0.206249001161631835 apostila contrato adm reg precos
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ContratoTRANSCRIPT
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ESCOLA DE GESTO PBLICA MUNICIPAL
Programa de Capacitao de Servidores Pblicos Municipais
Curso sobre Contrato Administrativo, Contratao Direta e Registro de Preos
Prof. Dr. Joel de Menezes Niebuhr
Advogado. Doutor em Direito Administrativo pela PUC/SC. Mestre em Direito pela UFSC/SC. Professor de Direito Administrativo da Escola da Magistratura do Tribunal de Justia de Santa Catarina e da Escola do Ministrio Pblico de Santa Catarina. Autor dos livros "Princpio da Isonomia na Licitao Pblica" (Florianpolis: Obra Jurdica, 2000), "O Novo Regime Constitucional da Medida Provisria" (So Paulo: Dialtica, 2002), "Dispensa e Inexigibilidade de Licitao Pblica" (So Paulo: Dialtica, 2003) e "Prego Presencial e Eletrnico" (Curitiba: Znite, 2004).
Promoo e realizao:
outubro de 2005.
www.fecam.org.br
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Apresentao
A Escola de Gesto Pblica Municipal criada em 2004 pela FECAM, em parceria com as
Associaes de Municpios, tem como principal objetivo a capacitao de agentes polticos e
servidores pblicos, uma vez que, em virtude das inmeras mudanas que ocorrem
constantemente na esfera pblica, necessrio ampliar o conhecimento tcnico dos
mesmos.
O programa de capacitao de agentes polticos e servidores pblicos passou a ser um
mecanismo eficiente e inovador em relao organizao de cursos e seminrios, alm de
ganhar nfase como uma das principais aes das entidades municipalistas de Santa
Catarina.
O nmero de servidores pblicos municipais qualificados mostra a importncia da Escola.
Em menos de um ano de sua implantao, a escola capacitou cerca de 3.000 servidores
pblicos em cursos como Planejamento Eficiente, Gesto Pblica Municipal, Planejamento
Urbano, Polticas Pblicas Sociais, Treinamento sobre Bolsa Famlia e Cadastro nico,
Controle Interno, Licitao Pblica e Prego. Alm disso, a Escola de Gesto Pblica
Municipal realizou neste curto perodo, seminrios, congressos e debates que envolveram
prefeitos e profissionais da rea pblica municipal.
Atravs das capacitaes, os municpios ganham profissionais mais qualificados e,
conseqentemente, os servios prestados sociedade so mais eficientes.
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Histrico
A Federao Catarinense de Municpios - FECAM em colaborao com as Associaes de
Municpios tem a grata satisfao de divulgar a ESCOLA DE GESTO PBLICA
MUNICIPAL, voltada formao e capacitao dos agentes polticos e servidores pblicos
municipais do Estado de Santa Catarina. O objetivo da escola criar nos agentes e
servidores uma conscincia cada vez mais clara e dinmica para fazer dos recursos
pblicos, sejam materiais ou imateriais, a transformao necessria modernizao das
aes municipais, respeito s normas que norteiam a administrao Pblica, e assim ter a
certeza de estar no rumo certo para melhor atender ao cidado.
indiscutvel que o sucesso de qualquer empresa o esprito de equipe e no diferente
na administrao pblica, porm para obter resultados esta equipe precisa estar preparada.
Por outro lado, os custos com a capacitao no so acessveis, o que requer a reduo de
gastos, mas por outro lado, necessrio qualificar o quadro de servidores. neste contexto
que a FECAM e as Associaes de Municpios se unem, para formar os servidores municipais
e os agentes polticos com os melhores profissionais das respectivas reas e com um custo
consideravelmente menores.
Estes benefcios so possveis graas s parcerias formadas com o Ministrio Pblico de
Santa Catarina - MP/SC, Tribunal de Contas do Estado - TCE/SC, Conselho Regional de
Contabilidade - CRC, Conselho Regional de Administrao- CRA/FUNDASC, Secretaria do
Tesouro Nacional, Universidades, institutos, dentre outras.
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Diretoria Executiva da FECAM
Presidente Neodi Saretta Prefeito Municipal de Concrdia
1 Vice Presidente Dvio Leu Prefeito Municipal de Massaranduba
2 Vice Presidente Jos Milton Scheffer Prefeito Municipal de Sombrio
3 Vice Presidente Ansio Anatlio Soares Prefeito Municipal de Gov. Celso Ramos
1 Secretrio Saulo Sperotto Prefeito Municipal de Caador
2 Secretrio Jair Jos Farias Prefeito Municipal de Bom Retiro
Conselho Fiscal - Titulares
Orildo Antnio Severgnini Prefeito Municipal de Major Vieira
Armindo Haro Neto Prefeito Municipal de Joaaba
Julcemar Alcir Coelho Prefeito Municipal de Penha
Anecleto Galon Prefeito Municipal de Pinhalzinho
Olmpio Jos Tomio Prefeito Municipal de Indaial
nio Reckziegel Prefeito Municipal de Paraso
Luiz Kuerten Prefeito Municipal de Brao do Norte
Fernando Mallon Prefeito Municipal de So Bento do Sul
Conselho Fiscal -Suplentes
Volcir Canuto Prefeito Municipal de Brunpolis
Ivo Gelbcke Prefeito Municipal de Itaipolis
Paulo Hoepers Prefeito Municipal de Forquilhinhas
Paulo Csar Schlichting da Silva Prefeito Municipal de Agrolndia
Valdemar Lorenzetti Prefeito Municipal de Vargeo
Celso Knapp Prefeito Municipal de Palmitos
Normlio Daneluz Prefeito Municipal de Campo Er
Conselho Deliberativo
Avelino Menegolla Presidente da AMAI Prefeito Municipal de Xanxer
Claudemir Cesca Presidente da AMARP Prefeito Municipal de Salto Veloso
Ademir Domingos Miotto Presidente da AMAUC Prefeito Municipal de Pres. Castelo Branco
Carlos Hoegen Presidente da AMAVI Prefeito Municipal de Ituporanga
Airton Fontana Presidente da AMEOSC Prefeito Municipal de Guaraciaba
Mauro de Nadal Presidente da AMERIOS Prefeito Municipal de Cunha Por
Jos Milton Scheffer Presidente da AMESC Prefeito Municipal de Sombrio
Rubens Spernau Presidente da AMFRI Prefeito Municipal de Balnerio Cambori
Armindo Haro Neto Presidente da AMMOC Prefeito Municipal de Joaaba
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Oscar Schneider Presidente da AMMVI Prefeito Municipal de Timb
Tom Francisco Etges Presidente da AMNOROESTE Prefeito Municipal de So Loureno do Oeste
Gilberto Ari Tomasi Presidente da AMOSC Prefeito Municipal de Caxamb do Sul
Humberto Jair Damasco Ribas Presidente da AMPLA Prefeito Municipal de Papanduva
Nelson Cruz Presidente da AMPLASC Prefeito Municipal de Campos Novos
Paulo Hoepers Presidente da AMREC Prefeito Municipal de Forquilhinha
Marco Antonio Tebaldi Presidente da AMUNESC Prefeito Municipal de Joinville
Orildo Antonio Severgnini Presidente da AMURC Prefeito Municipal de Major Vieira
Neri Vandresen Presidente da AMUREL Prefeito Municipal de Rio Fortuna
Altamir Jos Paes Presidente da AMURES Prefeito Municipal de Otaclio Costa
Valter Marino Zimmermann Presidente da AMVALI Prefeito Municipal de Barra Velha
Vilmar Astrogildo Tuta de Souza
Presidente da GRANFPOLIS Prefeito Municipal de Bigua
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Contate a FECAM
Praa XV de novembro, 270 CEP 88.010-400 Florianpolis / Santa Catarina Tel. (48) 223-1182 www.fecam.org.br Equipe Tcnica SECRETARIA EXECUTIVA Celso Vedana Secretrio Executivo Coordenao de Planos de Aes Estratgicas e gesto da entidade [email protected] Ariane de Campos Angioletti Secretria Administrativa Assessoria a Secretaria Executiva, responsvel pelo relacionamento e atendimento da FECAM [email protected] Viviane Moritz Recepcionista [email protected] Marli Amorim Machado Servente Rodolfo Jair Farias Estagirio COORDENAO CONTBIL E FINANCEIRA Zaqueu Rogrio Francez Consultor Contbil Consultoria Contabilidade Oramentria, Controle Interno, Planejamento Municipal [email protected] Edina David Assessora Financeira Clculo dos valores do ICMS, IPI e FPM, alm de relatrio de arrecadao de receitas semanais. Controle de contas FECAM. [email protected] Eduardo Francisco Silva de Souza - Auxiliar Contbil Folha de Pagamento, contabilidade fiscal, financeira e administrativa [email protected] COORDENAO DE COMUNICAO Marco Aurlio Gomes - Jornalista Relacionamento com os Veculos de Comunicao, editor Revista da Fecam e Informativos Responsvel pela integrao com as Assessorias de Imprensa das Associaes de Municpios. [email protected] Dayane Nunes - Jornalista Produo de Informativo Eletrnico e atualizao do site da FECAM. [email protected]
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COORDENAO DE PLANEJAMENTO E PROJETOS Emerson Souto Gerente de Tecnologia e Informao Coordenao do Portal da FECAM, planejamento e implementao de ferramentas de comunicao interna e externa. [email protected] Luiz Paulo Sclischting Tcnico de Informtica Gerenciamento da rede interna FECAM e desenvolvimento de sistemas. [email protected] COORDENAO DE INFORMTICA Analise Schwengber Demaman - Analise de Sistemas [email protected] Andr Almeida - Programador [email protected] Leandro Andr Zis Programador [email protected] CONSULTORIAS ESPECIALIZADAS Edinando Brustolin Advogado Assessoria Jurdica [email protected] Dr. Joel Menezes Niehbur - Consultor Licitao pblica, contratos e prego [email protected] Martiliano de Melo Analista de Sistemas Informtica [email protected] Walter Scariot Analista de Sistemas Informtica [email protected]
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Sumrio
Consideraes gerais sobre Contrato Administrativo........................................8 1. Teorias sobre contrato administrativo.............................................................8 2. Caractersticas comuns a todos os contratos administrativos .............................8 3. Clusulas Exorbitantes Poderes da Administrao..........................................8 4. Formalidades impostas Administrao .........................................................9 5. Direitos dos contratados...............................................................................9 6. Clusulas obrigatrias..................................................................................9 7. Garantia .................................................................................................. 10 8. Formalizao dos Contratos ........................................................................ 11 9. Execuo dos Contratos ............................................................................. 12 10. Prazo de durao dos contratos ............................................................... 14 11. Alteraes Contratuais............................................................................ 17 12. Resciso dos Contratos........................................................................... 19 13. Sanes administrativas ......................................................................... 20 14. Equilbrio econmico-financeiro................................................................ 21 15. Reajuste............................................................................................... 22 16. Reviso ................................................................................................ 23 17. Decises judiciais e de tribunais de contas sobre reviso e reajuste .............. 25
Registro de Preos ................................................................................... 29 1. Conceito .................................................................................................. 29 2. Distino entre registro de preos e outras figuras congneres ........................ 29 3. Vantagens................................................................................................ 29 4. Normas ................................................................................................... 30 5. Relao entre legislao e decreto ............................................................... 30 6. Incidncia do Decreto Federal n 3.931/01 ................................................... 30 7. Abrangncia ............................................................................................. 31 8. Registro de preos para programas de informtica ......................................... 31 9. Incompatibilidade do registro de preos ....................................................... 31 10. Prioridade ao registro de preos ............................................................... 31 11. Registro de preos para diferentes entidades administrativas ....................... 32 12. Atribuies do rgo gerenciador ............................................................. 32 13. Atribuies do rgo participante ............................................................. 33 14. Da no obrigao de contratar e suas conseqncias .................................. 34 15. Referencial de preo............................................................................... 34 16. Diviso em lotes .................................................................................... 35 17. Fornecimento parcial .............................................................................. 35 18. Licitao............................................................................................... 36 19. Edital de licitao................................................................................... 37 20. Ata de registro de preos ........................................................................ 37 21. Prazo de validade do registro................................................................... 38 22. Carona ................................................................................................. 38 23. Contratao .......................................................................................... 39 24. Reviso dos valores................................................................................ 39 25. Cancelamento do registro ....................................................................... 41
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Consideraes gerais sobre Contrato Administrativo
1. Teorias sobre contrato administrativo
(a) No existe contrato administrativo
no h autonomia da vontade no h igualdade entre as partes
(b) Distino entre contratos administrativos e contratos da administrao
(c) Contratos Administrativos
Artigo 2 do pargrafo nico da Lei n 8.666/93
Para os fins desta Lei, considera-se contrato todo e qualquer ajuste entre rgos ou
entidades da Administrao Pblica e particulares, em que haja um acordo de vontades
para a formao de vnculo e a estipulao de obrigaes recprocas, seja qual for a
denominao utilizada.
