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Prefácio Caro Professor É com imenso prazer que colocamos nas suas mãos os Programas do Ensino Secundário Geral. Com a introdução do Novo Currículo do Ensino Básico, iniciada em 2004, houve necessidade de se reformular o currículo do Ensino Secundário Geral para que a integração do aluno se faça sem sobressaltos e para que as competências gerais, tão importantes para a vida continuem a ser desenvolvidas e consolidadas neste novo ciclo de estudos. As competências que os novos programas do Ensino Secundário Geral procuram desenvolver, compreendem um conjunto de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores necessários para a vida que permitam ao graduado do Ensino Secundário Geral enfrentar o mundo de trabalho numa economia cada vez mais moderna e competitiva. Estes programas resultam de um processo de consulta à sociedade. O produto que hoje tem em mãos é resultado do trabalho abnegado de técnicos pedagógicos do INDE e da DINEG, de professores das várias instituições de ensino e formação, quadros de diversas instituições públicas, empresas e organizações, que colocaram a sua sabedoria ao serviço da transformação curricular e a quem aproveitamos desde já, agradecer. Aos professores, de que depende em grande medida a implementação destes programas, apelamos ao estudo permanente das sugestões que eles contêm e que convoquem a vossa e criatividade e empenho para levar a cabo a gratificante tarefa de formar hoje os jovens que amanhã contribuirão para o combate à pobreza. Aires Bonifácio Baptista Ali. Ministro da Educação e Cultura

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Prefácio

Caro Professor

É com imenso prazer que colocamos nas suas mãos os Programas do Ensino Secundário

Geral.

Com a introdução do Novo Currículo do Ensino Básico, iniciada em 2004, houve

necessidade de se reformular o currículo do Ensino Secundário Geral para que a integração

do aluno se faça sem sobressaltos e para que as competências gerais, tão importantes para

a vida continuem a ser desenvolvidas e consolidadas neste novo ciclo de estudos.

As competências que os novos programas do Ensino Secundário Geral procuram

desenvolver, compreendem um conjunto de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores

necessários para a vida que permitam ao graduado do Ensino Secundário Geral enfrentar o

mundo de trabalho numa economia cada vez mais moderna e competitiva.

Estes programas resultam de um processo de consulta à sociedade. O produto que hoje

tem em mãos é resultado do trabalho abnegado de técnicos pedagógicos do INDE e da

DINEG, de professores das várias instituições de ensino e formação, quadros de diversas

instituições públicas, empresas e organizações, que colocaram a sua sabedoria ao serviço

da transformação curricular e a quem aproveitamos desde já, agradecer.

Aos professores, de que depende em grande medida a implementação destes programas,

apelamos ao estudo permanente das sugestões que eles contêm e que convoquem a vossa

e criatividade e empenho para levar a cabo a gratificante tarefa de formar hoje os jovens

que amanhã contribuirão para o combate à pobreza.

Aires Bonifácio Baptista Ali.

Ministro da Educação e Cultura

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1. Introdução A Transformação Curricular do Ensino Secundário Geral (TCESG) é um processo que se enquadra no Programa Quinquenal do Governo e no Plano Estratégico da Educação e

Cultura e tem como objectivos:

Contribuir para a melhoria da qualidade de ensino, proporcionando aos alunos aprendizagens relevantes e apropriadas ao contexto socioeconómico do país.

Corresponder aos desafios da actualidade através de um currículo diversificado, flexível e profissionalizante.

Alargar o universo de escolhas, formando os jovens tanto para a continuação dos estudos como para o mercado de trabalho e auto emprego.

Contribuir para a construção de uma nação de paz e justiça social. Constituem principais documentos curriculares:

O Plano Curricular do Ensino Secundário (PCESG) – documento orientador que contém os objectivos, a política, a estrutura curricular, o plano de estudos e as estratégias de implementação;

Os programas de ensino de cada uma das disciplinas do plano de estudos; O regulamento de avaliação do Ensino Secundário Geral (ESG); Outros materiais de apoio.

1.1. Linhas Orientadoras do Currículo do ESG O Currículo do ESG, a ser introduzido em 2008, assenta nas grandes linhas orientadoras

que visam a formação integral dos jovens, fornecendo-lhes instrumentos relevantes para que continuem a aprender ao longo de toda a sua vida. O novo currículo procura por um lado, dar uma formação teórica sólida que integre uma componente pré-vocacional e por outro, permitir aos jovens a aquisição de competências relevantes para uma integração plena na vida política, social e económica do país. As consultas efectuadas apontam para a necessidade de a escola responder às exigências do mercado cada vez mais moderno que apela às habilidades comunicativas, ao domínio das Tecnologias de Informação e Comunicação, à resolução rápida e eficaz de problemas, entre outros desafios. Assim, o novo programa do ESG deverá responder aos desafios da educação, assegurando uma formação integral do indivíduo que assenta em quatros pilares, assim descritos:

Saber Ser que é preparar o Homem moçambicano no sentido espiritual, crítico e estético, de modo que possa ser capaz de elaborar pensamentos autónomos, críticos e formular os seus próprios juízos de valor que estarão na base das decisões individuais que tiver de tomar em diversas circunstâncias da sua vida; Saber Conhecer que é a educação para a aprendizagem permanente de conhecimentos científicos sólidos e a aquisição de instrumentos necessários para a

compreensão, a interpretação e a avaliação crítica dos fenómenos sociais, económicos, políticos e naturais; Saber Fazer que proporciona uma formação e qualificação profissional sólida, um espírito empreendedor no aluno/formando para que ele se adapte não só ao meio produtivo actual, mas também às tendências de transformação no mercado;

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Saber viver juntos e com os outros que traduz a dimensão ética do Homem, isto é, saber comunicar-se com os outros, respeitar-se a si, à sua família e aos outros homens de diversas culturas, religiões, raças, entre outros. Agenda 2025:129

Estes saberes interligam-se ao longo da vida do indivíduo e implicam que a educação se organize em torno deles de modo a proporcionar aos jovens instrumentos para compreender o mundo, agir sobre ele, cooperar com os outros, viver, participar e comportar-se de forma responsável. Neste quadro, o desafio da escola é, pois, fornecer as ferramentas teóricas e práticas relevantes para que os jovens e os adolescentes sejam bem sucedidos como indivíduos, e como cidadãos responsáveis e úteis na família, na comunidade e na sociedade, em geral. 1.2. Os desafios da Escola A escola confronta-se com o desafio de preparar os jovens para a vida. Isto significa que o papel da escola transcende os actos de ensinar a ler, a escrever, a contar ou de transmitir

grandes quantidades de conhecimentos de história, geografia, biologia ou química, entre outros. Torna-se, assim, cada vez mais importante preparar o aluno para aprender a aprender e para aplicar os seus conhecimentos ao longo da vida.

