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Junho de 2013 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 1

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3º número do Jornal do Agrupamento de escolas de Condeixa - MAR 2013

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Junho de 2013 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 1

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2 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Março de 2013

EDITORIAL ::

03

2 Editorial

3 Reflexões de um Diretor de Turma

Mia Couto, Prémio Camões 2013, ou a arte de desarrumar a língua e inventar palavras

4 Notícias e atividades

Campanha Alcoolismo—PES

5 Alunos livres de Fumo! - Prémio

6 II Encontro de Técnicos de Turismo 7 Desporto 10 Adotar uma rua, acender as estrelas! 11 Dia do Pai e trabalhos do 1ºciclo 12 Associação de Pais na s Escolas:

C3 - Crianças com Ciência (C. Ed.) O mar longe da Costa (EB1)

13 ARTES - tema 14 As Andorinhas Texto e imagem, 2 faces da mesma moeda 15 Planificação em Teia: Tecendo um mapa de conhecimentos (Literacia financeira na Pré)

16 ESPECIAL Dia do Agrupamento

21 Arte na Informática

21 Na Biblioteca acontece…

24 Entrevista com...

26 Produção de textos e imagens

32 Diversões

30 Crónica de Ana Paula Amaro A força das palavras

Joana Vasconcelos, ou um outro campeonato

31 Ainda não sabiam? 32 (Re)encapar Fernando Namora

Junho de 2013

Direção do Jornal

Ana Rita Amorim

Isabel Neves

Fernando Pascoal

Paulo Carregã

Editores

Isabel Neves

Paulo Carregã

Grafismo

Ana Rita Amorim

[email protected]

Índice ::

O Triunfo do Medo!

O JÁ publica o seu terceiro número num

momento difícil para a Escola Pública e, de

um modo geral, para a ideia do que em

geral se entende por Estado: uma

comunidade política de pessoas unidas por

objetivos comuns, pela exigência de

equidade e de justiça distributiva para os

diversos bens existentes, por um conjunto

definido de direitos e deveres fundamentais,

nomeadamente aque le s que são

considerados essenciais para uma vida digna

e com qualidade – especificamente os

direitos em áreas como a saúde, a

educação, a cultura, a segurança social.

As políticas que a Comunidade Europeia, e

particularmente o Governo de Portugal,

têm seguido, são, explicitamente, uma

ameaça a estes valores que acreditámos,

durante o último século, serem um

património irrevogável da civilização

europeia. Estávamos enganados. Afinal,

estão de volta à Europa os tempos do

medo: medo de não ter trabalho, ou medo

de ser despedido, medo de não ter

recursos para o médico, medo de não ter

recursos para pagar os estudos dos filhos,

medo de não ter uma reforma digna, medo

simplesmente por existir.

O triunfo do medo é coetâneo do

regresso de velhos problemas da sociedade

portuguesa, que acreditámos terem sido

ultrapassados depois da Revolução de Abril

– a emigração dos mais jovens e capazes, a

precarização das relações laborais, a cultura

reduzida aos três F (Fátima, fado e futebol),

o abandono das políticas ativas de

qualificação ao longo da vida, a opção por

políticas de desenvolvimento assentes em

mão-de-obra barata e na monocultura do

turismo, o aumento da desigualdade social

(aumento da pobreza, destruição das classes

médias, aumento da riqueza dos mais ricos)

e a explícita receita do individualismo e do

«triunfo dos mais fortes» como estratégias

legítimas de ascensão social, com a paralela

receita da caridade e da solidariedade das

famílias para os mais pobres.

Nas escolas assiste-se à progressiva

instauração de políticas de seleção e de

hierarquização dos estudantes, quer através

da criação de cursos profissionais

subordinados aos interesses imediatos do

mercado, limitando-se assim a possibilidade

de uma qualificação capaz de acompanhar a

complexidade da economia moderna e de

uma possível alteração do percurso escolar

do aluno, quer através da instauração de um

ensino fortemente académico e formal,

totalmente orientado para os exames

nacionais. Além disso, de forma progressiva

e silenciosa, assiste-se à desvalorização e

destruição de todos os percursos em áreas

não imediatamente rentáveis como as

humanidade e as artes. Nas humanidades,

c r i a ra m- s e c on d i ç õ es p a ra o

desaparecimento do latim, do grego e da

filosofia; nas artes, desistiu-se de uma

autêntica e séria reforma do ensino da

música, erradicou-se quase completamente

a presença da expressão dramática e

corporal no ensino regular e limitou-se a

presença da expressão p lá st ica .

Paralelamente, assiste-se à tentativa de

tornar a escola pública uma escola «low

cost», aumentando o número de alunos por

turma, limitando as escolhas e cursos

oferecidos, reduzindo os assistentes

operacionais e os professores, seja através

do “incentivo” à aposentação, seja através

do aumento do horário de trabalho e,

anuncia-se agora, do despedimento puro e

simples.

Tudo isto, segundo o que nos é garantido

por governantes, comentadores televisivos,

escribas de jornal, técnicos da Troika,

governantes europeus e outros

especialistas, para nosso bem. Devemos

acreditar nisso? A loucura faz com que,

escrevia Erasmo de Roterdão, ajudada pela

ignorância, tanto quanto pela irreflexão, o

povo esqueça as sua misérias e se iluda com

esperanças vãs, de tal modo que «quanto

menos razões teria para querer tais ilusões,

tanto mais a elas se agarram».

Neste número, procurámos tratar o tema

da arte, dando conta das atividades

realizadas no agrupamento neste âmbito e

entrevistando um jovem artista de

Condeixa, António João Silvestre; E

noticiamos as atividade que, apesar de todas

as dificuldades, temos desenvolvido no

agrupamento de modo a enriquecer a

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Junho de 2013 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 3

:: Reflexões de um Diretor de Turma

Mia Couto, Prémio Camões 2013, ou a arte de desarrumar a língua e inventar palavras

A propósito de arte e da arte de inovar a língua, lembrei

-me do laureado deste ano com o Prémio literário por

excelência da língua portuguesa, o escritor moçambicano

Mia Couto.

Num dos seus contos, “A infinita fiadeira”, da obra “O

Fio das Missangas”, Mia conta a história de uma aranha

que gostava de tecer teias sem o objetivo comum de

acasalamento, mas apenas pelo facto de serem belas no ”

rebrilho das manhãs”. Tal feito levou-a a ser rejeitada

pelos seus pares e a ser transformada, pelo Deus dos

bichos, em ser humano. Ora, quando a história parecia

chegada ao seu desfecho, também os humanos quiseram

saber o que ela fazia e à resposta dada- “ Faço arte.”-

estes ficaram intrigados até um mais velho se recordar

que “houvera um tempo , em tempos de que já se perdera

memória, em que alguns se ocupavam de tais

improdutivos afazeres. Felizmente, isso tinha acabado, e

os poucos que teimavam em criar esses pouco rentáveis

produtos—chamados de obras de arte – tinham sido

geneticamente transmutados em bichos. Não se lembrava

bem em que bichos. Aranhas, ao que parece.”

Vem esta história a propósito da falta de sentido

estético e de educação para o belo das gerações mais

novas. Perguntar a um aluno o que vê numa estátua de

Fernando Botero é ouvir a resposta “um(a) gordo(a)”.

Questioná-lo acerca de um quadro de Monet será “meros

borrões desfocados de tinta” a resposta.

Não nos podemos admirar, pois, se pensarmos um

pouco, onde é que vemos, em Portugal, educadoras

pegarem em crianças em idade pré-escolar, levá-las a um

museu, uma galeria de arte, sentá-las no chão, rodeadas

de obras e falar-lhes sobre elas, pô-las a desenhar, a

imaginar histórias a partir dos quadros, estátuas, objetos.

Este cenário é habitual quando visitamos algum espaço

deste género além fronteiras. Por que não fazê-lo cá?

Tal como uma língua estrangeira é mais facilmente

apreendida quando a criança frequenta o 1ºciclo, também

o sentido do belo se inculca desde a mais tenra idade.

Para os críticos da artista Joana Vasconcelos, que

consideram as suas exposições pouco fidedignas para

serem consideradas arte, estas têm, senão outra, a

grande mais-valia de, pela sua exuberância e

excentricidade, levarem milhares de pessoas, jovens e

menos jovens, a acorrerem ao Museu da Fundação

Berardo ou ao Palácio da Ajuda para as verem.

Da ideia do belo na arte chegamos à do belo em

literatura e regresso ao início deste texto para dar os

parabéns ao escritor Mia Couto e à sua necessidade de

desarranjar a norma gramatical do português que o leva a

criar palavras originais nos seus textos como - “E ambos

se alfabetiam”- a propósito de uma discussão sobre

alfabeto e acordo ortográfico de duas personagens de

“Cronicando”.

Maria João Cura Mariano,

Coordenadora dos Diretores de Turma do Ensino Secundário

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4 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Março de 2013

NOTÍCIAS / ATIVIDADES ::

Em Portugal os números

ainda falam por si. A Sinistralidade Rodoviária

continua a marcar de forma penosa muitas jovens e

famílias Portuguesas. Cabe também à escola alertar e

sensibilizar os agora peões e futuros condutores para esta

problemática. Integrado na disciplina de

Físico-Química os alunos do 9º ano idealizaram uma

campanha de alerta da qual destacamos o cartaz e o

p an f l e to e l ab or ad os , respetivamente, por um

grupo de alunos da turma C

e B. Paula Cruto

Um copo a mais pode mudar o teu destino…

Se conduzir, não beba !

Carlos Cardoso, Ismael Freitas, João Leite e João Frota d 9º C

Bruno Leite, João Fonseca e Ruben Dinis do 9º B

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Junho de 2013 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 5

da esquerda para a direita: Concurso Carta a um familiar fumador Joana Braga (7ºF) Concurso do logótipo "Comunidades Escolar Livres de Fumo” Sara Centeio (6ºD) - 1º lugar Ana Beatriz Gorgulho (6ºC) - 2º lugar Catarina Pimentel (6ºD) - 3º lugar

:: NOTÍCIAS / ATIVIDADES

Olá, mãe! Escrevo-te esta carta para ver se, desta vez (e desta forma), te consigo

convencer a fazer uma coisa que te imploro que faças já há muito tempo: deixar de fumar.

Eu sei que é difícil e que requer muita força de vontade mas tu consegues! O que falta para dares esse passo é saber as desvantagens de fumar e como deixar esse vício. Por isso, eu passo a explicar-te tudo:

Tu fumas porque, assim, ficas muito menos stressada, podes fazer algumas pausas no trabalho para fumar um cigarro com as amigas, conversar, e para, pensas tu, manteres a linha, sem engordar;

Mas por detrás destes poucos aspetos, que pensas bons, de fumar, estão muitos outros maus aspetos: pode provocar cancro, envelhece e desidrata a pele, faz perder a capacidade respiratória, provoca problemas no coração, os dentes ficam amarelos, o paladar e o olfato ficam quase inexistentes e faz com que os fumadores precisem de dormir mais e que tenham um sono muito menos descansado que os não fumadores, etc.

Convencida a deixar de fumar? Ainda não? Então passo a explicar mais umas coisinhas…

Como deixas de fumar? Primeiro, tens de te mentalizar de que queres mesmo isto, depois prepara-te para modificar os teus hábitos que tenham a ver com o tabaco e, por fim, escolhe o método que mais se adequa a ti: deixar de fumar de uma só vez ou gradualmente.

Nas duas primeiras semanas vais sentir-te mais irritada, ansiosa, cansada, desconcentrada, mas com o tempo todos estes sintomas desaparecerão e sentir-te-ás mais saudável e com mais energia!

Espero ter conseguido convencer-te a largares este vício, e, se não é o caso, pelo menos tenho a certeza de que sabes o mal que te faz o tabaco.

Muitos beijinhos

Joana

No dia 31 de Maio, Dia Mundial do

Não Fumador, decorreu, na Escola Básica Nº 2 do Nosso Agrupamento, a entrega dos prémios referentes ao concurso do logótipo "Comunidades Escolar Livres de Fumo"- 2012-13 e "Carta a um Familiar Fumador" do biénio 2011-13 . As referidas atividades foram desenvolvidas no âmbito do programa (in)dependências e envolveram alunos do 6º e 7º ano.

A problemática tratada preocupa e mobiliza toda a comunidade educativa que trabalha no sentido de possibilitar aos nossos jovens escolha de percursos de vida realmente independentes.

As ações decorreram no âmbito da Escola Promotora de Saúde em

parceria com o Centro de Saúde de Condeixa promotor do programa.

A aluna Sara Centeio, número dezoito do 6ºD, foi a vencedora do concurso do logótipo que representará o programa durante dois anos e ganhou uma bicicleta oferecida pela Câmara Municipal de Condeixa, parceira educativa destes projetos. Em 2º e 3º lugar ficaram, respetivamente, a aluna Ana Beatriz Gorgulho do 6ºC e Catarina Pimentel do 6º D, tendo ambas ganho uma bola assinada por toda a equipa de futebol Académica de Coimbra.

