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1 . APRESENTAÇÃO Este Projeto Político Pedagógico é fruto do trabalho da comunidade escolar do Colégio Estadual Newton Ferreira da Costa. A construção deste plano dirigente, que envolve o Ensino Fundamental, o Ensino Médio, contempla as principais questões do nosso fazer pedagógico. Temos clareza de nossos limites e possibilidades no que se refere aos avanços significativos que devem ocorrer para que de fato este projeto se efetive. Vale afirmar que o comprometimento coletivo tem caminhado no sentido da realização plena deste trabalho e que com apoio político necessário os frutos de uma educação verdadeiramente progressista aparecerão. Diariamente estamos envolvidos em questões que até pouco tempo atrás pareciam típicas de um mundo imaginário: clonagem, internet, globalização da economia. Diante de tantas mudanças a cada dia cresce a necessidade de promover mudanças profundas também no processo de formação humana. A Constituição de 1988 já determinava em seus objetivos fundamentais a construção de uma sociedade livre, justa e solidária. A base de construção dessa sociedade democrática e solidária depende da educação, a qual particularmente, em sua forma dominante está a cargo da escola. Dentro deste mesmo contexto foi sancionada em 20 de fevereiro de 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB – nº 9394). Essa lei é decorrente de amplo debate, do qual resultam os avanços possíveis. Em seu artigo 21, ela prescreve: “A Educação escolar compõem-se de: I – Educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio; II – Educação superior. Nesse momento a LDB transforma em norma legal o dever do Estado, que prenuncia, na Constituição de 1988, no artigo 208 “progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade...”. Com o impacto das mudanças um novo perfil de sociedade e de profissionais se delineia, consequentemente a escola está sendo também repensada. 1

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1 . APRESENTAÇÃO

Este Projeto Político Pedagógico é fruto do trabalho da comunidade

escolar do Colégio Estadual Newton Ferreira da Costa.

A construção deste plano dirigente, que envolve o Ensino Fundamental, o

Ensino Médio, contempla as principais questões do nosso fazer pedagógico.

Temos clareza de nossos limites e possibilidades no que se refere aos avanços

significativos que devem ocorrer para que de fato este projeto se efetive.

Vale afirmar que o comprometimento coletivo tem caminhado no sentido

da realização plena deste trabalho e que com apoio político necessário os

frutos de uma educação verdadeiramente progressista aparecerão.

Diariamente estamos envolvidos em questões que até pouco tempo atrás

pareciam típicas de um mundo imaginário: clonagem, internet, globalização da

economia. Diante de tantas mudanças a cada dia cresce a necessidade de

promover mudanças profundas também no processo de formação humana.

A Constituição de 1988 já determinava em seus objetivos fundamentais a

construção de uma sociedade livre, justa e solidária. A base de construção

dessa sociedade democrática e solidária depende da educação, a qual

particularmente, em sua forma dominante está a cargo da escola.

Dentro deste mesmo contexto foi sancionada em 20 de fevereiro de

1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB – nº 9394). Essa

lei é decorrente de amplo debate, do qual resultam os avanços possíveis. Em

seu artigo 21, ela prescreve:

“A Educação escolar compõem-se de:

I – Educação básica, formada pela educação infantil, ensino

fundamental e ensino médio;

II – Educação superior.

Nesse momento a LDB transforma em norma legal o dever do

Estado, que já prenuncia, na Constituição de 1988, no artigo 208

“progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade...”.

Com o impacto das mudanças um novo perfil de sociedade e de

profissionais se delineia, consequentemente a escola está sendo também

repensada.

1

O Brasil sintonizado com as demandas educacionais atuais do mundo

todo vem tentando conciliar humanismo e tecnologia, conhecimento dos

princípios científicos que presidem a produção moderna e exercício da

cidadania plena, formação ética e autonomia intelectual num esforço de

unificar para superar dualismos, e diversificar para ampliar as oportunidades

de formação.

Este projeto, elaborado pelo coletivo da instituição é uma forma de

exercício de sua própria autonomia. Pretende-se rever nossa prática

educacional, significando e construindo os conteúdos, as estratégias, a

organização da sala de aula, da escola, a relevância dos temas abordados, os

recursos didáticos disponíveis e adotados. E num terceiro momento refletir

sobre as exigências da vida moderna para o desenvolvimento de nossos

adolescentes, jovens e adultos, que serão cidadãos do novo milênio.

2

2. IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA

No mundo contemporâneo estão ocorrendo mudanças no mundo do

trabalho que apontam novas formas de relação entre ciência e trabalho. Essa

nova realidade exige novas formas de mediação entre o homem e o

conhecimento.

Nome: Colégio Estadual Newton Ferreira da Costa

Localização: Rua Américo Vespúcio, nº 745, Bairro Lindóia, Cep: 81010-

250, na cidade de Curitiba, Estado do Paraná. Telefone: 3246-6177. e-mail:

[email protected]

3

3. OBJETIVOS GERAIS

O objetivo deste Projeto Político Pedagógico é garantir a continuidade dos

processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência

humana e no trabalho, efetivando na prática escolar os princípios da Educação

constantes na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (BRASIL, LDB: 1996 Art. 1o

e 3o). Os princípios e fins da Educação Nacional deverão nortear todo o

trabalho administrativo e pedagógico considerando: igualdade de condições

para acesso e permanência na escola; liberdade para aprender e ensinar,

divulgando a cultura e o pensamento; pluralismo de ideias e concepções

pedagógicas; respeito e tolerância com o outro; gratuidade do Ensino público;

valorização do profissional da educação; gestão democrática; garantia de

padrão de qualidade; valorização da experiência extra-escolar; vinculação

entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.

4

4. MARCO SITUACIONAL

O Colégio Estadual Newton Ferreira da Costa, foi criado enquanto Escola

Estadual, pelo Decreto nº. 3533 de 30/12/66 e atualizada a funcionar pela

Portaria nº 7308 de 30/12/66 com o nome de Ginásio Estadual da Vila Lindóia.

Através do Decreto nº 5209 de 16/05/67 a escola recebeu a denominação de

Ginásio Estadual “Professor Newton Ferreira da Costa”.

Foi reorganizada, de acordo com Decreto 1393/75 e Parecer 333/72 do

Conselho Estadual de Educação como Complexo Escolar “Dom Ático Eusébio da

Rocha”, constituídos pelos Seguintes estabelecimentos: Escola Newton Ferreira

da Costa – Ensino Regular e Supletivo de 1º e 2º Grau, (que possuía poucas

salas de aula e por isso ocupava salas da Escola “Dom Ático Eusébio da

Rocha”),o antigo Ginásio Estadual Professor Newton Ferreira da Costa, Grupo

Dom Ático Eusébio da Rocha, Escola Elevir Dionysio – Ensino de 1ª à 4ª Séries e

Escola João de Oliveira Franco – Ensino de 1ª e 6ª Série de Primeiro Grau. Em

16/06/76 houve a entrega solene, pelo Secretário de Educação e Cultura, do

terreno para construção do novo prédio da Escola Newton Ferreira da Costa.

Através do Decreto n. 4651/78 foram desdobrados em Escola Newton Ferreira

da Costa Ensino Regular e Supletivo de 1º Grau – 5ª à 8ª Séries e Supletivo

Fase II, e já no novo prédio Escola Dom Ático Eusébio da Rocha de 1ª à 4ª Série

do 1º Grau.

O parecer 30/03/80 autorizou a funcionar na Escola Newton Ferreira da

Costa o Ensino de 2º Grau com a denominação de Colégio Estadual Newton

Ferreira da Costa. Assim em atendimento à Lei 5692/71, reorganizou-se,

implantando em 1972 o Ensino de 1º Grau e em 1980, o Ensino de 2º Grau.

Com a resolução 388 de 31/01/85, o estabelecimento passou a oferecer o

Ensino de 2º Grau com Habilitação em Magistério e pela resolução 1940 de

14/07/89 iniciou a oferta em nível de Educação Geral. Finalmente através da

Resolução 4.014/88 a Escola passou a ofertar o Ensino Básico de 1ª à 4ª Série

de 1º Grau.

De acordo com a lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº.

9394/96 e Deliberação nº. 003/98 do Conselho Estadual de Educação de

02/07/98 passa a denominar-se Colégio Estadual Newton Ferreira da Costa,

5

Ensino Fundamental e Médio.

Em 2005 foi implantado o Curso Profissionalizante de Técnico em

Secretariado, na modalidade Subsequente e em 2006 pedimos a cessação do

curso, por falta de demanda.

4.1 BIOGRAFIA DO PROFESSOR NEWTON FERREIRA DA COSTA

Dr. Newton Ferreira da Costa, nasceu no município de São José dos

Pinhais, Paraná, dia 05 de novembro de 1908. Filho de Cel. Alfredo Ferreira da

Costa e da Professora Acácia Macedo Costa.

Bacharel em Direito pela Universidade Federal do Paraná, exerceu a

função de oficial Administrativo na Secretaria de Interior e Justiça por alguns

anos. Em 1932 prestou concurso para Juiz de Direito, onde foi aprovado em 1º

lugar. Exerceu suas funções de Juiz de direito em várias cidades do interior do

Paraná.

Em 1945, lecionou na cidade da Lapa e em 1947 ocupou o cargo de

Diretor de Colégio Estadual “General Carneiro”.

Em 1953 aposentou-se das funções de Juiz, transferindo-se para o Estado

de Minas Gerais onde ao mesmo tempo em que advogava lecionava “prática

Jurídico-Comercial” na Escola e Comércio.

Em 1955 removeu-se para União da Vitória, lecionando português no

Ginásio Estadual.

Em 1958 fixou residência nesta capital, onde como professor lecionou em

vários Colégios.

Seu plano de ensino fez da escola Paranaense em que lecionou um

modelo na eficiência de ensino. Faleceu em 31 de março de 1967.

4.2 DIAGNÓSTICO DA ESCOLA

No diagnóstico realizado durante as reuniões com a comunidade

escolar para a construção do Projeto político pedagógico, definiu-se a

sociedade que temos como injusta, violenta, desigual, consumista, pseudo-

moralista e corrupta, comandada por inescrupulosos muitas vezes. Considera-

6

se também uma sociedade preconceituosa e descomprometida com a

educação.

Já no âmbito da escola, esta é considerada limpa, organizada, faltam

materiais, os recursos financeiros são limitados com problemas na estrutura

física, como a quadra de esportes coberta (a qual foi iniciada e não concluída,

ficando os alunos com espaço reduzido para aulas de educação física e

recreio).

Em meados do ano de 2007 a quadra coberta foi concluída,

possibilitando um trabalho mais efetivo nas aulas de Educação Física.

A falta de incentivo aos esportes para jogos inter colegiais é citada pelos

professores na discussão sobre o projeto político pedagógico, pois é necessário

um maior treinamentos dos atletas em período contrário. Segundo aos

professores, não existe incentivo financeiro para este fim.

Quanto aos recursos humanos, há necessidade de ampliação do quadro

de serviços gerais e falta também apoio ao professor quanto ao uso do

laboratório de informática para um real uso das tecnologias anunciadas.

Neste ano de 2008 iniciou-se o treinamento dos professores para o uso

do laboratório de informática e da tv pendrive.

Há pouca participação da comunidade nas decisões escolares.

Enfatizou-se a necessidade de haver uma maior integração entre os

turnos. No ano de 2008, com a função de uma pedagoga de 40 horas na

escola, esta questão foi resolvida.

Nossa escola atende uma clientela bastante numerosa, oriunda em sua

maioria do próprio bairro. A maior parte dos educandos mora com os pais e o

nível sócio-econômico dos alunos enquadra-se, em sua maioria, na faixa de 2 a

4 salários mínimos, onde ambos os pais trabalham, como se pode observar

nos gráficos em anexo.

A zona residencial próxima possui saneamento básico e Rede

Pública de abastecimento de energia elétrica. Algumas ruas possuem antipo, e

há linha de ônibus à meia quadra do Colégio. Nas proximidades existe uma

comunidade carente que utiliza terreno da prefeitura para moradia e onde

funciona a Comunidade Profeta Elias, instituição que luta pelos direitos dos

moradores locais e há alguns anos atrás se voltava continuamente a

7

desenvolver projetos na área social e pedagógica. Infelizmente atualmente

perdeu-se este espaço e espera-se poder conquistá-lo em breve, pois temos

muitos alunos que necessitam desses serviços.

Na apuração das questões abertas da pesquisa sócio-econômica

realizada com os responsáveis pelos alunos à maioria dos responsáveis

manifestaram satisfação com a escola em geral.

Quanto à segurança, 10% dos respondentes solicitaram mais inspetores

na escola para cuidarem da entrada e saída, maior atenção às brigas nos

intervalos de aulas; maior presença da patrulha escolar para que possam

"inibir" os rachas em frente à escola e para realizarem revistas aos alunos com

suspeita de utilização e porte de drogas.

Em referência a questão pedagógica, 5% dos responsáveis mencionaram

sobre melhorar a seleção e capacitação dos professores e funcionários; adquirir

mais material didático (data-show, o qual já foi adquirido neste ano, com

recursos da APMF); maior incentivo ao esporte; realizar mais atividades extra-

classe; mais aulas práticas; aulas diferenciadas como a capoeira, judô, dança,

balet, banda de musica... há a necessidade de ter mais professores para a

eventualidade de faltas e substituição; ter mais lição para casa; aulas mais

criativas em Arte; colocar aula de Espanhol; comunicação aos pais sobre os

dias de prova; mais incentivo à leitura; maior atenção aos alunos com

dificuldade de aprendizagem; dar mais atenção à disciplinas dos alunos;

utilização do laboratório e internet.

Sobre o atendimento em geral, os pais pediram para que tenha mais

diálogo com os alunos; maior flexibilidade nos horários; liberação de alunos

que não querem participar de atividades extra-classes; adiantamento das aulas

quando há falta de professores.

Obs: sobre a atenção à disciplina é meta da escola (inclusive consta no

Plano de Ação) o contato com os pais, imediatamente ao ocorrido, de forma

sistemática com anotação em ficha própria.

Quanto ao adiantamento de aulas, é propósito da escola não liberar os

alunos antes do horário previsto por questões de segurança. Neste caso,

ocorrendo falta de professor, são ministradas atividades educativas com os

alunos. Quanto à flexibilidade de horários de entrada e saída dos alunos,

8

entendemos que a escola tem um regulamento e que este deverá ser

cumprido, para a manutenção da ordem na escola, salvo em algumas

exceções, as quais sempre são analisadas pela coordenação pedagógica e

direção.

Os professores relataram, na Capacitação Pedagógica de 2007, que estão

desmotivados, sentindo-se sobrecarregados e mal remunerados. Registraram

também, que há pouca participação deles mesmos em reuniões e eventos, a

não ser naqueles em que são convocados.

Na percepção dos alunos, conforme resultados da avaliação institucional e de

pré-conselho de classe realizadas em 2006 e 2007, estes consideram a escola

boa em sua organização pedagógica e espaço físico, gostam da maioria dos

professores, porém reclamaram da indisciplina das turmas, que algumas vezes

dificulta a aprendizagem. Lembraram também que há necessidade de

metodologias diversificadas por parte dos professores

para que as aulas fiquem mais interessantes.

Quanto aos aspectos culturais da escola, esta tem trabalhado com a

Semana Cultural, Show de Talentos, Festival de Dança e Festa Junina.

Os resultados de avaliações externas, conforme indicadores educacionais

do Censo Escolar (INEP, 2005), demonstram que a escola obteve melhor

colocação em relação as escolas do Município, do Estado e do Brasil nos itens

referentes a aprovação, reprovação e abandono. Neste sentido, concluímos que

há um comprometimento da equipe escolar em primar por um ensino de

qualidade. A escola é bem conceituada na comunidade e no setor.

Consequentemente, no ano de 2007 houve um aumento de matrículas.

Sobre o aproveitamento dos estudantes, conforme tabela abaixo,

verifica-se que o índice de evasão dos alunos é baixo, porém o índice de

reprovação ainda está acima do esperado. O trabalho coletivo realizado no ano

de 2006 em relação ao aproveitamento escolar permitiu um acompanhamento

efetivo no trabalho dos professores visando à melhoria do processo ensino

aprendizagem. No ano de 2007 o trabalho será re-encaminhado, visando

melhores resultados.

Os índices de reprovação em 2007, das primeiras séries do Ensino Médio

foram considerados altos e justifica-se o resultado pelo fato da clientela vir

9

diversificada e não estar adaptada ao sistema de ensino e avaliação da escola.

No decorrer do tempo, os segundos e terceiros anos apresentam melhor

rendimento, como se pode verificar nas tabelas a seguir.

Em 2008, o índice geral de reprovação e de 24% e 76% de aprovação,

continuando semelhante ao ano anterior (ver tabela na pg. 24). O índice de

reprovação torna-se alto devido ao número de evasão do Ensino Médio

principalmente, o qual não é um problema local, mas em nível Estadual e

Federal. Tanto assim que para este ano de 2009 foi reformulado a organização

pedagógica do Ensino Médio e implantado o regime semestral, por blocos de

disciplina. A fundamentação teórica para tal mudança está presente no marco

conceitual deste projeto e no ítem que trata sobre Avaliação.

10

Relatório final de aproveitamento escolar 2006

PERÍODO DA MANHÃ

Ensino Fundamental

5A 6A 7A 8A 8B Total %Nº de alunos 31 34 36 35 31 167 100Aprovados 22 19 19 22 24 106 63,4Ap. por conselho 3 5 11 9 3 31 18,5Reprovados 5 9 6 0 4 24 14,3Rep. por falta 1 1 0 1 0 3 1,7

Ensino Médio

1A 1B 1C 1D 2A 2B 2C 3A 3B Total %Nº de alunos 28 31 28 33 31 24 25 30 27 257 100Aprovados 19 12 10 14 25 11 22 26 19 158 61,4Ap. por conselho 1 6 4 10 3 8 0 1 7 40 15,5Reprovados 7 10 14 9 2 4 2 3 1 52 20,3Rep. por falta 1 3 0 0 1 1 1 0 0 7 2,7

PERÍODO DA TARDE

Ensino Fundamental

5B 5C 5D 6B 6C 7B 7C 8C Total %Nº de alunos 33 31 31 33 33 34 30 27 252 100Aprovados 25 17 14 16 15 13 13 14 127 50,3Ap. por conselho 4 9 8 9 8 10 14 6 68 26,9Reprovados 3 5 9 8 10 10 2 6 53 21Rep. por falta 1 0 0 0 0 1 1 1 4 1,5

PERÍODO DA NOITE

Ensino Médio

1E 2D 3C Total %Nº de alunos 33 36 38 107 100Aprovados 11 19 29 59 55,1Ap. por conselho 5 9 7 21 19,6Reprovados 15 6 1 22 20,5Rep. por falta 2 2 1 5 4,6

11

Dados de desempenho escolar no Ensino Fundamental 2007

Indicadores EF de 8 anos 5ª 6ª 7ª 8ª GeralReprovação/

retenção%

19,8 20,6 13,6 3,3 15,3

Aprovação%

65,4 77,7 84,8 92,2 81,8

Abandono%

14,7 1,5 2,1 4,4 2,9

Dados de desempenho escolar no Ensino Médio 2007

Indicadores1º 2º 3º Geral

Reprovação/ retenção

%28,2 9,6 2,7 16,7

Aprovação%

56 82,8 88,1 71,3

Abandono%

15,8 7,6 9,2

Sala de Apoio

Atendidos Aprovados Retidos / Reprovados

Nº e abandono ao programa

76 38 38 34

OBS: Quanto aos dados sobre a sala de apoio, dos 38 alunos reprovados, 34 abandonaram o programa. Os outros quatro foram reprovados mesmo participando do programa.

