03 - direito administrativo

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Direito Administrativo 1 Só Apostilas Digitais DIREITO ADMINISTRATIVO Estado, governo e administração pública: conceitos, elementos, poderes, natureza, fins e princípios. O Estado constitui-se de um complexo de instituições através das quais uma ou mais Nações se organizam, dentro de um ou de vários territórios, em uma unidade governamental propenso a promoção do desenvolvimento social de maneira soberana. Para que seja possível a formação de um Estado, é necessário, além da presença dos elementos que o definem, o reconhecimento de sua independência perante os demais Estados já reconhecidos. São elementos do Estado, três dentre os mais relevantes e fundamentais quais sejam: povo, território e governo soberano. Povo: A população de um Estado não encontra limites objetivamente definidos numericamente, sendo que a população é a totalidade dos habitantes de um Estado e nela se destacam os conceitos de povo e nação. Seguindo esse entendimento, povo é a população do Estado, em outras palavras, é o grupo de seres humanos que habitam um mesmo território em comum, sujeito dessa maneira, as mesmas regras, mas que nem sempre tem os mesmo objetivos. Nação é um grupo de pessoas que se sentem juntos e unidos por interesses comuns e ideais e aspirações coincidentes, cuja origem se dá do sentimento comum de nacionalidade e de Pátria. Território: Entende-se por território a base física do Estado e é definido pela área geográfica que ocupa, assim, é o território que define o País. Importante esclarecer que sem território não há Estado, mas, possa existir uma Nação forte e unida, isto ocorre porque a noção jurídica de território é mais ampla que os limites físicos e geográficos que ele representa, Como exemplos podemos citar os navios de guerra, as embaixadas e aeronaves, que são territórios dos países de origem e que representam. Governo Soberano: A soberania do Estado é o terceiro elemento fundamental, é capacidade do Estado de ditar as próprias regras. A soberania estatal manifesta-se através da sua auto-organização e da autodeterminação. Assim, cada Estado deve viver livre de ingerências de quaisquer outros Estados. O poder do Estado é a manifestação da organização do Estado que tem como finalidade a proteção do próprio Estado, defendendo os interesses coletivos contra aqueles de natureza exclusivamente privada. Os poderes do Estado são: Poder Vinculado; Poder Discricionário; Poder Hierárquico; Poder Regulamentar e Poder de Polícia. Os referidos poderes do Estado serão estudados em capitulo próprio. Dessa forma, a organização do Estado na Constituição do Brasil é o termo referente a um conjunto de dispositivos contidos na Constituição brasileira de 1988 destinados a determinar a organização político-administrativa, ou seja, das atribuições de cada ente da federação; além disso, tratam das situações excepcionais de intervenção nos entes federativos, versam sobre administração pública e servidores públicos militares e civis, e também das regiões dos país e sua integração geográfica, econômica e social. O Brasil adotou a Federação como forma de organizar o Estado, a Federação é uma aliança de Estados para a finalidade de formação de um único Estado, em que as unidades federadas preservam parte da sua autonomia política, entretanto a soberania é transferida ao Estado Federal. Dentro da estrutura organizacional do Estado Federal Brasileiro temos as seguintes entidades federativas: A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. Além de adotar a federação, institui-se a República que é uma forma de organização política do Estado, na qual os principais agentes do poder político são escolhidos pelo povo atraves do voto. Dessa maneira, diante das disposições constitucional, o Estado Brasileiro integra a República Federativa do Brasil em um organico único e indissoluvel, formado pelos Estados, Municípios e distrito Federal, fundamentado na soberania, na cidadania, na dignidade da pessoa humana, nos valores sociais e no pluralismo politico. Governo é o conjunto de poderes e órgãos administrativos, que se destina a gerencia e condução política dos negócios públicos, através de um complexo de funções legalmente definidas. A Administração Pública é a atividade do Estado exercida pelos seus órgãos encarregados do desempenho das atribuições públicas, é o conjunto de órgãos e funções instituídos e necessários para a obtenção dos objetivos do governo. Não se pode confundir Governo com Administração. O Governo é o conjunto dos Poderes do Estado, objeto de estudo em Direito Constitucional, enquanto a Administração constitui-se do conjunto de órgãos e funções de atuação do Governo. A atividade administrativa, em qualquer dos poderes, obedece aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, como impõe a norma fundamental do artigo 37 da Constituição da República Federativa do Brasil, que assim dispõe em seu caput: Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinteDiante de tais princípios temos: 1. Legalidade: O administrador não pode agir, nem mesmo deixar de agir, senão de acordo com o que dispõe a lei. Para que a administração possa atuar, não basta a inexistência de proibição legal, é necessária para tanto a existência de

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  • Direito Administrativo

    1 S Apostilas Digitais

    DIREITO ADMINISTRATIVO

    Estado, governo e administrao pblica:

    conceitos, elementos, poderes, natureza, fins e princpios.

    O Estado constitui-se de um complexo de instituies atravs das quais uma ou mais Naes se organizam, dentro de um ou de vrios territrios, em uma unidade governamental propenso a promoo do desenvolvimento social de maneira soberana. Para que seja possvel a formao de um Estado, necessrio, alm da presena dos elementos que o definem, o reconhecimento de sua independncia perante os demais Estados j reconhecidos. So elementos do Estado, trs dentre os mais relevantes e fundamentais quais sejam: povo, territrio e governo soberano.

    Povo: A populao de um Estado no encontra limites objetivamente definidos numericamente, sendo que a populao a totalidade dos habitantes de um Estado e nela se destacam os conceitos de povo e nao. Seguindo esse entendimento, povo a populao do Estado, em outras palavras, o grupo de seres humanos que habitam um mesmo territrio em comum, sujeito dessa maneira, as mesmas regras, mas que nem sempre tem os mesmo objetivos. Nao um grupo de pessoas que se sentem juntos e unidos por interesses comuns e ideais e aspiraes coincidentes, cuja origem se d do sentimento comum de nacionalidade e de Ptria. Territrio: Entende-se por territrio a base fsica do Estado e definido pela rea geogrfica que ocupa, assim, o territrio que define o Pas. Importante esclarecer que sem territrio no h Estado, mas, possa existir uma Nao forte e unida, isto ocorre porque a noo jurdica de territrio mais ampla que os limites fsicos e geogrficos que ele representa, Como exemplos podemos citar os navios de guerra, as embaixadas e aeronaves, que so territrios dos pases de origem e que representam. Governo Soberano: A soberania do Estado o terceiro elemento fundamental, capacidade do Estado de ditar as prprias regras. A soberania estatal manifesta-se atravs da sua auto-organizao e da autodeterminao. Assim, cada Estado deve viver livre de ingerncias de quaisquer outros Estados. O poder do Estado a manifestao da organizao do Estado que tem como finalidade a proteo do prprio Estado, defendendo os interesses coletivos contra aqueles de natureza exclusivamente privada. Os poderes do Estado so: Poder Vinculado; Poder Discricionrio; Poder Hierrquico; Poder Regulamentar e Poder de Polcia.

    Os referidos poderes do Estado sero estudados em capitulo prprio. Dessa forma, a organizao do Estado na Constituio do Brasil o termo referente a um conjunto de dispositivos contidos na Constituio brasileira de 1988 destinados a determinar a organizao poltico-administrativa, ou seja, das atribuies de cada ente da federao; alm disso, tratam das situaes excepcionais de interveno nos entes federativos, versam sobre administrao pblica e servidores pblicos militares e civis, e tambm das regies dos pas e sua integrao geogrfica, econmica e social. O Brasil adotou a Federao como forma de organizar o Estado, a Federao uma aliana de Estados para a finalidade de formao de um nico Estado, em que as unidades federadas preservam parte da sua autonomia poltica, entretanto a soberania transferida ao Estado Federal. Dentro da estrutura organizacional do Estado Federal Brasileiro temos as seguintes entidades federativas: A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios. Alm de adotar a federao, institui-se a Repblica que uma forma de organizao poltica do Estado, na qual os principais agentes do poder poltico so escolhidos pelo povo atraves do voto. Dessa maneira, diante das disposies constitucional, o Estado Brasileiro integra a Repblica Federativa do Brasil em um organico nico e indissoluvel, formado pelos Estados, Municpios e distrito Federal, fundamentado na soberania, na cidadania, na dignidade da pessoa humana, nos valores sociais e no pluralismo politico. Governo o conjunto de poderes e rgos administrativos, que se destina a gerencia e conduo poltica dos negcios pblicos, atravs de um complexo de funes legalmente definidas. A Administrao Pblica a atividade do Estado exercida pelos seus rgos encarregados do desempenho das atribuies pblicas, o conjunto de rgos e funes institudos e necessrios para a obteno dos objetivos do governo. No se pode confundir Governo com Administrao. O Governo o conjunto dos Poderes do Estado, objeto de estudo em Direito Constitucional, enquanto a Administrao constitui-se do conjunto de rgos e funes de atuao do Governo. A atividade administrativa, em qualquer dos poderes, obedece aos princpios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia, como impe a norma fundamental do artigo 37 da Constituio da Repblica Federativa do Brasil, que assim dispe em seu caput: Art. 37. A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia e, tambm, ao seguinte Diante de tais princpios temos: 1. Legalidade: O administrador no pode agir, nem mesmo

    deixar de agir, seno de acordo com o que dispe a lei. Para que a administrao possa atuar, no basta a inexistncia de proibio legal, necessria para tanto a existncia de

  • Direito Administrativo

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    determinao ou autorizao da atuao administrativa na lei. Os particulares podem fazer tudo o que a lei no proba, entretanto a Administrao Pblica s pode fazer aquilo que a lei autorizar. 2. Impessoalidade: por tal princpio temos que a

    Administrao Pblica tem que manter uma posio de neutralidade em relao aos seus administrados, no podendo prejudicar nem mesmo privilegiar quem quer que seja. Dessa forma a Administrao pblica deve servir a todos, sem distino ou averses pessoais ou partidrias, buscando sempre atender ao interesse pblico. 3. Moralidade: Tal princpio vem expresso na Constituio Federal no caput do artigo 37, que trata especificamente da moral administrativa, onde se refere ideia de probidade e boa-f. A partir da Constituio de 1988, a moralidade passou ao status de principio constitucional, dessa maneira pode-se dizer que um ato imoral tambm um ato inconstitucional. A noo de moral administrativa no esta vinculada s convices intimas e pessoais do agente pblico, mas sim a noo de atuao adequada e tica perante a coletividade. 4. Publicidade: Por este principio constitucional, temos que

    a administrao tem o dever de oferecer transparncia de todos os atos que praticar, e de todas as informaes que estejam armazenadas em seus bancos de dados. Portanto, se a Administrao Pblica tem atuao na defesa e busca aos interesses coletivos, todas as informaes e atos praticados devem ser acessveis aos cidados. Por tal razo, os atos pblicos devem ter divulgao oficial como requisito de sua eficcia, salvo as excees previstas em lei, onde o sigilo deve ser mantido e preservado. 5. Eficincia: Por tal principio h a imposio

    Administrao Pblica manter ou ampliar a qualidade dos servios que presta ou pe a disposio dos administrados, evitando desperdcios e buscando a excelncia na prestao dos servios, em outras palavras, visa atingir objetivos buscando boa prestao de servio, da maneira mais simples, mais clere e mais econmica, melhorando o custo-benefcio da atividade da administrao pblica. O administrador deve procurar a soluo que melhor atenda aos interesses da coletividade, aproveitando ao mximo os recursos pblicos, evitando dessa forma desperdcios.

