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IMAGEM POLÍTICA Salazar, Estado Novo

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IMAGEM POLÍTICA

Salazar, Estado Novo

“Salazar – Salvador da Pátria. Ditosa Pátria que tais filhos tem.”

“Tudo pela Nação; Nada contra a Nação.”

Salazar surge como o salvador da pátria, explorando a simbologia da estátua de Dom Afonso Henriques, em Guimarães. Dom Afonso Henriques, o pai da pátria portuguesa.

Salazar impõe duas condições para aceitar a pasta das Finanças:• Supervisão dos Orçamentos de todos os Ministérios;• Poder de veto sobre o aumento da despesa pública.

O sucesso da sua política financeira confere-lhe imenso prestígio e vale-lhe a aclamação como o “Salvador da pátria”.

Portugal como Pátria. A Importância dos Portugueses na construção de Portugal, em que uma mão de um português (metonímia) coloca uma peça no escudo da bandeira portuguesa. Como símbolo da portugalidade e nacionalismo, a Torre de Belém.

Cartaz de Propaganda, com pintura a óleo de Almada Negreiros, contratado pelo Secretariado da Propaganda Nacional (1933), António Ferro

• A nova Constituição é aprovada através de plebiscito em 19 de Março de 1933.http://www.youtube.com/watch?v=W4OrTQMJR10

• Segue-se a aprovação do Estatuto do Trabalho Nacional e de medidas que dão expressão ao Estado Corporativo.• Estava criado o Estado Novo (1933-1974).

“Patriotas: Votai na Lista da União Nacional”“Para que Portugal navegue sempre na bonança.”

Alusão à Época áurea dos Descobrimentos portugueses, observando-se a nau com velas, que ostentam a Cruz da Ordem de Cristo. Esta nau segue em direcção à bonança, materializada pelo clarão, sobre o qual surge uma donzela vestida de branco (cor da paz, da serenidade) que segura o escudo da bandeira nacional.

•• Apartidarismo ou Partido Único?• Da União Nacional saíam os deputados para a Assembleia Nacional.

Educação controlada pelo Regime: “Deus, Pátria e Família”• Forte ligação do Regime à Igreja;• Exaltação do nacionalismo;• Família como célula básica da sociedade

Partido Comunista Francês

 

 Cartaz do Partido Comunista Francês (PCF) às eleições de 1936

O PCF fazia parte da Frente Popular, que saiu vitoriosa nesse ano. Conquistou maioria no Parlamento e elegeu o primeiro-ministro, Leon Blum. Seria esperável que a peça propagandística fosse vanguardista e revolucionária. Contudo, revela conservadorismo, ao conclamar o voto nos comunistas, de modo a que a família seja (ou esteja) feliz.

 

 

 

Cartaz eleitoral do PCF

“Contra ele! Votai Comunista!” O cartaz alerta para o perigo do nazismo e de Hitler, que já estava no poder na Alemanha desde 1933, e a tudo o que o que representavam de opressão e terror, que viria a se materializar, mais tarde, com todas as atrocidades conhecidas.

25 de Abril – Celebração

Lula da Silva, Partido dos Trabalhadores

   

Campanha Presidencial 2006

  “O Poder dos Cidadãos” evoca o poder do povo.

O Portugal que Manuel Alegre promete e quer construir com a ajuda de todos.

  Evocação da portugalidade, da vitória de Portugal. Há uma convergência entre o slogan e a bandeira portuguesa em fundo. 

Eleições Legislativas 2009

  

 

A verdade como valor, atendendo à exposição de contradições e suspeitas de corrupção do Governo de Sócrates, desde a pseudo-licenciatura do primeiro-ministro ao caso Freeport.

A Juventude Social-democrata lançou, em Fevereiro, uma campanha a criticar o primeiro-ministro, devido às “promessas” que fez em 2005 e não cumpriu. 

