a páscoa do senhor jesus · arcebispo presidente da isoa no brasil aparecida de goiânia-go...

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Igreja Siríaca Ortodoxa de Antioquia Fortaleza, março – 2016 A Páscoa do Senhor Jesus A Páscoa é a maior celebração da cristandade. A razão disto, é que, na Páscoa Deus demonstrou seu infinito amor pela humanidade sacrificando a seu Filho Unigênito, por amor de nós, na cruz do Calvário. O evangelista São João nos diz: Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16). E isto aconteceu durante a festa da Páscoa celebrada pelo povo judeu. Segundo a Bíblia, o povo Judeu começou a celebrar a festa da Páscoa para o Senhor, desde a saída do Egito. Esta festa tornou-se, então, o memorial da grande libertação operada por Deus na vida de seu povo Israel (Ex 12,1-11). Da mesma forma, Deus realiza a libertação, não mais de um único povo, mas de toda a humanidade, oferendo seu Filho único, Jesus Cristo, como vítima de expiação pelos pecados do mundo inteiro. O autor da Epístola aos Hebreus nos diz: “Assim Cristo se ofereceu uma só vez para tomar sobre si os pecados da multidão...” (Hb 9,28). Mesmo que possa ter havido motivações políticas na morte de Cristo, este acontecimento havia sido preestabelecido por determinação divina em vista da salvação (At 2,23; 3,18). Não são simplesmente os homens que colocam suas mãos em Cristo, é Ele que se entrega para cumprir a vontade do Pai: A Salvação da humanidade por meio do perdão dos pecados! (Jo 10,17-18). Acreditando nisto, podemos dizer com São Paulo: “De agora em diante, pois, já não há nenhuma condenação para aqueles que estão em Jesus Cristo” (Rm 8,1). Lavados pelo sangue de Cristo, nós que somos batizados e salvos por Ele, estamos reconciliados com o Pai por meio do sacrifício cruento de Jesus na cruz. Esta é a nossa Páscoa, não celebramos mais uma libertação social e política (a saída do Egito), mas a grande libertação espiritual da humanidade das garras de satanás, que escravizava os homens debaixo de seu jugo por causa do pecado. O Apóstolo nos diz: “Sede contentes e agradecidos ao Pai, que vos fez dignos de participar da herança dos santos na luz. Ele nos arrancou do poder das trevas e nos introduziu no Reino de seu Filho muito amado, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados” (Cl 1,12-14). Podemos exultar ao celebrarmos a Páscoa do Senhor Jesus. Nela reconhecemos o grande e infinito amor de Deus por nós. O Apóstolo ainda nos diz em uma de suas cartas: “Que diremos depois disso? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou seu próprio Filho, mas que por todos nós o entregou, como não nos dará também com ele todas as coisas? (Rm 8,31-32). Quando o mundo reconhecer o amor de Deus e se voltar para Ele, então, a Páscoa será também a libertação das injustiças e de todo mal e egoísmo que impera no mundo presente. Deus libertando o homem a partir de seu interior, espera que a vida nova que Ele oferta a humanidade se estenda para todas as áreas de sua existência, e o mundo possa se transformar no Reino de Deus entre nós (Mt 6,10). Isto não é uma utopia, é o plano estabelecido por Deus e que deve se cumprir. Oxalá, que aconteça logo! Vem Senhor Jesus! (Ap 22,20). Pe. Raimundo Maria – Editor LIDERANÇAS DA IGREJA SÍRIACA ORTODOXA Ignatius Efrem II Karim Patriarca de Antioquia e Todo Oriente Chefe Supremo dos Ortodoxos Siríacos no mundo Damasco-Síria Dom Tito Paulo Jorge Hanna Núncio Apostólico Patriarcal no Brasil Brasília-DF Dom José Faustino Filho Arcebispo Presidente da ISOA no Brasil Aparecida de Goiânia-GO Monsenhor Francisco Cláudio Representante Episcopal do Estado do Ceará

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Page 1: A Páscoa do Senhor Jesus · Arcebispo Presidente da ISOA no Brasil Aparecida de Goiânia-GO Monsenhor Francisco Cláudio ... Jesus Ressuscitou dentre os mortos. A Igreja,

Igreja Siríaca Ortodoxa de Antioquia

Fortaleza, março – 2016

A Páscoa do Senhor Jesus

A Páscoa é a maior celebração da cristandade. A razão disto, é que, na Páscoa Deus demonstrou seu infinito amor pela humanidade sacrificando a seu Filho Unigênito, por amor de nós, na cruz do Calvário. O evangelista São João nos diz: “Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16). E isto aconteceu durante a festa da Páscoa celebrada pelo povo judeu.