Perante este desafio, que competências são importantes para uma integração plena na vida? As competências importantes para a vida referem-se ao conjunto de recursos, isto é, conhecimentos, habilidades atitudes, valores e comportamentos que o indivíduo mobiliza para enfrentar com sucesso exigências complexas ou realizar uma tarefa, na vida quotidiana. Isto significa que para resolver um determinado problema, tomar decisões informadas, pensar critica e criativamente ou relacionar-se com os outros um indivíduo necessita de combinar um conjunto de conhecimentos, práticas e valores.

Naturalmente que o desenvolvimento das competências não cabe apenas à escola, mas também à sociedade, a quem cabe definir quais deverão ser consideradas importantes, tendo em conta a realidade do país. Neste contexto, reserva-se à escola o papel de desenvolver, através do currículo, não só as competências viradas para o desenvolvimento das habilidades de comunicação, leitura e escrita, matemática e cálculo, mas também, as competências gerais, actualmente reconhecidas como cruciais para o desenvolvimento do indivíduo e necessárias para o seu

bem estar, nomeadamente:

a) Comunicação nas línguas moçambicana, portuguesa, inglesa e francesa; b) Desenvolvimento da autonomia pessoal e a auto-estima; de estratégias de

aprendizagem e busca metódica de informação em diferentes meios e uso de tecnologia;

c) Desenvolvimento de juízo crítico, rigor, persistência e qualidade na realização e apresentação dos trabalhos;

d) Resolução de problemas que reflectem situações quotidianas da vida económica social do país e do mundo;

e) Desenvolvimento do espírito de tolerância e cooperação e habilidade para se relacionar bem com os outros;

f) Uso de leis, gestão e resolução de conflitos; g) Desenvolvimento do civismo e cidadania responsáveis;

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h) Adopção de comportamentos responsáveis com relação à sua saúde e da comunidade bem como em relação ao alcoolismo, tabagismo e outras drogas;

i) Aplicação da formação profissionalizante na redução da pobreza; j) Capacidade de lidar com a complexidade, diversidade e mudança;

k) Desenvolvimento de projectos estratégias de implementação individualmente ou em grupo;

l) Adopção de atitudes positivas em relação aos portadores de deficiências, idosos e crianças.

Estas competências são relevantes para que o jovem, ao concluir o ESG esteja preparado para produzir o seu sustento e o da sua família e prosseguir os estudos nos níveis subsequentes. Perspectiva-se que o jovem seja capaz de lidar com economias em mudança, isto é, adaptar-se a uma economia baseada no conhecimento, em altas tecnologias e que exigem cada vez mais novas habilidades relacionadas com adaptabilidade, adopção de perspectivas múltiplas na resolução de problemas, competitividade, motivação, empreendedorismo e a flexibilidade de modo a ter várias ocupações ao longo da vida.

1.3. A Abordagem Transversal A transversalidade apresenta-se no currículo do ESG como uma estratégia didáctica com vista um desenvolvimento integral e harmonioso do indivíduo. Com efeito, toda a comunidade escolar é chamada a contribuir na formação dos alunos, envolvendo-os na resolução de situações-problema parecidas com as que se vão confrontar na vida.

No currículo do ESG prevê-se uma abordagem transversal das competências gerais e dos temas transversais. De referir que, embora os valores se encontrem impregnados nas competências e nos temas já definidos no PCESG, é importante que as acções levadas a cabo na escola e as atitudes dos seus intervenientes sobretudo dos professores constituam um modelo do saber ser, conviver com os outros e bem fazer. Neste contexto, toda a prática educativa gravita em torno das competências acima definidas de tal forma que as oportunidades de aprendizagem criadas no ambiente escolar e fora dele contribuam para o seu desenvolvimento. Assim, espera-se que as actividades curriculares e co-curriculares sejam suficientemente desafiantes e estimulem os alunos a mobilizar conhecimentos, habilidades, atitudes e valores. O currículo do ESG prevê ainda a abordagem de temas transversais, de forma explícita, ao longo do ano lectivo. Considerando as especificidades de cada disciplina, são dadas

indicações para a sua abordagem no plano temático, nas sugestões metodológicas e no texto de apoio sobre os temas transversais. 1.4 As Línguas no ESG A comunicação constitui uma das competências considerada chave num mundo globalizado. No currículo do ESG, são usados a língua oficial (Português), línguas Moçambicanas, línguas estrangeiras (Inglês e Francês).

As habilidades comunicativas desenvolvem-se através de um envolvimento conjugado de todas as disciplinas e não se reserva apenas às disciplinas específicas de línguas. Todos os professores deverão assegurar que alunos se expressem com clareza e que saibam adequar o seu discurso às diferentes situações de comunicação. A correcção linguística deverá ser uma exigência constante nas produções dos alunos em todas as disciplinas.

