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ensino médio 1 O ano 1 História Capítulo 15 Reformas religiosas 1. (Unesp) No século XVI, nas palavras de um estudioso, “reformar a Igreja significava reformar o mundo, porque a Igreja era o mundo”. Tendo em vista essa afirmação, é correto afirmar que: a) os principais reformadores, como Lutero, não se envolveram nos desdobramentos políticos e socioeconômicos de suas doutrinas. b) o papado, por estar consciente dos desdobramentos da reforma, recusou-se a iniciá-la, até ser a isso obrigado por Calvino. c) a burguesia, ao contrário da nobreza e dos príncipes, aderiu à reforma, para se apoderar das riquezas da Igreja. d) os cristãos que aderiram à reforma estavam preocupados somente com os benefícios materiais que dela adviriam. e) o aparecimento dos anabatistas e outros grupos radicais são a prova de que a reforma extrapolou o campo da religião. 2. (UEMG) Em 31/10/1517, o então Padre Martinho Lutero publica as suas 95 teses, onde deixa clara sua contrariedade com a forma religiosa Católica e com seu representante máximo, o então Papa Leão X. Dois princípios incomodavam muito Lutero: o primeiro era a venda das indulgências e o segundo a Infalibilidade Papal. Sobre a indulgência, Lutero disse: 27ª Tese: “Pregam futilidades humanas quantos alegam que, no momento em que a moeda soa ao cair na caixa, a alma se vai do purgatório.” 28ª Tese: “Certo é que, no momento em que a moeda soa na caixa, vem o lucro, e o amor ao dinheiro cresce e aumenta; a ajuda, porém, ou a intercessão da Igreja tão só correspondem à vontade e ao agrado de Deus.” A reforma luterana, de questionamento ao Papa e à sua autoridade, produziu profundas mudanças religiosas, políticas e sociais. Sendo a indulgência um erro, então, o povo não deveria obediência irrestrita, estava se estimulando o livre pensar, o livre agir, o poder gradativamente voltar-se da igreja para o homem. O alinhamento com qualquer ensino religioso deveria ser movido pela consciência, e não mais pela imposição papal. Estava, portanto, em curso uma nova sociedade, reformada, que iria produzir a) uma polarização entre protestantes e católicos, com consequências somente na Alemanha. b) a livre interpretação da Bíblia pelos fiéis, a salvação pela Fé e o Estado livre das indulgências. c) a corrupção do homem enquanto cidadão, motivando a preocupação excessiva com a espiritualidade. d) um fenômeno religioso com aceitação universal, que passa a ser dominante em toda a Europa. 3. (FGV) A ligação entre os reformadores com o poder político pode ser verificada por meio a) da defesa que o duque Frederico da Saxônia fez de Martinho Lutero e da adesão dos príncipes alemães às teses luteranas. b) da ação de Henrique VIII que, pautado pela doutrina da predestinação divina, funda a igreja nacional na Inglaterra, mas ainda ligada a Roma. c) do decisivo apoio político de Martinho Lutero e dos seus seguidores à revolta dos camponeses alemães, em 1524. d) da efetivação da aliança, a partir de 1533, entre João Calvino e a monarquia francesa, ambos interessados em reforçar o poder da Igreja católica. e) da interferência da nobreza alemã para que os luteranos e calvinistas se mantivessem fiéis ao papa. 4. (Fuvest) “O senhor acredita, então”, insistiu o inquisidor, “que não se saiba qual a melhor lei?” Menocchio respondeu: “Senhor, eu penso que cada um acha que sua fé seja a melhor, mas não se sabe qual é a melhor; mas, porque meu avô, meu pai e os meus são cristãos, eu quero continuar cristão e acreditar que essa seja a melhor fé”. GINZBURG, Carlo. O queijo e os vermes. São Paulo: Companhia das Letras, 1987, p. 113. O texto apresenta o diálogo de um inquisidor com um homem (Menocchio) processado, em 1599, pelo Santo Ofício. A posição de Menocchio indica a) uma percepção da variedade de crenças, passíveis de serem consideradas, pela Igreja Católica, como heréticas. b) uma crítica à incapacidade da Igreja Católica de combater e eliminar suas dissidências internas. c) um interesse de conhecer outras religiões e formas de culto, atitude estimulada, à época, pela Igreja Católica. d) um apoio às iniciativas reformistas dos protestantes, que defendiam a completa liberdade de opção religiosa. e) uma perspectiva ateísta, baseada na sua experiência familiar. Capítulo 16 O Antigo Regime Europeu: o Estado absolutista 1. (Enem) Reprodução/Enem Charge anônima. BURKE, P. A fabricação do rei. Rio de Janeiro: Zahar, 1994.

