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ETEC – GESTÃO EMPRESARIAL 1 Prof. Luiz Tavares Evolução histórica: Principais Teorias e Escolas da Administração 1) Os princípios da administração científica de Frederick Taylor Taylor nasceu nos Estados Unidos em 20 de março de 1856 e é considerado o pai da Administração em suas bases científicas. Iniciou sua carreira como operário e depois como engenheiro, chegando a ocupar cargos em altos postos nas empresas norte-americanas. Como tinha larga experiência na própria linha de produção, foi um dos primeiros a destacar a necessidade de racionalizar o tempo e a divisão do trabalho industrial para aumentar a eficiência nas fábricas. No seu principal livro, Os Princípios da Administração Científica, publicado em 1911, Taylor afirma a necessidade de executar o trabalho administrativo em bases científicas e objetivas. Sua grande contribuição teórica reside nas diretrizes que fixou para a racionalização do trabalho industrial e na divisão de autoridade e supervisão ao nível de linha (autoridade vertical). A seguir descrevemos os principais pontos de sua teoria: - princípios científicos em substituição ao empirismo: com o objetivo de instituir a prática administrativa científica, baseada em princípios e não no processo de tentativa sob risco; - divisão do trabalho: determinando, através das regras básicas, a divisão em diferentes etapas das diversas atividades; - divisão de autoridade e responsabilidade: distinguindo as tarefas de planejamento e direção daquelas referentes à execução do trabalho;

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ETEC – GESTÃO EMPRESARIAL 1 Prof. Luiz Tavares

Evolução histórica:Principais Teorias e Escolas da Administração

1) Os princípios da administração científica de Frederick Taylor

Taylor nasceu nos Estados Unidos em 20 de março de 1856 e é considerado o pai da Administração em suas bases científicas. Iniciou sua carreira como operário e depois como engenheiro, chegando a ocupar cargos em altos postos nas empresas norte-americanas.Como tinha larga experiência na própria linha de produção, foi um dos primeiros a destacar a necessidade de racionalizar o tempo e a divisão do trabalho industrial para aumentar a eficiência nas fábricas.No seu principal livro, Os Princípios da Administração Científica, publicado em 1911, Taylor afirma a necessidade de executar o trabalho administrativo em bases científicas e objetivas.Sua grande contribuição teórica reside nas diretrizes que fixou para a racionalização do trabalho industrial e na divisão de autoridade e supervisão ao nível de linha (autoridade vertical).A seguir descrevemos os principais pontos de sua teoria:

- princípios científicos em substituição ao empirismo: com o objetivo de instituir a prática administrativa científica, baseada em princípios e não no processo de tentativa sob risco;

- divisão do trabalho: determinando, através das regras básicas, a divisão em diferentes etapas das diversas atividades;

- divisão de autoridade e responsabilidade: distinguindo as tarefas de planejamento e direção daquelas referentes à execução do trabalho;

- treinamento e seleção do trabalhador: permitindo a qualificação do trabalhador mediante seleção e aperfeiçoamento técnico;

- coordenação entre as atividades: articulação da atuação dos trabalhadores com os supervisores e administradores;

Taylor tem sua importância por ter sido um dos precursores da importância do papel da ciência na Administração.

2) A teoria de Henry Fayol

Henry Fayol nasceu na França em 1841 foi o autor do livro Administração Industrial e Geral, que foi editado em 1916.Fayol buscou uma visão mais geral da empresa e criou uma teoria mais global da ação administrativa, ao contrário de Taylor que se dedicou mais as questões relativas à linha de produção.

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Na verdade as teorias de Taylor e Fayol se complementam, não obstante suas abordagem diferentes.O fundamento da teoria de Fayol tem base em seis funções básicas existentes na empresa, definidas por ele da seguinte maneira:

1. Função técnica: corresponde à atividade produtiva da empresa.

2. Função comercial: abrange as tarefas de compra de mercadorias, matéria-prima, materiais de consumo, etc necessárias ao desenvolvimento das atividades da empresa, assim como a venda dos bens ou serviços por ela produzidos.

3. Função financeira: referente à atividade de obtenção e gerência dos recursos financeiros, em termos de dinheiro ou crédito.

4. Função contábil: classificação e registro dos fatos econômico - financeiros ocorridos na empresa, com o objetivo de apurar seus bens, direitos e obrigações, lucros ou prejuízos.

5. Função de segurança: visa a salubridade dos trabalhadores, condições de iluminação, temperatura e prevenção de acidentes e à proteção de materiais, segurança de equipamentos, instalações e construções, normas, etc.

6. Função administrativa: refere-se ao trabalho de gerência, direção e controle das atividades para que a empresa possa atingir de forma racional seus objetivos, que na visão de Fayol, é a mais importante, pois esta função direciona e comanda todas as outras.

Fayol também elaborou quatorze princípios administrativos que ao serem aplicados devem levar em conta a realidade de cada empresa:

1. Divisão de trabalho: tanto em termos de tempo como de espaço, estudando as fases e etapas de um mesmo trabalho;

2. Autoridade e responsabilidade: posição na empresa e qualificação;

3. Disciplina: mediante regras de subordinação aos superiores;

4. Unidade de comando: um certo número de subordinados recebe e acata ordens de um único superior;

5. Unidade de direção: um certo número de atividades obedece à supervisão de um único superior;

6. Subordinação do interesse individual ao coletivo: o interesse de um indivíduo não deve prevalecer contra o interesse coletivo;

7. Remuneração: salários justos do ponto de vista da empresa e do trabalhador;

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8. Centralização: concentração de direção nas mãos de um único controle ou direção;

9. Cadeias hierárquicas: define uma rigorosa estrutura de autoridade e responsabilidade;

10. Ordem: a perfeita ordenação humana e material;

11. Eqüidade: conciliação de interesses empresariais e trabalhistas;

12. Estabilidade: contra a rotatividade da mão-de-obra, julgando mais eficiente sua permanência;

13. Iniciativa: abrangendo o dinamismo desde o principal executivo até os mais baixos níveis de autoridade;

14. Cooperação: estimulando o espírito de equipe e a conjugação dos esforços para a meta final.

3) Henry Ford

Ford também escreveu livros: Minha Filosofia de Indústria e Minha Vida e Minha Obra; este respeitado industrial do automobilismo atuou no início do século XX, como pioneiro em sua área de atuação, a empresa por ele criada ainda hoje é uma multinacional respeitada por todos; ele também deixou registrados seus estudos e reflexões sobre sua experiência administrativa.Ao contrário de Fayol, que centrou sua análise no aspecto administrativo da empresa, Ford se ocupou do sistema de produção empresarial como um todo, visando a sua maior eficiência.Ford introduziu conceitos modernos de produção em série e de linhas de montagem, concebendo um ritmo de trabalho em cadeia, para poupar tempo e custos. Estabeleceu também três princípios pelos quais deve se orientar a produção:

1. de intensificação: redução de tempo de produção, eliminação da capacidade ociosa de trabalhadores e equipamentos, permitindo o rápido retorno do capital investido;

2. de economicidade: emprego reduzido dos fatores de produção;

3. de produtividade: aumento da capacidade produtiva do trabalho;

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4) Elton Mayo - Teoria das Relações Humanas

Em meados do século XX, a Teoria das Relações Humanas preocupou-se intensamente com o esmagamento do homem pelo desenfreado desenvolvimento da civilização industrializada. Elton Mayo, o fundador do movimento, escreveu três livros se dedicando aos problemas humanos, sociais e políticos decorrentes de uma civilização baseada quase que exclusivamente na industrialização e na tecnologia.Mayo salienta que, enquanto a eficiência material aumentou poderosamente nos últimos duzentos anos, a capacidade humana para o trabalho coletivo não manteve o mesmo ritmo de desenvolvimento. Lembrando sociólogos cujas observações nas comunidades mais simples demonstraram que o progresso industrial foi acompanhado por um profundo desgaste do sentimento espontâneo de cooperação, Mayo afirma que a solução do problema da cooperação não pode ser resolvido apenas através do retorno as formas tradicionais de organização. O que deve haver é uma nova concepção das relações humanas no trabalho. Como resultado de suas experiências dentro das próprias empresas, verificou que a colaboração na sociedade industrializada não pode ser entregue ao acaso, enquanto se cuida apenas dos aspectos materiais e tecnológicos do progresso humano.Os métodos de trabalho tendem todos para a eficiência, nenhum para a cooperação. A cooperação humana não é o resultado das determinações legais ou da lógica organizacional, mas tem causas mais profundas que as experiências feitas por Elton Mayo revelaram. Com base nestas experiências Mayo passa a defender os seguintes pontos de vista:

1. O trabalho é uma atividade tipicamente grupal: suas pesquisas indicaram que o nível de produção é mais influenciado pelas normas do grupo do que pelos incentivos salariais e materiais de produção. Para Maio, a atitude do empregado em face de seu trabalho e a natureza do grupo do qual ele participa são fatores decisivos na produtividade.