3 do artigo 62 da Lei n 8.666/93
Aplica-se o disposto nos arts. 55 e 58 a 61 desta Lei e demais normas gerais, no que
couber:
I - aos contratos de seguro, de financiamento, de locao em que o Poder Pblico seja
locatrio, e aos demais cujo contedo seja regido, predominantemente, por norma de
direito privado;
II - aos contratos em que a Administrao for parte como usuria de servio pblico.
2. Caractersticas comuns a todos os contratos administrativos
Obrigatoriedade de licitao pblica vinculao ao interesse pblico vinculao aos princpios de Direito Administrativo Mutabilidade limitada Requisitos de formalizao aplicao de sanes administrativas possibilidade de ser anulado pela Administrao Controle dos atos administrativos Controle atravs de ao popular e pelo Tribunal de Contas
3. Clusulas Exorbitantes Poderes da Administrao
Alterao unilateral resciso unilateral
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fiscalizao aplicao de sanes em casos de resciso de contratos, de cuja execuo dependa a prestao de
servios pblicos essenciais, a Administrao pode ocupar provisoriamente bens
mveis, imveis, pessoal e servios vinculados ao seu objeto.
Anulao.
4. Formalidades impostas Administrao
Formalizao do contrato: em regra, escrito e com publicao do instrumento no Dirio Oficial.
Limites durao dos contratos Limites s alteraes
5. Direitos dos contratados
Intangibilidade do equilbrio econmico-financeiro do contrato princpio da identidade do objeto adimplemento das obrigaes contratadas respeito ordem cronolgica dos pagamentos exceo do contrato no cumprido resciso judicial ampla defesa e contraditrio motivao
6. Clusulas obrigatrias
Art. 55. So clusulas necessrias em todo contrato as que estabeleam:
I - o objeto e seus elementos caractersticos;
II - o regime de execuo ou a forma de fornecimento;
III - o preo e as condies de pagamento, os critrios, data-base e periodicidade do
reajustamento de preos, os critrios de atualizao monetria entre a data do
adimplemento das obrigaes e a do efetivo pagamento;
IV - os prazos de incio de etapas de execuo, de concluso, de entrega, de observao e
de recebimento definitivo, conforme o caso;
V - o crdito pelo qual correr a despesa, com a indicao da classificao funcional
programtica e da categoria econmica;
VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena execuo, quando exigidas;
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VII - os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabveis e os valores das
multas;
VIII - os casos de resciso;
IX - o reconhecimento dos direitos da Administrao, em caso de resciso administrativa
prevista no art. 77 desta Lei;
X - as condies de importao, a data e a taxa de cmbio para converso, quando for o
caso;
XI - a vinculao ao edital de licitao ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu, ao
convite e proposta do licitante vencedor;
XII - a legislao aplicvel execuo do contrato e especialmente aos casos omissos;
XIII - a obrigao do contratado de manter, durante toda a execuo do contrato, em
compatibilidade com as obrigaes por ele assumidas, todas as condies de habilitao e
qualificao exigidas na licitao.
7. Garantia
Art. 56. A critrio da autoridade competente, em cada caso, e desde que prevista no
instrumento convocatrio, poder ser exigida prestao de garantia nas contrataes de
obras, servios e compras.
1 Caber ao contratado optar por uma das seguintes modalidades de garantia:
(Redao dada pela Lei n 8.883, de 8.6.94)
I - cauo em dinheiro ou ttulos da dvida pblica;
II - seguro-garantia;
III - fiana bancria.
2 A garantia a que se refere o caput deste artigo no exceder a cinco por cento do
valor do contrato e ter seu valor atualizado nas mesmas condies daquele, ressalvado o
previsto no pargrafo 3o deste artigo. (Redao dada pela Lei n 8.883, de 8.6.94)
3 Para obras, servios e fornecimentos de grande vulto envolvendo alta complexidade
tcnica e riscos financeiros considerveis, demonstrados atravs de parecer tecnicamente
aprovado pela autoridade competente, o limite de garantia previsto no pargrafo anterior
poder ser elevado para at dez por cento do valor do contrato. (Redao dada pela Lei n
8.883, de 8.6.94)
4 A garantia prestada pelo contratado ser liberada ou restituda aps a execuo do
contrato e, quando em dinheiro, atualizada monetariamente.
5 Nos casos de contratos que importem na entrega de bens pela Administrao, dos
quais o contratado ficar depositrio, ao valor da garantia dever ser acrescido o valor
desses bens.
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8. Formalizao dos Contratos
Artigo 60:
Os contratos e seus aditamentos sero lavrados nas reparties interessadas, as quais
mantero arquivo cronolgico dos seus autgrafos e registro sistemtico do seu extrato,
salvo os relativos a direitos reais sobre imveis, que se formalizam por instrumento lavrado
em cartrio de notas, de tudo juntando-se cpia no processo que lhe deu origem.
Pargrafo nico. nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administrao, salvo o
de pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor no
superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alnea "a" desta
Lei, feitas em regime de adiantamento.
Pargrafo nico do Artigo 61:
A publicao resumida do instrumento de contrato ou de seus aditamentos na imprensa
oficial, que condio indispensvel para sua eficcia, ser providenciada pela
Administrao at o quinto dia til do ms seguinte ao de sua assinatura, para ocorrer no
prazo de vinte dias daquela data, qualquer que seja o seu valor, ainda que sem nus,
ressalvado o disposto no art. 26 desta Lei. (Pargrafo nico includo pela Lei n 8.883, de
8.6.94)
Caput do artigo 62:
O instrumento de contrato obrigatrio nos casos de concorrncia e de tomada de preos,
bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preos estejam compreendidos nos limites
destas duas modalidades de licitao, e facultativo nos demais em que a Administrao
puder substitu-lo por outros instrumentos hbeis, tais como carta-contrato, nota de
empenho de despesa, autorizao de compra ou ordem de execuo de servio.
4 do artigo 62
dispensvel o "termo de contrato" e facultada a substituio prevista neste artigo, a
critrio da Administrao e independentemente de seu valor, nos casos de compra com
entrega imediata e integral dos bens adquiridos, dos quais no resultem obrigaes futuras,
inclusive assistncia tcnica.
JURISPRUDNCIA
TCU Deciso N 484/96 Pleno
O dispositivo legal oferecido pelo articulista das justificativas (art. 62, 4 da Lei n
8.666/93) trata apenas da dispensa do termo de contrato, no das clusulas que inserem
responsabilidades do contratado para com a administrao, "ex-vi" do art. 62 do mesmo
dispositivo legal, "in verbis":
'Art. 62...(omissis)..............................
2. Em carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorizao de compra, ordem de
execuo de servio ou outros instrumentos hbeis, aplica-se, no que couber, o disposto no
art. 55 desta Lei.'
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Pelo simples fato de o art. 62, 4, da Lei em comento dispensar o 'Termo de Contrato', no
significa, portanto, que juntamente com ele estejam dispensadas tambm as garantias que a
administrao deve ter na execuo de servios de engenharia. A lei apenas substitui o termo
de contrato por Carta-Contrato, Nota de Empenho de Despesas, etc..., mas no eximiu o
administrador da obrigatoriedade de fazer constar, em casos como o em estudo (nota de
empenho) as clusulas essenciais previstas no art. 55 do referido diploma legal, sujeitando-o,
ainda, inclusive, publicao no DOU (v. Deciso n 585/94-TCU-Plenrio - Ata 44/94 -
Sesso de 14/09/94)
TCU, TC 011.621/93-1
(...) 1.3. publicao dos extratos de todos seus contratos no Dirio Oficial da Unio, nos
termos do 1 do art. 61 da Lei n 8.666/93 e do art. 33 do Regulamento de Licitaes e
Contratos do GEIPOT, mesmo em se tratando de outros instrumentos hbeis, como por
exemplo, "nota de empenho", "carta contrato", "autorizao de compra", "ordem de
execuo de servio
9. Execuo dos Contratos
Fiscalizao
A execuo do contrato deve ser acompanhada e fiscalizada por um representante da
Administrao (art. 67)
Obrigaes do Contratado
Art. 69. O contratado obrigado a reparar, corrigir, remover, reconstruir ou substituir, s
suas expensas, no total ou em parte, o objeto do contrato em que se verificarem vcios,
defeitos ou incorrees resultantes da execuo ou de materiais empregados.
