02. a formação profissional no século xxi - desafios e dilemas.doc

14
MATERIAL DE AULA ENCONTRO 1 A formação profissional no século XXI: desafios e dilemas Edna Lúcia da SilvaI; Miriam Vieira da CunhaII - IDoutora em Ciência da Informação, UFRJ- Eco/CNPQ-Ibict. Professora do Departamento de Ciência da Informação. Centro de Ciências da Educação. Universidade Federal de Santa Catarina IIDoutora em Ciência da Informação – CNAM, Paris. Professora do Departamento de Ciência da Informação. Centro de Ciências da Educação. Universidade Federal de Santa Catarina INTRODUÇÃO A chegada do século XXI vem marcada com algumas características: o mundo globalizado e a emergência de uma nova sociedade que se convencionou chamar de sociedade do conhecimento. Tal cenário traz inúmeras transformações em todos os setores da vida humana. O progresso tecnológico é evidente, e a importância dada à informação é incontestável. O progresso tecnológico atua, principalmente, como facilitador no processo comunicacional. Agora é possível processar, armazenar, recuperar e comunicar informação em qualquer formato, sem interferência de fatores como distância, tempo ou volume. Para González de Gómez1, "trata-se de uma revolução que agrega novas capacidades à inteligência humana e muda o modo de trabalharmos juntos e vivermos juntos". O mundo globalizado da sociedade do conhecimento trouxe mudanças significativas ao mundo do trabalho. O conceito de emprego está sendo substituído pelo de trabalho. A atividade produtiva passa a depender de conhecimentos, e o trabalhador deverá ser um sujeito criativo, crítico e pensante, preparado para agir e se adaptar rapidamente às mudanças dessa nova sociedade. O diploma passa a não significar necessariamente uma garantia de emprego. A empregabilidade está relacionada à qualificação pessoal; as competências técnicas deverão estar associadas à capacidade de decisão, de adaptação a novas situações, de comunicação oral e escrita, de trabalho em equipe. O profissional será valorizado na medida da sua

Upload: kennedy31

Post on 17-Sep-2015

222 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

02. A Formação Profissional no Século XXI - Desafios e Dilemas.doc

TRANSCRIPT

A formao profissional no sculo XXI: desafios e dilemas

MATERIAL DE AULA ENCONTRO 1A formao profissional no sculo XXI: desafios e dilemas

Edna Lcia da SilvaI; Miriam Vieira da CunhaII - IDoutora em Cincia da Informao, UFRJ-Eco/CNPQ-Ibict. Professora do Departamento de Cincia da Informao. Centro de Cincias da Educao. Universidade Federal de Santa Catarina

IIDoutora em Cincia da Informao CNAM, Paris. Professora do Departamento de Cincia da Informao. Centro de Cincias da Educao. Universidade Federal de Santa Catarina

INTRODUO

A chegada do sculo XXI vem marcada com algumas caractersticas: o mundo globalizado e a emergncia de uma nova sociedade que se convencionou chamar de sociedade do conhecimento. Tal cenrio traz inmeras transformaes em todos os setores da vida humana. O progresso tecnolgico evidente, e a importncia dada informao incontestvel. O progresso tecnolgico atua, principalmente, como facilitador no processo comunicacional. Agora possvel processar, armazenar, recuperar e comunicar informao em qualquer formato, sem interferncia de fatores como distncia, tempo ou volume. Para Gonzlez de Gmez1, "trata-se de uma revoluo que agrega novas capacidades inteligncia humana e muda o modo de trabalharmos juntos e vivermos juntos".

O mundo globalizado da sociedade do conhecimento trouxe mudanas significativas ao mundo do trabalho. O conceito de emprego est sendo substitudo pelo de trabalho. A atividade produtiva passa a depender de conhecimentos, e o trabalhador dever ser um sujeito criativo, crtico e pensante, preparado para agir e se adaptar rapidamente s mudanas dessa nova sociedade.

