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1 ADVENT E MICROSIGA Autoria: Ricardo Ratner Rochman, José Roberto Savoia O objetivo do caso é discutir a saída de investimento em private equity ou venture capital no Brasil, analisando os vários aspectos da saída como as alternativas possíveis, o relacionamento entre sócios, as dificuldades encontradas no mercado financeiro brasileiro. O objetivo secundário é avaliar o negócio com o propósito de negociação das participações dos sócios. O caso apresenta a Microsiga e o grupo Totvs, surgido da fusão da Microsiga com a Logocenter a Totvs BMI (empresa de consultoria em gestão e de suporte do grupo). Em seguida mostra como as dificuldades enfrentadas pela Microsiga em 1998 para encontrar um sócio investidor, que seria a Advent International Corporation, que auxiliaria a empresa na sua expansão internacional. Depois é apresentada a situação da saída do sócio investidor, que pressionado para criar um novo fundo de private equity e realizar algum dos seus investimentos, escolhe a Microsiga para sua saída. A partir daí são apresentadas algumas formas para saída do investimento, como venda para outra empresa de private equity ou venture capital, venda para um concorrente, abertura de capital (IPO), ou venda para a BNDESPAR. Introdução Em seu escritório em São Paulo o Sr. Patrice, sócio-diretor da Advent, precisava elaborar um plano de ação para saída do investimento realizado pela empresa alguns anos atrás na Microsiga, que era relevante para o sucesso do escritório da Advent no Brasil, e se tivesse sucesso garantiria não somente a satisfação dos investidores da empresa, mas a disponibilidade futura de capitais para novos empreendimentos no Brasil. Ao mesmo tempo, o Sr. Patrice não desejava atrapalhar os planos de crescimento planejados pelo Sr. Laércio Cosentino para a Microsiga. História da Microsiga O Sr. Ernesto Mário Haberkorn graduou-se em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas-SP, em 1965. Atuou, de 1970 a 1974, na Empresa de Sistemas de Computadores (E.S.C.) e, entre 1966 e 1970, na Honeywell Bull do Brasil. Fundou a Sistemas Integrados de Gerência Automática Ltda. (SIGA), em 1974, que era um bureau que desenvolveu um sistema que permitia o gerenciamento empresarial centralizado, com o objetivo de automatizar processos administrativos. Em 1983, o Sr. Laércio Cosentino fundou a companhia Microsiga Software S.A. (Microsiga), convidando o Sr. Ernesto para sociedade na empresa com o objetivo de converter todo o conhecimento de sistemas administrativos de grande porte para a recém criada tecnologia de microcomputadores . Desde a sua criação a Microsiga visava à elaboração de softwares de gestão empresarial integrada, acessíveis às empresas de médio e pequeno porte. O Sr. Laércio Cosentino graduou-se em Engenharia Elétrica pela Escola Politécnica de Engenharia da Universidade de São Paulo, em 1982. Antes de ingressar na SIGA, atuou como estagiário, programador, analista, e, posteriormente, tornou-se Diretor da SIGA entre 1978 e 1983. O Sr. Laércio é autor dos livros “Dbase” II e III, “Windows”, “Brasil não é Risco é Oportunidade” e “Genoma Empresarial”. Os softwares de gestão integrada da Microsiga permitem a operação eficiente dos negócios dos seus clientes, uma vez que automatizam processos empresariais complexos, como, por exemplo: fabricação, distribuição, contabilidade, finanças, recursos humanos, vendas e marketing. Os produtos da empresa incluem softwares de gestão empresarial integrada (ERP),