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Page 1: 09355315 - Folhas Verdes - 1º Ano - 3ª Etapa - Questões ... · O Antigo Regime Europeu: o Estado absolutista 1. (Enem) Reprodução/Enem Charge anônima. BURKE, P. A fabricação

ensino médio 1O ano1

História

Capítulo 15

Reformas religiosas

1. (Unesp) No século XVI, nas palavras de um estudioso, “reformar a Igreja signifi cava reformar o mundo, porque a Igreja era o mundo”. Tendo em vista essa afi rmação, é correto afi rmar que:a) os principais reformadores, como Lutero, não se envolveram

nos desdobramentos políticos e socioeconômicos de suas doutrinas.

b) o papado, por estar consciente dos desdobramentos da reforma, recusou-se a iniciá-la, até ser a isso obrigado por Calvino.

c) a burguesia, ao contrário da nobreza e dos príncipes, aderiu à reforma, para se apoderar das riquezas da Igreja.

d) os cristãos que aderiram à reforma estavam preocupados somente com os benefícios materiais que dela adviriam.

e) o aparecimento dos anabatistas e outros grupos radicais são a prova de que a reforma extrapolou o campo da religião.

2. (UEMG) Em 31/10/1517, o então Padre Martinho Lutero publica as suas 95 teses, onde deixa clara sua contrariedade com a forma religiosa Católica e com seu representante máximo, o então Papa Leão X. Dois princípios incomodavam muito Lutero: o primeiro era a venda das indulgências e o segundo a Infalibilidade Papal.

Sobre a indulgência, Lutero disse:

27ª Tese: “Pregam futilidades humanas quantos alegam que, no momento em que a moeda soa ao cair na caixa, a alma se vai do purgatório.”

28ª Tese: “Certo é que, no momento em que a moeda soa na caixa, vem o lucro, e o amor ao dinheiro cresce e aumenta; a ajuda, porém, ou a intercessão da Igreja tão só correspondem à vontade e ao agrado de Deus.”

A reforma luterana, de questionamento ao Papa e à sua autoridade, produziu profundas mudanças religiosas, políticas e sociais. Sendo a indulgência um erro, então, o povo não deveria obediência irrestrita, estava se estimulando o livre pensar, o livre agir, o poder gradativamente voltar-se da igreja para o homem. O alinhamento com qualquer ensino religioso deveria ser movido pela consciência, e não mais pela imposição papal.

Estava, portanto, em curso uma nova sociedade, reformada, que iria produzir a) uma polarização entre protestantes e católicos, com

consequências somente na Alemanha. b) a livre interpretação da Bíblia pelos fi éis, a salvação pela

Fé e o Estado livre das indulgências. c) a corrupção do homem enquanto cidadão, motivando a

preocupação excessiva com a espiritualidade.d) um fenômeno religioso com aceitação universal, que passa

a ser dominante em toda a Europa.

3. (FGV) A ligação entre os reformadores com o poder político pode ser verifi cada por meioa) da defesa que o duque Frederico da Saxônia fez de

Martinho Lutero e da adesão dos príncipes alemães às teses luteranas.

b) da ação de Henrique VIII que, pautado pela doutrina da predestinação divina, funda a igreja nacional na Inglaterra, mas ainda ligada a Roma.

c) do decisivo apoio político de Martinho Lutero e dos seus seguidores à revolta dos camponeses alemães, em 1524.

d) da efetivação da aliança, a partir de 1533, entre João Calvino e a monarquia francesa, ambos interessados em reforçar o poder da Igreja católica.

e) da interferência da nobreza alemã para que os luteranos e calvinistas se mantivessem fi éis ao papa.

4. (Fuvest) “O senhor acredita, então”, insistiu o inquisidor, “que não se saiba qual a melhor lei?” Menocchio respondeu: “Senhor, eu penso que cada um acha que sua fé seja a melhor, mas não se sabe qual é a melhor; mas, porque meu avô, meu pai e os meus são cristãos, eu quero continuar cristão e acreditar que essa seja a melhor fé”.

GINZBURG, Carlo. O queijo e os vermes. São Paulo: Companhia das Letras, 1987, p. 113.

O texto apresenta o diálogo de um inquisidor com um homem (Menocchio) processado, em 1599, pelo Santo Ofício. A posição de Menocchio indica a) uma percepção da variedade de crenças, passíveis de

serem consideradas, pela Igreja Católica, como heréticas. b) uma crítica à incapacidade da Igreja Católica de combater

e eliminar suas dissidências internas. c) um interesse de conhecer outras religiões e formas de

culto, atitude estimulada, à época, pela Igreja Católica. d) um apoio às iniciativas reformistas dos protestantes, que

defendiam a completa liberdade de opção religiosa. e) uma perspectiva ateísta, baseada na sua experiência

familiar.