O diploma passa a no significar necessariamente uma garantia de emprego. A empregabilidade est relacionada qualificao pessoal; as competncias tcnicas devero estar associadas capacidade de deciso, de adaptao a novas situaes, de comunicao oral e escrita, de trabalho em equipe. O profissional ser valorizado na medida da sua habilidade para estabelecer relaes e de assumir liderana. Para Drucker2, "os principais grupos sociais da sociedade do conhecimento sero os 'trabalhadores do conhecimento"', pessoas capazes de alocar conhecimentos para incrementar a produtividade e gerar inovao.

Na perspectiva do trabalho na sociedade do conhecimento, a criatividade e a disposio para capacitao permanente sero requeridas e valorizadas. As tecnologias de informao e comunicao esto modificando as situaes de trabalho, e as mquinas passaram a executar tarefas rotineiras em substituio aos seres humanos. Neste ambiente de mudanas, "a construo do conhecimento j no mais produto unilateral de seres humanos isolados, mas de uma vasta colaborao cognitiva distribuda, da qual participam aprendentes humanos e sistemas cognitivos artificiais"3. Constata-se, tambm, que esse um processo sem possibilidade de reverso. O que fazer? Os seres humanos tero de alterar suas expectativas de emprego e modificar as suas relaes com o trabalho.

Nesta conjuntura, em que a mudana tecnolgica a regra, buscar condies para ancorar a preparao do profissional do futuro requer uma estratgia diferenciada. Este profissional dever interagir com mquinas sofisticadas e inteligentes, ser um agente no processo de tomada de deciso. Alm disso, o seu valor no mercado ser estimado com base em seu dinamismo, em sua criatividade e em seu empreendedorismo. Todas esses fatores evidenciam que s a educao ser capaz de preparar as pessoas para enfrentar os desafios dessa nova sociedade.

Alm disso, segundo De Masi, existem alguns valores emergentes, nesta nova sociedade, que merecem ser levados em considerao quando tratamos de formao e educao profissional. Um deles a intelectualidade (valorizao das atividades cerebrais em detrimento s atividades braais); outro a criatividade (tarefas repetitivas e chatas sero feitas pelas mquinas); outro a esttica (o que distingue hoje no mais a tcnica, e sim a esttica, o design). Para este autor, ainda, a subjetividade, a emotividade, a desestruturao e a descontinuidade tambm so valores importantes e, por isso, devero, tambm, estar na mira dos processos educativos do futuro.

Esta realidade parece apontar para uma educao bsica e polivalente que valorize a cultura geral, a postura profissional, a tica e a responsabilidade social.

A EDUCAO E O SCULO XXI

Na sociedade do conhecimento, os indivduos so fundamentais. Druker alerta que o conhecimento moeda desta nova era no impessoal como o dinheiro. "Conhecimento no reside em um livro, em um banco de dados, em um programa de software: estes contm informaes. O conhecimento est sempre incorporado por uma pessoa, transportado por uma pessoa, criado, ampliado ou aperfeioado por uma pessoa, aplicado, ensinado e transmitido por uma pessoa e usado, bem ou mal, por uma pessoa. Para ele, a sociedade do conhecimento coloca a pessoa no centro, e isso levanta desafios e questes a respeito de como preparar a pessoa para atuar neste novo contexto.

Para Delors "face aos mltiplos desafios do futuro, a educao surge como um trunfo indispensvel humanidade na construo dos ideais da paz, da liberdade e da justia social. Para ele, s a educao conduzir "a um desenvolvimento humano mais harmonioso, mais autntico, de modo a fazer recuar a pobreza, a excluso social, as incompreenses, as opresses, as guerras..."

Com base nesta viso, a Unesco, por meio de sua Comisso Internacional sobre a Educao para o sculo XXI, presidida por Jacques Delors6, estabelece os quatro pilares de um novo tipo de educao com enfoque em aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver junto e aprender a ser.

