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Propriedades Físicas e Mecânicas Tensões: São forças externas aplicadas sobre um corpo (é a foça por unidade de área, em um corpo que resiste à força externa). T=F/a ou seja carga/área aplicada Toda tensão aplicada leva o corpo a uma deformação que pode ser: a) Elástica - reversível b) Plástica – irreversível Obs: Se induzirmos uma tensão acima do que o corpo pode suportar, provocaremos uma fratura. Tipos de Tensões: A tensão é definida de acordo com a sua direção e magnitude a) Tensão por Tração: É qualquer força induzida, que resista a deformação causada por uma carga que tende a estender ou alongar um corpo. Uma tensão por tração é sempre acompanhada por uma deformação por tração. b) Tensão por Compressão: Se um corpo for colocado sobre uma carga que tenda a comprimi-la, as forças internas que resistem a tal carga, são chamadas de tensão por compressão. Uma tensão por compressão é sempre acompanhada de uma deformação por compressão.

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Propriedades Físicas e MecânicasTensões: São forças externas aplicadas sobre um corpo (é a foça por unidade de

área, em um corpo que resiste à força externa).T=F/a ou seja carga/área aplicadaToda tensão aplicada leva o corpo a uma deformação que pode ser:a) Elástica - reversívelb) Plástica – irreversívelObs: Se induzirmos uma tensão acima do que o corpo pode suportar, provocaremos

uma fratura.

Tipos de Tensões: A tensão é definida de acordo com a sua direção e magnitudea) Tensão por Tração: É qualquer força induzida, que resista a deformação causada

por uma carga que tende a estender ou alongar um corpo. Uma tensão por tração é sempre acompanhada por uma deformação por tração.

b) Tensão por Compressão: Se um corpo for colocado sobre uma carga que tenda a comprimi-la, as forças internas que resistem a tal carga, são chamadas de tensão por compressão.

Uma tensão por compressão é sempre acompanhada de uma deformação por compressão.

c) Tensão por Cisalhamento ou Torção: É uma tensão que tende a resistir a um movimento de torção ou de deslizamento de uma porção sobre outra de um determinado corpo.

Obs: As tensões podem ser classificadas segundo seu tempo de aplicação:

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* Cargas ou Tensões Estáticas: São forças mecânicas aplicadas de forma constante por um tempo determinado, em um objeto ou material.

* Cargas ou Tensões Dinâmicas: São forças mecânicas aplicadas por algum instante em um objeto ou material. São o resultado de uma força criada pelo movimento da mandíbula contra a maxila.

Obs: As tensões podem ser classificadas segundo a liberação de tensões:* Tensões Contigentes: Quando retirada a força a liberação da tensão se faz

rapidamente.* Tensões Residuais: Quando retirada a força, a liberação da tensão se faz

lentamente.

Ductibilidade: É a capacidade de um corpo sofrer grandes deformações permanentes por tração sem se fraturar.

Maleabilidade: É a capacidade de um corpo sofrer grandes deformações permanentes por compressão, sem se fraturar.

Tenacidade: É a propriedade de ser difícil de quebrar no sentido elástico ou plástico, e é definida como a energia exigida para fraturar um material. Pode-se concluir também como regra que um material tenaz é geralmente resistente.

Fragilidade: É conhecida geralmente como o oposto da tenacidade, em outras palavras um material frágil é passível de fraturar no seu limite de proporcionalidade ou próximo dele.

Limite de Elasticidade: O limite de elasticidade de um material, é a maior tensão a qual esse material pode ser sujeito, de forma que retorne as dimensões originais quando as forças forem liberadas.

Limite de Proporcionalidade: O limite de proporcionalidade, é a maior tensão a qual pode ser submetido um material de forma que a tensão seja diretamente proporcional a deformação, segundo a Lei de Hooke.

Em resumo é o limite da maior tensão a que o corpo pode der submetido sem se fraturar

Lei de Hooke: Uma tensão é diretamente proporcional a deformação, no setor de deformações elásticas.

Obs: Uma grande parte dos materiais apresenta o limite de elasticidade próximo ou igual ao limite de proporcionalidade.

Resiliência: É a capacidade de energia absorvida por um corpo, necessário para deforma-lo quando submetido a uma tensão de menor valor que o limite de proporcionalidade.

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Adesão e Coesão: Adesão é a força que faz com que duas substância se liguem quando colocadas em contato íntimo uma com a outra. Quando as moléculas atraídas são diferentes, é denominado de Adesão. Quando as moléculas atraídas são do mesmo tipo é chamada de Coesão.

Escoamento: É definido como a deformação lenta sobre tensões pequenas, isto é grande aumento de deformação com pouca tensão (tensão pequena/deformação grande).

Viscosidade: É definida como a resistência de uma substância a escoar sob a ação de tensões.

Sorpção de Água: A sorpção de água de um material, representa a quantidade de água absorvida pela superfície para o interior do corpo do material.

PRODUTOS DE GIPSITA - GESSOS ODONTOLÓGICOS

1-Introdução: É encontrado particularmente na Alemanha e Escócia. Quimicamente, o mineral na forma usada para fins odontologicos e sulfato de cálcio di-hidratado quase puro (CaSO 4 2H2O).

2-Gessos odontológicos:O gesso usado na odontologia é obtido promovendo-se a retirada de parte da água de

cristalização do sulfato de cálcio di-hidratado, pelo processo de calcinação da gipsita. A especificação nº25 da American Dental Association (A.D.A.) classifica os gessos

odontológicos do seguinte modo:

*Tipo I - gesso para moldagem*Tipo II - gesso comum*Tipo III - gesso pedra*Tipo IV - gesso pedra de alta resistência*Tipo V- gesso pedra extra –duro

Todos esses tipos de gessos odontológicos são basicamente a mesma substância química: o hemi-hidrato de sulfato de cálcio (CaSO4)2.H2O. Dependendo, porem, da forma como é realizada a calcinação, pode-se obter duas formas cristalinas distintas: os chamados hemidrato alfa (α) e hemi – drato beta (β) as diferenças entre ambos residem no tamanho e forma do cristal. O hemi-hidrato alfa (gesso pedra) apresenta cristais mais densos, de forma mais prismática e de tamanhos regulares. O hemi-hidrato beta (gesso comum) apresenta cristais mais esponjosos, com forma e tamanho mais irregulares. O gesso é empregado sob várias formas na odontologia, como se segue: *na obtenção de moldes (não mais utilizado), fixação de modelos em articuladores, inclusão de próteses totais e removíveis em muflas, etc. (gesso paris).

*na construção de modelos de estudo, modelos de trabalho, modelos de trabalho modificado etc. (gesso pedra).

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*na fundição de alta precisão, quando misturados com uma forma alotropica da sílica (revestimento).Gesso comum :

Se a gipsita for calcinada em caldeira, cuba ou forno rotatório aberto (exposto ao ar), à temperatura de 110 – 120ºC, o produto terá cristais caracterizados pelas formas irregulares e esponjosos chamados de hemidrato beta.

Forno, 110 a 120°C. CaSO4. 2H2O -------------------------- (CaSO4)2 H2O

^ hemidratado β

O gesso comum e utilizado em prótese, na confecção de modelos de estudo, modelos anatômicos, fixação de modelos em articuladores, inclusão de prótese totais e removíveis em muflas, etc.

Gesso pedra

Quando a calcinação da gipsita sob pressão de vapor d’água, em autoclave, a temperaturas de 120 – 130ºC, o hemidrato alfa apresenta cristais mais densos e forma prismática, caracterizando o gesso pedra. Autoclave 120 a 130°C. CaSO4. 2H2O -------------------------- (CaSO4)2 H2O

^ hemidratado α

O tamanho dos cristais tem influencia nas propriedades do gesso e para controla-los são usados alguns métodos como a obtenção da gipsista, que vai ser calcinada em partículas de tamanho controlados, a regulagem adequada da temperatura durante a calcinação e o tempo de duração da calcinação. O tamanho das partículas é um dos fatores principais na determinação da quantidade de água exigida. Outros fatores que determinam a quantidade de água

- distribuição do tamanho de partículas- adesão entre partículas

O gesso pedra e o mais utilizado na odontologia na confecção de diversos tipos de modelos protéticos, modelos ortodôntico, modelos de estudo e participando ainda na composição de revestimentos refratários. Apresentam cores variadas (amarelo, marrom e ocre), ao contrário do gesso comum que é sempre branco. Gesso e pedras especiais:

Tipo (IV tipo V), que recebe também o nome de “densite” e “extra – dur” respectivamente, é obtido quando se remove a água de cristalização, em autoclave, através de ebulição numa solução de cloreto de cálcio a 30%; em seguida, o fabricante elimina o cloreto, e o sulfato de cálcio hemi-hidrato relutante e seco e moído, ate se obter um pó adequadamente fino.

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Outro método é a realização da reação de calcinação na autoclave, na presença de succionato de sódio (0,5% ou menos). Os cristais alfa assim obtidos são ainda mais regulares que o gesso tipoIII.

Autoclave 120 a 130°C. CaSO4. 2H2O -------------------------- (CaSO4)2 H2O

^ hemidratado α

Reação de presa:

Quando se mistura água ao gesso em pó, a reação química que se desenvolve é a reversão da primeira parte da reação (1).