    Direito administrativo: conceito, fontes e princpios

    O DIREITO ADMINISTRATIVO UM RAMO DO DIREITO

    PBLICO. CONCEITO - Segundo o renomado mestre Hely Lopes de Meirelles, Direito Administrativo o conjunto harmnico de princpios jurdicos que regem os rgos, os agentes, as atividades pblicas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado.

    OBJETO E FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO

    O objeto do Direito Administrativo engloba todas as funes exercidas pelas autoridades administrativas: a regulamentao da estrutura, do pessoal (rgos e agentes), dos atos e atividades da Administrao Pblica, praticados ou desempenhados na qualidade de poder pblico. Toda e qualquer atividade de administrao, seja ela exercida pelo Poder Executivo, pelo Poder Legislativo ou pelo Poder Judicirio, tutelada pelo Direito Administrativo.

    FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO

    As principais fontes do Direito Administrativo so:

    Fonte primria LEI a norma de direito tornada obrigatria pela fora coercitiva do Estado. Podemos citar como principal fonte, em sentido amplo, a Constituio da Repblica Federativa do Brasil e em sentido estrito as leis complementares, ordinrias, delegadas, e ainda os Atos normativos com fora de lei que so as medidas provisrias. Fontes secundrias JURISPRUDNCIA - Reiteradas decises judiciais num mesmo sentido. a interpretao da lei dada pelos tribunais. A jurisprudncia, em geral, no vincula as decises, mas influencia a construo do Direito; DOUTRINA - Conjunto terico de idias aplicveis ao direito positivo, emanado pelos grandes mestres e estudiosos do Direito. A doutrina elemento construtivo da Cincia Jurdica, e influencia tanto a criao de novas leis quanto os julgamentos. COSTUMES - O costume a reiterao uniforme de comportamento tido como obrigao pela conscincia popular, que surge espontaneamente. Note que a simples rotina administrativa no se confunde com o costume, no sendo, por isso, na opinio da maioria dos autores, fonte do Direito Administrativo. Os costumes so utilizados, em todos os ramos do Direito, quando h deficincia na legislao. Porm, podemos afirmar que os costumes tm perdido a sua importncia em virtude do Princpio da Legalidade do Direito Administrativo.

    ESTADO O Estado a instituio poltico-administrativa dirigida por governo soberano com poderes pblicos sobre a sociedade que habita seu territrio. A grande finalidade do Estado deve ser a promoo do bem comum, melhorando as condies de vida social. O Estado uma realidade jurdica, sendo a nao politicamente organizada. O Estado uma organizao destinada a manter, pela aplicao do Direito, as condies universais de ordem social, enquanto o Direito o conjunto das condies existenciais da sociedade, que ao Estado cumpre assegurar.

    O Estado, como Poder Pblico, tanto dispe de poder de imprio sobre as pessoas, como poder de disposio sobre os bens todos, que existem no territrio nacional, sejam eles de propriedade pblica ou particular, ao que se chama domnio pblico, em decorrncia da soberania do Estado. O Estado dotado de poderes polticos exercidos pelo Legislativo, pelo Judicirio e pelo Executivo, no desempenho de suas funes constitucionais.

  • Direito Administrativo

    3 S Apostilas Digitais

    Legislativo funo precpua a elaborao de leis (funo normativa). Executivo funo precpua a converso da lei em ato individual e concreto (funo administrativa). Judicirio funo precpua a aplicao coativa das leis aos litigantes (funo judicial).

    O Estado tambm dotado de poderes administrativos que surgem secundariamente com a Administrao e se efetivam de acordo com as exigncias do servio pblico e com os interesses da comunidade. O Estado pressupe um povo, um territrio e um poder originrio de mando, o poder constitucionalizado.

    ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO ESTADO: POVO - TERRITRIO - SOBERANIA

    Povo o conjunto de indivduos que juntos constituem um s, ou seja, o conjunto dos cidados do Estado, pois possuem o mesmo vnculo poltico-jurdico que os ligam ao Estado. o componente humano do Estado. Povo difere-se de populao, pois esta trata-se de um conceito numrico de indivduos (habitantes), de um Estado, que vivem num determinado momento, no possuem o elemento vinculativo que concerne ao conceito de povo. Territrio a delimitao espacial que servir de limite soberania. Todo e qualquer indivduo que estiver vinculado a esta delimitao espacial integrante do povo. Por fim, o espao geogrfico onde o Estado exerce a sua soberania (poder poltico) Soberania a qualidade que caracteriza e destingue o poder poltico supremo do Estado, como afirmao da sua personalidade independente e da sua autoridade plena e governo prprio, dentro da rbita territorial do pas, e nas suas relaes externas. Pode-se dizer que o poder mximo de que est dotado o Estado para fazer valer suas decises e autoridade dentro do seu territrio. Entende-se pela ordenao, no submetida a nenhum organismo, capaz de impor, gerar e fixar competncias O governo soberano independente. A soberania o elemento condutor, que detm e exerce o poder absoluto de autodeterminao e auto-organizao emanado do povo.

    GOVERNO a organizao poltico-social, com autoridade suprema, a que se subordina o Estado, cujos negcios rege, de conformidade com a sua carta constitucional. Podemos, tambm, dizer do modo pelo qual o Estado satisfaz as suas funes, ou ainda da maneira como a administrao nele exercida. O governo a instncia mxima de administrao executiva, geralmente reconhecida como a liderana de um Estado ou uma nao. Normalmente chama-se o governo ou gabinete ao conjunto dos dirigentes executivos do Estado. A forma ou regime de governo pode ser Repblica ou Monarquia, e o sistema de governo pode ser Presidencialismo, Constitucionalismo, Parlamentarismo ou Absolutismo. Em 1993 o plebiscito no Brasil se ateve a duas votaes simultneas, que manteve como forma ou regime de governo a Repblica e como sistema de governo o Presidencialismo.

    Para um adequado funcionamento da administrao pblica, as funes de governo (poder poltico) e as funes administrativas (de natureza tcnico poltica) devem ser separadas. Percebemos um movimento em diversas democracias contemporneas no sentido de separar funes de governo de funes administrativas. Nos pases presidencialistas, como o Brasil, o poder executivo representado pelo seu presidente, que acumula as funes de chefe de governo e chefe de estado. O Presidente da Repblica escolhe livremente seus auxiliares diretos, que so os Ministros de Estado. Uma vez que o sistema constitucional brasileiro optou pelo presidencialismo, o Presidente da Repblica o chefe de Estado e de governo da Repblica Federativa do Brasil.

    Lei n. 8.112/1990 e suas alteraes (Ttulo I - Das Disposies Preliminares, Ttulo II - Do

    Provimento, Vacncia, Remoo, Redistribuio e Substituio; Ttulo III - Dos Direitos e Vantagens; Ttulo IV - Do Regime

    Disciplinar; Ttulo VI - Da Seguridade Social do Servidor; Captulos I, II e III.)

    LEI N 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990

    ALTERAES

    O PRESIDENTE DA REPBLICA Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

    Ttulo I Captulo nico

    Das Disposies Preliminares

    Art. 1

    o Esta Lei institui o Regime Jurdico dos Servidores

    Pblicos Civis da Unio, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundaes pblicas federais. Art. 2

    o Para os efeitos desta Lei, servidor a pessoa

    legalmente investida em cargo pblico. Art. 3

    o Cargo pblico o conjunto de atribuies e

    responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor. Pargrafo nico. Os cargos pblicos, acessveis a todos os brasileiros, so criados por lei, com denominao prpria e vencimento pago pelos cofres pblicos, para provimento em carter efetivo ou em comisso. Art. 4

    o proibida a prestao de servios gratuitos, salvo os

    casos previstos em lei.

    Ttulo II Do Provimento, Vacncia, Remoo, Redistribuio e

    Substituio

    Captulo I Do Provimento

    Seo I

    Disposies Gerais

    Art. 5

    o So requisitos bsicos para investidura em cargo

    pblico: I - a nacionalidade brasileira; II - o gozo dos direitos polticos;

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    4 S Apostilas Digitais

    III - a quitao com as obrigaes militares e eleitorais; IV - o nvel de escolaridade exigido para o exerccio do cargo; V - a idade mnima de dezoito anos; VI - aptido fsica e mental. 1

    o As atribuies do cargo podem justificar a exigncia de

    outros requisitos estabelecidos em lei. 2

    o s pessoas portadoras de deficincia assegurado o

    direito de se inscrever em concurso pblico para provimento de cargo cujas atribuies sejam compatveis com a deficincia de que so portadoras; para tais pessoas sero reservadas at 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso. 3

    o As universidades e instituies de pesquisa cientfica e

    tecnolgica federais podero prover seus cargos com professores, tcnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei. (Includo pela Lei n 9.515, de 20.11.97) Art. 6

    o O provimento dos cargos pblicos far-se- mediante

    ato da autoridade competente de cada Poder. Art. 7

    o A investidura em cargo pblico ocorrer com a posse.

    Art. 8o So formas de provimento de cargo pblico:

    I - nomeao; II - promoo; V - readaptao; VI - reverso; VII - aproveitamento; VIII - reintegrao; IX - reconduo.