Aprender a viver junto considerado uns dos pilares mais importantes do processo educativo desses novos tempos. Ressalta a interdependncia do mundo moderno e a importncia das relaes. Tudo est interligado e tudo que acontece afetar a todos de uma forma ou de outra. O que o mundo precisa mais de compreenso mtua, intercmbios pacficos e harmonia. "Trata-se de aprender a viver conjuntamente, desenvolvendo o conhecimento dos outros, de sua histria, de suas tradies e de sua espiritualidade. E, a partir disso, criar um esprito novo que, graas precisamente a essa percepo de nossas interdependncias crescentes e a uma anlise partilhada dos riscos e desafios do futuro, promova a realizao de projetos comuns, ou melhor, uma gesto inteligente e apaziguadora dos inevitveis conflitos...".

Aprender a conhecer um pilar que tem como pano de fundo o prazer de compreender, de conhecer e de descobrir. Aprender para conhecer supe aprender para aprender, exercitando a ateno, a memria e o pensamento. Uma das tarefas mais importantes no processo educacional, hoje, ensinar como chegar informao. Parte da conscincia de que impossvel estudar tudo, de que o conhecimento no cessa de progredir e se acumular. Ento o mais importante saber conhecer os meios para se chegar at ele.

Aprender a fazer significa que a educao no pode aceitar a imposio de opo entre a teoria e a tcnica, o saber e o fazer. A educao para o novo sculo tem a obrigao de associar a tcnica com a aplicao de conhecimentos tericos.

Aprender a ser um pilar que foi preconizado pelo Relatrio Edgard Faure, preparado para a Unesco, na dcada de 70. O mundo atual exige de cada pessoa uma grande capacidade de autonomia e uma postura tica. Considera-se que os atos e as responsabilidades pessoais interferem no destino coletivo. Refere-se ao desenvolvimento dos talentos do ser humano: memria, raciocnio, imaginao, capacidades fsicas, sentido esttico, facilidade de comunicao com os outros, carisma natural etc. Confirma a necessidade de "cada um se conhecer e se compreender melhor".

A educao no sculo XXI dever ser uma educao ao longo da vida. Este conceito permite "ordenar as diferentes seqncias de aprendizagem (educao bsica, secundria e superior), gerir as transies, diversificar os percursos, valorizando-os". A educao dever se preocupar com a formao do cidado, da pessoa em seu sentido amplo, e no somente com a formao profissional.

Igualmente importante para o entendimento dos caminhos da educao do futuro o documento elaborado por Morin7, a pedido da Unesco. Este autor, neste documento, apresenta reflexes a respeito de questes fundamentais para melhorar a educao no prximo sculo.

A primeira ressalta que o conhecimento comporta erros e iluses. A mente humana sujeita a falhas de memria, enganos e, por isso, a escola deve preparar a mente humana para conhecer o que conhecer como forma de estar apta para o combate e identificao permanente de erros. Portanto, " necessrio introduzir e desenvolver na educao o estudo das caractersticas cerebrais, mentais, culturais dos conhecimentos humanos, de seus processos e modalidades, das disposies tanto psquicas quanto culturais" com forma de identificar o que leva ao erro ou iluso.

A segunda refere-se ao que Morin chama de "conhecimento pertinente". Trata da necessidade de promover o conhecimento capaz de apreender problemas globais e fundamentais para neles inserir os conhecimentos parciais e locais". O conhecimento deve estar voltado para apreender os objetos em seu contexto, sua complexidade, seu conjunto. Para Morin, preciso "ensinar os mtodos que permitam estabelecer as relaes mtuas e as influncias recprocas entre as partes e o todo em um mundo complexo".

