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entre MARGENS BIMENSÁRIO | 11 ABRIL 2013 | N.º 493 DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES. TELF. E FAX.: 252 872 953 EMAIL: [email protected]t PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, CRL 1,00 EURO Desigualdades têm aumentado com a crise, alertou Isabel Coutinho na sua terra natal Natural de Vila das Aves, Isabel Cou- tinho é candidata à liderança do Departamento Nacional das Mulhe- res Socialistas. // PÁG. 08 Arva celebra em setembro dez anos e procura nova morada Atual presidente, João Pinheiro Carneiro, diz que associação de re- formados, precisa de mais espaço para crescer. // PÁG. 13 PS chumba proposta do PSD de utilização gratuita de equipamentos desportivos do concelho A FESTA DOS 58 ANOS DE VILA DAS AVES // PÁGINAS CENTRAIS

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entreMARGENSBIMENSÁRIO | 11 ABRIL 2013 | N.º 493 DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES

APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES.TELF. E FAX.: 252 872 953

EMAIL: [email protected]: COOPERATIVA CULTURAL

DE ENTRE-OS-AVES, CRL1,00 EURO

Desigualdades têmaumentado com acrise, alertouIsabel Coutinhona sua terra natalNatural de Vila das Aves, Isabel Cou-tinho é candidata à liderança doDepartamento Nacional das Mulhe-res Socialistas. // PÁG. 08

Arva celebraem setembro dezanos e procuranova moradaAtual presidente, João PinheiroCarneiro, diz que associação de re-formados, precisa de mais espaçopara crescer. // PÁG. 13

PS chumba propostado PSD de utilizaçãogratuita de equipamentosdesportivos do concelho

A FESTA DOS 58 ANOS DE VILA DAS AVES // PÁGINAS CENTRAIS

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GANHE UM ALMOÇO PARA DUAS PESSOAS

DEVE O PREMIADO RACLAMAR O SEU JANTAR NO PRAZO DE 3 SEMANAS (SALVO OS SORTEADOS QUE RESIDAM NO ESTRANGEIRO)

No restaurante ESTRELA DO MONTE a feliz contemplada nestaprimeira saída de abril foi a nossa estimada assinante Alberta Pedroso, residente

no edifício Torre, 2º andar, Sala D.

O premiado com um almoço para duas pessoas desta quinzena,deve contactar a redação do Entre Margens

Restaurante Estrela do Monte | Lugar da Barca - Monte | Telf: 252 982 607

O meurespeito peloAvô Cantigas||||| TEXTO: MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL MIRANDMIRANDMIRANDMIRANDMIRANDAAAAA

Quem diria que este nome iria apa-recer nesta rubrica… É ele mesmo, oAvô Cantigas! Muito provavelmentequem está a ler este pequeno artigodesconhece que Carlos Alberto Vidaleditou, em 1976, um disco de rock

progressivo. É uma preciosidade damúsica portuguesa, muito difícil deencontrar e alvo da cobiça de mui-tos colecionadores.

“Changri-Lá” começa e acaba bem– “Corpo de Mulher Sem Nome(Changri-Lá)” serve de cartão de visi-ta mostrando os dotes dos músicose “Nascer” fecha com um tema aopiano, fruto da inspiração de NunoPimentel. Pelo meio existem 7 faixas,nas quais realço os sopros de RuiCardoso em “Venho por Cristo Di-zer”, o toque tribal no final de “Ema-nuel” e as palavras cruzadas, de umaforma interessante, com a bateria deNecas e a guitarra de Fernando Cor-

me os primeiros segundos de “Kids”dos americanos MGMT. São 3 dé-cadas de diferença, eu sei.

Shangri-La (agora escrito por mim,sem acento no último “a” e come-çando por “S” e não “C”) é entendi-do, no mundo ocidental, como umparaíso terrestre oculto. Quem nãogostaria de encontrá-lo? Eu já me con-tentava em descobrir um exemplar emvinil num dos muitos mercados ur-banos que gosto de frequentar. Lem-brava-me de imediato dos 75 eurospagos por um em março de 2012.Parece muito dinheiro, mas a probabi-lidade do vendedor voltar a ter ou-tro é muitíssimo reduzida. ||||||

Dentro de portas - “Changri-Lá”

EXPOSIÇÃO //OS LIVROS E A CENSURAVila das Aves, Centro Cultural de Vila dasAves. Até dia 30 de abril. Horário: seg. asexta das 9h00 às 13h00 e das 14h00 às17h00. Morada: Rua Santo Honorato,220. 4795-114 Vila das Aves.

Mostra bibbliográfica, promovidopela Câmara Municipal, concebi-da a partir do espólio do CentroCultural e da Biblioteca Munici-pal de um conjunto de livros alvode censura em Portugal, desde oestabelecimento da Inquisição atéao final do Estado Novo. A expo-sição dá também a conhecer deque forma a censura era exercidana imprensa local, nomeadamen-

FIM DE SEMANA02 | ENTRE MARGENS | 11 ABRIL 2013

“Os homens dão a Deus nomes inu-meráveis, os quais são todos verdadei-ros, e também todos falsos. Se Ele tives-se um nome, não poderia escrever-secom as nossas palavras, nem ser pro-nunciado pelas nossas bocas.”

Menos de dois séculos após amorte de Jesus, à beira do Tigre,começa a história de Mani, o pro-feta persa que fundou o mani-queísmo.

A “Doutrina da Luz”, outra no-menclatura para a religião mani-queísta, baseia-se num princípiobastante simples: dentro de cadahomem residem o bem e o mal,a luz e as trevas. Cabe a cada umconduzir essa luta rumo ao tri-unfo da Luz.

Neste romance, o autor ho-menageia este profeta odiado eperseguido. Amin Maalouf apre-senta-nos Mani, um humanista,amante da beleza e da Luz, cujahistória de vida merece ser des-coberta e compreendida.

Este é excelente romance his-tórico, magnificamente bem escri-to, para ler e reler. . . . . |||||

reia Martins em “O Meu Nome So-mos Nós (Maharaj-Ji)”, talvez a maisexuberante de todas. Logo a seguir,os sons iniciais de crianças a brincarde “Luísa Vai Para a Escola” lembram-

Fora de portas - Santo Tirso - Famalicão - Guimarães - Vizela

AS CANÇÕES DO ÁLBUM O GRANDEMEDO DO PEQUENO MUNDO DE

SAMUEL URIA, PARA OUVIR ESTESABADO NO CENTRO CULTURAL VILA

FLOR. ÀS 22H00

te no Jornal de Santo Thyrso e noJornal das Aves.

EXPOSIÇÃO // A ARTE QUE ÉGuimarães, Palácio Cultural Vila Flor.Inauguração, sábado, dia 13, às 18horas. Até 14 de julho, de seg. a sábadodas 09h00 às 13h00 e das 14h30 às19h00. Morada: av. D. Afonso Henriques,701. 4810-431.

Exposição de Pedro Portugal; artis-ta-plástico da geração que irrompeuno panorama artístico portuguêsnos anos 80 e cuja obra, apesarde amplamente reconhecida tan-to criticamente como institucional-mente, se encontra, hoje, poucodocumentada e analisada. Esta ex-

posição tem, portanto, como prin-cipal intenção dar um contributopara desfazer este paradoxo, ten-tando preencher uma importantelacuna. No trabalho de Pedro Por-tugal, o recurso ao jogo e ao ele-mento cómico desdobra-se numaalusão constante ao signo e aosímbolo.

MÚSICA // SAMUEL ÚRIAGuimarães, Centro Cultural Vila Flor(pequeno auditório). 13 de abril, às 22horas. Bilhetes a 10 euros (7,5 comdesconto). Morada: av. D. AfonsoHenriques, 701. 4810-431.

Samuel Úria sobe ao palco doCentro Cultural Vila Flor para um

concerto assente nas canções doseu último disco, “O Grande Me-do do Pequeno Mundo”. Comuma proveniência marcada pelopunk, pelo rock’n’roll e pela esté-tica low-fi, Samuel Úria tem-se con-sagrado como um dos mais inte-ressantes cantautores do séculoXXI português. “O Grande Medodo Pequeno Mundo” marca o re-gresso de Úria às edições disco-gráficas. Em Guimarães, SamuelÚria apresenta-se com a sua ban-da, para um concerto assente nascanções do referido disco, mas emque evocará também alguns dostemas incontornáveis dos seusdiscos anteriores. |||||

‘Os Jardins de Luz’Amin MaaloufDIFEL

POR // BELANITA ABREUOS LIVROS E A CENSURA,EM EXPOSIÇÃO NO CENTROCULTURAL DE VILA DAS AVES.ATÉ AO FINAL DO MÊS

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SEXTA, DIA 12 SÁBADO, DIA 13Chuva moderada. Vento modera-do. Máx. 14º / min. 10º

Céu pouco nublado. Vento fraco.Máx. 19º / min. 9º

Céu pouco nublado. Ventomoderado. Máx. 17º / min. 8º

DOMINGO, DIA 14

ENTRE MARGENS | 11 ABRIL 2013 | 03

O jazz eletroacústico deum trio chamado LAMAA TROMPETISTA SUSANA SANTOS SILVA É UM DOS ELEMENTOS DO TRIO LAMA QUE SOBEAO PALCO DO CENTRO CULTURAL DE VILA DAS AVES ESTA SEXTA-FEIRA, 12 DE ABRIL,PARA A APRESENTAÇÃO DE NOVO DISCO. CONCERTO ÀS 21H30, COM ENTRADA LIVRE

O (des)fadode Ana Moura

POUCO VINHO PARA O BARRIL

Vinha que rebenta em abril,dá pouco vinho para o barril

A Casa das Artes de Famalicão aco-lhe este sexta o espetáculo de apre-sentação de “Desfado” de Ana Mou-ra. O disco, o 5.º álbum originaisda artista, representa um momentode viragem na sua carreira. A fadistaapostou em nomes da nova gera-ção de compositores nacionais comoManel Cruz (Ornatos Violeta), Már-cia, Pedro da Silva Martins (Deolinda),Miguel Araújo (Azeitonas), LuísaSobral e António Zambujo e em no-mes consagrados da música portu-guesa como Aldina Duarte, TozéBrito, Manuela de Freitas e PedroAbrunhosa para a criação dos temas.

Para a produção, Ana Moura foibuscar Larry Klein, o multi-galardoa-do produtor norte-americano queno seu currículo tem trabalhos comJoni Mitchell, Herbie Hancock, Me-lody Gardot, Tracy Chapman, entremuitos outros. No palco Ana Mou-ra contará com a participação deÂngelo Freire (guitarra portugue-sa), Pedro Soares (viola de fado),André Moreira (baixo e contrabaixo),João Gomes (teclados) e MárioCosta (bateria e percussões).

Ana Moura estreou-se há dezanos, com “Guarda-me a Vida naMão”, a que se seguiu, em 2004,“Aconteceu” mas é com “Para alémda Saudade”, publicado em 2007,que a fadista passa a ter maior re-conhecimento por parte do grandepúblico. E é também em 2007 queAna Moura participa no concertodos Rolling Stones no Estádio de

FAMALICÃO // MÚSICA

CONCERTO DE APRESENTAÇÃO DO NOVO DISCO DEORIGINAIS DE ANA MOURA. ESTA SEXTA-FEIRA, ÀS 21H30

Alvalade XXI, em Lisboa, cantando,em dueto com Mick Jagger, o tema“No Expectations”. Em 2009 onorte-americano Prince confessa-sefã da fadista, mostrando interesseem colaborar musicalmente comAna, vindo a fazê-lo no Festival deVerão, Super Bock Super Rock, em2010. Um ano antes, publica “Leva-me aos Fados”, lançado a 12 deOutubro de 2009 que rapaoda-mente se tornou num dos discosmais vendidos do ano. Ana Mouraé actualmente uma das fadistas maisconceituadas a nível nacional emesmo a nível internacional. |||||

MÚSICA // ANA MOURAFamalicão, Casa das Artes. Dias 12 de abril, às21h30. Bilhetes a 18 euros (9 euros c/ cartãoquadrilátero). M/4. Morada: Morada: Av. Dr. CarlosBacelar. 4760-103 Famalicão. Telefone 252371297.

Meio a brincar, talvez se pudesse dizerque esta sexta-feira, os instrumentistasGonçalo Almeida, Susana Santos Sil-va e Greg Smith vão transformar o pal-co do Centro Cultural de Vila das Avesnum lamaçal. O que, respondendo oreferido trio por LAMA até faria sen-tido, mais ainda quando propósitodo concerto passa pela apresentaçãodo álbum LAMAÇAL, precisamente.

Mais a sério, importa referir que osLAMA são um grupo de jazz sediadoem Roterdão, na Holanda, mas com-posto por dois portugueses (GonçaloAlmeida e Susana Santos Silva) e umcanadiano (Greg Smith). O primeiro,contrabaixista, embora natural de Lis-boa, reside atualmente em Roterdãotocando aí em diferentes projetos mu-sicais, que vão desde o jazz moderno,freejazz, jazzcore à música improvisa-da, dedicando-se também à composi-

ção. Por sua vez, natural do Porto,Susana Santos Silva, é já uma figurade destaque do jazz nacional, quan-to mais não fosse porque é trompe-tista, figurando como uma das rarasmulheres a dedicar-se a semelhanteinstrumento. E é como tal que integraa Orquestra de Jazz de Matosinhose foi também como trompetista que avimos em Maio de 2011 no CentroCultural com a Broken Band do guitar-rista e compositor italiano AndreaLombardini. Finalmente, Greg Smithcomeçou por se dedicar aos clássi-cos, mas a bateria jazz falou mais alto.Troca o Canada pela Holanda e a aícomeça também a compor para dan-ça e cinema.

Enquanto trio, “tocam um jazz ele-troacústico que ignora ostensivamen-te as linhas de separação entre mainst-ream e vanguarda. Aos instrumentos

acústicos dos seus elementos asso-cia-se a eletrónica, num misto de im-provisação e sound-scaping”. Deram-se a conhecer em 2011 com o álbum“Oneiros”; um singular e desafiantedisco de estreia que teve ampla re-ceção crítica a nível nacional e inter-nacional, sublinhando-se a sua combi-entre a improvisação e as linguagenselectrónicas. No último domingo, naFesta do Jazz do Teatro S. Luiz, em Lis-boa, deram a conhecer LAMAÇAL queagora apresentam em Vila das Aves.

O concerto do trio LAMA reali-za-se no âmbito VI Ciclo de Jazz orga-nizado pela Câmara Municipal desde2008, sob a orientação do progra-mador de jazz José Carlos Santos. |||||

MÚSICA // LAMAVila das Aves, Centro Cultural. Dia 12 de abril, às 21h30.Entrada livre. Morada: rua de Santo Honorato, 220.4795 -114 Vila das Aves. Telefone: 252 870 020.

VILA DAS AVES // VI CICLO DE JAZZ DE SANTO TIRSO

FOTO // PETRA CVELBAR

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DESTAQUE04 | ENTRE MARGENS | 11 ABRIL 2013

||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

O agrupamento de Escolas da Agrelae do Vale do Leça agrupa com a Esco-la Secundária D. Dinis. Tem 1894 alu-nos. O Agrupamento de Escolas doAve junta-se à Escola Sec. D. AfonsoHenriques e soma um total de 1947alunos. Já o agrupamento de Escolasde Santo Tirso passa a andar de mãosdadas com a Escola Tomaz Pelayo ejuntas têm um universo de 3268 alu-nos. Sozinho fica o agrupamento deS. Martinho do Campo que, com cer-ca de 1500 alunos, mantém as ca-racterísticas que possuía até agora.

A discussão para a criação demega-agrupamentos escolares não énova, surgiu ainda durante o anteri-or governo mas só agora o processofoi concluído. Em comunicado, o Mi-nistério da Educação e da Ciênciagarante que as novas unidades or-gânicas se baseiam em princípios es-senciais como o reforço do “projetoeducativo e a qualidade pedagógicadas escolas”, a possibilidade de osalunos realizarem “todo o percursoescolar no âmbito de um mesmo pro-jeto educativo, se assim o desejarem”,assim como “facilitar o trabalho dosprofessores, que podem assim con-tar com o apoio de colegas de diver-sos níveis de ensino”, “ajudar a com-bater o isolamento de algumas esco-las” e “racionalizar a gestão de recur-sos humanos e materiais das escolas”.

Apesar das explicações do gover-no, nem todos vêem com bons olhosa mudança. Em Santo Tirso, uma dasvozes contra a criação de mega-agru-pamentos é a da própria vice-presi-dente da Câmara e vereadora da Edu-cação, Ana Maria Ferreira. A vice-pre-sidente diz não se rever na medidae garante que não se trata de umaquestão politica. “Não é pelo factode o ministro ser de uma cor políticadiferente da minha, é que eu nãoconsigo ver nada de positivo”, adi-anta. “Nunca vou concordar com osmega porque eu não vejo vantagensnenhumas nem pedagógicas, nem degestão, porque são agrupamentosenormes e realidades completamen-te diferentes”, acrescenta.

“Imaginando que eles estão no 9ºano, em S. Martinho do Campo, e deseguida vêm para um curso de mecâ-nica, onde está a continuidade do pro-jeto? É impossível”, expõe Ana MariaFerreira que acrescenta: “não há proxi-midade. Vai ajudar a que não haja iso-lamento de escolas? Não percebo”.

Outra das questões que preocu-pa a vereadora da Educação são as

escolares emSanto Tirso

Ministério cria três

-agrupamentosmega-

dificuldades que poderão surgir fru-to do elevado número de alunos. “Seagora no agrupamento vertical há di-ficuldades para coordenar as AEC’s,para coordenar o departamento depré-escolar, o departamento de pri-meiro ciclo, e todos os vários depar-tamentos, com os mega-agrupamen-tos como é que se vai tornar maisfuncional?”, questiona, acrescentan-do que “um diretor passa quase aser um gestor”.