2. O operário não reage como indivíduo isolado, mas como membro de um grupo social: E as mudanças no seu meio o afetam.

3. A tarefa básica da Administração é formar uma elite capaz de compreender e de comunicar, dotada de chefes democráticos, persuasivos e simpáticos a todo pessoal: Ao invés de se tentar fazer os empregados compreenderem a lógica da administração da empresa, a nova elite de administradores deve compreender as limitações dessa lógica e ser capaz de entender a lógica dos trabalhadores. Para Mayo “Somos tecnicamente competentes como nenhuma outra idade da História o foi, e combinamos isto com uma total incompetência social.” Logo, torna-se necessária a educação de uma elite social capaz de recobrar a cooperação.

4. A pessoa humana é motivada essencialmente pela necessidade de “estar junto”, de “ser reconhecida”, de receber adequada comunicação: Mayo se opunha à afirmação de Taylor de que a motivação básica do empregado era meramente salarial (homo economicus)

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Para Mayo o conflito social deve ser evitado a todo custo através de uma administração humanizada que faça um tratamento preventivo e profilático. As relações humanas e a cooperação constituem a chave para evitar o conflito social. Para ele, o conflito social é o germe da destruição da própria sociedade. “O conflito é uma chaga social, a cooperação é o bem estar social”

***Questões referente à Elton Mayo

1) Qual a sua posição a respeito da afirmação de Elton Mayo: “O conflito é uma chaga social, a cooperação é o bem estar social”

2) É possível criar uma estrutura empresarial ou social que não contenha o

elemento do “conflito”?

3) O conflito pode ser positivo? Justifique sua posição.

5) Teoria da Decisão

A Teoria da Decisão começou a ganhar maior atenção dos administradores com publicações de Chester Barnard e Herbert Simon, respectivamente em 1938 e 1947. Essas obras marcaram o início de uma nova teoria administrativa, conhecida como Teoria da Tomada de Decisões, que possibilitou uma nova perspectiva no estudo da Administração.Esses autores, que estudavam o comportamento humano nas organizações, consideravam pouca a atenção dada pelos clássicos, como Taylor e Fayol, ao processo de decisão. Tal processo seria de vital importância para as ações administrativas.Assim como existe a hierarquia de cargos e objetivos, as decisões também possuem importância hierárquica: as mais importante tem vínculo com a alta direção, e as menos importantes ou mais rotineiras apresentam ordem de importância hierárquica equivalente.Para uma empresa ser ágil e competitiva, é importante que a “decisão” esteja difundida por toda a organização, criando condições para uma melhor eficiência e consequentemente melhorando suas chances de tornar-se mais eficaz. Pode-se entender decisão como “a melhor solução encontrada dentre várias alternativas, durante um período de tempo preestabelecido.Para que se possa analisar visualmente uma situação, lança-se mão da árvore decisória, um gráfico no qual está colocado o ponto decisório básico ou inicial (problema a ser resolvido) e no qual se podem indicar dois ou mais caminhos alternativos para a solução do ponto decisório. A escolha do melhor caminho alternativo passa por eventos aleatórios (incertos), que podem vir ou não a acontecer: quando se considera a ocorrência de determinado evento, também se pode estimar o que ocorrerá com a eficiência e o custo que esse evento proporciona ao caminho escolhido.

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Ponto decisório básico: é o problema a ser resolvido;

Custo de ação (CA): são os caminhos alternativos para a solução do ponto decisório básico;

Evento aleatório: é algo que pode vir a acontecer, para melhor ou para pior, influenciando na eficiência e no custo do curso de ação.

Exemplo: Um fabricante de pratos de papelão, que vem tendo problemas com sua matéria prima atual, pode substituí-la por isopor, plástico ou alumínio; após análise, recorrendo a árvore decisória, a substituição pelo isopor é considerada a ideal pois apesar das três matérias primas serem baratas, o financiamento para troca de máquinas é vantajoso apenas para o isopor, apresentando custos elevados para operar com plástico ou alumínio.

6) Teoria Estruturalista

Os fundamentos do estruturalismo estão localizados nas críticas feitas à Escola de Relações Humanas. Foram os estruturalistas (Amitai Etzioni – livro: Organizações Modernas) que perceberam a pouca ou nenhuma importância dada ao conflito, ou seja, os humanistas não consideravam na devida medida as tensões inevitáveis entre as necessidades da organização e as necessidades das pessoas que compõem o seu quadro.Identificaram também que, apesar de alguns interesses serem procurados de uma forma conjunta, existem muitos outros interesses incompatíveis, como, por exemplo, a maneira pela qual são distribuídos os lucros da organização.

O grande mérito dos estruturalistas é o equilíbrio que pretenderam dar aos estudos das organizações; nem beneficiando a administração superior, nem beneficiando o empregado, nem estudando somente indústrias, mas pesquisando organizações de modo geral.

7) Teoria de Sistemas

A Teoria dos Sistemas dá ênfase à relação entre a estrutura (a organização) e o meio que lhe dá suporte, pois sem entradas contínuas a estrutura termina por se deteriorar.E a forma de manter esta estrutura aberta é fortalecer a sua principal fonte motivadora: os seus recursos humanos.

O que é um sistema?

“sistema é um conjunto de elementos, materiais ou não, que dependem reciprocamente uns dos outros, de maneira a formar um todo organizado.”

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“Sistema é um conjunto de atividades interligadas, de forma que todos estejam

numa relação direta, de maneira a possibilitar que determinados objetivos

sejam alcançados.”

Então concluímos que todo sistema é um conjunto de partes; tais partes devem estar interligadas, dependendo umas das outras. Deste processo ou desta interligação das partes obtêm-se resultados ou produtos.

O sistema pode ser fechado ou aberto. O sistema fechado é aquele que não se relaciona com o meio externo; O sistema aberto é aquele que se relaciona com o meio externo, do qual depende para seu funcionamento.Todo sistema empresarial é um sistema aberto: a empresa recebe insumos do meio externo, processa esses insumos e os devolve ao meio externo na forma de produtos ou serviços.Portanto, todo sistema aberto apresenta três elementos principais:

Entrada: insumos ou matéria-prima; Processo ou processamentos; Saída: produto ou serviço.

Além desses elementos, todo sistema tem, ainda um quarto elemento que possibilita o controle e o aperfeiçoamento do funcionamento do sistema: é a retroinformação ou feedback.

A teoria dos sistemas é aplicável as organizações e empresas.

8) Teoria da Contingência

A teoria da contingência vai mais longe que a teoria de sistemas quando aborda a questão do ambiente. Na teoria da contingência (condicionamento), as condições do ambiente é que causam transformações no interior das organizações. Ou seja, o ambiente explica o fenômeno organizacional.Podemos dizer que existe uma corrente que considera o ambiente total vital para a organização e uma outra corrente que considera o ambiente de forma parcial. De qualquer maneira, é o ambiente que conduz a vida da organização.A “Teoria da contingência” lida com o incerto, com o indeterminado, uma vez que a empresa não tem controle sobre muitos fatores externos.

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Revolução Industrial    A substituição das ferramentas pelas máquinas, da energia humana pela energia motriz e do modo de produção doméstico pelo sistema fabril constituiu a Revolução Industrial; revolução, em função do enorme impacto sobre a estrutura da sociedade, num processo de transformação acompanhado por notável evolução tecnológica. A Revolução Industrial aconteceu na Inglaterra na segunda metade do século XVIII e encerrou a transição entre feudalismo e capitalismo, a fase de acumulação primitiva de capitais e de preponderância do capital mercantil sobre a produção. Completou ainda o movimento da revolução burguesa iniciada na Inglaterra no século XVII.