A terceira reflexo defende que a educao do futuro dever ser centrada na condio humana. Ensinar a condio humana significa situar/questionar nossa posio no mundo no plano fsico, biolgico, psquico, cultural, social e histrico. "Para a educao do futuro, necessrio promover grande remembramento dos conhecimentos oriundos das cincias naturais, a fim de situar a condio humana no mundo, dos conhecimentos derivados das cincias humanas para colocar em evidncia a muldimensionalidade e a complexidade humanas, bem como integrar (na educao do futuro) a contribuio inestimvel das humanidades, no somente a filosofia e a histria, mas tambm a literatura , a poesia, as artes...".

Na quarta reflexo, Morin enfatiza que a educao do futuro tambm dever estar comprometida em ensinar a "identidade da terra". preciso aprender a "estar aqui", o que significa aprender a viver, a dividir, a comunicar, a comungar nas culturas singulares e, tambm, aprender a ser, viver, dividir e comunicar-se como ser humano do planeta terra. O mundo global necessita de seres humanos que tenham "conscincia antropolgica", "conscincia ecolgica", "conscincia cvica terrena" e "conscincia espiritual da condio humana".

Na quinta, Morin enfoca que a educao deve mostrar que na atualidade a lgica determinstica deve ser substituda pela lgica da incerteza. Por isso, a educao deve ensinar "princpios de estratgia que permitam enfrentar os imprevistos, o inesperado e a incerteza e modificar seu desenvolvimento, em virtude das informaes adquiridas ao longo do tempo". Para Morin, " preciso aprender a navegar em um oceano de incertezas em meio a arquiplagos de certeza".

Na sexta, Morin afirma que a educao deve "ensinar a compreenso". A educao para a compreenso fundamental em todos os nveis educativos e em todas as idades. Considera a compreenso mtua fundamental para a educao do futuro. Por isso, estudar a incompreenso a partir de suas razes, suas modalidades e efeitos possibilitaria a identificao das causas do racismo, da xenofobia, do desprezo e traria uma base mais consistente "educao para a paz".

Finalmente, Morin levanta a questo da "tica do gnero humano". A educao do futuro deve conduzir "antropotica".

A tica, neste sentido, para Morin, tem trs dimenses: uma do indivduo, uma social e outra da espcie. Estas trs dimenses esto inter-relacionadas e deveriam ser vistas de maneira integrada. A antropotica supe a deciso consciente de "assumir a condio humana indivduo/sociedade/espcie na complexidade do nosso ser; alcanar a humanidade em ns mesmos em nossa conscincia pessoal e assumir o destino humano em suas antinomias e plenitude". A antropotica pressupe "trabalhar para a humanizao da humanidade; efetuar a dupla pilotagem do planeta: obedecer vida, guiar a vida; alcanar a unidade planetria na diversidade; respeitar no outro, ao mesmo tempo, a diferena e a identidade quanto a si mesmo; desenvolver a tica da solidariedade; desenvolver a tica da compreenso; ensinar a tica do gnero humano".

Em resumo, a educao no sculo XXI estar atrelada ao desenvolvimento da capacidade intelectual dos estudantes e a princpios ticos, de compreenso e de solidariedade humana. A educao visar a prepar-los para lidar com mudanas e diversidades tecnolgicas, econmicas e culturais, equipando-os com qualidades como iniciativa, atitude e adaptabilidade. A universidade, neste contexto, tem seu papel ampliado. A globalizao, segundo a Unesco, mostra que o "moderno desenvolvimento de recursos humanos implica no somente uma necessidade de percia em profissionalismo avanado, mas tambm de conscincia nos assuntos culturais, de meio ambiente e social envolvidos". Para isso, a universidade dever reforar seus papis no aumento dos valores ticos e morais da sociedade e no desenvolvimento do esprito cvico ativo e participativo de seus futuros graduados. A universidade precisa dar "maior nfase para o desenvolvimento pessoal dos estudantes, juntamente com a preparao de sua vida profissional".

