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Curso de Telefonia – Rede Telefônica Externa Professor João Batista José Pereira 18 Capitulo 2: Redes Telefônicas Externas Para interligar os assinantes às centrais telefônicas e estas entre si, o processo utilizado foi o de pares de fios de cobre, que se agrupam em cabos telefônicos. Os números de pares são padronizados. Em alguns casos são utilizados fios de alumínio, que pesam menos por unidade de comprimento, mais viável para a utilização em postes. Será adotada a seguinte classificação, para servir de roteiro às explicações que seguem: Cada uma destas redes utiliza o meio de transmissão mais conveniente. Será dada uma atenção mais a cabeação do que aos equipamentos. A cabeação no interior dos centros telefônicos, interligando equipamentos, se denomina rede interna. O conjunto de cabos troncos, cabo de pares e par de fios para o assinante, constitui a rede externa urbana. A rede vertical é a instalada no interior de prédios, segundo regras bem definidas, e de responsabilidade da construtora do edifício e de condomínios. A rede externa horizontal é de responsabilidade da concessionária dos serviços de telefonia e exige cuidado especial quanto à instalação e manutenção. As redes externas interurbanas e rede externa internacional utilizam meios de transmissão próprios para longas distâncias. A rede mais concentrada é a externa urbana horizontal, pois é aquela que é capilarizada ao nível do assinante. Falta de cuidados nesta rede leva facilmente ao caos, pois pares de fios sofrem emendas com outros pares de outros cabos, e devem ser devidamente controlados. Um par de fios que liga o assinante não deve ter sua resistência superior a 1800. Como esta resistência depende do comprimento, do diâmetro do fio e do material condutor, assinantes distantes têm que ter fios mais grossos. Outro aspecto está relacionado à propagação do sinal na linha. Quanto maior a linha, maior a atenuação para freqüências mais altas. Geralmente de um terminal de assinante, como o de uma residência do tipo casa, sai um par de fios do telefone de forma aérea, e é ligado a um cabo aéreo, pendurado nos postes da rua. Este cabo aéreo é formado pelos pares dos assinantes de toda a rua. Em algum ponto este cabo desce para uma caixa subterrânea aonde chegam os cabos de outras ruas próximas, e seus pares são ligados aos pares de cabos mais grossos, concentrando as linhas de assinantes. Se os telefones são originários de um prédio, a rede vertical do prédio desce até uma caixa subterrânea no próprio prédio e daí parte para uma caixa subterrânea da concessionária. As emendas dos cabos são feitas nas caixas subterrâneas. O ponto das emendas é envolvido por uma luva de chumbo, hermeticamente fechada por solda. Nesta luva há uma válvula por onde se injeta ar seco ou gás inerte, que é mantido sob pressão para evitar a entrada de umidade ao longo de todo o cabo por qualquer fissura. Sensores de pressão indicam a presença de vazamento. Os cabos seguem por outras caixas até atingirem o túnel de cabos da central. Os cabos penetram no prédio e são ligados a grandes armações metálicas, chamados distribuidores gerais (DG). No DG têm-se dispostos verticalmente os pares que chegam pelos cabos e horizontalmente os terminas de assinantes da central. A conexão entre esses pares é feita por pares de fios denominados “jumps”. Tal procedimento facilita algumas operações como a troca de endereço do assinante, para uma região atendida pela central, mantendo o mesmo número. Na instalação das redes, normalmente 30% dos pares são reservados para mudanças de endereço e aluguel de linha privada (LP). A LP é um par que um assinante aluga para ligar dois locais de forma contínua, (dois computadores, por exemplo). Atualmente a rede cabeada está se caracterizando pela utilização da técnica de comutação distribuída, como mostrada na figura abaixo. É baseada na utilização do Estágio de Linha Remoto (ERL), que pode ser o convencional ou o Estágio Remoto com infra-estrutura Integrada (ELI). Este equipamento recebe as linhas metálicas provenientes dos aparelhos telefônicos e faz a sua conexão com a central telefônica digital a uma distância máxima de até 5500m.

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Curso de Telefonia – Rede Telefônica Externa

Professor João Batista José Pereira 18

Capitulo 2: Redes Telefônicas Externas

Para interligar os assinantes às centrais telefônicas e estas entre si, o processo utilizado foi o de pares de fios de cobre, que se agrupam em cabos telefônicos. Os números de pares são padronizados. Em alguns casos são utilizados fios de alumínio, que pesam menos por unidade de comprimento, mais viável para a utilização em postes.