“Os agrupamentos agora criadostêm uma dimensão equilibrada e ra-cional”, avança o Ministério. “Têm emconta as características geográficas, apopulação escolar e os recursos hu-manos e materiais disponíveis, criamestruturas verticais, que facilitam opercurso escolar dos alunos e a arti-culação entre os diversos níveis de en-sino”, pode ler-se no comunicado.

“Em termos de recursos humanostambém não sei [se é bem assim]”,continua a vice presidente da Câma-rade Santo Tirso, “só se for o factode em vez de haver duas direçõespassar a haver uma. Só que, por ou-tro lado, em vez de gerir 100 profes-sores passam a gerir 200”.

Dado o primeiro passo na criaçãodos novos agrupamentos, o Ministé-rio da Educação e da Ciência teráagora que nomear Comissões Ad-ministrativas Provisórias (CAP) queirão assumir a liderança das institui-ções até à eleição de nova direção.

Apesar da mudança, Ana MariaFerreira assegura que as competênci-as e as responsabilidades da Câma-ra se mantêm: “S. Rosendo estar coma Tomaz Pelayo, por exemplo, não al-tera o facto de nós continuarmos ater responsabilidade com os funcio-nários do pré-escolar, a ter respon-sabilidade nas cantinas do primeirociclo. Aí contínua igual, a não serque o Ministério decida de outramaneira”, concluiu a vereadora. ||||||

A MEDIDA ESTÁ A SER IMPLEMENTADA EM TODO O PAÍS ESANTO TIRSO NÃO É EXCEÇÃO. O PROCESSO DEAGRUPAMENTO DE ESCOLAS LEVADO A CABO PELOMINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO ESTÁ CONCLUÍDO E O CONCELHOPASSA, ASSIM, A TER TRÊS MEGA-AGRUPAMENTOS.

“Nunca vou concordarcom os mega [agru-pamentos] porque nãovejo vantagens nenhu-mas, nem pedagógicas,nem de gestão. Sãoagrupamentos enormese realidades completa-mente diferentes”.ANA MARIA FERREIRA, VEREADORADA EDUCAÇÃO DA C. M. SANTO TIRSO

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ENTRE MARGENS | 11 ABRIL 2013 | 05

Na Assembleia Municipal de abril de2012, a deputada e também diretorada Escola Secundária D. Afonso Hen-riques, Helena Miguel, apresentouuma proposta contra a fusão do Agru-pamento do Ave com a referida esco-la secundária. A proposta feita ba-seou-se no facto de, até então, ape-nas as escolas do Ave (Vila das Avese S. Tomé de Negrelos) estarem des-tinadas a agruparem-se.

Um ano depois, e numa altura emque a decisão de agregação dos agru-pamentos escolares já está tomada, adiretora afirma que “a situação agorajá é mais democrática, mais idêntica”.Isto porque as restantes secundáriasdo concelho também foram abran-gidas. “O que eu argumentava é que

a Vila das Aves não é nenhuma exce-ção à regra, temos tantos direitosquanto o resto do concelho”, explica.

O processo que culminou na cria-ção dos novos agrupamentos incluiureuniões onde estiveram presentes osdiretores das escolas e a vereadorada educação da Câmara Municipal.Queijo Barbosa, diretor do agrupa-mento de S. Martinho do Campo eRui Sousa, diretor do Agrupamentodo Ave foram dois dos nomes pre-sentes. Rui Sousa explica que “foramrealizadas reuniões, em que todos osagrupamentos foram ouvidos” eQueijo Barbosa garante que “foi apre-sentado o projeto de agregação deescolas, inclusive posta a possibilida-de de, no terreno, se apresentar um

mapa dessa agregação. Até certo mo-mento se não houvesse a apresenta-ção de uma proposta, aí o próprioMinistério apresentaria uma”.

Ana Maria Ferreira afirma que foiapanhada de surpresa com a decisãouma vez que “o assunto tinha come-çado há um ano mas tinha morridoali”. Já Helena Miguel refere: “teorica-mente fomos ouvidos mas, na reali-dade, foi-nos comunicado”. A diretorada secundária das Aves diz não sepoder “queixar demasiado” porque amoção que apresentou na AssembleiaMunicipal surtiu efeito. “Efetivamentefoi o fator que, penso eu, contribuiupara adiar o processo”, continua. Este“parou enquanto foi possível, agoraclaro, a Secretaria de Estado e o Minis-

tério retomaram o assunto e decidi-ram, mas ao decidir já decidiram maisdemocraticamente”.

Queijo Barbosa acredita que estapode ser uma medida funcional, “des-de que a área geográfica não seja mui-to grande nem o número de alunosno agrupamento seja demasiado”. Seassim for, adianta o diretor, “não sou,à partida, contra a redução de esco-las”. Opinião que é partilhada, emparte, por Rui Sousa: “há mega-agru-pamentos que têm 3000 e muitosalunos e tornam-se funcionais”, adi-anta, “as pessoas fazem-nos funcio-nar porque os alunos não podemsair prejudicados e temos que pen-sar sempre nos alunos”. A diretorada Escola Secundária D. Afonso Hen-riques lembra, contudo, a questão dosprofessores que “vão ter que dar au-las no mesmo dia em escolas diferen-tes”, o que no seu entender – e embo-ra isso já seja, em parte, uma realida-de – “não é lá muito bom”.

Rui Sousa acredita que “será umasituação muito mais difícil de gerirpara quem ficar a frente do agrupa-mento” e Helena Miguel concorda. “Eupenso que vai ser muito mais difícil,uma gestão muito mais de longe, vaiser trabalhar mais com números. Eunão conheço todos os alunos masconheço os que se portam pior, osque brilham, os que se envolvem maise até conheço algumas famílias. Aseguir, quem ficar, duvido que vá co-nhecer assim tão bem”. A perda deproximidade é, de resto, uma preo-cupação comum a todos, mas paraRui Sousa, pode haver um aspeto po-sitivo na medida; a continuidade. “Háprofessores que podem conseguirapanhar uma turma no 7º ano, econseguir levá-la até um 12º ano eisso terá vantagens, em princípio serábenéfico para o aluno”, conclui.

O Entre Margens tentou ouvir aDireção Geral dos EstabelecimentosEscolar, porém tal não foi possível emtempo útil. ||||||

Gestão escolar saidificultada commega-agrupamentos

Número de alunos do Agrupamento deEscolas de Santo Tirso que passa a incluira Escola Tomaz Pelayo.

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OPINIAO~06 | ENTRE MARGENS | 11 ABRIL 2013

Notas de um Abril marcanteEditorial

Luís Américo FernandesO DIRETOR

Profundamente inseridos na nossacircunstância e recolhendo dela aqui-lo que mais nos envolve ou aquiloem que podemos interferir no senti-do de a tornar mais suportável ouatraente, vemos a realidade comoespirais ou ondas de impacto que apartir de um ponto de gravidademais próximo ou longínquo nos tocae desacomoda de alguma maneira.

Filhos diletos de uma comunida-de que todos os anos por esta alturaainda festeja uma data marcante dasua história, como seja a da sua ele-vação ao estatuto de Vila, numa épo-ca em que as pequenas comunida-des administrativas, as freguesias,dependiam subservientemente dascomarcas e dos seus mandantes, elespróprios mandatados pela sua sub-serviência ao regime, nós, os avensesque ainda somos capazes de rece-ber aquele élan da geração que nosprecedeu há 58 anos para passartestemunho aos nossos filhos e ne-tos, muito naturalmente exultamoscom esta conquista do reconheci-mento público e notório de que S.Miguel das Aves já era uma terra aber-

ta ao desenvolvimento, ao progres-so e já não cabia nos acanhados es-quemas do caciquismo administra-tivo ganhando uma outra identida-de. Possuíamos uma indústria têxtilgalvanizadora, um jornal local quese fazia ouvir, um cineteatro que nospunha em contacto com a moder-nidade artística, um clube desportivoagregador do entusiasmo bairrista,cidadãos com uma massa crítica epoder de reivindicação face ao gre-garismo municipalista mais primá-rio e a iniciativa privada e cidadã fezo resto. É este o capital que recebe-mos em herança e que hoje, mau gra-do a desaceleração e a falência ou acrise de muito do que nos favoreciaem particular a fileira têxtil, a cons-trução civil e o urbanismo, não po-demos abdicar da iniciativa cidadãou da cidadania ativa.

Completou-se o programa dasquinquagésimas oitavas Festas daVila à sombra do que foi o maiorsímbolo do desenvolvimento dasAves, a Fábrica Rio Vizela ou as es-truturas do que dela resta e por ini-ciativa de uma Junta de Freguesiadirigida por um presidente de juntaem final do seu terceiro e últimomandato que soube ao longo destes12 anos congregar o tecido associa-tivo e os agentes locais para continu-ar a dar nervo e afirmação à idios-sincrasia avense e manter a reediçãodas Festas da Vila, pelo menos aonível da primeira geração das festasdos anos sessenta. Não serei a pes-

soa mais indicada para elogiar esteautarca mas creio que ficou bem ex-presso nos atos realizados o públi-co reconhecimento e aplauso. E fi-cou claro que quem porventura ali-mente saudáveis expetativas de vir acandidatar-se à presidência da Jun-ta nas próximas autárquicas não terágrande viabilidade de ser eleito senão apostar em assumir a continui-dade desta tradição na sua máximaexpressão bairrista e cidadã. O mes-mo se diga relativamente aos candi-datos à presidência da Câmara Mu-nicipal os quais, cada vez mais e maisinteligentemente devem respeitar asidiossincrasias locais, promovendoe apoiando o dinamismo das váriasvilas e as sinergias que elas podemgerar entre si, em vez de pretenderatraí-las para uma centralidadeacéfala e cada vez mais anónima.

O Abril entretanto caminha parauma data-chave do nosso calendá-rio democrático no meio de uma gra-ve crise que é a de compatibilizar os

direitos e deveres constitucionaisadquiridos, a gestão da qualidadede vida a que legitimamente acede-mos com os ideais humanistas que arevolução de Abril nos facultou e aintegração na comunidade europeianos parecia poder garantir de for-ma mais eficaz, com a gestão dos re-cursos económicos em tempos degrave carência, ou de domínio da leiimplacável dos mercados ou de sufo-co da política pelos critérios finan-ceiros que o suportam. Se o TribunalConstitucional teoricamente preser-vou algumas das nossas melhoresexpetativas abrilistas, não tenhamosdúvidas que vamos continuar sujei-tos a golpes de rins de austeridadeprolongada e de soberania mitiga-da pois a tal nos condenam os nossoscredores internacionais. E estas sãoas ondas de choque que nos tiram aalegria, ameaçam o nosso quotidia-no e a que, coletiva-mente, temos quesaber resistir sem cairmos na derivados corifeus da tragédia grega. |||||

Nome: ............................................................................................................................................................................Morada: ................................................................................................................................................................Código Postal: ......................... / .................... Localidade: ..............................................................................Telefone: ............................................. Número de Contribuinte: .............................................................................Data de Nascimento: ......... / .......... / ..........Forma de pagamento: Cheque número (riscar o que não interessa): ....................................................................................ou por transferência bancária para o NIB: 0035 0860 00002947030 05Data ..... / ..... / ..... Assinatura: ..........................................................................

ENTRE MARGENS // FICHA DE ASSINATURA

Duas dicas desinal contrárioPor seguir o percurso de JorgeBergoglio, especialmente desdeque esteve no conclave que no-meou Bento XVI, o bispo deLamego sublinha que o novo Papaé um homem “habituado a estarmuito perto das pessoas e gostade estar no meio delas”, está con-victo de que “vai quebrar a dis-tância, a barreira de segurançaque o separa das pessoas”. Ga-rante que “estar distante não é oseu estilo” e o que vai ser difícil àIgreja será fazê-lo “resistir” a nãochegar às pessoas. “Veremos se aIgreja conseguirá manter todos osseus protocolos”, comenta. D.António Couto

“Conheço muito mal os paroquia-nos, não conheço as pessoas pelonome, só de vista, nem quero saber,gosto de ser livre”.

Padre Fernando Azevedo Abreu,Entrevista à Rádio Vizela, citadoem Jornal de Vizela

LIDO NA IMPRENSA

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Cegueira branca

ENTRE MARGENS | 11 ABRIL 2013 | 07

CARTOON // VAMOS A VER...

Portugal é, sem dúvida, um país dehistória, tradições e culturas secula-res. É um país de inovação e desen-volvimento tecnológico. Contudo,Portugal é também detentor de algunsdefeitos, não são enormes até por-que, algures, alguém faz pior. Dividaavassaladora, sim, mas na Grécia épior. Desemprego alto, sim, mas naEspanha é pior. Um governo ladrão,sim, mas no Chipre é pior.

E os portugueses? Pelo que se vailendo, são de tudo: tristes como o fado,alegres como os trajes do folclore, de-licados como a filigrana, sólidos comoos castelos, repletos de tradição comoa cortiça, inovadores como a via ver-de… na verdade parece que os portu-gueses são afinal ‘é Gregos e Troia-nos’. Desculpem, ao falar do povo quehabita Portugal, falta ainda outro gru-po, os governantes, que não se resumeaos políticos, não, este grupo incluitoda a fábrica que rodeia o poder ea tomada de decisão governamental.

Procurando formar opinião sobreo estado da nação, lembrei-me detodos estes opostos, e a tarefa tor-nou-se tão difícil que fiz uma espéciede apanhado de como chegamos atéaqui. Vejamos:

1) Dado os valores desde semprepraticados como salário mínimo na-cional, uma grande maioria dos por-tugueses sempre se sentiu roubadopela entidade patronal. Nós reconhe-cemos; 2) Em campanhas eleitorais,os candidatos ao governo dizem quequem está no poder está a fazer mal.Nós acreditamos; 3) Uma vez eleitos,esses governantes informam-nos queafinal não era o mal mas sim o malnecessário, e continuam a fazer maisdo mesmo. Nós ficamos desiludidos;4) Passado algum tempo o governodiz que os portugueses andaram aroubar ao Estado durante anos e queos antigos governos o permitiram.Nós não queremos acreditar; 5) En-tão o governo informa que, afinal,esses governantes também roubavame por isso é que nada faziam. Nós pas-

samos a acreditar; 6) O atual gover-no diz que o Estado não tem dinheiropara continuar a permitir que os portu-gueses continuem a roubar. Nós com-preendemos; 7) Os portugueses di-zem que se o Estado não tem dinhei-ro para que o possamos roubar, en-tão também não tem para continuara deixar os governantes roubar. Ogoverno acredita; 8) Com isto, os go-vernantes dizem que as medidas, queestão a implementar para permitir queo Estado roube aos portugueses paraque os governantes possam roubarao Estado é a única solução para opaís. Nós ficamos aterrorizados; 9)Os Juízes do Tribunal Constitucional,chumbam a forma escolhida pelogoverno para roubar aos portugue-ses, alegando que é obrigatório ga-rantir equidade. Nós respiramos fun-do; 10) No entanto, apercebemo-nosque esses mesmos juízes aceitam re-ceber reformas mensais 15 vezes su-periores ao salário mínimo nacional,após 10 anos de serviço. Nós Ficamosdesconsolados; 11) O governo infor-ma que terão que arranjar outras ma-neiras de o Estado roubar aos portu-gueses, pois os governantes não sa-bem viver de outra maneira que nãoseja roubar ao Estado. Esta honesti-dade deixa os portugueses baralha-dos. Não estamos habituados a go-vernantes honestos.

Embora tenha ainda ficado semopinião sobre o estado da nação, fi-quei com a sensação que Portugal estáou com falta de governantes que se-jam eles também portugueses, ou comfalta de portugueses capazes de go-vernar. E, lá está, se nos falta é porquenão temos. Resta-me por isso en-co-lher os ombros. É crónico...Eu sei! |||||

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Perguntaram-me: O que você fariapara mudar a educação?

Se eu tivesse o poder que os po-derosos têm, contribuiria para a recon-figuração e a humanização das es-colas, para uma profunda mudançana formação dos professores, quecontribuísse para a reelaboração cul-tural, a dignificação e o prestígio daprofissão. Mas, em primeiro lugar,pugnaria pela desburocratização dosistema. No Brasil, como em Portugal.

A Secretária Municipal não sabemuito como proceder, por ser nova nocargo. E, com a mudança de governo,quase toda a informação da Secretariafoi apagada – Eis que o pesadelo re-gressa: a secretaria mudou de dono,precisa mostrar serviço, suspende osprojetos herdados da gestão ante-rior. De quatro em quatro anos, semqualquer avaliação, o gesto de des-perdício se repete. Será por igno-rância? Mas por que se coloca secre-tarias de educação nas mãos degente ignorante? Estou inclinado aacreditar que se trate de cegueirabranca (expressão criada por Sara-

mago) aquilo que impede os dete-ntores do poder de reconhecer ostrágicos efeitos de uma escola queconsome avultados recursos, paraproduzir analfabetos e bonsais hu-manos.

No seu livro “Um mundo, umaescola”, Salman Khan escreve (os pro-fessores terão lido?): Ainda temos es-colas ruins e um sistema corrupto e ar-ruinado, sempre houve resistência dosadministradores e burocratas. (…) Pa-recem ter uma aversão natural a novasideias. Os sistemas burocráticos ali-enam finalidades, sacrificando-as àestatística e à uniformização. Opõem-se à autonomia das escolas, impe-dem um digno exercício da profis-são de professor. O burocrata pade-ce da cegueira branca da obediên-cia a normas, desprezando a reali-dade, quando está em conflito comelas. Seu objetivo maior é encontrarproblemas e motivos para paralisar,ou adiar processos. O burocrata da

educação desconfia de qualquer ini-ciativa que saia da rotina. Sua pri-meira resposta é não. E ama fazerrelatórios volumosos, recheados degráficos e tabelas, para encadernare guardar no arquivo morto.