12

Dados de aprovação no Ensino Fundamental 2007

IndicadoresEF de 8 anos 5ª 6ª 7ª 8ª GeralNº de alunos aprovados pelo Conselho de Classe

98 98 80 82 358

% de alunos aprovados pelo Conselho de Classe em relação ao nº total de alunos aprovados

29 30 24 22 105

Dados de aprovação no Ensino Médio 2007

IndicadoresEnsino Médio 1º 2º 3º GeralNº total de alunos aprovados

107 84 95 286

Nº de alunos aprovados pelo Conselho de Classe

40 17 15 72

% de alunos aprovados pelo Conselho de Classe em relação ao nº total de alunos aprovados

37,3 20,2 15,7 25,1

Índice de reprovação / Disciplinas - 2007Ensino Fundamental

5ª AArtes 3,1%

Ciências 12,5%Educação Física 3,1%Ensino Religioso -

Geografia 15,6%História 15,6%

Língua Portuguesa -Matemática 6,2%

Inglês 12,5%

13

5ª BArtes 12,1%

Ciências 30,3%Educação Física 15,1%Ensino Religioso 6,06%

Geografia 30,3%História 33,3%

Língua Portuguesa 27,2%Matemática 30,3%

Inglês 27,2%

5ª CArtes -

Ciências 10%Educação Física -Ensino Religioso -

Geografia 10%História 10%

Língua Portuguesa 6,6%Matemática 6,6%

Inglês 6,6%

5ª DArtes 11,7%

Ciências 35,2%Educação Física 11,7%Ensino Religioso 5,8%

Geografia 35,2%História 32,3%

Língua Portuguesa 26,4%Matemática 35,2%

Inglês 35,2%

6ª AArtes 2,9%

Ciências 2,9%Educação Física 2,9%Ensino Religioso -

Geografia 8,8%História 8,8%

Língua Portuguesa 8,8%Matemática 8,8%

Inglês 11,7%

6ª BArtes -

Ciências 6,2%Educação Física 3,1%Ensino Religioso 3,1%

Geografia 18,7%História 15,6%

Língua Portuguesa 18,7%Matemática 21,8%

Inglês 9,3%

14

6ª CArtes 6,2%

Ciências 18,7%Educação Física -Ensino Religioso -

Geografia 28,1%História 18,7%

Língua Portuguesa 21,8%Matemática 21,8%

Inglês 18,7%

6ª DArtes 6,8%

Ciências 20,6%Educação Física 10,3%Ensino Religioso -

Geografia 27,5%História 13,7%

Língua Portuguesa 27,5%Matemática 17,2%

Inglês 24,1%

7ª AArtes -

Ciências 15,1%Educação Física 3,03%

Geografia 9,09%História 12,1%

Língua Portuguesa -Matemática 21,2%

Inglês 21,2%

7ª BArtes 6,6%

Ciências 10%Educação Física -

Geografia 10%História 3,3%

Língua Portuguesa 10%Matemática 13,3%

Inglês 10%

7ª CArtes 3,1%

Ciências -Educação Física 3,1%

Geografia 9,3%História 6,2%

Língua Portuguesa 3,1%Matemática 9,3%

Inglês 3,1%

8ª A - não houve reprovação

15

8ª BArtes 3,2%

Ciências 6,4%Educação Física 3,2%

Geografia 12,9%História 9,6%

Língua Portuguesa 6,4%Matemática 6,4%

Inglês 6,4%

8ª C - não houve reprovação

16

Índice de reprovação / Disciplinas - 2007Ensino Médio

1º AQuímica 18%

Matemática 18,1%História 6%

Geografia 15,1%Física 21,2%

Biologia 24,2%Língua Portuguesa 15%

Artes 3%Ed. Física 3%

1º BQuímica 20,5%

Matemática 2,9%História 5,8%

Geografia 17%Física 29,4%

Biologia 11,7%Língua Portuguesa 20,5%

Artes 5,8%Ed. Física 2,9%

1º CQuímica 28,1%

Matemática 43,7%História 17,6%

Geografia 31%Física 35,2%

Biologia 3,4%Língua Portuguesa 43,7%

Artes 25%Ed. Física 21,8%

1DQuímica 8,3%

Matemática 25%História 2,7%

Geografia 16,6%Física 30,5%

Biologia 16,6%Língua Portuguesa 16,6%

Artes -Ed. Física 2,7%

Inglês 11,1%

17

1E

Química 16,6%Matemática 23,3%

História 3,3%Geografia 6,6%

Física 20%Biologia 13,3%

Língua Portuguesa 33,3%Artes 3,3%

Ed. Física 13,3%Inglês 13,3%

1º FQuímica 35,4%

Matemática 35,4%História 25,8%

Geografia 29%Física 35,4%

Biologia 29%Língua Portuguesa 6,4%

Artes 19,3%Ed. Física 25,8%

Inglês -

2º AQuímica 7,4%

Matemática 7,4%História 3,7%

Geografia 3,7%Física 3,7%

Biologia 3,7%Língua Portuguesa 7,4%

Artes 3,7%Ed. Física 3,7%Filosofia 3,7%

2º BQuímica 17,8%

Matemática 17,8%História 10,7%

Geografia 14,2%Física 14,2%

Biologia 7,1%Língua Portuguesa 10,7%

Artes 7,1%Ed. Física 10,7%Filosofia 7,1%Inglês 10,7%

18

2º CQuímica 13,6%

Matemática 4,5%História 4,5%

Geografia 4,5%Física 4,5%

Biologia 4,5%Língua Portuguesa 13,6%

Artes 4,5%Ed. Física 9%Filosofia 4,5%Inglês -

2º DQuímica 10%

Matemática 10%História 6,6%

Geografia 6,6%Física 6.6%

Biologia 6,6%Língua Portuguesa 6,6%

Artes 6,6%Ed. Física 10%Filosofia 6,6%Inglês 3,3%

3º A e 3º B100% de Aprovação

3º CQuímica 6,3%

Matemática 14,8%História -

Geografia 4,2%Física 2,1%

Biologia 8,5%Língua Portuguesa 2,1%

Artes -Ed. Física 4,2%Sociologia 4,2%

Inglês -

19

RELATÓRIO DE APROVAÇÃO E REPROVAÇÃO – 2008

MANHÃTurma Total de

alunosAprovados

%Aprov. por

Conselho de Classe

%

Total de aprovados

%

Reprovados%

Desistentes%

Total de Reprovados

%

5A 24 79,16 8,33 87,49 8,33 4,16 12,49

6A 35 71,42 11,42 82,84 5,71 11,42 17,13

7A 38 63,15 7,89 71,04 18,42 10,52 28,94

8A 30 60 36,66 96,66 0 3,33 3,33

8B 34 67,64 23,52 91,16 5,88 2,94 8,82

1A 35 22,85 37,14 59,99 22,85 17,14 39.99

1B 37 40,54 24,32 64,86 21,62 13,51 35,13

1C 35 28,57 31,42 59,99 28,57 14,42 22,99

1D 32 40,62 25 65,62 31,25 3 34,25

1E 34 52,94 2,94 55,88 11,76 5,88 17,64

2A 34 64,7 11,76 76,46 20,58 2,94 23,52

2B 33 63,63 9,09 72,72 9,09 18,18 27,18

2C 33 57,57 33,33 90,9 6,06 3 9,06

3A 27 51,85 18,51 70,36 18,51 11,11 29,62

3B 26 65,38 11,53 76,91 3,84 19,23 23,07

3C * 37 51,35 24,32 75,67 5,4 18,91 24,31

3C* NOTURNO

20

RELATÓRIO DE APROVAÇÃO E REPROVAÇÃO – 2008

TARDETurma Total de

alunosAprovados

%Aprov. por

Conselho de Classe

%

Total de aprovados

%

Reprovados%

Desistentes%

Total de Reprovados%

5B 32 65,62 9,37 74,99 15,62 9,37 24,99

5C 35 51,42 25,7 77,12 8,57 14,28 22,85

5D 33 45,45 33,33 78,78 15,15 6,06 21,21

6B 28 35,71 25 60,71 32,14 7,14 39,28

6C 29 55,17 24,13 79,3 13,79 6,89 20,68

6D 29 41,37 17,24 58,61 34,48 6,89 41,37

7B 36 80,55 8,33 88,88 8,33 2,7 11,03

7C 37 78,37 8,1 86,8 8,1 5,4 13,5

8C 29 65,51 17,24 82,75 6,89 10,34 17,29

TOTAL GERAL

Total de alunos

do colégio

Aprovados%

Aprovados por C.C.%

Total de Aprovados

%

Reprovados%

Desistentes%

Total de Reprovados

%

792 56 20 76 14,5 9,5 24

SALA DE APOIO – 2008

Turma Total de

alunos

Aprovados %

Aprov. por Conselho de

Classe%

Total de aprovados

%

Reprovados%

Língua Port.ugue

sa 24 50 16,6 66,6 33,4

Obs: Dos 8 alunos reprovados, 5 foram faltosos, frequentaram as aulas apenas no primeiro dia,

apesar de serem convocados.

21

SALA DE APOIO – 2008

Turma Total de

alunos

Aprovados

%

Aprov. por Conselho de

Classe%

Total de aprovados

%

Reprovados

%

Matemática 22 31,8 40,9 72,7 27,2

Obs: Dos 6 alunos reprovados, 5 foram faltosos, frequentaram as aulas apenas no

primeiro dia, apesar de serem convocados.

22

RELATÓRIO FINAL DE APROVEITAMENTO ESCOLAR – 2009 ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO MEDIO

5ª SÉRIES 1º ANOTURMA 5A 5B 5C 5D TOTAL TURMA 1 A 1 B 1 C 1 D 1 E 1 F TOTALNº ALUNOS 24 35 35 35 129 Nº ALUNOS 25 32 25 31 25 32 170AP/CC 4 10 10 11 35 AP/CC 5 7 5 7 5 10 39REPROV 2 2 2 1 7 REPROV 5 7 3 4 2 5 26PERC/ AP/CC 16,7% 28,6% 28,6% 31,4% 27,1% PERC/ AP/CC 20,0% 21,9% 20,0% 22,6% 20,0% 31,3% 22,9%PERC/REPROV 8,3% 5,7% 5,7% 2,9% 5,4% PERC/REPROV 20,0% 21,9% 12,0% 12,9% 8,0% 15,6% 15,3%

6ª SÉRIES 2º ANOTURMA 6A 6B 6C 6D TOTAL TURMA 2 A 2 B 2 C 2 D TOTALNº ALUNOS 24 34 33 35 126 Nº ALUNOS 29 34 28 34 125AP/CC 4 18 7 9 38 AP/CC 8 8 9 10 35REPROV 2 1 4 3 10 REPROV 2 7 4 8 21PERC/ AP/CC 16,7% 52,9% 21,2% 25,7% 30,2% PERC/ AP/CC 27,6% 23,5% 32,1% 29,4% 28,0%PERC/REPROV 8,3% 2,9% 12,1% 8,6% 7,9% PERC/REPROV 6,9% 20,6% 14,3% 23,5% 16,8%

7ª SÉRIES 3º ANOTURMA 7A 7B 7C TOTAL TURMA 3 A 3 B TOTALNº ALUNOS 36 34 32 102 Nº ALUNOS 32 34 66AP/CC 12 14 13 39 AP/CC 4 4 8REPROV 3 3 0 6 REPROV 0 0 0PERC/ AP/CC 33,3% 41,2% 40,6% 38,2% PERC/ AP/CC 12,5% 11,8% 12,1%PERC/REPROV 8,3% 8,8% 0,0% 5,9% PERC/REPROV 0,0% 0,0% 0,0%

8 ª SÉRIESTURMA 8A 8B 8C TOTALNº ALUNOS 41 39 35 115AP/CC 14 13 13 40REPROV 2 3 1 6PERC/ AP/CC 34,1% 33,3% 37,1% 34,8%PERC/REPROV 4,9% 7,7% 2,9% 5,2%

4.2.1 PROJETOS DA ESCOLA

Em 2007 um representante da escola participou da capacitação do

Projeto “Saber Saúde” . Através das professoras de Educação Física e também

da pedagoga que na falta de professores, em horários regulares, ministrava

as palestras e utilizava os vídeos e prospectos do projeto.

No ano de 2008 foi realizado pela professora de Língua Portuguesa do

Ensino Fundamental, a qual faz parte do PDE - Programa de Desenvolvimento

na Educação - "A arte de contar histórias, teia mágica que enreda leitores", em

período contrário ao de aula para as 5ª séries do Ensino Fundamental. Os

alunos estagiários do curso de Letras da PUC trabalharam com "Projeto de

Leitura", o qual teve participação e interação de todos os professores do Ensino

Fundamental do período da tarde. Na área de Ciências a professora que atua

no PDE juntamente com outros professores da escola desenvolveram os

projetos "A escola muda o seu papel", "Rios de Curitiba e urbanização". Quanto

ao Projeto “A escola muda o seu papel”, os alunos adquiriram o hábito de

separar o papel em latas de lixo próprias.

Em 2009 participamos do Programa “Viva Escola”, que consiste de

atividades de complementação curricular da disciplina de História, como

responsável a Professora Débora Regina kipper Foes dos Santos, tendo como

nácleo de conhecimento: Científico Cultural; atividades em Mídias; título do

projeto: Radio e Jornal Newton (mais tarde reformulado para “Jornal do

Colégio”, pelo motivo de não termos equipamentos necessários à rádio). O

projeto tem como justificativa dar oportunidade aos alunos de divulgação e

socialização de atividades e estudos realizados pela comunidade escolar. Tem

como objetivo a socialização do conhecimento científico, artístico, literário,

filosófico e outros de interesse da comunidade. Deve estimular a curiosidade e

a pesquisa; aliar o trabalho científico com o prazer e entretenimento; integrar a

comunidade criando canais de troca de informações; desenvolver

potencialidades como expressão oral, escrita, raciocínio lógico, argumentação

e auto descobrimento; promover a cooperação e responsabilidade através de

trabalhos individuais e em grupo.

A avaliação do Projeto foi satisfatória e continuará em 2010 com a

23

intenção de aprimorar ainda mais. Terá como professora responsável a

Professora da disciplina de Artes, Lorena Viera Denis.

Para 2010 também temos previsto o Projeto ATO, que é uma parceria

com a Bayer Schering Pharma, na implementação do seu Programa de Atenção

e Orientação à Saúde Sexual e Reprodutiva. Este Projeto já aconteceu na

escola há algum tempo atrás e tivemos ótimos resultados em relação à

satisfação dos alunos e à satisfação da coordenação pedagógica. Portanto

neste ano teremos novamente, atendendo as turmas de 8ª séries do Ensino

Fundamental e 1ºs anos do Ensino Médio. O Programa consiste em melhorar a

compreensão e aceitação da fase adolescente na vida das pessoas. Segundo

os responsáveis por este Programa, ele tem colaborado para melhorar a saúde

sexual e reprodutiva de milhares de jovens e adultos que participaram das

atividades, em especial no que trata da prevenção da gravidez não planejada.

A implementação do Projeto em nossa escola acontecerá na primeira semana

de Maio.

4.3 ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DA ESCOLA

I – Conselho Escolar

Valdir Fernando Moreschi (segmento: direção)

Sirlene Pellizzari Mayer (segmento: equipe pedagógica)

Niura Bicalho Barroso (segmento: equipe pedagógica)

Rosane Maria da Silva (segmento: corpo docente)

Reginaldo Battistini (segmento: corpo docente)

Carlos André Teodoro (segmento: corpo docente)

Hilda Romanowski Tratch (segmento: corpo docente)

Ivone Aparecida Manzoli Ribeiro (segmento: equipe técnico-administrativa)

Luciane Cristina Arruda (segmento: equipe técnico-administrativa )

Clotilde Teixeira Vieira (segmento: equipe auxiliar operacional)

Margarida Gonçalves (segmento: equipe auxiliar operacional)

Altamir Ribeiro (segmento: pais de alunos E. F.)

