00 apostila os 05 passos

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  • Turma 2013.2.1 - Salvador Sandro M. Quadros Cabral

    Os 05 Passos da Hipnose! Aprendendo na prtica! 23 de novembro de 2013 !!!

    APOSTILA

    !Esta apostila parte integrante dos materiais didticos fornecidos no CURSO BSICO de hipnose, Os 05 Passos da Hipnose. Aprendendo na Prtica! Nela voc encontrar textos para aprofundamento, alm de diversas referncias que lhe permitiro desenvolver cada vez mais suas habilidades e conhecimentos referentes ao assunto.

    Bons Estudos!

    Equipe imyself.in

    !1

  • !!!!!!!!!!!!!

    O QUE HIPNOSE? Algumas definies. 3 CRIANDO RAPPORT 5 INDUES 11 APROFUNDAMENTOS 14 UTILIZAO 17 ANEXO 19

    2

    "A imaginao mais importante que o conhecimento. Conhecimento auxilia por fora, mas s o amor socorre por

    dentro. Conhecimento vem, mas a sabedoria tarda." Albert Einstein

  • !O QUE HIPNOSE? Algumas definies. um conjunto de tcnicas psicolgicas e fisiolgicas usadas para a modificao gradual da ateno levando a pessoa a um estado alterado de conscincia. Durante este processo, o grau de suscetibilidade hipnose medido atravs da capacidade do INDIVDUO em desconectar sua conscincia do mundo exterior e se concentrar em experincias e sensaes sugeridas pelo hipnoterapeuta. Quanto maior for essa capacidade, maior sero as possibilidades do INDIVDUO em desenvolver fenmenos hipnticos sugeridos, dentre os quais podemos destacar: amnsia total ou parcial da experincia hipntica, anestesia, modificao da percepo da realidade, alucinaes (negativas ou positivas), crises histricas, aguamento da memria, modificao nas respostas fisiolgicas, entre outros. (LOPES,2005.)

    Hipnose, no sentido de transe ou estado hipntico, pode ser auto-induzida ou alter-induzida.

    Hipnose auto-induzida, tambm chamada de auto-hipnose, consiste na aplicao das sugestes hipnticas em si mesmo.

    Hipnose alter-induzida pode, por analogia, ser chamada alter-hipnose embora esta no seja expresso de uso corrente e consiste na aplicao de sugestes hipnticas por outra (latim alter = outro) pessoa (o hipnotizador) num aquiescente (hipnotizado, paciente).

    Segundo Milton H. Erickson:

    Suscetibilidade ampliada para a regio das capacidades sensoriais e motoras para iniciar um comportamento apropriado.

    Segundo a American Psychological Association (1993):

    A hipnose um procedimento durante o qual um pesquisador ou profissional da sade, sugere que um cliente, paciente ou indivduo

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  • experimente mudanas nas sensaes, percepes, pensamentos ou comportamento.

    !Segundo os psiclogos Clystine Abram e Gil Gomes:

    A hipnose um estado de concentrao focalizada que permite acessar as estruturas cognitivas, os pensamentos e as crenas, identificando os sentimentos que esto relacionados a essa forma de processar os estmulos percebidos. Adequando o processamento das percepes e absorvendo o que sugestionado.

    Segundo o psiclogo e especialista em Hipnose, Odair J. Comin:

    A hipnose um conjunto de fenmenos especficos e naturais da mente, que produzem diferentes impactos, tanto fsicos quanto psquicos. Esses fenmenos podero ser induzidos ou autoinduzidos atravs de estmulos provenientes dos cinco sentidos, sejam eles conscientes ou no.

    Segundo o Dr. Sydney James Van Pelt (1949):

    Hipnose uma super concentrao da mente. Normalmente a mente se ocupa de vrios estmulos ao mesmo tempo; no estado de hipnose, a concentrao se d apenas em uma nica coisa, mas em um grau mais elevado do que o estado comum.

    !!!!!!!

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  • !CRIANDO RAPPORT Acredito que um SORRISO SINCERO E UMA ESCUTA ATIVA E DEDICADA so, sem dvida, as melhores ferramentas para criarmos Rapport com quem nos relacionamos, entretanto, existem algumas tcnicas que, se estudadas e praticadas, podem auxiliar no estabelecimento e na manuteno do rapport. !Abaixo apresentamos partes de artigos e compilaes resumidas de alguns materiais cujo teor pudemos estudar, assimilar e agora, compartilhar com vocs. Ao final de cada texto, apresentamos uma indicao sobre seus autores e onde encontrar as verses integrais.!RAPPORT (Penny Tompkins e James Lawley so consultores empresariais e pessoais, e podem ser contatados atravs da The Developing Company. E-mail: [email protected])!

