Kety e Maga parecem personagens de um fime, se viram, se conheceram, se apaixonaram e desde então vivem uma história intensa e cheia de paixão

Graças à insistência de amigos em comum, Magaiver Pilatti e Ketlen Gaier foram apresentados e tiveram um amor à primeira vista, parece história de filme, mas foi as-sim que aconteceu. Há dois anos, em uma tarde de sábado trocaram olhares e desde en-tão continuam juntos. “Atra-vés desses nossos dois amigos, que promoveram o nosso en-contro, eu vi o Maga e então não nos desgrudamos mais”, lembra Ketlen.

O namoro que foi intenso

desde o início teve aprova-ção de todos, principalmente da família do casal. “Nosso convívio em casa foi o me-lhor possível, tanto os meus pais quanto os pais do Maga fizeram questão de conversar com a gente pra mostrar que seríamos muito bem aceitos em ambas as famílias, não te-mos do que reclamar quanto a isso”, afirma Kety.

Os dois explicam que se consideram um casal especial, pois precisaram apenas de um olhar para se apaixonarem.

“Desde o primeiro instante em que nos vimos já não con-seguíamos parar de pensar um no outro, a vontade de estar juntos era enorme, e o mais lindo de tudo é que nenhum resistiu a esse amor. Concor-damos que foi muito rápido, mas se tivéssemos a chance de fazer tudo de novo, faríamos exatamente igual” declaram.

Como a paixão do casal já nasceu intensa, os dois se viam diariamente, e decidi-ram morar juntos antes do casamento, porém na maio-

ria das relações há conflitos, e entre eles as brigas aconte-ciam com a mesma intensi-dade. “Tivemos alguns desen-tendimentos durante nosso namoro, pois eu sempre fui muito orgulhosa, no começo isso prejudicou, e o Maga era mais irresponsável, mas nada que não pudéssemos superar com muito diálogo e princi-palmente amor”, diz Kety.

Os dois fazem planos para o futuro, e dão dicas para os casais que desejam comparti-lhar uma vida juntos. “Nosso

principal plano no momento, está para ser concretizado em setembro desse ano, o nosso casamento. Como em tudo na vida, o relacionamento entre duas pessoas não é sim-ples. Mas quando o amor e a vontade de ficar junto com a pessoa que se ama é maior que tudo, não há obstáculo ou dificuldade que não possa ser vencido. Nossa dica com cer-teza é a conversa e o respeito entre o casal, ninguém é igual a ninguém, mas quem ama se adapta”, declara Kety.

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Namorados

A intensidade de um amor a primeira vista

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Namorados

Camila e Wagner superam os desafios da deficiência visual em nome do seu amor

Personalidade forte, indepen-dência e amor são as três ca-racterísticas mais marcantes do casal Wagner Maia e Camila Gandini. Os dois fazem o le-gítimo ‘par perfeito’, desses que na primeira conversa fica claro que foram feitos para compar-tilharem uma vida inteira. O casal, que se conheceu na in-ternet, tem mais em comum do que simples afinidades, os dois são cegos, o que causa surpre-sa e marca os lugares por onde eles passam. Wagner morava no Rio de Janeiro e conversa-va com Camila pelo twitter, os dois eram comprometidos com outras pessoas na época e man-tinham uma relação apenas de amizade. “Nós conversávamos de vez em quando, trocávamos mensagens pelo twitter, e em outubro de 2013 descobri que ela estava solteira, assim como eu. Daí para frente começamos a nos falar mais e fomos criando confiança um no outro, principalmente porque já sabíamos que ambos mantinham-se

Independentes na vida e no amorfiéis aos seus parceiros, mesmo tendo a liberdade de ter ami-gos”, lembra Wagner.

A distância se tornou um empecilho para o namoro, as viagens a cada 15 dias não eram suficientes para o casal, então Wagner decidiu largar a vida e o emprego estável no RJ para viver esse amor com dedicação total e ficar mais perto de Ca-mila. “Namoro a distância tem prazo de validade, ou se defi-ne um rumo para a relação ou ela vai acabar se desgastando e terminando. Na época eu até ganhava muito bem, e podia viajar com frequência, mas não dava pra trabalhar só pra pagar as passagens, e mais as despe-sas com hotel”, conta Wagner. Questionados sobre as dificul-dades enfrentadas na relação,

Camila conta que uma das principais foi o fato do namoro ser oriundo da internet, pois isso dificultou a aceitação de Wag-ner pela família dela. “O que se conhece de relações virtuais são aquelas histórias que sempre acabam em morte. As pessoas nunca ficam sabendo das his-tórias que dão certo. E isso fez com que minha família e meus amigos temessem essa relação”, declara Camila.