Tatiane Christina Arruda (segmento: pais de alunos E.F)

Almeri. A. de Oliveira Fernandes (seguimento: pais de alunos E.M)

Anderson Pellizzari (segmento: pais de alunos E.M)

24

Pietra Brandeemburg (segmento: corpo discente E.F)

Beatriz Ribeiro (segemtno: corpo discente E.F)

Henrique Rocha Baumann (segemento:corpo discente E.M)

Jehinyffer Pauls Lima (segmento:corpo discente E.M)

Enê Stadler Barnes (segmento: representante APMF)

Lenilda Luz Gama (seguimento: representante APMF)

II – Equipe de Direção

Valdir Fernando Moreschi

III – Equipe Pedagógica

Adriane Heller Nadolny Michel

Niura Bicalho Barroso

Sirlene Pelizari Mayer

- Corpo Docente

Adriana Butka Markoski (Língua Inglesa)

Ana Emilia Staben (História)

Ana Lúcia Monticelli (Sociologia)

Antonio Carlos Garcia Gimenes (Ciências)

Bernadete Mikilita Serafini (Português)

Camila Rodrigues da Penha (Artes)

Carlos Alberto de Oliveira (Química)

Carlos André Teodoro (Matemática e Física)

Damaris Leonardi C. Gumiel Moreschi (Biologia)

Enê Stadler Barnes (Matemática)

Fernanda Mota de Barros (Português)

Herotides Aparecida dos Reis (Artes)

Hilda Romanowski Tractch (Língua Inglesa)

João Aparecido Farias (Inglês)

Joel dos Santos (Filosofia e História)

Josiana Olinda Esteves Euflasino (Língua Portuguesa)

Lenilda Luz Gama (Língua Portuguesa)

25

Lorena Viera Denis (Artes)

Maria do Rocio E. dos Santos (Filosofia)

Martina Lia Arloit (Geografia)

Michelle Rodrigues de Almeida (Educação Física)

Reginaldo Battistini (Geografia)

Rita de Cássia Milleo Mainardes (Língua Portuguesa)

Rosa Maria de Souza (Educação Física)

Rosane Maria da Silva (Geografia)

Rosangela Costacurta(História)

Rubens de Souza Leal Filho (Matemática)

Sandra Christina Pupo (Ciências)

Simone Carvalho Kichileski (Matemática)

Thiago Trajano Fabri (Física)

Vandamir Palmeiro (Biologia e Ciências)

IV – Funcionários

Brasiliano Onofre

Clotilde Teixeira dos Santos Vieira

Dinorá Fátima Portela

Gentil Custódio de Melo

Ivone Aparecida Manzoli Ribeiro

Luciane Cristina Arruda

Margarida Alves

Maria da Luz de Almeida Barbosa

Maria do Carmo Messias Ramos

Mariluce Martins Vieira

Rita Raquel da Veiga

Rosi de Jesus Martins Rosembrock

Sirlene Aureliano Frogéri Bettega

V – Órgãos complementares

Associação de pais, mestres e funcionários

Everly do Rocio Cieslak (presidente)

Altamir Ribeiro (vice-presidente)

26

Mauri Kichileski (1º tesoureiro)

Eloir Blandemburg (2º tesoureiro)

Lenilda Luz Gama (1º secretário)

Enê Stadler Barnes (2º secretário)

Adriane Heller Nadolny Michel (1º diretor sócio cultural esportivo)

Sirlene Pellizzari Mayer (2º diretor sócio cultural esportivo)

Edson Bucko Tuffi (Conselho Deliberativo)

Rosane Maria da Silva (Conselho Deliberativo)

Ivone Aparecida Manzoli Ribeiro (Conselho Deliberativo)

Margarida Gonçalves (Conselho Deliberativo)

Dinorá Fátima Portela (Conselho Deliberativo)

Rosi de Jesus Martins Rosembrock (Conselho Deliberativo)

Almeri Aparecida de Oliveira Fernandes (Conselho Deliberativo)

Tatiane Christina Arruda (Conselho Deliberativo)

27

4.4 ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR

2006

Tabela 1: Horário de funcionamento da escolaPeríodos Horários Turmas

Manhã 07:30 às 11:50 horas 14Tarde 13:15 às 17:35 horas 08Noite 19:10 às 22:50 horas 05

Tabela 2: Distribuição das Turmas nos Períodos

EDUCAÇÃO GERAL

Manhã Turmas Sub. Total de Alunos por Série

Ensino Fundamental

Ensino Médio

8ª - A, B 631ª - A, B, C, D 1302ª - A, B, C 1183ª - A, B 625ª A 326ª A 327ª A 37

Subtotal Manhã 474

ENSINO FUNDAMENTAL

Tarde

Ensino Fundamental

5ª - B, C, D 94

6ª - B, C 66

7ª - B, C 65

8ª C 27

ENSINO MÉDIO

Subtotal Tarde 252

Noite

Ensino Médio1º - E 332º - D 393º - C 40

PÓS-MÉDIO Secretariado

Séc. 1.1 24

Séc. 2.1 18

Subtotal Noite 154

Total 880

28

2007

Tabela 1: Horário de funcionamento da escolaPeríodos Horários Turmas

Manhã 07:30 às 11:50 horas 15Tarde 13:15 às 17:35 horas 09Noite 19:10 às 22:50 horas 03

Tabela 2: Distribuição das Turmas nos Períodos

EDUCAÇÃO GERAL

Manhã Turmas Sub. Total de Alunos por Série

Ensino Fundamental

Ensino Médio

8ª - A, B 701ª - A, B, C, D,E 175

2ª - A, B, C 1053ª - A, B 705ª A 356ª A 357ª A 35

Subtotal Manhã 525

ENSINO FUNDAMENTAL

Tarde

Ensino Fundamental

5ª - B, C, D 105

6ª - B, C,D 105

7ª - B, C 70

8ª C 35

ENSINO MÉDIO

Subtotal Tarde 315

Noite

Ensino Médio1º - F 352º - D 353º - C 35

Subtotal Noite 105

Total 945

29

2008

Tabela 1: Horário de funcionamento da escolaPeríodos Horários Turmas

Manhã 07:30 às 11:50 horas 15Tarde 13:15 às 17:35 horas 09Noite 19:10 às 22:50 horas 01

Tabela 2: Distribuição das Turmas nos Períodos

EDUCAÇÃO GERAL

Manhã Turmas Sub. Total de Alunos por Série

Ensino Fundamental

Ensino Médio

8ª - A, B 671ª - A, B, C, D,E 187

2ª - A, B, C 1073ª - A, B 565ª A 246ª A 357ª A 40

Subtotal Manhã 516

ENSINO FUNDAMENTAL

Tarde

Ensino Fundamental

5ª - B, C, D 99

6ª - B, C,D 88

7ª - B, C 71

8ª C 26

ENSINO MÉDIO

Subtotal Tarde 284

Noite

Ensino Médio3º - C 35

Subtotal Noite 35

Total 835

30

2009

Tabela 1: Horário de funcionamento da escolaPeríodos Horários Turmas

Manhã 07:30 às 11:50 horas 17Tarde 13:15 às 17:35 horas 9

Tabela 2: Distribuição das Turmas nos Períodos

EDUCAÇÃO BÁSICA

Manhã Turmas Sub. Total de Alunos por Série

Ensino Fundamental

Ensino Médio

8ª - A, B 78

7ª - A 37

6ª - A 245ª - A 241º A, B, C, D, E, F

178

2º A,B,C,D 1273º A e B 73

Subtotal Manhã 541

ENSINO FUNDAMENTAL

Tarde

Ensino Fundamental

5ª - B, C, D 105

6ª - B, C,D 98

7ª - B, C65

8ª C32

Subtotal Tarde 300

Total 841

31

2010

Tabela 1: Horário de funcionamento da escolaPeríodos Horários Turmas

Manhã 07:30 às 11:50 horas 17Tarde 13:15 às 17:35 horas 11

Tabela 2: Distribuição das Turmas nos Períodos

EDUCAÇÃO BÁSICA

Manhã Turmas Sub. Total de Alunos por Série

Ensino Fundamental

Ensino Médio

8ª - A 38

7ª - A 37

6ª - A 36

1ª A,B,C,D,E,F 177

2º A,B,C,D 1433º A,B,C,D 98

Subtotal Manhã529

ENSINO FUNDAMENTAL

Tarde Turmas

Ensino Fundamental

5ª - A,B, C, D 135

6ª - B,C,D 103

7ª - B,C 78

8ª B,C 67

Subtotal Tarde 383

Total 912

32

33

4. 5 CALENDÁRIO ESCOLARSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

COLÉGIO ESTADUAL NEWTON FERREIRA DA COSTA

Janeiro Fevereiro MarçoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 63 4 5 6 7 8 9 7 8 9 10 11 12 13 15 7 8 9 10 11 12 13 23

10 11 12 13 14 15 16 14 15 16 17 18 19 20 dias 14 15 16 17 18 19 20 dias17 18 19 20 21 22 23 21 22 23 24 25 26 27 21 22 23 24 25 26 2724 25 26 27 28 29 30 28 28 29 30 31

31

Abril Maio JunhoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 1 1 2 3 4 54 5 6 7 8 9 10 20 2 3 4 5 6 7 8 21 6 7 8 9 10 11 12 21

11 12 13 14 15 16 17 dias 9 10 11 12 13 14 15 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias18 19 20 21 22 23 24 16 17 18 19 20 21 22 20 21 22 23 24 25 2625 26 27 28 29 30 23 24 25 26 27 28 29 27 28 29 30

30 31

Julho Agosto SetembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 12 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 44 5 6 7 8 9 10 dias 8 9 10 11 12 13 14 13 5 6 7 8 9 10 11 20

11 12 13 14 15 16 17 15 16 17 18 19 20 21 dias 12 13 14 15 16 17 18 dias18 19 20 21 22 23 24 22 23 24 25 26 27 28 19 20 21 22 23 24 2525 26 27 28 29 30 31 29 30 31 26 27 28 29 30

11 OBMEP – 2ª fase

Outubro Novembro DezembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 1 2 3 4 5 6 1 2 3 43 4 5 6 7 8 9 19 7 8 9 10 11 12 13 20 5 6 7 8 9 10 11 16

10 11 12 13 14 15 16 dias 14 15 16 17 18 19 20 dias 12 13 14 15 16 17 18 dias17 18 19 20 21 22 23 21 22 23 24 25 26 27 19 20 21 22 23 24 2524 25 26 27 28 29 30 28 29 30 26 27 28 29 30 3131

Férias Discentes Férias/Recessos/Docentes

Feriado Munic ipal 1 dia janeiro 31 janeiro / férias 30NRE Itinerante 3 dias fevereiro 7 julho/agost./reces. 23Dias letivos 200 julho/agosto 28 dez/reces. 9

dezembro 9

Total 75 Total 62

Férias Antecipação do dia do professor

Feriado Municipal 23/04 - Término do 1º Bimestre E.F

Formação Continuada 30/06 - Término do 1º Semestre E.M. Blocos

Conselho de Classe E.M. Blocos à Noite 01/07 - Iníc io do 2º Semestre E.M. Blocos

Conselho de Classe à Noite 16/07 - Término do 2º Bimestre E.F.

Reunião Pedagógica 18/10 - Término do 3º Bimestre E.F

Semana Cultural 22/12 - Termino do 4º Bim. E.F. / 2º Semestre E.M blocos

NRE Itirenante

Reposição NRE Itinerante

CALENDÁRIO ESCOLAR – 2010

1 Dia Mundial da Paz

2 Paixão 1 Dia do Trabalho 3 Corpus Christi

21 Tiradentes 8 OBMEP – 1ª fase

7 Independência 8 Nª Sra. Luz

12 N. S. Aparecida 2 Finados 19 Emancipação Política do PR

15 Dia do Professor 15 Proclamação da República 25 Natal

20 Dia Nacional da Consciência Negra

Início/Término

Planejamento e Replanejamento

4. 6 ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA POR BLOCOS DE DISCIPLINAS (ENSINO

MÉDIO)

1ºs A, C e E do Ensino Médio - Bloco 1

2ºs A e C

3º A e C

Biologia (4 h/a semanais)

Educação Física (4 h/a semanais)

Filosofia (3 h/a semanais)

História (4 h/a semanais)

Inglês (4 h/a semanais)

Língua Portuguesa (6 h/a semanais)

1ºs B,D e F do Ensino Médio – Bloco 2

2ºS B e D

3º B e D

Arte (4 a/a semanais)

Física (4 h/a semanais)

Geografia (4 h/a semanais)

Matemática (6 h/a semanais)

Sociologia ( 3 h/a semanais)

Química (4 h/a semanais)

4.7 SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM E RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

No ano de 2009 realizamos reuniões com os professores para refletirmos

e decidirmos sobre o nosso sistema de avaliação, que já era uma meta para

este ano, devido ao alto índice de reprovação em nosso colégio. A organização

pedagógica do Ensino Médio, conforme Adendo nº 1 do Regimento Escolar,

passará a ser por blocos de disciplinas.

Para fins de registro sobre o desempenho do aluno do Ensino Médio, até o

final de Abril, que é a metade do semestre, deverão ser registrados 50% dos

100(cem) pontos do semestre, equivalendo ao primeiro bloco de conteúdos. De

Maio até final de Junho, mais 50%, que será o segundo bloco de conteúdos.

34

Sendo assim, os resultados serão por somatória, lembrando o Artigo 101 do

Regimento Escolar:

A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e instrumentos diversificados, como testes de aproveitametno orais e escritos, trabalhos de criação, observações espontâneas ou dirigidas, discussões, participações nos eventos especiais, seminários e tarefas específicas, além, de outros a critério do professor, coerentes com as concepções e finalidades educativas expressas no Projeto Político Pedagógico da escola.

Tanto para o Ensino Médio como para o Fundamental, a recuperação

concomitante será ao final de Abril e de Junho, com os respectivos registros,

para que possamos ter um parecer das condições de aproveitamento e

aprendizagem do aluno, tanto para a escola quanto para a comunidade. Poderá

ser realizada Recuperação Intensiva a cada final de semestre. O resultado da

Recuperação Concomitante será substitutivo. Será obrigatório a oferta desta

recuperação a todos os alunos, mesmo aqueles que atingirem 60% de

aproveitamento, para que todos tenham a mesma oportunidade de melhorar

seu desempenho. Ao final de cada semestre, poderá ser realizado uma

Recuperação Intensiva para aqueles alunos que não atingiram a média

60(sessenta), em relação a 100 (cem) pontos.

4.7.1 REGIME DE PROGRESSÃO PARCIAL

Será ofertado ao aluno que ficar reprovado em uma disciplina do Ensino

Médio por Blocos de Disciplinas Semestral, o Regime de Progressão Parcial, por

meio de plano Especial de Estudos, que poderá ser desenvolvido com

enconttros presenciais pré-determidados pelo estabelecimento de ensino.

35

5. MARCO CONCEITUAL

5.1 FUNDAMENTOS SOCIAIS, POLÍTICOS, EDUCACIONAIS, CULTURAIS E ÉTICOS

“É hora de ajustarmos as nossas estratégias, vale dizer a nossa pedagogia, na direção de uma transformação autentica, mais compatível com o nosso discurso e a nossa própria realidade”.

Medina

A sociedade é mediadora do saber e da educação presente no trabalho

concreto dos homens, que criam novas possibilidades de cultura e de agir

social a partir das contradições geridas pelo processo de transformação da

base econômica.

É preciso questionar que tipo de sociedade e que legado temos nestes

anos de neoliberalismo, marcados por profundas desigualdades de todo tipo.

Estamos cientes de que não há verdades eternas e absolutas nas

relações entre Sociedade e Estado. Estas se refazem pelas relações sociais e

pela busca de uma democracia regida por princípios éticos de liberdade e

igualdade social, sendo um horizonte histórico, nossa utopia para a

humanidade.

A educação sendo uma prática social e histórica, específica dos homens,

pode transformar o mundo pela sua ação na sociedade e nas relações de

trabalho. A educação é um processo histórico do ser humano e da sociedade

em sua evolução. É um fato existencial porque é o processo constitutivo do ser

humano. A intenção é formar um homem com um conceito histórico de

homem, desenvolvendo uma educação que nos abra uma democracia integral,

capaz de produzir um tipo de desenvolvimento socialmente justo e

ecologicamente sustentado.

A dimensão filosófica e antropológica do homem traduz-se pela sua

capacidade de criar e trabalhar com os objetos da natureza, diferenciando-se

dos demais animais.

Mas observa-se que os processos em educação e trabalho são

antagônicos, pois permanecem as dicotomias entre capital e trabalho, entre as

36

estruturas econômicas e situações de vida, dimensões estas que fundamentam

a educação. O trabalho continua como algo fundamental para o

desenvolvimento do potencial humano e, no entanto, não tem logrado

prosperidade e liberdade aos trabalhadores.

No entendimento de Marx, a produção capitalista tende a desqualificar a

maioria dos trabalhadores e a criar um pequeno número de qualificados. E a

educação formal tem sido cúmplice neste processo transformando o saber em

meio de dominação e expropriação do indivíduo, criando assim a divisão do

trabalho intelectual e o de execução.

A proposta de elevação cultural dos indivíduos e da sociedade

possibilitando o ensinar a refletir e a fazer, faz-se necessário, para que se

entenda que o fenômeno educativo e desenvolvimento tecnológico coincidem

com a origem do próprio homem, e o debate historiográfico tem profundas

implicações para a pesquisa educacional.

A interação entre escola e trabalho deverá se dar pela comunicação de

saberes e na busca da investigação das teorias práticas. No cenário de

mudanças de paradigmas, são lançados desafios ao processo de ensino-

aprendizagem, direcionados ao imprescindível e a uma nova compreensão da

totalidade do processo de produção. Esta compreensão será possível com a

comunicação e identificação de linguagens diferentes, mas que se completam,

entre o mundo do trabalho e o da educação formal.

Ao fazermos a reflexão sobre as novas possibilidades de a escola

interagir num meio social extremamente dinâmico, que é o mundo do trabalho,

vemos a busca de informações e sua organização como de grande potencial de

conhecimentos: saber refletir, agir, relacionar, comparar, posicionar-se.

Conforme orientações da Coordenação de Gestão Escolar da Secretaria

de Estado da Educação é preciso conceber o trabalho como princípio educativo

pressupondo oferecer subsídios a partir dos conteúdos das diferentes

disciplinas. A instituição escolar deve promover a reflexão sobre o mundo do

trabalho como parte dos conhecimentos historicamente produzidos pela

humanidade possibilitando a apreensão do saber de forma conceitual e

operacional, entendendo o processo de produção em sua totalidade.

A escola abrange a preparação para o trabalho, encorajando e

37

estimulando o aluno a participar dos estágios não obrigatórios levando em

conta a seguinte Legislação:

Definição, classificação e relações de trabalho:Art. 1º Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos.(LEI nº 11.178, 2008).

Conforme esta legislação, fica determinado que o aluno estagiário deverá

ser acompanhado por um supervisor, tanto na instituição em que trabalha,

quanto na instituição de ensino, que neste caso, será a coordenadora

pedagógica que acompanha o Ensino Médio, devendo sempre entrar em

contato com o aluno, avaliá-lo, em sua assiduidade , pontualidade e

rendimento escolar.

A tendência em compreender o ser humano de forma interacionista nos

leva a crer a ação pedagógica como aquela em que os sujeitos aprendem nas

relações intersubjetivas, constituindo o sujeito que pensa com autonomia.

Estes processos são sempre mediados na interação com o outro e pelo

significado, pela ideia que o sujeito vai constituindo nessas interações. Se as

proposições estiverem corretas, o aprender sobre um objeto não é apenas uma

tentativa de o sujeito transacionar entre o mundo exterior e o interior, físico ou

social. É constituir o seu mundo interior a partir da interação com o meio

social, cultural e humano. Os significados vão sendo transacionados entre

sujeitos e cada individuo

os recria em sua mente enriquecendo a diversidade humana.

Existe entre educação e cultura, uma relação íntima e orgânica. A

educação, tomando um sentido amplo como formação e socialização do

indivíduo. No domínio escolar, é necessário reconhecer que, se toda educação

é sempre educação de alguém por alguém, supõe sempre a comunicação, a

38

transmissão, a aquisição de alguma coisa: conhecimentos, competências,

crenças, hábitos, e valores, que se constituem o que se chama de conteúdo da

educação, suporte de toda experiência humana, pode-se dar o nome a estes

conteúdos de cultura (FORQUIM, 1993, p.10).

Cultura é tudo o que elabora o ser humano, desde a mais sublime música

ou arte até as formas de destruir-se a si mesmo, a ciência, a linguagem, os

costumes, os hábitos de vida, os sistemas morais, as instituições sociais, as

crenças, as religiões e as formas de trabalhar. Segundo Saviani (1992), para

sobreviver o homem precisa extrair da natureza, ativa e intencionalmente, os

meios de sua subsistência. Ao fazer isso ele inicia o processo de transformação

da natureza, criando um mundo humano, o mundo da cultura.

Devemos valorizar a cultura que nos beneficie sem degradar a natureza e

o homem, cabendo à escola e à organização curricular prever toda a dimensão

humana, respeitar as diversidades culturais, valorizando a cultura popular e

erudita e aproveitando-as para fazer delas espaço motivador, aberto e

democrático.

Esta é uma abordagem ética. Ao falarmos em ética é necessário lembrar

de sua historicidade. No pensamento socrático a ética representa a luta do

homem pela liberdade, o que significa escolha de ação, uma luta contra as

paixões mais impulsivas. Segundo Hegel, na Filosofia moderna surge a

preocupação em distinguir “ética” e “moral”, como decorrência do agir

humano social e individual diante do processo crescente da complexificação da

sociedade, (apud: HERMANN, 2001). Em tempos atuais, ser ético é valorizar as

diferentes culturas e os problemas sociais em sua generalidade, conforme

Vázquez:

À diferença dos problemas prático-morais, os éticos são caracterizados pela sua generalidade. Se na vida real um indivíduo concreto enfrenta uma determinada situação, deverá resolver por si mesmo, com a ajuda de uma norma que reconhece e aceita intimamente, o problema de como agir de maneira a que sua ação possa ser boa, isto é, moralmente valiosa. Será inútil recorrer à ética com a esperança de encontrar nela uma norma de ação para cada situação concreta. A ética

39

poderá dizer-lhe, em geral, o que é um comportamento pautado por normas, ou em que consiste o fim – o bom – visado pelo comportamento moral, do que faz parte o procedimento do indivíduo concreto ou o de todos (VÁQUEZ, 2002, p. 17).