(CaSO4)2 . H2O + 3H2O ======> 2CaSO4 . 2H2O + calorForma-se novamente a própria gipsita e o calor desprendido pela reação exotérmica é

equivalente aquele que foi utilizado para a calcinação a) ao se misturarem ambos, há uma suspensão do hemi-hidrato na água, e a mistura apresenta-se fluida neste estagio.

b) o hemi-hidrato se dissolve na água, formando uma solução altamente saturada de íons sulfato de cálcio.

c) estes íons difundem-se e precipitam-se (cristalizam-se) sobre núcleos de cristalização pré-existentes (geralmente constituídos por gipsifa ou impurezas)

A evolução da reação pode ser seguida pelo aumento de temperatura. No início, além dos cristais pré-existentes de gipsita adicionados ao produto pelo fabricante com a finalidade de acelerar a velocidade da reação, formam-se novos cristais em pequeno numero. O período de tempo que decorre at que se evidencie o aumento da temperatura e chamado de período de indução.

Quando a temperatura atinge seu ponto máximo, a maior parte do hemidrato já se converteu em gipsita e a temperatura começa a cair, até atingir a temperatura ambiente

Reação Água Pó

As quantidades de água e pó devem ser precisamente medidas, respectivamente em volume e peso. Exemplo: numa relação A/P de 0,50, o profissional necessita usar 100g de gesso para cada 50ml de água.

Esta proporção é fator importante na determinação das propriedades químicas e físicas do produto final; dentro de certos limites práticos, quanto maior a relação A/P, maior será o tempo de presa e menor a resistência do produto. Para uma mesma quantidade de pó, quanto mais água for usada, maior será a difusão dos núcleos de cristalização na massa; havendo menor número destes núcleos por unidade de volume, mais longo será o tempo de presa.

*Gesso comum: 0,45 a 0,55 *Gesso pedra: 0,30 a 0,35 *Gesso pedra de alta resistência: 0,20 a 0,25

Tempo de presa e seu controle:

O tempo que decorre desde o maomento em que pó e água entram em contato (inicio da mistura) até o mmmento em que o produto final esteja endurecido chama-se tempo de presa. Ao

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tempo decorrido desde o inicio da mistura até o momento no qual a agulha de Gillmore menor não mais penetra na superfície, convencionou-se chamar tempo de presa inicial (T.P.I.); toma-se a agulha maior, quando essa não mais penetrar, atingiu-se o tempo de presa final (T.P.F.); também contado à partir do inicio da mistura.

Imediatamente após ter sido a mistura vazada num recipiente, sua superfície apresenta-se molhada e consequentemente brilha contra a luz; após certo tempo, nota-se que ocorre a perda do brilho superficial; a este tempo, também contado a partir do inicio da mistura, chama-se tempo de perda de brilho (TPB); ele precede em alguns minutos o T.P.I. e, do ponto de vista prático, é importante seu conhecimento, pois a perda do briho significa o fim do período de indução, durante o qual a mistura recém – espatulada pode ser vertida (vazada) num molde, pois apresenta fluidez sufiente.

Impurezas:

Se a calcinação não for completa, de modo que partículas de gipsita permaneçam, ou se o fabricante adicionar gipsita, o tempo de presa será encurtado por causa do aumento de núcleos de cristalização em potencial.

Granulometria:

Quanto menor a partícula de hemidrato, mais rapidamente a mistura endurecerá. Este aumento na velocidade de cristalização não se deve apenas à facilidade de dissolução do hemidrato, mas também devido a quantidade dos núcleos de gipsita que serão mais numerosos.

Relação A / P:

Quanto mais água for usada para a mistura, menos núcleos de cristalização estarão presentes por unidades de volume e conseqüentemente o tempo de presa será aumentado.

Espatulação:

Dentro de certos limites, quanto mais longa a manipulação do hemidrato em mistura com água, mais curto será o tempo de presa. Alguns cristais de gipsita formam-se imediatamente após o hemidrato ser misturado em água. A continuação da espatulação irá provocar a ruptura destes cristais, e cada uma dessas partes originadas da ruptura dos cristais, irá constituir-se em um novo núcleo de cristalização .

Temperatura:

A variação da temperatura da água misturada com o gesso altera o tempo de presa, dentro de certos limites. A utilização de água na temperatura entre 0 e 50°C, altera muito pouco a velocidade de cristalização do hemidrato. A elevação da temperatura acima de 50°C provocara um aumento gradual do retardamento de presa do gesso, pois acima deste valor, a temperatura se aproximará daquela de calcinação.

Retardadores e Aceleradores: Se a substância química adicionada diminuem o tempo de presa, é chamada aceleradora e se aumenta é chamada retardadoras.

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É relativamente difundida a utilização de certa quantidade de cloreto de sódio adicionado à água para a espatulação do gesso, com a finalidade de acelerar a presa deste material. É sabido no entanto, que esse sal só acelera a presa dos gessos quando utilizado em concentrações inferiores a 5%, agindo como retardador em concetrações superiores(ex 20%). Retardador mais eficaz é o bórax. Obs: esses produtos, no entanto, exercem influência sobre outras propriedades dos gessos, principalmente sobre expansão. O pó raspado de um modelo de gesso (pó de gipsita) já sem utilidade, ao gesso no momento da espatulação. Trabalho recente demonstrou que se verifica uma aceleração do tempo de presa, sem a alteração de outras propriedades.

Expansão de presa e seu controle:

Todos esses tipos de gesso sofrem, durante a presa, uma expansão linear de 0,06 a 0,5% e pode sofrer influência da quantidade de água usada na mistura. Essa expansão é causada pelo crescimento dos cristais que se entrelaçam e também se interceptam. Quanto menor a relação A/P e maior o tempo de manipulação, dentro de limites práticos, maior a expansão de presa.

CERAS PARA FUNDIÇÕES.

1 – Introdução

Há mais de 200 anos a cera de abelhas tem sido empregada na forma individual ou combinada com outras, para fins odontológicos, sendo um dos materiais dentários mais antigos.

Numerosas são as variedades de cera empregadas pelo dentista. Entre todas, as utilizadas no processo de fundições tem merecido um estudo detalhado.

O primeiro procedimento, na obtenção uma restauração metálica fundida ou coroa total, é obter um modelo de cera que reproduza com precisão a estrutura perdida do dente, á seguir o padrão é incluído em mateiras conhecido como revestimento. Oportunamente faz-se introdução da liga fundida na cavidade deixada pela cera.

2– Técnica direta

Realizada pelo cirurgião dentista.

3– Técnica indireta

Realizada pelo protético através de um modelo.

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4 – TiposDe acordo com a Especificação nº 4 da Associação Dentária Americana (ADA), as

ceras para fundições estão divididas em 3 tipos, de acordo com sua dureza ou consistência: Tipo A (dura); tipo B (média) tipo C (mole).

As ceras do tipo A são duras e de baixo escoamento. São raramente usadas, com exceção em algumas técnicas indiretas.

As ceras do Tipo B, são usadas e empregadas em técnicas diretas. As ceras do tipo C, são moles e usadas em técnica indiretas para construção de

restauração metálicas fundidas e coroas totais.

5– Composição

Cera de parafina ...................... 40 – 60 %Goma ou resina damarCera de carnaúbaCera de candelila Caras sintéticas Corantes

6- Função dos componentes A cera de parafina é o constituinte principal. É derivada do petróleo, podendo

apresentar um amplo intervalo de fusão, condição desejável porque atribui moldabilidade à cera .Ela é passível de lascar-se ou fraturar-se e não apresenta superfície lisa quando recortada.

A resma damar é obtida de uma certa variedade de pinheiro. Ela melhora a suavidade e lisura na moldagem; aumenta a resistência à fratura e escamação; aumenta a tenacidade de cera e melhora a lisura e brilho superficial.

A cera de carnaúba é um pó fino produzido pelas folhas de algumas palmeiras tropicais. Ela é dura, diminuindo o escoamento da parafina. Tem odor agradável e contribui para o brilho de superfície de cera.

A cera de candelila, também encontrada em palmeiras, pode substituir parcial ou totalmente a cera de carnaúba pela vantagem de apresentar ponto de fusão inferior e não ser tão dura como a de carnaúba.

A cera ceresina, considerada cera de terra, pois é obtida em depósitos antigos de “xisto argiloso” pode substituir parte da parafina com o fim de modificar a tenacidade e características de escultura de cera.

As ceras sintéticas compatíveis com a parafina, são empregadas para substituir total ou parcialmente a cera de carnaúba pelas vantagens de apresentarem uniformidade maior elevando ponto de fusão o que permite incorporar mais parafina, melhorando as quantidades gerais de trabalho do produto.

Uma cera encontrada no comércio não contém necessariamente todos estes componentes. Estes são combinados com o objetivo de que o produto final apresente as qualidades mínimas.

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7– Propriedade desejáveis.

7.1 A cera deve ser uniforme, quando amolecida, isto é, seus ingredientes devem se misturar entre si para que não apresente pontos duros no material plastificado.

7.2 A cor da cera deve ser tal que ela contraste com material com do troquel ou tecidos dentários, para melhor visualização dos limites do padrão, facilitando o acabamento adequado das margens.

7.3 Não haver descamação ou rugosidade superficial quando a cera é dobrada e moldada após o amolecimento.

7.4 Após a solidificação do padrão permitir a escultura mesmo das margens mais finas, sem afastar-se das margens cavitárias ou lascar-se sob a ação dos instrumentos esculpidores.

