09 - fraude e erro - auditoria

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Fraude e Erro Professor Tonyvan Carvalho www.ricardoalexandre.com.br AUDITORIA PDF PDF VÍDEO

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1. PRINCIPAIS TÓPICOS DA NBC TA 240 (R1): Segundo a NBC TA 200(R1): “Distorção é a diferença entre o valor, a classificação, a apresentação ou a divulgação de uma demonstração contábil relatada e o valor, a classificação, a apresentação ou a divulgação que é exigida para que o item esteja de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável.” As distorções nas demonstrações contábeis podem originar-se de fraude ou erro. O fator distintivo entre fraude e erro está no fato de ser intencional ou não intencional a ação subjacente que resulta em distorção nas demonstrações contábeis. Fraude é o ato intencional de um ou mais indivíduos da administração, dos responsáveis pela governança, empregados ou terceiros, que envolva dolo para obtenção de vantagem injusta ou ilegal. Fatores de risco de fraude são eventos ou condições que indiquem incentivo ou pressão para que a fraude seja perpetrada ou ofereçam oportunidade para que ela ocorra. Segundo a NBC TI 01:

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Responsabilidade pela prevenção e detecção de fraude A principal responsabilidade pela prevenção e detecção da fraude é dos responsáveis pela governança da entidade e da sua administração.

O auditor é responsável por obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis, como um todo, não contém distorções relevantes, causadas por fraude ou erro. Conforme descrito na NBC TA 200, devido às limitações inerentes da auditoria, há um risco inevitável de que algumas distorções relevantes das demonstrações contábeis podem não ser detectadas, apesar de a auditoria ser devidamente planejada e realizada de acordo com as normas de auditoria. Embora a fraude constitua um conceito jurídico amplo, para efeitos das normas de auditoria, o auditor está preocupado com a fraude que causa distorção relevante nas demonstrações contábeis. Dois tipos de distorções intencionais são pertinentes para o auditor – distorções decorrentes de informações contábeis fraudulentas e da apropriação indébita de ativos. Apesar de o auditor poder suspeitar ou, em raros casos, identificar a ocorrência de fraude, ele não estabelece juridicamente se realmente ocorreu fraude.

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O risco de não ser detectada uma distorção relevante decorrente de fraude é mais alto do que o risco de não ser detectada uma fraude decorrente de erro. Isso porque a fraude pode envolver esquemas sofisticados e cuidadosamente organizados, destinados a ocultá-la, tais como falsificação, omissão deliberada no registro de operações ou prestação intencional de falsas representações ao auditor. Tais tentativas de ocultação podem ser ainda mais difíceis de detectar quando associadas a um conluio. O conluio pode levar o auditor a acreditar que a evidência é persuasiva, quando, na verdade, ela é falsa. Além disso, o risco do auditor não detectar uma distorção relevante decorrente de fraude da administração é maior do que no caso de fraude cometida por empregados, porque a administração frequentemente tem condições de manipular, direta ou indiretamente, os registros contábeis, apresentar informações contábeis fraudulentas ou burlar procedimentos de controle destinados a prevenir fraudes semelhantes, cometidas por outros empregados. Comunicações à administração e aos responsáveis pela governança Ao detectar erros relevantes ou fraudes no decorrer dos seus trabalhos, o auditor tem a obrigação de comunicá-los à administração da entidade e sugerir medidas corretivas, informando sobre os possíveis efeitos no seu parecer, caso elas não sejam adotadas.[NBC T 11] Caso o auditor tenha identificado uma fraude ou obtido informações que indiquem a possibilidade de fraude, o auditor deve comunicar estes assuntos tempestivamente a pessoa de nível apropriado da administração que têm a responsabilidade primordial de prevenir e detectar fraude em assuntos relevantes no âmbito de suas responsabilidades. [NBC TA 240(R1)] Características da fraude A fraude, seja na forma de informações contábeis fraudulentas ou de apropriação indevida de ativos, envolve o incentivo ou a pressão para que ela seja cometida, uma oportunidade percebida para tal e alguma racionalidade (ou seja, dar razoabilidade a algo falso) do ato. Por exemplo: • Pode existir incentivo ou pressão para a informação financeira fraudulenta quando a administração sofre pressão, de fontes externas ou internas, para alcançar metas de ganhos ou resultados financeiros previstos (e talvez irrealistas) – em especial porque as consequências do insucesso no cumprimento dos objetivos financeiros para a administração podem ser significativas. Do mesmo modo, os indivíduos podem ter um incentivo para se apropriarem de ativos porque, por exemplo, estão vivendo além de suas possibilidades. • Pode haver uma oportunidade percebida de perpetrar uma fraude quando um indivíduo acredita que o controle interno pode ser burlado, por exemplo, porque ele ocupa um cargo de confiança ou tem conhecimento de deficiências específicas no controle interno. • Os indivíduos podem ser capazes de racionalizar e perpetrar um ato fraudulento. Algumas pessoas têm uma postura, caráter ou valores éticos que os levam a perpetrar um ato desonesto de forma consciente e intencional. Entretanto, mesmo indivíduos normalmente honestos podem perpetrar uma fraude em ambiente em que sejam suficientemente pressionados. Informações contábeis fraudulentas podem decorrer do seguinte: • Manipulação, falsificação (inclusive de assinatura) ou alteração de registros contábeis ou documentos

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comprobatórios que serviram de base à elaboração de demonstrações contábeis. • Mentira ou omissão intencional nas demonstrações contábeis de eventos, operações ou outras informações significativas. • Aplicação incorreta intencional dos princípios contábeis relativos a valores, classificação, forma de apresentação ou divulgação. Exemplos de como a administração pode perpetrar fraude, burlando controles intencionalmente por meio de técnicas como: Registrar lançamentos fictícios no livro diário, em especial no final do período contábil, de forma a manipular resultados operacionais ou alcançar outros objetivos. Ajustar indevidamente as premissas e alterar os julgamentos utilizados para estimar saldos contábeis. Omitir, antecipar ou atrasar o reconhecimento, nas demonstrações contábeis, de eventos e operações que tenham ocorrido durante o período das demonstrações contábeis que estão sendo apresentadas. Omitir, dificultar ou deturpar divulgações requeridas pela estrutura de relatório financeiro aplicável ou divulgações que são necessárias para a apresentação adequada. Encobrir fatos que possam afetar os valores registrados nas demonstrações contábeis. Contratar operações complexas, que são estruturadas para refletir erroneamente a situação patrimonial ou o desempenho da entidade. Alterar registros e condições relacionados a operações significativas e não usuais. A apropriação indevida de ativos envolve o roubo de ativos da entidade e, muitas vezes, é perpetrada por empregados em valores relativamente pequenos e irrelevantes. Entretanto, também pode envolver a administração, que geralmente tem mais possibilidades de disfarçar ou ocultar a apropriação indevida, de forma difícil de detectar. A apropriação indevida de ativos pode ser conseguida de várias formas, incluindo: Fraudar documentos (por exemplo, apropriando-se de valores cobrados ou desviando valores recebidos relativos a contas já baixadas para as suas contas bancárias pessoais). Furtar ativos físicos ou propriedade intelectual (por exemplo, furtar estoques para uso pessoal ou venda, roubar sucata para revenda, entrar em conluio com concorrentes para repassar dados tecnológicos em troca de dinheiro). Fazer a entidade pagar por produtos e serviços não recebidos (por exemplo, pagamentos a fornecedores fictícios, propina paga por fornecedores aos compradores da entidade em troca de preços inflacionados, pagamentos a empregados fictícios). Utilizar ativos da entidade para uso pessoal (por exemplo, usar ativos da entidade como garantia de empréstimo pessoal ou a parte relacionada). A apropriação indevida de ativos costuma ser acompanhada de registros ou documentos falsos ou enganosos, destinados a ocultar o desaparecimento dos ativos ou caucionados sem a devida autorização. Exemplos de fatores de risco de fraude relacionados a informações contábeis fraudulentas e apropriação indevida de ativos são apresentados no Apêndice 1. Esses fatores de risco ilustrativos são classificados com base em três condições que geralmente estão presentes quando há fraude: • Incentivo ou pressão para perpetrar fraude.

