02 fevereiro de 2003

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    A I G R E J A D E J E S U S C R I S T O D O S S A N T O S D O S L T I M O S D I A S F E V E R E I R O D E 2 0 0 3

    O Desabrochar daRiqueza do Esprito,pgina 2.

    A caravana dedezessete dias parao Templo de So PauloBrasil, pgina 8.

    A Liahona

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    Fevereiro de 2003, Vol. 56, N 2A LIAHONA, 23982-059Publicao oficial em portugus de A Igreja deJesus Cristo dos Santos dos ltimos Dias.

    A Primeira Presidncia: Gordon B. Hinckley,Thomas S. Monson, James E. FaustQurum dos Doze: Boyd K. Packer, L. Tom Perry,David B. Haight, Neal A. Maxwell, Russell M. Nelson,Dallin H. Oaks, M. Russell Ballard, Joseph B. Wirthlin,Richard G. Scott, Robert D. Hales, Jeffrey R. Holland,Henry B. EyringEditor: Dennis B. NeuenschwanderConsultores: J. Kent Jolley, W. Rolfe Kerr,Stephen A. West

    Administradores do Departamento de Currculo:Diretor Gerente: Ronald L. KnightonDiretor Editorial: Richard M. RomneyDiretor Grfico:Allan R. LoyborgEquipe Editorial:Editor Gerente: Marvin K. GardnerEditora Administrativa Assistente: Jenifer L. GreenwoodEditor Associado: Roger TerryEditora Assistente: Lisa Ann JacksonEditor Associado: Susan Barrett

    Assistente de Publicaes: Collette Nebeker AuneEquipe de Diagramao:Gerente Grfico da Revista: M. M. KawasakiDiretor de Arte: Scott Van KampenDiagramador Snior: Sharri CookDiagramadores: Thomas S. Child, Randall J. PixtonGerente de Produo: Jane Ann PetersProduo: Reginald J. Christensen, Denise Kirby,Kelli L. Pratt, Rolland F. Sparks, Kari A. Todd,Claudia E. WarnerPr-Impresso Digital: Jeff Martin

    Equipe de Impresso e Distribuio:Diretor: Kay W. BriggsGerente de Distribuio (Assinaturas): Kris T ChristensenA Liahona:Diretor Responsvel e Produo Grfica:Dario MingoranceEditor: Luiz Alberto A. Silva (Reg. 17.605)Traduo e Notcias Locais: Wilson Roberto Gomes

    Assinaturas: Cezare Malaspina Jr.REGISTRO: Est assentado no cadastro da DIVISO DECENSURA DE DIVERSES PBLICAS, do D.P.F., sob n1151-P209/73 de acordo com as normas em vigor.ASSINATURAS: Toda correspondncia sobre assinaturasdever ser endereada a: Departamento de AssinaturasdeA Liahona Caixa Postal 26023, CEP 05599-970 So Paulo, SP. Preo da assinatura anual para o Brasil:R$ 18,00. Preo do exemplar em nossa agncia:R$ 1,80. Para Portugal Centro de Distribuio Portugal,Rua Ferreira de Castro, 10 Miratejo, Corroios 2855238. Assinatura Anual: 10 Euros. Para o exterior:Exemplar avulso: US$ 3.00; Assinatura: US$ 30.00. Asmudanas de endereo devem ser comunicadas indican-

    do-se o endereo antigo e o novo.Envie manuscritos e perguntas para:Liahona, Floor 24, 50 East North Temple, Salt Lake City,UT 84150-3223, USA. Ou envie um e-mail para:[email protected] Liahona (um termo do Livro de Mrmon que significabssola ou orientador) publicada em albans,alemo, armnio, blgaro, cambojano, cebuano, chins,coreano, croata, dinamarqus, esloveno, espanhol,estoniano, fijiano, finlands, francs, haitiano, hiligaynon,hngaro, holands, ilokano, indonsio, ingls, islands,italiano, japons, leto, lituano, malgaxe, marshalls,mongol, noruegus, pangasino, polons, portugus,quiribati, romeno, russo, samoano, sinhala, sueco, tagalo,tailands, taitiano, tmil, tcheco, tlugo, tongans,ucraniano, vietnamita e waray. (A periodicidade varia deuma lngua para outra.) 2003 por Intellectual Reserve, Inc. Todos os direitosreservados. Impressa nos Estados Unidos da Amrica.For readers in the United States and Canada:February 2003 Vol. 56 No. 2. A LIAHONA (USPS

    311-480) Portuguese (ISSN 1044-3347) is publishedmonthly by The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints,50 East North Temple, Salt Lake City, UT 84150. USAsubscription price is $10.00 per year; Canada, $15.50 plusapplicable taxes. Periodicals Postage Paid at Salt Lake City,Utah, and at additional mailing offices. Sixty days notice requi-red for change of address. Include address label from a re-cent issue; old and new address must be included. SendUSA and Canadian subscriptions to Salt Lake DistributionCenter at address below. Subscription help line: 1-800-537-5971. Credit card orders (Visa, MasterCard, AmericanExpress) may be taken by phone. (Canada PosteInformation: Publication Agreement #40017431)POSTMASTER: Send address changes to Salt LakeDistribution Center, Church Magazines, PO Box 26368,Salt Lake City, UT 84126-0368.

    A DEDICAO DO TEMPLO DE PALMYRA

    Sou leitordA Liahona (portugus)

    h algum tempo. Aprecio especialmente

    as mensagens do Presidente Gordon B.

    Hinckley.

    Na edio de setembro de 2001dA

    Liahona, li um artigo sobre a famlia doProfeta Joseph Smith intitulado Bero

    da Restaurao, uma histria muito

    bonita. O que me tocou mais profunda-

    mente foi a insero da orao dedicat-

    ria do Templo de Palmyra Nova York.

    Era uma orao simples, mas de tamanha

    fora espiritual que no deixou qualquer

    dvida quanto a Quem a havia inspirado.

    Tive o privilgio de compartilh-la com

    minha famlia e com os missionrios de

    tempo integral.

    Messias Cassimiro Valente,Ala Rio Branco,

    Estaca Natal Brasil

    FONTE DE ALEGRIA E PAZ

    A revistaLiahona (espanhol) uma

    fonte de alegria e paz. Nas palavras inspi-

    radas de nosso querido profeta e dos

    apstolos, recebo instruo, consolo,

    direo, esperana e muito amor. s

    vezes, parece que as mensagens foram

    escritas especialmente para mim, eoutras, para meus familiares e outros.

    O Esprito ajuda-me a identificar as par-

    tes que devo sublinhar e o que posso

    compartilhar.

    Mara Carmen Holgado Moratal,

    Ramo Alcoy,

    Distrito Alcoy Espanha

    PRIMEIRO, O MAIS IMPORTANTE

    Sempre que leio a edio da confe-

    rncia daLiahona (espanhol), encontro

    discursos que me fortalecem para supe-

    rar minhas dificuldades. Gostei muito do

    discurso Primeiro o Mais Importante,

    do lder Richard G. Scott, do Qurumdos Doze Apstolos, naLiahona de julho

    de 2001. Tenho-me esforado para aplicar

    em minha vida suas palavras: Empenhe-

    se ao mximo, aqui na Terra, para ter

    umafamlia ideal.

    Sou a nica pessoa membro da Igreja

    em minha famlia. Quando o lder Scott

    disse No deixe nada dissuadi-lo [de

    atingir esse ideal], decidi aproveitar todas

    as oportunidades para prestar testemunho

    minha famlia.

    Slvia Marisol Emrita Garca Bonito,Ala Los Planes,

    Estaca San Salvador El Salvador

    PARABNS PELO TEMPLO DE NAUVOO

    Parabns pela reconstruo do

    Templo de Nauvoo Illinois. No sou

    membro de sua Igreja. Sou sacerdote

    na Comunidade de Cristo (ex-Igreja

    Reorganizada de Jesus Cristo dos Santos

    dos ltimos Dias). Fiquei sabendo a res-

    peito do templo pelaLiahona (alemo),que leio h muitos anos. Envio a todos

    meus melhores votos, e que o Pai

    Celestial esteja com vocs.

    Michael Schoepke,

    Berlim, Alemanha

    C O M E N T R I O S

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    ser julgado pelo nmero de pessoas ou pelo tamanho daatividade. Em vez disso, deve ser julgada pelos seus efeitossobre a vida dos que dela participaram. Deve haver umacompreenso inequvoca de que os princpios so mais im-portantes do que os programas e que as pessoas so maisimportantes que as organizaes. Estamos tentando ensinarprincpios e diretrizes mais do que promover programas, medida que buscamos fortalecer o interior de uma pessoacom o Esprito de Deus.

    Nossas Aes

    Nossa eficcia pode ser melhor julgada pelo modo

    como transformamos a fora interior em ao. Nossa vida a melhor maneira de julgar o que realmente nossa reli-gio. Thomas Carlyle lembrou-nos que a convico (. . .)no til a menos que se converta em conduta.3 Paraque possamos ser fortalecidos por Deus, pelo Seu Esprito,o Presidente Harold B. Lee (18991973) aconselhou queser membro da Igreja significa mais do que apenas figurarnos registros da Igreja ou ter um recibo de dzimo, umaficha de membro ou uma recomendao para o templo.Significa sobrepujar a tendncia s crticas e esforar-se de

    maneira contnua para melhorar interiormente e noapenas manter as aparncias.4

    Reconhecemos que muitos membros da Igreja adul-tos solteiros talvez no tenham todas as bnos que de-sejam nesta vida. Entretanto, eles so iguais a todos ossantos com relao a sua capacidade de guardar os dois

    grandes mandamentos e ser abenoados com abundn-cia e fortalecidos como resultado disso. A qualidade dasua espiritualidade e devoo ao Mestre pode ser tosatisfatria para eles como o para qualquer pessoa. Aqualidade da sua bondade para com os outros pode, damesma maneira, ser to significativa e recompensadoracomo o servio prestado por qualquer outra pessoa.Seguramente, a compreenso espiritual e o testemunhoesto disponveis para todos que sinceramente osbuscarem.

    4

    Uma parte importante do ser espiritual dentro de todos

    ns aquela parte silenciosa e sagrada a partir da qual

    sentimos a santificao da nossa vida. a parte de ns

    onde ningum pode penetrar. a parte que nos permite

    aproximarmo-nos do divino.

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    Todas as Coisas So Espirituais

    O fortalecimento dos santos no que tangeao seu interior se dar quando eles se fortale-cerem espiritualmente. A admoestao aosGlatas foi: Porque o que semeia na suacarne, da carne ceifar a corrupo; mas oque semeia no Esprito, do Esprito ceifara vida eterna. (Glatas 6:8) Os problemassero resolvidos se confiarmos nas soluesespirituais, pois as leis mais elevadas envol-

    vem o aspecto espiritual. O Senhor disse:Todas as coisas so espirituais para mim e

    em tempo algum vos dei uma lei que fosseterrena. (D&C 29:34) Contudo, invocar essasleis mais elevadas e coloc-las em prtica nosignifica garantirdireitos mais elevados, master que desempenhardeveres mais elevados.

    Com freqncia sentimos que precisamosde uma ajuda que exceda nossos prpriosdons e habilidades naturais para encontrarmosnosso rumo em um mundo complexo e desa-fiador. O profeta Alma esclareceu a fonte dasua compreenso para muitas questes: Elasme foram mostradas pelo Santo Esprito deDeus. (Alma 5:46) Muitos neste mundo vivemo seu cotidiano temendo por sua vida, mas setivessem fora interior e segurana, no have-ria necessidade de preocupar-se. O Salvadordisse: E no temais os que matam o corpo eno podem matar a alma. (Mateus 10: 28)

    Curando Nosso Interior

    A cura de que todos ns precisamos sem-

    pre a cura da nossa alma e do nosso esprito.Isso pode ocorrer por meio de uma transfu-so do que espiritual para a nossa vida. Astima regra de f declara que, entre outrosdons espirituais, acreditamos no dom da cura.Para mim, esse dom estende-se tanto curado corpo quanto a do esprito. O EspritoSanto sussurra paz alma, e esse conforto es-piritual advm quando invocamos dons espiri-tuais, que so pedidos e manifestados de

    vrias maneiras. Eles so plenos e abundantes

    na Igreja hoje. Eles fluem por meio do teste-munho humilde e apropriado. Cristo aqueleque cura, Ele ressurgiu dentre os mortoscom poder de cura em suas asas (2 Nfi25:13), e o Consolador o agente da cura.

