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N o 133 Ano 13 Março/2008 JORNAL DA ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES DO PRODERJ – ASCPDERJ http://ascpderj.sites.uol.com.br Sem controle Epidemia de Dengue se espalha Epidemia de Dengue se espalha Epidemia de Dengue se espalha Epidemia de Dengue se espalha Epidemia de Dengue se espalha pelo Rio de Janeiro - Pág. 7 pelo Rio de Janeiro - Pág. 7 pelo Rio de Janeiro - Pág. 7 pelo Rio de Janeiro - Pág. 7 pelo Rio de Janeiro - Pág. 7 R$ 1 MILHÃO E a conta do desperdício ainda não fechou FOTO: VANOR CORREIA A UERJ está pronta! Mas os gastos com a transferência continuam, onerando ainda mais o Estado e aumentando o desperdício de recursos públicos para promover o desmonte do Proderj (foto acima) – Págs. 3, 4 e 5.

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No 133 Ano 13 Março/2008JORNAL DA ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES DO PRODERJ – ASCPDERJhttp://ascpderj.sites.uol.com.br

Sem controle

Epidemia de Dengue se espalhaEpidemia de Dengue se espalhaEpidemia de Dengue se espalhaEpidemia de Dengue se espalhaEpidemia de Dengue se espalhapelo Rio de Janeiro - Pág. 7pelo Rio de Janeiro - Pág. 7pelo Rio de Janeiro - Pág. 7pelo Rio de Janeiro - Pág. 7pelo Rio de Janeiro - Pág. 7

R$ 1 MILHÃOE a conta do desperdício ainda não fechou

FOTO: VANOR CORREIA

A UERJ está pronta! Mas os

gastos com a transferência

continuam, onerando ainda

mais o Estado e aumentando

o desperdício de recursos

públicos para promover o

desmonte do Proderj (foto

acima) – Págs. 3, 4 e 5.

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2 ••••• Março/2008 ••••• J O R N A L D A A S S O C I A Ç Ã O D O S S E R V I D O R E S D O P R O D E R J

Dialogar é ouvir!Jornal da ASCPDERJ

Associação dos Servidoresdo Centro de Processamento

de Dados do Estado doRio de Janeiro

R. São Francisco Xavier, 524/ 2ºand. Maracanã – CEP 20.550-013Tel: 2569-5480/2568-0341

[email protected]

[email protected]

Presidente:

LEILA DOS SANTOS

1º Vice-presidente:

JOSÉ JOAQUIM P. DE C. A. NETO

2º Vice-presidente:

JÚLIO CÉSAR FAUSTINO

1º Secretário:

ELIZABETH SILVA MARTINS

2º Secretário:

ULYSSES DE MELLO FILHO

1º Tesoureiro:

MARCOS VILLELA DE CASTRO

2º Tesoureiro:

JORGE LUÍS B. DE OLIVEIRA

Responsável pela Sede Praiana(Saquarema):

JOSÉ JOAQUIM PIRES NETO (KIKO)

Redação e Edição:

FERNANDO ALVES

DENISE MAIA

Diagramação

ESTOPIM COMUNICAÇÃO E EVENTOS

2518-7715

Ilustração:

LATUFF

Fotolitos & Impressão:

GRAFNEWS

3852-7166

Na Internet

http://ascpderj.sites.uol.com.br/

ENTIDADE DE UTILIDADE

PÚBLICA ESTADUAL

Edição fechada em:10/04/2008

Editorial

Expediente

O significado das palavras no mundo “globalizado” eadestrado pelo “mercado” é cada vez mais fugaz, passageiro e transitório. Na edição passada do jornal Di-

vulgando demos as boas vindas a enorme possibilidade dediálogo e de transparência que podem significar avanços im-portantes de entendimento entre a direção do Proderj e aRepresentação dos Trabalhadores.A possibilidade desse diálogo depende, acima de tudo, de

alguns procedimentos. Entre eles, a realização de uma reu-nião com a diretoria da ASCPDERJ para tratar de questõespolíticas que preocupam muito ao con-junto dos trabalhadores da autarquia.Muito aflige a todos os técnicos e ser-

vidores do Proderj, em especial, os daárea de produção, sobre a transferênciado computador central para as dependên-cias do Serpro. Não há como ignorar essefato ou tentar amenizar as preocupações,já que essa medida envolve a todos ostrabalhadores quanto ao futuro do órgãoe da manutenção da Tecnologia da Infor-mação sob domínio público e nas mãosdo Estado do Rio de Janeiro.Também o encontro da direção com

os trabalhadores é necessário paradebater os assuntos relativos à pautade reivindicações. O encaminhamentodas demandas reivindicadas pelo cor-po funcional é urgente e precisa serencarada com seriedade e rapidez. Afi-nal de contas, são 12 anos de arrochoe de completa desvalorização do funci-onalismo estadual por par te dosgovernantes nesse período.São demandas políticas preocupantes

e que merecem ser tratadas através do diálogo. E para que odiálogo ocorra é necessário que as partes sentem-se à mesae coloquem em debate seus pontos de vistas. A ASCPDERJsempre encarou de frente o debate e está, mais uma vez,chamando a direção do Proderj a discutir as aflições e aspira-ções dos profissionais da casa,a quase totalidade com mui-tos anos dedicados á servir o Estado e a trabalhar honesta-mente em beneficio da população do Rio de Janeiro.Para o bom entendimento é preciso disposição. No entanto,

disposição nem sempre significa concordância ou a aceita-ção de medidas que questionamos. Queremos o diálogo paradiscutir as diferenças e as dúvidas sobre políticas que, naprática, com o passar dos anos se mostram claramente in-justas e prejudiciais aos trabalhadores, à população e ao de-senvolvimento do Proderj, enquanto autarquia estatal respon-sável pela centralização dos dados e de informações quesomente ao Estado cabe deter em suas mãos. Em outraspalavras: que deixem o Proderj cumprir seu papel no Estadoe sua finalidade.