7.5 Após a inclusão do modelo de cera a mesma será eliminada por aquecimento provocando sua queima, volatilizando-se. De acordo com o A.D.A. a 500ºC, não deve deixar resíduos.

7.6 O padrão de cera deve, ser rígido e estável dimensionalmente, até ser eliminado.

8– Escoamento.

Uma das propriedades desejável das ceras para fundições é que apresentem plasticidade ou escoamento acentuado, no momento da confecção e praticamente sua inexistência no momento da escultura.

9– Propriedade térmicas.

Elas apresentam baixas condutividade térmicas ou seja, necessitam de aquecimento e esfriamento demorados.

Outra caraterística térmica das ceras para fundições é o elevado coeficiente expansão térmica. Esta é uma das desvantagens inerentes às ceras, quando usadas na técnica direta; esta propriedade e menos significante quando a cera é usada na técnica indireta, porque o padrão não é sujeita á alteração de temperatura da boca para o ambiente.

10- Distorção da cera.

A quantidade de tensões residuais e distorção conseqüentes são governadas pelo método de conformação do padrão, sua manipulação, e extensão do tempo e da temperatura na qual é armazenado.

A alteração dimensional ou distorção de um padrão de cera, durante a libertação de tensões, ainda que ligeiras resultara em falta de adaptação da restauração metálica rígida sobre o tecido dentário e que não cede.

11– Causas distorção .

Se a cera não estiver à mesma temperatura em todo seu corpo, quando adaptada à cavidade, algumas partes do padrão de cera poderão contrair–se termicamente, mais que outras e tensões serão induzidas.(técnica direta)

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Se a cera não for mantida sob pressão uniforme, durante o esfriamento, será possível que algumas moléculas fiquem comprimidas mais proximamente que outra.(técnica direta)

Se puder ser usada uma técnica pela qual a quantidade de escultura, de alteração térmica e outros fatores possam ser reduzidos, menor será a liberação de tensões e distorção posterior do padrão.(técnica indireta)

Em determinadas situações pode não ser possível a inclusão imediata do padrão de cera. Neste caso, o padrão será armazenado sobre o troquel. Qualquer distorção que possa ter ocorrido, durante a permanência do padrão sobre o troquel, como desajuste das margens e contorno do padrão, poderão ser corrigidos antes de removê-lo do troquel.

A configuração da cavidade influi no grau de deformação Deve ser uma regra suprema que, independentemente de seu tipo, o padrão deve ser

incluído, em revestimento, tão logo quanto possível, após sua remoção do troquel.

12– Redução da distorção .

Usar apenas ceras que preencham os requisitos da especificação nº4 da A.D.A., usando cera adequada para cada tipo de trabalho.

Na técnica indireta, a cera inserida no troquel deve estar sob pressão uniforme para evitar distorção.

Após a confecção do padrão de cera, devemos promover a inclusão imediata do mesmo, quando isso não for possível devemos armazenar o padrão sobre o troquel a uma temperatura fresca. Se acontecer qualquer distorção na cera este padrão poderá ser corrigido no troquel antes da inclusão em revestimento.

RESINAS ACRÍLICAS.

01 – Introdução Em odontologia seu emprego direto e indireto sofre constante desenvolvimento,

ampliando cada vez mais sua participação nos procedimentos clínicos e laboratoriais. Para trabbalhos odontológicos a resina acrílica têm sido empregada com bastante freqüência especialmente em prótese total, prótese parcial fixa e removível, ortodontia e odontopediatria.

A resina para base de próteses é pigmentada, com o fim de imitar gengivas tão perfeitamente quanto possível .

02 – Composição Apesar da resina para base de próteses estar disponível em forma diferentes, ela

em geral é fornecida como um pó e um líquido. Os dois são misturados e moldados, então a polimerização ocorre, tanto ativada pelo sistema de calor, como o químico.

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Pó – O polímero ou o pó, normalmente constitui-se, de pequenas partículas esféricas também chamados bastões ou pérolas de polímero ( poli metimetacrilato ), que apresentam nelas incorporados cerca de 1 por cento de catalisador ( por exemplo, peróxido de benzoíla), um plastificante ( por exemplo ftalato de butila) e um pigmento adequado.

O polímero é produzido de um monômero de mesma composição. Como a resina é transparente, os agentes corantes que reproduzem os tons dos tecidos normais, têm que ser adicionados. Os pigmentos podem ser adicionados de duas maneiras. O primeiro método, é o de adicionar os pigmentos ao monômero. O outro método consiste, na mistura dos pigmentos com as pérolas do polímero.(o mais utilizado) Para caracterizar os vasos sangüíneos finos e os capilares normalmente encontrados na mucosa oral, são adicionadas fibras vermelhas de acrílico ou náilon.

Líquido - O monônero líquido é o metimetacrilato. O pó e o monômero líquido são quimicamente iguais. As unidades metilmetacrilato são muito pequenas, o conjunto está no estado líquido

O líquido além das unidades de metilmetacrilato, contém um imibidor, a hidroquinona, que previne a polimerização do monômero durante a armazenagem. Os plastificadores como o dibutilflalato, como já foi mencionado, também podem ser adicionados ao monômero .

Plastificante – O plastificante, não somente controla a solubilidade do polímero no monômero, como também produz uma resina mais macia e resiliente, devido à sua habilidade de interferir na interação entre as moléculas.

Concentração de catalisador – O aumento da concentração da catalisador diminui o peso molecular e, por conseqüência a resistência do polímero final.

Concentração de inibidor – Inibidor em excesso provoca um abaixamento do peso molecular final e uma estabilização precária de cor.

Agentes de ligação cruzada – São adicionados para reduzir as frinchas, porem quando em quantidades excessiva, conduzem á fragilidade.

03 - PolimerizaçãoA reação total pode ser dividida em três estágios iniciação, propagação ou

crescimento e terminação.Iniciação – Ao misturarem-se liquido e pó, parte do catalisador dissolve-se no

monômero e o ativador químico ou térmico, rompe-se em dois radicais. Estes radicais livres produzidos que tornam-se disponível, reagem com as moléculas de monômero, dando inicio à polimerização.

Propagação - Ela ocorre devido a adição continuada de unidades de monômero individual. O processo causa o crescimento continuado da cadeira. A cadeira do polímero continua a crescer até que o suprimento ou seja, as unidades de monômero sejam consumidas. Portanto, a propagação nada mais é, que o crescimento dessa cadeiras por adição sucessivas de unidades monoméricas á extremidade radical da cadeira.

Terminação- O crescimento da cadeia termina, finalmente, graças a uma das várias reação que transformam o radical em um grupo estável. Ela pode terminar pelo consumo total das unidades monoméricas; pela presença de qualquer material que reaja com radical livre e pela interação de duas cadeias individuais em crescimento, que mutuamente destroem seus próprios radical livres.

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A polimerização da resina, pode ser ativada tanto pelo calor, como por agente químicos. Quando o calor é escolhido para ativar o peróxido de benzoíla a resima é classificada como, termicamente ativada.

Polimerização química são classificados como; autopolimerizável, ativada quimicamente. Polimerização própria e polimerizão a frio. O ativador químico é incorporado ao monônero pelo fabricante.

O monômero e o polímero são misturados, e apresenta quatro estágios físicos durante a reação.

Estágio 1 – As partículas do polímero são umedecidas pelo monômero, formando uma massa sem coesão e um tanto fluida. Ela é comumente conhecida com fase arenosa.

Estágio 2 – O monômero começa a penetrar na superfície de cada partícula. A superfície externa, torna-se saturada com o monômero e subseqüentemente entre em solução .A massa de forma generalizada apresenta-se fibrosa quando manipulada, assim esta fase é chamada de pegajosa ou fibrosa .

Estágio 3 – O monômero continua a difundir-se nas partículas do polímero, fazendo com que mais polímeros entre em solução. A massa perde a pegajosidade não aderindo mais na parede do pote e adquire uma consistência lisa e pastosa. Identificada como fase plástica ou de trabalho. Esta plasticidade sofre influência da temperatura; assim sendo quando menor a temperatura de massa, maior o tempo de trabalho.

Estágio 4 – O excesso de monômero vaporiza ou penetra mais profundamente no polímero. A mistura agora toma a consistência borrachóide e não pode ser mais moldada na mufla. Este último estágio é conhecido como fase borrachóide ou elástica.

04 – Propriedades Gerais: Solubilidade: As resinas são praticamente insolúveis no meio bucal.Exoternia: Durante a polimerizão há desprendimento de calor, cuja magnitude

depende de vários fatores: material empregado, volume da mistura, proporção pó-líquido e temperatura ambiente.

Estabilidade de cor: Atualmente, embora não sejam totalmente estáveis, quando corretamente utilizadas permanecem por tempo satisfatório sem sofre significastes alterações de cor .

Propriedade Mecânicas: Menor resistência que do outro materiais restauradores.Pouca resistencia a abrasão e ao desgaste.Pouca resistencia a compressão Pouca flexão.

Alteração dimensionais: Contração de polimerização - Um dos maiores inconvenientes das resinas

acrílicas é a sua contração volumétrica de polimerização.Como a relação entre o polímero e o monômero é de 3 partes para uma, a

contração volumétrica resultante é de somente 6 a 7 %.Dispositivos especiais são requeridos para diminuir a contração de polimerização.