Sendo assim, não há uma determinação sobre a educação correta. A

relação de educação com a moral não deve ter um otimismo desmedido, mas a

aceitação de impossibilidade e vulnerabilidade. (HERMANN,2001). Para

Harbernas (1993), a ética é conforme Télos (história de vida) de cada um.

Todo conhecimento, na medida em que se constitui num sistema de

significação, é cultural. Além disso, como sistema de significação, todo

conhecimento está estreitamente vinculado com relações de poder, segundo

Tadeu, 1999.

A busca explícita das relações entre os homens e a natureza caracteriza

o conhecimento. Com a obtenção do conhecimento o homem muda sua forma

de interferir na realidade, interferência esta que traz consequências para a

escola cabendo a ela garantir a socialização do conhecimento, o qual,

juntamente com a ação é que poderão transformar essa realidade. O

conhecimento ocorre no âmbito social gerando mudança interna e externa no

cidadão e nas relações sociais, tendo sempre uma intencionalidade.

Conforme Ross (2004), a aprendizagem, como construção de

conhecimento, pressupõe entendê-la tanto como produto quanto como

processo. Assim não importa apenas a quantidade de conteúdo, mas a

capacidade de pensar, interagir, aquilo que é capaz de fazer, interpretar,

compreender. A qualidade do conhecimento liga-se à possibilidade de

continuar aprendendo. Assim, quando o aluno aprende, não se deve levar em

conta apenas o conteúdo do conhecimento, mas também como se organiza e

atua para aprender.

A concepção de ciência está na dependência de como se concebe o

mundo, o homem e o conhecimento. Ela está no decorrer da história sempre

presente para reproduzir ou transformar. Deveria atingir a totalidade da

população, mas nesta sociedade capitalista, o conhecimento científico é

40

produzido de forma desigual, estando a serviço de interesses políticos,

econômicos e sociais do processo histórico.

Nesse contexto, a escola como instituição socializadora, deve formar

cidadãos comprometidos com esclarecimento dos problemas socioambientais

do mundo em que vivem, de forma que todos tenham acesso a uma vida

digna, satisfatória e justa e busquem novas maneiras de formular e enfrentar

os problemas, sem que estes sejam separados de seus respectivos contextos.

Dessa forma o processo pedagógico propõe que as relações humanas

com toda sua complexidade científico-cultural seja a plena construção da

democracia e da justiça social.

As questões socioambientais compõem uma rede dinâmica de relações

entre decisões econômicas, fenômenos biológicos, físico-químico e fatos sociais

em que se inserem, como também posturas e ações individuais. Reconhecendo

a inter-relação entre estas questões, podem-se prever os reflexos das ações

humanas atuais para as gerações futuras e a compreensão do caráter da

relação dos homens entre si e o restante da natureza.

Educar sob esta ótica é criar condições para que as identidades se

constituam pelo desenvolvimento da sensibilidade e o reconhecimento do

direito à igualdade para que nossos alunos tenham atitudes corretas na

sociedade. Isto contribui para que o indivíduo possa conhecer-se, e ao outro,

proporcionando como fim a sua autonomia num projeto de vida considerando

suas próprias capacidades e os recursos que o meio oferece.

A educação escolar deve proporcionar situações de aprendizagem

valorizando a auto-estima do aluno, levando-o a busca pela qualidade de vida,

com responsabilidade e solidariedade. Além dos conhecimentos intelectuais

que levam o aluno ao entendimento de significados verdadeiros, esses devem

ter competências à solução de problemas, à capacidade de tomar decisões, à

adaptabilidade a situações novas, e à arte de dar sentido a um mundo em

mutação.

A prática para qualidade do ensino e da aprendizagem dos alunos deve

ser norteada na igualdade, justiça, solidariedade e responsabilidade

desenvolvendo a capacidade dos estudantes de aprenderem significados

verdadeiros do mundo físico e social, incorporando-os, comunicando-os e

41

aplicando no trabalho, no exercício da cidadania e no projeto de vida pessoal.

Entende-se por cidadania, o processo histórico social que capacita a

massa humana a forjar condições de consciência de organização e de

elaboração de um projeto e de práticas no sentido de deixar de ser massa a ser

povo, como sujeito histórico, formador de seu próprio destino.

O grande desafio histórico é dar condições ao povo de se tornar um

cidadão consciente, sujeito de direitos, organizados e participativos do

processo de construção político, social e cultural. Portanto, a educação como

um dos principais instrumentos de formação da cidadania, deve ser entendida

como a concretização dos direitos que permitem ao indivíduo sua inserção na

sociedade.

A cidadania exige instituições e comportamentos próprios, constituindo-

se na criação de espaços sociais de luta na definição de instituições

permanentes para expressão política. O conceito de cidadania traduz ao

mesmo tempo um direito e o exercício deste direito. Este é um processo

ideológico que exige consciência pessoal e social e deve ser reconhecido em

termos de direitos e deveres, que se fazem nas lutas contra as discriminações.

A sociedade tem que ser participativa, contra as opressões, tratamentos

desiguais. Deve dar oportunidade de acesso às políticas públicas e pela

participação de todos nas tomadas de decisões, dependendo

fundamentalmente do interessado.

A cidadania é passiva quando é outorgada pelo estado, com a idéia

moral da tutela e do favor. É ativa quando institui o cidadão portador de

direitos e deveres, essencialmente criador de direitos, de abrir espaços de

participação. A cidadania requer a consciência clara sobre o papel da educação

e as novas exigências colocadas para a escola. E por fim, é seletiva quando sua

construção envolve um processo ideológico de formação de consciência

pessoal, coletiva e social de reconhecimento vigente à cidadania.

Com esses princípios, cabe à escola juntamente com a Associação de

Bairro, comunidades religiosas, empresas de bairro, pais de alunos e os alunos

combater qualquer manifestação de violência, discriminação dos direitos

humanos, superando preconceitos, fazendo prevalecer o respeito aos cidadãos,

trabalhando com a Estética da Sensibilidade.

42

A estética da sensibilidade leva o aluno a ser criativo, a ter curiosidade

pelo que não conhece e a expressar sua realidade, desenvolvendo a

sensibilidade pelo belo, pelo lúdico, integrando-os no seu convívio.

Na prática a Estética da Sensibilidade conduz nossos alunos para

conviver com o incerto, o imprevisível e o diferente, estimulando-os à

compreensão da beleza, do sentimento e do uso do tempo livre num exercício

produtivo e criador.

Necessitamos que a escola seja promotora de espaço e tempo para que o

planejamento possa desenvolver a diversidade expressiva e criadora dos

alunos, valorizando e respeitando as diversas culturas brasileiras, portadoras

de ensinamentos com realidades próprias, enriquecendo o desenvolvimento,

buscando o aprimoramento de um ensino de qualidade.

5.1.2 ENSINO MÉDIO INTEGRADO À EDUCAÇÃO PROFISSIONAL: LIMITES E

POSSIBILIDADES

Considerando a Resolução nº 5590/2008, o Colégio Estadual Newton

Ferreira da Costa optou, neste ano de 2009, pela organização do Ensino Médio,

por Blocos de Disciplinas.

A Lei Federal nº 9394/96, que institui as Diretrizes e Bases da Educação

Nacional, e demais legislações vigentes; os índices de evasão e reprovação e

reprovação no Ensino Médio Regular na Rede Pública do Estado do Paraná; a

necessidade de garantir a permanência do aluno do Ensino Médio na escola; a

necessidade de ações pedagógicas que garantam a qualidade de ensino.

Tendo em vista a mudança que ocorreu na organização curricular desta

modalidade de ensino, nas discussões realizadas na primeira semana

pedagógica de 2009, optou-se pela leitura e análise de textos referentes ao

Ensino Médio e suas especificidades.

1. Os princípios e pressupostos da integração entre a formação geral e

formação profissional:

- No século XIX o proletariado inicia as lutas contra as diversas

formas de exploração e é nesses embates que a concepção burguesa de

educação que se deve procurar os pressupostos da integração entre a

educação geral e a educação profissional;

43

- tentou-se desenvolver a perspectiva de educação socialista

(Marx e Engels) , mas quem decidia o que era indispensável eram os

capitalistas e não as necessidades gerais da sociedade;

- em 1847 e 1848 no Manifesto do Partido Comunista , Marx e Engels

defendem uma escola pública e gratuito para todos;

- Gramsci em 1922 e 1923 questionou a forma burguesa de educar os

homens, revelando que a escola definia a qualificação profissional do indivíduo

de acordo com a sua origem social, mantendo dessa forma a classe subalterna

nas funções instrumentais, atendendo aos interesses da sociedade industrial;

- 1968 Gramsci propõe a escola unitária, em que haja igualdade tanto no

desenvolvimento da capacidade de trabalhar manualmente (indústria) quanto

na capacidade de trabalho intelectual;

- na proposta educacional de Gramsci a escola unitária seria destinada aos

jovens através de uma educação desinteressada e , somente após os 18 esse

princípio perderia a primazia ( sem desaparecer) em favor do princípios da

cultura imediatamente produtiva, intelectual ou prática.

2.Integração entre o Ensino Médio e a Educação Profissional: algumas

experiencias em curso

- a partir de 2003, com a eleição de Luis Inácio Lula da Silva é que as atuais

experiências de integração entre ensino médio e a educação profissional de

nível técnico se iniciaram;

- antes da reorganização do MEC a integração do ensino médio com a

educação profissional fora pensada sob os princípios do trabalho, da ciência e

da cultura;

- atualização das Diretrizes Curriculares Nacionais definidas pelo CNE tanto

para o Ensino Médio como para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio;

De acordo com o texto apresentado é importante salientar que a

integração entre o ensino médio e o ensino técnico deve pautar-se na

perspectiva da escola unitária, apontada por Gramsci, ou seja, uma educação

que possibilite aos homens atuar como dirigentes e não apenas como dirigidos.

Porém, não é apenas modificando os aspectos legais da política

educacional que tal educação irá se concretizar, mas a própria reprodução das

44

relações sociais que contribuirá para perpetuar a concepção de mundo

baseada na sociedade do mercado.

Dessa forma, a integração entre o ensino médio e educação profissional

de nível técnico passa a ser um desafio político-pedagógico permanente, já que

isso implica na superação da dualidade de classes.

Por isso, a educação deve lutar para resgatar o sentido estruturante de

sua relação com o trabalho em seus possibilidades criativas e emancipatórias.

5.2 FUNDAMENTOS EPISTEMOLÓGICOS

“Ninguém deveria ensinar o que sabe, sem saber o que já sabem aqueles a quem vai ensinar”.

Paulo Freire

Se queremos formar cidadãos atuantes na vida em sociedade devemos

garantir a todos bom ensino, isto é aproximação dos conteúdos escolares

básicos que tenham ressonância na vida dos alunos.

A pedagogia Crítico-Social dos conteúdos deve proporcionar a todos os

educandos condições de criticidade, o que significa conhecimento e

comprometimento político. Nessa prática devemos ter o compromisso de

assegurar os conteúdos de forma que os alunos adquiram instrumentos

culturais necessários dentro de novas tecnologias, com apropriação da

informação, da metodologia e sua utilização.

Queremos trabalhar no sentido de que o aluno assimile os

conhecimentos e adquira convicções de solidariedade e igualdade. Interagindo

com esses conhecimentos o ser humano se transforma a partir das

informações possibilitando novas formas de pensamento e atuação em seu

meio. Isto quer dizer que as atividades desenvolvidas e os conceitos

aprendidos na escola introduzem novos modos de operação intelectual,

promovendo avanços no desenvolvimento do aluno.

Na perspectiva de Vigotsky, construir conhecimento implica numa ação

partilhada, já que é através do outro que as relações entre sujeito e objeto de

conhecimento são estabelecidos.

45

5.3 PRINCÍPIOS DIDÁTICOS – PEDAGÓGICOS

“É possível corrigir a prática pela teoria justamente porque ela nos dá uma referência externa, porém pertinente a essa prática, e nos dá uma consciência porque nossa prática está comprovada por uma teoria e não pelo senso comum”.

Macedo

No processo de aquisição de conhecimento pelo indivíduo, o currículo

escolar adquire grande importância, pois organiza as atividades essenciais a

serem desenvolvidas pela escola, definindo a sequenciação e o tempo

destinado a cada uma, fazendo com que a instituição escolar desempenhe a

sua função social de transmissão e assimilação do saber sistematizado

referente à cultura erudita, letrada. No caso da cultura popular, esta é

transmitida de forma espontânea e assistemática independendo da escola.

O currículo da escola deve levar em consideração a subjetividade e a

heterogeneidade dos indivíduos num contexto histórico e social, buscando

englobar a conscientização, a criticidade e a prática política, visto que a

instituição escolar é um instrumento para a transformação social

Trabalhos recentes na área do currículo têm apontado como necessária uma abordagem que privilegie o aporte teórico dos estudos centrados na escola, em sua cultura, seus códigos e modos de organização, sem perder de vista a articulação do trabalho escolar ao contexto sócio-histórico-cultural mais amplo no qual se consolida (SILVA,2003, p.2).

Para tanto, o planejamento coletivo na escola em função da construção

do currículo, atende os diversos interesses dos envolvidos: pedagogos,

diretores, professores, funcionários, estudantes, pais de alunos, num

movimento de ação/reflexão/ação, ampliando o ambiente científico/cultural

que leva à formação de sujeitos críticos, participativos e conscientes.

O currículo expressa noções sobre conhecimentos, as formas como a

sociedade e diferentes grupos sociais se organizam, relacionando-se com

questões históricas, sociais, culturais, econômicas e políticas e assentado nos

46

pressupostos de uma pedagogia crítica, tem um compromisso com a

transformação social. Isto significa que no ato da elaboração, os objetivos

curriculares devem ser adequados às necessidades sociais e às condições de

fato, para que sejam viáveis.

A seleção e a organização de conteúdos devem atender o caráter

significativo e crítico, ou seja, trata de privilegiar a qualidade do conteúdo e

não a quantidade de informações a serem assimiladas pelos alunos. Isso supõe

a seleção e organização de um conteúdo vinculado à realidade social,

relacionando a prática vivida (saber de classe) pelos alunos com os conteúdos

propostos pelo professor. Pensando nessa proposta não podemos adotar um

conceito uniformizador de educando, de professor, de educação e de

sociedade, conceito este que desrespeita as diferenças de etnia, sexo, classe

social ou cultura. Ao contrário a proposta curricular precisa trabalhar com as

contradições e as especificidades da realidade onde a escola encontra-se

inserida. É necessário compreender a necessidade de respeitar o aluno em

suas particularidades e diferenças, mas garantir uma mesma qualidade, sem a

qual se estaria apenas perpetuando a desigualdade, a opressão, o

autoritarismo, a discriminação de gênero, o racismo e tantas outras formas de

preconceito sempre contrárias à democracia. Implica a busca do conhecimento

da clientela que adentra a escola, sua experiência, suas expectativas, seus

valores, sua concepção de vida. O desafio está posto: construir a unidade na

diversidade e contra a desigualdade social.

Entendendo que o saber organizado é a “espinha dorsal” do currículo e

que também é visto como um conhecimento significativo, na medida em que

conduz ao desenvolvimento do espírito e do método de investigação e

descoberta, é necessário um processo e abordagem que trate do conhecimento

científico de maneira dinâmica.

A Contextualização tem a forma de retirar o aluno da condição de

espectador passivo e de provocar aprendizagens significativas que mobilizem o

aluno e estabeleçam entre ele e o objeto do conhecimento, uma relação de

reciprocidade, isto é, a ponte entre teoria e prática nas dimensões presentes

na vida pessoal, social e cultural.

Trabalhar com a interdisciplinaridade torna-se relevante na constituição

47

do currículo, pois esse processo prevê que existam ligações complementares

entre os conteúdos escolares, de modo que os saberes culturais sistematizados

sejam incorporados integralmente pelo educando, existindo a preocupação

com a interligação entre as disciplinas. A “Interdisciplinaridade é um

procedimento de organização da escola e do ensino que favorece a integração

de aprendizagens e de saberes e a busca de saberes úteis para lidar com

questões e problemas da realidade (levar o aluno a confrontar-se com a

realidade, como cidadão)” (LIBÂNEO, 2001, p.153).

O processo de delinear a identidade da escola só se torna possível

quando a escola tiver alicerçado seu conceito de autonomia. Segundo Veiga

(1977), “o significado de autonomia remete-nos para regras e orientações

criadas pelos próprios sujeitos das ações educativas, sem imposições

externas”.

Autonomia da escola significa anular dependência e supõe a

possibilidade de singularidade e variação entre as instituições escolares. A

escola autônoma concebe sua proposta curricular e pedagógica e tem

autonomia para executá-la, construí-la, consolidá-la e avaliá-la.

Para isto o desenvolvimento pleno e a construção/aquisição de

conhecimentos acontecem simultaneamente à conquista da autonomia, da

cooperação e da inserção crítica do aluno na sociedade. Propor uma educação

em que adolescentes, jovens e adultos aprendam, construam, adquiram

conhecimentos e se tornem autônomos e cooperativos, implica pensar ainda, a

formação permanente dos profissionais que com eles atuam. Essa autonomia

relativa a melhoria do processo ensino-aprendizagem, acontece em função do

acesso dos professores ao conhecimento produzido na área da educação e da

cultura em geral.

Este profissional repensando sua prática e reconstruindo-se como

cidadão permite-se atuar como sujeito da produção de conhecimento. As

medidas necessárias para que isto ocorra, são relativas a autonomia

pedagógica e envolvem a elaboração, desenvolvimento e a avaliação do

projeto político pedagógico e, entre outras medidas, caberá à escola adotar

critérios próprios de organização da vida escolar e do corpo docente,

estabelecendo cronogramas e calendários onde a capacitação docente

48

permanente tenha um espaço garantido.

O professor poderá trabalhar a metodologia de ensino de forma dinâmica

pois são diversas as maneiras do aluno apreender uma mesma ideia, onde deve-

se encarar o aluno não como um ser passivo, mas como um sujeito que age,

pensa, permitindo-lhe um desenvolvimento integral.

Uma metodologia de construção em sala de aula poderá ser expressa

através de três grandes dimensões, eixos ou preocupações do educador no

decorrer do trabalho pedagógico, que não podem ser separadas. Portanto para

superação da metodologia tradicional indica-se, pois, as três dimensões da

metodologia dialética, de acordo com Vasconcellos (1992):

• Mobilização: Visa possibilitar ao sujeito o objeto como desafio;

• Construção do conhecimento: Onde o sujeito deve construir, pela sua ação,

o conhecimento através da elaboração cada vez mais totalizante;

• Elaboração e Expressão da Síntese do Conhecimento: Com a ajuda do

educador fazer com que o educando sistematize os conhecimentos que

vem sendo adquiridos, bem como os da sua expressão.