A vencedora do concurso da melhor "Carta a um familiar Fumador- 2012-13" foi a aluna Joana Braga do 7ºF e o referente ao concurso do ano transato foi o aluno João Francisco Letras Ferreira. Estes alunos receberam um vale-prémio Fnac oferecido pelo Agrupamento de Escolas de Condeixa-a-Nova.

Agradecemos o empenho de todos os envolvidos na certeza que serão veículos ativos da mensagem trabalhada.

Paula Cruto PES (Programa de Educação para a Saúde)

ALUNOS LIVRES DE

FUMO!

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6 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Março de 2013

NOTÍCIAS / ATIVIDADES ::

“Notas para uma Reportagem…”

O Secretariado deste 2º Encontro, registou perto de duas centenas de

participantes de diferentes pontos da região e do país, oriundos dos

meios académicos (escolas profissionais, secundárias, universidades

e institutos politécnicos) dos cursos de turismo e empresariais

(hotelaria, restauração, animação turística, profissionais de turismo...).

A sessão de abertura foi presidida pelo Presidente da Comunidade

Intermunicipal do Baixo Mondego e edil de Condeixa, Engenheiro

Jorge Bento, ladeado pelo Presidente da Entidade Regional de

Turismo do Centro, Dr. Pedro Machado, Presidente da Câmara de

Penela, Dr. António Alves, Vereadora do Município de Ansião, Dra.

Célia Freire, Diretor do Museu de Conímbriga, Doutor Virgílio Correia e

Diretora do Agrupamento de Escolas de Condeixa-a-Nova, Dra.

Anabela Lemos. As palavras de boas-vindas e cumprimentos

couberam ao Dr. Rui Damasceno Rato, em nome da Comissão

Organizadora e na qualidade de Diretor do Curso Profissional Técnico

de Turismo da Escola Secundária Fernando Namora. Com merecida

atenção foram escutadas as palavras do Presidente de ER Turismo do

Centro e da Diretora do Agrupamento, tendo encerrado a sessão o

anfitrião concelhio Engenheiro Jorge Bento. A imprensa regional,

reconhecendo a importância do evento, dedicou destaques de

significativa importância em diferentes dias de suas edições diárias.

As sessões

temáticas de 6ªfeira registaram elevada participação e debate dos

inscritos. No fim do dia,

decorreu o lançamento

das Atas do 1º

Encontro Regional de

Técnicos de Turismo

(outubro 2011) e foi

servida uma

“Escarpiada de Honra”,

acompanhada por um

Momento Artístico com

a intervenção de um

grupo musical e

declamação de

poemas.

No sábado, dia 11, as mesas-redondas subordinadas ao título

“Profissionais de Turismo no séc. XXI - que formação, que

desempenho? As propostas do ensino superior e do mundo

empresarial” contaram com intervenções de académicos das

Universidades de Aveiro, de Coimbra e Lusófona e dos Institutos

Politécnicos de Coimbra, Leiria e Bragança, dos respetivos Cursos de

Turismo. Do setor empresarial estiveram presentes a Confederação do

Turismo Português, ANQEP e Grupo Rumos/Profitecla. A presença de

um elevado número de participantes e os debates subsequentes

demonstraram o interesse e oportunidade dos temas em questão.

O circuito regional turístico, deste mesmo dia, iniciou-se pelo concelho

de Condeixa-a-Nova, tendo infletido pelo concelho de Penela. Os

cerca de sessenta participantes visitaram diferentes pontos de

interesse turístico (Duecitânia Hotel-visitas às instalações pormenores

construtivos de influência romana e SPA), Centro Interpretativo

Sistema Espeleológico do Dueça (Turismo de Natureza), Ferrarias de

S. João (Turismo em Espaço Rural), Vila do Espinhal (Centro histórico

e edificado civil e religioso) e Castelo de Penela (Turismo histórico e

cultural).

A Sessão de Encerramento decorreu no Salão Nobre dos Paços

de Penela e foi presidida, em representação do Exmo.

Presidente, pelo Senhor Vereador Dr. Emídio Domingues. A

mesa foi constituída pelo Dr. Paulo Amaral, adjunto da direção

do Agrupamento de Escolas de Condeixa, Dra. Helena Araújo e

Dr. Rui Damasceno Rato, membros da Comissão Organizadora.

O Curso Profissional de Técnico de Turismo - Esc-

Sec.F.Namora-Condeixa-a-Nova

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Junho de 2013 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 7

:: NOTÍCIAS / ATIVIDADES

Foi com grande surpresa que

constatámos a presença de 61 alunos organizados em 24 equipas mistas que se defrontaram nos torneios de 5º e 6º anos. Com algumas adaptações às regras

oficiais, dada a fase de iniciação em que se encontram em termos curriculares de Educação Física, os alunos rapidamente integraram a competição, que foi, desde o início,

bastante aguerrida. Jogo após jogo, foram apurados os vencedores de

cada grupo e chegámos às finais que ditaram os seguintes resultados:

6º ANO:

1º OS MATRECOS – 6ºA - Afonso Cruz, Fábio Duarte, Francisco Silva, Tiago Narciso 2º 6 G 2– 6ºG - Miguel Santos e Catarina Mendonça

3º 6 G 1 – 6ºG - Carlos Fernandes e

Bruno Travassos

No dia 5 de junho realizou-se o

torneio do 7º e 8º anos, na Escola Básica, e do 9º ano e secundário no Pavilhão Municipal e contámos com a participação de um total de cerca de 60 alunos.

5º ANO:

1º DRAGON FORCE – 5ºB - Pedro Ferreira, Guilherme Amado, Leonardo Pita 2º JUST GILRS AND A BOY – 5ºA- Daniel Santos, Thayná Santos

3º OS BRINCALHÕES – 5ºC - João Simões, Diogo Santos e Renato Fernandes

Torneio de Voleibol

Secundário

1º 11º B - Rodrigo Azevedo, Bruno Ramos e Ivo Ferreira 2º TONINHOS – 10º B - Carlos Correia, Diogo Domingos, André Cordeiro e Ana Tenente

3º ESPINAFRES – 10º B - Henrique Gaspar, Tiago Pessoa, Heitor Rosa e Miguel Amado

7º ano

1º SERHIY TEAM – 7ºA – Fernando Torres, Serhiy Burkevych e Tiago Simões 2º 7º G – 7ºG – André Diogo, Luís Jordão, Mariana Fonseca e Raquel Melo

3º 7º A – 7ºA – Beatriz Cruz, Filipa Lopes, Joana Barros, João Oliveira e Raquel Simões

8º ano

1º 8º D 2 – 8ºD – Hugo Pereira, João

Pires e Rodrigo Palrilha 2º 8º F 1 – 8ºF – Francisco Góis, Gonçalo Nunes e Ruben Baptista 3º 8º C 1 – 8ºC – Gonçalo Ramos,

Tiago Ramos e Tomás Ribeiro

Todas as informações e fotos do Clube de Desporto Escolar em:

http://efdeaecondeixaanova.blogspot.pt/

Apraz-nos registar que este ano letivo atingimos

plenamente os objetivos a que nos propusemos

no Clube de Desporto Escolar relativamente ao

Projeto Educativo, como comprovam os 420

registos de alunos participantes em pelo menos

uma das diversas atividades realizadas ao longo

do ano. As atividades com maior adesão foram o

Torneio de Natação (185 alunos), o Torneio

Inter-Turmas de Futsal (241 alunos) e o Torneio

Inter-Turmas de Voleibol (120 alunos).

Do balanço de participações individuais

salientaram-se os seguintes alunos:

Vencedores do Prémio de Mérito Desportivo do Clube de Desporto Escolar do Agrupamento

Estes alunos irão receber um prémio de reconhecimento da participação e mérito nas atividades desportivas do Clube, que consiste em dois dias de atividades aventura com alojamento numa Quinta da Figueira da Foz e um Passeio de Canoagem no Rio Mondego.

Saudações desportivas!

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8 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Março de 2013

NOTÍCIAS / ATIVIDADES ::

Mais rápido, mais forte… mais longe Fases Distrital e Nacional do Mega

Foi com muito entusiasmo e empenho que, mais uma vez, os nossos MegaAtletas

participaram na Fase Distrital. Este evento decorreu no dia 13 de março, no Estádio Cidade de Coimbra. O Agrupamento de Escolas de Condeixa foi representado por uma comitiva de 11 alunos a competir no MegaSprinter (40m), 6 alunos no MegaKilómetro (1000m) e 6 no MegaSalto em comprimento e que primou pelo desportivismo. Foi com grande orgulho que vimos alunos nossos subir ao pódio por

duas vezes. Tratou-se do aluno Gonçalo Costa, que conseguiu, de forma muito prestigiante, terminar em 3º lugar, nas finais da prova de velocidade e do aluno João Fonseca que, realizando uma prova espetacular, foi campeão na corrida de 1 quilómetro, reunindo condições para integrar a comitiva de Coimbra, na fase nacional. Relembramos que o João já havia ficado em 2º lugar no ano passado e este

ano foi campeão distrital no Corta-Mato e obteve o décimo sétimo lugar no Corta

Mato Nacional, o que prova a sua excelente forma atual.

Medalha de Bronze no Mega Kilómetro Nacional

Pela primeira vez representado

nesta prova nacional, realizada a 5 e 6 de maio em Vila Nova de Gaia, o Agrupamento destacou-se pela notável prestação do João Fonseca.

Salientamos, com orgulho, o terceiro lugar conquistado pelo João nesta fase, orgulho esse que nos levou a propor um louvor, aquando das

comemorações do Dia do Patrono, proposta logo acarinhada pela Direção do Agrupamento. Foi com emoção que o João e a família

viram reconhecido o seu percurso desportivo durante o Sarau do Dia do Patrono no dia 12 de abril.

No dia 7 de março, o Agrupamento competiu, no Pavilhão Mutidesportos de Coimbra, na fase local do

Compal Air 3 x 3 com as equipas apuradas no nosso torneio interno, nos escalões: infantis femininos,

infantis masculinos, iniciados femininos, iniciados masculinos e juvenis femininos.

Quem esteve presente, quer como participante, quer como espetador, teve oportunidade de assistir a um

torneio cheio de entusiamo e energia, com bastantes alunos a darem cor e movimento àquele evento. A abrilhantar a

competição estiveram atletas da equipa de séniores masculinos da

Académica que jogaram, lado a lado, com os alunos que os foram

desafiando.

Os nossos alunos, como sempre, tiveram uma atitude ambiciosa e

procuraram dar o seu melhor em cada jogo.

A equipa de juvenis femininos alcançou o 2º lugar no seu grupo,

sendo apurada para a Fase Distrital, que se realizou no dia 24 de abril, no mesmo Pavilhão.

O Basquetebol espetáculo! Fase Distrital do “Compal Air 3 x 3”

Realizou-se na Escola Básica, no dia 8 de maio, o 3º

encontro em que a nossa escola participou no

quadro competitivo de infantis femininas de

Basquetebol. Recebemos as Escolas Básicas João de

Barros, da Figueira da Foz, e Eugénio de Castro, de

Coimbra, tendo-se realizado 3 jogos entre as

equipas participantes.

As nossas alunas não estiveram tão concentradas no 1º jogo contra a equipa da Figueira da Foz,

deixando-se afetar pela ansiedade de competir na

sua escola e defrontando uma equipa muito mais

experiente. No segundo jogo da nossa equipa, as

alunas preocuparam-se em cumprir os aspetos

táticos mais trabalhados nos treinos e conseguiram

ter sucesso.

A equipa classificou-se em 3º lugar da sua série. Ocuparam os lugares cimeiros do pódio a Escola

Básica João de

Barros e a Escola

Básica Martim de

Freitas. Fica a

perspetiva dos professores

presentes de que

as alunas têm

evoluído

significativamente,

quer em termos técnicos, quer em termos táticos,

pelo que se prevê uma grande margem de

progressão, sobretudo tendo em conta a idade que apresentam.

Salientamos ainda o compromisso, responsabilidade

e espírito de entrega demonstrados pelas alunas

Diana Alexandre (5ºD) e Catarina Mendonça (6ºG)

– com 52 treinos realizados – e Angélica Simões

(6ºG), Raquel Simões (7ºA) e Carolina Simões

(5ºD) – com 46 treinos assistidos.

Assim, resta-nos desejar continuação de bons treinos a todas!

As Equipas do Clube de Desporto Escolar do Agrupamento

Basquetebol Prof.ª Teresa Cadete

Depois de quase um ano de treinos regulares, colhemos os frutos do nosso esforço: três

atletas (Diogo Santos do 7ºB, Catarina Portugal do 9ºE e Ana Tenente do 10ºB) do nosso

agrupamento foram apurados à fase distrital de Ténis de Mesa que se realizou na Escola

Básica de Arazede, no dia 13 de abril. Esta fase do campeonato foi ainda mais renhida.

A Ana Tenente do 10ºB seguiu até à fase regional, que se realizou no Agrupamento de Escolas João Roiz, em Castelo Branco, nos dias 26 e 27 de abril.

Muitos parabéns a todos os atletas da equipa de ténis de mesa, em especial, a estes três que chegaram um pouco mais à frente.