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• Oportunidade percebida de cometer fraude. • Capacidade de racionalizar a ação fraudulenta. Fatores de risco que refletem uma atitude que permite a racionalização da ação fraudulenta podem não ser suscetíveis de observação pelo auditor. Contudo, o auditor pode tomar conhecimento da existência de tais informações. Embora os fatores de risco de fraude descritos no Apêndice 1 abranjam um amplo leque de situações que podem vir a ser enfrentadas pelos auditores, eles são apenas exemplos e outros fatores de risco podem existir.

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REVISÃO COM O CAÇA-PALAVRAS DE AUDITORIA

FRAUDE E ERRO (QUESTÕES) 01. (Inspetor Fiscal de Rendas/ISS Guarulhos/SP/VUNESP/2019) São exemplos de erro e fraude, respectivamente:

(A) erros aritméticos e alteração de registros. (B) erros aritméticos e interpretação errada das variações patrimoniais. (C) aplicação incorreta das normas contábeis e interpretação errada das variações patrimoniais. (D) omissão intencional nas demonstrações contábeis e alteração de registros. (E) alteração de registros e interpretação errada das variações patrimoniais.

Caça-palavrasdeAuditoria07:

FraudeeErro

FraudeErro

Vantageminjustaeilícita

Atointencionale

nãointencional

Fatoresdefraudes

Errorelevantesoufraudes

Prevençãoedetecçãodefraude-

Administração

Fatoresderisco:

incentivo,oportunidadeeatitude

Manipulação,falsificação

Mentiraouomissão

intencional

Aplicaçãoincorretaintencional

Apropriaçãoindevidade

ativos

Informaçõescontábeis

fraudulentas

Distorção

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Comentários: A questão trouxe exemplos de situações que caracterizam fraude e erro. Vamos verificar a intenção do agente em cada uma delas: Erros aritméticos: como o próprio já sugere, trata-se de ato não intencional. Dessa forma, temos um ERRO. Alteração de registros: esse é um exemplo genérico de fraude, já que é um ato intencional. A NBC TA 240(R1) traz exemplos de como as Informações contábeis fraudulentas podem decorrer: · Manipulação, falsificação (inclusive de assinatura) ou alteração de registros contábeis ou documentos comprobatórios que serviram de base à elaboração de demonstrações contábeis. · Mentira ou omissão intencional nas demonstrações contábeis de eventos, operações ou outras informações significativas. · Aplicação incorreta intencional dos princípios contábeis relativos a valores, classificação, forma de apresentação ou divulgação. Interpretação errada das variações patrimoniais: está associada a ato não intencional - má interpretação de fatos na elaboração de registros, informações e demonstrações contábeis. Portanto, trata-se de um erro. Aplicação incorreta das normas contábeis: como não mencionou se é ou não um ato intencional, então pode ser fraude (Aplicação incorreta intencional das normas contábeis) ou erro (Aplicação incorreta não intencional das normas contábeis). Omissão intencional: qualquer ato intencional por si só é fraude. 02. (Contador (VISAN) / 2018 /FEPESE) Qual a principal diferença entre fraude e erro no contexto da auditoria de demonstrações contábeis segundo a NBC TA 240 – responsabilidade do auditor em relação à fraude?

a) A sofisticação do esquema b) O tipo de transação c) A intenção d) A materialidade e) O nível de envolvimento da administração Comentários: A questão aborda aspecto relacionado aos conceitos de fraude e erro. Segundo a NBC TA 240(R1), “as distorções nas demonstrações contábeis podem originar-se de fraude ou erro. O fator distintivo entre fraude e erro está no fato de ser intencional ou não intencional a ação subjacente que resulta em distorção nas demonstrações contábeis”. 03. (Contador (CM Caxias do Sul) / 2018 / OBJETIVA CONCURSOS - Objetiva Concursos Ltda.) Assinalar a alternativa que preenche a lacuna abaixo CORRETAMENTE:

Caracteriza-se como _____________ o ato intencional de omissão ou manipulação de transações, adulteração de documentos, registros e demonstrações contábeis. a) ineficiência b) imperícia c) plágio

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d) erro e) fraude Comentários: A questão aborda aspecto relacionado aos conceitos de fraude e erro. Segundo a NBC TA 240(R1), “as distorções nas demonstrações contábeis podem originar-se de fraude ou erro. O fator distintivo entre fraude e erro está no fato de ser intencional ou não intencional a ação subjacente que resulta em distorção nas demonstrações contábeis”. 04. (CESPE - Auditor do Estado (CAGE RS) - 2018) Julgue os itens a seguir, acerca de fraudes e erros nas organizações. I Todos os empregados devem ser igualmente supervisionados, mas deve-se dedicar especial atenção àqueles que possuem pouco conhecimento, pouca aptidão para o cargo ocupado e que não aceitam assumir responsabilidades extras. II Processos e controles automáticos descartam o erro não intencional e, por isso, evitam a fraude. III A escolha ou mudança nas políticas contábeis da entidade, em especial aquelas subjetivas e em transações complexas, pode indicar fraude nas informações financeiras. IV A incorporação de elementos de imprevisibilidade na seleção dos procedimentos de auditoria ajuda a reduzir fraudes. Estão certos apenas os itens a) I e II. b) I e IV. c) III e IV. d) I, II e III. e) II, III e IV. COMENTÁRIOS: Questão aborda aspectos gerais acerca de fraudes e erros. Analisando cada item. Item I: ERRADO. Deve haver uma distinção de atenção a ser dada aos empregados no que tange à supervisão. Deve ser dada dedicação especial aos empregados com funções significativas dentro da entidade ou áreas de maior probabilidade de risco de distorções relevantes, como o caixa ou apropriação de ativos. Ressalte-se que a apropriação indevida de ativos envolve o roubo de ativos da entidade e, muitas vezes, é perpetrada por empregados em valores relativamente pequenos e irrelevantes. Entretanto, também pode envolver a administração, que geralmente tem mais possibilidades de disfarçar ou ocultar a apropriação indevida, de forma difícil de detectar. Item II: ERRADO. Processos e controles automáticos não descartam o erro não intencional e nem evitam fraude. Frise-se que, segundo a NBC TA 240(R1), “fraude pode envolver esquemas sofisticados e cuidadosamente organizados, destinados a ocultá-la, tais como falsificação, omissão deliberada no registro de operações ou prestação intencional de falsas representações ao auditor. Tais tentativas de ocultação podem ser ainda mais difíceis de detectar quando associadas a um conluio. O conluio pode levar o auditor a acreditar que a evidência é persuasiva, quando, na verdade, ela é falsa.