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O desafio da escola é criar espaços para a prática das línguas tais como a promoção da leitura (concursos literários, sessões de poesia), debates sobre temas de interesse dos alunos, sessões para a apresentação e discussão de temas ou trabalhos de pesquisa, exposições, actividades culturais em datas festivas e comemorativas, entre outros

momentos de prática da língua numa situação concreta. Os alunos deverão ser encorajados a ler obras diversas e a fazer comentários sobre elas e seus autores, a escrever sobre temas variados, a dar opiniões sobre factos ouvidos ou lidos nos órgãos de comunicação social, a expressar ideias contrárias ou criticar de forma apropriada, a buscar informações e a sistematizá-la. Particular destaque deverá ser dado à literatura representativa de cada uma das línguas e, no caso da língua oficial e das línguas moçambicanas, o estudo de obras de autores moçambicanos constitui um pilar para o desenvolvimento do espiríto patriótico e exaltação da moçambicanidade. 1.5. O Papel do Professor

O papel da escola é preparar os jovens de modo a torná-los cidadãos activos e responsáveis na família, no meio em que vivem (cidade, aldeia, bairro, comunidade) ou no trabalho. Para conseguir este feito, o professor deverá colocar desafios aos seus alunos, envolvendo-os em actividades ou projectos, colocando problemas concretos e complexos. A preparação do aluno para a vida passa por uma formação em que o ensino e as matérias leccionadas tenham significado para a vida do jovem e possam ser aplicados a situações reais.

O ensino - aprendizagem das diferentes disciplinas que constituem o currículo fará mais sentido se estiver ancorado aos quatro saberes acima descritos interligando os conteúdos inerentes à disciplina, às componentes transversais e às situações reais. Tendo presente que a tarefa do professor é facilitar a aprendizagem, é importante que este consiga:

organizar tarefas ou projectos que induzam os alunos a mobilizar os seus

conhecimentos, habilidades e valores para encontrar ou propor alternativas de soluções;

encontrar pontos de interligação entre as disciplinas que propiciem o desenvolvimento de competências. Por exemplo, envolver os alunos numa actividade, projecto ou dar um problema que os obriga a recorrer a conhecimentos,

procedimentos e experiências de outras áreas do saber; acompanhar as diferentes etapas do trabalho para poder observar os alunos,

motivá-los e corrigi-los durante o processo de trabalho; criar, nos alunos, o gosto pelo saber como uma ferramenta para compreender o

mundo e transformá-lo; avaliar os alunos no quadro das competências que estão a ser desenvolvidas, numa

perspectiva formativa.

Este empreendimento exige do professor uma mudança de atitude em relação ao saber, à profissão, aos alunos e colegas de outras disciplinas. Com efeito, o sucesso deste programa passa pelo trabalho colaborativo e harmonizado entre os professores de todas as disciplinas. Neste sentido, não se pode falar em desenvolvimento de competências para vida, de interdisciplinaridade se os professores não dialogam, não desenvolvem projectos comuns ou se fecham nas suas próprias disciplinas. Um projecto de recolha de contos tradicionais ou da história local poderá envolver diferentes disciplinas. Por exemplo:

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- Português colaboraria na elaboração do guião de recolha, estrutura, redacção e correcção dos textos;

- História ocupar-se-ia dos aspectos técnicos da recolha deste tipo de fontes; - Geografia integraria aspectos geográficos, físicos e socio-económicos da região;

- Educação Visual ficaria responsável pelas ilustrações e cartazes. Com estes projectos treinam-se habilidades, desenvolvem-se atitudes de trabalhar em equipa, de análise, de pesquisa, de resolver problemas e a auto-estima, contribuindo assim para o desenvolvimento das competências mais gerais definidas no PCESG. As metodologias activas e participativas propostas, centradas no aluno e viradas para o desenvolvimento de competências para a vida pretendem significar que, o professor não é mais um centro transmissor de informações e conhecimentos, expondo a matéria para reprodução e memorização pelos alunos. O aluno não é um receptáculo de informações e conhecimentos. O aluno deve ser um sujeito activo na construção do conhecimento e pesquisa de informação, reflectindo criticamente sobre a sociedade. O professor deve assumir-se como criador de situações de aprendizagem, regulando os

recursos e aplicando uma pedagogia construtivista. O seu papel na liderança de uma comunidade escolar implica ainda que seja um mediador e defensor intercultural, organizador democrático e gestor da heterogeneidade vivencial dos alunos. As metodologias de ensino devem desenvolver no aluno: a capacidade progressiva de conceber e utilizar conceitos; maior capacidade de trabalho individual e em grupo; entusiasmo, espírito competitivo, aptidões e gostos pessoais; o gosto pelo raciocínio e debate de ideias; o interesse pela integração social e vocação profissional.

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2. O Ensino-Aprendizagem na Disciplina de Educação Visual

A disciplina de Educação Visual é na sua essência uma disciplina prática que visa desenvolver nos alunos a destreza manual, através de diferentes técnicas de expressão, o sentido de organização de espaços físicos e pictóricos, de estética e gosto pelo belo, entre outras qualidades, como a analítico-crítica de comunicação através da IMAGEM. Tendo em conta os quatro pilares saber conhecer, saber fazer, saber ser e saber viver juntos e com os outros, o currículo, num processo de Educação Integral e Interdisciplinar, deverá garantir competências, conhecimentos, aptidões e atitudes socialmente relevantes e aproximar os programas de ensino da vida quotidiana. Nesta disciplina privilegiam-se os métodos de observação, experimentação e interpretação dos diferentes conceitos aprendidos. Assim, espera-se que os alunos sejam observadores activos, com capacidade para investigar, experimentar, fazer e intervir aprofundando os seus conhecimentos nos domínios da Natureza e da Sociedade.

