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Parlamentares não prestam contasMuitos deputados minerios trabalham pouco, gastam muito e continuam a receber, integralmente, os salários

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Editora de Arte

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Primeiro passo para revitalizar trecho de avenida

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O GLOBO - p. 16 - 09.11.2010

Pedro Ferreira Uma carta endereçada ao Ministério Público por Dayan-

ne Rodrigues, ex-mulher do goleiro Bruno Fernandes, acusa Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, de ter planejado matar também o filho da modelo Eliza Samudio, ex-amante do atleta. A carta foi remetida ao promotor de Justiça Gusta-vo Fantini em setembro, mas só ontem a autoria foi confir-mada por Dayanne, a primeira dos nove acusados a ser ouvi-da pela Justiça sobre o sumiço e suposta morte da modelo.

O texto foi lido pela juíza Marixa Fabiane Lopes Ro-drigues, de Contagem. Dayanne confirmou que Sérgio Rosa Sales teria afirmado a intenção de Macarrão de eliminar o bebê, que completa nove meses amanhã. “Ter cuidado da criança foi meu erro mais acertado”, afirmou a ex-mulher de Bruno. Dayanne assumiu a autoria da carta e reafirmou que não tinha a intenção de esconder o filho de Eliza e que tomou conta dele a pedido do ex-marido.

No depoimento de cinco horas, revelou que viu Eliza pela última vez em 10 de junho. Por volta das 19h30, se-gundo ela, Eliza foi levada por Macarrão e pelo adolescente, num EcoSport. Conta ter saído de carro para acompanhar uma amiga ao médico e retornado às 21h. Cinco minutos depois, Macarrão e o adolescente voltaram só com o bebê. O

menor estaria assustado. Bruno teria lhe dito que Eliza tinha viajado a São Paulo, para buscar roupas. Dayanne conta ter sentido, em seguida, cheiro de queimado. Bruno teria dito que havia ateado fogo ao lixo nos fundos da casa. Depois, a polícia apurou que era a mala com pertences de Eliza. pREsA EM JUnHO

Dayanne foi presa em 26 de junho, tentando esconder o bebê, a pedido de Macarrão. Libertada no mesmo dia, afirma ter ido para a casa da avó de Bruno, onde encontrou o primo do goleiro. “Sérgio me disse que, se não tivesse cuidado do bebê, ele também seria morto, pois a intenção do Macarrão era matar mãe e filho”, explicou. Relatou ter entregue o bebê a Wemerson Marques e Flávio Caetano, depois de receber um telefonema de Macarrão, que estava no Rio. Ele teria dito a ela que a Polícia Civil já estava em seu encalço e que a criança jamais poderia ser encontrada no sítio do goleiro.

O promotor Gustavo Fantini disse que esperou o depoimento da ré para confirmar se a carta era realmente dela, para anexar ao processo. Outro motivo seria o de evitar eventuais pressões. Para o advogado Antônio Francisco Pa-tente, contratado pela mãe de Eliza, Sônia de Fátima Moura, a carta reforçaria a autoria do crime, atribuído a Macarrão, Bruno e ao ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o

EstADO DO DE MInAs - p. 26 - 09.11.2010 caso Bruno

Dayanne: bebê seria mortoEx-mulher do goleiro revela que Macarrão, braço direito do atleta, planejava executar a

criança, pivô da briga com a ex-modelo Eliza Samudio. Carta descreve suposto plano

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Pedro Ferreira O depoimento de Dayanne, prestado à polícia, foi lido

por uma escrivã e pela juíza. A presa confirmou o que havia dito antes, mas discordou da parte onde teria afirmado que Eliza estaria morta. “Apenas respondi a uma pergunta da polícia. Qualquer ser humano que é estrangulado, picado e dado para os cachorros não pode estar vivo”, declarou.

À polícia Dayanne conta que o conheceu quando tinha 12 anos, e ele, 14, no Bairro Santa Matilde, em Ribeirão das Neves. Logo teriam começado a namorar. Bruno guardava traumas do pai, assassinado pela polícia, segundo Dayanne, e da mãe, que o abandonou ainda criança. “Bruno nunca se envolveu com drogas, só com más companhias”, disse.

Dayanne abordou as traições do ex-marido, o caso amo-roso dele com Eliza Samudio e a gravidez da amante. “Eu quis saber dele a verdade e ele me disse que Eliza era uma garota de programa e queria somente se aproveitar dele”, afirma Dayanne.