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A capacidade do auditor de detectar uma fraude depende de fatores como a habilidade do perpetrador, a frequência e a extensão da manipulação, o grau de conluio, a dimensão relativa dos valores individuais manipulados e a posição dos indivíduos envolvidos”. Item III: CORRETO. Esse item está alinhado à NBC TA 240(R1): Respostas aos riscos avaliados de distorção relevante decorrente de fraude [...] 29. Ao determinar respostas globais para enfrentar os riscos avaliados de distorção relevante nas demonstrações contábeis, o auditor deve: [...] (b) avaliar se a seleção e a aplicação de políticas contábeis pela entidade, em especial as relacionadas com medições subjetivas e transações complexas, podem ser indicadores de informação financeira fraudulenta decorrente de tentativa da administração de manipular os resultados; e [...][grifo nosso] Item IV: CORRETO. Esse item está alinhado à NBC TA 240(R1): A36. É importante incorporar um elemento de imprevisibilidade na seleção da natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria a serem executados, já que indivíduos na entidade que estão familiarizados com os procedimentos de auditoria normalmente executados nos trabalhos podem ser mais capazes de esconder informações contábeis fraudulentas. Isso pode ser conseguido, por exemplo: [...] 05. (CESPE - Auditor do Estado (CAGE RS) - 2018) Texto 1A5AAA: O contador de determinada empresa considerou, equivocadamente, o valor bruto das vendas de longo prazo, em vez do lucro dessas vendas, na apuração do valor da reserva de lucros a realizar a ser registrado no patrimônio líquido da entidade. Uma auditoria independente nas demonstrações contábeis identificou, além da referida distorção de registro, uma falsificação de notas fiscais de saída, com a respectiva subtração indevida de estoques, o que gerou distorção no valor do ativo. Essas foram as únicas distorções encontradas nas demonstrações contábeis.

Na situação hipotética constante do texto 1A5AAA, o auditor a) deverá provocar o Poder Judiciário no caso de identificar ou suspeitar de fraude. b) poderia garantir que não houve fraude nem erro somente se tivesse acesso a uma amostragem mais robusta. c) será responsabilizado, junto com a diretoria da empresa, em caso de fraude. d) deverá emitir parecer de auditoria excluindo a responsabilidade do contador quanto à fraude. e) não poderá garantir que o trabalho de auditoria realizado está livre de fraude. Nesse tipo de questão você deve fazer o seguinte questionamento - Houve a intenção do agente em cometer o fato? Se a resposta for sim, então houve fraude. Se não, erro. Veja que foram detectadas duas distorção pelo auditor:

1) O contador de determinada empresa considerou, equivocadamente, o valor bruto das vendas de longo prazo, em vez do lucro dessas vendas, na apuração do valor da reserva de lucros a realizar a ser registrado no patrimônio líquido da entidade.

Reposta: Erro. 2) Uma falsificação de notas fiscais de saída, com a respectiva subtração indevida de estoques, o que gerou distorção no valor do ativo. Reposta: Fraude.

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Assim, Fraude está associada a ato intencional. Erro a ato não intencional. Dessa forma, as normas de auditoria exigem que o auditor obtenha segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção relevante, independentemente se causadas por fraude ou erro. Contudo, asseguração razoável não é um nível absoluto de segurança porque há limitações inerentes em uma auditoria, as quais resultam do fato de que a maioria das evidências de auditoria em que o auditor baseia suas conclusões e sua opinião, é persuasiva e não conclusiva. Além disso, o controle interno, independentemente da qualidade da sua estrutura e operação, pode reduzir, mas não eliminar, os riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis, por causa das limitações inerentes ao controle interno. Essas limitações incluem, por exemplo, a possibilidade de erros ou equívocos humanos, ou de controles contornados por conluio ou burla inapropriada da administração. Portanto, algum risco de controle sempre existe. Portanto, alternativa correta é E. Em relação às demais alternativas: Letra A) ERRADA. Nesse caso, o auditor deve comunicar a pessoa com nível apropriado da administração. Veja: Comunicações à administração e aos responsáveis pela governança 40. Caso o auditor tenha identificado uma fraude ou obtido informações que indiquem a possibilidade de fraude, o auditor deve comunicar estes assuntos tempestivamente a pessoa de nível apropriado da administração que têm a responsabilidade primordial de prevenir e detectar fraude em assuntos relevantes no âmbito de suas responsabilidades (ver item A60). Letra B) ERRADA. As normas de auditoria exigem que o auditor obtenha segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção relevante, independentemente se causadas por fraude ou erro. Contudo, asseguração razoável não é um nível absoluto de segurança porque há limitações inerentes em uma auditoria. Letra C) ERRADA. Segundo a NBC TA 240(R1), “o auditor que realiza auditoria de acordo com as normas de auditoria é responsável por obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis, como um todo, não contém distorções relevantes, causadas por fraude ou erro. Conforme descrito na NBC TA 200, devido às limitações inerentes da auditoria, há um risco inevitável de que algumas distorções relevantes das demonstrações contábeis podem não ser detectadas, apesar de a auditoria ser devidamente planejada e realizada de acordo com as normas de auditoria (NBC TA 200, item 51)”. Dessa forma, se o auditor seguir corretamente as normas de auditoria, ele não será responsabilizado pela não detecção de fraudes e erros porque há limitações inerentes da auditoria, além disso, a responsabilidade primeira na prevenção e identificação de fraudes e/ou erros é da própria administração da entidade. Letra D) ERRADA. Nesse caso, deve incluir a responsabilidade do contador quanto à fraude. Gabarito: E. 06. (CESPE - Analista Judiciário (TRE TO)/Contabilidade/ Administrativa - 2017) João, analista judiciário de um tribunal regional eleitoral, apresentou prestação de contas de uma viagem realizada para representar o respectivo órgão público. Durante a revisão dos documentos, em um procedimento de auditoria interna, ficou constatado que, dos dezoito recibos de táxi apresentados por ele, oito tinham o nome e a assinatura do mesmo taxista; entretanto, desses oito, apenas cinco haviam sido preenchidos integralmente pelo taxista; no