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ADVENT E MICROSIGA

Autoria: Ricardo Ratner Rochman, José Roberto Savoia

O objetivo do caso é discutir a saída de investimento em private equity ou venture capital no Brasil, analisando os vários aspectos da saída como as alternativas possíveis, o relacionamento entre sócios, as dificuldades encontradas no mercado financeiro brasileiro. O objetivo secundário é avaliar o negócio com o propósito de negociação das participações dos sócios. O caso apresenta a Microsiga e o grupo Totvs, surgido da fusão da Microsiga com a Logocenter a Totvs BMI (empresa de consultoria em gestão e de suporte do grupo). Em seguida mostra como as dificuldades enfrentadas pela Microsiga em 1998 para encontrar um sócio investidor, que seria a Advent International Corporation, que auxiliaria a empresa na sua expansão internacional. Depois é apresentada a situação da saída do sócio investidor, que pressionado para criar um novo fundo de private equity e realizar algum dos seus investimentos, escolhe a Microsiga para sua saída. A partir daí são apresentadas algumas formas para saída do investimento, como venda para outra empresa de private equity ou venture capital, venda para um concorrente, abertura de capital (IPO), ou venda para a BNDESPAR. Introdução Em seu escritório em São Paulo o Sr. Patrice, sócio-diretor da Advent, precisava elaborar um plano de ação para saída do investimento realizado pela empresa alguns anos atrás na Microsiga, que era relevante para o sucesso do escritório da Advent no Brasil, e se tivesse sucesso garantiria não somente a satisfação dos investidores da empresa, mas a disponibilidade futura de capitais para novos empreendimentos no Brasil. Ao mesmo tempo, o Sr. Patrice não desejava atrapalhar os planos de crescimento planejados pelo Sr. Laércio Cosentino para a Microsiga. História da Microsiga O Sr. Ernesto Mário Haberkorn graduou-se em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas-SP, em 1965. Atuou, de 1970 a 1974, na Empresa de Sistemas de Computadores (E.S.C.) e, entre 1966 e 1970, na Honeywell Bull do Brasil. Fundou a Sistemas Integrados de Gerência Automática Ltda. (SIGA), em 1974, que era um bureau que desenvolveu um sistema que permitia o gerenciamento empresarial centralizado, com o objetivo de automatizar processos administrativos. Em 1983, o Sr. Laércio Cosentino fundou a companhia Microsiga Software S.A. (Microsiga), convidando o Sr. Ernesto para sociedade na empresa com o objetivo de converter todo o conhecimento de sistemas administrativos de grande porte para a recém criada tecnologia de microcomputadores . Desde a sua criação a Microsiga visava à elaboração de softwares de gestão empresarial integrada, acessíveis às empresas de médio e pequeno porte. O Sr. Laércio Cosentino graduou-se em Engenharia Elétrica pela Escola Politécnica de Engenharia da Universidade de São Paulo, em 1982. Antes de ingressar na SIGA, atuou como estagiário, programador, analista, e, posteriormente, tornou-se Diretor da SIGA entre 1978 e 1983. O Sr. Laércio é autor dos livros “Dbase” II e III, “Windows”, “Brasil não é Risco é Oportunidade” e “Genoma Empresarial”. Os softwares de gestão integrada da Microsiga permitem a operação eficiente dos negócios dos seus clientes, uma vez que automatizam processos empresariais complexos, como, por exemplo: fabricação, distribuição, contabilidade, finanças, recursos humanos, vendas e marketing. Os produtos da empresa incluem softwares de gestão empresarial integrada (ERP),

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gerenciamento de relacionamento com clientes (CRM), Business Intelligence (BI) e Supply Chain Management (SCM), além dos módulos específicos, que são responsáveis pelo fornecimento de capacidades adicionais, sendo voltados, especificamente, para os ramos de negócio dos seus clientes. A companhia criou uma rede consolidada de alianças e parcerias estratégicas, visando ao compartilhamento de tecnologia, de investimentos em marketing cooperado e da venda conjunta de produtos em segmentos onde não competem com empresas de tecnologia e telecomunicações de renome internacional, como, por exemplo, Microsoft, Intel, Oracle e IBM. A Microsiga vem se destacando pela flexibilidade e inovação de suas ações, tais como: (i) instituição de seu sistema de franquias; (ii) a internacionalização de suas operações; (iii) disponibilização de versões atualizadas do produto incluída no contrato de manutenção; e (iv) adoção de modelo flexível de cobrança. Estratégias da Microsiga

Com o objetivo de ser escolhida como a companhia preferida de software e suporte à gestão por empresas localizadas na América Latina, a Microsiga possui as seguintes estratégias de consolidação e expansão de suas atividades: Ampliação da liderança no segmento de empresas de médio e pequeno porte,

através de: investimento em pesquisa e desenvolvimento, na qualidade de seus

produtos e serviços, bem como na contínua adaptação dos seus produtos às demandas dos clientes;

ampliação da oferta de produtos; adoção de modelos flexíveis de cobrança para aumentar a

recorrência e a fidelização; e consolidação das aquisições recentes.

