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Data 04 a 06/09/2012 Ano I Número 57

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Clipping Tráfico e Abuso de Drogas Eletrônico

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Data04 a 06/09/2012

AnoI

Número57

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VINÍCIUS D’OLIVEIRAOito pessoas foram presas em uma operação realizada

ontem pela Polícia Militar (PM), no aglomerado do Boréu, um dos mais perigosos da região de Venda Nova, em Belo Horizonte. A ação foi organizada depois que a polícia rece-beu uma denúncia informando que traficantes estariam ame-açando e tentando expulsar moradores da região, para usar as casas como ponto de venda de drogas. Quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos pelos militares.

Em um dos endereços vistoriados, os policiais surpreen-deram um grupo de cinco pessoas consumindo drogas. “Eles faziam uso de cocaína. No imóvel, encontramos porções da droga e uma arma”, informou o tenente Ronan Sassada, do 49º Batalhão da PM.CRIMINOSOS.

Apesar da pouca idade, o dono do barracão, Luiz Hen-rique Alves Teodoro, conhecido como Chicó, 20, foi apon-tado pela Polícia Militar como um dos líderes do tráfico no aglomerado. “Chicó é o principal vendedor de drogas nesta parte do Boréu. Existem denúncias de que ele teria envol-vimento com marginais perigosos, como Quen-Quen e Pe-zão”, afirmou o tenente.

Uma jovem de 22 anos também foi presa na operação. Samara Matos Vieira foi encontrada em casa, na companhia de duas filhas pequenas. No entanto, segundo a PM, ela esta-ria com um mandado de prisão em aberto por tráfico de dro-gas e era procurada pela polícia. Um carro e m carro e uma motocicleta que seriam usados por integrantes da quadrilha foram apreendidos na ação.

O TEMPO - ON LINE - 05.09.2012

O TEMPO - P. 30 - 05.09.2012

Operação termina com oito presos em aglomerado de BH

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O GLOBO - RJ - P. 08 - 05.09.2012

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O TEMPO - MG - P.19 - 06.09.2012

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CONT... O TEMPO - MG - P.19 - 06.09.2012

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Autor(es): RENATA MARIZPesquisa revela que o país possui um milhão de

usuários do entorpecente. Além disso, é o segundo co-locado, em números absolutos, no consumo de cocaína e derivados. Desses, 45% tiveram o primeiro contato com a substância ainda na adolescênciaNotíciaGráfico

Um em cada 100 brasileiros adultos usaram crack no último ano. Se considerada também a forma em pó da cocaína, 6 milhões de pessoas, ou 4% da população com mais de 18 anos, já experimentaram a droga. Des-sas, 2,8 milhões fizeram uso nos 12 meses passados. Os números divulgados ontem pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que elaborou o Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), colocam o Brasil como segundo consumidor mundial de cocaína e deri-vados, atrás apenas dos Estados Unidos, em números absolutos de usuários. O país é apontado como o maior mercado de crack, com a marca de um milhão de pes-soas utilizando a substância.

“Essa constatação de que o Brasil é o maior merca-do consumidor de crack vem de uma indução nossa, em função de outros países não terem tanto problema de crack e considerando um milhão de usuários aqui”, ex-plica a psicóloga Clarice Madruga, uma das autoras do estudo. Um dos achados mais preocupantes do levanta-mento — financiado pela Fundação de Amparo à Pes-quisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) — é o de que 45% dos usuários de cocaína, em qualquer forma usada, tiveram o primeiro contato com a droga antes dos 18 anos. “É a idade em que o consu-mo mais afeta o cérebro, com chances aumentadas de causar dependência e de desencadear doenças psiquiá-tricas no futuro, como os distúrbios de ansiedade e de humor.”

O número de adolescentes de 14 até 18 anos que fizeram uso de cocaína, em qualquer forma de apresen-tação do entorpecente, no último ano também assusta: 244 mil pessoas (ou 2% da população nessa faixa etá-ria), segundo o Lenad. “Esse índice elevado de usuários jovens nos sugere uma projeção, no futuro, muito som-bria no que diz respeito à dependência química. Outro ponto a ser considerado é que o adolescente tem uma percepção de risco muito baixa, em função da pouca maturidade”, destaca Carlos Salgado, especialista em dependência química e integrante da Associação Brasi-leira de Psiquiatria.

