, pp. 1347-1348,1349, 1351

31) Na avaliação do grau da insuficiência mitral ao ecocardiograma, podem ser

utilizadas várias metodologias, EXCETO:

a) Planimetria da valva mitral ao modo bimensional.

b) Mapeamento de fluxo a cores.

c) Vena contracta.

d) Estudo dos fluxos das veias pulmonares.

e) Proximal Isovelocity Surface Area (PISA).

Ref.: Braunwald, 9ed., 1540

32) Em relação aos efeitos adversos do uso contínuo de estatinas no controle

dos níveis de LDL colesterol e do risco cardiovascular, é CORRETO afirmar:

a) Os efeitos colaterais são raros no tratamento com estatinas; de forma

geral, queixas musculares ocorrem em cerca de 10% dos pacientes.

b) Nos estudos clínicos, a incidência de miopatia é muito baixa (0,1% a

0,2%) e não está́ relacionada com a dose; na prática clínica, há

elevação da CK em aproximadamente 3%.

c) A miopatia é o efeito adverso mais comum e possui amplo espectro

clínico, variando desde mialgia com ou sem elevação da creatinoquinase

(CK) até a rabdomiólise.

d) Toxicidade hepática é muito rara e aproximadamente 1% dos pacientes

apresenta aumentos das transaminases superiores a três vezes o limite

superior da normalidade, e esta elevação frequentemente diminui,

mesmo sem interrupção da terapia.

e) Todas as afirmativas são verdadeiras.

Ref.: V diretriz brasileira de dislipidemia e prevenção de aterosclerose, p.

11,12,13

33) A ação biológica das cininas é mediada pela ligação aos receptores B1 e

B2. Assinalar a alternativa CORRETA.

a) A formação da bradicinina é mediada pela ação da enzima conversora

de angiotensina (ECA).

b) A estimulação do receptor B2 causa vasoconstrição.

c) O receptor B2 liga-se a metabólitos da bradicinina.

d) O aumento dos níveis de bradicinina contribui para as ações benéficas

da ECA.

e) A estimulação do receptor B1 causa vasodilatação.

Ref.: Brauwn, 9 ed., p. 507.

34) Sobre a farmacocinética da amiodarona, é CORRETO afirmar:

a) Tem eliminação principalmente renal.

b) Após administração oral tem início de ação em uma a duas horas.

c) É eliminada em sua forma original, sem formação de metabólitos.

d) É altamente solúvel em lipídios, o que explica a distribuição extensa por

todo o corpo e a deposição preferencial nos tecidos hepáticos, adiposo e

pulmonar.

e) Após a interrupção, é totalmente eliminada em 7 dias.

Ref.: Braun, 737, Livro SBC, p. 1318ltosse

35) Homem, 52 anos, queixando-se de dispneia progressiva aos esforços nos

últimos 2 anos, passa em avaliação cardiológica ambulatorial.

- Pressão arterial 128x72mmHg.

- Ffrequência cardíaca 76bpm.

- Ausculta cardíaca com sopro sistólico regurgitativo em foco mitral, com

irradiação para região anterior do tórax, +++/6+, B1 audível.

- Pulmões limpos.

- Sem outra alteração.

- Eletrocardiograma de repouso mostrou ritmo sinusal e distúrbio de condução

pelo ramo direito.

- Ecocardiograma transtorácico evidenciou prolapso de P2, insuficiência mitral

importante, sem dilatação ventricular, sem disfunção sistólica de ventrículo

esquerdo, com PSAP 28mmHg.

Qual seria a MELHOR conduta?

a) Tratamento clínico com furosemida e enalapril.

b) Prova de função pulmonar.

c) Indicação de tratamento percutâneo da valvopatia mitral.

d) Ecocardiograma transesofágico.

e) Indicação de tratamento cirúrgico da valvopatia mitral.

Ref.: diretriz brasileira de valvopatias, 2011, p. 14.

36) Homem, 63 anos, diabetes melito tipo 2 diagnosticado há 30 anos, em

tratamento comportamental e com medicações via oral, apresenta dispneia

progressiva aos esforços há 6 meses, atual NYHA CF III.

- O ecodopplercardiograma evidenciou hipocinesia difusa e disfunção

ventricular sistólica com fração de ejeção 45%, sem outras alterações.

- Iniciado tratamento específico para disfunção ventricular e solicitada

investigação de doença coronariana.

Em relação ao tratamento medicamentoso do diabetes, assinalar a alternativa

CORRETA:

a) Não é recomendado o uso da metformina pelo risco de acidose lática.

b) Só existe a opção de tratamento com insulina.

c) Em caso de insulinoterapia, deve-se retirar o betabloqueador.

d) O uso de espironolactona exige um controle glicêmico mais agressivo.

e) Deve-se dar preferência ao tratamento com tiazolidinedionas.

Ref. I diretriz sobre aspectos específicos de diabetes tipo 2 relacionados a

cardiologia., p. 17 (4c.2.a), p. 18 (4c.2c), p. 17 (4c.1.a), p. 17 (4c.1.c), p. 18

(4c.2.f).

37) Segundo a Diretriz Brasileira de Valvopatias da Sociedade Brasileira de

Cardiologia – 2011, a valvotomia mitral por balão é mais bem indicada para:

a) Paciente portador de prótese mitral estenótica e trombo em átrio

esquerdo.

b) Paciente com escore de Wilkins e Block 7 e com trombo em átrio

esquerdo.

c) Paciente com estenose mitral importante com escore Wilkins e Block 7 e

insuficiência mitral moderada.

d) Paciente com escore de Wilkins e Block 12.

e) Pacientes com estenose mitral importante com escore de Wilkins e

Block 9 e com comorbidades.

Ref.: Diretrizes de Valvopatia, 2011, p. 8.

38) Qual das seguintes características clínicas ocorre mais frequentemente em

um paciente portador de arterite de Takayasu?

a) Adolescente, masculino, 14 anos, diabetes tipo 1, com hipertensão

arterial e nefropatia.

b) Mulher de 26 anos, com assimetria dos pulsos nos membros superiores

e sopro contínuo na região axilar direita.

c) Homem tabagista, 52 anos, com aneurisma da aorta abdominal e

claudicação intermitente.

d) Mulher tabagista, 52 anos, diabética, com história de infarto prévio do

miocárdio.

e) Homem de 65 anos, tabagista e com hipertensão renovascular.

Ref.: Branwald, 9 ed., PT, p. 1925-26

39) Segundo os critérios de Framingham para o diagnóstico de insuficiência

cardíaca, NÃO é considerado um critério maior:

a) Dispneia paroxística noturna.

b) Edema de membros inferiores.

c) Refluxo hepatojugular.

d) Ritmo de galope com terceira bulha.

e) Turgência jugular.

Ref.: braun, 9 ed., p. 604.

40) Em relação aos métodos de monitoração da pressão arterial, assinalar a

alternativa CORRETA:

a) O parâmetro mais utilizado na prática clínica para pacientes hipertensos

avaliados com a Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA)

é a variabilidade pressórica.

b) A monitorização residencial da pressão arterial (MRPA) é o método que

permite a avaliação em ambiente domiciliar e não tem protocolos pré-

definidos de medida da pressão.

c) A avaliação de hipertensão do avental branco e a hipertensão

mascarada constituem grau de recomendação I – nível de evidência A –

para a realização da MAPA.

d) A MAPA deve ser realizada em todos os indivíduos com suspeita de

hipertensão arterial.

e) O descenso noturno da pressão arterial é considerado normal quando

maior ou igual a 20% em relação ao período diurno.

Ref.: VI diretriz HAS, p. 08-9

41) SMA, 48 anos, portadora de valvopatia aórtica, passa em consulta de rotina

relatando estar assintomática.

- Ao exame físico, pressão arterial 138x46mmHg, frequência cardíaca 72bpm,

sopro holodiastólico aspirativo em foco aórtico, pulsos periféricos amplos,

pulmões limpos.

- Ecocardiograma transtorácico evidenciou válvula aórtica bicúspide com

insuficiência importante; ventrículo esquerdo 66x48mm; fração de ejeção do

ventrículo esquerdo 64%; raiz da aorta 40mm; aorta ascendente 43mm; e

válvula mitral normal.

Qual é a conduta MELHOR indicada neste momento?

a) Tratamento clínico com captopril e furosemida.

b) Tratamento clínico com captopril.

c) Seguimento com ecocardiograma anual.

d) Tratamento cirúrgico da válvula aórtica.

e) Tratamento cirúrgico da válvula aórtica e da aorta.

Ref.: diretriz brasileira de valvopatias, 2011, p. 31.