Será adotada a seguinte classificação, para servir de roteiro às explicações que seguem:

Cada uma destas redes utiliza o meio de transmissão mais conveniente. Será dada uma atenção mais a cabeação do que aos equipamentos. A cabeação no interior dos centros telefônicos, interligando equipamentos, se denomina rede interna. O conjunto de cabos troncos, cabo de pares e par de fios para o assinante, constitui a rede externa urbana. A rede vertical é a instalada no interior de prédios, segundo regras bem definidas, e de responsabilidade da construtora do edifício e de condomínios. A rede externa horizontal é de responsabilidade da concessionária dos serviços de telefonia e exige cuidado especial quanto à instalação e manutenção. As redes externas interurbanas e rede externa internacional utilizam meios de transmissão próprios para longas distâncias.

A rede mais concentrada é a externa urbana horizontal, pois é aquela que é capilarizada ao nível do assinante. Falta de cuidados nesta rede leva facilmente ao caos, pois pares de fios sofrem emendas com outros pares de outros cabos, e devem ser devidamente controlados.

Um par de fios que liga o assinante não deve ter sua resistência superior a 1800Ω . Como esta resistência depende do comprimento, do diâmetro do fio e do material condutor, assinantes distantes têm que ter fios mais grossos. Outro aspecto está relacionado à propagação do sinal na linha. Quanto maior a linha, maior a atenuação para freqüências mais altas.

Geralmente de um terminal de assinante, como o de uma residência do tipo casa, sai um par de fios do telefone de forma aérea, e é ligado a um cabo aéreo, pendurado nos postes da rua. Este cabo aéreo é formado pelos pares dos assinantes de toda a rua. Em algum ponto este cabo desce para uma caixa subterrânea aonde chegam os cabos de outras ruas próximas, e seus pares são ligados aos pares de cabos mais grossos, concentrando as linhas de assinantes. Se os telefones são originários de um prédio, a rede vertical do prédio desce até uma caixa subterrânea no próprio prédio e daí parte para uma caixa subterrânea da concessionária. As emendas dos cabos são feitas nas caixas subterrâneas. O ponto das emendas é envolvido por uma luva de chumbo, hermeticamente fechada por solda. Nesta luva há uma válvula por onde se injeta ar seco ou gás inerte, que é mantido sob pressão para evitar a entrada de umidade ao longo de todo o cabo por qualquer fissura. Sensores de pressão indicam a presença de vazamento.

Os cabos seguem por outras caixas até atingirem o túnel de cabos da central. Os cabos penetram no prédio e são ligados a grandes armações metálicas, chamados distribuidores gerais (DG). No DG têm-se dispostos verticalmente os pares que chegam pelos cabos e horizontalmente os terminas de assinantes da central. A conexão entre esses pares é feita por pares de fios denominados “jumps”. Tal procedimento facilita algumas operações como a troca de endereço do assinante, para uma região atendida pela central, mantendo o mesmo número.

Na instalação das redes, normalmente 30% dos pares são reservados para mudanças de endereço e aluguel de linha privada (LP). A LP é um par que um assinante aluga para ligar dois locais de forma contínua, (dois computadores, por exemplo).

Atualmente a rede cabeada está se caracterizando pela utilização da técnica de comutação distribuída, como mostrada na figura abaixo. É baseada na utilização do Estágio de Linha Remoto (ERL), que pode ser o convencional ou o Estágio Remoto com infra-estrutura Integrada (ELI). Este equipamento recebe as linhas metálicas provenientes dos aparelhos telefônicos e faz a sua conexão com a central telefônica digital a uma distância máxima de até 5500m.

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2.1. Conceitos Básicos

- Rede primária: são os cabos telefônicos, em sua maioria subterrâneos, que interligam as sessões de

serviço com a estação telefônica. - Rede secundária: são os cabos telefônicos, em sua maioria aéreos, que interligam os armários de

distribuição com as caixas terminais.

- Rede de entroncamento: é o conjunto de cabos telefônicos (metálicos ou de fibra óptica) que interligam

os centros comutadores entre si. - Área de estação: é a área geográfica atendida por uma estação telefônica (centro comutador) e respectiva

rede de cabos de assinantes. - Rota: é uma parte pertencente a uma área de estação, normalmente corresponde a uma linha de dutos. - Sessão de serviço: é a menor unidade geográfica da área de estação, é servida por um armário de

distribuição ou uma subida lateral de cabo subterrâneo.

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2.2. Cabos Telefônicos

É basicamente um conjunto de condutores de cobre ou fibras ópticas, devidamente isolados entre si, arranjados aos pares e envoltos por uma capa protetora.

2.2.1. Características Elétricas dos Cabos Telefônicos

Resistência ôhmica: é uma das principais causas da perda de energia em cabos telefônicos. O termo resistência, exceto quando especificamente indicado, significa resistência efetiva. A resistência efetiva de um condutor é:

RPI

= 2 (Ω)

onde: P → é a potência dissipada no condutor e é dada em watts I → é o valor eficaz da corrente em ampères. A resistência efetiva de um condutor só será igual a resistência em corrente contínua se a distribuição de

corrente no condutor for uniforme. A resistência em corrente contínua é dada pela expressão:

Rl

A0 =ρ.