Aumento da atuação no segmento de empresas de grande porte, por meio do desenvolvimento de soluções específicas para essas empresas, como a venda de módulos verticais ou soluções regionais complementares às suas atividades. A Companhia estima que aproximadamente 20% de suas receitas sejam oriundas de empresas de grande porte. Por esse motivo, pretende implementar as seguintes ações:

investimento em pesquisa e desenvolvimento de seus produtos e serviços, ampliação da oferta de produtos e desenvolvimento ou aquisição de novos módulos verticais para esse segmento; e

ações específicas de marketing e desenvolvimento de estrutura de vendas dedicada para este segmento.

Ampliação das vendas através do Modelo Ampliado de Negócios. Ou seja, a Microsiga pretende fortalecer e expandir sua atuação por meio da oferta adicional de um número maior de produtos e serviços para os seus clientes. Fortalecimento de seus negócios na América Latina, por meio do crescimento

orgânico e da expansão da distribuição no México, na Argentina e nos demais países latino-americanos, através da abertura de novas franquias. Novas aquisições, nos segmentos em que atua, de empresas:

com sólida base de clientes; desenvolvedoras de ERP ou de módulos verticais; ou que possam ser inseridas no Modelo Ampliado de Negócios.

Ao longo desses anos a Microsiga desenvolveu um conjunto de vantagens competitivas que podem ser duradouras:

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Liderança no mercado de empresas de médio e pequeno porte (SMB).

Sistema de distribuição abrangente. Tecnologia proprietária e ampla variedade de produtos. Base sólida e diversificada de clientes. Forte prestígio da marca. Histórico de rentabilidade e solidez financeira. Reputação corporativa e equipe experiente de administradores.

A Ilustração 2 resume as estratégias da Microsiga e do futuro grupo Totvs. O Mercado de ERPs

O mercado global de ERPs (Enterprise Resource Planning) é focado nos segmentos de pequenas e médias empresas e de grandes corporações, sendo dominado por um conjunto de grandes provedores, como SAP, Oracle e Microsoft. O mercado latino representa apenas 4% do mercado global de receitas de licenciamento de softwares. Essa modesta participação fez com que o continente se tornasse apenas um mercado secundário para os grandes players mundiais. Dessa forma, algumas empresas regionais puderam se desenvolver e ocupar posição de destaque no cenário. No entanto, as projeções de crescimento do mercado latino são as mais altas do mundo. A taxa de crescimento projetada pela Gartner Dataquest é de 8,6% a.a., para o período de 2004 a 2009. Essa tendência, caso se concretize, tornará o mercado latino mais atraente e suscitará o aumento da competição por parte dos grandes players mundiais, podendo levar ao aumento das compras e associações de empresas, num processo de consolidação acentuado. Atualmente, as principais companhias na região são: Microsiga, Logocenter, RM Sistemas, SAP, Oracle, Microsoft e Datasul. Uma característica desse mercado é o crescente aumento de atividades de fusões e aquisições, pela compra de software houses. Tais estratégias ampliam as redes de distribuição, aumentam a customização de produtos e serviços, aumentam a presença regional e produzem um maior conhecimento dos mercados. De acordo com o estudo anual da IDC, Latin America Semiannual Back Office Applications Tracker no ano de 2004, a Microsiga foi líder em software de gestão empresarial integrada para empresas com número de funcionários entre 10 e 499 no Brasil e na América Latina em termos de receita, e detinha, aproximadamente, 29,3% e 12,2% de participação no mercado brasileiro e latino-americano, respectivamente. Ainda conforme o Gartner Group, em 2004, a Microsiga foi líder dentre as empresas latino-americanas de software de gestão empresarial integrada, e entre as principais empresas que concorrem neste mercado, a única com foco no segmento de empresas de pequeno e médio porte. Em 2004, o mercado brasileiro representava cerca de 43% do total da América Latina, tendo gerado receitas de licenças de US$ 283.3 milhões. De acordo com a IDC e Gartner em 2004, 60% do mercado brasileiro de ERPs estava concentrado com multinacionais SAP, Oracle, Peoplesoft e Microsoft. Já as grandes software houses brasileiras Microsiga, Datasul, Logocenter e RM Sistemas possuíam aproximadamente 15% do mercado. Uma análise de tendências mostrou que cerca de 80% das grandes empresas brasileiras já têm alguma solução de ERP, tornando este mercado menos propenso ao crescimento. Uma forte aposta é o segmento de pequenas e médias empresas, onde a Microsiga é líder no Brasil. Além disso, possui atuação complementar no mercado de empresas de grande porte nessas regiões. A Companhia acredita ser a única empresa latino-americana a criar e dominar a linguagem proprietária para o desenvolvimento de softwares.