Este programa fornece dados que podem ajudar o professor a orientar os alunos a ver, observar, reconhecer, interpretar e criar para melhor Comunicar e Produzir. Criar significa, procurar a maneira adequada de dizer aos outros, através da representação plástica, aquilo que vemos, sentimos e projectamos. O programa retoma alguns conteúdos e actividades já abordados no programa do Ensino Básico, por forma a permitir um melhor domínio das técnicas e do desenvolvimento pleno das capacidades expressivas dos alunos. As estratégias e actividades de ensino-aprendizagem, privilegiam o papel do professor enquanto orientador, apoiante e facultador de meios, assim como a participação activa dos alunos nos projectos e estudos enquanto sujeitos da aprendizagem. Em termos de materiais pedagógico-didácticos impera a sua variedade e utilização de recursos existentes na comunidade. A organização do espaço de trabalho é importante numa aula. Para se realizar uma boa aula deverão ser observados vários aspectos que vão desde a organização das carteiras, o posicionamento do professor em relação aos alunos durante o processo de explicação ou demonstração de um certo conteúdo, interrelacionamento dos temas abordados na aula com elementos da vida quotidiana. Deve-se procurar levar os estudantes a encontrar respostas positivas às perguntas que poderão surgir, como:

O porquê e para quê estou a aprender isto? Que importância tem este conteúdo para a resolução de problemas do dia-a-

dia? As respostas são muito importantes para que o aluno encontre incentivos na sua realização pessoal tanto presente como futura, por forma a evitar desinteresse e desmotivação durante as aulas. O espaço de ensino deve ser adaptado às situações concretas. Uma boa aula não se circunscreve somente à sala de aula, mas também fora desta, num espaço informal como: o pátio da escola, área de interesse dentro da comunidade local, (Museus, Galeria de Arte, Casa de Cultura, etc.). Para além dos locais referidos anteriormente, o professor poderá aproveitar todas as oportunidades para fazer visitas de estudos, por forma que os alunos consolidem os conhecimentos, habilidades e atitudes adquiridos.

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A abordagem da técnica pela técnica não servirá de nada, se quisermos que a aprendizagem seja significativa. A materialização das actividades propostas deve partir de situações concretas em que se faça sentir a sua necessidade.

Se o aluno percebe a aplicação prática do seu conhecimento para a resolução dos problemas pessoais ou da comunidade (emprego e auto emprego), estará então, em melhores condições para mobilizar a sua energia e atenção para aprender mais. A escolha de um método de ensino depende de vários factores, como por exemplo, a idade e/ou comportamento dos alunos, a experiência do professor, a natureza do conteúdo ou o trabalho prático a ser realizado, os instrumentos e materiais (locais e/ou convencionais) e equipamento disponíveis, o período de decurso da aula (manhã, tarde, noite), etc. A opção final deve ser o resultado de uma avaliação cuidada da situação conjuntural feita pelo professor, propondo-se a exploração dos seguintes métodos: Elaboração Conjunta (forma-função: análise de vários aspectos funcionais e estéticos;

descodificação de mensagens dadas através da imagem e/ou cor; aulas de introdução, de revisão ou específicas).

Trabalho em grupo, como oportunidade de consolidar de forma prática os pilares saber, saber ser; saber trabalhar em equipe, cooperação e respeito mútuo (exercitação dos conhecimentos na impossibilidade de cada aluno poder experimentar todas as fases de execução de um projecto). A composição dos grupos deve ser equilibrada, no sentido de aglutinar os alunos com diferentes ritmos de aprendizagem. Esta disposição facilita a colaboração e o espírito de entreajuda. Os aluno mais habilitados poderão funcionar como monitores, ajudando os colegas mais fracos e também ao professor na gestão de turmas numerosas.

Expositivo (numa aula de 90 minutos a transmissão de conhecimentos não deve exceder o tempo de 20 minutos; isto pressupõe que não deve haver nenhuma aula exclusivamente expositiva).

As situações que devem ser postas aos alunos podem ser resolvidas essencialmente com base:

Na reprodução (por exemplo de formas apresentadas) Criatividade (organização de uma forma “módulo” numa composição) Na interpretação (dos passos de execução de um dado trabalho, através de um

texto-enunciado-esquema indicativo, através de setas com a ordem sequencial indicada).

A concepção de pequenos projectos poderá constituir um estímulo para o desenvolvimento da imaginação e espírito criador, servindo igualmente para desenvolver, nos alunos,

habilidades para a resolução de problemas. O Ambiente Escolar é parte inseparável da Educação Estética. A criação de um ambiente agradável e estético constitui, além de uma preocupação, uma actividade conjunta entre os professores e seus alunos e os alunos entre si. As possibilidades de trabalho em comum são facilitadas pela realização de exposições que contribuem na educação do colectivo. A realização de exposições é uma componente básica

da ambientação escolar e contribui para o desenvolvimento do espírito crítico, auto-estima e valorização do seu trabalho. Destaca-se o seu valor como meio educativo porque reflecte o trabalho criativo dos alunos constituindo uma motivação, um incentivo para progredir. Ele fortalecem os laços afectivos com a sua escola e estimula seu interesse não só pela disciplina de Desenho mas, pelo estudo em geral. A exposição constitui também uma referência visual da avaliação do desempenho dos alunos e do professor, porque reflecte o grau de domínio de materiais, instrumentos e

técnicas propostas nos programas de ensino.

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Uma exposição pode ter lugar desde a própria sala de aula passando por um espaço da escola até na comunidade onde a escola está inserida. Os debates ou a apreciação conjunta dos trabalhos desenvolve habilidades de comunicação,

o espírito crítico, etc. Seria conveniente que o professor aproveitasse a riqueza dos conteúdos da disciplina para desenvolver conteúdos transversais. Por exemplo no conteúdo que aborda a comunicação visual poder-se-ia desenvolver actividades práticas de criação de cartazes, símbolos, logótipos, abordando temas sobre prevenção de doenças, preservação do ambiente, combate as drogas, direitos humanos, etc. A marcação de TPCs deve ser uma tarefa obrigatória e sempre que se revelar oportuno o professor poderá aproveitar os TPCs para consolidar as aprendizagens, para assinalar uma data comemorativa/festiva, caso o tempo lectivo não seja suficiente. Desta forma contribuir-se-á para o fortalecimento do espírito cívico e patriótico.