Art. 70. O contratado responsvel pelos danos causados diretamente Administrao ou
a terceiros, decorrentes de sua culpa ou dolo na execuo do contrato, no excluindo ou
reduzindo essa responsabilidade a fiscalizao ou o acompanhamento pelo rgo
interessado.
Art. 71. O contratado responsvel pelos encargos trabalhistas, previdencirios, fiscais e
comerciais resultantes da execuo do contrato.
1 A inadimplncia do contratado, com referncia aos encargos trabalhistas, fiscais e
comerciais no transfere Administrao Pblica a responsabilidade por seu pagamento,
nem poder onerar o objeto do contrato ou restringir a regularizao e o uso das obras e
edificaes, inclusive perante o Registro de Imveis. (Redao dada pela Lei n 9.032, de
28.4.95)
2 A Administrao Pblica responde solidariamente com o contratado pelos encargos
previdencirios resultantes da execuo do contrato, nos termos do art. 31 da Lei n 8.212,
de 24 de julho de 1991. (Redao dada pela Lei n 9.032, de 28.4.95)
3 (VETADO)
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Enunciado 331 do Tribunal Superior do Trabalho
Contrato de prestao de servios - Legalidade - Reviso do enunciado 256.
I - A contratao de trabalhadores por empresa interposta ilegal, formando-se vnculo
diretamente com o tomador dos servios, salvo no caso de trabalho temporrio (Lei n 6.019,
de 3-1-74).
II A contratao irregular de trabalhador, atravs de empresa interposta, no gera vnculo
de emprego com os rgos da Administrao Pblica Direta, Indireta ou Fundacional (art. 37,
II, da Constituio da Repblica)
III - No forma vnculo de emprego com o tomador a contratao de servios de vigilncia
(Lei n 7.102, de 20-06-83), de conservao e limpeza, bem como a de servios
especializados ligados atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a
subordinao direta.
IV - O inadimplemento das obrigaes trabalhistas, por parte do empregador, implica na
responsabilidade subsidiria do tomador dos servios quanto quelas obrigaes, desde que
tenha participado da relao processual e conste tambm do ttulo executivo judicial.
17, de dezembro de 1993.
Cesso e Subcontratao
Art. 72. O contratado, na execuo do contrato, sem prejuzo das responsabilidades
contratuais e legais, poder subcontratar partes da obra, servio ou fornecimento, at o
limite admitido, em cada caso, pela Administrao.
Art. 78. Constituem motivo para resciso do contrato:
VI - a subcontratao total ou parcial do seu objeto, a associao do contratado com
outrem, a cesso ou transferncia, total ou parcial, bem como a fuso, ciso ou
incorporao, no admitidas no edital e no contrato;
Recebimento
Art. 73. Executado o contrato, o seu objeto ser recebido:
I - em se tratando de obras e servios:
a) provisoriamente, pelo responsvel por seu acompanhamento e fiscalizao, mediante
termo circunstanciado, assinado pelas partes em at 15 (quinze) dias da comunicao
escrita do contratado;
b) definitivamente, por servidor ou comisso designada pela autoridade competente,
mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes, aps o decurso do prazo de
observao, ou vistoria que comprove a adequao do objeto aos termos contratuais,
observado o disposto no art. 69 desta Lei;
II - em se tratando de compras ou de locao de equipamentos:
a) provisoriamente, para efeito de posterior verificao da conformidade do material com a
especificao;
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b) definitivamente, aps a verificao da qualidade e quantidade do material e conseqente
aceitao.
1 Nos casos de aquisio de equipamentos de grande vulto, o recebimento far-se-
mediante termo circunstanciado e, nos demais, mediante recibo.
2 O recebimento provisrio ou definitivo no exclui a responsabilidade civil pela solidez e
segurana da obra ou do servio, nem tico-profissional pela perfeita execuo do contrato,
dentro dos limites estabelecidos pela lei ou pelo contrato.
3 O prazo a que se refere a alnea "b" do inciso I deste artigo no poder ser superior a
90 (noventa) dias, salvo em casos excepcionais, devidamente justificados e previstos no
edital.
4 Na hiptese de o termo circunstanciado ou a verificao a que se refere este artigo
no serem, respectivamente, lavrado ou procedida dentro dos prazos fixados, reputar-se-o
como realizados, desde que comunicados Administrao nos 15 (quinze) dias anteriores
exausto dos mesmos.
Art. 74. Poder ser dispensado o recebimento provisrio nos seguintes casos:
I - gneros perecveis e alimentao preparada;
II - servios profissionais;
III - obras e servios de valor at o previsto no art. 23, inciso II, alnea "a", desta Lei,
desde que no se componham de aparelhos, equipamentos e instalaes sujeitos
verificao de funcionamento e produtividade.
Pargrafo nico. Nos casos deste artigo, o recebimento ser feito mediante recibo.
10. Prazo de durao dos contratos
Art. 57. A durao dos contratos regidos por esta Lei ficar adstrita vigncia dos
respectivos crditos oramentrios, exceto quanto aos relativos:
I - aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano
Plurianual, os quais podero ser prorrogados se houver interesse da Administrao e desde
que isso tenha sido previsto no ato convocatrio;
II - prestao de servios a serem executados de forma contnua, que podero ter a sua
durao prorrogada por iguais e sucessivos perodos com vistas obteno de preos e
condies mais vantajosas para a administrao, limitada a sessenta meses; (Redao
dada pela Lei n 9.648, de 27.5.98)
III - (VETADO)
IV - ao aluguel de equipamentos e utilizao de programas de informtica, podendo a
durao estender-se pelo prazo de at 48 (quarenta e oito) meses aps o incio da vigncia
do contrato.
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1 Os prazos de incio de etapas de execuo, de concluso e de entrega admitem
prorrogao, mantidas as demais clusulas do contrato e assegurada a manuteno de seu
equilbrio econmico-financeiro, desde que ocorra algum dos seguintes motivos,
devidamente autuados em processo:
I - alterao do projeto ou especificaes, pela Administrao;
II - supervenincia de fato excepcional ou imprevisvel, estranho vontade das partes, que
altere fundamentalmente as condies de execuo do contrato;
III - interrupo da execuo do contrato ou diminuio do ritmo de trabalho por ordem e
no interesse da Administrao;
IV - aumento das quantidades inicialmente previstas no contrato, nos limites permitidos por
esta Lei;
V - impedimento de execuo do contrato por fato ou ato de terceiro reconhecido pela
Administrao em documento contemporneo sua ocorrncia;
VI - omisso ou atraso de providncias a cargo da Administrao, inclusive quanto aos
pagamentos previstos de que resulte, diretamente, impedimento ou retardamento na
execuo do contrato, sem prejuzo das sanes legais aplicveis aos responsveis.
2 Toda prorrogao de prazo dever ser justificada por escrito e previamente autorizada
pela autoridade competente para celebrar o contrato.
3 vedado o contrato com prazo de vigncia indeterminado.
4 Em carter excepcional, devidamente justificado e mediante autorizao da autoridade
superior, o prazo de que trata o inciso II do caput deste artigo poder ser prorrogado por
at doze meses. (Pargrafo includo pela Lei n 9.648, de 27/05/98)
Jurisprudncia
A previso contida no artigo 57, inciso II, da Lei Federal n 8.666/93,faculta ao Poder Pblico
a prorrogao da durao dos contratos relativos prestao de servios contnuos, sendo
essa prorrogao igual a vigncia do crdito oramentrio, no exerccio subseqente.
Ressalva-se que dita prorrogao sujeita-se s demais determinaes da referida Lei. (TCE-
SC, Pr-julgado 161)
A contratao de servios continuados poder ter prazo mximo de 60 (sessenta) meses, nos
termos do art. 57 da Lei Federal n 8.666/93, sendo silente a norma quanto ao prazo mnimo.
Cabe ao administrador definir os critrios objetivos para a prestao dos servios, o nmero
de meses em que ir vigir o contrato, bem como fazer constar do edital ou do ato convocatrio
a possibilidade de prorrogao de modo que se efetive sob preos e condies mais vantajosas
para a Administrao.
A Lei Federal n 8.666/93 no permite a fixao de exguo perodo contratual visando avaliar o
contratado para aps decidir se continuar ou no com a prestao de seus servios. Em
virtude de eventual m-prestao dos servios cabe ao Administrador tomar as medidas de
sano constantes na Lei Federal n 8.666/93. (TCE-SC, Pr-julgado 1151)
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Cabe, exclusivamente Administrao, a prerrogativa de promover a prorrogao de
contratos, observadas as normas legais e o atendimento ao interesse pblico, devidamente
justificados em regular processo administrativo. A prorrogao de contrato, nas hipteses
admitidas em lei, deve ser promovida antes do trmino da vigncia da avena original, atravs
de termo aditivo, sob pena de nulidade do ato. Os contratos extintos em decorrncia do
decurso do prazo neles estabelecidos no podem, em hiptese alguma, serem objeto de
prorrogao. (TCE-SC, Pr-julgado 1084)
Salvo as hipteses do inciso I (projetos contidos no plano plurianual) e inciso II (servios de
natureza contnua) no se admite a prorrogao de contratos administrativos. Somente
admissvel a prorrogao de contrato quando o instrumento convocatrio contiver expressa
previso (art. 57, I, da Lei Federal 8.666/93). A cobrana por estacionamento em vias
pblicas no pode ser considerado servio de natureza contnua, e os contratos no
aproveitam a exceo prevista no art. 57, II, da Lei Federal 8.666/93 (prorrogao por
sucessivos perodos). (TCE-SC, Pr-julgado n 885)
Nos termos do art. 57, II, da Lei Federal n 8.666/93, com redao da Lei 9.648/98, a
prorrogao sucessiva de contratos administrativos, por at 60 meses, quando expressamente
previsto no instrumento convocatrio, s permitida para os contratos de servios contnuos,
neles no se enquadrando os servios de consultoria jurdica, de assessoria administrativa ou
de auditoria. Os servios de controle e auditoria interna competem exclusivamente a pessoal
dos quadros do prprio ente, constituindo atividade permanente do rgo, nos termos do art.