Não é novidade para os trabalhado-res, quando toda vez que um governa-dor é eleito ou assume uma nova dire-ção no Proderj, vermos os mesmosmétodos sendo utilizados, como dizer“que vai arrumar a casa para depoisresolver os problemas”, “nossa dispo-sição é conversar”, “vai ser diferente”,etc., etc., etc. Quantas vezes os servi-dores do Proderj não ouviram ou tive-ram essa experiência?Há muitos anos, somente o que os

trabalhadores do Proderj querem é vera instituição cumprir sua parte na ad-ministração pública, ter seus direitosrespeitados, ser incentivado e reconhe-cido, ver o fruto de seu trabalho vin-gando, sem interferência de burocratase oportunistas, que grudam no Estadocomo sanguessugas.Querer isso, aspirar esse objetivo, é

uma atitude nobre e justa. E esperamosque as opiniões dos trabalhadores so-bre o oficio que conhecem, sobre os des-tinos da empresa em que trabalham há

muitos anos e em que dominam a engrenagem, sejam ouvidos.Existem lições que os governantes já deveriam ter aprendi-

do na roda da história da humanidade. Sem a mobilização e aluta dos trabalhadores em todas as partes do mundo, nuncateríamos mudado o curso da história. Por isso, somos donosde nosso próprio destino.Dialogar é ouvir. Estamos aguardando o diálogo e as solu-

ções sobre os problemas que interferem na vida dos traba-lhadores e do Proderj.

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J O R N A L D A A S S O C I A Ç Ã O D O S S E R V I D O R E S D O P R O D E R J ••••• Março/2008 • • • • • 3

PRODERJ

Transferência na base da imposição

A medida que o tempo passa vão se confirmandotodas as denúncias arroladas pela diretoria daASCPDERJ a respeito do processo de transfe-

rência da Unidade Maracanã do Proderj, da UERJ, paraum diminuto espaço no Serpro com o fatídico incêndioocorrido na universidade e que atingiu parte da áreade produção, os ataques contra a autarquia se inten-sificaram. Desde o princípio todos os procedimentosforam realizados com pressa, irresponsabilidade, fal-ta de transparência, açodamento e inteira falta de cui-dados.

Desmontando o EstadoParalelamente à destruição do patrimônio público,

foram promovendo uma campanha de desmoralizaçãodos servidores públicos, acusando-os de incompeten-tes, de privilegiados, de preguiçosos e de marajás.Além disso, foram esvaziando e retirando os recursose as verbas de investimentos, repassando-as para atão propalada “iniciativa privada”. Essa foi a primeiraparte do planejamento de destruição do Estado e daretirada do controle público dos serviços que obriga-toriamente devem ser realizados pelo governo, já quea população paga impostos para que eles retornem àsociedade através de hospitais, escolas, universida-des, centros de pesquisas e, outras formas de direi-tos e benefícios sociais.

Sucateando o ProderjNo Proderj, essa desastrosa política ocorreu com

várias tentativas, durante a gestão de Frederico Novaes.Mas a reação dos trabalhadores, com greves e parali-sações, impediu a destruição da autarquia. Mas, noapagar das luzes, conseguiram realizar a transferên-cia de 70% do corpo funcional para o Banerjão, sepa-rando a área de produção dos demais segmentos doProderj. Portanto, transferência não é um assuntodesconhecido dos trabalhadores do Proderj. Essesservidores sabem o gosto desse amargo projeto.A segunda metade do plano de destruição do Estado

vem ocorrendo desde o governo Garotinho, foi se in-tensificando na gestão de Rosinha e vai se consu-mando no atual governo. Para isso, contribuiu bastan-te o empenho da ex-presidente da autarquia, TerezaPorto, agravando ainda mais os problemas, materiali-zados com a perda de sistemas estratégicos, de ser-viços, de sucateamento, de não renovação dos recur-sos humanos, e outros problemas que contribuem parao enfraquecimento do Proderj, retirando do órgão suacapacidade de centralização da Informática Pública doEstado.Porém, entre os principais pontos das denúncias fei-

tas pela ASCPDERJ a respeito da transferência do com-putador central são as sucessivas mentiras sobre oassunto. A maior delas é que afirmava que esta trans-ferência seria a CUSTO ZERO. Quando esta posiçãoveio à tona, a ASCPDERJ levantou uma série dequestionamentos e solicitou reunião com a direçãopara que esclarecesse as dúvidas dos trabalhadores,

Medida do governo sai caro para os cofres públicos e se aproxima de R$ 1 milhão

especialmente os questionamentos apontados pelostécnicos da área de produção, envolvidos diretos nasituação.Passados esses meses e a resposta dos trabalha-

dores se comprova, afinal de contas, a direção doSerpro finalmente apresentou ao Proderj a conta doscustos de alocação da área de produção no prédio doórgão federal.O não de planejamento é outra prova das denúncia

dos trabalhadores e revela a irresponsabilidade e afalta de critério da ex-presidente Tereza Porto e de Júlioda Hora, que mostraram, com isso, descompromissocom a coisa pública. Na verdade, trata-se de uma prá-tica que deve ser devidamente combatida pelos servi-dores públicos e acompanhada pelos órgãos que ze-lam pela correta aplicação dos recursos públicos.