    Qual a diferena que faz a diferena em sentir-se confortvel e apreciado por algum, mesmo se ele discordar do que voc disse? Como que voc gosta instantaneamente de algumas pessoas que encontra enquanto que de outras, voc no consegue nem escapar suficientemente rpido? Por que voc pode falar com algumas pessoas durante horas e isso parecer apenas minutos?!A resposta para todas essas perguntas o RAPPORT. Um dos alicerces da PNL (Programao Neuro Lingustica) e o mais importante processo em qualquer comunicao. Quando as pessoas esto se comunicando em rapport, elas acham fcil serem entendidas e acreditam que seus interesses so altamente considerados pela outra pessoa. Rapport significa receptividade ao que a outra est dizendo; no necessariamente que voc concorde com o que est sendo dito. E quando voc est em rapport, algo mgico acontece. Voc e os outros sentem que so escutados e ouvidos. Num nvel inconsciente, existe o confortvel sentimento de "Essa pessoa pensa como eu, eu posso relaxar".!O verdadeiro rapport cria uma atmosfera de confiana mtua. Se voc est usando o rapport como uma ttica para manipular outra pessoa para a sua maneira de pensar, em algum nvel inconsciente

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    " o primeiro fenmeno que acontece. o lao de confiana, pois o cliente se solta, na medida que confia no

    hipnoterapeuta. Samej Spenser

  • ela percebe isso instintivamente e no ir reagir positivamente. Entretanto, se voc se tornou um perito na arte do rapport e a sua inteno ouvir e ser ouvido, para alcanar solues ganha-ganha ou para criar amizades genunas, voc ir se tornar um comunicador poderoso e confivel.!Muitas vezes, as pessoas esto naturalmente em rapport. Voc j percebeu que alguns casais nos restaurantes esto em sintonia um com o outro e que seus corpos se movem juntos como que danando? Preste ateno nas crianas brincando, observe as interaes nas reunies, note os amigos num pub. Veja e oua como o efeito de duas pessoas se movendo juntas produz resultados positivos na comunicao delas. Observe tambm como a qualidade da interao muda para uma falta de comunicao quando a fisiologia delas no combina e elas esto fora de sincronia uma com a outra.!ESPELHAR !Assim sendo, como ns podemos conscientemente melhorar a nossa prpria habilidade de rapport? Podemos comear aprendendo o processo chamado de "espelhamento" que utilizado para reproduzir o comportamento da outra pessoa como se fosse uma sombra ou imagem refletida no espelho . Comportamentos que voc pode espelhar incluem:!Postura corporal

    Gestos da mo

    Expresses faciais

    Deslocamento do peso

    Respirao

    Movimento dos ps

    Movimento dos olhos!Espelhar "copiar" fisicamente os comportamentos da outra pessoa de uma maneira sutil. Tente espelhar apenas um aspecto do comportamento da outra pessoa enquanto estiver falando com ela talvez a postura dela. Quando isso se tornar fcil, inclua outro suavemente, como os gestos da mo dela. Gradualmente acrescente outro e outro at voc estar espelhando sem pensar sobre isso. Quanto mais voc praticar, mais fcil se torna. Como retribuio, a mesma reao positiva e confortvel que voc criou para a outra pessoa, ser sentida por voc mesmo.!PRTICA, PRTICA, PRTICA !

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  • Quanto mais voc praticar, mais voc se tornar consciente dos diferentes ritmos, gestos, padres da respirao que voc e os outros tm. fascinante entrar no "mapa do mundo" da outra pessoa espelhando o comportamento dela. Dessa maneira voc pode aprender muito mais sobre ela.!Tenha certeza de ser sutil no espelhamento quando estabelecer rapport. Se a outra pessoa est fazendo grandes gestos, impetuosos, voc pode escolher fazer igual, mas menor, movimentos menos bvios. O incio pode parecer desajeitado. Mas o valor de aprender a conseguir e manter o rapport vale todo o tempo e o esforo que leva para se tornar um especialista nessa rea de comunicao.!E voc pode ser surpreendido ao descobrir que a sua "intuio" ficar mais intensa quando se tornar consciente dos comportamentos e aes que anteriormente no percebia.!Espelhar algo que ns fazemos automaticamente quando estamos em torno das pessoas com as quais nos sentimos confortveis. Aprender a espelhar de propsito para obter rapport nos capacita a melhorar a nossa comunicao com os demais e a ter o apoio de todos que encontramos que nos ajudam a realizar nossos objetivos e metas.!Se voc tem a mnima dvida de que espelhar realmente funciona experimente. Escolha trs pessoas com quem voc quer uma melhor comunicao e as espelhe por apenas 10 minutos. Note a diferena que isso faz.!E voc? Est pronto para tentar algo novo e fazer estas mudanas agora?!ESPELHAR !Na primeira parte desse artigo, ns introduzimos o espelhar. Espelhar "copiar" fisicamente o comportamento de outra pessoa, como se os movimentos dela estivessem se refletindo de volta para ela. Isso feito com respeito e sutilmente. Num nvel inconsciente, a pessoa com quem voc se comunica dessa maneira, se sente reconhecida e aprecia o seu interesse por ela. Voc est acompanhando a experincia da pessoa, e apesar dela no perceber o seu espelhamento, ainda assim ele ter um efeito profundo.!Espelhamento feito com integridade e respeito cria sentimentos e reaes positivas em voc e nos