Segundo a Bíblia, o povo Judeu começou a celebrar a festa da Páscoa para o Senhor, desde a saída do Egito. Esta festa tornou-se, então, o memorial da grande libertação operada por Deus na vida de seu povo Israel (Ex 12,1-11). Da mesma forma, Deus realiza a libertação, não mais de um único povo, mas de toda a humanidade, oferendo seu Filho único, Jesus Cristo, como vítima de expiação pelos pecados do mundo inteiro. O autor da Epístola aos Hebreus nos diz: “Assim Cristo se ofereceu uma só vez para tomar sobre si os pecados da multidão...” (Hb 9,28).

Mesmo que possa ter havido motivações políticas na morte de Cristo, este acontecimento havia sido preestabelecido por determinação divina em vista da salvação (At 2,23; 3,18).

Não são simplesmente os homens que colocam suas mãos em Cristo, é Ele que se entrega para cumprir a vontade do Pai: A Salvação da humanidade por meio do perdão dos pecados! (Jo 10,17-18).

Acreditando nisto, podemos dizer com São Paulo: “De agora em diante, pois, já não há nenhuma condenação para aqueles que estão em Jesus Cristo” (Rm 8,1). Lavados pelo sangue de Cristo, nós que somos batizados e salvos por Ele, estamos reconciliados com o Pai por meio do sacrifício cruento de Jesus na cruz. Esta é a nossa Páscoa, não celebramos mais uma libertação social e política (a saída do Egito), mas a grande libertação espiritual da humanidade das garras de satanás, que escravizava os homens debaixo de seu jugo por causa do pecado. O Apóstolo nos diz: “Sede contentes e agradecidos ao Pai, que vos fez dignos de participar da herança dos santos na luz. Ele nos arrancou do poder das trevas e nos introduziu no Reino de seu Filho muito amado, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados” (Cl 1,12-14).

Podemos exultar ao celebrarmos a Páscoa do Senhor Jesus. Nela reconhecemos o grande e infinito amor de Deus por nós. O Apóstolo ainda nos diz em uma de suas cartas: “Que diremos depois disso? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou seu próprio Filho, mas que por todos nós o entregou, como não nos dará também com ele todas as coisas? (Rm 8,31-32).

Quando o mundo reconhecer o amor de Deus e se voltar para Ele, então, a Páscoa será também a libertação das injustiças e de todo mal e egoísmo que impera no mundo presente. Deus libertando o homem a partir de seu interior, espera que a vida nova que Ele oferta a humanidade se estenda para todas as áreas de sua existência, e o mundo possa se transformar no Reino de Deus entre nós (Mt 6,10). Isto não é uma utopia, é o plano estabelecido por Deus e que deve se cumprir. Oxalá, que aconteça logo! Vem Senhor Jesus! (Ap 22,20).

Pe. Raimundo Maria – Editor

LIDERANÇAS DA IGREJA SÍRIACA ORTODOXA

Ignatius Efrem II Karim

Patriarca de Antioquia e Todo Oriente Chefe Supremo dos Ortodoxos Siríacos

no mundo

Damasco-Síria

Dom Tito Paulo Jorge Hanna

Núncio Apostólico Patriarcal no Brasil Brasília-DF

Dom José Faustino Filho

Arcebispo Presidente da ISOA no Brasil Aparecida de Goiânia-GO

Monsenhor Francisco Cláudio Representante Episcopal

do Estado do Ceará

Page 2: A Páscoa do Senhor Jesus · Arcebispo Presidente da ISOA no Brasil Aparecida de Goiânia-GO Monsenhor Francisco Cláudio ... Jesus Ressuscitou dentre os mortos. A Igreja,

SÃO LUCAS

Formação com

Dom Tito No livro dos Atos dos Apóstolos vemos claramente que a comunidade nascente de Jerusalém, se reunia para ´partir o pão´ (At 2,42.46). Isto não designava simplesmente a partilha da caridade entre eles, mas era a forma com que a Igreja chamava o ritual da ceia que Jesus indicou aos Apóstolos que a

realizassem em seu nome (Lc 22,14-20). A comunidade primitiva se reunia para celebrar a

ceia do Senhor, que hoje chamamos comumente de “Missa ou a Eucaristia”. A celebração acontecia ordinariamente no primeiro dia da semana, ou seja, no domingo (At 20,7), pois neste dia, Jesus Ressuscitou dentre os mortos. A Igreja, então, reunisse no primeiro dia da semana para festejar o memorial da ressurreição do Senhor partindo o pão, assim como ele fez e mandou que se fizesse em seu nome.