Pregão Eletrônico e Terceirizaçãoda Folha de Pagamento

No último dia 25 de março mais uma frente abertapara o desmonte do Proderj – Centro de Tecnologia daInformação e Comunicação do RJ. Foi um golpe certei-ro na atividade fim, cujo patrimônio construído ao lon-go de seus 40 anos estão sob a ameaça de ver entre-gue para a iniciativa privada toda a sua área de de-senvolvimento de sistemas de informação. Já há al-gum tempo se sabe que este filé mignon do mercadode TI é disputadíssimo, pois envolve tecnologia deponta, profissionais altamente qualificados e controleda informacão. Sob argumentos nem sempre convin-centes de “Certificações” as licitações acabam contri-buindo para o direcionamento a empresas que nemsempre possuem ou utilizam a mão de obra própria

“Qualificada”. O risco de ocorrer uma quarteirizacãonão está descartado. E foi desse jeito que o atualPresidente do Proderj recebeu o bastão da ex-presi-dente e atual Secretária de Educação Tereza Porto. Oconceito da “Fábrica de Software” funciona, mas emoutros estados brasileiros os concursos públicos parapreenchimento de cargos na área de TI acontecem emuito: MG, RS, PR e SP desde 2001, fizeram juntos 8concursos com a nomeação de 1.283 novos servido-res públicos. É como se cada órgão de TI tivesse no-meado em média 256,3 profissionais por ano ou 64,3por estado. Ou seja, a preservação da informacão nasmãos do Estado está mantida.Uma das ameaças que sempre enfrentamos foi em

relação à Folha de Pagamento dos servidores do Es-tado. A terceirização parecia distante pela complexi-dade do sistema informatizado da geração de nossoscontracheques. Mas, o Governo Sérgio Cabral, atra-vés de seu Secretário de Planejamento e Gestão tra-balhou rápido para que isso acontecesse logo no iní-cio do Governo, pois há um pouco mais de 1 ano nocargo já mostrou a que veio. O Sr. Sérgio Ruy além denão autorizar o pagamento dos dois dias da greve de2005 (aplicação do PCCS) que custa aos cofres públi-cos um pouco mais de R$ 26 mil, preparou um Planode Reestruturação do Estado que vai desde fusão deempresas públicas até a extinção de outras, e preten-de retirar do Proderj um de seus maiores sistemascom a anunciada licitação para a terceirização da fo-lha de pagamento. Numa política perversa aos traba-lhadores o Governo prefere nos entregar aos tubarõesdo mercado financeiro com os empréstimos consig-nados em folha ao invés de fazer uma política salarialdecente. A Seplag planeja reduzir custos acabando como próprio Estado, pois sem servidores públicos nãoexiste administração pública.Quanto custa terceirizar a folha de pagamento dos

servidores? Quanto custará aos cofres públicos a “Fá-brica de Software” licitada pelo Proderj? Enquanto isso,a morte por Dengue que encontrou no abandonadosetor de saúde pública um hospedeiro voraz mostra afalta de investimentos tanto em recursos humanoscomo em estrutura hospitalar para enfrentar as con-seqüências desta Epidemia anunciada pelos profissi-onais, servidores públicos, da Secretaria de SaúdeEsta terá que enfrentar uma ADIN (Ação Direta deInconstitucionalidade) por conta da criação das Funda-ções de Direito Público e gestão particular para osHospitais da Rede Pública.No mundo do capitalismo globalizado a informação

é estratégica. Quem a detém sabe que vale ouro! Masparece que as autoridades e o governo estadual igno-ram (ou fingem não conhecer) essa realidade.Não é por acaso que o Estado do Rio de Janeiro

apresenta um quadro de insolvência na administra-ção pública. Os casos de crise nas áreas de saúde,de segurança, de educação e outros, são sintomasdessa política. É preciso investigar o que está por trásdo desmonte do Proderj.

Reformas, após incêndio, somam mais de R$ 1 milhão

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J O R N A L D A A S S O C I A Ç Ã O D O S S E R V I DPRODER J

As conseqüências da possível transferência doMainframe do Proderj para o Serpro

Para onde vamos?Para onde vamos?

DIVULGANDO – Fazendo uma análiseda entrevista do Presidente do Proderj,Paulo Coelho, e, considerando o proces-so de transferência da Unidade Mara-canã, na UERJ, para o Serpro,no HortoFlorestal, não há contradição entre oque está sendo falado e a continuidadedessa transferência?ASCPDERJ – Certamente que há con-