Capítulo 16

O Antigo Regime Europeu: o Estado absolutista

1. (Enem)

Repr

oduç

ão/E

nem

Charge anônima. BURKE, P. A fabricação do rei. Rio de Janeiro: Zahar, 1994.

Page 2: 09355315 - Folhas Verdes - 1º Ano - 3ª Etapa - Questões ... · O Antigo Regime Europeu: o Estado absolutista 1. (Enem) Reprodução/Enem Charge anônima. BURKE, P. A fabricação

ensino médio 1o ano2

Na França, o rei Luís XIV teve sua imagem fabricada por um conjunto de estratégias que visavam sedimentar uma determinada noção de soberania. Neste sentido, a charge apresentada demonstra a) a humanidade do rei, pois retrata um homem comum,

sem os adornos próprios à vestimenta real. b) a unidade entre o público e o privado, pois a fi gura do

rei com a vestimenta real representa o público e sem a vestimenta real, o privado.

c) o vínculo entre monarquia e povo, pois leva ao conhecimento do público a fi gura de um rei despretencioso e distante do poder político.

d) o gosto estético refi nado do rei, pois evidencia a elegância dos trajes reais em relação aos de outros membros da corte.

e) a importância da vestimenta para a constituição simbólica do rei, pois o corpo político adornado esconde os defeitos do corpo pessoal.

2. (Mackenzie) A respeito do nascimento e da consolidação dos Estados nacionais ibéricos, no limiar da Idade Moderna, são feitas as seguintes afi rmações:I. As lutas de reconquista do território da península aos

muçulmanos, que a haviam ocupado desde o século VIII, constituem um dos principais elementos do processo de formação desses Estados nacionais;

II. A ascensão de D. João, mestre de Avis, ao trono português, em 1385, encontrou apoio nos grupos de comerciantes portugueses, numa época de fl orescimento das atividades comerciais no Reino;

III. O ano de 1492, além de selar definitivamente a centralização política da futura Espanha após a vitória militar sobre o rei mouro de Granada, marca a descoberta da América por Colombo, que viajara a serviço dos “Reis Católicos”.

Assinale:a) se apenas I é correta.b) se apenas I e II são corretas.c) se apenas II e III são corretas.d) se apenas I e III são corretas.e) se I, II e III são corretas.

3. (IFCE) O regime absolutista, presente na maior parte das Monarquias Nacionais europeias na Idade Moderna, tem como características básicas:a) o liberalismo econômico, a garantia dos direitos civis e a

divisão do poder político.b) o despotismo real, a ausência de direitos ou privilégios

sociais e o escravismo.c) o direito divino dos reis, a garantia das liberdades

individuais e o intervencionismo estatal.d) a centralização política, a concessão de privilégios a

determinados estamentos sociais e o mercantilismo.e) a existência de uma constituição, a divisão dos poderes e

o liberalismo econômico.

4. (Unifesp) “O fi m último, causa fi nal e desígnio dos homens (que amam naturalmente a liberdade e o domínio sobre os outros), ao introduzir aquela restrição sobre si mesmos sob a qual os vemos viver nos Estados, é o cuidado com sua própria conservação e com uma vida mais satisfeita. Quer dizer, o desejo de sair daquela mísera condição de guerra que é a

consequência necessária (conforme se mostrou) das paixões naturais dos homens, quando não há um poder visível capaz de os manter em respeito, forçando-os, por medo do castigo, ao cumprimento de seus pactos e ao respeito àquelas leis de natureza.”

Thomas Hobbes (1588-1679). “Leviatã”.

Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1979.

“O príncipe não precisa ser piedoso, fi el, humano, íntegro e religioso, bastando que aparente possuir tais qualidades (...). O príncipe não deve se desviar do bem, mas deve estar sempre pronto a fazer o mal, se necessário.”

Nicolau Maquiavel (1469-1527). “O Príncipe”. Os Pensadores.

São Paulo: Abril Cultural, 1986.

