09 - dermofarmácia e cosmética

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Catarina CastroDermofarmcia Cosmtica 1

1. Conceitos e princpios bsicos de Dermofarmcia e Cosmtica 2.Generalidades sobre a pele 2.1Correlaes de elementos 2.2 Funes da pele 2.3.Anexos da pele 2.3.1.Unhas 2.3.2.Plos 2.3.3.Glndulas sebceas 2.3.4.Glndulas sudorparas

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2.4.1- Pele normal 2.4.2.Pele seca 2.4.3.Pele gorda 2.4.4. Pele mista 2.4.5.Pele sensvel 2.4.5.1.Couperose 2.5.A Pele da criana 2.5.1.Correlaes de elementos 2.5.2 Anexos da pele

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2.5.3 Particularidades funcionais 2.5.4.Higiene do bb 2.6. Cosmticos e higiene infantil 2.7.Alguns problemas da pele do bb 2.7.1.Eritema das fraldas 2.7.2 Tratamento 2.7.3. Crosta lctea 2.8. A Pele e o seu envelhecimento 2.8.1 Alteraes da pele 2.8.2 Diferenas entre a pele do homem e da mulher 2.8.3. Tratamentos especficos

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3. Hidratao 3.1 Conceito 3.2 Origens da perda de gua 3.4 Cuidados a ter para evitar a desidratao 3.5 Substncias com propriedades hidratantes 4. Produtos cosmticos e de higiene corporal 4.1 Funo de cosmtico 4.2. Leites de limpeza 4.2.1Como aplicar um leite de limpeza

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4.3.Cremes 4.3.1.Regras gerais para a escolha de um creme cosmtico 4.3.2 Creme de dia 4.3.3.Cremes de noite 4.3.4.Matrias-primas especficas dos cremes 5. Antitranspirantes e desodorizantes 5.1 Conceitos bsicos 5.2.Formas de apresentao 6. Cosmtica capilar 6.1. Conceitos gerais 6.2 Alopcia

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6.3 Ciclo de vida do cabelo 6.4.Caspa 6.5. Tratamento capilar nas alopcias 6.6.Champs 7.Radiao solar e proteco 7.1 Bronzeado 7.2 Fototipos 7.3. Fotoproteco 8.Celulite 8.1. Conceito 8.2. Histologia da clula adiposa 8.3.Factores

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Objectivos

Fornecer ao formando uma viso geral das disfunes cutneas, promover o estudo de preparaes que exercem aco teraputica na pele, estudo de preparaes destinadas proteco, higiene e correco (aspecto e odor) da superfcie cutnea e seus anexos.

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Dermofarmcia - Cincia que se preocupa com os cosmticos elaborados, fabricados e distribudos com os preceitos farmacuticos. Entende-se que o farmacutico como tcnico de sade tem toda a capacidade e os conhecimentos necessrios para aconselhar devidamente os produtos a serem utilizados na melhoria da sade.

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Produto cosmtico e de higiene corporal Toda a substncia ou preparao destinada a ser posta em contacto com as diversas partes do corpo humano (epiderme, sistema piloso e capilar, unhas, lbios, orgos genitais externos, dentes e mucosas bucais) tendo em vista limp-los e proteg-los a fim de os manter em bom estado, modificando o seu aspecto ou corrigindo os seus odores corporais.Dermofarmcia Cosmtica 10

2.1Correlaes de elementos A pele o maior orgo do corpo humano, atingindo at 16% do peso corporal. Anatmicamente composta por 3 camadas, epiderme, derme e hipoderme.

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Epiderme

camada mais externa da pele clulas epiteliais (queratincitos: so produzidas na

camada mais inferior da epiderme (camada basal), e evoluem at superfcie sofrem processo de queratinizao, que d origem camada crnea (fina pelcula de clulas mortas).

melancitos ( produzem melanina), clulas de defesa imunolgica clulas de merkel ( sistema sensorial).

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DermeA

derme d soluo de continuidade camada basal. constituda por: fibras de colagnio, fibras elsticas e fibras de reticulina, numa rede na qual esto envolvidos vasos sanguneos e linfticos, elementos nervosos, foliculos pilosos, glndulas sebceas, canais excretores das glndulas sudorparas e rgos sensoriais.

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Hipoderme

considerada uma camada da pele, embora a sua estrutura, localizao e funo sejam bastante particulares. Trata-se de um tecido complexo de unio aos rgos internos que cobre e protege de forma mais directa. A existncia de clulas gordas adipsitos tornam este tecido muito propcio a pequenas alteraes, que so um problema para a esttica, a to conhecida celulite

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PELICULA HIDROLIPDICA

Espcie de unto que cobre toda a superfcie da pele, protegendo-a das agresses do meio externo principalmente em relao s variaes do grau higromtrico proteco em relao h desidratao. O manto hidrolipidico constitudo, basicamente, por uma soluo aquosa proveniente do suor, por uma soluo untuosa proveniente da segregao sebcea e por resduos da prpria transformao das clulas epidrmicas na sua ascenso contnua para a superfcie. A composio desta pelcula bastante complexa e varia de acordo com o tipo de pele, mas principalmente com as caractersticas intrnsecas do indivduo.Dermofarmcia Cosmtica 16

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2.2. Funes da pele

Proteco: um orgo barreira, divide o meio interno do externo. Barreira microbiolgica a pele possui alguma flora saprfita que impede a colonizao por outros microorganismos patognicos. No entanto em condies adversas esta flora saprfita pode tornar-se patognicas a ( alterao do PH). Barreira qumica - protege contra a agresso diria de diversas substncias qumicas (solventes, detergentes).Dermofarmcia Cosmtica 18

Barreira contra as radiaes os pigmentos pertencentes famlia das melaninas conseguem absorver parte das radiaes que incidem na pele. A quantidade de melanina condiciona o nvel de proteco solar, a cor da pele, as diferenas entre raas. Barreira trmica a temperatura corporal cerca de 37c, variando de acordo com a zona corporal. Barreira elctrica o extracto crneo tem menos gua que o meio interno logo o menos condutor.

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Sensorial: a pele tem terminaes nervosas modificadas na extremidade que percepcionam os estmulos do meio externo. Temos assim diversos tipos de receptores que nos transmitem as sensaes de tacto, frio/calor, textura, dor, etc. Termorregulao: efectuada pela activao / desactivao das glndulas sudorparas (anexos da pele) consoante as condies do meio externo. Para a produo de suor estas glndulas vo buscar calor ao sangue diminuindo a temperatura corporal.

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Comunicao relacionada com a percepo de estmulos. Metabolismo elevada capacidade metablica sendo que algumas substncias so eliminadas de um modo to extenso. Produz algumas substncias que so incorporadas nas clulas epiteliais (melanina), produo de fibras do tecido conjuntivo e substncia fundamental.

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2.3.1.UnhasLocalizadas na falange distal dos dedos. composta por placas de queratina fortemente aderidas, apartir da diferenciao de clulas epiteliais da raiz. O crescimento da unha muito mais rpido na criana que no adulto. A cutcula serve de proteco entrada de microorganismos.

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2.3.2.PlosSo

estruturas delgadas feitas de queratina que se desenvolvem no folculo piloso. Existem em quase todo o corpo excepto em regies bem delimitadas como a palma das mos e plantas dos ps variam em espessura e ritmo de crescimento.

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Crescimento descontnuo alternando com fases de repouso. Perodo de vida do plo:

Fase anagnica: dura 5 a 8 anos cerca de 80% dos cabelos. D origem ao cabelo ao seu crescimento e maturidade. Fase catagnica: dura cerca de 3 semanas cerca de 0.1% dos cabelos, (fase de paragem) Fase telognica: algumas semanas cerca de 15% dos cabelo, (degenerao progressiva do cabelo ou plo).

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2.3.3.Glndulas sebceasLocalizadas

praticamente no corpo todo, com prevalncia na face, couro cabeludo e poro superior do tronco, no existem nas palmas das mos e ps. Desembocam na poro terminal do folculo piloso. A sua secreo uma mistura complexa de lpidos que deixam a pele oleosa.

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2.3.4.Glndulas sudorparas

Localizadas

praticamente no corpo todo, so estruturas tubulosas simples, formando um enovelado imerso na derme. Sua secreo suor.

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2.4.1- Pele normal a pele cuja fisiologia se processa correctamente sem excessos, seja pela falta de gua seja pela falta de gordura.

Exame visual: tez clara, vascularizao ideal, luminosa, uniforme, textura lisa.

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Exame tctil: fresca, suave, espessa, firme Atendimento: higiene suave para manter pH e flora; protector solar Evitar: sabes com demasiada frequncia; gua calcria;

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uma pele muito frgil apresenta desconforto constante, rdulas de desidratao, pouca % de lpidos e gua.Atendimento: limpar suavemente com engordurantes e hidratantes ( leites, cremes, loo ,agua termal). Restaurar a hidratao do estrato crneo para evitar disfunes e irritaes( mscara, hidratante e nutritiva, exfoliante).Dermofarmcia Cosmtica 31

2.4.2.Pele seca

Evitar:

contacto repetido com a gua (pele torna-se spera e rugosa); a utilizao de tensioactivos detergentes e certos solventes, ( incapacidade de defesa da barreira crnea). roupa sinttica demasiado apertada; agressores climticos.