tradições. Quanto à posição relativa aoMainframe, consideramos que a Dire-ção do Proderj não tem um estudo de-talhado da questão. O gasto com ener-gia, por exemplo, não é considerado emnenhuma das discussões havidas coma ASCPDERJ. No entanto, os grandescentros de Tecnologia da Informação(TI), como Google, Microsoft, Yahoo,procuram se localizar em regiões estra-tégicas do planeta para diminuir os enor-mes gastos com esse item, que che-gam a consumir 30% de seus orçamen-tos. No caso do consumo de energiado Proderj e da UERJ, a utilização dacapacidade atualmente é de 50%, ouseja, cabe mais uma UERJ e um Proderjnos 50% restantes. Não configurandoum problema de consumo elevado deenergia. A utilização de dezenas ou cen-tenas de servidores no mesmo ambi-ente é uma das conseqüências dessesgastos desnecessários. Por isso, o ar-gumento de que não podemos ficar namão de um único fornecedor é incon-sistente frente ao conjunto das neces-

sidades e altos gastos que isto impli-ca, até porque, neste caso, sairemosda mão de um fornecedor, no caso aIBM, para passar para as mãos de 2ou 3, não fazendo tanta diferença comose quer demonstrar. Outra questão abor-dada pelo Paulo é a Tecnologia dasBlades que o Presidente afirma que émais fácil crescer bastando acrescen-tar máquinas e pronto. A nova máquinaZ10 da IBM, além de acondicionar 1,5mil servidores, gasta 85% menos ener-gia e ocupa 85% menos espaço físico.Tudo isso sem falar dos custos de ma-

nutenção e gerenciamento que se mos-tram mais favoráveis que os apresen-tados por um grande número de servi-dores. A IBM foi motivada a desenvol-ver esta super-máquina pensando na ne-cessidade de redução de custos.Para completar, a contradição é ainda

maior quando se vê que a SecretariaEstadual de Ciência e Tecnologia (SECTI)gastou cerca de R$ 7 milhões para re-cuperar as instalações atingidas peloincêndio na UERJ, em setembro, sendouma boa parte destinada para a recu-peração de parte da área de produçãodo Proderj afetada. Foram obras que sedestinaram especificamente para aten-der as necessidades do Proderj, comlayout e arquitetura voltados para aten-der as demandas de um centro tecno-lógico. São 700 metros quadrados depiso elevado em aço, atendendo a ori-entação de técnicos do próprio Proderjsolicitados pela UERJ e pela Secretariade Ciência e Tecnologia, desde o iniciodas obras.

D – Em que sentido a transferênciado computador central compromete ofuturo do Proderj e o controle das infor-mações estratégicas do Estado?ASCPDERJ – tecnicamente, em nada.

Podemos estar numa ilha do Pacífico.No entanto o que está em jogo é a po-lítica do Governo para o setor. E do jei-to que as coisas vão, está ficando evi-dente que a decisão é de pulverizar ossetores de Desenvolvimento e de Pro-dução de sistemas corporativos, atra-vés de privatizações, terceirizações e li-citações de toda espécie, seguindo afórmula do antigo Governo MarcelloAlencar, até chegar a uma Agência deTI ou coisa do gênero. Para isso, temque esvaziar o Proderj e enfraquecer aidéia de um grande centro de TI no Es-tado, apesar de falarem o contrário. OData Center do Estado proposto deveser instalado nas dependências doProderj para que o acesso as informa-ções seja garantido de forma segurasem riscos de perda da sua autonomia.A UERJ está pronta para ser este gran-

de Data Center e unir a comunidadeacadêmica com os ser viços que oProderj oferece ao povo e ao Governopara uma gestão pública estadual dainformação. Pena não termos a oportu-nidade de ouvir a opinião do Reitor arespeito deste assunto. Outra questãoé em relação ao CONSETI – ConselhoEstadual de Tecnologia da Informacãoque o Proderj é o gestor. Temos infor-macão que a Seplag vai licitar um novoSistema de RH que abrange a folha depagamento. As informações dos servi-dores do Estado irão para as mãos dainiciativa privada como foram o Cadas-tro Civil em 1995 e o Sistema de Arre-cadação (lembra do Silveirinha? Foi de-pois da saída do sistema do Proderj). Éimpressionante como o Rio de Janeiroanda na contra-mão da história, poisestados como SP, MG, RS e PR os prin-cipais clientes destes CPD’s são asSecretarias de Fazenda, Planejamento,Saúde, Educacão, Seguranca além dosTCE’s, Judiciário e o Legislativo e ou-tros que possuem informações estra-tégicas para seus Estados. Aquí é dife-rente: tudo está sendo retirado doProderj.

D – A Direção fala sobre sede própria.Qual é a opinião da diretoria da Associ-ação sobre esse assunto?ASCPDERJ – Isso é para amenizar a

situação e desviar as atenções e a im-portância do que significa esta transfe-rência disfarçada de “Mudança Provisó-ria”. O atual Presidente fala de boa von-tade, mas isso não resolve, pois o pro-blema é político. Caso contrário o Go-verno, ao invés de gastar mais de R$ 1milhão (só com o aluguel da máquinaespelho por seis meses R$ 720 mil +obras no Serpro R$ 230 mil) numatransferência desnecessária para oSerpro, teria dirigido suas energias eda Direção da Autarquia para compraou aluguel de uma sede. Tudo é ques-tão de prioridade e a do Governo doEstado é fortalecer sua aliança com oGoverno Federal; por isso, o Proderj estásendo utilizado como moeda de troca

FOTOS: VANOR CORRE IA

Diretoria da ASCPDERJ

apresenta uma avaliação

crítica da entrevista com o

novo presidente do Proderj,

Paulo Coelho, publicada na de

fevereiro do Divulgando. Os

diretores reafirmam a posição

de luta da autarquia em

defesa da categoria e do

controle de TI pelo Estado.