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preenchimento dos valores dos demais, percebia-se claramente a caligrafia de João. Ao ser questionado pela auditoria interna, ele respondeu que preenchera os valores nos recibos a pedido do taxista, que estava apressado. João afirmou, ainda, haver registrado as quantias devidamente pagas por ele em dinheiro. Nessa situação hipotética, à luz dos conceitos de erro e fraude adotados pelas Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas à auditoria interna (NBC TI 01), o auditor, inicialmente, deverá classificar o ato como indicativo de a) erro, por ser ato não intencional e não conter má-fé. b) erro, por ser ato intencional, porém não conter má-fé. c) fraude e erro, por ser ato intencional, mas não conter má-fé. d) fraude, por ser ato não intencional, mas conter má-fé. e) fraude, por ser ato intencional, mesmo que não tenha má-fé. Nesse tipo de questão você deve fazer os seguintes questionamentos: 1) Houve a intenção do agente em cometer o fato? Se a resposta for sim, então houve fraude. Se não, erro. Resposta: No caso em tela, percebe-se claramente que o fato foi cometido por João porque ele quis. Ninguém o obrigou a fazer o preenchimento dos recibos. Ele apenas justificou que fez isso a pedido do taxista (que é quem deveria ter preenchido) devido à pressa do mesmo. Nesse caso, houve FRAUDE. Assim, Fraude está associada a ato intencional. Erro a ato não intencional. 2) Percebe-se claramente que houve má-fé do agente João? Resposta: Não. Embora não esteja evidenciado na questão, não há elementos suficientes que caracterizem a má-fé do agente devido à ausência de ação maldosa que cause prejuízo ao Tribunal. Ressalte-se que as demais alternativas misturaram conceitos de fraude e erro e/ou mencionaram que houve má-fé do agente, tornando-as falsas. 07. (FCC - Analista Legislativo (ALESE)/Contabilidade / Apoio Técnico Administrativo - 2018) A NBC TA 240, que trata da Responsabilidade do Auditor em relação à fraude, no contexto da Auditoria das Demonstrações Contábeis, estabelece quais são os objetivos do auditor. De acordo com esta NBC, encontram-se entre os objetivos do auditor a) reparar, sempre que possível, distorções relevantes nas demonstrações contábeis, decorrentes de fraudes, minimizando as consequências para a empresa. b) identificar e avaliar os riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis, decorrente de fraude, bem como responder adequadamente face à fraude ou à suspeita de fraude identificada durante a auditoria. c) comunicar ao Ministério Público distorções relevantes nas demonstrações contábeis, decorrentes de fraudes, e, tratando-se de instituição ligada ao mercado de valores mobiliários, solicitar, justificadamente, a atuação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). d) responder adequadamente face à fraude ou à suspeita de fraude identificada em relação a tributos não lançados ou não pagos, exceto quanto àqueles devidos na qualidade de responsável ou substituto tributário, comunicando o fato à Fazenda Pública interessada. e) obter evidências de auditoria sobre os riscos identificados de distorção relevante e decorrente de fraude, comunicando o resultado da auditoria ao Banco Central do Brasil, em prazo não superior a 30 dias, quando se tratar de evidências obtidas junto a instituições financeiras.

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COMENTÁRIOS: Questão aborda os objetivos específicos do auditor quanto à sua responsabilidade em relação à fraude. Segundo a NBC TA 240(R1): 10. Os objetivos do auditor são: (a) identificar e avaliar os riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis decorrente de fraude; (b) obter evidências de auditoria suficientes e apropriadas sobre os riscos identificados de distorção relevante decorrente de fraude, por meio da definição e implantação de respostas apropriadas; e (c) responder adequadamente face à fraude ou à suspeita de fraudes identificada durante a auditoria.[grifo nosso] Cabe ressaltar que a principal responsabilidade pela prevenção e detecção da fraude é dos responsáveis pela governança da entidade e da sua administração. Já o auditor que realiza auditoria de acordo com as normas de auditoria é responsável por obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis, como um todo, não contém distorções relevantes, causadas por fraude ou erro. Conforme descrito na NBC TA 200, devido às limitações inerentes da auditoria, há um risco inevitável de que algumas distorções relevantes das demonstrações contábeis podem não ser detectadas, apesar de a auditoria ser devidamente planejada e realizada de acordo com as normas de auditoria. 08. (FCC - Analista Legislativo (ALESE) / Contabilidade / Apoio Técnico Administrativo - 2018) De acordo com a NBCTA 240, que regula a Responsabilidade do Auditor em relação à fraude, no contexto da Auditoria das Demonstrações Contábeis, as distorções nestas demonstrações a) podem originar-se de fraude leve ou de fraude grave, sendo que o fator que distingue uma da outra é que a fraude grave é dolosa, enquanto que a fraude leve não o é. b) só podem originar-se de fraude leve, de fraude grave ou de erro inescusável, sendo que na fraude grave há dolo, na fraude leve não há dolo, mas há culpa grave, e no erro há culpa leve. c) só podem originar-se de fraude in eligendo, de fraude in vigilando, de erro inescusável e de erro escusável, sendo que as duas modalidades de fraude não são intencionais, pois não são praticadas pela administração, mas pelos responsáveis pela governança, enquanto que os erros inescusáveis são intencionais e se revestem de características dolosas. d) também podem originar-se de fraude presumida, decorrente de culpa in eligendo, que ocorre quando se preenchem os quadros da empresa com funcionários destinados a praticar atos fraudulentos, ou de culpa in vigilando, que ocorre quando se exerce incentivo ou pressão sobre funcionários para que eles passem a praticar ou tolerar a prática de ato fraudulento. e) podem originar-se de fraude ou erro, sendo que o fator distintivo entre fraude e erro está no fato de ser intencional ou não intencional a ação subjacente que resulta em distorção nas demonstrações contábeis. 09. (FCC - Analista em Gestão (DPE AM)/Ciências Contábeis/ Especializado de Defensoria - 2018) Analisando uma série de notas fiscais em processos relativos a adiantamentos de fundos, o servidor encarregado do controle interno lembrou-se de ter visto o nome do mesmo estabelecimento comercial em outro processo que já havia sido aprovado. Ele procedeu à recuperação do processo no arquivo e, comparando documentos, pôde averiguar que se tratava da imagem do mesmo cupom fiscal juntado em duas prestações de contas.