(Ω/condutor)

onde: ρ → resistividade do condutor l → comprimento A → área da seção transversal A 20°C para o cobre têmpera dura, o ρ vale 1,77x10-8 ohms.m. Na faixa normal de operação, a variação da resistência de um condutor metálico com a temperatura é

praticamente linear, logo: R

R

T t

T t2

1

2

1

=++

onde: R2 e R1 → são as resistências do condutor às temperaturas t2 e t1 respectivamente, em graus Celsius T → é a constante determinada pelo tipo de cobre. T = 234,5 para cobre recozido; T = 241,0 para cobre têmpera dura.

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A distribuição uniforme de corrente pela seção transversal de um condutor ocorre somente com corrente contínua. Uma corrente variável com o tempo provoca densidade de corrente desuniforme. À medida que aumenta a freqüência de uma corrente alternada, acentua-se a desuniformidade da distribuição da corrente alternada, aumentando a resistência efetiva e as perdas. Este fenômeno é chamado efeito pelicular. Em um condutor circular, a densidade de corrente usualmente cresce do interior para a superfície.

Capacitância mútua: numa linha resulta da diferença de potencial entre os condutores; ela faz com que estes se tornem carregados de modo semelhante as placas de um capacitor entre as quais exista uma diferença de potencial. A capacitância entre condutores em paralelo é uma constante que depende do diâmetro dos condutores, material isolante, afastamento entre os condutores e da maneira como foi construído o cabo.

CK

a Dr

=

Π.

ln.

(F/m)

onde: D → distância entre os eixos dos condutores; r → raio dos condutores; k → depende da permissividade do material isolante; a → coeficiente que caracteriza a maneira da cablagem. Indutância mútua: quando dois condutores de um circuito telefônico são percorridos pela mesma corrente,

mas com sentidos contrários, um campo magnético é criado no espaço compreendido entre os mesmos. A relação entre o fluxo que atravessa o espaço que separa os dois condutores e a corrente que o produz, denomina-se indutância do circuito.

LD

r=

−410

0 77887. ln

. , (H/m)

onde: D → é a distância entre o eixo dos condutores; r → raio do condutor. Condutância: constitui um parâmetro que representa o inverso da resistência entre os condutores. Sua

determinação exata é feita em laboratório de medidas. Depende do material isolante e da distância entre os condutores.

GRi

=1

(mho)

onde: Ri → resistência de isolamento. Impedância Característica: é a impedância de entrada de uma linha supostamente longa, para o par

telefônico ela é constante e igual a 600Ω na freqüência de 800Hz.

ZR jwLG jwCc =

++

(Ω)

A impedância característica independe do comprimento da linha, é de natureza complexa, leva em conta as perdas e depende da freqüência.

Atenuação: expressa a variação ocorrida na potência do sinal ao percorrer um par telefônico.

APP

o

i

=

10 log (dB)

onde: Po é a potência de saída e Pi a potência de entrada. Diafonia: a diafonia é um fator de degradação dos sinais em um meio de transmissão. Basicamente a

diafonia é a interferência que sofre um sinal por parte de outro nas proximidades. Nos pares de um cabo telefônico este problema ocorre devido à baixa isolação entre condutores.

Paradiafonia: ocorre quando os sentidos de transmissão são opostos, onde o sinal interferente possui nível elevado (ainda não atenuado) e o sinal interferido possui nível baixo (já atenuado).

Telediafonia: ocorre quando os sentidos de transmissão são os mesmos. Ambos os sinais se interferem entre si.

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2.3. Acessórios para Rede Telefônica Externa

2.3.1. Cabos - Cabo CCE-APL: é um cabo de dois a seis pares de condutores de cobre nu mole, isolado por polietileno,

blindagem com fita APL e capa externa preta em polietileno, possui 0,50 ou 0,65mm de diâmetro do condutor, e é utilizado em ligação das emendas de distribuição até a entrada do assinante em rede aérea ou em dutos subterrâneos.

- CCE-APL-ASF: é um cabo de dois a trinta pares de condutores de cobre nu mole, isolado por polietileno

ou polipropileno, blindagem com fita APL, fibras de vidro ou interstício e capa externa preta em polietileno, possui 0,40 ou 0,50 ou 0,65 ou 0,90mm de diâmetro do condutor, e é utilizado exclusivamente para instalações aéreas (rurais), com vão entre postes de até 120m.

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- Cabo CCE-APL-G: é um cabo de dois a seis pares de condutores de cobre nu mole, isolado por polietileno ou polipropileno, blindagem com fita APL, núcleo preenchido com material resistente à penetração de umidade e capa externa preta em polietileno, possui 0,40 ou 0,50 ou 0,65 ou 0,90mm de diâmetro do condutor, e é utilizado preferencialmente para uso em instalações subterrâneas em dutos, ou diretamente enterrados no solo.