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A Microsiga comercializa seus softwares em todo o território nacional, por meio da combinação de canais de vendas via canais diretos (controladas ou filiais) e indiretas (franquias, Revendas Autorizadas e Agentes de Negócio), sendo a franquia o principal canal indireto. Em 1990, a Companhia criou o Sistema Microsiga de Franchising, o qual se baseia na divisão regional de atribuições entre a franqueadora e as franquias, sendo que estas reproduzem, em suas regiões de atuação, as atividades operacionais, comerciais e técnicas da Microsiga, que mantém um departamento de controle, acompanhamento e coordenação das franquias. O modelo utilizado para a instalação das franquias internacionais é semelhante ao utilizado para as nacionais. Desde 2000, a Microsiga atende a todo o território nacional, principalmente por meio de franquias. Em 2005, a empresa possuía 25 franquias no Brasil. Os resultados financeiros da empresa são apresentados da Ilustração 4 até a Ilustração 7. Microsiga e a busca de um sócio

A partir de 1997, com a abertura da sua primeira unidade no exterior, a Microsiga Argentina, a empresa iniciou o processo de internacionalização, o que demandava mais capital para investimentos em novas soluções de software, para estabelecimento de outras empresas no exterior. A empresa também preparava para o crescimento através de aquisições de outras empresas com soluções de ERPs, ou de softwares especializados que seriam desenvolvidos pelas Verticais estabelecidas em 1998 pela Microsiga. Com estes objetivos de crescimento no Brasil e no exterior a Microsiga encontrou-se com o problema de identificar, dentre as seguintes alternativas, a melhor uma forma de viabilizar os investimentos: captação de recursos com bancos ou outras instituições financeiras, ou aumentar o capital com a entrada de um novo sócio capaz de agregar valor na gestão além de fornecer os recursos financeiros. A Ilustração 2 resume as estratégias e ações adotadas pela Microsiga. Apesar da empresa se financiar com a própria geração de caixa, os investimentos de aproximadamente R$70 milhões no desenvolvimento da linguagem ADVPL (Advanced Protheus Language), lançada em 1999, e nas franquias, consumiram os recursos que poderiam ser utilizados para uma grande expansão internacional na área de sistemas e serviços de consultoria. A preferência do Sr. Laércio era encontrar um investidor internacional de private equity para agregar um sobrenome internacional a empresa, prioritariamente, e ao mesmo tempo facilitar a expansão internacional pelo know-how deste investidor, e auxiliá-lo em uma futura abertura de capital na bolsa de valores. Com isto em mente os controladores da Microsiga precisaram refletir sobre os seguintes aspectos: - O negócio tem alto potencial de crescimento? - Colocando-se no papel do investidor, quais seriam as críticas as nossas próprias propostas? - Qual é o nosso plano de negócio? - Quanto vale a empresa para nós e para o investidor? Quais são os limites na negociação? - Quanto tempo podemos esperar para levantar capital? Qual é o custo disto? - Quem pode nos prover aconselhamento legal? - Como preparar um road show? Quantos devem ser feitos? - Estamos preparados para começar a negociação e abrir a empresa a um minucioso - exame externo? - Estamos prontos para mudanças na governança da empresa? - Quais são as diferenças entre os papéis do empreendedor, do CEO e do acionista?

