08 - agosto - 26

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LANTERNAGEM E PINTURA CHAVES FARÓIS E LÂMPADAS REVISÃO REVISÃO GERAL, TROCA TÉCNICA DE ÓLEOS E FILTROS P/ VEÍCULOS NACIONAIS E IMPORTADOS. ( ) AV. BIAS FORTES 954 FONE: 31 3222-8822 DISTRIBUIDOR AR CONDICIONADO ASSISTÊNCIA RETIFICADORA PEÇAS O presidente da Associação das Oficinas Reparadoras de Automóveis de Minas Gerais (Assora), Jose Ricardo Santana, tem desempenhado papel importante junto às empresas filiadas, favorecendo o desenvolvimento tecnológico do setor. Ontem, ele e associados participaram das comemorações dos 12 anos da Assora, com grande festa em Lagoa Santa. AUTO MOTIVOS DICA Falsa garantia A garantia do carro usado é um dile- ma no mercado de automóveis. Conven- cionou-se oferecer garantia de três meses para motor e caixa de câmbio, mas, qua- se sempre, o direito do consumidor vai além disso. Pelo Código de Defesa do Consumidor, artigo 26, a garantia é de 90 dias para pro- duto durável. E aí se enquadram os auto- móveis. Logo, a garantia legal é de três meses ou 90 dias para todo o carro, independente- mente do defeito ser de motor ou caixa de câmbio. Além disso, o artigo 50 define que a ga- rantia legal se soma à contratual, o que significa que, se a loja deu garantia de três meses de motor e caixa, o consumidor tem direito a três meses de garantia legal, de todo o carro, mais três meses de mo- tor e caixa. A exceção é para itens de desgaste natu- ral, como pastilhas de freio ou bateria. Nes- se caso, não é responsabilidade da loja. ESTADO DE MINAS D O M I N G O , 2 6 D E A G O S T O D E 2 0 0 7 2 MARLOS NEY VIDAL/EM - 26/1/05 RETÓRICA DO TRANSPORTE Um trio de animadores profissionais é o responsável por produzir a dinâmica e conseguir, em pouco mais de um par de horas, soluções para o problema ancestral do transporte rodoviário brasileiro. O trio é liderado por Douglas Peternela (foto), anunciado como “consultor empresarial, palestrante e facilitador em programas de treinamento”. Peternela tem a voz exces- sivamente trabalhada e não faria feio co- mo locutor em rádios FM e festas de cida- des de um interior remoto, mas está no 3º Seminário Scania-NTC&Logística de Trans- porte e Segurança e quer idéias dos parti- cipantes, mesmo que não sejam novas. ANIMADOR O “consultor empresarial, palestrante e facilitador em programas de treinamento” arregaça as mangas da camisa preta – ornada por uma gravata roxa – e movimenta a cabeleira negra bem penteada enquanto busca “dinami- zar” a platéia. Exibe um trecho do filme O céu de outubro (1999) e tenta com a história do astronauta Homer Hickam Jr. mostrar que é possível, mesmo nas piores situações, encontrar uma saída. Uso de filmes para motivar platéias – nem sempre entusiasmadas – é a espe- cialidade de Peternela, co-autor de dois livros: Lições que a vida ensina e a arte encena (2004) e Outras lições que a vida ensina e a arte encena (2007). PÚBLICO A arte de dizer o mesmo com palavras diferentes também é a estraté- gia do 3º Seminário Scania-NTC&Logísti- ca de Transporte e Segurança para che- gar a soluções para o transporte. Na pla- téia, empresários transportadores, exe- cutivos do setor de implementos, médi- cos especializados em medicina de tráfe- go e policiais rodoviários federais, princi- palmente, os que estão começando a profissão. Também estão estudantes do Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat) de engenharia da Fun- dação de Educação Inaciana (Fei). MORTES Os palestrantes destilaram números do setor, com o intuito de provocar a discussão. Informações da seguinte estirpe: enquanto o Canadá tem três mortes para cada mil quilô- metros de rodovia no período de um ano, o Brasil tem 70. Os países da Euro- pa têm uma média de 10 mortes nesse cálculo e os Estados Unidos 12. A infor- mação foi passada pelo presidente da NTC&Logística, Geraldo Vianna, que acredita que o setor precisa de mais re- gulamentação. “Primeiro a regra, de- pois a fiscalização”, afirma. PREJUÍZO Iêda Lima, que coordenou pa- ra o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) o projeto Impactos So- ciais e Econômicos dos Acidentes de Trânsito nas Rodovias Brasileiras, relatou alguns números desse trabalho. Em va- lores de 2005, o prejuízo causado pelos acidentes com transporte de cargas che- ga a R$ 2,3 bilhões ao ano, sendo que R$ 1,5 bilhão é relativo a pessoas e R$ 725 milhões com materiais, como carga e veículos danificados. DESPREPARADOS O superintendente da Fundação Adolfo Bósio de Educação no Transporte (Fabet), Osni Roman, tra- çou o comportamento do motorista profissional com base em pesquisa rea- lizada pela fundação: 79% são casados; 84% só estudaram até o primeiro grau; 54% só usam o cinto de segurança quando passam em frente a um posto policial e 55% já se envolveram em al- gum acidente. Mais: 23% admitem usar rebite, mistura de estimulante com ál- cool, e 25%, bebidas alcoólicas quando trabalham. Algumas frases lapidares permeiam os slides de Roman, como: “Muitos caminhoneiros acreditam que a potência do veículo reflete a dele”. AUSÊNCIA O presidente do Denatran, Al- fredo Peres, não foi fazer a palestra pre- vista. O órgão é o responsável por execu- tar as leis de trânsito. Além disso, Peres acumula o cargo de presidente do Conse- lho Nacional de Trânsito (Contran), que legisla sobre o assunto. Mandou em seu lugar um representante, que leu as últi- mas resoluções que tinham afinidade com o setor de transporte. FUGA NÚMERO II Sem Peres, que estava no Nordeste acompanhando o ministro das Cidades, a platéia se dividiu em gru- pos, “dinamizados” pela trupe de Peter- nela, e tentou repassar soluções para os problemas apresentados. O presidente da NTC&Logística, Geraldo Vianna, foi embora mais cedo e também se ausen- tou das propostas. INTIMIDAÇÃO Policiais rodoviários com a arma no coldre e japona preta se mistu- ravam aos empresários, estudantes e jor- nalistas presentes. Quando se sugere que as propinas cobradas por policiais é um problema que precisa ser solucionado, um representante de uma transportado- ra, que foi policial rodoviário por mais de 30 anos e se aposentou no emprego pú- blico protesta: “É um assunto sensível e corrupção existe em todos os setores”. LOBBY Em outro grupo, um policial diz que, se fosse prender quem oferece pro- pina, “60% da população estaria na ca- deia” e completa dizendo que os motoris- tas autônomos já entregam o documen- to casado com o dinheiro. O fim da pro- pina fica de fora da pauta de soluções pa- ra o transporte no Brasil. ROLIMÃ SIDNEY LOPES/EM WAGNER MENEZES/SCANIA/DIVULGAÇÃO CLASSIFICADOS VEÍCULOS c m y k c m y k CYAN MAGENTA AMARELO PRETO CYAN MAGENTA AMARELO PRETO pg.02