- Cabo CFOA-SM-AS-G/CFOA-MM-AS-G: é um cabo constituídos por fibras monomodo ou multimodo com revestimento de acrilato, aplicadas no interior de um tubo em proteção, preenchidas com geléia de petróleo. Os tubos de proteção são reunidos concentricamente sobre um elemento de tração, enfaixados com material não higroscópio, sobre o qual é aplicada uma capa interna (opcional) de Polietileno. Armação em fibra de aramida e capa externa retardante a chama. É utilizado em sistemas ópticos de alta capacidade, sendo totalmente dielétrico e indicado para rede aérea em vãos de até 200m.

- Cabo CFOA-SM-APL/CFO-MM-APL: é um cabo constituído por fibras monomodo ou multimodo com revestimento de acrilato, aplicadas no interior de um tubo de proteção, podendo ser preenchido ou não, com geléia de petróleo. Os condutores metálicos, juntamente com os tubos de proteção, são reunidos concentricamente sobre um elemento de tração, enfaixados com material higroscópio e protegido por uma capa APL. Os cabos CFOA-SM-APL (secos - pressurizados e gelados) são utilizados em sistemas ópticos de alta capacidade, operando na faixa de 1310 ou 1550nm. Os cabos CFOA-MM-APL (secos - pressurizados e gelados) são utilizados em sistema ópticos de média e baixa capacidade, operando na faixa de 850 ou 1310nm.

- Cabo CTP-APL: é um cabo de dez a seiscentos pares de condutores de cobre nu mole, isolado por polietileno, blindagem com fita APL, e capa externa preta em polietileno, possui 0,40 ou 0,50 ou 0,65 ou 0,90mm de diâmetro do condutor, e é utilizado em ligação de armário de distribuição até o ponto de ligação com o assinante; rede aérea ou em dutos subterrâneos.

- Cabo CTP-APL-SN: é um cabo de dez a seiscentos pares de condutores de cobre mole estanhado, isolado por polietileno, blindagem com fita APL, e capa externa preta em polietileno, possui 0,40 ou 0,50 ou 0,65 ou 0,90mm de diâmetro do condutor, e é utilizado em ligação de armário de distribuição até o ponto de ligação com o assinante; rede aérea ou em dutos subterrâneos.

- Cabo CTS-APL: é um cabo de dez a três mil e seiscentos pares de condutores de cobre nu mole, isolado por polietileno de alta densidade, núcleo protegido com material resistente à penetração de umidade, blindagem com fita APL, e capa externa preta em polietileno ou polorpopileno, possui 0,40 ou 0,50mm de diâmetro do condutor, e é utilizado preferencialmente para uso em instalações subterrâneas.

2.3.2. Fios - Fio FDG: é um fio de um par de condutores de cobre estanhado, isolado com PVC e torcido, possui 0,50

ou 0,60mm de diâmetro do condutor, e é utilizado na confecção de chicotes em mesas de ligações e equipamentos telefônicos em geral.

- Fio FE 100 / FE 160: é um fio de um par de condutores de bronze, isolado com PVC (FE-100) ou Polietileno (FE-160), possui 1,00 ou 1,60 mm de diâmetro do condutor, e é utilizado na instalação aérea como derivação das caixas de distribuição até as entradas de assinantes.

2.3.3. Distribuidores - Armário de Distribuição de Pedestal (AD): é o ponto de conexão entre a rede primária e a rede

secundária, podem ser de 1400 pares ou 3300 pares. Em um armário de 1400 pares podemos ter até 600 pares como primário e até 800 pares como secundário. Havendo necessidade maior de pares, utiliza-se o AD 3300 pares.

Além do armário necessitamos de 5m de cordoalha de aço cobreada, uma haste de aterramento (podendo ir até quatro para baixar a resistência de aterramento para 15Ω).

- Distribuidor Geral de Parede: é uma armação metálica para fixar os blocos verticais de 100 pares (6 em cada vertical) e está localizado na parede da sala do DG da Estação Telefônica. O distribuidor de parede tem capacidade para 3 verticais e 4 horizontais.

- Distribuidor Geral de Centro de Sala: este distribuidor está localizado no centro da sala do DG. O distribuidor de centro de sala tem capacidade para 5 verticais e 14 horizontais, ou mais, e necessita de uma superestrutura para sustentação e fixação superior de DG.

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2.3.4. Blocos - Bloco BLA-50: nestes blocos são conectados os pares primários ou secundários. Ele está localizado

dentro do armário de distribuição e cada bloco permite a conexão de 50 pares. Obs: Somente os armários já existentes devem receber este tipo de bloco.