CONCLUSO

Os dilemas dos educadores do sculo XXI parecem estar resumidos em trs questionamentos: O que ensinar? Como ensinar? Para que ensinar?

Dertouzos alerta que a educao muito mais que a transferncia de conhecimentos de professores para alunos. Acender a "chama da vontade de aprender no corao dos estudantes, dar o exemplo e criar vnculos entre professores e alunos" so fatores essenciais para o sucesso do aprendizado. E este um papel que a tecnologia no poder cumprir.

Em A cabea bem-feita, Morin defende que o ensino educativo deve buscar no a mera transmisso do saber acumulado, mas uma cultura que possibilite a compreenso da condio humana e nos ajude a viver, e que favorea um modo de pensar aberto e livre. A educao, para o autor, deve propiciar a compreenso do contexto, o todo em relao s partes , as partes em relao ao todo. Para ele, o excesso de especializao do saber leva ao enfraquecimento da responsabilidade e da solidariedade. Cada um faz a sua parte, e no h conscincia da co-responsabilidade pelo todo. Ensinar no distribuir certezas, mas instigar dvidas; no inculcar a aceitao passiva do estabelecido, mas instrumentalizar para a contestao; no formar iguais, mas diferentes, unidos pelo respeito e aceitao das prprias diversidades. A educao "pode ajudar a nos tornarmos melhores, se no mais felizes, e nos ensinar a assumir a parte prosaica e viver a parte potica de nossas vidas".

O papel mais importante do bibliotecrio no sculo XXI parece ainda ser o de gerenciador da informao. A importncia dessa tarefa pode ser assim colocada: o grande problema desse sculo a superabundncia de informao. Ento, se no possuirmos sistemas e estratgias adequadas de acesso informao ou estivermos despreparados para acess-las, de que servir tanta informao? Do que servir a tecnologia, se a maioria das pessoas no saber utiliz-la ou no ter acesso a elas? Os computadores e os sistemas inteligentes de processamento de dados podem at assumir parte dessa tarefa. No entanto, a organizao e a manipulao de toda essa informao requer instrues, e aqui que o bibliotecrio poder contribuir. Tal tarefa influenciar diretamente a vida de todas as pessoas e ir requerer competncias de cunho educativo, intelectual, social e tecnolgico.Caractersticas do Comportamento Empreendedor

O Comportamento empreendedor

Dificilmente uma pessoa tem todas as caractersticas de comportamento empreendedor em perfeito equilbrio porque essas caractersticas no so herdadas, mas sim aprendidas ao longo da vida, com experincias de trabalho, determinao e estabelecimento de metas pessoais desafiadoras.

Se voc uma pessoa obstinada, persistente e est o tempo inteiro buscando informaes para melhorar e aumentar seus negcios, ser meio caminho andado.

No jogo dos negcios muito importante que voc identifique suas reais caractersticas empreendedoras, pois um grande nmero de pessoas tem buscado iniciar negcios prprios, sem, no entanto, apresentar comportamento adequado.

importante estar consciente de quais so suas qualidades e suas deficincias. Uma anlise de suas experincias prticas, capacidade e personalidade ajudaro a enfrentar qualquer situao.

Caractersticas de Comportamento Empreendedor

1. Busca de oportunidades e iniciativa

Faz as coisas antes de solicitado, ou antes, de ser forado pelas circunstncias;

Age para expandir o negcio em novas reas, produtos ou servios;

Aproveita oportunidades fora do comum para comear um negcio, obter financiamentos, equipamentos, terrenos, local de trabalho ou assistncia.

O empreendedor algum que est sempre buscando novas oportunidades. Observando o ambiente, costuma ter idias que possam ser transformadas em negcios e as coloca em prtica.

2. Persistncia

Age diante de um obstculo;

Age repetidamente ou muda de estratgia a fim de enfrentar um desafio ou superar um obstculo;

Assume responsabilidade pessoal pelo desempenho necessrio para atingir metas e objetivos.