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Após contatos e road-shows com 12 empresas especializadas em capital de risco (venture capital) ou capital privado (private equity), que ou não se interessavam em investir na Microsiga, ou não atendiam as expectativas da empresa, em 1998, já descrente da possibilidade de ter um novo sócio, o Sr. Laércio localizou o seu parceiro internacional, a Advent International Corporation, representada pelo Sr. Patrice Philippe Nogueira Baptista Etlin, sócio diretor da empresa. Pesou, na escolha da Microsiga, a excelente reputação internacional da Advent, mas também o fato desta manter uma equipe local com capacidade e autoridade para aprovar decisões nos seus negócios no mercado brasileiro. O dinamismo do mercado de ERP demandava essa característica de um sócio que pudesse tomar decisões rapidamente. A negociação durou seis meses, pois a Advent mantinha uma política de ser o investidor majoritário nos seus negócios, o que lhe conferia poder para fazer as mudanças na companhia, caso o crescimento não se efetivasse. Segundo a Advent, investimentos minoritários precisam estar amparados em contratos complexos, que são difíceis de serem executados diante do quadro institucional e jurídico do Brasil. A Microsiga foi uma exceção, pois era uma empresa bem administrada, sem problemas familiares, os seus gestores tinham uma clara visão dos objetivos financeiros, tornando-a atraente. Na época a Advent procurava oportunidades de investimento no setor de tecnologia no Brasil, que possuía poucas empresas nacionais de grande porte, e algumas das existentes como a Datasul já possuíam investidores de private equity. Em 1999, as negociações da Microsiga com a Advent resultaram na aquisição por esta última de ações representando 25% do capital social da Microsiga (aproximadamente R$10 milhões), que foram utilizados para a consolidação da Microsiga no Brasil e para a sua expansão no mercado externo. Algumas cláusulas do acordo firmado encontram-se na Ilustração 13. Para a Advent, o investimento na Microsiga representava uma rara oportunidade de investir em uma empresa inovadora e líder de mercado que iria ampliar e consolidar a sua posição no Brasil e na América Latina, beneficiando-se de um mercado em franca expansão. Naquele momento, o governo brasileiro estava apoiando a internacionalização das empresas de softwares, através de programas, como Softex, e do financiamento pela FINEP e pelo BNDES. Na época do fechamento do negócio - abril de 1999 - a Microsiga era uma companhia com US$ 30 milhões de receitas e financiava a sua expansão por meio de lucros retidos. Seu EBITDA era de US$ 5 milhões e a empresa não se valia de endividamento. Durante o período de pós-investimento, a Advent foi fundamental para estruturar a internacionalização dos negócios da Microsiga. Sua presença no Conselho de Administração produziu uma forte cultura de governança e criou valor, através das decisões. A Advent ainda contribuiu para a carteira de clientes e foi decisiva no apoio das operações da empresa no mercado mexicano. Em seu processo de internacionalização e por meio dos constantes investimentos em franquias, a Microsiga elevou sua carteira de clientes no mercado externo de 319, em 2004, para 555 clientes (sendo 321 só no México), em 2005. Em 2005, 5,48% da receita total da Microsiga e suas empresas coligadas foi gerada por seus negócios na América Latina. A Ilustração 1 apresenta a evolução da Microsiga da sua fundação em 1983 até 2005. Por meio da Advent alguns profissionais da Microsiga visitaram empresas de tecnologia no exterior, para conhecer e discutir tendências e inovações tecnológicas. Advent International Corporation

Fundada em 1984, a Advent International Corporations é considerada um dos maiores investidores independentes de private equity mundial, com mais de US$ 10 bilhões investidos. A Advent International iniciou suas atividades no Brasil em 1997, um ano após o

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lançamento do seu primeiro fundo de private equity na América Latina, comandada pelo Sr. Patrice Philippe Nogueira Baptista Etlin. O Sr. Patrice graduou-se em Engenharia Eletrônica pela Universidade de São Paulo, em 1987, recebeu o título de mestre em Engenharia Industrial pela Escola Central de Paris, em 1988, e concluiu o MBA no European Institute For Business Administration / Universidade da França - INSEAD, em 1994. A Advent estabeleceu o maior time de private equity na América Latina, com 20 profissionais atuando na área de investimentos em São Paulo, Cidade do México e Buenos Aires. Dentre as empresas brasileiras nas quais a Advent já investiu pode-se destacar: - Brasif, a maior operadora brasileira de lojas duty free; - J. Malucelli Seguradora, a maior empresa de seguro garantia atuando no mercado brasileiro; - Atmosfera, a maior lavanderia industrial do Brasil, foi reconhecido como "Emerging Markets Deal of the Year" em 2002 pela revista Buyouts. Com atuação nos segmentos hospitalar, industrial e hoteleiro, oferecem serviços de lavagem e aluguel de enxovais e uniformes; - Asta Médica, laboratório farmacêutico, fabricante de medicamentos e remédios; - Atrium Telecomunicações, empresa provedora de infra-estrutura e serviços de telecomunicação para empresas localizadas em prédios comerciais; - Microsiga, a maior software house brasileira, líder no mercado nacional de software de gestão empresarial; - CSU CardSystem, líder no mercado de processamento de cartões de crédito e uma das maiores empresas brasileiras de call center. A Advent utiliza a agregação de valor por emprego da sua experiência no mercado de private equity como diferencial em relação a outros investidores, e divulga isto nas suas mídias da seguinte forma: “Uma parceria com a Advent International significa mais do que acesso ao capital. Significa também acesso experiência global e aos recursos de uma das maiores e mais bem sucedidas empresas de private equity do mundo.” Em 2005, a Advent International contava com 14 escritórios próprios e 9 afiliadas em 25 países, tendo já investido em mais de 500 empresas nos mais diferentes setores. A empresa possuía uma equipe de investimentos mundial com 90 profissionais oriundos de diversas áreas, tais como financeira, consultoria e de operações. Até 2005 a Advent já havia realizado mais de 130 aberturas de capital das suas empresas investidas, em 20 bolsas de valores espalhadas pelo mundo, levantando aproximadamente US$10 bilhões por meio de ações e de dívidas. A política da empresa é realizar investimentos de 15 a 50 milhões de dólares, em organizações com valor entre 15 a 150 milhões de dólares, através da compra de participação societária ou injeção de capitais, podendo liderar transações substancialmente maiores co-investindo com outros fundos da Advent ou com seus investidores. A principal característica das empresas-alvo são: uma trajetória de sucesso; competência administrativa; estratégia clara; e expansão contínua nos negócios, tanto no mercado interno como externo. Os seus investimentos são mantidos pelo prazo de 3 a 5 anos, não participando do dia-a-dia da empresa e focando sua atuação no Conselho de Administração, onde procura aumentar o valor do negócio e a disciplina de resultados. No início das suas operações a Advent participava do mercado de private equity por meio de participações minoritárias, mas com a necessidade de aumentar a sua influência nas empresas investidas para garantir o retorno dos investidores nos seus fundos, a empresa vem optando por participações majoritárias. A empresa tem grande expertise na negociação de ações e na realização de IPOs, contando com mais de 130 experiências, desde a sua fundação.