    Para conseguirmos fortalecer mais nossointerior, devemos purg-lo, purific-lo datransgresso. Participar do mal faz com quetodo o nosso ser morra espiritualmente.

    A fonte de espiritualidade em nossa vidano poder ser utilizada at que todas as

    transgresses, principalmente as queenvolvem torpeza moral, sejam purgadas.Refiro-me no apenas ao pecado sexual, mastambm a todas as formas de mal, incluindomentir, trapacear, roubar e propositadamenteou no causar danos a outros.

    Nossos Sentimentos Espirituais

    Uma parte importante do ser espiritualdentro de todos ns aquela parte silenciosae sagrada a partir da qual sentimos a santifica-o da nossa vida. a parte de ns ondeningum pode penetrar. a parte que nospermite aproximarmo-nos do divino, tantoneste mundo como fora dele. Esta parte donosso ser reservada apenas para ns mes-mos e nosso Criador. Abrimos os portais delaao orarmos. para ali que podemos nos reti-rar e meditar. possvel ao Esprito Santo ha-bitar nessa parte especial em ns. Este umlugar de comunho especial. a clula mes-

    tra da nossa bateria espiritual. Contudo, essagrande fonte de poder torna-se nula quandopermitimos que o pecado se esgueire sorra-teiramente para a nossa vida. Os romanos fo-ram lembrados: Porque a inclinao da carne morte; mas a inclinao do Esprito vida epaz. (Romanos 8:6)

    medida que nos comprometemos a for-talecer o nosso interior, temos menos preo-cupao com as coisas que podemos alcanar

    A LIAHONA FEVEREIRO DE 20035

    OEsprito Santosussurra paz alma, e esse

    conforto espiritualadvm quando invo-camos dons espiri-tuais. Cristo aquele

    que cura, Ele ressur-giu dentre os mortoscom poder de cura

    em suas asas, eo Consolador o

    agente da cura.

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    e possuir. Um homem sbio disse: A riqueza

    da alma medida por quo grandes podemser seus sentimentos; a pobreza, por quopequenos.5

    Nosso Interior Eterno

    O interior da alma, com tudo o que temarmazenado dentro dela, o que permanecedepois da morte. A reflexo de um autor lem-bra-nos: Tudo nesta vida, exceto a alma dohomem, uma sombra passageira. A nicasubstncia permanente aquela que est em

    nossa alma.6Somos confortados com o conhecimento

    de que aqueles que fortalecem o seu interiorvero a face de Deus. O prprio Senhordisse: Acontecer que toda alma que abando-nar seus pecados e vier a mim e invocar meunome e obedecer a minha voz e guardarmeus mandamentos ver minha face e saberque eu sou. (D&C 93:1) Edna St. VincentMillay declarou:

    A alma divide o firmamento,E faz revelar-se a face de Deus.7

    Para que uma pessoa seja fortalecida inte-riormente, necessrio que haja grande humil-dade no seu ntimo. Gideo disse de si mesmo:Minha famlia a mais pobre em Manasss, eeu o menor na casa de meu pai. (Juzes 6:15)Gideo acabou tornando-se o heri que liber-tou Israel da opresso dos midianitas.

    Diz o Velho Testamento: E era o homem

    Moiss mui manso, mais do que todos oshomens que havia sobre a terra. (Nmeros12:3) Moiss foi um dos grandes profetasque j viveram na Terra e foi o autor de cincolivros do Velho Testamento.

    Luz Espiritual

    Em minha busca pessoal por fora interior,expresso meu respeito, apreciao e gratidopelo exemplo da Primeira Presidncia, de

    outras Autoridades Gerais, e de uma hoste de

    outros bons homens e mulheres desta Igrejaem todo o mundo, que permanecem firmesdiante das tempestades que sopram contraeles e diante da insegurana, dvida e des-truio que pairam sobre ns. Essas pessoas,por meio do Esprito de Deus, reconhecem afalsidade das vozes sedutoras e dos cnticosatraentes que tentam nos enganar, cujos sonsnos levam a buscar a satisfao ou a recom-pensa imediata, oferecendo relacionamentosno duradouros para nossa vida e ensinando

    que no somos responsveis pelos nossospecados. Com pensamentos e obras justos,essas resolutas almas so como atalaias sobreas torres da retido, esperana e paz interior.

    A densa nvoa que obscurece as trilhas epassagens tortuosas da nossa vida ser dissi-pada com a luz espiritual que advm somentede Deus. Essa luz espiritual no brilhar a me-nos que busquemos o Seu Esprito com dili-gncia e humildade, pois o Senhor requer ocorao e uma mente solcita. (D&C 64:34)

    O Esprito do Senhor pode estar sempreconosco, mesmo diante das fornalhas de fogoardente nas quais podemos ser lanados,para que todos os que nos observam vejamque temos sempre um companheiro sagrado.Nabucodonosor teve essa experincia aoolhar para a fornalha ardente e declarou:No lanamos ns, dentro do fogo, trshomens atados? (. . .) Eu, porm, vejo quatrohomens soltos, que andam passeando dentro

    do fogo, sem sofrer nenhum dano; e oaspecto do quarto semelhante ao Filhode Deus. (Daniel 3:2425)

    Que exista em nossos pensamentos e atosuma manifestao de fora e paz espiritual in-terior. Que tenhamos uma f absoluta de quetodas as coisas so possveis a Deus e que noslembremos de que por meio da nossa obe-dincia podemos passar a conhecer todas ascoisas por intermdio do Seu Santo Esprito.

    6

    Que sejamos

    fortalecidosno nosso inte-

    rior com o poder doSeu Esprito, pois aespiritualidade como a luz do sol,

    que passa pelo que imundo e no secontamina.

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    O que semeia no Esprito, do Esprito ceifar a vidaeterna. (Glatas 6:8)

    Ao semearmos em nosso esprito, que sejamos fortale-cidos no nosso interior com o poder do Seu Esprito, poisa espiritualidade como a luz do sol, que passa pelo que imundo e no se contamina. Que nossa vida possa serde tal forma que nossa natureza espiritual possa brilhar

    em meio ao que ordinrio, srdido e mau e santificarnossa alma.

    NOTAS1.Heber J. Grant, em Conference Report, outubro de 1936, p. 3.2.Albert E. Bowen, The Church Welfare Plan (Curso Doutrina do

    Evangelho, 1946), p. 44.3.Em Martin H. Manser, comp., The Westminster Collection of

    Christian Quotations (2001), p. 2.4.Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Harold B. Lee (2000), p. 41.5.William Rounseville Alger.6.W. E. Channing.7.Renascence,Renascence and Other Poems (1917), p. 14.

    A densa nvoa que obscurece as trilhas e passagens tortuosas

    da nossa vida ser dissipada com a luz espiritual que advm

    somente de Deus. Essa luz espiritual no brilhar a menos que

    busquemos diligente e humildemente o Seu Esprito.

    A LIAHONA FEVEREIRO DE 20037

    I D I A S P A R A O SM E S T R E S F A M I L I A R E S

    Aps preparar esta mensagem em esprito de orao,

    compartilhe-a usando um mtodo que incentive a participa-

    o daqueles a quem ensina. Seguem-se alguns exemplos:

    1. Pergunte aos membros da famlia o que uma pessoa

    pode fazer para fortalecer seu corpo fsico, alguns exem-

    plos podem incluir exercitar-se, ter uma dieta adequada e

    descansar o suficiente. Pea-lhes que identifiquem idias

    na mensagem do Presidente Faust sobre coisas que edifi-

    cam a fora moral interior. Preste testemunho de como

    algumas dessas idias o ajudaram a sobrepujar a insegu-

    rana, a dvida e a tentao.

    2. Mostre aos membros da famlia uma bateria e lembre

    como ela funciona. Como nossa espiritualidade se compara

    a uma bateria? Leia a seo Nossos Sentimentos

    Espirituais e debata maneiras pelas quais podemos recar-regar nossa bateria espiritual.

    3. Convide os membros da famlia a discutirem os bene-

    fcios que recebemos da luz do sol. Leia com eles a seo

    Luz Espiritual. Discuta as maneiras pelas quais a espiri-

    tualidade pode ser comparada luz do sol e o pecado a um

    denso nevoeiro. Quais so algumas maneiras citadas pelo

    Presidente Faust para aumentarmos a luz espiritual em

    nossa vida?

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    A

    B i rt h d a y

    VIAGEMA

    O

    TEMPLONO

    ANIVERS

    RIO

    A LIAHONA FEVEREIRO DE 20039

    Ao longo dos anos, o Brasil tornou-sefamoso por seus excelentes times de fu-tebol, suas praias de areia muito branca

    e seu clima tropical. Mas a fora que impulsionaessa vibrante e palpitante cultura provavelmenteest em sua maior riqueza: seu povo caloroso quegosta muito de se divertir. A diverso e a compa-nhia dos amigos e da famlia so elementos es-senciais na maior parte de suas atividades. E

    uma das datas mais importantes e esperadaspara qualquer jovem brasileira a comemora-o de seu aniversrio de quinze anos.Algumas famlias economizam por vriosanos para poderem realizar uma festa lu-xuosa, com jantar, baile e muitos presentes,a fim de comemorar essa data marcante na

    vida da jovem.Priscila Vital, membro da Estaca Rio Negro de Manaus,

    Brasil, teve que fazer uma escolha difcil ao decidir como

    iria comemorar seu aniversrio de quinze anos. Na data doaniversrio de Priscila, a me, Francilene, estaria partici-pando de uma caravana da estaca de17 dias, no templo deSo Paulo Brasil. Francilene tinha economizado por trsanos para ir ao templo pela primeira vez e conseguira jun-tar o suficiente para levar Priscila na viagem ou para reali-zar uma festa tradicional de quinze anos para ela quando

    voltasse. A deciso de Priscila foi ainda mais difcil por elater uma famlia muito unida cujos parentes, em sua maio-

    ria, eram membros de outras igrejas e estavam esperandoansiosamente h vrios anos a comemorao de seu ani-versrio. Eles no compreendiam a importncia de ir aotemplo.

    Todas as minhas tias e tios queriam que eu ficasse e fi-zesse uma festa de aniversrio, principalmente porque euera a nica menina da minha famlia, disse Priscila.Quando decidi ir ao templo, foi uma boa oportunidade demostrar a todos eles como isso era importante para mim.

    A famlia de Priscila filiou-se Igreja em 1991, mas

    Oaniversrio

    dequinze

    anosumad

    atamuito

    importantep

    araasjovens

    doBrasil.Acomemorao

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    iodePriscila

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    templo.

    VIAGEMA

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    TEMPLONO

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    RIO

    K R I S T E N W I N M I L L S O U T H W I C K

    FOTOGRAFIAS CORTESIA DA FAMLIA VITAL, EXCETO QUANDO INDICADO

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    Como testemunho da crescente f dosmembros de Manaus, a cada ano cerca de 150

    a 200 membros de Manaus participam deuma caravana multi-estacas ao Templo de SoPaulo, que o templo de mais fcil acessopara eles no Brasil. Devido densa florestaque cerca a cidade, o nico meio de trans-porte de Manaus para So Paulo por barcoou avio. As passagens areas so muito ca-ras, portanto, h oito anos, as presidncias deestaca da cidade organizaram uma caravanaanual ao templo, fretando um barco e diver-sos nibus para os membros que desejam irao templo. Dividindo os gastos, os membrosconseguem juntar dinheiro suficiente para

    viajar at o templo com a famlia.A caravana comea com uma viagem de

    barco de quatro dias at Porto Velho, uma ci-dade brasileira prxima da fronteira com oPeru e a Bolvia. Dali, os membros seguem denibus fretado por mais trs dias e noites atSo Paulo, onde se hospedam no alojamentode propriedade da Igreja, junto ao Templo de

    So Paulo Brasil. Eles realizam o trabalho dotemplo por quatro dias e depois fazem a via-gem de volta para casa.