- Blocos Verticais de DG 100 Pares: eEstes blocos estão localizados dentro do DG da Estação Telefônica. São utilizados para a interconexão dos cabos da rede externa com os equipamentos da central, através da ligação com os blocos horizontais. Esses blocos possibilitam a proteção elétrica, através dos módulos protetores que são inseridos frontalmente nos blocos. Neles são conectados os pares dos cabos internos (CI) provenientes da emenda de cabeçote. São utilizados normalmente 6 blocos por vertical.

- Bloco de Engate Rápido: nestes blocos são conectados os pares primários ou secundários. Ele está localizado dentro do armário de distribuição. Cada bloco permite a conexão de 10 pares.

2.3.5. Outros - Suporte de Cabos, Emendas e Cotos em Caixas Subterrâneas: é uma espécie de prateleira onde são

acomodados os cabos, emendas e cotos nas caixas subterrâneas. Além dos degraus (dois para cada caso), são necessários dois suporte para degraus e dois metros de fio de espinar isolado para as amarrações.

- Bloqueio de Umidade e de Pressão: no bloqueio de umidade, os cabos que entram no armário de distribuição são protegidos contra a penetração de água e umidade. É necessário 100g de resina Resitel 14cm do tubo termocontrátil em cada cabo. No bloqueio de pressão, realizado nos cabos que vão para o AD, junto da emenda, evita-se a pressurização do cabo CTP-APL.

- Emenda Convencional de Cabeçote: esta emenda junta os condutores dos cabos CI e o cabo distribuidor primário. Ela é realizada em um cilindro de chumbo puro, (luva de chumbo 220A).

- Emenda Mecânica de Cabeçote: esta emenda junta os condutores dos cabos CI e o cabo distribuidor primário. Ela é realizada em uma caixa de emenda mecânica (CEM). Para a realização desta é necessário ainda uma ferragem para fixação da emenda.

- Emenda Mecânica Reta ou Derivada: dentro da CEM são emendados os condutores dos cabos telefônicos.

- Módulos Protetores: são dispositivos que protegem a central telefônica contra sobre-tensões que possam vir a ocorrer no par telefônico. Estes dispositivos são instalados nos blocos verticais do DG. Cada par necessita de um módulo protetor.

- Tubete de Isolação: cada par que fica parado ou em reserva dentro de uma luva é isolado com 4cm deste tubete.

- Equipamentos de Pressurização: os cabos subterrâneos são pressurizados para evitar a penetração de água e umidade em seu interior. Na pressurização convencional é necessário um equipamento de pressurização convencional, pressostatos e o tubo Poly-Floor. O pressostato é um dispositivo que instalado ao longo dos cabos subterrâneos para indicar a queda na pressão interna do mesmo. A queda na pressão interna é indicada em um painel de alarmes localizado geralmente na sala do distribuidor geral da estação telefônica. Em um cabo subterrâneo são

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instalados vários pressostatos conforme projeto de pressurização. Na pressurização eletrônica é necessário um equipamento de pressurização digital e transdutores internos conforme o projeto de pressurização.

- Válvulas: são instaladas nas emendas dos cabos subterrâneos que não são geleados com a finalidade de verificar a pressão do ar no interior do cabo e também para permitir a pressurização. Além da válvula é ainda necessário um suporte para válvula, 3m de tubo TCH-9, oito braçadeiras para cabo BC-2 e oito parafusos com bucha 6 para fixar o tubo. O tubo TCH-9 conecta a válvula com a emenda, permitindo que a válvula possa ser instalada no ponto mais alto possível dentro da caixa subterrânea.

- Ajustador para Fita de Aço: é uma chapa metálica com duas fendas por onde passa fita de aço, tem a finalidade de ajustar a fita ao diâmetro da seção circular do poste.

- Alça Pré-formada 4,8mm: é um laço que prende a cordoalha ao poste. É usada para fazer a terminação do mensageiro.

- Alça Pré-formada 6,4mm: é um laço utilizado no tirante. São necessárias três alças por tirante. - Braçadeira ajustável BAP-2: utilizada para na fixação de elementos da rede em postes de concreto,

como armação AR-11 e cordoalha dos tirantes. - Caixa de Distribuição de 10 ou 20 Pares: nesta caixa terminam os pares do cabo telefônico e dela saem

os fios FE até a fachada dos prédios. - Caixa de Distribuição e Proteção 10 ou 20 Pares: nesta caixa terminam os pares do cabo telefônico e

dela saem os fios FE até a fachada dos prédios. Possui módulos contra sobre-tensão para cada par. - Cabeça de Travamento: serve para fazer o distanciamento da emenda do mensageiro. - Cano Galvanizado 50mm Diâmetro Externo 3 metros Comprimento: dentro deste cano passam os

cabos nas subidas ou descidas laterais. - Chapa de Proteção (CPE): serve para proteger o concreto do poste. Para que a cordoalha do tirante não