São atuais as palavras do saudo-so Mestre Lauro, escritas há cinquen-ta anos atrás: Os professores queixam-se: “Se não seguirmos os regulamentos,seremos demitidos” (e os regulamentossão polivalentes e minuciosos, vigiadospor imensa récua de burocratas ciosos).A máquina burocrática jamais indagade razões pedagógicas, funciona segun-do critérios contábeis. Se um reformula-dor ousado eliminasse das escolas (aburocracia), o sistema escolar ganha-ria dinamismo, autenticidade e altacriatividade, repondo o educando nasmãos do educador.

A boa notícia é a de que aindahá quem resista, quem ouse desbu-rocratizar, quem creia que algo vaimudar. Há alguns anos, no fim deum longo e penoso processo, con-seguimos que a lei portuguesa con-sagrasse um princípio essencial: oscritérios de natureza administrativanão poderão sobrepor-se aos critérios denatureza pedagógica. A partir daí, foipossível preparar contratos de auto-nomia. Urge devolver às escolas oprimado da pedagogia. Acaso o po-der público crê que os professoressão irresponsáveis? Quem tem medoda autonomia das escolas? |||||

José Pacheco

Fernando Torres

Se nos falta éporquenão temos

Crónico

O burocrata padece da ce-gueira branca da obe-diência a normas, despre-zando a realidade, quan-do está em conflito comelas. Seu objetivo maior éencontrar problemas.

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ATUALIDADE08 | ENTRE MARGENS | 11 ABRIL 2013

INSCRITO NA D.G. DA C.S. SOB O Nº112933

DEPÓSITO LEGAL: 170823/01

PERIODICIDADE: BIMENSAL

DIA DE SAÍDA: QUINTA-FEIRA

TIRAGEM MENSAL: 4.000 EXEMPLARES.

ASSINATURAS: PORTUGAL - 15 EUROS / EUROPA - 27,00 EUROS / RESTO DO MUNDO - 30,00 EUROS

NÚMERO AVULSO: 1,00 EURO

PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, C.R.L. NIF: 501 849 955

DIREÇÃO DA CCEA: PRESIDENTE: AMÉRICO LUÍS CARVALHO FERNANDES; TESOUREIRA: LUDOVINA SILVA;

SECRETÁRIO: JOSÉ CARVALHO.

DIREÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E REDAÇÃO: RUA DOS CORREIOS - ESTAÇÃO DE CF DE VILA DAS AVES

APARTADO 19 - 4796-908 AVES - TELEFONE E FAX: 252 872 953

DIRETOR: LUÍS AMÉRICO CARVALHO FERNANDES. CONSELHO DE REDAÇÃO: JOSÉ PEREIRA MACHADO, LUÍS ANTÓNIO

MONTEIRO, LUDOVINA SILVA. REDAÇÃO: LUÍS AMÉRICO FERNANDES, JOSÉ ALVES DE CARVALHO (C.P.N.º 4354),

CATARINA SOUTINHO (C.P.N.º 1391), CELSO CAMPOS, LUDOVINA SILVA, ELSA CARVALHO (C.P.N.º 1769).

COLABORAM NESTE JORNAL: JOSÉ PEREIRA MACHADO, JOSÉ PACHECO, ABEL RODRIGUES, PEDRO FONSECA, NUNO

MOTA, FERNANDO TORRES, MIGUEL MIRANDA, ANTÓNIO LEAL, ALBERTO GOUVEIA, CARLA VALENTE, BELANITA ABREU,

P.E ALEXANDRE SÁ.

DESIGNER GRÁFICO: JOSÉ ALVES DE CARVALHO

REPORTER FOTOGRÁFICO: VASCO OLIVEIRA.

COMPOSIÇÃO E PAGINAÇÃO: JORNAL ENTRE MARGENS

COBRANÇAS E PUBLICIDADE: LINO ALVES

IMPRESSÃO: EMPRESA DO DIÁRIO DO MINHO, LDA.

RUA CIDADE DO PORTO | PARQUE INDUSTRIAL GRUNDIG, LOTE 5 - FRACÇÃO A - 4700-087 BRAGA

ENTRE MARGENS - Nº 493 - 11 DE ABRL 2013

||||| TEXTO: JOSÉJOSÉJOSÉJOSÉJOSÉ ALALALALALVESVESVESVESVES DEDEDEDEDE CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

“Filosoficamente” Isabel Coutinho,candidata ao Departamento Nacio-nal das Mulheres Socialistas, diz-se“contra as quotas” mas admite quese não fossem estas e a lei da pari-dade, hoje muitas mulheres “não es-tavam nos sítios onde estão”. Ou seja,“transitoriamente temos de nos so-correr destes mecanismos” e defen-de mesmo que se deve ir mais longe,nomeadamente com a “introdução dequotas nos conselhos de adminis-tração das empresas públicas e dasuniversidades”, até porque, refere amesma responsável “o problema aquié gritante”, com a agravante de que“as poucas mulheres que chegam aotopo das administrações ganharemmenos de 30 por cento que os ho-mens em iguais circunstâncias”.

Esta foi uma dás várias ideias tra-zidas a debate por Isabel Coutinhona passada segunda feira, numa ini-ciativa levada a cabo no salão nobreda junta de freguesia de Vila das Aves.E fê-lo praticamente entre familiarese amigos, até porque, embora a resi-dir na freguesia de Atei, no municí-pio de Mondim de Basto, foi em Vila

POLÍTICA // DEPARTAMENTO NACIONAL DAS MULHERES SOCIALISTAS

Desigualdades têm aumentadocom a crise, alertou IsabelCoutinho na sua terra natalNATURAL DE VILA DAS AVES, ISABEL COUTINHO É CANDIDATA À LIDERANÇA DO DEPARTAMENTO NACIONALDAS MULHERES SOCIALISTAS. AS ELEIÇÕES SÃO ESTE SÁBADO, DIA 13, E A ESCOLHA FAZ-SE ENTRE ISABELCOUTINHO E GRAÇA FONSECA. NA ÚLTIMA SEGUNDA-FEIRA, A PRIMEIRA APRESENTOU-SE EM VILA DAS AVES

das Aves que nasceu, em 1966. Deresto, e antes mesmo de dizer ao quevinha, a candidata ao DepartamentoNacional das Mulheres Socialistas, foiagradecendo a alguns desses ami-gos de longa data e citando, com al-gum humor à mistura, os familiaresmais diretos, como os “120kg” do ir-

vezes porque era sim que era tratadaquando, aos 19 anos, deixou a fre-guesia. Já lá vão cerca de três déca-da, mas Isabel Coutinho continua ater uma “forte ligação” a Vila das Aves,a sua “terra natal”.

Licenciada em História e CiênciasSociais, pela Universidade do Minho,e pós-graduada em Administração eGestão Escolares, Isabel Coutinho éagora candidata à presidência do De-partamento Nacional das MulheresSocialistas porque a convenceram deque era a pessoa indicada para o car-go. A mesma responsável admite queentre os seus “muitos defeitos”, temtambém qualidades, e entre elas está asua “capacidade de pôr as pessoas atrabalhar em rede” e é essa qualidadeque quer pôr ao serviço do referidodepartamento que, reconhece a candi-data, muitos até nem sabiam que exis-tia, havendo mesmo quem ache quedeveria ser extinto. Isabel Coutinho,naturalmente, acha que não e acreditaque se o departamento das mulhe-res socialistas “demonstrar trabalho efe-tivo, “então nós podemos dar o salto”.

E para isso, diz a mesma responsá-

mão Paulo Coutinho, de quem dizsempre ter tido grande apoio, finali-zando com um certo pedido de des-culpas aos pais pela sua irreverência,ainda que, concluiria, bem vistas ascoisas, a culpa seja dos próprios poisforam eles que a fizeram. “Belinha”foi um nome que se ouviu algumas

ISABEL COUTINHO, LADEADAPOR JOAQUIM COUTO, NAAPRESENTAÇÃO, EM VILA DASAVES, DA SUA CANDIDATURA AODEPARTAMENTO NACIONALDAS MULHERES SOCIALISTAS

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ENTRE MARGENS | 11 ABRIL 2013 | 09

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ABRIL // NA HORTA E NO JARDIMNa horta, em abril, é chegada a hora de plantar ou preparar a plantação de:espargos, couve-flor, espinafre, alho-francês, rábanos, melão, alfaces, beterraba,cebola, cenoura. No jardim, é tempo de semear anémonas, girassóis, papoilas, cos-mos, capuchinhas e, entre muitas outras, dálias e gladíolos.

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vel, nem sequer é preciso legislação.“Não há falta de legislação, o quefalta é aplicá-la para que se reflita naorganização da sociedade”. E exem-plos não faltam: “já está escrito hámuito tempo que trabalho igual, sa-lário igual, é uma questão da maiselementar justiça, mas sabemos quena prática não é assim”, diz IsabelCoutinho, para quem é necessárioque “de uma vez por todas esta ques-tão fique resolvida”.

No contexto atual de crise, forte-mente marcado pela austeridade,porém, há desigualdades que aumen-tam, correndo-se “sério risco de retro-cesso no que aos direitos e liberda-des conquistados” diz respeito. Sãodisso exemplo as questões relacio-nadas com a natalidade. Diz a mes-ma responsável que “o despedimentode mulheres grávidas tem aumenta-do a olhos vistos”, classificando, poroutro lado, de “assustador” o decrés-cimo da natalidade. E neste aspeto,deixou criticas aos partidos por “nãoterem nenhuma palavra a dizer sobreo assunto”, defendendo que nem tudose resolve com dinheiro, e que have-rá “soluções imaginativas” que podempromover essa mesma natalidade.

Na corrida à liderança do Depar-tamento Nacional das Mulheres So-cialistas, Isabel Coutinho não estásozinha, vai a votos com Graça Fon-seca, vereadora da Câmara Munici-pal de Lisboa. As eleições realizam-se no dia 13 de abril e com isto, asmulheres do PS não só escolhem nopróximo sábado o futuro secretário-geral como votam para eleger a pró-xima presidente do referido departa-mento ao qual, ambas as candidatas,querem imprimir um novo ritmo.

Em Vila das Aves, Isabel Coutinhoteve ao seu lado Joaquim Couto, can-didato à presidência da Câmara deSanto Tirso e amigo de longa, e deTeresa Fernandes, líder do Departa-mento Federativo das Mulheres So-cialistas do distrito do Porto e verea-dora da Câmara da Trofa. |||||

São precisos mais médicos de famí-lia, mas também reforçar a saúde pre-ventiva dos tirsenses. Estas foramduas das ideias deixadas por AlírioCanceles, candidato do PSD à presi-dência da Câmara Municipal na visi-ta que fez na semana passada aoCentro de Saúde de Santo Tirso.

Na altura, o candidato social-de-mocrata reuniu com a diretora exe-cutiva do Agrupamento de Centrosde Saúde (Aces) de Santo Tirso/Trofa

AUTÁRQUICAS 2013 // CANDIDATO DO PSD VISITA CENTRO DE SAÚDE

Alírio Canceles defendeque são precisosmais médicos de família

Ana Tato Aguiar, e várias foram asquestões levantadas: desde o planolocal de saúde, passando pelos cui-dados primários, as unidades famili-ares, os médicos de família, as estra-tégias de prevenção até à educaçãopara a saúde e a rede de cuidadoscontinuados no concelho. Até por-que, entende Alírio Canceles, “nãohá qualidade de vida se não houvercondições de saúde”.

Nesta visita, o candidato do PSD

deixou algumas ideias chave, entreelas a necessidade de aprofundar es-tratégias de prevenção na saúde dostirsenses privilegiando a medicina pre-ventiva em detrimento da curativa; aeducação para a saúde, sugerindo acriação de equipas multidisciplinaresque pudessem efetuar esta intervençãode forma itinerante nas diferentes zo-nas do concelho; o reforço do núme-ro de profissionais do setor, nomea-damente médicos de família; a intera-ção entre os vários parceiros (esco-las, IPSS e operadores das Unidadesde Cuidados Continuados) e as aces-sibilidades aos Centros de Saúde.

A reorganização da rede dos Trans-portes Urbanos de Santo Tirso (Tust)em benefício dos utentes, foi tambémcitada por Alírio Canceles, nomea-damente o acesso ao novo Centro deSaúde de Areias, assunto que o PSDjá abordou em reunião de câmara eque alegadamente ainda não estáresolvido, como confirmou a diretorado Aces. Do mesmo modo se falouna situação dos utentes de MonteCórdova, sediados em Santo Tirso eque também se confrontam com pro-blemas de acessibilidade.

Neste encontro com Ana TatoAguiar, o candidato à presidência daCâmara de Santo Tirso recordou oprotocolo assinado pela Administra-ção Regional de Saúde e pela autar-quia tirsense em 2007, aquando dadesqualificação da urgência, que pre-via a implementação da rede de Uni-dade de Saúde Familiar nos centrosde saúde de São Tomé de Negrelos,Vila das Aves e São Martinho do Cam-po. Sobre o assunto, a mesma respon-sável deu conta de está para breve aimplementação das referidas unida-des e que estas vão permitir cobrir oscerca de seis mil utentes sem médicode família. Ana Tato Aguiar avançouainda que, apesar de alguns atrasosnas obras, as novas unidades de saú-de familiares de Areias e São Marti-nho do Campo deverão ser inaugu-radas nas próximas semanas. |||||

NA REUNIÃO COM O CANDIDATO DO PSD, ANA TATO AGUIAR, DIRETORA EXE-CUTIVA DO AGRUPAMENTO DE CENTROS DE SAÚDE DE SANTO TIRSO/TROFADEU CONTA QUE AS NOVAS USF DE AREIAS E SÃO MARTINHO DO CAMPO DEVERÃOSER INAUGURADAS NAS PRÓXIMAS SEMANAS.

NA FOTO, A DIRETORA EXECUTI-VA DO AGRUPAMENTO DECENTROS DE SAÚDE DE SANTOTIRSO/TROFA ANA TATOAGUIAR COM O CANDIDATO DOPSD, ALÍRIO CANCELES

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10 | ENTRE MARGENS | 11 ABRIL 2013

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“Estas visitas têm dado fruto porqueapesar das dificuldades conhecidaspor todos, temos obra feita”, dizia opresidente da junta de Freguesia deVilarinho, Jorge Faria, durante a visitado presidente da Câmara. As obrasa que Jorge Faria se refere incluem oalargamento da Rua do Mosteiro, adrenagem de águas pluviais, a pavimen-tação da Rua do Falcão ou a capelamortuária. O presidente da junta apro-veitou a visita de Castro Fernandespara agradecer o “trabalho e dedica-ção” do autarca durantes os três man-datos e adiantou que “só quem gos-ta realmente de Vilarinho faz obra comoa que o senhor presidente tem feito”.

‘Só quem gostade Vilarinho fazobra como a quetem feito oSr. presidente’PODE SER UMA DAS FREGUESIAS NO EXTREMO DO CON-CELHO MAS NO DIA 5 DE ABRIL, EM VILARINHO, A PALAVRADE ORDEM FOI PROXIMIDADE. ISTO PORQUE OPRESIDENTE DA CÂMARA LEVOU A CABO MAIS UMA VISITA ÀFREGUESIA, CONHECEU O RESULTADO DE OBRASRECENTES E INTEIROU-SE DAS NECESSIDADES ATUAIS.

A Escola da Laje foi a primeiraparagem da visita camarária. O refei-tório da escola foi ampliado e o te-lhado reparado, numa obra que cus-tou cerca de 63 mil euros. Perto dahora de almoço, na cantina, as me-sas já estão postas e na nova cozinhaprepara-se a refeição. “No meu tem-po não havia nada disto”, ouve-se al-guém dizer. Os alunos, esses, aindaestão nas aulas. Na sala 5, aprende-se os numerais decimais quando Cas-tro Fernandes chega com a vice presi-dente Ana Maria Ferreira e a restan-te comitiva. Divertidos, cumprimentamo presidente com o mesmo uníssonocom que lhe dizem precisar de um qua-dro interativo. E “vão ter um quadrointerativo”, respondeu o presidente.

No caminho até à Rua do Mostei-ro vê-se a recém inaugurada capelamortuária. “Lembro-me que era umacoisa que muita gente achava que nãoia ser feita”, adiantava Castro Fernan-des, “a capela e o próprio cemitério,aquela zona urbanística ficou bonita,

eu lembro-me perfeitamente que o ce-mitério não tinha nada, pavimentamos,fizemos uma capela nova, arranjosexteriores, são coisas que qualificam”.

A Rua do Mosteiro já não é emterra batida e a rua é visivelmente maislarga. “Nem sabe como era isto se-nhor presidente”, dizia um senhor visi-velmente agradado com as obras dealargamento. “A vossa zona do mos-teiro era degradante”, contava o pre-sidente, “fez-se as obras no centrosocial, muito apoiadas pela Câmara,fez-se o arranjo da frente do mostei-ro, começou-se a alargar aquilo tudo”.E para Castro Fernandes, tudo isto ésinónimo de qualificação, “isto faz comque as pessoas tenham outras con-dições de vida”.

Mas o presidente da Câmara nãodeixou de referir a obra que consi-dera mais importante e com grandeimpacto sobre os munícipes, a VIM.“A VIM levou um lifting total, agoracomparem a VIM em Santo Tirso coma VIM nos outros concelhos todos.Nós gastamos muito dinheiro aquimas valeu a pena, deu segurança”, re-feriu o autarca acrescentado que tudoé feito em prol da freguesia, porque“estando Vilarinho muito distante dasede, se houver melhor acesso é cla-ro que isso une mais as pessoas àsede do concelho”.