74 da Constituio Federal, e exigncia da Lei Complementar n 101/00.
Os servios de consultoria jurdica de escopo genrico (anlise de normas legais, de
documentos, de processos administrativos, de projetos de lei, defesa administrativa do
Municpio ou em aes judiciais, assessoria e outras atividades afins), devem ser executados
por servidores ocupantes de cargos de provimento efetivo, mediante concurso pblico.
Admite-se a contratao de consultoria jurdica externa somente para defesa dos interesses do
ente em questes de alta complexidade, servios singulares ou que exijam notria
especializao na matria.
Em caso excepcional de necessidade, devidamente justificado, podem ser contratados servios
de auditoria externa, consultoria ou assessoria, mediante processo licitatrio, com escopo
definido e prazo certo (contrato de escopo), adstrito aos respectivos crditos oramentrios,
vedada a prorrogao sucessiva com fundamento no art. 57, II, da Lei de Licitaes e
Contratos Administrativos, pois no se tratam de servios contnuos ou de natureza
continuada. (TCE-SC, Pr-julgado n 923)
Servios de assistncia mdico-hospitalar podem ser enquadrados como de natureza contnua
para os fins do artigo 57 da Lei n 8.666/93. Os contratos de prestao de servios de
natureza contnua admitem prorrogaes nos termos da Medida Provisria n 1.531-4, de 26
de maro de 1997, que altera a Lei n 8.666/93, desde que expressamente previsto no
instrumento convocatrio da licitao e no contrato. (TCE- Pr-julgado n 425)
Nada obsta que o Poder Pblico efetue locao de imvel com pessoa jurdica e/ou fsica,
utilizando-se da figura da dispensa de licitao, na forma como dispe o artigo 24 inciso X da
Lei 8.666/93; e com fundamento no artigo 62, 3, inciso I da Lei das Licitaes, a restrio
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imposta renovao de contratos por fora do disposto no artigo 57 no aplicvel na
locao de imveis. (TCE-SC Pr-julgado 318)
Nos contratos em que a Administrao for parte como usuria de servio pblico, no se aplica
o artigo 57 da Lei Federal n 8.666/93, conforme o estabelecido no artigo 62, 3, II, da
mesma norma. A vigncia do contrato de prestao de servios de telefonia mvel celular est
vinculada ao interesse do usurio em utiliz-lo. A resciso do contrato se dar quando a
administrao no mais desejar dispor do servio pblico contratado. (TCE-SC, Pr-julgado
204)
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIO
No existe a necessidade de fixar a vigncia coincidindo com o ano civil, nos contratos de
servios continuados cuja durao ultrapasse o exerccio financeiro em curso, uma vez que
no pode ser confundido o conceito de durao dos contratos administrativos (art. 57 da Lei
n 8.666/93, de 1993) com a condio de comprovao de existncia de recursos
oramentrios para o pagamento das obrigaes executadas no exerccio financeiro em curso
(art. 7, 2, III, da Lei n 8.666, de 1993), pois nada impede que contratos desta natureza
tenham a vigncia fixada para 12 meses, ultrapassando o exerccio financeiro inicial, e os
crditos oramentrios fiquem adstritos ao exerccio financeiro em que o termo contratual
pactuado, conforme dispe o art. 30 e , do Decreto 93.872, de 1996. (TCU, Deciso
586/2002, 2 Cmara)
11. Alteraes Contratuais
As alteraes podem ser:
(a) unilaterais ou consensuais
(b) quantitativas ou qualitativas
Limites s alteraes:
Espcies de Alteraes Limites
Quantitativas /Unilaterais 25% e 50% (reforma de edifcio ou equipamento)
do valor inicial atualizado do contrato
Quantitativas/Consensuais Acrscimo 25% e 50%
Supresso No h limite
Qualitativas No h limites legais
Deciso n 215/99, do TCU, sobre limites s alteraes
8.1. com fundamento no art. 1, inciso XVII, 2 da Lei n 8.443/92, e no art. 216, inciso II,
do Regimento Interno deste Tribunal, responder Consulta formulada pelo ex-Ministro de
Estado de Estado do Meio Ambiente, dos Recursos Hdricos e da Amaznia Legal, Gustavo
Krause Gonalves Sobrinho, nos seguintes termos:
a) tanto as alteraes contratuais quantitativas - que modificam a dimenso do objeto -
quanto as unilaterais qualitativas - que mantm intangvel o objeto, em natureza e em
dimenso, esto sujeitas aos limites preestabelecidos nos 1 e 2 do art. 65 da Lei n
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8.666/93, em face do respeito aos direitos do contratado, prescrito no art. 58, I, da mesma
Lei, do princpio da proporcionalidade e da necessidade de esses limites serem
obrigatoriamente fixados em lei;
b) nas hipteses de alteraes contratuais consensuais, qualitativas e excepcionalssimas de
contratos de obras e servios, facultado Administrao ultrapassar os limites aludidos no
item anterior, observados os princpios da finalidade, da razoabilidade e da proporcionalidade,
alm dos direitos patrimoniais do contratante privado, desde que satisfeitos cumulativamente
os seguintes pressupostos:
I - no acarretar para a Administrao encargos contratuais superiores aos oriundos de uma
eventual resciso contratual por razes de interesse pblico, acrescidos aos custos da
elaborao de um novo procedimento licitatrio;
II - no possibilitar a inexecuo contratual, vista do nvel de capacidade tcnica e
econmico-financeira do contratado;
III - decorrer de fatos supervenientes que impliquem em dificuldades no previstas ou
imprevisveis por ocasio da contratao inicial;
IV - no ocasionar a transfigurao do objeto originalmente contratado em outro de natureza
e propsito diversos;
V - ser necessrias completa execuo do objeto original do contrato, otimizao do
cronograma de execuo e antecipao dos benefcios sociais e econmicos decorrentes;
VI - demonstrar-se - na motivao do ato que autorizar o aditamento contratual que extrapole
os limites legais mencionados na alnea "a", supra - que as conseqncias da outra alternativa
(a resciso contratual, seguida de nova licitao e contratao) importam sacrifcio
insuportvel ao interesse pblico primrio (interesse coletivo) a ser atendido pela obra ou
servio,ou seja gravssimas a esse interesse; inclusive quanto sua urgncia e emergncia;
Carece de amparo legal eventual alterao contratual visando promover acrscimo financeiro
superior ao previsto nos 1 e 2 do art. 65 da Lei Federal n 8.666/93 (25%) quando as
modificaes introduzidas no projeto original da obra no decorram de fatos supervenientes
(interferncias imprevistas), constatados durante a execuo do objeto do contrato, forem
promovidas por exclusivo interesse do rgo contratante e poderiam ser previstas antes da
celebrao do contrato. (TCE-SC, Pr-julgado n 774).
A variao contratual decorrente do acrscimo ao objeto do contrato esta sujeita aos limites
estabelecidos pelos pargrafos 1 e 2 do art. 65 da Lei Federal n 8.666/93, excetuando-se a
decorrente da aplicao de clusulas contratuais relativas a reajustes dos preos inicialmente
pactuados, conforme 8 do art. 65 daquela Lei. Ser obrigatria nova licitao para
contrataes de que excederem o limite previsto nos pargrafos 1 e 2 do art. 65 da Lei
Federal n 8.666/93, pois as dispensas de licitaes esto restritas s hipteses e condies
impostas pelos arts. 24 a 26 da Lei de Licitaes. (TCE-SC, Pr-julgado n 736)
O contrato de execuo de obra pblica sob o regime de empreitada por preo global somente
admite acrscimo quantitativo se este estiver relacionado s obras elencadas no contrato
original, com as devidas justificativas, e nos limites estabelecidos no artigo 65, 1 e 2 da
Lei 8.666/93 (vinte e cinco por cento do valor atualizado do contrato), sendo vedada a
incluso de outras obras (ruas) no elencadas no contrato. (TCE-SC, Pr-julgado n 457)
Na aquisio de equipamentos em lote nico, mas composto por diversos itens, havendo
motivao fundada no art. 65, inciso I, alnea "a", da Lei Federal n 8.666/93, visando ao
estrito atendimento ao interesse pblico, admissvel a alterao dos quantitativos licitados
de cada item, desde que o fornecedor ainda no tenha promovido a entrega global do objeto e
no haja alterao no valor global do contrato, ressaltando-se que na aquisio de bens
mveis a forma mais indicada a licitao para julgamento por itens, visando obteno do
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menor preo, no se justificando a adoo de lote nico, salvo exigncia expressa nas normas
de entidade internacional financiadora da aquisio dos bens. (TCE-SC, Pr-julgado n 1096)
FORMALIZAO DAS ALTERAES
6 do artigo 65 da Lei n 8.666/93:
Em havendo alterao unilateral do contrato que aumente os encargos do contratado, a
Administrao dever restabelecer, por aditamento, o equilbrio econmico-financeiro inicial.
12. Resciso dos Contratos
Resciso Unilateral
a) Ampla Defesa e Motivao (CF, Art. 5, LV e Art. 78, Par. nico)
b) Cabimento (Art. 78)
Descumprimento de clusulas contratuais. (I e II) Lentido no cumprimento do contrato. (III) Atraso injustificado no incio da obra, do servio ou fornecimento. (IV) Paralisao da obra, do servio ou fornecimento. (V) Subcontratao, associao do contratado com outrem, a cesso ou transferncia,
total ou parcial, bem como a fuso, ciso ou incorporao, no admitidas no contrato
ou no edital. (VI)
Desatendimento de determinaes regulares da fiscalizao ou cometimento reiterado de faltas anotadas por ela. (VII e VIII)
Falncia ou insolvncia civil. (IX) Dissoluo de sociedade ou falecimento do contratado. (X) Alterao do estatuto social ou modificao da finalidade ou da estrutura da
contratada que prejudique a execuo do contrato. (XI)
Razes de interesse pblico, de alta relevncia e amplo conhecimento, justificadas e determinadas pela mxima autoridade da esfera administrativa a que est
subordinado o contratante e exaradas no processo administrativo a que se refere o
contrato. (XII)
Caso fortuito ou fora maior que impea a execuo do contrato. (XVII) Descumprimento do art. 7, inc. XXXIII da Constituio Federal. (XVIII)
c) Prerrogativas da Administrao (art. 80)
Assuno imediata do objeto do contrato. Ocupao e utilizao do local, das instalaes, dos equipamentos, do material e do
pessoal empregados na execuo do contrato.