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  • outros. Caso contrrio, o espelhamento se torna arremedo e tem conseqncias negativas. Ento, quando voc aprender as habilidades de rapport adicionais que se seguem, relembre que o poderoso efeito que voc cria precisa ser baseado em valores e princpios nobres.!COMBINAR !Uma diferena bsica entre espelhar e combinar o timing. Enquanto que espelhar simultneo com os movimentos da outra pessoa, combinar pode s vezes ter um fator de "atraso no tempo." Por exemplo, se algum est gesticulando enquanto fala e estabelece um argumento, voc pode ficar quieto enquanto presta ateno. Quando for a sua vez de falar, voc pode fazer os seus comentrios e a sua posio usando o mesmo gesto ou similar.!Existem outros tipos de combinar:!EQUIPARAO CRUZADA escolher combinar um dos comportamentos a um correspondente, porm de um tipo diferente.!Por exemplo, se a pessoa est piscando muito ligeiro, voc pode fazer a equiparao cruzada discretamente dando pancadinhas com o seu dedo na mesma velocidade que ela pisca; ou acompanhar o ritmo de algum falando com pequenas inclinaes da sua cabea ou da sua respirao.!DIFERENCIAR tambm uma habilidade til para ser dominada a fundo. Voc j teve algum falando sem parar enquanto conversava com voc... e voc imaginando se ela iria parar de falar?!Voc pode quebrar o contato visual, gire o seu corpo em angulo com ela, respirar mais ligeiro ou mais devagar em contraste com a respirao dela... em resumo, faa qualquer coisa para quebrar o rapport por diferenciao. Voc ficar surpreso de como a conversa rpida e facilmente chega ao fim.!Voc ir se descobrir ouvindo e observando as outras pessoas em mais detalhes quando aprender essas habilidades bsicas do rapport. Prestar ateno nos outros dessa maneira um processo de estabelecer confiana, e quanto mais elegantemente voc espelhar, combinar e equiparar cruzado, mais seus clientes iro se transformar em "fs enlouquecidos".!PRTICA, PRTICA, PRTICA !

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  • Quando falar com membros da sua famlia ou com colegas de trabalho, encontre um comportamento ou movimento especfico para se focar e combine ou equipare cruzado. Voc pode selecionar um comportamento por dia para praticar at que voc possa formar todo o repertrio de habilidades de rapport.!Voc pode:!Usar os movimentos da sua mo para acompanhar a respirao da outra pessoa. Mexa seus ps para acompanhar os movimentos da cabea da outra pessoa.!Incline os seus ombros quando a outra pessoa inclinar a sua cabea.!Erga o dedo quando a outra pessoa levantar a sobrancelha.!Sinta-se a vontade para criar as suas prprias tcnicas de equiparao cruzada! Tambm lembre-se de praticar o diferenciar, mas tenha certeza de finalizar a interao no estado de rapport.!

    O artigo completo "RAPPORT - The Magic Ingredient" encontra-se no site www.cleanlanguage.co.uk !!

    Outra ferramenta poderosa e que vale a pena ser estudada para auxiliar no estabelecimento de RAPPORT, tratam-se dos:!SISTEMAS REPRESENTACIONAIS (Curso Practitioner de PNL - Fase I - PRO-SER Instituto )!Os Sistemas Representacionais so as portas de nossa percepo. !Usamos os sentidos fsicos (viso; audio; olfao; tato; paladar) para trazer o mundo exterior para a nossa mente e, assim, representa-lo internamente.!Os Sistemas Representacionais so partes que usamos, consciente ou inconscientemente, para comunicar algo ou processar algo dentro de nosso mapa interno.!So eles:!VISUAL: Este tipo de processamento diz respeito ao sentido da viso. Algum v algo que ocorre (visual externo) ou pensa em algo a partir de imagens (visual interno).!

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  • Suas submodalidades (distines, caractersticas e aspectos relacionados ao sistema especfico. Maneiras como se formam os pensamentos a partir das imagens) so: ! viso associada / dissociada

    colorida / preto e branco

    com ou sem moldura

    profundidade - duas ou trs dimenses

    localizao

    distncia - perto ou longe

    contraste

    focalizao

    movimento - dinmico / esttico

    velocidade - rpida / lenta

    tamanho!!

    AUDITIVO: Este tipo de processamento se baseia sentido da audio. Algum ouve algo (auditivo externo) ou pensa em algo a partir de sons (auditivo interno)!

    Suas submodalidades (distines, caractersticas e aspectos relacionados ao sistema especfico. Maneiras como se formam os pensamentos a partir dos sons) so: ! estreo / mono

    palavras / sons

    volume - baixo / alto

    tom

    timbre

    localizao do som

    distncia da fonte

    durao

    velocidade

    nitidez!