Leia os capítulos 21 e 22 dos Atos dos Apóstolos e responda:

Capítulo XXI

1. Quantos dias Paulo passou com os discípulos em Tiro?

2. Sobre o que os discípulos insistiam que Paulo não fizesse?

3. Aonde Paulo chega depois de terminada a travessia de Tiro?

4. Na casa de quem Paulo ficou hospedado quando chegou a Cesaréia?

5. Quantas filhas o diácono Filipe possuía e que dom elas possuíam?

6. Que profeta vindo da Judéia anuncia a prisão de Paulo em Jerusalém?

7. Que objeto de Paulo o profeta da Judéia utiliza para anunciar a sua profecia?

8. Ao chegar a Jerusalém na casa de que Apóstolo os irmãos se encontram com Paulo?

9. Que discípulo de Éfeso é acusado pelos Judeus de ter sido introduzido por Paulo no templo?

10. Em que língua Paulo de dirige aos Judeus para fazer o seu discurso quando é preso em Jerusalém?

Capítulo XXII

1. Onde nasceu o Apóstolo Paulo?

2. Quem foi o instrutor de Paulo no Judaísmo? 3. Segundo Paulo ele recebeu cartas para ir a qual

cidade e de lá trazer presos os cristãos? 4. A que horas uma luz vinda do céu envolve Paulo

quando estava a caminho de Damasco? 5. Por que o tribuno fica com medo e desiste de

açoitar a Paulo durante o interrogatório? 6. A quem o tribuno manda chamar para saber do

que acusam Paulo?

A Igreja crê em um só Deus criador onipotente, onisciente e onipresente.

2 – Crê na Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. Três pessoas e um só Deus verdadeiro.

3 – A Igreja crê no Filho que é a segunda pessoa da Santíssima Trindade e que foi encarnado e se fez homem.

4 – A Igreja acredita que Jesus Cristo tem uma natureza divina e humana unida sem separação e sem mistura. Jesus uma natureza, uma pessoa hipóstase, uma vontade das duas vontades (União Ontológica, Física ou Natural. Ou melhor, Miafisismo).

5 – A Igreja crê no Espírito Santo terceira pessoa da Santíssima Trindade. O Espirito Santo procede do Pai como é afirmado no Credo Nice-Constantinopolitano (Jo. 15, 26).

6 – A Igreja tem Sete Sacramentos: a) Batismo; b) Crisma; c) Eucaristia ou Comunhão; d) Confissão e Arrependimento; e) Matrimônio; f) Sacerdócio; g) Unção dos Enfermos.

7 – A Igreja foi edificada por Nosso Senhor Jesus Cristo quando falou a Pedro, “e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja” (Mt. 16, 18). A Igreja é o corpo de Cristo que é a cabeça e nós somos os membros e os sinais da Igreja (Cf.: 1 Cor. 12, 27).

8 – A Igreja acredita na intercessão de Nossa Senhora, a honra, mas não a adora. Crer na virgindade de Nossa Senhora antes e depois do nascimento de Jesus Cristo.

9 – Somos chamados à santidade (Cf.: 1 Pd. 1, 16). A Igreja crê na intercessão e comemoração dos Apóstolos, Mártires e Santos.

10 – A Igreja crê na segunda vinda de Jesus Cristo ou Segundo Advento ou Parúsia (do grego Παρουσία, "presença": 1 Cor. 1, 7-8), não sabendo o dia e hora somente o Pai sabe (Mc. 13,32).

11 – A Igreja crê também no paraíso e inferno, na ressureição dos mortos, na vida eterna, no Reino dos Céus e o castigo eterno.

12 – A Igreja crê no único Salvador, Jesus Cristo que foi crucificado, morreu e ressuscitou no terceiro dia e subiu aos Céus.