Trabalhando nesta perspectiva se fará o percurso da síncrese para síntese de

forma reflexiva com inúmeras análises onde é o caminho para construção do

conhecimento.

Para que o processo educacional possa ser concreto, se faz necessária

uma constante interação entre professor/aluno/saber escolar e demais saberes

onde o estudante possa participar de forma construtiva, trazendo seus

conhecimentos prévios e suas experiências sociais vividas. Ao professor, cabe

atuar na mediação e, através do diálogo, auxiliar na construção de um saber

mais elaborado (sistematizado) pelo aluno para que os conhecimentos

adquiridos possam ultrapassar os muros da escola, fazendo parte do cotidiano

do educando, onde se perceba que o que lhe é ensinado na instituição escolar

faz parte da sua vida, “(...) os professores utilizam, em suas atividades

cotidianas conhecimentos práticos provenientes do mundo vivido, dos saberes

do senso comum, das competências sociais (...)” (TARDIF, 2002, p.136).

O processo de ensino-aprendizagem deve ter correspondência com os

objetivos da escolarização: aquisição de conhecimento e cultura,

desenvolvimento da personalidade dos educandos, formação para o exercício

49

da cidadania e a entrada no mundo do trabalho. Lembrando que a educação

deve ser plural, quer dizer, educar para o domínio do conhecimento

historicamente acumulado e também para o mundo do trabalho, pois, o direito

ao trabalho é uma condição inerente ao ser humano.

Equacionar o conhecimento, as competências e o currículo no referente do direito de todo ser humano, particularmente das novas gerações á produção cultural da humanidade, nos levará a um currículo mais rico, mais plural. Um currículo que não secundarize, antes inclua com destaque, mas como direito, a oralidade, a escrita, a matemática, as ciências e as técnicas de produção, o domínio dos instrumentos e equipamentos culturais produzidos para qualificar o trabalho como atividade humana. (ARROYO, 2007, p.7)

A qualidade cognitiva e operativa das aprendizagens propiciadas a todos

os estudantes em condições igualitárias se torna relevante na escola, visto que

o processo de transmissão-assimilação de conhecimentos se dará de forma

ampla, onde docentes e discentes são sujeitos atuantes em uma realidade

histórica, visando transformá-la.

Outra questão importante que vem sendo discutida no âmbito escolar é

com relação a uma ampla participação de todos os sujeitos, uma participação

intensa e efetiva, transparência em seus posicionamentos e a explicitação dos

objetivos das suas decisões, isso é que define o modelo de gestão democrática

onde:

(...) todos são chamados a pensar, avaliar e agir coletivamente, diante das necessidades apontadas pelas relações educativas, percorrendo um caminho que se estrutura com base no diagnóstico das dificuldades e necessidades e do conhecimento das possibilidades do contexto. Nesse trajeto, a equipe de profissionais vai traçando os objetivos que nortearão a construção das ações cotidianas, encontrando sua forma original de trabalho. Essa travessia permite a cada escola a construção coletiva de sua identidade (DALBEN, p.56, 2004).

50

As primeiras funções não docentes surgiram no Brasil após a expulsão

dos jesuítas do Brasil e foram marcadas pelo descrédito devido à forma de

acesso, a escolaridade e habilitação inadequadas.

Atualmente muitos avanços foram conseguidos o que contribui para os

funcionários da educação terem sua identidade própria dentro do contexto

escolar participando e sendo reconhecido no processo de construção de uma

educação bem sucedida.

A participação efetiva dos funcionários dar-se-á através da discussão do

seu papel social e dos processos de trabalho que ocorrem em seus espaços, é

fundamental estar aberto às mudanças, procurar programas de formação, e

envolver-se no cotidiano escolar com interesse e sobretudo responsabilidade

para executar o conjunto de tarefas, administrar o seu tempo para que seja

resolvido o que precisa ser, promover a interação intra e interpessoais, essas

prerrogativas tendem assegurar a construção de mecanismos capazes em

transformar o ambiente escolar com o envolvimento de todos, num ambiente

democrático e voltado para uma educação de qualidade que não se restringe

apenas as salas de aula, mas a escola como um todo formadora de cidadãos

capazes para um convívio profissional e social.

A gestão democrática em educação se faz necessária, devendo abranger

todos os segmentos da escola, dialogando sobre os princípios educacionais

coerentes com a emancipação social que ocorrerá com a elevação cultural da

comunidade. A escola “é um lugar onde todos trabalham para a realização de um

projeto coletivo da sociedade, em primeiro lugar, e de um projeto coletivo de

uma dada comunidade, em segundo, projeto este a que todos se obrigam e ao

qual têm o dever de respeitar” (RODRIGUES, p.77, 1985).

Várias instâncias de decisão coletivas fazem parte desse modelo de

funcionamento – os colegiados (de professores, de funcionários, de alunos), os

Conselhos de Classe, as Assembleias de Pais, Mestres e Funcionários, e as

Reuniões Pedagógicas de Professores ou de Pais. Para Dalben (p.56, 2004) estas

instâncias “são fundamentais e merecem toda a atenção do diretor da unidade,

que deverá pautar seu trabalho pelas discussões e pelos encaminhamentos

definidos por elas”.

51

O papel dos profissionais da educação frente à gestão escolar aponta para

uma atuação que deve primar pela eficiência escolar. Mas esta realidade só será

possível na medida em que as condições de trabalho seja menos precárias, em

relação à fragmentação das atividades, das ações multifuncionais que quase

sempre são exigidas, frente a um cenário complexo das relações sociais,

trabalhistas e culturais

Historicamente, no Brasil, os processos formativos diante da necessidade de melhoria da ação profissional de docentes e de servidores não docentes têm sido insuficientes. Na maioria dos casos, a formação inicial é deficiente, os salários são baixos e precárias condições de trabalho. Reverter essa situação demanda vontade e luta política (DOURADO, 2006, p.45).

Outro assunto que está relacionado tanto com a forma de organização da

escola como com a formação do aluno é a disciplina escolar. Por se tratar de

tema que apareceu entre os problemas da escola e que tem também merecido

destaque inclusive na mídia ele será tratado a seguir.

5.3.1 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO DISCIPLINAR: LIMITES E AVANÇOS NASDISCIPLINAR: LIMITES E AVANÇOS NAS

ESCOLAS DA REDE ESTADUAL DO PARANÁESCOLAS DA REDE ESTADUAL DO PARANÁ

(REUNIÃO TÉCNICA PEDAGÓGICA - MARÇO/ 2009)(REUNIÃO TÉCNICA PEDAGÓGICA - MARÇO/ 2009)

A ideia da construção de novas Diretrizes Curriculares estava pautada,A ideia da construção de novas Diretrizes Curriculares estava pautada,

sobretudo, na intenção de superar os descaminhos de uma política educacionalsobretudo, na intenção de superar os descaminhos de uma política educacional

fortemente marcada pela concepção neoliberal que passou a propor para asfortemente marcada pela concepção neoliberal que passou a propor para as

escolas uma ação pedagógica voltada para o desenvolvimento deescolas uma ação pedagógica voltada para o desenvolvimento de

competências e habilidades. (Paraná, SEED/SUED 2004)competências e habilidades. (Paraná, SEED/SUED 2004)

As políticas Públicas do Estado do Paraná vão ao encontro dasAs políticas Públicas do Estado do Paraná vão ao encontro das

necessidades da escola pública e não do mercado de trabalho; Visam anecessidades da escola pública e não do mercado de trabalho; Visam a

superação da visão mercadológica dos PCNs (competências e habilidades ),superação da visão mercadológica dos PCNs (competências e habilidades ),

retirando da escola o que lhe é imprescindível: o conteúdo;Visam a superaçãoretirando da escola o que lhe é imprescindível: o conteúdo;Visam a superação

52

da pedagogia de projetos, a qual é da pedagogia de projetos, a qual é INSUFICIENTEINSUFICIENTE para possibilitar o acesso ao para possibilitar o acesso ao

conhecimento de forma organizada e sistematizada;Opta pelo currículoconhecimento de forma organizada e sistematizada;Opta pelo currículo

disciplinar, com o cuidado em trabalhá-lo em suas múltiplas determinações edisciplinar, com o cuidado em trabalhá-lo em suas múltiplas determinações e

relações (históricas, sociais, culturais e políticas).relações (históricas, sociais, culturais e políticas).

É importante lembrar que O trabalho com o conteúdo de forma É importante lembrar que O trabalho com o conteúdo de forma

pragmática é combatido na medida em que compreendemos o conteúdo parapragmática é combatido na medida em que compreendemos o conteúdo para

além da sua utilidade e aplicabilidade imediata.além da sua utilidade e aplicabilidade imediata.

O O papel da escola papel da escola não é o de preparar mão-de-obra e nem é de formar paranão é o de preparar mão-de-obra e nem é de formar para

o mercado; não é de dar conta de todos os problemas sociais e econômicos.o mercado; não é de dar conta de todos os problemas sociais e econômicos.

O papel da escola O papel da escola é essencialmente ... o de possibilitar que, através doé essencialmente ... o de possibilitar que, através do

conhecimento, os nossos alunos possam ter compreensão da sua condiçãoconhecimento, os nossos alunos possam ter compreensão da sua condição

como sujeito histórico.como sujeito histórico.

E o papel do professor E o papel do professor é aquele que estuda, aprimora-se, forma-se eé aquele que estuda, aprimora-se, forma-se e

capacita-se. é o sujeito que tem o domínio do saber; que media o saber, quecapacita-se. é o sujeito que tem o domínio do saber; que media o saber, que

ensina de forma organizada e sistematizada; aquele que seleciona o recorte doensina de forma organizada e sistematizada; aquele que seleciona o recorte do

conteúdo, que deve ser planejado e com uma intenção social, política, históricaconteúdo, que deve ser planejado e com uma intenção social, política, histórica

e cultural.e cultural.

Os avanços esperados é :Os avanços esperados é :Visar a compreensão de que a educação temVisar a compreensão de que a educação tem

um papel democrático na socialização do conhecimento como via deum papel democrático na socialização do conhecimento como via de

compreensão do mundo; buscar, na perspectiva da emancipação humana ecompreensão do mundo; buscar, na perspectiva da emancipação humana e

social, uma sociedade mais inclusiva; possibilitar a sustentação de umasocial, uma sociedade mais inclusiva; possibilitar a sustentação de uma

concepção de educação que reafirme as políticas públicas do estado; reforçar oconcepção de educação que reafirme as políticas públicas do estado; reforçar o

papel da escola no que se refere ao compromisso com a democratização epapel da escola no que se refere ao compromisso com a democratização e

socialização do saber. socialização do saber.

É através do Projeto Político Pedagógico, É através do Projeto Político Pedagógico, como articulador da ação como articulador da ação

educativa,do Plano de Ação das equipes (pedagógica e administrativa) e doeducativa,do Plano de Ação das equipes (pedagógica e administrativa) e do

Plano de Trabalho Docente, amarrado pelo regimento Escolar que poderemosPlano de Trabalho Docente, amarrado pelo regimento Escolar que poderemos

conseguir o que almejamos, um ensino de qualidade para todos.conseguir o que almejamos, um ensino de qualidade para todos.

5.3.2 DISCIPLINA ESCOLAR

O cotidiano escolar tem apresentado, com muita frequência, um

fenômeno que tem preocupado os educadores, não só do Paraná, como

53

mostrou o estudo preliminar que deu início às discussões para a elaboração do

Plano Estadual de Educação do estado paranaense, mas também de vários

países - é a chamada indisciplina escolar.

Segundo Aulete (1987, p.598), o termo disciplina significa:

... a instrução e direção dada por um mestre a seu discípulo [...]. Submissão do discípulo à instrução e direção do mestre. Imposição de autoridade, de método, de regras ou de preceitos. [...] Respeito à autoridade; observância de método, regras ou preceitos. [...] O conjunto das prescrições ou regras destinadas a manterem a boa ordem e regularidade em qualquer assembleia ou corporação; a boa ordem resultante da observância dessas prescrições e regras: a disciplina militar, a disciplina eclesiástica.

Relacionado à ideia de disciplina com a conotação predominante de

ordem, define-se o conceito de indisciplina: in é um prefixo latino que designa

negação, e, portanto, indisciplina quer dizer falta de disciplina, ou, segundo

Estrela (1994, p.15), "(...) desordem proveniente pela quebra das regras

estabelecidas".

Pode-se, portanto, afirmar que, na acepção do termo,

(in)disciplina está diretamente ligada à ideia de instruções, normas ou regras e

a aplicação destas por determinada autoridade, que pode ser representada por

instituições (SZENCZUK, p.32, 2004)..

Para o fenômeno (in)disciplinar os educadores atuais, em geral, tentam

buscar explicações para a existência de tal manifestação. Uns sentem falta

das práticas despóticas e coercitivas da escola de outrora; outros veem a

indisciplina como reflexo da pobreza e da violência presente na sociedade, de

um modo geral; outros ainda, atribuem o comportamento do aluno à educação

recebida na família, assim como à dissolução do modelo nuclear familiar;

outros tantos parecem compreender que, a manifestação de maior ou menor

indisciplina, no cotidiano escolar, está relacionada aos traços de personalidade

de cada aluno; uma outra maneira de justificar as causas da indisciplinada na

54

escola, bastante presente no ideário educacional, é tentar associar o

comportamento indisciplinado a alguns “traços inerentes” à infância e à

adolescência.

É interessante observar que, do ponto de vista do aluno indisciplinado, os

motivos alegados são: o autoritarismo nas relações escolares, a qualidade das

aulas, a maneira como são organizados os horários e os espaços, o pouco

tempo de recreio, a quantidade de matérias incompreensíveis, pouco

significativas e desinteressantes, a aspereza de determinado professor, o

espontaneísmo de outro, a falta de clareza dos educadores, aulas monótonas, a

obrigação de permanecerem horas sentados, a escassez de materiais e

propostas desafiadoras, ausência de regras claras, etc.

Com relação à indisciplina escolar Aquino (1996) chama a atenção

para as transformações ocorridas na sociedade, que tiveram consequências

também na escola. A humanidade há muito deixou de ser submissa, as escolas

deixaram de ser "jaulas de aulas", o diálogo e a motivação constituem-se em

novas ferramentas para o professor conduzir suas aulas. Mesmo assim, o

problema da indisciplina continua a caracterizar-se como um obstáculo difícil

de ser transposto. O professor se depara hoje, com "um novo aluno, um novo

sujeito histórico, mas, em certa medida, guardamos como padrão pedagógico à

imagem daquele aluno submisso e temeroso" (AQUINO, 1996, p.43). Para o

autor, esse problema é gerado pela própria escola, que não consegue aceitar a

presença desse novo sujeito:

... um novo sujeito histórico, com outras demandas e valores, numa ordem arcaica e despreparada para absorvê-lo plenamente. Nesse sentido, a gênese da indisciplina não residiria na figura do aluno, mas na rejeição operada por esta escola incapaz de administrar as novas formas de existência social concreta, personificada nas transformações do perfil de sua clientela (AQUINO,1996, p.45).

A escola ocupa um papel importante no processo de socialização da

criança e continua o trabalho da família. A relação aluno/professor deverá

assim, contribuir para a conquista da autonomia, lembrando-se que:

55

O homem é um ser essencialmente social, impossível portanto, de ser pensado fora do contexto da sociedade em que nasce e vive. Em outras palavras, o homem não social, o homem considerado como molécula isolada do resto de seus semelhantes, o homem visto como independente das influências dos diversos grupos que frequenta, o homem visto como imune aos legados da história e da tradição, este homem simplesmente não existe (LA TAILLE, 1992, p.11).

Com esta afirmação La Taille ressalta uma questão importante que

deve ser tomada com cautela: não se atribuir à demanda da crise moral os

problemas pedagógicos, sociais e políticos que influem diretamente na escola,

e consequentemente na preparação dos alunos para o exercício da cidadania.

Esse fato relaciona-se diretamente ao complexo fenômeno da (in)disciplina

escolar que envolve fatores multidisciplinares.

Aquino (1997) faz importantes considerações relativas ao papel da

família na educação da criança. Para ele, a escola não tem competência para

assumir integralmente a tarefa "de estruturação psíquica prévia ao trabalho

escolar, ela é de incumbência da instituição familiar, primordialmente"

(AQUINO, 1997, p.318).

No entanto, o autor chama a atenção para o fato de que família e

escola são "instituições donatárias do que se denomina educação, num sentido

amplo e que se organizam, na melhor das hipóteses, complementando-se e

articulando-se" (AQUINO, 1997, p.318). Ao atribuir à família a "responsabilidade

pela desestruturação moral dos filhos", o que influencia, por exemplo, na

permeabilidade a regras comuns, à cooperação, à reciprocidade, Aquino enfatiza

que a instituição familiar está se mostrando incapaz de realizar seu papel clássico

na educação das crianças e adolescentes.

Nesse sentido, ele assevera que de fato a escola não está sozinha

como responsável pela educação no sentido lato, porém "algumas funções

adicionais lhe vêm sendo delegadas no decorrer do tempo, funções estas que

ultrapassam o âmbito pedagógico e que implicam o (re)estabelecimento de

algumas atribuições familiares" (AQUINO, 1996, p.46).

56

Ainda posicionando-se dessa forma o autor ressalta alguns aspectos

relacionados aos problemas de (in)disciplina na escola. Segundo ele, mesmo

que fosse confirmada a hipótese da carência moral dos alunos, isso não seria

suficiente para supor que eles estivessem destituídos "completa ou

parcialmente, dos pré-requisitos morais mínimos para a convivência escolar"

(AQUINO, 1997, p.318).

Na concepção do autor, o professor pode "criar condições propícias

para a sedimentação desta infra-estrutura, quando ela apresentar-se de

maneira ainda fragmentária ou incompleta" (p.318), por meio de proposta de

trabalho fundamentada no próprio conhecimento que a escola deve transmitir.

Ou seja, no trabalho com o conhecimento "a observância de regras, de

semelhanças e diferenças, de regularidades e exceções" (p.319) serão

moralizadoras, se a moralidade for entendida "como regulação das ações e

operações humanas, nas sucessivas tentativas de ordenação do mundo que

nos circunscreve" (p.319).

Enfim, para ele a (in)disciplina independe de "antecedentes extra-

escolares (caso eles existam), é um fenômeno oriundo da qualidade das

relações escolares cotidianas" (p.319) e que consiste basicamente no resgate

do estatuto da instituição escolar.

Existem muitas indagações inadiáveis com relação à relevância da

escola, do conhecimento e do estudo, inclusive para os próprios educadores

que se, na qualidade de profissionais privilegiados da educação, tiverem

certeza quanto ao seu papel e ao valor do seu trabalho, poderão fazer uma

leitura diferente sobre as questões mais desafiadoras do cotidiano da sala de

aula e as possíveis estratégias de enfrentamento das dificuldades encontradas,

entre elas a (in)disciplina. As novas condições de vida em sociedade impõem à

escola e aos educadores a necessidade de pensar e repensar, continuamente,

as formas de organização do trabalho escolar, em suas diferentes dimensões,

incluindo a (in)disciplina entre as questões mais prementes para o debate e

para a investigação.

Na psicologia sócio-histórica localizam-se elementos importantes para a

seleção dos conteúdos e metodologias de trabalho nas áreas de ensino.