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2.4.3.Pele gorda

Pele com actividade exagerada das glndulas sebceas que produzem quantidades anormais de sebo cutneo (mistura de lpidos, ceras, hidrocarbonetos, fosfolpidos, colesterol) o que lhe confere uma certa capacidade emulsiva. Como o sebo produzido em excesso, este espalha-se superfcie da epiderme dando origem pele brilhante e untuosa ao tacto.

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Factores : problemas de origem gentica, modificaes hormonais, tenso (stress) agresses qumicas exposio aos raios U.V. Uma pele oleosa devido a razes de ordem interna ou simplesmente por higiene inadequada, pode originar: inflamao (Acne vulgaris) que poder ser agravada com o aparecimento de borbulhas e infeco localizada (acne poliforme).

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Atendimento:

Limpeza sem agresso; Utilizar produtos suaves e no comedognicos (geles, leites desmaquilhantes fluidos); Diminuir a secreo sebcea e a hiperqueratose superficial (loo adstringente ou agua termal); Fechar os poros ( exfoliante 1 2 vezes/semana); Mascara adstringente e purificante.

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Evitar:

Espremer pontos negros; Produtos demasiado deslipidizantes e irritantes (loes canforadas, cidos, com elevada % de lcool); Prticas de higiene demasiado frequentes; Cremes gordos e comedognicos; Exposio solar intensa.

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2.4.4. Pele mista

Brilho na zona t (testa, nariz e queixo) mantm-se como no caso das peles gordurosas, mas simultaneamente apresenta superfcies sem gordura com tendncia a ficarem secas e irritadas (mas do rosto). Higiene e tratamento: limpar, equilibrar, esfoliar e tratar as duas reas em separado e com os produtos adequados.Dermofarmcia Cosmtica 37

2.4.5.Pele sensvelA pele sensvel no um tipo caracterstico de pele mas um estado funcional reactivo enquadrado por determinados parmetros fixos:Espessura

da pele (fina); Colorao (clara); Intensidade de fluxo sanguneo (capilaridade superficial); Secreo sebo-sudorpara (diminuda); Sistema neurosensitivo (exacerbado); Sistema imunitrio cutneo especfico afectado (alergenicidade).

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Principais indicadores de superfcie para uma pele sensvel:

O grau de hidratao, que normalmente esta diminudo; A aprovao sebcea que reduzida; A emulso hidrolipdica, que tem uma aco ineficaz, pelo que a proteco da epiderme nula, tornando exacerbada a reaco da pele aos elementos agressores.

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Podemos considerar que uma pele sensvel :Uma pele reactiva sujeita a roscea, Uma pele que no suporta nada: fica avermelhada, com ardor em contacto com elementos externos ou internos. Esta sensibilidade deve-se a uma hiper-reactividade do sistema microcirculatrio papilar drmico e uma hiper-reactividade irritativa e alergnica devido a causas especficas de ordem externa: calor, frio, vento, radiaes UV e causas especficas de ordem interna: hormonais, digestivas e emocionais.

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Um produto para pele sensvel deve conter:Calmamantes,

suavizantes, Produtos que reduzem o fluxo sanguneo superficial. Produtos protectores das agresses ambientais: radiaes, poluio. Produtos que evitam a desidratao superficial exagerada. Produtos que no contenham na sua composio ingredientes irritantes ou alergnicos.

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2.4.5.1.Couperose Surge normalmente numa pele sensvel resultante de um problema de micro circulao cutnea.Sinais: intolerncia a produtos de higiene, ao clima surgindo vermelhido numa pele frequentemente fina. picada, arde, repuxa, os vasos cutneos tornam-se visveis.Dermofarmcia Cosmtica 42

Exame visual: eritematosa; telangiectasias; vnulas Exame tctil: quente

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Evitar: radiaes solares e solrios; fontes de calor; dietas picantes; sabes e exfoliantes; alcool; tabaco; Atendimento: leite, loao ou agua termal; secar sem dermoabrso; mascara hidratante; creme de dia protector; creme de noite com venotopicos.Dermofarmcia Cosmtica 44

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Qual o seu tipo de pele?coloque um leno de papel sobre o rosto, fazendo uma presso ligeira com as mos. Retire e observe: Se o papel ficar impregnado de gordura, a sua pele oleosa. Se os sinais de gordura forem insignificantes, o sua pele normal. Se no houver vestgios de gordura, a sua pele seca. Se as zonas gordurosas corresponderem zona T (testa, nariz e queixo), a sua pele mista.Dermofarmcia Cosmtica 47

OS ERROS MAIS COMUNS

Usar produtos no adaptados ao nosso tipo de pele. No limpar a pele noite Durante a noite, a pele intensifica os mecanismos de regenerao celular. Deixar os poros sujos e obstrudos toda a noite compromete esse processo de regenerao, favorecendo o envelhecimento precoce e o aparecimento de borbulhas e imperfeies.

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Soluo: Limpe a pele do rosto todos os dias antes de ir para a cama, retirar a maquilhagem e eliminar os resduos de sujidade e poluio acumulados ao longo do dia. De seguida, aplique o creme de noite, que favorece a reparao nocturna da pele. Esquecer o pescoo O pescoo tem uma pele to sensvel como a do rosto e, por conseguinte, igualmente sujeita a rugas, manchas e flacidez. Soluo: Aplicar no pescoo o mesmo creme que usa no rosto, estendendo a aplicao zona do decote, igualmente sensvel e exposta s agresses.Dermofarmcia Cosmtica 49

No tratar o contorno de olhos

O contorno dos olhos a zona mais frgil e sensvel do rosto e quase no produz colagnio, pelo que a falta de cuidados adequados faz com que seja a primeira zona a denunciar sinais de envelhecimento (olheiras, papos e rugas). Soluo: Use uma frmula especfica para esta zona. Aplique uma quantidade equivalente a um gro de arroz sobre a pele limpa, e espalhe com pequenos toques com a ponta do dedo anelar (sem esticar a pele), de dentro para fora. Aplique de manh e noite, antes do creme de rosto.

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2.5.1.Correlaes de elementos A pele da criana uma pele fina, frgil, sensvel, imatura, pouco protegida. Epiderme Se por um lado verdade que a camada crnea ligeiramente mais fina no recm-nascido do que no adulto, a epiderme viva no apresenta qualquer diferena em relao do adulto. No caso de prematuros, a epiderme no seu todo bastante mais fina, necessitando de cerca de 15 dias para alcanar o estado de maturao normal do recm-nascido.

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DermeAs diferenas morfolgicas so mais acentuadas do que na epiderme. A derme bastante mais fina no recm-nascido. As fibras de colagnio e elastina so finas e imaturas.

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2.5.2 Anexos da peleGlndulas Sudorparas O funcionamento destas glndulas imaturo na criana, verificando-se assim uma ausncia notvel de suor apcrino. O suor tem um papel importante na eliminao das toxinas, na termo-regulao e na lubrificao da superfcie cutnea. As glndulas sudorparas apcrinas esto em repouso at puberdade, o que explica a ausncia de cheiro de sudao.

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Glndulas Sebceas Esto activas durante a vida fetal, mas entram em repouso aps o nascimento. S so reactivadas na puberdade por aco hormonal. Desta forma, a pele do recm-nascido, gordurosa nos primeiros trs meses, torna-se seca, e por vezes, muito seca. A pele da criana apresenta, portanto, um dfice em sebo o que faz com que os riscos de desidratao, gretas e mesmo infeces, sejam mais frequentes do que no adulto. Devido ao seu dfice em sebo e em suor, a criana tem uma superfcie lipdica mais fina, menos resistente s agresses e mais permevel.Dermofarmcia Cosmtica 54

2.5.3 Particularidades funcionaisFuno de proteco mecnica Podemos dizer que a proteco mecnica to eficaz na criana como no adulto, visto que est ligada estrutura da epiderme viva apesar da coeso celular ser menor.

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Funo de proteco qumica e metablica A gua e o lcool penetram, de maneira idntica na pele do recm-nascido e do adulto, o mesmo no sucedendo com os cidos gordos, para os quais a pele do recm-nascido se revela muito mais permevel. Assim, preciso ser prudente com a aplicao de tpicos sobre a pele do beb, apesar dela parecer apta a defender-se.

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Espessura e qualidade da camada crnea O prematuro possui uma permeabilidade cutnea mais elevada do que o adulto

Fotoproteco a funo menos desenvolvida no recm-nascido. O nmero de melancitos elevado, mas h uma deficiente produo de melanina. A pele do recm-nascido s atinge a sua maturidade aos 2 anos.

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Funo de proteco trmica Assegurado pela sua prpria estrutura: sebo, camada crnea e tecido subcutneo que isolam a pele do calor e do frio. A pele da criana tal como no adulto assegura a sua termo-regulao, essencialmente atravs da secreo sudoral.

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Funo de proteco infecciosa As funes de proteco do estrato crneo, face infeco, existem desde o nascimento: sendo a renovao celular muito importante, pois permite lutar activamente contra as agresses microbianas, participando tambm nesta funo a pelcula hidrolipdica, o suor e o pH que, rapidamente, se torna cido.