“Pinócrates” num decalque do boneco Pinóquio: 

Figura criada por Carlo Collodi, protagonista da obra infantil “As Aventuras de Pinóquio”. Boneco de madeira, criado pelo mestre Gepeto, ao qual cresce o nariz, quando mente. A sua personagem tem sido utilizada em diversas produções, desde a Walt Disney ao filme Shrek, da Dreamworks.

http://diario.iol.pt/politica/jsd-pinocrates-promessas-socrates-desemprego-ultimas-noticias/1039381-4072.html

http://www.youtube.com/watch?v=GBm_aDx802c

 

O combate à corrupção é a bandeira do primeiro cartaz da campanha de Manuel Monteiro e do Movimento Missão Minho para as eleições legislativas. O ex-dirigente do CDS-PP e do Partido da Nova Democracia vai concorrer pelo distrito de Braga, apoiado pelo Movimento “Missão Minho”.

Legislativas‘Missão Minho’ de Manuel Monteiro lança combate à corrupção

«O combate a um sistema corrupto, mafioso e de tentáculos muito poderosos» é a mensagem do cartaz que jovens universitários conceberam para o Movimento ‘Missão Minho’, liderado por Manuel Monteiro. 

O ex-dirigente do CDS-PP e do Partido da Nova Democracia (PND) vai concorrer às próximas legislativas pelo distrito de Braga pelo Movimento ‘Missão Minho’, uma das zonas onde a direita tem mais peso. 

Ambiente, combustíveis, câmaras, urbanismo, futebol, partidos, bancos, água e energia surgem no cartaz envolvidos nos tentáculos de um polvo – a máfia, o sistema –, mas a Missão Minho manifesta a sua vontade de combater este estado de coisas: «A luta começou». 

Em Janeiro, aquando da sua saída da liderança do PND, Monteiro mostrou-se descontente com os resultados do partido durante a sua liderança. 

«Saio porque errei, porque não segui a estratégia correcta. Errei, porque não fui humilde. Não acrescentei nada, do ponto de vista político, à Nova Democracia, e a Nova Democracia não acrescentou nada a mim próprio», disse o próprio, na altura. 

Lusa / SOL, 22 de Maio de 2009

Eleições Autárquicas 2005

 

 

 

Eleições Europeias 2009

 

Partido Socialista

Simbiose de cores roda (Partido Socialista) e azul (Comunidade Europeia), com Mário Soares em fundo a assinalar a entrada de Portugal para a CEE.

“A entrada na Comunidade Económica Europeia (CEE) verificou-se numa conjuntura de grandes mudanças estruturais dentro da própria organização europeia facto que várias vezes conduziu a um atraso das negociações da adesão. De facto, o pedido de adesão havia sido formalmente aceite a 28 de Março de 1977, tendo apenas sido aprovado a 29 de Março de 1985, depois de muita pressão do governo do Bloco Central. O tempo de apreciação foi de oito anos e um dia, período durante o qual a CEE se foi certificando da credibilidade e solidez do novo sistema político, concedendo ao mesmo tempo algumas ajudas monetárias ao abrigo dos acordos anteriores.”

Tratado de adesão à CEE. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-05-28].Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/$tratado-de-adesao-a-cee>.

http://causa-nossa.blogspot.com/2007_04_01_archive.html

 

 

Partido Nacional Renovador

 

Campanha Eleitoral Presidência EUA 2008

http://www.changethethought.com/obama-2008/

“Quem chegou, em boa hora, a acreditar que um candidato “Cinderela” podia sair da obscuridade do Illinois e tornar-se o 44º presidente dos Estados  Unidos, surpreendendo dúzias de pilotos de renome mundial? Apesar de tudo isso, Barack Obama conseguiu bater o Partido Republicano no seu próprio jogo, com disciplina, organização e uma maciça angariação de fundos. “

O sucesso de Obama alicerçou-se no seu pioneirismo na reconversão, em seu proveito, da Web 2.0 e no aproveitamento das redes sociais virtuais. A sua forma de fazer  networking  inspirou milhões de norte-americanos a juntarem-se numa verdadeira cruzada nacional: Obama transformou uma campanha presidencial de 50 Estados numa enorme comunidade online.

Tácticas:

(1) Manteve-se descontraído, mantendo-se imperturbável nos debates e não revelando qualquer esboço de impaciência perante golpes mais baixos. 