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C Y A N M A G E N T A AMARELO P R E T O RETÓRICA DO TRANSPORTE DICA )AV.BIASFORTES954FONE:31 3222-8822 REVISÃO GERAL, TROCA TÉCNICA DE ÓLEOS E FILTROS P/ VEÍCULOS NACIONAIS E IMPORTADOS. DESPREPARADOS O superintendente 2 6 D E AGOSTO D E 2007 MORTES Os palestrantes destilaram ANIMADOR O “consultor empresarial, PÚBLICO A arte de dizer o mesmo com LOBBY Em outro grupo, um policial diz FUGA NÚMERO II Sem Peres, que estava AUSÊNCIA O presidente do Denatran, Al- SIDNEY LOPES/EM (

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LANTERNAGEM E PINTURA

CHAVES

FARÓIS E LÂMPADAS

REVISÃO

REVISÃO GERAL, TROCA TÉCNICADE ÓLEOS E FILTROS P/ VEÍCULOS

NACIONAIS E IMPORTADOS.( )AV. BIAS FORTES 954 FONE: 31 3222-8822

DISTRIBUIDOR

AR CONDICIONADO

ASSISTÊNCIARETIFICADORA

PEÇAS O presidente da Associação das OficinasReparadoras de Automóveis de MinasGerais (Assora), Jose Ricardo Santana,tem desempenhado papel importantejunto às empresas filiadas, favorecendo odesenvolvimento tecnológico do setor.Ontem, ele e associados participaram dascomemorações dos 12 anos da Assora,com grande festa em Lagoa Santa.

AUTO MOTIVOS

DICA

Falsa garantiaA garantia do carro usado é um dile-

ma no mercado de automóveis. Conven-cionou-se oferecer garantia de três mesespara motor e caixa de câmbio, mas, qua-se sempre, o direito do consumidor vaialém disso.●Pelo Código de Defesa do Consumidor,artigo 26, a garantia é de 90 dias para pro-duto durável. E aí se enquadram os auto-móveis.●Logo, a garantia legal é de três meses ou90 dias para todo o carro, independente-mente do defeito ser de motor ou caixade câmbio.● Além disso, o artigo 50 define que a ga-rantia legal se soma à contratual, o quesignifica que, se a loja deu garantia de trêsmeses de motor e caixa, o consumidortem direito a três meses de garantia legal,de todo o carro, mais três meses de mo-tor e caixa. ●A exceção é para itens de desgaste natu-ral, como pastilhas de freio ou bateria. Nes-se caso, não é responsabilidade da loja.