Execuo da garantia contratual. Reteno dos crditos decorrentes do contrato at o limite dos prejuzos causados
Administrao.
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Resciso Judicial
a) Cabimento (Art. 78)
Supresso acima do limite. (XIII) Suspenso da execuo por mais de 120 dias. (XIV) Atraso superior a 90 dias. (XV) No-liberao, por parte da Administrao, de rea, local ou objeto para execuo da
obra. (XVI)
b) Direitos do Contratado (Art. 79, 2)
Ressarcimento dos prejuzos. Devoluo da garantia. Pagamentos devidos pela execuo do contrato at a data da resciso. Pagamento do custo de desmobilizao.
Jurisprudncia
A nulidade do contrato no exonera a Administrao do dever de indenizar o contratado, pelo
que este houver executado at a data em que for declarado a sua nulidade. Caso a efetivao
do pagamento resulte em prejuzo para o errio, justificar-se- a indenizao aos cofres
pblicos por aquele que deu causa ao ou omisso contrria ao ordenamento jurdico.
(TCE-SC, Pr-julgado n 32)
13. Sanes administrativas
Art. 87. Pela inexecuo total ou parcial do contrato a Administrao poder, garantida a
prvia defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanes:
I - advertncia;
II - multa, na forma prevista no instrumento convocatrio ou no contrato;
III - suspenso temporria de participao em licitao e impedimento de contratar com a
Administrao, por prazo no superior a 2 (dois) anos;
IV - declarao de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administrao Pblica
enquanto perdurarem os motivos determinantes da punio ou at que seja promovida a
reabilitao perante a prpria autoridade que aplicou a penalidade, que ser concedida
sempre que o contratado ressarcir a Administrao pelos prejuzos resultantes e aps
decorrido o prazo da sano aplicada com base no inciso anterior.
3 A sano estabelecida no inciso IV deste artigo de competncia exclusiva do Ministro
de Estado, do Secretrio Estadual ou Municipal, conforme o caso, facultada a defesa do
interessado no respectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias da abertura de vista,
podendo a reabilitao ser requerida aps 2 (dois) anos de sua aplicao.
Apelao Cvel em Mandado de Segurana. Licitao. Sano imposta a particular (art. 87, inc.
II, da Lei n 8.666/93). Suspenso de todos os certames licitatrios promovidos pela
Administrao Pblica. Impossibilidade. A sano imposta pelo art. 87, inciso II, da Lei n
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8.666/93, limita-se ao mbito da entidade punitiva, no entanto, deve-se respeitar e aplicar a
regra contida no edital, in casu, a que determina o impedimento temporrio de empresas de
licitar com a Administrao, em virtude da existncia de uma punio aplicada por qualquer
rgo pblico. (TJSC, Ap. 02.017863-8, Rel. Des. Volnei Ivo Carlin)
ADMINISTRATIVO MANDADO DE SEGURANA LICITAO SUSPENSO TEMPORRIA
DISTINO ENTRE ADMINISTRAO E ADMINISTRAO PBLICA - INEXISTNCIA
IMPOSSIBILIDADE DE PARTICIPAO DE LICITAO PBLICA LEGALIDADE LEI 8.666/93,
ART. 87, INC. III.
irrelevante a distino entre os termos Administrao Pblica e Administrao, por isso que
ambas as figuras (suspenso temporria de participar em licitao (inc. III) e declarao de
inidoneidade (inc. IV) acarretam ao licitante a no-participao em licitaes e contrataes
futuras. - A Administrao Pblica una, sendo descentralizadas as suas funes, para melhor
atender ao bem comum. - A limitao dos efeitos da suspenso de participao de licitao
no pode ficar restrita a um rgo do poder pblico, pois os efeitos do desvio de conduta que
inabilita o sujeito para contratar com a Administrao se estendem a qualquer rgo da
Administrao Pblica. - Recurso especial no conhecido. (STJ, Resp. n 151567/RJ, Rel. Min.
Peanha Martins)
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA ROMS 15166-BA, Min. Castro Meira:
ADMINISTRATIVO. RECURSO ORDINRIO EM MANDADO DE SEGURANA. LICITAO.
SANO DE INIDONEIDADE PARA LICITAR. EXTENSO DE EFEITOS SOCIEDADE COM O
MESMO OBJETO SOCIAL, MESMOS SCIOS E MESMO ENDEREO. FRAUDE LEI E ABUSO DE
FORMA. DESCONSIDERAO DA PERSONALIDADE JURDICA NA ESFERA ADMINISTRATIVA.
POSSIBILIDADE.
PRINCPIO DA MORALIDADE ADMINISTRATIVA E DA INDISPONIBILIDADE DOS INTERESSES
PBLICOS.
A constituio de nova sociedade, com o mesmo objeto social, com
os mesmos scios e com o mesmo endereo, em substituio a outra
declarada inidnea para licitar com a Administrao Pblica Estadual, com o objetivo de burlar
aplicao da sano administrativa, constitui abuso de forma e fraude Lei de Licitaes Lei
n. 8.666/93, de modo a possibilitar a aplicao da teoria da desconsiderao da
personalidade jurdica para estenderem-se os efeitos da sano administrativa nova
sociedade constituda.
A Administrao Pblica pode, em observncia ao princpio da moralidade administrativa e da
indisponibilidade dos interesses pblicos tutelados, desconsiderar a personalidade jurdica de
sociedade constituda com abuso de forma e fraude lei, desde que facultado ao administrado
o contraditrio e a ampla defesa em processo administrativo regular.
Recurso a que se nega provimento.
14. Equilbrio econmico-financeiro
Norma Constitucional
Art. 37, A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Unio, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios da legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia, e, tambm, ao seguinte:
inc. XXI, ressalvados os casos especificados nas legislao, as obras, servios, compras e
alienaes sero contratados mediante processo de licitao pblica que assegure igualdade
de condies a todos os concorrentes, com clusulas que estabeleam obrigaes de
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pagamento, mantidas as condies efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente
permitir as exigncias de qualificao tcnica e econmica indispensveis garantia do
cumprimento das obrigaes.
Elementos considerados para a elaborao da proposta
Tudo o que for previsvel:
(a) insumos
(b) mo-de-obra
(c) encargos legais e tributrios
(d) transporte
(e) prazo do contrato
(f) variaes de custos previsveis
Instrumentos para a manuteno do equilbrio econmico-financeiro
Reajuste previsvel, retrata a variao normal do custo de produo de determinado bem.
Reviso, realinhamento, repactuao imprevisvel.
15. Reajuste
Previso Legal
Art. 40. O edital conter no prembulo o nmero de ordem em srie anual, o nome da
repartio interessada e de seu setor, a modalidade, o regime de execuo e o tipo da
licitao, a meno de que ser regida por esta Lei, o local, dia e hora para recebimento da
documentao e proposta, bem como para incio da abertura dos envelopes, e indicar,
obrigatoriamente, o seguinte:
XI - critrio de reajuste, que dever retratar a variao efetiva do custo de produo,
admitida a adoo de ndices especficos ou setoriais, desde a data prevista para
apresentao da proposta, ou do oramento a que essa proposta se referir, at a data do
adimplemento de cada parcela; (Redao dada pela Lei n 8.883, de 8.6.94)
Definio
O reajustamento de preos, no plano da licitao, consiste na previso antecipada da
ocorrncia da inflao e na adoo de uma soluo para neutralizar os seus efeitos. a
determinao de que os preos ofertados pelos interessados sero reajustados de modo
automtico, independente inclusive de pleito do interessado. Ser utilizado um critrio,
escolhido de antemo pela Administrao e inserto no edital. O critrio de reajuste tomar
por base ndices simples ou compostos, escolhidos dentre os diversos ndices disponveis ao
pblico (calculados por instituies governamentais ou no). (JUSTEN FILHO, Maral.
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Comentrios Lei de Licitaes e Contratos Administrativos. 5. ed. So Paulo: Dialtica,
1998. p. 371 372)
Contratos que comportam reajuste
O 1 do artigo 3 da Lei Federal n 10.192/01 prescreve que o reajustamento dos
contratos administrativos somente permitido aps doze meses da data limite para a
apresentao da proposta em licitao.
Portanto, somente possvel reajustar contratos cujo prazo de durao estenda-se por mais
de um ano.
Ausncia de previso no edital e no contrato
O inciso XI do artigo 40 da Lei n 8.666/93 prescreve que o critrio de reajuste deve estar
previsto no edital.
E se o edital omisso?
TCE-SC, Prejulgado n 869 - Somente se admite reajuste de preos quando o contrato
administrativo original contiver clusula permitindo o reajuste, vedada a insero de clusula
de reajuste no decorrer da execuo contratual. Admitida a reviso dos valores contratuais
quando atendidos os preceitos do art. 65, inciso II, alnea "d", da Lei Federal n 8.666/93, ou
seja, quando circunstncias extracontratuais (lea extraordinria), imprevisveis no momento
da avena, ocorridas na vigncia do contrato, afetem substancialmente sua economia, e desde
que o contratado comprove o desequilbrio econmico-financeiro, mediante apresentao de
planilhas de custos e documentao de suporte.
Compete autoridade competente analisar cuidadosamente o pedido, podendo louvar-se em
pareceres, laudos, pesquisas de preos, percias e outros instrumentos, a fim de que o ato
revisional atenda os princpios da Administrao Pblica e esteja revestido das demonstraes
e justificativas exigidas para os atos administrativos, face indisponibilidade do interesse
pblico.
Forma de reajustamento
8 do artigo 65 da Lei n 8.666/93
A variao do valor contratual para fazer face ao reajuste de preos previsto no prprio
contrato, as atualizaes, compensaes ou penalizaes financeiras decorrentes das
condies de pagamento nele previstas, bem como o empenho de dotaes oramentrias
suplementares at o limite do seu valor corrigido, no caracterizam alterao do mesmo,
podendo ser registrados por simples apostila, dispensando a celebrao de
aditamento.