    Seo II Da Nomeao

    Art. 9

    o A nomeao far-se-:

    I - em carter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou de carreira; II - em comisso, inclusive na condio de interino, para cargos de confiana vagos. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) Pargrafo nico. O servidor ocupante de cargo em comisso ou de natureza especial poder ser nomeado para ter exerccio, interinamente, em outro cargo de confiana, sem prejuzo das atribuies do que atualmente ocupa, hiptese em que dever optar pela remunerao de um deles durante o perodo da interinidade. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) Art. 10. A nomeao para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo depende de prvia habilitao em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos, obedecidos a ordem de classificao e o prazo de sua validade. Pargrafo nico. Os demais requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do servidor na carreira, mediante promoo, sero estabelecidos pela lei que fixar as diretrizes do sistema de carreira na Administrao Pblica Federal e seus regulamentos. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97)

    Seo III Do Concurso Pblico

    Art. 11. O concurso ser de provas ou de provas e ttulos, podendo ser realizado em duas etapas, conforme dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de carreira, condicionada a inscrio do candidato ao pagamento do valor fixado no edital, quando indispensvel ao seu custeio, e ressalvadas as hipteses de iseno nele expressamente previstas.(Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) (Regulamento) Art. 12. O concurso pblico ter validade de at 2 (dois ) anos, podendo ser prorrogado uma nica vez, por igual perodo. 1

    o O prazo de validade do concurso e as condies de sua

    realizao sero fixados em edital, que ser publicado no Dirio Oficial da Unio e em jornal dirio de grande circulao. 2

    o No se abrir novo concurso enquanto houver

    candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade no expirado.

    Seo IV Da Posse e do Exerccio

    Art. 13. A posse dar-se- pela assinatura do respectivo termo, no qual devero constar as atribuies, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que no podero ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofcio previstos em lei. 1

    o A posse ocorrer no prazo de trinta dias contados da

    publicao do ato de provimento. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 2

    o Em se tratando de servidor, que esteja na data de

    publicao do ato de provimento, em licena prevista nos incisos I, III e V do art. 81, ou afastado nas hipteses dos incisos I, IV, VI, VIII, alneas "a", "b", "d", "e" e "f", IX e X do art. 102, o prazo ser contado do trmino do impedimento. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 3

    o A posse poder dar-se mediante procurao especfica.

    4o S haver posse nos casos de provimento de cargo por

    nomeao. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 5

    o No ato da posse, o servidor apresentar declarao de

    bens e valores que constituem seu patrimnio e declarao quanto ao exerccio ou no de outro cargo, emprego ou funo pblica. 6

    o Ser tornado sem efeito o ato de provimento se a posse

    no ocorrer no prazo previsto no 1o deste artigo.

    Art. 14. A posse em cargo pblico depender de prvia inspeo mdica oficial. Pargrafo nico. S poder ser empossado aquele que for julgado apto fsica e mentalmente para o exerccio do cargo. Art. 15. Exerccio o efetivo desempenho das atribuies do cargo pblico ou da funo de confiana. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 1

    o de quinze dias o prazo para o servidor empossado em

    cargo pblico entrar em exerccio, contados da data da posse. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 2

    o O servidor ser exonerado do cargo ou ser tornado

    sem efeito o ato de sua designao para funo de confiana, se no entrar em exerccio nos prazos previstos neste artigo, observado o disposto no art. 18. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97)

  • Direito Administrativo

    5 S Apostilas Digitais

    3o autoridade competente do rgo ou entidade para

    onde for nomeado ou designado o servidor compete dar-lhe exerccio. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 4

    o O incio do exerccio de funo de confiana coincidir

    com a data de publicao do ato de designao, salvo quando o servidor estiver em licena ou afastado por qualquer outro motivo legal, hiptese em que recair no primeiro dia til aps o trmino do impedimento, que no poder exceder a trinta dias da publicao. (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) Art. 16. O incio, a suspenso, a interrupo e o reincio do exerccio sero registrados no assentamento individual do servidor. Pargrafo nico. Ao entrar em exerccio, o servidor apresentar ao rgo competente os elementos necessrios ao seu assentamento individual. Art. 17. A promoo no interrompe o tempo de exerccio, que contado no novo posicionamento na carreira a partir da data de publicao do ato que promover o servidor. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) Art. 18. O servidor que deva ter exerccio em outro municpio em razo de ter sido removido, redistribudo, requisitado, cedido ou posto em exerccio provisrio ter, no mnimo, dez e, no mximo, trinta dias de prazo, contados da publicao do ato, para a retomada do efetivo desempenho das atribuies do cargo, includo nesse prazo o tempo necessrio para o deslocamento para a nova sede. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 1

    o Na hiptese de o servidor encontrar-se em licena ou

    afastado legalmente, o prazo a que se refere este artigo ser contado a partir do trmino do impedimento. (Pargrafo renumerado e alterado pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 2

    o facultado ao servidor declinar dos prazos

    estabelecidos no caput. (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) Art. 19. Os servidores cumpriro jornada de trabalho fixada em razo das atribuies pertinentes aos respectivos cargos, respeitada a durao mxima do trabalho semanal de quarenta horas e observados os limites mnimo e mximo de seis horas e oito horas dirias, respectivamente. (Redao dada pela Lei n 8.270, de 17.12.91) 1

    o O ocupante de cargo em comisso ou funo de

    confiana submete-se a regime de integral dedicao ao servio, observado o disposto no art. 120, podendo ser convocado sempre que houver interesse da Administrao. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 2

    o O disposto neste artigo no se aplica a durao de

    trabalho estabelecida em leis especiais. (Includo pela Lei n 8.270, de 17.12.91) Art. 20. Ao entrar em exerccio, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficar sujeito a estgio probatrio por perodo de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a sua aptido e capacidade sero objeto de avaliao para o desempenho do cargo, observados os seguinte fatores: (vide EMC n 19) I - assiduidade; II - disciplina; III - capacidade de iniciativa; IV - produtividade; V- responsabilidade.

    1o 4 (quatro) meses antes de findo o perodo do estgio

    probatrio, ser submetida homologao da autoridade competente a avaliao do desempenho do servidor, realizada por comisso constituda para essa finalidade, de acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento da respectiva carreira ou cargo, sem prejuzo da continuidade de apurao dos fatores enumerados nos incisos I a V do caput deste artigo. (Redao dada pela Lei n 11.784, de 2008 2

    o O servidor no aprovado no estgio probatrio ser

    exonerado ou, se estvel, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, observado o disposto no pargrafo nico do art. 29. 3

    o O servidor em estgio probatrio poder exercer

    quaisquer cargos de provimento em comisso ou funes de direo, chefia ou assessoramento no rgo ou entidade de lotao, e somente poder ser cedido a outro rgo ou entidade para ocupar cargos de Natureza Especial, cargos de provimento em comisso do Grupo-Direo e Assessoramento Superiores - DAS, de nveis 6, 5 e 4, ou equivalentes. (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 4

    o Ao servidor em estgio probatrio somente podero ser

    concedidas as licenas e os afastamentos previstos nos arts. 81, incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim afastamento para participar de curso de formao decorrente de aprovao em concurso para outro cargo na Administrao Pblica Federal. (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 5

    o O estgio probatrio ficar suspenso durante as

    licenas e os afastamentos previstos nos arts. 83, 84, 1o,

    86 e 96, bem assim na hiptese de participao em curso de formao, e ser retomado a partir do trmino do impedimento. (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97)

    Seo V Da Estabilidade

    Art. 21. O servidor habilitado em concurso pblico e empossado em cargo de provimento efetivo adquirir estabilidade no servio pblico ao completar 2 (dois) anos de efetivo exerccio. (prazo 3 anos - vide EMC n 19) Art. 22. O servidor estvel s perder o cargo em virtude de sentena judicial transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.

    Seo VI Da Transferncia

    Seo VII Da Readaptao

    Art. 24. Readaptao a investidura do servidor em cargo de atribuies e responsabilidades compatveis com a limitao que tenha sofrido em sua capacidade fsica ou mental verificada em inspeo mdica. 1

    o Se julgado incapaz para o servio pblico, o

    readaptando ser aposentado. 2

    o A readaptao ser efetivada em cargo de atribuies

    afins, respeitada a habilitao exigida, nvel de escolaridade e equivalncia de vencimentos e, na hiptese de inexistncia de cargo vago, o servidor exercer suas atribuies como excedente, at a ocorrncia de vaga.(Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97)

    Seo VIII Da Reverso

    Art. 25. Reverso o retorno atividade de servidor

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    6 S Apostilas Digitais

    aposentado: (Redao dada pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001) I - por invalidez, quando junta mdica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria; ou (Includo pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001) II - no interesse da administrao, desde que: (Includo pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001) a) tenha solicitado a reverso; (Includo pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001) b) a aposentadoria tenha sido voluntria; (Includo pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001) c) estvel quando na atividade; (Includo pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001) d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores solicitao; (Includo pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001) e) haja cargo vago. (Includo pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001) 1

    o A reverso far-se- no mesmo cargo ou no cargo

    resultante de sua transformao. (Includo pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001) 2

    o O tempo em que o servidor estiver em exerccio ser

    considerado para concesso da aposentadoria. (Includo pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001) 3

    o No caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo, o

    servidor exercer suas atribuies como excedente, at a ocorrncia de vaga. (Includo pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001) 4

    o O servidor que retornar atividade por interesse da

    administrao perceber, em substituio aos proventos da aposentadoria, a remunerao do cargo que voltar a exercer, inclusive com as vantagens de natureza pessoal que percebia anteriormente aposentadoria. (Includo pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001) 5

    o O servidor de que trata o inciso II somente ter os

    proventos calculados com base nas regras atuais se permanecer pelo menos cinco anos no cargo. (Includo pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001) 6

    o O Poder Executivo regulamentar o disposto neste

    artigo. (Includo pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001) Art. 27. No poder reverter o aposentado que j tiver completado 70 (setenta) anos de idade.

    Seo IX Da Reintegrao

    Art. 28. A reintegrao a reinvestidura do servidor estvel no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformao, quando invalidada a sua demisso por deciso administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens. 1

    o Na hiptese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficar

    em disponibilidade, observado o disposto nos arts. 30 e 31. 2

    o Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual

    ocupante ser reconduzido ao cargo de origem, sem direito indenizao ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade.

    Seo X Da Reconduo

    Art. 29. Reconduo o retorno do servidor estvel ao cargo anteriormente ocupado e decorrer de: I - inabilitao em estgio probatrio relativo a outro cargo; II - reintegrao do anterior ocupante.

    Pargrafo nico. Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor ser aproveitado em outro, observado o disposto no art. 30.

    Seo XI Da Disponibilidade e do Aproveitamento

    Art. 30. O retorno atividade de servidor em disponibilidade far-se- mediante aproveitamento obrigatrio em cargo de atribuies e vencimentos compatveis com o anteriormente ocupado. Art. 31. O rgo Central do Sistema de Pessoal Civil determinar o imediato aproveitamento de servidor em disponibilidade em vaga que vier a ocorrer nos rgos ou entidades da Administrao Pblica Federal. Pargrafo nico. Na hiptese prevista no 3

    o do art. 37, o

    servidor posto em disponibilidade poder ser mantido sob responsabilidade do rgo central do Sistema de Pessoal Civil da Administrao Federal - SIPEC, at o seu adequado aproveitamento em outro rgo ou entidade. (Pargrafo includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) Art. 32. Ser tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor no entrar em exerccio no prazo legal, salvo doena comprovada por junta mdica oficial.