42) Em relação aos efeitos colaterais dos betabloqueadores, é CORRETO

afirmar:

a) Betabloqueadores de segunda geração podem ser usados em pacientes

asmáticos ou portadores de bloqueios AV, ao contrário dos de primeira

geração.

b) Os betabloqueadores cardiosseletivos possuem efeitos sobre o

metabolismo lipídico (elevação da LDL e redução da HDL) equivalentes

aos não cardiosseletivos.

c) O nebivolol interfere na síntese do óxido nítrico endotelial e, por isso,

parece ter menor interferência na função sexual quando comparado a

outros betabloqueadores.

d) O carvedilol pode aumentar a resistência à insulina e consequentemente

induzir ao diabetes.

e) O propranolol não deve ser utilizado no tratamento de hipertensas

lactantes.

Ref.: VI diretrizes brasileiras de hipertensão, p. 25-26

43) Homem, 52 anos, com diabetes melito, insuficiência renal crônica dialítica e

sopro cardíaco.

- Nega dor torácica, dispneia ou outra queixa.

- Ritmo cardíaco de fibrilação atrial

- Frequência cardíaca média 72bpm

- Pressão arterial 108x66mmHg.

- Ausculta cardíaca com sopro sistólico ejetivo +++/6+.

- Pulmões limpos, sem edema periférico.

- Ecocardiograma transtorácico mostra estenose aórtica importante, válvula

aórtica bicúspide, área valvar aórtica 0,9 cm2, gradiente VE-Ao médio

44mmHg, hipertrofia ventricular esquerda do tipo concêntrica, fração de ejeção

do ventrículo esquerdo (FEVE) 43%.

Qual é a MELHOR conduta?

a) Cirurgia de troca valvar aórtica com prótese biológica.

b) Cirurgia de troca valvar aórtica com prótese mecânica.

c) Ecocardiograma sob estresse com dobutamina.

d) Implante transcateter de prótese aórtica (TAVI).

e) Seguimento clínico com ecocardiograma a cada 6 meses.

Ref.: diretriz brasileira de valvopatias, 2011, p. 38.

44) Na descrição clássica das adaptações do coração de atleta, os distúrbios

do ritmo e da condução de caráter fisiológico encontradas são:

a) Bloqueio completo e incompleto de ramo esquerdo.

b) Bradicardia sinusal, bloqueio atrioventricular de 1º grau, bloqueio

incompleto do ramo direito.

c) Distúrbio de condução do ramo direito e a síndrome de Brugada apenas

o tipo II.

d) QTc longo e Mobitz tipo II.

e) Taquicardias sinusais, principalmente de madrugada, sempre durante o

sono REM.

Ref.: Diretriz em cardiologia do esporte, p. 08

45) Mulher, 44 anos, câncer da mama esquerda.Foi proposta quimioterapia

adjuvante com doxorrubicina e ciclofosfamida por quatro ciclos, seguida de

paclitaxel semanal por 12 semanas.

- Tem como antecedentes relevantes:

- Doença de Hodgkin aos 16 anos de idade, tratada com quimioterapia

sistêmica e radioterapia em mediastino

- Diabetes melito tipo 2, em uso de hipoglicemiante oral há 15 anos e

hipertensão arterial sistêmica há 10 anos mal controlada.

- Exame físico normal.

- Índice de massa corporal 38kg/m2.

- Oncologista solicita avaliação quanto ao risco de cardiotoxicidade pelo

tratamento com quimioterapia proposto.

Neste caso:

a) A radioterapia em mediastino não é fator de risco para cardiotoxicidade

e não deve ser levada em consideração em sua avaliação.

b) A paciente apresenta fatores de risco para cardiotoxicidade induzida por

antraciclinas. Sugerir que seja avaliada a possibilidade de outro

protocolo de quimioterapia sem antraciclinas.

c) A cardiotoxicidade por antraciclinas é caracterizada por processo

inflamatório agudo e intenso, e o evento clínico mais frequente

associado a estes fármacos é o espasmo coronariano.

d) A paciente é jovem, sem alterações ao exame físico e, portanto, não tem

risco aumentado para cardiotoxicidade associada a antraciclinas.

e) Se o ecocardiograma da paciente estiver normal ela pode ser

considerada sem risco aumentado para cardiotoxicidade associada à

quimioterapia.

Ref.: I diretriz brasileira de cardio-oncologia perdiatrica da SBC, 2013,

(5supl.1), p. 1-68; 2supl., (1-52)

46) A pericardiocentese é um procedimento invasivo utilizado com objetivo terapêutico e diagnóstico. A alternativa que contém uma contraindicação absoluta é:

a) Coagulopatia, derrame pequeno e derrame posterior.

b) Derrame loculado, trombocitopenia menor que 50.000/mm3 e derrame

pequeno.

c) Coagulopatia, paciente sintomático e derrame loculado.

d) Coagulopatia, anticoagulação e derrame pequeno.

e) Dissecção de aorta, paciente sintomático e derrame posterior.

Ref.: I diretriz brasileira de miocardites e peridcardites, parte 4.11, pericardite e biopsia perdicardica, p. 19.

47) Homem, 60 anos, apresenta-se internado em uso contínuo de dobutamina,

com várias tentativas de desmame sem sucesso.

- Resistência pulmonar é de 7 woods após teste de vasorreatividade pulmonar.

- Clearence de creatinina = 45mL/minuto/1,73m2.

- Estável nos últimos dias.

- Painel linfocitário de 5%.

Das alternativas, qual é a CONTRAINDICAÇÃO ABSOLUTA para o

transplante, conforme a II Diretriz Brasileira de Transplante Cardíaco da

Sociedade Brasileira de Cardiologia (2009)?

a) Uso de droga vasoativa sem desmame.

b) Idade = 60 anos.

c) Resistência vascular pulmonar = 7 woods.

d) Painel linfocitário = 5%.

e) Clearence de creatinina = 45mL/minuto/1,73m2.

Ref.: II diretriz brasileira de transplante cardíaco, seção 2.1

48) Sobre a comunicação interatrial (CIA), assinale a alternativa INCORRETA:

a) A CIA do tipo seio venoso quase sempre é acompanhada de veias

pulmonares anômalas.

b) Arritmias atriais são incomuns em crianças com CIA.

c) Crianças e adultos jovens com CIA não corrigida geralmente

apresentam baixa tolerância ao esforço e cansaço fácil.

d) O eletrocardiograma mostra retardo da condução ventricular direita

(bloqueio incompleto de ramo direito na maioria dos pacientes com CIA).

e) O paciente com CIA tipo ostium primum pode ter um sopro holossistólico

de regurgitação mitral.

Ref.: braunw, 9 ed., pp. 1461-1462

49) Mulher, 41 anos, com valvopatia reumática, submetida à cirurgia de troca

valvar mitral em 1994 e em 2010 – nesta última ocasião com implante de

prótese biológica.

- Retorna ao cardiologista queixando-se de dispneia progressiva aos esforços

no último ano, além de edema de membros inferiores (MMII) e desconforto

abdominal, com melhora com furosemida e enalapril.

- Ritmo cardíaco irregular.

- Pressão arterial 112x80mmHg.

- Frequência cardíaca 80bpm.

- Ausculta cardíaca com sopro sistólico regurgitativo, audível em borda esternal

esquerda baixa ++/6+.

- Ausculta pulmonar diminuída em base de HTD sem ruídos adventícios, sinais

de hepatomegalia e edema de MMII.

- Ao ecocardiograma transtorácico: prótese biológica mitral normofuncionante,

insuficiência tricúspide importante, fração de ejeção do ventrículo esquerdo

(FEVE) 66%, ventrículo esquerdo 54x40mm, PSAP 84mmHg, ventrículo direito

com hipocinesia importante, sem alteração pericárdica.

Qual é a conduta MELHOR indicada neste momento?

a) Cirurgia de troca valvar mitral e anuloplastia tricúspide.

b) Cirurgia de troca valvar tricúspide isolada.

c) Cirurgia de trocas valvares mitral e tricúspide, com implante de prótese

mecânica.

d) Implante transcateter de prótese mitral (valve-in-valve).

e) Seguimento clínico com ajuste de medicamentos.

Ref.: diretriz brasileira de valvopatias, 2011, p. 34

50) A principal etiologia de insuficiência tricúspide é:

a) Acometimento congênito da valva tricúspide.

b) Endocardite infecciosa.

c) Febre reumática.

d) Secundária.

e) Síndrome carcinoide.

Ref.: Braunwald, 9 ed., 1551

51) O tecido adiposo foi anteriormente considerado como simples estoque de

gordura. Hoje é tido como um produtor de uma série de fatores, as chamadas

adipocinas. Assinalar a afirmativa CORRETA:

a) A falta ou a resistência à leptina tem efeito lipotóxico, incluindo a inibição

da apoptose dos cardiomiócitos.

b) Níveis circulantes elevados de leptina parecem desempenhar importante

papel na hipertensão, hipertrofia e insuficiência cardíaca.

c) A leptina aumenta a ingestão alimentar por estimulação do hipotálamo.

d) A administração da adiponectina aumenta a produção de fator de

necrose tumoral e a área de infarto.

e) A resistina é um dos possíveis fatores para a diminuição da resistência à

insulina.

Ref.: braunw, 2013, 9 ed., pp. 508.

