1. com jesus no caminho da páscoa

8/14/2019 1. Com Jesus no caminho da Pscoa

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1. Com Jesus a caminho da Pscoa

Introduo:

No nos enganemos; comecemos com uma certeza: os caminhos de Pscoa so os caminhos que

conduzem a Jerusalm, o mesmo dizer, que conduzem Cruz, ao Glgota. Assim, no h Pscoa,ressurreio, jbilo, felicidade, sem a experincia do mistrio do sofrimento, da solidariedade, da

dor, da morte.

Caminho de Jesus

Lucas no seu evangelho, no captulo 9, indica-nos que Jesus, estando prximos os dias de ser levado

deste mundo, dirigiu-se resolutamente para Jerusalm (v. 51). Antes, no mesmo captulo,

anunciou duas vezes a sua paixo (v. 21-22 e 44) separadas por algumas condies para quem o

quiser seguir (v. 23-27), pela transfigurao (v. 28-36) e pela cura de um Epilptico (v. 37-43).Creio que podemos afirmar que se verdade que o Filho do Homem deve sofrer, ser condenado e

morrer, no ser menos verdade que essa paixo e morte ser atravessada pela Glria, pela cura e

salvao, no s para Ele, Jesus, mas para todos aqueles que, na estrada de Jerusalm, o seguirem

sem medo, testemunhando a sua fidelidade.

nesse sentido tambm, que Marcos (10, 46-52) afirma que o cego de Jeric, uma vez curado por

Jesus, a caminho de Jerusalm, seguiu Jesus pelo caminho. Seguir Jesus pelo caminho, a

nica maneira de chegar a Jerusalm, de participar no banquete pascal, na ressurreio.

SENHOR, QUE EU VEJA: Mc. 10, 46-52 (Lc. 18, 35-43)

1. Cego Bartimeu

Filho de Timeu. Pessoa bem conhecida da comunidade crist: Um de ns.

2. Sentado beira do caminho, mendigando

O cego est fora do caminho de Jesus; est sentado, imvel, no v diante dele (contraste com Jesus

e o grupo).Certas situaes que nos bloqueiam e impedem de ver horizontes mais largos.

O pecado, o desnimo, a desconfiana, impedem de avanar. Mais, pem-nos fora da estrada de

Jesus.

A mendicidade falta de dignidade da pessoa humana. Deus no quer os seus filhos a mendigar,

fora do seu caminho. O filho prdigo que poderia ter tanto, mendiga.

3. Percebeu que era Jesus que passava

Ado ao aperceber-se dos passos de Yav, esconde-se. Bartimeu grita: tem compaixo de mim.Nada est perdido. Mesmo fora da estrada, h sempre Jesus que passa.

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4. Muitos repreendiam-no para que se calasse

s vezes, o grupo impede, pe obstculos, desvia, desencoraja

5. Chamai-o

Jesus est atento. Deus ouve o clamor do seu povo (ex 3), o grito do aflito (Sl 27 e outros). Eu souum Deus fiel e no h outro.

6. Chamaram o cego dizendo-lhe: coragem! Ele te chama. Levanta-te!

A comunidade dom para eu sair da minha cegueira.

Quando estou sozinho parece-me de amar todo o mundoquando estou com os outros apercebo-me

de quanto difcil amar.

7. Deixando a sua capa

Smbolo da sua falsa imagem, com a qual pretendia cobrir tudo.

Essa segunda imagem que implica perda de identidade. Dicotomia que cria insatisfao. Tenso

permanente que se gera dentro de mim mesmo.

A cultura da imagem que cria insegurana pela falta de identidade.

Os dolos, tm boca mas no falam, olhos mas no vem (Sal. 115; 11,38).

8. Que queres que te faa?

Pergunta retrica. Jesus sabia bem o que era necessrio, mas ser que o cego sabia o que queria?

Seja ele a pedir, a manifestar o que quer.