    Priscila preparou-se para a viagem ao tem-plo estudando com a me os discursos daconferncia geral sobre o templo, lendo as re-

    vistas da Igreja e estudando as escrituras. Elatambm reuniu os nomes de quatro geraesde seus antepassados do lado paterno parapoder realizar batismos vicrios por eles.

    Os membros fiis da

    Igreja de Manaus

    (acima, extrema

    direita) fazem uma

    longa viagem de barco

    e nibus at So Paulo

    (acima) a cada ano.

    Priscila pde fazer

    batismos pelos mortos

    no templo e espera

    voltar um dia com toda

    a famlia ( direita).

    tornou-se menosativa pouco depois

    do batismo. No in-cio de 1998, umaamiga de Priscila co-

    meou a pesquisar a Igreja e pediu quePriscila a acompanhasse ao seminrio.

    Eu tinha freqentado outra igreja, mas noconseguia compreender o que eles ensinavam.No seminrio, tudo comeou a fazer sentidopara mim, e eu comecei a entender o evange-lho. Por fim, o Esprito testificou para mimque Joseph Smith era um profeta de Deus.Quando soube que ele era um profeta, senti-me to bem e feliz que chorei, disse Priscila.

    A me de Priscila, Francilene, gostavamuito de receber as moas da ala em suacasa. Ela incentivou Priscila a freqentar asatividades da Igreja, e logo comeou tambma freqentar regularmente a Igreja. Hoje,Francilene est servindo como presidenteda Sociedade de Socorro da ala.

    Testemunho de F CrescenteA converso de Priscila ao evangelho umdos muitos milagres que esto acontecendoem Manaus. A movimentada cidade porturiade 1,5 milho de pessoas o centro comer-cial e industrial da Bacia Amaznica. Os pri-meiros missionrios SUD chegaram cidadeh 23 anos. Desde aquela poca, a Igreja emManaus cresceu muito, tendo hoje cincoestacas, uma misso e 14.000 membros.

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    A LIAHONA FEVEREIRO DE 200311

    A me de Priscila compilou os dados de histria da famliade quatro geraes de seu lado da famlia.

    Depois que os 185 membros partiram de barco deManaus, Priscila e as cinco outras jovens que participavamda caravana ajudaram a cuidar das crianas em idade daPrimria e a preparar as refeies. noite, elas dormiamem redes penduradas no convs do barco por causa docalor que fazia na floresta.

    Foi to espiritual participar da caravana porque todosestavam muito entusiasmados e ansiosos para ir ao tem-plo, comentou Priscila. A maioria das pessoas nunca ti-nha ido ao templo, por isso ningum sabia exatamente oque esperar. Todos cantavam hinos e liam as escrituras jun-tos. ramos muito unidos.

    O trecho de nibus foi a partemais difcil da viagem porque osnibus seguiram ininterrupta-mente, dia e noite, por trs diasconsecutivos, e os membros nopodiam se movimentar muito.Em conseqncia disso, muitosficaram com as pernas inchadas edoloridas.

    Finalmente L

    Quando chegaram ao templo, Priscila foi imediata-mente para o batistrio realizar batismos pelos mortos,enquanto sua me ia para outra parte do templo a fim dereceber sua investidura. Priscila passou todos os dias queesteve em So Paulo no templo, embora fosse a primeira

    vez que visitava aquela grande metrpole.Passei meu aniversrio de quinze anos no templo.

    Quando o coordenador da pia batismal ficou sabendo que

    era meu aniversrio, disse que tinha um presente paramim, explicou Priscila. Muitas pessoas vo ao templo, de

    modo que a maioria dos usurios s pode fazer o batismopor apenas cinco pessoas. Ele deu-me uma grande lista denomes de pessoas que precisavam receber o batismo vic-rio. No poderia ter-me dado um presente melhor.

    A me de Priscila mencionou outras mudanas queocorreram na vida de Priscila. A caravana influenciou-a es-piritualmente. Ela foi uma luz para todos os outros mem-bros. Todos voltaram diferentes. No nibus de volta paracasa, sentimos que nossa aparncia e nosso rosto tinhammudado; estvamos muito felizes.

    O exemplo e a disposio de Priscila de compartilhar o

    evangelho ajudou muitos de seus familia-res e amigos a filiarem-se Igreja. Umadessas pessoas, sua tia, retornou recente-mente aps servir na Misso Brasil Recife.

    Atualmente, Priscila est incentivando seupai e seus dois irmos a prepararem-separa ir ao templo, para que possam ser

    selados como famlia: algo que ela esperaque acontea muito em breve.Para Priscila, desistir da comemorao de seu anivers-

    rio de 15 anos no foi sacrifcio algum. Quando chegou ahora de voltar para casa, eu no queria ir embora, comen-tou Priscila. Tudo que eu queria fazer era economizardinheiro suficiente para voltar ao templo to logo quantofosse possvel.

    Kristen Winmill Southwick membro da ala Weston II, EstacaBoston Massachusetts.

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    No mundo de hoje, repleto de terror edio, nosso conhecimento do amordivino de suma importncia. Temos

    a responsabilidade de entender e testificar que

    o Pai Celestial e Jesus Cristo so personagensvivos, glorificados, e cheios de amor. PorqueDeus amou o mundo de tal maneira que deuo seu Filho unignito, para que todo aqueleque nele cr no perea, mas tenha a vidaeterna.1Jesus amou o mundo de tal maneiraque deu a prpria vida para que todos osque cressem pudessem tornar-se os filhosde Deus.2 Na verdade, o Pai e o Filho soum em propsito e amor.3

    O Amor Divino Perfeito e Infinito

    O amor do Pai e do Filho so divinos pordefinio. As escrituras tambm descrevemesse amor como sendo perfeito.4 infinitoporque a Expiao foi um ato de amor para to-dos os que j viveram, para os que vivem hojee um dia vivero.5 Tambm infinito porquetranscende o tempo.

    O Amor Divino Duradouro

    O amor divino duradouro:6

    O Senhor (. . .)guarda a aliana e a misericrdia at mil gera-es aos que o amam e guardam os seusmandamentos.7

    O Amor Divino Universal

    O amor divino universal.8 Deus faz queo seu sol se levante sobre maus e bons, e achuva desa sobre justos e injustos.9Jesus a luz do mundo10, dando vida e trazendo a lei

    12

    para todas as coisas.11 [Ele] convida todos a vi-rem a ele (. . .); e no repudia quem quer que oprocure, negro e branco, escravo e livre, ho-mem e mulher.12 E todos so convidados a

    orar ao Pai nos cus.13

    O Amor Divino Tambm

    Condicional

    Embora o amor divinopossa ser consideradoperfeito, duradouro,infinito

    PESCADORES

    DEHOMENS

    ,DESIMONDEWEY,CORTESIADEA

    LTUSFINEART,AMERICANFORK,

    UTAH.

    O Amor L D E R R U S S E L L M . N E L S O NDo Qurum dos Doze Apstolos

    Quando oSalvadorconvidouPedro e Andr parasegui-Lo, eles obedi-

    entemente deixaramsuas redes, recebendo,por isso, grandesbnos. Do mesmo

    modo, quandorespondemos com

    humilde obedinciaaos Seus manda-mentos, somosabenoados.

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    A LIAHONA FEVEREIRO DE 200313

    Embora o amor divino possa ser

    considerado perfeito, infinito,

    duradouro e universal, no se

    pode caracteriz-lo correta-

    mente como incondicional.Divino

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    Estas so as condies dessa

    lei: Todos os convnios, contra-tos, vnculos, compromissos, ju-ramentos, votos, prticas,ligaes, associaes ou expecta-tivas que no forem feitos nemacertados nem selados (. . .) pormeio daquele que foi ungido,(. . .) no tero eficcia, virtudeou vigor algum na ressurreiodos mortos.30

    Outras leis foram designadas

    para nos abenoar aqui na morta-lidade. Uma delas o dzimo: Trazei todos dzimos casado tesouro, (. . .) e depoisfazei prova de mim nisto, diz oSenhor (. . .),se eu no vos abrir as janelas do cu, e noderramar sobre vs uma bno tal at que no haja lugarsuficiente para a recolherdes.31 Uma bno como essa

    condicional. Os que falham em pagar o dzimo no tmpromessa alguma.32

    Mais uma vez, Tudo que ele requer de vs que guar-deis seus mandamentos; e ele prometeu-vos que,se guar-dsseis seus mandamentos, prosperareis na terra; e elenunca se desvia do que disse; portanto,se guardardes seusmandamentos, ele vos abenoar e far-vos- prosperar.33

    Por que o amor divino condicional? Porque Deus nosama e quer que sejamos felizes. A felicidade o objetivo eo propsito da nossa existncia; e tambm ser o fim,

    caso sigamos o caminho que nos leva at ela; e esse rumo virtude, retido, fidelidade, santidade e obedincia atodos os mandamentos de Deus.34

    Nossa Defesa contra as Falsas Ideologias

    A compreenso de que as bnos e o amor divino noso realmente incondicionais pode proteger-nos das fal-cias mais comuns tais como: J que o amor de Deus in-condicional, Ele me amar de qualquer maneira, ou jque Deus amor35, Ele me amar incondicionalmenteno importa o que eu faa.

    Esses argumentos so utilizados pelos anti-Cristos paraenganar as pessoas com mentiras. Neor, por exemplo, pro-moveu-se ensinando falsidades. Ele testificou ao povoque toda a humanidade seria salva no ltimo dia, (. . .)

    A LIAHONA FEVEREIRO DE 200315

    O

    JUZO

    FINAL

    ,DEJOHNSCOTT

    amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei

    a ele.24

    A Natureza Condicional das Bnos Divinas

    igualmente notrio que recebemos certas bnos deum Deus amoroso apenasse forem cumpridas as condi-es requeridas. A seguir, alguns exemplos: Se andares nos meus caminhos, guardando os meus

    estatutos, (. . .)ento, prolongarei os teus dias.25

    Se andares nos meus estatutos, e fizeres os meus juzose guardares todos os meus mandamentos; (. . .) [ento]confirmarei para contigo a minha palavra.26

    Eu, o Senhor, estou obrigado quando fazei o que eudigo; mas quando no o fazeis, no tendes promessaalguma.27

    Quando recebemos uma bno de Deus, porobedincia lei na qual ela se baseia.28

    A todo reino dada uma lei; e toda lei tambm temcertos limites e condies.29

    O Senhor declara: Todos os que receberem uma bn-o de minhas mos obedecero lei que foi designadapara essa bno e suas condies. (. . .)

    E quanto ao novo e eterno convnio, foi institudo paraa plenitude de minha glria; e aquele que recebe sua ple-nitude deve cumprir a lei e cumpri-la-; caso contrrio,ser condenado, diz o Senhor Deus. (. . .)

    O QUE SIGNIFICACONDICIONAL?

    O termo condicional

    vem de raizes latinas

    con significa com e

    dicere significa dizer,

    portanto, condicional

    significa que limites ou

    condies foram comu-

    nicados verbalmente.

    O termoincondicional

    dies ou limitaes;

    absoluto.

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    porque o Senhor havia criadotodos os homens; (. . .) e, nofim, todos os homens teriamvida eterna.36 Infelizmente, al-gumas pessoas acreditaram nafalcia e nos conceitos incondi-cionais de Neor.