“degolar” o concreto com passar do tempo. - Conector Parafuso Fendido Bimetálico (CPF): este conector faz a conexão entre o mensageiro e a

cordoalha de aterramento. - Cordoalha de Aço: de 4,8mm é o mensageiro, utilizado na sustentação dos cabos aéreos. De 6,4mm é

utilizada para fazer o estai. São utilizados 10m desta cordoalha para cada estai. - Cordoalha de Aço Cobreada: esta cordoalha faz a conexão entre a blindagem dos cabos

telefônicos/mensageiro e as hastes de aterramento. Considerar 10 m em cada aterramento. - Cruzetas: as cruzetas são necessárias quando, por algum motivo, o mensageiro deve ficar afastado do

poste. - Derivação em "T" Pré-formada: utilizada para realizar emenda em “T” e nos cruzamentos da

cordoalha. - Espaçadores para separar Cabo do Mensageiro: serve para distanciar as emendas do mensageiro. - Fio de Espinar Isolado (FEI): este fio prende o cabo telefônico a cordoalha de aço. Acrescentar 10%

para as folgas. - Fita Aço Inox 19mm: serve para fixação, em postes de concreto, de elementos da rede que precisam ser

verticalmente presos como o cano utilizado nas subidas laterais, fios de aterramento, caixas terminais e cabos dos armários aéreos. Prever pelo menos um metro para cada amarração.

- Hastes Terra Cobreada 15,87 X 2420mm: consiste de uma haste metálica que tem a função de prover a menor resistência para a terra. Utilizada nos aterramentos. O aterramento é a interligação da blindagem ou capa metálica do cabo telefônico com a terra eliminando qualquer diferença de potencial entre ambas. Sem diferença de potencial, não vão aparecer correntes parasitas. O aterramento é feito toda vez que existe uma emenda ou terminação.

- Isolador Castanha: utilizado para isolar eletricamente a cordoalha do tirante (6,4mm) do mensageiro (cordoalha 4,8mm).

- Isolador de Porcelana: utilizado para isolar o mensageiro do poste. - Isolador para AD Aéreo: este isolar permite que o ARD aéreo fique isolado eletricamente do poste. Ele

fica entre a braçadeira para poste BPC e o suporte S. - Kit de Emenda Selada Reentrável: é usada na emenda e derivação de cabos. Nesta caixa de emenda o

primeiro número significa o tamanho, o segundo o número de saídas e o terceiro o número de entradas. Caixas do tipo 1 são utilizadas para cabos de até 50 pares, do tipo 2 para até 100 pares e do tipo 3 para até 300 pares.

- Laço Pré-formatado para Cordoalha 4,8mm: serve para fixar o mensageiro no isolador de porcelana. - Redução Excêntrica 100/50mm: é uma luva de redução. Utilizado na base do poste em uma subida ou

descida lateral. Ele faz o ajuste entre o diâmetro do duto lateral (100mm) e o cano de subida (50 mm). - Suporte S-ARD: é um suporte metálico que prende o ARD aéreo ao poste. Ele fica aparafusado no ARD

aéreo e através de um isolador na braçadeira para poste BPC. - Tubo Isolador da Cordoalha (TIC): tubo de PVC por onde passa a cordoalha do aterramento. Evita que

transeuntes possam entrar em contato com a cordoalha de aterramento. - Tubo para Isolar Mensageiro (TIM): tubo de PVC por onde passa o mensageiro quando da existência

de uma caixa de emenda. Evita que o pessoal em serviço na caixa de emenda possam entrar em contato com o mensageiro.

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- Tubete de Isolamento Termo-contratil: utilizado para isolar os pares parados ou em reserva nas caixas de emenda. Sou necessário 0,04m de deste tubete para cada par parado ou em reserva.

2.4. Rede Telefônica Subterrânea

A rede de telefônica subterrânea é também chamada de rede primária, pois esta interliga a estação telefônica com as sessões de serviço. Na rede subterrânea normalmente são utilizados cabos do tipo CT-APL ou do tipo CTS-APL.

Os principais passos para a execução de um projeto de rede subterrânea são: - Determinar o nº de pares necessários para cada sessão de serviço mediante o projeto de rede aérea; - Escolher o cabo mais adequado as condições da rota; - Determinar o cabo a ser instalado entre cada caixa subterrânea (tipo, capacidade e diâmetro); - Determinar todos os pontos de emenda e reserva de pares; - Distribuir os pares para todos os cabos, sessões de serviço e reservas; - Fazer os projetos de proteção elétrica e pressurização; - Elaboração do orçamento do projeto; - Compra de material e execução da construção; - Testes de aceitação.

2.4.1. Rede de Canalização

A rede de canalização se divide na linha de dutos e nas caixas subterrâneas.

2.4.2. Linha de Dutos

A finalidade da linha de dutos é a condução e proteção dos cabos subterrâneos.