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2.5.4.Higiene do bb

Limpar com suavidade e evitar um desenvolvimento importante da flora microbiana da pele. Moderao e utilizao exclusiva de produtos cuja tolerncia e inocuidade tenham sido demonstradas e apresentem respeito pelo equilbrio fisiolgico; Proteco mxima face s agresses;

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O beb dever tomar um banho dirio ( 37 ), com particular ateno para a lavagem eficaz das pregas e da zona da fralda; aconselhado o uso de sabonetes gordos ou de pains ou syndets, que no alcalinizam a gua do banho; A preveno das infeces, essencial no recmnascido, passa igualmente, pela cicatrizao do umbigo e por uma desinfeco adequada do mesmo, com um anti-sptico em soluo aquosa (clorohexidina).

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A lavagem frequente das mos e o corte regular das unhas. A muda da fralda frequente ( eritema das ndegas.) O rabinho deve ser limpo com um produto suave e gordo, de modo a respeitar o equilbrio fisiolgico cutneo com princpios activos calmantes e cicatrizantes (aveia, amndoas doces). passar com gua, e secar bem tendo em ateno as pregas, para que no fiquem hmidas. A posterior aplicao de um creme protector contendo xido de zinco permitir, isolar a epiderme das agresses.Dermofarmcia Cosmtica 62

A higiene do couro cabeludo do beb : Tendo em conta os cabelos finos e frgeis do beb, o champ a utilizar deve lavar sem ser agressivo para o seu cabelo e couro cabeludo.

Um champ, para ser bem adaptado ao beb, deve: - Uma fraca proporo de tensioactivos e suaves; - Um pH prximo do pH lacrimal, para no arder nos olhos; - Uma embalagem de prtica utilizao, de modo a facilitar o uso bem controlado do produto.Dermofarmcia Cosmtica 63

O papel da cosmtica de proteger e/ou embelezar a pele. Sabonetes: poucos detergentes, para no secarem a pele. Para evitar a secura, por vezes so adicionados leos ou substncias emolientes;

Pains ou syndets: que de sabonete s tm a aparncia. So constitudos por tensioactivos pouco agressivos, associados a adjuvantes gordos. Estes produtos so aconselhados igualmente para peles secas;

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Champs: no beb, prefervel usar tensioactivos suaves que tm melhor tolerncia e quando, por acidente, caem nos olhos no fazem chorar; Leites de limpeza: muito utilizados, so no entanto responsveis por 10% das alergias, quando existe predisposio familiar. Estas alergias so favorecidas por uma m utilizao do produto. Os leites de limpeza tm por fim substituir o sabonete e, sendo produtos de limpeza, devem ser imperativamente retirados com gua.

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guas de colnia- mesmo isentas de lcool so, por vezes, mal toleradas.Cremes gordos- permitem proteger a pele do vento, frio e sol.

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2.7.1.Eritema das fraldasA higiene to importante como a utilizao de produtos adequados, a lavagem e mudana frequente das fraldas podem resolver este problema da maneira mais simples evitando cuidados e tratamentos medicamentosos. Trata-se de um fenmeno de irritao cutnea e de inflamao da zona, traduzindo-se, este, por leses eritematosas. Os riscos de infeco, por vezes graves, so elevados.

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2.7.2 Tratamento Mudas de fralda repetidas Uma limpeza cuidadosa e suave aquando da mudana da fralda, com produtos perfeitamente adaptados; Reconstituio do manto hidrolipdico de superfcie, isolante, necessrio para manter a hidratao dos tecidos; Um aporte de princpios activos que favorece a queratinizao da epiderme. O uso de anti-spticos ser reservado aos eritemas das ndegas constitudos por leses hmidas com aparecimento de borbulhas

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2.7.3. Crosta lcteaMuito frequente no recm-nascido, a crosta do leite , no incio, o resultado da persistncia sobre o couro cabeludo do vernix caseosa (pelculas gordurosas que secam, em alguns dias e esfoliam frequentemente sob a forma de pequenas escamas). Frequentemente, aparece no couro cabeludo e no rabinho dando origem a uma dermite seborreica.

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Manifestaes clnicas dermite cobre o couro cabeludo como uma verdadeira carapaa, constituda por clulas descamadas, sebo e suor. As crostas espessas e gordurosas do origem a um eritema. Aglutinam os cabelos ainda saudveis, que viro a cair, formando uma alopcia mais ou menos difusa, mas nunca definitiva. O prurido est sempre ausente. Sem tratamento, as leses propagam-se ao rosto, invadindo as pestanas e plpebras, a nuca e o pescoo, podendo ainda generalizar-se. Contrariamente, se tratada precocemente, esta dermite do couro cabeludo no deixa qualquer marca

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2.7.3. Crosta lctea (cont.)Tratamento da crosta do leite

O principal ingrediente constituinte dos leos para bebs o leo mineral acompanhado de leos vegetais hidrfilos e emolientes. O leo deve apresentar caractersticas de fluidez e grande capacidade de espalhamento de forma a no ficar pegajoso ao toque.

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2.8.1 ALTERAES DA PELECom o passar do tempo a pele, torna-se fina e translcida, regenera-se mais devagar tornando-se propensa secura e ao prurido. As principais alteraes estruturais da pele incluem secura (aspereza), enrugamento, pigmentao.

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A caracterstica histolgica mais evidente e consistente o estreitamento da juno dermoepidrmica . A espessura real da epiderme, , provavelmente, constante ao longo da vida mas a derme atrofia, e a sua espessura pode diminuir cerca de 20% nas pessoas idosas. Isto contribui para que a pele dos idosos parea mais fina e translcida com o aparecimento das arterolas em certas zonas.

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2.8.1 Alteraes da pele (cont.)

Parece estar confirmada a relao entre a idade e a diminuio do nmero de melancitos enzimaticamente activos. Embora no seja conhecido se essas clulas desaparecem ou simplesmente se tornam inactivas, parando de produzir pigmento; a barreira protectora do organismo contra as radiaes U.V. fica diminuda. Igualmente diminui o nmero de clulas de langerhans .

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Diminuio da taxa de renovao das clulas, ou seja, a migrao da camada basal para o topo da epiderme vai sendo retardada. Enquanto nos jovens, as clulas epidrmicas renovam a cada 21 dias, dando pele jovem uma aparncia macia e fresca, a partir dos 35 anos este processo comea a levar o dobro do tempo e, progressivamente, torna-se mais lento a cada dcada da vida. Devido a este desacelerar, as clulas epidrmicas tendem a formar massas ou pequenos amontoados dando pele uma textura spera e aparncia escamosa. A melanina tambm forma conjuntos irregulares, produzindo um aspecto manchado, prprio da pele dos idosos.

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2.8.1 Alteraes da pele (cont.)

Este retardamento tambm se faz sentir no processo de cicatrizao. Outras funes esto igualmente afectadas como sejam a funo perceptiva, a produo de sudao crina e a produo de sebo cutneo, sendo escassos os casos de pele oleosa e acne nas pessoas idosas. Finalmente, a epiderme tem menos 7dihidrocolesterol o que leva a uma diminuio de vitamina D com possvel incidncia no equilbrio do clcio nos ossos (osteoporose)

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As alteraes patolgicas mais comuns da pele envelhecida:

anomalias de maturao na epiderme determinando uma superfcie irregular e ainda uma diminuio da funo barreira permitindo uma evaporao acelerada. A produo reduzida de sebo cutneo no se proceder formao da pelcula hidrolipdica que evita a perda de gua por perspirao percutnea.

xerose ou secura da pele- causada por

prurido.Dermofarmcia Cosmtica 78

queratose seborreica, hemangiomas , lentigo senelis, hiperplasia sebcea, queratose actnica e lentigo maligno que pode progredir para o melanoma.

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2.8.1 Alteraes da pele (cont.)plida, cor

marfim e terrosa em certas zonas.

A diminuio da espessura da epiderme( vasos superficiais). rdulas tornam-se mais profundas e as rugas de expresso proporcionam um aspecto mais carregado no rosto. O tecido cutneo torna-se menos elstico e acumula gorduras e secrees localizadas contribuindo para o aparecimento de papos suboculares e pregas no colo e pescoo.

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2.8.2 Diferenas entre a pele do homem e da mulher

As hormonas masculinas, mais importantes no homem que na mulher, so responsveis pelo desenvolvimento piloso e pela maior secreo de sebo cutneo donde resulta um pH mais baixo, ou seja, uma maior acidez na pele. Esta acidez e a maior espessura da camada crnea, leva a uma maior defesa em relao aos agentes externos e uma menor desidratao cutnea.

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Se a pele feminina envelhece progressivamente a partir dos 25 anos, a masculina parece estar mais defendida at aos 30. O envelhecimento produz-se mais ou menos rapidamente, consoante a carga gentica e ainda a actividade profissional de cada um e por etapas bem definidas.

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2.8.3. Tratamentos especficos Agresso SolarAs radiaes solares induzem o envelhecimento cutneo, aumentando a produo cutnea de formas agressivas de oxignio, os denominados radicais livres de oxignio, que produzem leses nas molculas do tecido de suporte e no ADN do ncleo celular.