Na Rua do Falcão foram investi-dos 54 mil euros na drenagem daságuas pluviais que vinham desde aRua do Mosteiro. O abastecimentode água é outra das obras levadas acabo, obra essa que Castro Fernandesconsidera “o primeiro grande passoem direção ao futuro”. O autarca vol-tou a referir a qualidade da água quechega a todos os munícipes e lamen-tou que nem todos fizessem a liga-ção à rede pública. “As pessoas nãosabem a qualidade da água que têmem casa”, continuou.

O presidente da Câmara visitouVilarinho um dia após a demissão doMinistro Miguel Relvas que deu acara pela união das freguesias e Cas-

VILARINHO // VISITA DE TRABALHO

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ENTRE MARGENS | 11 ABRIL 2013 | 11

Concurso de Modae ImpressãoDigital Têxtil

VILA DAS AVES // ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DIA 13No próximo sábado, 13 de abril, realiza-se a partir das 15 horas mais uma sessão ordiná-ria da Assembleia de Freguesia de Vila das Aves. A mesma terá lugar no salão nobre dajunta local, com a seguinte ordem de trabalho: 1) Informação do executivo sobre aatividade e situação da Junta de Freguesia; 2) Conta de Gerência 2012; 3) Inventário.

tro Fernandes não esqueceu os “ata-ques” de que a freguesia foi alvo. “Umadas propostas políticas que havia naAssembleia da República era para aca-bar com Vilarinho”, lembrou explican-do que os governantes “perceberamque iam arranjar aqui um 31 monu-mental porque iam unir aqui fregue-sias que não têm nada a ver umascom as outras”.

Castro Fernandes foi mais longee referiu que “a união das freguesiasé, talvez, o maior erro de palmatóriade um ministro que ontem abando-nou o governo”. O autarca não acre-dita na possível redução de despesaque a união acarretaria e apelida areforma de “disparate completo”.

Em Vilarinho, o presidente da Câ-mara não esqueceu o movimento as-sociativo. “Se eu puder colaborar, eucolaboro”, adiantou. Ainda assim, nãodeixou de referir os “entraves” de queas autarquias têm sido alvo fruto dalei dos compromissos. “Tem havidopequenos cortes, nomeadamente aonível de subsídios mas eu ainda con-sigo deliberar subsídios, a maior partedas Câmaras cortaram-nos totalmen-te”, mencionou o presidente explican-do que “há uma lei, que se cha-malei dos compromissos, que penalizaas câmaras de tal maneira que só sepode dar subsídios se houver dinhei-ro em caixa, paralisou a atividade demuitas autarquias”.

A cerca de seis meses terminar omandato como presidente, CastroFernandes lembrou que sempre visi-tou todo o concelho. “Não visitei asfreguesias só quando havia campa-nhas eleitorais, a seis ou a sete ou oitomeses das eleições. Eu comecei a vi-sitar a freguesia de Vilarinho desdeo início. Quando era eleito, no dia aseguir, começava a planificar as visitasàs freguesias”, lembrou o autarca. Ese houver quem questione o que opresidente da Câmara faz nas fregue-sias a seis meses de sair da Câmara,Castro Fernandes responde: “a tra-balhar até ao fim do mandato”. |||||

No âmbito do lançamento da Incu-badora de Moda e Design da Fábri-ca de Santo Thyrso, a Câmara Muni-cipal em parceria com a Escola Supe-rior de Artes e Design de Matosi-nhos e a empresa Follow the Advi-ce - Impressão Digital Têxtil, promo-vem o FABPRINT; concurso de Modae Impressão Digital Têxtil

O concurso destina-se a premi-ar trabalhos de âmbito criativo naárea do design de moda tendo porsuporte a tecnologia de impressãodigital, que concorram para a dina-mização da Incubadora de Moda eDesign da Fábrica de Santo Thyrso,bem como distinguir, promover e

PRÉMIOS DE DOIS E SEIS MIL EUROS PARA OS VENCE-DORES, CONSOANTE AS CATEGORIAS A CONCURSO

divulgar esta tecnologia emergenteno Design de Moda.

O concurso incorpora duas cate-gorias: o FABPRINT Talent (destina-da a alunos de cursos de moda fina-listas do ano 2012/2013 ou quetenham terminado a Licenciatura deModa entre 2010 e 2013) e o FAB-PRINT Product (destinada a criati-

vos com experiência profissional noâmbito Design mas também da daModa). As candidaturas processam-se a partir do registo online no siteda Fábrica de Santo Thyrso, sendo27 de mio o prazo limite para asubmissão de propostas.

Os projetos selecionados e osdesigners vencedores serão apre-sentados no dia 19 julho atravésde desfile (FABPRINT Talent) e deexposição (FABPRINT Product).

Ao vencedor da categoria FAB-PRINT Talent será atribuído um pré-mio pecuniário no valor de dois mileuros, acrescido de seis meses deIncubação gratuita na Incubadorade Moda e Design da Fábrica deSanto Thyrso. Ao vencedor da ca-tegoria FABPRINT Product será atri-buído um prémio pecuniário no va-lor de cinco mil euros.

INCUBADORA DE MODA EDESIGN EM JULHOA Fábrica de Santo Thyrso foi recentemente intervencionada, tendo como objetivo a regeneração da áreafabril para programas relacionadoscom atividades culturais, empresa-riais, científicas e tecnológicas, combase no princípio concetual e estra-tégico de Quarteirão Cultural, semesquecer a sua base têxtil. A Fábricasustenta-se num conjunto de inicia-tivas independentes mas comple-mentares, que visam, no seu conjun-to e pelas ligações e sinergias quepretendem criar, desenvolver ativi-dades e negócios, designadamentede cariz cultural, social, criativo eartístico. É neste enquadramentoque se desenvolve a Incubadora deModa e Design, com inauguraçãoprevista para julho, e que tem comopropósito, entre outros: favorecer eapoiar a constituição e lançamentode novas empresas e o crescimentode empresas existentes; e favorecera inovação e a investigação aplica-da associada ao sector da Moda.||||| www.fabricasantothyrso.com

O concurso visa premiartrabalhos de âmbitocriativo na área dodesign de moda tendopor suporte a tecnologiade impressão digital

SANTO TIRSO // FÁBRICA

A Irmandade e Santa Casa da Mi-sericórdia de Santo Tirso está a de-senvolver o Projeto Íris que pre-tende ser uma resposta integradae de apoio especializado a vítimasde violência doméstica no conce-lho de Santo Tirso e áreas limítrofes.Financiado pelo POPH, este proje-to integra quatro atividades: Cen-tro de Emergência (disponibili-zação de vagas de emergência paraacolhimento das vítimas e seus?lhos); Gabinete de Atendimento(apoio, atendimento e acompanha-mento nas áreas social, psicológi-ca e jurídica a vítimas de violênciadoméstica); Grupo de Ajuda Mú-tua (metodologia de intervençãoem grupo com mulheres vítimas deviolência doméstica); e Apoio Téc-nico e Promoção de Boas Práticas(consultoria e formação reservadaàs técnicas do projeto).

Em detalhe, o mesmo é apre-sentado hoje, dia 11 de abril, emcerimónia pública que terá lugarno auditório do Centro Eng.º Eu-rico de Melo, a partir das 9h30.No seguimento da apresentaçãodo projeto Íris, a Misericórdia pro-move ainda, meia hora depois, umfórum de discussão sobre as ques-tões relacionadas com a violênciadoméstica, com a ajuda de váriosconvidados, entre os quais: MariaFilipa Azevedo, do Ministério Pú-blico de Santo Tirso; do sargentoPaulo Pinto, no núcleo de Investi-gação Criminal a Vítimas Específi-cas; e, entre outros, de MarleneMatos do Grupo de Ajuda Mútua,da Universidade do Minho. |||||

MisericórdiaapresentaProjeto Íris

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

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ATUALIDADE12 | ENTRE MARGENS | 11 ABRIL 2013

GANHE UM ALMOÇOPARA 2 PESSOAS

NO RESTAURANTE:

Torne-se assinantedeste jornal e

Estrelado Monte

VILA DAS AVES // COMPASSO PASCAL

||||| TEXTO E FOTOS: CELCELCELCELCELSOSOSOSOSO CAMPOSCAMPOSCAMPOSCAMPOSCAMPOS

A inauguração e benção de um me-morial de homenagem a mais de umacentena de leigos, exemplos de fé,no adro da Igreja Matriz marcou o diade Páscoa (31 de março) na paróquiade Vila das Aves.

O ato decorreu ao final da tardede domingo no fim do Cortejo Pascalque, anualmente, marca a festa da Res-surreição de Cristo nesta paróquiado Arciprestado de Famalicão. Ape-sar do mau tempo que se fez sentirdurante a tarde, felizmente, foi possí-vel sair o cortejo, tendo o mesmo de-corrido sem chuva, trazendo milha-res de pessoas para as ruas da vila.

O memorial, intitulado “Estrelas daFé”, pretende marcar e perpetuar oano da Fé, instituído pelo Papa eméritoBento XVI. Ele foi preparado há lon-gos meses, culminando com a suabenção nesta data. Os quatro módu-los que o constituem foram transpor-tados ao longo do percurso do cor-tejo, desde o quartel dos bombeirosavenses até ao adro da Igreja Matriz,onde o pároco, padre Fernando deAzevedo Abreu, procedeu à sua ben-ção. Na ocasião, e perante as 18 equi-pas do compasso que ao longo dodia visitaram os lares desta paróquia,o sacerdote vincou a intenção de

Ano da Fé marcaPáscoa emVila das AvesBENZIDO MEMORIAL QUE PERPETUA A FÉ DE MAIS DEUMA CENTENA DE LEIGOS AVENSES

do, pelos vários grupos e movimen-tos da paróquia. Um cortejo que, comofrisou o pároco, se torna cada vezmais difícil ter algo de inovador, em-bora como “ato de amor seja sempreinovador”.

Após a benção e inauguração domemorial das “Estrelas da Fé” foi cele-brada a eucaristia em que se eviden-ciou mais uma etapa da caminhadaQuaresma/Páscoa avense, este anodedicado à temática das várias “iden-tidades” e em que no domingo dePáscoa, se refletiu naturalmente so-bre a “Identidade do Ressuscitado”.Aqui, mais uma vez, as crianças do ter-ceiro ano da catequese tiveram papelativo na dinamização da celebração.No final, a festa terminou com um jan-tar convívio que juntou todas as equi-pas do Compasso Visita Pascal. |||||

preservar para memória futura todosos que individualmente ou como ca-sais, desde 4 de janeiro de 1981,data em que tomou posse como pá-roco (passaram-se já mais de 32 anos),se tornaram leigos “virtuosos, inteli-gentes, resolutos e apostólicos”, e en-tretanto já falecidos.

As “Estrelas da Fé” avenses deixa-ram “marcas desassombradas comosemeadores, construtores e anuncia-dores do Reino de Deus nesta paró-quia”, frisou o pároco de Vila dasAves. O memorial constitui ainda um“reconhecimento e agradecimentoparoquiais à fé dos nossos leigos, fiéise defuntos”, num processo que foiganhando forma em várias reuniõesdos membros do Conselho da Fábri-ca da Igreja e do Conselho Perma-nente do Conselho Pastoral Paroqui-al e neste próprio órgão.

Na benção marcaram presença opresidente da Câmara de Santo Tirso,Castro Fernandes (que patrocinou omemorial), o presidente da Junta, Car-los Valente e Francisco Abreu, gerenteda empresa Casa dos Reclamos, queo concebeu materialmente, além decentenas de leigos anónimos.

Este ato foi o culminar do CortejoPascal constituído pela recriação dediversos quadros bíblicos, sobretudoalusivos às aparições do Ressuscita-

O Lar Familiar da Tranquilidadefestejou no passado dia 1 de abril,o seu 23º aniversário. Menos dez,tem o Centro de Apoio AntónioMartins Ribeiro. As datas foramassinaladas com um jantar conví-vio entre a direção do lar, uten-tes e colaboradores, mas tambémcom o descerramento de umaplaca alusiva à data festiva do refe-rido centro de apoio.

Castro Fernandes, presidenteda Câmara Municipal de Santo Tir-so, esteve presente nas comemo-rações, visitando as instalações docentro de apoio onde descerroua referida placa, deslocando-sedepois ao Lar Familiar da Tranqui-lidade, descerrando também aí umaplaca alusiva à sua participaçãoenquanto membro ativo da novacomissão organizadora e comopresidente do Conselho fiscaldeste Lar, segundo revela o siteda paróquia local.

Ainda no Lar Familiar da Tran-quilidade, desde esse dia, que seencontra patente ao público a XExposição de Arranjos Florais.Esta exposição de trabalhos fei-tos em materiais reciclados, leva-dos a cabo pelos utentes do re-ferido lar de Vila das Aves e deoutras instituições congéneres,fica patente até dia 14 de abril,transitando depois, para o Cen-tro Cultural. Aqui, a exposição ficaaté dia 30 deste mês, podendoser visitada no seu horário de fun-cionamento (9-13.00 / 14-17 ho-ras). Uma mostra que sublinha aimportância da reciclagem, numademonstração de criatividade. ||||||

VILA DAS AVES // LAR

Tranquilidadeassinala 23ºaniversário

IMAGENS DO CORTEJO PASCALE DA INAUGURAÇÃODO MURAL ESTRELAS DA FÉ

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ENTRE MARGENS | 11 ABRIL 2013 | 13

VILA DAS AVES // ASSOCIAÇÃO DE REFORMADOS

||||| TEXTO: JOSÉJOSÉJOSÉJOSÉJOSÉ ALALALALALVESVESVESVESVES DEDEDEDEDE CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

Parece que foi ontem mas, na reali-dade, a Associação de Reformadosde Vila das Aves (Arva) cumpre nopróximo mês de setembro, dez anosde atividade. E, como afirma o atualpresidente da direção, João PinheiroCarneiro, “é a altura de passar à se-gunda parte”. E com isto quer o mes-mo responsável dizer que é chegadaa hora de se encontrarem novas res-postas para os mais de 600 associa-dos e isso implica, no entender daatual direção, mudar de casa.

Atualmente a funcionar, quase emexclusivo, numa das salas da antigasede da Junta de Freguesia, que é aomesmo tempo sede, secretaria e sala

A ASSOCIAÇÃO DE REFORMADOS DE VILA DAS AVES DIZ QUE PARACRESCER PRECISA DE NOVA MORADA E PARA ISSO JÁ SE CANDIDATOUAOS ESPAÇOS AGORA DÍSPONÍVEIS NO EDIFÍCIO QUE DURANTE ANOSACOLHEU A ESCOLA DA PONTE.

Arva celebra dez anosem setembro eprocura nova morada

da trabalhos manuais, o espaço hámuito que se tornou insuficiente paraas necessidades da associação. Ogrupo coral, por exemplo, tem de sesocorrer, uma vez por semana, doantigo salão nobre da Junta de Fre-guesia para aí realizar os seus ensai-os. E para as oito horas semanais deginástica, a associação recorre à cavedo atual edifício da Junta. Para con-gregar todas, ou pelos menos a mai-or parte, das suas atividades num sóespaço, a atual direção vê uma alter-nativa: o edifício – ou parte dele - an-teriormente ocupado pela Escola daPonte. E um pedido nesse sentido jáseguiu para o presidente da CâmaraMunicipal de Santo Tirso, e tambémassociado da Arva, Castro Fernandes.

Neste momento não é conhecidaqualquer decisão sobre o assunto,mas João Carneiro admite que seriaótimo poder celebrar aí, no dia 4 desetembro, o décimo aniversário da Arva.O mesmo edifício tornaria possível acriação de espaços de convívio, mastambém de troca de conhecimentos,entre os seus associados. O presi-dente da direção não fala em “uni-versidade sénior”, mas sublinha o seudesejo de que na Arva esses espa-ços de partilha de conhecimentos –chama-lhe “convívio qualitativo” - se-jam uma realidade. “Nestas idades”,diz João Carneiro pensando nos 60,70 e mais anos, “é muito natural queuma boa parte de nós já cá não este-ja daqui a dez anos. Mas é impor-tante que algo de nós fique cá quan-do a associação, a 4 de setembro de2013, celebrar 20 anos”.

FAZER MAIS PELA ASSOCIAÇÃONa presidência da direção da Arvadesde meados do ano passado, JoãoCarneiro com 71 anos feitos no últi-mo sábado, embora natural de Viladas Aves reside atualmente na vizi-nha freguesia de S. Pedro de Bairro(Famalicão). Elege o P.e Joaquim Le-mos como uma dos homens que maiso “assistiu moralmente” e de quemherdou o ensinamento “se queres sa-ber passeia, ou sabe ler”. Diz que nun-ca teve grande queda para os livros,mas que à custa do seu ofício enquan-to comercial de produtos médicos“passeou” bastante e com isso ganhousaberes. João Carneiro sucede na pre-sidência da Arva a João Cidálio Fer-reira de quem diz ter sido um “exce-

lente administrativo” e de “ter feitoum trabalho excecional”, ainda quenem sempre compreendido. Ajudouna consolidação desta associação(que tem Raul Bastos como principalfundador) e que o atual presidentequer fazer crescer.

Para isso diz ser necessário “maisespaço”, mas também de informatizaros seus procedimentos administrati-vos, fundamental para outro dos obje-tivos da atual direção: estabelecer par-cerias com outras associações congé-neres de todo o país, mas tambémcom empresas locais para que os asso-ciados da Arva possam obter daí al-guns proveitos. Em concreto, e no ime-diato, adianta ao Entre Margens atítulo de exemplo, é provável que ossócios possam vir a ter descontos naaquisição de medicamentos em de-terminada farmácia de Vila das Aves.