Etapas da industrialização  Podem-se distinguir três períodos no processo de industrialização em escala mundial: 1760 a 1850 – A Revolução se restringe à Inglaterra, a "oficina do mundo". Preponderam a produção de bens de consumo, especialmente têxteis, e a energia a vapor.   1850 a 1900 – A Revolução espalha-se pela Europa, América e Ásia: Bélgica,

França, Alemanha, Estados Unidos, Itália, Japão, Rússia. Cresce a

concorrência, a indústria de bens de produção se desenvolve, as ferrovias se

expandem; surgem novas formas de energia, como a hidrelétrica e a derivada

do petróleo. O transporte também se revoluciona, com a invenção da

locomotiva e do barco a vapor.

  1900 até hoje – Surgem conglomerados industriais e multinacionais. A produção se automatiza; surge a produção em série; e explode a sociedade de consumo de massas, com a expansão dos meios de comunicação. Avançam a indústria química e eletrônica, a engenharia genética, a robótica.

Artesanato, manufatura e maquinofatura  O artesanato, primeira forma de produção industrial, surgiu no fim da Idade Média com o renascimento comercial e urbano e definia-se pela produção independente; o produtor possuía os meios de produção: instalações, ferramentas e matéria-prima. Em casa, sozinho ou com a família, o artesão realizava todas as etapas da produção.

A manufatura resultou da ampliação do consumo, que levou o artesão a aumentar a produção e o comerciante a dedicar-se à produção industrial. O manufatureiro distribuía a matéria-prima e o artesão trabalhava em casa, recebendo pagamento combinado. Esse comerciante passou a produzir. Primeiro, contratou artesãos para dar acabamento aos tecidos; depois, tingir; e tecer; e finalmente fiar. Surgiram fábricas, com assalariados, sem controle

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sobre o produto de seu trabalho. A produtividade aumentou por causa da divisão social, isto é, cada trabalhador realizava uma etapa da produção.

Na maquinofatura, o trabalhador estava submetido ao regime de funcionamento da máquina e à gerência direta do empresário. Foi nesta etapa que se consolidou a Revolução Industrial.  

O pioneirismo inglês  Quatro elementos essenciais concorreram para a industrialização: capital, recursos naturais, mercado, transformação agrária.

Na base do processo, está a Revolução Inglesa do século XVII. Depois de vencer a monarquia, a burguesia conquistou os mercados mundiais e transformou a estrutura agrária. Os ingleses avançaram sobre esses mercados por meios pacíficos ou militares. A hegemonia naval lhes dava o controle dos mares. Era o mercado que comandava o ritmo da produção, ao contrário do que aconteceria depois, nos países já industrializados, quando a produção criaria seu próprio mercado.

Até a segunda metade do século XVIII, a grande indústria inglesa era a tecelagem de lã. Mas a primeira a mecanizar-se foi a do algodão, feito com matéria-prima colonial (Estados Unidos, Índia e Brasil). Tecido leve, ajustava-se aos mercados tropicais; 90% da produção ia para o exterior e isto representava metade de toda a exportação inglesa, portanto é possível perceber o papel determinante do mercado externo, principalmente colonial, na arrancada industrial da Inglaterra. As colônias contribuíam com matéria-prima, capitais e consumo.

Os capitais também vinham do tráfico de escravos e do comércio com metrópoles colonialistas, como Portugal. Provavelmente, metade do ouro brasileiro acabou no Banco da Inglaterra e financiou estradas, portos, canais. A disponibilidade de capital, associada a um sistema bancário eficiente, com mais de quatrocentos bancos em 1790, explica a baixa taxa de juros; isto é, havia dinheiro barato para os empresários.

Depois de capital, recursos naturais e mercado, vamos ao quarto elemento essencial à industrialização, a transformação na estrutura agrária após a Revolução Inglesa. Com pessoas abastadas no poder, dispararam os cercamentos, autorizados pelo Parlamento. A divisão das terras coletivas beneficiou os grandes proprietários. As terras dos camponeses, os pequenos proprietários, foram reunidas num só lugar e suas terras eram tão poucas que não lhes garantiam a sobrevivência: eles se transformaram em proletários (operários; indivíduo pobre que vive do seu salário) rurais; deixaram de ser ao mesmo tempo agricultores e artesãos.

Duas conseqüências se destacam: 1) diminuiu a oferta de trabalhadores na indústria doméstica rural, no momento em que ganhava impulso o mercado, tornando-se indispensável adotar nova forma de produção capaz de satisfaze-lo; 2) a proletarização abriu espaço para o investimento de capital na agricultura, do que resultaram a especialização da produção, o avanço técnico e o crescimento da produtividade.

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A população cresceu, o mercado consumidor também; e sobrou mão-de-

obra para os centros industriais.

  Mecanização da Produção  As invenções não resultam de atos individuais ou do acaso, mas de problemas concretos colocados para homens práticos. O invento atende à necessidade social de um momento; do contrário, nasce morto. Da Vinci imaginou a máquina a vapor no século XVI, mas ela só teve aplicação no século XVIII.

Para alguns historiadores, a Revolução Industrial começa em 1733 com a invenção da lançadeira volante, por John Kay. O instrumento, adaptado aos teares manuais, aumentou a capacidade de tecer; até ali, o tecelão só podia fazer um tecido da largura de seus braços. A invenção provocou desequilíbrio, pois começaram a faltar fios, produzidos na roca. Em 1767, James Hargreaves inventou a máquina de fiação de algodão, que permitia ao artesão fiar de uma só vez até oitenta fios, mas eram finos e quebradiços. O tear movido a água, de Richard Arkwright, era econômico mas produzia fios grossos. Em 1779, Samuel Crompton combinou as duas máquinas numa só, a máquina de fiar, conseguindo fios finos e resistentes. Mas agora sobravam fios, desequilíbrio corrigido em 1785, quando Edmond Cartwright inventou o tear mecânico.

Cada problema surgido exigia nova invenção. Para mover o tear mecânico, era necessária uma energia motriz mais constante que a hidráulica, à base de rodas d’água. James Watt, aperfeiçoando a máquina a vapor, chegou à máquina de movimento duplo, com biela e manivela, que transformava o movimento linear do pistão em movimento circular, adaptando-se ao tear.

Para aumentar a resistência das máquinas, a madeira das peças foi substituída por metal, o que estimulou o avanço da siderurgia. Nos Estados Unidos, Eli Whitney inventou o descaroçador de algodão.

Revolução Social  A Revolução Industrial concentrou os trabalhadores em fábricas. O aspecto mais importante, que trouxe radical transformação no caráter do trabalho, foi esta separação: de um lado, capital e meios de produção (instalações, máquinas, matéria-prima); de outro, o trabalho. Os operários passaram à assalariados dos capitalistas (donos do capital).

Uma das primeiras manifestações da Revolução foi o desenvolvimento urbano. Londres chegou ao milhão de habitantes em 1800. O progresso deslocou-se para o norte; centros como Manchester abrigavam massas de trabalhadores, em condições miseráveis. Os artesãos, acostumados a controlar o ritmo de seu trabalho, agora tinham de submeter-se à disciplina da fábrica. Passaram a sofrer a concorrência de mulheres e crianças. Na indústria têxtil do algodão, as mulheres formavam mais da metade da massa trabalhadora. Crianças começavam a trabalhar aos 6 anos de idade. Não havia garantia contra acidente nem indenização ou pagamento de dias parados neste caso.

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A mecanização desqualificava o trabalho, o que tendia a reduzir o salário. Havia freqüentes paradas da produção, provocando desemprego. Nas novas condições, caíam os rendimentos, contribuindo para reduzir a média de vida. Uns se entregavam ao alcoolismo. Outros se rebelavam contra as máquinas e as fábricas, destruídas em Lancaster (1769) e em Lancashire (1779). Proprietários e governo organizaram uma defesa militar para proteger as empresas.