(2)  Propagou as  tecnologias  de relacionamento  social:  usou todas as  tecnologias  colaborativas da actualidade – blogues,   fóruns de discussão,  vídeos difundidos pela Internet, mensagens escritas e redes de telemóveis – para comunicar com os seus potenciais eleitores. Criou comunidades de base popular  (My.BarackObama.com), para fazer o marketing da sua campanha e angariar um fluxo de capital sem precedentes.

(3) Adoptou e personificou a mudança: a apropriação por Obama da noção de “mudança” acabou com as hipóteses dos seus opositores, Hillary Clinton e John McCain.  Sem perceber que estavam a fazer campanha contra si  próprios,   tentaram valer-se da sua experiência passada e boa preparação para governar – uma mensagem que não estava em sintonia com a fadiga da nação. Obama fez ecoar: “Nós somos aqueles por quem temos esperado. Somos a mudança que procuramos.”

(4) Focalizou-se e manteve-se fiel à sua mensagem inclusiva;

(5) Cultivou a calma, aprendendo a dar sempre uma resposta prática a um problema, jogando duramente quando assim teve de ser, descarregando fora da arena política, adaptando-se ao momento, liderando com humildade;

(6) Cultivou novas sementes, as sementes da Internet;

(7) Criou uma comunidade sólida;

(8) Cuidou das suas listas de contactos;

(9) Defendeu-se e não se deixou abater por golpes baixos;

(10) Tornou o seu marketing móvel;

(11) Confrontou a realidade e contextualizou os problemas;

(12) Partilhou a sua visão de futuro;

(13) Não se esqueceu do poder do seu toque pessoal;

(14) Analisou-se com clareza.

“Nós somos a mudança que procuramos.”

Polémico cartaz de um festival de cinema venezuelano, organizado pela New York University (NYU); que não colheu simpatia da parte da cônsul chavista da cidade. Segundo os semióticos, o cartaz mostra Hugo Chávez a dar, em si, um tiro na cabeça com uma câmara de cinema 16mm (orelhas de Mickey), que também representa uma bomba de gasolina. 

A América do Sul surge pintada a vermelho com a parte superior a sugerir uma mão que agarra uma pistola com a designação “100% Venezuela”.

Discursos Políticos

Osama Bin Laden

http://www.amattos.eng.br/Public/TerrorismoIslamico/carta%20de%20bin%20laden%20aos%20eua.pdf

“Usama bin Ladin’s letter to the American people” (24.11.2002)

ESTILO

SIMPLIFICAÇÃO AMPLIAÇÃO / CONVERGÊNCIA DE CONTEÚDOS

REIVINDICAÇÃO ORQUESTRAÇÃO DUALISMO DISUASSÃO MANIQUEÍSMO ESCALADA / IMITAÇÃO / LEGÍTIMA DEFESA

RECURSO À METÁFORA

SACRALIZAÇÃO LEGITIMAÇÃO ANTECIPAÇÃO / PREVISÃO

“a criação de Israel é um crime, que deve ser apagado”; “os muçulmanos acreditam em todos os Profetas”; “o povo americano não pode ser inocentado de todos os crimes cometidos pelos Americanos e Judeus contra nós”; “[religião] da submissão completa às Suas leis; e do

“Alá, o Todo-Poderoso (...) temos o direito de matar os deles”; “a religião da unificação de Deus (...) como o Alcorão ou até 10 versos como este”; “consideram-se um povo de maneiras (...) resultará em mais desastres para vocês”

“deve pagar pesadamente”; “façam as vossas bagagens e saiam das nossas terras. Não nos forcem a vos devolver carga em caixões de defuntos”; “deixem-nos em paz ou esperem-nos em Nova Iorque e Washington”; “preparem-se para a luta com a nação

“a retirada desses governos é uma obrigação nossa”

“o sangue que flúi fora da Palestina deve ser igualmente vingado”; “não esperem nada de nós, que não Jihad, resistência e vingança”

“descrentes” vs. “crentes”; “aqueles que acreditam, lutam na Causa de Alá, e aqueles que descrêem, lutam na causa de Taghut (ex.º Satã)” [Alcorão 4:76]); “a nação do martírio; a nação que deseja a morte mais do que vocês desejam a vida”