João Carneiro gostava ainda quefosse possível juntar à mesma mesaos responsáveis das associações lo-cais, no sentido de um maior entro-samento e colaboração entre todas.“Eu sei que isto pode parecer utópi-co”, diz o dirigente da Arva, que acre-dita ainda assim, ser isto possível eessencial para que se diminua ouelimine algum distância, ou mesmo“corrosão” que diz existir entre ascoletividades da freguesia. ||||||

À semelhança dos anos ante-riores, a Associação de Refor-mados de Vila das Aves voltou amarcar presença nas Festas daVila, realizadas no último fim desemana. E fê-lo através do seugrupo coral, dirigido por AdílioPinheiro, que atuou na noite desexta, e do seu grupo de ginás-tica, que desfilou pelas ruas dafreguesia integrado no cortejocomemorativo. Mas foi também aconvite da Arva que se ouviu natarde de domingo o grupo “OsAfluentes do Sado”. |||||

ARVA // FESTAS DA VILA

607Número de sócios da Associação de Reformadosde Vila das Aves. Na imagem, o grupo deginástica da associação nas Festas da Vila.

JOÃO PINHEIRO CARNEIRO

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ATUALIDADE14 | ENTRE MARGENS | 11 ABRIL 2013

||||| TEXTO: LUDOLUDOLUDOLUDOLUDOVINAVINAVINAVINAVINA SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

Pouco passava do meio-dia da pas-sada quinta-feira, 4 de abril, quandoas 58 bombas foram lançadas, des-pertando os mais distraídos para oinício das comemorações do 58º ani-versário de Vila das Aves.

No recinto das festas, na Fábricado Rio Vizela, já os carroceis estavamprontos para receber miúdos e graú-

‘Boda molhada boda abençoada’OS FESTEJOS DO 58º ANIVERSÁRIO DE VILA DAS AVES FORAM OS ÚLTIMOS ORGANIZADOS PELO EXECUTIVOLIDERADO POR CARLOS VALENTE. E NO FINAL FICOU O “SENTIMENTO DO DEVER CUMPRIDO”

dos e dar asas à diversão. Ao inícioda noite, o cheiro das farturas a sairquentinhas com o aroma a canelainvadia o recinto iluminado por mile uma luzes do asseamento que pro-porcionava ao local um verdadeirocenário de conto de fadas.

No dia seguinte, sexta, as criançasdas escolas de Vila das Aves foramas protagonistas do espetáculo damanhã onde cantaram e dançaram

os mais diversos temas. No final pu-deram desfrutar dos carroceis de quemais gostavam.

A noite, que se fez fria quantobaste, não afastou o público que visi-tou as barraquinhas no recinto dasfestas e que assistiu à apresentaçãodo grupo Coral da Associação deReformados de Vila das Aves, queapresentou o seu vasto reportórioonde se inclui várias músicas de Zeca

Afonso que muito animaram a assis-tência. A finalizar a noite atuaram os“5 Good Fellows” Grupo de Alunosda Escola EB 2/3 de Vila das Aves.

Na programação de sábado, pormotivos de segurança devido ao fac-to do rio Ave estar com um elevadocaudal não se realizou o concursode pesca desportiva.

Na noite de sábado, tudo foi “sexy”.O Grupo Millenium e as suas baila-

“A participação muitopositiva das associa-ções muito contribuiupara o sucessodas Festas da Vila”CARLOS VALENTE, PRESIDENTE DAJUNTA DE FREGUESIA DE VILA DAS AVES

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ENTRE MARGENS | 11 ABRIL 2013 | 15

rinas e também a Junta de freguesiae os elementos do seu executivo, quea convite do grupo subiram ao pal-co. E depois, todos dançaram ao “põea mão na cabecinha, e depois na cin-turinha…” fazendo assim as delícias dopúblico, que encheu o recinto, e quenão se fez de rogado, acompanhan-do a dança num momento de totaldescontração. A finalizar a noite deespetáculo, o fogo-de-artifício foi reie iluminou toda a zona da baixa deVila das Aves com múltiplas cores.

O domingo, dia 7 de abril, e últi-mo dia de festas, amanheceu chuvo-so, mas como diria o povo “boda mo-lhada boda abençoada”, e a chuva,miudinha, não impediu o cortejo decircular pelas ruas de Vila das Avesnem o público que por todo o percur-

so se fez presente para aplaudir as asso-ciações que participaram no desfile.

A concentração dos carros fez-sena rotunda de S. Miguel e participa-ram no desfile a Fanfarra dos Bom-beiros de Vila das Aves, o Jardim deInfância das Fontainhas com os seus“burburinhos” coloridos que muitopediam sol, que veio, quando já ha-via terminado o cortejo.

Participaram também os três ran-chos da Vila: o Grupo Etnográfico dasFontainhas, o Rancho Folclórico deSanto André de Sobrado e o Grupode Santo André. Com balões colori-dos e cantares desfilou também o gru-po de ginástica da Associação de Re-formados de Vila das Aves, a Escolada Ponte com o seu hino escolar, osPinheiros de Ringe que iam “baten-

do” bola, o Agrupamento de Escutei-ros, a associação Aves Solidária e ocarro do Clube do Rio que simboli-zava o ambiente vivido no ginásio.

Com participação especial esteveo Rancho de Santo Honorato, que emfrente à tribuna entoou a sua famosamarcha. Esta presença traduziu-senuma justíssima homenagem à fun-dadora, já falecida, do agrupamento,Alzira Magalhães, nas comemoraçõesdo centenário do seu nascimento. Alzi-ra Magalhães foi incansável ao servi-ço do rancho e desde o seu faleci-mento, a 8 de julho de 1988, maisninguém foi capaz de a substituir. Oseu legado, porém, permanece namemória de muitos.

A todos os que passavam em fren-te à tribuna, onde estavam represen-

tantes da junta e Assembleia de Fre-guesia, dos Bombeiros Voluntários, daGNR e da Fábrica do Rio Vizela, CarlosValente, presidente da Junta de Viladas Aves, agradecia a participação eempenho no cortejo do 58º aniver-sário da vila.

Carlos Valente faz um balanço “mui-to positivo”, das Festas da Vila. “Apesardas festas em Roriz, tivemos muitopúblico e tudo correu pelo melhor”,referiu o presidente da Junta, salien-tando que a participação “muito posi-tiva das associações muito contribuiupara o sucesso” das mesmas. E é comum forte “sentimento de dever cum-primento” que o autarca avense encer-ra as festas do 58º aniversário de Viladas Aves, as últimas por si organiza-das enquanto presidente da Junta. |||||

NESTA PÁGINA: PINHEIRINHOSDE RINGE, JARDIM DE INFÂNCIA DASFONTAINHAS, RANCHO SANTOHONORATO, BANDA MILLENIUMCOM CARLOS VALENTE, FANFARRADOS BOMBEIROS DE VILA DAS AVESE AGRUPAMENTO DE ESCUTEIROS.

NA PÁGINA AO LADO: GRUPOETNOGRÁFICO DAS AVES, AVESSOLIDÁRIA, ESCOLA DA PONTE,CLUBE DO RIO, RANCHO DE S.ANDRÉ DE SOBRADO E RANCHO DES. ANDRÉ DAS AVES

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ATUALIDADE16 | ENTRE MARGENS | 11 ABRIL 2013

Rua da Indústria, 24 - 4795-074 Vila das Avestelefone 252 820 350 | fax 252 820 359E-mail: [email protected]

AUTÁRQUICAS 2013 // JOAQUIM COUTO

Chama-se “compromisso autárquico2013-2017” e foi assinado por to-dos os candidatos do PS às Câmarasdo distrito do Porto. O candidato àCâmara e Santo Tirso, Joaquim Couto,não foi exceção e a 7 de abril assi-nou o documento fruto da vontadedos socialistas assumirem uma es-tratégia de desenvolvimento para aárea metropolitana do porto, para ao Vale do Sousa e Baixo Tâmega, atra-vés de um debate público realizado.Joaquim Couto acredita que “esta éuma nova forma de fazer politica, compreocupações reais e, acima de tudo,com a abertura para o diálogo socialque, como se sabe, é uma das mi-nhas prioridades para Santo Tirso”.

O compromisso agora assinadopretende encontrar respostas políti-cas para os grandes desafios e preo-cupações dos cidadãos, assim comoinscrever essas soluções políticas no

Candidato do PSassina ‘compromissoautárquico’EM CAUSA ESTÁ A UMA ESTRATÉGIA DEDESENVOLVIMENTO PARA A ÁREA METROPOLITANA

âmbito da estratégia da União Euro-peia para o período 2014/2020. Ocompromisso surge, assim, com oobjetivo de servir os cidadãos emáreas como a educação, a cultura, aeconomia, o emprego ou a justiçasocial. Couto defende que o conce-lho “deve assumir um papel impor-tante no contexto da área metropoli-tana do Porto”, tornando-se maiscompetitivo e desenvolvendo-se emsetores estratégicos.

“É importante estar na vida políti-ca e pública com o objetivo de serviras populações”, adianta o candidatosocialista, “penso que este compro-misso espelha um contrato com vistaa garantir políticas de bem-estar e dequalidade de vida das pessoas”.

O “Compromisso Autárquico 2013-2017” foi assinado na Maia e con-tou com a presença do secretário-geral do PS, António José Seguro. ||||||

Na última reunião de câmara, os ve-readores do PSD, apresentaram umaproposta para que no mês de agos-to os equipamentos desportivos mu-nicipais estivessem disponíveis, e quea sua utilização fosse gratuita. Masa sorte não esteve do lado dos ve-readores sociais-democratas queviram a proposta ser chumbada pe-los socialistas.

Alírio Canceles defende que “nummomento em que as famílias têmmais dificuldades em fazer férias forado concelho, é importante que es-tes equipamentos possam estar àdisposição dos tirsenses, principal-mente dos mais jovens”, pelo queentende o chumbo como uma de-monstração de “insensibilidade so-cial da maioria socialista”.

Os vereadores do PSD conside-ram que o desporto enquanto ativida-de contribuiu para a destreza men-

tal, aumento dos níveis de concen-tração, disciplina, rigor, competiti-vidade e tem uma significativo im-pacto na atividade educativa. Paraalém disso, entendem-no tambémcomo a forma mais popular de par-ticipação cultural, que anula barrei-ras como a língua, a religião e asfronteiras geográficas.

Por esta ordem de ideias, o parti-do “considera fundamental estimu-lar a participação dos cidadãos, nãosó nas atividades ao ar livre, nome-adamente a caminhada, mas tam-bém nas diferentes modalidadespraticadas em recintos adequados”.

Os socialistas justificam o chum-bo à proposta apresentada pelo PSDcom o facto de a “Piscina Municipalestar em manutenção no mês de agos-to” e, quanto à utilização do polides-portivo, adiantam que a sua utiliza-ção já é “gratuita durante grande

parte do dia para os jovens”. Poroutro lado, dizem ainda os socia-listas que “os restantes equipamen-tos tem despesas de cujas receitasnão poderão abdicar porque emperíodo de ferias os custos aumen-tam”. Por outro lado, argumentamainda que são muitos os equipa-mentos desportivos concelhios, co-mo os do Parque da Rabada, cujautilização é livre, e o mesmo acon-tece com os equipamentos das fre-guesias “que têm utilização gratuitacom base em protocolos assinadoscom as associações e juntas locais”.

Os socialistas, através de decla-ração de votos disponibizada à im-prensa, concluem dizendo que “nummomento de grandes dificuldadespara a população portuguesa pro-vocadas pelo atual governo, não écom pequenos paliativos que se ‘tapao céu com uma peneira’”. |||||

PS chumba utilização gratuitade equipamentos desportivosPROPOSTA APRESENTADA EM REUNIÃO DE CÂMARA PELO PSD NÃO TEVE O “AVAL” DOPS. SOCIAIS-DEMOCRATAS FALA EM “INSENSIBILIDADE SOCIAL” DA MAIORIA

SANTO TIRSO // REUNIÃO DE CÂMARA

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ENTRE MARGENS | 11 ABRIL 2013 | 17

MÚSICA // JOSÉ JAMES REGRESSA A GUIMARÃESVimo-lo na edição de 2011 do Guimarães Jazz, como convidado especial do McCoy TynerTrio, e soube a pouco. Mas o cantor norte-americano José James (1978) está de regresso aoCentro Cultural Vila Flor. É por Guimarães que começa a digressão nacional deapresentação do álbum “No Beginning No End”. Jazz, soul e hip-hop na voz singular deJosé James que ouvimos como se de um clássico se tratasse, sendo surpreendentementecontemporâneo. A não perder. Dia 7, em Guimarães. Mais informação em: www.ccvf.pt

SANTO TIRSO // ESCOLA AGRÍCOLA DEBATE DESAFIOS DA AGRICULTURA

||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

Falou-se em agricultura, em ensino,em mudança de mentalidades e com-petências. O debate promovido pelaEscola Profissional Agrícola CondeS. Bento trouxe a Santo Tirso nomessonantes que se focaram em pontosessências do setor no presente mastambém nos desafios do futuro. Isa-bel Cruz, subdiretora da Direção ge-ral dos Estabelecimentos Escolares(DGESTE), Gonçalo Xufre, presiden-te do Conselho diretivo da AgênciaNacional para a Qualificação e Ensi-no Profissional, Albino Bento, presi-dente do conselho diretivo da Esco-la Superior Agrária de Bragança, LuísaOrvalho, da Universidade Católica doPorto, Mário Araújo e Silva, diretorregional Adjunto da Direção Regio-nal da Agricultura e Pescas - Norte eDina Fernandes, do Espaço visual fo-ram os convidados .

“Estamos aqui hoje não só parafalar da agricultura mas também doensino e do papel que o ensino po-derá ter no desenvolvimento dessa

“QUAL A RESPOSTA DO ENSINO AGRÍCOLA AOS DESAFIOS DA AGRICULTURAPORTUGUESA NO SÉCULO XXI?” ESTE FOI O MOTE PARA O DEBATE QUE ASSINALOUO INÍCIO DA “MOSTRA AGRÍCOLA”, UMA INICIATIVA QUE SE INSERE NASCOMEMORAÇÕES DO CENTENÁRIO DA ESCOLA PROFISSIONAL AGRÍCOLA CONDE S.BENTO, E QUE SE PROLONGA ATÉ DIA 13 DE ABRIL.

Ainda há margem demanobra para osetor agrícola crescer

agricultura. Organizamos este semi-nário para tirarmos dúvidas”, adian-tou o diretor da escola, Carlos Frutuosa.

A tónica no ensino profissionalcomeçou, desde logo por ser abor-dada por Gonçalo Xufre, que subli-

nhou tratar-se de um ensino estraté-gico para o desenvolvimento do país.A subdiretora da DGESTE, por seulado, explicou que “o que se esperadesta escola é que continue a respei-tar a essência para que foi criada, oensino agrícola” e garantiu que oobjetivo é “que a formação profissio-nal dê ferramentas para o mercado detrabalho e uma forte articulação en-tre aquilo que se faz nas escolas e asnecessidades do mercado de trabalho”.

“Vale a pena investir na agricultu-ra?” perguntava Mário Araújo e Sil-va, “eu julgo que sim”, respondia. “Hánecessidade e margem de manobrapara o setor agrícola crescer”, adian-tou o diretor regional adjunto, apon-tando a tecnologia como um dospontos essenciais pelos quais é ne-cessário enveredar.

Luísa Orvalho, que está, desde oinício, ligada à criação das escolasprofissionais garante ser necessárioperceber os “constrangimentos queexistem para o desenvolvimento es-tratégico do ensino profissional” e ex-plica a necessidade de ajustar o quejá foi muito inovador de modo a queseja possível responder à estratégianacional. Dina Fernandes acompanhao trabalho de jovens agricultoresdesde 2008 e acredita ser necessá-rio transformar mentalidades, “porquehá muito a ideia de que se pode fa-zer agricultura de qualquer maneira”.A responsável referiu ainda a necessi-dade futura de trabalhos especiali-zados, assim como apostar no po-tencial técnico e de gestão dos em-presários agrícolas.

Num debate onde não foi esque-cida a importância da formação emcontexto de trabalho e a continuida-de dos estudos, a subdiretora daDGESTE reiterou a importância de“formar jovens com qualidade” e vol-tar a dar ao ensino profissional adignidade que teve.

As comemorações do centenárioda Escola Agrícola prolongam-se atédia 21 de junho. |||||

No passado dia 5 de abril, a Bibli-oteca da Escola Secundária de D.Dinis, em Santo Tirso, organizouum sarau de poesia, integrado noevento “A Poesia está na rua”, di-namizado pela Câmara Municipalde Santo Tirso e que decorre de21 de março até 30 de abril, emhomenagem ao poeta ManuelAntónio Pina.

Nesta mesma homenagem, osalunos do 7º ao 12º anos decla-maram, dramatizaram e leram ex-pressivamente vários poemas des-te consagrado escritor/jornalista“desaparecido” a 19 de outubrode 2012.

Para enriquecer esta atividade,alguns alunos do 10ºF e do 12ºE,do curso de Artes Visuais, ilus-traram poemas do autor, nomeda-mente, ”Os Gatos”, “O Pássaro daCabeça”, “A um jovem poeta” e“Amor como em casa”.

A biblioteca foi ainda deco-rada com vários trabalhos dosalunos que quiseram reproduzirartisticamente a paixão do poetapelos gatos. Foi um momento/en-contro juvenil interartístico anima-do pelo que “fica” de um poeta. |||||

Sec. D. Dinisassocia-se àhomenagem aManuelAntónio Pina

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CULTURA18 | ENTRE MARGENS | 11 ABRIL 2013

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A cidade invicta acolheu de braçosabertos a autora tirsense Carla Valen-te. O sábado, dia 23 de março, vaificar na memória de todos aquelesque estiveram presentes para assistirà apresentação do livro “Silêncios”.O evento, que teve início pelas 16horas, contou com a presença de maisde uma centena de pessoas no míticocafé Guarany.