Apesar de vários sistemas estarem disponíveis, técnicas de polimerização compressivas, são comunente usadas para compensar esta característica indesejável.

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Sorpação de água – As resinas uma vez polimerizadas absorvem água em contato com meio úmido.

Com a absorção da água, as dimensões gerais da base de dentadura são aumentadas, esta água geralmente difunde-se entre as macromoléculas, forçando sua separação parcial .

A difusão intermitente de água, para dentro e para fora da base de dentadura, pode liberar partes daquelas tensões internas, provocando uma distorção permanente. Por isso, uma vez que a dentadura foi polimerizada, recomenda-se que ela deva ser armazenada em água, impedindo que ela sofra uma secagem.

Coeficiente de expansão térmica - Coeficiente de expansão térmica de resina acrílica é muito alto.

05 – Efeito do método de polimerização nas propriedades. As resinas autopolimerizáveis são menos estáveis em relação á sua cor, devido a

amina terciária que tende a se oxidar, o que provoca a descoloração. Porosidade - A porosidade é uma das causas freqüentes de falhas nas bases de

dentaduras. Vários tipos de porosidade podem estar associadas com a base de dentadura. O excesso de monômero, ou a falta de homogeneidade, com região da massa ricas em monômero, haverá uma maior contração de polimerização. Esta contração localizada gera porosidades.

O segundo tipo de porosidade desenvolve-se internamente, na porção mais espessa da base de dentadura, se a temperatura é elevada acima do ponto de ebulição do monômero, que é de 100,3º C.

O tipo de final de porosidade, é causada por pressão inadequada, durante o processo de polimerização. Ele também pode resultar de uma quantidade insuficiente de resina acrílica, no momento da moldagem, o que resulta na peça incompleta.

06 – Proporcionamento : Deve-se utilizar quantidades suficientes de monômero, para umedecer

complemente todas as partículas do polímero. Para se obter as proporções corretas, sugere-se que o líquido seja colocado em um pote, e pó adicionado até que todo o líquido tenha sido absorvido pelo mesmo. O pote de mistura é fechado e vibrado para fazer com que qualquer excesso de monômero possa afluir à superfície, podendo-se então adicionar novas quantidades de polímero até a saturação completa do liquido.

07 – Método de trabalho Aumentando a temperatura, simplesmente aumenta-se a velocidade da reação .Sob condições normais, o estágio de trabalho deve permanecer por 5 a 10 minutos

Processo de Polimerização térmica.O objetivo da polimerização, é proporcional um polímero com o peso molecular

mais elevado e sem porosidade possível e isto é conseguido através de: Aquecimento lento: O colapso do peróxido de benzoíla (iniciador) é rápido acima

de 60ºC. Aquecendo lentamente a 60ºC pode –se produzir menos radicais livres, o que proporciona um polimero de peso molecular maior.

Baixas temperaturas: A reação de polimerização é extremamente exotérmica e a quantidade de calor desprendida pode representar um fator importante na polimerização

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adequada de uma prótese. O metacrilato de metíla sofre ebulição a 103ºC. A massa plástica deve ser mantida abaixo dessa temperatura para evitar porosidade.

Polmerização Completa : O aquecimento a 100º C posteriormente a polimerização, diminui a quantidade de monômero residual.

Técnica habitual: 30mim fogo baixo30mim fogo desligado30mim fogo baixo60mim fogo alto

Resina Composta

Introdução:Com a evolução de resina composta no meio odontológico, e as falhas

apresentadas pela resina acrílica, como baixa resistência a abrasão, alta contração de polimerização, manchamento e etc, fez com que os fabricantes investissem na produção de sistema indireto de resina composta, representando uma outra alternativa para restaurações estéticas além da porcelana. Composição :

A resina composta é constituída basicamente por :Parte orgânica Parte inorgânica

Parte orgânica :A matriz orgânica do material é constituída pelo BIS -GMA ( Bisfenol A, Glicidil

Metacrilato), que pôr sua vez tem maior vantagem sobre o Metil Metacrilato, devido o seu peso molecular ser maior promovendo ao material maior resistência e menor contração de polimerização.

O TEGDMA (Trietileno Glicol Dimetacrilato),é adicionada o para diminuir a viscosidade da matriz orgânica .

Parte inorgânica :É constituída de partículas de carga que são adicionadas na composição da resina

para promover uma maior resistência, sendo as mais importantes são: quartzo, silicato de alumínio, vidro de bário.

Componentes cerâmicos :são polímeros de vidro ou cerômeros para dar maior resistência e maior estética .

Inibidores ou seja a Hidroquinona: proporciona ao material uma vida útil maior possuindo assim um tempo de armazenamento maior.

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Silano : São moléculas que possui capacidade de promover maior união entre a matriz orgânica e parte inorgânica .

Iniciadores :São agentes químicos ou físicos que quando ativados desencadeia a reação de polimerização

Classificação:As resinas compostas são classificadas, quanto ao tamanho das Partículas

Inorgânica, método de polimerização e quanto ao seu escoamento.

Tamanho das partículas inorgânicas Macropartículas : São aquelas constituídas pôr partículas grandes que apresenta

tamanho entre 15 a 100 micrômetros. Micropartículas :São aquelas constituídas pôr partículas pequenas que apresenta

tamanho médio de0,04 micrômetros.Híbridas : São aquelas constituídas pôr micro e macropartículas que apresenta

tamanho médio entre1e5 micrômetros .

Método de polimerizaçãoQuímico ativado : apresentam duas pastas; catalisadora e base, que quando

misturadas o peróxido de benzoila reage com a amina terceária iniciando a reação de polimerização

Foto Ativado : a reação de polimerização é ativada na presença de uma luz ultra violeta de grande comprimento de onda, que ativa a canforoquinona que por sua vez reage com a amina terceária iniciando a reação de polimerização.

Duais : são as resinas que apresentam dois sistemas de ativação; químico e físico.

Quanto ao escoamentoAlto escoamento: São chamadas de resinas flow, e são usadas para mascarar a cor

do metal ( opaco) Médio escoamento: São resinas que podem ser inseridas com espátulas apropriadasBaixo escoamento: São as resinas condensáveis

Propriedades Conteúdo de partículas inorgânicas: Quanto maior a quantidade de partículas

inorgânicas, menor a contração de polimerização, sorção de água e resistência ao desgaste, por outro lado mais difícil será o polimento superficial.

Estabilidade de cor: Apresentam maior estabilidade de cor do que as resinas acrílicas.

As resinas compostas utilizadas pelos protéticos possui a incorporação de maior quantidade de partículas inorgânicas com menor tamanho, o emprego de novas matrizes orgânicas, o uso de diversos métodos de polimerização complementar e a adição de componentes cerâmicos, são algumas melhorias apresentadas nesses sistemas restauradores.

As resinas fotopolimerizáveis utilizam aparelhos fotopolimerizadores específicos com o intuito de propiciar um maior grau de polimerização. Ex: Zeta da Vita, Solidex da Shofu, ArtGlass da Kulzer, etc.

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Resinas como Targis da Ivoclar, são resinas fotopolimerizáveis com polimerização adicional por calor, e a resina Bell Glass HP da Kerr , apresenta sua polimerização complementada por calor e pressão.

MATERIAIS DE MOLDAGEM

1 – Introdução O objetivo principal de um material de moldagem, é reproduzir partes diversas das

estruturas bucais, com a maior precisão. Este material é usado para fornecer uma réplica em negativo dos dentes e/ou outra áreas da cavidades bucal. Após sua remoção, o molde é vazado ou preenchido com uma variedade de materiais, serve como réplica em positivo ou modelo.

2 - Classificação dos materiais de moldagem .

Não flexíveis Gesso Godiva Pasta ZOE

Reação química Termoplástica Reação química

Flexíveis Hidrocolóide reversível

AlginatoElastômeros

Termoplástica Reação química Reação química

3 – ExcipientesMuitas mateiras são reforçado, ou mesmo modificados em suas propriedades

físicas pela adição de pequenas partículas, usualmente de materiais inertes, chamados excipientes, que são quimicamente distintos do ingrediente ou dos ingredientes principais. Em tais caos, as partículas do excipiente são usualmente denominados de núcleos, enquanto que o ingrediente que as envolve é normalmente chamado de matriz .

Geralmente, quanto menores as partículas, mais o material será capaz de aumentar a resistência e a dureza.

Geralmente, partículas porosas e irregulares são indicadas quando se deseja aumentar a área de união.

GODIVAS

1 – Introdução

A godiva é um material termoplástico, isto é, um material que plastifica-se quando aquecido e torma-se novamente rígido quando resfriado. São materiais utilizados na

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obtenção de moldes, sendo para isso colocados depois de sua plastificação, dentro de uma moldeira adequada.

A godiva é empregada principalmente em moldagens “preliminares” na confecção de próteses totais, e moldagens definitivas para próteses totais, associado com a pasta zincoeunólica.

Quando a godiva é usada para moldagens de edentados, sofre amolecimento pelo calor, é inserida na modeira e elevada em posição, antes de endurecer. O fundo da moldeira é esfriado com água, até que a godiva endureça, após o que remove-se o molde .