52) Sobre o tratamento cirúrgico de pacientes com insuficiência cardíaca em

estágio D, qual a afirmativa CORRETA?

a) Pacientes com perfil INTERMACS 7 têm pior prognóstico.

b) O tempo máximo de assistência circulatória mecânica é de 15 dias, após

o qual deve ser retirado.

c) Os pacientes que têm boa resposta ao implante de assistência

ventricular apresentam aumento na ativação neuro-hormonal.

d) Caso se opte por um dispositivo de assistência circulatória de fluxo

contínuo, não há necessidade de realizar anticoagulação plena.

e) Pode ser considerada assistência ventricular de longa duração para

pacientes com contraindicação inicial para transplante.

Ref.: Braun, 9. Ed., p. 632,634,635,637

Atualização da diretriz brasileira de ICC, p. 16

53) Sobre os critérios diagnósticos para estenose aórtica grave, é INCORRETO

afirmar:

a) Na presença de débito cardíaco baixo, com frequência pode haver

gradiente pressórico médio menor que 30mmHg.

b) Apresenta gradiente médio transvalvar acima de 40mmHg.

c) Apresenta área valvar indexada menor ou igual 0,6cm2.

d) Apresenta velocidade de fluxo transvalvar acima de 4m/s.

e) Há aumento do gradiente transvalvar e da área valvar no

ecocardiograma de estresse em pacientes com disfunção ventricular.

Referência: Diretriz Brasileira de Valvopatias - SBC 2011/ I Diretriz

Interamericana de Valvopatias - SIAC 2011, Seção 7 e 7.2.1; Livro-texto, 1446

54) Em relação aos achados clínicos na febre reumática, é CORRETO afirmar:

a) Apesar de infrequente, em indivíduos com sintomas agudos a poliartrite

é migratória, dolorosa e de grandes articulações.

b) Apesar de o exame clínico sugerir o diagnóstico da Coreia de

Sydenham, o mesmo deve ser confirmado por meio de exames de

neuroimagem.

c) Na cardite reumática, a gravidade da disfunção do ventrículo esquerdo

(VE) parece estar correlacionada à extensão da valvulite e, não, à lesão

miocárdica.

d) Nódulos cutâneos são comuns e específicos para o diagnóstico de febre

reumática.

e) O eritema marginado geralmente tem início tardio no curso da febre

reumática aguda.

Referência: Braunwald, 9ª edição. 1919-1921

55) Quais são os fatores de risco para morte súbita na cardiopatia hipertrófica? Marcar a alternativa com mais fatores positivos:

a) Aneurisma ventricular, TVNS prolongada, espessura ventricular entre 11

e 15mm.

b) Espessura septal maior que 30mm, fibrilação atrial e história familiar.

c) Hipotensão ao exercício, fibrilação atrial e oligossintomáticos.

d) Síncope, história familiar de cardiopatia hipertrófica e aumento do

volume do átrio esquerdo.

e) Taquicardia ventricular, síncope e hipotensão ao exercício.

Ref.: Braunwald, 9 ed., p 1628.

56) Sobre o uso de antiagregantes plaquetários no infarto agudo do miocárdio

com elevação do segmento ST (IAMcSST), é CORRETO afirmar que:

a) Ácido acetilsalicílico (AAS) (162-300mg em dose de ataque, com dose

de manutenção de 81-100mg/dia) deve ser utilizado apenas para terapia

de reperfusão à base de trombolíticos.

b) Clopidogrel 150mg, em adição ao AAS, para pacientes submetidos à

terapia trombolítica há mais de 24 horas, seguindo a estratégia invasiva

e intervenção coronariana percutânea.

c) Clopidogrel 75mg/dia para pacientes com menos de 75 anos submetidos

à terapia trombolítica ou não.

d) Prasugrel 60mg de ataque, em adição ao AAS, seguido por 10mg, 1 vez

ao dia para pacientes virgens de tratamento com clopidogrel, com

anatomia coronariana conhecida, submetidos à intervenção coronariana

percutânea primária e sem fatores de risco para sangramento (maior ou

igual a 75 anos de idade, menos de 60kg, acidente vascular encefálico

ou ataque isquêmico transitório prévios).

e) Ticagrelor 90mg, em adição ao AAS, em pacientes submetidos à

intervenção coronariana percutânea primária.

Ref.: diretrizes brasileiras de antiagregantes plaquetarios e anticoagulante em cardiologia, p. 4-5

57) Dentre os sinais clínicos de insuficiência cardíaca, quais mostram maior

gravidade?

a) Ascite, sopro de insuficiência mitral e dermatite ocre em tornozelos.

b) Edema de membros inferiores, ortopneia e impulso apical deslocado

para esquerda (ictus cordis).

c) Hepatomegalia dolorosa, estertores crepitantes pulmonares e terceira

bulha audível e palpável.

d) Pulso alternante, extremidades frias e pressão de pulso reduzida.

e) Taquicardia, taquipneia e pressão venosa jugular elevada.

Ref.: Braun, 9 ed., cap. 23, p. 520.

58) Homem, 48 anos, insuficiência renal crônica por glomerulonefrite em

programação de início de hemodiálise, assintomático, o

ecodopplercardiograma evidenciou derrame pericárdico discreto a moderado,

sem restrição diastólica, sem outras alterações.

Qual alternativa contempla a opção CORRETA:

a) Há indicação de corticoterapia, com previsão de suspensão após

resolução do derrame pericárdico.

b) Deve-se proceder à hemodiálise e fazer reavaliação ecocardiográfica

após uma a duas semanas.

c) Neste contexto, é imperativa a drenagem e a administração intrapericárdica de triancinolona.

d) Sempre há indicação de drenagem pericárdica e análise do líquido para

definição terapêutica em situações como estas.

e) Mesmo assintomático, o paciente deve ser medicado com anti-

inflamatório não hormonal e colchicina, com previsão de suspensão

após resolução do derrame pericárdico.

Ref.: I diretriz brasileira de miocardites, 2013, p. 20 (5,1), 21 (5.2), 22 (6.1)

59) Em relação à investigação diagnóstica de paciente com suspeita de miocardite, é CORRETO afirmar que:

a) A ressonância magnética do coração é especialmente útil na avaliação

de pacientes com diagnóstico de miocardite fulminante com instabilidade

hemodinâmica.

b) A realização da biópsia endomiocárdica do ventrículo esquerdo deve ser realizada somente nos casos em que o processo esteja definitivamente limitado a esta cavidade, o que pode ser definido, em alguns casos, pelo exame de ressonância magnética do coração.

c) A cintilografia com 67-gálio, pela elevada sensibilidade durante o diagnóstico de miocardite, deve ser realizada naqueles pacientes com quadro clínico sugestivo com mais de 3 meses de evolução.

d) A exemplo do que ocorre nas síndromes coronarianas agudas, geralmente existe uma curva de elevação e redução habitual e gradual dos marcadores de necrose miocárdica na miocardite.

e) O eletrocardiograma não deve ser realizado rotineiramente, pois, na fase aguda, predominam os sinais de sobrecarga ventricular esquerda e bloqueio de ramo esquerdo, sem valor prognóstico nesta fase.

Ref.: I diretriz brasileira de miocardites e pericardites, p. 3e 6

60) Com relação ao tratamento da insuficiência cardíaca crônica, é CORRETO

afirmar que:

a) A ivabradina associada à terapêutica-padrão da insuficiência cardíaca

em paciente com frequência cardíaca >70 bpm e ritmo sinusal reduz o

risco do evento combinado de morte cardiovascular ou hospitalização

por insuficiência cardíaca.

b) A digoxina reduz o risco de hospitalização, sem redução da mortalidade

de pacientes com insuficiência cardíaca crônica.

c) A espironolactona reduz a mortalidade na insuficiência cardíaca de

pacientes com insuficiência cardíaca em classe funcional III ou IV da

NYHA, com fração de ejeção reduzida.

d) Os diuréticos na insuficiência cardíaca reduzem a retenção hídrica e

melhoram a qualidade de vida do paciente.

e) Todas as alternativas estão corretas.

Ref.: atualização da diretriz brasileira da ICC, 2012, Arq. Bras. Cardi, 2012; 98

(1 supl 10, p. 10-13

Livro-texto da SBC, 2012, manole, paginas 1017-1018

Braunw, 9ed., 535-557.

61) Qual é o tratamento recomendado para um paciente com estenose

pulmonar isolada com gradiente VD-AP de 75mmHg e dispneia de médio a

grande esforço?

a) Observação clínica a cada 6 meses.

b) Colocação de endoprótese valvada.

c) Valvoplastia percutânea por balão.

d) Valvoplastia cirúrgica.

e) Tratamento medicamentoso com diurético e vasodilatador.

Ref.: diretriz brasileira de valvopatias, 2011, I diretriz interamericana de

valvopatias, 2011, p. 01-67, seção 10.