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Acerca dessa situação hipotética, a) não deveria ter o controlador interno se socorrido de sua memória, pois excedeu a amplitude definida no planejamento de auditoria, tendo o desarquivamento e a análise do documento ocorrido fora das hipóteses previstas nas normas de auditoria. b) ainda que se apure irregularidade, não há o que ser feito em relação à primeira prestação de contas de adiantamento, haja vista a sua aprovação. c) da simples narrativa acima conclui-se que ocorreu fraude, que, por configurar crime, deve ser de imediato comunicada à autoridade policial. d) apenas da narrativa acima não se conclui que ocorreu fraude, mas o papel pode constituir evidência de auditoria em processo administrativo. e) a assinatura do superior hierárquico do servidor em alcance supre o vício de duplicidade. COMENTÁRIOS: Questão aborda aspecto relacionado ao conceito de fraude. Nesse tipo de questão você deve fazer os seguintes questionamentos: 1) Houve a intenção do agente em cometer o fato? Se a resposta for sim, então houve fraude. Se não, erro. Resposta: No caso em tela, não há elementos suficientes para se constatar claramente que o fato cometido pelo servidor (tomador do suprimento de fundos) caracterize fraude ou erro. 2) Percebe-se claramente que houve má-fé do agente? Resposta: Não. Embora esteja evidenciada a duplicidade do cupom fiscal, não há elementos suficientes que caracterizem a má-fé do servidor (tomador do suprimento de fundos), sem prejuízos de que esse cupom sirva de evidência de auditoria para instauração de futuro processo administrativo. Em relação ao erro das demais alternativas: Letra A) ERRADA. O controlador agiu corretamente e sempre fazer uso dos meios necessários para obtenção de evidência apropriada e suficiente para validar os achados de auditoria. Letra B) ERRADA. Ver explicação da alternativa “a”. Letra C) ERRADA. Nesse caso, não há elementos suficientes para se constatar claramente que o fato cometido pelo servidor (tomador do suprimento de fundos) caracterize fraude ou erro. Letra E) ERRADA. Isso não supre o vício detectado. Seria o caso de instaurar processo administrativo, respeitando o direito ao contraditório e à ampla defesa, para posterior adoção de providências cabíveis. 10. (FCC - Analista Judiciário (TRT 24ª Região)/Contabilidade/ Administrativa - 2017) De acordo com a conceituação prevista na NBC TA 240, que trata da responsabilidade do auditor em relação à fraude, no contexto da auditoria de demonstrações contábeis, a) demonstrações contábeis devem ser consideradas fraudulentas apenas quando decorram de manipulação, falsificação ou alteração de registros contábeis ou documentos comprobatórios que serviram de base à sua elaboração. b) fatores de risco de fraude, quando detectados e documentados pelo auditor, devem ser relatados como evidência da ocorrência de fraude, ou, no mínimo, de distorção relevante. c) o dever profissional do auditor de manter a confidencialidade da informação do cliente veda qualquer espécie de comunicação de identificação de fraude a autoridades de supervisão. d) fatores de risco de fraude são eventos ou condições que indiquem incentivo ou pressão para que a fraude

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seja perpetrada ou ofereçam oportunidade para que ela ocorra. e) a aplicação incorreta, intencional, dos princípios contábeis relativos a valores, classificação, forma de apresentação ou divulgação poderá ensejar distorção significativa decorrente de erro, não caracterizando, contudo, fraude. Questão aborda aspectos gerais sobre fraude, segundo a NBC TA 240 (R1). Analisando cada alternativa: Letra A) ERRADA. Demonstrações contábeis fraudulentas são mais abrangentes, podendo decorrer de diversas ações intencionais de agentes. Veja: A3. Informações contábeis fraudulentas podem decorrer do seguinte: • Manipulação, falsificação (inclusive de assinatura) ou alteração de registros contábeis ou documentos comprobatórios que serviram de base à elaboração de demonstrações contábeis. • Mentira ou omissão intencional nas demonstrações contábeis de eventos, operações ou outras informações significativas. • Aplicação incorreta intencional dos princípios contábeis relativos a valores, classificação, forma de apresentação ou divulgação.[grifo nosso] Letra B) ERRADA. Nesse caso, os fatores de risco podem ser relatados como evidências da ocorrência de fraude se indicarem riscos de distorção relevante decorrente dela, após uma avaliação por parte do auditor. Veja: Avaliação de fatores de risco de fraude 24. O auditor deve avaliar se as informações obtidas com outros procedimentos de avaliação de risco e atividades relacionadas realizadas indicam a presença de um ou mais fatores de risco de fraude. Embora os fatores de risco de fraude não indiquem necessariamente a sua efetiva existência, eles muitas vezes estão presentes em ocorrências de fraude e, portanto, podem indicar riscos de distorção relevante decorrente de fraude (ver itens A23 a A27). [grifo nosso] Letra C) ERRADA. Não há vedação de comunicação do auditor com a administração, quando ele detecta indícios de fraudes. A única preocupação dessa comunicação quanto a esses assuntos é para quem o auditor deve comunicar (pessoa com nível apropriado da administração). Letra D) CORRETA. Ela trata da Definição de fatores de risco. Veja: Definições 11. Para efeito desta Norma, os termos abaixo têm os seguintes significados: [...] (b) Fatores de risco de fraude são eventos ou condições que indiquem incentivo ou pressão para que a fraude seja perpetrada ou ofereçam oportunidade para que ela ocorra.[grifo nosso] Letra E) ERRADA. Isso tudo é decorrente de fraude, e não erro. A alternativa inverteu erro ao invés de fraude. 11. (CESGRANRIO - Auditor (PETROBRAS)/Júnior - 2018) Em muitas organizações, as fraudes envolvem a burla pela administração da entidade de controles que aparentemente estão funcionando com eficácia. Dessa forma, atos praticados por gestores e administradores podem ajudar a perpetrar fraude.

Dentre as técnicas a seguir, a que NÃO representa uma fraude típica realizada por gestores e administradores é a(o) a) alteração de registros e condições relacionados a operações significativas e não usuais. b) apropriação de dinheiro recebido de clientes, após proceder ao registro contábil do recebimento.