O relacionamento com Bruno passou a ser conturbado e ela disse ter parado de reclamar, tendo ido morar sozinha,

por determinação dele, e que passou a se dedicar às duas filhas do casal. Em 22 de abril, Dayanne conta que ficou sabendo do namoro de Bruno com a dentista Ingrid. Ele ne-gou, mas teria dito a ela que seguisse a sua vida e procuras-se outro homem que lhe desse valor. O namoro de Bruno e Ingrid se tornou público. Bruno continuou pagando todas as contas de Dayanne. Ontem, Dayanne afirmou que não consi-dera Bruno violento e que, na maioria das vezes, ela é quem partia para cima dele e ele se defendia, “por não aceitar tapa na cara”.

Após Dayanne, o administrador do sítio de Bruno, Ele-nílson Vítor da Silva, em quatro horas de depoimento, entrou em contradição com a versão à polícia no que se refere ao primeiro momento que teria avistado Eliza. Disse que teria sido agredido com tapas pelo policial Marcelo da Mata. Ele-nílson afirmou não ter percebido sinal de que Eliza estaria em cárcere privado.

Os depoimentos dos réus prosseguem hoje. Ontem, além de Dayanne e Elenílson, foram levados ao fórum Flá-vio, Wemerson e Sérgio.

Bola, que teria estrangulado e esquartejado Eliza. O advogado de Macarrão, Wasley César de Vasconce-

los, vê a carta como estratégia legítima de autodefesa, mas a classifica como “telefone sem fio”, pois as acusações de Dayanne teriam sido repassadas a ela por terceiros.

O defensor acredita que a carta foi escrita com a orien-tação de Francisco Simim, defensor de Dayanne. Dayanne contou que chegou ao sítio do ex-marido às 15h de 4 de junho, uma sexta-feira, passou o sábado e, no domingo, foi para a casa da avó do goleiro. Ela diz ter retornado às 11h de 9 de junho, quarta-feira, mas Bruno chegou a tentar im-pedi-la de entrar. O adolescente de 17 anos e Sérgio Rosa Sales, Elenilson Vitor da Silva, Wemerson Marques e o bebê estavam no local, segundo Dayanne. Ela sustenta que Eliza ocupava um dos quartos, mas sem ferimentos e sem aparen-tar estar ali na condição de sequestrada. Dayanne disse que

Bruno e Eliza conversavam amigavelmente sobre acordos e a retirada da queixa policial no Rio.

Eliza teria contado a ela a versão de Bruno de que viera a Minas para receber um apartamento e dinheiro. Dayanne conta que conheceu Eliza naquele dia, mas que a modelo havia telefonado antes para sua casa.

O jogador, segundo Dayanne, garantiu que Eliza iria embora no dia seguinte. Dayanne relatou que, às 23h, da casa da avó de Bruno, telefonou para o sítio e ouviu barulho de música. Dayanne afirma que, naquela noite, Bruno che-gou às 3h15. Na manhã seguinte, Dayanne conta ter encon-trado Eliza com um dos dedos da mão inchado, dizendo que o havia prendido numa porta.

Dayanne conta que, no último dia em que viu Eliza, por volta das 19h30 ela teria sido levada de carro por Macarrão e pelo menor, primo do jogador.

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Uma relação conturbada

Cristina Horta/EM/D.A PRESS/Reprodução

Texto da carta entregue ao Ministério Público por Dayanne revela a intenção de Macarrão de eliminar também o filho de Eliza Samudio

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Pedro Rocha Franco Apontado por especia-

listas como o responsável por introduzir o crack nos aglomerados da Grande BH no começo da década de 1990 e de ser braço direito de Fernandinho Beira Mar, o traficante Roni Peixoto de Souza voltou a trabalhar no tráfico de drogas e no-vamente foi preso. Benefi-ciado há pouco mais de um mês por progressão de regi-me, que passou de fechado para o semiaberto, ele teria, segundo a polícia, se envol-vido com a comercialização de entorpecentes, na ten-tativa de retomar o poder do comando do tráfico da Pedreira Prado Lopes, aglo-merado da Região Noroeste de BH. “A intenção dele era se armar para dar início a uma guerra de traficantes, numa disputa de poderes na capital”, afirma o inspe-tor Gilberto Bracelares, do Departamento de Investiga-ções Antidrogas, integrante da equipe que prendeu Roni e quatro suspeitos. Um sex-to integrante da quadrilha está foragido. Todos negam participação no tráfico.