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A saída do sócio investidor Passados quase 5 anos como sócio da Microsiga, a Advent encontra-se na posição de ter que realizar algum dos seus investimentos no Brasil para obter capital para um novo (o segundo) fundo de investimento em capital de risco na América Latina, e ao mesmo tempo apresentar resultados aos investidores do primeiro fundo que a empresa iniciou em 1996. O Sr. Patrice e a direção executiva do escritório da Advent no Brasil precisava decidir de qual das suas empresas investidas seria realizada a saída do investimento, e para a escolhida qual dentre as alternativas de saída resultaria no melhor retorno ao seu investimento. Após analisar a maturidade e porte das empresas investidas, e conversar com os principais gestores das empresas investidas, a direção da Advent decidiu juntamente com a Microsiga, que esta última seria a empresa a ser desinvestida. Dentre as possíveis de saída as duas empresas analisaram: - Abertura de capital na bolsa de valores (IPO – Initial Public Offering); - Venda “estratégica”da participação para outra empresa do setor; - Venda da participação para outro investidor de capital de risco; - Venda da participação para o empreendedor da empresa; - Venda da participação para a direção executiva da empresa; - Fusão da empresa com outra do setor; A assunção do prejuízo (write-off) é uma alternativa possível em investimentos de private equity, mas que não foi considerada pela Advent e Microsiga. Um dos grandes problemas do mercado brasileiro é a liquidez para saída dos investimentos em empresas, ou seja, até 2005 o mercado de fusões e aquisições, bem como o de capitais não era grande o suficiente para garantir a saída do investidor de private equity sem perda do retorno e/ou capital investido. A Ilustração 3 apresenta as aberturas de capital realizadas na BOVESPA no período de 2004 a 2005, quando o mercado de aberturas retomou sua atividade após aproximadamente 7 anos sem aberturas de capital de empresas, quando houve a privatização do sistema Telebrás. Além disso, um lançamento de ações de pequeno porte provavelmente não teria sucesso, tanto que a BOVESPA estava criando um ambiente especial para pequenas aberturas de capital conhecido como Bovespa Mais!, conforme declaração do Sr. Claudio Jacob (Portal de capital de risco da FINEP (http://www.capitalderisco.gov.br/) em 21/09/2005) da BOVESPA: "Há hoje uma espécie de número "cabalístico". Ofertas iniciais abaixo de US$ 100 milhões não propiciariam liquidez para uma empresa que ingressasse na bolsa. A meta do Bovespa Mais! é provar o contrário. Queremos mostrar que é possível acessar o mercado gradualmente, realizando ofertas públicas em volume menor ao que temos verificado recentemente". O porte das empresas que abriram seu capital na BOVESPA em 2004 e 2005 não favorecia a Microsiga, pois conforme a Ilustração 14 as empresas que realizaram IPO tinham um tamanho 6 vezes superior ao da Microsiga, o que inviabilizaria o lançamento das ações da empresa. Ao mesmo tempo que a Advent negociava a sua saída, a Microsiga estava tratando a aquisição da Logocenter e outras empresas desenvolvedoras de softwares ERP no Brasil. Fundada em 1988, em Joinville (SC), a Logocenter é uma empresa 100% nacional, com experiência no desenvolvimento e comercialização de sistemas de gestão e aplicativos verticalizados. Atuando também na prestação de serviços de consultoria, fábrica de software, assessoria, treinamento e outsourcing. Dos produtos e serviços em tecnologia da informação da Logocenter, podem ser destacados o desenvolvimento e comercialização de sistemas integrados para gestão empresarial, inclusive com produtos Web e CRM (Customer Relationship Management), nos segmentos High and Medium Business (HMB). O Logix engloba todos os referidos aplicativos. O Logix ERP, o carro chefe da empresa, é um aplicativo dividido em módulos de: Manufatura, Entradas, Saídas, Administrativo, e