    Captulo II Da Vacncia

    Art. 33. A vacncia do cargo pblico decorrer de: I - exonerao; II - demisso; III - promoo; IV - ascenso; (Revogado pela Lei n 9.527, de 10.12.97) V - transferncia (Revogado pela Lei n 9.527, de 10.12.97) VI - readaptao; VII - aposentadoria; VIII - posse em outro cargo inacumulvel; IX - falecimento. Art. 34. A exonerao de cargo efetivo dar-se- a pedido do servidor, ou de ofcio. Pargrafo nico. A exonerao de ofcio dar-se-: I - quando no satisfeitas as condies do estgio probatrio; II - quando, tendo tomado posse, o servidor no entrar em exerccio no prazo estabelecido. Art. 35. A exonerao de cargo em comisso e a dispensa de funo de confiana dar-se-: (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) I - a juzo da autoridade competente; II - a pedido do prprio servidor.

    Captulo III Da Remoo e da Redistribuio

    Seo I

    Da Remoo

    Art. 36. Remoo o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofcio, no mbito do mesmo quadro, com ou sem mudana de sede.

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    Pargrafo nico. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de remoo: (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) I - de ofcio, no interesse da Administrao; (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) II - a pedido, a critrio da Administrao; (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) III - a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administrao: (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) a) para acompanhar cnjuge ou companheiro, tambm servidor pblico civil ou militar, de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, que foi deslocado no interesse da Administrao; (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) b) por motivo de sade do servidor, cnjuge, companheiro ou dependente que viva s suas expensas e conste do seu assentamento funcional, condicionada comprovao por junta mdica oficial; (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) c) em virtude de processo seletivo promovido, na hiptese em que o nmero de interessados for superior ao nmero de vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo rgo ou entidade em que aqueles estejam lotados.(Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97)

    Seo II Da Redistribuio

    Art. 37. Redistribuio o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no mbito do quadro geral de pessoal, para outro rgo ou entidade do mesmo Poder, com prvia apreciao do rgo central do SIPEC, observados os seguintes preceitos: (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) I - interesse da administrao; (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) II - equivalncia de vencimentos; (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) III - manuteno da essncia das atribuies do cargo; (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) V - vinculao entre os graus de responsabilidade e complexidade das atividades; (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) V - mesmo nvel de escolaridade, especialidade ou habilitao profissional; (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) VI - compatibilidade entre as atribuies do cargo e as finalidades institucionais do rgo ou entidade. (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 1

    o A redistribuio ocorrer ex officio para ajustamento de

    lotao e da fora de trabalho s necessidades dos servios, inclusive nos casos de reorganizao, extino ou criao de rgo ou entidade. (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 2

    o A redistribuio de cargos efetivos vagos se dar

    mediante ato conjunto entre o rgo central do SIPEC e os rgos e entidades da Administrao Pblica Federal envolvidos. (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 3

    o Nos casos de reorganizao ou extino de rgo ou

    entidade, extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade no rgo ou entidade, o servidor estvel que no for redistribudo ser colocado em disponibilidade, at seu aproveitamento na forma dos arts. 30 e 31. (Pargrafo renumerado e alterado pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 4

    o O servidor que no for redistribudo ou colocado em

    disponibilidade poder ser mantido sob responsabilidade do rgo central do SIPEC, e ter exerccio provisrio, em outro

    rgo ou entidade, at seu adequado aproveitamento. (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97)

    Captulo IV Da Substituio

    Art. 38. Os servidores investidos em cargo ou funo de direo ou chefia e os ocupantes de cargo de Natureza Especial tero substitutos indicados no regimento interno ou, no caso de omisso, previamente designados pelo dirigente mximo do rgo ou entidade. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 1

    o O substituto assumir automtica e cumulativamente,

    sem prejuzo do cargo que ocupa, o exerccio do cargo ou funo de direo ou chefia e os de Natureza Especial, nos afastamentos, impedimentos legais ou regulamentares do titular e na vacncia do cargo, hipteses em que dever optar pela remunerao de um deles durante o respectivo perodo. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 2

    o O substituto far jus retribuio pelo exerccio do

    cargo ou funo de direo ou chefia ou de cargo de Natureza Especial, nos casos dos afastamentos ou impedimentos legais do titular, superiores a trinta dias consecutivos, paga na proporo dos dias de efetiva substituio, que excederem o referido perodo. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) Art. 39. O disposto no artigo anterior aplica-se aos titulares de unidades administrativas organizadas em nvel de assessoria.

    Ttulo III Dos Direitos e Vantagens

    Captulo I

    Do Vencimento e da Remunerao

    Art. 40. Vencimento a retribuio pecuniria pelo exerccio de cargo pblico, com valor fixado em lei. Art. 41. Remunerao o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecunirias permanentes estabelecidas em lei. 1

    o A remunerao do servidor investido em funo ou

    cargo em comisso ser paga na forma prevista no art. 62. 2

    o O servidor investido em cargo em comisso de rgo ou

    entidade diversa da de sua lotao receber a remunerao de acordo com o estabelecido no 1

    o do art. 93.

    3o O vencimento do cargo efetivo, acrescido das

    vantagens de carter permanente, irredutvel. 4

    o assegurada a isonomia de vencimentos para cargos

    de atribuies iguais ou assemelhadas do mesmo Poder, ou entre servidores dos trs Poderes, ressalvadas as vantagens de carter individual e as relativas natureza ou ao local de trabalho. 5

    o Nenhum servidor receber remunerao inferior ao

    salrio mnimo. (Includo pela Lei n 11.784, de 2008 Art. 42. Nenhum servidor poder perceber, mensalmente, a ttulo de remunerao, importncia superior soma dos valores percebidos como remunerao, em espcie, a qualquer ttulo, no mbito dos respectivos Poderes, pelos Ministros de Estado, por membros do Congresso Nacional e Ministros do Supremo Tribunal Federal. Pargrafo nico. Excluem-se do teto de remunerao as vantagens previstas nos incisos II a VII do art. 61.

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    Art. 43. (Vide Lei n 9.624, de 2.4.98) Art. 44. O servidor perder: I - a remunerao do dia em que faltar ao servio, sem motivo justificado; (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) II - a parcela de remunerao diria, proporcional aos atrasos, ausncias justificadas, ressalvadas as concesses de que trata o art. 97, e sadas antecipadas, salvo na hiptese de compensao de horrio, at o ms subseqente ao da ocorrncia, a ser estabelecida pela chefia imediata. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) Pargrafo nico. As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de fora maior podero ser compensadas a critrio da chefia imediata, sendo assim consideradas como efetivo exerccio. (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) Art. 45. Salvo por imposio legal, ou mandado judicial, nenhum desconto incidir sobre a remunerao ou provento. (Regulamento) Pargrafo nico. Mediante autorizao do servidor, poder haver consignao em folha de pagamento a favor de terceiros, a critrio da administrao e com reposio de custos, na forma definida em regulamento. Art. 46. As reposies e indenizaes ao errio, atualizadas at 30 de junho de 1994, sero previamente comunicadas ao servidor ativo, aposentado ou ao pensionista, para pagamento, no prazo mximo de trinta dias, podendo ser parceladas, a pedido do interessado. (Redao dada pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001) 1

    o O valor de cada parcela no poder ser inferior ao

    correspondente a dez por cento da remunerao, provento ou penso. (Redao dada pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001) 2

    o Quando o pagamento indevido houver ocorrido no ms

    anterior ao do processamento da folha, a reposio ser feita imediatamente, em uma nica parcela. (Redao dada pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001) 3

    o Na hiptese de valores recebidos em decorrncia de

    cumprimento a deciso liminar, a tutela antecipada ou a sentena que venha a ser revogada ou rescindida, sero eles atualizados at a data da reposio. (Redao dada pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001) Art. 47. O servidor em dbito com o errio, que for demitido, exonerado ou que tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cassada, ter o prazo de sessenta dias para quitar o dbito. (Redao dada pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001) Pargrafo nico. A no quitao do dbito no prazo previsto implicar sua inscrio em dvida ativa. (Redao dada pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001) Art. 48. O vencimento, a remunerao e o provento no sero objeto de arresto, seqestro ou penhora, exceto nos casos de prestao de alimentos resultante de deciso judicial.

    Captulo II Das Vantagens

    Art. 49. Alm do vencimento, podero ser pagas ao servidor as seguintes vantagens:

    I - indenizaes; II - gratificaes; III - adicionais. 1

    o As indenizaes no se incorporam ao vencimento ou

    provento para qualquer efeito. 2

    o As gratificaes e os adicionais incorporam-se ao

    vencimento ou provento, nos casos e condies indicados em lei. Art. 50. As vantagens pecunirias no sero computadas, nem acumuladas, para efeito de concesso de quaisquer outros acrscimos pecunirios ulteriores, sob o mesmo ttulo ou idntico fundamento.

    Seo I Das Indenizaes

    Art. 51. Constituem indenizaes ao servidor: I - ajuda de custo; II - dirias; III - transporte. IV - auxlio-moradia.(Includo pela Lei n 11.355, de 2006) Art. 52. Os valores das indenizaes estabelecidas nos incisos I a III do art. 51, assim como as condies para a sua concesso, sero estabelecidos em regulamento. (Redao dada pela Lei n 11.355, de 2006)

    Subseo I Da Ajuda de Custo

    Art. 53. A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas de instalao do servidor que, no interesse do servio, passar a ter exerccio em nova sede, com mudana de domiclio em carter permanente, vedado o duplo pagamento de indenizao, a qualquer tempo, no caso de o cnjuge ou companheiro que detenha tambm a condio de servidor, vier a ter exerccio na mesma sede. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 1

    o Correm por conta da administrao as despesas de

    transporte do servidor e de sua famlia, compreendendo passagem, bagagem e bens pessoais. 2

    o famlia do servidor que falecer na nova sede so

    assegurados ajuda de custo e transporte para a localidade de origem, dentro do prazo de 1 (um) ano, contado do bito. Art. 54. A ajuda de custo calculada sobre a remunerao do servidor, conforme se dispuser em regulamento, no podendo exceder a importncia correspondente a 3 (trs) meses. Art. 55. No ser concedida ajuda de custo ao servidor que se afastar do cargo, ou reassumi-lo, em virtude de mandato eletivo. Art. 56. Ser concedida ajuda de custo quele que, no sendo servidor da Unio, for nomeado para cargo em comisso, com mudana de domiclio. Pargrafo nico. No afastamento previsto no inciso I do art. 93, a ajuda de custo ser paga pelo rgo cessionrio, quando cabvel. Art. 57. O servidor ficar obrigado a restituir a ajuda de custo quando, injustificadamente, no se apresentar na nova sede no prazo de 30 (trinta) dias.