    Em contraste com os ensina-mentos de Neor, o amor divino nos adverte de que iniqi-dade nunca foi felicidade.37Jesus explica: Vinde a mim esede salvos; (. . .)a no serque guardeis os meus manda-mentos, (. . .) de modo algum entrareis no reino dos cus.38

    O Amor Divino e o Pecador

    Isso significa que o Senhor no ama o pecador? Claroque ama. O amor divino infinito e universal. O Senhor

    ama tanto os santos como os pecadores. O Apstolo Jooafirmou: Ns o amamos a ele porque ele nos amou pri-meiro.39 E Nfi, quando viu em viso o ministrio mortaldo Senhor, declarou: O mundo, devido iniqidade, julg-lo- como uma coisa sem valor; portanto o aoitam e ele su-porta-o; e ferem-no e ele suporta-o. Sim, cospem nele e elesuporta-o por causa de suaamorosa bondade e longanimi-dade para com os filhos dos homens.40 Sabemos a abran-gncia do amor do Redentor porque Ele morreu para quetodos os que morreram pudessem viver novamente.41

    Imortalidade e Vida Eterna

    Deus declarou que Sua obra e Sua glria levar a efeito a imortalidade e vida eterna dohomem.42 Graas Expiao, o dom da imor-talidade incondicional.43 O dom maior,que o da vida eterna, contudo, condicio-nal.44 Para merecer esse dom, a pessoa devenegar-se a toda iniqidade45 e honrar as or-denanas e convnios do templo.46 O mara-

    vilhoso buqu do amor de Deus incluindoa vida eterna contm bnos para as quais

    devemos ser merecedores, no direitos adquiridos sem

    dignidade. Os pecadores no podem fazer a vontade deDeus se curvar a deles e exigir que Ele os abenoe emseus pecados.47 Se eles desejarem sentir o perfume dasflores desse lindo buqu, devem arrepender-se.48

    Conselhos que Conduzem ao Arrependimento

    O Presidente Brigham Young (18011877) declarou:Toda bno que o Senhor dispensa a Seu povo ba-seada em certas condies, que podem ser resumidas nosseguintes preceitos: Obedecei minha lei, guardai meusmandamentos, recebei minhas ordenanas, observai osmeus estatutos, amai a misericrdia, preservai inviolavel-mente a lei que vos dei, mantende-vos puros dentro da lei,pois somente assim tereis direito a essas bnos.49

    O Presidente Joseph F. Smith (18381918) fez uma de-clarao semelhante: assim que vejo o que Deus exigede Seu povo individual e coletivamente: Acredito que noposso esperar bnos, favores, confiana ou o amor deDeus ou de meus irmos a menos que seja por meio dasminhas obras, provando que sou digno. Jamais espereireceber bnos sem merec-las.50

    O Presidente Spencer W. Kimball (18951985) disse queo Senhor no pode encarar o pecado com o mnimograu de tolerncia. (D&C 1:31) (. . .) Seremos mais gratospelo amor e bondade que Ele nos dedica se igualmente aabominao pelo pecado nos impelir a transformar nossa

    vida por meio do arrependimento.51

    Visto que todos ns somos imperfeitos, a iniciativa indi-vidual fator imperativo: Aquele que se arrepender ecumprir os mandamentos do Senhor ser perdoado;

    E aquele que no se arrepender, dele ser tirada at a

    16

    Devemosensinarnossos filhos

    que eles receberoas bnos do amorde Deus, desde queobedeam antes aSeus mandomentos.

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    luz que recebeu, pois meu Esprito no contender

    sempre com o homem, diz o Senhor.52Ao trilhar o caminho do arrependimento, leva-se em

    conta tanto o esforo quanto o resultado. O Senhor ensi-nou que os dons espirituais so dados queles que [O]amam e guardam todos os [Seus] mandamentos e[queles] queprocuram assim fazer.53

    O Amor Divino Serve de Padro para Ns

    Jesus pediu-nos que nos amssemos como Ele nos amou.54

    Isso possvel? Nosso amor pelos outros pode realmenteaproximar-se do amor divino? Sim, pode!55 O puro amor de

    Cristo concedido a todos os que o buscam e se mostramdignos dele.56 Esse amor inclui servio57 e exige obedincia.58

    A submisso s leis divinas requer f o ponto crucialdas provaes e testes da mortalidade. Ao mesmo tempo,a f prova nosso amor a Deus.59 Quanto mais estivermos

    A LIAHONA FEVEREIRO DE 200317

    NOTAS1. Joo 3:16.2. D&C 34:3.3. Ver 2 Nfi 31:21; Alma 12:33;

    D&C 93:3.4. Ver I Joo 4:12, 1518.5. Ver Alma 34:912. O amor

    divino tambm infinitoporque todos os fiis no finalsero envolvidos pela incom-parvel generosidade de seuamor. (Alma 26:15)

    6. Ver Isaas 54:10; ver tambm3 Nfi 22:10.

    7. Deuteronmio 7:9; ver tam-bm I Crnicas 16:15; Salmos105:8.

    8. Definido como de, relativo a,extensivo a, que afeta omundo todo ou todos nomundo; mundial. [The

    American HeritageDictionary, 4 ed. (2000),universal, 1883.]

    9. Mateus 5:45; ver tambm3 Nfi 12:45.

    10. Ver Joo 8:12; 9:5.11. Ver D&C 88:613.12. 2 Nfi 26:33.13. Ver Mateus 6:6; ver tambm

    3 Nfi 13:6; Morni 7:48.14. Por exemplo, ver 1 Nfi 2:20;

    4:14; 2 Nfi 1:9, 20; 4:4; Jarom1:9; mni 1:6; Alma 9:13; 36:1,30; 38:1; 50:20; Helam 4:15.

    15. Alguns exemplos so: Aqueleque no nascer da gua e doEsprito, no pode entrar no

    reino de Deus (Joo 3:5; grifodo autor), e a no ser queguardeis minha lei, no obte-reis esta glria. (D&C 132:21;grifo do autor.) Ver tambmter 12:34; D&C 25:15; 132:21.

    16. Abrao 3:25; grifo do autor;

    ver tambm Malaquias 3:10;3 Nfi 24:10.17.Ver Mateus 25:21, 23.18. Joo 15:10; grifo do autor.19. D&C 95:12; grifo do autor.20. Joo 14:23; grifo do autor.21. Provrbios 8:17.22. Atos 10:3435.23. 1 Nfi 17:40.24. Joo 14:21.25. I Reis 3:14; grifo do autor; ver

    tambm Deuteronmio 19:9.26. I Reis 6:12; grifo do autor.27. D&C 82:10.28. D&C 130:21.29. D&C 88:38; ver tambm

    132:5.30. D&C 132:57; ver tambm

    Alma 9:12; 42:13, 17.31. Malaquias 3:10; grifo do

    autor; ver tambm 3 Nfi24:10. O Senhor no foi espe-cfico sobre como Ele abenoa-ria os que pagam o dzimo.

    Alguns so abenoados espiri-tualmente mais do que mate-rialmente.

    32. Ver D&C 119:45. O dzimotambm exigido de todos osque desejam ser consideradospovo de Deus. (Ver D&C 85:3.)

    comprometidos em moldar nossa vida de acordo com Seu

    exemplo, mais puro e divino ser o nosso amor.60Talvez nenhum amor na mortalidade se aproxime mais do

    divino do que o amor dos pais por seus filhos. Como pais, te-mos a mesma obrigao que nossos pais celestiais de nos en-sinar obedincia. Embora possamos ensinar a necessidade datolerncia para com as diferenas entre as pessoas,61 no po-demos tolerar suas infraes s leis de Deus. Temos que ensi-nar a doutrina do reino a nossos filhos,62 ensin-los a confiarno Senhor e a saber que recebero as bnos do Seu amorse primeiro obedecerem aos Seus mandamentos.63

    O amor divino perfeito, infinito, duradouro e univer-

    sal. A medida plena desse amor divino e as maiores bn-os que ele nos proporciona so condicionais dependem de nossa obedincia lei eterna. Oro para quenos qualifiquemos para essas bnos e tenhamos alegriapara todo o sempre.

    33. Mosias 2:22; grifo do autor.Esse conselho condicionalrepete-se muitas vezes nasescrituras. Ver 1 Nfi 2:20;4:14; 2 Nfi 1:9, 20; 4:4; Jac2:1719; Jarom 1:9; mni 1:6;Mosias 1:7; 2:31; Alma 9:13;

    36:1, 30; 37:13; 38:1; 48:15,25; 50:20; Helam 3:20.34. Joseph Smith,Ensinamentos

    do Profeta Joseph Smith, sel.Joseph Fielding Smith (1976),p. 249; grifo do autor.

    35. I Joo 4:8, 16.36. Alma 1:4; grifo do autor; ver

    tambm 1:3, 56; 2 Nfi28:89. Esse conceito incondi-cional (vida eterna para todos)negaria a necessidade dasordenanas, dos convnios edo trabalho no templo.

    37. Alma 41:10.38. 3 Nfi 12:20; grifo do autor.39. I Joo 4:19.40. 1 Nfi 19:9; grifo do autor.41. Ver Romanos 5:8; II Corntios

    5:1415; ver tambmI Corntios 15:22.

    42. Moiss 1:39.43. Ver Atos 24:15; I Corntios

    15:22; Alma 12:8; D&C 76:17;Traduo de Joseph Smith,

    Joo 5:29.44. Ver D&C 14:7.45. Ver Morni 10:32; Traduo de

    Joseph Smith, Mateus 16:26.46. Ver D&C 132:19.47. Ver Alma 11:37.

    48. O Senhor disse: No tensdesculpa para tuas transgres-ses; (. . .) vai e no pequesmais. (D&C 24:2). Ver tam-bm Joo 8:11; D&C 6:35;29:3; 82:7; 97:27.

    49.Discursos de Brigham Young,

    sel. John A. Widtsoe (1954),p. 455.50.Deseret News, 12 de novem-

    bro de 1873, p. 644.51. O Milagre do Perdo (1969),

    p. 59.52. D&C 1:3233.53. D&C 46:9; grifo do autor.54. Ver Joo 13:34; 15:12.55. Ver ter 12:3334; Morni

    7:4647.56. Ver Morni 7:48.57. Ver Glatas 5:13; Mosias

    2:1821; 4:15.58. Joo ensinou: Qualquer que

    guarda a sua palavra, o amorde Deus est nele verdadeira-mente aperfeioado. (I Joo2:5)

    59. Ver Deuteronmio 13:3; Joo14:15; 15:67.

    60. Ver Mateus 6:1922; D&C88:6768; 93:1120.

    61. Ver Regras de F 1:11.62. As doutrinas incluem o plano

    de salvao, f, arrependi-mento, batismo e o dom doEsprito Santo. (Ver Morni8:10; D&C 68:25; Moiss6:5762.

    63. Ver Mosias 4:67.

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    18FOTOGRAFIADELAURYLIVSEY;FOTOGRAFIASDENATUREZAM

    ORTADEJOHNLUKE

    MMAAUURRIICCEE

    CONTE COM

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    A LIAHONA FEVEREIRO DE 200319

    L A U R Y L I V S E Y

    Ognio em matemtica sentou-se naclasse depois das aulas, esperando aestrela do futebol americano para aaula semanal de matemtica. O rapaz quegostava de lgebra, clculos e trigonometriapassava uma hora extra todas as semanas en-sinando ao heri do futebol americano, tidopor muitos como o melhor jogador juvenildos Estados Unidos, a fazer expresses poli-nomiais e resolver equaes com expoentes.Ele conseguia ganhar um jogo de futebolsem problemas, mas lgebra? Era um grandedesafio. Foi ento que o gnio em matem-tica apareceu para salv-lo.

    Quando terminou o ano escolar, acaba-ram-se as aulas. O professor esperava comansiedade o prximo ano no ensino mdioenquanto o aluno formou-se e aceitou umabolsa de estudos para jogar futebol naUniversidade de Miami.

    Por isso, oexpertem matemtica disse:Algum dia, quando ele for um jogador de fu-tebol americano bem famoso, poderei dizeraos meus filhos que lhe ensinei matemtica.

    Hoje, dois anos depois, MauriceNavarro est sentado outra vez numa salade aula de ensino mdio perto de Miami,Flrida. O sinal de sada tocou h 30 minu-tos, mas exatamente como nos anos anterio-res, vrios alunos esto ao redor de Mauriceenquanto ele ensina um conceito de mate-mtica que seus companheiros tm dificul-dade de entender.

    Este Maurice Navarro. Aquele que aindad aulas particulares de graa. Aquele quecontinua ajudando os outros.