2- Composição As fórmulas das melhores godivas encontradas no mercado são segredos

comerciais. É possível no entanto, através de análises químicas conhecer suas composições aproximadas. São elas, em geral, uma carga e corantes .

3 – Propriedades Temperatura de plastificação e de endurecimento adequada (zona de fusão), grau

de escoamento (viscosidade) a 37º C, estabilidade dimensional, capacidade de reprodução de detalhes da superfície e biocompatibilidade de contato (mínima irritação dos tecidos). É necessário também que o material seja capaz de ser esculpido ou cortado sem se fraturar ou se fragmentar.

4 – Temperatura de fusão Sendo a godiva uma substancia amorfa, não apresenta, portanto um ponto de fusão

mas sim uma zona de fusão. Como se deduz da composição das godivas , esses materiais apresentam um baixo

coeficiente de condutividade térmica. Durante o amolecimento do material, o exterior sempre amolece antes que o interior. É importante que o material seja uniformemente amolecido no momento de se colocar na moldeira. Para obter amolecimento uniforme, deve ser dado tempo para que o material seja aquecido, uniformemente, em todo o seu corpo. Assim sendo, o material resfria-se ou aquece-se primeiramente em suas partes externas antes que o mesmo aconteça em suas partes mais internas.

5 – Estabilidade dimensional . Tensões mecânicas residuais são comumente induzidas na godiva durante o

aquecimento, manipulação, bem como no ato da moldagem. Como resultado, distorções podem ocorrer durante a armazenagem, devido a libertação destas tensões .

O procedimento mais seguro consiste em construir o modelo tão logo seja possível, após ter sido obtido o molde ou pelo menos na primeira hora. Uma vez esfriado e removido o molde da boca, ele não deveria ser sujeito a alteração de temperatura antes que tivesse endurecido o gesso pedra.

6- Construção do modelo O gesso para o modelo é espatulado e vertido, tormando-se as devidas precauções

para evitar bolhas de ar. O gesso porém, gera usualmente, um calor exotérmico suficiente para amolecer a godiva, de forma que qualquer expansão de presa ocorra sem impedimento.

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Assim sendo, a godiva pode tormar-se suficientemente mole nesse estágio, para permitir que se remova o molde do modelo. O método mais seguro para remoção do molde consiste em imergi-lo em água quente até que godiva amoleça o suficiente para que seja facilmente separada do modelo. Se a godiva for superaquecida nesta fase, ela poderá aderir ao modelo.

PASTA ZINCO ENÓLICA

1 – Introdução Os constituintes básicos, principalmente óxido de zinco, eugenol e colofônia.

Plasticamente, agentes de carga, aceleradores e outro aditivos são incorporados pela necessidade de proporcionar as propriedades desejável para uso particular do produto.

Estas pastas para moldagens são usadas como forramento corretivo da moldagem preliminar, a partir de um molde preliminar obtido em godiva para moldeira.

As pastas zinco-enólicas são apresentadas em tubos apropriados, denominados de pasta base e pasta ativadora.

2 – Composição

Pasta Base:Óxido de zinco: 87%Óleo mineral 13%Acetato de zinco

Pasta Ativadora:Eugenol 12% Colofônia polimerizada 50%Excipiente 20%Lanolina 3%Bálsamo resinoso 10%Solução aceleradora e corante 5%

A adição de colofônia à pasta no tubo 2 facilita aparentemente, a velocidade reação, resultando um produto mais suave e homogêneo.

O óleo de cravos contém 70 a 85 % de eugenol. É algumas, vezes usado de preferência ao eugenol, porque reduz a sensação de queimadura nos tecidos moles bucais.

3 – Reação de presa . Traços de água são necessário para iniciar a reação no qual óxido se transforma em

hidróxido de zinco, que subseqüentemente reage com eugenol. O óxido completamente desidratado não reage. A água é provavelmente um dos produtos de reação que atua como auto-catalítico.

4 - Tempo de presa Dois tempos de presa, inicial e final são reconhecidos na Especificação n.º 16, para

pasta de moldagens dentárias, da Americam dental Association. Dois tipos de pastas são

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também designados tipo I (duro) e tipo II (mole). A diferença entre os dois tipos está relacionada com a consistência da pasta após a presa.

O tempo de presa inicial é o tempo decorrido do inicio da espatulação até que o material deixe de ser pegajoso ou forme fios quando sua superficie é tocada com uma espátula. Ela pode variar entre 3 e 6 minutos, enquanto que o tempo de presa final deve ocorrer aos 10 minutos para a pasta tipo I e os 15 minutos as pastas do tipo II. O tempo de presa geralmente diminui com o aumento da temperatura e da unidade.

5 – Consistência e Escoamento.Uma pasta de consistência espessa, ou viscosidade elevada, pode comprimir os

tecidos, enquanto que o material fluido ou fino resulta em moldes que copia dos tecidos em condições de relaxamento, com pouca ou nenhuma compressão.

De qualquer forma, a pasta de moldagem deverá ser homogênea e escoar uniformemente contra os tecidos.

6 – Rigidez e resistência . As pastas zinco-enólicas devem constituir um molde que não se deforma nem se

frature no momento em que o material é removido da boca do paciente. Essa pasta devem apresentar uma rigidez na temperatura da boca.

7 – Estabilidade dimensional. A estabilidade dimensional, na maior das pasta zinco-enólicas é bastante

satisfatória. Uma contração muito pequena (menos de 0,1 %) pode ocorrer durante a sua presa.

Apesar de possuir boa estabilidade dimensional, é sempre recomendado o vazamento do material no mais curto prazo de tempo possível.

8 – Reprodução de pormenores Ainda que a maioria das pastas possa ser separada facilmente do modelo de gesso,

existe uma pequena tendência para que esse material apresente aderência ao modelo.

HIDROCOLÓIDES REVERSÍVEL

1 – Introdução Os hidrocolóides reversíveis para moldagens têm a caraterística de se transformar

do estado de gel ao estado de sol (liquido), e vice – versa, por variação de temperatura. O material é colocado numa moldeira no estado sol, comprimido contra os tecidos da boca e assim mantido até sua geleificação. A moldeira é mantida firnemente em posição e faz a água circular através de condutos de esfriamento, situado na superficie externa da mesma. Geleificado o material, a moldeira é removida e o molde preparado para receber o gesso pedra.

2 – Composição

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O constituinte básico do hidrocolóide reversível é o ágar – ágar.Tabela - Hidrocolóide reversível para moldagem

Componente PorcentagemÁgar – ágarBóraxSulfato de potássioÁgua

14,30,22,083,5

O bórax é adicionado para aumentar a resistência do gel, porém constitui ótimo retardador da presa dos gessos. Por esse motivo, seu emprego, com hidrocolóides, é prejudicial por retardar a presa do gesso, quando este é vertido sobre o molde.

1 – Um “endurecedor” da presa do gesso pode ser incorporado ao hidrocolóide pelo fabricante.

2 – O molde pode ser submerso em solução que contenha um acelerador de presa de gesso, antes da mistura do gesso – pedra e água ser vertida sobre o mesmo.

3 – Temperatura de geleficação. A temperatura na qual o hidrocolóide reversível transforma-se de sol em gel é de

grande importância prática para o profissional. A norma n.º 11 da A D.A reconhece que a temperatura de geleificação não deve

ser inferior a 37º C ou maior que 45º C.

4 – Tempo de geleificação O momento apartir do qual molde de hidrocolóide reversível pode ser removido é

função da temperatura e do tempo.

5 – Estabilidade dimensionalO gel pode perder água por evaporação em sua superficie ou por exsudação de

fluidos, pelo processo conhecido como sinérese. Se o gel estiver com falta de água ocorrerá a sorpção desta, se o mesmo for posto

em contato com a água, pelo processo conhecido como embebição. Quando houver necessidade de se conservar o molde por algum tempo, antes de

efetuar o “vazamento” do mesmo, tem sido sugerido que o molde seja mantido em um meio com umidade relativa 100 %.

HIDROCOLÓIDE IRREVERSÍVEL

1 – Introdução

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O alginato ou hidrocolóide irreversível para moldagem foi aperfeiçoado naquela época como substituto do reversível, e continua sendo utilizada com excelentes resultados, particularmente em moldagens para próteses parciais, ou aquelas de finalidade ortodôntica.

2 – Composição

Componentes Porcentagem (em peso)Alginato de potássio Pó de diatamáceas

Sulfato de cálcio (dri – hidratado)Fosfato tri-sólico (retardador)

1270122

A finalidade do pó de diatomácea é agir como excipiente. É adicionado em quantidades determinadas, para aumentar a resistência e rigidez do gel de alginato, produzir textura lisa e assegurar superfície firme e não pegajosa.

3 – Controle de tempo de geleificação. O tempo de geleificação é medido do início da espatulação até que ocorra a

geleificação.Iniciada a geleificação, esta não deverá ser perturbada, pois a fratura das fibrilas

constituintes do gel poderá ser permanente.O melhor meio com que conta o dentista para controlar o tempo de geleificação

consiste em variar a temperatura da água utilizada para misturar com alginato. Usando água em baixa temperatura, teremos o retardamento do tempo geleificação.