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    Subseo II Das Dirias

    Art. 58. O servidor que, a servio, afastar-se da sede em carter eventual ou transitrio para outro ponto do territrio nacional ou para o exterior, far jus a passagens e dirias destinadas a indenizar as parcelas de despesas extraordinria com pousada, alimentao e locomoo urbana, conforme dispuser em regulamento. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 1

    o A diria ser concedida por dia de afastamento, sendo

    devida pela metade quando o deslocamento no exigir pernoite fora da sede, ou quando a Unio custear, por meio diverso, as despesas extraordinrias cobertas por dirias.(Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 2

    o Nos casos em que o deslocamento da sede constituir

    exigncia permanente do cargo, o servidor no far jus a dirias. 3

    o Tambm no far jus a dirias o servidor que se

    deslocar dentro da mesma regio metropolitana, aglomerao urbana ou microrregio, constitudas por municpios limtrofes e regularmente institudas, ou em reas de controle integrado mantidas com pases limtrofes, cuja jurisdio e competncia dos rgos, entidades e servidores brasileiros considera-se estendida, salvo se houver pernoite fora da sede, hipteses em que as dirias pagas sero sempre as fixadas para os afastamentos dentro do territrio nacional. (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) Art. 59. O servidor que receber dirias e no se afastar da sede, por qualquer motivo, fica obrigado a restitu-las integralmente, no prazo de 5 (cinco) dias. Pargrafo nico. Na hiptese de o servidor retornar sede em prazo menor do que o previsto para o seu afastamento, restituir as dirias recebidas em excesso, no prazo previsto no caput.

    Subseo III Da Indenizao de Transporte

    Art. 60. Conceder-se- indenizao de transporte ao servidor que realizar despesas com a utilizao de meio prprio de locomoo para a execuo de servios externos, por fora das atribuies prprias do cargo, conforme se dispuser em regulamento.

    Subseo IV Do Auxlio-Moradia

    Art. 60-A. O auxlio-moradia consiste no ressarcimento das despesas comprovadamente realizadas pelo servidor com aluguel de moradia ou com meio de hospedagem administrado por empresa hoteleira, no prazo de um ms aps a comprovao da despesa pelo servidor. (Includo pela Lei n 11.355, de 2006) Art. 60-B. Conceder-se- auxlio-moradia ao servidor se atendidos os seguintes requisitos: (Includo pela Lei n 11.355, de 2006) I - no exista imvel funcional disponvel para uso pelo servidor; (Includo pela Lei n 11.355, de 2006) II - o cnjuge ou companheiro do servidor no ocupe imvel funcional; (Includo pela Lei n 11.355, de 2006) III - o servidor ou seu cnjuge ou companheiro no seja ou tenha sido proprietrio, promitente comprador, cessionrio ou promitente cessionrio de imvel no Municpio aonde for

    exercer o cargo, includa a hiptese de lote edificado sem averbao de construo, nos doze meses que antecederem a sua nomeao; (Includo pela Lei n 11.355, de 2006) IV - nenhuma outra pessoa que resida com o servidor receba auxlio-moradia; (Includo pela Lei n 11.355, de 2006) V - o servidor tenha se mudado do local de residncia para ocupar cargo em comisso ou funo de confiana do Grupo-Direo e Assessoramento Superiores - DAS, nveis 4, 5 e 6, de Natureza Especial, de Ministro de Estado ou equivalentes; (Includo pela Lei n 11.355, de 2006) VI - o Municpio no qual assuma o cargo em comisso ou funo de confiana no se enquadre nas hipteses do art. 58, 3

    o, em relao ao local de residncia ou domiclio do

    servidor; (Includo pela Lei n 11.355, de 2006) VII - o servidor no tenha sido domiciliado ou tenha residido no Municpio, nos ltimos doze meses, aonde for exercer o cargo em comisso ou funo de confiana, desconsiderando-se prazo inferior a sessenta dias dentro desse perodo; e (Includo pela Lei n 11.355, de 2006) VIII - o deslocamento no tenha sido por fora de alterao de lotao ou nomeao para cargo efetivo. (Includo pela Lei n 11.355, de 2006) IX - o deslocamento tenha ocorrido aps 30 de junho de 2006. (Includo pela Lei n 11.490, de 2007) Pargrafo nico. Para fins do inciso VII, no ser considerado o prazo no qual o servidor estava ocupando outro cargo em comisso relacionado no inciso V. (Includo pela Lei n 11.355, de 2006) Art. 60-C. O auxlio-moradia no ser concedido por prazo superior a 8 (oito) anos dentro de cada perodo de 12 (doze) anos. (Includo pela Lei n 11.784, de 2008 Pargrafo nico. Transcorrido o prazo de 8 (oito) anos dentro de cada perodo de 12 (doze) anos, o pagamento somente ser retomado se observados, alm do disposto no caput deste artigo, os requisitos do caput do art. 60-B desta Lei, no se aplicando, no caso, o pargrafo nico do citado art. 60-B. (Includo pela Lei n 11.784, de 2008 Art. 60-D. O valor mensal do auxlio-moradia limitado a 25% (vinte e cinco por cento) do valor do cargo em comisso, funo comissionada ou cargo de Ministro de Estado ocupado. (Includo pela Lei n 11.784, de 2008 1

    o O valor do auxlio-moradia no poder superar 25%

    (vinte e cinco por cento) da remunerao de Ministro de Estado. (Includo pela Lei n 11.784, de 2008 2

    o Independentemente do valor do cargo em comisso ou

    funo comissionada, fica garantido a todos os que preencherem os requisitos o ressarcimento at o valor de R$ 1.800,00 (mil e oitocentos reais). (Includo pela Lei n 11.784, de 2008 Art. 60-E. No caso de falecimento, exonerao, colocao de imvel funcional disposio do servidor ou aquisio de imvel, o auxlio-moradia continuar sendo pago por um ms. (Includo pela Lei n 11.355, de 2006)

    Seo II Das Gratificaes e Adicionais

    Art. 61. Alm do vencimento e das vantagens previstas nesta Lei, sero deferidos aos servidores as seguintes retribuies, gratificaes e adicionais: (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97)

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    10 S Apostilas Digitais

    I - retribuio pelo exerccio de funo de direo, chefia e assessoramento; (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) II - gratificao natalina; III - adicional por tempo de servio; (Revogado pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001) IV - adicional pelo exerccio de atividades insalubres, perigosas ou penosas; V - adicional pela prestao de servio extraordinrio; VI - adicional noturno; VII - adicional de frias; VIII - outros, relativos ao local ou natureza do trabalho. IX - gratificao por encargo de curso ou concurso. (Includo pela Lei n 11.314 de 2006)

    Subseo I Da Retribuio pelo Exerccio de Funo de Direo,

    Chefia e Assessoramento (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97)

    Art. 62. Ao servidor ocupante de cargo efetivo investido em funo de direo, chefia ou assessoramento, cargo de provimento em comisso ou de Natureza Especial devida retribuio pelo seu exerccio.(Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) Pargrafo nico. Lei especfica estabelecer a remunerao dos cargos em comisso de que trata o inciso II do art. 9

    o.

    (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) Art. 62-A. Fica transformada em Vantagem Pessoal Nominalmente Identificada - VPNI a incorporao da retribuio pelo exerccio de funo de direo, chefia ou assessoramento, cargo de provimento em comisso ou de Natureza Especial a que se referem os arts. 3

    o e 10 da Lei n

    o

    8.911, de 11 de julho de 1994, e o art. 3o da Lei n

    o 9.624, de

    2 de abril de 1998. (Includo pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001) Pargrafo nico. A VPNI de que trata o caput deste artigo somente estar sujeita s revises gerais de remunerao dos servidores pblicos federais. (Includo pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001)

    Subseo II Da Gratificao Natalina

    Art. 63. A gratificao natalina corresponde a 1/12 (um doze avos) da remunerao a que o servidor fizer jus no ms de dezembro, por ms de exerccio no respectivo ano. Pargrafo nico. A frao igual ou superior a 15 (quinze) dias ser considerada como ms integral. Art. 64. A gratificao ser paga at o dia 20 (vinte) do ms de dezembro de cada ano. Pargrafo nico. (VETADO). Art. 65. O servidor exonerado perceber sua gratificao natalina, proporcionalmente aos meses de exerccio, calculada sobre a remunerao do ms da exonerao. Art. 66. A gratificao natalina no ser considerada para clculo de qualquer vantagem pecuniria.

    Subseo III Do Adicional por Tempo de Servio

    Art. 67.. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) (Revogado pela Medida Provisria n 2.225-45, de 2001, respeitadas as situaes constitudas at 8.3.1999)

    Subseo IV Dos Adicionais de Insalubridade, Periculosidade ou

    Atividades Penosas

    Art. 68. Os servidores que trabalhem com habitualidade em locais insalubres ou em contato permanente com substncias txicas, radioativas ou com risco de vida, fazem jus a um adicional sobre o vencimento do cargo efetivo. 1

    o O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade

    e de periculosidade dever optar por um deles. 2

    o O direito ao adicional de insalubridade ou

    periculosidade cessa com a eliminao das condies ou dos riscos que deram causa a sua concesso. Art. 69. Haver permanente controle da atividade de servidores em operaes ou locais considerados penosos, insalubres ou perigosos. Pargrafo nico. A servidora gestante ou lactante ser afastada, enquanto durar a gestao e a lactao, das operaes e locais previstos neste artigo, exercendo suas atividades em local salubre e em servio no penoso e no perigoso. Art. 70. Na concesso dos adicionais de atividades penosas, de insalubridade e de periculosidade, sero observadas as situaes estabelecidas em legislao especfica. Art. 71. O adicional de atividade penosa ser devido aos servidores em exerccio em zonas de fronteira ou em localidades cujas condies de vida o justifiquem, nos termos, condies e limites fixados em regulamento. Art. 72. Os locais de trabalho e os servidores que operam com Raios X ou substncias radioativas sero mantidos sob controle permanente, de modo que as doses de radiao ionizante no ultrapassem o nvel mximo previsto na legislao prpria. Pargrafo nico. Os servidores a que se refere este artigo sero submetidos a exames mdicos a cada 6 (seis) meses.

    Subseo V Do Adicional por Servio Extraordinrio

    Art. 73. O servio extraordinrio ser remunerado com acrscimo de 50% (cinqenta por cento) em relao hora normal de trabalho. Art. 74. Somente ser permitido servio extraordinrio para atender a situaes excepcionais e temporrias, respeitado o limite mximo de 2 (duas) horas por jornada.