62) Em relação à endomiocardiofibrose, é CORRETO afirmar:

a) A fibrose na região apical acomete os músculos papilares. b) É uma doença insidiosa, acometendo os pacientes mais idosos em

regiões tropicais. c) Na fase sintomática, a sobrevida aproximada é de 50% em dois anos. d) Na patogênese da doença estão envolvidos apenas fatores individuais e

suscetibilidade. e) O transplante cardíaco é uma das formas de tratamento; entretanto, os

resultados não são animadores.

Ref.: III diretriz brasileira de ICC, II epidemiologia endomiocardiofibrose, p. 6

63) Sobre endocardite infecciosa, é INCORRETO afirmar:

a) É estimado que o intervalo de tempo entre a bacteremia primária e o

surgimento de sintomas de endocardite infecciosa seja de menos de 2

semanas.

b) Manchas de Roth são achados raros.

c) Febre pode estar ausente em pacientes com insuficiência cardíaca,

senilidade ou insuficiência renal crônica.

d) Esplenomegalia é mais comum na endocardite subaguda de longa

duração.

e) Sopros de regurgitação são comumente audíveis em pacientes com

endocardite de valva tricúspide.

Referência: Braunwald, 9ª edição. 1919-1921

64) Com relação às alterações eletrocardiográficas decorrentes da pericardite aguda, assinalar a opção CORRETA.

a) Classicamente, o estágio I da pericardite aguda apresenta elevação

difusa do segmento ST-T e ondas T negativas.

b) O retorno à anormalidade da onda T ocorre no final da primeira semana

(estágio IV).

c) A normalização do ST e PR sinaliza o estágio II da pericardite aguda.

d) O estágio III da pericardite aguda caracteriza-se por normalização das

ondas T.

e) Na pericardite aguda, a relação ST-T mais bem observada em V6 é

menor que 0,25, e o diagnóstico será diferencial com repolarização

ventricular precoce.

Ref.: I diretriz brasileira de miocardites e pericardites, parte 4.5, p. 16

65) Paciente feminina, 23 anos, vai à consulta para avaliação de síncopes de

repetição. Refere que o quadro se iniciou há 10 anos e que ocorre geralmente

quando ela fica em pé por período prolongado em local quente, geralmente

associado a mal-estar e náuseas; sem palpitações.

Qual é a orientação MELHOR indicada para este caso?

a) Implantar registrador de eventos implantável (loop recorder).

b) Tranquilização, aumento de ingesta hidrossalina, manobras isométricas.

c) Massagem de seio carotídeo ao iniciar o mal-estar.

d) Realizar estudo eletrofisiológico e possível ablação por radiofrequência.

e) Uso empírico de metoprolol em dose baixa (12,5mg/dia).

Referência: Livro da SBC, 2 ed., Manole, 2015, p. 1383-4.

66) Em paciente com câncer de mama, com proposta de tratamento com

trastuzumabe, é CORRETO afirmar:

a) A monitoração cardiovascular está indicada apenas quando o tratamento

se estender por mais 24 meses.

b) Se o exame clínico e o ecocardiograma antes do início do tratamento

forem normais, não há necessidade de monitoração da função

cardiovascular durante o tratamento.

c) Para a monitoração, está indicada a realização de ecocardiograma

transtorácico antes do início do tratamento e após 3, 6 e 12 meses.

d) Se houver suspensão do tratamento por queda da fração de ejeção, este

não deve ser reiniciado, mesmo que haja recuperação da função

cardíaca.

e) O tratamento deve ser interrompido em pacientes assintomáticos e com

queda da fração de ejeção maior que 5%, mas ainda com valor maior

que 40%.

Ref.: I diretriz brasileira de cardio-oncologia, 2011, pp.

26,27,28,29,30,33,34,40,41,43

67) Em relação a infartos com supradesnivelamento do segmento ST que

ocorrem em mulheres, assinale a alternativa CORRETA:

a) A reposição hormonal diminui a incidência de síndromes coronárias

agudas.

b) As lesões encontradas no estudo hemodinâmico são mais graves que as

dos pacientes do sexo masculino.

c) É um evento raro que não influencia na sobrevida esperada para cada

faixa etária.

d) Mulheres são sub-representadas na maioria dos estudos clínicos

publicados.

e) O quadro clínico é semelhante àquele encontrado em pacientes do sexo

masculino.

Ref.: V diretriz da sociedade brasileira de cardiologia,

68) ALG, 38 anos, mulher, previamente hígida, sem história familiar para

doença arterial coronária, deu entrada no serviço de emergência de um

hospital de atenção terciária relatando quadro dor torácica opressiva iniciada

há 4 horas. Um eletrocardiograma realizado na admissão se encontra abaixo.

Assinale a alternativa CORRETA:

a) Trata-se de infarto do miocárdico de parede inferior, sendo a

angioplastia primária a primeira indicação para a paciente.

b) Pela alta probabilidade de dissecação espontânea de coronária, a

paciente deve ser encaminhada imediatamente para avaliação da

angiotomografia de coronária.

c) Trata-se de infarto do miocárdio de parede anterior, sendo a terapia

fibrinolítica a conduta de primeira escolha neste momento.

d) Quando há infradesnivelamento de ST na parede inferior, em mulher

jovem, se torna necessária a dosagem de marcadores de necrose para

confirmar o diagnóstico de infarto do miocárdio.

e) Trata-se de provável oclusão trombótica da artéria descendente anterior;

paciente deve ser encaminhada para angioplastia primária.

Referência: Livro da SBC, 2 ed., Manole, 2015, p. 1383-4.

69) Em relação aos medicamentos recomendados para reduzir os sintomas e a

isquemia miocárdica na doença coronariana estável, assinalar a alternativa

CORRETA:

a) A ivabradina é uma droga exclusivamente redutora da frequência

cardíaca, sem afetar os níveis pressóricos, a contratilidade miocárdica, a

condução intracardíaca e a repolarização ventricular. Seu efeito ocorre

apenas no repouso.

b) Bloqueadores beta-adrenérgicos constituem medicamentos de segunda

escolha no tratamento da angina estável, além de benefícios quanto à

mortalidade e à redução de infarto do miocárdio.

c) O uso crônico de nitratos de ação prolongada reduz a ativação do

sistema nervoso simpático e renina angiotensina aldosterona.

d) A trimetazidina é uma substância com efeitos metabólicos e anti-

isquêmicos com efeito na hemodinâmica cardiovascular.

e) Os betabloqueadores são contraindicados na angina vasoespástica.

Ref. Diretriz de Doença Coronária Estável, p. 20-3

70) Os mecanismos relacionados à anormalidade do sono e ao dano

cardiovascular na síndrome obstrutiva da apneia do sono são inúmeros. Os 3

principais fatores a desencadear hiperatividade do sistema nervoso simpático,

disfunção endotelial e inflamação são:

a) Hipóxia intermitente, despertares frequentes e alterações na pressão

intratorácica.

b) Obesidade, hipotensão arterial e despertares frequentes.

c) Hipóxia intermitente, sonolência e arritmias ventriculares.

d) Hipotensão arterial, despertares frequentes e sonolência.

e) Hipertensão arterial, arritmias ventriculares e alterações na pressão

intratorácica.

Ref.: II diretrizes brasileiras de fibrilação atrial, Seçãõ 2.1, p. 01

71) Em relação a bloqueios atrioventriculares (BAV) que se manifestam durante

o infarto agudo do miocárdio (IAM), assinalar a alternativa correta:

a) Bloqueio da condução intraventricular e bloqueio do tipo Mobitz II são

premonitórios de BAV total.

b) Marca-passo com desfibrilador deve ser implantado em pacientes que

desenvolvem BAV de alto grau.

c) Os bloqueios intranodais são, na maioria das vezes, causados por

infartos anterosseptais.

d) BAV na vigência de infarto de parede inferior ou inferodorsal é indicação

formal de marca-passo definitivo.

e) Bloqueios infranodais não guardam relação com a mortalidade do

paciente.

Ref.: Branwald, 9ª edi.

72) Assinale a alternativa CORRETA:

a) Pacientes com insuficiência mitral importante têm esvaziamento do ventrículo esquerdo (VE) reduzido.

b) Pacientes com insuficiência mitral crônica importante têm os maiores volumes diastólicos de VE quando comparados àqueles com outras valvopatias.

c) Frequentemente, a massa ventricular esquerda é maior em pacientes com insuficiência aórtica do que naqueles com estenose aórtica.

d) O aumento do fluxo transvalvar gera aumento de mesma magnitude do gradiente pressórico por meio da valva aórtica.

e) Na insuficiência aórtica compensada, a função sistólica do VE é mantida às custas apenas de dilatação do VE.

Ref.: braunwald, 10 ed., p. 1515.