A apresentação da obra esteve acargo de Vítor da Rocha, editor daMosaico de Palavras, que definiu a au-tora como “senhora de palavra fácile verbo fértil”, mulher de emoções quenos diz o que escreve e nos conta ossilêncios que lhe dançam no peito.

Durante a apresentação, os con-vidados puderam assistir a momen-tos musicais. Musicados por Ana Sé-rio, na voz de Marta Santos, a salaestremeceu ouvindo quatro poemas,tornados canções. Foram vários ospoemas declamados pelas vozes deJorge Vieira, entusiasta poeta portuen-se, e por António Sousa, declamadortirsense. Ambos emprestaram voz,sensibilidade e garra às palavras deCarla Valente. Original, e não menosemotivo, foi o momento em que JoãoPessanha, também poeta, dedicou oseguinte poema à autora, de modo

Porto rende-seà poesia deCarla ValenteDEPOIS DE APRESENTADO EM SANTO TIRSO, CARLAVALENTE DEU A CONHECER O SEU LIVRO DEESTREIA NA POESIA “SILÊNCIOS”, NO MÍTICO CAFÉGUARANY, NA CIDADE INVICTA.

improvisado, nas costas de um con-vite do evento: “Carla Valente / Prince-sa da poesia / Lutadora persistente / En-tusiasmo e nostalgia. // Silêncios umahistória / Talvez parte da vida / A todosfica na memória / A odisseia esquecida.”

O livro, que tinha tido a sua pri-meira apresentação em Santo Tirso,em novembro passado, esgotou noespaço de um mês. Pela qualidadeda obra, e merecidamente, o poetaJorge Vieira escolheu Carla Valentepara um evento carregado de simbo-lismo – comemoração do dia Mundialda Poesia 2013 – no Porto. Com esteevento, a obra acaba por ter mais pro-jeção e, para tal, o local escolhido foio café Guarany. Como afirmou Vítorda Rocha, “a referência do local valo-riza a própria apresentação”. PedroBrito, gerente do café, descreveu aapresentação “como extremamentepositiva”, e “um dos melhores even-tos” que passou pela mítica casaportuense. O sucesso foi de tal for-ma elucidativo que Jorge Vieira, co-

ordenador e participante do evento,afirmou: “organizo eventos literáriosno Guarany há sete anos. Nunca vi alotação daquele espaço tão esgota-da e carregada de tanta emoção. Umdia inesquecível para quem o viven-ciou na pele.”

A sessão contou com a presençade várias individualidades de desta-que nas artes e na política, mas tam-bém de familiares e amigos que fize-ram questão de felicitar a autora. Sur-giram novos convites e “Silêncios” foigrito aceso nesta inesquecível tardede março.

Carla Valente mostrou-se bastan-te segura e emocionada e agrade-ceu a todos os que contribuíram parao sucesso do evento. Relembrou queo segredo de tanta emoção e inten-sidade no que escreve tem semprecomo ingrediente base muito amor epaixão. Confessou-se “poeto-o-de-pendente” e sorrindo, acrescentou,que não trocaria por nada o domcom que Deus a presenteou. Disse

ainda que “Silêncios” é uma obraabençoada, carregada de luz, amor epaixão e que tem ultrapassado todasas expectativas e conquistado leito-res muito diversificados.

No final, a autora tomou a palavrae dissertou sobre o que é, em seuentender, a inspiração: “todos inspira-mos vida, de modo mais ou menossemelhante, a fazemos circular em nós,o modo como a transpiramos é queé diferente de pessoa para pessoa!Isso é ser desigual entre os iguais.”

A autora espera continuar a levar“Silêncios” a várias cidades, para al-gumas das quais já existem convitesformais, e confessou que um dosmaiores sonhos era gravar um CDcom poemas contidos em “Silêncios”:“Confesso que o lado de poeta/letristame atrai fortemente “ – disse a auto-ra. Ana Sério corroborou este proje-to futuro tendo dito: “pretendo con-tinuar a musicar Carla Valente – ex-celente poetisa. O CD vai ser umarealidade!” ||||| CRISCRISCRISCRISCRISTINATINATINATINATINA VVVVVALENTEALENTEALENTEALENTEALENTE

NA IMAGEM, DE PÉ, CARLAVALENTE DURANTE AAPRESENTAÇÃO DO SEU LIVRODE POESIA, SILÊNCIOS

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ENTRE MARGENS | 11 ABRIL 2013 | 19

Pelo segundo ano consecutivo,no Centro Cultural de Vila dasAves volta-se a assinalar a che-gada da primavera com música.Numa iniciativa promovida pelaCâmara Municipal de Santo Tirsoem colaboração com o GrupoCoral de Vila das Aves, realiza-se no próximo sábado, 13 deabril, a partir das 21 horas, aAudição de Primavera. Para alémdo referido agrupamento coral,esta inicativa conta também coma participação do professores ealunos da Oficina de Música edo Coral Infantil de Vila das Aves.

Entre o popular e o erudito, oreportório a apresentar neste espe-

VILA DAS AVES // MÚSICA

táculo de entrada livre, revela-separticularmente abrangente, refe-re a autarquia em comunicadode imprensa. O mesmo, inclui ofado-canção “Foi Deus”, detem-se no cancionario popular de queo tema “Não quero que vas àMonda” é apenas um exemplo,passa pela pop dos the Gift, semesquecer o contributo e a erudi-ção de compositores comoJohann Sebastian Bach e JohannPachelbel. No final desta Audi-ção da Primavera, os vários gru-po participantes neste espetáculojunta-se em palco para a cançãofinal: “Comment va, miss Monde,miss Terre, ma Terre”. |||||

SÁBADO, 13 DE ABRIL, A PARTIR DAS 21H00

Nas manhãs dos dias 23 de marçoe 7 de abril, o Colégio ‘A Torre dosPequeninos’ promoveu uma nova ati-vidade fora da sua componente letiva,aberta e adaptada às capacidadescognitivas de bebés dos 4 aos 24meses, alunos e público externo àinstituição.

“A adesão superou as nossas ex-petativas, tendo sido inevitável a orga-nização de uma 2ª edição para res-ponder à procura. No total recebemos32 famílias, 55 por cento das quaisexternas ao colégio, afirma a Coorde-nadora Pedagógica, Graça Couto.

O workshop “Música para Bebés– A Primavera” procurou proporcio-nar experiências musicais complemen-tadas pela dança, o que se traduziuem fortes vivências musicais para osbebés e os pais.

Delineado pelo professor de Expres-são Musical, Rui Costa (instrumentistade cordas, Licenciado em EducaçãoMusical e Mestre em Estudos da Cri-ança e Educação Musical), o espetá-culo multidisciplinar com o tema “APrimavera” como pano de fundo, com-preendeu um cenário criativo e cui-dado, criado pelas educadoras e au-xiliares da Torre dos Pequeninos; o

Música para Bebés na‘Torre dos Pequeninos’

uso de canções que aludiam à alegriae ao movimento rítmico; a interaçãoe envolvimento das crianças atravésdo seu próprio acompanhamentocom instrumentos Orff; a coreografiae leveza dos passos mágicos de umabailarina, culminando de forma total-mente relaxante numa sala especi-almente preparada para o efeito.

Através da utilização de meios lú-dicos e pedagógicos todos puderamsentiram a emoção de participar nummomento promotor de espaço paraouvir, sentir, ver e criar.

“A música é uma verdadeira fábri-ca de sonhos! No final era percetívelo espanto, a alegria e a excitação nosorriso e no brilho dos olhos dascrianças que tiveram a possibilidadede participar num espetáculo de ta-manha singularidade e magia!”, teste-munhou a mãe de um participante. |||||

Foi aprovada na semana passada pe-la Agência Executiva relativa à Educa-ção, ao Audiovisual e à Cultura umacandidatura que irá garantir o finan-ciamento e a execução de diferentesatividades na área do Novo Circo portoda a Europa. O projeto candidatadochama-se “Circus Next” e tem a du-ração de quatro anos (2013-2017).

Concorreram ao programa de fi-nanciamento da União Europeia 80projetos, tendo sido apenas 14 con-templados. Um deles foi precisamen-te o “CircusNext”, um projeto em redeque visa reforçar o papel das váriasestruturas europeias associadas, ten-do como objetivos a promoção, a for-mação, o apoio a jovens artistas e acriação de espetáculos de Novo Cir-co na Europa.

Esta rede de cooperação é consti-tuída por 9 parceiros, entre os quais,A Oficina. Ao integrar es-ta rede in-ternacional de Novo Circo, A Oficinagarante, assim, a realização de dife-rentes atividades neste âmbito emGuimarães, nos próximo anos. |||||

GUIMARÃES // NOVO CIRCO

A Oficina garanteapoio paraatividades na áreado Novo Circo

Música para celebrara Primavera noCentro Cultural

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VALE DO AVE20 | ENTRE MARGENS | 11 ABRIL 2013

A Junta de Freguesia de Riba de Avepromove, esta sexta feira, 12 de abril,pelas 20h30, um colóquio subordi-nado ao tema “O meu filho vai parao Primeiro Ciclo... e agora?”.

Este colóquio contará com a par-ticipação e contributos da psicólogaEliana Oliveira, da coordenadora daEB1/JI Avenida de Riba de Ave, Ma-ria do Carmo Pinto, da coordenado-ra do Polo da Biblioteca de Riba deAve, Teresa Torres, da presidente daassociação de pais de Riba de Ave,Filipa Gomes e da tesoureira da Juntade Freguesia, Cecília Melo.

O objetivo deste colóquio é de-bater os principais anseios dos paisquando os filhos vão para o primei-ro ciclo, a par de outras questõespráticas relacionadas como as matrí-culas, os horários e as diferentesatividades que o primeiro ciclo de-senvolve. Os pais e encarregados deeducação terão ainda oportunidadede visitar as instalações da escola eda biblioteca para melhor compre-enderem as dinâmicas destas duasinstituições ao longo do ano letivo.A entrada é livre e destina-se aospais e encarregados de educaçãocom crianças em idade escolar bemcomo a toda a comunidade. |||||

RIBA DE AVE // COLÓQUIO

Anseios dospais quandoos filhos entramna escola

‘Faça-se feira!’

PRÉMIO MATILDEROSA ARÁUJO

Depois da reedição, em 2012, daFeira Franca de Maio, também co-nhecida como Feira das Trocas ouFeira do Burro, o município de Fa-malicão promove mais uma ediçãodesta indicativa, de forma a valo-rizar as suas tradições mais pro-fundas. Assim, nos próximos dias3, 4 e 5 de maio, voltará a reali-zar-se uma das maiores tradiçõeshistóricas do concelho, ordenadapor D. Sancho I em 1205 e agorarecuperada. El Rei disse: “Faça-seFeira!” e Famalicão cumpre a ordem,fazendo a Feira na forma mais ori-ginal possível. Assim, o evento vaidecorrer na cidade, nomeadamen-te, na Praceta Cupertino de Miran-da e na Alameda D. Maria II, lo-cais onde originalmente se reali-zava, no então denominado Cam-po Mouzinho de Albuquerque.

“Trata-se de uma aposta do mu-nicípio famalicense numa ativida-de de caráter tradicional que mui-to diz às gentes da terra. É objetivodesta dignificar também a identi-dade cultural do concelho e ex-plorar as suas potencialidades so-ciais, culturais, económicas e turí-sticas”, refere a propósito o vice-presidente e vereador da Culturae Turismo, Paulo Cunha.

Durante três dias, para além daoportunidade de poder comprarprodutos hortícolas, fruta, flores,enchidos, mel, queijos, compotas

FAMALICÃO // FEIRA DE TROCASNo âmbito das comemorações do DiaInternacional de Monumentos e Síti-os, a Câmara Municipal da Trofa e aFaculdade de Letras da Universida-de do Porto vão assinar, a 18 de abril,um protocolo de colaboração comvista à investigação do Castro deAlvarelhos.

Pretende-se, com a assinatura des-te documento, estabelecer relaçõesefetivas de cooperação no âmbito daarqueologia, com particular incidên-cia na Estação Arqueológica Castrode Alvarelhos, nas suas mais varia-das vertentes, nomeadamente, na re-alização de estudos científicos e deinvestigação, com vista à divulgação,salvaguarda e valorização deste sítioarqueológico e respetiva zona espe-cial de proteção.

Entretanto, e de forma a assinalarigualmente a data, a autarquia vai darcontinuidade à atividade já iniciadano ano transato, com ações de sensi-bilização acerca do património conce-lhio nas Escolas da Trofa, na semanade 15 a 19 de abril.

Para dia 20 de abril, ainda nesteâmbito, está marcada uma visita gui-ada aos vários castros que integram aRede de Castros do Noroeste Penin-sular, com inscrição prévia, aprovei-

TROFA // DIA INTERNACIONALDE MONUMENTOS E SÍTIOS

Castro de Alvarelhosleva autarquia a uniresforços com aUniversidade do PortoCOMEMORAÇÕES INCLUEM AÇÕES DE SENSIBILIZAÇÃONAS ESCOLAS E VISITA AOS CASTROS DAREDE DE CASTROS DO NOROESTE PENINSULAR

tando o facto desta Rede estar a pro-mover um conjunto de atividades in-tegradas, e alusivas à data, aos Cas-tros de Alvarelhos, Terroso (Póvoa deVarzim), Monte Padrão (Monte Cór-dova, Santo Tirso) e Sanfins (Paçosde Ferreira).

Os interessados devem inscrever-se previamente na Casa da Culturada Trofa, através do e-mail [email protected] ou do núme-ro 252 400 090. ||||

Está já na reta final a edição2013 do Concurso Lusófono daTrofa - Prémio Matilde Rosa Ara-újo - Conto Infantil, promovidopela Câmara Municipal da Trofa.Os interessados podem aindaparticipar nesta iniciativa, en-tregando os seus contos até 27de abril, pelas 17h00, na Casada Cultura ou via correio, comcarta registada e dirigida ao ve-reador da Cultura, Assis SerraNeves, para a seguinte morada:Câmara Municipal da Trofa, Edi-fício Sede, Pólo I, Rua das In-dústrias, 393, Apartado 65,4785-624 Trofa.

Este Concurso conta com oapoio do Camões - Instituto daCooperação e da Língua, e es-tende-se a todos os países delíngua oficial portuguesa, no-meadamente Portugal, Angola,Brasil, Moçambique, Cabo ver-de, S. Tomé e Príncipe, GuinéBissau e Timor. Os interessadospodem aceder ao regulamentodo concurso através do sítio naInternet da Câmara Municipal(www.mun-trofa.pt)

e muitos outros produtos tradici-onais – a maior parte deles ad-quiridos diretamente ao produ-tor –, o visitante vai poder apreciare também poder adquirir gado bo-vino, caprino, suíno, cavalos, avesde capoeira e coelhos, entre ou-tros produtos.

A animação será constante aolongo do dia. Ver-se-á atravessara feira pessoas trajadas à época,disputando uma desgarrada, dan-çando, trocando produtos, fazen-do juras. A estas juntam-se o toca-dor de concertina, o cantador aodesafio e outros festeiros. Os toca-dores e dançarinos dos gruposetnográficos do concelho vão mis-turar-se com o povo que vem feirare a eles podem juntar-se todosos que quiserem trazer de casa asua concertina, uma gaita-de-bei-ços ou um simples tambor ourecoreco. Por isso, o desafio es-tende-se a todos quantos quei-ram comparecer não apenas oriun-dos do concelho mas de outrasparagens, acompanhados pelosseus instrumentos musicais oumesmo enver-gando uma peça devestuário “à antiga”.

Já fora de horas, pela noite den-tro, numa ponte entre tradição emodernidade, a animação conti-nua com as sugestões musicaisde DJs, numa festa de rua no toposul da feira. ||||||

DIAS 3, 4 E 5 DE MAIO NA PRACETA CUPERTINO DEMIRANDA E NA ALAMEDA D. MARIA II

A Bem-Me-Quer, Instituição de Soli-dariedade de Delães, vai organizarnas suas instalações, nos próximosdias 12 e 13 de abril a I Feira Socialna qual serão vendidos artigos emsegunda mão (brinquedos, livros,roupa de adultos e criança, bem comopequenos eletrodomésticos, entre ou-tros) em bom estado até 5 euros.

O dinheiro angariado na feiraserá investido nas obras do parqueinfantil, que a instituição pretende re-modelar. A feira realiza-se no horá-rio compreendido entre as 17h00 eas 20 horas no dia 12, e das 9h30às 13h00 no sábado, dia 13. A en-trada é gratuita. |||||

DELÃES // BEM-ME-QUER

Feira Socialeste fimde semana

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Embora a residir atualmente no Bra-sil, Fátima Pacheco mantém uma pro-funda ligação à sua terra, Vila das Aves.Consultora em Gestão Escolar, aquiparticipou no projeto “Fazer a Ponte”.No quadriénio 1997/2000 integrouo executivo da Junta de Freguesia deVila das Aves, liderado por AníbalMoreira. Paralelamente, foi dirigenteassociativa, nomeadamente da Asso-ciação Avense, da qual é ainda sócia,bem como cooperante da Cooperati-va Cultural de Entre-os-Aves.

“Santo Tirso conVida”… ou nem porisso?Santo Tirso conVidaria se tivesse me-lhores infraestruras. Convidaria se osequipamentos sociais fossem mais bemdistribuídos pelas freguesias do con-celho. Convidaria se tivesse melho-res acessibilidades. Convidaria se ti-vesse indústria, comércio e serviços su-ficientes para garantir empregabilida-de. Enquanto sede de concelho, ofere-ce bons parques, lindas paisagens masque não são o suficiente para quemaí reside. Só para visitante... é pouco!