4- Resistência .Com manipulação adequada, a resistência de uma alginato para moldagem poderá

ser superior àquela dos materiais à base de ágar – ágar. Verificou-se, por exemplo que a resistência do gel poderá ser reduzida de 50 por

cento se a mistura for insuficientemente espatulada.

5 – Estabilidade dimensional. As alterações dimensionais ,que ocorre com os géis de alginato, caracterizam-se

por uma ligeira expansão inicial, que podem ser atribuídas a uma continuação da embebição de água residual e livre, após a geleificação inicial. Alginatos são passíveis de sofrerem os fenômenos da sinérese e embebição.

Alguns dos géis de alginato, usados freqüentemente em Odontologia, apresentam boa estabilidade dimensional em atmosfera com 100 % de unidade relativa. Conseqüência, se o molde de alginato precisar se conservado por alguns tempo, deve ser colocado em continente que possa apresentar umidade relativa de 100%.

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6 – Deformação devida à liberação de tensões.Os hidrocoloides, reversíveis ou irreversíveis, são passível de alteração

dimensionais, causadas pela sinérese e pela embebição, as tensões são prontamente induzidas nos mesmos.

Por isso, após a compressão de moldagem, a moldeira deverá apenas ser mantida em posição, até geleificação completa de hidrocolóide.

REVESTIMENTOS PARA FUNDIÇÕES.

1- Introdução Depois da obtenção do padrão de cera é fixada ao mesmo um pino formador do

condutor de alimentação. Em seguida o padrão de cera é incluído em revestimento. O revestimento é manipulado da mesma maneira que o gesso comum ou pedra.

Após o endurecimento do revestimento o pino e a cera são removidos e através do canal de alimentação um liga metálica fundida é forçada a ocupar o espaço (molde) deixado pela cera.

2 – Tipo : A especificação n.º 2 da ADA, e engloba três tipos de revestimentos para fundição

de ligas de ouro.

2.1 – Tipo I Os revestimentos desse tipo destinam-se à fundição de restauração e coroas

metálicas, quando a compensação de solidificação da liga é conseguida pela expansão térmica do revestimento.

2.2 Tipo II Os revestimentos desse tipo são usados, também para a fundição de restauração e

coroas metálica, porém a maior compensação é pela expansão higroscópica do revestimento .

2.3 Tipo IIIEstes revestimentos são utilizados na construção de próteses parciais removíveis

com ligas de ouro, cobalto - cromo- níquel e próteses parcial fixas com ligas de níquel – cromo.

3 – REVESTIMENTOS AGLUTINADOS POR GESSO.

3-1 – Composição

Sulfato de cálcio hermidrato alfa ou beta .................................... 25 à 45 %

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Sílica (SiO2 ) ................................................................................ 55 à 75 %Modificadores químicos............................................................... 2 %

3.2 - Função dos componentes.O sulfato de cálcio hemidrato é o aglutinante, para manter conjuntamente os outros

ingredientes, promovendo rigidez e resistência ao revestimento. A maioria dos revestimentos modernos contém o hemidrato alfa, devido à maior

resistência conseguida.Assim, é imperativo que os revestimentos de gesso não sejam aquecidos acima de

700 º C, devido a decomposição e liberação de enxofre os quais poderá contaminar as ligas metálicas.

A sílica ( SiCO2) funciona como material refratário e promove a expansão do revestimento durante o aquecimento.

Alguns modificadores químicos (cloreto de sódio e ácido bórico) estão presente com agentes modificadores ( aceleradores e retardadores) com o fim de controlar o tempo e a expansão de presa. Um material corante estará presente. Outros, agentes redutores, tais como carbono e cobre pulverizado, são usados em alguns revestimentos na tentativa de prover atmosfera não oxidante no molde, quando da fundição da liga metálica.

3.3 – Tempo de presa O tempo de presa pode ser medido e controlado da mesma maneira que para os

gessos. Conforme a Especificação n.º 2 da ADA, o tempo de presa não deve ser menor que 5 minutos e nem maior que 25 minutos. Os revestimentos tomam presa entre 9 e 18 minutos.

3.4 – Expansão normal de presa . Uma mistura de gesso/sílica produz expansão de presa maior do que a verificada

quando do uso isolado do gesso. Provavelmente, as partículas de sílica interferem no entrelaçamento ou imbricação dos cristais à medida que estes se formam .Assim, o movimento de crescimento dos cristais é para fora, tornando-se mais eficiente na produção de expansão.

O objetivo da expansão de presa é auxiliar no aumento do molde, para compensar parcialmente a contração de fundição da liga metálica.

3.5 – Expansão higroscópica de presa .A expansão higroscópica de presa difere da expansão normal de presa, descrita no

item anterior, quanto ao fato de que ocorre quando o gesso é deixado endurecer em contato ou imerso em água, apresentando-se maior magnitude que a expansão de presa normal.

Teoria da expansão higroscópica de presa. A expansão higroscópica de presa é uma continuação da expansão comum de

presa, pois a água de imersão substitui a água de hidratação e assim impede o confinamento dos cristais em crescimento, pela tensão superficial da água em excesso. Devido ao efeito diluente das partículas de quartzo, expansão higroscópica de presa nesses revestimentos é maior do que quando é usado só com gesso como aglutinante.

Qualquer pó insolúvel em água que pode ser molhado, pode ser misturado com gesso hemidrato resultando expansão higroscópica.

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Quanto maior a quantidade de sílica ou outra agente inerte de carga, mais facilmente a água adicionada pode difundir através do material em presa e maior é a expansão, pela mesma razão descrita para a expansão normal de presa do revestimento.

3.5.1 – Influência da composição. A magnitude da expansão higroscópica de presa é proporcional, geralmente, ao

conteúdo de sílica do revestimento , mantido outro fatores iguais. Quanto menor o tamanho das partículas da sílica, maior a expansão higroscópica. Em geral, o hemidrato alfa produz expansão higroscópica maior na presença da sílica, que o hemidrato beta .

3.5.2 – Influência da proporção A/P.Quanto maior a relação água/revestimentos original, menor será a expansão

higroscópica da presa.

3.5.3 – Influência da espatulação.Com a maioria dos revestimentos, quanto menor o tempo de espatulação, menor a

expansão higroscópica. Este fator é importante, também, em relação ao controle da expansão normal de presa.

3.5.4 – Influência da durabilidade do revestimento. Quanto mais velho o revestimento, menor é a sua expansão higroscópica.

(validade e armazenamento)

3.5.5 – Influência do tempo de imersão.A magnitude maior da expansão higroscópica da presa é verificada quando a

imersão em água se faz antes da presa inicial do revestimento. Quanto mais tempo se esperar, depois da presa inicial, para imergir o revestimento em água, menor será a expansão higroscópica.

3.5.6 – Influência da confinamentoA expansão higroscópica e inibida pela oposição de forças apresentadas pelas

paredes de um anel rígido. Por esta razão, deve-se utilizar anéis de borracha ou anéis revestidos com amianto para se obter o efeito desejado, permitindo a expansão livre do revestimento.

3.5.7 – Influência da quantidade de água adicionada. A magnitude da expansão higroscópica de presa pode ser controlada pela

quantidade de água adicionada ao revestimento que está endurecendo. Está provado que a magnitude da expansão higroscópica é diretamente

proporcional à quantidade de água adicionada durante a presa, até um ponto em que ocorre um máximo de expansão. Além desse máximo não haverá qualquer expansão, independentemente da quantidade de água excedente.

3.6 – Expansão térmica. A expansão térmica dos revestimento odontológicos ocorre quando eles são

aquecidos lentamente até suas temperatura de transição e que estão relacionadas com sua composição ou com o tipo de sílica usado. Nesses períodos, ocorre o fenômeno chamado de

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“inversão da sílica”, convertendo-se ela da forma estrutural alfa para a forma estrutural beta, determinado a expansão da massa.

Como se verifica, a expansão térmica está diretamente relacionada com o tipo e a quantidade de sílica existente no revestimento.

Outra característica desejável de um revestimento é que sua expansão térmica máxima seja atingida à temperatura não maior que 700º C, o aquecimento não deve exceder a essa temperatura, para ser evitada contaminação da liga, pela decomposição do gesso.

3.6.1 – Influência da relação A/P. A magnitude da expansão térmica está relacionada com a quantidade de sólidos

presentes assim, é de esperar que quanto mais água for usada na mistura do revestimento, menor será a expansão térmica.

3.6.2 – Influência de modificadores químicos Uma desvantagem do revestimento que contém quantidade suficiente de sílica para

impedir qualquer contração durante o aquecimento é que o efeito enfraquecedor da sílica, em tais quantidades, poderá ser excessivamente grande. A adição de pequenos quantidades de cloreto de sódio, potássio ou lítio, aos revestimentos, elimina a contração causada pelo gesso e aumenta a expansão, sem a presença de quantidade excessiva de sílica.

3.7 – Contração térmica. Quando um revestimento esfria a partir de 700º C, a curva de contração segue um

traçado, inverso ao da cursa de expansão, verificada com a inversão do quartzo-beta ou da cristobalita-beta até atingir uma forma estável, á temperatura ambiente.

3.8 – ResistênciaA resistência do revestimento deve ser adequada para prever fratura ou

fragmentação do molde, durante o aquecimento e a fundição da liga metálica. Ela é aumentada de acordo com a quantidade e tipo de gesso utilizando como

aglutinante. O sulfato de cálcio hemidratado alfa em lugar do gesso comum, aumenta definitivamente a resistência à compressão do revestimento.