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A derme , no entanto, pobre em caadores de radicais livres endgenos e enzimticos, pelo que se torna necessrio procurar travar o envelhecimento, fornecendo substncias exgenas. So os produtos anti-radicalares aqueles que ocupam um lugar de privilgio entre os produtos especficos na luta antienvelhecimento.

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2.8.3. Tratamentos especficos (cont.)

extractos biolgicos, extractos placentrios de origem animal ou vegetal com fito-hormonas, colagnio, elastina e outros princpios com aco biolgica mais profunda como sejam, o cido retinico e seus derivados, os -hidroxicidos, os cidos gordos essenciais.A carncia de cidos gordos tem como consequncia perturbaes de queratinizaoDermofarmcia Cosmtica 85

3.1 Conceito

Hidratao uma palavra que engloba um enorme espectro de significados e interpretaes, resumese ento existncia de gua na pele. Um estado de desidratao cutnea pode levar a: leso das propriedades plsticas do estrato crneo devido a uma alterao do cimento intercelular (ceramidas)o que provoca alteraes na permeabilidade transcutneaperturbao da descamao normal.Dermofarmcia Cosmtica 86

3.2 Origens da perda de guaOrigem endgena

A gua encaminhada desde a derme at superfcie cutnea atravs de uma difuso , a perspirao e uma perda sensvel constituda pelo suor (transpirao).

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Origem exgena

contacto com o meio ambiente, quando a atmosfera est com humidade elevada; cosmticos hidratantes . A pelcula hidrolipdica, uma emulso formada com o sebo cutneo e o suor misturados. Tem um papel fundamental na reduo da evaporao superficial da gua epidrmica. Esta propriedade varia com a idade e alguns estados fisiolgicos.

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3.3. Factores que favorecem a desidrataoo vento, as mudanas bruscas de temperatura, a exposio excessiva ao sol e ao ar seco

substncias qumicas: tensioactivos detergentes assim como os solventes orgnicos, eliminam os lpidos cutneos e, na sequncia so arrastados os factores hidrosolveis, suprimindo toda a possibilidade de fixao ou de reteno de gua pela camada crnea;

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certas doenas: Ictioses psorase dermatoses eczemas

alterao na camada crnea perturbam a hidratao, tornando-a incapaz de fixar e reter gua.Dermofarmcia Cosmtica 90

Para alm da perda das propriedades biomecnicas e biolgicas, a pele desidratada apresenta igualmente um problema esttico, pois o seu aspecto : bao, spero, sem elasticidade e com tendncia a descamar.

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3.4 Cuidados a ter para evitar a desidrataoEvitar exposies solares excessivas e sem proteco eficaz. Para impedir o envelhecimento precoce da pele com o aparecimento da xerose, fundamental a utilizao de produtos protectores solares So desaconselhveis os detergentes formulados com teores excessivos de tensioactivos aninicos ou, simplesmente, a utilizao de produtos de higiene demasiadamente desengordurantes;Dermofarmcia Cosmtica 92

loes tnicas com elevado grau alcolico, tanto pela sua aco desengordurante como pelo possvel efeito irritante; humectantes, como a glicerina, no devem ser utilizadas isoladas sobre a pele, pois o seu grande poder higroscpico tanto pode tirar a gua da atmosfera como da prpria epiderme. vaselina, quando utilizada quotidianamente, pode irritar a pele, tornando-a mais descamativa; Para a limpeza do rosto devero ser utilizados produtos suaves e o menos irritante possvel.

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3.5 Substncias com propriedades hidratantes:

Compostos higroscpicos constituintes do NMF (ureia); Humectantes (glicerina); Substncias com caractersticas oclusivas (vaselina, parafina) A hidratao e o restabelecimento do equilbrio biolgico conseguem-se recorrendo a produtos cosmticos adequados para o efeito.

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Dentro dos cremes mais aconselhados, evidenciam-se aqueles que apresentam um certo carcter oclusivo, emulses A/O, mais fceis de espalhar. Estes cremes formam uma pelcula suficientemente impermevel de forma a impedir a gua existente na camada crnea de se evaporar. S nesse contexto se devero usar substncias humectantes que recorrendo gua contida no creme fixa-a nos tecidos adjacentes, sem retirar a gua das camadas mais profundas. Para acompanhar este efeito hidratante so, por vezes, utilizadas substncias especficas com carcter emoliente que tanto podem ser lipfilas como hidrfilas, e ainda extractos com caractersticas suavizantes e refrescantes.

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4.1 Funo de cosmticoO cosmtico deve tratar a pele de maneira a prevenir a sua deteriorao e restabelecer o seu equilbrio fisiolgico quando este estiver sujeito a uma perturbao. O cosmtico deve, por isso, limpar, corrigir, proteger, embelezar a pele e seus anexos e evitar, ao mximo, o seu deterioramento com o envelhecimento.

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Agente de limpeza:

elimina impurezas de origem externa e tambm produtos de degradao e de descamao provenientes da prpria pele.

limpeza deve ser efectuada sem desengordurar em excesso, sem promover a alcalinizao e sem desnaturar as protenas cutneas. sabes de qualidade, detergentes sintticos pouco agressivos, cremes, leites e loes de limpeza.

Formas de apresentao

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Agente correctivo:Deve

4.1 Funo de cosmtico (cont.)

corrigir o estado da pele atravs de substncias que permitam restabelecer o equilbrio alterado. Agente protector:Proteger

a pele permitir que os agentes atmosfricos, vento, sol, no alterem o estado funcional da epiderme.radiaes solares levam a vasodilatao dos capilares superficiais que acabam em roscea (couperose), o espessamento da camada crnea, e a desidratao cutnea.AsDermofarmcia Cosmtica 98

O ventoevaporao

rpida da gua ao nvel da camada crnea levando, igualmente, desidratao superficial. A pele deve ser protegida pela permanncia de uma pelcula hidrolipdica suficientemente eficaz de forma a reter a humidade da pele.

Agente de decorao- realar a beleza ou

corrigir as deformidades e incorreces estticas

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4.2. Leites de limpezaabsorvem na sua fase oleosa as sujidades lipfilas e na sua fase hidrfila as sujidades hidrossolveis. Asseguram a limpeza ou retiram os produtos de maquilhagem. Um bom leite de limpeza: no dever nem ser irritante, nem sensibilizante, nem ser demasiado fludo, nem demasiado espesso, permitindo espalhar fcilmente, deixando a pele suave.Dermofarmcia Cosmtica 100

4.2.Leite de limpeza (cont.)

No dever conter um excesso de produtos untuosos Fase oleosa- constitui cerca de 20% do produto sendo os leos mais utilizados, o leo de vaselina fluida entre outros. Fase aquosa- representa 75% da sua composio total. A gua a utilizar deve ser desmineralizada e purificada. Podero ser adicionadas outras substncias como o glicerol. Emulsionantes, devero ser utilizados numa quantidade no superior a 5% e podero ser de origem natural ou sintticaDermofarmcia Cosmtica 101

4.2.1Como aplicar um leite de limpeza1. 2. 3.

O leite espalhado com a ponta dos dedos. Depois o excesso retirado com um algodo. Finalmente, indispensvel o enxaguamento com gua normal ou desmineralizada com uma loo tnica.

Com efeito, preciso entender que a presena do leite sobre a pele poder levar a situaes de intolerncia:

vermelhides, manchas.

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4.3.Cremes-Conservar ou tornar a pele mais suave e fresca; -Proteger a pele contra os maus tractos e agresses ambientais; -Fornecer pele substncias gordas e gua superficial; -Retardar a formao de rugas; -Limpar em profundidade a epiderme.No existe um creme para todos os tipos de pele, pois cada uma delas tem uma caracterstica especfica, que necessrio considerar respeitar, pois varia de indivduo para indivduo.

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4.3.1.Regras

de escolha de um creme cosmtico

*tipo de pele (evitar a aplicao de um creme oleoso em pele oleosa, mesmo aps limpeza adequada;) *as bases de maquilhagem no devem conter muitas substncias untuosas, sob pena de tornar a pele brilhante;

*pele seca necessita de um acrscimo de matrias gordas e nutritivas;*para suporte de maquilhagem ou p de arroz sero utilizados cremes semigordos.Dermofarmcia Cosmtica 104

4.3.2 Creme de dia-ser hidratante; -no irritar a pele; -ter um pH neutro ou ligeiramente cido. -poder ser espalhado com facilidade e ser bem absorvido pela epiderme sem deixar manchas brancas; -no deixar e pele com aspecto oleoso e brilhante; -deixar, aps a sua utilizao, uma leve pelcula que permita a aderncia da maquilhagem; -no ser oclusivo, permitindo a passagem do suor e o contacto com gases e vapor de gua;

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4.3.2. Creme de dia (cont.)-no oxidar e ter boa apresentao,

-ser lavvel com gua.

Aplicao do creme de diaLimpeza do rosto. 2.Aplicao do creme de dia1.