3. Competências da disciplina de Educação Visual no ESG1

1. Apresenta mensagens visuais e experiências, através de relatos e demonstrações na

sala de aulas, em grupos de trabalho e na comunidade;

2. Recolhe informação sobre os hábitos, usos e costumes dos moçambicanos nas várias

línguas;

3. Pesquisa e sistematiza informação sobre assuntos relacionados com a disciplina nos

diferentes meios de informação;

4. Reage de forma crítica a mensagens visuais (cartazes, painéis, obras de Arte);

5. Analisa criticamente o ambiente visual envolvente;

6. Aprecia/avalia trabalhos inter-escolas, inter-turmas, inter-grupos, e individuais;

7. Idealiza projectos para a melhoria da qualidade de vida das comunidades;

8. Promove debates sobre as matérias apreendidas;

9. Observa as regras de higiene e segurança na elaboração e apresentação dos

trabalhos;

10. Produz trabalhos que transmitam mensagens educativas e contribuam para

melhorar a qualidade visual do ambiente escolar e da comunidade;

11. Realiza e participa em exposições/venda dos trabalhos elaborados para colectar

fundos para obras de benificiência;

12. Pesquisa e utiliza materiais alternativos nos seus trabalhos;

13. Realiza trabalhos colectivos (pintura de murais, organização de eventos, decoração

dos espaços na escola, etc;

14. Divulga informação através dos meios de comunicação visual, que apelem ao uso de

leis, gestão e resolução pacífica de conflitos;

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15. Divulga na escola e na comunidade informações que retratem situações de civismo e

cidadania responsáveis através dos meios de comunicação visual;

16. Elabora pictogramas com significados educativos, apelativo e informativos para uso

nas escolas, comunidade e empresa;

17. Planifica e produz meios de comunicação visual, para sensibilização da comunidade

sobre os cuidados a ter com a saúde (vícios, uso correcto das casas de

banho/latrinas);

18. Organiza e participa em feiras comunitárias;

19. Planifica e organiza os espaços da escola e da comunidade (localização dos edifícios,

hortas , pátio, espaço de lazer, campo de jogos, etc.);

20. Formula respostas individuais ou colectivas aos problemas concretos colocados

aplicando uma sequência lógica do trabalho para a resolução de um problema;

21. Divulga projectos de investigação para a melhoria da qualidade de vida das

comunidades;

22. Realiza projectos colectivos para a melhoria da qualidade de vida das comunidades;

23. Concebe acções de solidariedade e apoio aos portadores de deficiência, idosos e

crianças;

24. Produz cartazes que apelem a não descriminação e estigmatização da pessoa

portadora deficiência;

25. Produz material escolar para outras áreas disciplinares.

4. Objectivos Gerais da disciplina de Educação Visual no ESG Ao terminar o ESG o aluno deve ser capaz de:

Aplicar os conhecimentos, as capacidades e habilidades na escola na família e nas comunidades, de forma criativa crítica e competente;

Desenvolver o sentido social identificando fontes de informação para resolver problemas inter/extra e escolares;

Conhecer a importância da Arte no desenvolvimento integral do ser humano; Conhecer a Arte Universal; Conhecer a Arte Moçambicana; Comunicar através da imagem; Desenvolver a sensibilidade ao mundo visual; Utilizar vários tipos de materiais nas representações plásticas; Utilizar vários tipos de ferramentas/instrumentos nas experimentações plásticas; Utilizar as Tecnologia de Informação e Comunicação;

Desenvolver a destreza manual; Desenvolver a capacidade criadora; Desenvolver a capacidade de observação, análise e representação do real; Avaliar de um modo crítico, inovador e construtivo, trabalhos das artes plásticas; Desenvolver o sentido artístico e estético; Manifestar a auto-estima; Desenvolver o espírito de colaboração e entreajuda;

Aplicar as normas básicas de higiene e segurança no trabalho;

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Valorizar o uso de materiais locais; Apreciar as manifestações artísticas da sua comunidade, de Moçambique e do

Mundo; Participar nas manifestações artísticas da sua comunidade, de Moçambique e do

Mundo. 6. Visão Geral dos Conteúdos do ESG1

8ª Classe 1ª Unidade: Arte 2ª Unidade: Meios e Técnicas de Expressão Gráfica 3ª Unidade: Comunicação Visual 4ª Unidade: Estudo da forma 5ª Unidade: Desenho Geométrico 9ª Classe

1ª Unidade: Arte 2ª Unidade: Desenho Geométrico 3ª Unidade: Projecções Ortogonais 4ª Unidade: Formas em Axonometria 5ª Unidade: Comunicação Visual 6ª Unidade: Estudo da Forma

10ª Classe 1ª Unidade: Arte 2ª Unidade: Forma-função 3ª Unidade: Projecções Ortogonais 4ª Unidade: Cotagem das Formas 5ª Unidade: Formas em Axonometria 6ª Unidade: Formas em Perspectiva Visual 7ª Unidade: Formas em Perspectiva Rigorosa

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7. Objectivos da disciplina de Educação Visual na 8ª Classe Ao terminar esta classe, o aluno deve ser capaz de:

Conhecer a Arte Universal;

Caracterizar a Arte Moçambicana;

Interpretar uma obra de arte;

Explicar as formas de expressão artística predominante em Moçambique;

Distinguir os tipos de desenho;

Reconhecer a importância da textura, da cor e influências da luz e sombra nas

formas;

Uso de materiais locais;

Explorar criativamente as possibilidades expressivas dos materiais e técnicas de

expressão gráfica;

Usar material natural e reciclável;

Executar projectos de comunicação visual utilizando diferentes sistemas de

representação;

Reconhecer a importância das imagens no comportamento das pessoas;

Desenhar formas naturais e artificiais, segundo os requisitos das técnicas

elementares;

Usar com intencionalidade os elementos formais da linguagem visual.