    Subseo VI Do Adicional Noturno

    Art. 75. O servio noturno, prestado em horrio compreendido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5 (cinco) horas do dia seguinte, ter o valor-hora acrescido de 25% (vinte e cinco por cento), computando-se cada hora como cinqenta e dois minutos e trinta segundos. Pargrafo nico. Em se tratando de servio extraordinrio, o acrscimo de que trata este artigo incidir sobre a remunerao prevista no art. 73.

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    11 S Apostilas Digitais

    Subseo VII

    Do Adicional de Frias

    Art. 76. Independentemente de solicitao, ser pago ao servidor, por ocasio das frias, um adicional correspondente a 1/3 (um tero) da remunerao do perodo das frias. Pargrafo nico. No caso de o servidor exercer funo de direo, chefia ou assessoramento, ou ocupar cargo em comisso, a respectiva vantagem ser considerada no clculo do adicional de que trata este artigo.

    Subseo VIII Da Gratificao por Encargo de Curso ou Concurso

    Art. 76-A. A Gratificao por Encargo de Curso ou Concurso devida ao servidor que, em carter eventual: (Includo pela Lei n 11.314 de 2006) (Regulamento) I - atuar como instrutor em curso de formao, de desenvolvimento ou de treinamento regularmente institudo no mbito da administrao pblica federal; (Includo pela Lei n 11.314 de 2006) II - participar de banca examinadora ou de comisso para exames orais, para anlise curricular, para correo de provas discursivas, para elaborao de questes de provas ou para julgamento de recursos intentados por candidatos; (Includo pela Lei n 11.314 de 2006) III - participar da logstica de preparao e de realizao de concurso pblico envolvendo atividades de planejamento, coordenao, superviso, execuo e avaliao de resultado, quando tais atividades no estiverem includas entre as suas atribuies permanentes; (Includo pela Lei n 11.314 de 2006) IV - participar da aplicao, fiscalizar ou avaliar provas de exame vestibular ou de concurso pblico ou supervisionar essas atividades. (Includo pela Lei n 11.314 de 2006) 1

    o Os critrios de concesso e os limites da gratificao de

    que trata este artigo sero fixados em regulamento, observados os seguintes parmetros: (Includo pela Lei n 11.314 de 2006) I - o valor da gratificao ser calculado em horas, observadas a natureza e a complexidade da atividade exercida; (Includo pela Lei n 11.314 de 2006) II - a retribuio no poder ser superior ao equivalente a 120 (cento e vinte) horas de trabalho anuais, ressalvada situao de excepcionalidade, devidamente justificada e previamente aprovada pela autoridade mxima do rgo ou entidade, que poder autorizar o acrscimo de at 120 (cento e vinte) horas de trabalho anuais; (Includo pela Lei n 11.314 de 2006) III - o valor mximo da hora trabalhada corresponder aos seguintes percentuais, incidentes sobre o maior vencimento bsico da administrao pblica federal: (Includo pela Lei n 11.314 de 2006) a) 2,2% (dois inteiros e dois dcimos por cento), em se tratando de atividades previstas nos incisos I e II do caput deste artigo; (Redao dada pela Lei n 11.501, de 2007) b) 1,2% (um inteiro e dois dcimos por cento), em se tratando de atividade prevista nos incisos III e IV do caput deste artigo. (Redao dada pela Lei n 11.501, de 2007) 2

    o A Gratificao por Encargo de Curso ou Concurso

    somente ser paga se as atividades referidas nos incisos do caput deste artigo forem exercidas sem prejuzo das atribuies do cargo de que o servidor for titular, devendo ser objeto de compensao de carga horria quando desempenhadas durante a jornada de trabalho, na forma do

    4o do art. 98 desta Lei. (Includo pela Lei n 11.314 de

    2006) 3

    o A Gratificao por Encargo de Curso ou Concurso no

    se incorpora ao vencimento ou salrio do servidor para qualquer efeito e no poder ser utilizada como base de clculo para quaisquer outras vantagens, inclusive para fins de clculo dos proventos da aposentadoria e das penses. (Includo pela Lei n 11.314 de 2006)

    Captulo III Das Frias

    Art. 77. O servidor far jus a trinta dias de frias, que podem ser acumuladas, at o mximo de dois perodos, no caso de necessidade do servio, ressalvadas as hipteses em que haja legislao especfica. (Redao dada pela Lei n 9.525, de 10.12.97) (Frias de Ministro - Vide) 1

    o Para o primeiro perodo aquisitivo de frias sero

    exigidos 12 (doze) meses de exerccio. 2

    o vedado levar conta de frias qualquer falta ao

    servio. 3

    o As frias podero ser parceladas em at trs etapas,

    desde que assim requeridas pelo servidor, e no interesse da administrao pblica. (Includo pela Lei n 9.525, de 10.12.97) Art. 78. O pagamento da remunerao das frias ser efetuado at 2 (dois) dias antes do incio do respectivo perodo, observando-se o disposto no 1

    o deste artigo.

    (Frias de Ministro - Vide) 1 2. (Revogado pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 3

    o O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em

    comisso, perceber indenizao relativa ao perodo das frias a que tiver direito e ao incompleto, na proporo de um doze avos por ms de efetivo exerccio, ou frao superior a quatorze dias. (Includo pela Lei n 8.216, de 13.8.91) 4

    o A indenizao ser calculada com base na

    remunerao do ms em que for publicado o ato exoneratrio. (Includo pela Lei n 8.216, de 13.8.91) 5

    o Em caso de parcelamento, o servidor receber o valor

    adicional previsto no inciso XVII do art. 7o da Constituio

    Federal quando da utilizao do primeiro perodo. (Includo pela Lei n 9.525, de 10.12.97) Art. 79. O servidor que opera direta e permanentemente com Raios X ou substncias radioativas gozar 20 (vinte) dias consecutivos de frias, por semestre de atividade profissional, proibida em qualquer hiptese a acumulao. Art. 80. As frias somente podero ser interrompidas por motivo de calamidade pblica, comoo interna, convocao para jri, servio militar ou eleitoral, ou por necessidade do servio declarada pela autoridade mxima do rgo ou entidade.(Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) (Frias de Ministro - Vide) Pargrafo nico. O restante do perodo interrompido ser gozado de uma s vez, observado o disposto no art. 77. (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97)

    Captulo IV Das Licenas

    Seo I Disposies Gerais

    Art. 81. Conceder-se- ao servidor licena: I - por motivo de doena em pessoa da famlia; II - por motivo de afastamento do cnjuge ou companheiro;

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    III - para o servio militar; IV - para atividade poltica; V - para capacitao; (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) VI - para tratar de interesses particulares; VII - para desempenho de mandato classista. 1

    o A licena prevista no inciso I do caput deste artigo bem

    como cada uma de suas prorrogaes sero precedidas de exame por percia mdica oficial, observado o disposto no art. 204 desta Lei. (Redao dada pela Lei n 11.907, de 2009) 2

    o (Revogado pela Lei n 9.527, de 10.12.97)

    3o vedado o exerccio de atividade remunerada durante

    o perodo da licena prevista no inciso I deste artigo. Art. 82. A licena concedida dentro de 60 (sessenta) dias do trmino de outra da mesma espcie ser considerada como prorrogao.

    Seo II Da Licena por Motivo de Doena em Pessoa da Famlia

    Art. 83. Poder ser concedida licena ao servidor por motivo de doena do cnjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva a suas expensas e conste do seu assentamento funcional, mediante comprovao por percia mdica oficial. (Redao dada pela Lei n 11.907, de 2009) 1

    o A licena somente ser deferida se a assistncia direta

    do servidor for indispensvel e no puder ser prestada simultaneamente com o exerccio do cargo ou mediante compensao de horrio, na forma do disposto no inciso II do art. 44. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) A licena de que trata o caput, includas as prorrogaes, poder ser concedida a cada perodo de doze meses nas seguintes condies: (Redao dada pela Medida Provisria n 479, de 2009) I - por at sessenta dias, consecutivos ou no, mantida a remunerao do servidor; e (Includo pela Medida Provisria n 479, de 2009) II - por at noventa dias, consecutivos ou no, sem remunerao. (Includo pela Medida Provisria n 479, de 2009) 3

    o O incio do interstcio de doze meses ser contado a

    partir da data do deferimento da primeira licena concedida. (Redao dada pela Medida Provisria n 479, de 2009) 4

    o A soma das licenas remuneradas e das licenas no

    remuneradas, includas as respectivas prorrogaes, concedidas em um mesmo perodo de doze meses, observado o disposto no 3

    o, no poder ultrapassar os

    limites estabelecidos nos incisos I e II do 2o. (Includo pela

    Medida Provisria n 479, de 2009)

    Seo III Da Licena por Motivo de Afastamento do Cnjuge

    Art. 84. Poder ser concedida licena ao servidor para acompanhar cnjuge ou companheiro que foi deslocado para outro ponto do territrio nacional, para o exterior ou para o exerccio de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo. 1

    o A licena ser por prazo indeterminado e sem

    remunerao. 2

    o No deslocamento de servidor cujo cnjuge ou

    companheiro tambm seja servidor pblico, civil ou militar, de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, poder haver exerccio provisrio em rgo ou entidade da Administrao Federal direta,

    autrquica ou fundacional, desde que para o exerccio de atividade compatvel com o seu cargo. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97)

    Seo IV Da Licena para o Servio Militar

    Art. 85. Ao servidor convocado para o servio militar ser concedida licena, na forma e condies previstas na legislao especfica. Pargrafo nico. Concludo o servio militar, o servidor ter at 30 (trinta) dias sem remunerao para reassumir o exerccio do cargo.

    Seo V Da Licena para Atividade Poltica

    Art. 86. O servidor ter direito a licena, sem remunerao, durante o perodo que mediar entre a sua escolha em conveno partidria, como candidato a cargo eletivo, e a vspera do registro de sua candidatura perante a Justia Eleitoral. 1

    o O servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde

    desempenha suas funes e que exera cargo de direo, chefia, assessoramento, arrecadao ou fiscalizao, dele ser afastado, a partir do dia imediato ao do registro de sua candidatura perante a Justia Eleitoral, at o dcimo dia seguinte ao do pleito. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 2

    o A partir do registro da candidatura e at o dcimo dia

    seguinte ao da eleio, o servidor far jus licena, assegurados os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo perodo de trs meses. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97)

    Seo VI Da Licena para Capacitao

    Art. 87. Aps cada qinqnio de efetivo exerccio, o servidor poder, no interesse da Administrao, afastar-se do exerccio do cargo efetivo, com a respectiva remunerao, por at trs meses, para participar de curso de capacitao profissional. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) Pargrafo nico. Os perodos de licena de que trata o caput no so acumulveis.(Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) Art. 88. . (Revogado pela Lei n 9.527, de 10.12.97) Art. 89. - (Revogado pela Lei n 9.527, de 10.12.97) Art. 90. (VETADO).