“todos os que sujaram as suas mãos neste crime [criação de Israel] devem pagar, e pagar pesadamente”; “o sangue que flúi fora da Palestina deve ser igualmente vingado”; “sob a vossa

“em nome de Alá, o mais Gracioso, o mais Compassivo”; “a permissão de lutar (contra descrentes) é concedida àqueles (crentes) que são atacados, porque aqueles foram injustos, e seguramente Alá conceder-lhes-á (aos crentes) vitória” [Alcorão 22:39]);

“porque nos atacaram e continuam a atacar”; “atacaram-nos na Palestina”; “se aos seguidores de Moisés foi-lhes prometido um direito à Palestina no Torah, então os muçulmanos são a nação mais digna disto”;

"aqueles que mataram no Japão, no Afeganistão, na Somália, no Líbano e no Iraque permanecerão uma vergonha, que vocês nunca serão capazes de evitar”

descarte de todas as opiniões, ordens, teorias e religiões, que contradizem a religião que Ele enviou ao Seu profeta Maomé”; “é a religião de todos os Profetas”; “É a religião da guerra santa islâmica no caminho de Alá, para que a Palavra de Alá e a religião predominem”; “é a religião de igualdade entre todos, sem consideração da sua cor, sexo ou língua”; “o Alcorão é o milagre até o Dia do Juízo”; “vocês são a pior civilização testemunhada pela história da humanidade”; “vocês separam a religião da política, contradizendo a natureza pura que afirma a Autoridade Absoluta ao Senhor, seu Criador”; “os Judeus tomaram o controlo da vossa economia, através da qual controlam os media”; "a história não esquecerá os crimes de guerra que cometeram contra os muçulmanos e o

islâmica” supervisão, consentimento e ordens, os governos dos nossos países, que agem como vossos agentes”; “atacam-nos numa base diária”; “impedem o nosso povo de estabelecer a Sharia islâmica, usando violência e mentiras”; “é ordenado pela nossa religião e intelecto que os oprimidos têm o direito de devolver a agressão”; “”Alá, o Todo-Poderoso, legislou a permissão e a opção de tomar a vingança”; “quem matar os nossos cidadãos, nós temos o direito de matar os deles”; “a América não entende a linguagem das

“buscando a ajuda de Alá”; “paz e bênção de Alá”; “é ordenado pela nossa religião que os oprimidos têm o direito de devolver a agressão”; “Alá, o Todo-Poderoso, legislou a permissão e a opção de tomar a vingança”; “o poder e a honra pertencem a Alá” [Alcorão 63:8]); “vocês serão superiores (na vitória) se forem de facto (verdadeiros) crentes” [Alcorão 3:139])

“vocês atacaram-nos na Somália; apoiaram as atrocidades contra nós na Tchetchénia, a opressão índia contra nós na Caxemira, e a agressão judaica contra nós no Líbano”; “a retirada desses governos é uma obrigação nossa e um passo necessário para libertar a umma, fazer a sharia, a lei suprema e recuperar a Palestina”

resto do mundo; “os valores e princípios são algo que vocês exigem dos outros, mas que não aderem”

maneiras e princípios, por isso usamos a linguagem que eles entendem”

BASES DA PROPAGANDA

TRANSFUSÃO GRÃO DE VERDADE

“transbordando com opressão, tirania, crimes, matança, expulsão, destruição e devastação”; “dão-nos um sabor de humilhação”; “coloca-nos numa grande prisão de medo e sujeição”; “roubam-nos a prosperidade da nossa umma”; “a retirada desses governos é uma obrigação nossa”

“a Palestina, que se afundou sob a ocupação militar durante mais de 80 anos”; "aqueles que mataram no Japão, no Afeganistão, na Somália, no Líbano e no Iraque permanecerão uma vergonha, que vocês nunca serão capazes de evitar”