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c) contratação de operações complexas, que são estruturadas para refletir erroneamente, de forma a manipular os resultados operacionais. d) ocultação ou não divulgação de fatos que possam afetar os valores registrados nas demonstrações contábeis. e) registro de lançamentos fictícios no final do período contábil para reverter a situação patrimonial ou o desempenho da entidade. Comentários: A questão aborda exemplos de técnicas utilizadas pela administração que caracterizam fraudes, segundo a norma supramencionada: A4. Muitas vezes as informações contábeis fraudulentas envolvem a burla pela administração de controles que aparentemente estão funcionando com eficácia. A administração pode perpetrar fraude, burlando controles intencionalmente por meio de técnicas como: • Registrar lançamentos fictícios no livro diário, em especial no final do período contábil, de forma a manipular resultados operacionais ou alcançar outros objetivos. • Ajustar indevidamente as premissas e alterar os julgamentos utilizados para estimar saldos contábeis. • Omitir, dificultar ou deturpar divulgações requeridas pela estrutura de relatório financeiro aplicável ou divulgações que são necessárias para a apresentação adequada. (Incluído pela NBC TA 240 (R1)) • Ocultar ou não divulgar fatos que possam afetar os valores registrados nas demonstrações contábeis. • Encobrir fatos que possam afetar os valores registrados nas demonstrações contábeis. (Alterado pela NBC TA 240 (R1)) • Contratar operações complexas, que são estruturadas para refletir erroneamente a situação patrimonial ou o desempenho da entidade. • Alterar registros e condições relacionados a operações significativas e não usuais.[grifo nosso] Ante o exposto, conclui-se que a única técnica que NÃO representa uma fraude típica realizada por gestores e administradores é a apropriação de dinheiro recebido de clientes, uma vez que o registro contábil desse recebimento foi realizado corretamente, não havendo omissão e/ou manipulação dessa transação. 12. (FCC - Auditor Fiscal da SEFAZ MA - 2016) Na auditoria realizada na companhia distribuidora de peças e acessórios para veículos leves e pesados, o auditor registrou as seguintes constatações: I. Descontos obtidos pelo pagamento de duplicatas a fornecedores contabilizados como receitas de aplicações financeiras. II. Adulteração para mais de valores de créditos de ICMS registrados no livro apuração do ICMS referente a compras para comercialização. III. Por desatenção de funcionário da tesouraria recém contratado foi concedido desconto no pagamento com atraso de duplicatas a receber efetuado pelo cliente. IV. Registro de notas fiscais fictícias de despesas, com o objetivo de justificar saque na tesouraria da empresa. Segundo as Normas de Auditoria, as constatações registradas pelo auditor caracterizam, respectivamente, a) fraude, erro, fraude e fraude. b) erro, fraude, fraude e fraude. c) erro, fraude, erro e fraude.

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d) fraude, fraude, erro e erro. e) erro, fraude, fraude e erro. Comentários: Questão recorrente nas provas de auditoria, independentemente de banca examinadora ou área. Aqui, você deveria observar a intenção do agente quando da realização de cada constatação pelo auditor. Ressalte-se que, segundo a NBC TA 240(R1), as distorções nas demonstrações contábeis podem originar-se de fraude ou erro. O fator distintivo entre fraude e erro está no fato de ser intencional ou não intencional a ação subjacente que resulta em distorção nas demonstrações contábeis. Além disso, Fraude é o ato intencional de um ou mais indivíduos da administração, dos responsáveis pela governança, empregados ou terceiros, que envolva dolo para obtenção de vantagem injusta ou ilegal. Analisando cada item: I. Descontos obtidos pelo pagamento de duplicatas a fornecedores contabilizados como receitas de aplicações financeiras. Trata-se de um erro. II. Adulteração para mais de valores de créditos de ICMS registrados no livro apuração do ICMS referente a compras para comercialização. Trata-se de uma fraude. III. Por desatenção de funcionário da tesouraria recém contratado foi concedido desconto no pagamento com atraso de duplicatas a receber efetuado pelo cliente. Trata-se de um erro. IV. Registro de notas fiscais fictícias de despesas, com o objetivo de justificar saque na tesouraria da empresa. Trata-se de uma fraude. 13. (FCC - Auditor Fiscal da Fazenda Estadual (SEFAZ PI)- 2015) A contabilidade criativa efetuada com o propósito de maquiar as demonstrações contábeis, seja para aumentar ou diminuir valores relacionados com os índices econômico-financeiros, com o valor da empresa, com a distribuição de lucros e pagamento de tributos sobre a renda, constitui, conforme norma vigente, a) erro involuntário. b) erro tolerável. c) fraude contábil. d) reclassificação financeira. e) inteligência Competitiva. COMENTÁRIOS: Segundo a NBC TA 240(R1), “as distorções nas demonstrações contábeis podem originar-se de fraude ou erro. O fator distintivo entre fraude e erro está no fato de ser intencional ou não intencional a ação subjacente que resulta em distorção nas demonstrações contábeis”. Além disso, Fraude é o ato intencional de um ou mais indivíduos da administração, dos responsáveis pela governança, empregados ou terceiros, que envolva dolo para obtenção de vantagem injusta ou ilegal. Em suma: Fraude à Ato intencional e Erro à Ato Não intencional. A questão traz uma situação prática para ser avaliada como fraude ou erro, a saber: I. A contabilidade criativa efetuada com o propósito de maquiar as demonstrações contábeis, seja para aumentar ou diminuir valores relacionados com os índices econômico-financeiros, com o valor da empresa, com a distribuição de lucros e pagamento de tributos sobre a renda. Ato intencional (Fraude).

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14. (FCC - Auditor Fiscal / SEFAZ SC - 2018) Considerando os procedimentos de auditoria contábil a serem aplicados por um Auditor Fiscal de ICMS, podem-se mencionar alguns exemplos de testes e situações de fraudes fiscais encontradas em que se evidenciam a Superavaliação ou Subavaliação de contas do Ativo Disponível do Balanço Patrimonial: I. Detecção de créditos nas contas do Ativo Disponível que diminuem também as Contas de Passivo (por exemplo: Créditos em Bancos/Caixa contra Empréstimos – no caso de pagamento/quitação de empréstimos devidamente comprovados documentalmente). II. Detecção de créditos a menor nas contas do Ativo Disponível que deixam seu saldo maior e que diminuem indevidamente as Contas de Despesas (por exemplo: Débitos a menor em Despesas contra Bancos/Caixa – no caso de Despesas serem contabilizadas por um valor menor do que o valor efetivo da transação). III. Detecção de débitos irregulares nas contas do Ativo Disponível que aumentam também indevidamente as Contas de Passivo (por exemplo: Débitos em Bancos/Caixa contra Empréstimos – no caso de Empréstimos simulados que não existiram à época ou que não existem). IV. Detecção de créditos irregulares nas contas do Ativo Disponível que diminuem também indevidamente as Contas de Receitas (por exemplo: Créditos em Bancos/Caixa contra Receitas – no caso de simulação de cancelamento ou de devolução de vendas, de mercadorias que foram efetivamente entregues e recebidas). Evidenciam superavaliação ou subavaliação do ativo disponível os exemplos citados APENAS em (A) II, III e IV. (B) I e IV. (C) II e III. (D) I e III. (E) I, II e IV. COMENTÁRIOS: Segundo a NBC TA 240 (R1), “Fraude é o ato intencional de um ou mais indivíduos da administração, dos responsáveis pela governança, empregados ou terceiros, que envolva dolo para obtenção de vantagem injusta ou ilegal”. Informações contábeis fraudulentas podem decorrer do seguinte: • Manipulação, falsificação (inclusive de assinatura) ou alteração de registros contábeis ou documentos comprobatórios que serviram de base à elaboração de demonstrações contábeis. • Mentira ou omissão intencional nas demonstrações contábeis de eventos, operações ou outras informações significativas. • Aplicação incorreta intencional dos princípios contábeis relativos a valores, classificação, forma de apresentação ou divulgação. Analisando os itens da questão, percebe-se claramente que, à exceção do item “I” (não há nada de irregular, pois houve pagamento/quitação de empréstimos devidamente comprovados documentalmente), os demais – II,III e IV - são exemplos de atos intencionais que terão como consequência a subavaliação ou superavaliação das contas do Disponível. 15. (AUDITOR FISCAL/SEFAZ GO/FCC/2018) Fatores de risco para a ocorrência de fraude são pressões/incentivos, oportunidades ou atitudes/racionalizações que ocorrem naturalmente nos mercados, mas que acabam por favorecer o surgimento de distorções relevantes e intencionalmente causadas nas demonstrações contábeis. A alternativa que contém, respectivamente, uma pressão/incentivo, uma oportunidade e uma atitude/racionalização reconhecidas nas normas como fatores de risco é:

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(A) Mudança previstas nos planos de benefícios dos empregados / obrigações financeiras pessoais / relacionamentos adversos entre a entidade e empregados com acesso a dinheiro. (B) Alto nível de competição ou saturação do mercado, acompanhada por declínio da margem de retorno / garantias pessoais em dívidas da entidade / partes significativas da remuneração atreladas a metas agressivas de performance. (C) Demissões previstas de empregados / ativos pequenos sem identificação clara de propriedade / mudança do estilo de vida de funcionários com acesso a ativos. (D) Tolerância a pequenos roubos / remuneração incompatível com a expectativa / grandes quantias em dinheiro em mãos. (E) Segregação inadequada de funções / investigação inadequada da vida pregressa de candidatos a empregos / falta de conciliação completa de ativos. COMENTÁRIOS: Questão disparada a mais difícil da prova de Auditoria. Nunca cobrada até então! Questão “The walking dead” - NÍVEL HARD! Vocês e os demais candidatos PODERIAM errar sem problema! Essa é a questão mais difícil sobre FRAUDE que já vil!!!! Mas você poderia analisar pela lógica, mas como o tempo era curto demais para raciocinar, então mais que natural tomar um susto da leitura da questão por ser nova. rs. Só para você ter uma ideia – a FCC pegou o Apêndice 1 da NBC TA 240(R1) para fundamentar a resposta. Apelide-a de Questão “The walking dead”. A NBC TA 240(R1) define Fatores de risco de fraude como sendo eventos ou condições que indiquem incentivo ou pressão para que a fraude seja perpetrada ou ofereçam oportunidade para que ela ocorra. Veja os exemplos do Apêndice 1: [...] Fatores de risco relacionados a distorções decorrentes de apropriação indevida de ativos também são classificados segundo as três condições geralmente presentes quando há fraude: incentivo/pressão, oportunidade e atitude/racionalização. Alguns dos fatores de risco relacionados a distorções decorrentes de informações contábeis fraudulentas também podem estar presentes quando ocorrerem distorções originárias de apropriação indevida de ativos. Por exemplo, o monitoramento ineficaz da administração e outras deficiências no controle interno podem estar presentes quando existirem distorções decorrentes de informação contábil fraudulenta ou apropriação indevida de ativos. Incentivos/Pressões Obrigações financeiras pessoais podem criar pressão sobre a administração ou empregados com acesso a dinheiro ou outros ativos suscetíveis de roubo para que se apropriem indevidamente de tais ativos. Relacionamentos adversos entre a entidade e empregados com acesso a dinheiro ou outros ativos suscetíveis de roubo podem motivar esses empregados a apropriar-se indevidamente de tais ativos. Por exemplo, relações adversas podem ser criadas pelo seguinte: •Demissões conhecidas ou previstas de empregados. •Mudanças recentes ou previstas na forma de remuneração ou nos planos de benefícios dos empregados. •Promoção, remuneração ou outras recompensas incompatíveis com as expectativas. Oportunidades Certas características ou circunstâncias podem aumentar a suscetibilidade dos ativos à apropriação indevida. Por exemplo, as oportunidades de apropriação indevida de ativos aumentam quando existe o seguinte:

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•Grandes quantias de dinheiro em mão ou processadas. •Itens de estoque com tamanho pequeno, com alto valor ou em alta procura. • Ativos facilmente conversíveis, tais como títulos ao portador, diamantes ou chips de computador. •Ativos fixos de tamanho pequeno, comercializáveis ou sem identificação clara de propriedade. O controle interno inadequado sobre os ativos pode aumentar a suscetibilidade de apropriação indevida dos ativos. Por exemplo, a apropriação indevida de ativos pode ocorrer por causa do seguinte: •Segregação inadequada de funções ou de verificações independentes. •Supervisão geral inadequada dos gastos da alta administração, tais como viagens e outros reembolsos. [...] Atitudes/racionalizações [..] • Conduta que indique desagrado ou insatisfação com a entidade ou o tratamento de seus empregados. • Mudanças na conduta ou estilo de vida que possam indicar que ativos foram indevidamente apropriados. • Tolerância de pequenos roubos. [grifo nosso] 16. (CESPE – AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO – TCE RO) Os fatores que compõem o denominado triângulo da fraude consistem em a) conduta, hábito e fraqueza. b) pressão, oportunidade e racionalização. c) ambição, deslealdade e imaturidade. d) necessidade, vaidade e conjuntura. e) índole, prazer e ambiente. COMENTÁRIOS: Questão foi retirada do REFERENCIAL DE COMBATE À FRAUDE E À CORRUPÇÃO Aplicável a Órgãos e Entidades da Administração Pública. Segundo o referencial supracitado (p.17/18): A fraude nas organizações foi objeto de estudo de Donald R. Cressey (1953), que teorizou um modelo que ficou conhecido como “Triângulo da fraude”. Por esse modelo, para uma fraude ocorrer, é necessária a ocorrência de três fatores: pressão, oportunidade e racionalização.

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No mesmo sentido, a NBC TA 240(R1) define Fatores de risco de fraude como sendo eventos ou condições que indiquem incentivo ou pressão para que a fraude seja perpetrada ou ofereçam oportunidade para que ela ocorra. Veja os exemplos do Apêndice 1: [...] Fatores de risco relacionados a distorções decorrentes de apropriação indevida de ativos também são classificados segundo as três condições geralmente presentes quando há fraude: incentivo/pressão, oportunidade e atitude/racionalização.