OBRAS NA UERJ:“Parte dos

7 milhõesforam utilizadossomente para

recuperar o Proderj”

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S E R V I D O R E S D O P R O D E R J • • • • • Março/2008

nessas articulações. Dizer que tambémé uma solução provisória, também é sairpela tangente, já que ninguém investetanto dinheiro numa transferência pro-visória. O outro argumento de que assucessivas Reitorias vêm pressionan-do para o Proderj sair da UERJ nãocorresponde à realidade. Não mostra-ram documentos sobre essas cobran-ças e pressões por parte da UERJ. Emalgumas conversas com pessoas daUniversidade e não foi isso que decla-raram. Ao contrário, defendem a perma-nência do Proderj. Infelizmente o Reitorainda não nos recebeu para conversarsobre este assunto. Estamos aguardan-do a resposta do pedido de audiência.

D – Os trabalhadores têm cobradotransparência da Direção em relação aoprocesso de transferência. Esse proble-ma continua com a saída da ex-Presi-dente, Tereza Porto? Não é o mesmoprojeto que está sendo praticado?ASCPDERJ – Após as últimas denúnci-

as da ASCPDERJ, a Direção do Proderjdeu a entender que existia sigilo no pro-cesso de transferência, pois ficou mui-to incomodada ao anunciarmos queseriam necessários mais de R$ 230 mil

em obras no Serpro para comportar todaárea de produção da Autarquia. OProderj não tem este dinheiro em caixae terá que buscar isso rápido, pois jáhouve a renovação do contrato com aBig Blue para o espelhamento do nos-so Mainframe. Com isso mudaram-seos planos. Vai uma parte agora e a ou-tra depois como se o dinheiro dos im-postos pagos pelo povo nascesse emmato e que mudar um centro deprocessamento fosse o mesmo quetransportar uma geladeira que se colo-ca numa pickup e pronto! Até hoje co-bramos o documento que sela estaparceria Proderj & Serpro e o custo des-te Collocation e, nada! Um espaço numasala cofre será mesmo de graça? O queo Proderj dará em troca? A transparên-cia está em nossos salários arrocha-dos e o não cumprimento integral doPlano de Cargos que denunciamos des-de 2003. Para o trabalhador não temgrana, “insuficiência de caixa” é a pa-lavra de ordem dos Secretários.

D – O Presidente Paulo Coelho afir-mou que “o maior investimento temque ser nas pessoas”. Qual é esse in-vestimento?ASCPDERJ – entendemos que “inves-

tir nas pessoas” é discutir “as gran-des metas do Proderj” junto com ostrabalhadores e não só com o Secretá-rio, já que os servidores e suas ne-cessidades fazem parte das “grandesmetas”, nada está dissociado, nãoexiste desenvolvimento de TI sem osseres humanos, sem os técnicos e ad-ministrativos estarem em condiçõesrazoáveis de executar suas tarefas eprover um bom nível de qualidade aosserviços públicos. Por isso, nomeaçãodos concursados, implementação inte-gral do Plano de Cargos, política de TI

pública definida pelo Governo, etc., sãoquestões que o Secretário e o Gover-nador têm por obrigação nos ouvir, co-nhecer e levar em consideração nossaopinião. A continuidade do conhecimen-to acumulado sobre o Estado não podecorrer riscos de descontinuidade comopode ocontecer se cair nas mãos da-

queles cujo compromisso é apenas fi-nanceiro. E não podemos esquecer-nosdaqueles que construíram este patri-mônio público: Nossos Aposentados.Estes então são duramente penaliza-dos. Querem acabar com a paridade,além de não estender os benefícios doPlano de Cargos numa covardia semtamanho através do parecer contrárioda PGE, quando em outras categoriasexiste semelhante benefício e nadadisso aconteceu.

D – Como está o encaminhamento dapauta de reivindicações dos trabalha-dores do Proderj, está conseguindoavançar?ASCPDERJ – A representação dos tra-

balhadores está aguardando a reuniãocom o Presidente Paulo Coelho e com oSecretário da Casa Civil para tratar dosassuntos referentes à nossa pauta. Hácinco anos que temos apresentado amesma pauta, alterando apenas o índi-ce de reposição da inflação que a Cons-tituição Federal garante a todos os tra-balhadores. Desde 2003, após ahomologacão do PCCS pelo então De-putado Sérgio Cabral, Presidente daAlerj, que assinou devido a derrubadade um veto da então GovernadoraBenedita da Silva, não tivemos nossospleitos atendidos, ou melhor, apenasum artigo do plano parcialmente aplica-do. Anteriormente, havia um procedi-mento que representava o inicio das ne-gociações entre os trabalhadores e oGoverno. Nos últimos tempos as de-mandas dos trabalhadores estão sen-do ignoradas. O que se vê é um conge-lamento brutal dos nossos salários e aconstante ameaça do fim aos nossosdireitos com reformas feitas pelo Con-gresso que favorecem a iniciativa pri-vada e aos patrões.

TERCEIRIZAÇÃO À VISTA:“Seplag vai licitar

um novo sistema deRecursos Humanos

que abrange aFolha de Pagamento”

QUAL É O ACORDO?“Na aliança com oGoverno Federal

o Proderj está sendoutilizado como

moeda de troca”

Mobilizaçãona AlerjRepresentação dostrabalhadores buscaprovidências junto aoLegislativo estadual paraobter esclarecimentos sobreos gastos com atransferência e a respeito doacordo entre a ex-Presidentee atual Secretária deEducação, Teresa Porto, e oPresidente do Serpro,Marcos Mazoni.