CONTRAPROPAGANDA

BODE EXPIATÓRIO/INIMIGO ÚNICO

PERVERSÃO

/DISSONÂNCIA

/INVERSÃO

DESFIGURAÇÃO

“EUA”, “descrentes”; “Taghut” “a criação e a continuidade de Israel são um dos crimes mais graves”; “vocês são os líderes dos seus criminosos”; “mentiras fabricadas”; “fabricações mais falaciosas”; “renderam-se aos Judeus”; “mais de 1,5 milhões de crianças iraquianas morreram como resultado das vossas sanções, e vocês não se preocuparam”; “apoiaram os Judeus na sua ideia de que Jerusalém é a sua capital eterna”; “contradiz a repetição de que a América é a terra da liberdade”; “o povo americano paga os impostos que financiam os aviões que nos bombardeiam no Afeganistão, os tanques que destroem as nossas casas na Palestina, os exércitos que ocupam as nossas terras no Golfo Pérsico, e as frotas que asseguram o bloqueio ao Iraque”; “dólares dados a Israel para continuar a nos atacar e penetrar nas nossas terras”; “está a ajudar desavergonhadamente a luta dos Judeus

“vocês são os líderes dos seus criminosos”; SIDA (“invenção americana satânica”); Guantánamo (“embaraço histórico”); EUA (“nação sem princípios nem maneiras”); “vocês são a pior civilização testemunhada pela História da humanidade”

contra nós”; “o povo americano não pode ser inocentado de todos os crimes cometidos pelos Americanos e Judeus contra nós”; “a América não entende a linguagem das maneiras e princípios, por isso usamos a linguagem que eles entendem”; “mentiras enganosas”; “vocês são a nação que permite a usura, proibida por todas as religiões”; “nação que permite actos de imoralidade, tendo-os como pilares da liberdade pessoal”; “usam a força para destruir a humanidade mais do que qualquer outra nação na história”; “dualidade tanto em maneiras como em valores”; “hipocrisia em maneiras e valores”; “são os últimos a respeitar as resoluções e a política da Lei Internacional”; “os valores e princípios são algo que vocês exigem dos outros, mas que não aderem”

IMAGEM DE FORÇA

UNANIMIDADE CLIMA DE FORÇA / DOMINÂNCIA

BOAS CAUSAS / INCITAMENTO / IDENTIFICAÇÃO

EXPLORAÇÃO DO ÊXITO

“umma islâmica” “esperando a recompensa de Alá, buscando êxito e o apoio Dele”; “não teme ninguém que não Ele”

“lutar contra os amigos de Satã”; “a religião da unificação de Deus”; “da liberdade de associar parceiros, e rejeição disto”; “do amor completo Dele, o Exaltado”; "Chamamo-los para serem um povo de maneiras, princípios, honra, e pureza; rejeitarem os actos imorais de fornicação, homossexualidade, intoxicantes, jogo, e comércio com interesse"; “deseja retirar a sua maldade”

“foi capaz de destruir os maus impérios”; “como noutras cruzadas, nas quais foram humilhados pelas mãos dos Mujaidines”

President Delivers “State of the Union” (2003), the U.S. Capitol, in http://www.whitehouse.gov/news/releases/2003/01/20030128-19.html (28.01.03)

ESTILO

SIMPLIFICAÇÃO AMPLIAÇÃO / CONVERGÊNCIA DE CONTEÚDOS

REIVINDICAÇÃO ORQUESTRAÇÃO DUALISMO DISUASSÃO MANIQUEÍSMO ESCALADA / IMITAÇÃO / LEGÍTIMA DEFESA

RECURSO À METÁFORA

SACRALIZAÇÃO LEGITIMAÇÃO

ANTECIPAÇÃO / PREVISÃO

“a nossa guerra contra o terror é uma contenda da vontade, na qual a perseverança é o poder”; “esta ameaça é nova; o dever da América é familiar”; “o regime da Coreia do Norte encontrará o respeito no mundo e revivificação do seu povo, só quando afastar as suas ambições nucleares”; “não permitir uma ameaça maior a crescer no Iraque”; “se isto não for mau, então a maldade não tem nenhum significado”; “o futuro vivido sob ameaças terríveis não é nenhuma paz em absoluto”

“Como lutamos (...) curso da história”; “a nossa nação e o mundo devem aprender as lições da Península Coreana (...) lideraremos uma coligação para a desarmar”