16. Reviso
Na Lei n 8.666/93:
Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei podero ser alterados, com as devidas
justificativas, nos seguintes casos:
II - por acordo das partes:
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d) para restabelecer a relao que as parte pactuaram inicialmente entre os
encargos do contratado e a retribuio da Administrao para a justa remunerao
da obra, servio ou fornecimento, objetivando a manuteno do equilibrio econmico-
financeiro inicial do contrato, na hiptese de sobreviverem fatos imprevisveis, ou
previsveis porm de consequncias incalculveis, retardadores ou impeditivos da
execuo do ajustado, ou ainda, em caso de fora maior, caso fortuito ou fato do prncipe,
configurando rea econmica extraordinria e extracontratual. (grifo acrescido)
Causas especficas do desequilbrio
(a) fatos imprevisveis
(b) fatos previsveis, mas de conseqncias incalculveis
(c) fora maior
(d) caso fortuito
(e) fato do prncipe
(f) criao, alterao ou extino de encargos e disposies legais
(g) retardamento ou impedimento execuo do contrato
Configurao da lea econmica extraordinria e extracontratual
(a) lea
Segundo Dicionrio Aurlio:[Do lat. alea, 'dado de jogar'.] S. f. Jur. 1. Probabilidade de perda concomitante probabilidade de lucro.
(b) ordinria
riscos normais admitidos pela natureza do contrato (c) extraordinria
excedente aos riscos normais admitidos pela natureza do contrato
Inexistncia de periodicidade mnima
A reviso deve ser procedida a qualquer tempo, sem que sobre ela incida as restries
pertinentes aos reajustes.
Desnecessidade de previso editalcia e contratual
Trata-se de direito do contratado, de natureza constitucional, que no est condicionada a
quaisquer atos praticados pela Administrao, tal qual edital ou contrato.
Sem embargo, para aclarar as situaes e os procedimentos a serem levados a cabo,
conveniente que se preveja a hiptese no prprio edital ou contrato.
Sugere-se a seguinte redao:
CLUSULA XXXX - Os contratantes tm direito ao equilbrio econmico financeiro do
contrato, procedendo-se reviso do mesmo a qualquer tempo, desde que ocorra fato
imprevisvel ou previsvel, porm com conseqncias incalculveis, que onere ou desonere
excessivamente as obrigaes pactuadas no presente instrumento.
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1 A contratada, quando for o caso, dever formular Administrao requerimento para a
reviso do contrato, comprovando a ocorrncia de fato imprevisvel ou previsvel, porm
com conseqncias incalculveis, que tenha onerado excessivamente as obrigaes
contradas por ela.
I a comprovao ser feita por meio de documentos, tais como lista de preo de
fabricantes, notas fiscais de aquisio de matrias-primas, de transporte de mercadorias,
alusivas poca da elaborao da proposta e do momento do pedido de reviso do
contrato;
II junto com o requerimento, a contratada dever apresentar planilhas de custos
comparativa entre a data da formulao da proposta e do momento do pedido de reviso do
contrato, evidenciando o quanto o aumento de preos ocorrido repercute no valor total
pactuado.
III A Administrao, reconhecendo o desequilbrio econmico-financeiro, proceder
reviso do contrato.
2 Independentemente de solicitao, a Administrao poder convocar a contratada para
negociar a reduo dos preos, mantendo o mesmo objeto cotado, na qualidade e nas
especificaes indicadas na proposta, em virtude da reduo dos preos de mercado.
3 As alteraes decorrentes da reviso do contrato sero publicadas na Imprensa Oficial.
Efeitos do reconhecimento do direito Reviso
Ex tunc retroagem data do fato
Formalizao
6 do artigo 65:
Em havendo alterao unilateral do contrato que aumente os encargos do contratado, a
Administrao dever restabelecer, por aditamento, o equilbrio econmico-financeiro inicial.
17. Decises judiciais e de tribunais de contas sobre reviso e
reajuste
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SANTA CATARINA
O reajuste de preos poder ser concedido decorrido um ano da data prevista para entrega da
proposta ou do oramento a que esta se referir, conforme definido no instrumento
convocatrio da licitao e no contrato, nos termos dos artigos 2 e 3 da Medida Provisria n
1.540-22, de 13 de maro de 1997, c/c o artigo 40, inciso XI, da Lei n 8.666, de 21 de junho
de 1993. A alterao contratual para restabelecer o equilbrio econmico-financeiro do
contrato pode ser efetuada a qualquer tempo, desde que atendidos os pressupostos para a
sua efetivao (TCE-SC, Pr-julgado n 424).
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TRIBUNAL DE JUSTIA DO RIO DE JANEIRO
Mandado de Segurana - CEDAE - Prestao de servios de segurana - Edital de licitao -
Veto a reajuste de preo - lcito Administrao incluir clusula no instrumento convocatrio
impossibilitando o reajuste de preo, na forma determinada pela Medida Provisria n
1.053/95, por no se confundir o reajuste ou previso de correo monetria com a reviso
prevista no art. 65, II, "c", da Lei n 8.666/93, para a hiptese de se tornar necessrio, com
base na teoria da impreviso, o restabelecimento do equilbrio econmico e financeiro inicial
do contrato a ser celebrado com o licitante vencedor - Provimento do recurso para denegar a
segurana. (TJRJ, Ap. 2.226/97 10 C. Rel. Des. Gabriel Curcio da Fonseca. 12.11.97)
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIO
Administrativo Contrato Manuteno da equao econmico-financeira Aumento de
salrios da empresa contratada. A empresa contratada, ao firmar contrato com a
Superintendncia Regional do Departamento de Polcia Federal RS, estimou os custos do
servio com base nos salrios que os seus empregados percebiam poca. Se houve alterao
significativa no valor dos salrios e isso o que resulta dos autos o preo pago pelo
servio prestado deve aumentar na mesma proporo. Somente desse modo estar-se- dando
cumprimento regra constitucional inscrita no art. 37, XXI, da CF que assegura a
intangibilidade da equao econmico-financeira do contrato. (TRF4, Ap. 19990401046554-
2/RS. Juiz Paulo Vaz, 26.10.00\0
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIO
Dissdio coletivo. Teoria da Impreviso. Equilbrio econmico-financeiro. Possibilidade de
repasse dos percentuais de reajuste salarial, ocorrido na data-base, da remunerao da mo-
de-obra, aos custos dos contratos de prestao de servios de limpeza, conservao e
vigilncia. Alegao de desequilbrio econmico-financeiro embasada no reajuste salarial dos
trabalhadores, ocorrido durante a vigncia do contrato. Conhecimento. Possibilidade de
reajuste ou reviso do contrato somente aps decorrido o prazo de um ano da ltima
ocorrncia (assinatura, repactuao, reajuste ou reviso). (TCU. TC-9.970/95-9.)
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA
ADMINISTRATIVO - CONTRATO DE PRESTAO DE SERVIO DISSDIO COLETIVO -
AUMENTO DE SALRIO EQUILBRIO ECONMICO-FINANCEIRO - ART. 65 DA LEI 8.666/93.
1. O aumento salarial a que est obrigada a contratada por fora de
dissdio coletivo no fato imprevisvel capaz de autorizar a reviso contratual de que trata o
art. 65 da Lei 8.666/93.
2. Precedente da Segunda Turma desta Corte no REsp 134.797/DF.
3. Recurso especial improvido. (STJ, Resp. 411101/PR, Min. Rel. Eliana Calmon. DJ de
08.09.03)
TCE SC
Prejulgado n 1272 - possvel a formalizao de termo aditivo ao contrato firmado entre
sociedade de economia mista e empresa prestadora de servios de limpeza e vigilncia para
acrescer ao valor inicial do contrato os acrscimos financeiros decorrentes do pagamento de
vale-alimentao que no estavam contemplados nos custos que compuseram a formulao
da proposta comercial e a equao econmico-financeira, quando a concesso do referido
benefcio aos empregados da contratada decorrer de Acordo Coletivo ou Conveno Coletiva
de Trabalho firmados aps a formulao da proposta. O art. 7, inciso XXIV, da Constituio
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Federal impe o reconhecimento dos acordos coletivos e das convenes coletivas de trabalho
como instrumentos de carter normativo integrantes da ordem jurdica.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1 REGIO
CONTRATO DE PRESTAO DE SERVIOS. ABONO SALARIAL PREVISTO NO ARTIGO 9 DA LEI
8.178/91. MANUTENO DO EQUILBRIO ECONMICO-FINANCEIRO
1. A teoria da impreviso somente aplicvel quando fatos posteriores ao contrato,
imprevistos e imprevisveis pelas partes contratantes e a elas no imputveis, modificam
profundamente o equilbrio contratual.
2. No caso, no se trata de fato imprevisto nem imprevisvel a concesso de abono salarial,
notadamente aos empregados das empresas prestadoras de servios de asseio, conservao e
limpeza, os quais, como notrio (C.P.C., art. 334, I), percebem baixos salrios, sendo
inaplicvel espcie o disposto no artigo 55, 5, do Decreto-Lei 2.300/86. Precedente desta
Corte.
3. Apelao e remessa, esta considerada interposta, providas. (TRF1, Ac. 2001.01.00.040155-
1, Juiz Leo Aparecido Alves, 10.07.2003)
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. DEFERIMENTO DE PROVA PERICIAL.
REQUERIMENTO DE AMBAS AS PARTES. COMPROVAO DO DESEQUILBRIO ECONMICO-
FINANCEIRO DE CONTRATO ADMINISTRATIVO EM DECORRNCIA DE ATO UNILATERAL DA
CONTRATANTE.
1. Se se alega que a Portaria Ministerial n 2.042/96, ao estabelecer novas regras de
procedimento tcnico para os servios de terapia renal, teria onerado as empresas que
prestaram tais servios, rompendo, assim, com o equilbrio econmico da relao, impe-se,
sem dvida, o exame pericial, a fim de se apurar qual o valor dos reajustes e recomposio de
preos suficientes para manuteno do equilbrio econmico-financeiro do contrato
administrativo firmado com a agravada e testificar o acerto do pedido ou da contestao.
2. Agravo de instrumento provido. (TRF1. Ag. 1998.01.00.009725-1/DF, Juiz Carlos Alberto
Simes Tomaz. 03.04.03)
TRIBUNAL DE JUSTIA DO RIO GRANDE DO SUL
EMENTA: ADMINISTRATIVO. CONTRATO. OBRA PBLICA. FATO SUPERVENIENTE ALHEIO
VONTADE DAS PARTES. REPERCUSSO DO PREO. PRESERVAO DA CLUSULA DO
EQUILBRIO ECONMICO-FINANCEIRO. VALOR. PROVA. HONORRIOS.
1. Se, (a) na construo de pista atltica e obras complementares, consta que o contratado
obrigado a obedecer as normas da Federao Internacional de Atletismo Amador; e se (b)
aps a apresentao da proposta e antes da concluso das obras, tal Federao altera normas
provocando mudana no projeto, tem-se que o contratado ipso facto fica obrigado a realizar o
que necessrio for para que haja adequao.