Porém, quando a fundição são peças mais complicadas e maiores, é necessário uma maior resistência, como aquelas exigidas para revestimento do tipo III.

A resistência de um revestimento é influênciada pela proporção água/pó; quanto maior a quantidade de água empregada, menor a resistência à compressão.

O aquecimento do revestimento à 700º C, não faz com que a resistência seja muito menor que aquela apresentada à temperatura ambiente. Após ser esfriado à temperatura ambiente a resistência diminui consideravelmente, devido, talvez às pequenas fraturas que se formam durante o esfriamento.

3.9 Finura do póA finura do pó do revestimento poderá afetar o tempo de presa e outras

propriedades; como foi visto, um sílica muito fina, provoca maior expansão higroscópica, pois quanto mais fino o revestimento, menor serão as irregularidade superficiais da peça obtida por fundição.

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3.10 – Porosidade Durante a fundição o metal fundido é injetado no molde, sob pressão. O ar

existente no molde deverá ser expulso antes da penetração do metal, com o fim de evitar uma pressão de retorno, o método mais comum de ventilar-se o molde é através dos poros do revestimentos.

Quanto maior a quantidade de cristais de gesso existente no revestimento endurecido, menor será em geral, a porosidade.

4 – REVESTIMENTOS AGLUTINADOS POR FOSFATO.

O rápido crescimento do uso das restauração metalocrâmica e o uso crescente de ligas de zona de fusão mais elevados resultaram em aumento do emprego do revestimento aglutinado por fosfato.

O aumento significante no emprego de restaurações metalo-cerâmicas exigiu o uso de ligas de ouro de fusão mais elevada, que não se fundem bem com os revestimentos de gesso. Da mesma forma, a tendência atual na direção do uso de ligas mais baratas, que exigem revestimentos de fosfato.

4.1 – Composição - Óxido de magnésio (Básico)- Fosfato de natureza ácida- Sílica...................mais ou menos 80 %- Carbono

4.2 Função dos componentes. O óxido magnésio e o fosfato de monoamônia reagem quimicamente formando o

aglutinante, conferido rigidez e resistência ao revestimento . O agente de carga é a sílica, na forma de cristobalita, quartzo ou uma mistura dos

dois. A finalidade da carga é tornar o material refratário e promover a expansão térmica elevada.

Em sua maioria os revestimentos de fosfato utilizam um liquido, sendo o pó misturado com uma suspensão aquosa de sílica coloidal. Em alguns casos a água pode ser usada como liquido de mistura.

4.3 – Expansão de presa e térmica.Teoricamente, a reação deveria incluir uma contração, como nos produtos de

gesso, mas, na prática há uma expansão ligeira e isto pode ser consideravelmente aumentado, usando em lugar de água uma solução de sílica coloidal. Esta substancia, proporciona aos revestimentos de fosfato uma vantagem incomum, sob o aspecto de que a expansão pode ser controlada de uma contração para uma expansão significante.

A contração térmica em revestimentos de fosfato é devido à decomposição do aglutinante (fosfato de amônio e magnésio), e é acompanhado por desprendimento de amônia, prontamente notado pelo seu odor. Parte da contração é, porém, mascarada devido á expansão da carga refratária, especialmente no caso da cristobalita.

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4.4 – Tempos de trabalho e de presa .A reação de endurecimento, por si mesmo, causa desprendimento de calor e isso

acelera ainda mais a velocidade de presa. Quanto mais eficiente a espatulação, melhor é, em geral, a fundição, em termos de lisura e precisão.

Prefere-se espatulação mecânica à do tipo à vácuo.

Ligas Metálicas

IntroduçãoAs restaurações metálicas fundidas são trabalhos restauradores indiretos, obtidos

por vários passos operatórios, desde o preparo do dente até a fundição desse elemento. Espera-se que uma liga para uso odontológico tenha as seguinte característica:

- Resistência à oxidação e corrosão- Resistência à compressão- Dureza superficial - Escoamento que permita o brunimento- Baixa contração de fundição- Compatibilidade biológica- Baixo custo

Ligas MetálicasÉ a combinação de dois ou mais metais, em múltiplos arranjos. São chamados

binárias quando dois elementos são combinados nas suas diversas proporções; sistema tenário para três.

Classificação das ligas metálicas As ligas odontológica são :Liga altamente nobre : Essas ligas são constituída com quantidade maior ou igual a

40% de ouro e maior ou igual a 60% de metais nobres (Ouro, Irídio, Platina ,Ródio ,Paládio, Rutênio, Ósmio)

Liga nobre: As ligas nobres são constituídas por maior ou igual de 25% de elementos metálicos nobres.

Ligas predominantemente de metais básicos: Essas ligas são compostas por mais de 75% de metais básico e menos de 25% de metais nobre.

Ligas de Ouro

O ouro sempre foi o referencial ideal para as restaurações metálicas fundidas.O conteúdo de ouro de uma liga para uso odontológico é calculado de acordo com o

quilate da liga. Por definição, quilate é o número de partes de ouro em 24 partes da liga; por

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exemplo um ouro de 22 quilates apresenta 22 partes de ouro puro, em um total de 24 partes, sendo 2 partes de outros metais.

Composição da liga de ouroOuro : confere resistência a oxidação aumenta a ductibilidade e maleabilidade da liga Cobre : até 20% aumenta a resistência e a dureza da liga diminui a zona de fusão da liga possibilita maior homogeneidade da ligaPrata : melhora a ductibilidade da liga neutraliza a cor avermelhada conferida pelo cobrePlatina ou Paládio : confere maior resistência a oxidação e corrosão

aumenta a resistência e a dureza da ligaZinco : atua como agente anti oxidante.

Existem cinco tipos de ligas de ouro usadas na Odontologia.Tipo I : Liga mole : são fracas e moles sendo úteis em áreas não sujeitas a

tensões oclusais, não sendo muito usadas.Tipo II : Liga média : são empregadas para incrustações, nas quais a

possibilidade de brunidura de margens é mais importante que a alta resistência.Tipo III : Liga dura : são usadas em incrustações, coroa ¾ , retentores e

pônticos de prótese fixa, onde a brunidura é menos importante do que a resistência.Tipo IV : Liga extra dura : são duras e não dúcteis, sendo indicadas em

regiões de alta tensões como PPR. Não usadas de forma extensa devido ao custo.Tipo V : Liga para restaurações metalocerâmicas : são usadas para confecção

de estrutura metálica da porcelana.

Tipo Ouro Cobre Prata Paládio Platina ZincoI 87% 49% -- -- -- --II 76% 8% 13% 2,5% -- 0,5%III 70% 10% 15% 3% 1% 1%IV 66% 15% 12% 3% 2% 2%

Obs. As ligas do tipo III e IV são sucetíveis ao tratamento térmico e podem ser endurecidas ou amaciadas por meio de ciclos adequados.

1. Tratamento térmico amaciador : Após a fundição da liga, retira-se o anel da centrífuga, espera-se até que a sobra da liga perca a sua cor rubra e a seguir imerge-se o anel em um recipiente contendo água fria, esfriando rapidamente o anel através de um choque térmico.

2. Tratamento térmico endurecedor : pode ser realizado por três processos. a) Coloca-se a restauração fundida (anel) no forno à temperatura de 450ºC mantendo

durante 5 minutos, em seguida desliga-se o forno, deixando abaixar para 250ºC, manter esta temperatura durante 15 minutos, em seguida imergi-la em água fria.

b) Coloca-se a restauração no forno à 370ºC durante 15 minutos, em seguida retirá-la do forno, deixando esfriar lentamente.

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c) Após a fundição, deixar esfriar naturalmente até a temperatura ambiente.

Liga de Prata / PaládioÉ uma boa liga alternativa ao uso do ouro. Essas ligas tem sido empregadas em

restaurações metálicas unitárias, tais como : MOD, Coroas totais, 4/5, pinos intra canais e próteses fixas pouco extensas.

Ex: Palliag, Albacast, etc.

Liga de Prata/EstanhoEssas ligas tiveram suas formulações inicialmente com estanho e prata, depois

foram incorporados outros elementos como cobre e zinco, com finalidade de melhorar suas propriedades físico-quimicas.

O resfriamento dessa liga após a fundição deve ser lento para não haver precipitação do estanho e assim, evitar processos de oxidação e corrosão da restauração.

Essas ligas são indicadas para as restaurações metálicas tipo MOD, Coroa total e 4/5. Nunca devem ser usadas em próteses fixas, sendo ligas macias de fácil brunimento.

Ex: Primalloy, DFL Alloy, Pratalloy, etc.

Liga de Cobre/Alumínio/ZincoEssas ligas foram introduzidas no mercado com a finalidade de baratear o custo das

RMF e são indicadas para restaurações unitárias, pinos intra canais e próteses fixas metaloplástica.

Essas ligas, apesar de seus problemas inerentes, como contração de fundição, oxidação e corrosão, continuam sendo usadas pela maioria dos dentistas.

Ex: Duracast, Godent, Idealloy, etc.

Liga de Níquel/CromoSão ligas de alta fusão utilizadas como alternativa às ligas de ouro para cerâmica

(Tipo V), em trabalhos metalocerâmicos, e para confecção de PPR.Basicamente o níquel, entra na formulação entre 67 a 80 % e o cromo entre 12 a 23

%, outros metais podem fazer parte da formulação, tais como o alumínio, manganês e titânio.