Para Vygotsky (1991), os processos psicológicos são construídos a partir

57

de injunções do contexto sociocultural. Seus paradigmas localizam-se na

filosofia marxista-leninista, que concebe o mundo como resultado de processos

histórico-sociais que alteram não só o modo de vida da sociedade, mas

também as formas de pensamento do ser humano.

Dessa forma, todas as condutas do ser humano, incluindo aí a

(in)disciplina, são construídas como resultado de processos sociais:

Ao internalizar as experiências fornecidas pela cultura, a criança e o adolescente reconstroem individualmente os modos de ação realizados externamente e aprendem a organizar os próprios processos mentais, a controlar e dirigir seu comportamento (autogoverno) e a agir neste mundo. O indivíduo deixa, portanto, de se basear em mediadores externos e começa a se apoiar em recursos internalizados (idéias, valores, imagens, representações mentais, conceitos, etc.) (REGO, 1996, p.94).

Ressaltando o valor da relação dialética que envolve o social e o

individual no desenvolvimento humano, Vygotsky elabora uma visão de sujeito

que não se apresenta pronto ao nascer, mas que se constrói em uma interação

constante com o seu contexto sócio-histórico.

As contribuições das ideias vygotskyanas para a educação foram

muitas, não só no que diz respeito à interação professor-aluno e aluno-aluno

em sala de aula mas principalmente pelo destaque que dá ao papel de mediação

que o professor exerce, entre os conhecimentos culturais a serem ensinados na

escola e a ação do aluno sobre esses conhecimentos.

Conduzir e direcionar o processo de aprendizagem pressupõe o domínio total dos conteúdos e metodologias, além do conhecimento dos processos psicológicos que envolvem a aprendizagem, tendo em vista que o seu aluno é um ser completo e determinado. O educador possibilitará mediações que o aluno vai fazendo no seu processo de desenvolvimento e aprendizagem. Esta é também uma mediação entre o educando, o objeto de conhecimento e os elementos da cultura (CADERNOS DE EXTENSÃO, 2001, p.21).

58

Para Makarenko, pedagogo marxista que lançou as bases de uma

educação socialista soviética cujo objetivo era a formação do coletivo humano,

a disciplina é o resultado da educação, e não uma imposição externa. Ela é

consciente na medida em que deve nascer da experiência social, da atividade

prática do trabalho escolar, tornando-se exigência e tradição da própria

comunidade escolar. Só se alcança a disciplina através do trabalho

consequente do coletivo da escola, sendo esta escola um lugar onde o aluno se

sinta feliz e o co-responsável pelo êxito escolar, e esteja convencido de que a

disciplina é a forma de melhor conseguir o fim visado pela coletividade.

Nas palavras de Makarenko, a "disciplina deve ser acompanhada da

compreensão da sua necessidade, da sua utilidade, da sua obrigação, do seu

significado de classe" (MAKARENKO, apud. FRANCO, 1986, p.63).

Parece compreensível que tem-se disciplina como algo necessário e

importante no processo educativo, nas relações sociais, na aquisição de

conhecimentos. Sem a disciplina, torna-se difícil o trabalho de todos os

envolvidos nesse processo educadores, alunos, pais, funcionários e

comunidade mais ampla.

A chamada indisciplina, que tanto tem mobilizado todos os agentes

envolvidos no processo educativo, está intimamente ligada ao exercício da

autoridade , autoridade essa que não se pode confundir com autoritarismo.

Numa visão dialética, a autoridade traz em si a negação: a construção da

autonomia do outro. Não existe autoridade “em si”; ela se define sempre em

contextos históricos concretos.

O professor deve viver a eterna tensão entre a necessidade de dirigir,

orientar, decidir, limitar e a necessidade de abrir, possibilitar, deixar correr,

ouvir, acertar. Tal contradição é constante e não pode ser anulada, mas

resolvida em diferentes momentos, tendo em vista os objetivos do trabalho,

sendo restabelecida logo em seguida, em outro patamar e contexto.

Um grande desafio para os educadores para o resgate da sua autoridade

nas diversas situações escolares é a necessidade de resignificar o espaço

escolar, isto é, ter clareza de qual é, de fato, o papel da escola hoje.

O outro desafio é o professor se reconstruir depois deste turbilhão ao

qual foi e ainda está submetido: queda do mito de ascensão social,

59

fragmentação e esvaziamento na formação acadêmica, diminuição drástica dos

salários, parcialização da atuação no interior da escola, número excessivo de

alunos por sala de aula, falta de instalações adequados, etc.

A presença da autoridade, dentro do processo educativo é algo buscado

incessantemente pelos educadores. E alguns chegam a confundir a autoridade

com autoritarismo, no intuito de resolver os problemas disciplinares. O

autoritarismo não pressupõe o outro; o seu crescimento, a sua participação nas

decisões. No âmbito escolar, a prática autoritária, resquício do passado, ainda

está presente em muitas escolas, nas regras e normas coercitivas, na prática

em sala e aula. Isto faz com que, muitos educadores, tenham medo de exercer

a autoridade, e cair no autoritarismo. Mas o trabalho docente, comprometido

com os anseios de uma sociedade democrática e justa, igualitária,

comprometida com a aprendizagem efetiva do aluno, jamais será autoritário. O

conhecimento de todas as implicações do processo pedagógico ajudará os

educadores a pensar na construção de uma escola que tenha um compromisso

com a formação do aluno, o qual será tratado como sujeito e não como mero

objeto do ensino-aprendizagem.

É importante destacar que:

Ao longo da história da educação a (in)disciplina escolar tem sido percebida de formas diferenciadas mas entende-se que ela esteja diretamente relacionada à regras e normas e à postura adotada pelos sujeitos frente às relações constituídas nas diversas situações escolares, tanto na relação professor-aluno e aluno-aluno, quanto frente às formas de organização e gestão escolares e pedagógicas, seja na sala de aula ou na escola Tanto nos modelos de educação tradicional quanto nas versões de educação mais progressistas, percebe-se essa relação intrínseca ao cumprimento e/ou estabelecimento consensuado de normas e regras de convivência e de organização, seguida do uso de sanções advindas do seu descumprimento. (Szenczuk, p. 3, 2004).

Mas, enfim, como se pode construir a disciplina tão almejada?

A escola não pode se eximir de sua tarefa educativa, no que se refere à

disciplina. Se uma das metas da escola é que os alunos aprendam posturas

60

consideradas corretas da cultura (apresentar atitudes de solidariedade,

cooperação e respeito aos seus colegas e professores), a prática escolar

cotidiana deve dar condições para que eles, não somente conheçam estas

expectativas, mas também construam, interiorizem e vivenciem estes valores,

e principalmente, desenvolvam mecanismos de controle reguladores de sua

conduta. Para que isso aconteça, a escola e os educadores precisam aprender

a adequar suas exigências às necessidades dos alunos, que por sua vez,

precisam conhecer as intenções que originariam essas regras e discuti-las,

quando necessário. Nesse momento, o papel do mediador do professor é de

suma importância. Uma prática escolar baseada nestes princípios terá com

certeza um efeito extremamente educativo. E os educadores precisam buscar

uma coerência entre a sua conduta e a que espera dos alunos, pois segundo

Vygotski, é também através da imitação dos modelos internos que a criança

aprende.

A disciplina, ou a sua construção, passa pela construção do homem, do

mundo, por isso, é um assunto que extrapola o âmbito da escola. Passa pela

ética, pela política, pela filosofia. Afinal, sublevar-se ao poder constituído, nem

sempre é uma prática nociva, depende da situação, do contexto. Como nós,

educadores, podemos contar aos nossos alunos, dos quais tanto cobramos a

disciplina, sobre as revoluções, as revoltas, justas e sérias, que mudam o

mundo para melhor, sem tocarmos nessa questão, da contestação do

momento político, do poder estabelecido? O que podemos fazer é discutir

seriamente com os alunos e a comunidade escolar, quais os objetivos da

escola, e o que faremos para alcançá-los, tornando tanto a escola, como a

sociedade, o mundo mais justo, mais democrático. E então poderemos discutir

a disciplina da construção, a disciplina que torna o homem realizado, pleno,

sujeito da sua história.

5.4 OS RECURSOS TECNOLÓGICOS NA EDUCAÇÂO

“Ante o computador, o aluno e professor são pesquisadores. O professor procura quais

61

sejam as interações mais produtivas entre as possibilidades que a máquina apresenta ao usuário. O aluno procura solução de seus problemas e, assim fazendo, constrói ao mesmo tempo, concreta, física, e mentalmente o próprio pensamento”.

Lolinni

O mundo, que sempre esteve em permanente mudança, hoje tem

multiplicada a sua rapidez, devido ao avanço das tecnologias.

Muitas pesquisas sobre o papel da educação na nossa sociedade têm

sido desenvolvidas, com o objetivo voltado para a socialização do

conhecimento. Toda inovação no âmbito da educação deve favorecer esse

objetivo para que o acesso à cultura e a tecnologia não seja monopólio

exclusivo de uma elite. Quanto mais dinâmica se torna uma sociedade

tecnológica que modifica rapidamente os processos produtivos e aumenta seus

próprios conteúdos científicos, tanto mais necessária se torna para a estrutura

educativa estabelecer uma adequação entre este processo e as gerações que

surgem.

O computador na escola pode ser utilizado em duas abordagens

distintas, uma como transmissor de informações previamente selecionadas

pelo professor, outra como uma ferramenta auxiliar do aluno na construção do

seu próprio conhecimento. Embora a relação entre inovação tecnológica e

educação seja complexa e supõem-se processos a longo prazo, principalmente

se tem como horizonte favorecer mudanças no sistema educacional como um

todo. Dentro dessa perspectiva, parece haver consenso entre especialistas em

informática, educadores, sociólogos, psicólogos e antropólogos, ao

considerarem que a área de informática é de grande importância, por estar

provocando no mundo uma nova revolução industrial. Segundo Noble, a

tecnologia é vista na sociedade como um processo autônomo; algo constituído

e visto à margem de tudo como se tivesse vida própria independente das

intenções sociais, poder e privilégio. Vemos a tecnologia como se fosse algo

que mudasse constantemente, e que constantemente provocasse alterações

profundas na vida das escolas. Decerto que é parcialmente verdade, mas

devemos questionar as relações que permanecem inalteradas, dentre estas, as

62

mais importantes são as desigualdades econômicas e culturais que dominam a

nossa sociedade (NOBLE, 1984).

Moran (2003) refere-se à tecnologia, afirmando que:

Estamos caminhando para um conjunto de situações de educação on-line plenamente áudio-visuais. Caminhamos para processos de comunicação áudio-visual com possibilidade de forte interação, integrando o que de melhor conhecemos da televisão (qualidade de imagem, som, contar histórias, mostrar ao vivo) com o melhor da Internet (acesso a banco de dados, pesquisa individual e grupal, desenvolvimento de projetos em conjunto, à distância, apresentação de resultados). Tudo isso exige uma pedagogia muito flexível, integradora e experimental diante de tantas situações novas que começamos a enfrentar. (MORAN, 2003, p.3)

Mas antes de pensar no encantamento do uso de tecnologias de

informação e comunicação é preciso compreender que o entendimento sobre o

sistema educacional deverá estar impregnado de uma visão de mundo, de

conhecimento e aprendizagem.

Cabe a todos nós educadores, pais, alunos, comunidade lutar visando um

trajeto para melhoria da qualidade de vida, oferecer a todos o acesso às

tecnologias, para que juntos todos participem da construção do mundo que

permita a todos o pleno exercício da cidadania.

Queremos desenvolver ações educativas vinculadas ao nosso tempo.

Nesse contexto a informática vem atuar como ferramenta de estímulo para

alunos e educadores, passando a fazer parte da estrutura educacional como

um elemento a mais na aquisição de conhecimentos devendo ser utilizadas por

todas as disciplinas e em todas as séries.

63

5.5 AVALIAÇÃO

“... a prática da avaliação nas pedagogias preocupadas com a transformação deverá estar atenta aos modos de ultrapassagem do autoritarismo ao estabelecimento da autonomia do educando..”

Luckesi

Pensar na situação da Escola Pública hoje implica refletir um pouco sobre

milhões de crianças e jovens das camadas populares que a buscam e que não

têm tido a oportunidade de ver atendidas suas expectativas.

Nossa meta é querer uma Escola Pública de Qualidade, que possa dar

conta das expectativas dessa grande população brasileira e, dentro de certas

limitações, venha a contribuir para a transformação de nossa sociedade.

Pretende-se uma avaliação educacional que contribua para o exercício crítico

institucional de modo responsável e que abra espaços para a construção

coletiva de decisões que favoreçam a consolidação da democracia brasileira.

A avaliação educacional que se busca, engloba uma reflexão séria sobre

sua ampla finalidade dentro do processo de ensino. Conforme Demo, qualidade

pode ser definida da seguinte forma:

Na qualidade não vale o maior, mas o melhor; não o extenso, mas o intenso; não o violento, mas o envolvente, não a pressão, mas a impregnação. Qualidade é estilo cultural, mais que tecnológico; artístico, mais que produtivo; lúdico, mais que eficiente; sábio, mais que científico. O processo de avaliação não diz respeito apenas ao ensino e nem pode ser reduzido apenas a técnicas. Fazendo parte da permanente reflexão humana, a avaliação constitui-se num processo intencional, auxiliado por diversas ciências e que se aplica a qualquer prática (1999, p. 01).

Dentro deste horizonte, reafirmamos Patton (1990), pensando que, a

avaliação é fundamental para fazer acontecer a própria qualidade da

educação. Isso significa reafirmar que a dimensão político-pedagógica da

64

avaliação se concretiza nas ações efetivas que qualifiquem a educação,

democratizando-a e, em decorrência, garantindo a todos os brasileiros o direito

de aprender, de participar, de atuar como cidadãos (Albuquerque 2000).

Neste sentido torna-se claro que a avaliação é um instrumento político-

pedagógico cada vez mais necessário, para redimensionar os rumos da prática

pedagógica. Cada passo, cada ação deverá estar clara e explícita do que se

está fazendo e para onde possivelmente estão caminhando os resultados de

uma ação.

É fundamental afirmar que a avaliação é uma prática social e por isso

padece de determinações sociais mais amplas, que ultrapassam o âmbito da

escola. Isto significa compreender a avaliação dentro de uma concepção de

totalidade, que constitui um processo de avaliação escolar que contribui com o

aperfeiçoamento das ações em desenvolvimento.

Este processo assume um caráter democrático, no sentido de considerar

que os integrantes da ação educativa são capazes de assumir o processo de

transformação da educação escolar, sob a ótica dos interesses da maioria da

população. Ele deve ser abrangente, significando que todos os integrantes e os

diversos componentes da organização escolar sejam avaliados: a atuação do

professor e de outros profissionais da escola; os conteúdos e processos de

ensino; as condições, dinâmicas e relações de trabalho; os recursos físicos e

materiais disponíveis; a articulação da escola com a comunidade. Outra

característica do processo é a participação, o que significa prever a cooperação

de todos, desde a definição de como a avaliação deve ser conduzida até a

análise dos resultados e escolha dos rumos da ação a serem seguidos. E por

último, num processo contínuo, que se constitui efetivamente em uma prática

dinâmica de investigação que integra planejamento escolar em uma dimensão

educativa.

Aprender é ato que o sujeito exerce sobre si próprio, é sempre trazer uma

modificação passageira, ou duradoura, no comportamento do indivíduo, pela

própria ação deste, em conjugação com outras pessoas ou instrumentos

(Reboul 1982). Aprender não é um verbo passivo, não é simplesmente registrar

para reproduzir.

O ensino que visa a uma aprendizagem ampla procurará desenvolver a

65

inteligência, priorizando as atividades do sujeito inserido numa situação social.

A avaliação da aprendizagem, nesse contexto, buscará ir além da simples

aplicação de provas e testes, tentará verificar o rendimento através de

reprodução livre, com expressões próprias, relacionamentos, reprodução de

diferentes formas e ângulos, explicações práticas, explicações causais,

simulações, etc... (Mizukami, 1986).

A avaliação na função formativa e diagnóstica tem em vista localizar as

dificuldades do aluno e ajudá-lo a descobrir os processos que lhe permitam

progredir em sua aprendizagem. A estratégia de avaliação formativa deve ser

definida num quadro teórico que leva em conta os múltiplos aspectos

(cognitiva, afetivo e social) da aprendizagem e das interações no interior do

sistema educativo, assim:

A avaliação para a formação humana (...) tem como função nortear o aluno e informar ao professor o estágio de desenvolvimento do aluno e os próximos passos no processo. Desta forma, ela não classifica, mas situa. E situa para auxiliar no processo de formação do aluno, decorrendo daí sua importância para a prática pedagógica, que deve sempre propiciar ao educando novas possibilidades de desenvolvimento e aprendizagem (LIMA, 2002, 17).

Nessa perspectiva ampla, a avaliação será contínua, buscando a uma

regulação interativa, ou seja, todas as relações professor-aluno serão

avaliações que permitam adaptações no ensino e na aprendizagem. A

finalidade será oferecer uma orientação ao longo de todo o processo de

aprendizagem, ajudando o aluno a descobrir aspectos pertinentes às tarefas e

a comprometer-se na construção de uma estratégia mais adequada de

recuperação pedagógica.

Podemos dizer que critério de avaliação é um princípio que se toma como

referência para julgar alguma coisa. Parâmetros, padrões de julgamento,

padrões de referência são sinônimos de critério. O conceito já é resultado do

que foi estabelecido no critério.

66

Não é fácil definir critérios, mas é importante, uma vez que se tomam as

‘regras do jogo’ e poderão ser mais adequados quanto maior integração houver

entre professores e alunos, e também devem ser formulados previamente e

não no decorrer da própria avaliação.

5.5.1 AVALIAÇÃO: UM PROCESSO INTENCIONAL E PLANEJADO

O ato de preparar uma avaliação deve ser intencional e bem planejado,

utilizando-se de diferentes instrumentos e estratégias sem subterfúgios, sem

complicações desnecessárias, sem armadilhas; que a avaliação seja

contextualizada, coerente com as expectativas de ensino e aprendizagem.

Avaliar é investigar para intervir, daí a necessidade de se ter a avaliação

não como instrumento de medição do saber do aluno, mas como a base de

dados para que o professor, se necessário, modifique suas estratégias de

ensino ou de avaliação. Cabe ao professor cobrar todo o conteúdo que foi

transmitido para o aluno ou que conste no seu plano de trabalho docente

aquilo que realmente será avaliado e aproveitado pelo aluno para que estes

não sejam confundidos ou desmotivados ao estudo.

Assim a avaliação contínua e formativa alcança todo o processo de

construção do conhecimento que acontece na sala de aula. A seleção dos

conteúdos é indissociável dos critérios de avaliação, da expectativa de

aprendizagem.

RECUPERAÇÃO: Se selecionamos determinado conteúdo, porque o

julgamos importante na formação do estudante, então investiremos em todas

as estratégias possíveis para que ele aprenda. Na Recuperação deve haver o

esforço de retomar o conteúdo para garantir novas possibilidades de

aprendizagem; recuperando-se os conteúdos, a recuperação de nota é

consequência.