Por outro lado, se a adequao aumentou o custo, fica o contratante obrigado ao pagamento,
seja porque o fato superveniente alheio vontade das partes, seja porque, de outro modo,
rompe-se o equilbrio econmico-financeiro do contrato, clusula nobre com garantia inclusive
constitucional. Exegese do art. 65, II, b, da Lei 8.666/93.
2. Se o contratante no s no impugna o valor pelos servios extras, como adota conduta
que, desde a fase administrativa, revela concordncia, inclusive ao permitir que fossem
realizados sob sua vigilncia, bem assim ao receber a obra, no h por que remeter a
definio do quantum liquidao, encarecendo ainda mais com realizao de percia.
3. Os honorrios advocatcios, por um lado devem ser fixados com moderao (CPC, art. 20,
4), mas, por outro, no podem ser irrisrios face ao valor e relevncia da causa.
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4. Desprovidas duas apelaes, provida outra e no mais sentena confirmada em reexame
necessrio.(APELAO E REEXAME NECESSRIO N 70005395603, PRIMEIRA CMARA CVEL,
TRIBUNAL DE JUSTIA DO RS, RELATOR: IRINEU MARIANI, JULGADO EM 18/12/2002)
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Registro de Preos
1. Conceito
Decreto Federal n 3.931/02 artigo 1
Pargrafo nico. Para os efeitos deste Decreto, so adotadas as seguintes definies: I -
Sistema de Registro de Preos - SRP - conjunto de procedimentos para registro formal de
preos relativos prestao de servios, aquisio e locao de bens, para contrataes
futuras;
Instrumento por meio do qual a Administrao procede licitao pblica e seleciona licitante e proposta, que permanecem registrados por lapso temporal no superior a
um ano, aguardando convocao para firmar contrato. Trata-se de figura sui generis,
na medida em que a Administrao lana licitao e apenas contrata quando quiser,
na quantidade que quiser.
2. Distino entre registro de preos e outras figuras congneres
registro cadastral pr-qualificao credenciamento
3. Vantagens
(a) Evita restries provocadas por falhas na programao de quantitativos.
(b) Resolve situaes de difcil previsibilidade de quantitativos.
(c) Controle eficaz dos estoques e diminuio de gastos com armazenamento.
(d) Reduo do nmero de licitaes
(e) Agilidade para as contrataes
(f) Maximizao da competitividade, atravs da participao de pequenas empresas.
(g) Transparncia.
(h) Desnecessidade de rgida previso oramentria.
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4. Normas
O inciso II do artigo 15 da Lei n 8.666/93 prev que as aquisies devem ser processadas por registro de preos. Em seguida, o 3 do artigo 15 prescreve que o
sistema de registro de preos deve ser regulamentado por decreto.
Em obedincia ao 3 do artigo 15 da Lei n 8.666/93, a Unio editou o Decreto-Federal n 2.743, em 21 de agosto de 1998, que foi revogado pelo Decreto-Federal
n 3.931, de 19 de setembro de 2001.
Os demais entes federativos tambm podem expedir os seus prprios decretos e passarem a adotar o registro de preos.
Alm do Poder Executivo, os rgos integrantes do Judicirio, Legislativo e Tribunal de Contas tambm podem editar os seus prprios regulamentos, por fora da regra
estatuda no artigo 117 da Lei n 8.666/93.
5. Relao entre legislao e decreto
Inciso II do artigo 5 da Constituio Federal ningum ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa seno em virtude de lei.
Caput do artigo 37 da Constituio Federal Administrao Pblica deve obedincia ao princpio da legalidade.
Inciso IV do artigo 84 da Constituio Federal - compete privativamente ao Presidente da Repblica: sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como
expedir decretos e regulamentos para sua fiel execuo.
Caput do artigo 68 da Constituio Federal As leis delegadas sero elaboradas pelo Presidente da Repblica, que dever solicitar a delegao ao Congresso Nacional.
Caput do artigo 25 dos Atos das Disposies Constitucionais Transitrias Ficam revogados, a partir de cento e oitenta dias da promulgao da Constituio, sujeito a
este prazo a prorrogao por lei, todos os dispositivos legais que atribuam ou
deleguem a rgo do Poder Executivo competncia assinalada pela Constituio ao
Congresso Nacional, especialmente no que tange a: I ao normativa.
6. Incidncia do Decreto Federal n 3.931/01
Artigo 1 - As contrataes de servios e aquisies de bens, quando efetuadas pelo
Sistema de Registro de Preos, no mbito da Administrao Federal direta, autrquica e
fundacional, fundos especiais, empresas pblicas, sociedades de economia mista e demais
entidade controladas, direta ou indiretamente pela Unio, obedecero ao disposto neste
Decreto.
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7. Abrangncia
O registro de preos foi previsto na parte da Lei n 8.666/93 relativa s compras. Alis, a
rigor jurdico, o inciso II do artigo 15 da referida Lei enuncia, precisamente, que as compras
devem ser processadas pelo registro de preos. Por isso, a idia inicial de que o registro
de preos abrange apenas as aquisies, sem abranger os servios, locaes e obras. Essa
a orientao assumida pelo Decreto 2.743/98, especialmente em seu artigo 4.
Pouco a pouco, apercebeu-se que o registro de preos poderia ser aplicado com sucesso,
inclusive, para servios e outros tipos de contratos. Em vista disso, o inciso I do pargrafo
nico do artigo 1 do Decreto n 3.931/01 ampliou a abrangncia do registro de preos,
oferecendo a seguinte definio: (...) conjunto de procedimentos para registro formal de
preos relativos prestao de servios, aquisio e locao de bens, para contrataes
futuras. Portanto, pelo menos na esfera federal, o registro de preos abrange, alm das
aquisies, os servios e as locaes de bens.
8. Registro de preos para programas de informtica
De acordo com o pargrafo nico do artigo 2 do Decreto n 3.931/01, poder ser
realizado registro de preos para contratao de bens e servios de informtica, obedecida
a legislao vigente, desde que devidamente justificada e caracterizada a vantagem
econmica
9. Incompatibilidade do registro de preos
O registro de preos, todavia, j no compatvel com a realizao de obras, salvo
hipteses de obras uniformes, como, por exemplo, construo de casas populares, com as
mesmssimas caractersticas.
O registro de preos tambm inaplicvel para as alienaes e para os contratos de
delegao de servios pblicos.
10. Prioridade ao registro de preos
Decreto Federal n 3.931/01 ...........
Art. 2. Ser adotado, preferencialmente, o SRP nas seguintes hipteses:
I - quando, pelas caractersticas do bem ou servio, houver necessidade de contrataes
freqentes;
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II - quando for mais conveniente a aquisio de bens com previso de entregas parceladas
ou contratao de servios necessrios Administrao para o desempenho de suas
atribuies;
III - quando for conveniente a aquisio de bens ou a contratao de servios para
atendimento a mais de um rgo ou entidade, ou a programas de governo; e
IV - quando pela natureza do objeto no for possvel definir previamente o quantitativo a
ser demandado pela Administrao.
11. Registro de preos para diferentes entidades administrativas
No h nada que impea diferentes entidades administrativas se valerem do mesmo
registro de preos. Trata-se de implantar espcie de consrcio, figura bastante conhecida da
Administrao Pblica, especialmente no que tange ao tratamento de questes ambientais,
lixo etc. Procedendo dessa forma, aproveita-se a economia de escala, alm de diminuir os
custos produzidos por vrias licitaes.
O Decreto-Federal n 3.931/01 disciplina o registro de preos realizado por diferentes
entidades administrativas.
Os incisos III e IV do pargrafo nico do artigo 1 definem, respectivamente, rgo
gerenciador e rgo participante. Segundo os dispositivos, rgo gerenciador significa
rgo ou entidade da Administrao Pblica responsvel pela conduo do conjunto de
procedimentos do certame para registro de preos e gerenciamento da Ata de Registro de
Preos dele decorrente; e rgo participante, por sua vez, indica rgo ou entidade que
participa dos procedimentos iniciais do SRP e integra a Ata de Registro de Preos.
12. Atribuies do rgo gerenciador
Decreto Federal n 3.931/01 - artigo 3 .................
2. Caber ao rgo gerenciador a prtica de todos os atos de controle e administrao do
SRP, e ainda o seguinte:
I - convidar, mediante correspondncia eletrnica ou outro meio eficaz, os rgos e
entidades para participarem do registro de preos;
II - consolidar todas as informaes relativas estimativa individual e total de consumo,
promovendo a adequao dos respectivos projetos bsicos encaminhados para atender aos
requisitos de padronizao e racionalizao;
III - promover todos os atos necessrios instruo processual para a realizao do
procedimento licitatrio pertinente, inclusive a documentao das justificativas nos casos
em que a restrio competio for admissvel pela lei;
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IV - realizar a necessria pesquisa de mercado com vistas identificao dos valores a
serem licitados;
V - confirmar junto aos rgos participantes a sua concordncia com o objeto a ser licitado,
inclusive quanto aos quantitativos e projeto bsico;
VI - realizar todo o procedimento licitatrio, bem como os atos dele decorrentes, tais como
a assinatura da Ata e o encaminhamento de sua cpia aos demais rgos participantes;
VII - gerenciar a Ata de Registro de Preos, providenciando a indicao, sempre que
solicitado, dos fornecedores, para atendimento s necessidades da Administrao,
obedecendo a ordem de classificao e os quantitativos de contratao definidos pelos
participantes da Ata;
VIII - conduzir os procedimentos relativos a eventuais renegociaes dos preos registrados
e a aplicao de penalidades por descumprimento do pactuado na Ata de Registro de
Preos; e
IX - realizar, quando necessrio, prvia reunio com licitantes, visando inform-los das
peculiaridades do SRP e coordenar, com os rgos participantes, a qualificao mnima dos
respectivos gestores indicados.
13. Atribuies do rgo participante
Decreto Federal n 3.931/01 - artigo 3 .................
3. O rgo participante do registro de preos ser responsvel pela manifestao de
interesse em participar do registro de preos, providenciando o encaminhamento, ao rgo
gerenciador, de sua estimativa de consumo, cronograma de contratao e respectivas
especificaes ou projeto bsico, nos termos da Lei n 8.666, de 1993, adequado ao
registro de preo do qual pretende fazer parte, devendo ainda:
I - garantir que todos os atos inerentes ao procedimento para sua incluso no registro de
preos a ser realizado estejam devidamente formalizados e aprovados pela autoridade
competente;
II - manifestar, junto ao rgo gerenciador, sua concordncia com o objeto a ser licitado,
antes da realizao do procedimento licitatrio; e
III - tomar conhecimento da Ata de Registros de Preos, inclusive as respectivas alteraes
porventura ocorridas, com o objetivo de assegurar, quando de seu uso, o correto
cumprimento de suas disposies, logo aps concludo o procedimento licitatrio.