“peço-vos [ao Congresso] para reforçar a nossa futura segurança com uma pesquisa principal e um esforço de produção para guardar o nosso povo contra o bioterrorismo”; “convidamos as NU a cumprir a sua carta e a fazer valer a sua exigência de desarmamento do Iraque”

“o perigo mais grave” (2x); “mais uma vez” (2x); “Ele não deu contas desse material. Ele não mostrou qualquer evidência de os ter destruído” (5x)

“se Saddam Hussein não se desarmar totalmente, para a segurança do nosso povo e para a paz do mundo, levaremos uma coligação a desarmá-lo”

“responderemos a cada perigo e inimigo que ameace o povo americano”; “faremos tudo ao nosso alcance para nos assegurarmos que aquele dia nunca virá”

“O ditador do Iraque não está a se desarmar. Ao contrário; ele está a enganar”

“responderemos a cada perigo e inimigo que ameace o povo americano”; “devemos actuar antes que os perigos caiam sobre nós”

“a liberdade que valorizamos não é o presente da América ao mundo, é o presente de Deus à humanidade”; “temos fé em nós, mas não em nós sozinhos. Não sabemos – não reclamamos para saber todos os caminhos da Providência, podemos confiar neles, colocando a nossa confiança no Deus do amor sobre toda a vida e toda a história”; “que Ele nos guie agora”; “e que Deus continue a abençoar os E.U”

“nas ruínas das duas torres, na parede ocidental do Pentágono, num campo na Pensilvânia, esta nação prometeu, e renovamos aquela promessa”; “o ditador do Iraque não está a se desarmar”

“no Médio Oriente, continuaremos a procurar a paz entre um Israel seguro e uma Palestina democrática”; “não permitiremos o triunfo da violência”

BASES DA PROPAGANDA

TRANSFUSÃO GRÃO DE VERDADE

“onde começou – aqui no nosso próprio país”; “nas ruínas das duas torres, na parede ocidental do Pentágono, num campo na Pensilvânia, esta nação prometeu, e renovamos aquela promessa”; “o perigo mais grave contra o terror, o perigo mais grave que enfrenta a América e o mundo é regimes fora da lei que buscam e possuem ADM”; “o único uso possível que ele pode dar àquelas armas é dominar, intimidar ou atacar”; “Saddam Hussein ajuda e protege terroristas, inclusive membros da Al-Qaeda”; “imagine-se aqueles 19 sequestradores com outras armas e outros planos – desta vez armados por Saddam Hussein”

11 de Setembro; “nas ruínas das duas torres, na parede ocidental do Pentágono, num campo na Pensilvânia, esta nação prometeu, e renovamos aquela promessa”; “as NU concluíram, em 1999, que Saddam Hussein teve armas biológicas suficientes para produzir mais de 25,000 litros de antraz”; “o ditador do Iraque não se está desarmando”

CONTRAPROPAGANDA

BODE EXPIATÓRIO/INIMIGO ÚNICO

PERVERSÃO

/DISSONÂNCIA

/INVERSÃO

DESFIGURAÇÃO

“terroristas”, “Al-Qaeda”; “regimes fora da lei, que buscam e possuem ADM”; “Irão”; “Coreia do Norte”; “Saddam Hussein”

“maldade do terrorismo internacional”; “no Irão, continuamos a ver um governo que reprime o seu povo, busca ADM, e apoia o terror”; “os iranianos, como toda a gente, têm o direito de escolher o seu próprio governo e determinar o seu próprio destino”; “na Península Coreana, um regime opressivo governa um povo que vive no medo e fome”; “sabemos que aquele regime [Coreia do Norte] enganava o mundo, e desenvolvia ADM”; “ele [Saddam] aceitou desarmar-se de todas as ADM (...) violou aquele acordo”; “nada até agora o conteve da busca dessas armas”; “não prestou contas daquele material”; “Saddam Hussein não explicou credivelmente essas actividades. Ele claramente tem muito para ocultar”; “o ditador do Iraque não está a se desarmar”; “o vosso inimigo [do povo iraquiano] não está a circundar o vosso país – está a governá-lo”