Desta vez, depois de quatro meses de investiga-ção, a polícia desmantelou ramificação do que afirma ser a quadrilha de Roni com armamento de uso restrito – 10 pistolas e duas submetra-lhadoras com silenciador – e veículos apropriados para o tráfico, inclusive um deles blindado, além de quatro quilos de crack e material para preparação da droga. Também foram apreendidos celulares e computadores.

A mulher de Roni, Car-la Batista, também foi deti-da. De acordo com a polícia, ela repassava orientações do traficante a Ronaldo Santa-na, o Fenômeno, que seria

o responsável pela negocia-ções de compra de drogas e armas. Luiz Martins, o Lulu, seria o tesoureiro do bando. Em 4 de novembro, Roni havia sido transferi-do para o Presídio Antônio Dutra Ladeira e, no dia se-guinte, teve o benefício de progressão de regime con-cedido pela Justiça, deixan-do o presídio pela manhã e só voltando para dormir. As investigações aponta-ram que, na porta da cadeia, disfarçados, soldados do tráfico aguardavam por ele, armados e em carros blinda-dos, para a escolta. Segundo o inspetor da Polícia Civil, ao saber do benefício obtido pelo criminoso, chefes de gangues rivais procuraram se armar para matá-lo.

“O Roni tem a índole voltada para o crime. Ele nunca vai sair do tráfico”, afirma Bracelares. Mesmo atrás das grades, o trafi-cante estaria comandando a venda de entorpecentes. Por celular, ele daria ordens aos cúmplices. “Ele fazia da penitenciária seu escritório do crime, reforça o inspetor. Apolícia já pediu à Justiça a prisão de outros oito suspei-tos de integrar o bando.

Antes de ser preso por tráfico, segundo a Polícia Civil, Roni comandava qua-se a totalidade da Pedreira Prado Lopes, tendo envol-vimento direto com o tra-ficante Fernandinho Beira-Mar, mas ele nega. Segundo a PM, desde 2002 ele teria perdido campo e sonhava em recuperá-lo. “É mais uma acusação infundada. Quero mudar, mas eles não deixam”, diz Roni Peixoto. Ele questiona o motivo da prisão e diz que nem sequer as armas estavam com ele. “Tudo que ocorre em Minas eles me envolvem”, disse.

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Traficante volta para o xadrez

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MG registra 45 carros forutdos por dia

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Isabella Souto A aprovação de dois projetos em tramitação na Câmara dos De-

putados representará aumento de gastos também nos estados: o reajus-te dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e a criação de um piso nacional para os policias civis, militares e bombeiros. A proposta encaminhada pelo STF prevê um salário de R$ 30.675 a partir de janeiro para os ministros e terá impacto no que é pago no Judiciário federal e estadual, Ministério Público e tribunais de contas – todos vinculados pela Constituição Federal. Em Minas Gerais, o gasto será de R$ 82,7 milhões anuais para 1.896 beneficiados. O reajuste em cascata, em todo o Brasil, é imediato. A adoção de um salário único nacional para os cerca de 700 mil policiais civis, militares e bombeiros em todo o país geraria um gasto extra de R$ 20 bilhões para os estados – segundo dados extraoficiais. A PEC 300 – que trata da unificação do vencimento dos policiais – prevê que o valor será definido em uma lei complementar a ser discutida depois da sua aprovação. A categoria em todo o país reivindica um piso de R$ 3,5 mil para praças e R$ 7 mil para oficiais.

O governo mineiro não tem projeção de quanto custaria aumentar o vencimento dos profissionais da segurança pública, mas o Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindipol) calcula um impac-

to de 60% na folha de pessoal. Atualmente o piso dos policiais é de R$ 2.041 para praças e R$ 4,4 mil para oficiais. Em Minas Gerais, os salários entre civis e militares são equiparados. Seriam beneficiados pelo reajuste 62.572 policiais e bombeiros na ativa.

Segundo o portal da transparência, mantido na internet pelo governo estadual, as folhas de pessoal em outubro chegaram a R$ 188,7 milhões (Polícia Militar), R$ 71,36 milhões (Polícia Civil) e R$ 23,34 milhões (bombeiro militar). O presidente do Sindipol, Denilson Martins, acredita na aprovação da matéria e que o estado terá recursos orçamentários para bancar o novo gasto. “Segurança requer muito mais que investimentos em infraestrutura, também a valorização dos servidores”, argumentou.