4. Cabe ao rgo participante indicar o gestor do contrato, ao qual, alm das atribuies
previstas no art. 67 da Lei n 8.666, de 1993, compete:
I - promover consulta prvia junto ao rgo gerenciador, quando da necessidade de
contratao, a fim de obter a indicao do fornecedor, os respectivos quantitativos e os
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valores a serem praticados, encaminhando, posteriormente, as informaes sobre a
contratao efetivamente realizada;
II - assegurar-se, quando do uso da Ata de Registro de Preos, que a contratao a ser
procedida atenda aos seus interesses, sobretudo quanto aos valores praticados, informando
ao rgo gerenciador eventual desvantagem, quanto sua utilizao;
III - zelar, aps receber a indicao do fornecedor, pelos demais atos relativos ao
cumprimento, pelo mesmo, das obrigaes contratualmente assumidas, e tambm, em
coordenao com o rgo gerenciador, pela aplicao de eventuais penalidades decorrentes
do descumprimento de clusulas contratuais; e
IV - informar ao rgo gerenciador, quando de sua ocorrncia, a recusa do fornecedor em
atender s condies estabelecidas em edital, firmadas na Ata de Registro de Preos, as
divergncias relativas entrega, as caractersticas e origem dos bens licitados e a recusa do
mesmo em assinar contrato para fornecimento ou prestao de servios.
14. Da no obrigao de contratar e suas conseqncias
4 do artigo 15 da Lei n 8.666/93
............
A existncia de preos registrados no obriga a Administrao a firmar as contrataes
que deles podero advir, fincando-lhe facultada a utilizao de outros meios, respeitada a
legislao relativa s licitaes, sendo assegurado ao beneficirio do registro preferncia em
igualdade de condies.
Conseqncias:
(a) Os quantitativos indicados no edital no passam de mero referencial.
(b) Desnecessidade de previso oramentria.
(c) O vencedor da licitao em registro de preos no tem direito ao contrato.
(d) Controle da qualidade do produto.
15. Referencial de preo
1 do artigo 15 da Lei n 8.666/93 O registro de preos ser precedido de ampla
pesquisa de mercado.
2 do artigo 15 da Lei n 8.666/93 Os preos registrados sero publicados
trimestralmente para orientao da Administrao, na imprensa oficial.
Quer-se conferir transparncia s contrataes administrativas. Alm disso, a ampla
pesquisa de mercado e as publicaes dos registros de outras entidades administrativas
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propiciam Administrao instrumental para controlar os preos propostos, evitando o
superfaturamento.
16. Diviso em lotes
No registro de preos, o licitante, em vez de formular proposta para o objeto inteiro de
futuro contrato, o faz em razo de unidade ou de lote prefixado pela Administrao.
Periodicamente, quando for conveniente, a Administrao convoca o licitante para a compra
de quantos lotes lhe aprouver.
17. Fornecimento parcial
Para ampliar a competio, incentivando a participao de empresas de pequeno porte,
lcito e recomendvel permitir a cotao em quantidade de lotes inferior demanda.
A ttulo ilustrativo, imagine-se que Administrao interesse contratar 100 lotes de dado
objeto. Ela pode permitir que licitante oferea apenas 10 ou 20 lotes. Veja-se situao
hipottica:
interesse da Administrao = 100 lotes oferta mnima = 10 lotes
licitante A - 20 lotes R$ 1.000,00 o lote. licitante B 20 lotes R$ 1.100,00 o lote. licitante C 50 lotes R$ 1200,00 o lote. licitante D 100 lotes R$ 1.500,00 o lote. licitante E 100 lotes R$ 1.550,00 o lote.
No caso em tela, a Administrao vai contratar os primeiros vinte lotes com o licitante A,
pelo preo de R$ 1.000,00. Os prximos 20 com o licitante B, pelo preo de R$ 1.100,00 e
assim sucessivamente, at atender a demanda da Administrao.
Decreto Federal n 3.931/01
Art. 5 A Administrao, quando da aquisio de bens ou contratao de servios, poder
subdividir a quantidade total do item em lotes, sempre que comprovado tcnica e
economicamente vivel, de forma a possibilitar maior competitividade, observado, neste
caso, dentre outros, a quantidade mnima, o prazo e o local de entrega ou de prestao dos
servios.
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Pargrafo nico. No caso de servios, a subdiviso se dar em funo da unidade de medida
adotada para aferio dos produtos e resultados esperados, e ser observada a demanda
especfica de cada rgo ou entidade participante do certame. Nestes casos, dever ser
evitada a contratao, num mesmo rgo e entidade, de mais de uma empresa para a
execuo de um mesmo servio em uma mesma localidade, com vistas a assegurar a
responsabilidade contratual e o princpio da padronizao.
Decreto Federal n 3.931/01
Art. 6. Ao preo do primeiro colocado podero ser registrados tantos fornecedores quantos
necessrios para que, em funo das propostas apresentadas, seja atingida a quantidade
total estimada para o item ou lote, observando-se o seguinte:
I - o preo registrado e a indicao dos respectivos fornecedores sero divulgados em rgo
oficial da Administrao e ficaro disponibilizados durante a vigncia da Ata de Registro de
Preos;
II - quando das contrataes decorrentes do registro de preos dever ser respeitada a
ordem de classificao das empresas constantes da Ata; e
III - os rgos participantes do registro de preos devero, quando da necessidade de
contratao, recorrerem ao rgo gerenciador da Ata de Registro de Preos, para que este
proceda a indicao do fornecedor e respectivos preos a serem praticados.
Pargrafo nico. Excepcionalmente, a critrio do rgo gerenciador, quando a quantidade
do primeiro colocado no for suficiente para as demandas estimadas, desde que se trate de
objetos de qualidade ou desempenho superior, devidamente justificada e comprovada a
vantagem, e as ofertas sejam em valor inferior ao mximo admitido, podero ser
registrados outros preos.
18. Licitao
Em regra, o registro de preos deve ser precedido de licitao na modalidade concorrncia,
a teor do inciso I do 3 do artigo 15 da Lei n 8.666/93.
O artigo 11 da Lei n 10.520/02 prescreve: As compras e contrataes de bens e servios
comuns, no mbito da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, quando
efetuadas pelo sistema de registro de preos previsto no art. 15 da Lei n 8.666, de 21 de
junho de 1993, podero adotar a modalidade de prego, conforme regulamento especfico.
A licitao que precede o registro de preos segue as regras da modalidade adotada.
De acordo com o 1 do artigo 3 do Decreto Federal n 3.931/01, a licitao para o
registro de preos, excepcionalmente, pode adotar o critrio de julgamento do tipo tcnica e
preo.
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19. Edital de licitao
Decreto Federal n 3.931/01.......
Art. 9. O edital de licitao para Registro de Preos contemplar, no mnimo:
I - a especificao/descrio do objeto, explicitando o conjunto de elementos necessrios e
suficientes, com nvel de preciso adequado, para a caracterizao do bem ou servio,
inclusive definindo as respectivas unidades de medida usualmente adotadas;
II - a estimativa de quantidades a serem adquiridas no prazo de validade do registro;
III - o preo unitrio mximo que a Administrao se dispe a pagar, por contratao,
consideradas as regies e as estimativas de quantidades a serem adquiridas;
IV - a quantidade mnima de unidades a ser cotada, por item, no caso de bens;
V - as condies quanto aos locais, prazos de entrega, forma de pagamento e,
complementarmente, nos casos de servios, quando cabveis, a freqncia, periodicidade,
caractersticas do pessoal, materiais e equipamentos a serem fornecidos e utilizados,
procedimentos a serem seguidos, cuidados, deveres, disciplina e controles a serem
adotados;
VI - o prazo de validade do registro de preo;
VII - os rgos e entidades participantes do respectivo registro de preo;
VIII - os modelos de planilhas de custo, quando cabveis, e as respectivas minutas de
contratos, no caso de prestao de servios; e
IX - as penalidades a serem aplicadas por descumprimento das condies estabelecidas.
1. O edital poder admitir, como critrio de adjudicao, a oferta de desconto sobre
tabela de preos praticados no mercado, nos casos de peas de veculos, medicamentos,
passagens areas, manutenes e outros similares.
2. Quando o edital prever o fornecimento de bens ou prestao de servios em locais
diferentes, facultada a exigncia de apresentao de proposta diferenciada por regio, de
modo que aos preos sejam acrescidos os respectivos custos, variveis por regio.
20. Ata de registro de preos
O vencedor da licitao, antes de contratar com a Administrao, tem a sua proposta
consignada na ata de registro de preos.
Segundo o inciso II do pargrafo nico do artigo 1 do Decreto Federal n 3.931/01, a ata
de registro de preos constitui
documento vinculativo, obrigacional, com caractersticas de compromisso para futura
contratao, onde se registram preos, fornecedores, rgos participantes e condies a
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serem praticadas, conforme as disposies contidas no instrumento convocatrio e propostas
apresentadas.
O artigo 10 do mesmo Decreto Federal enuncia:
Homologado o resultado da licitao, o rgo gerenciador, respeitada a ordem de
classificao e a quantidade de fornecedores a serem registrados, convocar os interessados
para assinatura da Ata de Registro de Preos que, aps cumpridos os requisitos de
publicidade, ter efeito de compromisso de fornecimento nas condies estabelecidas.
Havendo interesse em contratar, a Administrao convoca a empresa cuja proposta esteja
consignada na ata de registro de preos e com ela firma o contrato.
21. Prazo de validade do registro
Decreto Federal n 3.931/01
Art. 4. O prazo de validade da Ata de Registro de Preo no poder ser superior a um ano,
computadas neste as eventuais prorrogaes.
1. Os contratos decorrentes do SRP tero sua vigncia conforme as disposies contidas
nos respectivos instrumentos convocatrios e respectivos contratos decorrentes, obedecido
o disposto no art. 57 da Lei n 8.666, de 1993.
2. admitida a prorrogao da vigncia da Ata, nos termos do art. 57, 4, da Lei n
8.666, de 1993, quando a proposta continuar se