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2.4.3. Instalação da Linha de Dutos

Não havendo regulamentos que determinem a faixa de localização da rua para cada serviço público, a linha de dutos dever ser projetada na melhor localização possível, segundo os critérios abaixo:

- No passeio, do lado da posteação; - No passeio, do lado oposto a posteação; - Na pista de rolamento, a um metro do meio fio e do lado da posteação; - Na pista de rolamento, a um metro do meio fio e no lado oposto a posteação; - Na pista de rolamento, a mais de um metro do meio fio desde que não exceda 1/3 da pista. A profundidade da linha de dutos está sujeita a regulamentos, na ausência desta sua profundidade deve

permitir o recobrimento mínimo de 60 cm acima da face superior da linha de dutos.

2.4.4. Tipos de Dutos

Dutos de barro vidrado: compactos, múltiplos, pesados, quebradiços, junta fraca, grande coeficiente de atrito e a construção exige um grande número de peças. É indicado para uso em linhas de dutos de grande porte por reduzirem seu volume e terreno firme.

Dutos de cimento e areia: múltiplos, pesados, não permitem curvas e grande coeficiente de atrito. É indicado para uso em linhas de dutos até 24 furos e terreno firme a médio.

Dutos de fibra de vidro tipo leve: leves, juntas estanques, rapidez no assentamento, pequeno coeficiente de atrito, fácil construção de curvas e comprimento 3 a 6 metros. É indicado para uso geral em terreno médio a fraco.

Dutos de cimento amianto: duto é muito volumoso e de rápida construção. É indicado para uso em linhas de dutos até 24 furos em terreno firme a médio.

Dutos de PVC: são leves e apresentam pequeno coeficiente de atrito e a linha de dutos é de rápida construção. É indicado para uso em linhas de dutos de qualquer capacidade em qualquer tipo de terreno.

Dutos de ferro galvanizado: grande resistência mecânica e sujeita à corrosão. É indicado para uso em linhas que necessitem de grande resistência mecânica e para a travessia de obstáculos (pontes, viadutos etc.) em terreno de qualquer tipo.

2.4.5. Critérios técnicos e econômicos para a seleção do tipo de dutos

-Tipo de solo; - Quantidade de dutos da linha; - Espaço disponível na rua; - Disponibilidade dos dutos; - Obstáculos da rota; - Subidas de lateral.

2.4.6. Caixas Subterrâneas (CS)

A finalidade das CS's é permitir o puxamento dos cabos, acomodar emendas, derivar cabos, mudanças

bruscas na direção da linha de dutos, receber equipamentos de tratamento de linha e permitir os trabalhos no seu interior.

2.4.7. Instalação das caixas subterrâneas

As caixas subterrâneas devem ser instaladas observando-se o espaço disponível na rua e os seguintes aspectos:

- Tipo e dimensão da caixa subterrânea; - O lado da rua que foi escolhido para a linha de dutos; - O comprimento máximo permitido por lance; - Condições de segurança do local da CS, nunca em frente a garagens, postos de gasolina, supermercados

etc. - Quando em esquinas, locá-las no ponto anterior ao ponto de curva para evitar interferências no trânsito; - Perfil do terreno ao longo da linha de dutos; - Previsão para a construção de subidas laterais; - O local projetado deve oferecer condições para armar barraca sobre elas e ao mesmo tempo causar o

mínimo de transtorno a pedestre e veículos.

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2.4.8. Tipos de Caixas Subterrâneas

Quanto ao formato: - Regulares: construídas conforme norma Telebrás; - Irregulares: são as demais caixas. Quanto à importância da canalização: - Primárias: as que recebem cabos primários ou alimentadores ou ainda cabos troncos. - Secundárias: as que recebem apenas cabos secundários ou de distribuição e cabos laterais. Quanto à posição dos cabos: - Simples: recebem cabos apenas em suas paredes; - Duplas: recebem cabos nas paredes e em apoios centrais. Quanto à posição de entrada dos cabos: - Tipo I: caixas retangulares com uma entrada de linha reta pelos lados menores opostos do retângulo; - Tipo L: caixas retangulares com uma entrada por um dos lados menores e uma entrada lateral do lado

oposto. - Tipo T: caixas retangulares com uma entrada por um dos lados menores e duas entradas laterais do lado

oposto; - Tipo V: caixas triangulares com três entradas de dutos.

2.5. Rede Telefônica Aérea

Considera-se para o cálculo das medidas nos projetos de rede telefônica aérea: - A distância entre postes será de 30m; - Em toda descida ou subida lateral a medida de cabos será padronizada em 20m; - No cálculo final dos comprimentos dos cabos aéreos acrescentar 10 % para folgas e emendas.

2.6. Tipos de Defeitos em Redes Telefônicas

Existe um número elevado de defeitos em redes telefônicas. Apresentaremos aqui aqueles que ocorrem no

dia a dia e cuja incidência prejudicam o desempenho do sistema, causando mal estar junto aos usuários e onerando o custo de manutenção.