73) Em relação à prevenção de fenômenos tromboembólicos na fibrilação e no

flutter atrial, é correto afirmar que:

a) Grandes ensaios clínicos mostraram que os novos anticoagulantes orais

(dabigatran, rivaroxaban e apixaban) reduzem as taxas de acidente

vascular encefálico (AVE) hemorrágico ao serem comparados aos

antagonistas da vitamina K.

b) A anticoagulação plena só é indicada nas formas persistente e

permanente da fibrilação ou flutter atrial típico.

c) O escore de CHA2DS2-VASc é usado para avaliar risco

tromboembólico, sendo indicada anticoagulação com escores acima de

3 pontos.

d) O anticoagulante de preferência em pacientes com prótese valvar

mecânica aórtica é o dabigatran.

e) Pacientes com mais de 80 anos e que já tiveram AVE isquêmico prévio

não devem ser anticoagulados, devido ao alto risco de sangramento

intracerebral.

Referência: Livro da SBC, 2 ed., Manole, 2015, pp. 1361-162.

74) A pericardite recorrente geralmente se manifesta de 18 a 20 meses após

um episódio inicial. Sua apresentação pode ocorrer de forma incessante ou

intermitente. O principal mecanismo envolvido é o tratamento inadequado. Das

opções abaixo, qual tem maior classe de recomendação e qual a duração do

tratamento?

a) Ácido acetilsalicílico ou ibuprofeno por 6 meses.

b) Ácido acetilsalicílico ou ibuprofeno por 3 meses.

c) Na recorrência, está indicada a pericardiectomia.

d) Agentes imunossupressores (azatioprina e/ou ciclosporina) por 6 meses.

e) Colchicina por 6 meses.

Ref.: I diretriz brasileira de miocardites e pericardites, seção 6.11. pericardite

recorrente, pp. 26-27, tabela 37.

75) Em pacientes com insuficiência cardíaca (IC) com fração de ejeção

preservada (ICFEP), assinale a alternativa INCORRETA:

a) A mortalidade dos pacientes com ICFEP é, em geral, semelhante à

mortalidade dos pacientes com IC com FE reduzida.

b) O relaxamento do ventrículo esquerdo é um processo ativo dependente

de energia (ATP).

c) Em pacientes com ICFEP, os controles agressivos da hipertensão e da

taquicardia devem ser enfatizados.

d) O uso da irbesartana não reduziu significativamente a mortalidade

destes pacientes.

e) Normalmente, os níveis de peptideo natriurético tipo B (BNP) são

maiores quando comparados a pacientes com fração de ejeção

reduzida.

Ref.: Braunwald, 9 ed., p. 601;605;206;613; Livro-texto, 2 ed., p. 1214

76) A doença arterial coronariana é uma das principais causas de insuficiência

cardíaca, sobretudo nos países desenvolvidos. Das afirmações abaixo, qual a

afirmativa CORRETA?

a) Ao eletrocardiograma, a presença de onda “Q” exclui a possibilidade de

viabilidade miocárdica.

b) A disfunção ventricular esquerda é um processo irreversível, podendo

ser secundária a miocárdio hibernante ou atordoado.

c) Para a identificação da viabilidade miocárdica, a ressonância magnética

apresenta baixa acurácia diagnóstica.

d) Não existe consenso quanto às possíveis mudanças da função

ventricular esquerda associando estas ao número de segmentos

considerados viáveis.

e) Estima-se que parcela significativa dos portadores de disfunção

ventricular crônica do ventrículo esquerdo tem miocárdio viável e com

potencial para recuperação da contratilidade após revascularização.

Ref.: Livro-texto, p. 1044-48

77) Assinalar a alternativa CORRETA:

a) A HBPM deve ser administrada a pacientes que apresentam síndrome

coronariana aguda até a alta hospitalar, independentemente da

realização de intervenção coronariana percutânea ou cirurgia de

revascularização miocárdica.

b) Para melhora de sintomas de angina estável, a cirurgia de

revascularização miocárdica ou a intervenção coronária percutânea é

benéfica para pacientes (i) com uma ou mais artérias envolvidas com

lesão significativa (estenose maior que 70%), (ii) que sejam passíveis de

tratamento e (iii) que apresentem angina refratária, apesar do tratamento

medicamentoso otimizado.

c) O uso do ticagrelor no infarto agudo do miocárdio com elevação do

segmento ST está indicado em casos de pacientes com síndrome

coronariana aguda com ou sem elevação do segmento ST, dependendo

do conhecimento da anatomia coronariana.

d) Em pacientes com síndrome coronariana aguda sem elevação do

segmento ST que permanecem em tratamento clínico, manter heparina

de baixo peso molecular (HBPM) por dois dias.

e) O emprego do fondaparinux se mostra uma alternativa similar em

eficácia, porém com perfil de segurança inferior ao da enoxaparina em

pacientes com síndrome coronariana aguda sem elevação do segmento

ST, sendo não obrigatória a utilização concomitante de bolo de heparina

não fracionada (HNF) em pacientes submetidos à intervenção

coronariana percutânea.

Ref. Diretriz de Doença Coronária Estável. Arq. Brasil Cardio, p. 36,Diretrizes brasileiras de antiagregantes plaquetários e anticoagulantes em cardiologia, p. 4,17.

78) Os sinais e sintomas mais frequentes na embolia pulmonar são:

a) Dispneia, FR maior que 20/minuto, FC maior que 120

batimentos/minuto, sibilos e tosse.

b) Dispneia, frequência respiratória (FR) maior que 20/minuto, frequência

cardíaca (FC) maior que 100 batimentos/minuto, dor torácica e tosse.

c) Síncope, dispneia, sudorese fria, palidez e edema de membros

inferiores.

d) Síncope, dispneia, FC maior que 100 batimentos/minuto, hepatomegalia

e edema de membros inferiores.

e) Síncope, dispneia, FR maior que 20/minuto, FC maior que 100

batimentos/minuto e sibilos.

Ref.: Braunwald, cap. Embolia pulmonar, p. 1723

79) (Fácil – DAC) Recomendações para utilização de

antiagregantes/antitrombóticos em pré-operatório de cirurgia não cardíaca:

a) Em prevenção secundária, quando o risco de sangramento for alto,

deve-se manter o clopidogrel no perioperatório.

b) Pacientes em uso crônico de dabigatrana devem ter a medicação

suspensa 72 horas antes da cirurgia. Nos casos de disfunção renal

moderada (depuração de creatinina menor que 50 mL/minuto) ou de

operações de alto risco de sangramento, como neurocirurgias, a

dabigatrana deve ser suspensa pelo menos 24 horas antes da operação.

c) Pacientes que usam o clopidogrel como prevenção primária devem ter a

medicação suspensa um dia antes do procedimento cirúrgico.

d) Para realização de exame de colonoscopia, quando pode haver

necessidade de biópsia de pólipos de maior dimensão (maior que 1,2cm

de comprimento) não há necessidade de suspender varfarina antes da

intervenção.

e) As heparinas não fracionada e de baixo peso molecular são estratégias

efetivas e seguras como profilaxia de tromboembolismo venoso no

perioperatório de operações não cardíacas.

Ref.: Diretrizes brasileiras de antiagregantes plaquetários e anticoagulantes em cardiologia, pp. 62-7.

80) Paciente masculino, 18 anos, vem à avaliação por repetidos episódios

sincopais, especialmente aos esforços. Exame físico e ecocardiograma são

normais. Eletrocardiograma com bradicardia sinusal e presença de onda U. Ao

teste ergométrico, desenvolveu taquicardia ventricular bidirecional no pico do

esforço, com bloqueio atrioventricular total temporário e curto ao interromper a

taquicardia. Qual é o mais provável diagnóstico no caso?

a) Amiloidose.

b) Bloqueio atrioventricular total congênito intermitente.

c) Síndrome do QT longo tipo I.

d) Síndrome de Brugada.

e) Taquicardia ventricular polimórfica catecolaminérgica.

Referência: Livro da SBC, 2 ed., Manole, 2015, p. 1379.

81) Paciente com 58 anos refere tontura e apresenta diagnóstico de IAM

parede inferior e frequência cardíaca de 32bpm, com ritmo de bloqueio

atrioventricular total e escape de QRS largo. A pressão arterial de admissão foi

100x60mmHg. A MELHOR conduta inicial é:

a) Atropina endovenosa.

b) Implante de marca-passo definitivo.

c) Implante de marca-passo temporário transvenoso.

d) Indicação urgente de cirurgia de revascularização miocárdica.

e) Observação clínica.

Referência: Braunwald, 9, PT, p. 1181.

82) Em relação a cardiopatias congênitas cianogênicas, é INCORRETO

afirmar:

a) A sobrevida até a vida adulta é rara, mesmo com o tratamento cirúrgico

precoce.

b) Os quatro componentes da tetralogia de Fallot são: CIV de via de saída,

obstrução da via de saída de VD, cavalgamento da aorta e hipertrofia de

ventrículo direito.

c) Achados comuns ao eletrocardiograma incluem sobrecarga de câmaras

direitas e presença de bloqueio de ramo direito.

d) Na radiografia de tórax, os achados de “coração em bota” e hipofluxo

pulmonar são comuns.

e) Pode ser considerada a cirurgia corretiva para adultos não operados de

tetralogia de Fallot.