    CINESTSICO ou SINESTSICO: Este tipo de processamento ocorre em funo das sensaes, aes e movimentos. Algum sente algo que ocorre, por exemplo, calor ou toque (cinestsico externo) ou pensa em algo a partir de sensaes tteis ou internas (cinestsico interno). importante ressaltar que nesta submodalidade, alm do TATO, participam tambm a GUSTAO e o OLFATO.!

    Suas submodalidades (distines, caractersticas e aspectos relacionados ao sistema especfico. Maneiras como se formam os pensamentos a partir das sensaes, aes e movimentos) so:

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  • ! localizao da sensao

    intensidade

    presso - forte / fraca

    extenso

    textura

    peso

    temperatura

    durao da sensao

    forma!

    Geralmente as pessoas apresentam predominncia em algum dos sistemas acima, assim, o conhecimento e a identificao do sistema representacional do cliente auxiliar ao terapeuta no processo de comunicao, reforando assim, o estabelecimento do rapport.!!INDUES So diversas as tcnicas de induo, assim como sua definio no to precisa. Para explicar um pouco mais sobre a importncia da mesma, segue excerto de uma aula do Dr. Joel Priori Maia, cujo teor elucida e remete a importncia deste passo fundamental no processo hipntico.!TCNICAS DE INDUO HIPNOSE (Dr. Joel Priori Maia)!

    As tcnicas de induo hipntica so as mais variadas possveis e podem ser aplicadas isoladas ou em conjunto com outros procedimentos mdicos, odontolgicos e psicolgicos, o que faz a hipnose constituir-se em recurso teraputico de grande valor. Dir-se-ia que existem tantas tcnicas quantos so os hipnotistas, uma vez que cada um desenvolve a sua prpria maneira de atuao, baseada em sua experincia clnica e profissional, bem como pelo seu conhecimento terico do procedimento.!Sendo a hipnose um procedimento teraputico que se imbrica, repercute e tem aplicao em quase todas as especialidades mdicas, tem na Psiquiatria, Psicologia e na Medicina Psicossomtica, o seu campo de ao mais exuberante. Sua grande vantagem reside no fato de que, seja qual for o seu modo de ao, reduz de forma considervel o tempo e a durao do tratamento, o que a faz constituir-se em valioso mtodo de apoio psicoterpico e psicolgico. Alm disso, sua ao no se restringe ao campo psquico ou fisiolgico, pois atua indistintamente sobre ambos simultaneamente.!

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  • A escolha da tcnica de induo baseia-se, portanto, na orientao terica e na experincia do hipnotista, o que faz com que a hipnose tenha mltiplos e variadas formas de ser induzida.!

    !!A Tcnica da fixao do Olhar

    (Samej Spenser) !Em uma nica linha toda a tcnica foi descrita. Solicite ao paciente que relaxe seu corpo, esvazie a mente, deixe os msculos leves e soltos (cite gradativamente todas as partes que devero relaxar), totalmente relaxados, faa-o sentir confiante em voc e deixe-o saber que est em um local calmo... muito tranqilo e que nada poder incomod-lo, as mos estendidas sobre os joelhos, espalmadas e confortavelmente posicionadas, diga-lhe para fixar seu olhar no centro da unha do polegar esquerdo, atentamente, continuamente, diga a ele que seus olhos gradativamente iro ficar mais pesados, cansados, mas sem incmodos... apenas ir relaxar suas plpebras, descansando cada vez mais em um sono calmo e cada vez mais tranqilo. D algumas sugestes, como (Exemplo):

    Sua mo direita comea a ficar mais leve, como se um balo estivesse empurrando-a para cima, mais leve... mais leve... e comea a desprender-se de seus joelhos.

    O paciente, sob a vontade do hipnlogo comea a levantar a mo...Esta etapa a hipnoidal.Quando quiser despert-lo, desfaa as sugestes e diga-lhe o que quer que faa:

    Ao contar 3 abra seus olhos, despertando alegre e feliz... 1... 2... 3!

    Fcil, no? Experimente!

    !Tcnica de Induo Rpida (http://aprendahipnose.com/)!Existem diversas tcnicas de hipnose consideradas tcnicas de induo rpida, ou seja, as pessoas entram em transe rapidamente. Normalmente, as tcnicas de hipnose instantneasno levam o sujeito a umtranse profundo, e sim, a um transe leve. Terapeuticamente, importante ter na caixa de