Esperemos que, no próximo ano, tenhamos ainda melhores resultados.

As Equipas do Clube de Desporto Escolar do Agrupamento

Ténis de Mesa Prof.ª Susana Guerra

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Junho de 2013 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 9

A nossa escola

recebeu, no dia 24

de abril a

competição de

infantis e juniores de Badminton, tratando-se do último encontro nesta modalidade, e

servindo para apuramento para a fase distrital nestes escalões.

Participaram cerca de 28 alunos dos escalões referidos, salientando-se

a competição em infantis B masculinos. Quanto aos nossos alunos

envolvidos, apresentaram bons resultados e demonstraram que são o

reflexo do empenho nos treinos. Agradecemos ainda a colaboração na

arbitragem, dos alunos presentes da nossa equipa dos outros escalões,

que contribuíram para que a competição se desenrolasse com sucesso.

No dia 8 de maio, os nossos alunos, Nuno Correia e André

Henriques, participaram na fase distrital desse escalão, que se realizou

na E.S. c/ 3º ciclo D. Dinis, na Pedrulha. Ambos integraram este ano,

pela primeira vez, a equipa e,

apesar de a vivência competitiva

durante a fase local ter sido

muito pouca, a experiência foi

bastante positiva pois foram defrontando adversários com

prática regular na modalidade.

Nesta perspetiva, foi muito

interessante verificar que em

determinadas fases conseguiram

equilibrar as partidas e que, apesar de não terem conseguido passar à

fase final, entenderam que estão no bom caminho.

Uma palavra de reconhecimento para os alunos mais comprometidos em termos de treino com maior índice de assiduidade (48 ou 49

sessões de treino), demonstrando também uma grande vontade de

evoluir, particularmente, Filipa Lopes (7ºA), Maria Francisca Rodrigues

(8ºA) e Tomás Ribeiro (8ºC).

As Equipas do Clube de Desporto Escolar do Agrupamento

Badminton Prof.ª Teresa Cadete

No ano letivo 2012/2013, decorreram as atividades do grupo equipa

de futsal do Agrupamento de escolas de Condeixa-a-Nova. A

importância destas atividades na vida escolar dos nossos alunos deve

ser valorizada. A atividade física e desportiva assume particular

importância na dimensão da saúde, ajudando ao desenvolvimento de práticas e estilos de vida mais saudáveis, hoje ainda mais importante

face ao problema do excesso de peso e da obesidade nas faixas etárias

mais baixas. Assume também importância na dimensão cívica: a

atividade física e desportiva permite aos alunos um contacto direto

com elementos da cultura desportiva, essenciais para lá das fronteiras

do desporto e da escola – a aprendizagem das regras da cooperação e

da competição saudável, dos valores da responsabilidade e do espírito

de equipa. Como professor deste grupo equipa de futsal, tenho que realçar o

empenho dos alunos nos treinos e nos jogos realizados durante este

ano letivo. As competições desportivas decorreram no dia 20 de

fevereiro de 2013, nas quais, a nossa equipa iniciou a sua participação

nas concentrações de futsal. Este convívio decorreu no Agrupamento

de Escolas da Pedrulha, em Coimbra. Participaram nestes jogos a nossa

escola, a escola EB 2,3 da Pedrulha e o Colégio Bissaya Barreto de

Coimbra. No dia 6 de março de 2013, a nossa equipa deslocou-se ao Colégio Bissaya Barreto, em Coimbra. Participaram nestes jogos a

nossa escola, a escola EB 2,3 Carlos Oliveira, Febres e o Colégio

Bissaya Barreto de

Coimbra. A nossa

escola acolheu a

última jornada da

competição no dia 17 de abril de 2013. Participaram nestes jogos a nossa escola, a escola

EB 2,3 da Pedrulha e o Colégio Bissaya Barreto de Coimbra.

Os alunos de todas as escolas participantes nesta competição estão

de parabéns, visto que participaram nos jogos com muito entusiasmo,

demonstrando um grande espírito de equipa e competitividade. É de

realçar a presença de familiares dos nossos alunos, que prestaram um

grande apoio no decorrer dos jogos. Os alunos que participaram nas

diversas concentrações foram: Bernardo Taborda (5ºA);

Rodrigo Fernandes (5ºE); José

Pinto (7ºG); David Simões

(5ºB); Eduardo Amado (5ºB);

Gabriel Monteiro (5ºB);

Francisco Botelho (5ºE); João

Botelho (5ºE); Jorge Lopes

(7ºF); Mauro Tomé (7ºE); Renato Fernandes (5ºC); Rafael

Silva (5ºA); José Ferreira (5ºB);

As Equipas do Clube de Desporto Escolar do Agrupamento

Futsal Prof. Luís Santos

Na tarde de 10 de abril, os 32 alunos dos

escalões de infantis A e B, deram provas nesta

modalidade de raquetes, para muitos, até então

desconhecida. As aprendizagens foram muitas e

os resultados e as classificações finais foram, no

fim de contas, o menos importante. No dia 15 de maio realizámos o 2º momento

do torneio de badminton. Participaram 22

alunos nos escalões de iniciados e ainda de

juvenis e juniores femininos.

Os jogos foram entusiasmantes e foi notória a

alegria e satisfação de todos os alunos.

Parabéns aos vencedores nos respetivos

escalões e a todos os participantes que

demonstraram uma vontade enorme de se superar!

Fica o convite, para aqueles que gostaram, de

integrar a equipa de Desporto Escolar, para

que possam aprender mais.

Um agradecimento especial ainda aos alunos da

equipa de Desporto Escolar presentes que

colaboraram de forma preciosa na arbitragem

Torneio de Badminton 10 de abril e 15 de maio

Vencedores do Torneio de Badminton

Infantis A femininos

1º Maria Francisca Garrido (5ºD); 2º Leonor Simões (5ºD); 3º Carolina Simões

(5ºD)

Infantis A masculinos

1º Diogo Santos (5ºC); 2º João Nujo (5ºC); 3º Leandro Pires (5ºB)

Infantis B femininos

1º Raquel Simões (7ºA); 2º Lara Cardoso (6ºD); 3º Bruna Carvalheira (6ºC)

Infantis B masculinos

1º Fernando Torres (7ºA); 2º Miguel Santos (6ºG); 3º Bruno Travassos (6ºG)

Iniciados femininos

1º Maria Francisca Rodrigues (8ºA); 2º Inês Isusi (8ºA); 3º Ana Leonor Miranda (8ºE)

Iniciados masculinos

1º Tomás Ribeiro (8ºC); 2º Rodrigo Janeiro (8ºA); 3º David Coelho (9ºD)

Juvenis e Juniores

femininos

1º Andreia Marques (8ºA); 2º Daniela Dinis

(12ºB/C); 3º Patrícia Santos (11ºTAL)

:: NOTÍCIAS / ATIVIDADES

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10 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Março de 2013

NOTÍCIAS / ATIVIDADES ::

Os alunos do 1.º B da EB n.º 3 de Condeixa-a-Nova participaram,

neste ano de 2013, no projeto DSR (Dark Skies Rangers), através do

concurso promovido NUCLIO – Núcleo Interativo de Astronomia , em

colaboração com o National Optical Astronomy Observatory, o Eco-

Escolas e o Galileo Teacher Training Program, e no âmbito do

projeto Discover the COSMOS.

“O projeto internacional Dark Skies Rangers pretende promover a luta

contra a poluição luminosa, alertando as populações para a possibilidade

de haver soluções inteligentes de iluminação exterior, economicamente

viáveis e em harmonia com o ambiente, e contribuir para devolver às

pessoas e aos seres vivos o céu noturno, o maior património da

Humanidade, que deve ser preservado.”

As crianças, com a ajuda dos seus pais meteram mão à obra,

adotaram uma rua e foram observar como era a sua iluminação. Fizeram

registos (a Auditoria) e começaram a juntar informação para o trabalho

final.

Leram, viram filmes e pesquisaram tudo sobre qual deveria ser a forma

correta de iluminar uma rua, como poderão confirmar pelas fotos.

Finalmente, depois de dias e noites a trabalhar e a estudar a

iluminação da sua rua, estas equipas completaram os seus trabalhos para

concurso e chegaram a conclusões muito interessantes.

Esta atividade integrou-se numa outra ideia desenvolvida ao longo do

ano que foi a colaboração escola/família, através do envolvimento e

participação efetiva dos encarregados de educação e outros familiares na

formação dos seus filhos, denominada “Da vida para a escola/da escola

para a vida”. Com cerca de onze sessões/atividades formativas e

performativas realizadas até final do ano, desde a culinária, ao teatro,

passando pelas histórias (muitas), pela segurança, educação ambiental e

educação financeira, os pais foram os atores principais num espaço

educativo vivo e integrado - a escola dos seus filhos. Conceição Manaia,

Professora do ensino básico

*Para saberem mais vão a: http://dsr.nuclio.pt/

Fig. 1 – O Francisco tira as fotos aos candeeiros.

Fig. 2 - Desenho da rua do Francisco

Fig. 3 - Desenho da rua do Tomás Loureiro, com legenda.

Fig. 4 - A Laura Murtinho bem tentou ver as estrelas mas

apenas conseguiu ver a Lua...

Fig. 5 – Foto da Luana

Montenegro (iluminação

errada)

Fig. 6 – Foto do Tomás Loureiro (iluminação correta).

“Concluímos que os candeeiros em forma de globo (USGL) são uma forma de iluminação incorreta, apesar de consumirem pouca energia, e, por isso, serem económicos, são uma fonte de poluição luminosa, iluminam não só o chão, mas também o céu e os prédios que estão em redor Francisco Correia Roque, trabalho

sobre uma rua de Nova Conímbriga

“Os candeeiros observados, (...) não são os mais adequados, pois a iluminação não está direcionada apenas para a estrada, mas também um pouco para os lados. Poderiam ser substituídos por outro modelo que direcionasse apenas a luz para a estrada.” Sofia e Nuno Simões, irmãos, trabalho sobre Rua de

Pontypool.

Energia gasta no ano na nossa rua= 8 candeeiros x 0,25 potência kw/H x 10 horas/dia x 365 dias/ano = 7,300 kw/H A substituição das lâmpadas tradicionais por lâmpadas de leds (baixo consumo), que podem ser alimentadas por energia solar ou eólica, faria com que o consumo de energia/ano na nossa rua pudesse ser = 8 x 0,10 x 10 x 365 = 2.920 kw/H (Poupança = 4.380 kw/H) Estas lâmpadas não contém mercúrio, preservando o meio ambiente

Trabalho de Sofia e Nuno Simões

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Junho de 2013 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 11

:: NOTÍCIAS / ATIVIDADES

No Dia do Pai, dia 15 de março, no jardim-de-infância do Sebal, os pais das crianças vieram ao jardim-de- -infância para uma atividade conjunta entre eles e os filhos. Foi uma tarde muito proveitosa, no âmbito da articulação escola-família.

Os alunos da turma D do 3º/4º anos da EB1 de Condeixa Nº 3, de forma a nunca esquecer o quanto é importante a família e os seus laços, realizaram algumas atividades para mais tarde recordar e fortalecer o sentimento que a todos une... o amor.

Nas aulas de Apoio ao Estudo, com a professora Anabela Raimundo, os alunos do Centro Educativo desenvolveram atividades de expressão plástica, tendo explorado diversas técnicas.

Os mais pequenos surpreenderam, muitas vezes, pela sua criatividade enquanto os alunos do 3º e 4º ano conseguiram executar traçados geométricos e construções com enorme perfeição. Ao longo do ano letivo, professora e alunos, realizaram cartazes de grandes dimensões e exposições que embelezaram os espaços da escola.

OS ARTISTAS

DO CENTRO

EDUCATIVO

PARABÉNS aos nossos pequenos “GRANDES ASTRÓNOMOS”

Notícias fresquinhas: O aluno Francisco Roque, do 1º B do

Centro Educativo, venceu Concurso Nacional DSR Portugal no escalão 1.º ciclo. O aluno Tomás Loureiro ficou em segundo lugar, e as alunas Luana

Montenegro e Laura Murtinho ficaram em 3.º lugar. O primeiro classificado receberá um Tablet, o segundo classificado terá como prémio um Telescópio Skywatcher e os terceiros lugares

receberão um Kit Telescópio. Os alunos vencedores e a professora responsável, Conceição Manaia, foram convidados a estar presentes na Festa das Estrelas, no dia 29 de Junho, na Casa

Museu Paula Rego, em Cascais, organizada pelo NUCLIO – Núcleo Interactivo de Astronomia, com o apoio da Câmara Municipal de Cascais. Conforme se pode ler na página oficial

deste projeto: "Este evento destina-se a promover a partilha de

sucessos e experiências em projetos, desenvolvidos

por professores e alunos durante o ano letivo de

2012/2013.

Nesta edição, serão apresentados os

trabalhos desenvolvidos no âmbito do Dark Skies

Rangers, com a presença da sua coordenadora

internacional, a Dra. Constance Walker (NOAO – National Optical Astronomical Observatories), que

irá entregar os certificados de participação nos

projetos a alunos e professores.