A sua aplicao ser efectuada em pequenas aplicaes repetidas, sem frico, mas com pequenos toques, com as pontas dos dedos, at haver a sua absoro total.Dermofarmcia Cosmtica 106

4.3.3. Cremes de noite-ter

composio semelhante, tanto quanto possvel, ao sebo cutneo; -deixar na superfcie da pele uma fina pelcula pouco permevel gua; -ser espalhado com facilidade e no dar sensao pegajosa; -no deve conter substncias irritantes; -ser bem absorvido pela pele; -ser neutro ou ligeiramente cido; -ser estvel e de conservao longa.Dermofarmcia Cosmtica 107

4.3.3.Cremes de noite (cont.)Os cremes gordos so aplicados noite. Os cremes destinam-se, de preferncia, as peles secas, peles que precisam de matria gorda, de forma a tornar o manto hidrolipdico mais estvel e evitar uma descamao exagerada. As pessoas com pele normal precisam de aplicar creme para reparar os danos provocados pela maquilhagem, e pelos vrios agressores fsicos e qumicos que actuaram durante o dia.

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Por vezes, existe a ideia de que, pelo facto da pele ser oleosa, deve utilizar-se, todas as noites loes alcolicas de teor elevado. Esse tratamento est totalmente contra indicado pois as loes adstringentes so irritantes tanto para as peles oleosas como para as secas, e fecham os poros provocando quistos fechados. A secreo exagerada de sebo cutneo deve ser tratada com cremes contendo excipientes lipfilos pois estes dissolvem o excesso de sebo, incorporando-o no prprio excipiente e permitindo retirar facilmente esse excesso atravs de um processo fsico.

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4.3.4.Matrias-primas especficas dos cremes

Vitaminas- teis para o tratamento da pele, pois podem penetrar e influenciar o metabolismo das clulas cutneas. A vitamina A (leo de fgado de bacalhau), isolada e incorporada na fase oleosa de cremes nutrientes. A vitamina E contribui para descongestionar a pele. Tem um papel importante como antioxidante nas matrias-primas oleosas. um importante inactivador dos radicais livres.Dermofarmcia Cosmtica 110

A vitamina B1 ou tiamina importante para a pigmentao e para o cabelo enfraquecido. A vitamina B6 utilizada em dermatoses de origem seborreica. A vitamina C absorvida pela pele e pela sua aco redutora utilizada em cremes despigmentantes.

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4.3.4.Matrias-primas especficas dos cremes

Geleia real- uma espcie de papaesbranquiada hidrossoluvel contendo cerca de 70% de gua, lpidos, cidos aminados, oligoelementos, vitaminas do grupo B e vitamina C. A geleia real aumento da irrigao sangunea. aplicao nos produtos para desenvolvimento dos seios anti-rugas.Dermofarmcia Cosmtica 112

5.1 Conceitos bsicosAs

glndulas sudorparas crinas so constitudas por um tubo simples e conduzem o suor directamente para a superfcie da pele.Por

outro lado, as glndulas sudorparas apcrinas esto sempre associadas a um folculo pilo-sebceo e conduzem o suor para o canal pilo-sebceo. S se desenvolvem a partir da puberdade.

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O suor exalado nas axilas sempre foi relacionado com o suor apcrino mas tambm existem glndulas crinas nas axilas. Os componentes responsveis pelo cheiro pungente do suor so substncias resultantes da degradao das substncias orgnicas existente em quantidade no suor apcrino.

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5.1 Conceitos bsicos (cont.)O suor constitudo por cerca de 99% de gua. Outros componentes so o cloreto de sdio e o cido lctico. No entanto, tambm foram caracterizados compostos nitrogenados, glicose, cidos gordos, elementos minerais e cido ascrbico. Os antitranspirantes tm como funo reduzir a transpirao. Esta reduo deve ser de tal forma que no bloqueie completamente a sudao natural.Dermofarmcia Cosmtica 116

Os desodorizantes so, por sua vez, constitudos por veculos contendo bactericidas e bacteriostticos. Ao limitar o desenvolvimento das bactrias superfcie da pele, estas no podem degradar os derivados proteicos do suor e, portanto, pode-se evitar o desenvolvimento de odor corporal.

As substncias humectantes, como a glicerina, so utilizadas para diminuir a evaporao do lcool.

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5.2.Formas de apresentao Loes:

Os antitranspirantes e desodorizantes lquidos, constitudos por solues aquosas de sais de alumnio, contm quantidade maior ou menor de etanol com a finalidade de favorecer a vaporizao e dissolver os perfumes. O glicerol, sorbitol permitem aumentar a viscosidade do preparado favorecendo a aderncia do produto aps a aplicao.

Os desodorizantes so solues hidro-alcolicas em que se solubilizou o princpio bactericida ou bacteriosttico e nas quais se adicionaram emolientes e tensioactivos para dissolver os perfumes.Dermofarmcia Cosmtica 118

Aerossis: So as formas mais populares, pois a

sua aplicao fcil e rpida. O gs propulsor deve ser estvel, por isso so utilizados os gases freon.

Roll-on: Os roll-on constituem uma forma de

embalagem para as solues lquidas muito viscosas. Estas solues so acondicionadas em frascos com tampa formada por uma esfera de plstico, que rola sobre a pele resultando na aplicao de uma fina pelcula do produto.

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Irritaes por desodorizante:

-reaces de fotosensibilizao eczematiformes das mos e do rosto com edema, sensao de queimadura e prurido; -reaces cutneas de irritao primria, pelos sais de alumnio e solventes; -fenmenos de irritao brnquica e pulmonar, provocados pelos aerossis e devido a substncias adstringentes, aos solventes, e em particular ao cloreto de metileno e perfumes.Dermofarmcia Cosmtica 120

6.1. Conceitos gerais

O cabelo uma formao epitelial crnea. O seu crescimento regular, cerca de 1/3 de mm por dia, seja 1cm por ms, ou ainda entre 10 a 15cm por ano. A durao da vida de um cabelo , em mdia, 6 anos. Pode ser considerado como uma fibra natural, elstica e muito resistente, mas difere das fibras vegetais ou sintticas pela presena de escamas que do origem sua aspereza e resistncia passagem do pente e que explica o empessamento da cabeleira.

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6.1. Conceitos gerais

O cabelo seco apresenta-se como um isolante, carregando-se facilmente pela electricidade esttica por simples frico. A cabeleira normal constituda por 100000 e 150000 cabelos desenvolvendo uma superfcie de aproximadamente 6m2.

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6.2 Alopcia

problema hormonal em que a testosterona, hormona masculina, o principal agente do processo que leva queda do cabelo. a predisposio gentica, deduzindo-se que a calvcie hereditria, e embora ainda no se tenha descoberto o gene que faz cair o cabelo, as pesquisas esto orientadas nesse sentido. As pessoas que sofrem de calvcie possuem genes que, em determinado momento, desencadeiam a formao de uma enzima (5--redutase), que em contacto com a testosterona presente no folculo piloso desencadeia a formao da dihidrotestosterona que faz regredir o folculo..Dermofarmcia Cosmtica 123

Sempre que nasce um cabelo e exista a presena desta hormona, este tem um desenvolvimento reduzido chegando com o tempo a uma situao em que a matriz pilosa perde a sua funo regeneradora do ciclo piloso.

a idade. Todos os homens e mulheres vo ficando com menos cabelo medida que envelhecem, mas os que sofrem de calvcie perdem mais cabelo numa idade mais jovem do que os outros.Dermofarmcia Cosmtica 124

6.3 Ciclo de vida do cabelo

O estudo da cabeleira est relacionado com o estado e nmero de cabelos existentes. O cabelo tem um tempo de vida que se considera em trs fases: - Fase anagnica: dura 5 a 8 anos cerca de 80% dos cabelos - Fase catagnica: dura cerca de 3 semanas cerca de 0.1% dos cabelos - Fase telognica: algumas semanas cerca de 15% dos cabelos

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A fase anagnica corresponde quela em que se deu origem ao cabelo e que se continua com o seu crescimento e maturidade. D-se a seguir uma fase de paragem em que o cabelo no se altera grandemente no seu aspecto. a fase catagnica. E logo se segue a degenerao progressiva do cabelo ou plo- fase telognica, enquanto se inicia na matriz o aparecimento do novo plo ou cabelo.Dermofarmcia Cosmtica 126

6.3 Ciclo de vida do cabelo (cont.)A queda anormal do cabelo pode dever-se a alguns factores: Lavagens demasiadamente frequentes, administrao da plula, queda ps-parto, queda por seborreia, queda aps caso febril. No podemos deixar de referir que uma queda diria de 50 a 100 cabelos absolutamente normal e no deve ser considerada alarmante ou preocupante.Dermofarmcia Cosmtica 127

6.4.Caspa

O couro cabeludo, tal como a pele, tem um ciclo de reproduo de clulas queratinizadas e mortas. A descamao pode ocorrer normalmente ou pode sofrer processos acelerados que levam a que seja considerada a situao de formao de caspa com inmeras pelculas mais ou menos espalhadas e visveis. Muitas vezes so confundidas as duas situaes especialmente quando for usado um champ inadequado que vai irritar o couro cabeludo e acelerar a proliferao epitelial. A caspa pode ser devida a um fungo, Pityrosporum ovale, ou a outras perturbaes do couro cabeludo como seja o eczema ou a psorase.Dermofarmcia Cosmtica 128

6.5. Tratamento capilar nas alopcias

Duas molculas em particular: a Finasterida e o Minoxidil. A finasterida bloqueia a 5--redutase do tipo II e o minoxidil aumenta a afluncia sangunea perifolicular e modifica as variaes de clcio intracelular nas clulas germinativas do couro cabeludo. O nmero de mitoses aumenta assim como os foliculares, resultando um incremento do dimetro do cabelo ficando mais vigoroso e mais firme. O resultado destes tratamentos s aparece, pelo menos, 3 meses aps o incio do mesmo

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6.6.ChampsFormas

de apresentao: lquida, gel ou creme e formulado a partir de substncias tensioactivas (molhantes, detergentes, formadores de espuma, emulsionantes). Principal funo do champ: a limpeza do couro cabeludo e cabelos. Funo complementar: tratamento do cabelo, na sua superfcie mediante substncias que se fixam nas fibras queratnicas, e, ainda, do couro cabeludo, quando este apresenta anomalias de funcionamento, especialmente no que toca s glndulas sebceas.