Os dois fragmentos ilustram visões diferentes do Estado moderno. É possível afi rmar quea) ambos defendem o absolutismo, mas Hobbes vê o Estado

como uma forma de proteger os homens de sua própria periculosidade, e Maquiavel se preocupa em orientar o governante sobre a forma adequada de usar seu poder.

b) Hobbes defende o absolutismo, por tomá-lo como a melhor forma de assegurar a paz, e Maquiavel o recusa, por não aceitar que um governante deva se comportar apenas para realizar o bem da sociedade.

c) ambos rejeitam o absolutismo, por considerarem que ele impede o bem público e a democracia, valores que jamais podem ser sacrifi cados e que fundamentam a vida em sociedade.

d) Maquiavel defende o absolutismo, por acreditar que os fi ns positivos das ações dos governantes justifi cam seus meios violentos, e Hobbes o recusa, por acreditar que o Estado impede os homens de viverem de maneira harmoniosa.

e) ambos defendem o absolutismo, mas Maquiavel acredita que o poder deve se concentrar nas mãos de uma só pessoa, e Hobbes insiste na necessidade da sociedade participar diretamente das decisões do soberano.

Capítulos 17 e 18

A revolução comercial e a expansão ultramarina europeia

1. (Enem) A identidade negra não surge da tomada de consciência de uma diferença de pigmentação ou de uma diferença biológica entre populações negras e brancas e(ou) negras e amarelas. Ela resulta de um longo processo histórico que começa com o descobrimento, no século XV, do continente africano e de seus habitantes pelos navegadores portugueses, descobrimento esse que abriu o caminho às relações mercantilistas com a África, ao tráfi co negreiro, à escravidão e, enfi m, à colonização do continente africano e de seus povos.

MUNANGA, K. Algumas considerações sobre a diversidade e a identidadenegra no Brasil. In: Diversidade na educação: refl exões e experiências.

Brasília: SEMTEC/MEC, 2003, p. 37.

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ensino médio 1O ano3

Com relação ao assunto tratado no texto anterior, é correto afi rmar quea) a colonização da África pelos europeus foi simultânea ao

descobrimento desse continente.b) a existência de lucrativo comércio na África levou os

portugueses a desenvolverem esse continente.c) o surgimento do tráfi co negreiro foi posterior ao início da

escravidão no Brasil.d) a exploração da África decorreu do movimento de

expansão europeia do início da Idade Moderna.e) a colonização da África antecedeu as relações comerciais

entre esse continente e a Europa.

2. (Unifesp) Nos reinados de Henrique VIII e de Elisabeth I, ao longo do século XVI, o Parlamento inglês “aprovava ‘pilhas de estatutos’, que controlavam muitos aspectos da vida econômica, da defesa nacional, níveis estáveis de salários e preços, padrões de qualidade dos produtos industriais, apoio aos indigentes e punição aos preguiçosos, e outros desejáveis objetivos sociais”.

Lawrence Stone, 1972.

Essas “pilhas de estatutos”, ou leis, revelam aa) inferioridade da monarquia inglesa sobre as europeias no

que diz respeito à intervenção do Estado na economia.b) continuidade existente entre as concepções medievais e

as modernas com relação às políticas sociais.c) prova de que o Parlamento inglês, já nessa época, havia

conquistado sua condição de um poder independente.d) especificidade da monarquia inglesa, a única a se

preocupar com o bem-estar e o aumento da população.e) característica comum às monarquias absolutistas e à qual

os historiadores deram o nome de mercantilismo.

3. (UFPI) Sobre a expansão marítima europeia nos séculos XV e XVI, podemos afi rmar que:a) Teve, na Batalha de Poitiers, marco inicial da reconquista

da Península Ibérica pelos europeus, o ponto de partida.b) Teve, na procura por mercados consumidores para os

produtos manufaturados europeus, a principal motivação inicial.

c) Foi iniciada por navegantes de origem holandesa, que desde o século XIII, trafegavam pelo Mar Mediterrâneo e por rotas atlânticas nas costas africanas.

d) A constituição dos Estados de tipo moderno, aliada às necessidades de procura por metais preciosos, e de rotas alternativas para o intercâmbio comercial entre o Oriente e o Ocidente, foram fatores centrais para desencadear a expansão marítima.

e) Teve, no acelerado crescimento demográfi co dos séculos XIII, XIV e XV um fator motivador, pois a procura por novos territórios, para diminuir as pressões por terras cultiváveis na Europa, era urgente.

4. (Mackenzie) ( . . . ) As vias estão portanto abertas simultaneamente para sudoeste, logo para as Américas, e para sudeste, logo para o oceano Índico e para a Ásia. Os terrores que enchiam a alma dos marinheiros sobre as extremidades da Terra estão ultrapassados. O sistema dos ventos atlânticos está compreendido. A bússola, o astrolábio, as tabelas de navegação permitem localizar mais ou menos a posição do navio na imensidade marítima. A nau ou nave e a caravela substituem vantajosamente a galera e suas derivadas, frente às vagas do oceano. Os europeus estão ávidos de saber o que se passa além-oceano. Os Estados

reencontraram uma paz e uma relativa prosperidade. Tudo está no seu lugar para os grandes descobrimentos.