Das 2,8 milhões de pessoas que fizeram uso no úl-timo ano de cocaína, crack ou outros derivados, como

merla e oxi, 78% utilizaram a droga em pó e 31% na forma fumada. Do total, 48% desenvolveram depen-dência química, segundo critérios científicos analisados na pesquisa. “É dizermos que a cada dois, um se tornou dependente. Ou seja, uma roleta russa para quem expe-rimenta”, afirma Clarice. A pesquisa detectou ainda que 70% dos usuários de cocaína também utilizaram maco-nha no último ano. “Mas isso não quer dizer que uma leve à outra. Não há dados suficientes para afirmar que a maconha é porta de entrada para outras drogas”, diz a pesquisadora. Em um recorte regional, o Centro-Oeste aparece como campeão em uso de cocaína no último ano, com 2,6% entre adolescentes e adultos, seguido pelo Sudeste, com 2,2%.

No plano mundial, em ranking feito com países que dispõem de dados na Organização Mundial da Saúde, o Brasil aparece em nono lugar em proporção da popula-ção consumidora de cocaína, com 2% tendo usado no último ano e 4%, na vida. Em termos absolutos, porém, o país passa para o segundo lugar. “2% no Brasil signi-fica muita gente, são 2,8 milhões de pessoas, por isso usamos o dado absoluto”, explica Clarice.

TratamentoDo total, 27% afirmaram usar mais de duas vezes

por semana, 30% disseram ter vontade de parar e 10% chegaram a procurar algum tratamento. “Mas sabemos que a cobertura é pequena para essa minoria que chega. Imagine o tamanho do desafio que é ter uma rede pre-parada para atender a todos”, alerta a psicóloga Ilana Pinsky, da Associação Brasileira de Estudos sobre Ál-cool e Drogas (Abead).

Ela ressalta que países como os Estados Unidos, que conseguiram conter o avanço do crack, utiliza-ram diferentes mecanismos. “Não existe uma forma de adaptar. Ainda não sabemos exatamente o que fun-ciona. Lá, endureceram a legislação, o que levou a um efeito colateral de lotar as cadeias. Notou-se também uma mudança de comportamento, uma substituição do crack por outras drogas menos devastadoras, como as metanfetaminas”, explica Ilana. “Mas sabemos que é preciso investir na política de tratamento, com clínicas particulares e públicas.”

“É dizermos que a cada dois, um se tornou depen-dente. Ou seja, uma roleta russa para quem experimen-ta”

Clarice Madruga, psicóloga, uma das autoras do estudo

14% Já injetaram a droga alguma vez na vida

CORREIO BRazILIENSE - ON LINE - 06/09/2012Maior consumidor de crack no mundo

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Autor(es): » SAULO ARAÚJO » ARIADNE SAKKISQuase 50% dos 18 mil universitários entrevistados no país

admitem ter usado entorpecentes. No DF, a situação se repete, segundo professores e alunos. Com medo de represálias, do-centes se calam. A Secretaria de Justiça e Cidadania pretende ensiná-los a lidar com o problema

O flagelo das drogas não se restringe ao universo das es-colas. Nas faculdades públicas e privadas do Distrito Federal, o problema se repete. Em muitas delas, combater o consumo é mais complicado do que nos centros educacionais. Por lidar com um público adulto e que paga pelos estudos, a maioria dos professores tem dificuldade para controlar a entrada de subs-tâncias ilícitas em sala de aula.

A mais recente pesquisa feita pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) mostra que quase 50% dos 18 mil universitários entrevistados admitiram ter usado algum tipo de entorpecente. O estudo não faz um recorte por unidade da Federação, mas especialistas, professores e alunos ouvidos pelo Correio confirmam a realidade na capital. Numa facul-dade privada de Taguatinga, a polícia teve de agir para acabar com o tráfico explícito na entrada da instituição. O episódio ocorreu em janeiro. Na ocasião, dois homens, sendo um estu-dante, foram presos acusados de vender maconha e cocaína.

O presidente do Sindicato dos Professores das Entidades de Ensino Particulares (Sinproep), Rodrigo de Paula, confirma a rotina de medo. Segundo ele, é comum alunos sob efeito de drogas ameaçarem servidores. Mas, por medo de represálias, a maioria dos trabalhadores prefere não comunicar o episódio à polícia e ao sindicato da categoria. “Parece uma coisa distante do universo universitário, mas não é. São recorrentes os casos de professores ameaçados por tentarem enfrentar estudantes dependentes químicos. O problema é que ficamos sabendo desses episódios por meio do boca a boca, pois é natural que eles (professores) fiquem com receio de fazer uma denúncia formal”, explica Rodrigo.