Ex: Durabond, Resistal P, Nicrodent, etc.

Liga de Cromo/CobaltoSão ligas de alta fusão, constituída de 53% a 67% de cobalto e 25% a 32% de cromo

e 2 a 6% de molibdênio, possuindo a mesma indicação das ligas de níquel/cromo.

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Inclusão e Fundição

Uma vez confeccionado o padrão de cera, para de chegar à fundição final deve-se vencer três etapas:

1) inclusão – envolva o padrão de cera com um material que duplique com exatidão sua forma e detalhes anatômicos.

2) evaporação da cera – eliminação da cera de maneira que se forme um molde que possa ser preenchido pela liga fundida.

3) fundição – introdução de uma liga metálica liquefeita do molde previamente preparado.

A aparente simplicidade dos passos citados pode enganar sobre a importância na obtenção de peças fundidas perfeitamente ajustadas. Poucas experiências em odontologia são mais frustrantes do que se ter uma restauração de ouro terminada que não se adapta e, portanto, não pode ser utilizada na boca do paciente.

Da maior importância é o fato de que as ligas liquefeitas de ouro usadas em odontologia apresentam uma contração de solidificação de aproximadamente 1,50%. Se o molde não expandir 1,50% em relação ao padrão de cera original, então a peça fundida

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restante será 1,50% menor que tal padrão. Portanto, é necessário compensar essa contração através de uma expansão semelhante do molde. Para isto, é necessário seguir fielmente os três passos anteriormente mencionados.

Correntemente são utilizados dois tipos de revestimento para confecção de restaurações fundidas: os aglutinados com gesso e com fosfato.

1) InclusãoTemos duas técnicas:

No próprio ambiente Inclusão a vácuo

Inclusão a vácuo

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No próprio ambiente:Temos três formas:

Simples (uma relação A/P) Simples com “boneca” (uma relação A/P) Dupla com “boneca” (duas relações A/P)

Descrição da técnica Simples com “boneca”Materiais:- revestimento /H2O destilada- anel metálico ou silicone- anti-bolhas- amianto (anel metálico)- base conformadora de cadinho- pino (sprues)- cera para escultura- pincel

*1° passo: fixação do pino alimentador no padrão de cera, em sua parte mais volumosa, num ângulo que permita a liga fundida fluir livremente para todas as partes do molde, este ângulo deve ter 45° no plano que passa pela oclusão do padrão de cera. A outra extremidade do pino alimentador é fixada na base conformadora de cadinho, o pino de alimentação deve ser suficientemente longo para que o ponto mais alto do padrão de cera venha ficar a 6mm da borda superior do anel. A câmara de compensação deve ficar a 1mm do padrão de cera, e ter aproximadamente 1/3 do volume do padrão de cera. A função do pino é criar um canal para a volatilização da cera e escoamento do metal.*2° passo: anel – o interior do anel é revestido com uma tira de amianto (seco) de 1mm de espessura, para proporcionar uma área de material compressível, contra o qual o revestimento passa expandir. O amianto deve estar localizado 3mm a quem em ambas extremidades do anel, e também deixar 3mm da parede interna do anel sem revestir com o amianto, este espaço livre é para que o molde seja selado e ancorado em posição. Após a colocação do anel, hidrate com água, remova o excesso sem comprimir o amianto.*3° passo: após a manipulação do revestimento na relação A/P de acordo com o fabricante, pincelar com revestimento sobre vibração o padrão de cera, fazendo uma “boneca”.

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Encaixe firmemente o anel na base conformadora de cadinho e preencha todo o anel sobre vibração.*4° passo: após a inclusão esperar aproximadamente 45min para a presa final do revestimento. Remover a base conformadora de cadinho e levar ao forno em temperatura ambiente.

2) Evaporação da cera-Eliminação da cera de maneira que se forme um molde que possa ser preenchido pela liga metálica.As funções do forno são:

Volatilização da cera Desidratação do revestimento Expansão suficiente do revestimento

3) Fundição- introdução da liga metálica liquefeita no molde previamente preparado.

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Cor e aparência

Seleção de cor

A seleção de cor dos dentes artificiais para uma prótese é um dos procedimentos mais difíceis com o qual se defronta a odontologia restauradora, desta forma, salvo se ocorreu um aprendizado específico classificando a escolha de uma cor em matiz,croma e valor .Matiz: é o nome da cor ( amarelo, azul, vermelho);Croma; é a quantidade de pigmento que determinada matiz apresenta (vermelho claro, escuro );Valor: é a quantidade de cinza de uma matiz, também chamado de brilho; é uma propriedade acromática e uma das mais difíceis de serem determinadas. A seleção de cor em próteses pode ser influenciada por diferentes fatores, entre os quais se destacam:

1)Ambiente 2)Observador 3)Objeto4)Fonte de luz 5)Escala de cor 6)Comunicação CD x Protético

Ambiente O ambiente de trabalho de ser normalmente constituído de cores neutras ( gelo, bege ), para reduzir o cansaço visual.De forma semelhante , para evitar interferência das cores das roupas do paciente , deve ser recoberto com campo também de cor neutra. Solicita ao paciente que remova qualquer maquiagem facial em excesso.

Observador O olho humano enxerga as cores através de aproximadamente 34.000 células denominadas cones , presentes na retina . Por ser uma determinação subjetiva , que inclusive pode ser afetada pela discromatopsia presente em 8%da população masculina .O paciente deve ser posicionado no mesmo nível dos olhos do observador, de tal forma que a luz incida de maneira similar no dente da escala e no objeto .

ObjetoÉ importante que o dente utilizado como referencia tenha estrutura dentária suficiente, mantenha sua cor original e não tenha sido submetido a restauração extensas, tratamento endodôntico. Fazer profilaxia prévia à determinacão da cor. Umedecer a superfície do dente a ser comparado e do dente. A superposição de uma película de saliva impede a desidratação do dente natural o que prejudicaria a própria tomada da cor.

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Utilizar preferencialmente dentes vizinhos como primeira referência , caso seja portador de prótese insatisfatória ,ou restaurações extensas utilizar o dente homônimo do lado oposto como Segunda referência , como terceira referência utilizar dentes antagonistas. Os caninos apresentam maior quantidade de saturação ou croma, e de maneira geral a maioria dos dentes apresentam croma mais acentuado no 1/3 cervical , a quantidade de incisal ou translucidez é maior nos dentes jovens e diminui com a idade devido ao desgaste .

Fonte de luzÊnfase dada à importância e indispensabilidade da luz solar para procedimento bem sucedido , ela ainda deveria ser utilizada em horários não antes das 10:00hs , para evitar excesso de azul, ou após 15:00, para reduzir a influência dos tons avermelhados .Desligar o Refletor minutos antes da selecão de cor evitando acentuar o amarelo- laranja dos dentes.

Escala de cor Uma prática como nos consultórios , justificada pelo custo, mas na verdade relacionada com a ignorância e negligência dos profissionais , consiste em utilizar escala de dentes de resina para fazer a seleção de cor, nessa prática fadada ao insucesso , se delegado ao protético , que nem sequer viu o paciente, a função de fazer a versão da cor 66 para o A3, do 69 para C3 e assim por diante .

Uma escala universal é a Vita aceita tanto para porcelana como para resina composta esta escala é ordenada em matizes através das letras A,B,C,D e saturação ou croma , determinados pelos números .Dentro desta escala o matiz A corresponde ao marrom, B ao amarelo, C ao cinza e D vermelho, a todos eles pode se acrescentar o laranja , predominante na dentição natural.

O número , de 1 a 4 , correspondem à quantidade crescente de croma Destaque sempre o dente da escala em função do matiz e faça a comparação de cervical para cervical e incisal para incisal Nunca selecione um croma acima entre A3e A3,5 , fique com croma menor , pois poderá ser modificado por característica extrínseca e se aproximar do ideal .A determinação do valor é a mais difícil dos componentes da cor.

Diferentemente do matiz e croma , a determinação do valor recomenda ambientes com baixa luminosidade , que possibilita a ativação dos bastonetes ,células responsáveis pela visão do preto ( baixo valor ) e do branco ( alto valor ), e consequentemente da quantidade de cinza presente no dente do paciente quando comparado como dente na escala .Para controlar a entrada de luz recomenda –se semicerrar os olhos durante a determinação do valor .

Para o controle do valor o meio mais prático é aplicação de corantes ou pigmentação extrínseco Após seleção do matiz ,croma ,e valor , identificar características individuais que pode ser aplicada através de modificadores como manchas brancas , marrons ,cinzas, sulcos oclusais , trincas, áreas transparentes etc

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Comunicação CD X P rotético Diferentes recursos tem sido preconizado com o objetivo de transmissão de cores entre aquilo que o CD. foi capaz de enxergar e o resultado estético esperado do protético . O uso de fotografias , dentes da própria escala , de modelos com delimitações desejadas , diagramas nos quais são delimitados as porções cervicais ,geralmente mais saturadas , de corpo e incisal assim como outras características desejadas . Em geral é importante ter conhecimento de aspectos individuais como características do paciente , como sexo , idade e tipo físico e características extrínsecas já ditas do elemento natural .

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