Frédéric Mauro – A expansão europeia.

Os “grandes descobrimentos” a que o trecho anterior se refere:a) foram possíveis, no caso de Portugal, graças à combinação

de vários fatores, destacadamente, a centralização do poder monárquico em 1385, que aproximou o poder real dos interesses dos comerciantes lusos.

b) não despertaram, por todo o século XV, nenhum interesse nos “Reis Católicos” da Espanha, preocupados exclusivamente com as lutas contra os mouros que ainda ocupavam a Península Ibérica.

c) permitiram o estabelecimento de amplas relações comerciais, pacífi cas e mutuamente vantajosas, entre os povos europeus e os povos africanos e americanos.

d) provocaram um enfraquecimento imediato das monarquias absolutistas (sobretudo as ibéricas), substituídas por repúblicas governadas daí em diante pelos grupos burgueses.

e) ocorreram numa época de grande obscurantismo cultural e científi co, de recusa sistemática a toda inovação técnica, e de desprezo pela herança artística e fi losófi ca do mundo greco-romano.

Capítulo 19

A América Pré-Colombiana

1. (UFPA) Em 1533, ao descobrir a cidade de Cuzco, os espanhóis fi caram impressionados com o plano harmonioso de suas dimensões. O edifício mais notável da cidade era o Templo do Sol, o que revela a importância do culto solar, tanto que o Imperador Incaa) ao ser investido no cargo era transformado em “fi lho

do Sol”, constituindo-se em mediador privilegiado nas relações deste mundo com o sobrenatural.

b) assumia o controle de todas as cerimônias religiosas, visto que o imperador era considerado da linhagem dinástica de Manko Kapaq.

c) desposava uma irmã, o que o envolvia cada vez mais com os laços familiares, tornando o incesto uma instituição necessária à manutenção da dinastia de Kapaq.

d) era apresentado como “órfão e pobre”, embora reconhecesse o grupo de parentesco como condição necessária para que fosse reconhecido como “fi lho do Sol” e tivesse o direito de morar no Templo do Sol.

e) estabelecia alianças com outras dinastias Incas, com o propósito de fortalecer o mito de Manko Kapaq e garantir a perpetuação de uma linhagem, ao mesmo tempo, divina e terrena.

2. (UFPI) Quando da chegada do colonizador europeu, as civilizações ameríndias apresentavam as seguintes características:I. Na civilização asteca, a escravização dos prisioneiros de

guerra era comum;II. Entre os incas, o trabalho dominante baseava-se na

escravidão dos agricultores;III. Na civilização inca, as atividades mineradoras constituíram

a base da economia;IV. Entre os astecas, a monarquia teocrática e militar

predominava na organização política.

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ensino médio 1o ano4

Assinale a alternativa correta.a) Somente I é verdadeira.b) Somente I e II são verdadeiras.c) Somente II e III são verdadeiras.d) Somente I e IV são verdadeiras.e) Somente III e IV são verdadeiras.

3. (UFPel)

OceanoAtlântico

OceanoPacífi co

Repr

oduç

ão/U

FPel

In: COTRIM, Gilberto. História global: Brasil e Geral. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2002. (Adaptado)

De acordo com o mapa, os povos que viviam nas regiões identifi cadas pelas letras “A”, “B” e “C”, são, respectivamente,a) astecas, incas e maias.b) incas, maias e astecas.c) astecas, maias e incas.d) maias, astecas e incas.e) maias, incas e astecas.

4. (UFSCar) A mandioca, a batata-doce, a araruta, o milho, o feijão, o amaranto e o amendoim são utilizados como alimentos atualmente, porque forama) cultivados como fontes alimentares das primeiras

civilizações agrícolas que se fi xaram nos vales dos rios Nilo e Eufrates, há 5 mil anos.

b) cultivados inicialmente na África por volta de 3 mil anos e difundidos nos séculos XV e XVI pelos europeus.

c) alimentos básicos das primeiras comunidades agrícolas que se tornaram sedentárias há 7 mil anos no Oriente Próximo.

d) domesticados por populações que desenvolveram a agricultura na América, há pelo menos 6 mil anos.

e) modifi cados geneticamente por comunidades agrícolas da Europa mediterrânea nos últimos 2 mil anos.