    Seo VII Da Licena para Tratar de Interesses Particulares

    Art. 91. A critrio da Administrao, podero ser concedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que no esteja em estgio probatrio, licenas para o trato de assuntos particulares pelo prazo de at trs anos consecutivos, sem remunerao. (Redao dada pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001) Pargrafo nico. A licena poder ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do servio. (Redao dada pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001)

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    Seo VIII Da Licena para o Desempenho de Mandato Classista

    Art. 92. assegurado ao servidor o direito licena sem remunerao para o desempenho de mandato em confederao, federao, associao de classe de mbito nacional, sindicato representativo da categoria ou entidade fiscalizadora da profisso ou, ainda, para participar de gerncia ou administrao em sociedade cooperativa constituda por servidores pblicos para prestar servios a seus membros, observado o disposto na alnea c do inciso VIII do art. 102 desta Lei, conforme disposto em regulamento e observados os seguintes limites: (Redao dada pela Lei n 11.094, de 2005) I - para entidades com at 5.000 associados, um servidor; (Inciso includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) II - para entidades com 5.001 a 30.000 associados, dois servidores; (Inciso includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) III - para entidades com mais de 30.000 associados, trs servidores. (Inciso includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 1

    o Somente podero ser licenciados servidores eleitos

    para cargos de direo ou representao nas referidas entidades, desde que cadastradas no Ministrio da Administrao Federal e Reforma do Estado. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 2 A licena ter durao igual do mandato, podendo ser prorrogada, no caso de reeleio, e por uma nica vez.

    Captulo V Dos Afastamentos

    Seo I Do Afastamento para Servir a Outro rgo ou Entidade

    Art. 93. O servidor poder ser cedido para ter exerccio em outro rgo ou entidade dos Poderes da Unio, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos Municpios, nas seguintes hipteses: (Redao dada pela Lei n 8.270, de 17.12.91) (Regulamento) (Vide Decreto n 4.493, de 3.12.2002) (Regulamento) I - para exerccio de cargo em comisso ou funo de confiana; (Redao dada pela Lei n 8.270, de 17.12.91) II - em casos previstos em leis especficas.(Redao dada pela Lei n 8.270, de 17.12.91) 1

    o Na hiptese do inciso I, sendo a cesso para rgos ou

    entidades dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municpios, o nus da remunerao ser do rgo ou entidade cessionria, mantido o nus para o cedente nos demais casos. (Redao dada pela Lei n 8.270, de 17.12.91) 2 Na hiptese de o servidor cedido a empresa pblica ou sociedade de economia mista, nos termos das respectivas normas, optar pela remunerao do cargo efetivo ou pela remunerao do cargo efetivo acrescida de percentual da retribuio do cargo em comisso, a entidade cessionria efetuar o reembolso das despesas realizadas pelo rgo ou entidade de origem. (Redao dada pela Lei n 11.355, de 2006) 3

    o A cesso far-se- mediante Portaria publicada no Dirio

    Oficial da Unio. (Redao dada pela Lei n 8.270, de 17.12.91) 4

    o Mediante autorizao expressa do Presidente da

    Repblica, o servidor do Poder Executivo poder ter exerccio em outro rgo da Administrao Federal direta que no tenha quadro prprio de pessoal, para fim determinado e a prazo certo. (Includo pela Lei n 8.270, de 17.12.91) 5 Aplica-se Unio, em se tratando de empregado ou servidor por ela requisitado, as disposies dos 1 e 2

    deste artigo. (Redao dada pela Lei n 10.470, de 25.6.2002) 6 As cesses de empregados de empresa pblica ou de sociedade de economia mista, que receba recursos de Tesouro Nacional para o custeio total ou parcial da sua folha de pagamento de pessoal, independem das disposies contidas nos incisos I e II e 1 e 2 deste artigo, ficando o exerccio do empregado cedido condicionado a autorizao especfica do Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto, exceto nos casos de ocupao de cargo em comisso ou funo gratificada. (Includo pela Lei n 10.470, de 25.6.2002) 7 O Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto, com a finalidade de promover a composio da fora de trabalho dos rgos e entidades da Administrao Pblica Federal, poder determinar a lotao ou o exerccio de empregado ou servidor, independentemente da observncia do constante no inciso I e nos 1 e 2 deste artigo. (Includo pela Lei n 10.470, de 25.6.2002) (Vide Decreto n 5.375, de 2005)

    Seo II Do Afastamento para Exerccio de Mandato Eletivo

    Art. 94. Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposies: I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficar afastado do cargo; II - investido no mandato de Prefeito, ser afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remunerao; III - investido no mandato de vereador: a) havendo compatibilidade de horrio, perceber as vantagens de seu cargo, sem prejuzo da remunerao do cargo eletivo; b) no havendo compatibilidade de horrio, ser afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remunerao. 1

    o No caso de afastamento do cargo, o servidor contribuir

    para a seguridade social como se em exerccio estivesse. 2

    o O servidor investido em mandato eletivo ou classista

    no poder ser removido ou redistribudo de ofcio para localidade diversa daquela onde exerce o mandato.

    Seo III Do Afastamento para Estudo ou Misso no Exterior

    Art. 95. O servidor no poder ausentar-se do Pas para estudo ou misso oficial, sem autorizao do Presidente da Repblica, Presidente dos rgos do Poder Legislativo e Presidente do Supremo Tribunal Federal. 1

    o A ausncia no exceder a 4 (quatro) anos, e finda a

    misso ou estudo, somente decorrido igual perodo, ser permitida nova ausncia. 2

    o Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo no

    ser concedida exonerao ou licena para tratar de interesse particular antes de decorrido perodo igual ao do afastamento, ressalvada a hiptese de ressarcimento da despesa havida com seu afastamento. 3

    o O disposto neste artigo no se aplica aos servidores da

    carreira diplomtica. 4

    o As hipteses, condies e formas para a autorizao de

    que trata este artigo, inclusive no que se refere remunerao do servidor, sero disciplinadas em regulamento. (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) Art. 96. O afastamento de servidor para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere

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    dar-se- com perda total da remunerao. (Vide Decreto n 3.456, de 2000)

    Seo IV (Includo pela Lei n 11.907, de 2009)

    Do Afastamento para Participao em Programa de Ps-Graduao Stricto Sensu no Pas

    Art. 96-A. O servidor poder, no interesse da Administrao, e desde que a participao no possa ocorrer simultaneamente com o exerccio do cargo ou mediante compensao de horrio, afastar-se do exerccio do cargo efetivo, com a respectiva remunerao, para participar em programa de ps-graduao stricto sensu em instituio de ensino superior no Pas. (Includo pela Lei n 11.907, de 2009) 1

    o Ato do dirigente mximo do rgo ou entidade definir,

    em conformidade com a legislao vigente, os programas de capacitao e os critrios para participao em programas de ps-graduao no Pas, com ou sem afastamento do servidor, que sero avaliados por um comit constitudo para este fim. (Includo pela Lei n 11.907, de 2009) 2

    o Os afastamentos para realizao de programas de

    mestrado e doutorado somente sero concedidos aos servidores titulares de cargos efetivos no respectivo rgo ou entidade h pelo menos 3 (trs) anos para mestrado e 4 (quatro) anos para doutorado, includo o perodo de estgio probatrio, que no tenham se afastado por licena para tratar de assuntos particulares para gozo de licena capacitao ou com fundamento neste artigo nos 2 (dois) anos anteriores data da solicitao de afastamento. (Includo pela Lei n 11.907, de 2009) 3

    o Os afastamentos para realizao de programas de ps-

    doutorado somente sero concedidos aos servidores titulares de cargos efetivo no respectivo rgo ou entidade h pelo menos quatro anos, includo o perodo de estgio probatrio, e que no tenham se afastado por licena para tratar de assuntos particulares ou com fundamento neste artigo, nos quatro anos anteriores data da solicitao de afastamento. (Redao dada pela Medida Provisria n 479, de 2009) 4

    o Os servidores beneficiados pelos afastamentos

    previstos nos 1o, 2

    o e 3

    o deste artigo tero que

    permanecer no exerccio de suas funes aps o seu retorno por um perodo igual ao do afastamento concedido. (Includo pela Lei n 11.907, de 2009) 5

    o Caso o servidor venha a solicitar exonerao do cargo

    ou aposentadoria, antes de cumprido o perodo de permanncia previsto no 4

    o deste artigo, dever ressarcir o

    rgo ou entidade, na forma do art. 47 da Lei no 8.112, de 11

    de dezembro de 1990, dos gastos com seu aperfeioamento. (Includo pela Lei n 11.907, de 2009) 6

    o Caso o servidor no obtenha o ttulo ou grau que

    justificou seu afastamento no perodo previsto, aplica-se o disposto no 5

    o deste artigo, salvo na hiptese comprovada

    de fora maior ou de caso fortuito, a critrio do dirigente mximo do rgo ou entidade. (Includo pela Lei n 11.907, de 2009) 7

    o Aplica-se participao em programa de ps-

    graduao no Exterior, autorizado nos termos do art. 95 desta Lei, o disposto nos 1

    o a 6

    o deste artigo. (Includo

    pela Lei n 11.907, de 2009)

    Captulo VI Das Concesses

    Art. 97. Sem qualquer prejuzo, poder o servidor ausentar-se do servio:

    I - por 1 (um) dia, para doao de sangue; II - por 2 (dois) dias, para se alistar como eleitor; III - por 8 (oito) dias consecutivos em razo de : a) casamento; b) falecimento do cnjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmos. Art. 98. Ser concedido horrio especial ao servidor estudante, quando comprovada a incompatibilidade entre o horrio escolar e o da repartio, sem prejuzo do exerccio do cargo. 1

    o Para efeito do disposto neste artigo, ser exigida a

    compensao de horrio no rgo ou entidade que tiver exerccio, respeitada a durao semanal do trabalho. (Pargrafo renumerado e alterado pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 2

    o Tambm ser concedido horrio especial ao servidor

    portador de deficincia, quando comprovada a necessidade por junta mdica oficial, independentemente de compensao de horrio. (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 3

    o As disposies do pargrafo anterior so extensivas ao

    servidor que tenha cnjuge, filho ou dependente portador de deficincia fsica, exigindo-se, porm, neste caso, compensao de horrio na forma do inciso II do art. 44. (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 4

    o Ser igualmente concedido horrio especial, vinculado

    compensao de horrio a ser efetivada no prazo de at 1 (um) ano, ao servidor que desempenhe atividade prevista nos incisos I e II do caput do art. 76-A desta Lei. (Redao dada pela Lei n 11.501, de 2007) Art. 99. Ao servidor estudante que mudar de sede no interesse da administrao assegurada, na localidade da nova residncia ou na mais prxima, matrcula em instituio de ensino congnere, em qualquer poca, independentemente de vaga. Pargrafo nico. O disposto neste artigo estende-se ao cnjuge ou companheiro, aos filhos, ou enteados do servidor que vivam na sua companhia, bem como aos menores sob sua guarda, com autorizao judicial.