Além da não aceitação do namoro dos dois, Camila con-ta que o confronto de culturas e o choque de personalidades afetaram a relação, pois a forma de analisar as circunstâncias e reagir a elas eram muito dife-rentes. “Eu sou mais pacífica, o Wagner é mais intolerante, e isso para mim foi muito difí-cil. Mas acredito que nenhuma relação é composta de pessoas iguais, e o que importa não são os conflitos, mas o fato de se ter ou não a habilidade de resolvê--los.” Em relação a isso, Wagner

complementa: “Nós nunca brigamos, nós somos duas pessoas com personalidades fortes e nossas discussões são compostas uni-camente por um debate de ideias,

no qual ambos apresentam

seus ar-gumen-tos e t entam

chegar a

um consenso.”, afirma.

Ver além das aparências

O fato de os dois serem ce-gos, frequentemente causa nas pessoas o sentimento de pena, como afirma Camila: “As pes-soas pensam que precisamos de uma babá, ou seja, alguém para nos cuidar, para fazer tudo por nós, e acredito que surpreenda-mos as pessoas e quebremos um pouco deste pré-conceito, quan-do saímos sozinhos, mostrando nossa autonomia e independên-cia. E falo pré-conceito, e não preconceito, pois é justamente uma ideia formada antes de se conhecer a realidade dos fatos, ou seja, a realidade de que so-mos adultos e responsáveis por nós mesmos”.

Wagner e Camila não se afe-tam com comentários e pergun-tas descabidas, levam a vida na esportiva e não permitem que a ignorância alheia os afete. “Nós gostamos de quebrar paradig-mas, fazendo tudo o que não se espera de um cego”, declara Camila. Os dois moravam sozi-nhos antes de morarem juntos, e garantem que a independência individual e a igualdade de direi-tos e deveres é importante para a relação dar certo. “Uma coisa que eu posso falar é que entre a gente não existe hierarquia se-xual na divisão do trabalho, aqui em casa nós fazemos tudo igual, se vamos fazer faxina, os dois fazem juntos”, declara Wagner. O casal afirma que é necessário

morar um tempo junto para se conhecer o outro, pois é só na convivência diária que se des-cobre a fundo as qualidades e os defeitos de uma pessoa. “Ter afi-nidade é fundamental, mas não essa afinidade de gostar do mes-mo estilo musical, isso é muito superficial, precisa ser muito mais profundo. É preciso ha-ver uma afinidade de objetivos, de crenças e de formas de ver o mundo”, explica Camila.

O casal conta que adora via-jar e fazer programas juntos no final de semana, e ressalta que reservar um tempo exclusiva-mente um para o outro é fun-damental para manter aquecida a relação. Questionados sobre as qualidades que eles mais apreciam um no outro, Wagner diz que é a paciência dela, que Camila sempre dá apoio para o desenvolvimento pessoal e profissional dele, e tende a ana-lisar as coisas de uma maneira mais calma. Já Camila diz que o companheirismo e o zelo de Wagner fizeram com que ela se encantasse por ele.

Para terminar, os dois dão mais uma lição de vida e sabe-doria, afirmando que é preciso ter uma relação em que a pes-soa não se anule perante o ou-tro, que ela possa ser ela mesma, conforme as palavras de Cami-la: “Cada um deve manter sua individualidade, você não deve buscar por alguém que te traga felicidade, você tem que ser feliz antes e depois achar alguém que seja feliz contigo”.

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O amor em comum pela cultura gauchesca, de Andreia e Dario, os aproximou fazendo com que os dois estreitassem os laços tradicionalistas nas suas vidas

Pode até ser que os opostos se atraiam porque se comple-tam, mas bom mesmo é quan-do as afinidades aproximam e não deixam brechas para con-flitos. Foi assim com Andreia Osmarin dos Santos e Dario Quevedo dos Santos, as afini-dades e gostos pelo tradicio-nalismo uniram mais ainda os dois. Ela tem 24 anos, é auxi-liar de escritório e apaixonada por Dario Quevedo Dos San-tos, 25, e vendedor.

O amor pelas tradições gaú-chas e o carinho pelos animais fortaleceram ainda mais a re-lação que já dura nove anos,

o casal se conheceu na esco-la em 2006, namoraram por cinco anos e são casados há quatro. Dario foi criado no meio tradicionalista, seu avô era tropeiro e isso influenciou bastante a sua criação. “Desde pequeno tenho contato com os cavalos e isso virou rotina na minha vida”, conta. Já para Andreia a paixão pelo mundo dos C.T.Gs veio de uma ou-tra maneira. “Eu frequentava muitos bailes pois gostava de dançar, isso fez com que eu me aproximasse desse meio, e depois com essa aproximação comecei a ir nos rodeios tam-

bém”, explica. Com a convi-vência Andreia estreitou ainda mais os laços tradicionalistas com o amado, Dario tem uma égua de estimação, a Maluna, Andreia não andava muito a cavalo, mas junto com Da-rio aprendeu a amar o animal como se fosse seu. “A nossa relação e convivência fez com que esse sentimento mudasse e eu começasse a gostar e amar a Maluna”, lembra.