Braunwald, 9ª edição, 1468-1469

83) Assinalar a opção que não é uma CONTRAINDICAÇÃO absoluta para

terapia fibrinolítica:

a) Acidente vascular encefálico isquêmico nos últimos três meses.

b) Trauma significativo na cabeça nos últimos três meses.

c) Gravidez.

d) Neoplasia no sistema nervoso central.

e) Qualquer sangramento intracraniano prévio.

Ref.: V diretriz do tratamento do IAMSST, seção 5 (1-12

84) Com relação ao prolapso valvar mitral (PVM), é INCORRETO afirmar:

a) Nas últimas diretrizes, a profilaxia para endocardite bacteriana nos

pacientes com PVM sem insuficiência valvar foi excluída.

b) O prognóstico é benigno, mas pode ter consequências cardiovasculares

graves se associado à insuficiência mitral moderada a grave.

c) Estalido ou clique mesossistólico é o achado típico do exame físico.

d) A maioria dos portadores de PVM deve apenas ser acompanhada

clinicamente.

e) Paciente do sexo feminino com PVM tem maior risco de endocardite

infecciosa.

Ref.: Diretriz 2011, p. 01-67, seção 6.

85) Qual das seguintes situações clínicas indica o implante de marca-passo

definitivo?

a) Bloqueio atrioventricular de 1º grau em que o comprometimento for

acima do sistema His-Purkinje (supra-hissiano).

b) Bloqueio atrioventricular total congênito, assintomático mesmo aos

esforços, escape com QRS estreito.

c) Bloqueio atrioventricular total durante infarto agudo do miocárdio (IAM)

inferior, sem reversão após três dias.

d) Bloqueio atrioventricular de 2º grau tipo I em que o comprometimento for

no sistema His-Purkinje (infra-hissiano).

e) Bradicardia sinusal, 42bpm, assintomática.

Referência: Livro da SBC, 2 ed., Manole, 2015, pp. 1328.

86) Sobre o mecanismo de ação dos fármacos, assinalar a alternativa

CORRETA:

a) A digoxina exerce efeitos pela inibição da bomba Na+, K+-ATPase, o

que produz aumento da concentração intracelular de cálcio.

b) A espironolactona e o metabólito ativo, canrenona, inibem de modo não

competitivo a ligação da aldosterona aos receptores muscarínicos em

diversos tecidos.

c) Os diuréticos tiazídicos inibem o transporte de sal na porção espessa

ascendente da alça de Henle.

d) A ivabradina age alentecendo a condução elétrica pelo nodo

atriovetricular.

e) O carvedilol age bloqueando o receptor adrenérgico beta-1

seletivamente.

Ref.: Livro-texto, 2 ed., p. 1281

87) Na doença coronariana estável, é CORRETO afirmar:

a) O escore de cálcio coronariano por tomografia computadorizada está

recomendado para pacientes sintomáticos de risco intermediário.

b) As lesões coronarianas são significativas quando há obstrução de uma

ou mais artérias epicárdicas com, no mínimo, 70% de estenose e/ou

tronco coronariano esquerda com, no mínimo, 80%, sendo tais

obstruções avaliadas e mensuradas pela angiografia coronariana.

c) A cintilografia de perfusão miocárdica com estresse farmacológico está

recomendada para paciente com probabilidade pré-teste baixa e que

tenha eletrocardiograma interpretável ou incapacidade de exercício

físico.

d) A angiografia coronariana é recomendada para pacientes de baixo risco

em testes não invasivos, independentemente da presença de angina.

e) A cintilografia de perfusão miocárdica está recomendada para paciente

com probabilidade pré-teste intermediária ou alta e que tenha

eletrocardiograma não interpretável.

Ref. Diretriz de doença coronária estável, p. 9-10.

88) Um paciente está em uso de um inibidor da enzima conversora de

angiotensina (IECA). Assinalar a questão que identifica de forma CORRETA os

principais efeitos colaterais observados neste grupo de fármacos.

a) Tosse seca, edema de membros inferiores, angioedema e hipercalemia.

b) Tosse seca, alterações do paladar, angioedema e azotemia.

c) Rash cutâneo, angioedema, hiponatremia e azotemia.

d) Tosse seca, salivação, diarreia e hipercalemia.

e) Tosse seca, edema de membros inferiores, rash cutâneo e hipocalemia.

Ref.: Braunw, p. 573

Livro SBC, p. 896

Diretriz brasileira de IC, 2009, p. 24

89) Paciente jovem, 15 anos, chegou ao serviço de emergência após uma

síncope. No exame físico, foi observada redução da amplitude dos pulsos

arteriais em membros inferiores e, na radiografia de tórax, sinais de erosão na

região inferior de alguns arcos costais. O diagnóstico provável é:

a) Coarctação de aorta.

b) Comunicação interatrial.

c) Estenose pulmonar.

d) Insuficiência aórtica.

e) Tetralogia de Fallot.

Referência: Braunwald, 9, PT, p. 1487,1488

90) No cenário de infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do

segmento ST (IAMcSST)), assinalar a alternativa CORRETA:

a) O uso profilático de lidocaína é recomendado para reduzir a incidência

de fibrilação ventricular.

b) A recomendação atual é utilizar um betabloqueador por via endovenosa

nas primeiras 24 horas, reservando-se a via oral para casos

selecionados, como em pacientes hipertensos e taquicárdicos.

c) Os nitratos não podem ser utilizados na formulação sublingual para

reversão de eventual espasmo e/ou para alívio da dor anginosa.

d) Os nitratos estão contraindicados na presença de pressão arterial

sistólica menor que 90mmHg, uso prévio de sildenafil ou similares nas

últimas 24 horas e quando houver suspeita de comprometimento do

ventrículo direito.

e) Recomenda-se iniciar o betabloqueador e titular a dose para um alvo de

80bpm.

Ref.: diretrizes de IAM

91) (Fácil – DAC) São exemplos de angina instável secundária:

a) Hipoxemia, anemia e hipotensão arterial.

b) Emoções não rotineiras, estenose aórtica e pericardite.

c) Anemia, febre e pericardite.

d) Hipotensão arterial, hipertensão arterial e dissecção aguda de aorta tipo

B.

e) Insuficiência mitral, anemia e tireotoxicose.

Ref. Diretrizes da sociedade brasileira de cardiologia sobre angina instável e infarto agudo do miocárdio sem supradesnivel do segmento ST (II edição, 2007), atualização 2013, pp. 16.

92) Sobre as interações medicamentosas com a varfarina, quais dos abaixo

potencializam sua ação?

a) Cimetidina, digoxina, barbiturato e carbamazepina.

b) Amiodarona, cimetidina, fluconazol e metronidazol.

c) Ciprofloxacino, amiodarona, carbamazepina e indometacina.

d) Rifampicina, amiodarona, cimetidina e sulfametoxazol.

e) Quinidina, amiodarona, digoxina e rifampicina.

Ref.: Braunw, p. 99 e p, 1730

Livro SBC, 79-81

93) Paciente feminina, 30 anos, tem eletrocardiograma (ECG) com padrão de Wolff-Parkinson-White, nunca tratado por ser assintomática. Chega à emergência com primeira crise de palpitações rápidas e desconforto, mas estável hemodinamicamente. ECG mostra taquicardia supraventricular regular com QRS estreito, FC 200bpm, compatível com taquicardia ortodrômica atrioventricular. Quais são as melhores condutas na emergência e para evitar novas crises?

a) Cardioversão elétrica e ablação por radiofequência. b) Adenosina IV e sotalol VO. c) Verapamil IV em bolo e metoprolol VO. d) Adenosina IV em bolo e ablação por radiofrequência. e) Amiodarona IV e amiodarona VO.

Referência: Livro da SBC, 2 ed., Manole, 2015, pp. 1337

94) No teste ergométrico (TE) de pacientes com suspeita de doença arterial coronariana (DAC), qual das seguintes alternativas está INCORRETA?

a) A queda da frequência cardíaca com a progressão do esforço apresenta alta correlação com doença isquêmica.

b) Os infradesnivelamentos do segmento ST traduzem isquemia (esforço-induzida) subendocárdica eletrocardiográfica.

c) A inversão de onda U é de ocorrência rara e está relacionada à lesão de tronco de coronária esquerda ou lesão proximal de artéria descendente anterior.

d) As arritmias cardíacas constituem resposta isquêmica específica do miocárdio.

e) A elevação da pressão arterial sistólica (PAS) nos 3 primeiros minutos pós-teste, acima dos valores máximos atingidos durante a fase de esforço (resposta paradoxal), e a recuperação lenta da PAS pós-esforço têm sido correlacionadas com DAC.