‘Ofereceria umamedalha dehonra aAníbal Moreira’

Os últimos tempos vividos no Brasilfazem-na acreditar mais ou menosem Portugal?Viver num país como o Brasil tem-mepermitido conhecer outros modos deviver, de ver o mundo e, ao mesmotempo, ter melhor a noção do quan-to foi feito em Portugal após o 25 deAbril de 74. Mas ouvindo as notíci-as sobre o meu país distante, fica umsentimento de extrema tristeza. Ondeestá aquele povo guerreiro e críticoque o pós-fascismo deveria ter cons-truído? O que acontece no país quepara “salvar” a economia comproubancos falidos e que retira à classemédia e aos pobres o pouco que elesdetêm? Reclama-se a adoção de me-didas como o Rendimento Mínimo,hoje Rendimento Social de Inserção,mas ninguém reclama dos rendimen-tos máximos que saíram do bolso doscontribuintes para “salvar” uma eco-nomia que um pequeno grupo des-truiu. É muita a inversão de valores...

Se pudesse, que conselhos daria aNuno Crato, ministro da educação?Que deixasse trabalhar os professo-res que querem trabalhar. Aquelesque, de facto, acreditam que a edu-cação poderá ajudar na transforma-ção da sociedade.

Do que sente falta no concelho deSanto Tirso?Sinto falta de Vida.

Uma Universidade no concelho é:imperativo, desnecessário ou indi-ferente?Uma universidade só terá sentido sehouver infraestruturas para a receber.Se abrirem uma Universidade paraoferecer cursos para os quais não ha-verá saídas profissionais ou não tive-rem relação estreita com a realidadeeconómico-social poderá transformar-se em mais um “elefante branco”.

O último livro do qual é co-organiz-adora chama-se “A Escola da Pontesob Múltiplos olhares”. Qual é o seu“olhar” sob a escola?O meu “olhar” é e será sempre umolhar de esperança na construção depessoas melhores. Entendendo esse‘ser melhor’ em todas as dimensõesdo ser humano: enquanto alunos, fi-lhos, crianças, adolescentes e, concomi-tantemente, pessoas críticas, interventi-vas, com valores expressos na respon-sabilidade pessoal e social, na solida-riedade e democraticidade. Enquan-to Escola teve a sua contribuição nasociedade e a semente que propa-gou, e ainda propaga, faz-me acreditarque a Ponte se fará todos os dias. Maisdo que um espaço instituído o projeto“Fazer a Ponte” se constituiu num lugarde encontros e desencontros, um es-paço de vida, de ideais, de sonhos,de partilha pois dum projeto humanose trata. A Escola sozinha pouco podemudar a sociedade mas se, como ins-tituição, se ausentar desse papel, en-tão deixaremos de ter esperança. A

Ponte está impregnada no corpo dequem lá está e de quem lá passou.

Qual das prometidas obras camará-rias sente mais falta?Prometidas foram muitas, mas lembroa Avenida de Paradela - que já foi orça-mentada em sucessivos mandatos - oua Quinta do Verdeal - que após sofreralterações com a instalação da Esta-ção ferroviária ficou esquecida, paranão falar de pequenas obras.

Complete a frase: eu ainda sou dotempo em que……em que Vila das Aves andava sem-pre em festa!!!

Eu faria um abaixo-assinado para…...destituir pessoas corruptas.

O que futuro gostava de ver reserva-do para a Associação Avense e parao seu Cubo das Artes?Gostaria que a associação rejuvenes-cesse e encontrasse jovens com von-tade de implantar novos projetos des-portivos, culturais e que lhe dessemnova alma com o espaço do Cubo dasArtes a funcionar em pleno. Se issonão acontecer... porque não habilitaro Cubo das Artes com as associaçõesjuvenis emergentes, ou até em coabi-tação com o Jornal Entre Margens?

Quem levava a banhos nas Termasdas Caldas da Saúde e no Rio Ave?A banhos levaria o povo anónimodo nosso concelho que já tantosimpostos pagou para a despoluiçãodos rios e que, por isso, mereceriaum bom tratamento gratuito nas Ter-mas das Caldas da Saúde.

A quem oferecia uma medalha dehonra?Ofereceria, a título póstumo, a AníbalMoreira pelos anos de dedicação emdefesa do desenvolvimento estrutu-ral da nossa freguesia. Aos vivos...ainda se fará história. |||||

DAS OBRAS PROMETIDAS,“LEMBRO A AVENIDA DE

PARADELA QUE JÁ FOIORÇAMENTADA EM SUCESSIVOS

MANDATOS”FÁTIMA PACHECO

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DESPORTO22 | ENTRE MARGENS | 11 ABRIL 2013

II LIGA // MESMO JOGANDO EM SUPERIORIDADE NU-MÉRICA TODO O SEGUNDO TEMPO

Aves não superaPortimonense

AVES 0 - PORTIMONENSE 0AVES: MARAFONA, LOURENÇO (DALLY, 36’), TITO, RE-

NATO REIS, LEANDRO, VASCO ROCHA (TIAGO CINTA, 79’),

MAMADU, DIOGO RIBEIRO, JOÃO PAULO, ELVIS (ROMA-

RIC, 65’) E RENATO SANTOS. PORTIMO-NENSE: IVO

GONÇALVES, RICARDO NASCIMENTO, WAKASO, ANSELMO

(GOMIS, 68’), FABRICIO, VITOR GONÇALVES, SIMY

(MÁRCIO MADEIRA, 45’), RUBEN FERNANDES, ZAMBUJO

(PATRIZIO FRAU, 77’), NELSINHO E QUINAZ.

ÁRBITRO: OLEGÁRIO BENQUERENÇA (LEIRIA). CAR-

TÕES AMARELOS: QUINAZ (17’+ 45’), VAS-O ROCHA (57’),

LEANDRO (60’), GOMIS (80’), DALLY (84’), MARCIO MA-

DEIRA (90+4’). CARTÃO VERMELHO: QUINAZ (45’).

||||| TEXTO: CELCELCELCELCELSOSOSOSOSO CAMPOSCAMPOSCAMPOSCAMPOSCAMPOS

FOTO: VVVVVASCOASCOASCOASCOASCO OLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRA

Primeiros 45 minutos equilibrados,com poucos lances de perigo juntode ambas as balizas. Prova disso é a

O DESPORTIVO DAS AVES NÃO FOI ALÉM DE UM EMPATE AZERO NA RECEÇÃO AO PORTIMONENSE, NÃO CONSE-GUINDO APROVEITAR A EXPULSÃO DE QUINAZ AINDA NOPRIMEIRO TEMPO. NA JORNADA ANTERIOR VENCEUO BRAGA B. TEM 54 PONTOS E ESTÁ NO QUARTO POSTO

nota de que o primeiro remate acon-tece aos 14 minutos por Mamadu aolado. Quatro minutos depois Wakasona sua área desvia a bola com o bra-ço, parecendo ocasional, e OlegárioBenquerença manda seguir com pro-testos dos avenses.

À passagem da meia hora é Zam-bujo, na pequena área, com um pon-tapé de bicicleta, mas vale Vasco Ro-cha que mete o corpo à bola e desviaela linha final. Lesionado, Lourençosai para o lugar de Dally assumindoa posição de ponta de lança.

A fechar o primeiro tempo há doisremates com perigo para a equipa Al-garvia. Primeiro Quinaz (41’) para de-fesa segura de Marafona que depoisteve dificuldade em desviar para can-

to o potente remate de Wakaso (43’).Em cima do intervalo, um dos ca-

sos do jogo. Quinaz vê o segundoamarelo a castigar uma suposta si-mulação do avançado dentro daárea, protagonizando uma queda apa-ratosa dentro da área.

Apesar de reduzido a dez elemen-tos, os algarvios não se remeteram aoseu meio campo e criaram perigo logono reatamento. Na sequência de umlivre direto ainda longe da baliza, orecém entrado Mário Madeira rema-tou forte para defesa segura do guar-dião avense. Pouco depois (52’), novolivre do Portimense com a bola bom-beada para a área, Marafona sai emfalso e Wakaso sobe mais alto e ca-beceia ao poste da baliza avense.

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ENTRE MARGENS | 11 ABRIL 2013 | 23

CLASSIFICAÇÃO J P

1 - BELENENSES 34 81

2 - AROUCA 34 59

3 - LEIXÕES 35

4 - CD AVES 35 545 - SANTA CLARA 34 53

7 - SPORTING B 34 52

9 - PENAFIEL 35 51

10 - PORTO B 34 50

11 - PORTIMONENSE 35 50

6 - BENFICA B 34 52

34

13 - U. MADEIRA 34 46

16 - FEIRENSE

34 4614 - NAVAL

34 43 15 - ATLÉTICO34 40

12 - TONDELA 35 47

518 - OLIVEIRENSE

TONDELA1 - V. GUIMARAES B 0

PORTIMONENSE 1 - LEIXÕES 1

C D AVES 2 - PENAFIEL 2BELENENSES - OLIVEIRENSE*FEIRENSE - SPORTING B*

U. MADEIRA - COVILHÃ*BENFICA B - ATLÉTICO*

JORNADA 36 - RESULTADOS

NAVAL - MARÍTIMO B*

17 - MARÍTIMO B 34 37

19 - TROFENSE 34 29

22 - V. GUIMARÃES B

34 2820 - SC COVILHÃ

34 27 21 - FREAMUNDE34 24

18 - SC BRAGA B 33 33

57

SC BRAGA B - AROUCA*

SANTA CLARA - TROFENSE*

PORTO B - FREAMUNDE*TROFENSE - SC BRAGA BFREAMUNDE - SANTA CLARA

LEIXÕES - PORTO BPENAFIEL - PORTIMONENSEOLIVEIRENSE - TONDELACOVILHÃ - BELENENSES

V. GUIMARÃES B - CD AVES

SPORTING B - UNIÃO DA MADEIRAATLÉTICO - NAVALMARÍTIMO B - BENFICA BAROUCA - FEIRENSE J

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AVES // A POSSIBILIDADE DA LIGUILHAFoi a melhor oportunidade do Por-timonense e logo a seguir (65’) sur-giu a grande chance avense. Canto co-brado com Dally a subir mais alto aosegundo poste e a cabecear para Fa-bricio salvar em cima da linha de golo.

O jogo continuou equilibrado esó no último quarto de hora é que oAves conseguiu remeter os algarviosao seu meio campo. Apesar das inú-meras tentativas, os avenses não tive-ram o discernimento de criar novasoportunidades de golo e de marcar,apesar de terem jogado o segundotempo em superioridade numérica.

OS TÉCNICOSNo final da partida, Lázaro Oliveiradiz que o resultado “reflete o que foio jogo”, lamentando e criticando a ex-pulsão de Quinaz. Já o professor Ne-ca lembrou que o Portimonense foiuma equipa que se reforçou muitono mercado de Inverno e que estámais forte. Falou em “penalty por as-sinalar”, mas reconheceu que apesarda “vontade e querer” dos seus atletas

“houve mais coração do que razão”.Na jornada anterior, os avenses

também jogaram em casa, vencendoo Braga B por 2-0, dominando o de-safio. Lourenço abriu o ativo (21’) degrande penalidade, depois de EmidioRafael cometer falta na área sobreRenato Reis. Dally, no segundo tem-po, dilataria a vantagem.

Na próxima jornada, há jogo gran-de em Matosinhos, com os avenses adefrontarem o Leixões, encontrando-se respetivamente o quarto e o ter-ceiro classificados. O desafio fecha ajornada 35, domingo, às 16 horas,mas será jogado à porta fechada. Oclube matosinhense foi condenadopor comportamento racista dos seusadeptos pelo Conselho de Justiça daFederação Portuguesa de Futebol. ||||||

O tecnico do Aves reco-nheceu que apesar da“vontade e querer” dosseus atletas “houve maiscoração do que razão”.

Os dois primeiros lugares da clas-sificação da II Liga valem a promo-ção ao principal escalão do fute-bol português, no entanto, surgeagora nova oportunidade para osque ficarão classificados em tercei-ro e quarto.

A Assembleia Geral da Liga Por-tuguesa de Clubes de Futebol apro-vou recentemente o alargamentodo campeonato principal para 18clubes, de forma a poder acolhero Boavista em 2013/14. Para nãohaver número impar, a ideia prevêa disputa de uma “liguilha” parapreencher essa vaga, a realizar nofinal da presente temporada, envol-vendo os dois últimos classifica-dos da I Liga e os terceiro e quartoda II Liga. Agora a decisão terá deser ratificada pela direção da Fe-deração Portuguesa de Futebol.

Comentando esta decisão e uma

Técnico do Avesnão pensa nemem ‘subidas’ nemem ‘liguilhas’

vez que o Aves, à data, é quartoclassificado, o professor Neca mos-tra poucas esperanças de a suaequipa chegar ao final do campe-onato nestas posições.

“O Inverno tirou-nos o Rabiola(vendido ao Sp.Braga), mas tambémRomeu, Vasco Matos e Pedro Perei-ra”, homens preponderantes na equi-pa. “Não vivemos de ilusões”, dis-se Neca, adiantando que “estamosa equilibrar”, falando em “jogado-res extraordinários”. Destacou queem sete jogos disputados sobre asua liderança apenas tem uma der-rota. “Não tenho ilusões para pen-sar em alargamentos. Não fazemoscontas de subidas e liguilhas. Jogoa jogo, entramos em campo emfunção das disponibilidades quetemos”, concretizou o técnico doDesportivo das Aves. ||||| TEXTEXTEXTEXTEXTTTTTOOOOO: : : : : CELCELCELCELCELSOSOSOSOSO

CAMPOSCAMPOSCAMPOSCAMPOSCAMPOS. . . . . FOTO: VVVVVASCOASCOASCOASCOASCO OLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRA

O S. Martinho empatou na visitaao Nogueirense a uma bola. Comeste resultado, a equipa desceu ao11º posto com 37 pontos. Na pró-xima jornada o S. Martinho recebeo Serzedo que soma 42 pontos eestá no quinto lugar.

VILARINHO SOMA VITÓRIAO Vilarinho somou a terceira vitó-ria consecutiva conseguindo a me-lhor sequência de resultados daépoca. Foi fora de casa por 0-2 navisita a Gens. Com este resultado,o Vilarinho saltou para o décimoposto da geral com 35 pontos, es-tando praticamente com a manuten-ção garantida. Na próxima jorna-da o Vilarinho recebe o Maia Lida-dor, 4º classificado (46 pontos). |||||

DISTRITAIS

S. Martinhoempata

No próximo fim de semana, dias13 e 14 de abril, o Pavilhão Muni-cipal de Santarém vai receber oCampeonato Nacional de Ginás-tica Rítmica – 1ª Divisão e Elites. OGinásio Clube de Santo Tirso es-tará representado com duas ginas-tas em competição, Carolina Maiano escalão de Iniciadas e VanessaRoriz no escalão de Seniores.As Vice-Campeãs Regionais, vãotentar nesta prova de extrema im-portância, dar seguimento ao bommomento demonstrado na provade qualificação que decorreu à duassemanas atrás no Algarve. ||||||

GINÁSTICA RÍTMICA

Ginásio Clubeno CampeonatoNacional

*Dia 17 de abril

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DESPORTO24 | ENTRE MARGENS | 11 ABRIL 2013

Tirsense goleiaFamalicão

CLASSIFICAÇÃO J P

1 - MIRANDELA 27 51

2 - CHAVES 27 49

3 - RIBEIRÃO 27 49

4 - VIZELA 27 455 - LIMIANOS 27 45

7 - FAMALICÃO 27 41

9 - FAFE 27 35

10 - BOAVISTA 27 34

11 - VILAVERDENSE 27 30

6 - TIRSENSE 27 41

27

13 - GONDOMAR 27 27

16 - PADROENSE

27 2514 - JOANE

27 21 15 - INFESTA27 20

12 - AMARANTE 27 29

358 - VARZIM

CHAVES 2 - BOAVISTA 1

AMARANTE 1 - GONDOMAR 0

VARZIM 0 - JOANE 1

TIRSENSE 3 - FAMALICÃO 0INFESTA 3 - VILVERDENSE 0

RIBEIRÃO 3 - PADROENSE 0

GONDOMAR - BOAVISTA

JOANE - AMARANTE

FAFE 2 - VIZELA 3

VILAVERDENSE - TIRSENSEVIZELA - INFESTAPADROENSE - FAFEMIRANDELA - RIBEIRÃO

FAMALICÃO - VARZIM

JORNADA 27 - RESULTADOS

JO

RNAD

A 28

- 1

4 AB

RIL

2013

LIMIANOS - FAFE

LIMIANOS 3 - MIRANDELA 0

II DIVISÃO // F. C. TIRSENSE

ALUGA-SEEspaço com 200m2 dotadode várias salas.

Centro de Vila das Aves.Junto à CGD.Rua Srª Conceição, nº 75Contactar: 965 289 050

JOGO MARCADO PELA ARBITRAGEM, COM O FAMALICÃOREDUZIDO A NOVE JOGADORES

TIRSENSE 3 - FAMALICÃO 0TIRSENSE: LEONARDO, EDUARDO, VILAÇA, TIAGO LENHO

(FABINHO, 69’), ANDRÉ PINTO, PINHEIRO, RUI LUÍS,

JOÃO PEDRO, PEDRO TIBA, RAFINHA (JOÃO MACHADO,

86’) E LEANDRO (PEDRO MAURÍCIO, 61’). FAMALICÃO:

DIEGO, ANGELO, MARQUINHOS (ANDRÉ KÁ, 45’),

PALHEIRAS, TALOCHA (LUCIONAO, 69’), RUI BORGES,

FINA, RICARDO MARTINS, CHICO, PIPO E BERTINHO

(ANDRÉ CARVALHO, 61’). GOLOS: PEDRO TIBA (23’ G.P.),

RAFINHA (83’), PEDRO TIBA (87’). ÁRBITRO: PAULO

BRÁS (GUARDA). CARTÕES AMARELOS: MARQUINHOS

(20’), ÂNGELO (22’ E 39’), TIAGO LENHO (34’), PALHEIRAS

(35’), RAFINHA (36’), DIEGO (45’), ANDRÉ KÁ (54’),

CHICO (73’), LEONARDO (78’), RUI LUÍS (89’). CAR-

TÕES VERMELHOS: ÂNGELO (39’), ANDRÉ KÁ (55’).