Nenhum instrumento de avaliação é completo em si mesmo, nem há

instrumento de avaliação que dê uma imagem perfeita e completa da

realidade, como também não há instrumentos de avaliação fáceis ou difíceis,

pois depende do contexto da realização e das variáveis que interagem, como

por exemplo, o mesmo avaliador, em momentos diferentes, está sujeito a ler

67

diferentemente as mesmas respostas dos alunos.

É importante que o professor ao preparar sua avaliação, seja qual for o

instrumento usado, apresente um enunciado preciso, em linguagem clara, que

não dê margem a dúvidas no momento da sua realização.

O texto sugere o uso de vários instrumentos de avaliação contínua e

somativa que podem ser usados em qualquer disciplina:

- Atividades de leitura e compreensão de texto;

- Projeto de pesquisa bibliográfica;

- Produção de texto;

- Palestra / Apresentação oral

- Atividades experimentais;

- Projeto de pesquisa de campo

- Relatório;

- Seminário;

- Debate;

- Atividades a partir de recursos audiovisuais;

- Trabalho em grupo;

- Questões objetivas;

- Questões discursivas.

5.5.2 O QUE SÃO CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO?

Na e laboração da Proposta Pedagógica, a opção por determinados

conteúdos não é aleatória, é intencional e carrega em si um objetivo pré-

estabelecido. O estabelecimento de critérios servirá para se julgar o

desempenho da aprendizagem. A valoração desses critérios depende da

intenção que se tem ao se trabalhar o conteúdo.

Assim, é essencial estabelecer a relação entre os conteúdos que se

pretende ensinar, o objetivo para este ensino, a forma de sistematização

destes conteúdos, para então, estabelecer instrumentos e critérios de

avaliação claros e específicos que serão utilizados no processo avaliativo.

68

5.5.3 CONSELHO DE CLASSE: AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA

1º Momento – AUTO AVALIAÇÃO DO PROFESSOR

Ações práticas;

Avanços e dificuldades;

Inovações na metodologia ou avaliação que conseguiu pôr em prática;

A que causas atribuiu o sucesso ou a falha nas tentativas que fez;

Crescimento pessoal do professor, troca de experiência e

aperfeiçoamento do processo educativo

2º Momento – AUTO AVALIAÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA / DIREÇÃO

Análise das condições de trabalho que a escola oferece;

Atuação dos serviços;

Levantar possibilidades reais de promover mudanças significativas no

processo com as condições que a escola apresenta

3º Momento – ANÁLISE DIAGNÓSTICA DA TURMA

Apontar causas ou sugerir hipóteses de causas dos problemas

Levantar necessidades da turma

4º Momento – LINHAS DE AÇÃO OU AÇÕES CONCRETAS

Ações que deverão ser colocadas em prática no próximo semestre

pelos serviços pedagógicos, pelos próprios professores para sanar

as necessidades surgidas na análise da turma.

Garantir a existência de um fio condutor no trabalho pedagógico e um

processo em que ação educativa da escola esteja concatenada de forma

científica e metódica.

5º Momento – ANÁLISE DOS CASOS MAIS RELEVANTES DA TURMA

Tentar ver o aluno como um todo, além das notas;

Pesquisar as causas, o porquê das atitudes dos alunos

69

5.6 INCLUSÃO EDUCACIONAL

A necessidade de conhecer sobre a práxis que impulsiona a educação

inclusiva dos sujeitos com necessidades especiais na escola regular e na

sociedade surge por observar que esta expectativa poderá ser satisfeita na

medida em que houver instrumentos e pessoal capacitado, tornando eficaz a

proposta de educação para todos, conforme os Parâmetros Curriculares

Nacionais (BRASIL, 1999), nas sugestões de adaptações curriculares. Apesar de

os PCN’s não possuírem a mesma concepção apontada neste Projeto Político

Pedagógico, ainda são as referências que temos, tendo em vista que para estas

questões, não se tem um documento indicando sobre as especificidades da

educação especial ou sobre a inclusão.

Faz-se necessário, então, empreender em ações que desenvolvam a

inovação de métodos e no conhecimento em lidar com o sujeito com

necessidades especiais.

Embora as necessidades sejam amplas e diversificadas, a atual Política

Nacional de Educação Especial (BRASIL, 1999) define como aluno com

necessidades especiais “aquele que por apresentar necessidades próprias e

diferentes dos demais alunos no domínio das aprendizagens curriculares

correspondentes à sua idade, requer recursos pedagógicos e metodologias

educacionais específicas” (BRASIL, 1999, p.24).

A classificação das necessidades especiais, para efeito de prioridade no

atendimento educacional especializado, dá ênfase a: deficiência mental, visual,

auditiva, física e múltipla; condutas típicas (síndromes e quadros psicológicos,

neurológicos ou psiquiátricos) e superdotação.

A expressão necessidades educacionais especiais pode ser utilizada para

referir-se a crianças e jovens cujas necessidades decorrem de sua elevada

capacidade ou de suas dificuldades para aprender. Está associada, portanto, a

dificuldades de aprendizagem, não necessariamente vinculada à deficiência

(BRASIL, 1999, p.23).

A criação de instrumentos de aprendizagem, sobre o conhecimento de

como melhor avaliar e diagnosticar o nível de operacionalidade do indivíduo

70

com necessidades educacionais especiais permite apresentar melhores

caminhos para uma compreensão dos ‘distúrbios de aprendizagem’. Promove,

também, a descoberta, pelos pedagogos e profissionais da escola, de um ponto

de partida no auxílio ao desenvolvimento de outros significados para aquele

que necessita de ajuda para aprender.

A meta é alcançar o máximo de operatividade nas atividades propostas

sobre avaliação diagnóstica, auxiliando as famílias e os professores,

enfatizando o processo de aquisição da linguagem oral e escrita, já que esta é

fundamental para sobrevivência intelectual, moral, consequentemente,

profissional dos sujeitos, para que possam entender o mundo de significados

de seus alunos, a origem e a maneira como se atribui significados à realidade.

Desta forma, possibilitar as adaptações pedagógicas necessárias em diversos

âmbitos da escola fundamental: no nível do projeto pedagógico da escola, da

sala de aula, das atividades e quando necessário ao aluno individualmente.

Entende-se que a flexibilidade e a dinamicidade do currículo regular das

escolas fundamentais poderá não ser suficiente para superar as restrições do

sistema educacional e compensar as limitações reais dos alunos portadores de

necessidades educacionais especiais (BRASIL, 1999, p.59). Neste caso,

devemos buscar as adaptações curriculares, através da promoção de um

possível aperfeiçoamento para o maior número de pessoal, tornando-os melhor

capacitados para lidar com a diversidade na escola, possibilitando a inclusão

uma realidade menos cruel para todas as partes envolvidas. Isto ocorrerá na

medida em que houver um maior número de pedagogos voltados para uma

área de estudo e de aplicação que se preocupa com a aprendizagem; voltados

para o significado do aprender neste mundo de informação que se delineia a

nossa frente.

Ross indica alguns procedimentos a serem observados pelo professor e

por quem pretenda valorizar cada pessoa em suas possibilidades e em suas

interações:

Indicar claramente os objetivos da lição, com palavras, imagens, sinais e ações. Tomar decisões para colocar os alunos em grupos de ensino de tal modo a garantir a

71

heterogeneidade Especificar qual atividade de ensino se espera dos alunos e como a interdependência deve ser demonstrada. Esta clareza é parte de um trabalho bem dirigido e com forte senso de justiça, de humanização e de progresso. Controlar a eficiência das interações cooperativas e intervir para proporcionar assistência á tarefa. Responder perguntas e ensinar habilidades relacionadas ao trabalho. Avaliar as realizações dos alunos e a eficiência do grupo. Adaptar a exigência da lição, a cada aluno. (2004, p. 220)

Em resumo Ross (2004) afirma que é muito simples fazer inclusão, mas

não é fácil. Requer planejamento e aceitar as diferentes formas de os alunos se

expressarem.

5.7 DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS

Os desafios educacionais contemporâneos na organização da Proposta

pedagógica da escola pressupõe um olhar menos ingênuo sobre as questões

sócias e culturais. Devem estar pautados nos fatos históricos. Tradicionalmente

estes fatos foram tratados nos conteúdos curriculares de forma linear, sem

contextualização e muito mais na perspectiva do dominador, baseado no

eurocentrismo. E, em se tratando de cultura, esta baseava-se mais no

conhecimento concreto da realidade, ao senso comum, presentes mais em

eventos esporádicos do que no conteúdo curricular. Mas, hoje, as questões

sociais e culturais serão abordadas em nossa proposta curricular através do

conteúdo, conforme as Diretrizes Curriculares do estado do Paraná, em cada

disciplina. Desta forma é possível a compreensão do conhecimento em suas

múltiplas manifestações culturais, levando em conta a especificidade das

disciplinas e de cada um dos desafios contemporâneos.

Desafios Educacionais Contemporâneos são demandas que possuem uma

historicidade, por vezes, com origem dos anseios dos movimentos sociais,

outras vezes, fruto das contradições da sociedade capitalista e, por isso,

prementes na sociedade contemporânea. Estes desafios são de relevância para

a comunidade escolar, pois estão presentes nas experiências, práticas,

representações e identidades dos educandos e educadores. No Paraná existe a

72

Coordenação de desafios Educacionais Contemporâneos, que é composta por

seis equipes que atendem as necessidades das escolas no que diz respeito ao

assuntos: Educação Ambiental; Educação Fiscal; Enfrentamento da Violência

nas Escolas; História e Cultura Afro-Brasileira e Africana; Prevenção ao Uso de

Drogas e sexualidade. Busca-se oferecer o suporte às escolas para o

enfrentamento destas questões. E esta escola, procurará participar de todos os

eventos oferecidos para acompanhar e se atualizar nestes temas.

5.7.1 VIOLÊNCIA ESCOLAR

Conforme reflexões realizadas na primeira semana pedagógica de 2009,

o capitalismo, a mídia e as relações sociais representam fatores que geram a

violência escolar. A desorganização da sociedade é um dos fatores mais

percebidos.

O professor não consegue mais contornar os problemas da violência

escolar, mas a perda da sua autoridade não justifica essa violência.

A escola deve reforçar a afetividade para que a violência não

comprometa a atividade pedagógica. A desigualdade social e a exclusão

causam indisciplina e violência.

Para superar a violência é preciso que os educandos tenham acesso aos

bens científicos e culturais, tenham liberdade de expressão, garantia de direito

à escolaridade. Além disso, a gestão escolar deve ser democrática; esse é um

dos principais instrumentos de enfrentamento da violência escolar.

Indisciplina e violência escolar não são sinônimos.

5.7.2 GÊNERO E DIVERSIDADE

Devemos salientar na escola, não a orientação sexual das pessaos, mas o

ser humano, buscando a aprendizagem da cidadania.

O assunto sobre as questões de gênero devem estar presentes no Projeto

Político Pedagógico, nas Propostas Curriculares e no Plano de Trabalho Docente,

mas principalmente no discurso da escola, na sua prática pedagógica, que

devem ser coerentes. É preciso entender que está questão quase sempre

73

aparece de forma implícita, deixando passar preconceitos veladamente e nada

melhor que explicitar os fatos e procurar saber a sua historicidade.

Sendo assim, a escola procura capacitar seus profissionais participando

de cursos com assuntos pertinentes a diversidade sexual e cultural. Foi o caso

da participação ao curso, em 2008, “Saúde e Prevenção nas Escolas”, um guia

para a formação de profissionais de saúde e educação. O curso versou sobre as

relações de gênero; prevenção de Aids e Dsts; a sexualidade na vida humana;

saúde sexual e saúde reprodutiva. A coordenação pedagógica pretende então

para este ano de 2010, abordar este tema nas horas atividades com os

professores.

Sobre a busca de novos caminhos para a prevenção de DST/AIDS o

discurso deve estar pautado conforme Carvalho (1996):

Por um longo período, que nos trouxe muitas lições, o foco principal da educação em saúde e da prevenção da AIDS esteve na mudança de comportamentos individuais, mediante a definição de “fatores de risco” que deveriam ser eliminados a partir ações racionais, responsabilidades de cada pessoa. Mas a experiência mostrou que os chamados “fatores de risco” não podem ser transformados isoladamente pois são partes de um “complexo único de múltiplas dimensões – biológica, social e cultural” (in:Brasil, 2008, p. 25).

Em relação Gênero e diversidade, lembramos Simone de Beauvoir (1983)

“...a gente não nasce mulher, torna-se mulher” e temos como pressuposto

teórico:

... o estudo das diferenças marcantes dos papéis sexuais nas diversas culturas e época históricas mostrou que o papel desempenhado pela Biologia tem seu limite e que os comportamentos e as relações entre as pessoas estão associados, principalmente, às diferentes culturas humanas (Brasil, 2008, p. 41).

5.7.3 EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A Lei 9799/95 de Educação Ambiental se faz presente em todos os

conteúdos estruturantes trabalhados em Geografia, Biologia e Ciências, criando

uma conscientização ambiental. Nas demais disciplinas, o tema é abordado nos

74

conteúdos específicos, ou através de textos sobre o assunto.

Em documentos da sociedade civil valores e ações são propostos

(Tratado de educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e

Responsabilidade Global, a Carta da Terra e a Agenda 21), visando compartilhar

idéias, assumir responsabilidades e ações para que seja possível enfrentar as

mudanças ambientais globais. Cabe também a escola refletir sobre os

problemas ambientais e sociais através do conhecimento sobre os documentos

e Programas em âmbito Nacional, Estatual e Municipal construindo em cada

estudante uma ação transformadora, baseada na responsabilidade pela

melhoria da qualidade de vida.

5.7.4 PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE DROGAS

A prevenção ao uso indevido de drogas está presente em nossa Proposta

Curricular, nos conteúdos estruturantes e específicos. Nas disciplinas de

Geografia, Ciências, Biologia e Química este tema estão contidos no Plano de

Trabalho Docente, onde são mostrados os danos causados no orgsnismo com o

uso de drogas. Este assunto pode ser abordado em vários conteúdos de

Biologia, sempre buscando preservar a integridade humana. As demais

disciplinas e a Coordenação Pedagógica, comtemplam através de textos

pertinentes.

Em 2007/2008 implementamos o Pojeto Saber Saúde, em reunião com

os professores e em relação aos alunos, a professora de Educação Física

ministrou no Ensino Fundamental e a Pedagoga quando havia falta de

profesores. O Projeto versava sobre a prevenção do tabagismo e outros fatores

de risco de câncer.

Para 2010 temos a pretensão de convidar profissionais da saúde para

ministar palestras aos alunos.

5.7. 5 CIDADANIA E DIREITOS HUMANOS

Entendemos que a educação dos jovens é um direito universal e é

fundamental a escola assumir este compromisso, de garantia de acesso aos

75

jovens, a educação geral e técnica/profissional, que assegurem sua

permanência no sistema educacional, criando condições justas para que

tenham acesso ao ensino superior e ao mundo do trabalho.

Lembrando que:

Para além da garantia de escolaridade, no entanto, o acesso ao mundo do trabalho, nas várias e diferentes formas que a sociedade contemporânea abre aos jovens, é um elemento essencial na construção da justiça social e de condições que promovam seu protagonismo na sociedade. Desta forma, articular educação e trabalho par a juventude, a partir de projetos que garantam a qualidade de vida para todos, é um caminho profícuo para o desenvolvimento de ações que tenham a escola como lócus e a participação cidadã como meta (Brasil, 2007, p. 6).

Trabalhar democraticamente é saber lidar com conflitos. Buscando em

dicionários, conflito é: situação permanente de oposição, desacordo ou luta

entre pessoas ou coisas...momento de impasse...questionamentos, diferenças,

disputas. Devemos entender que o conflito é uma parte natural de nossas

vidas, somos mediados uns pelos outros. Torna-se o conflito, a matéria prima

para a constituição psíquica, cognitiva, afetiva, ideológica e social. Portanto,

cabe a escola gerenciá-los. É preciso desenvolver as capacidades do indivíduo

de pertencer a uma comunidade política, tendo como base a moral e a ética.

5.7.6 CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA

O colégio Newton Ferreira da Costa passa a inserir os conteúdos

referentes à História e Cultura Afro-Brasileira e Africana nas disciplinas de

Língua Portuguesa, História, Geografia e Artes, contemplando outras disciplinas

da matriz curricular, como implicam as leis, considerando:

A Lei 10.639/03, que altera a Lei 9.394/96 em seus artigos 26 - A, 79-A e 79 - B;As diretrizes Curriculares para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura

76

Afro-Brasileira e africana;A Deliberação 04/06, do Conselho Estadual de educação, que diz em seu artigo 2º que "o Projeto Político Pedagógico das instituições de ensino deverá garantir que a organização dos conteúdos de todas as disciplinas da matriz curricular contemple, obrigatoriamente , ao longo do ano letivo, a História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na perspectiva de proporcionar aos alunos uma educação compatível com uma sociedade democrática, multicultural e pluriétinica.As Diretrizes Curriculares Estaduais que mencionam tais conteúdos, não como temas transversais, mas como conteúdos que devem ser trabalhados em todas as disciplinas da matriz curricular.

Ao abordar a História da África e da presença do negro no Brasil, os

professores farão abordagens positivas, sem deixar de tratar do sofrimento

provocado pela escravidão, mas não se limitarão a esse momento. Procurarão

realçar a luta dos escravos em cativeiro, a contribuição do negro em todos os

campos da cultura brasileira, no passado e no presente.

Da mesma forma, ao tratar da Diáspora africana, os conhecimentos dos

negros em relação à arquitetura, navegação, medicina, ciência, filosofia,

matemática, geometria, agricultura, utilização do ferro, serão abordados de

forma a contribuir para a valorização da história desse povo.

É sempre bom lembrar que o trabalho escolar voltado para o

conhecimento sobre o multiculturalismo não deverá ser em detrimento da

desigualdade social. Isto é, não deveremos aceitar de forma alguma que as

questões sociais sejam minimizadas, tratando-as como natural, mas sim

deveremos tratá-las como parte integrante do desenvolvimento da sociedade.

Como tal é possível pensar numa forma de tentar transformar a sociedade para

outra melhor e a escola tem um importante papel a desempenhar neste

sentido. Apesar de reconhecer que ela não é redentora de todos os males, mas

a escola pode ser um instrumento de transformação, utilizando o

conhecimento e conteúdos para tal.

A PRESENÇA DOS NEGROS NO PARANÁ(FUNPAR, Paraná negro, Curitiba,2008)

Conseguir compilar sobre a história da presença dos negros no Paraná não é

uma tarefa fácil, devido a escassa bibliografia a respeito deste tema.

77

O Estado que se considera terra de todas as etnias sempre relegou a segundo

plano a existência e importância dos seus filhos negros na sua formação sociocultural.

Neste dia 20 de Novembro, vamos tentar lançar luz sobre o obscurantismo que

foi imposto pela história oficial e tentar apresentar um pouco da vida e da face dos

negros do Brasil e do Paraná.

O Estado por muitos anos foi apresentado como um local de descendentes

europeus, com uma pequena parcela de orientais e outra menor ainda de indígenas; a

invisibilidade negra era sentida e vivida. Depois do senso de 1988 do IBGE, descobriu-

se que o Paraná é o Estado mais negro da região Sul do país (245 de negros na

composição da sociedade paranaense).