Ref.: III diretrizes da SBC sobre teste ergométrico, (TE na avaliação das arritmias)

95) Um jogador de futebol com 30 anos de idade apresentava eletrocardiograma de repouso com pré-excitação ventricular e presença de onda delta. Certo dia, após um jogo competitivo, foi admitido na emergência com quadro de palpitações taquicárdicas, sendo feito diagnóstico de fibrilação atrial. Realizou estudo eletrofisiológico que evidenciou o período refratário da via anômala < 50 ms. A melhor estratégia de tratamento da arritmia é:

a) Ablação por cateter. b) Amiodarona. c) Sotalol. d) Digoxina. e) Verapamil

Referência: Branwald, 9, Português, p. 810-11

96) Assinalar a alternativa CORRETA em relação aos exames complementares iniciais para a hipertensão arterial:

a) Eletrocardiograma, microalbuminúria, creatinina, potássio, ácido úrico, glicemia, perfil lipídico e urina tipo 1.

b) Eletrocardiograma, ecodopplercardiograma, hemograma, creatinina, potássio, glicemia, perfil lipídico e urina tipo 1.

c) Eletrocardiograma, radiografia de tórax, hemograma, ureia, creatinina, sódio, potássio, glicemia, perfil lipídico e urina tipo 1.

d) Eletrocardiograma, creatinina, potássio, ácido úrico, glicemia, perfil lipídico e urina tipo 1.

e) Eletrocardiograma, velocidade de onda de pulso, hemograma, creatinina, potássio, ácido úrico, glicemia, perfil lipídico e urina tipo 1.

Ref.: VI diretrizes brasileiras de Hipertensão, 2010, p. 12.

97) Na estratificação do risco cardiovascular global de paciente hipertenso

estágio 1, considera-se:

a) Risco baixo aquele que apresente pelo menos um FRCV.

b) Risco baixo aquele que apresente três fatores de risco cardiovascular

(FRCV) sem lesões em órgãos-alvo.

c) Risco alto se houver diagnóstico concomitante de diabetes ou síndrome

metabólica.

d) Risco muito alto se houver diagnóstico concomitante de diabetes ou

síndrome metabólica.

e) Risco alto aquele que apresente dois FRCV sem lesões em órgãos-alvo.

Ref.: VI diretrizes brasileirs de HA, 2010, p. 13,

98) Em relação ao tratamento farmacológico da fibrilação atrial, qual das

seguintes alternativas está CORRETA?

a) Sotalol, via oral, é o fármaco de escolha para evitar recorrências em

pacientes com insuficiência cardíaca congestiva.

b) Amiodarona intravenosa em bolo está indicada na cardioversão da

fibrilação atrial com instabilidade hemodinâmica.

c) O uso de digoxina para controle da frequência ventricular apresenta

piores resultados em idosos e sedentários.

d) Verapamil e diltiazem apresentam bons resultados no controle da

frequência ventricular, inclusive com melhora da qualidade de vida.

e) Para a reversão de fibrilação atrial aguda em pacientes com insuficiência

cardíaca, a propafenona via oral deve ser usada na dose única de 450

mg.

Referência: Livro da SBC, 2 ed., Manole, 2015, pp. 1343

99) Um paciente, ao retornar à consulta com o cardiologista, relatou boca seca

e sonolência após a prescrição de um novo medicamento na consulta anterior.

Qual das medicações abaixo é a mais provável causadora desses efeitos

colaterais:

a) Clonidina.

b) Carvedilol.

c) Espironolactona.

d) Anlodipina.

e) Enalapril.

Ref.: Braunw, p. 983

Livro SBC, p. 896; IV diretriz de HA, 2010, p. 25

100) O tratamento clínico adjuvante de pacientes com infarto do miocárdio na

fase aguda envolve a utilização de diversos medicamentos. Assinalar a

alternativa CORRETA:

a) Oxigênio suplementar por cateter nasal nas primeiras 48 horas.

b) Betabloqueadores por via endovenosa nos pacientes Killip II e III, pois a

reversão da isquemia com a utilização da medicação impede a piora da

insuficiência cardíaca.

c) Profilaxia com amiodarona endovenosa para prevenção de fibrilação

ventricular.

d) Dupla antiagregação plaquetária por no mínimo 12 meses, mesmo para

pacientes que não foram submetidos a estudo hemodinâmico.

e) Nitratos, inicialmente por via venosa ou sublingual, pois estes

medicamentos diminuem a mortalidade.

Referência: Diretrizes de IAM.

101) Qual das alternativas apresenta paraefeitos relacionados aos

antiarrítmicos verapamil, propafenona, sotalol e amiodarona, respectivamente:

a) Crise hipertensiva; pró-arritmia; tremor de mãos; pneumonite.

b) Constipação intestinal; piora da função ventricular; Torsades de pointes;

ataxia.

c) Agranulocitose; disfunção renal; crise asmática; hipo- ou

hipertireoidismo.

d) Cefaleia; rash cutâneo; visão borrada; cirrose hepática.

e) Dissociação atrioventricular; epididimite; fadiga; gosto metálico.

Referência: Livro da SBC, 2 ed., Manole, 2015, pp. 1346.

102) Ruptura da parede livre é uma das complicações mais letais do infarto

agudo do miocárdio (IAM), podendo ocasionar hemopericárdio e

tamponamento cardíaco. Assinale a alternativa INCORRETA:

a) É mais comum em hipertensos.

b) É mais provável que ocorra em pacientes com infarto prévio do

miocárdio.

c) Ocorre em aproximadamente 10% dos pacientes que morrem de IAM na

fase hospitalar.

d) É mais frequente no ventrículo esquerdo que no direito.

e) É mais comum em mulheres e idosos.

Ref.: V diretriz da SBC sobre IAMSST, seção 6.6.3.

103) Sobre o tratamento da pericardite, é CORRETO afirmar:

a) A clonidina tem papel relevante na recuperação do pericárdio e, por isso, considerada alternativa ao tratamento com AINH.

b) Anti-inflamatórios não hormonais (AINH) são os fármacos de escolha para o início do tratamento.

c) O emprego do methotrexate deverá ser feito assim que o diagnóstico for determinado.

d) O uso de azatioprina associada a anti-inflamatórios não hormonais está indicada para tratamento inicial dos casos graves.

e) O tratamento com corticosteroides deve ser preferencial, pois permite melhor prognóstico e mais breve resolução do quadro.

Ref.: I diretriz de miocardite e periocardite, p. 20

104) Para paciente com doença arterial coronariana estável, classe funcional I

da Sociedade Canadense de Cardiologia e com teste de esforço sugestivo de

baixo risco para eventos cardiovasculares, é mais indicado:

a) Manter tratamento clínico.

b) Manter tratamento clínico e solicitar cintilografia miocárdica.

c) Manter tratamento clínico e solicitar dosagem sérica da proteína C-

reativa ultrassensível para adequar dosagem de estatina.

d) Manter tratamento clínico e solicitar angiotomocoronariografia.

e) Manter tratamento clínico e solicitar teste de esforço a cada 6 meses.

Ref. Diretriz de doença coronária estável, 1-59.

105) Em pacientes com doença arterial coronariana estável, qual critério é

considerado de alto risco (>3% ao ano) para eventos cardiovasculares?

a) Defeitos isolados de perfusão de tamanho moderado durante teste de

imagem com estresse.

b) Disfunção do ventrículo esquerdo em repouso grave (FE<0,35).

c) Moderados defeitos de perfusão sem dilatação ventricular esquerda ou

captação pulmonar durante teste de imagem com estresse.

d) Disfunção ventricular esquerda ao teste de imagem com estresse (FE

entre 0,35 e 0,45).

e) Nenhuma das anteriores.

Ref.: diretriz de doença coronária estável, p. 16.

106) Mulher, 50 anos, branca, hipertensa, tabagista 20 maços/ano, portadora

diabetes tipo II, doença renal crônica (ClCr 55ml/minuto) e dislipidemia.

- Sem antecedentes de doenças cardiovasculares até o momento da consulta.

- Ao exame, lúcida, orientada, eupneica.

- PA 164x102mmHg (3 medidas); FC 80bpm; quarta bulha do ventrículo

esquerdo.

- Sem edema de membros inferiores.

- Medicações em uso: metformina, sinvastatina, hidroclorotiazida.

A MELHOR conduta neste momento, em relação aos valores da PA, é:

a) Associar inibidor da enzima de conversão da angiotensina (IECA).

b) Orientação e reavaliação em um mês.

c) Trocar hidroclorotiazida por bloqueador do receptor da angiotensina II.

d) Orientação e reavaliação em 6 meses.

e) Associar bloqueador dos canais de cálcio.

Ref.: VI diretrizes brasileiras de hipertensão, p. 28

107) Qual dos itens não é indício de hipertensão renovascular:

a) Níveis plasmáticos de renina baixos.

b) Hipertensão grave ou resistente.

c) Piora da função renal com o uso de inibidores da enzima conversora de

angiotensina.

d) Sopros abdominais.

e) Início da hipertensão antes dos 30 anos ou depois dos 50 anos de

idade.