    Um Rapaz Ocupado

    Isso eu herdei da minha me, diz elequando fala de seu servio. Ela me ensinouque se sou capaz de ajudar os outros muitoimportante que eu o faa. difcil para algu-mas crianas entenderem matemtica, ento por isso que eu ensino. J que a matemtica fcil para mim, fico contente em ajudar.

    O mesmo ocorre com seu trabalho volun-trio em dois centros mdicos. Toda sextae sbado, Maurice doa nove horas de seu

    MauriceNavarro um rapaz

    ocupado, mas notanto que notenha tempo paraensinar matem-tica a seus colegase a servir comovoluntrio em dois

    hospitais locais.

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    tempo, fazendo diversas tarefas paraambos os hospitais.

    Trabalho com os pacientes, em-purrando-os em cadeiras de rodas oucamas pelo hospital, disse ele.Quando estou l, noto o sorriso norosto deles quando vem algum fa-zer alguma coisa boa em seu favor.

    Adoro estar com os pacientes, ver aexpresso no rosto de cada um e ob-servar suas reaes.

    a mesma coisa com as aulas, con-tinua ele. Quando ouo algum dizer

    Entendi! sobre um conceito que

    20

    espero que os diconos e mestresolhem para mim como um exemplo,

    da mesma forma que eu olhava paraos rapazes mais velhos quando eu ti-nha a idade deles, disse ele.

    Uma evidncia tangvel do exem-plo de Maurice aos outros portadoresdo Sacerdcio Aarnico em sua ala o projeto de escoteiros que ele com-pletou no ano passado. Maurice orga-nizou um dia de identificao dacriana e convidou as pessoas de suacomunidade a trazerem os filhos at

    a capela para que fossem filmados e

    estou ensinando, sinto que fiz o meutrabalho. O mesmo ocorre com os pa-cientes do hospital, mas com sorrisos.

    Um Exemplo

    Na Ala Fountainebleau (de lnguaespanhola), Estaca Miami Flrida,Maurice o primeiro conselheiro dobispo no qurum dos sacerdotes. Hpouco tempo, ele era um jovem di-cono que olhava o exemplo dos sacer-dotes que se preparavam para servircomo missionrios. Agora a vez deMaurice liderar. Como sou o mais

    velho na organizao dos Rapazes,

    6

    tiradas suas impresses digitais.Depois que a polcia fez uma apre-sentao sobre como protegercrianas, os pais que compareceramlevaram os cartes com as impres-

    ses digitais dos filhos e as fitasde vdeo para casa. Se algum diaprecisarem dessa informao paraidentificar e encontrar uma crianaperdida, os pais podero utiliz-lasprontamente.

    Maurice passou longas horas coor-denando esse projeto que atraiucerca de 100 crianas. Como bnus,ele tambm pediu que as pessoas

    Como projeto de esco-tismo, Maurice convi-

    dou vrios pais parauma reunio na capelaonde tiraram as impresses

    digitais de seus filhos numcarto. Uma ou duas vezespor semana, ele tambmensina os pontos mais

    difceis de matemticapara seus colegas.

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    e fico feliz em explicar. Para muitasdelas, difcil compreender que euqueira fazer algo assim. Elas ficamsurpresas quando digo que vou sermissionrio por dois anos e que nin-gum nos obriga a isso. Um dia, servi-rei numa misso.

    Meu pai foi batizado quando tinhavinte e poucos anos, por isso, nuncaserviu como missionrio. Dentre osmeus familiares, a nica pessoa queserviu em uma misso foi meu tio.Por isso, vejo minha misso como seeu estivesse comeando uma tradiona famlia.

    Muitas Partes Pequenas

    Durante sua vida, Maurice teve

    uma pequena participao no dia-a-dia de muitas pessoas. Os alunos deCoral Gables que foram ensinadospor ele passaram em exames de ma-temtica; Maurice sentiu que contri-buiu para o sucesso deles. S porprecauo, os pais tm gravado infor-maes sobre seus filhos e podemagradecer a Maurice por isso. Nohospital, l vai ele, empurrando umpaciente em cadeira de rodas de

    um quarto para o outro.No grandecoisa? Talvez no. Mas essa maisuma atividade que Maurice arrumatempo para fazer.

    Talvez, hoje, Maurice no tenhauma viso plena de seu trabalho.

    Algum dia, quem sabe, a estrela dofutebol americano fale com seusfilhos a respeito de um rapaz queconheceu na escola. Crianas, diriaele, Maurice foi quem me ensinoumatemtica.

    A LIAHONA FEVEREIRO DE 200321

    7

    trouxessem uma ou duas latas dealgum produto enlatado comestvel

    para doar a uma entidade que coletaalimentos para os necessitados. Nofinal, conseguiram encher trs caixascom enlatados.

    Gostei desse projeto porque foidiferente, disse Maurice. Eu queriaque fosse algo significativo. Esperoque as pessoas nunca precisem usaraquele vdeo ou as impresses digi-tais no carto. No quero jamais quecheguem a esse ponto, mas algumas

    coisas so teis em caso de haveruma criana desaparecida.

    Uma Tradio Familiar

    Maurice tem 18 anos e far 19em novembro. Depois de terminaro ensino mdio, ter oportunidadede prestar servio por um perodomais longo e num trabalho que re-quer ainda mais responsabilidade.

    Maurice tem tido muita receptivi-dade dos colegas de classe quandofala do programa missionrio.Quando comentam a respeito daIgreja e surgem dvidas sobre aPalavra de Sabedoria e a naturezade uma misso, com Maurice queos alunos vm conversar. No CoralGables Senior High onde estuda,ele o nico santo dos ltimos dias.

    As pessoas na escola fazem per-

    guntas o tempo todo sobre a misso,

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    Meus amigos no conseguem entender por que cumpro a lei da castidade. O queposso dizer a eles para que compreendam os ensinamentos do Senhor a respeitodesse assunto to delicado?

    Perguntas respondidas guisa de orientao, no como pronunciamentos doutrinriosda Igreja.

    questionariam sua deciso de viveruma vida casta. Mas as crenas da

    RESPOSTA DEA LIAHONAH no muito tempo, pessoas

    de vrias culturas diferentes no

    sociedade mudaram to drastica-mente nos ltimos anos que a casti-dade antes do casamento e a

    fidelidade depois do casamento po-dem parecer incompreensveis paraalguns. Alm do mais, a castidade um assunto sagrado e pessoal e vocpode achar que se est deparandocom uma questo difcil.

    Mas no deixe que a presso so-cial ou o medo o impeam de discu-tir esse assunto com seus amigos. possvel que suas idias sejamexatamente o que eles procuram.Talvez voc possa ajud-los a enten-der que ser casto a melhor escolhaporque um mandamento de Deus,no uma mera restrio, e que ofe-rece uma grande liberdade, paz esegurana.

    Se voc procurar a orientao doSenhor, Ele o ajudar a encontrar ummeio adequado de compartilhar suasrazes de viver a lei da castidade.

    As palavras exatas que voc disserdependero do tipo de relaciona-mento que voc tem com seus ami-gos e a situao em que se encontrar.Uma resposta concisa como sou fe-liz, cumprindo essa lei; sei que as-sim que Deus quer que as pessoas

    vivam provavelmente ser o sufi-ciente em algumas circunstncias.Mas se estiver conversando com um

    22

    Como Posso Ajudar Meus Amigosa Entenderem a Lei da Castidade?

    Perguntas

    e Respostas

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    amigo ntimo, talvez voc queira falarsobre a sua viso de pureza sexual edas mensagens que se encontram no

    livretoPara o Vigor da Juventude.Seguem-se alguns pontos-chave

    que voc talvez queira discutir: A castidade ajuda-o a concentrar-

    se no que importante. A amizade, orespeito, a compreenso, a comuni-cao, a confiana, interesses comunse valores do evangelho so a base s-lida de um relacionamento. Colocaressas coisas em primeiro lugar per-mite que duas pessoas se conheam

    de maneira adequada e sintam-se vontade.

    Viver a lei da castidade propor-ciona mais confiana e auto-respeito.No ser casto abre a porta para rela-cionamentos em que seu fsico mais

    valorizado do que todas as outrasqualidades que voc possui. A casti-dade permite que os outros valorizemsua personalidade, talentos, carinho ebenevolncia.

    A castidade o mantm a salvo.Voc no somente est livre de con-trair doenas fsicas, como sua sadeespiritual tambm estar protegida.

    A castidade um mandamento.(Ver Glatas 5:1617, 1921.) A obe-dincia aos mandamentos traz felici-dade, paz e muitos outros benefcios.

    Viver uma vida casta mostra quevoc tem respeito pelo Pai Celestial. O

    poder de criar a vida algo pelo qualdevemos mostrar reverncia. Se vocquebrar a lei da castidade, estar zom-bando de um dom muito sagrado.

    Voc vive essa lei porque quer;castidade uma bno.

    A castidade faz com que seu fu-turo casamento seja forte. Quandoum casal casto, seu relacionamentopode ser de total confiana.

    RESPOSTAS DOS LEITORESUm dia, meus amigos comearam

    a dizer que castidade era coisa do pas-

    sado, que hoje ningum obedecemais a esse mandamento. Eu logodisse que obedecia a essa lei e conhe-cia muitas pessoas que faziam omesmo. Meus amigos riram e pergun-taram-me o que faria se fosse tentado.Contei-lhes a respeito de uma expe-rincia em que tive de dizer no.Quando ela se recusou a ouvir, fuiembora correndo. Depois disse-lhesque fomos criados imagem de Deus

    e que nosso corpo sagrado. Algunsmeses depois, um amigo que ouviu oque eu disse naquele dia foi batizado.

    Jean Fernando da Silva,

    20 anos,

    Segunda Ala de Planaltina,

    Estaca Braslia Brasil Norte

    Quando no consegui mudar a opi-nio dos meus amigos com palavras,tentei faz-lo com meu exemplo.Muitas vezes, tive que me recusar aparticipar de suas atividades. Emboraficasse sozinha, eu sabia que estava fa-zendo a coisa certa.

    Hoje, alguns de meus amigos tive-ram experincias desagradveis e al-guns esto comeando a viver esta leito importante.

    Linda Lpez Fierro, 16 anos,

    Ala Isidro Ayora,Estaca Guayaquil Equador

    Leste

    Podemos explicar que, para desfru-tar as bnos de Deus, precisamosda orientao e companhia constantedo Esprito Santo. Abstermo-nos derelaes sexuais antes do casamento e

    A LIAHONA FEVEREIRO DE 200323

    UM AVISO

    No princpio, havia entrens algum que se rebeloucontra o plano do Pai Celestial

    e jurou destru-lo.

    Privado de ter um corpo mortal,

    foi expulso, perdendo para sempre

    a oportunidade de estabelecer

    seu prprio reino. Tornou-sesatanicamente ciumento. Satans

    sabe que o poder de criao no

    um mero incidente, mas uma

    parte-chave do plano.

    Ele sabe que se tentar vocs a

    usar esse poder prematuramente,

    ou seja, a us-lo cedo demais,

    ou da maneira errada, vocs

    podem perder as oportunidades

    de progresso eterno.

    Presidente Boyd K. Packer,Presidente Interino do Qurum

    dos Doze Apstolos (Why Stay

    Morally Clean, Ensign, julho

    de 1972, p. 112)

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    permanecermos fiis ao nosso cn-juge depois do casamento so atitu-des essenciais para retermos a

    companhia do Esprito.Emeka Ofoegbu, 23 anos,

    Ramo Ugborikoko,

    Distrito Warri Nigria

    O Presidente David O. MacKay(18731970) ensinou que as mulhe-res devem ser rainhas de seu prpriocorpo. (A Liahona, julho de 1998, p.

    105) Se meu esprito sucumbir spresses do corpo fsico, perdereimeu auto-respeito. Se no sou capazde me respeitar, no posso amar aoPai Celestial com todo o meu corao,mente e fora e a meu prximo comoa mim mesma. Somente quando meuesprito governa meu corpo para queseja moralmente limpo que possoser rainha desse corpo.

    Anne Soininen, 20 anos,

    Ramo Joensuu,

    Distrito Kuopio Finlndia

    Tento no fazer julgamentos, masdeixo claro a meus amigos de que noh nada mais importante para mim doque ser uma mulher virtuosa.