13 – A salvação ensinada pela Igreja vem pela Fé com as boas obras.

14 – A Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia tem como fonte de doutrina: a Bíblia e a Sagrada Tradição.

15 – A Igreja crê que os Anjos foram criados por Deus para lhe servir e adorar. Os Anjos existem em duas formas, os Anjos Justos e os Anjos Injustos, ou seja, Satanás (1 Pd. 3, 19).

16 – A Igreja aceita os três primeiros Concílios: Nicéia (325), Constantinopla I (381) e Éfeso (431).

CONTINUA PRÓXIMO NÚMERO

Page 3: A Páscoa do Senhor Jesus · Arcebispo Presidente da ISOA no Brasil Aparecida de Goiânia-GO Monsenhor Francisco Cláudio ... Jesus Ressuscitou dentre os mortos. A Igreja,

Mensagem dePáscoa Dom José Faustino Filho

Os Evangelhos foram escritos para responder a esta pergunta: quem é Jesus? Vemos pelos mesmos Evangelhos, como as pessoas estavam inquietas e se perguntavam se Jesus era realmente o Messias enviado que as Escrituras anunciavam. Até João, o precursor, mandou perguntar a Jesus: “Sois vós aquele que deve vir, ou devemos esperar por outro?” (Mt 11,3). O próprio Jesus interroga a seus discípulos sobre o que o povo pensa ser Ele, e a resposta que ele escuta dos seus é bem diversificada (Mt 16,13-14).

As pessoas na época de Cristo não sabiam dizer quem era Ele de fato, pois estavam confusas. Hoje, muita gente ainda não conhece a Jesus Cristo, e pouco ou nada sabem dizer de sua missão, suas palavras e seu projeto de vida para os homens. Como resolver esta ignorância acerca de Cristo? Lendo os Evangelhos!

Eles foram escritos justamente para isto, nos mostrar que Jesus é o Filho de Deus. João nos diz: “Fez Jesus, na presença dos seus discípulos, ainda muitos outros milagres que não estão escritos neste livro. Mas estes foram escritos, para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a vida em seu nome” (Jo 20,30-31).

Tanto Mateus, como Marcos, Lucas e João, foram escritos com este mesmo objetivo: nos revelar a fé em Jesus Cristo, o Filho de Deus! E crendo que Jesus é o Filho de Deus enviado ao mundo, possamos nos deixar conduzir por suas palavras eternas.

Hoje mesmo, tenha a santa curiosidade de saber o que Jesus disse, fez e nos mandou viver lendo um dos Evangelhos. Aconselho que se comece lendo o Evangelho de Marcos, pois foi o primeiro a ser escrito e é o mais breve dentre eles. Uma boa leitura e um bom começo de amizade com Cristo através de seu Evangelho.

Monsenhor Francisco Eloy

É o “Santo Sábado”, o dia que antecede a Páscoa na igreja Ortodoxa. Uma enorme multidão se aglomera no lugar afim de ver um dos fenômenos religiosos mais incríveis do mundo. Há canais de televisão transmitindo ao vivo, para diversos países como a Geórgia, Grécia, Ucrânia, Rússia, Romênia, Bielo-Rússia, Bulgária, Chipre, Líbano e para outros países de tradição ortodoxa, como o Egito. Há um clima de tensão no ar. Todos esperam que algo

inimaginável ocorra a qualquer momento. E vai ocorrer! O Patriarca é revistado diante das testemunhas. Ele é despido de suas

roupas religiosas e entra no sepulcro. Após recitar orações especiais, quase tão antigas quanto o lugar, uma misteriosa luz azul começa a surgir do nada, sobre a pedra. Ninguém sabe o que ela é exatamente nem de onde provém. Em algumas vezes, a luz azulada misteriosa lembra uma nuvem, em outras um poderoso fogo azul que ilumina todo o santo sepulcro. Nesse misterioso fogo, o sacerdote acende algumas velas. O fogo delas parece fogo comum, mas não é capaz de queimar a pele ou cabelos durante os primeiros trinta minutos em que a chama misteriosa arde ali. A sensação geral é de um milagre. Um milagre surpreendente que vem se repetindo ano após ano, por séculos, e é documentado desde 1106, com referências esporádicas antes disso. De fato, é considerado o milagre mais constante no mundo. Ele ocorre da mesma forma, no mesmo lugar, todos os anos ao longo dos séculos. Nenhum outro milagre é tão regular e constante ao longo do tempo.