Durante este ano letivo, várias foram as escolas que

contribuíram com os seus excelentes trabalhos para

uma mudança de mentalidades e a promoção da

preservação do nosso céu noturno. O trabalho

desenvolvido pelas escolas portuguesas tem sido apresentado como pioneiro a nível internacional,

estimulando as escolas de todo o mundo a inovar as

suas atividades."

Mais informações em: http://dsr.nuclio.pt/

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12 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Março de 2013

A turma D do 3º/4º da Escola EB1 de Condeixa Nº 3 tem participado em todas as atividades promovidas pela Associação de Pais

- C3 – Crianças com Ciência. Iniciámos com a visita de estudo ao CNC –

Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra, onde aprendemos como se realizam as sinapses cerebrais.

Depois, com o estudo da Biodiversidade nas poças de maré, descobrimos os diferentes seres vivos que fazem do seu habitat as rochas e poças de água. Para a concretização desta atividade, tivemos o apoio informativo e prático do professor João, do Exploratório – Centro de Ciência Viva de Coimbra.

Tem sido, realmente, fantástica toda a panóplia de experiências e aprendizagens retidas.

NOTÍCIAS / ATIVIDADES ::

C3 – Crianças com Ciência

Desde fevereiro de 2012 que o projeto Ciência Viva, “O Mar longe

da Costa”, iniciou na Escola Básica nº1. Neste projeto houve um

envolvimento de biólogos marinhos, pois um cientista não se deve

resumir somente a realizar investigação científica, deve dar o seu

contributo para a divulgação do conhecimento e promoção de uma

cultura científica junto da comunidade e sobretudo junto dos mais

jovens. Foi nesse sentido que os biólogos marinhos, Sónia Cotrim

Marques e Sérgio Leandro, decidiram integrar este projeto,

demonstrando um elevado empenho para o seu sucesso. Neste ano

letivo dinamizou-se um conjunto de ações dirigidas aos mais novos,

sendo de destacar:

CLUBE DAS CIÊNCIAS DO MAR: tem a supervisão pedagógico-

científica de um investigador que fornece o material de suporte às

atividades realizadas e funciona no intervalo da manhã de quinta-

feira.

VISITAS A LABORATÓRIOS DE INVESTIGAÇÃO RECURSOS

MARINHOS, nomeadamente a Peniche, com as temáticas “Conhecer

para compreender”, “Conhecer para proteger“ - sensibilização e

educação ambiental para os valores e importância dos ecossistemas

marinhos. Estas visitas, distribuídas por três dias contaram com o

apoio e a presença de investigadores da Escola Superior de Turismo

e Tecnologia do Mar de Peniche. As visitas realizaram-se a 22 de

maio, DIA INTERNACIONAL DA BIODIVERSIDADE, a 6 e 12 de

junho, respetivamente.

O MAR É UM LABORATÓRIO : dinamização de atividades

laboratoriais nas instalações da Escola Básica nº1, promovidas pelos

investigadores Sónia Cotrim e Sérgio Leandro. Nestas seis sessões

foram abordados diversos temas e foram respondidas muitas

questões, tais como: O que comem os peixes? Como são os

animais da Antártida? Que tamanhos podem ter os peixes? O que

faz um biólogo marinho? Será que se pode comer qualquer peixe?

Há tubarões em Portugal? Foram representados os icebergs e uma

das sessões contou com a presença de um convidado especial: um

caranguejo. Ainda aprenderam a fazer origamis de peixes e peixes

de esponja….

CIÊNCIA TROCADA EM MIÚDOS:

Foram realizadas duas palestras

asseguradas por investigadores e

docentes do ensino superior na

Escola Básica nº1, com os temas: “O

mar de Polo a Polo! “ e “Berlenga -

um laboratório natural“! A primeira

palestra foi assegurada pelo biólogo

marinho, José Xavier, um dos

poucos portugueses que estuda os

pinguins no Polo Sul, já indo na sua

oitava campanha científica na

Antárticd. Na sua palestra falou dos

pinguins, das focas, dos albatrozes e

da sua vida na Antártida, enquanto

cientista. Na segunda palestra o

biólogo marinho, Sérgio Leandro,

veio falar da sua experiência nas

BERLENGAS - RESERVA DA BIOSFERA DA UNESCO, das espécies

que aí poderemos encontrar e ainda dos navios afundados nessa

zona do nosso mar. É de realçar que esta palestra foi realizada no

dia 20 de maio, DIA EUROPEU DO MAR.

Para o próximo ano letivo continuaremos com estas e outras

atividades, palestras e saídas de campo…

ATÉ LÁ!

ASSOCIAÇÃO DE PAIS DA ESCOLA BÁSICA Nº1

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Junho de 2013 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 13

Felizmente, estamos numa escola onde nos podemos orgulhar de ter uma biblioteca toda quase à nossa disposição. Utilizamo-la bastante e além das consultas necessárias para realizar trabalhos, para requisitar livros, também temos tido oportunidade de ouvir histórias. A última foi com a ajuda do "Tapete contador de histórias" e chamava-se "O beijo da palavrinha" de Mia Couto. Gostámos imenso.

Turma D do 3º/4ºanos da EB1 de Condeixa Nº 3

TEMOS ARTISTA! A aluna do 6ºF, Mariana Siva, tem realizado autênticas obras de Arte…

Esta aluna, de Currículo Específico Individual, tem apoio na disciplina de

Educação Visual com a professora Teresa Pereira, com quem se vai

expressando através de muitas cores e formas… Temos muito gosto em

apreciar tamanho empenho e qualidade nos trabalhos que esta aluna tem realizado. Parabéns à ARTISTA!

:: ARTES Artes Plásticas no

Jardim de Infância de Ega Ao longo do ano fizemos inúmeros trabalhos de expressão plástica: pintura, modelagem,

recorte, colagem, desenho… Experimentámos diferentes materiais, explorámos

diversas técnicas, divertimo-nos e fizemos trabalhos muito interessantes!

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14 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Março de 2013

ARTES ::

Depois de observarmos os ninhos das

andorinhas, fomos pesquisar e

aprendemos muitas coisas:

—as andorinhas comem insetos

enquanto voam, têm asas longas,

uma cauda que se divide em duas,

bico e patas curtas;

—as andorinhas andam em grandes

grupos (bandos) à procura do calor.

São aves migratórias; —as andorinhas constroem ninhos

em sítios abrigados, com lama e

palha e conseguem voltar sempre

para o mesmo ninho onde põem 4 a 5

ovos de cada vez;

—as andorinhas-bebés só saem do

ninho com um mês de vida, quando

estão prontas para voar.

Calcula-se que cada andorinha

necessita de aproximadamente mil e

quinhentos insetos por dia para se

desenvolver! Maio 2013

Centro Educativo Jardim de infância: turma E

Texto e imagem, as duas faces da mesma moeda

É a literatura para a infância uma das mais produtivas dimensões de anexação de textos visuais e verbais. Dado que as crianças contactam com estas obras em idades em que a aquisição da literacia verbal e visual está em franco desenvolvimento, parece-nos que merecem verdadeiramente a nossa atenção, pois vão certamente constituir-se como um dos polos promotores da literacia visual. Atualmente, interessa perceber como estas mensagens se articulam para transmitir informação mas, no caso da literatura para a infância, interessa perceber também como se articulam para transmitir emoções. Como se interligam, como dependem uma da outra, de modo a que sejamos capazes de organizar um fio condutor quando as olhamos, e de gerar com elas sentidos ainda para além daqueles que os textos nos proporcionam. As imagens invadiram o nosso quotidiano e estão obviamente disponíveis para a fruição estética, mas também para utilizações pragmaticamente determinadas. Dar luz ao entendimento, instruir e civilizar, são aceções da palavra “ilustrar”, que, junto com a puramente ornamental, definem uma atividade que vincula a expressão plástica ao desenho, a arte aplicada a uma função concreta: a informação. A função que cumpre a ilustração transcende, na maioria dos casos, o puramente ornamental para se converter em informação não escrita, um meio de expressão que prescinde de barreiras linguísticas, facilitando a compreensão de uma mensagem. Ler uma imagem é também ter acesso a um conjunto de convenções gráficas próprias da nossa cultura

e da nossa sociedade. As imagens devem corresponder ao núcleo do eu / mundo para que a criança as identifique e permitam uma progressão ajustada ao seu desenvolvimento. Folhear as páginas do livro é a metáfora do desenrolar do tempo que a própria sucessão das ilustrações realça; ao fazê-lo, a criança brinca com o tempo, fazendo-o avançar ou recuar. Na linguagem verbal, as figuras de estilo alteram ou enfatizam o sentido das palavras e possuem correspondentes similares na linguagem visual, como a hipérbole, a metáfora, a metonímia e a personificação. Alguns exemplos: Personificação: Atribuição de caraterísticas humanas a seres inanimados bem como a ideias abstratas O CUQUEDO – PERSONIFICA O MEDO Metáfora: Corresponde a transformações na imagem, através de relações de similaridade- SALVADOR DALI – A PERSISTÊNCIA DA MEMÓRIA

Relógios derretidos, metáfora para a liquidez do tempo.

Hipérbole: Processo de exagero; expressão de uma ideia de forma exagerada. Fernanda Raposo, Educadora de Infância - C. Educativo

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Junho de 2013 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 15

:: ARTES

Planificação em Teia:

Tecendo um mapa de conhecimentos

Enquanto estagiárias do Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do

1º Ciclo do Ensino Básico da Escola Superior de Educação de Coimbra,

amavelmente acolhidas neste Centro Educativo e com a capital colaboração

da Educadora Cooperante e da Turma A do JI, empreendemos a desafiante

implementação do

Projeto de Educação Financeira - O Dinheiro na Nossa Vida

Foi partindo de descobertas realizadas por meio de investigação no

terreno, bem como da resolução de problemas propostos, que as crianças

puderam construir, etapa a etapa, o mapa de conceitos que demonstra

todo o percurso percorrido, desde o sistema de trocas à moeda, passando

pelo valor do trabalho, da poupança e do consumo comedido. Este mapa

de conceitos, por muitos conhecido como rede ou teia, permite uma

verdadeira conexão entre todos os conceitos apropriados pelas crianças,

tornando as suas aprendizagens mais significativas e permitindo uma

constante revisão do percurso percorrido, patrocinando o

desenvolvimento da sua memória a longo prazo.

Através desta prática, pudemos aplicar um sistema de práticas

integradas, no qual nenhuma área foi esquecida, desde a formação social e

pessoal, no que toca às diversas expressões, não esquecendo a matemática

e o domínio da linguagem oral e abordagem à escrita, como também a área

de conhecimento do mundo, numa perfeita harmonia inter-relacional entre

todas as áreas.

Isabel Duque e Patrícia Carvalho

(as estagiárias)

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16 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Março de 2013

FERNANDO NAMORA

SERÁ QUE SABEM TUDO SOBRE ELE? No dia 15 de abril, os alunos do agrupamento puderam

responder a um questionário on-line sobre Fernando

Namora, nas Salas da Tecnologia, tanto na Escola

Básica nº2 como na Escola Secundária Fernando

Namora.

As perguntas realizadas foram:

Fernando Namora nasceu em 15 de abril de

[1909, 1919, 1929];

Em Coimbra, ele estudou na escola

[Avelar Brotero, Infanta D. Maria, José Falcão];

O primeiro romance que publicou foi

[Domingo à tarde, Fogo na noite escura, As sete partidas

do Mundo];

Concluiu a licenciatura na Universidade de Coimbra em

[1940, 1941, 1942];

Começou a exercer medicina em

[Condeixa-a-Nova, Monsanto da Beira, Pavia];

Em 1988, pouco antes de morrer, é agraciado com a

[Ordem do Mérito Empresarial, Grã Cruz da Ordem do

Infante D. Henrique, Ordem de Santiago da Espada].

Houve um total de 336 alunos que, durante o dia 15,

responderam ao formulário:

3º Ano 38

4º ano 33

5º ano 40

6º ano 30

7º ano 104

8º ano 86

9º ano 2

11º ano 3

Alexandra Ventura 7ºD

João Francisco Letras Ferreira 8ºD

Francisca Esteves 9ºA

Parabéns aos três alunos

que acertaram em todas as questões:

Ainda pode responder em:

https://docs.google.com/spreadsheet/viewform?

formkey=dHFGaW0wamhzSG10d0lkR3N1c2dUOXc6MQ

Especial Dia do Agrupamento ::

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Junho de 2013 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 17

::Especial Dia do Agrupamento

O Dia do Agrupamento constituiu

uma atividade cultural transversal,

motivadora da vinda dos pais ou

encarregados de educação à

escola dos seus filhos ou educandos, facilitadora do diálogo

Escola – Família e da abertura dos portões da escola à

comunidade em que está inserida.

A sua comemoração visa, por um lado, dar a conhecer

aos nossos alunos a vida e obra de Fernando Namora,

patrono da escola secundária e personalidade singular da

nossa terra. Por outro, procurou-se estreitar a ligação

escola-família-meio, consolidando um histórico de sucesso

que este género de atividades tem vindo a alcançar ao

longo dos últimos anos e que tem contribuído para definir e

fortalecer a identidade da nossa escola.