A situação difícil dos camponeses e artesãos, ainda por cima estimulados por idéias vindas da Revolução Francesa, levou as classes dominantes a criar uma Lei que garantia subsistência mínima ao homem incapaz de se sustentar por não ter trabalho. Um imposto pago por toda a comunidade custeava tais despesas.             Havia mais organização entre os trabalhadores especializados, como os penteadores de lã. Inicialmente, eles se cotizavam para pagar o enterro de associados; a associação passou a ter caráter reivindicatório. Assim surgiram as uniões de ofícios, os sindicatos. Gradativamente, conquistaram a proibição do trabalho infantil, a limitação do trabalho feminino, o direito de greve.

Mudanças tecnológicas, humanas e organizacionais.

“O novo ambiente de atuação profissional”

Tecnologia

O primeiro computador fabricado foi o Mark 1, lançado em 1944; numa parceria da Universidade de Harvard, em colaboração com a IBM (International Business Machine), utilizava relés eletromecânicos.O primeiro computador inteiramente eletrônico, criado entre 1943 e 1946 utilizava válvulas eletrônicas em vez dos relés eletromecânicos e ocupava a área de 1.400 metros quadrados.Os microcomputadores (PCs) aparecem entre 1970 e 1972, com o lançamento, pela Intel Corporation, dos primeiros microprocessadores (minúsculos chips com capacidade para abrigar milhões de componentes eletrônicos).Muitas vezes esquecemos que há apenas 30 anos quase ninguém possuía um fax ou um telefone celular; os termos e-mail e modem faziam parte do vocabulário de algumas poucas pessoas; os computadores ocupavam salas inteiras em lugar dos 30 centímetros, ou menos, de um notebook; e os termos redes se referia aos maiores fornecedores de programação televisiva. Com que rapidez os tempos mudaram!O chip de silício e outros avanços na informática alteraram permanentemente as economias mundiais e o modo como as pessoas trabalham.

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A eletrônica digital, o armazenamento óptico de dados, computadores mais poderosos e portáteis que podem comunicar-se entre si estão mudando a maneira como a informação é criada, armazenada, utilizada e distribuída.A informação é a base deste novo processo; os trabalhos são projetados em torno da aquisição e da aplicação de informações. A economia precisa de pessoas que possam preencher essas funções, e elas serão bem remuneradas por seus serviços. Enquanto isso, o número de empregos industriais reduziu-se radicalmente. Muitos trabalhadores industriais não possuem a educação e a flexibilidade necessárias para explorar as novas oportunidades de emprego na revolução da informação. Não possuem as habilidades específicas para passarem facilmente para os cargos de tecnólogos de melhor remuneração.

Humana

Há apenas 25 anos, havia abundância de empregos industriais bem remunerados em setores como siderurgia, automóveis e borracha para diplomados de escolas secundárias com aptidões mínimas. Um jovem em Santo André, por exemplo, podia se formar numa escola secundária e imediatamente conseguir um emprego de remuneração relativamente alta e seguro em uma empresa local. Mas esses empregos todos simplesmente desapareceram. Uma grande parte destes empregos fabris nos países industrializados foi substituída por equipamento automatizado, reestruturada em empregos que exigem habilidades técnicas consideravelmente mais altas, ou foi assumida por trabalhadores em outros países, que farão o mesmo trabalho por um salário bem menor.

A Nova Organização

A economia tem passado por mudanças. O mesmo tem acontecido com as organizações, que estão se tornando mais flexíveis e suscetíveis a seus ambientes.

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“Velha Organização” “Nova Organização”

* Fronteiras nacionais limitam a competição * As fronteiras nacionais são quase insignificantes nos limites de operação de uma organização

* Empregos estáveis * Empregos sem garantia de estabilidade

* A qualidade é uma reflexão tardia * O aprimoramento contínuo e a satisfação do cliente são essenciais

* As grandes corporações fornecem * As grandes corporações segurança no emprego estão reduzindo drasticamente

o número de funcionários

* A hierarquia proporciona * Desmantele a hierarquia para eficiência e controle aumentar a flexibilidade

* Os gerentes tomam decisões * Os funcionários participam das sozinhos decisões

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GESTÃO DA QUALIDADE

PARA QUÊ QUALIDADE?

O VALOR E A IMPORTÂNCIA DA QUALIDADE É HOJE FATOR INQUESTIONÁVEL.A NECESSIDADE DA QUALIDADE É IDENTIFICADA TANTO NA VIDA DAS PESSOAS COMO NAS ORGANIZAÇÕES.A BUSCA DO MELHOR APROVEITAMENTO DO POTENCIAL, SEJA DO INDIVÍDUO OU DE UM EMPREENDIMENTO; A MUDANÇA DE CULTURA; A IMPLANTAÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS E DE SEU USO MAIS ADEQUADO; A MELHORA NAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS, TUDO ISSO ENVOLVE A GESTÃO DA QUALIDADE E SUAS EXIGÊNCIAS.A GRANDE COMPETIÇÃO DA ATUALIDADE, UM CONSUMIDOR A CADA DIA MAIS EXIGENTE E DISPONDO DE LEIS QUE RESGARDAM SEUS DIREITOS, COLOCA A QUESTÃO DA QUALIDADE COMO FATOR DE SOBREVIVÊNCIA PARA TODO PARTICIPANTE DE QUALQUER NEGÓCIO.MUITOS QUE JÁ VIRAM EMPRESAS SAIR DO MERCADO, AMIGOS E VIZINHOS QUE PERDERAM SEUS EMPREGOS, SENTEM A AMEAÇA DE UM AMBIENTE DE INSTABILIDADE E SABEM DA IMPORTÂNCIA DE TODO FATOR QUE FORTALEÇA A COMPETITIVIDADE, SEJA DO INDIVÍDUO, SEJA DA ORGANIZAÇÃO; SÃO GRANDES OS DESAFIOS QUE A ATUALIDADE OFERECE PARA AS EMPRESAS, EX:.

- ACOMPANHAR O DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO;- REDUZIR E ELIMINAR CUSTOS;- REDUZIR PERDAS EM SEUS PROCESSOS;- ACOMPANHAR A EVOLUÇÃO DAS NECESSIDADES DOS CLIENTES;- AUMENTAR O LUCRO / FATURAMENTO;- REDUÇÃO DE CONFLITOS NAS RELAÇÕES ENTRE

COLABORADORES, NA RELAÇÃO COM OS CLIENTES, COM FORNECEDORES, COM A SOCIEDADE, COM O GOVERNO, ETC;

- NECESSIDADES DE EDUCAÇÃO E CAPACITAÇÃO DOS PROFISSIONAIS.

A QUALIDADE NÃO PODE FICAR APENAS NA ESFERA DAS PALAVRAS, ELA EXIGE O COMPROMETIMENTO E A PARTICIPAÇÃO DE TODOS OS ENVOLVIDOS NO PROCESSO, TRATANDO-SE DE UMA EMPRESA TODOS DEVEM ESTAR COMPROMETIDOS, INDEPENDENTE DE SUAS RESPONSABILIDADES E ATRIBUIÇÕES.COM O INTUITO DE ASSIMILARMOS ESTES CONCEITOS E ESTARMOS ABERTOS PARA SERMOS POSSÍVEIS FACILITADORES EM QUALQUER PROCESSO QUE ENVOLVA QUALIDADE, ESTAREMOS TRABALHANDO ESTAS INFORMAÇÕES.

PROFESSOR DEMING

DEMING, W. E. – PROFESSOR E CONSULTOR DE RENOME INTERNACIONAL NA ÁREA DE QUALIDADE, NO PÓS-GUERRA LEVOU A

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INDÚSTRIA JAPONESA A ADOTAR NOVOS PRINCÍPIOS DE ADMINISTRAÇÃO.COMO RECONHECIMENTO POR SUA CONTRIBUIÇÃO À ECONOMIA JAPONESA, FOI INSTITUIDO NAQUELE PAÍS O PRÊMIO DEMING EM 1951; O PROF. DEMING ESTEVE NAQUELE PAÍS EM 1950 DIVULGANDO OS CONCEITOS QUE FUNDAMENTARAM O ESFORÇO JAPONÊS NO SENTIDO DA QUALIDADE.ESTE PRÊMIO TEM DUAS CATEGORIAS; UMA PARA INDIVÍDUOS QUE CONTRIBUEM PARA O CONTROLE DA QUALIDADE E APLICAÇÃO DE MÉTODOS ESTATÍSTICOS E TAMBÉM PARA EMPRESAS QUE SE DESTACAM PELO DESEMPENHO DA QUALIDADE SEGUNDO CRITÉRIOS PREVIAMENTE ESTABELECIDOS.ESTE PRÊMIO É CONSIDERADO O QUE DE MAIOR PRESTÍGIO UMA EMPRESA OU PROFISSIONAL PODE RECEBER NO CAMPO DA QUALIDADE NO JAPÃO.EM SEUS LIVROS O PROF. DEMING APRESENTA OS “QUATORZE PRINCÍPIOS” QUE CONTÉM OS PONTOS BÁSICOS DE SUA FILOSOFIA.O PROFESSOR DEMING FALECEU EM DEZEMBRO DE 1993.