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6 ••••• Março/2008 ••••• J O R N A L D A A S S O C I A Ç Ã O D O S S E R V I D O R E S D O P R O D E R J

Geral Coluna do Aposentado

Mensagem aosaposentados do Proderj

Caros colegas,Há 11 anos e alguns meses que nossos

proventos não são reajustados.Em função desta injustiça, um grupo de apo-

sentados, que hoje já somam 52 amigos, resol-veu iniciar um movimento em busca da reversãodeste quadro.Este grupo, denominado Amigos do Proderj ,

busca, em primeiro lugar e de forma sistemati-zada, o convencimento de nossos atuaisgovernantes da importância do Proderj como ór-gão gestor dos sistemas de informações doEstado do Rio de Janeiro.Acreditamos que esta visão representará a va-

lorização dos profissionais que atuam no Proderje também daqueles que se dedicaram duranteanos de suas vidas à criação e desenvolvimen-to dos sistemas que hoje sustentam decisõesgovernamentais.Sabemos que tratamos com um objetivo de

médio prazo.De imediato, buscaremos nossos direitos através

do convencimento político aos cidadãos que elege-mos para que nos representassem no Estado.Buscaremos também, através da atuação jurí-

dica os direitos que a Lei do Plano de Cargosnos assegura.Pleitearemos assim o Adicional de Titularidade

e Conhecimento, já pagos aos funcionários daativa e que nos foram negados, por parecer daProcuradoria Geral do Estado.Em nossa primeira reunião de trabalho, realiza-

da no dia 26 de março passado, o grupo Ami-gos do Proderj decidiu priorizar as seguintesquestões para atingir seus objetivos:1. Fortalecer a ASCPDERJ que é a representa-ção legal e formal dos profissionais do Proderj;2. Ampliar o grupo Amigos do Proderj é essencial,por agregar os interessados nos nossos objetivos;3. A busca de apoio político e jurídico para aconcessão do Adicional de Titularidade e Conhe-cimento.Para qualquer esclarecimento, entre em conta-

to com Marco Azevedo através do e-mail:[email protected], ou pelo telefone(21) 8718-5287.

Um grande abraço para todos.

Amigos do Proderj

Informe JurídicoInforme JurídicoInforme JurídicoInforme JurídicoInforme Jurídico

Disponibilidade

Os servidores que esti-veram em disponibilidaderealizaram reunião com oDr. Marcelino Picanço paraesclarecimentos relativosà Ação que a ASCPDERJinterpôs junto ao Tribunalde Justiça a fim de reaveros salários cortados doscompanheiros época. Commais esta vitória jurídica,o processo está em fasede execução, e cada umterá direito a receber tudoque lhe foi autoritariamen-te arrancado, com a devi-da correção.Durante a reunião, o Dr.

Marcelino esclareceu queos salários de até R$ 16,5mil serão pagos em 30 a90 dias após a conclusãodo Processo, já os valoresacima desta quantia vãopara Precatório. Aquelesque desejarem renunciarao seu valor total poderãofazê-lo através de docu-mento que se encontra naASCPDERJ, e receberãoR$ 16,5 mil.Ficou acertado que os

trabalhadores associa-dos a ASCPDERJ descon-

tarão 5% para o advoga-do e os não associadosrecolherão 10%.

Reajuste salarial

A Representação de nú-mero PP 7.886/07, fei-ta junto ao Ministério Pú-blico Estadual (MPE), en-contra-se na 7ª Promoto-ria do MPE.Esta representação tra-

ta da negativa do Proderjem não negociar um Re-ajuste Anual, nos salári-os dos servidores, con-forme determina o Planode Cargos. Em 3 de abril,aguardava resposta do

Proderj através da notifi-cação expedida por aque-le Ministério.

Lei da Mordaça

O Processo da “Lei daMordaça” de número2007.001.188836-5,impetrado pela ex-presi-dente do Proderj, TerezaPorto, está aguardando aautora se manifestar so-bre a contestação. Valelembrar que a atual Secre-tária de Educação proces-sa a ASCPDERJ por danosa sua imagem devido ascríticas nos informativosda entidade a sua política

de desmonte da Autar-quia nos 7 anos que diri-giu o órgão.

EstagiáriosirregularesA questão relacionada a

ocupação de cargos públi-cos por estagiários é oobjeto da denúncia de nú-mero ICP 2.078/07, do Mi-nistério Público do Traba-lho que requisita ao Proderja lista nominal com ende-reço residencial dos esta-giários da Autarquia, paradar seguimento a apuraçãodos casos mencionadosna denúncia, impetradapela ASCPDERJ.