    Ama Dapaah, 23 anos,

    Ramo Ola University,Estaca Cape Coast Gana

    Se surgem perguntas, falo a res-peito dos Dez Mandamentos. Explicotambm que a imoralidade sexual vemlogo depois do assassinato em termosde gravidade. (Ver Alma 39:5.) Meus

    amigos sempre se surpreendem, masexplico que o Senhor nos d manda-mentos para a nossa felicidade e que o

    obediente recebe as bnos.Irina Kutsenko, 19 anos,

    Ramo Voronezh

    Levoberezhny,

    Misso Rssia Moscou Sul

    Podemos ser um exemplo man-tendo limpos nossos pensamentose aes, vestindo-nos com recato eusando uma linguagem adequada.

    Podemos ensinar s outras pessoasque ter uma vida limpa permitir quenos apresentemos diante de Deussem culpa no ltimo dia.

    lder Tagiapea Magalo,

    27 anos,

    Misso Samoa Apia

    Antes de minha misso, meus ami-gos tiveram muitas conversas sobrecomo quebrar essa lei. Quase nuncaconversavam sobre como fugir do pe-cado. Mas eu aprendi que podemosensinar os outros que nossos pensa-mentos devem ser puros para quenossas aes sejam puras. O Senhornos dar as palavras que precisarmospara dizer essas coisas.

    lder Otto E. Visoni O.,

    20 anos,Misso Honduras

    San Pedro Sula

    O Apstolo Paulo disse: No sabeisvs que sois o templo de Deus e que oEsprito de Deus habita em vs? (. . .)Porque o templo de Deus, que sois vs, santo. (I Corntios 3:1617) Nosso

    corpo no nos pertence. Devemos cui-dar bem dele vivendo a lei da castidade.

    Tahia Mou-Fa, 16 anos,

    Ala Uturoa,Estaca Raromatai Taiti

    Tento falar coisas positivas a res-peito da castidade. Converso sobre osconselhos dados pelos pais e lderesda Igreja e tambm sobre as escriturasque ensinam a respeito dessa lei.

    Makeleta Fonua, 18 anos,

    Segunda Ala de Matahau,Estaca Nukualofa Tonga

    Haakame

    Ajude a seo Perguntas e Res-postas respondendo perguntaabaixo. Envie sua contribuio demodo a chegar ao destino antes de1 de maro de 2003. Escreva paraQuestions and Answers 03/03,Liahona,Floor 24, 50 East North Temple Street,Salt lake City, UT 841503223, USA

    ou mande e-mail para [email protected]

    ou escreva legivelmente em seu pr-prio idioma. No deixe de colocarseu nome completo, endereo, ala eestaca (ou ramo e distrito). Envietambm uma fotografia sua, que

    no ser devolvida. Publicaremos

    uma seleo de respostas que repre-sente todas as recebidas.

    PERGUNTA: Meu pai muito ocu-pado. Com a escola, os amigos e asatividades da Igreja eu tambm nofico muito em casa. O que posso fazerpara ficar mais perto do meu pai edesfrutar de um bom relacionamentocom ele se mal nos vemos?

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    A LIAHONA FEVEREIRO DE 200325

    Preparai Todas asCoisas Necessrias

    M E N S A G E M D A S P R O F E S S O R A S V I S I T A N T E S

    coisas. O que necessrio o que

    realmente necessrio mantersua ateno voltada para meu Filho.

    Pareceu-me que Ele disse: Aprendede mim e ouve minhas palavras; andana mansido de meu Esprito e terspaz em mim. (D&C 19:23) (But OneThing Is Truly Needful, Tambuli,maro de 1988, p. 35)

    Como podemos evitar as distraes

    e preparar a ns mesmas e nossa

    famlia?lder Richard G. Scott, do Qurum

    dos Doze Apstolos: Em alguns lo-cais que so sagrados e santos, parecemais fcil discernir a orientao doEsprito Santo. O templo tal lugar.Encontre um local tranqilo e silen-cioso onde periodicamente vocpossa ponderar e permita que oSenhor estabelea a direo de sua

    vida. Cada um de ns precisa, de tem-pos em tempos, avaliar nossa situaoe verificar se estamos no rumo certo.Muito em breve poder beneficiar-seao fazer a seguinte auto-avaliao:

    Quais so minhas maiores priori-dades a serem alcanadas aqui naTerra?

    Como uso meu tempo livre?Aplico consistentemente parte dele aminhas prioridades mais elevadas?

    Existe algo que sei que eu no de-veria estar fazendo? Se esse for o caso,vou arrepender-me e parar agora.

    Em um momento tranqilo anotesuas respostas. Analise-as e faa osajustes necessrios.

    Coloque o que for mais impor-tante em primeiro lugar. (FirstThings First,A Liahona, julho de2001, p. 9)

    Em esprito de orao leia amensagem a seguir e escolha

    as escrituras e ensinamentosque melhor atendam s necessidadesdas irms que voc visita. Fale de suasexperincias e de seu testemunho e in-

    centive as irms a fazerem o mesmo.

    D&C 88:119: Durante a constru-o do Templo de Kirtland, o Senhordeu alguns conselhos aos santos quetambm se aplicam edificao deuma vida reta e famlias justas nosdias atuais: Preparai todas as coisasnecessrias.

    Como determinamos o que

    necessrio, ou o que da mais

    alta prioridade, em nossa prepara-

    o pessoal e familiar?

    lder Dallin H. Oaks, do Qurum

    dos Doze Apstolos:

    Jesus ensinou a res-peito de prioridadesquando disse: No

    busqueis as coisas deste mundo, masprocurai primeiro edificar o reino deDeus e estabelecer sua justia e todasessas coisas vos sero acrescentadas.(JST Mat. 6:38; Mat. 6:33, nota de ro-dapa) Procurai primeiro edificar o

    reino de Deus significa colocar Deuse Sua obra como prioridade principal.O trabalho de Deus levar a efeito a

    vida eterna de Seus filhos (ver Moiss1:39), bem como tudo o que isso im-plica com respeito ao nascimento,criao, ensino e selamento dos filhosde nosso Pai Celestial. Tudo o maistem menor prioridade. (A Liahona,julho de 2001, p. 101)

    Patricia T. Holland, ex-primeira

    conselheira na presidncia geral das

    Moas: Numa linda e ensolarada ma-nh, sentei-me para olhar o Mar daGalilia. Abri minha Bblia em Lucasonde se encontra o relato sobreMarta, uma mulher como eu dis-trada em muitos servios. Mas em

    vez das palavras que estavam impres-sas na pgina minha frente, imagineiem minha mente e ouvi com meu co-

    rao as seguintes palavras: Pat, Pat,ests ansiosa e afadigada com muitascoisas. Depois, o poder da revelaopessoal pura tomou conta de mim aoler mas uma s [apenas uma] ne-cessria. (Ver Lucas 10:3842.)

    De Esprito para esprito, pareciaque nosso amoroso Pai Celestial es-tava sussurrando a mim: Voc notem que se preocupar com tantas

    ILUSTRAO

    DEJULIE

    ANNALLEN

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    L D E R C E C I L O . S A M U E L S O N J R .Da Presidncia dos Setenta

    OSalvador deseja que todos ns te-nhamos a Sua paz. Ele disse: Deixo-

    vos a paz, a minha paz vos dou. (. . .)No se turbe o vosso corao, nem se ate-morize. (Joo 14:27) Nesta poca difcil, umhino bem conhecido assegura-nos:

    Doce a paz que o evangelho traz

    queles que a verdade procuram.Com sua luz brilhante, a paz e a verdade

    A viso dos homens iluminam.1

    Podemos ter muito com que nos preocu-par e ter razes de sobra para isso. Contudo,como observou o Presidente Spencer W.Kimball (18951985), a paz do Salvador e adoutrina do perdo esto inseparavelmenteligados. A essncia (. . .) do perdo queproporciona paz alma anteriormente an-

    gustiada, intranqila, frustrada e aflita.2

    Lucas registra um episdio da vida doSalvador que demonstra o tipo de paz que oSenhor nos concede quando recebemos Seuperdo. (Ver Lucas 7:3650.) Jesus foi convi-dado para jantar na casa de Simo, o fariseu.Uma mulher, tida como pecadora, sabendoque Jesus estava na casa do fariseu, levouungento. Enquanto Jesus descansava incli-nado num sof com os ps para fora da

    mesa, a mulher aproximou-se por trs, cho-rando e lavando-lhe os ps com suas lgri-mas. Com os cabelos enxugou-lhe os ps,beijou-os e ungiu-os cuidadosamente comungento. O anfitrio censurou o fato de

    Jesus ter aceitado tal demonstrao de bon-dade da pecadora. Jesus, percebeu seus pen-samentos e deu-lhe como corretivo uma deSuas mais comoventes lies sobre a dou-trina do perdo.

    Ele contou a histria de um credor que ti-nha dois devedores. Um devia-lhe dez vezesmais do que o outro. Nenhum deles tinhacondies de pagar-lhe o dbito; por isso, ocredor gentilmente perdoou a ambos. Dize,pois, perguntou o Salvador, qual delesamar mais [o credor]? (Lucas 7:42) Simorespondeu corretamente que o devedor quemais devia provavelmente o amaria mais.

    Jesus ento comparou a falta de cuidado

    e hospitalidade de Simo com a atitude damulher. O Mestre queria que Simo visse a simesmo na histria como o devedor que de-

    via menos e a mulher como o devedor quedevia mais. Jesus reforou esse ponto, di-zendo: Por isso te digo que os seus muitospecados lhe so perdoados, porque muitoamou, mas aquele a quem pouco per-doado pouco ama. (Lucas 7:47)

    Em seguida, Jesus voltou a ateno para a

    PALAVRAS

    DE

    JESUS

    Nossa compreenso de

    que temos uma grande

    dvida para com nosso

    Rei Celestial abre a

    porta para os dons do

    arrependimento e do

    perdo.

    Soltai, e soltar-vos-o. (Lucas 6:37)

    PerdoPerdo

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    mulher. Olhando-a nos olhos, concedeu-lhepaz, dizendo: Os teus pecados te so per-doados. (. . .) A tua f te salvou; vai-te empaz. (Lucas 7:48, 50)

    No sabemos quais eram as transgressesda mulher, mas podemos imaginar a gratido,a alegria e a paz que ela deve ter sentido na-quele momento.

    Paz em Cristo

    Devemos olhar para o Salvador, no para asabedoria do mundo, para buscar paz e per-do. Vocs talvez se lembrem da histria dohomem que era paraltico. (Ver Mateus 9:18;Marcos 2:112; Lucas 5:1726.)

    O Salvador estava em Cafarnaum, ensi-nando numa casa lotada de pessoas e muitastiveram que ficar do lado de fora. Quatro ho-mens vieram trazendo um amigo paralticodeitado numa maca, esperando que Jesus o

    curasse. Como a porta estava congestionada,os homens o carregaram at o telhado, abri-ram um buraco e cuidadosamente baixaram amaca onde jazia o paraltico dentro da salaonde Jesus estava. Jesus no ficou irritadocom essa interrupo, mas foi tocado porsua f. Na frente de todos, em alta voz, Jesusdisse ao doente: Filho, tem bom nimo,perdoados te so os teus pecados (Mateus9:2) e advertiu-lhe para que no pecasse

    mais. (Ver a traduo de Joseph Smith,Mateus 9:2.)Como o homem continuasse deitado

    sobre a cama, alguns dos escribas e fariseuspensaram que Jesus cometera o pecadoda blasfmia. (Ver o Guia para Estudo das

    Escrituras, Blasfmia, p. 31.) Ele confron-tou a atitude de descrena desses homens,perguntando-lhes o que exigia mais poder:perdoar pecados ou curar os doentes. (Ver a

    A LIAHONA FEVEREIRO DE 200327

    Jesus ensinouuma de Suaslies mais

    comoventes sobreo perdo quando

    disse: Por isso tedigo que os seusmuitos pecadoslhe so perdoados,

    porque muito amou,

    mas aquele a quempouco perdoadopouco ama.