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Financeiro. Se a aquisição da Logocenter pela Microsiga tivesse sucesso, ela levaria ao surgimento de uma holding chamada Totvs. Em 2006, a Fundação Getúlio Vargas (GVcepe) lançou a primeira fotografia da indústria de PE/VC no Brasil. Escrito por Antonio Gledson de Carvalho, Leonardo de Lima Ribeiro e Cláudio Vilar Furtado, o livro “A Indústria de Private Equity e Venture Capital - Primeiro Censo Brasileiro” foi o resultado de mais de dois anos de trabalho junto a todas as 71 organizações gestoras de PE/VC que atuam no País. Estas 71 gestoras poderiam ser potenciais compradoras da participação da Advent na Microsiga, permitindo a saída do sócio investidor. A BNDES Participações S.A. - BNDESPAR é uma sociedade por ações, constituída como subsidiária integral da empresa pública Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, objetiva desenvolver o mercado de capitais e fortalecer a estrutura de capital das empresas privadas. Em setembro de 2003, a BNDESPAR juntamente com a GP Tecnologia aportaram um total de R$ 39 milhões na Lupatech, demostrando o interesse da BNDESPAR em participar do mercado de capital de risco e privado. A Lupatech era em 2005 líder nacional em válvulas industriais no setor de petróleo e gás, e possuía uma longa relação com a FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos), da qual é parceira desde 1993. Em 10 anos, a FINEP apoiou três projetos da empresa, em um total de aproximadamente R$ 6 milhões. Criada em 1967, a FINEP é uma empresa pública vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, e tem como missão promover e financiar a inovação e a pesquisa científica e tecnológica em empresas, universidades, institutos tecnológicos, centros de pesquisa e outras instituições públicas ou privadas, mobilizando recursos financeiros e integrando instrumentos para o desenvolvimento econômico e social do País. No entanto, a FINEP financia apenas as etapas anteriores à produção, não apoiando investimentos para expansão da produção. Assim com a Advent, a própria BNDESPAR sentia a dificuldade de sair dos seus investimentos, como se pode notar pela declaração do Sr. Fábio Sotelino, superintendente do Mercado de Capitais do BNDES, para o portal de capital de risco da FINEP (http://www.capitalderisco.gov.br/) em 21/09/2005: "Há trinta anos, o BNDES atua na indústria de participações societárias. E a saída do investimento sempre foi um grande problema do banco, que possui hoje, através do BNDESPAR, participação em 180 empresas". Outros possíveis candidatos a compradores da participação são seus concorrentes nacionais em sistemas ERPs como a Datasul, que em 2005 obteve receitas de R$171,8 milhões e lucro líquido de R$20,1 milhões, ou internacionais com a SAP, Oracle e Microsoft. Neste contexto o Sr. Patrice precisa decidir como efetuar a saída do investimento da Advent na Microsiga, e negociar a sua decisão com o Sr. Laércio, que não deseja que esta saída prejudique seus planos de expansão para a Microsiga e o sonho do grupo Totvs.