9. Rabbunni: que eu veja!

Rabbunni: meu Mestre! Que possa ver novamente!

O que pedimos habitualmente a Jesus? O que precisamos de pedir hoje?

10. A caminho de Damasco

Paulo, embora tivesse os olhos abertos no via nada.

Pensava conhecer tudo, ver tudo, mas no via a verdade.S deixando-se guiar (companheiros e Ananias) conseguiu que este encontro com o ressuscitado lhe

proporcionasse ver em plenitude e segue Jesus.

11. A caminho de Africa

A leitura do livros os mrtires do Japo, o encontro com o missionrio Angelo Vinco, as palavras

de confirmao da sua vocao, da parte do P. Marani ajudam Comboni a ver a vontade de Deus a

seu respeito.

A grande preocupao de Comboni durante a sua vida foi fazer a vontade de Deus. Por isso ele aprocurava cada momento e se confiava plenamente nas mos de Jesus e de Maria.

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12. Recuperou a vista e seguia-O no caminho

O que estava fora do caminho, entra no caminho

Deitou fora a capa, foi ao encontro, pediu, viu, caminha agora.

Torna-se smbolo dos Apstolos que conseguem ver em Jesus, o Servo Sofredor, o Filho de Deus,

Salvador. E, por isso, esto decididos a segui-Lo para Jerusalm. Dispostos a morrer com Ele e porEle.

Paulo: Como o cego tambm Paulo, uma vez recuperada a vista, se pe no caminho com Jesus e o

anuncia. Ai de mim se no evangelizar. No uma glria uma misso que me foi confiada (1Cor

9, 16-17)

13. Jesus d a vista atravs da Igreja

a. Reconciliao

b. Acompanhamento Espiritual

c. Exame de conscincia

14. Vem, s a minha luz

Quem foi iluminado por Jesus est chamado a levar a sua luz aos que esto na escurido. Como

Madre Teresa de Calcut, como Comboni: quis levar a luz da f aos africanos (MDC 113; 49; 64)

15. Para Orao comunitria

Comeamos rezando o salmo 25 (24) silncio para releitura e assimilao

Relemos Mc. 10, 46-52 reflexo e orao silenciosa ajudada por algumas perguntas?

No caminho onde passa Jesus, onde ests tu? Ser que Jesus passa tambm sem te ver?

Qual a tua capa, aquilo que tens de deixar para te aproximar de Jesus?

Tens vontade de gritar a Jesus? O qu? O precisas de lhe pedir? O que queres ver? Para que

queres ver?

Reza uma orao pedindo a Jesus que te conceda de ver hoje, neste retiro uma graa dele, o

que mais necessitas.

Orao espontnea

Concluso: Caminho de F

1/ O Caminho de discpulo , sem dvida para ns, toda a nossa vida. Mas de modo muito

particular, cada ano, somos convidados a percorr-lo em cada quaresma. Como os discpulos, ou

como o cego curado, o nosso caminho com Jesus. Quaresma, este caminho que se apresenta

diante de cada um, em que Jesus nos lembra as condies para o seguirmos.

Vale a pena lembr-las, porque se resumem em duas: 1) Negar-se a si mesmo, tomar a sua cruz e

segui-lo. 2) No se envergonhar dele e das suas palavras.

O primeiro do mbito das atitudes profundas da vida, de f. Confiar nele e no em si mesmo,entregar-se completamente a ele. Tomar consigo toda a sua vida (cruz) e segui-lo. No s uma parte,

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no s por um momento, mas sempre e com tudo o que faz parte da minha vida: alegrias, tristezas,

dvidas e esperanas, desejos e fracassos, sonhos e iluses, derrotas e vitrias, mas sobretudo com a

firme deciso de ir at ao fim.