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  • ferramenta as tcnicas de induo rpida, pois as vezes precisamos ajudar um paciente e temos pouco tempo, ou mesmo precisamos utilizar em momentos de emergncia.!Handshake Induction Milton Erickson A tcnica conhecida como handshake induction atribuida a Milton Erickson, um dos principais hipnoterapeutas do sculo XX. uma tcnica muito simples, e sua base de funcionamento a quebra de padro. Entendendo o funcionamento dessa tcnica, pode-se modificar para um abrao induction, beijo induction, ou qualquer outro tipo de ao que permita uma quebra de padro.!Como funciona essa tcnica de hipnose: !O padro de um aperto de mo estender a mo a outra pessoa, apertar a mo por poucos segundos e soltar a mo. Ns j fizemos tanto isso que o crebro processa no automtico. Basta algum lhe estender a mo que voc executa o programa aperto de mo do seu crebro, que envolve esse roteiro.!A quebra de padro significa quebrar o roteiro. O crebro toma um susto, pois o programa no executado como deveria, e precisa pensar para resolver esse problema. nesse exato instante que deve-se entrar com as sugestes hipnticas.!!http://www.youtube.com/watch?v=L8B5crHpu38

    http://www.youtube.com/watch?v=_JbRoTYoh94!O legal dessa tcnica de induo que d para praticar com amigos, familiares e pessoas na rua, pois no causa dano a ningum. O mximo que pode acontecer lhe chamarem de doido, quando no der certo.!Tcnica de relaxamento progressivo

    A tcnica de relaxamento visa ensinar o paciente a controlar sensaes corporais, diminuindo a freqncia dos sintomas de ansiedade. Relaxar algo fcil de se dizer, mas nem sempre de se fazer e, como qualquer outra habilidade, requer muita prtica para ser aprendida.O relaxamento muscular progressivo um exerccio que envolve a prtica de tenso e relaxamento dos principais grupos musculares do corpo.Uma vantagem adicional dessa abordagem que voc aprender a distinguir os msculos que esto tensos

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  • daqueles que esto relaxados. Ao identificar a tenso na sua forma inicial e aplicar o relaxamento, voc poder impedir o surgimento de sintomas fsicos de ansiedade.

    Procedimentos

    Sente-se confortavelmente em uma cadeira, feche os olhos e tencione todos os msculos do seu corpo. Concentre-se na sensao de tenso que surge em cada parte: ps, pernas, quadris, abdome, mo e braos, ombros,pescoo, boca, olhos, nariz, testa e cabea. Mantenha essa tenso por 5segundos e, ento, relaxe, deixe a tenso ir embora e fique assim por 10 ou 15segundos. Perceba as sensaes de conforto que surgem quando voc relaxa todos os seus msculos. Repita este exerccio vrias vezes, ate que voc se sinta completamente relaxado. Se apenas algumas partes do seu corpo permanecerem tensas, pratique a tcnica de tenso-relaxamento nessas reas.Com o corpo relaxado, tente relaxar tambm sua mente, pensando em algo agradvel e respirando devagar. Aps 1 ou 2 minutos, abra seus olhos e alongue lentamente os msculos, movendo-se bem devagar.

    !APROFUNDAMENTOS Aps a induo o cliente fica mais suscetvel aos comandos e sugestes porm, para que possamos realizar os processos teraputicos necessrio que o estado hipntico seja aprofundado.!Existem diversas classificaes para os nveis de hipnose, porm, vamos apresentar aqui a classificao bsica que contempla 05 nveis baseados na ESCALA leCRON BORDEAUX, so eles:!

    Hipnoidal 1 Relaxamento Fsico2 Aparente sonolncia3 Tremor das plpebras

    4 Fechamento dos olhos

    5 Relaxamento mental e letargia mental parcial

    6 Membros pesados!!

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  • Transe Ligeiro 7 Catalepsia ocular8 Catalepsia parcial dos membros9 Inibio de pequenos grupos musculares

    10 Respirao mais lenta e mais profunda

    11 Lassido acentuada (pouca inclinao a se mover, pensar, agir)

    12 Contraes espasmdicas da boca e do maxilar durante a induo

    13 Rapport entre o sujet e o operador

    14 Simples sugestes post-hipnticas

    15 Contraes oculares ao despertar

    16 Mudanas de personalidade

    17 Sensao de peso no corpo inteiro

    18 Sensao de alheamento parcial!Transe Mdio 19 O paciente reconhece estar no transe, e sente, embora no o descreva

    20 Inibio muscular completa

    21 Amnsia parcial22 Glove anestesia (da mo)

    23 Iluses cinestsicas

    24 Iluses do gosto25 Alucinaes olfativas26 Hiperacuidade das condies atmosfricas27 Catalepsia geral dos membros e do corpo inteiro!!Transe Profundo ou Sonambulico 28 O paciente pode abrir os olhos sem afetar o transe

    29 Olhar fixo, esgaseado e pupilas dilatadas

    30 Sonambulismo31 Amnsia completa

    32 Amnsia post-hipntica sistematizada

    33 Anestesia completa

    34 Anestesia post-hipntica

    35 Sugestes post-hipnticas bizarras

    36 Movimentos descontrolados do globo ocular, movimentos descoordenados

    37 Sensaes de leveza, estar flutuando, inchando e alheamento

    38 Rigidez e inibio nos movimentos

    39 O desaparecimento e a aproximao da voz do operador.

    40 Controle das funes orgnicas, pulsao do corao, presso sangunea, digesto, etc.

    41 Hipermnesia (lembrar coisas esquecidas)

    42 Regresso de idade

    15

  • 43 Alucinaes visuais positivas post-hipnticas

    44 Alucinaes visuais negativas post-hipnticas

    45 Alucinaes auditivas positivas post-hipnticas

    46 Alucinaes auditivas negativas post-hipnticas

    47 Estimulao de sonhos (em transe ou post- hipnoticamente no sono normal)

    48 Hiperestesias49 Sensaes cromticas (cores)!Transe Pleno 50 Condio de estupor inibindo todas as atividades espontneas. Pode sugerir-se o sonambulismo para esse efeito.!!