A persistncia uma das caractersticas do empreendedor. Todo negcio tem seus momentos difceis. Mas preciso persistir e buscar superao.

3. Comprometimento

Faz sacrifcios pessoais ou despende esforos extraordinrios para completar uma tarefa;

Colabora com os empregados, colaboradores e parceiros ou se coloca no lugar deles, se necessrio, para terminar um trabalho;

Esmera-se em manter os clientes satisfeitos e coloca em primeiro lugar a boa vontade em longo prazo, acima do lucro em curto prazo.

Estar comprometido com a empresa significa ter envolvimento pessoal para que ela mantenha sua qualidade e seus compromissos e continue sempre crescendo. Para isso, importante conhecer e cuidar tambm da rea financeira; ela uma pea-chave do seu sucesso empresarial. importante estar presente e ter cuidado com a qualidade da produo e com o cumprimento de prazos. s vezes, um esforo extra necessrio para garantir a satisfao do cliente.

4. Exigncia de qualidade e eficincia

Encontra maneiras de fazer as coisas melhor, mais rpido ou mais barato;

Age de maneira a fazer coisas que satisfazem ou excedem padres de excelncia;

Desenvolve ou utiliza procedimentos para assegurar que o trabalho seja terminado a tempo ou que o trabalho atenda a padres de qualidade previamente combinados.

A exigncia de qualidade e eficincia um importante diferencial em qualquer tipo de negcio. Quando voc cumpre todos os prazos e garante a qualidade esperada pelo cliente, est conquistando a confiana dele. Lembre-se que, por mais qualidade que voc fornea preciso estar sempre melhorando para superar as expectativas e se destacar em relao concorrncia.

5. Correr riscos calculados

Avalia alternativas e calcula riscos deliberadamente;

Age para reduzir os riscos ou controlar os resultados;

Coloca-se em situaes que implicam desafios ou riscos moderados.

Montar uma empresa ou investir para melhor-la implica riscos. Ser ousado muito importante. No entanto, fundamental calcular esses riscos para saber onde, como e quando voc deve arriscar para fazer sua empresa crescer. Aprender a correr riscos calculados significa avaliar as alternativas, reduzir os riscos e controlar os resultados. Se, por exemplo, voc desejar investir em sua empresa para aumentar a produo e as vendas, importante realizar uma pesquisa para saber se existe mercado para absorver este volume de produo adicional.

6. Estabelecimento de metas

Estabelece metas e objetivos que so desafiantes e que tm significado pessoal;

Define metas de longo prazo, claras e especficas;

Estabelece objetivos de curto prazo, mensurveis.

Estabelecer uma meta muito importante, pois especifica as condies, o tempo e onde se quer chegar. Para atingir sua meta interessante que voc crie estratgias. Se sua meta abrir uma empresa, este curso uma tima oportunidade para voc testar seu comportamento empreendedor. Se seu objetivo melhorar os resultados de sua empresa ou negcio, voc tambm encontrar no IPGN instrumentos que lhe auxiliaro no gerenciamento de seu empreendimento.

Para seu objetivo se transformar em uma meta voc precisa saber onde quer chegar e definir como e quando chegar.

7. Busca de informaes

Dedica-se pessoalmente a obter informaes de clientes, fornecedores e concorrentes;

Investiga pessoalmente como fabricar um produto ou fornecer um servio;

Consulta especialistas para obter assessoria tcnica ou comercial.

Conversar com clientes, fornecedores e concorrentes essencial para posicionar melhor sua empresa no mercado.