FUNDO O presidente provisório da recém-criada Associação Nacional dos

Policiais Militares, Bombeiros Militares e Policiais Civis (Anapol), Fer-nando Almança, lembra que a PEC 300 determina a criação de um fundo nacional da segurança pública que deverá destinar recursos aos estados que não tiverem verbas suficientes para custear o novo salário dos po-liciais. “Há uma disparidade muito grande entre os salários dos estados. Hoje se fala muito em segurança, mas não há projeto de valorização dos policiais”, queixou.

Cofres estaduais sob ameaça

tRnsIÇÃO

Reajustes salariais na mira do governo

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André Julião Boa parte da comunidade cien-

tífica concorda que os gases emitidos pela ação humana são responsáveis pelo aquecimento do planeta. O di-óxido de carbono (CO2) – presente na fumaça que sai de escapamentos de veículos e das chaminés indus-triais – é apontado como o grande vilão da história. Se até hoje pouco foi feito para diminuir essas emis-sões, porque não retirar o CO2 da atmosfera?

Essa é uma ideia que vem ga-nhando fôlego nos últimos anos em todo o mundo, tanto que deve con-sumir mais de US$ 1 bilhão só em 2010. Embora já exista tecnologia para retirar o gás do processo de extração de petróleo e de chaminés de usinas movidas a carvão mineral, os planos mais ambiciosos são para limpar toda a atmosfera.

Um dos projetos mais promis-sores é o do físico Klaus Leckner, da Universidade de Columbia (EUA). Ele desenvolveu um plástico que funciona como a folha de uma ár-vore. Além de capturar muito mais dióxido de carbono do que as alter-nativas já existentes, o filtro dotado desse material não fixa totalmente o gás, fazendo com que ele possa ser retirado com facilidade, usando va-por de água numa câmara de vácuo. É uma vantagem significativa sobre os filtros anteriores, que demandam muita energia para serem limpos. Posteriormente, o CO2 é submetido à pressão suficiente para torná-lo lí-quido e ser injetado no subsolo. Es-pecialistas acreditam que a estoca-gem nesses depósitos pode reduzir em até 20% as emissões causadas pela geração de energia.

Os maiores poluidores do pla-neta estão investindo pesado nessa possível solução. A China desen-volve parcerias com os EUA para

IstO É - p. 99 E 100 - 10.11.2010 tEcnOLOGIA sUstEntÁVEL

Purificador de arBrasil, Estados Unidos, China e outras nações investem US$ 1 bilhão apenas

neste ano para construir máquinas capazes de retirar o CO2 da atmosfera terrestreviabilizar pesquisas nesse sentido. Já os americanos receberam do governo US$ 3,4 bilhões em incentivos fiscais para projetos de captura e estocagem de carbono. Em fevereiro, o presi-dente Barack Obama criou uma for-ça-tarefa sobre o assunto, que deve fazer com que pelo menos dez proje-tos saiam do papel nos próximos seis anos. Mesmo assim, os custos ainda são altos: incorporar a tecnologia acrescenta cerca de US$ 1 bilhão ao custo da construção de uma fábrica à base de carvão mineral tradicional.

Tanto quanto unidades fabris movidas a carvão, a indústria petro-lífera também é vista como priorida-de no corte do dióxido de carbono. A Petrobras afirma ter investido cerca de US$ 30 milhões em projetos re-lacionados às mudanças climáticas entre 2006 e 2009. A injeção do gás nos poços facilita a retirada do óleo, tornando-o menos viscoso. No cam-

po de Miranga, na Bahia, está previs-ta a injeção de 370 toneladas de dió-xido de carbono por dia. O processo vai proporcionar a produção de cinco milhões de barris adicionais em 14 anos.

Outro projeto, do doutorando Edson Comin, sob coordenação do diretor do Instituto de Química da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Roberto Fernando de Souza, captura o dióxido de carbono do ar para transformá-lo em solventes e policarbonatos – plásticos usados em revestimentos à prova de balas, por exemplo. “Os processos atuais de captura de carbono exigem máquinas caras. Usaremos reações químicas para fazer o mesmo e ainda o trans-formaremos em produtos”, explica Souza. Se tudo der certo, o CO2 será mais um problema que terá se torna-do solução.