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    traduo de Joseph Smith, Lucas 5:23.) O Salvador disseisso para que Seus ouvintes [soubessem] que o Filho dohomem tem na terra autoridade para perdoar pecados.(Mateus 9:6; ver a Traduo de Joseph Smith, Mateus 9:6.)

    Jesus ento voltou-se para o paraltico e declarou:Levanta-te, toma o teu leito, e vai para tua casa. (Marcos2:11) Imediatamente o homem levantou-se e fez como oSenhor ordenara. Os murmuradores e crticos no tiveramnada a dizer do bvio milagre e sua implicao clara: que

    Jesus tem poder para perdoar pecados e que sentimosbom nimo ou paz ao sabermos que Ele realmente

    perdoou nossas faltas.

    Perdoar os Outros

    Quando o Mestre ensinou a Seus discpulos o que fazerquando se sentissem ofendidos ou como agir se algum pe-casse contra eles, pareceu-lhes uma nova doutrina. Se teuirmo pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele s; sete ouvir, ganhaste a teu irmo. (Mateus 18:15) As palavrasdo Salvador a respeito de perdoar os outros exigiu umajuste significativo de atitude. Eles foram educados com oconceito olho por olho, dente por dente (Mateus 5:38;

    ver Levtico 24:20.) Pedro, querendo ter certeza de que ha-via entendido o significado do ensinamento, perguntou:Senhor, at quantas vezes pecar meu irmo contramim, e eu lhe perdoarei? At sete? (Mateus 18:21)Provavelmente Pedro conhecia os requisitos rabnicos deque o ofensor faz a primeira tentativa de resolver a ofensa eque a pessoa ofendida perdoa apenas duas ou trs vezes.3

    Jesus respondeu com clareza: No te digo que at sete;mas, at setenta vezes sete (Mateus 18:22). Em outras pala-

    vras, no deve haver restries, sejam elas numricas ou

    de outra natureza, no que tange ao perdo que concede-mos aos outros.O Salvador contou depois uma parbola a Seus discpu-

    los para que eles pudessem assimilar melhor, lembrar-se eaplicar a lio de que devemos perdoar a todas as pessoas.(Ver Mateus 18:2332.) Ele descreveu um rei que queriaacertar as contas com seus servos que lhe deviam di-nheiro. O primeiro devia-lhe 10.000 talentos, o que prova-

    velmente poderia ser equivalente a milhes de dlaresamericanos de hoje. O servo no tinha condies de pagar

    a dvida; por isso, o rei mandou que o servo e sua famliafossem vendidos como escravos. O servo desesperado pe-diu tempo e pacincia, prometendo que pagaria tudo.Tocado por sua sinceridade, o rei sentiu compaixo peloservo e perdoou sua enorme dvida. O servo, por sua vez,prostrou-se diante do rei e o reverenciou.

    Esse mesmo servo, que acabara de receber o maravi-lhoso ato de misericrdia do rei e seu perdo, saiu imedia-tamente a procura de um companheiro que lhe devia 100dinheiros, provavelmente o equivalente a alguns poucosdlares. Com brutalidade, exigiu pagamento imediato da

    dvida. Quando o outro servo pediu-lhe tempo e pacincia,o primeiro no quis estender a este o que recebera gene-rosamente do rei, e fez com que o devedor fosse colocadona priso at poder pagar sua dvida. Esse ato de insensibi-lidade foi visto por outros servos que com propriedade re-lataram ao rei o ocorrido. Indignado, o seu senhor oentregou aos atormentadores, at que pagasse tudo o quedevia. Jesus depois concluiu com o seguinte comentrio:Assim vos far, tambm, meu Pai Celestial, se do coraono perdoardes, cada um a seu irmo, as suas ofensas.(Mateus 18:3435)

    Aqueles que desejam ser considerados discpulos doMestre devem entender que ns, como o primeiro servo,temos uma grande dvida para com o nosso Rei Celestialpelos muitos dons que recebemos Dele. Essa compreen-so abre a porta para os dons do arrependimento e nossoprprio perdo. A reteno desses dons depende do per-do sincero que concedemos queles que nos ofendem. OSalvador disse: Bem-aventurados os misericordiosos, por-que eles alcanaro misericrdia (Mateus 5:7) e com ojuzo com que julgardes sereis julgados. (Mateus 7:2)

    No entanto, perdoar os outros no significa necessaria-mente que iremos endossar ou aprovar o comportamentoou a transgresso. Na verdade, h muitas aes e atitudesque merecem franca condenao, porm, mesmo nessescasos, devemos perdoar completamente o ofensor.Perdoando, seremos perdoados. (Ver Lucas 6:37.)

    Todos os Pecados, Exceto Um

    O Salvador foi muito claro quando disse que, sob condi-o de arrependimento, todos os pecados podem ser

    28

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    perdoados por intermdio de Seu sagradosacrifcio expiatrio, exceto o que Ele chamade blasfmia contra o Esprito Santo.(Mateus 12:31; ver tambm Marcos 3:2829.)O Profeta Joseph Smith ensinou a respeitodesse assunto: Jesus salvar a todos, excetoos filhos da perdio. O que deve fazer ohomem para cometer o pecado imperdovel?Tem que receber o Esprito Santo, ter os cusabertos a ele e conhecer Deus, e depoispecar contra Ele.4

    Assim sendo, o Redentor nos garanteclaramente que todos os pecados seroperdoados (Marcos 3:28) se nos arrepender-mos, pois a misso do Salvador foi pregar oarrependimento. (Ver a traduo de JosephSmith, Marcos 3:22; ver tambm Mosias26:2930.)

    O Dom do Perdo

    O Salvador ensinou a Seus discpulos emduas ocasies distintas que eles deveriamorar para obter o perdo de Deus para seuspecados ou dvidas. Devemos tambm de-monstrar a sinceridade de nossas oraes,perdoando queles que nos ofendem. Elemostrou-lhes como orar dizendo: Perdoa-nos as nossas dvidas [ofensas], assim comons perdoamos aos nossos devedores [aque-les que nos ofenderam] (Mateus 6:12) eperdoa-nos os nossos pecados, pois tambmns perdoamos a qualquer que nos deve.

    (Lucas 11:4) Implcito nesse ensinamentoexiste uma ligao direta entre pedir perdoe nossos esforos em nos arrepender de to-dos os nossos pecados.

    Na tentativa de perdoar e receber perdo,devemos reconhecer que, no obstante qual-quer restituio que sejamos capazes de fazerou receber, nosso empenho e o dos outrosso lamentavelmente insuficientes para satis-fazer as exigncias da justia eterna. Como

    ento podemos alcanar o verdadeiro per-do? Paulo, falando aos Efsios, escreveu queem Cristo temos a redeno pelo seu san-gue, a remisso das ofensas, segundo asriquezas da sua graa. (Efsios 1:7)

    As bnos que emanam do dom de per-doar so inmeras. A principal delas a paz.O Salvador deseja que cada um de ns tenhaessa paz. Ele disse: Deixo-vos a paz, a minhapaz vos dou. (. . .) No se turbe o vosso cora-o, nem se atemorize. (Joo 14:27) O per-

    do que oferecemos aos outros e o perdoque recebemos de Jesus Cristo levam-nos aEle e ao caminho que conduz vida eterna.

    NOTAS1.Hymns, n 14, Sweet is the Peace the Gospel

    Brings.2. O Milagre do Perdo, 1969, Reimpresso em 1999,

    p. 363.3. Ver James E. Talmage,Jesus, o Cristo, (1964),

    pp. 378382.4.Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, sel. Joseph

    Fielding Smith (1976), p. 349.

    A LIAHONA FEVEREIRO DE 200329

    Quando os

    amigos dohomem

    paraltico baixarama maca onde elejazia deitado dentroda sala onde Jesusestava, o Salvadorensinou aos Seusouvintes que Eletinha poder para

    perdoar pecadose audaciosamentedeclarou: Tem bomnimo, perdoadoste so os teus

    pecados.

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    por fios formando um grande crculo. Os fei-xes eram colocados no cho do lado de forae ao redor do crculo. Os cavalos vinham ecorriam em torno do crculo, pisando nosfeixes, fazendo as espigas desprenderem-sedos caules expelindo as sementes. Depois,os trabalhadores vinham com suas ferramen-tas para debulhar os cereais, separando osgros da palha. Depois de terminaremseu trabalho, eles cantavam, danavam e

    30

    A Parbola da

    L D E R W I L F R E D O R . L P E ZSetenta-Autoridade de rea

    Meu av era fazendeiro. Quando euera bem jovem, costumava ir traba-lhar com ele na poca do plantio.

    Eu adorava v-lo juntar os animais, empare-lh-los e colocar neles o arado para fazer otrabalho. Onde iremos plantar hoje? Euperguntava. L na frente, respondia ele.Ele sabia bem onde havia solo frtil.

    Eu adorava o cheiro mido que exalavada terra quando a ponta do arado a abria.Enquanto meu av preparava os sulcos, eu

    enterrava as sementes. Este solo frtil,dizia ele. Posteriormente retornvamos aocampo para vermos surgirem os primeirosbrotos verdes. Logo os rebentos se transfor-mavam em caules, e depois apareciam osgros. As plantas continuavam a crescer atatingirem a maturidade.

    Na poca da colheita, os trabalhadorescortavam os feixes e levavam-nos ao local dedebulha, que consistia de varas amarradas

    que Cresceem Segredo

    Semente

    Na parbola do

    Salvador, o semeador

    planta com f e colhe

    com alegria.

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    A LIAHONA FEVEREIRO DE 200331

    A Parbola do SalvadorDurante o ministrio de Jesus na Galilia, umagrande multido reuniu-se junto ao mar para ouvi- Lopregar. Ele falou-lhes de um semeador que plantousementes em diferentes tipos de solo pedregoso,espinhoso e frtil e colheu diferentes quantidadesde frutos.

    Ele ensinou-lhes ento outra parbola, registrada so-mente no testemunho de Marcos, que baseia-se nas causaspelas quais uma planta cresce. Ele disse:

    desfrutavam da tradicional refeio de cordeiro assado. Erauma linda celebrao rstica. Os gros eram armazenadosem sacas e mais tarde processados para transformarem-seem uma variedade de produtos teis.

    Entretanto, a despeito de tudo o que fazamos do plan-tio colheita, o sucesso do processo como um todo ba-seava-se fundamentalmente na riqueza do solo, no tempoe em outras condies que fugiam ao nosso controle. Semessas condies, as sementes no germinariam e nohaveria colheita.

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    O reino de Deus assim como se um homem lanassesemente terra.

    E dormisse, e se levantasse de noite ou de dia, e a se-mente (. . .) crescesse, no sabendo ele como.

    Porque a terra por si mesma frutifica, primeiroa erva, depois a espiga, por ltimo o grocheio na espiga.

    E, quando j o fruto se mostra, mete-se-lhe logo a foice, porque est chegadaa ceifa. (Marcos 4::2629)

    Nesta parbola, o semeador plantacom f e colhe com alegria. Uma vezfeito o plantio, ele simplesmente acordaum dia e descobre que suas sementes cres-ceram e amadureceram. Ele descobre que,sob a influncia da riqueza do solo, do sol, dachuva, do vento e do orvalho, bem como deoutros fatores que no pode manipular, a folhabrota e forma-se a espiga.1

    Crescimento Espiritual

    Uma importante lio dessa parbola dadaqueles de ns que so professores, seja no larou nas classes da Igreja, ou aos que esto envol-

    vidos na obra missionria. A germinao e opleno florescimento das sementes do evange-lho vivo no corao e na mente daqueles a quem ensina-mos depende de fatores sobre os quais talvez no

    tenhamos controle. A escolha sobre se uma pessoa ir pon-derar e aceitar as verdades do evangelho pertence, poruma questo de arbtrio pessoal, queles a quem ensina-mos. Se o testemunho de uma pessoa deve crescer atmostrar o fruto maduro, ou a converso, Deus deve ser afora original que subjaz a nossa colheita. Sob a influnciado Esprito Santo, podemos participar na educao daque-les que esto crescendo e se tornando frutferos. Ns,como semeadores autorizados, precisamos entender econfiar que o evangelho restaurado de Jesus Cristo uma

    semente viva e que se o ensinarmos, a graa de Deus estarcom aqueles a quem ensinarmos, medida que crescerem,amadurecerem espiritualmente e realizarem boas obras.Nossa alegria ento ser completa no dia da colheita.