No dia 12 de abril pelas 21h00 no cineteatro municipal,

realizou-se um sarau cultural recheado de música, poesia,

atividades gímnicas,… No dia 15 de abril, durante todo o

dia, decorreram na Escola Secundária Fernando Namora, e

Escola Básica nº2, ateliers, palestras, workshops,

exposições temáticas ou de âmbito disciplinar, promovidas

por clubes ou entidades exteriores à escola (Associações

de Pais). Laboratórios abertos, o Roteiro do Patrono, Salas

de jogos educativos, torneios desportivos, apresentações

musicais, coreografias gímnicas foram outras atividades

que ocuparam os alunos.

Desta forma, procurou-se envolver o maior número

possível de alunos, professores, funcionários e pais ou

encarregados de educação, mostrando trabalhos

desenvolvidos ao longo do ano que reforçam a vertente

artística identificada como um ponto forte.

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18 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Março de 2013

Especial Dia do Agrupamento ::

O Dia do Agrupamento é um daqueles dias em que andas de um lado para o outro, numa série de atividades ou clubes que nem sabias que a escola

tinha. Alguns consideram-no um dia cansativo e chato, e outros ficam simplesmente encantados pelo facto de

não terem aulas um dia inteiro.

Seja qual for a opinião sobre este dia, tenho quase a certeza de que não sou a única a dizer que são dias

como este que fazem a diferença. Uma pausa no período de aulas e uma diferente interação com os professores e as restantes personagens que vemos no dia-a-dia, trazem sempre uma versão diferente daquilo que as pessoas são quando estão mais descontraídas e

menos atentas às regras do “normal."

Andreia Sousa - 7ºB

Gostei muito de pesquisar coisas no globo

terrestre porque quero ser investigador. -

Leonardo 2ºA EB1

Gostei muito de fazer experiências - João

Gonçalves 2ºA EB1

Gostei dos jogos de matemática porque fizemos

atividades com materiais diferentes. - Leonor 2ºB

EB1

Acho muito importante recordar Fernando

Namora que foi um grande escritor da terra. As

experiências foram divertidas e gostava de poder

voltar a repetir este dia. - Bernardo 2ºB EB1

Foi um dia bom porque fizemos muitas coisas

novas. Gostei muito de fazer o emblema do

agrupamento e de fazer origamis. - Afonso Barros JI

EB1

Gostei de ouvir histórias. - Tomás Tarrafa JI EB1

Gostei muito do torneio de futebol. - João Pedro

3ºA EB1

Foi um dia muito divertido porque pudemos

Gostei muito deste dia e

gostava de repetir - Tiago 3ºA EB1

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Junho de 2013 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 19

::Especial Dia do Agrupamento

Nesse dia fizemos experiências científicas. Vimos exposições com trabalhos

de educação tecnológica e de educação visual. Nessa sala havia uma caixa que tinha dois fios que, quando se ligavam, acendia uma lâmpada. Lá fora, no telheiro, havia um prato cheio de tinta e pintámos com as mãos. Foi bué de fixe! Também estivemos nos computadores a responder a questões sobre Fernando Namora porque é o Patrono da Escola Secundária.

A turma do 7ºF

No dia 15 de abril de 2013 festejou-se o Dia do Patrono,

no nosso Agrupamento. Neste dia realizaram-se várias atividades destinadas a todas as turmas do agrupamento. Entre elas, destacamos “Sala de Tecnologia 1”, “Exposição de trabalhos de EV”, “Praça da Música”, “Matemática a abrir” e muitas outras, que, não

fora corrermos o risco de ocupar mais que meia página, aqui podemos referir. A atividade que mais nos agradou foi a visita à exposição “Viagem das Plantas nas caravelas e nas naus dos portugueses” porque conhecemos e cheiramos vários

tipos de plantas. Sugeríamos que, para o ano, disponibilizassem mais tempo para cada uma das atividades visto ser esta uma forma de a Escola ser fonte de conhecimentos diversificados. Por fim, gostaríamos apenas de dizer que gostámos muito do Dia do Patrono!

Inês Ramos e Mª Inês Valente, 5ºD

Adorámos a parte das experiências (fazer papel reciclado) e da

tecnologia. Gostámos da palestra que teve a colaboração da

Associação Salvador e de participar, sobretudo, nas atividades

ligadas às artes. Achámos as pinturas muito divertidas!

A turma do 7ºG

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20 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Março de 2013

Foi um dia giro e engraçado. Vimos um senhor

a fazer magia e estivemos nos insufláveis, e eu gostei, mas demorava muito tempo porque estavam lá muitos meninos. Vimos um filme

dos Smurfs na biblioteca.

Leonor Duarte, 1º/2ºD Ced.

Foi um dia de atividades. Andei nos insufláveis e fui ao Desafio

Marshmallow. Tínhamos que fazer uma estrutura para segurar os Marshmallow. Gostei muito e consegui acabar a tempo e foi uma das torres mais altas. Fomos ver um curso de eletricistas. Havia antenas e motores com ventoinhas e interruptores de teste …foi um aluno que nos explicou tudo.

Foi um dia diferente. João Lourenço Freitas,

“O amor é a invenção de tudo, uma originalidade

inesgotável.” (Fernando Namora, no Jornal sem Data) Foi com amor e dedicação que nos esforçámos para, mais uma vez, recordarmos o nosso patrono, cada um dando o seu melhor. Também eu tentei dar o meu melhor ao dar a conhecer mais detalhes da sua vida, na casa Museu Fernando Namora, aos meus

colegas do 9º ano. Espero que tenha sido suficiente para o honrar, tal como merece. Micaela Rodrigues, 10ºA

No passado dia 15 de abril assinalou-se o “Dia do

Agrupamento”, evento destinado a honrar o grande poeta condeixense, Fernando Namora. Começámos este dia por visitar a Escola Secundária Fernando Namora. Assistimos a várias exposições de ciências, física e química, nas quais realizámos várias

experiências. Observámos também trabalhos de arte de alguns alunos. Nesta visita pudemos também deliciar-nos com as mais variadas sobremesas à base de chocolate. Verdadeiras iguarias!

De regresso à escola, já depois do almoço, foi realizada uma pequena coreografia para simbolizar o agrupamento de escolas, da qual fiz parte, que fora antecedida pela entrega de prémios dos vencedores do torneio de xadrez. Para finalizar este dia, assistimos a uma palestra de um

membro da Associação Salvador, com o tema “Vamos criar espaço para todos”, que nos alertou para a importância das acessibilidades e de como é a inclusão de pessoas com incapacidades na sociedade.

Celebrou-se também esta data, sexta-feira à noite, dia

12, realizando-se um Sarau, apresentado pela professora Anabela Costa e pelo aluno Philippe Simões, em que participaram o grupo gímnico da Academia Norton de Matos e o da nossa escola, assim como a Orquestra e o Rancho Folclórico.

Foram todos eventos muito interessantes e agradáveis.

Sara Silva, 8ºA

No dia 15 de abril do corrente ano, eu e três colegas participámos nas atividades do dia do Patrono, Fernando Namora.

Estivemos presentes na Biblioteca Municipal, um dos locais do roteiro do patrono. Lá, falámos sobre a sua vida e obra às turmas de nono ano da nossa escola. Realizei esta atividade pela terceira

e última vez, com muito orgulho. No entanto, o nosso trabalho nunca foi reconhecido e nunca tivemos nenhum elemento da direção a assistir, mas são atividades como estas que levo no coração e que vão deixar saudades…

Filipa Lopes 12ºC

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Junho de 2013 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 21

::Na Biblioteca acontece...

A ARTE NA INFORMÁTICA

O Modding é um movimento em tudo semelhante

ao tuning, mas aplicado a computadores e não a carros. O espírito do Modding é criar algo único,

pessoal, e de preferência, mais eficiente que o original. O Modding pode ser algo apenas estético

como ventoinhas de cores, néons, caixas totalmente modificadas ou algo para melhorar a eficácia, como

arrumação de cabos, aberturas maiores ou extra

para novas ventoinhas em locais estratégicos.

http://mais-digital.blogspot.pt/2012/04/os-melhores-projectos-de-modding.html

Para o Dia do Agrupamento os alunos António Nunes e Diogo Pessoa, do 1º ano do CEF de

Instalação e Operação de Sistemas de Informáticos, puseram mãos à obra e criaram dois computadores

diferentes. Com algumas luzes e alguma imaginação, montaram duas máquinas realizando, assim, uma

espécie de Mooding. As máquinas eram computadores antigos, mas em perfeito estado de

funcionamento, continuando a funcionar, mesmo após a montagem técnica, como puderam

testemunhar os alunos e professores que visitaram

as Salas da Tecnologia.

Encontro com o escritor/ilustrador

Pedro Seromenho Sessão de encerramento do Projeto “30 Dias, 30 Livros” 2013

Nos dias 3 e 4 de junho, verificou-se a sessão de encerramento da iniciativa “30 dias, 30 livros”, projeto conjunto das

bibliotecas concelhias de Condeixa (BM e BE). Depois de um ano pleno de excelentes leituras, muitas viagens e animação da leitura nos JI e EB1, fora da sede de concelho, a iniciativa encerrou com uma

grande “festa” de celebração do Livro e da Leitura, realizada na Biblioteca Municipal e cujo convidado especial foi o escritor/ilustrador Pedro Seromenho, excelente comunicador, escritor/ilustrador e ser humano que mais uma vez tivemos a honra de receber. As gargalhadas e perguntas foram muitas, as sugestões

também e foi com imensa satisfação e um enorme brilho nos olhos

que os participantes se despediram de nós com um “Até breve”!

De 3 a 7 de junho, as bibliotecas da FN e da EB 2,3 dinamizaram a “Feira/Troca do Livro Usado”,

na Escola Secundária Fernando Namora”. Deste modo, toda a comunidade escolar pôde ter momentos de empatia, descontração, amizade, curiosidade e, claro, adquirir livros a preço simbólico através de troca.

Hora de despedida…

“Saber quem somos, como e para onde vamos”, poderia ser o usado como lema do Agrupamento de Escolas de Condeixa, A escola é, com efeito, não só um local de saberes académicos,

mas de educação para os valores, para a cidadania, para o encontro com o eu e com os outros. É também na escola que a personalidade dos jovens se vai modelando, ao longo do caminho. Alguns podem, até, chegar ao fim da caminhada, neste caso do Secundário, e não saberem muito bem que porta querem abrir; outros terão já alguma expetativa do que estará por detrás dessa(s) porta(s), sabendo muito

bem como e para onde querem voar.

A caminhada nem sempre é fácil, os desafios são constantes, as derrotas e as vitórias coexistem. No entanto, a escola cumpre a sua missão, apoiando, todos que “meio perdidos” ainda não sabem o que querem da vida e também os outros, cujos horizontes não têm limites. A Biblioteca Escolar, recurso essencial da escola, é parte integrante dessa viagem, apoiando todos na partida, no percurso e na chegada até às merecidas palmas da vitória!

Anabela Costa

(Coordenadora BE )

BIBLIOTECA ESCOLAR

3ª Edição - Concurso “Poesia na Biblioteca Escolar” 2013 Embora um pouco tardiamente, este ano letivo

devido à paragem letiva do 2º período, celebrou-se, no dia 05 de abril, mais um Dia da Poesia, com a entrega dos prémios aos grandes poetas e poetisas deste Agrupamento. A cerimónia que se realizou em conjunto com a do Concurso de Poesia

destinado ao público adulto, promovido pela Biblioteca Municipal de Condeixa, pautou-se pela qualidade das composições dos vencedores e pelos momentos poéticos mágicos que aí se viveram. Os participantes foram muitos e muitas das composições poéticas apresentadas a concurso tinham uma grande qualidade. Parabéns a

todos! Todavia, apenas podia ser selecionado um poema de cada ciclo de ensino e um do Ensino Secundário, pelo que chegou o momento de partilhar convosco essas obras magníficas. - ler os

poemas “A vida com leitura”; “Preciso do teu amor”; “Sonho”; “Amor”

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22 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Março de 2013

Na Biblioteca acontece… ::

Dia do Agrupamento e Semana da Leitura 15 a 19 de abril O terceiro período continuou a decorrer “em grande” com as atividades de comemoração do Dia do Agrupamento (15.04) e da Semana da Leitura 2013, cuja temática era O Mar e que decorreu de 15 a 19 de abril. Foram muitos os que connosco celebraram o

Prazer de Ler +, desde miúdos a graúdos. Entre a Praça do Livro (EB nº2); Concursos de Pesquisa; Mini Bibliopaper (EB nº2), Feira do Livro (8 a 25, nas instalações da BM); momentos de partilha de leituras e de escrita, encontro com a escritora Milú Loureiro (18 e 19); 2ª eliminatória do Concurso de Leitura (17); Hora do Conto (EB nº2 e EB nº3); Palestras (ESFN); exposição de documentos/

trabalhos dos alunos (desenhos, poemas e outros textos); elaboração de murais subordinados à temática do Mar, onde estiveram expostos os trabalhos plásticos e de escrita dos elaborados pelos alunos, bem como adágios populares (EB nº1 e 2); visionamento de filmes/ documentários sobre a temática do mar;

trabalhos em origami e outras técnicas plásticas destinadas aos alunos (EB nº 1 e 2); exposição curiosidades sobre o mar e espécies marinhas em perigo (EB nº2); e uma sessão de poesia, realizada no auditório da EB nº2, destinada a todas as turmas de i8º ano, numa iniciativa conjunta entre as professoras Anabela Louro e Anabela Costa (também PB) e alguns dos alunos do 8º D. Mas, é óbvio que um evento desta envergadura só conseguiria ter o sucesso que alcançou por contar com a participação, o envolvimento, a diversidade e a capacidade de inovar de todos os que se empenham em tornar a leitura um bem precioso.