Saddam Hussein (“ditador brutal, com uma história de agressão despreocupada, com laços ao terrorismo, com grande prosperidade potencial”); “o ditador do Iraque”

IMAGEM DE FORÇA

UNANIMIDADE CLIMA DE FORÇA / DOMINÂNCIA BOAS CAUSAS / INCITAMENTO / IDENTIFICAÇÃO EXPLORAÇÃO DO ÊXITO

“a nossa união”; “a América e os países da coligação”; “nossa guerra contra o terror”; “estamos a trabalhar com outros governos”; “a América está a trabalhar com os países da região – a Coreia do Sul, o Japão, a China e a Rússia”

“a nossa fé é inabalável, a nossa perseverança é firme, e a nossa união é forte”; “ confrontar-los-emos com foco, claridade e coragem”; “ainda há poder, um maravilhoso poder de trabalho, na bondade, idealismo e fé do povo Americano”; “estamos a ganhar”; “assegurarmo-nos de que as pessoas certas estão nos lugares certos para proteger todos os nossos cidadãos”; “não permitiremos o triunfo da violência”

"para proteger o nosso país, reorganizámos o nosso governo e criámos o Departamento da Segurança da Pátria, que está a se mobilizar contra as ameaças de uma nova era"; “no Afeganistão, ajudámos a libertar um povo oprimido”; “no Médio Oriente, continuaremos a procurar a paz entre um Israel seguro e uma Palestina democrática”; “esta nação está a conduzir o mundo no confronto e defesa do terrorismo internacional”; “medidas sem precedente para proteger o nosso povo e defender a nossa pátria”; “defesa para proteger esta nação contra mísseis balísticos”; “o fim de ameaças terríveis ao mundo civilizado”; “buscamos a paz”

“no Afeganistão, ajudámos a libertar um povo oprimido”; “a guerra continua e estamos a ganhar”; "mais de 3000 terroristas suspeitos foram detidos"; “não são mais um problema para os EUA e os aliados”; “a América e os países da coligação descobriram e travaram conspirações terroristas”; “desmantelámos células da Al-Qaeda”; “um por um, os terroristas estão a aprender o significado da justiça americana”; “as ambições de hitlerismo, militarismo e comunismo foram derrotadas pela vontade dos povos livres, pela força de grandes alianças e pela força dos EUA”

TEMA / CENTRALIZAÇÃO

EXCEPCIONALIDADE DOS EUA DEMOCRACIA HEROÍMO

“a nossa fé é inabalável, a nossa perseverança é firme, e a nossa união é forte”; “não negaremos, não ignoraremos, não passaremos os nossos problemas a outros Congressos, a outros presidentes, e outras gerações”; “ainda há poder, um maravilhoso poder de trabalho, na bondade, idealismo e fé do povo Americano”; “devemos lembrar-nos da nossa chamada como país abençoado, que é fazer este mundo melhor”; “o dever da América é familiar”; “as ambições de hitlerismo, militarismo e comunismo foram derrotadas pela vontade dos povos livres, pela força de grandes alianças e pela força dos EUA”; "mais uma vez, chamam-nos para defender a segurança do nosso povo, e as esperanças de toda a humanidade. E aceitamos esta responsabilidade"; “e avançamos com confiança, porque a chamada da História veio direita ao nosso país”; os Americanos são um povo resoluto, que aceitou cada teste do seu tempo”; “a adversidade revelou o carácter do nosso país ao mundo e a nós”; “a América é uma nação forte e honrosa no uso da força”; “exercemos poder sem conquista, e sacrificamo-nos pela liberdade de estrangeiros”

"causa da dignidade humana, dos direitos de cada pessoa, e das possibilidades de cada vida"; “as pessoas livres estabeleceram o curso da História”; “traremos liberdade”; sacrificamo-nos pela liberdade de estrangeiros”; “os Americanos são um povo livre, que sabe que a liberdade é o direito de cada indivíduo e o futuro de cada nação”; “a liberdade que valorizamos não é o presente da América ao mundo, é o presente de Deus à humanidade”

“defenderei a liberdade e a segurança do povo americano”