Fonte: http://www.megacurioso.com.br/fenomenos-inexplicaveis/43052-o-misterio-do-fogo-sagrado.htm

Saúde, paz e benção no Senhor! Se na cruz Jesus Cristo entrega o Espírito ao Pai, entrando no abismo do abandono por

parte de Deus (Jo 19,30), na Ressurreição o Pai dá o Espírito ao Filho, assumindo nele e com ele o mundo, na plenitude de comunhão Divina. A Igreja nascente testemunha esta fé, apresentando a Ressurreição como história Trinitária.

Na Ressurreição, a Trindade representa na unidade do duplo movimento, do Pai ao Filho no Espírito, e do Pai pelo Filho no Espírito aos seres humanos, isto é na unidade da Ressurreição de Cristo e da nossa nova vida nele. O evento Pascal revela a unidade da Trindade, a nós aberta no amor e, por isso, é oferta de salvação, na participação da vida do Pai, do Filho e do Espírito. A Trindade, história Trinitária da salvação, história nossa.

Com sua Ressurreição, Cristo inalgura uma fase da história do mundo. A Ressurreição de Cristo é promessa e certeza de que o Espírito Santo nos será enviado pelo Pai.

A Páscoa é o Mistério do amor total, e morte que se faz vida. Cristo que se oferece livremente, pela Redenção de todos.

Páscoa é certeza de que Deus está para nos libertar da morte eterna. O Espírito no evento Pascal constitui a dupla ligação entre Deus e Cristo e entre o Ressuscitado e nós.

“Se cremos que Jesus Morreu e Ressuscitou, cremos também que Deus levará com Jesus os que nele morreram” (I Ts 4,14).

A Páscoa, para os homens de nossas origens, foi este encontro: o Ressuscitado alcançou-os e mudou-lhes a existência, que se abriu para ele no risco da liberdade. Tal é a Páscoa no coração da Igreja: Não memória morta de um evento longinquo, mas oferta Daquele que vive hoje, para tornar novo o mundo e a vida de quem o aceita na humilde coragem de uma fé e um coração livre e adulto.

“Porque buscai entre os mortos Aquele que está vivo? Não está aqui, mas Resuscitou”(Lc24,5-6). Ressuscitou verdadeiramente como disse Aleluia!

Feliz Páscoa!

Fogo Santo em Jerusalém Milagre no santo sepulcro

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Nossas Igrejas e

Comunidades

No dia 25 de março, os cristãos comemoram a encarnação de nosso Senhor Jesus Cristo no seio da Virgem Maria, realizando o que nos disse o evangelista S. João: 1,14: “E o verbo se fez carne e habitou entre nós”. Esta revelação se confirmou anteriormente na passagem de S. Lucas 1,26, onde é feita a revelação do anjo Gabriel a Nossa senhora, tornando-se, assim, a

virgem Maria, o Tabernáculo vivo do Altíssimo, o Templo da Santíssima Trindade, manifestando ao mundo a pluralidade das três pessoas em um só Deus. Maria santíssima ao conceber por obra do Espírito Santo, o Filho de Deus, gerado pelo Pai desde a eternidade, constituiu-se assim, através do seu” Sim” como cooperadora e partícipe da grande obra de redenção do gênero humano. Antigamente esta festa era considerada “Festa do Senhor” ou anunciação de Jesus Cristo como início da redenção; a partir daí, consagrou-se a festa à Santíssima virgem Maria. A prova mais antiga deste acontecimento está no sermão de São Proclo, então Arcebispo de Constantinopla, pelos idos de (+446). Esta festa teve início no século V no Oriente. Na Espanha, pelo ano de 650, era celebrada no dia 18 dezembro, pois não se podia celebrar festas no período da Quaresma. A partir do século VI, no Ocidente, passou a ser celebrada no dia 25 de março, permanecendo até nossos dias. O caminho que o Pai escolheu para nos dar seu filho, é o mesmo que devemos tomar para chegarmos a Ele” Ad jesum per mariam”-a Jesus por Maria. Maria, entretanto, foi escolhida para receber a revelação de Deus, como Ele é em Si mesmo, não apenas através de suas obras, mas em sua intimidade (vida interior), com o Deus Uno e Trino. Maria foi à mulher que ofereceu o seu “SIM” ao seu Senhor e foi fiel nessa decisão até às últimas consequências, e até ao fim de seus dias na terra. A partir do sínodo de Éfeso em 431, onde se realizou a condenação da heresia de Nestório, o culto do povo de Deus a Maria cresceu em amor e veneração, conforme dito pelo evangelista: “chamar-me-ão bem aventurada todas as gerações da terra...” (Lc 1,48). Maria foi o primeiro templo de Deus neste mundo, e antes de recebê-lo em seu puríssimo seio já o acolhera no santuário do seu coração.