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O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) desce pela segunda vez ao inferno e arrasta 3,3 milhões de estudantes brasileiros que passaram, no fim de semana, pela prova de fogo de 180 questões, além de uma redação. Liminar concedida pela Justiça Federal do Ceará determinou, na tarde de ontem, a imediata suspensão do teste, por causa dos erros de impressão nos cadernos de prova de cor amarela. O problema foi detectado sábado em 20 mil provas, que continham questões repetidas e páginas trocadas. A ordem judicial é passível de recurso e o ministro da Educação, Fernando Haddad, otimista, acredita numa mudança da decisão da juíza da 7ª Vara Federal, Karla de Almeida Miranda Maia.

A liminar é uma resposta à ação civil pública do procurador federal Oscar Costa Filho, visando a garantir maior segurança na aplicação das provas. Desde o fim de semana, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Ministério Público Federal (MPF) pedem a investigação dos erros de impressão e, ontem, foi a vez de a Defensoria Pública da União (DPU) cobrar do Ministério da Educação (MEC) a anulação do teste. A DPU deu prazo de 10 dias para que o MEC cancele as provas e, caso a decisão não seja tomada, prometeu entrar com uma ação coletiva na Justiça Federal. O Ministério da Justiça, por sua vez, informou que a Polícia Federal vai investigar se os problemas estão ligados a algum tipo de fraude.

As falhas cometidas nesta edição do exame trazem uma série de tropeços e trapalhadas. No ano passado, os erros culminaram com o adia-mento do exame depois de vazamento de exemplares da prova numa gráfica. E, no fim de semana, além da falha de impressão nos cadernos amarelos, houve problemas com os gabaritos entregues aos candidatos e suspeitas de uso do telefone celular durante as provas.

A estudante Marina Figueiredo Pacheco de Medeiros, de 18 anos, no Bairro Serra, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, comemorou a decisão da Justiça. “Foi o mais certo. Não havia outro caminho a não ser suspender o Enem”, disse a jovem, que, sábado, fez a prova no caderno amarelo contendo sete páginas do caderno branco, além de 11 questões duplicadas. Para especialistas em orientação de carreira, entre os quais a psicóloga Carla Couto, situações como essa afetam o estado emocional

do estudante que passou por uma maratona de estudos e de provas e fez investimento pessoal, físico e financeiro no exame. Para ela, a queima da credibilidade compromete a figura do Estado. LIMInAR

Ao decidir pela suspensão do Enem, a juíza federal do Ceará usou a palavra “espanto” para definir o comportamento do presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão ligado ao MEC e responsável pela aplicação do exame, Joaquim José Soares Neto. Segundo ela, apesar de todas as falhas, Soares Neto declarou na mídia que o concurso havia sido “um sucesso” e que “falhas acontecem”. “Essa atitude preocupa na medida em que indica que o Inep não considerou a real gravidade dos erros cometidos, até porque 59 universidades adotaram este ano o Enem como critério para ingresso no ensino superior”, declarou a juíza Karla.

O MEC vai abrir amanhã, na internet (www.mec.gov.br), um espaço para que candidatos que se sentiram atingidos pelas falhas façam requeri-mento de correção especial do exame. Mas, segundo a juíza, “a disponibi-lização do requerimento àqueles estudantes prejudicados pela prova, cor-respondente ao caderno amarelo, e a intenção de fazer novas provas para os que reclamarem administrativamente, não resolve o problema. Novas provas colocariam em desigualdade todos os candidatos remanescentes”.

Na primeira entrevista coletiva depois do Enem 2010, o ministro Haddad afirmou ontem que tentará reverter a decisão judicial e que não trabalha com a hipótese de cancelar o exame nem de refazer as provas aplicadas sábado para todos os inscritos. Segundo ele, o MEC vai explicar à juíza que o uso da Teoria de Resposta ao Item (TRI) permite a aplica-ção de novas provas com o mesmo grau de dificuldade. “Vamos levar à consideração da juíza o que nos parece ser sua maior preocupação, que é o fato de que as pessoas estariam submetidas a provas diferentes quando o exame for reaplicado. Mas a TRI permite que elas sejam submetidas a questões de mesmo peso. Estamos absolutamente seguros de que a prova do Enem é tecnicamente sustentável sob todos os pontos de vista, e vamos defender isso até a última instância”, disse o ministro.