Na tentativa de mudar essa realidade, a entidade sindical, em parceria com a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), abriu inscrições para um curso no qual educadores aprende-rão como lidar ao se deparar com alunos drogados. A primeira turma deve ser formada em outubro. “Percebemos que muitos professores não sabem o que fazer diante de um problema tão sério. Com uma abordagem direcionada e correta, acreditamos que as soluções para esses conflitos possam ser encontradas de forma mais tranquila”, frisou Rodrigo de Paula.

Festas badaladasAs universidades mais tradicionais e caras de Brasília não

estão livres das drogas. Cientes do alto poder aquisitivo dos estudantes, traficantes seduzem jovens para festas badaladas promovidas em mansões situadas em bairros nobres. Nesses eventos, predomina o consumo de drogas sintéticas, como o ecstasy e o LSD. A cocaína escama de peixe, quase 100% pura, também é bastante procurada por estudantes universitários com bom padrão financeiro.

No primeiro semestre deste ano, a Coordenação de Re-

pressão às Drogas (Cord) apreendeu 397 kg de cocaína. Desse total, aproximadamente 4kg eram do tipo escama de peixe. O quilo desse pó chega a custar R$ 100 mil nos bairros nobres. Nas cidades mais pobres, o preço cai para R$ 40 mil pela mes-ma quantidade. Parte desse narcótico é consumido por aspi-rantes a médicos, engenheiros, administradores, entre outros profissionais. “Volta e meia, prendemos um estudante univer-sitário envolvido com quadrilhas especializadas em tráfico de drogas. É triste para os pais, que ficam muito surpresos e de-cepcionados quando descobrem que seus filhos estão envolvi-dos com esses grupos”, afirma o delegado-chefe da Cord, Luiz Alexandre Gratão.

Estudo interrompidoFoi justamente numa festa de fim de ano promovida por

estudantes do curso de publicidade que o jovem Luiz*, 26 anos, entrou no submundo das drogas. Começou com a maconha, passou para a cocaína e, por muito pouco, não chegou ao fundo do poço com o crack. “Teve um dia que cheirei (cocaína) tanto que criei coragem para experimentar coisas novas. Estava dis-posto a conhecer o crack e só não comprei uma pedra porque um amigo meu que cheirava comigo impediu”, afirma.

O vício fez Luiz interromper uma promissora carreira. Os pais trancaram a matrícula do rapaz no terceiro semestre e o in-ternaram numa clínica de reabilitação. Há seis meses, ele não usa nenhum tipo de substância ilícita, mas ainda não se sente preparado para voltar a estudar e encontrar os amigos que lhe ofereceram a primeira carreira de pó. “Acho melhor esperar mais um tempo. Quero me desligar dessa turma, sair dessa fa-culdade e começar uma vida nova”, vislumbra Luiz.

Para a titular da Promotoria de Educação, Márcia Pereira da Rocha, a prevenção ao uso de drogas deveria ocorrer desde os primeiros anos da criança na escola, com uma participação bem mais ativa do Estado e da família. “A escola, no Brasil, é um palco da visualização da violência que ocorre na cidade. Não foi ela (escola) que estimulou o uso e ela não é culpada pelo que está ocorrendo dentro dela. Se não houver uma ação multidisciplinar para o enfrentamento desse problema, não po-demos esperar que apenas os professores tenham condições de mudar esse cenário”, analisa a promotora.

*Nome fictício a pedido do entrevistadoMemória

Alunos da UnB detidosEm novembro de 2008, uma operação desencadeada pela

Coordenação de Repressão às Drogas (Cord), da Polícia Civil, terminou com a prisão de sete pessoas, entre elas dois estu-dantes da Universidade de Brasília (UnB). Pedro Ivo Vianna e Rogério Fenner Santos foram apontados como integrantes de uma quadrilha envolvida com o tráfico de drogas interestadual. O grupo compraria os entorpecentes no Rio de Janeiro e em Mato Grosso do Sul e revenderia no Distrito Federal, inclusive dentro da UnB. Estima-se que o comércio movimentava pelo menos 10kg de haxixe por semana, além de LSD e ecstasy. Pedro Ivo foi condenado a 15 anos de prisão. O processo de Rogério ainda tramita no Superior Tribunal de Justiça.