Movimento de 01 a 31 de janeiro de 2008RECEITAS

SALDO ANTERIOR

Banco C/Movimento

Itaú S. A. – Ag. Uerj 8.879,23

Itaú S. A. - Ag. Marquês do Herval 730,20

Aplicação Itauvest Plus 301,24

Receitas Sociais

Consignações 10/2007

Dental System 22,00

Contribuições 32.307,47

Seguro de Vida 3.916,83

Par 1.543,73

Max Card 39,20

Sedeg Clínica Dentária 377,05 38.206,28

Receitas Sociais Avulsas

Par 332,82

Reservas Saquarema 3.034,00 3.366,82

Receitas Eventuais

Taxa Administrativa Unimed 7.959,60

Pro-Labore Ótica Gerson 14,56 7.974,16

Despesas Administrativas

Sobras caixa pequeno mês anterior 78,91

Adiantamentos Diversos

Recebidos no mês 511,21

Rendimentos S/Aplicações

Aplicação Itauvest Plus 1,76 60.049,81

DESPESAS

DESPESAS SOCIAIS 17.511,99

Despesas c/ Pessoal 10.474,72

Despesas Previdenciárias 2.711,39

F.G.T.S. 1.322,39

P.I.S. 84,51

I.R. Fonte 75,21

Despesas Bancárias 75,35

C.P.M.F. 161,8

Despesas Diversas 1.148,38

Despesas Eventuais 1.000,00

Despesas de Manutenção 196,10

Custas Judiciais 525,00

Fundo Post Morten 380,00

Auxilio Funeral 380,00

Despesas Sede Praiana 7.960,28

Despesas Administrativas 4.786,20

Saldo P/ Mês Seguinte

Banco C/ Movimento

Itaú S. A. - Ag. Uerj 10.775,83

Itaú S. A. - Ag. Marquês do Herval 177,61

Aplicação Itaúvest Plus 303,00 60.049,81

A informação queinteressa, agora,muito mais fácilde lerO novo site da Associa-

ção está mais ágil e o jáconhecido Coletânea mui-to mais atraente. Agora, asanálises dos melhores articulistas da imprensa podemser acessadas com mais rapidez e objetividade.Visite a nossa página, confira e informe-se sobre o

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J O R N A L D A A S S O C I A Ç Ã O D O S S E R V I D O R E S D O P R O D E R J ••••• Março/2008 • • • • • 7

Especial

Saúde em colapso

Corte de verbas, falta de saneamentobásico, abandono da saúde pública e

dos hospitais são as causas

M ais um surto de dengue assola a cidade doRio de Janeiro. Desta vez, a epidemia apresenta uma situação mais grave do que as cri-

ses anteriores. A situação se agrava cada vez mais.Segundo informações da Secretaria Estadual de Saú-de do Rio, em apenas um dia foram notificados maisde 2.015 casos na cidade, perfazendo uma média de84 casos por hora, num total de 43.534, vitimando81 pessoas (até o fechamento dessa edição), de acor-do com os dados oficiais apurados até o fechamentodessa edição.No entanto, a realidade é muito pior! Estima-se que

atinja mais que o dobro dessas notificações, já que agrande quantidade de pessoas que procura os postosde atendimento e hospitais não conseguem nem mes-mo ser atendidas. São números de uma dura realida-de que atinge, especialmente, a população pobre oRio de Janeiro, submetida a completa falta de infra-estrutura e saneamento básico.Para piorar, faltam leitos, médicos e hospitais que

garanta a toda a população o direito ao tratamentomédico.As verdadeiras causas estão diretamente relaciona-

das com a política de abandono da a saúde públicapraticada pelos governos federal, estadual e, princi-palmente, municipal, já que a prefeitura da cidade doRio de Janeiro, há muitos anos descartou os agentesde saúde da Fundação Nacional de Saúde (Funasa).Trata-se, portanto, de um grave crime do qual o pre-feito César maia é um dos maiores responsáveis.Há muito tempo uma epidemia de grandes propor-

ções estava anunciada. Apesar disso, as providenci-as não foram tomadas e quem mais sofre as conse-qüências são as crianças. A população que dependeunicamente do sistema de hospitais públicos estárevoltada. As reclamações são habituais nas filas dehospitais como Getúlio Vargas, na Penha, ou SalgadoFilho, no Méier, somente para citar dois exemplos.Mas a cena é comum em todos os hospitais, postosda prefeitura e tendas de atendimento.

A evolução dos casos nos últimos cinco anos2004 112 mil infecções

2005 204 mil infecções

2006 346 mil infecções

2007 560 mil infecções

Como mostra o quadro e destaque, estava evidenci-ado que 2008 teria um aumento elevadíssimo entre-tanto, as autoridades governamentais ignoraram ou

Descaso de governos causam dor à populaçãofingiram desconhecer a gravidade dasituação e tomaram medidas queajudaram a piorar ainda mais odrama. Principal dessas medidasforam os cortes de verbas.A redução na dotação orçamentá-

ria de 2008 de recursos destina-dos a ações epidemiológicas nopaís é uma situação bastanteperigosa, que eu espe-

ro seja revista pelo governo, pois o preço dessa con-dição é a probabilidade de aumento de epidemiasem todo o país”. O alerta foi feito pelo representantedo Conselho Nacional de Secretários Municipais deSaúde (Conasems), Marcos da Silveira Franco.O representante do Conasems foi um dos convida-

dos da audiência pública realizada pela SubcomissãoPermanente de Promoção, Acompanhamento e Defe-sa da Saúde, vinculada à Comissão de Assuntos So-ciais (CAS). A reunião foi requerida com o objetivo dedebater a situação e o controle da dengue, da febreamarela e da malária no Brasil.Em sua exposição, na qual enfatizou a crise de den-

gue no país, Marcos Franco destacou a necessidadeda ações de saúde voltadas para a proteção, preven-ção, promoção e assistência para combater a doen-ça. Essas ações, segundo ele, “só podem, de fato,ser integradas em nível local”. Mesmo assim, disse,o papel complementar do Estado é importante.– Se não houver integralidade da ação municipal com

o Estado, não é possível de maneira alguma contro-larmos nenhum processo epidêmico - ressaltou, aolembrar ainda que a hegemonia regional e estadualserá atingida somente com o necessário aporte técni-co, monitoramento e supervisão adequados.Além disso, o representante do Conasems afirmou

que é preciso não só uma ação coletiva, no sentidode informar e modificar conceitos e preconceitos emrelação às doenças epidemiológicas, mas também aresponsabilidade individual no combate ao problema,assim como ações sérias e competentes voltadas paraa questão do saneamento básico e o desenvolvimen-to urbano.