    Uma das maneiras mais eficazes de se aprofundar um transe atravs de indues metafricas. A seguir apresentamos um roteiro simples que bastante utilizado por diversos profissionais:!Visualize uma escada !Com o cliente induzido, solicite que ele se visualize (da maneira dele) no topo de uma escada. Evite dar detalhes da escada, deixe que ele crie a prpria experincia. !Sugestione que ele absorva e fortalea bem a imagem da escada, dando ateno aos sons e as sensaes. Diga para ele (da maneira dele) comear a descer a escada, e a medida em que ele vai descendo o degrau, diga: E QUANTO MAIS VOC DESCE, MAIS PROFUNDO SE TORNA SEU TRANSE! !Reforce positivamente: ISSO! PERFEITO! Voc tambm pode sugestionar: Quanto mais voc respira, mais profundoprofundoprofundo!Parece simples, porm bastante eficaz.!!!!!!!

    16

  • UTILIZAO So diversas as reas de atuao que aceitam cada vez mais a hipnose como uma ferramenta na promoo de mudanas e no tratamento de diversas doenas. A seguir, apresentamos uma breve lista retirada do curso do Professor Idalino Almeida, de algumas reas onde voc poder aplicar aquilo que aprendeu atravs de nosso curso.!Sugerimos porm, que voc busque mais informaes e conhecimentos e, alm disso, que busque a prtica constante, pois a prtica lhe trar a confiana necessria para utilizao da hipnose.!Voc pode utilizar hipnose em:

    Esportes Preparao de Atleta

    Auto-Monitoramentos Ps-Cirrgico

    Procedimentos Hospitalares

    Fobias de:

    Viajar de avio

    Animais

    Altura

    Dirigir automveis

    Claustrofobia

    gua

    Escuro

    Transtorno da ansiedade

    Fobias especficas

    Maus hbitos

    Medos

    Dor

    Insnia

    Compulso alimentar

    Enurese noturna

    Tiques etc.

    Evocao de memria (regresso de memria)

    Dficit de Concentrao

    Depresso

    Modulao de raiva e impulso

    Gagueira

    Fonoaudiologia

    Reduo da presso arterial

    Psicossomtica

    Efeitos colaterais quimioterapia

    Preparao para cirurgias

    17

  • Hipnose na atualidade brasileira (http://www.hipnoterapia.com.br/)!O uso da hipnose no Brasil tem crescido por uma srie de razes: pesquisas sobre seu uso em psicoterapia, medicina e odontologia; a eficincia no tratamento de diversos sofrimentos psquicos; o enfraquecimento de abordagens tradicionais da psicologia (hoje em mais de 400) que se mostram ineficientes no tratamento de variados sofrimentos psquicos; e a descoberta crescente dos indivduos de que psicoterapia, inclusive com hipnose, pode ser til para curar dores ou doenas psquicas.Usos atuais da hipnose no BrasilPsicoterapia Tem sido usada com eficientes resultados com quase todos os distrbios chamados psiquitricos, tanto com a finalidade de diagnstico como de tratamento (seu uso em esquizofrenia moderada e grave limitado e arriscado, pois pode agravar o quadro).Medicina e odontologia Principalmente no uso com dor em situaes pr, durante e ps-cirrgicas, assim como para dor crnica ou aguda, recorrente ou no. Podendo inclusive trabalhar com dor no membro fantasma e memria de dor. Ambas sendo possveis por utilizar a mesma intensidade com que a rede neural da dor foi criada, podendo ser feitas tantas repeties quanto necessrias.Pesquisa em neurologia, fisioterapia e educaoH interessantes possibilidades do uso da hipnose nessas reas, na neurologia com a finalidade de ver uso do funcionamento cerebral referente memria, aprendizagem e formao de redes neurais; na fisioterapia como auxlio na acelerao do processo de recuperao de leses fsicas; e em educao como aumento de concentrao facilitando a memorizao e aprendizagem em geral.Bayard Galvo!!!!!!!!!!!!!!!!