OS QUATORZE PONTOS DO DR. DEMING

1) ESTABELECER “CONSTÂNCIA DE PROPÓSITOS” PARA MELHORAR PRODUTO OU SERVIÇO:O PAPEL DA EMPRESA É PERMANECER NO MERCADO, OFERECER EMPREGO, INOVAR, PESQUISAR, APERFEIÇOAR-SE E FAZER MANUTENÇÃO DE SUA ESTRUTURA.

2) ADOTAR A NOVA FILOSOFIA:NÃO ACEITAR O MAU DESEMPENHO E O SERVIÇO MAL FEITO; NÃO ACEITAR ERROS E O NEGATIVISMO.

3) ACABAR COM A DEPENDÊNCIA DE INSPEÇÃO EM MASSA:A QUALIDADE NÃO É FRUTO DA INSPEÇÃO, MAS DO APERFEIÇOAMENTO DO PROCESSO.

4) CESSAR A PRÁTICA DE AVALIAR AS TRANSAÇÕES APENAS COM BASE NOS PREÇOS:NÃO ADQUIRIR MATERIAIS DE BAIXA QUALIDADE COM BASE APENAS NO PREÇO; A EMPRESA DEVE TER POUCOS FORNECEDORES, PORÉM A RELAÇÃO DEVE SER DE PARCERIA E DE LONGO PRAZO.

5) IR MELHORANDO SEMPRE O SISTEMA DE PRODUÇÃO E SERVIÇOS:A ADMINISTRAÇÃO TEM OBRIGAÇÃO DE BUSCAR NOVAS FORMAS DE REDUZIR DESPERDÍCIOS E MELHORAR A QUALIDADE.

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6) INSTITUIR TREINAMENTO:O TREINAMENTO É COISA SÉRIA, MUITAS VEZES O PROFISSIONAL APRENDE O TRABALHO COM OUTRO PROFISSIONAL QUE NUNCA TEVE O TREINAMENTO APROPRIADO.

7) INSTITUIR LIDERANÇA:O TRABALHO DO SUPERVISOR NÃO É DIZER AS PESSOAS O QUE FAZER OU PUNI-LAS, MAS LIDERAR.LIDERAR É AJUDAR AS PESSOAS A FAZER UM TRABALHO MELHOR DE FORMA OBJETIVA.

8) AFASTAR O MEDO:A PERDA ECONÔMICA CAUSADA PELO MEDO É ESPANTOSA; NUM AMBIENTE ONDE IMPERA O MEDO FALTA A CONFIANÇA E A SEGURANÇA NECESSÁRIAS AO BOM DESEMPENHO DE QUALQUER ATIVIDADE.

9) ELIMINAR AS BARREIRAS ENTRE AS ÁREAS DE APOIO:MUITAS VEZES DEPARTAMENTOS E UNIDADES DA PRÓPRIA EMPRESA COMPETEM ENTRE SÍ E TEM OBJETIVOS CONFLITANTES, O QUE PREJUDICA A ORGANIZAÇÃO COMO UM TODO.

10) LIMINAR SLOGANS, EXORTAÇÕES E METAS PARA OS EMPREGADOS:SEGUNDO O DR. DEMING, É PRECISO QUE AS PESSOAS TRABALHEM COM SEUS “PRÓPRIOS SLOGANS”.

11) ELIMINAR COTAS NUMÉRICAS:AS COTAS SÓ CONSIDERAM NÚMEROS, E NÃO QUALIDADE E MÉTODOS;A PESSOA PARA ATINGIR SUA COTA E GARANTIR SEU EMPREGO PRODUZ INDEPENDENTE DO RESULTADO EM TERMOS DE QUALIDADE E DOS DANOS QUE SERÃO CAUSADOS A EMPRESA.

12) REMOVER AS BARREIRAS AO ORGULHO DA EXECUÇÃO:AS PESSOAS GERALMENTE FAZEM QUESTÃO DE REALIZAR UM BOM TRABALHO; MUITAS VEZES AS BARREIRAS SÃO EQUIPAMENTOS COM DEFEITO, MATERIAIS INADEQUADOS E SUPERVISORES MAL ORIENTADOS; SÃO ESTAS AS BARREIRAS QUE DEVEM SER ELIMINADAS.

13) INSTITUIR UM SÓLIDO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO E RETREINAMENTO:TANTO A ADMINISTRAÇÃO QUANTO OS EMPREGADOS DEVEM SER EDUCADOS NESTES NOVOS MÉTODOS, NO TRABALHO EM EQUIPE E EM TÉCNICAS DE CONTROLES ESTATÍSTICOS.

14) AGIR NO SENTIDO DE CONCRETIZAR A TRANSFORMAÇÃO:É PRECISO UMA EQUIPE DE ADMINISTRAÇÃO SUPERIOR ESPECIAL COM UM PLANO DE AÇÃO PARA CUMPRIR A MISSÃO DA QUALIDADE.

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UM CONJUNTO CRÍTICO DE PESSOAS DA EMPRESA TEM QUE ENTENDER OS “QUATORZE PONTOS OU PRINCÍPIOS” E ESTAR DISPOSTOS A IMPLANTÁ-LOS.

HISTÓRICO

O JAPÃO PARTIU DOS ESCOMBROS DO PÓS-GUERRA PARA SER UMA DAS MAIORES POTÊNCIAS DO MUNDO.DURANTE A OCUPAÇÃO AMERICANA, COM O OBJETIVO DE RECUPERAR SEU PARQUE INDUSTRIAL, OS EMPRESÁRIOS JAPONESES ENCONTRARAM NO DR. DEMING O SUPORTE E OS CONHECIMENTOS NECESSÁRIOS PARA EFETUAR ESTA REESTRUTURAÇÃO; ATRAVÉS DOS CONCEITOS E DOS TREINAMENTOS QUE DEFENDIAM A QUALIDADE EM TODO O PROCESSO DA PRODUÇÃO E COM O SUPORTE DA ALTA ADMINISTRAÇÃO, TEVE ESTA QUESTÃO O TRATAMENTO DE POLÍTICA A SER DESENVOLVIDA COM A PARTICIPAÇÃO DE TODOS OS COLABORADORES DA EMPRESA. HOUVE O EMPENHO DE TODOS NOS TRABALHOS DE RECUPERAÇÃO DO PAÍS: PATRÕES E EMPREGADOS PASSARAM A SER PARCEIROS EM SUAS ATIVIDADES.UM PAÍS SEM RECURSOS NATURAIS, SEM ESPAÇO FÍSICO E COM UM MERCADO INTERNO NA ÉPOCA PRECÁRIO, LEVOU O JAPÃO A BUSCAR COMO CAMINHO A EXPORTAÇÃO DE SEUS PRODUTOS E A IMPLEMENTAÇÃO DE UM SÉRIO PROGRAMA DE QUALIDADE, CONSIDERANDO QUE NA ÉPOCA (PÓS-GUERRA) UM PRODUTO “MADE IN JAPAN” ERA SINÔNIMO DE PRODUTO INFERIOR.O CAMINHO FOI A BUSCA DESTA QUALIDADE ALIADA AO AUMENTO DA PRODUTIVIDADE ATRAVÉS DA CONSCIENTIZAÇÃO DO HOMEM EM CONSEGUIR SE SUPERAR CADA VEZ MAIS.O JAPÃO PARTIU PARA BUSCAR SUA VITÓRIA EM OUTRA GUERRA: A CAPITALISTA E TECNOLÓGICA.A PARTIR DOS ANOS DE 1980 O JAPÃO PASSA A CONQUISTAR O MUNDO COM SEUS PRODUTOS E O MERCADO AMERICANO E EUROPEU SE VIRAM AMEAÇADOS POR PROBLEMAS DE COMPETITIVIDADE E BUSCARAM A PARTIR DAÍ MUDAR SEU ESTILO DE ADMINISTRAÇÃO PARA FAZER FRENTE A GESTÃO QUE EM POUCAS DÉCADAS FEZ DO JAPÃO UM PAÍS ADMIRADO POR TODOS.