Subdiácono Silvio Botelho – ISOA.

Paróquia de Santo Estevão

Rua 07, nº 395 Loteamento Arvoredo – Mondubim

Tel. 98783.3869 MISSA AOS DOMINGOS

Mons. Eloy às 18 horas

Paróquia de São Lázaro Avenida XIV, nº 179 Conjunto

Jereissate II

Tel. 98828.6201

MISSA AOS DOMINGOS

Pe. Rdo. Maria às 17 horas

TERÇAS-FEIRAS – SANTO TERÇO - às 19 horas

MISSA VOTIVA TODO DIA 13 - às 18 horas

Paróquia de São José Rua Cassiano Correia – S/N

Centro – Ocara Tel. 98783.3869

Mons. Eloy Mons. Eloy

Paróquia de São Jorge Rua Luiz Pio – S/N

Mangabeira – Precabura

Tel. 98794.8786 MISSA AOS DOMINGOS

Pe. Norbério às 18 horas Paróquia São João Batista

Rua João Caboclo, nº 1943 – Bairro Canindezinho Tel. 085 98691.6971 Canindé - Ceará

Pe. Cordeiro MISSA AOS SÃBADOS às 17 horas

Paróquia de Santo Estevão

Rua 07, nº 395 Loteamento Arvoredo – Mondubim

Padre Auxiliar Pe. Pedro Castelo

EM MEMÓRIA

A DOM CRISÓSTOMOS MOUSSA MATANOS SALAMA

MISSIONÁRIO QUE TROUXE A IGREJA SIRÍACA ORTODOXA DE ANTIOQUIA

PARA OS BRASILEIROS

1930 1996 Entre em contato conosco: Pe. Raimundo Maria

Email: [email protected] http://igrejasirianortodoxa.com/

Oração de Jesus Alguns acreditam que o método proposto da oração de Jesus, seja um método mais adequado para monges e religiosos que não dividem seu tempo com tantos afazeres seculares. Reconhecemos que ser um monge ou monja, é um estado propício para ser um amante e praticante do método da oração incessante do coração. No entanto, esta oração, apesar de ter

sido desenvolvida nos mosteiros, é algo que foi idealizado para toda e qualquer pessoa, independente de seu estado vocacional.

Quer casados, quer solteiros, somos chamados a nos entregarmos ao Senhor de todo o nosso coração. Lembremo-nos ainda, que tanto a vida consagrada, quanto a vida matrimonial têm o mesmo objetivo a alcançar: a vida plena em Cristo (Ef 4,13). E o caminho da oração de Jesus quer nos fazer participar desta vida plena no Espírito Santo, por meio da busca incessante do Senhor em nosso coração, através da oração ininterrupta.

A oração de Jesus é um caminho de espiritualidade para todo aquele que sente a inquietante sede de sua alma, e não cessa de ouvir o chamado de Cristo que diz: “Se alguém tiver sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura: Do seu interior manarão rios de água viva” (Jo 7,37-38).

Se você é uma destas pessoas, que sente no coração a sede devoradora de uma alma sedenta pela água viva que brota do seio do Pai, então o método da oração de Jesus é um caminho excelente para ser percorrido. Comece a cavar suavemente o terreno do seu coração, batendo-lhe a porta por meio da oração humilde: Senhor Jesus, Filho de Deus, tenha pena de mim pecador! E continue perseverando dia e noite na suplica interior desta prece, que nada tem de mágica ou secreta, mas é a humilde elevação a Deus da suplica de um pecador, que quer alcançar a misericórdia do Pai (Hb 4,16).

TODA QUARTA-FEIRA

DAS 20:00 ÀS 21:00

HORAS

ANUNCIAÇÃO DO ANJO A NOSSA SENHORA

DIA 25 DE MARÇO