    18

  • ANEXO !11/1/13 ISTO Independente - verso para impresso

    ISTO - Independente

    Medicina & bemestar | Edio: 2018 | 09.Jul.08 - 10:00 | Atualizado em 01.Nov.13 - 21:35

    A medicina aprova a hipnose

    Hospitais do Brasil e do Exterior usam o mtodo no tratamento de sintomas de doenas como cncer, asma ou insnia CILENE PEREIRA E MNICA TARANTINO

    Primeiro foi a acupuntura. Agora, a vez de a hipnose ser finalmente reconhecida e adotada pela medicina. O mtodo comea a figurar entre o arsenal de recursos oferecidos por instituies de renome no mundo todo. usado, por exemplo, no Memorial Sloan- Kettering Cancer Center e no M. D. Anderson Cancer Center, dois dos mais importantes centros de tratamento e pesquisa da doena, para diminuir efeitos colaterais da quimioterapia, como a fadiga e a dor. Tambm utilizada no Hospital de Lige, na Blgica, como opo de analgesia. No Brasil no diferente. J faz parte da rotina de servios de primeira grandeza como o Hospital A. C. Camargo, de So Paulo, especializado na luta contra o cncer, e ganhou espao no Hospital das Clnicas de So Paulo (HC/SP), a instituio que serve de escola para os estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade de So Paulo (USP). As indicaes tambm so amplas.

    www.istoe.com.br/reportagens/detalhePrint.htm?idReportagem=11418&txPrint=completo 1/7

    11/1/13

    ISTO Independente - verso para impresso

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  • S para citar algumas, alm do cncer: dor crnica, transtorno do pnico, asma, tenso pr-menstrual, enxaqueca, analgesia em procedimentos dentrios, alergias, problemas digestivos de fundo nervoso, fobias e insnia.

    Esta entrada definitiva da hipnose pela porta da frente da medicina no ocorreu por acaso. O movimento est sustentado por uma gama de estudos comprovando sua eficcia nas mais variadas enfermidades. Um dos mais recentes foi conduzido na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, e provou que o mtodo pode ser usado com sucesso no diagnstico de crianas com epilepsia. Os cientistas queriam saber se as oito participantes tinham mesmo crises da doena ou manifestavam os sintomas - muito parecidos com os provocados pela enfermidade - por causa de outros fatores, como stress profundo. Eles levaram as crianas a um estado hipntico e as fizeram imaginar que estavam tendo uma crise. Enquanto isso, elas eram monitoradas por aparelhos de exame de imagem. Em todas, as reas ativadas durante o transe no foram as tradicionalmente

    20

  • associadas epilepsia. A concluso foi a de que as crianas de fato no tinham a doena. Agora, os cientistas querem ensinar os pequenos a evitar as crises usando a hipnose.

    www.istoe.com.br/reportagens/detalhePrint.htm?idReportagem=11418&txPrint=completo 2/7

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    Outro trabalho de resultado expressivo foi apresentado no congresso do Colgio Americano de Pneumologia, realizado no final do ano passado nos Estados Unidos. Coordenado por mdicos do Massachusetts General Hospital, o estudo revelou que pacientes hospitalizados com doenas cardacas submetidos a apenas uma sesso de hipnose tinham maiores chances de vencer a luta contra o tabagismo aps seis meses do que aqueles que usavam adesivos para repor a nicotina. "Constatamos que a hipnoterapia est entre as

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  • melhores opes teraputicas contra o cigarro", afirmou Faysal Hasan, lder do trabalho. No Beth Israel Deaconess Medical Center e na Faculdade de Medicina de Harvard (EUA), pesquisadores constataram que a tcnica tornou mais confortvel e menos dolorosa a realizao de bipsia de ndulos de mama. "A hipnose ajuda muito a diminuir o stress das mulheres que precisam passar por essa experincia", disse Elvira Lang, professora de radiologia de Harvard. No Brasil, as pesquisas sobre os possveis benefcios tambm comeam a proliferar. Na Faculdade de Medicina da USP, campus de Ribeiro Preto, os mdicos verificaram seu efeito como terapia auxiliar contra a dor de cabea persistente. "Os resultados foram muito promissores. A hipnose pode ser um tratamento coadjuvante nesses casos", afirma o neurologista Jos Geraldo Speciali, professor do departamento de neurologia da universidade.

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  • Concluses como essas esto motivando investigaes mais profundas sobre os mecanismos pelos quais o mtodo produz resultados. A explicao mais plausvel obtida at agora a de que a hipnose provoca modificaes profundas no funcionamento do crebro, alteraes essas documentadas por exames de imagem precisos e sofisticados. Os achados derrubam por terra, de vez, a associao equivocada da tcnica com algo mstico, esotrico. No nada disso. Hoje, o conceito mdico de hipnose claro: trata-se de um estado alterado de conscincia induzido por profissionais capacitados. Nesse estado, h mudanas nos padres das ondas cerebrais e vrias estruturas do rgo so ativadas com maior intensidade, em especial as relacionadas memria e s emoes.