QUALIDADE TOTAL ( TOTAL QUALITY CONTROL – TQC) E CICLO P.D.C.A.

COM O ADVENTO DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E SUA SISTEMATIZAÇÃO COM BASES CIENTÍFICAS E FOCO NA PRODUÇÃO POR PARTE DE F. TAYLOR HOUVE CONSIDERAVEL CRESCIMENTO NA OFERTA DE PRODUTOS E CONSEQUENTE REDUÇÃO DOS PREÇOS DAS MERCADORIAS.

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A PRODUÇÃO EM MASSA TEVE CONSEQUÊNCIAS NEGATIVAS EM RELAÇÃO AO PADRÃO DA QUALIDADE DOS PRODUTOS.ESTE FENÔMENO FOI OBSERVADO AINDA NA ÉPOCA DE TAYLOR; SURGIRAM ESTUDOS NA INGLATERRA E NOS ESTADOS UNIDOS QUE SE DIRECIONARAM PARA O “CONTROLE ESTATÍSTICO DE QUALIDADE”.COM A SEGUNDA GRANDE GUERRA MUNDIAL E A INDÚSTRIA ENVOLVIDA COM AS NECESSIDADES BÉLICAS, A APLICAÇÃO PRÁTICA DO CONTROLE ESTATÍSTICO FOI ENCABEÇADA PELOS DRS. W. E. DEMING E J. M. JURAN.APÓS A GUERRA ESTES CONCEITOS FORAM ABANDONADOS NOS ESTADOS UNIDOS E RETOMADOS NO JAPÃO POR INFLUENCIA DO DR. DEMING.INTRODUZIDO NO JAPÃO EM 1950, JÁ EM 1980 O JAPÃO ABALAVA O MERCADO MUNDIAL E OBRIGAVA OS ESTADOS UNIDOS A RETOMAR A QUESTÃO DA QUALIDADE E DO CONTROLE ESTATÍSTICO.CONFORME O DR. DEMING “A PRODUTIVIDADE É AUMENTADA PELA MELHORIA DA QUALDADE”.UM DOS PRIMEIROS CONCEITOS LEVANTADOS NO TERRENO DA QUALIDADE FOI O DOS “4 B”.

- BOM- BONITO- BEM-FEITO- BARATO

PARA ATINGIR A VANTAGEM COMPETITIVA FOI CRIADO O “CÍRCULO DEMING DE MELHORAMENTO DA QUALIDADE”.A MELHORIA CONTINUA CORRE EM SENTIDO CONTRÁRIO À ABORDAGEM TRADICIONAL LINEAR – COM COMEÇO E FIM.A BUSCA DO APRIMORAMENTO CONSTANTE EXIGE UMA ABORDAGEM CIRCULAR, DESTE CONCEITO SURGE O CICLO P.D.C.A. :

CICLO P.D.C.A.

“PLANEJAR – DESENVOLVER – CHECAR – AGIR”

1- PLANEJAR (PLAN); DEFINIR O PROBLEMA, AVALIAR SISTEMATICAMENTE E REUNIR DADOS;

2- DESENVOLVER (DO); IDENTIFICADO O PROBLEMA PASSE A “FAZER” AÇÕES CORRETIVAS;

3- CHECAR (CHECK); VERIFICAR SE E COMO AS AÇÕES CORRETIVAS FUNCIONARAM;

4- AÇÃO (ACTION); SE AS AÇÕES CORRETIVAS FORAM EFICAZES DEVERÃO SER PADRONIZADAS E DIVULGADAS PARA TODOS (COMUNICAÇÃO, TREINAMENTO, ETC).

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A QUALIDADE DEVE ESTAR EMBUTIDA JÁ NO PROJETO INICIAL DE QUALQUER EMPREENDIMENTO (CRIAÇÃO OU APERFEIÇOAMENTO DE PRODUTOS OU SERVIÇOS); EXISTE GRANDES DESGASTES E DESPESAS EM FUNÇÃO DE PROJETOS MAL ELABORADOS.SEMPRE LEMBRANDO QUE O SUCESSO DE QUALQUER PROCESSO QUE ENVOLVA QUALIDADE EXIGE O ENVOLVIMENTO DE UMA MASSA CRÍTICA DO MAIS ALTO AO MAIS BAIXO ESCALÃO, INCLUINDO TAMBÉM OS FORNECEDORES DE INSUMOS E SERVIÇOS, CRIANDO ASSIM A FILOSOFIA PARTICIPATIVA E UMA CONSCIÊNCIA QUE IRÁ BENEFICIAR A TODOS.

JIT - Just in Time

Conceito: “Eliminar estoques de matérias primas, mediante a coordenação precisa entre produção e entrega de suprimentos”

Controle de estoques: grandes empresas como Boing, Toyota, G.M., etc, podem ter bilhões de dólares empatados em estoques e mesmo pequenas empresas não raro, tem muito capital empatado nos estoques; o sistema Just in Time muda a tecnologia e o conceito de administração de estoques, que ao invés de serem armazenados, chegam no momento exato em que serão utilizados no processo produtivo.

A implantação é lenta, envolve a empresa e seus fornecedores; exigindo muito amadurecimento dos envolvidos.

Benefícios alcançados: reduz o tempo de montagem na produção; melhora o fluxo do trabalho; implica em menor utilização de espaço físico, reflete na qualidade e produtividade da mercadoria fabricada; em muitos casos, o fornecedor acaba se tornando uma extensão do fabricante.

Quando falamos de Just in Time queremos dizer: o material certo, disponível na hora certa, no local certo, no exato momento de sua utilização; a atual concepção dada ao Just in Time é o combate aos desperdícios de maneira contínua (conceito Kaizen).

A indústria ocidental recebeu um duro golpe, que exigiu verdadeiros malabarismos, com o advento de um mercado mais refinado e exigente em termos de modelos, tipos, padrões de acabamento, etc. Isso minou o conceito de produção em massa, pois os consumidores passaram a exigir lotes menores e diversificados.

Um exemplo muito interessante de Just in Time é a parceria entre a Chrysler americana e outra empresa fabricante de assentos para automóveis; este fornecedor montou uma unidade de produção de assentos a 50 km da fábrica da Chrysler e mantém nesta unidade 200 funcionários; quando esta empresa recebe uma mensagem eletrônica da montadora solicitando assentos para

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suas caminhonetes DODGE, o mesmo é fabricado em 90 minutos e segue para a fabrica da Chrysler para ser imediatamente instalado no veículo para o qual foi solicitado, sem necessidade de se formar estoques; este tipo de parceria acaba sendo muito vantajosa para ambas as empresas, pois possibilita uma série de vantagens comerciais.