Capítulo 20

A América Colonial

1. (UFPR) Os processos de exploração do Novo Mundo por Portugal e pela Espanha tiveram diferentes motivações e atenderam às necessidades e interesses específi cos dos países envolvidos. Comparando a atuação dos portugueses e dos espanhóis na América, considere as seguintes afi rmativas:I. Nos primeiros trinta anos da descoberta do Brasil, o

interesse português se concentrou no litoral, porque ali havia ouro em abundância;

II. No México e no Peru, onde os espanhóis encontraram uma grande concentração populacional, a exploração da mão de obra indígena se deu pelo aproveitamento da estrutura vigente, ou seja, a imposição de trabalho forçado e a cobrança de tributos;

III. Na América espanhola e no Brasil, missionários e colonos atuaram em conjunto na escravização dos índios;

IV. Os efeitos da Contrarreforma se fi zeram sentir na América espanhola por meio da atuação do Tribunal da Inquisição, que perseguia os cristãos acusados de práticas judaicas ou práticas religiosas de origem indígena.

Assinale a alternativa correta.a) Somente as afi rmativas I e III são verdadeiras.b) Somente as afi rmativas I, II e IV são verdadeiras.c) Somente as afi rmativas I e II são verdadeiras.d) Somente as afi rmativas II e III são verdadeiras.e) Somente as afi rmativas II e IV são verdadeiras.

2. (Unesp) (...) como puder, direi algumas coisas das que vi, que, ainda que mal ditas, bem sei que serão de tanta admiração que não se poderão crer, porque os que cá com nossos próprios olhos as vemos não as podemos com o entendimento compreender.

Hernán Cortés. Cartas de Relación de la Conquista de Mexico,

escritas de 1519 a 1526.

O processo de conquista do México por Cortés estendeu-se de 1519 a 1521. A passagem acima manifesta a reação de Hernán Cortés diante das maravilhas de Tenochtitlán, capital da Confederação Mexica. A reação dos europeus face ao novo mundo teve, no entanto, muitos aspectos, compondo admiração com estranhamento e repúdio. Tal fato decorre a) do desinteresse dos conquistadores pelas riquezas dos Astecas. b) do desconhecimento pelos europeus das línguas dos índios. c) do encontro de padrões culturais diferentes. d) das semelhanças culturais existentes entre os povos do mundo. e) do espírito guerreiro e aventureiro das nações europeias.

3. (Fatec) A administração espanhola na América era bastante rígida; daí a criação de órgãos como a Casa de Contratação, cuja função eraa) administrativa, pois a cada três anos realizava a Visitacion

e fi scalizava a cristianização dos índios.b) presidir a Audiência, comandar as forças militares,

controlar as minas e fi scalizar a cristianização dos índios.c) administrar estabelecimentos públicos, cobrar impostos e

policiar a região.d) fi scalizar a entrada e a saída de riquezas da América,

combatendo o contrabando.e) fazer leis coloniais, comandar os funcionários e servir de

Tribunal.

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ensino médio 1O ano5

4. (UFPB) Observe, com atenção, o mapa que retrata o processo de colonização europeia da América do Norte.

Repr

oduç

ão/U

FPB

América do Norte no Século XVII

Terra deRupert

Rio SãoLourenço

MontesApalaches

Colônias inglesasColônias francesasColônias espanholas

NovaIorque

Boston

IlhaRoyalL CapeBreton

Providence

Nova Iorque (1626)

Nova FrançaNova Inglaterra

NovaJersey

NovaOrleans

FlóridaBahamas

Cuba

Golfo doMéxico

0 250 km

N

Virgínia

Pensil-vânia

Carolina do Norte

Carolina do Sul

Louisiana

NewFoundland(Terra Nova)

Quebec1608

Plymouth 1620

Oceano

Atlântico

Folha de S. Paulo. Atlas da História do Mundo, p. 157.

Em relação a esse processo, considere as afi rmativas a seguir, identifi cando com (V) a(s) verdadeira(s) e com (F), a(s) falsa(s).( ) A fundação de Nova Iorque por puritanos, em 1626,

marcou o início da ocupação inglesa das treze colônias, no atual território dos EUA.

( ) A fundação de Plymouth, em 1620, marcou o início da colonização dos puritanos na Nova Inglaterra, território, atualmente, pertencente aos EUA.

( ) Os franceses se estabeleceram, a partir de 1608, no vale do Rio São Lourenço e na região dos grandes lagos, dando origem à atual Quebec, no Canadá.

( ) Os franceses ocuparam a bacia do Mississipi-Missouri, fundando a povoação portuária de Nova Orleans, centro da colonização da Louisiana, atualmente território do Canadá.

( ) Os espanhóis fundaram, no século XVI, a Flórida, atualmente território dos EUA, com o objetivo de melhor controlarem as rotas de navegação do Atlântico para o Golfo do México.