Muito obrigada a todos, em especial à maravilhosa equipa da BE da qual fazem parte os seus monitores, à Biblioteca Municipal de Condeixa, nossos parceiros tão próximos e a todos os alunos e professores voluntários, que tanto nos auxiliaram! Vocês

Animação da Leitura (BE EB nº2) – Os meninos do JI da EB nº1

divertiram-se e aprenderam bastante com a história “Um medo chamado Adamastor”, que foi contado com o tapete elaborado pela educadora Nina Raposo. Depois da história,

foram “viajar” pelo mundo, conhecendo a cultura e produtos oriundos dos continentes onde os nossos antepassados navegadores “aportaram”, exposição preparada

pelas colegas de História e Geografia de Portugal.

Alguns dos momentos

inesquecíveis que se

viveram…

Ora vejam…

Praça do Livro Janela do Mar – BE EB nº2 Concurso de Leitura

2ª eliminatória

Exposições Alguns dos monitores/

colaboradores

Atividades plásticas

e pesquisa

O 25 de abril

e a biblioteca Na data em que o povo celebra a liberdade, nós também a comemorámos. Durante uma semana, juntou-se à celebração Zeca Afonso, através do visionamento de um dos seus concertos,

enquanto se observava uma exposição

sobre esta temática, bem como apresentações em forma digital. Na Be da Eb nº2 fez-se um Concurso de conhecimentos sobre a temática.

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Junho de 2013 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 23

:: Na Biblioteca acontece...

Durante duas semanas de maio, a BE da EB

nº2 e a EB nº1 deram bichos-da-seda aos

alunos que estavam desejosos de adotarem o

seu “bichinho de estimação”. Desde Fofinha a

Rastejante e até Bobby, muitos foram os

nomes que os alunos deram às suas novas

mascotes, as quais levaram carinhosamente

para casa, não sem antes serem devidamente

instruídos acerca dos cuidados a ter e todo o

processo de metamorfose que iriam

observar. Resta-nos agradecer ao Miguel e ao

David do 6º B, que tiveram a brilhante ideia e

generosidade de partilhar com os outros

algumas dos seus simpáticas lagartas.

Atividades para os alunos

de 1º CEB da EB nº3

Nos dias 7 e 10 de maio, as Bibliotecas

Escolares da EB nº2 e da ESFN

receberam os alunos de 1º ao 3º ano das

turmas da EB nº3, tendo sido preparadas

várias atividades, tais como a hora do

conto, atividades plásticas. As nossas

monitoras do 5º ano ajudaram-nos

bastante, como sempre, aliás!

Dia

da

Mãe

A Biblioteca

Escolar

Fernando

Namora não

pôde esquecer o mês de maio, mês de Maria,

mãe de Jesus. Quando se fala em Maria,

pensamos logo na nossa mãe, exemplo de

generosidade, de entrega, de dedicação e de

amor: imagem viva para ser continuada em

toda a nossa existência. Assim, a equipa da

BEFN fez questão de marcar a ocasião com a

exposição de cartazes alusivos ao tema e a

oferta de separadores de leitura.

Campanha “Adota o teu

bichinho de estimação”

Concurso de Leitura

Ouvir ler? Que Prazer! 2013 No dia 15 de maio, a sala multiusos

da Biblioteca Municipal esteve repleta de alunos, docentes e pais

que se encontravam a assistir à final

do Concurso de Leitura 2013, promovido em parceria pela

Biblioteca Escolar do Agrupamento de Escolas de Condeixa e a

Biblioteca Municipal. Alunos dos vários ciclos de ensino e de várias

escolas foram à última eliminatória do Concurso em questão e

encantaram-nos com as suas leituras. Apesar da escolha ter sido difícil

para o júri, consagraram-se vencedores os seguintes alunos, a

quem damos os parabéns, bem como

ESCALÃO ALUNO Ano/Turma Escola

1º CEB

(1º lugar Ex équo)

Beatriz Henriques

Diogo 3º B

EB 1

Sebal

Rita Alexandra da

Costa Pita 4º B EB nº3

2º CEB Inês Escaroupa

Sobral 6º A EB nº2

3º CEB Diogo Gonçalves 9º D ESFN

Dia Mundial da Criança Comemorou-se na semana de 03 a 07 de junho o Dia Mundial da Criança,

com Hora do conto, atividades plásticas, elaboração de origami e

marcadores de página, filmes, música, exposições de trabalhos dos alunos e

da equipa BE… Aproveitámos e expusemos os excêntricos e lindos chapéus

elaborados pelos alunos da professora Conceição Cachado, no âmbito da

atividade do Departamento de Inglês “Bonnet Parade”.

Foi maravilhoso e todos nos divertimos muito!

Projeto SOBE – Teatro de fantoches

“Dentinho, Dentola, Dentão”de José Fanha As Bibliotecas Escolares do Agrupamento de

Escolas de Condeixa, em parceria com a Biblioteca Municipal, desenvolveram atividades de animação da leitura com um teatrinho de

fantoches, baseado na obra de José Fanha, acima referida. Esta atividade havia sido precedida por

sessões de sensibilização, esclarecimento e um

Concurso de ilustração na BE da EB nº2 acerca da higiene dentária. Esta atividade encontra-se inserida no Projeto Saúde Oral na Biblioteca Escolar e é uma

iniciativa conjunta entre a RBE e o Ministério da Saúde. Assim, nos dias 30 e 31 de maio estivemos com as

crianças da Educação Pré-escolar e 1º CEB da EB nº3 e no dia 7 de junho, com as da EB nº1. E que bem que eles sabiam as regras para ter dentinhos saudáveis!!!!

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24 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Março de 2013

ARTES ::

Entrevista a António João Silvestre Equipa do jornal JÁ

(alunos do Curso TAP) as questões colocadas foram elaboradas na disciplina de Animação Sociocultural.

JÁ: Quando é que percebeu que o seu futuro estaria ligado

à arte? Foi uma decisão fácil? O que o levou a interessar-se

pela arte?

R:Desde sempre soube que o meu futuro passaria pela

Arte. Já tentei fazer outras coisas, mas além de não ter

sucesso noutras áreas, também não tenho qualquer

paixão. O que me leva a interessar-me por Arte é o

simples facto de que para mim tudo é indissociável da

Arte.

JÁ: Qual é a sua formação escolar e pessoal? O trabalho de

um artista deve mais ao que aprende na escola ou ao “jeito”

ou “dom” que se tem?

R: Eu sou licenciado em Artes Plásticas – Pintura e

Intermédia; frequentei também os cursos de

Arquitetura, Design de Equipamento, Cerâmica e Arte e

Design. Nunca fui muito de acreditar em dons ou jeito,

acho que o trabalho sério e o esforço resultam

invariavelmente em sucesso

JÁ: Quando pinta ou desenha parte de um sentimento, de

uma imagem ou ideia mentais ou de um objeto ou realidade

exterior?

R:Já não pinto muito. Quando o fazia penso que ambas

as situações se adequavam.

JÁ: Das obras que fez até agora, qual é a que destacaria?

Porquê?

Provavelmente a Instalação que faz parte do meu

projeto eferHumansect. O tema (efemeridade), a

relação de escalas e a imensidão da peça, pois era

composta por mais de 600 figuras, fazem dela a obra

que mais destaco no meu trabalho. Se bem que mesmo

esta peça não tem muito sentido senão acompanhada

das restantes elaboradas no mesmo projeto. (ver fotos

abaixo)

JÁ: O que é, para si, a arte? E qual é o valor (ou valores) da

arte?

R:Esta pergunta não é fácil… Para mim, o principal valor

da arte é o do progresso humano; as pessoas vivem, nos

tempos que correm, obcecadas com o desenvolvimento

tecnológico e confundem isso com progresso. Mas, para

mim, é na Arte e na Cultura que assentam as bases do

progresso e desenvolvimento humanos.

JÁ: A arte, na sua perspetiva, tem alguma função – social,

moral ou cognitiva – para além do seu valor puramente

estético?

R:Claro que sim… cada vez mais! Já referi isso

anteriormente, mas acrescentarei que a arte também

desempenha um papel importante no campo

etnográfico, social e político. A Arte dos nossos tempos

não se prende apenas com os valores estéticos

clássicos, é muito mais do que isso, e julgo também que

assim o é devido às novas capacidades que a

reprodutibilidade técnica trouxe à arte.

JÁ: Considera que a arte pode ter um papel importante na

educação? No seu trabalho como artista ou galerista tem

alguma atividade ligada à educação pela arte?

R: Acho que a Arte na educação e desenvolvimento tem

um papel fulcral tão importante como a Matemática ou

o Português. Tenho pena de ainda viver num pais em

que a arte é subvalorizada e vista como algo que vem

em segundo ou terceiro lugar na educação. Basta

considerarmos a importância que tinha a Arte em

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Junho de 2013 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 25

:: ARTES

tempos passados e o quanto evoluímos enquanto assim

foi, e estou a falar de exemplos como Leonardo DaVinci

ou Alexander Rodchenko (pintor russo que criou a base

para a invenção do pixel). Respondendo á segunda parte

da pergunta, de momento estamos a implementar uma

série de atividades (workshops, conferências, tertúlias e

aulas de pintura) na galeria para fomentar a

aprendizagem e a experimentação dentro de variados

campos artísticos.

JÁ: Considera que a arte pode ter um papel importante no

trabalho com pessoas com deficiência ou incapacidades e

mesmo com pessoas doentes (física ou mentalmente)? Que

contributo que parece que a arte pode dar nestas situações?

R: Eu penso que sim, mas não serei a pessoa mais

indicada para responder a esta questão, pois nunca fiz

investigação, nem nunca trabalhei nesta área.

JÁ: O facto de ter nascido em Condeixa, uma vila

relativamente afastada de centros artísticos importantes

como Lisboa e Porto, torna mais difícil a um artista conseguir

tornar-se conhecido?

R: Se me perguntassem o mesmo à 20 anos atrás, eu

diria que sim, mas hoje em dia, com a internet e os bons

transportes que temos, com o acesso ao ensino

superior, não penso que venha daí a maior dificuldade.

Além disso, Condeixa já tinha pintores conhecidos,

nacionalmente e internacionalmente, falo de Manuel

Filipe e António Pimentel.

JÁ: Tendo em conta a situação atual do país, a abertura de

uma Galeria é

um risco; o que

o leva a

acreditar que

vai ter sucesso

nesta área?

R: Temos um

plano bem definido, custos reduzidos, um espírito de

“do-it-yourself” e uma enorme capacidade de trabalho e

muita paixão. Tudo acompanhado de uma contínua

aposta na minha formação e na unicidade do nosso

projeto.

JÁ: Qual o objetivo da sua galeria? Que tipo de obras e de

artistas estão expostos? Que público pretende servir?

R: O objetivo principal é devolver a Coimbra o fervilhar

de ideias que acontecem quando se juntam artistas em

prole de um mesmo objetivo. Ajudar jovens a potenciar

as suas capacidades; também pretendo desenvolver a

minha experiência enquanto curador. Represento, na

Mercearia de

Arte, cerca de

40 artistas

com os mais

v a r i a d o s

suportes e

temas de

trabalho. Em

relação aos

p ú b l i c o s . . .

bom... todos... todas as pessoas que queiram mais arte,

mais conhecimento e mais progresso, essas pessoas são

o meu público. Não consideramos a Arte algo das elites,

mas sim algo de massas e lutamos contra esse estigma.

A Arte pode tornar-se acessível a todos, mesmo de um

ponto de vista económico.

JÁ: Tendo em conta a sua experiência no mundo da arte,

que conselho daria a um jovem que quisesse seguir uma

profissão na área das artes plásticas?

R: A aposta numa sólida formação e nunca desistir... Só

perdem os que desistem, portanto a minha mensagem é:

Inauguração – esq para a direita – Gabriela Mihai,

António João Silvestre, Hugo Gomes, Filipa Marecos, Hamilton Francisco, Pedro Beja Alves e

Ricardo Madeira.