Kanban

O kanban, que traduzido significa “cartão”, é uma das ferramentas do Just In Time.A sua criação é atribuída a Taiichi Ohno, vice-presidente da Toyota Motors, na qual, a partir de 1961, passou a aplicar o método, pois acreditava na necessidade de melhorias continuas, usando o raciocínio da sabedoria milenar japonesa (a tradição dos samurais) onde o guerreiro (gerente) nunca pára de aperfeiçoar o seu estilo (capacidade administrativa) e nunca para de cuidar de sua espada (produto - processo). Ele afirma que o “Kanban nasceu da necessidade de desenvolver um sistema de fabricação de automóveis de muitos tipos diferentes em pequeno número na mesma linha de montagem”.Enquanto os tradicionais sistemas de organização da logística tem o efeito de “empurrar” o material para os seus destinos o Kanban trabalha no sentido inverso, “puxando” o material na medida exata em que ele se torna necessário, sendo o próprio usuário o controlador do processo.O Kanban é entendido como um conjunto de atividades, um sistema.Podemos entender o sistema Kanban como um meio para controlar os estoques; os estoques mascaram os problemas, dada a sua existência; os problemas são contornados de maneira a não serem percebidos pela Administração.Desta maneira, a concepção japonesa enxerga os estoques como sendo uma perda, um desperdício que deve ser eliminado. Basicamente temos três tipos de estoques nas empresas:

- matérias primas- produtos em processo- produtos acabados

O Kanban possibilita uma redução drástica do estoque e possibilita que o processo seja controlado pela produção.Há uma inversão das coisas, pensa-se do produto final “para trás” onde cada um “puxa” o que lhe é necessário para cumprir a sua etapa no processo produtivo.Muitos comparam essa visão à do supermercado onde cada um se abastece , na exata quantidade daquilo que precisa, ampliando esta visão ao “dono” do supermercado, ele irá repor exatamente aquilo que foi retirado.Toda vez que uma das embalagens no processo produtivo for esvaziada será entregue ao fornecedor (lembre-se do conceito de fornecedor interno) do produto o cartão Kanban, que constitui uma ordem de serviço para esse fornecedor, autorizando-o a produzir aquele material na quantidade estabelecida no cartão, lembrando que atualmente esta solicitação também é feita de forma digital, uma vez que a tecnologia evoluiu muito (utilizando

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equipamentos com os recursos da informática) desde a criação destes processos. O Kanban é um meio de uniformização, como se pretende num sistema desburocratizado e automático, devendo conter todas as informações necessárias para que os operários possam executar as suas atividades (ordens de serviços).

KAIZEN

PALAVRA JAPONESA QUE SE REFERE À PRÁTICA DA MELHORIA CONTÍNUA ATRAVÉS DE PEQUENAS MUDANÇAS, UTILIZANDO-SE DE MÉTODOS, TÉCNICAS E DA CRIATIVIDADE DAS PESSOAS NO SEU PRÓPRIO SETOR DE TRABALHO, EM QUALQUER NÍVEL HIERÁRQUICO, PROCESSO QUE NÃO EXIGE GRANDES INVESTIMENTOS.O KAIZEN REPRESENTA O CONCEITO DE MELHORIA CONTÍNUA COM VISTA A SATISFAÇÃO DO CLIENTE (INTERNO E EXTERNO), DO FUNCIONÁRIO E DO CAPITAL.“COM ESSA CULTURA DE APERFEIÇOAMENTO CONTÍNUO, PASSA-SE SISTEMATICAMENTE A ELIMINAR DESPERDÍCIOS, MOVIMENTOS DESNECESSÁRIOS, ATIVIDADES QUE NÃO AGREGAM VALOR, PERDAS NO CHÃO DE FÁBRICA.” NESTE PROCESSO TAMBÉM É UTILIZADO O CÍRCULO P.D.C.A., PARA ELIMINAR-SE DESPERDÍCIOS E IMPLEMENTAÇÃO DE MELHORIAS.

OS OBJETIVOS DESTA METODOLOGIA PODEM SER ASSIM DESCRITOS:

- APERFEIÇOAMENTO DAS PESSOAS COMO PRIMEIRO PASSO;- CONCENTRAÇÃO DO ESFORÇO DESSAS PESSOAS;- AS PESSOAS APERFEIÇOAM OS PROCESSOS TRABALHANDO

NELES CONTINUAMENTE;- MELHORES RESULTADOS SÃO ATINGIDOS COM PROCESSOS

APERFEIÇOADOS;- MELHORES RESULTADOS GERAM SATISFAÇÃO DO CLIENTE E

AUMENTO DA PRODUTIVIDADE;

FUNDAMENTOS DOS 5 “S” – BASE PARA QUALIDADE TOTAL

UMA REVOLUÇÃO GERENCIAL E PESSOAL COMEÇA PELOS 5 “S”, VISANDO QUALIDADE TOTAL POR MEIO DE UM PROCESSO DE MELHORIA CONTÍNUA.HOJE A EMPRESA TEM QUE REVER SUA POSTURA FRENTE AO CONSUMIDOR, AO EMPREGADO, AO ACIONISTA E A SOCIEDADE EM GERAL.

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QUALIDADE, CUSTO, ATENDIMENTO, INOVAÇÃO, RAPIDEZ, SÃO QUESTÕES DE SOBREVIVÊNCIA EM UM MERCADO A CADA DIA MAIS COMPETITIVO.VÁRIOS ESPECIALISTAS E CONSULTORES SUGEREM QUE SE COMECE UM PROGRAMA DE QUALIDADE COM UMA FAXINA GERAL E O PROGRAMA 5 “S”, QUE POSSIBILITA UMA GRANDE FAXINA TANTO NO SENTIDO FÍSICO COMO MENTAL; O 5 “S” PREPARA TERRENO PARA IMPLANTAÇÃO DE PROGRAMAS MAIS AVANÇADOS DE QUALIDADE, PORÉM DE IMEDIATO ELE JÁ POSSIBILITA:

- MELHORIA DO MORAL DOS EMPREGADOS;- REDUÇÃO DO ÍNDICE DE ACIDENTES;- MELHORIA DA QUALIDADE E PRODUTIVIDADE;- EXERCÍCIO DA ADMINISTRAÇÃO PARTICIPATIVA;- REDUÇÃO DO TEMPO DE PARADAS DAS MÁQUINAS (NO CASO DA

INDÚSTRIA) E APRIMORAMENTO NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS.

OS 5 “S” SE CONSOLIDOU NO JAPÃO A PARTIR DOS ANOS DE 1950 E PROVÉM DE 5 PALAVRAS JAPONESAS QUE COMEÇAM COM “S” ; (NO BRASIL SUA APLICAÇÃO PRÁTICA TEVE INÍCIO EM 1991)

SEIRI – SENSO DE UTILIZAÇÃO / ARRUMAÇÃO;SEITON – SENSO DE ORDENAÇÃO;SEISOU – SENSO DE LIMPEZA;SEIKETSU – SENSO DE SAÚDE;SHITSUKE – SENSO DE AUTODISCIPLINA.

“OS 5 “S” FORAM INTERPRETADOS COMO “SENSOS” E PROPÕE A IDÉIA DE PROFUNDA MUDANÇA COMPORTAMENTAL; O SENSO IMPLICA QUE É PRECISO SE CONSCIENTIZAR DA NECESSIDADE E IMPORTÂNCIA DE FAZER”

1) SEIRI – SENSO DE UTILIZAÇÃO E ARRUMAÇÃO (ARRUMAR);SEPARAR O QUE É NECESSÁRIO DAQUILO QUE NÃO É; ELIMINAR O DESNECESSÁRIO.FAZER ISSO COM TUDO. ÀS VEZES, O QUE SOBRA PARA ALGUNS, FALTA PARA OUTROS.ESTA TAREFA DEVE SER EXECUTADA NAS MESAS, ARMÁRIOS, GAVETAS, ARQUIVOS QUE GUARDAM MATERIAIS E TAMBÉM A REAL UTILIZAÇÃO DOS MÓVEIS; O MESMO OCORRENDO COM TUDO O QUE ENVOLVE O CHÃO DE FÁBRICA, SEJAM MÁQUINAS, MATERIAIS DE PRODUÇÃO, ETC

2) SEITON – SENSO DE ORDENAÇÃO (ORDENAR);DEIXAR EM ORDEM AQUILO QUE É NECESSÁRIO E IDENTIFICAR DE FORMA A POSSIBILITAR A UTILIZAÇÃO POR QUALQUER PESSOA.ORDENAR É TAMBÉM FACILITAR, DE FORMA QUE AS COISAS MAIS UTILIZADAS DEVEM ESTAR EM LOCAIS DE MAIS FÁCIL ACESSO.

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ESTA TAREFA DEVE SER EXECUTADA COM TODO O MATERIAL QUE UTILIZAMOS (SEJA O MATERIAL DE ESCRITÓRIO OU FERRAMENTAS DA FÁBRICA);NÃO DEVEMOS ESQUECER DA CIRCULAÇÃO DAS PESSOAS QUE IRÃO UTILIZAR OS MATERIAIS ORDENADOS.