E S T A D O D E M I N A S ● D O M I N G O , 2 6 D E A G O S T O D E 2 0 0 7

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MARLOS NEY VIDAL/EM - 26/1/05

RETÓRICA DO TRANSPORTE

Um trio de animadores profissionais é oresponsável por produzir a dinâmica econseguir, em pouco mais de um par dehoras, soluções para o problema ancestraldo transporte rodoviário brasileiro. O trio éliderado por Douglas Peternela (foto),anunciado como “consultor empresarial,palestrante e facilitador em programas detreinamento”. Peternela tem a voz exces-sivamente trabalhada e não faria feio co-mo locutor em rádios FM e festas de cida-des de um interior remoto, mas está no 3ºSeminário Scania-NTC&Logística de Trans-porte e Segurança e quer idéias dos parti-cipantes, mesmo que não sejam novas.

ANIMADOR O “consultor empresarial,palestrante e facilitador em programasde treinamento” arregaça as mangas dacamisa preta – ornada por uma gravataroxa – e movimenta a cabeleira negrabem penteada enquanto busca “dinami-zar” a platéia. Exibe um trecho do filmeO céu de outubro (1999) e tenta com a

história do astronauta Homer HickamJr. mostrar que é possível, mesmo naspiores situações, encontrar uma saída.Uso de filmes para motivar platéias –nem sempre entusiasmadas – é a espe-cialidade de Peternela, co-autor de doislivros: Lições que a vida ensina e a arteencena (2004) e Outras lições que a vidaensina e a arte encena (2007).

PÚBLICO A arte de dizer o mesmo compalavras diferentes também é a estraté-gia do 3º Seminário Scania-NTC&Logísti-ca de Transporte e Segurança para che-gar a soluções para o transporte. Na pla-téia, empresários transportadores, exe-cutivos do setor de implementos, médi-cos especializados em medicina de tráfe-go e policiais rodoviários federais, princi-palmente, os que estão começando aprofissão. Também estão estudantes doServiço Nacional de Aprendizagem doTransporte (Senat) de engenharia da Fun-dação de Educação Inaciana (Fei).

MORTES Os palestrantes destilaram

números do setor, com o intuito deprovocar a discussão. Informações daseguinte estirpe: enquanto o Canadátem três mortes para cada mil quilô-metros de rodovia no período de umano, o Brasil tem 70. Os países da Euro-pa têm uma média de 10 mortes nessecálculo e os Estados Unidos 12. A infor-mação foi passada pelo presidente da

NTC&Logística, Geraldo Vianna, queacredita que o setor precisa de mais re-gulamentação. “Primeiro a regra, de-pois a fiscalização”, afirma.

PREJUÍZO Iêda Lima, que coordenou pa-ra o Instituto de Pesquisa EconômicaAplicada (IPEA) o projeto Impactos So-ciais e Econômicos dos Acidentes deTrânsito nas Rodovias Brasileiras, relatoualguns números desse trabalho. Em va-lores de 2005, o prejuízo causado pelosacidentes com transporte de cargas che-ga a R$ 2,3 bilhões ao ano, sendo que R$1,5 bilhão é relativo a pessoas e R$ 725milhões com materiais, como carga eveículos danificados.

DESPREPARADOS O superintendenteda Fundação Adolfo Bósio de Educaçãono Transporte (Fabet), Osni Roman, tra-çou o comportamento do motoristaprofissional com base em pesquisa rea-lizada pela fundação: 79% são casados;84% só estudaram até o primeiro grau;54% só usam o cinto de segurança

quando passam em frente a um postopolicial e 55% já se envolveram em al-gum acidente. Mais: 23% admitem usarrebite, mistura de estimulante com ál-cool, e 25%, bebidas alcoólicas quandotrabalham. Algumas frases lapidarespermeiam os slides de Roman, como:“Muitos caminhoneiros acreditam quea potência do veículo reflete a dele”.

AUSÊNCIA O presidente do Denatran, Al-fredo Peres, não foi fazer a palestra pre-vista. O órgão é o responsável por execu-tar as leis de trânsito. Além disso, Peresacumula o cargo de presidente do Conse-lho Nacional de Trânsito (Contran), quelegisla sobre o assunto. Mandou em seulugar um representante, que leu as últi-mas resoluções que tinham afinidadecom o setor de transporte.

FUGA NÚMERO II Sem Peres, que estavano Nordeste acompanhando o ministrodas Cidades, a platéia se dividiu em gru-pos, “dinamizados” pela trupe de Peter-nela, e tentou repassar soluções para osproblemas apresentados. O presidenteda NTC&Logística, Geraldo Vianna, foiembora mais cedo e também se ausen-tou das propostas.

INTIMIDAÇÃO Policiais rodoviários coma arma no coldre e japona preta se mistu-ravam aos empresários, estudantes e jor-nalistas presentes. Quando se sugere queas propinas cobradas por policiais é umproblema que precisa ser solucionado,um representante de uma transportado-ra, que foi policial rodoviário por mais de30 anos e se aposentou no emprego pú-blico protesta: “É um assunto sensível ecorrupção existe em todos os setores”.

LOBBY Em outro grupo, um policial dizque, se fosse prender quem oferece pro-pina, “60% da população estaria na ca-deia” e completa dizendo que os motoris-tas autônomos já entregam o documen-to casado com o dinheiro. O fim da pro-pina fica de fora da pauta de soluções pa-ra o transporte no Brasil.

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