Aplicar a normalização nas representações;

Utilizar com rigor os materiais para Desenho Geométrico;

Reconhecer formas geométricas na natureza, ;

Relacionar o estudo dos arcos arquitectónicos com a arquitectura moçambicana

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8. Visão Geral dos Conteúdos da 8ª Classe I Trimestre

Nº Unidade Temática

Tempos

lectivos

I Arte 6

II Meios e Técnicas de expressão gráfica 12

Revisão e Avaliação 6

Total 24

II Trimestre

Nº Unidade Temática

Tempos lectivos

III Comunicação Visual 8

IV Estudo da forma 10

Revisão e Avaliação 6

Total 24

III Trimestre

Nº Unidade Temática

Tempos lectivos

V Desenho Geométrico 18

Revisão e Avaliação 6

Total 24

Carga horária da classe 72

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9. Mapa Temático Unidade Temática 1: Arte

Objectivos Específicos (O aluno deve ser capaz de)

Conteúdos Competências Básicas (O aluno:)

Horas Lectivas

Descrever a importância da Arte no

desenvolvimento integral do ser humano;

Distinguir as diferentes formas de

expressão artística moçambicanas; Reconhecer a arte Universal;

Enumerar nomes de artistas

moçambicanos e locais; Fazer entrevistas a artífices;

Interpretar uma obra de arte;

Importância da Arte no desenvolvimento

integral do ser humano Formas de expressão artística (pintura,

escultura, arquitectura: Universal: Leonardo Da Vinci (pintura, escultura, arquitectura), Picasso (pintura), Miguel Ângelo (pintura) Moçambicanas (Pintura rupestre (em todo País)

Arte Makonde (Psikhelekedana (Maputo) Elementos para leitura de obras de Arte:

- Tipo de expressão artística; - Técnica e materiais utilizado na obra; - Tema da obra

Compara diferentes formas

de expressão artística

Apresenta relatos sobre actividade artística local

Elabora relatórios de

pesquisa sobre Arte Participa na elaboração do

Guião de entrevistas Interpreta uma obra de Arte

6

Sugestões Metodológicas Depois do professor se referir à importância da Arte no desenvolvimento do ser humano, nesta unidade, poderá falar da Arte como

manifestação artística integrada na vida quotidiana patente nas cerimónias festivas, fúnebres ou religiosas, isto é, a pintura e a escultura sempre estiveram ligadas à vida do Homem moçambicano desde a antiguidade/época primitiva. De seguida, o professor poderá falar de alguns artistas internacionais e nacionais e das formas de expressão artística a que pertencem. Os alunos devem falar sobre formas de expressão artística existentes localmente. Para materializar esta unidade, os alunos poderão a fazer visitas de estudo a museus, artesãos, artistas, exposições de Arte com a

finalidade de colher informações, (que podem ser obtidas através de entrevistas, aplicação de inquéritos) sobre as características dos

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produtos artísticos produzidos por estes. Outra estratégia possível é convidar um artífice ou especialista para ir à escola fazer ou falar da sua Arte. A anteceder esta actividade, os alunos elaborarão um guião de questões a serem colocadas. Posteriormente os alunos apresentam em grupos ou individualmente os resultados da pesquisa efectuada. Nas visitas de estudo, os alunos podem sugerir um título para a obra em causa.

Indicadores de Desempenho - Distingue as diferentes formas de expressão artística? - Apresenta oral/escrita os relatórios de pesquisa sobre Arte? - Formula questões para o guião de entrevistas?

- Caracteriza as formas de expressão gráfica da sua comunidade?

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Unidade Temática 2: Meios e Técnicas de expressão gráfica

Objectivos Específicos (O aluno deve ser capaz de)

Conteúdos Competências Básicas

(O aluno:) Horas Lectivas

Seleccionar os meios e técnicas de expressão gráfica adequadas aos trabalhos a realizar

Explorar criativamente as

possibilidades expressivas dos

materiais e técnicas de expressão gráfica

Reconhecer os meios e técnicas de

expressão gráfica Usar material natural e reciclável nas

técnicas mistas Elaborar painéis colectivos

Observar regras de higiene e

segurança no trabalho

Desenho/ Pintura

o Exploração de vários materiais (lápis esferográfica, carvão, guaches, aguarelas, marcadores...)

o Representação gráfica do ambiente envolvente

o Análise do levantamento gráfico realizado

o Elaboração de propostas para o

melhoramento do ambiente envolvente (equipamento, habitação, paisagem)

Técnicas Mistas

o Exploração de vários materiais combinados

o (Riscadores, recortados, construídos, colados)

Painéis Colectivos

Analisa a representação

gráfica do ambiente envolvente

Apresenta propostas para

o melhoramento do ambiente envolvente (equipamento, habitação, paisagem)

Faz composições,

figurativas e não figurativas usando técnicas mistas;

Elabora painéis colectivos

utilizando técnicas mistas

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Sugestões Metodológicas Depois da descrição dos materiais, o aluno deve ser incentivado, a experimentar o mais variado leque de materiais com o objectivo de descobrir as potencialidades expressivas e limitações de cada um. Este exercício confere ao aluno a capacidade de seleccionar o material e a técnica mais adequada a utilizar em função do resultado desejado.

Depois dos alunos representarem graficamente o meio envolvente, passam à análise dessas representações que poderá ser feita individualmente ou em pequenos grupos, o que permitirá uma interacção nas propostas apresentadas para o melhoramento do ambiente envolvente. O aluno poderá combinar diferentes técnicas (colagem, impressão, desenho, pintura, etc), e diferentes materiais (naturais, recicláveis e convencionais). Este exercício poderá ser realizado em grupos na criação painéis colectivos.

Indicadores de Desempenho - Representa graficamente o ambiente envolvente? - Formula e apresenta sugestões para melhorar o ambiente visual através de imagens ou textos?

- Explora variados materiais, incluindo os naturais/locais nas técnicas mistas? - Interage com os colegas nos trabalhos em grupo, respeitando as diferenças?