Curto: Dois condutores de um par telefônico estão em contato entre si. Aberto: Quebra da continuidade elétrica de um ou ambos os condutores de um par de cabos. Terra: Um ou ambos os condutores de um par de cabos estão em contato com a capa do cabo ou com

qualquer outro objeto aterrado. Cruzado ou Atravessado: Dois condutores, cada um de um par diferente, estão em contato entre si. Perna Pulada Simples: Inversão impar entre os condutores de um par telefônico. Perna Pulada em dois Pares: Inversão entre dois condutores de pares adjacentes. Diafonia: Introdução de correntes elétricas num par de cabos pelos circuitos elétricos através da indução. Baixa Isolação: O valor da resistência de isolação entre dois condutores, de um mesmo par ou de pares

diferentes, está abaixo dos valores especificados como aceitáveis. Ruído: Defeito geralmente causado por diafonia inintelegível ou outras formas de indução e que se

manifesta como um som de fundo na conversação.

2.7. Localização do Defeito

Para a localização do defeito normalmente seguimos quatro etapas. Identificação: Consiste em determinar qual ou quais circuitos estão defeituosos e qual o tipo de defeito que

os afeta. Fixação do Defeito: Consiste no aumento da intensidade do defeito através de artifícios para mantê-lo

firme e assim facilitar sua localização. Esta etapa é necessária apenas em alguns tipos de defeitos, como, por exemplo, no caso de baixa isolação, onde é comum a quebra de isolação dos pares através de uma corrente elétrica.

Medição: Consiste na realização de medidas das características do cabo defeituoso, convertendo-as em distâncias geográficas, para a determinação do ponto mais provável onde se encontra o defeito.

Confirmação: Consiste na determinação exata do ponto de avaria do cabo.

2.8. Equipamentos Utilizados na Localização de Defeitos Identificação do Defeito: Aparelho Curto Aberto Terra Cruzado Diafonia Baixa Isolação Ruído Mesa de Testes X X X X - X - Psofômetro - - - - X - X Meghometro X - X X - X -

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Fixação do Defeito: Aparelho Curto Aberto Terra Cruzado Diafonia Baixa Isolação Ruído Queimador de Pares X - X X - X - Medição do Defeito: Aparelho Curto Aberto Terra Cruzado Diafonia Baixa Isolação Ruído Ponte de Wheatstone X X X X - X - Ecômetro X X X X X - - Confirmação de Defeito: Aparelho Curto Aberto Terra Cruzado Diafonia Baixa Isolação Ruído Gerador de Sinais X - X X X X -

2.8.1. Mesa de Teste de Cabos

Tem-se inicialmente que converter a linguagem cotidiana em termos com o real significado físico. A mesa de testes possui um voltímetro que fornece leituras que indicam o nível do defeito. A conversão necessária é a leitura em Volts (0 a 100V) para o valor em Ohms correspondente.

A tabela abaixo mostra esta conversão:

Leitura em Volts Resistência em Ohms (KOhms) Qualidade da Linha 100 0 Não Funciona 90 11 Não Funciona 80 25 Não Funciona 50 100 Não Funciona 40 150 Não Funciona 37 170 Péssima 34 194 Péssima 25 300 Péssima 24 316 Ruim 20 400 Ruim 10 900 Ruim 9 1000 Regular 5 1900 Regular 4 2400 Normal

0,5 19000 Normal 0,4 24000 Boa 0 - Boa

2.8.2. Ponte de Wheatstone

Equipamento utilizado para medida indireta de resistência com boa precisão. É utilizada para medida de

resistência de loop, resistência de um condutor, desequilíbrio de Loop, resistência de terra, baixa isolação para terra, cruzamento e curto-circuito.

2.8.3. Meghometro

Permite a leitura até 10.000MΩ . Permite a deteção de possíveis condutores com baixa isolação, causada por má qualidade de instalação e/ou má vedação das luvas em relação à umidade.

2.8.4. Localizador de Falhas MW32C

A linha de transmissão de telecomunicações, tais como o cabo coaxial, o cabo de pares, etc, é geralmente instalada, pela própria finalidade, à longa distância. Assim sendo sempre há a possibilidade de ocorrência de defeitos na mesma.

Qualquer que seja a causa e o tipo de defeito, o mais importante é a localização exata da falha e a identificação da causa. O “Localizador de Falhas MW32C” é o medidor mais adequado para esta finalidade.

O principio de funcionamento é o seguinte: um pulso é enviado pelo cabo e se propagará por este. Mas se houver alguma anormalidade elétrica no cabo, que poderá ser representado como descasamento de impedância no ponto desta anormalidade, haverá reflexão do pulso de volta ao ponto de transmissão. A velocidade de propagação é uma característica própria do cabo. A distância da avaria é dada pela velocidade de propagação vez o tempo gasto entre o envio do pulso e seu retorno dividido por dois.