A sequência correta é:a) F – V – V – F – Vb) F – F – V – F – Vc) F – F – F – V – Vd) V – V – F – F – Fe) V – F – F – F – F

Capítulo 21

Pré-História Brasileira

1. (UFPA) Considere o texto a seguir:

“Em toda a semana [os homens] se ocupam em fazer roças para seus mantimentos (que antes não faziam senão as mulheres)”.

“Cartas dos primeiros jesuítas do Brasil (1538-1553)”. Editadas por Serafi m Leite. São Paulo: Comissão do IV Centenário, 1954, v. I, p. 179.

Neste texto descreve-se uma mudança na divisão social do trabalho indígena (trabalho masculino e feminino), que ocorreu no Brasil colonial com a chegada dos padres jesuítas. Contudo, antes desta mudança, cabia aos homens e às mulheres tupinambás:a) os homens derrubavam a fl oresta, caçavam e pescavam,

e as mulheres trabalhavam no plantio.b) os homens trabalhavam no plantio, caçavam, pescavam,

e as mulheres derrubavam a fl oresta.c) os homens trabalhavam na obtenção de alimentos, e as

mulheres na criação dos fi lhos.d) os homens derrubavam a fl oresta, e as mulheres obtinham

os alimentos.e) os homens trabalhavam na obtenção de alimentos, e as

mulheres na organização das cerimônias religiosas.

2. (Fatec) Se levarmos em conta que os colonizadores portugueses mantiveram um contato maior com as nações tupi, podemos dizer que as sociedades indígenas brasileiras viviam num regime de comunidade primitiva, no quala) não existia propriedade privada, pois os únicos bens

individuais eram os instrumentos de caça, pesca e trabalho, como o arco, a fl echa e o machado de pedra.

b) cabia aos homens, além da caça e da pesca, toda a atividade agrícola do plantio e da colheita.

c) cada família tinha a sua propriedade, apesar de todos trabalharem para o sustento da comunidade.

d) a economia era planifi cada, e todo o excedente era trocado com as tribos vizinhas.

e) tanto a propriedade privada quanto a agricultura de subsistência e a divisão de trabalho obedeciam a critérios naturais, ou seja, de acordo com o sexo e a idade.

3. (UFPAL) Considere a ilustração.

Repr

oduç

ão/U

FPA

LExtração do pau-brasil pelos índios. Detalhe ornamental de

mapa do Atlas de Johannes van Keulen, 1683. In: Elza Nadai e Joana Neves. História do Brasil. São Paulo: Saraiva, 1996. p. 39.

A devastação das fl orestas brasileiras não é uma prática recente. No contexto da história do Brasil colonial, essa devastação decorreu da exploração do pau-brasil, como mostra a ilustração, que era uma atividadea) praticada pelos povos indígenas para comércio interno,

antes mesmo da chegada dos europeus.b) desprezada pelos colonizadores portugueses, razão pelo

qual os franceses a praticavam utilizando o trabalho dos índios.

c) considerada monopólio da Coroa portuguesa e gerou muitos confl itos entre índios, portugueses e franceses.

d) realizada entre índios e ingleses porque os franceses estavam interessados exclusivamente na busca do ouro e prata.

e) desenvolvida pelos holandeses que utilizavam o trabalho do índio e os remuneravam com baixos salários.

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ensino médio 1o ano6

4. (PUC) Não, é nossa terra, a terra do índio. Isso que a gente quer mostrar pro Brasil: gostamos muito do Brasil, amamos o Brasil, valorizamos as coisas do Brasil porque o adubo do Brasil são os corpos dos nossos antepassados e todo o patrimônio ecológico que existe por aqui foi protegido pelos povos indígenas. Quando Cabral chegou, a gente o recebeu com sinceridade, com a verdade, e o pessoal achou que a gente era inocente demais e aí fomos traídos: aquilo que era nosso, que a gente queria repartir, passou a ser objeto de ambição. Do ponto de vista do colonizador, era tomar para dominar a terra, dominar nossa cultura, anulando a gente como civilização.

Revista Caros Amigos, ano 4, no 37, Abril/2000. p. 36.

A respeito do início da colonização, período abordado pelo texto, pode-se afi rmar que a primeira forma de exploração econômica exercida pelos colonizadores, e a dominação cultural e religiosa difundida pelo território brasileiro são, respectivamentea) a plantation no Nordeste e as bandeiras realizadas pelos

paulistas.b) a extração das “drogas do sertão” e a implantação das

missões.c) o escambo de pau-brasil e a catequização empreendida

pela Companhia de Jesus.d) a mineração no Sudeste e a imposição da “língua geral”

em toda a Colônia.e) o cultivo da cana-de-açúcar e a “domesticação” dos índios

por meio da agricultura.