    Quando eu era lder de misso, na Ala Indepen-dncia, em Santiago, no Chile, concentramo-

    nos em fazer com que os novos conversos

    permitissem a influncia do Esprito emsua vida. Daquela poca, daquela ala, sa-ram alguns dos grandes lderes do sacer-dcio do Chile: sete presidentes de

    estaca, dois presidentes de misso, doisrepresentantes regionais, um membro da

    presidncia de um templo e vrios bispos.Por que a colheita teve tanto sucesso?

    Porque foi o resultado da fecundidade do solo,e o resultado da ajuda de Deus. Portanto, aalegria que sinto advm do conhecimento deque a terra por si mesma frutifica. (Marcos4:28) Um dos meus hinos prediletos lembra-nos que quando plantamos para o Mestre, notrabalhamos sozinhos. Na verdade, quandobuscamos semear sementes preciosas do evan-gelho verdadeiro, podemos ter a segurana deque receberemos ajuda divina:

    Nossas faltas tu conheces,Foras d-nos pra semear;Anjos guardem nossos campos

    Para a planta germinar.E os frutos dessa searaCrescem cheios de vigor.Frutos so da vida eternaQue semeamos com amor.2

    O lder Wilfredo R. Lpez Setenta-Autoridade de rea e serve narea Chile.

    NOTAS1. Ver James E. Talmage,Jesus, o Cristo, 3 ed. (1916), p. 289.2. Semeando,Hinos, n 165.

    O

    evangelhorestaurado

    de JesusCristo uma

    semente viva ese o ensinarmos,a graa de Deusestar com aqueles

    a quem ensinarmos.

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    MANTENHA-SE

    LIVRE

    SE VOC NO TOMARCUIDADO, O MUNDO IR

    VENDER-LHE COISAS AT POSSU-LO.(Ver Mateus 6:1921.)

    MANTENHA-SE

    LIVRE

    A LIAHONA FEVEREIRO DE 200333

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    Acordar s 4h30 da manh para ir ao Seminrio?Eu nem era membro da Igreja. Mesmo assim,eu no tinha nada a perder e muito a ganhar.

    om o

    seminrio, a

    leitura e a

    compreensodo Livro de Mrmon

    tornou-se mais fcil.

    Em pouco tempo,

    recebi meu prprio

    testemunho da

    veracidade do livro.

    FOTOGRAFIA DE CHRISTINA SMITH

    I S A A C K O F I M O R R I S O N

    uando eu tinha 17 anos, fui morarcom minha tia e meu tio, que esta-vam custeando minha educao.Ao chegar a sua casa em Sekondi,

    Gana, imediatamente observei coisas inco-muns sobre sua famlia. Eles faziam oraojuntos pela manh e noite e realizavam reu-nies familiares nas noites de segunda-feira,e isso parecia fazer com que cada membroda famlia se sentisse amado e apreciado.Muito embora eu fosse um membro ativode outra f, interessei-me em saber maissobre sua crena.

    Quando perguntei ao tio Sarfo sobre aIgreja, ele explicou muitos dos ensinamentosda Igreja. Acreditei em alguns, outros noentendi.

    Meu tio ento pediu aos mis-

    sionrios que me ensinas-sem as palestras,e eu recebitodas asseis lies.Contudo,

    QQquando os missio-nrios me desafia-ram para o batismo,recusei porque nopossua um testemunhodo Livro de Mrmon.

    Achava difcil l-lo eentend-lo.

    Para agradar a tiaEvelyn e o tio Sarfo,eu j vinha freqen-tando as reunies sa-cramentais. Agora eles

    CCHORA

    DEDHORADED

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    A LIAHONA FEVEREIRO DE 200335

    me encorajavam a matricular-me no curso doseminrio, cujas aulas comeariam

    dentro de duas semanas, demanh bem cedo.

    Pular da cama s 4h30no era fcil para mim, mas

    o professor do seminrio,Solomon Agbo, conversoucomigo, incentivou-me air s aulas e parecia j se

    importar comigo. Decidi irao seminrio, e uma veztomada a deciso, resolvino faltar nem mesmoum s dia. O curso de es-tudo era sobre o Livro deMrmon, e eu queria verse conseguiria adquirirum testemunho desselivro.

    Quando comecei a estu-dar o Livro de Mrmon para

    as lies do seminrio, experimentei os sentimentos queo lder Parley P. Pratt (18071857), do Qurum dos Doze

    Apstolos, descreveu ao descobrir o Livro de Mrmon.Abri-o ansioso e li a folha de rosto, escreveu ele. Li o

    testemunho de algumas testemunhas em relao ma-neira como foi encontrado e traduzido. Depois disso,comecei a ler o contedo pela seqncia. Lia todos osdias; comer era um sacrifcio, no tinha vontade de comer;quando chegava a noite, dormir era um sacrifcio, pois eupreferia ficar lendo a dormir. [Autobiography of Parley P.

    Pratt(1985), p. 18] medida que lia, o Esprito do Senhor prestava teste-

    munho de que o Livro de Mrmon verdadeiramente ou-tro testamento de Jesus Cristo. Com o seminrio, a leiturado Livro de Mrmon tornou-se muito mais fcil. Sempreque havia alguma dificuldade de acompanhamento, meuprofessor ajudava-me a entender. Recebi o testemunhode que o Livro de Mrmon o mais correto de todosos livros da Terra, (. . .) e que seguindo seus preceitos ohomem se [aproximar] mais de Deus do que seguindoos de qualquer outro livro. [Ver Joseph Smith,

    Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, sel. JosephFielding Smith (1976), p. 189]

    Fui batizado no dia 5 de maro de1995. Tinha 21 anos na poca em que

    fui chamado como professor do semi-nrio. Assim ajudei outros a conhecerema divindade e a veracidade do livro quedesafiou minha vida.

    Isaac Kofi Morrison missionrio de tempointegral na Misso Nigria Uyo.

    ESPERTARESPERTAR

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    Older Talmage serviu como Apstolodurante 22 anos e escreveu doislivros para a Igreja que so muito

    usados hoje: Jesus, o Cristo e As Regras deF. Em janeiro de 1914, o lder Talmagecomeou a publicar tambm uma sriede parbolas tiradas de sua prpria expe-rincia pessoal que ensinam princpios

    do evangelho. Seguem-se trs de suas me-lhores parbolas.

    A Parbola da Abelha Insensata

    s vezes, preciso trabalhar em um lugarsilencioso e reservado, mas isso nem sempre possvel no escritrio ou em meu estdioem casa. Meu retiro preferido fica numa dastorres do Templo de Salt Lake, bem longe dobarulho e confuso das ruas da cidade. A sala de difcil acesso e relativamente livre da in-truso de pessoas. Nesse local passei muitosmomentos tranqilos e muitas horas ocu-

    pado com livros e caneta.No entanto, nem sempre deixo de rece-ber visitantes, especialmente no vero, poisquando as janelas ficam abertas, insetos voa-dores entram ocasionalmente no local. Essascriaturas que se autoconvidam a entrar nasala no so bem-vindas. No raras vezes, lar-guei a caneta e, esquecendo-me do trabalho,parei para observar com interesse as atividadesdesses visitantes alados, convencido de que

    o tempo despendido no fora em vo, poisno verdade que at uma borboleta, umbesouro ou uma abelha podem dar lies aum aluno receptivo?

    Certa vez, uma abelha selvagem das mon-tanhas da redondeza voou para dentro dasala e, mais ou menos a cada intervalo deuma hora ou mais, ouvia-se o agradvel zum-bido de seu vo. A pequena criatura perce-beu que era prisioneira, j que todos osesforos para encontrar a sada pela janelaparcialmente aberta haviam falhado. Quandoeu estava pronto para ir embora, abri mais ajanela e tentei primeiro guiar, depois forara abelha a ganhar sua liberdade e segurana,sabendo que, se ela ficasse na sala morreriacomo outros insetos que caram nessa arma-dilha e no sobreviveram atmosfera secado lugar. Quanto mais eu tentava for-la asair, com mais determinao ela se opunha eresistia aos meus esforos. O zumbido suave

    de antes se transformou num barulho enrai-vecido, seu vo frentico passou a ser hostile ameaador.

    Depois, num momento de distrao mi-nha, picou-me a mo aquela que a teriaconduzido liberdade. Finalmente pousounum ornamento do teto, fora do meu al-cance para ajudar ou prejudicar. A dor agudada picada raivosa causou-me mais pena doque fria. Eu sabia qual seria a inevitvel

    36

    Trs histrias da vida

    pessoal de James E.

    Talmage ensina-nos a

    confiar na perspectiva

    do Senhor.

    Trs

    ParbolasA Abelha Insensata, O Expresso Corujoe As Duas Lmpadas L D E R J A M E S E . T A L M A G E ( 1 8 6 2 1 9 3 3 )Do Qurum dos Doze Apstolos

    C L S S I C O S D O E V A N G E L H O

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    penalidade para sua errnea oposio e rebeldia e tive que

    deixar a criatura entregue a seu destino. Trs dias depois,voltei quela sala e encontrei o corpo seco e sem vida daabelha sobre a mesa de escrever. Ela pagou com a vidapela sua teimosia.

    Na viso tacanha da abelha e devido sua m com-preenso e egosmo eu fui um adversrio, um perseguidorpersistente, um inimigo mortal obcecado por sua destrui-o, quando na verdade eu era um amigo, oferecendo-lheum meio de resgatar a vida que ela colocara em perigo de-

    vido a seu prprio erro, tentando redimi-la da priso damorte, mesmo diante de sua resistncia, e restaur-la para

    o ar da liberdade que reinava l fora.Ser que somos to mais sbios que a abelha? H alguma

    analogia entre seu curso insensato e nossa vida? Somos

    propensos a contender com a adversidade, s vezes atcom veemncia e fria, quando no final ela pode ser a ma-nifestao da sabedoria divina e do cuidado amoroso denosso Pai, interferindo em nosso conforto temporrio emprol de uma bno permanente. Nas tribulaes e sofri-mentos da mortalidade, existe um ministrio divino queapenas a alma afastada de Deus no consegue entender.Para muitos, a perda das riquezas tem sido uma bno,um meio providencial de afast-los dos confins da auto-indulgncia e gui-los liberdade, onde ilimitadas oportu-nidades esperam aqueles que lutam por ela. A decepo,

    a tristeza e as aflies podem ser a manifestao dabondade sbia do Pai Celestial.

    A LIAHONA FEVEREIRO DE 200337

    Na viso tacanhada abelha edevido sua m

    compreenso e egosmoeu fui um adversrio;

    quando na verdade euera um amigo, ofere-cendo-lhe um meio deresgatar a vida que elacolocara em perigo.

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    Pensem na lio da abelha insensata!

    Confia no Senhor de todo o teu corao, e no te estri-bes no teu prprio entendimento. Reconhece-o em todosos teus caminhos, e ele endireitar as tuas veredas.(Provrbios 3:56)

    A Parbola do Expresso Corujo

    Na minha poca de faculdade, fui um dos alunos desig-nados a fazer trabalho de campo como parte de nossocurso de geologia a cincia que lida com a Terra e seus

    variados aspectos e fases, porm mais particularmentecom seus componentes rochosos, com as caractersticas

    estruturais que apresentam, as mudanas que sofreram e

    sofrem atualmente a cincia dos mundos.Uma certa designao fez com que nos demorssemos

    muitos dias no campo. Tnhamos atravessado, examinadoe mapeado muitos quilmetros de terras baixas e altas, va-les e morros, montanhas e desfiladeiros. Aproximando-se adata marcada para terminarmos nossas pesquisas, fomosapanhados por ventos fortssimos e, em seguida, por umanevasca fora da estao e inesperada, que no entanto foiau