3) SEISOU – SENSO DE LIMPEZA (LIMPAR);LIMPAR SEMPRE; DEIXAR SEMPRE LIMPO O NOSSO LOCAL DE TRABALHO;AS PESSOAS TENDEM A MANTER LIMPO O QUE JÁ ESTÁ LIMPO.ÁREAS LIMPAS NORMALMENTE OFERECEM SERVIÇOS DE QUALIDADE SUPERIOR.A VISÃO QUE A TAREFA DA LIMPEZA É DO PESSOAL DA FAXINA DEVE SER ABANDONADA.NOSSAS GAVETAS, ARMÁRIOS, MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E ARQUIVOS NUNCA SERÃO LIMPOS PELA FAXINEIRA; A TAREFA DE LIMPAR TAMBÉM É NOSSA.PRECISAMOS EVOLUIR PARA CUIDARMOS DA APARÊNCIA DO LOCAL ONDE TRABALHAMOS EM TODA A SUA EXTENSÃO.

4) SEIKETSU – SENSO DE SAÚDE (ASSEAR);ASSEAR SIGNIFICA MANTER O QUE FOI FEITO NOS 3 “S” ANTERIORES - MANTER LMPO;- MANTER ORDENADO;- MANTER ARRUMADO;

ESTA TAREFA NÃO SE FAZ DO DIA PARA NOITE; É MELHORIA CONSTANTE, É UM APRIMORAMENTO E COM ISSO MANTEREMOS AS CONDIÇÕES DE TRABALHO FÍSICAS E MENTAIS, FAVORÁVEIS A NOSSA SAÚDE.TODOS CUMPRINDO PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA E PREOCUPADOS COM A SAÚDE EM SENTIDO AMPLO.

5) SHITSUKE – SENSO DE AUTODISCIPLINA (AUTODISCIPLINAR-SE);AUTODISCIPLINA É PRATICAR POR LIVRE VONTADE, COMPREENDENDO QUE ISSO É MELHOR PARA SI E PARA TODOS; A AUTODISCIPLINA COMPREENDE:

- PERFEITA HIGIENE PESSOAL;- CABELO (E BARBA, QUANDO COUBER) BEM TRATADOS;- TRATAMENTO AMISTOSO COM OS COLEGAS;- CUMPRIMENTO DOS COMPROMISSOS ASSUMIDOS;- PRÁTICA DE HÁBITOS E ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEIS. RESUMO:

“OS 5”S” FORMAM UM SISTEMA E NÃO FAZ SENTIDO DISCUTÍ-LOS ISOLADAMENTE.

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SE BEM CONDUZIDO OS 5”S” FORTALECE O TRABALHO EM EQUIPE QUER EM SUA FORMA ESPONTÂNEA OU VISANDO RESOLVER PROBLEMAS ESPECÍFICOS DA ORGANIZAÇÃO.”

UMA AUDITORIA DE QUALIDADE DEVE COMEÇAR PELO BANHEIRO DOS FUNCIONÁRIOS, SE O PRESIDENTE DA EMPRESA OU VISITANTES IMPORTANTES NÃO PUDEREM UTILIZAR O BANHEIRO É SINAL QUE A EMPRESA PRECISA IMPLANTAR OS 5”S” COM URGÊNCIA E RESGATAR A DIGNIDADE DE SEUS COLABORADORES.ESTÃO IMPLÍCITOS NOS SENSOS OS SEGUINTES ATRIBUTOS HUMANOS:HUMILDADE; CONFIANÇA; RESPEITO; ESPÍRITO DE EQUIPE E HUMOR.O 5”S” É SIMPLES, MAS COMO JÁ FOI DITO: “SER SIMPLES É A COISA MAIS DIFÍCIL DO MUNDO”.

ELE É PROFUNDO POIS PODE MODIFICAR A PERCEPÇÃO DAS PESSOAS EM RELAÇÃO AO SIGNIFICADO DO TRABALHO E DO QUE SEJA QUALIDADE DE VIDA.É FÁCIL COMEÇAR, DIFÍCIL MANTER, MAS SOBRETUDO É ALTAMENTE MOBILIZADOR DO POTENCIAL HUMANO LATENTE NAS ORGANIZAÇÕES.

BIBLIOGRAFIA: SILVA, JOÃO MARTINS DA; 5”S” : O AMBIENTE DA QUALIDADEB.H. - FUNDAÇÃO CHRISTIANO OTTONI

Utilização da ISO no programa de Gestão da Qualidade

A ISO são normas para implementação da gestão de qualidade.A sigla ISO vem de “Internacional Organization for Standardization” (Organização Internacional para Normalização Técnica), que é um dos Organismos da ONU.“O objetivo da ISO é fixar normas técnicas essenciais de âmbito internacional, para evitar abusos econômicos ou tecnológicos dos países mais desenvolvidos.”A proteção dos países menos desenvolvidos é proporcionada por uma regra que vale para todos.A ISO é composta por “normas técnicas”; para não ser discriminado basta cumprir a regra do jogo – não é fácil, mas pelo menos o jogo tem uma regra.A ISO série 9.000 é a principal – ligada a QualidadeA ISO série 14.000 trata do meio ambiente

Histórico:

A ISO série 9.000 (que trata de Qualidade) é o resultado de normas instituídas em duas frentes:1) Segurança (e a consequente qualidade) das instalações nucleares2) Confiabilidade (e a consequente qualidade) de artefatos militares

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A partir de 1959 o Departamento de Defesa dos E.U.A. passou a exigir que os fornecedores das forças armadas americanas possuíssem “Programa de Qualidade”;De forma paralela os países que possuíam tecnologia nuclear passaram a desenvolver várias normas para operação segura das instalações nucleares – Neste campo, Qualidade e Segurança sempre foram tratados como áreas muito próximas.A série 9.000 foi oficializada em 1987, após tentativas localizadas de alguns países.A série ISO 9.000 passou a ter enorme peso nos alicerces da “Comunidade Européia” (naquela época em gestação), pelo que ela representava em soluções dos imensos problemas tecnológicos e econômicos decorrentes da futura associação; por isso a implantação da ISO série 9.000 foi extremamente rápida na maioria dos países da Europa; de tão poderosa a ISO série 9.000 passou a ser uma necessidade.Outros gigantes como os E.U.A. também a adotaram.A ISO série 9.000 destina-se à SISTEMAS (o todo da empresa) e não a produtos, materiais e serviços que são as aplicações das normas técnicas usuais.

No Brasil há dois órgãos que tratam de normalização técnica em âmbito Nacional- INMETRO – Instituto Brasileiro de Metrologia, Normalização e Qualidade

Industrial;- ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas;

Ambos adotaram as normas ISO série 9.000, porém usam registros numéricos diferentes.

A ISO 9.000 é a fonte inicial de informação e serve de base para as demais normas da série 9.000, destina-se a estabelecer diferenças e inter-relações entre os principais conceitos da Qualidade e fornecer as diretrizes para a seleção e uso da ISO 9.001, ISO 9.002 e ISO 9.003.As normas ISO 9.001, 9.002 e 9.003 são normas destinadas a servir como

base de contratos entre fornecedores (quem vende) e clientes (quem compra).

São normas de “Qualidade Externa” ou “contratuais”; São empresas que

desejam proteção nas negociações (desejam Qualidade de lado a lado)

evitando assim problemas futuros, querem também minimizar custos da

operação e que as duas saiam ganhando.

Uma empresa se compromete a demonstrar para a outra que possui regras de boa gestão que assegurem as conformidades pré-estabelecidas para seus produtos.As empresas obrigam-se a “cumprir” e “demonstrar” os resultados da aplicação das boas regras de gestão “definida pelas normas”.

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O contrato possibilita inclusive “auditorias” junto às instalações do fornecedor garantindo assim que não venha a ter surpresas desagradáveis com o recebimento e uso dos produtos.Se a relação for eficaz e harmônica deduz-se que ao final haverá Qualidade e Competitividade.

(Os requisitos das normas são 20 na ISO 9.001; 18 na ISO 9.002 e 12 na ISO 9003).

Bibliografia: Maranhão, MauritISO Série 9.000:Manual de Implantação – Rio de Janeiro; Qualitymark Editora