2/ O segundo do mbito do testemunho. Serei eu daqueles que dizem ao cego para se calar e noimportunar o mestre (Mc 10,48), ou dos que o encorajam a levantar-se para ir ter com Jesus (Mc 10,

49)? Serei daqueles que pedem o fogo do cu sobre os que o no aceitam (Lc 9, 54), ou mensageiro

de Jesus que vai sua frente a preparar o caminho (Lc 9, 52)? Ou ainda serei daqueles que o no

recebem porque vai para Jerusalm (Lc 9, 53) ou me ponho a caminho com Ele como o cego curado

(Mc 10, 52)?

Temos muito por onde escolher. E a nossa Pscoa depende em muito da nossa escolha. O que no

podemos ser pra-quedistas da Pscoa. Isto , querer viver a Pscoa sem fazer o caminho.

No isto que muitos cristos procuram? Diria mais, o que muitos de ns, procuramos?

Quem me dera no ter que fazer isto ou aquilo, porqu assim e no diferente, porqu a dor? Porqu

a cruz? PORQU O AMOR?

3/ A Quaresma o caminho da purificao; o caminho onde todas as questes, todas as dvidas

encontram resposta, se forem vividas no caminho de e com Jesus. Porque esse o caminho de

Pscoa. O caminho onde deito fora a capa que me impede de caminhar, onde atiro para longe as

muletas da preguia, violncia, egosmo onde opto incondicionalmente por Jesus e pela sua

palavra, onde testemunho as razes da minha esperana, onde me levanto cada vez que caio,

porque Ele me diz: vai, a tua f te salvou (Mc 10, 52).

Terminamos rezando a orao de Sto Incio:

Tomai, Senhor, e recebei

toda a minha liberdade,

a minha memria,

o meu entendimento

e toda a minha vontade,

tudo o que tenho e possuo;Vs mo destes;

a Vs, Senhor, o restituo.

Tudo vosso,

disponde de tudo,

vossa inteira vontade.

Dai-me o vosso amor e graa,

que esta me basta.

Cntico: um cntico de luz, viso, f, credo,

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Mc 10, 46-52

46 Chegaram a Jeric. Quando Jesus saa de Jeric com os discpulos e numerosa multido, um

cego estava sentado beira do caminho pedindo esmolas. Era Bartimeu, o filho de Timeu. 47 Aosaber que era Jesus de Nazar, comeou a gritar: Jesus, filho de David, tem piedade de mim!

48 Muitos o repreendiam para que se calasse mas ele gritava ainda mais alto: Jesus, filho deDavid, tem piedade de mim!49 Jesus parou e disse: Chamai-o!Eles chamaram o cego,

dizendo-lhe: Coragem! Levanta-te que ele te chama. 50 Jogando para o lado o manto,

levantou-se de um pulo e foi at Jesus. 51 Tomando a palavra, Jesus lhe perguntou: O que

queres que te faa? O cego respondeu: Mestre, eu quero ver de novo!52 E Jesus lhe disse:Vai, tua f te curou! No mesmo instante ele comeou a ver de novo e se ps a segui-lo pelocaminho.

Lc 18, 35-43

35 Quando Jesus se aproximava de Jeric, havia um cego sentado beira do caminho, pedindo

esmolas. 36 Ouvindo a multido que passava, perguntou o que era. 37 Responderam-lhe:

Jesus de Nazar que passa. 38 Ele ps-se a gritar, dizendo: Jesus, filho de David, tem piedade

de mim.z39 Os que iam frente repreendiam-no e mandavam que se calasse. Mas ele gritava

cada vez mais forte: Filho de David, tem piedade de mim. 40 Jesus parou e ordenou que

trouxessem o cego at ele. Quando o cego se aproximou, perguntou-lhe: 41 O que queres que te

faa?Ele respondeu: Senhor, eu quero ver de novo. 42 Jesus lhe disse: V! tua f te curou.43 Imediatamente ele comeou a ver de novo e o seguia, glorificando a Deus. E o povo todo, quepresenciou isso, louvava a Deus.

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