17. (FCC - Analista Judiciário (TRF 3ª Região)/Contadoria / Apoio Especializado - 2016) Nos termos da NBC TA 240, considere: I. Erro que resulta em distorção nas demonstrações contábeis. II. Distorção decorrente de informações fraudulentas. III. Distorção decorrente de apropriação indébita de ativos. É distorção intencional pertinente para o auditor o que consta em a) I e III, apenas. b) II, apenas. c) I, II e III. d) I e II, apenas. e) II e III, apenas. COMENTÁRIOS: Questão recorrente nas provas de auditoria, independentemente de banca examinadora ou área. Aqui, você deve observar a intenção do agente quando da realização de cada constatação pelo auditor. Analisando cada item: I. Erro que resulta em distorção nas demonstrações contábeis. Ato não intencional, portanto é erro. II. Distorção decorrente de informações fraudulentas. Ato intencional, portanto é fraude. III. Distorção decorrente de apropriação indébita de ativos. Ato intencional, portanto é fraude.

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18. (Contador Judiciário/VUNESP/TJ SP/2019 - ADAPTADA) Segundo as normas brasileiras de auditoria interna, julgue os itens a seguir: a) o termo “fraude” aplica-se a ato intencional ou não de omissão e manipulação de transações e operações, adulteração de documentos, registros, relatórios, informações e demonstrações contábeis, tanto em termos físicos quanto monetários. c) esta deve assessorar a administração da entidade no trabalho de prevenção de fraudes e erros, obrigando-se a informá-la, em reunião presencial, de maneira ostensiva, sobre quaisquer indícios ou confirmações de irregularidades detectadas no decorrer de seu trabalho. COMENTÁRIOS: Letra A: ERRADA. O fator distintivo entre fraude e erro está no fato de ser intencional ou não intencional a ação subjacente que resulta em distorção nas demonstrações contábeis. Dessa forma, o erro é a presença do advérbio “não”. Letra C: ERRADA. A primeira parte está correta – de fato a auditoria interna deve assessorar a administração da entidade no trabalho de prevenção de fraudes e erros. O erro está na parte que diz que a comunicação deve ser feita em reunião presencial e de forma ostensiva. De acordo com a NBC TI 01, essa comunicação deve ser feita sempre por escrito, de forma reservada. 19. (Analista Contábil (CREMERS) / 2017 / / Especialista / FUNDATEC - Fundação Universidade Empresa de Tecnologia e Ciência) O ato intencional de omissão e/ou manipulação de transações e operações, adulteração de documentos, registros, relatórios, informações e demonstrações contábeis, tanto em termos físicos quanto monetários, constitui o que as normas brasileiras de contabilidade que tratam de auditoria interna denominam de: a) Fraude. b) Erro. c) Sonegação. d) Corrupção. e) Falcatrua. 20. (Analista em Previdência (IPERON) / 2017 / / Auditor / IBADE - Instituto Brasileiro de Apoio e Desenvolvimento Executivo) O risco de não ser detectada uma distorção relevante decorrente de fraude é: a) maior nos casos em que a fraude foi cometida por empregados, em relação àquelas cometidas pela administração. b) decorrente da não aplicação de procedimentos adicionais de auditoria que respondam melhor no nível das afirmações. c) semelhante ao de não detecção de distorção decorrente de erro. d) mais alto do que o risco de não ser detectada uma distorção decorrente de erro. e) semelhante nos casos em que a fraude foi cometida porém pregados ou administração COMENTÁRIOS: Questão aborda aspectos relacionados aos conceitos de fraude e erro. Segundo a NBC TA 240(R1): 6. Como descrito na NBC TA 200, item 51, os efeitos potenciais das limitações inerentes são particularmente significativas no caso da distorção resultar de fraude. O risco de não ser detectada uma distorção relevante decorrente de fraude é mais alto do que o risco de não ser detectada uma fraude decorrente de erro.

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Isso porque a fraude pode envolver esquemas sofisticados e cuidadosamente organizados, destinados a ocultá-la, tais como falsificação, omissão deliberada no registro de operações ou prestação intencional de falsas representações ao auditor. Tais tentativas de ocultação podem ser ainda mais difíceis de detectar quando associadas a um conluio.[...] 21. (Analista (CM São José) / 2016 / / Contábil /FEPESE) são exemplos de fraudes e erros: a) Recebimento de crédito sem baixa e Falsificações de documentos. b) Desvios de dinheiro e Créditos em dobro. c) Despesas fictícias e Inversão de números. d) Desvios de mercadorias e Classificações indevidas de documentos. e) Adulterações de documentos e Somas equivocadas. COMENTÁRIOS: Questão aborda diversas situações que caracterizam erro ou fraude. Analisando as alternativas: a) Recebimento de crédito sem baixa e Falsificações de documentos. Duas situações que caracterizam fraude. b) Desvios de dinheiro e Créditos em dobro. Fraude e erro, respectivamente. c) Despesas fictícias e Inversão de números. Fraude e erro, respectivamente. d) Desvios de mercadorias e Classificações indevidas de documentos. Fraude e erro, respectivamente. e)Adulterações de documentos e Somas equivocadas. Fraude e erro, respectivamente. Acreditamos que para a correção da questão o enunciado deveria ser “Não são exemplos de fraudes e erros, RESPECTIVAMENTE”. Caso fosse feito esse ajuste, teria como gabarito a alternativa como “a”. Questão anulada (da forma como foi redigida). 22. (Contador (CIM Catarina) / 2017 /FEPESE) Ao detectar erros relevantes ou fraudes no decorrer dos seus trabalhos, o auditor tem a obrigação de: a) comunicá-los à administração da entidade e sugerir medidas corretivas, informando sobre os possíveis efeitos no seu parecer, caso elas não sejam adotadas. b) comunicá-los à administração da entidade e informar os possíveis efeitos dos erros encontrados, mas não deve sugerir medidas corretivas, para não interferir na autoridade do administrador. c) comunicá-los apenas ao presidente da entidade para conhecimento. d) comunicá-los primeiro à auditoria interna e posteriormente à administração da entidade. e) não existe a necessidade de comunicar a nenhum membro da organização mas é fundamental transcrever todos os problemas no parecer. COMENTÁRIOS:Questão aborda aspectos da obrigatoriedade de comunicação dos auditores aos responsáveis pela governança da entidade auditada, quando no decorre dos seus trabalhos, encontrar de fraudes. Segundo a NBC T 11:

11.1.4 – FRAUDE E ERRO [...] 11.1.4.2 – Ao detectar erros relevantes ou fraudes no decorrer dos seus trabalhos, o auditor tem a obrigação de comunicá-los à administração da entidade e sugerir medidas corretivas, informando sobre os possíveis efeitos no seu parecer, caso elas não sejam adotadas.[grifo nosso]Questão extraída literalmente dessa norma.

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GABARITO

01 A

02 C 03 E

04 C

05 E 06 E

07 B

08 E 09 D

10 D 11 B

12 C

13 C 14 A

15 C 16 B 17 E 18 EE 19 A 20 A 21 ANULADA 22 B