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26 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Março de 2013

Produção de textos ::

Apontamentos de Mafra

Já se murmurava que nunca mais chegava a

tão desejada e prometida visita de estudo /

aula prática de Português, “insinuação muito

resguardada de orelhas e bocas delatoras e que

só entre íntimos se confia.” Que caiba a culpa à

mestra, já que os alunos nunca têm culpa de

nada, muito menos da não realização de uma

atividade...

Sete horas da manhã: está para sair a

“procissão” da escola. No entanto, como não

podia deixar de ser, houve uns pequenos

atrasos que em nada podem ser criticados,

pois, como sabemos, “a quaresma, como o sol,

quando nasce é para todos.”

A viagem até Mafra foi bastante tranquila e

até tivemos o prazer de ouvir a nossa colega

Joana Pereira e a prof. de Português a aguçar-

nos o apetite (até recordaram algumas

passagens do romance que deveriam ter uma

bolinha vermelha no canto superior direito do

ecrã!) para, dali a pouco, em Mafra, devorar

ainda mais conhecimentos...

À chegada, deparámo-nos com a grandeza e

a imponência do Convento e logo pudemos

constatar que a vila vive, sente e transborda

Memorial do Convento.

A visita ao Palácio, tendo em consideração as explicações da guia e as

ligações que ia fazendo com passagens da obra, fez-nos viajar no tempo e

“encarnar” as personagens do romance.

Também o almoço foi bastante agradável, pois pudemos contemplar o Jardim

do Cerco, um espaço muitíssimo bem tratado e aproveitado, e usufruir de

momentos de bem-estar e partilha.

À tarde, assistimos à “Leitura encenada de Memorial do Convento”, um

excelente e hilariante espetáculo teatral, durante o qual experienciámos

variadas sensações, parecendo até que estávamos a participar na ação.

Chegou, então, ao fim a nossa visita...

E regressámos a casa, se a Condeixa pertencíamos e aos nossos pais...

Registo aqui o meu agradecimento ao rei D. João V, visto que foi graças a um

dos seus caprichos que nasceram duas obras fantásticas: o Palácio/Convento de

Mafra, monumento deslumbrante do Barroco Joanino, e Memorial do Convento,

do nosso Prémio Nobel da Literatura.

Este romance, na minha opinião, deve ser considerado, a par d’ Os Lusíadas, a

melhor obra nacional e José Saramago deve ser para sempre relembrado e

enaltecido, tal como Luís de Camões, por ter imortalizado o povo português!

Daniel Silva (12.º BC)

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Junho de 2013 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 27

:: Produção de textos

José Saramago:

visão peculiar

da sociedade em

Memorial do Convento

Saramago distingue-se pelo seu

singular e caraterístico estilo de escrita,

muitas vezes criticado exaustivamente,

à semelhança das suas ideias e

pensamentos controversos: “Vivo

desassossegado, escrevo para

desassossegar”. Em Portugal, o escritor

foi/é frequentemente referido com

desprezo e indiferença.

No entanto, a análise

desenvolvida, nas aulas de Português,

com a leitura de textos, o visionamento

de filmes e documentários e a visita de

estudo ao Palácio Nacional de Mafra,

revelou--se crucial para a

compreensão do autor e para a

condenação da atitude de muitos

portugueses em relação ao NOSSO

Nobel da Literatura. Efetivamente, o

contacto com os lados humano e

pessoal de Saramago permitiu vê-lo

com outros olhos e passar a admirar

veementemente o seu trabalho.

Na minha perspetiva, o facto de

me ter aproximado mais do autor e da

história do Palácio possibilitou um

envolvimento diferente, mais profundo

e intimista, pelo que a obra Memorial

do Convento tomou outras

proporções.

Este romance saramaguiano

encontra-se, indiretamente, repleto de

fortes críticas sociais, magistralmente

articuladas, direcionadas e focadas no

propósito de levar o leitor a interpretar

e a refletir.

Ao longo do livro, Saramago

condena os casamentos contratuais,

ao contrastar o relacionamento do

casal real, cuja intenção é apenas

procriar para garantir descendência, e

a ligação afetiva do par Blimunda e

Baltasar, arquétipo do amor

incondicional, puro e verdadeiro.

Contrariamente aos livros de

História, que relatam os enormes feitos

dos supostos grandes portugueses,

Memorial do Convento tem como

principal objetivo enaltecer e

imortalizar o Povo, porque, na

realidade, foi o esforço de todos os

homens, obrigados a sujeitar- -se a

condições precárias e degradantes,

dando o corpo (e, por vezes, até a

própria vida) para garantir a

construção do Convento, que

permitiu a D. João V cumprir a sua

promessa: Prometo, pela minha

palavra real, que farei construir um

convento de franciscanos na vila de

Mafra se a rainha me der um filho no

prazo de um ano.

A megalomania do monarca está

patente na dimensão exagerada do

Convento que, inicialmente, estava

destinado a apenas treze franciscanos

e depressa se transformou numa

gigantesca obra do Barroco Joanino,

com materiais muitíssimo dispendiosos

e estrangeiros, até porque “em

Portugal não há artífices de tanto

primor, e, se os houvesse, sem dúvida

ganhariam menos” (os portugueses

sempre revelaram uma inexplicável

tendência para esbanjar e uma falta

de patriotismo incrível!...).

A ambição desmedida de D.

João V reflete-se, ainda, no facto de o

Palácio ostentar uma varanda

semelhante à da Basílica de S. Pedro,

onde, equiparando-se ao Papa e, até,

a Deus, exibia a sua autoridade a uma

sociedade submissa e espezinhada por

uma aliança entre os poderes

eclesiástico e político. Também a

Basílica do Convento, dada a sua

imensidão e ostentação, evidencia o

domínio da Igreja que, naquela época,

se fazia sentir através da Inquisição,

condenando quem não agia de

acordo com os seus dogmas.

Sarcasticamente, José Saramago

inseriu na sua obra uma personagem

do clero, o padre Bartolomeu de

Gusmão, que pretendia construir uma

máquina voadora, a passarola, tendo

sido perseguido pelo Santo Ofício, visto

que voar era considerado uma heresia.

Assim, o escritor demonstra que nem os

membros do clero estavam imunes ao

poder Igreja-Rei, já que também eram

perseguidos e condenados.

Saramago revela, em Memorial

do Convento e em muitas das suas

obras e intervenções públicas, o seu

ceticismo e a sua aversão pela religião,

o que constituiu o principal foco das

críticas de que foi alvo.

Em Memorial do Convento,

Saramago denuncia igualmente as

injustiças da época, criticando e

evidenciando os problemas e as

deficiências da sociedade

“Pecados, o que é isso, pá? Quem é que inventou o pecado? A partir do momento em que se inventa o pecado, o inventor passa a dispor de um instrumento de domínio sobre o outro, tremendo. Se tu metes na cabeça de uma pessoa a ideia de que pecou, podes fazer dessa pessoa aquilo que quiseres. E foi o que a Igreja fez, e já não faz tanto porque, coitados, já não têm nem metade do poder que tinham. É mais uma farsa, mais uma farsa trágica, que a Igreja representa todos os dias.”

Jose Saramago, Filme

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28 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Março de 2013

Produção de textos ::

José e Pilar

Costumava pensar, em tempos, que não existem

amores perfeitos, que esses romances já só os há nos

livros, esses baús preciosos, guardiões de mundos

paralelos. Como eu disse, costumava, verbo conjugado

no pretérito, que até é imperfeito, num pretérito em que

Saramago e a sua odisseia ainda não tinham na minha

vida qualquer valor ou interesse. Mas, hoje, existem dois

“eus”: o eu antes de Saramago e o eu depois de

Saramago.

Tudo começou com um livro. Um simples livro, de

nome nada cativante, Memorial do Convento, e capa

muito menos, mas cujo conteúdo surpreende logo após a

primeira passagem de olhos sobre o início do enredo. Foi

esse livro que conduziu Pilar del Rio até ao seu destino,

aquele que “tanto tardou a chegar”. Foi um livro, um

vulgar amontoado de folhas repletas de letras e sentidos,

que ligou para sempre duas pessoas e mudou

completamente as suas vidas. Pilar del Rio, uma mulher

de personalidade forte, apaixonou-se inicialmente pela

literatura de José Saramago e, depois, pelo homem com

quem esteve casada, vinte e quatro anos de intimidade,

amizade e companheirismo incondicional. Foi ela a

procurá-lo, iniciando então a mais feliz jornada da sua

vida.

Ambos marxistas convictos, comunistas e

apaixonados pela literatura, José e Pilar acabam por casar

-se em 1988 e, mais tarde, instalam-se em Lanzarote.

Duas vidas que se cruzaram e não mais se separaram.

Um amor sem receios, nunca escondido, que cresceu e se

fortaleceu até ao último dia da vida de Saramago, homem

com pensamento superior e verdadeiramente humano,

homem que, merecidamente, foi agraciado com o prémio

Nobel da Literatura, o qual reconheceu a importância do

romance Memorial do Convento, que lhe proporcionou

tanta paixão e sorrisos e que lhe trouxe, também, o seu

porto de abrigo, Pilar del Rio.

Este amor sem reservas, tal como o de Baltasar Sete-

Sóis e Blimunda Sete-Luas, proporcionou a comunhão

perfeita de duas almas e dois corpos. Foi o acaso que

permitiu o seu encontro, pois foi após um mero olhar e

um mero contacto que a ligação se deu. De facto, há

coisas inexplicáveis, tanto nos livros, como na

realidade!...

Talvez, quem sabe?, os Fados tenham “iluminado” o

escritor, levando-o à criação / conceção de Baltasar e

Blimunda, enquanto prenúncio do encontro com o

verdadeiro amor da sua vida, Pilar.

E, mesmo após a sua morte, Saramago não subiu aos

céus, porque os céus, para ele, ateu convicto, não tinham

qualquer sentido... Não! Saramago aqui permanece, com

os seus livros, o seu génio, o seu pensamento, a sua

personalidade, pois pertence à terra, e a Pilar. Também

Baltasar “não subiu aos céus, se à terra pertencia, e a

Blimunda.”

Vélia Carvalho (12º BC)

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Junho de 2013 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 29

:: Produção de textos

José e Pilar

Às vezes, não é fácil ser criativo. Porque apetece menos, porque sabemos que nos vai tirar tempo a outras atividades, porque estamos sem energia...

Para a realização da EXPO FERNANDO PESSOA, foi necessário procurar bastante motivação e encontrar razões e

sentimentos para exprimir nas nossas “obras”. As razões estéticas costumam prevalecer sobre as outras,

mas, neste caso, foi a criatividade que sobreveio, pois tivemos que dar azo à imaginação.

De facto, os objetivos acabaram por ser atingidos na totalidade, surtindo efeitos bastante positivos. O que realmente faz perdurar a vontade para continuar este tipo de trabalho é gostar verdadeiramente de desafios, mas, também, superar limites pessoais e alcançar as saborosas sensações propiciadas por um dever cumprido!

Foi a nossa professora, Helena Paula Santiago, que nos traçou a meta e nos incentivou a criar trabalhos originais que mostrassem o nosso entusiasmo e admiração por Fernando Pessoa e que, ao mesmo tempo, refletissem os conhecimentos que fomos adquirindo ao longo das aulas de Português.

A EXPO FP pôde, assim, contar com uma panóplia de “obras” alusivas ao MAIOR poeta português do séc. XX, destacando-se desenhos, caricaturas, montagens, poemas, um Fernando Pessoa em miniatura (fig. 1, da autoria do Daniel Silva – 12.º A), o Curriculum Vitae (elaborado pela Ana Carolina Ferreira – 12.º BC), uma criativa apresentação multimédia baseada num videojogo (trabalho efetuado pelo Henrique Raimundo – 12.ºBC), e até uma originalíssima página de facebook (obra deveras criativa da colega Célia Gonçalves – 12.º A)!

Como não podia deixar de ser, não faltaram referências aos heterónimos pessoanos, sendo de destacar o original vaso (fig. 2, da autoria da nossa colega Maria Flor – 12.º BC), onde Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos “floresciam”.

A professora disponibilizou, para a exposição, muitos documentos do seu espólio (fotografias, livros, louças, cartas,...) – o que está diretamente relacionado com o facto de

ela ser

uma incondicional fã do seu “Nandito”, como carinhosamente o trata –, colocando igualmente, junto ao vaso com flores da Flor, um livrinho de opinião, para registo das impressões causadas por esta atividade, no qual pudemos ler apreciações muitíssimo elogiosas!

É ainda de mencionar uma outra atividade, também relacionada com Fernando Pessoa, apresentada no Sarau (dia 12 de abril), no Salão dos Bombeiros: a professora e alguns alunos dos 11.º (turma A) e 12.º (turmas A e BC) anos tocaram/cantaram, a música Sorte Grande numa nova versão, com letra da autoria da Ana Carolina Ferreira e do Daniel Silva (12.º BC), dedicada ao NOSSO poeta e intitulada “Já só penso em ti”.

Alcançados os objetivos deste grande desafio, seguiu-se o prazer de saborear a certeza de uma missão plenamente cumprida pois, de facto, todos nós – alunos e professora – pudemos experimentar essa extraordinária sensação de haver atingido (superado?!?) as expetativas...