Um empreendedor est constantemente querendo saber mais e mais. Saber procurar e selecionar informaes ajuda a melhorar o seu negcio. Voc pode obter informaes de diversas fontes. Procure saber as opinies dos consumidores sobre o seu produto, fique atento s suas sugestes e observaes; pesquise maneiras de melhorar seu produto ou servio; identifique vantagens e desvantagens de sua empresa em relao concorrncia; leia jornais, revistas, navegue na Internet, h sempre cursos e palestras e novas informaes no mercado. Visite o concorrente, experimente o modelo dele e, quando a sua pesquisa pessoal no for suficiente, procure a ajuda especializada de um tcnico. E lembre-se de consultar o SEBRAE de seu estado. L esto disponveis publicaes, cursos e servios que lhe ajudaro nessa busca por informaes.

8. Planejamento e monitoramento sistemticos

Planeja dividindo tarefas de grande porte em subtarefas com prazos definidos;

Revisa seus planos constantemente, levando em conta os resultados obtidos e as mudanas circunstanciais;

Mantm registros financeiros e utiliza-os para tomar decises.

Para se tornar um empreendedor bem-sucedido preciso que voc aprenda a planejar. Por isso, indispensvel que voc aprenda a fazer um planejamento de suas aes futuras.

Alm de planejar, preciso acompanhar sempre os resultados da empresa fazer o que se chama de monitoramento sistemtico, que consiste em:

Divida as tarefas maiores em pequenas tarefas;

Defina um prazo para cumprir cada uma dessas tarefas;

Verifique sempre os resultados para saber se esto dentro do que havia sido planejado.

Fazendo um acompanhamento dirio de tudo o que acontece na empresa voc pode notar qualquer mudana que ocorra nas contas, no cliente ou no mercado. claro que, medida que o seu negcio se consolida, voc dever delegar tarefas, evitando a sobrecarga de funes. Se voc ainda no tem um negcio, importante saber que ter que desenvolver essa caracterstica. Comece a desenvolv-la elaborando o plano de negcio de sua empresa.

9. Persuaso e rede de contatos

Utiliza estratgias deliberadas para influenciar ou persuadir os outros;

Utiliza pessoas-chave como agentes para atingir seus prprios objetivos;

Age para desenvolver e manter relaes comerciais.

Um empreendedor est sempre em contato com muitas pessoas: clientes, fornecedores, concorrentes, tcnicos, especialistas de diversas reas etc. Muitas vezes, so pessoas que no esto diretamente ligadas ao seu negcio mas que, a qualquer momento, podem ser muito teis. Busque manter contato com as pessoas que podem se tornar fonte de informaes e/ou solues para voc.

Todo empreendedor precisa mais do que uma rede de contatos: precisa saber convencer as pessoas a fazerem o que ela deseja. Convencer o cliente a comprar mais ou o fornecedor a entregar mais rpido, por exemplo. Mas, para convencer algum, preciso ter bons argumentos, preciso que estejam de acordo com os interesses da pessoa que est sendo convencida.

10. Independncia e autoconfiana

Busca autonomia em relao a normas e controles de outros;

Mantm seu ponto de vista, mesmo diante da oposio ou de resultados inicialmente desanimadores;

Expressa confiana na sua prpria capacidade de complementar uma tarefa difcil ou de enfrentar um desafio.

Um empreendedor sempre auto-determinado, sabe tomar decises com segurana. Faz questo de ser seu prprio patro e dono do seu nariz; acredita em si e na capacidade de realizar sonhos e projetos. Tem a humildade para perguntar, pesquisar, ouvir e refletir sobre sugestes dadas, principalmente pelos mais experientes. Todo o empreendimento um desejo concretizado por algum que confiou no prprio potencial.

Auto-avaliao das caractersticas de comportamento empreendedor

Ao se deparar com as caractersticas de comportamento empreendedor, o ideal fazer uma auto-avaliao, definindo seus pontos fortes e fracos e implantando um programa de aperfeioamento pessoal. Com o objetivo de desenvolver algumas caractersticas de comportamento empreendedor necessrias ao bom desempenho no mundo empresarial.

Agora, que tal avaliar, as suas caractersticas de comportamento empreendedor?