A previsão de que a epidemia se repita já foi anunci-ada pelo governo estadual. Resta saber, que medidasserão tomadas para impedir que o drama da popula-ção do Rio de Janeiro tenha fim.

Manifestação denunciadescaso com a saúde

Uma manifestação realizada nas escadarias da As-sembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj)e posteriormente ocupou o plenário da casa legislativa,representou a mobilização de entidades estaduais deservidores públicos contra o descaso dos governosfederal, estadual e municipal em relação à epidemiade dengue no Estado.O ato reuniu, além de sindicatos, associações e lide-

ranças políticas, entre elas, a ex-senadora Heloisa Hele-na, o deputado federal Chico Alencar, o vereador EliomarCoelho, a Juíza Salete Macaloz, centenas de pessoas.Agendado desde o inicio do ano, o ato acabou sendo

polarizado pelo debate sobre a situação dos servidoresda área de saúde. A principal reivindicação dos trabalha-dores dos serviços públicos foi denunciar a adoção porparte do governo do estado, da parceria público privada,que tem exatamente no setor de saúde incrementadoas primeiras experiências dessa desastrosa política.As entidades se comprometeram a dar continuidade

à luta em defesa dos serviços públicos no Estado. AASCPDERJ esteve presente no ato, através da presi-dente da Associação, Leila Santos, Júlio Faustino eJorge Balduíno estão, também, somando esforços nes-sa importante mobilização de todo o funcionalismoestadual.

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8 ••••• Março/2008 ••••• J O R N A L D A A S S O C I A Ç Ã O D O S S E R V I D O R E S D O P R O D E R J

IMPRESSO

Cultura

Representante oficial do Museu deHistória Natural de Nova York noBrasil, o Instituto Sangari traz ao

Rio de Janeiro a exposição “Darwin:Descubra o Homem e a Teoria Revolu-cionária que Mudou o Mundo”. A expo-sição foi um sucessode público em SãoPaulo, com mais de175.000 visitantes.“Pela manhã de-

sembarquei com Earlnas escadarias doPalácio [Paço Imperi-al]; nós então cami-nhamos pelas ruas,admirando sua apa-rência alegre e po-voada...pelas coresalegres das casas, or-nadas por sacadas, pelas numerosasigrejas e conventos, pelo número depessoas apressadas pelas ruas, a ci-dade ganha uma aparência que é sinalda capital comercial da América do Sul”.O trecho, retirado do Diário de Darwin,

é uma de suas diversas anotações du-rante a visita ao Rio de Janeiro, presen-te na exposição. Uma viagem na Histó-ria que leva os visitantes a conhecerem

Darwin noRio deJaneiroMostra retrata aspectos dapassagem do cientista pelacidade em 1832

a cidade de 175anos atrás, pelosolhos de um dosmais famosos ci-entistas que trans-formou a percep-ção sobre a ori-gem e a naturezadas espécies.

A exposição está dividida em oito se-ções, que retratam a trajetória de vidade Darwin, a expedição do Beagle, adescoberta de espécimes e o desen-volvimento da teoria da evolução porseleção natural. Um dos principais des-taques são os animais vivos e as plan-tas, que conectam os visitantes à sur-preendente diversidade encontrada eestudada pelo naturalista. A área de-

dicada à viagemfeita a bordo doHMS Beagle foi am-pliada com a cria-ção cenográfica daMata Atlântica, bio-ma que foi de gran-de importância pa-ra o naturalista.Essa seção aindapossui detalhes ex-

Janeiro é um dos principais centros decultura e entretenimento do Brasil e nãopoderíamos deixar de apresentar estamostra tão importante na cidade”, afir-ma Ben Sangari, presidente do Institu-to Sangari.A partir de julho de 2008, a mostra

passará por outras capitais comoBrasília, Goiânia, Curitiba, Porto Alegree Belo Horizonte, entre outras. Mais in-formações sobre a exposição: http://www.darwinbrasil.com.br

Darwin: Descubra o Homeme a Teoria Revolucionária

que Mudou o Mundo

Até o dia 4 de maio de 2008Museu Histórico Nacional

Praça Marechal Âncora, s/nº(Praça XV)

Pela manhãdesembarquei comEarl nas escadariasdo Palácio; nós entãocaminhamos pelasruas, admirando suaaparência alegre epovoada...”

clusivos sobre a trajetória de Darwin portoda a América Latina, especialmentepelo Rio de Janeiro.A iniciativa do Instituto Sangari, em

parceria com o Museu de História Na-tural de Nova York, tem o objetivo decriar soluções para melhorar a qualida-de da educação por meio do ensino deciências. “Acreditamos que o Rio de

Darwin, sobre o Rio de Janeiro

Darwin noRio deJaneiro