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  • O objetivo atingir um nvel mximo de ateno para extrair da mente o que for preciso para ajudar no tratamento, aproveitando que as condies cerebrais obtidas deixam o paciente com maior abertura para ser sugestionado. "A pessoa desvia a ateno dos estmulos externos e a crtica diminui. Ela passa a entender e aceitar melhor as sugestes dadas pelo hipnlogo", explica o mdico Osmar Cols, coordenador do grupo de estudos de hipnose do departamento de psicobiologia da Universidade Federal de So Paulo (Unifesp). Um trabalho muito interessante comprovou quanto os indivduos de fato ficam abertos sugesto, chegando a enganar o prprio crebro nesse processo. O neuropsiclogo Stephen Kosslyn, da Universidade de Harvard, induziu voluntrios hipnotizados a enxergarem cor em um painel totalmente cinza. Nos exames de imagem, verificou que as reas cerebrais ativadas foram exatamente as acionadas para a percepo de cores variadas. "Isso prova que o crebro se comporta de acordo com as sugestes", afirmou o cientista ISTO.

    Um exemplo prtico desse processo pode ser visto nos passos tomados para o tratamento da dor. " preciso fazer com que o paciente saia do foco da dor. Por meio da hipnose, ele deve ser levado a se concentrar em estmulos de relaxamento e sensaes prazerosas, fazendo com que se esquea o mximo possvel da sensao de desconforto", explica a psiquiatra Clia Ldia Costa, do Hospital A. C. Camargo. Mas essa no a nica possibilidade. "Pode-se modificar a percepo de uma dor intensa para uma sensao de peso ou formigamento ou reduzir o tamanho da rea dolorida para apenas uma parte", diz o clnico e psicoterapeuta Joo Figueir, do Centro Multidisciplinar de Dor do HC/SP. De acordo com David Spiegel, pesquisador do Instituto de Neurocincia da Universidade de Stanford, a alterao no entendimento do que ocorre tambm traz outro benefcio, alm de maior conforto: "O mtodo reduz a ansiedade que normalmente acompanha os episdios de dor", afirmou o cientista ISTO. Um alerta importante: os profissionais srios jamais tratam dores cujas causas no tenham sido identificadas.

    Contra as fobias, o mecanismo de mudana do entendimento o mesmo. "Se a pessoa tem medo de avio, peo que se visualize em

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  • um aeroporto entrando na aeronave. Ela vivenciar esse momento de forma ntida e sem medo", diz o psiclogo Jos Roberto Leite, da Unifesp. No caso de sua aplicao para tratar o stress ps-traumtico, o objetivo ajudar o indivduo a modificar sua viso do evento responsvel pelo trauma - um assalto, por exemplo. "Procuramos dar um novo significado ao que aconteceu, para que a sensao de medo ou ansiedade associada ao fato no aparea mais", explica o mdico Luiz Carlos Motta, presidente da Sociedade Brasileira de Hipnose e Hipniatria. O treinamento constante permite que o indivduo aprenda a se autohipnotizar nos momentos necessrios para superar as situaes desencadeantes dos problemas.

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  • O momento atual da hipnose marca uma virada importante para uma ferramenta cuja histria foi pontuada por altos e baixos. Um dos primeiros registros de sua utilizao na Antigidade, pelos egpcios. No entanto, o olhar mais cientfico s comeou no sculo 18, com pesquisas feitas pelo mdico austraco Franz Mesmer. No sculo seguinte, o ingls James Braid definiu o transe como um "estado de sono do sistema nervoso". Por isso, cunhou o termo hipnose, que vem do grego Hypnos, o deus do sono. Posteriormente, porm, Braid se arrependeu da criao ao verificar que hipnose e sono so coisas diferentes. No sculo XX, o austraco Sigmund Freud, o criador da psicanlise, usou o recurso no tratamento da histeria, mas o abandonou. O resgate da tcnica s veio anos depois, na Primeira Guerra Mundial, como opo de analgesia durante cirurgias realizadas nos campos de batalha.

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  • Durante todos esses anos, entretanto, charlates se apropriaram do mtodo e o usaram como um rentvel atrativo para shows em circos e programas de televiso. Infelizmente, para muita gente essa ainda a idia de hipnose. No entanto, basta conhecer um profissional srio e que usa a tcnica com finalidade mdica para esquecer a imagem caricata de um hipnotizador de aparncia extica, capaz de transformar seu paciente em um zumbi. Primeiro porque o pndulo deixou de ser o instrumento preferido da maioria dos mdicos. Hoje, grande parte das indues feita por meio de relaxamento dirigido por palavras ou toque em pontos especficos da face, entre outras tcnicas (usam- se ainda, verdade, recursos como um pingente de cristal, nos casos em que o paciente responde bem a estmulos visuais). Outro equvoco imaginar que qualquer um pode ser hipnotizado de uma hora para outra, mesmo contra sua vontade. "Pessoas muito sensveis podem entrar no estado hipntico sem perceber, mas raro. Normalmente, quem no quer, resiste, e no entra em transe. Alm disso, aquele que deseja sair do estado hipntico pode demorar um pouco, mas consegue", diz o mdico Cols.

    Colaborou Adriana Prado

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