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As sujidades que devem ser eliminadas por um champ so constitudas por: corpos gordos, segregados pelas glndulas sebceas, restos queratnicos, derivados minerais ou orgnicos, poeiras depositadas, restos de produtos cosmticos diversos. Para lavar o cabelo preciso, portanto, retirar os produtos lipossolveis, os hidrossolveis e as partculas amorfas e apolares.

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7.1 BronzeadoTipos diferentes de pele reagem de forma diferente ao sol: uma pele branca, certamente mais frgil do que uma pele escura. Quando uma radiao solar atinge a pele, uma parte directamente reflectida e a outra parte penetra e absorvida.

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Bronzeamento Trata-se uma reaco de defesa do organismo. Os raios solares comportam-se como agressores em relao entidade biolgica e mais especificamente pele. A maior parte da radiao UV absorvida pelo estrato crneo. O eritema actnico provocado pelos UVB e as manifestaes que o caracterizam traduzem uma reaco inflamatria: vermelhido, dilatao dos vasos sanguneos e afluxo de sangue e aumento da temperatura local. O segundo efeito das radiaes actnicas sobre a pele o bronzeamento, ou melhor, o escurecimento da epiderme devido ao aparecimento de uma pigmentao.

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7.2 FototiposCor da Pele A cor da pele consequncia da variedade de pigmentos, entre os quais, e melanina o mais importante. A sua percentagem na epiderme determina a variedade das raas, como os seus tipos de pele e de cabelo. Os melancitos so responsveis pela produo do pigmento melnico.

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Fototipos do conhecimento comum de que existem vrios tipos de pele apresentando uma maior ou menor resistncia agresso solar. Classificam-se em cinco fototipos: Fototipo I- pele muito clara, difcil bronzear, cabelos ruivos, sardas Fototipo II- pele clara, cabelos loiros, difcil bronzear Fototipo III- pele no muito clara, bronzeamento no muito difcil Fototipo IV- pele morena Fototipo V- pele muito morenaDermofarmcia Cosmtica 135

7.3.Fotoproteco

A fotoproteco conseguida pela aplicao de produtos cosmticos na pele exposta. Poder ser efectuada, particularmente nos indivduos sujeitos a fotodermatoses, pela ingesto de certos medicamentos. Os produtos tpicos contm filtros solares eventualmente associados a substncias opacas incorporados em diversas formas galnicas, por vezes enriquecidas com substncias que ajudam a lutar contra o envelhecimento da pele: vitamina A, E e F, sebo reconstitudo.Dermofarmcia Cosmtica 136

7.3. Fotoproteco (cont.)Os filtros solares so, essencialmente, constitudos por molculas obtidas por snteses que, quando colocadas superfcie da pele podem absorver certos fotes. Desta forma, a energia de radiao no atinge os tecidos subjacentes onde iria provocar efeitos nocivos.

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So utilizados dois tipos de filtros: os filtros de espectro estreito, que s absorvem na zona dos UVB eritematosos; no impedem, no entanto a pigmentao imediata. A maioria destes filtros no inibe as reaces de fotossensibilizao. os filtros de espectro largo, que podem absorver as radiaes UVB e UVA. So filtros de uma nova gerao de alta proteco com uma perspectiva de proteco em relao s fotodermatoses e ainda na preveno da senescncia cutnea e da fotocarcinognese.Dermofarmcia Cosmtica 138

7.3. Fotoproteco (cont.)

Ecrans totais So constitudos por substncias opacas, inertes que asseguram a fotoproteco devido sua forte opacidade e grande poder de reflexo da radiao, impedindo, desta forma, a sua absoro pela pele. As substncias utilizadas so, preferencialmente, o dixido de titnio, o xido de zinco e o talco.Dermofarmcia Cosmtica 139

8.1. Conceito

A reserva de gorduras surge no Homem ao 5 ms do desenvolvimento intra-uterino tornando-se mximo ao 8 ms. As clulas adiposas esto dispersas em todas as regies do organismo mas com preferncia de acumulao para algumas zonas do organismo, nomeadamente a parte subcutnea, hipoderme, tecido retro peritonial.

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No homem, as reservas de gordura so duas vezes menores do que na mulher, situando-se mais especificamente na parte superior e particularmente no pescoo, superfcie deltide e baixo ventre. Na mulher, a acumulao de gorduras fazse mais na zona inferior do corpo, com localizaes tpicas como sejam, as coxas, o ventre, a plvis e a parte anterior da face interna do joelhoDermofarmcia Cosmtica 141

8.2. Histologia da clula adiposa

uma clula com forma esfrica, volumosa. Os lpidos constituintes so quase exclusivamente constitudos por triglicerdeos. Estes adipcitos assentam sobre uma estrutura de tecido conjuntivo constitudo por fibras elsticas e colagnicas. No estado normal, o tecido drmico contm adipcitos para alm do tecido conjuntivo, capilar e tecido nervoso.

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Este tecido subcutneo sofre uma modificao, devido a alterao das paredes dos capilares sanguneos, acompanhada pela formao microectasis (dilatao dos vasos sanguneos) e de fenmenos de estase (estagnao) sangunea. Segue-se uma transexsudao plasmtica pericapilar (o plasma sai dos capilares, que separa os adipcitos e cria uma aglomerao, agrupando-os em ilhus. Alm disso, desenvolvem-se feixes de fibrilhas de colagnio, que se espessam progressivamente e rodeiam os ilhus at formarem uma espcie de cpsulas contendo os adipcitos a que se d o nome de microndulosDermofarmcia Cosmtica 143

8.2. Histologia da clula adiposa (cont.)

Os prprios microndulos agrupados que determinam o aspecto caracterstico da pele irregular denominada genericamente por casca de laranja. Uma maneira prtica de distinguir a situao de obesidade e uma situao celultica consiste em fazer uma prega do tecido cutneo. No primeiro caso, a prega lisa e contnua enquanto no caso de uma situao celultica, o aspecto irregular com o aparecimento visvel de ndulos. Ainda se faz sentir um estado doloroso que no acontece na obesidade, devido aos ndulos endurecidos pressionarem as terminaes nervosas.Dermofarmcia Cosmtica 144

Localizao das zonas celulticas

Todas as regies do organismo podem ser afectadas pela celulite, mas existem zonas preferenciais como sejam, nomeadamente nas mulheres, as ancas, coxas, joelhos e ainda em menor extenso, pernas, abdmen, braos.

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8.3.Factores

Hereditrios- cerca de 70% dos casos de obesidade constatados na primeira infncia, ou o facto de ter um progenitor obeso so razo para o aparecimento da celulite. Hormonais- as hormonas, e em especial as sexuais, intervm no metabolismo lipdico e na distribuio da gordura no organismo. Quando existe um desequilbrio hormonal: puberdade, ps-parto, menopausa ou em tratamentos antigravidez com a plula. Neurovegetativos- nervosismo, pessoas emotivas, com situao de desequilbrio psquico em que h correlao entre o sistema nervoso e hormonal.Dermofarmcia Cosmtica 146

tnicos- predisposio de certas populaes aliado a hbitos de vida e de alimentao. A celulite se instala frequentemente, no respeitando idades e locais. Dados os meios colocados ao dispor das pessoas afectadas por esta disfuno, poderemos contar com um conjunto enorme de produtos cosmticos. Os resultados podero eventualmente no ser espectaculares, mas, no entanto, vo oferecer alguns aspectos visveis acompanhados de uma melhoria geral do estado da pele, especialmente na hidratao.Dermofarmcia Cosmtica 147

9.1 AGENTES DERMATOLGICOS emolientes gordos so substncias oleosas ou gordas suaves, que suavizam ou acalmam a pele irritada ou as membranas mucosas tornando -as mais flexveis. A sua aco alcanada principalmente pela reteno da humidade na pele. Os emolientes so teis em peles ou lbios secos e gretados, leses mais crnicas, ligadas situao de desidratao epidrmica e suas consequncias. emolientes hidrfilos tm como funo levar gua epiderme, agindo assim de uma maneira mais directa. Normalmente, so constitudos por extractos aquosos ou glicerlidos que lubrificam e hidratam a pele tornando a epiderme mais suave e elstica. Estes emolientes so utilizados topicamente para acalmar a pele e membranas mucosas irritadas e desgastadas.