    Captulo VII Do Tempo de Servio

    Art. 100. contado para todos os efeitos o tempo de servio pblico federal, inclusive o prestado s Foras Armadas. Art. 101. A apurao do tempo de servio ser feita em dias, que sero convertidos em anos, considerado o ano como de trezentos e sessenta e cinco dias. Pargrafo nico.. (Revogado pela Lei n 9.527, de 10.12.97) Art. 102. Alm das ausncias ao servio previstas no art. 97, so considerados como de efetivo exerccio os afastamentos em virtude de: I - frias; II - exerccio de cargo em comisso ou equivalente, em rgo ou entidade dos Poderes da Unio, dos Estados, Municpios e Distrito Federal; III - exerccio de cargo ou funo de governo ou administrao, em qualquer parte do territrio nacional, por nomeao do Presidente da Repblica; IV - participao em programa de treinamento regularmente institudo ou em programa de ps-graduao stricto sensu no

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    15 S Apostilas Digitais

    Pas, conforme dispuser o regulamento; (Redao dada pela Lei n 11.907, de 2009) V - desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal, exceto para promoo por merecimento; VI - jri e outros servios obrigatrios por lei; VII - misso ou estudo no exterior, quando autorizado o afastamento, conforme dispuser o regulamento; (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) VIII - licena: a) gestante, adotante e paternidade; b) para tratamento da prpria sade, at o limite de vinte e quatro meses, cumulativo ao longo do tempo de servio pblico prestado Unio, em cargo de provimento efetivo; (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) c) para o desempenho de mandato classista ou participao de gerncia ou administrao em sociedade cooperativa constituda por servidores para prestar servios a seus membros, exceto para efeito de promoo por merecimento; (Redao dada pela Lei n 11.094, de 2005) d) por motivo de acidente em servio ou doena profissional; e) para capacitao, conforme dispuser o regulamento; (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) f) por convocao para o servio militar; IX - deslocamento para a nova sede de que trata o art. 18; X - participao em competio desportiva nacional ou convocao para integrar representao desportiva nacional, no Pas ou no exterior, conforme disposto em lei especfica; XI - afastamento para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere. (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) Art. 103. Contar-se- apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade: I - o tempo de servio pblico prestado aos Estados, Municpios e Distrito Federal; II - a licena para tratamento de sade de pessoal da famlia do servidor, com remunerao, que exceder a trinta dias em perodo de doze meses. (Redao dada pela Medida Provisria n 479, de 2009) III - a licena para atividade poltica, no caso do art. 86, 2

    o;

    IV - o tempo correspondente ao desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou distrital, anterior ao ingresso no servio pblico federal; V - o tempo de servio em atividade privada, vinculada Previdncia Social; VI - o tempo de servio relativo a tiro de guerra; VII - o tempo de licena para tratamento da prpria sade que exceder o prazo a que se refere a alnea "b" do inciso VIII do art. 102. (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 1

    o O tempo em que o servidor esteve aposentado ser

    contado apenas para nova aposentadoria. 2

    o Ser contado em dobro o tempo de servio prestado s

    Foras Armadas em operaes de guerra. 3

    o vedada a contagem cumulativa de tempo de servio

    prestado concomitantemente em mais de um cargo ou funo de rgo ou entidades dos Poderes da Unio, Estado, Distrito Federal e Municpio, autarquia, fundao pblica, sociedade de economia mista e empresa pblica.

    Captulo VIII Do Direito de Petio

    Art. 104. assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes Pblicos, em defesa de direito ou interesse legtimo. Art. 105. O requerimento ser dirigido autoridade competente para decidi-lo e encaminhado por intermdio

    daquela a que estiver imediatamente subordinado o requerente. Art. 106. Cabe pedido de reconsiderao autoridade que houver expedido o ato ou proferido a primeira deciso, no podendo ser renovado. Pargrafo nico. O requerimento e o pedido de reconsiderao de que tratam os artigos anteriores devero ser despachados no prazo de 5 (cinco) dias e decididos dentro de 30 (trinta) dias. Art. 107. Caber recurso: I - do indeferimento do pedido de reconsiderao; II - das decises sobre os recursos sucessivamente interpostos. 1

    o O recurso ser dirigido autoridade imediatamente

    superior que tiver expedido o ato ou proferido a deciso, e, sucessivamente, em escala ascendente, s demais autoridades. 2

    o O recurso ser encaminhado por intermdio da

    autoridade a que estiver imediatamente subordinado o requerente. Art. 108. O prazo para interposio de pedido de reconsiderao ou de recurso de 30 (trinta) dias, a contar da publicao ou da cincia, pelo interessado, da deciso recorrida. Art. 109. O recurso poder ser recebido com efeito suspensivo, a juzo da autoridade competente. Pargrafo nico. Em caso de provimento do pedido de reconsiderao ou do recurso, os efeitos da deciso retroagiro data do ato impugnado. Art. 110. O direito de requerer prescreve: I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demisso e de cassao de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e crditos resultantes das relaes de trabalho; II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em lei. Pargrafo nico. O prazo de prescrio ser contado da data da publicao do ato impugnado ou da data da cincia pelo interessado, quando o ato no for publicado. Art. 111. O pedido de reconsiderao e o recurso, quando cabveis, interrompem a prescrio. Art. 112. A prescrio de ordem pblica, no podendo ser relevada pela administrao. Art. 113. Para o exerccio do direito de petio, assegurada vista do processo ou documento, na repartio, ao servidor ou a procurador por ele constitudo. Art. 114. A administrao dever rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de ilegalidade. Art. 115. So fatais e improrrogveis os prazos estabelecidos neste Captulo, salvo motivo de fora maior.

    Ttulo IV Do Regime Disciplinar

    Captulo I Dos Deveres

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    16 S Apostilas Digitais

    Art. 116. So deveres do servidor: I - exercer com zelo e dedicao as atribuies do cargo; II - ser leal s instituies a que servir; III - observar as normas legais e regulamentares; IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais; V - atender com presteza: a) ao pblico em geral, prestando as informaes requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo; b) expedio de certides requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situaes de interesse pessoal; c) s requisies para a defesa da Fazenda Pblica. VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver cincia em razo do cargo; VII - zelar pela economia do material e a conservao do patrimnio pblico; VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartio; IX - manter conduta compatvel com a moralidade administrativa; X - ser assduo e pontual ao servio; XI - tratar com urbanidade as pessoas; XII - representar contra ilegalidade, omisso ou abuso de poder. Pargrafo nico. A representao de que trata o inciso XII ser encaminhada pela via hierrquica e apreciada pela autoridade superior quela contra a qual formulada, assegurando-se ao representando ampla defesa.

    Captulo II Das Proibies

    Art. 117. Ao servidor proibido: (Vide Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001) I - ausentar-se do servio durante o expediente, sem prvia autorizao do chefe imediato; II - retirar, sem prvia anuncia da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartio; III - recusar f a documentos pblicos; IV - opor resistncia injustificada ao andamento de documento e processo ou execuo de servio; V - promover manifestao de apreo ou desapreo no recinto da repartio; VI - cometer a pessoa estranha repartio, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuio que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado; VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associao profissional ou sindical, ou a partido poltico; VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou funo de confiana, cnjuge, companheiro ou parente at o segundo grau civil; X - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da funo pblica; X - participar de gerncia ou administrao de sociedade privada, personificada ou no personificada, exercer o comrcio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditrio; (Redao dada pela Lei n 11.784, de 2008 XI - atuar, como procurador ou intermedirio, junto a reparties pblicas, salvo quando se tratar de benefcios previdencirios ou assistenciais de parentes at o segundo grau, e de cnjuge ou companheiro; XII - receber propina, comisso, presente ou vantagem de qualquer espcie, em razo de suas atribuies; XIII - aceitar comisso, emprego ou penso de estado estrangeiro; XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas; XV - proceder de forma desidiosa;

    XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartio em servios ou atividades particulares; XVII - cometer a outro servidor atribuies estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situaes de emergncia e transitrias; XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatveis com o exerccio do cargo ou funo e com o horrio de trabalho; XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado. (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) Pargrafo nico. A vedao de que trata o inciso X do caput deste artigo no se aplica nos seguintes casos: (Includo pela Lei n 11.784, de 2008 I - participao nos conselhos de administrao e fiscal de empresas ou entidades em que a Unio detenha, direta ou indiretamente, participao no capital social ou em sociedade cooperativa constituda para prestar servios a seus membros; e (Includo pela Lei n 11.784, de 2008 II - gozo de licena para o trato de interesses particulares, na forma do art. 91 desta Lei, observada a legislao sobre conflito de interesses. (Includo pela Lei n 11.784, de 2008

    Captulo III Da Acumulao

    Art. 118. Ressalvados os casos previstos na Constituio, vedada a acumulao remunerada de cargos pblicos. 1

    o A proibio de acumular estende-se a cargos,

    empregos e funes em autarquias, fundaes pblicas, empresas pblicas, sociedades de economia mista da Unio, do Distrito Federal, dos Estados, dos Territrios e dos Municpios. 2

    o A acumulao de cargos, ainda que lcita, fica

    condicionada comprovao da compatibilidade de horrios. 3

    o Considera-se acumulao proibida a percepo de

    vencimento de cargo ou emprego pblico efetivo com proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que decorram essas remuneraes forem acumulveis na atividade. (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) Art. 119. O servidor no poder exercer mais de um cargo em comisso, exceto no caso previsto no pargrafo nico do art. 9

    o, nem ser remunerado pela participao em

    rgo de deliberao coletiva. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) Pargrafo nico. O disposto neste artigo no se aplica remunerao devida pela participao em conselhos de administrao e fiscal das empresas pblicas e sociedades de economia mista, suas subsidirias e controladas, bem como quaisquer empresas ou entidades em que a Unio, direta ou indiretamente, detenha participao no capital social, observado o que, a respeito, dispuser legislao especfica. (Redao dada pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001) Art. 120. O servidor vinculado ao regime desta Lei, que acumular licitamente dois cargos efetivos, quando investido em cargo de provimento em comisso, ficar afastado de ambos os cargos efetivos, salvo na hiptese em que houver compatibilidade de horrio e local com o