“President Bush Addresses the Nation” (2003), The Oval Office, in http://www.whitehouse.gov/news/releases/2003/03/20030319-17.html (19.03.03)

ESTILO

SIMPLIFICAÇÃO AMPLIAÇÃO / CONVERGÊNCIA DE CONTEÚDOS

REIVINDICAÇÃO ORQUESTRAÇÃO DUALISMO DISUASSÃO MANIQUEÍSMO ESCALADA / IMITAÇÃO / LEGÍTIMA DEFESA

RECURSO À METÁFORA

SACRALIZAÇÃO LEGITIMAÇÃO ANTECIPAÇÃO / PREVISÃO

“ajudar os iraquianos a encontrar um país unido, estável e livre requer o nosso compromisso”; “enfrentamos aquela ameaça”; “testemunhará o espírito honroso e decente dos militares americanos”

“servir em prol da nossa defesa comum”

“os inimigos que confrontam”

"enfrentaremos aquela ameaça agora, com o nosso Exército, Força Aérea, Marinha, Guarda Costeira e Fuzileiros Navais, para que não tenhamos de a enfrentar"

“homens, mulheres e crianças inocentes” (“escudo”)

“milhões de Americanos rezam”; “que Deus abençoe o nosso país e quem o defender”

“servir em prol da nossa defesa comum”

“os inimigos que confrontam virão para saber a vossa habilidade e coragem”; “o povo que libertam testemunhará o espírito honroso e decente dos militares americanos”; “se esforçarão por poupar civis inocentes”; "enfrentaremos aquela ameaça agora, com o nosso Exército, Força Aérea, Marinha, Guarda Costeira e Fuzileiros Navais, para que não tenhamos de a enfrentar"

BASES DA PROPAGANDA

TRANSFUSÃO GRÃO DE VERDADE

“servir em prol da nossa defesa comum”

“regime que ameaça a paz com ADM”

CONTRAPROPAGANDA

BODE EXPIATÓRIO/INIMIGO ÚNICO

PERVERSÃO

/DISSONÂNCIA

/INVERSÃO

DESFIGURAÇÃO

“Saddam Hussein” “inimigo que não possui nenhuma consideração pelas convenções de guerra ou regras de moralidade”; “Saddam Hussein colocou tropas iraquianas e equipamento em áreas civis, usando homens, mulheres e crianças inocentes como escudos dos próprios militares – uma atrocidade final contra o seu povo”

Regime de Saddam Hussein (“regime fora da lei, que ameaça a paz com ADM”)IMAGEM DE FORÇA

UNANIMIDADE CLIMA DE FORÇA / DOMINÂNCIA

BOAS CAUSAS / INCITAMENTO / IDENTIFICAÇÃO

EXPLORAÇÃO DO ÊXITO

“Americanos e forças da coligação”; “mais de 35 países estão a dar um apoio crucial”

“asseguro-vos que isto não será uma campanha de meias medidas, e nós não aceitaremos outro resultado que não a vitória”; “defenderemos a nossa liberdade”; “traremos a liberdade para outros e iremos consegui-lo”

"desarmar o Iraque, libertar o seu povo e defender o mundo de um perigo grave"; "minar a capacidade de Saddam Hussein de travar uma guerra"; "cada nação desta coligação decidiu carregar o dever e compartilhar a honra de servir em prol da nossa defesa comum"; “retirar uma ameaça e restaurar o controlo daquele país ao seu próprio povo”

TEMA / CENTRALIZAÇÃO

EXCEPCIONALIDE DOS EUA DEMOCRACIA HEROÍMO

“defenderemos a nossa liberdade”; “traremos a

liberdade para outros e iremos consegui-lo”

Ver:

Barry Libert; Rick Faulk (2009), Obama – Os Segredos de uma Vitória, Lisboa: Centro Atlântico;

Paula do Espírito Santo (2008), Estudos de Comunicação Política – Análise de Conteúdo da Mensagem na Campanha e Pós-campanha Eleitoral nas Eleições Presidenciais, Lisboa: ISCSP;

Nilza Mouzinho de Sena (2002), A Interpretação Política do Debate Televisivo 1974 / 1999, Lisboa: ISCSP