Capítulo 22

Mercantilismo e a Colonização Bra-sileira

1. (Unifor) “(...) quando os primeiros portugueses chegaram, as populações indígenas que habitavam as terras brasileiras viviam num regime de comunidade primitiva, onde a economia era natural e autossuficiente. Desconheciam o comércio e não produziam excedentes comerciais.” “(...) o governo português não estava disposto a desviar recursos de seu império colonial afro-asiático para aplicá-lo no Brasil, uma terra que não possuía mercado produtor nem mercado consumidor e, por isso, não atendia aos interesses mercantilistas da burguesia nacional e do Estado metropolitano.”

Francisco de Assis Silva. História do Brasil: Colônia, Império e República. São Paulo: Moderna, 1992.

Os textosa) apresentam os fatores responsáveis pelo pioneirismo

português na colonização da América.b) explicam as razões do desinteresse de Portugal pelo Brasil

nos primeiros trinta anos.c) identifi cam uma posição racista dos portugueses em

relação à cultura dos índios brasileiros.d) referem-se à preocupação de Portugal com o baixo nível

de conhecimento dos nativos no início da colonização.e) justifi cam os motivos da existência de relações amistosas

entre portugueses e indígenas nos primeiros trinta anos.

2. (Enem) Distantes uma da outra quase 100 anos, as duas telas seguintes, que integram o patrimônio cultural brasileiro, valorizam a cena da primeira missa no Brasil, relatada na carta de Pero Vaz de Caminha. Enquanto a primeira retrata fi elmente a carta, a segunda – ao excluir a natureza e os índios – critica a narrativa do escrivão da frota de Cabral. Além disso, na segunda, não se vê a cruz fi ncada no altar.

Repr

oduç

ão/E

nem

– Victor Meirelles (1861)Disponível em: http://http://www.moderna.com.br

Acesso em: 3 nov. 2008.

Imag

ens:

Rep

rodu

ção/

Enem

Primeira Missa no Brasil – Cândido Portinari (1948)Disponível em: http://http://www.casadeportinari.com.brr

Acesso em: 3 nov. 2008.

Ao comparar os quadros e levando-se em consideração a explicação dada, observa-se quea) a infl uência da religião católica na catequização do povo

nativo é objeto das duas telas.b) a ausência dos índios na segunda tela signifi ca que

Portinari quis enaltecer o feito dos portugueses.c) ambas, apesar de diferentes, retratam um mesmo

momento e apresentam uma mesma visão do fato histórico.

d) a segunda tela, ao diminuir o destaque da cruz, nega a importância da religião no processo dos descobrimentos.

e) a tela de Victor Meirelles contribuiu para uma visão romantizada dos primeiros dias dos portugueses no Brasil.

3. (UFPE) As feitorias portuguesas no Novo Mundo foram formas de assegurar, aos conquistadores, as terras descobertas. Sobre essas feitorias, é correto afi rmar que: a) a feitoria foi uma forma de colonização, empregada por

portugueses na África, na Ásia e no Brasil, com pleno êxito para a atividade agrícola.

b) as feitorias substituíram as capitanias hereditárias durante o Governo Geral de Mem de Sá, como proposta mais moderna de administração colonial.

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c) as feitorias foram estabelecimentos fundados por portugueses no litoral das terras conquistadas e serviam para armazenamento de produtos da terra, que deveriam seguir para o mercado europeu.

d) tanto as feitorias portuguesas fundadas ao longo do litoral brasileiro quanto as fundadas nas Índias tinham idêntico caráter: a presença do Estado português e a ausência de interesses de particulares.

e) o êxito das feitorias afastou a presença de corsários franceses e estimulou a criação das capitanias hereditárias.

4. (UFC) Acerca das pretensões iniciais da exploração e conquista do Brasil, assinale a alternativa correta.a) Interesses antropológicos levaram os portugueses a fazer

contato com outros povos, entre eles os índios do Brasil.b) O rei dom Manuel tinha-se proposto chegar às Índias

navegando para o ocidente, antecipando-se, assim, a Cristovão Colombo.

c) O interesse científi co de descobrir e classifi car novas espécies motivou cientistas portugueses para lançarem-se à aventura marítima.

d) Os conquistadores estavam interessados em encontrar terras férteis para desenvolver a cultura do trigo e, assim, dar solução às crises agrícolas que sofriam em Portugal.

e) Os portugueses estavam interessados nas riquezas que as novas terras descobertas podiam conter, além de garantir a segurança da rota para as Índias.

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