CORREIO BRazILIENSE - ON LINE - 06/09/2012

A droga invade a faculdade

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Crianças brincam de `traficante´ e param em delegacia

Eles fingiam que leite em pó era cocaína e que achocolatado era maconha

Vitória. Três meninos, dois de 12 anos de idade e um de 10, suspeitos de portar armas e drogas foram abordados por policiais militares, na noite de terça-feira, no bairro Bonfim, em Vitória (ES). As crianças disseram aos PMs que brincavam de ser trafi-cantes.

As supostas armas eram, na verdade, feitas de madeira e pe-daços de cano, o leite em pó representava cocaína e o achocolata-do era usado para ser a maconha. Os garotos foram levados para a delegacia e liberados. O caso será encaminhado para o Juizado da Infância e Juventude de Vitória e para a Delegacia do Adolescente em Conflito com a Lei.

Segundo a polícia, uma das armas de brinquedo se asseme-lhava a uma escopeta calibre 12. O leite em pó estava dividido em pequenas porções embaladas em sacolas, simulando papelotes de cocaína. Já as buchas de maconha eram achocolatado.

A equipe da Ronda Tática Motorizada (Rotam) da Polícia Mi-litar informou que as crianças estavam em meio a criminosos, mas a aproximação da polícia fez o grupo se dispersar, ficando apenas os garotos. A polícia fez buscas para localizar os supostos crimi-nosos, mas ninguém foi preso.

O sargento Guarnier, da Rotam, alertou para o perigo dessa brincadeira. “Essas crianças correram o risco de serem alvejadas. Demos voz de prisão ao grupo no qual eles estavam, os maiores correram e somente eles permaneceram no local. Da distância em que estávamos e com pouca luminosidade do local, tínhamos a visão de que esses garotos carregavam armas longas”, afirmou.

O sargento também observou o fascínio que os criminosos acabam criando nesses menores de idade. Os pais das três crianças serão chamados à delegacia e ao Juizado da Infância e da Juventu-de para prestar esclarecimentos.

O TEMPO - MG - ON LINE - 06.09.2012

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CORREIO dO POvO - RS - CONaMP - 06.09.2012

RS terá primeiro leilão de bens de traficantes no dia 12

Carros, motos, joias, imóveis e até um avião estão entre os itens oferecidos

Parte dos bens apreendidos com traficantes que vão a leilão na quarta-feira, no auditório da Caixa Econô-mica Federal (Rua dos Andradas, 1001), foi apresen-tada nesta quarta-, na Capital. No depósito, localizado na avenida Vicente Monteggia, bairro Cavalhada, são guardados os 86 carros e 28 motos que serão leiloados e terão a arrecadação repassada para projetos de enfren-tamento às drogas no Rio Grande do Sul.

Uma aeronave, dois caminhões, joias e imóveis, que também fazem parte do arremate, mantidos em outros depósitos, foram apresentados por meio de ima-gens. O secretário da Justiça e dos Direitos Humanos, Fabiano Pereira, destacou a importância do primeiro lei-lão. Sessenta por cento da arrecadação vai ser repassada ao Fundo Estadual de Políticas Públicas sobre Drogas para ser aplicada em ações de combate, tratamento e prevenção. O restante dos recursos vai ser repartido en-tre Ministério Público (10%), Poder Judiciário (10%) e Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (20%), essa última incumbida de coordenar o leilão.

O repasse das verbas ao fundo foi viabilizado pela assinatura, em 2011, de um termo de cooperação com o Governo Federal, Tribunal de Justiça e Ministério Público para que os bens apreendidos se transformem em arma contra o próprio tráfico. “Antes, esses bens ficavam envelhecendo e muitos não tinham destinação. Agora, eles vão a leilão como ‘contraveneno’. Vamos usar o dinheiro do tráfico contra o próprio tráfico, o que para nós significa a descapitalização e o combate ao cri-me organizado”, disse Fabiano.

Saiba como participar

Qualquer pessoa pode participar do leilão. Os bens serão expostos à visitação na segunda-feira (10) e terça-feira (11). Serão oferecidos carros fabricados de 1974 a 2008, a maioria em bom estado de conservação. Entre os veículos, uma BMW de 2001, avaliada em R$ 5 mil, é a que mais chama a atenção. Mais informações sobre o leilão podem ser obtidas no site www.pietosoleiloes.lel.br.

Fonte: Rádio Guaíba