A seguir apresentamos algumas comunidades negras (quilombolas) nos

municípios do Paraná:

– Adrianópolis (João Surá – pioneiros fugiram da escravização de uma mina de ouro

em São Paulo a 200 anos; Praia do peixe – aproximadamente em 1806,duas

pessoas vieram fujidas de Iguape – SP; Porto Velho – ocupa a terra desde os anos

de 1750; Sete Barras – moradores mais antigos chegaram em meados do século

XIX; Córrego das Moças – não havia fazendeiros na região quando chegaram; São

João – chegaram desde os anos de 1760; Córrego do Franco – estão neste local a 5

gerações; Estreitinho – no Vale da Ribeira; Três canais – vieram no início do século

XX).

– Bocaiúva (Três Canais – chegaram no início do século XX; Areia Branca –

micegenação com outras etnias).

– Campo Largo (Palmital dos Pretos – vieram de várias regiões; Despraiado – foram

escravizados na fazenda Sepultura; Vila São Tomé – estão na terra desde 1750;

cavernoso – primeiros moradores em torno de 1760).

– castro (Limitão – Início do século XX; Mamãs – herança de dois irmãos; Tronco –

negros escravizados da fazenda de canhaporanga).

– Curiúva (Água morna – herança de terras; Guajuvira – nasceu de uma história de

amor).

– Doutor Ulisses (Varzeão – início de 1870).

– Guaíra (Manoel Ciríaco dos Santos – resistências à escravidão).

– Guaraqueçaba (Batuva – vieram de cananéia SP).

– Guarapuava (Invernada Paiol de Telha – herança desde 1960; Rio Verde – vieram da

região de Cananéia SP).

– Ivaí (Rio do Meio – final do sáculo XVIII); São Roque – final do sáculo XVIII).

– Lapa (Restinga – escravizados pela família Braga, estão no local desde o século

78

XIX; Feixo – idem; Vila Esperança – idem).

– Palmas (Adelaide Maria Trindade Batista – veio do R. Grande do sul; Castorina Maria

da conceição – veio nas primeiras expedições de povoamento da região de 1836).

– Ponta Grossa (Sutil – estão no local desde 1700; Santa Cruz – 1858).

– São Miguel do Iguaçu (Apepu).

– Turvo (campina dos morenos – 1850).

5.8 HISTÓRIA DO PARANÁ

A disciplina de História visa desenvolver uma visão clara e concisa dos

principais tópicos das sociedades mundiais, desde a Antiguidade até a idade

Contemporânea, para atender a um ensino crítico, dinâmico e atualizado.

Diante disso, a História do Paraná deve estar presente em nosso

currículo, atendendo ao contexto em que ela acontece e como é produzida. O

ensino da História do Paraná, como da História do Brasil e mundial, deve propor

a superação daquela História fragmentária, preconceituosa e dicotômica entre

pensar e agir, pois pensar e agir interagem e são partes integrantes do

processo de relação do homem com o mundo. O estudo da História do Paraná

deverá estar inserido no tempo e no espaço e devem possibilitar a superação

de uma visão dualista de vencedores e vencidos.

Os alunos deverão perceber que saber sobre a História do Paraná é

importante para poder compreender a sociedade em que se vive, relacionando

com a História do Brasil, no contexto da América Latina, da África e da Europa

e reconhecer os demais conteúdos estruturantes envolvidos e as contradições

de cada época, os impasses sociais da atualidade e do passado. É preciso

dispor a analisar os fatos, a partir de suas causas, permitindo entender como

as relações de trabalho foram construídas no processo histórico e como

determinam a condição de vida do conjunto da população paranaense.

A visão de cultura como lugar de síntese, de manifestação das

contradições e dos antagonismos que permeiam a vida social deve estar

presente na abordagem dos conteúdos. É preciso valorizar a diversidade das

sociedade, permitindo entender como as manifestações e representações são

construídas. A valorização da experiência humana no tempo e espaço, a

memória e cultura local e da humanidade é essencial: os mitos, lendas e a

79

cultura comum; a constituição do pensamento científico; todas as formas de

representação humana; a oralidade e a escrita.

6. MARCO OPERACIONAL 2007

Tabela 3: Planejamento das ações / 2007

METAS OBJETIVOS AÇÕES

Em relação ao processo de ensino aprendizagem: - Elevação do índice de aproveitamento escolar dos alunos no período de Recuperação Intensiva, em pelo menos 70%;

- Diminuição da evasão escolar dos alunos.

- Melhorar a qualidade da aprendizagem e aumentar o aproveitamento na Recuperação Intensiva em todas as séries;

- Elevar o índice de aprovação ao final do ano;

- Rever o sistema de avaliação da escola.

- Reescrever o Regimento Escolar

- Melhoria da organização do fazer pedagógico;

- Discussão e reelaboração do sistema de avaliação do regimento escolar;

- Utilização de metodologias diversificadas com aulas mais interativas, trabalhos em grupo e contextualização dos conteúdos, o que permite aos alunos a identificação do significado de seu uso em situações diárias; - Busca de maior participação dos alunos e dos pais na escola, entrando em contato sempre que se fizer necessário, pessoalmente, por telefone, bilhetes e reuniões.

- Criação de sala de recursos pedagógicos, em contra turno, para o ensino de 5ª à 8ª séries do Ensino Fundamental e para o 1º ano do Ensino Médio; acompanhamento à sala de apoio à aprendizagem;

- Implementação de projetos de monitoria para os alunos com defasagem de aprendizagem;

- Assessoramento dos professores para que estes tenham condições de retomar, com alunos, conteúdos defasados (parar com o conteúdo que estiver no planejamento e voltar para ensinar o que a maioria não sabe);

- Realização de uma avaliação diagnóstica com as turmas de 5a série e 1º ano do Ensino Médio para organizar a formação de turmas heterogêneas e homogêneas entre si, com a intenção de fazer um nivelamento do conhecimento, com o cuidado de não excluir o aluno com dificuldade. No caso da 5ª série, há esta necessidade para sabermos principalmente quais os alunos que irão para Sala de Apoio, devendo sempre ser acompanhados e remanejados,

80

caso necessário, já que apenas uma avaliação não nos dá uma visão ideal sobre a situação real do aluno.

- Organização de reuniões pedagógicas por área de conhecimento.

Em relação à indisciplina escolar:- Promoção no coletivo da escola, de um clima harmonioso de cooperação, solidariedade, justiça e equidade.

- Diminuir a indisciplina escolar e evitar sua complexificação;

- Evitar a violência em seus diversos âmbitos;

- Estar sempre atentos quanto á compreensão, reflexão e análise sobre as questões de disciplina.

- Elaboração de um plano dirigente para que a escola construa, de fato, um modelo de disciplina voltado para a autonomia e a participação; este plano deverá ter um envolvimento de todos os professores, considerando que estes são fundamentais para a organização escolar;

- Montagem de roteiro de estudos para os professores realizarem na Hora Atividade e, na medida do possível, envolver os funcionários;

- Trabalho com o tema nas Reuniões Pedagógicas a partir dos textos trabalhados;

-Reuniões de pais com profissionais diversos para falar sobre educação de adolescentes e jovens.

Em relação ao professor:

- Valorização do profissional.

- Elevar a auto-estima do professor;

- Desenvolver trabalhos voltados ao assessoramento contínuo do trabalho do professor.

- Organização de Reuniões Pedagógicas que incluam atividades relacionadas ao aumento da auto-estima do professor ; - Promoção de estudos em grupo durante a hora atividade, com temas relacionados à educação em geral: disciplina, metodologias de aprendizagem, valores éticos...

Quanto aos aspectos culturais da escola:

- Reconhecimento da escola não só como transmissora de conhecimentos, mas como uma instituição que valoriza o potencial da comunidade escolar em

- Promover eventos sociais da escola.

- Atuação mais efetiva da APMF;

- Promoção de eventos como: festa da primavera, festival de danças, festival de poesia, montagem de livros pelos alunos;

- Participação nos Projetos da Secretaria de Educação do Paraná: Fera, Com Ciência.

- Divulgação aos professores sobre o Portal do Educador.

- Organização de teatros para que a comunidade possa assistir.

81

todos os aspectos.

6.1. CRONOGRAMA 2007

Tabela 4: Avaliação do Projeto Político Pedagógico

Data Atividades Responsáveis05/02/07 a

01/03/2007

Reescrita, realimentação e

revisão de Texto.

Pedagogas e professores de Língua

Portuguesa05/02/07 a

01/03/2007

Revisão das Metas e Ações Direção, Vice-Direção, Pedagogas,

Comissão do PPP05/02/07 a

01/03/2007

Revisão da Proposta Curricular Professores, Pedagogas

01/032007 Reunião do Conselho Escolar

para aprovação do PPP e da

Proposta Curricular

Componentes do Conselho Escolar

7. PLANO DE AÇÃO - 2008

TÓPICOS DISCUTDOS

PROBLEMAS LEVANTADOS

AÇÕES PERÍODO RESPONSÁVEL

Projeto Político Pedagógico

Definição de critérios de avaliação

Revisão sobre a recuperação concomitante. (média ou substituição de nota).

Fevereiro e Março

Professores e Equipe Pedagógica

Regimento Escolar

Autonomia da escola

Análise sobre o regulamento da escola, referente à falta e atrasos dos alunos às provas.

Fevereiro e Março

Professores e Equipe Pedagógica

Instâncias Colegiadas: Grêmio, APMF, Conselho Escolar, Auto Defensor (programa de suporte psicoeducacional às pessoas com deficiência mental) e APAE

Falta de participação dos pais e comunidade

Organização de palestras e eventos

Bimestralmente

Equipe Pedagógica

Entidades Externas

Mais atuação e participação do Conselho Tutelar

Promoção de encontros com ONGS (Casa da Videira; Paz nas Escolas).

Reuniões Pedagógicas

Equipe Pedagógica, professores e funcionários

82

Planejamento Participativo

Não há problemas na participação dos professores do Quadro Permanente, apenas com os novatos.

Contato sistemático da Coordenação Pedagógica

Durante o período letivo

Equipe Pedagógica

Cumprimento do calendário em dias letivos e horas aulas

Não há problemas Cumprimento do calendário

Durante o período letivo

Direção e Equipe Pedagógica

Quanto ao relacionamento entre a escola e a Comunidade

Não há problemas

Continuidade ao bom atendimento à comunidade

Sempre Direção, Equipe Pedagógica, Professores e funcionários.

Programa Paraná Alfabetizado

Não há procura Continuar propaganda

Sempre Direção

Proposta Pedagógica/ Plano de Trabalho Docente

Não há problemas a não ser com professores novatos

Assistência sistemática; arquivos de todos os planos.

Fevereiro e Março

Equipe Pedagógica

Avaliação Escolar

Critérios de Avaliação

Revisão dos critérios de avaliação da aprendizagem e recuperação de estudos.

Fevereiro e Março; reunião pedagógica.

Equipe pedagógica e professores

Conselho Escolar

Participação efetiva da comunidade não existe, a não ser no Pós-Conselho.

Promoção da participação dos pais no Pré Conselho e continuidade na participação dos resultados, Pós Conselho.

Bimestralmente

Equipe Pedagógica

Sala de Apoio / Sala de Recursos

Evasão dos alunos convocados; material pedagógico escasso; avaliação diagnóstica.Não há Sala de Recursos.

Vincular presença na aula de Sala de Apoio com a regular, utilizando ponto de desenvolvimento acadêmico, premiações àqueles que não faltarem; organizar avaliação diagnóstica mais detalhada, menos objetiva (interpretação e produção de

Fevereiro e Março

Professores de Língua Portuguesa e Matemática de 5ª série; Professora de Sala de Apoio; Equipe Pedagógica.

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textos).Observar, analisar e catalogar os alunos com necessidades especiais.

Registro e acompanhamento de alunos incluídos

Não há registro, salvo em Conselho de Classe em que são analisados os casos especiais; falta diagnóstico e pessoal especializado.

Sistematizar atendimento ao aluno e pais; registrar em ficha própria anexando diagnóstico.

Durante o ano letivo

Equipe Pedagógica

Reuniões Pedagógicas / Semanas Pedagógicas

Faltam palestras com especialistas, o que há é capacitação no tema “Fundamentos da Educação”.

Continuar com o DEB Itinerante em relação à semana Pedagógica.

Bimestralmente

Equipe Pedagógica, professores e funcionários.

Acompanhamento ao estagio não obrigatório

Cumprimento da Lei 11788/08 em relação a um profissional da escola que fará acompanhamento efetivo da prática do estágio na empresa

O pedagogo será o responsável pelo acompanhamento efetivo do estágio ainda que em via não presencial

Fevereiro a dezembro

Pedagogo

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8. PLANO DE AÇÃO 2009

Tópicos discutidos

Reflexões Ações Período Responsável

PPP Organização do Ensino Médio por Blocos de Disciplinas; Critérios de Avaliação; Desafios Educacionais Contemporâneos.

Revisão sobre o Sistema de Avaliação; Discussões dos temas sobre os Desafios Educacionais Contemporâneos e inserção no PPP.

Fevereiro a Abril

Comunidade EScolar

Regimento Escolar

Sistema de Avaliação e Organização Curricular.

Reunião Pedagógica; Alteração no Sistema de Avaliação.

Fevereiro a Abril

Comunidade Escolar.

Instâncias Colegiadas / Entidades externas

Necessidade de maior participação da comunidade escolar.

Organização de eventos

Semestralmente: semana Cultural, Festa Junina, Show de Talentos, Ginkana, Jogos.

Direção e Equipe Pedagógica

Proposta Pedagógica/Plano de Trabalho Docente

Reformulação da Proposta e Planos de acordo com a solicitação da SEED

Assistência sistemática

Fevereiro a Abril

Equipe Pedagógica e Professore

Sala de Apoio Dificuldade de conseguir professor

Procurar professor

Durante o semestre

Direção e Equipe Pedagógica

Reuniões Pedagógicas / Semana Pedagógica

Ampliar conhecimentos

NRE Itinerante Durante o ano letivo

Direção, Equipe Pedagógica, Professores

Reunião de pais Contato com a família

Informações gerais sobre o Regulamento da escola e mudanças no Sistema de Avaliação e organização Curricular, Parecer sobre a situação/rendimento do aluno.

Início do ano, bimestralmente.

Comunidade Escolar

Participação em Projetos (nível Federal e Estadual)

Participação no Fera Consciência; CONAE; Escola contra a Dengue; Educação e

Reuniões Pedagógicas

Durante o ano letivo, obedecendo o calendário escolar

Direção, Equipe Pedagógica e Professores.

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Sexualidade.

9. PLANO DE AÇÃO 2010

Reflexões Ações PeríodoProjeto Político

PedagógicoInserir o calendário escolar;Contemplar o processo de promoção, regime de progressão parcial, a reclassificação, aproveitamento de estudo e transferência do Ens. Médio que foi reformulado;Colocar a História e a Geografia do Paraná.

Fevereiro

Proposta Pedagógica Realizar as alterações solicitadas pelo Núcleo Regional de Educação.

Fevereiro

Regimento Escolar Acrescentar mudanças relativas ao Ens. Médio (Blocos de Disciplinas).

Fevereiro

Calendário Escolar e Matriz Curricular

Fazer cumprir o calendário escolar, respeitando as aulas previstas e dadas.

Durante o ano letivo

Gestão Democrática e Participação das

Instâncias Colegiadas

Reuniões com os pais dos alunos das quintas séries e primeiros anos do Ens. Médio;Reuniões com as demais turmas durante o bimestre ou quando se fizer necessário;Conselho Escolar: conscientizar a comunidade escolar sobre a importância em participar;Atividades com as famílias nos dias das mães bazar de artesanato) e dos pais;Implementar festival de dança aberto à comunidade;Bingo para a comunidade;Festa Junina com a participação da comunidade escolar;

Fevereiro

Março/Abril

Durante o ano letivo

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Reflexões Ações Período

Recursos físicos: 10 mesas com tabuleiro de xadrez; manutenção da escola; para segurança,acrescentar cerca viva entre os muros de palito.Recursos humanos: organização de palestras para os professores e funcionários

Pré-conselho, Conselho de Classe

e Pós-Conselho

Chamar os pais para tomar ciência do rendimento escolar dos alunos em reunião com os professores.

Durante o ano letivo

Avaliação da Aprendizagem

Dar continuidade ao mesmo processo de avaliação que consta no R.E e no P.P.P; as avaliações deverão ser entregues na coordenação pedagógica para análise.Ao aluno ausente das provas será exigido requerimento próprio, devendo este ter deferimento da coordenação e dos professores.

Durante o ano letivo

Livro Registro de Classe

Manter os livros preenchidos diariamente e sua retirada da escola deverá ser solicitada a coordenação.

Durante o ano letivo

Plano de Trabalho Docente

Análise dos planos para reconhecer a consonância entre o PPP, a Proposta Pedagógica e Diretriz. Organizar os arquivos com todos os planos.Quanto ao Ensino Médio, os planos deverao ser revistos a cada semestre, caso haja alteração, entregar a coordenação.

Fevereiro

Reuniões Pedagógicas

Reflexão sobre os problemas ocorridos na escola; estudo de caso; palestras; planejamento da semana cultural, dia da consciência negra, festa Junina.

Bimestral

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Reflexões Ações PeríodoReunião da Equipe

Pedagógica e DiretivaDiscussão para decidir sobre as linhas de ação.

Mensal

Semana Pedagógica Organização e articulação entre todos os segmentos da escola (Direção, Equipe Pedagógica, Professores e Funcionários)

Semestral

Formação continuada Participação efetiva. Durante o ano letivo

Hora Atividade Concentrada.Estudo (envio de texto on-line aos professores para leitura prévia) junto a Equipe Pedagógica, contemplando os temas dos desafios educacionais contemporâneos.

Durante o ano letivo

Seleção de Materiais e Livros Didáticos

Solicitar a relação de livros de literatura de língua Portuguesa e Estrangeira; Sugestão de manter uma agenda para os alunos de 5ª. Série;Reunião com os professores para escolha democrática do livro didático.

Primeiro Semestre

Atendimento aos pais Na hora atividade do professor Durante o ano Letivo

Atendimento aos alunos

Contatar os pais na segunda ocorrência disciplinar.O aluno com mais de três atrasos (registro em ficha própria) na primeira aula, os pais deverão ser contatados e justificar o motivo;Organização de palestras com temas variados: saúde e educação (contato com o Posto de Saúde).

Durante o ano Letivo

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Reflexões Ações PeríodoSAREH Acompanhamento Pedagógico aos

alunos, preenchimento de fichas e relatórios.

Durante o ano Letivo

Patrulha Escolar Acionar a Patrulha para orientações aos alunos com grande número de ocorrências ou faltas graves.

Durante o ano Letivo

Alunos e Professores Representantes de

turma

Organização para escolha dos representantes.

Fevereiro / Março

Semana Cultural Organização de jogos e ou gincana; apresentação de dança e músicas (tema: afro).

Conforme Calendário Escolar

Rede de Proteção Participação nas reuniões da SEED a respeito; encaminhamento dos casos de risco.

Bimestral

FICA – Conselho Tutelar

Organização de arquivos de fichas dos alunos encaminhados ao Conselho Escolar; acompanhamento e controle.

Durante o ano Letivo

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ANEXOS

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