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formam uma pelcula fina na pele e so usados para proteger as superfcies lesadas ou irritadas por uma secagem excessiva. A pelcula, que se forma aps aplicao, promove a cicatrizao da pele lesada sem a formao de crosta. Como exemplo destes protectores temos: pasta de xido de zinco, coldio elstico e preparaes solares que actuam como escudo ou barreira penetrao das radiaes solares. Os absorventes protegem a pele, retendo a humidade

protectores e absorventes so agentes que

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Os antipruriginosos diminuem o prurido da pele ou da membrana mucosa. Uma das complicaes comuns do prurido a infeco bacteriana secundria. Os anti-infecciosos so agentes que matam ou inibem o crescimento de microorganismos quando aplicados localmente. Subdivididos em desinfectantes ou germicidas (agentes que matam microorganismos), bactericidas (agentes que matam bactrias), bacteriostticos (agentes que inibem o crescimento das bactrias) e anti-septicos (agentes que matam ou inibem o crescimento de microorganismos). Estes tipos de agentes incluem os antibacterianos (neomicina, bacitracina, sulfato de polimixina B) e os antifngicos (cetoconazol).Dermofarmcia Cosmtica 15 0

Os agentes antiparasitrios matam parasitrios, tais como os agentes da escabiose, pediculose e caros. Os produtos anti-acne so empregues no tratamento da acne vulgaris e normalmente usados para remover o excesso de queratina, reduzir a acumulao sebcea na pele, e diminuir a contaminao bacteriana que pode causar inflamao e infeco secundria (perxido de benzolo, cido saliclico, resorcina, acido retinoico.)Dermofarmcia Cosmtica 151

As substncias adstringentes reduzem a inflamao, actuando como precipitantes proteicos. Esta aco resulta da contraco da pele entumecida e das membranas mucosas e na diminuio da permeabilidade capilar. As substncias adstringentes podem ser utilizadas como antitranspirantes e em lpis hemostticos que so utilizados para parar a hemorragia em peles lesadas. Exemplos: sais de zinco, alumnio, ferro e bismuto. As substncias causticas e corrosivas so agentes usados topicamente para destruir e remover tecidos indesejveis. Exemplos: dixido de carbono slido (gelo seco), azoto lquido, podofilino, cido actico e cido tricloroactico.

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Os agentes de limpeza so usados para limpar a superfcie da pele, principalmente para remover o excesso de sebo. Os sabes mais comuns so os sais de sdio e potssio de cidos gordos que produzem um pH alcalino com a gua. Porque este pH irritante para a pele inflamada, estes sabes so, normalmente, misturados com detergentes no irritantes de forma a produzir solues menos alcalinas. Alguns sabes contm agentes antibacterianos e so utilizados no tratamento do acne pois tm uma funo ligeiramente esfoliante. Os champs so constitudos principalmente por detergentes lquidos e tambm, por vezes, agentes medicamentosos para o tratamento da caspa ou outros problemas.

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Os revulsivos e rubefacientes so utilizados para promover a vasodilatao superficial e uma estimulao moderada das terminaes nervosas superficiais que resultam numa sensao de calor e conforto seguidas de um alvio sintomticos temporrio da dor muscular profunda. Os queratolticos obrigam a queratina do estrato crneo a aumentar de volume, a amolecer e descamar a uma velocidade superior ao que acontece normalmente.15 4

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9.2 CAUSAS DE DOENAS DA PELEA pele pode sofrer factores de ordem vria para desenvolver doena. Desenvolver-se- cada um deles de forma a que se possa compreender os problemas que advm da.

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abraso ocorre como resultado de uma frico e remove a epiderme e parte da derme. Se estes factores fsicos no forem eliminados o estrato crneo torna-se fino e pode formar uma massa crnea (calosidade) no local da frico ou abraso (p quando se usa calado inadequado). A equimose uma afeco na qual os vasos sanguneos subcutneos e da derme rompem e a pele intacta torna-se corada de vermelho e vai escurecendo. Os raios UV so irritantes para a pele e olhos. A exposio excessiva a estas radiaes pode resultar em queimadura.

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Dependendo do tempo de exposio, a afeco pode variar entre a inflamao moderada at ao aparecimento de bolhas (flictemas). Se a queimadura extensa, podem ocorrer reaces sistmicas tais como fraqueza, cefaleia, tontura e nusea. O pico ocorre, normalmente, 12 horas aps a exposio e desaparecem gradualmente. A exposio a este tipo de radiao, repetida, causa um aumento da pigmentao assim como da espessura da camada crnea da pele.

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As leses trmicas so classificadas de acordo com a sua profundidade anatmica e extenso da leso. A profundidade refere-se ao grau de queimadura. As de 1 grau caracterizam-se por uma inflamao superficial da epiderme. Nas queimaduras de 2 grau a epiderme e parte da derme necrosada. Segue-se o aparecimento de bolhas e a pele regenera-se sem cicatriz, no entanto, pode aparecer uma pigmentao irregular. Por ltimo, as de 3 grau tm como resultado a destruio da epiderme e da derme. Curam-se lentamente e deixam, sempre, cicatriz.

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A leso pelo frio pode resultar em intumescimento da derme e em tromboses de pequenos vasos. Aps o enregelamento, a pele fica avermelhada, inchada, mole e susceptvel de ulcerar e infectar. A leso elctrica faz lembrar uma queimadura de 3 grau. Adicionalmente, a corrente elctrica pode causar necrose das estruturas subcutneas tais como nervos e msculos. O choque elctrico causa morte por paragem respiratria e causa fibrilhao ventricular.

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Factores Qumicos Podem ocorrer dermatites aps contacto com um irritante primrio (irrita qualquer pele: (cidos, bases) ou irritante sensibilizador (irrita a pele de um indivduo que lhe alrgico). causadas por: Agentes de limpeza: sabes, detergentes Cosmticos: vernizes para unhas, endurecedores de unhas, certos cremes, sombras, batons Acabamento de txteis: tintas Medicamentos: anestsicos tpicos, antibiticos Metais: nquel, mercrio e compostos de crmio Irritantes animais ou vegetais: hera venenosa, penas, l

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Infeces Virais- as mais comuns so: herpes, varola, varicela, sarampo e verrugas. Infeces Bacterianas- so, normalmente, causadas por streptococos beta-hemolticos. Infeces Fngicas- Dos muitos gneros e espcies de fungos, s muito poucos causam infeces superficiais. Os microorganismos geralmente invadem o estrato crneo e podem penetrar na epiderme ou na derme causando inflamao e induzindo sensibilidade aos seus produtos biolgicos antignicos. Aps se abrigarem no estrato crneo transmitem doenas por contacto em chuveiros, piscinas, barbearias.

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Insectos- As picadas de insectos podem provocar reaces com uma potncia de irritao moderada, urticria, inchao, at reaces sistmicas e inclusive choque anafilctico (abelha). Tumores- Os tumores da pele so comuns entre os adultos. O diagnstico e tratamento mais fcil do que para os internos. Alguns deles podem ser diagnosticados pelo simples exame clnico enquanto que os outros necessitam de exames patolgicos.Dermofarmcia Cosmtica 162

9.3 DOENAS DA PELE MAIS COMUNS P de atleta (Tinea pedis)

Infeco fngica superficial que afecta a superfcie da pele do p. causada pelo Trichophyton mentagrophytes que habitualmente invadem a camada morta da pele, nomeadamente o estrato crneo.

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Os sintomas consistem em fendas na superfcie crnea, vermelhido, macerao, vesculas entre os dedos causando comicho e sensao de queimadura intensas. A forma aguda do p de atleta caracteriza-se por leses inflamatrias exsudativas enquanto que as formas sub-aguda e crnica se caracterizam por uma pele escamosa seca. Os balnerios e os chuveiros pblicos constituem fontes desta doena. A sudao e humidade excessiva entre os dedos agravam a situao.Dermofarmcia Cosmtica 164

As medidas utilizadas para controlo do p de atleta consistem numa higiene pessoal adequada, secagem cuidada dos ps e entre os dedos aps o chuveiro ou a natao e pulverizar os ps, meias e sapatos com ps anti fngicos. As teraputicas tpicas contendo cido benzico, saliclico, resolcinol, entre outros so eficazes no controlo do mesmo.

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Dermatite Atpica Inflamao superficial, crnica e recorrente da pele. Pode acompanhar outras manifestaes tais como a febre do feno, urticria e asma. A dermatite atpica sempre acompanhada por uma comicho intensa. A escoriao e a cicatriz so consequncias da vermelhido e do prurido devido ao acto de coar. Ocorre frequentemente complicao como o herpes simplex e a infeco bacteriana que agravam a situao. Geralmente, a dermatite atpica desaparece no homem por volta dos 20 anos de idade. As substncias emolientes, adstringentes e os antipruriginosos so teis mas a teraputica tpica mais eficaz constituda por corticoesteroides tpicos.

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Dermatite de Contacto (Dermatitis venenatia)

Inflamao aguda ou crnica da pele. causada por: contacto com substncias que produzem inflamao em qualquer tipo de pele, se aplicadas em quantidade suficiente (irritantes primrios) e por contacto com substncias que podem causar sensibilidade alrgica atravs da exposio continuada (irritante sensibilizadora).