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Ilustração 1. Evolução da Microsiga e Totvs

fonte: apresentação da Totvs na APIMEC em junho de 2006

Ilustração 2. Estratégias e ações da Microsiga e Totvs

fonte: apresentação da Totvs na APIMEC em junho de 2006

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Ilustração 3. Aberturas de capital na BOVESPA entre 2004 e 2005

Ano EmpresaSegmento de

listagemNatureza da

oferta

Volume R$

milhões ¹Nº de

corretoras ²Nº de

investidores ³

UOL Nível 2 Mista 625 56 13.234

Cosan Novo Mercado Primária 886 52 9.079

Banco Nossa Caixa Novo Mercado Secundária 954 54 7.666

OHL Brasil Novo Mercado Mista 496 42 1.084

Energias BR Novo Mercado Mista 1.185 44 468

TAM Nível 2 Mista 548 48 1.212

Localiza Novo Mercado Secundária 265 48 809

Submarino Novo Mercado Mista 473 52 4.022

Renar Maçãs Novo Mercado Primária 16 42 1.698

Porto Seguro Novo Mercado Mista 377 51 5.919

DASA Novo Mercado Mista 437 44 2.892

Grendene Novo Mercado Secundária 617 56 7.905

CPFL Energia Novo Mercado Mista 821 47 2.750

ALL Nível 2 Mista 588 33 3.425

Gol Nível 2 Mista 878 40 11.397

Natura Novo Mercado Secundária 768 32 4.4451. Volume financeiro total da operação

2. Número de corretoras que participaram do consórcio de distribuição

3. Número de investidores participantes do varejo (pessoas físicas + clubes de investimento)

Estatísticas das Aberturas de Capital na BOVESPA

2005

2004

fonte: site da BOVESPA (http://www.bovespa.com.br/) em junho de 2006.Ilustração 4.

Demonstração de resultados Microsiga e pro forma Totvs

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11

fonte: prospecto Microsiga e Totvs 2006.

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Ilustração 5. Balanços patrimoniais Microsiga e pro forma Totvs

fonte: prospecto Microsiga e Totvs 2006.

Ilustração 6. Notas explicativas das demonstrações da Microsiga e pro forma Totvs

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13

fonte: prospecto Microsiga e Totvs 2006.

Ilustração 7. EBITDA Microsiga e pro forma Totvs

fonte: prospecto Microsiga e Totvs 2006.

Ilustração 8. Múltiplos de concorrentes e empresas de informática

Empresa Tipo de ação

Índice P/L em

31/12/2005

Índice P/L em

31/12/2004

Índice EV/EBITDA

em 31/12/2005

Índice EV/EBITDA

em 31/12/2004

Dívida/Patr. Líquido em 31/12/2005

Beta em 31/12/2005 (60 meses passados)

Microsoft Corp. Common 21,79 29,04 14,67 18,97 0,00 1,16Oracle Corp. Common 22,20 24,95 12,71 14,20 8,77 1,41SAP Common 31,84 31,29 19,81 19,38 0,57 1,48Siebel Systems Common 211,40 52,45 42,66 13,20 - 3,67Sybase Common 23,76 28,91 8,30 7,93 65,82 1,50Symantec Common 87,50 31,61 18,84 17,41 4,00 1,43

Universo Online PN 8,89 - 25,75 - 0,05 -Loj Americanas ON 32,06 51,30 18,54 12,88 418,25 0,45Loj Americanas PN 27,12 42,08 15,91 10,73 418,25 1,05

Empresas estrangeiras - dados em US$

Empresas brasileiras - dados em R$

fonte: sistema Economática em novembro de 2006.

Ilustração 9. Risco país do Brasil em relação ao EMBI

300325350375400425450475500

03/0

1/20

05

28/0

1/20

05

22/0

2/20

05

19/0

3/20

05

13/0

4/20

05

08/0

5/20

05

02/0

6/20

05

27/0

6/20

05

22/0

7/20

05

16/0

8/20

05

10/0

9/20

05

05/1

0/20

05

30/1

0/20

05

24/1

1/20

05

19/1

2/20

05

Risc

o P

aís

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14

fonte: Bloomberg.

Ilustração 10. Projeção da taxa de juros Selic

fonte: IPEADATA, http://www.ipeadata.gov.br/

Ilustração 11. Projeção taxa de câmbio R$/US$

fonte: IPEADATA, http://www.ipeadata.gov.br/

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Ilustração 12. Treasury bond de 30 anos dos Estados Unidos da América em 2005

fonte: site Yahoo Finance, http://www.yahoo.com/

Ilustração 13. Cláusulas do Acordo Firmado entre Advent e Microsiga

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Ilustração 14. Receitas Líquidas Médias das Empresas que Abriram seu Capital no Brasil em 2004 e 2005

1.871

1.863

1.858

1.860

1.862

1.864

1.866

1.868

1.870

1.872

2004 2005

R$

Milh

ões

fonte: Apresentação BOVESPA retrospectiva 2006