Julgamos ser importante voltar a estabelecer metas semelhantes que permitam descobrir a vossa criatividade e, simultaneamente, criar boas memórias da vossa passagem pelo Agrupamento de Escolas de Condeixa-a-Nova!

Figura 1

Figura 2

EXPOSIÇÃO FERNANDO PESSOA

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30 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Março de 2013

Produção de textos ::

Menina bonita

Menina bonita, não sobe à janela. Pode vir um vendaval e levar com ela.

Menina bonita, eu bem avisei! Caiu para o chão quase em cima do cão.

Menina bonita, porta-te bem! Estuda com os livros Não batas em ninguém.

Menina bonita, é a artista mais linda do mundo. Menina bonita!

Mafalda Tavares, 2º ano EB1 Belide

Catarina Ferreira - 7ºC

Gabriela Miranda - 7ºE

Transformação Transformei-me numa caneta Com um dia de duração, Nesse tempo aprendi Que escrever é uma paixão. De manhã em minha casa, Muitas aventuras passei Quando comecei a escrever Nunca mais me cansei. Escrevi muitos textos, Um monte de histórias, Tudo isto é importante Para recordar as nossas memórias. Durante esta aventura Senti-me muito bem, Ainda bem que consegui Ter aquilo que sonhei. Miguel Domingues

Nunes 3.ºA - EBn.º3

Preciso do teu amor!

És a âncora

Que não me deixa naufragar,

O tesouro que carrego

E esvazia o mar.

Preciso do teu amor!

Sem ti sou

A praia sem o mar,

Um pobre barco,

A vaguear…

Preciso do teu amor!

És o meu porto sentido

Nesta tempestade

De sofrimento

Que me faz vacilar

E me deixa sem alento.

Preciso do teu amor!

Joana Filipa Gonçalves Pereira, do

12ª ano, turma A

A vida com a leitura

Ler é aprender

de uma forma divertida.

Ler é vivenciar

o que ainda não fizemos na vida.

A existência é cheia de emoções

Alegria e tristeza.

Se ela nos dá livros,

Passa a ter mais beleza.

O mundo da magia

Entra na nossa vida

E há que aproveitar

O real e a fantasia.

Escrevi esta poesia

Para os meus leitores,

Leiam, por favor, leiam

E pintem a vida de várias cores!

Carolina Matias Bernardes, nº5, 5ºB

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Junho de 2013 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 31

:: Produção de

Catarina Ferreira - 7ºC

Prof. José Carlo Teixeira

Joana Pereira - 12ºA

Centro

Educativo

AMOR

O Amor é como uma linda flor Que brilha todo o dia Até ao Sol se pôr Como se fosse magia.

O Amor é leve como uma pena Que voa com o vento Numa conversa serena Cheia de sentimento.

O Amor sente-se no despertar do dia Ao ouvir os pássaros a chilrear Com o canto da cotovia Ouve-se uma canção de embalar.

O Amor é a liberdade Da borboleta que voa sem parar Sem destino e graciosidade Deixa-se pela brisa levar. Francisco Miguel Ribeiro Leandro, 4ºB, nº6, EB de Condeixa nº3

Miguel Batalha - 8ºD

Sonho Fantasia tão real…

De tão grande imaginação.

Inevitável e involuntária,

Como palpitar do coração.

Palpável e tingido

Com suave cor-de-rosa.

Este mundo desconhecido

E de origem misteriosa,

Intriga qualquer um

Que se entregue ao seu

enredo.

Na nossa mente é

brinquedo,

Pedaço de barro moldável,

Que tem, como molde,

aprazível viagem

A que chamamos vida.

Espelho da alma do dono,

Pintura animada do

subconsciente.

Agradável, indecifrável,

Medonho, surpreendente.

Tão natural como o ser,

De complexidade extrema

Tenho-o vindo a descrever,

Neste infindável poema.

Palavra tão pequena

Tão imensa de significado,

Que expressa, bem

expressado

Todo este texto enfadonho.

Isto só com a autenticidade

Que cabe na palavra sonho. Sara Alexandra Costa Silva, nº 14,

8º A

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32 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Março de 2013

DIVERSÕES ::

Receita do AMOR Ingredientes: - duas pessoas (um rapaz e um rapariga) - cinco corações - amizade q. b. - 1 tonelada de respeito - 1 kg de beijinhos - uma panela grande - uma pomba da paz Instruções: Meta o rapaz e a rapariga na panela e junte quatro corações. Corte o outro coração ao meio e guarde-o para mais logo. Acrescente na panela a tonelada de respeito e amizade a seu gosto. Mexa tudo muito bem e deixe cozer durante dez minutos, sem queimar! Tire o casal da panela, ponha-o num tabuleiro e salpique com os beijinhos. Para consertar o coração partido, chame a pomba da paz…

E tenha uma boa vida! Texto coletivo, turma A, EB1 Belide

O eletricista entra na sala do hospital onde estão os doentes ligados aos

ventiladores e diz:

─ Boa tarde! Venho informar que vou cortar a eletricidade desta sala e os

vossos ventiladores vão ser desligados.

Os doentes ─ Ai, meu Deus! O que vai

ser de nós?

Chegou a hora. Vou contar até três e,

quando acabar, inspirem e não deitem o

oxigénio fora, diz o eletricista,

começando a contar: um, dois, três. Puf!

Foi- -se a eletricidade.

Os doentes acenaram positivamente

para indicarem que estavam bem.

O eletricista, já com a avaria reparada e pronto para voltar a ligar a

eletricidade, perguntou se alguém tinha deitado o ar fora. Todos gritaram

que não, deitando o ar fora nesse momento, e acabaram por morrer.

Ivo Oliveira, N.º 14 ─ 9.º EI

Eu já te disse para parares de rabiscar nas

paredes da caverna com estes desenhos

horríveis!

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Junho de 2013 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 33

:: DIVERSÕES

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34 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Março de 2013

Crónica:: A força das palavras Joana Vasconcelos ou

“um outro campeonato” por Ana Paula Amaro

Agora que acabou temporariamente o

calendário dos jogos de futebol, talvez

possa haver lugar a outros interesses.

Nos dias cinzentos do cidadão

português, aconselho uma explosão

de cor e de alegria de uma artista que

é considerada como um “talento vivo

e prodigioso” (Bernardo Pinto de

Almeida). Falo, claro está, de Joana

Vasconcelos, já conhecida no mundo

inteiro pela marca JV.

“Odiada por tantos quantos a

apreciam, Joana Vasconcelos é hoje

uma das mais importantes figuras da

arte contemporânea mundial”, assim

inicia o seu artigo o jornalista Bruno

Vale, na Revista C. Ela é hoje uma

artista incontornável, após ter sido o

primeiro artista não francês a expor

no Palácio de Versailles com um

recorde de milhão e meio de

visitantes. Goste-se ou não, é obra! A

sua nova exposição pode ser visitada

no Palácio da Ajuda de 23 de março a

25 de agosto. Eu já fui e fiquei

rendida à arte desta artista plástica

que não teme os epítetos nem a

polémica instalada à sua volta. A

artista afirma “Não é por dizer bem ou

mal que vou alterar parte da minha

personalidade, da minha forma de

estar ou do meu trabalho”.

Gosto de pessoas assim:

desassombradas, não deslumbradas

pelo sucesso, porém não intimidadas

pelo azedume daqueles que lhe

invejam a projeção e, quiçá, o talento.

Mesmo que não o admitam. E o que

há mais neste país, em tudo

pequenino, são os pequenos rancores

e as grandes invejas. Não é fácil ser-

se Gulliver em terras de Lilliput!

Acusada por uns de ser demasiado

feminista e ativista, é

simultaneamente acusada por outros

de ser demasiado populista e

comercial. Vejam lá se se decidem,

está bem? Ao menos, no contra-

ataque, definam a tática antes do jogo

começar… JV, num esquema

defensivo, classifica a sua obra como

diversa, abordando diferentes temas

e preocupações, como o sentido

crítico e social, o sentido do belo e um

lado mais sentimental. Todos

sabemos, como bons treinadores de

bancada que somos, que o conceito

de valor de uma obra de arte se perde

no tempo e dificilmente alguma vez

terá uma resposta única, plena e

comumente aceite.

A obra de arte que se pode arrogar de

assumir essa designação tem que

transcender o real, desassossegar

mentalidades e preconceitos

instalados, ultrapassar barreiras,

“abrir portas”, acrescentar alguma

novidade ao senso comum. JV usa

objetos quotidianos prosaicos como

panelas ou gravatas, que permitem

ao visitante identificar-se com eles

mas que, ao mesmo tempo, causam

aquele efeito de estranhamento

Brechtiano que incita à

problematização do real. A Arte,

tantas vezes, considerada como

inacessível e inatingível, contagiou as

bancadas e trouxe de volta o

entusiasmo das massas. Este é um

dos fatores que agrada a JV, pois ela

considera que “A obra de arte tem de

ser capaz de comunicar e a

comunicação não deve ser só para

uns, deve ser entendida por aqueles

que quiserem absorver aquele objeto

e pensar sobre ele.” Já lá vai tempo

em que o artista vivia a vida inteira

como um indigente e era sepultado

numa vala comum. Ou recebia

subvenções do Estado para realizar

filmes que ninguém via. A Arte deve

ter público embora esse não seja o

seu objetivo primordial. As obras de

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A todo o vapor (vermelho) - 2012 (ferros de engomar Bosch)

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Junho de 2013 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 35

JV têm o condão de atrair pessoas dos mais

variados quadrantes sociais, culturais,

económicos ou etários. Ela possui o

verdadeiro toque de Midas…

Ousadia, originalidade, escala, visibilidade

são algumas das muitas caraterísticas desta

artista intergaláctica. A sua obra é

inteligente, porém sedutora. É sagaz, porém

divertida. Como ela. Ela popularizou e

internacionalizou a iconografia portuguesa

com as suas rendas dos Açores, os azulejos

lisboetas ou os corações de Viana, mas deu-

lhes uma dimensão contemporânea muito

para além dos tradicionais Galos de

Barcelos e do Fado. Eis uma artista que não

se envergonha das suas raízes e que

hasteia bem alto a sua nacionalidade, sem contudo se tornar um bastião do

poder instituído e da imagem de marketing que os nossos governantes

pretendem vender, aos estrangeiros. É a arte portuguesa virada do avesso,

trasvestida de sentidos múltiplos e criatividade singular. Esta desconstrução,

este efeito surpresa são, sem dúvida, os trunfos que JV sabe tão bem jogar.

Mesmo quando a partida parece perdida, logo à partida. A diferença entre

um jogo de futebol e uma exposição de JV é que a segunda remete sempre

para uma vitória. Sem árbitros comprados nem jogadas viciadas. Apenas

com o entusiasmo das bancadas e o talento da jogadora.

Nota: JV é a

autora do

Pavilhão de Portugal, patente na Bienal de Veneza que teve início a 31 de

maio de 2013. A artista reconstruiu um velho cacilheiro chamado Trafaria-

Praia e transformou-o num pavilhão de exposições flutuante. O Pavilhão

tornou-se, ele mesmo, também numa obra de arte. A artista afirma que se

inspirou no espírito de aventura, conquista e determinação que sempre

caraterizou o povo português para quem o mar simboliza uma saída e uma

esperança.

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Marilyn - 2011 (panelas e tampas inoxidável, cimento)

"Um livro é como uma caixa"

Um livro é como uma caixa

Onde guardamos segredos,

Onde fechamos escondidos As alegrias e os medos.

Um livro é como uma caixa

Onde tudo tem lugar

Uma aventura, um mistério, Tudo consegue contar.

Um livro é como uma caixa Com palavrinhas lá dentro,

Todas juntas, com sentido,

São a voz do pensamento.

Um livro é como uma caixa Com desenhos e gravuras

Coloridos a carvão,

Dos grandes às miniaturas.

Um livro é como uma caixa

Desperta a curiosidade,

Antes de aberto é desejo, Depois de lido, saudade.

Um livro é como uma caixa

Nunca perde utilidade, Se um dia acolhe tristezas,

Noutro exibe a felicidade.

Autor: João Francisco Letras Ferreira

:: Ainda não sabiam?

Parabéns ao nosso aluno João Letras Ferreira, da turma D do 8ºano, pelo 2º Prémio do 3º ciclo do concurso Nacional de Leitura 2012/2013 na categoria “Faça Lá um Poema” .

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36 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Março de 2013

(RE)ENCAPAR Fernando Namora

A ideia partiu do Departamento do Pré-escolar. Foi lançado o desafio aos alunos do nosso Agrupamento:

“De uma história contada com emoção, de uma obra lida num certo momento da vida fica, muitas vezes, a memória de um cheiro, de um som, de um local ou de uma imagem. Escolhe um título e dá cor, alegria e um outro olhar sobre as capas das suas obras. Fernando Namora iria gostar!”

…a estima por um autor resulta sobretudo de ingredientes que nos impressionaram a sensibilidade, o que equivale a dizer: o privilégio de durar na memória dos homens tem, em regra, um substrato afetivo.

Fernando Namora, in 'Jornal sem Data'