Ref.: Braunwald, Cap. HÁ, p. 966

108) Paciente feminina, 28 anos, diabética, com fibrilação atrial paroxística

sintomática refratária a sotalol e amiodarona usados isoladamente, coração

estruturalmente normal, vem discutir a possibilidade de ablação por

radiofrequência.

Qual das seguintes afirmativas está CORRETA nesse contexto?

a) Por ter coração normal, não é necessária anticoagulação pré-, trans- ou

pós-procedimento.

b) Não há indicação para o procedimento, já que não foram testadas

associações de fármacos.

c) O sucesso do procedimento é de aproximadamente 70% sem uso de

fármacos antiarrítmicos e mais de 80% com o uso posterior de fármacos.

d) Em jovens, a taxa de complicações maiores é de 2%, sendo a fístula

atrioesofágica a complicação mais comum.

e) Neste caso, o procedimento consiste em isolamento de veias

pulmonares e apêndice atrial esquerdo, associado com linhas no teto do

átrio e veia pulmonar inferior esquerda-anel mitral.

Referência: Livro da SBC, 2 ed., Manole, 2015, pp. 1353-55

109) Na insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida, os antagonistas

de receptores de mineralocorticoides, como espironolactona e eplerenona,

estão indicados em que situação?

a) Somente na insuficiência cardíaca avançada, estágio D da ACC/AHA.

b) Em todas as classes funcionais da NYHA, incluindo os pacientes

assintomáticos, não isquêmicos.

c) Somente nas classes funcionais III e IV da NYHA.

d) Em classes funcionais II a IV da NYHA de qualquer etiologia e classe

funcional I da NYHA em pós-infarto do miocárdio.

e) Em pacientes com disfunção sistólica assintomática do ventrículo

esquerdo, sem infarto prévio.

Ref.: Braunw, p. 577-578

Livro SBC, p. 1179

Diretriz brasileira de IC, 2012, p. 10

110) A plastia da valva mitral está indicada nas seguintes situações, EXCETO:

a) Acometimento importante do aparelho subvalvar mitral.

b) Prolapso da valva mitral.

c) Perfuração de folheto da valva mitral ocasionada por endocardite

infecciosa.

d) Doença reumática em jovens.

e) Rotura de cordoalha.

Ref.: branwald, 9, pp. 1506-7 ou 1533

111) Para um paciente com suspeita de hipertensão secundária ao feocromocitoma, qual dos exames apresenta maior sensibilidade e especificidade?

a) Dosagem de catecolaminas plasmáticas. b) Dosagem de metanefrinas livres plasmática. c) Dosagem de ácido vanilmandélico plasmático. d) Dosagem de metanefrinas fracionadas na urina. e) Dosagem de catecolaminas urinárias.

Ref.: VI diretrizes brasileiras de hipertensão, p. 37

112) Em relação à reestenose após intervenção coronariana percutânea,

assinale a INCORRETA:

a) A aterectomia coronariana direta e aterotectomia rotacional são

superiores à angioplastia por balão em prevenir a reestenose intra-stent

recorrente.

b) A braquiterapia reduz a taxa de reestenose intra-stent recorrente em

quase 50% comparada à angioplastia repetida por balão.

c) Os stents eluídos com fármacos são mais efetivos em reduzir as taxas

de reestenose quando comparados aos stents não farmacológicos.

d) A angioplastia simples por balão está associada às taxas de 30% a 40%

de reestenose.

e) Os stents não farmacológicos estão associados às taxas de 20% a 25%

de reestenose angiográfica intra-stent.

Ref.: Brauwald, 9. Ed., pp. 1157-1262,1263

113) Dentre os fatores citados, qual não está relacionado ao pior prognóstico

em pacientes com insuficiência cardíaca (IC) com fração de ejeção reduzida?

a) Anemia.

b) Hiponatremia.

c) Fibrilação atrial.

d) Insuficiência renal.

e) Baixos níveis de TNF-alfa.

Ref.: Branwald, tratado de doenças cardiovasculares, 9. Ed., p. 558-560 Livro-texto da SBC, 2 ed., p. 1189

114) Paciente masculino, 66 anos, sofreu infarto agudo do miocárdio (IAM)

anterior extenso há 3 meses. Vem para revisão ambulatorial com insuficiência

cardíaca classe II da NYHA, ecocardiograma com fração de ejeção ventricular

esquerda de 28% e tratamento farmacológico otimizado. Eletrocardiograma em

ritmo sinusal, 60 bpm, PR 0,18 s, QRS 0,10s, extrassístole ventricular isolada e

zona inativa anterior. Qual é a melhor conduta a ser indicada?

a) Implantar cardioversor desfibrilador ventricular.

b) Manter tratamento inalterado.

c) Implantar cardioversor desfibrilador associado à ressincronizador

cardíaco atriobiventricular.

d) Fazer estudo eletrofisiológico diagnóstico.

e) Implantar ressincronizador cardíaco atriobiventricular.

Referência: Livro da SBC, 2 ed., Manole, 2015, pp. 1409

115) De acordo com o escore de Rassi para estratificação de risco na doença

de Chagas, são considerados fatores de risco:

a) Gênero masculino e taquicardia supraventricular ao Holter.

b) Hipertrofia ventricular excêntrica pelo ecocardiograma e fibrilação atrial.

c) QRS de baixa voltagem e fração de ejeção pelo ecocardiograma menor

que 50%.

d) Gênero feminino e idade acima de 65 anos.

e) Classe funcional III/IV de acordo com a classificação da NYHA e

cardiomegalia avaliada pela radiografia de tórax.

Referência: Livro-texto SBC, p. 1281, Tabela 2.

116) Em relação ao tratamento com stents no infarto agudo do miocárdio,

assinalar a alternativa CORRETA:

a) Stents bioabsorvíveis são mais indicados para pacientes com alta

complexidade anatômica.

b) Stents farmacológicos diminuem a incidência de trombose coronariana

subaguda.

c) Stents não farmacológicos são contraindicados na angioplastia primária

do infarto agudo do miocárdio.

d) Stents farmacológicos diminuem a incidência de trombose aguda.

e) Stents farmacológicos diminuem a incidência de proliferação neointimal

intra-stent.

Ref.: Livro-texto, p. 810

117) A cardiomiopatia arritmogênica do ventrículo direito (VD) é definida como:

a) Substituição de miócitos normais do VD por necrose em decorrência de alterações coronarianas congênitas.

b) Não compactação das miofibrilas do VD. c) Doença primária; portanto, sem causa identificável pelos métodos

atualmente empregados para avaliação da musculatura cardíaca. d) Substituição progressiva e lenta da musculatura cardíaca por tecido

fibrogorduroso, principalmente do VD. e) Nenhuma das anteriores.

Ref.: Livro SBC 2 ed., p. 1117

118) Sobre o aneurisma do ventrículo esquerdo (VE) que surge após o infarto

agudo do miocárdio (IAM), é INCORRETO afirmar:

a) A ecocardiografia é um ótimo exame para identificar aneurismas.

b) O aneurisma do VE é encontrado em menos de 5% pós-IAM.

c) Inicialmente, o tratamento é clínico.

d) O eletrocardiograma costuma apresentar persistência do

supradesnivelamento do segmento ST.

e) O aneurisma do VE é encontrado mais frequentemente em infartos de

parede inferior.

Ref.: V diretriz SBC sobre IAMSST, seção 6.6.4.

119) Paciente de 60 anos foi admitido na emergência com quadro de taquicardia regular de QRS largo e frequência cardíaca de 164bpm. Assinale a opção que indica o diagnóstico de taquicardia ventricular:

a) Presença de RS nas derivações de V2 a V6. b) Padrão trifásico RSR’ em V1. c) Intervalo de RS menor que 100ms nas derivações precordiais d) Presença de dissociação atrioventricular. e) Padrão R/S em V6 maior que 1.

Referência: Branwald, 9, Português, p. 815

120) Na alta hospitalar, após um infarto agudo do miocárdio (IAM), sobre o tratamento farmacológico, é INCORRETO afirmar:

a) Após os primeiros 30 dias, a terapia hipolipemiante deve ser ajustada para adequar a meta terapêutica de LDL-c menor do que 70 mg/dL.

b) Recomenda-se o bloqueio da aldosterona para todo paciente pós-IAM, que não tolere inibidores da enzima conversora de angiotensina.

c) Em pacientes pós-IAM com comprometimento significativo da função sistólica do ventrículo esquerdo ou com alterações da condução atrioventricular (AV), os antagonistas dos canais de cálcio devem ser evitados, mesmo quando usados isoladamente.

d) Os estudos em longo prazo de nitratos no pós-IAM não mostraram benefício na diminuição da mortalidade cardiovascular.

e) Os estudos atuais disponíveis sugerem o uso dos betabloqueadores sob administração oral em todos os pacientes com IAM, independentemente da administração concomitante de fibrinolíticos ou da realização de intervenção percutânea primária, respeitando-se suas contraindicações.

Ref.: V diretriz da SBC sobre IAMSST, seção 4.10.3.