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Unidade Temática 3: Comunicação Visual

Objectivos Específicos (O aluno deve ser capaz de:)

Conteúdos Competências Básicas (O aluno:)

Horas Lectivas

Reconhecer a importância da Comunicação Visual;

Conceber sinalizações ( de serviços de circulação, de perigo, etc.)

Reconhecer a importância das imagens no

comportamento das pessoas

Executar projectos de comunicação visual utilizando

diferentes sistemas de representação Enunciar formas de comunicação visual;

Caracterizar a comunicação visual identificar os signos visuais; Identificar os agentes da comunicação visual; Desenhar os signos visuais; Elaborar cartazes; Reconhecer as novas Tecnologia Informação e

Comunicação; Observar regras de higiene e segurança no trabalho.

Importância da

Comunicação Visual

Meios de

comunicação

visual

codificação e descodificação;

(códigos visuais,

sinais, símbolos, ícones, índices, pictogramas, cartaz, Banda Desenhada);

Cria formas a partir de sua imaginação utilizando intencionalmente os elementos visuais

Interpreta e produz um juízo critico

sobre produtos da comunicação visual Representa Banda Desenhada que

transmite contos, fábulas e lendas moçambicanas

Elabora cartazes e banda desenhada

com temas transversais

Cria logótipo, emblema e marcas

comerciais

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Sugestões Metodológicas Sempre que possível, identificar na cidade, distrito ou vila em que vive, a aplicação dos códigos visuais e propor a criação de pictogramas para facilitar a circulação nos espaços. A explicação e discussão dos conteúdos desta unidade, deve apoiar-se em cartazes, devendo os elementos constituintes ser identificados e

descodificadas as mensagens que procuram vincular. O professor de Língua Portuguesa, poderá contribuir nesta actividade relativamente ao texto no âmbito da interdisciplinaridade e realização de projectos comuns. Posteriormente seguir-se-á a fase do esboço e desenho de cartazes vinculando diferentes mensagens com utilização de diversas técnicas e materiais. Esses exercícios serão feitos obedecendo todas as particularidades que garantem a qualidade comunicativa do cartaz. e apoiar-se-ão nos Temas Transversais.

Recomenda-se que os alunos desenvolvam 4 a 5 temas a serem tratados, por exemplo. Consoante o número de temas formar-se-ão grupos em que cada aluno trabalhará , individualmente, no tema atribuído ao grupo para que cada um tenha a oportunidade de experimentar a tarefa e contribuir no conjunto. No final desta actividade garante-se que se abarque inúmeros temas. É importante que os cartazes desenhados sejam apreciados criticamente dentro da turma ou inter-turmas.

Como painel de motivação os alunos poderão recolher em casas cartazes podendo igualmente recorrer as Tecnologia Informação e Comunicação (vídeo, computador, máquina fotográfica, etc.). Indicadores de Desempenho

- Executa projectos que veiculam mensagens educativas utilizando cartazes, banda desenhada, desenho ou pintura? - Nos logótipos respeita as regras de execussão das letras? - Produz um juízo crítico sobre produtos da Comunicação Visual? - Apresenta as mensagens visuais através da escrita ou da oralidade? - Distingue os diferentes meios de comunicação visual?

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Unidade Temática 4: Estudo da forma

Objectivos Específicos (O aluno deve ser capaz de)

Conteúdos Competências Básicas (O aluno:)

Horas Lectivas

Reconhece a importância da forma-função; Identificar os elementos visuais; que definem

a forma

Desenhar formas naturais e artificiais, segundo os requisitos das técnicas elementares;

Representar no objecto desenhado as zonas de

luz/sombra;

Interpretar mensagens transmitidas através da

cor;

Representar a textura partindo da observação de objectos naturais e artificiais;

Observar regras de higiene e segurança no

trabalho.

Importância da forma função

Perspectiva visual Enquadramento das formas

Proporções Sobreposições

Escala de valores ao nível do cinzento Forma

o Obtenção da forma o Enquadramento da forma. o Composições

Cor o Importância da cor o Classificação da cor

Textura o Tipos de texturas e sua função; o Texturas naturais, artificiais e mistas;

Classificação de superfícies, quanto a sua textura

Elementos gráficos texturais

Processos para obtenção da texturas.

Aplica os elementos

da perspectiva nas representações;

Representa formas de objectos utilitários deduzidas de formas básicas;

Cria composições pictóricas usando cores obtidas por mistura;

Cria texturas

utilitárias ou decorativas

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Sugestões Metodológicas Importa levar a compreensão dos alunos a formação de um plano ou de qualquer superfície através do processo convencional de sequência de posições de cada um dos elementos básicos de comunicação gráfica - ponto, linha e plano.

Deverá caracterizar-se as formas bi e tridimensionais e realçar-se exercícios com formas de cada um dos tipos, numa primeira fase , e mais tarde conjugando-as numa única composição. Estas composições deverão ser valorizadas, (sem muita exigência técnica), com tons de cinzento, textura e cor depois de uma breve explicação, como introdução da unidade seguinte. No aspecto da escala numérica natural, de redução e de ampliação poder-se-á salientar a importância da escala em termos da sua

vantagem em estudos de pormenores (ampliação) e no desenho de corpos de grandes dimensões em papel de pequenas dimensões (redução).Os exercícios deverão consistir na ampliação e redução de variadas formas com apoio de malhas reticuladas. O professor poderá fazer uso deste conteúdo para estabelecer ligações interdisciplinares com a Geografia e Física. A cor é um meio que contribui para aumentar a comunicação, pelo que resulta num meio expressivo, dentro de um contexto específico, podendo ter determinadas significações.