Como tudo no início é mais complicado, no roman-ce do casal não foi diferente, o amor pelo tradicionalismo não era suficiente e os gostos

divergentes algumas vezes se sobressaiam. “Mas para a re-lação dar certo é preciso haver dedicação e o respeito de am-bos”, afirma Andreia. Hoje, depois de muitos anos com-partilhados, o casal faz planos, estão esperando um bebê, que virá para trazer mais amor e união à vida dos dois.

Andreia confessa que o mais lhe encantou em Dario foi sua dedicação. “Dario é carinho-so e companheiro”, declara. E para ele a simpatia de Andreia é o que mais chama atenção. “O seu sorriso, os olhos, e também a sua sinceridade me

encantaram desde o início”, conta. Atualmente Dario é ca-pataz campeiro do C.T.G. La-ços da Amizade o que faz com que a vivência das tradições seja ainda mais forte.

Como um fogo campeiro, as tradições e o amor devem ser sempre renovados, é ne-cessário alimentar o fogo com lenha, as tradições com os há-bitos e o amor com dedicação, para manter as chamas acesas. “Com toda certeza iremos criar nosso filho dentro do tradicio-nalismo, mostrando o quanto é bom e faz bem manter as tradi-ções gaúchas” finaliza Andreia.

Amor e alma campeiros

Liliane Nuñez e Fabiano Sperotto levando seu amor às alturas

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Marasmo é uma palavra que não entra no vocabulário e nem na vida do casal Lilia-ne Nuñez, 30 anos e Fabiano Sperotto, 36. Os dois têm o espírito de aventura e levam o seu amor e romance para as montanhas, para fazer rapel, escalada, saltos de tirolesa, ar-vorismo e mais alguns esportes radicais que exijam um pouco de coragem para praticar. Eles se conheceram em 2007 e co-meçaram sua história juntos em 2008, nos finais de sema-na Liliane auxilia Fabiano na Gasper Montanhismo, unindo o útil ao agradável. “É muito bom essa nossa união entre trabalho e namoro, pois nos divertimos muito nas aventu-ras”, conta Fabiano.

O casal explica que é difícil eles estarem entediados e jun-tos ao mesmo tempo, porque sempre buscam em todos os lugares que vão, atividades di-ferentes para fazer. “Gostamos dessa vida aventureira e qual-quer viagem ou lugar que es-tamos procuramos algo novo para praticar”, afirma Liliane.

Mesmo levando essa vida ra-dical os dois não se conside-ram um par diferente, apenas mais agitado. “Diferente é uma palavra muito forte, acho que todos são singulares nas suas relações, a gente só não gosta de ficar parado sem nada para fazer”, dizem.

Mas a relação entre os ca-sais, também tem seus altos e baixos, assim como um passeio aventureiro. Com Fabiano e Li-liane não foi diferente, os dois também tiveram seus dias mais complicados. “Esses momentos difíceis são fundamentais para o crescimento e amadurecimen-to da nossa relação. Passamos um período separados e é por isso que hoje estamos juntos e felizes. Precisamos passar pela separação para percebermos o quanto um faz falta na vida do outro”, declara Fabiano. E uma das maiores dificuldades para eles é conciliar a rotina do dia--a-dia com o relacionamento, é um desafio diário, mas que não tem segredo. “Dedicação, doa-ção, comprometimento, muita paciência e amor são alguns dos

ingredientes que fazem o na-moro dar certo”, garante Liliane.

Mudar hábitos, manias ou até convicções pessoais para melhorar como pessoa e fazer com que o namoro dê certo é um passo importante na rela-ção a dois, mostra que o par está disposto a fazer com que o romance se concretize. “Ti-vemos que aprender a fazer concessões, aceitar as diferen-ças e, principalmente, a per-doar”, salienta Fabiano.

Ele conta que a alegria e o carinho da Liliane são as ca-racterísticas mais marcantes da amada, já Liliane se encantou pela determinação dele. “Eu amo a capacidade que ele tem de “fazer acontecer”, declara.

E para terminar essa his-tória os dois contam a sua maior aventura, mais radical do que pular de paraquedas, ou escalar a montanha mais alta. “Nos casamos faz quatro meses, e com certeza essa foi a coisa mais radical que a gente podia ter feito. Estamos pron-tos para nos aventurar, agora como família”, declaram.

Namorados

Compartilhando uma vida radicalNATÁLIA ZWETSCH FOTOPOESIA