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Calos e Calosidades Os calos so leses hiperqueratinizadas crnicas que se estendem at derme e comprimem internamente as terminaes nervosas causando dor e irritao, so de 2 tipos: duros e moles. Os calos duros encontram-se normalmente em superfcies expostas, enquanto que os moles localizam-se entre os dedos e mantm-se moles devido ao suor e humidade. Os calos resultam da presso dos sapatos apertados ou incorrectamente adaptados. As calosidades so espessamentos da pele devido frico, presso ou trauma repetido. A retirada do(s) factor(es) causador(es) constitui a principal medida que deve ser tomada para garantir a eliminao destas condies. O uso de queratolticos, custicos e emolientes diminui a evoluo dos calos e calosidades.Dermofarmcia Cosmtica 171

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Eczema- descreve condies inflamatrias agudas ou crnicas com uma combinao das seguintes condies: eritema, prurido, vesculas, infiltrao, pstulas, escaras, crostas, edema, superfcies aguadas ou exsudadas. Estes sintomas podem ser controlados utilizando emolientes, preparaes contendo alcatro, queratolticos ou agentes antiinflamatrios

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Furnculos Ndulos inflamatrios agudos ou pstulas salientes na pele causados por estafilococos que penetram na pele atravs dos folculos pilosos ou glndulas sudorparas. A rea afectada mole e dolorosa ao toque. Aps a maturao, as leses rompem-se e libertam o ncleo central constitudo por tecido necrosado e pus. Os furnculos podem aparecer em qualquer parte do corpo, mas mais frequentemente no pescoo, axila, face e ndegas. O tratamento envolve a aplicao de compressas anti-spticas, quentes e hmidas na rea afectada.Dermofarmcia Cosmtica 175

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Compressas quentes e a pomada de ictiol podem acelerar a maturidade dos furnculos, que podem, ento, ser abertos e drenados. Para prevenir o seu alastrar nas zonas vizinhas preciso aplicar um anti-sptico na rea afectada. Um sabo bacteriosttico benfico. A existncia de muitos furnculos requer normalmente a toma de um antibitico sistmico de largo espectro.

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Herpes simplex

Infeco viral aguda da pele e das membranas mucosas caracterizada pelo desenvolvimento de vesculas, aparecendo principalmente em agrupamentos numa base eritematosa. As vesculas esto cheias de lquido e tm uma pequena tendncia para romperem. Aparecem mais frequentemente nos bordos dos lbios, narinas, conjuntiva e rgos genitais.

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Antes do aparecimento das vesculas, no local da infeco ocorre comicho e congesto. Caso no sejam agredidas, as vesculas podem persistir por uns dias, ento coalescem e encrostam formando uma crosta que seca e normalmente cai. A recuperao deve dar-se entre os dez e os catorze dias aps o aparecimento das vesculasDermofarmcia Cosmtica 179

Pediculose

Infestao da pele e do cabelo com piolhos. O piolho parasita o Homem e alimenta-se exclusivamente de sangue. A picada avermelhada com uma perfurao central rodeada por um eritema que pequeno, antes da vtima desenvolver sensibilidade, mas larga naqueles que so alrgicos picada. O prurido intenso e a consequente comicho resulta em escoriao.

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Os piolhos que atacam o homem so de trs tipos: piolhos da cabea, do corpo, e da regio pbica. Estes parasitas podem ser controlados pelo tratamento da rea infestada com preparaes contendo lindano. Para garantir a eliminao completa dos piolhos aconselha-se dois tratamentos com uma semana de intervalo.Dermofarmcia Cosmtica 181

Psorase Doena inflamatria recorrente da pele de diferentes variedades, caracterizada pelo desenvolvimento de placas finas , redondas e vermelhas cobertas por escamas irregulares prateadas e acompanhadas de prurido ligeiro e moderado. As localizaes mais comuns so os ombros, joelhos, couro cabeludo e reas pbicas. comum entre os adultos jovens mas pode ocorrer em qualquer idade. A utilizao de emolientes, queratolticos, preparaes com alcatro e corticosteroides til e pode atrasar o desenvolvimento da doena por semanas.

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Escabiose (sarna) Infeco contagiosa da pele causada por um caro Sarcopes scabei. A inflamao elevada e o prurido intolervel tipicamente pior durante a noite. O coar resulta normalmente em vesiculoppulas escoriadas.

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As partes do corpo normalmente mais afectadas so as mos, especialmente entre os dedos, o pulso, axila, tronco e zonas genitais. Na criana a face, o couro cabeludo, as palmas das mos e plantas dos ps podem ser envolvidas. A escabiose pode ser, tratada utilizando uma emulso de benzoato de benzilo a 25%. O doente deve tomar um banho quente durante o qual as reas afectadas devem ser limpas. Aplica-se, ento, a emulso em todo o corpo.Dermofarmcia Cosmtica 185

Dermatite Seborreica Doena inflamatria aguda ou sub-aguda da pele, caracterizada por leses arredondadas ou irregulares cobertas por escamas gordurosas amarelas. A sua etiologia desconhecida, mas crse que devida a alteraes do funcionamento das glndulas sebceas. Na sua forma mais simples aparece como caspa, mas em casos graves envolve o couro cabeludo, o contorno do couro cabeludo, a testa, as sobrancelhas, as pregas naso-labiais e o pescoo.Dermofarmcia Cosmtica 186

As preparaes tpicas contendo queratolticos e derivados do alcatro so eficazes no controlo. Se o couro cabeludo est envolvido recomenda-se a utilizao de champ com sulfureto de selnio. Em certos casos as preparaes com corticosterides podem ser indicadas.

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Vitiligo

Doena da pele acompanhada por uma irregular presena do pigmento melnico. Nos estdios iniciais da doena aparecem manchas brancas no corpo que gradualmente aumentam. Para alm da despigmentao da rea afectada, a pele mantmse normal. A causa do vitiligo desconhecida. No existe tratamento eficaz para esta doena que pode persistir por toda a vida.

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No havendo tratamento, procura-se evitar a sua evidncia omitindo a exposio solar, logo recorrendo a protectores solares que evitem o escurecimento da pele envolvente e o respectivo contraste de cores. A utilizao de cosmticos corados nas zonas afectadas tambm pode ser uma maneira de camuflar a despigmentao local.Dermofarmcia Cosmtica 190

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Verrugas Crescimentos benignos planos ou elevados circunscritos da pele devido a vrus. So contagiosas e podem ser transmitidas por contacto directo ou mediado. O perodo de incubao pode oscilar desde as quatro semanas a alguns meses. As verrugas so de diferentes tipos e podem afectar qualquer parte da superfcie corporal. No entanto, aparecem principalmente nas costas das mos, ps, face. No existe tratamento eficaz. Podem desaparecer espontaneamente aps o uso de queratolticos moderados ou podem persistir mesmo aps o tratamento mais vigoroso. Na maioria dos casos so tratadas usando cido saliclico.

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Acne juvenilA Acne Vulgaris uma inflamao crnica do aparelho pilo-sebceo da pele, acompanhada pela formao de comedes, ppulas e pstulas. uma alterao dermatolgica muito comum e, normalmente, envolve a face, o pescoo, as costas e o peito. A acne vulgar na puberdade podendo persistir at aos 25 anos ou mais.

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A causa principal est atribuda ao aumento da produo de hormonas andrognicas que por sua vez aumentam a actividade das glndulas sebceas. O sebo mistura-se com a queratina existente na superfcie do estrato crneo formando tampes de queratina que se tornam em pontos negros.

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Se a glndula sebcea for bloqueada e infectada formam-se pstulas. Aps cicatrizao destas leses podem aparecer cicatrizes. Quando as glndulas sebceas se enchem de queratina aparece uma irritao na forma de ppulas vermelhas. Outros factores contribuintes so: o clima, menstruao, deficincias vitamnicas, higiene pessoal inadequada, infeces secundrias e estado geral de sade.Dermofarmcia Cosmtica 195

As principais medidas preventivas para controlo do acne incluem: o uso de preparaes capazes de remover o sebo e os rolhes de queratina, e atravs de lavagens frequentes das reas afectadas com sabo ou com produtos de higiene adequados para o efeito. Nos casos mais graves, pode ser indicada pelo mdico dermatologista, a utilizao de antibiticos sistmicos ou de isotretinoina em comprimidos. Pelo facto desta ser teratognica, no deve ser usada em mulheres grvidas ou que tencionem engravidar.

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Teraputica da acne A combinao de certos produtos tpicos que produzem descamao como o cido saliclico so o tratamento de eleio. No entanto a antibioterapia s se deve iniciar quando os tratamentos tpicos no forem eficazes. A manuteno de uma boa higiene nas reas afectadas ajuda a melhorar o aspecto. No se deve eliminar de forma radical o manto hidrolipdico pois prejudicial. O sol, ou na sua ausncia uma lmpada de U.V., costuma produzir melhorias aparentemente que podem degenerar mais tarde em situaes difceis devido ao aumento da espessura da camada crnea e inerente dificuldade em abrir os quistos, ento, formados

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