No que diz respeito à importância da cor deve ser relacionada com o facto de constituir um factor de comunicação visual em diferentes áreas da vida do Homem, como por exemplo na regulação do trânsito, para além do factor estético e de protecção de superfícies. O estudo do círculo cromático visa essencialmente fazer recordar nos alunos os conteúdos mais relevantes da teoria da cor, pois este tema já foi abordado nas classes anteriores Os trabalhos práticos referentes ao estudo da teoria da cor deverão ser feitos basicamente com lápis de cor, aguarela ou guaches, lápis de cera em que a obtenção de uma cor secundária ou terciária deverá ser conseguida por sobreposição das cores intervenientes(no caso do lápis de cores), ou por mistura de pigmentos diluídos em agua,(no caso de aguarelas e guaches). Os alunos poderão pesquisar os vários materiais naturais e recicláveis que permitem a obtenção de algumas cores. Com relação ao trabalho com textura realçar-se-ão os factores “estéticos” e práticos ou “funcionais”.O seu estudo deve igualmente iniciar com a observação de objectos seguindo-se o desenho desses e as suas superfícies cuidadosamente caracterizadas com as respectivas texturas e cores. Este trabalho será sistematizado em trabalhos de criação individual.

As formas, as cores e a textura dos objectos naturais ou artificiais, servirão de fontes inesgotáveis de motivação dos alunos na aprendizagem de um determinado conteúdo programático. Esta unidade presta-se à colaboração com as outras áreas disciplinares na produção de material escolar, pelo que os alunos poderão identificar necessidades para a sua posterior criação, ex: mapas, tabelas periódicas, etc.

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Indicadores de Desempenho - Caracteriza as formas naturais e artificiais? - Identifica os elementos visuais que definem a forma? - Produz um juízo crítico sobre textura de vários objectos criados pelo Homem?

- Veicula informação útil à escola e comunidade? -Respeita as regras de perspectiva na representação da forma?

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Unidade Temática 5: Desenho Geométrico

Objectivos Específicos (O aluno deve ser capaz de)

Conteúdos Competências Básicas (O aluno:)

Horas Lectivas

Reconhecer a importância e aplicação da normalização

Usar convenientemente as regras de normalização.

Explicar a importância e aplicação do

Desenho Geométrico; Reconhecer na natureza, formas em espiral,

óvulo e oval;

Enumerar os vários tipos de arcos arquitectónicos;

Observar regras de higiene e segurança no trabalho.

Normalização

Importância Aplicação Letras e algarismos Esquadria

Importância e aplicação do Desenho Geométrico;

Traçado das espirais de dois, três e quatro

centros;

Traçado de oval e óvulo

Traçado dos: arco romano, arco árabe, ogiva

perfeita, arco contra curvado, arco abatido.

Projecta protótipos

(grades, motivos decorativos nas mobílias, tijoleiras, etc)

utilizando construções geométricas estudadas;

Identifica nos edifícios

moçambicanos, formas geométricas estudadas;

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Sugestões Metodológicas Os conteúdos abordados nesta unidade são uma continuidade dos conhecimentos adquiridos pelos alunos no Ensino Básico pelo que os

alunos deverão incluir nas composições realizadas construções geométricas das classes anteriores para que não haja nenhum tipo de dissociação. Poder-se-á realizar composições decorativas figurativas e não figurativas. Como forma de conciliar a teoria e a prática, os alunos farão protótipos de grades em material natural, artificial ou convencional, mas devem inicialmente preparar o projecto do protótipo. O rigor nos traçados deverá constituir uma constante nas aulas de Desenho Geométrico. Indicadores de Desempenho - Apresenta o projecto do protótipo de grades? - Constrói o protótipo de acordo com o projecto? - Nomeia as construções geométricas patentes nos edifícios da arquitectura moçambicana?

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10. Avaliação

A avaliação na disciplina de desenho deve ter uma função formativa e motivadora e não punitiva.

Ela deve obedecer as formas específicas preconizadas pelo Regulamento de Avaliação do Ensino Secundário Geral. Para se avaliar poder-se-á recorrer a determinados itens que podem ser objecto de verificação, tais como:

Apresentação das folhas de trabalho (esquadria, legenda, organização e limpeza); Evolução progressiva no domínio de técnicas; Qualidade expressiva.

No item, Apresentação das folhas de trabalho, pretende-se avaliar a esquadria, legenda, organização e limpeza. O professor poderá exigir um certo rigor neste parâmetro porque estes conteúdos vêem sendo abordados desde o 3º Ciclo do Ensino Básico. Evolução progressiva no domínio de técnicas. Lembre-se que existem conteúdos, relacionados com Desenho e Pintura por exemplo, que foram retomados desde o Ensino Básico. A sua repetição garante o melhor domínio das técnicas. O item qualidade expressiva destina-se a valorizar aspectos dos traçados que, devido ao meio riscador utilizado, não se encontram abrangidos por quaisquer disposições normalizadoras: o enquadramento do desenho, a adequação das diferenciações introduzidas nos tipos de traço utilizados, a regularidade do traço, o posicionamento e a apresentação geral do objecto gráfico final.

Em resumo a avaliação dos resultados obtidos no processo de ensino-aprendizagem da disciplina deverá realizar-se segundo os parâmetros que, seguidamente se apresentam:

Criatividade; Domínio de técnicas; Utilização variada de materiais; Organização mental e do espaço; Valores e atitudes. Observância das regras de higiene e segurança no trabalho.

Além dos diferentes tipos de avaliação (oral, escrita) o professor poderá recorrer à aplicação das várias estratégias, nomeadamente: auto-avaliação, avaliação que um aluno faz ao trabalho do outro, avaliação que um aluno faz do resultado do trabalho de um grupo, avaliação que um aluno faz do resultado do trabalho da turma.

A prática da hétero-avaliação será sempre enriquecedora para os alunos uma vez que, ela própria, leva ao desenvolvimento do sentido crítico, auto-estima, respeito pelas diferenças, ajuda mútua, entre outros aspectos formativos que concorrem para uma formação integral do aluno. Nestas avaliações poderá tomar-se em conta alguns aspectos como:

a motivação para a escolha do tema; a organização do espaço de trabalho; as fontes e os tipos de materiais e ferramentas/instrumentos usados; o domínio técnico; as dificuldades encontradas no percurso da realização do trabalho bem como os passos dados na

elaboração do mes