EstADO DE MInAs - p. 21 - 09.11.2010 No fundo do poçoJuíza determina suspensão do exame, por causa dos erros na prova de sábado, mas o

ministro da Educação vai tentar convencê-la de que os testes são válidos assim mesmo

sOcIEDADE/pREcOncEItO

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Bertha Maakaroun

Manobra empregada na prestação de contas por partidos políticos permite que muitos dos doadores de campanhas não sejam associados aos candidatos aos quais o financiamento foi dirigido. Levantamen-to realizado pelo Estado de Minas junto aos cin-co principais partidos – o PSDB, o DEM, o PPS, o PT e o PMDB – indica que, no conjunto, eles arrecada-ram em Minas R$ 47 mi-lhões, dos quais, cerca de 90% – R$ 42 milhões fo-ram repassados às próprias contas partidárias. Destas às contas de candidatos foi um pulo. Na triangulação ocultou-se quem de fato financiou as candidaturas, deixando os eleitos “mais à vontade” para trabalhar em defesa de seus doadores.

“Os partidos estão tirando de um bolso e passando para o outro, obtendo êxito em ocultar a origem e o destino das doações”, avalia Adriano Denardi Júnior, diretor de Controle Interno e Audi-toria do Tribunal Regio-nal Eleitoral (TRE-MG). A manobra tem respaldo legal. No ano passado, a minirreforma eleitoral (Lei 12.034) acrescentou dispo-sitivo que alterou a Lei dos partidos (Lei 9.096), de tal forma que as legendas agora podem aplicar e dis-tribuir recursos financeiros recebidos de pessoas físi-cas e jurídicas, desde que respeitem as fontes veda-das e os quantitativos para pessoas físicas e jurídicas.

Dessa forma, a legislação falha em fazer a conexão entre doadores e financia-dores.

A fiscalização do TRE-MG vai procurar minimizar a brecha legal, passando um pente-fino sobre os financiamentos dirigidos aos partidos. “Se identificarmos recursos ir-regulares nas contas dos partidos, todos os candi-datos que receberam deles serão chamados a se expli-car, pois estarão contami-nados na proporção do va-lor considerado irregular”, adverte Denardi.

O ziguezague entre as contas partidárias de campanha, as contas dos diretórios partidários e as contas de campanha de candidatos foi intenso nesta eleição. Exemplo: o diretório estadual do PPS repassou R$ 715 mil para a conta de campanha do PPS. Por seu turno, a conta de campanha do PPS doou R$ 3,2 milhões – o equi-valente a 75% dos R$ 4,3 milhões arrecadados pela legenda – para o próprio diretório estadual.

O diretório estadual repassou recursos aos can-didatos, que, por isso, não precisaram informar a real origem das doações. Todos os três deputados eleitos pelo PPS foram beneficia-dos com repasses da legen-da. Luzia Ferreira, a mais votada, recebeu 16 repas-ses no valor de R$ 23.400, que totalizaram R$ 374,4 mil – 28% dos gastos de R$ 1,350 milhão informados por sua campanha. Tam-bém o deputado estadual

reeleito Neider Moreira re-cebeu R$ 26,6 mil do PPS, que correspondeu a 6% dos gastos declarados de R$ 412,5 mil. Da mesma for-ma, o deputado Sebastião Costa, que ocupará a ter-ceira cadeira conquistada pelo PPS, recebeu R$ 115 mil do diretório estadual, o equivalente a 27,6% das contas prestadas, no valor de R$ 417,5 mil.

O PT e o PSDB ado-taram a mesma estratégia. No entanto, as legendas receberam recursos dos diretórios nacionais e dos comitês nacionais de cam-panha. Repassaram ao di-retório estadual de Minas e este transferiu aos candi-datos.

O PT de Minas arre-cadou R$ 1 milhão, dos quais, R$ 570 mil do comi-tê nacional da campanha e R$ 142,5 mil do diretório nacional da legenda. Do total arrecadado, R$ 958 mil – 94% – foram repas-sados ao diretório estadu-al em Minas. Da mesma forma, o PSDB recebeu R$ 6,4 milhões do diretó-rio nacional do partido – o correspondente a 18% do total arrecadado de R$ 35,6 milhões. Deste volume, R$ 32,5 milhões – 91% – fo-ram destinados ao diretó-rio estadual do PSDB.

Enquanto a conta de campanha do PMDB re-passou R$ 5 milhões ao seu diretório estadual – o correspondente a 90% dos R$ 5,6 milhões declarados –, o DEM repassou R$ 350 mil – 67% dos R$ 522,5 mil recebidos por doadores diversos.

EstADO DE MInAs - p. 8 - 09.11.2002 Financiamento eleitoral

Pente-fino nas doaçõesTRE vai fiscalizar com rigor os recursos repassados aos partidos nesta campanha. Se houver irregularidade, todos os candidatos que receberam dinheiro das legendas terão de se explicar

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