O Tirsense derrotou por 3-0 a equi-pa do Famalicão, num jogo marcadopela arbitragem em que os visitantesfizeram sem dois elementos praticamen-te todo o segundo tempo, altura emque os jesuítas dilataram a vantagem

conseguida na primeira parte do jogo..Num jogo em que havia alguma

expetativa tendo em conta a vizinhan-ça dos dois clubes e também a suahistória, pois são ambos clubes histó-ricos nacionais e que, nesta tempo-rada, disputam os mesmos lugares.

O árbitro, porém, quis assumirprotagonismo pois começou a mos-trar cartões bem cedo. O Tirsense che-garia ao golo de grande penalidadea castigar uma falta de Ângelo. Cha-mado a converter, o homem golo deSanto Tirso, Pedro Tiba não desperdi-çou e colocou a equipa de Santo Tirsoem vantagem. Pouco tempo depois, ohomem que fez a grande penalidadeseria expulso (39’).

No segundo tempo, os famalicen-ses mexeram, com o amarelado Mar-quinhos a ceder o lugar a André Káque acabaria por estar em campo ape-nas dez minutos. Em dois minutosapenas (54 e 55’) veria cartão ama-relo e logo a seguir o vermelho, re-duzindo a equipa do Famalicão anove elementos em campo.

Com mais dois homens que o ad-versário, os jesuítas acentuaram apressão sobre a área forasteira e foicom naturalidade que chegaram aosegundo golo por Rafinha (83’), di-latando ainda mais a vantagem cin-co minutos depois novamente porPedro Tiba, fazendo assim o resulta-do final. O capitão jesuíta soma jádoze golos no campeonato.

Na jornada anterior, o Tirsense foia Joane conseguir um empate a umabola. A equipa forasteira marcou pri-meiro, ainda no primeiro tempo porRui Luís (24’), mas os joanenses con-seguiram empatar a 15 minutos do fimpor Marquinho. Com a vitória sobre osfamalicenses, o Tirsense conseguiuigualar pontualmente o seu adversá-rio, somando 41 pontos, e ascenden-do ao sexto lugar da classificação.

Na próxima jornada, o Tirsensedesloca-se ao Vilaverdense, equipaque está no 11º lugar da tabela com30 pontos somados. |||||

“Com mais dois homensque o adversário, osjesuítas acentuaram apressão sobre a áreaforasteira e foi comnaturalidade que chega-ram ao segundo golo.

Norberto Monteiro está de regres-so ao comando técnico do futsal doAves. Quando faltam seis jornadaspara o final do Campeonato Naci-onal da 2ª Divisão e numa situa-ção classificativa aflitiva, o técnico échamado para tentar evitar a despro-moção avense, substituindo MiguelMarques no cargo que desempe-nhava desde o início de fevereiro,altura em que rendeu Toni Paiva.

Norberto Monteiro saiu do clu-be no início da temporada depoisdas convulsões internas que acon-teceram na secção, altura, em quevários dirgentes, técnicos e jogado-res abandonaram o clube por nãoaceitarem as condições e os cortesimpostos pela direção para reduzirdespesas. Está agora de regresso,Norberto que liderou a ascensão

FUTSAL // DESPORTIVO DAS AVES

Norberto Monteirotreina de novo o Aves

Apesar de ter perdido na últimajornada frente ao ADR Mata por6-2, na jornada anterior, conseguiufinalmente regressar às vitórias. Fo-ram dez jornadas sem conseguirconhecer o sabor da vitória que vol-tou a sorrir na receção ao Mace-dense por 3-2, ganhando algumânimo na fuga à despromoção, ago-ra que conta com o regresso deNorberto Monteiro ao comandotécnico da equipa (ver notícia nes-ta edição).

Os avenses poderiam ter alme-jado a um resultado positivo na ADRMata, pois tratou-se de um adver-sário direto. De resto, a derrota cus-tou a queda, embora com os mes-mos pontos, dos avenses em zona

avense desde os campeonatosdistritais até à 2º Divisão Nacional.

Norberto Monteiro diz ter acei-te o convite do presidente do clu-be pois “em momento algum vira-rei a cara ao futsal do Aves. Sem-pre que for solicitado, apesar doque aconteceu no passado, eu es-tou aqui de corpo e alma, para dartudo pela manutenção do futsal na2ª divisão nacional”.

O técnico está consciente domomento dificil que vive a equipa,pois “jogamos com cinco dos pri-meiros classificados, mas, pelos re-sultados que o Desportivo das Avesfez com eles ao longo do campeo-nato, com mais um pouco de esta-bilidade que possa incutir na equi-pa, temos possibilidade para ven-cer qualquer adversário”. |||||

Aves ganha ao Macedensede descida. O Aves soma 21 pon-tos e na próxima jornada recebe oAJAB Tabuaço, nono classificado,com 31 pontos. O jogo está mar-cado para as 17 horas, do dia 13.

AR NEGRELOS VOLTA A PERDERA Associação Recreativa de Negre-los voltou a marcar passo perden-do no passado fim de semana por4-3 na visita ao Carvalhido. Comeste resultado, a equipa negrelensemantém-se no décimo primeiro pos-to com os mesmos 26 pontos. Napróxima jornada recebe a ADC Mo-radores Urbanização de Areias (12de abril, às 21h20), equipa que se-gue no déximo terceiro posto com22 pontos. |||||

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ENTRE MARGENS | 11 ABRIL 2013 | 25

O segundo lugar do Grupo 1 dafase de apuramento para o campeo-nato da europa de andebol de 2014é agora mais seguro para os portu-gueses após a vitória, em Santo Tirsofrente à Suiça.

Depois de um empate com a Suí-ça em St. Gallen, o encontro em San-to Tirso, não poderia ter sido maissofrido. Ao intervalo a Suíça tinha jáassegurado o empate (14-14) e, nasegunda parte, dominou o marcadoraté aos últimos 10 minutos, momen-

Portugal derrota Suíçaem Santo Tirsoe reforça segundo lugar27-25 FOI O RESULTADO DO PORTUGAL SUÍÇA, EM ANDEBOL, QUE NO PASSADO DIA 7TEVE LUGAR EM SANTO TIRSO. A VITÓRIA FOI CELEBRADA EM PORTUGUÊS.

to em que o pavilhão de Santo Tirso- que não podia estar mais cheio -festejou de alívio os dois golos dePedro Spínola. A perder desde os 41minutos, a recuperação de Portugalsó aconteceu aos 53 minutos (24-24). Wilson Davyes conseguiu mar-car o golo da reviravolta e desdeentão a única preocupação foi gerira vantagem até ao final (27-25).

Os destaques da partida vão paraPedro Spínola e Pedro Solha, com cincogolos marcados cada um, mas tam-

bém para Hugo Figueira, o guarda-redes que travou, nos minutos finais,vários remates do adversário. Portu-gal tem agora pela frente a Espanha,em primeiro lugar do grupo, e aMacedónia. ||||||

Fim de semana de Festas da Vila,onde a Associação de Moradoresdo Complexo Habitacional de Rin-ge (Amchr) participou, como habi-tualmente. Tanto nas barracas, coma sua tômbola e comes e bebes, comono cortejo de domingo, apesar dachuva que se fez sentir.

Desportivamente falando, e co-meçando pelos mais velhos, a equi-pa dos seniores, recebeu e empa-tou a uma bola com o Barca, a con-tar para o campeonato da Inatel.Em relação às equipas mais jovens,

Cerca de 70 participantes desloca-ram-se até Roriz, no último domin-go, 7 de abril, para pedalar cercade 50 km no Trilho dos Carretei-ros. Às 9 horas, em ponto, iniciou-se este passeio com muita lama,mesmo muita lama e chuva à mis-tura. Mediante este cenário pare-cia ser um grande problema paraos Batetistas. Porém, o tempo aca-bou por não ser problema nenhumpara Simão Fernandes (Individual)

Mais de meia centenanos Trilho dos Carreteiros

Paulo Vides (Clube Triatlo Galitos)e Otelo Martins (Tomba Trilhos)para se classificarem nos três pri-meiros lugares.

Trilho dos Carreteiros integrouo programa das festas da vila de Ro-riz, elevada a esta categoria há ape-nas dois anos, a 6 de abril. O progra-ma das festas contemplou iniciativasde índole cultural, recreativo, mastambém desportivo, como é o casodeste Trilho dos Carreteiros. |||||

VILA DAS AVES // ASSOCIAÇÃO DE RINGE

Benjamins mereciam maisapenas a equipa de Juvenis ven-ceu, ao receber o Oliveira do Dou-ro e por 1-0.

Derrotas tangenciais tiveram osIniciados, Infantis e Benjamins. As-sim, a equipa de Iniciados recebeuo Custoias e perdeu por 2-3. Igualresultado tiveram os Infantis ao re-ceberem o Aves. Já a equipa de Ben-jamins (na foto) recebeu o Lixa eperdeu no último minuto por 5-6.Um jogo que teve várias reviravol-tas no marcador e desfecho incer-to até ao fim. ||||| ALBERTALBERTALBERTALBERTALBERTOOOOO GOUVEIAGOUVEIAGOUVEIAGOUVEIAGOUVEIA

RORIZ // TRILHOS

SANTO TIRSO // ANDEBOL

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DIVERSOS26 | ENTRE MARGENS | 11 ABRIL 2013

As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro deEmprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego.Alerta-se para a possibilidade de ocorrênciade situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização e a sua publicação.

OFERTAS DE EMPREGO

AGRADECIMENTO

A família participa o falecimento da sua ente queri-da, natural de Vila das Aves, com 90 anos de idade,falecida na sua residência no dia 29 de Março de2013. O funeral realizou-se no dia 30 de Março, naCapela Mortuária da Vila de Lordelo, para a IgrejaParoquial, indo de seguida a sepultar no cemitériolocal. Sua família, renova os sinceros agradecimen-tos pela participação no funeral e missa de 7º. dia.

Margarida Ferreira da Costa

Funeral a cargo de: Abílio Godinho - Funerária, Unipessoal, Lda.

LORDELOAGRADECIMENTO

A família participa o falecimento da sua ente querida,natural de Figueiras - Lousada, com 84 anos de idade,falecida no Hospital de S. Tirso no dia 19 de Março de2013. O funeral realizou-se no dia 21 de Março, naIgreja Paroquial da Vila de S. Tomé de Negrelos, indo deseguida a sepultar no Cemitério da Vila de S. Tomé deNegrelos. Sua família, renova os sinceros agradecimen-tos pela participação no funeral e missa de 7º. dia.

Laurinda Nunes

Funeral a cargo de: Abílio Godinho - Funerária, Unipessoal, Lda.

SÃO TOMÉNEGRELOS

O Jornal Entre Margens envia as

familias enlutadas as mais

sentidas condolências pela

perda dos seus queridos familiares.

AGRADECIMENTO

A família participa o falecimento da sua ente querida,natural de Rebordões, com 85 anos de idade, falecida noHospital de S. Tirso. O funeral realizou-se no dia 29 deMarço, na Capelinha do Lar da Tranquilidade, para aIgreja Matriz, indo de seguida a sepultar no Cemitérioda Vila de Rebordões. Sua família, renova os sincerosagradecimentos pela participação no funeral e missa de7º. dia.

Maria de Castro Sobral

Funeral a cargo de: Abílio Godinho - Funerária, Unipessoal, Lda.

VILA DAS AVES AGRADECIMENTO

A família participa o falecimento da sua ente querida,natural de Lordelo, com 86 anos de idade, falecida nasua residência no dia 25 de Março de 2013. O funeralrealizou-se no dia 27 de Março, na Capela Mortuária daVila de Lordelo, para a Igreja Paroquial, indo de segui-da a sepultar no Cemitério da Vila de Lordelo. Suafamília, renova os sinceros agradecimentos pela parti-cipação no funeral e missa de 7º. dia.

Maria Luísa Lopes Pereira Guimarães

Funeral a cargo de: Abílio Godinho - Funerária, Unipessoal, Lda.

LORDELO AGRADECIMENTO

A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de Bairro - V.N. de Famalicão, com 60 anos deidade, falecido no Hospital S. João do Porto no dia 7 deAbril de 2013. O funeral realizou-se no dia 9 de Abril,na Capela Mortuária da Vila das Aves, para a IgrejaMatriz, indo de seguida a sepultar no Cemitério do Prado doRepouso - Porto. Sua família, renova os sinceros agrade-cimentos pela participação no funeral e missa de 7º. dia.

Zeferino Salgado de Azevedo

Funeral a cargo de: Abílio Godinho - Funerária, Unipessoal, Lda.

VILA DAS AVES

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ENTRE MARGENS | 11 ABRIL 2013 | 27

HORÓSCOPO ZODIACOSEGUNDA QUINZENA DE ABRIL13

CARNEIRO (21/03 A 20/04)Carta Dominante: 8 de Copas, signi-fica Concretização, Felicidade. Amor:grandes surpresas românticas. Saú-de: tendência para excessos, mode-re os seus impulsos. Dinheiro: eviteos conflitos no local de trabalho.Pensamento positivo: invista mais nasua própria felicidade!

TOURO (21/4 a 20/05)Carta Dominante: Valete de Paus,que significa Amigo, Notícias Ines-peradas. Amor: não descarregue naspessoas de quem mais gosta a suamá disposição. Saúde: prováveis en-xaquecas. Dinheiro: os investimen-tos estão favorecidos. Pensamentopositivo: tanto a tristeza como a ale-gria são hábitos que pode educar,cabe-lhe a si escolher.

GÉMEOS (21/5 a 20/06)Carta Dominante: O Imperador, quesignifica Concretização. Amor: po-derá surgir um mal entendido, mascom calma tudo se resolve. Saúde:este será um período de paz, apro-veite para descansar. Dinheiro: mo-mento pouco favorável para gran-des investimentos. Pensamento po-sitivo: seja honesto consigo próprio,não tenha receio de reconhecer osseus erros e traçar novas rotas devida.

CARANGUEJO (21/06 a 21/07)Carta Dominante: 8 de Espadas.Amor: poderá sofrer uma grandedeceção. Saúde: as preocupações vãoprovocar-lhe dores de cabeça e mal-estar geral. Não se deixe vencer pelopessimismo. Dinheiro: é importantecontrolar os gastos e prevenir-secontra a influência de colegas no seulocal de trabalho. Pensamento po-sitivo: não faça nada sem pensar, poisalguns atos são precipitados.

LEÃO (22/07 a 22/08)Carta Dominante: Cavaleiro de Paus,que significa Viagem, Mudança.Amor: cuidado com os falsos ami-gos, cuide do seu amor. Saúde: ten-dência para dores nas pernas. Di-nheiro: pode agora comprar aqueleobjeto de que tanto gosta. Pensa-mento positivo: não tenha medo dese apaixonar.

VIRGEM (23/08 a 22/09)Carta Dominante: Ás de Paus, quesignifica Energia, Iniciativa. Amor: apaixão está no ar, prepare-se pois oCupido pode andar a trás de si. Saú-de: uma nova fase da sua vida vaisurgir. Dinheiro: tenha cuidado comas decisões a longo prazo que tomano seu campo financeiro. Pensamen-to positivo: que os seus desejos serealizem!

BALANÇA (23/06 a 22/10)Carta Dominante: 5 de Copas. Amor:bom momento para iniciar um rela-cionamento ou dar à sua relação umanova intensidade. Saúde: cuidadocom as vias respiratórias, um resfri-ado ligeiro pode tornar-se algo mui-to mais grave. Dinheiro: pequenasperdas financeiras com as quais nãose deve preocupar, ninguém é per-feito! Pensamento positivo: não dis-cuta por tudo e por nada, controle asua impulsividade.

ESCORPIÃO (23/10 a 21/11)Carta Dominante: Cavaleiro de Co-pas. Amor: deve ter cuidado pois anecessidade de sedução pode levarà infidelidade. Seja prudente! Saú-de: problemas de estômago e difi-culdades digestivas chamarão a suaatenção. Dinheiro: é importante queesteja atento para que não o apa-nhem desprevenido no local de tra-balho. Pensamento positivo: siga o

seu coração.

SAGITÁRIO (22/11 a 21/12)Carta Dominante: O Diabo, que sig-nifica Energias Negativas. Amor: es-tes próximos dias são muito impor-tantes para si, aproveite-os. Poderásentir que neste momento o seu amornão é correspondido, mas não sepreocupe, pois é só uma fase passa-geira. Saúde: vá ao ginásio com osamigos. Dinheiro: a sorte está do seulado, é uma boa altura para aventu-ras. Pensamento positivo: não de-sista de lutar pela sua felicidade!

CAPRICÓRNIO (22/12 a 20/01)Carta Dominante: A Roda da Fortu-na, que significa Sorte. Amor: o ego-ísmo é um aspeto da sua personali-dade que deveria tentar eliminar.Saúde: procure com maior frequên-cia o seu dentista. Dinheiro: pensebem antes de gastar grande partedas suas economias. Pensamento po-sitivo: quando houver discussões, ten-te resolver as coisas com calma.

AQUÁRIO (21/01 a 19/02)Carta Dominante: O Mundo, que sig-nifica Fertilidade. Amor: área senti-mental favorecida. Faça projetospara o futuro. Saúde: poderão ocor-rer pequenos acidentes. Mantenha-se alerta. Dinheiro: não arrisque.Pensamento positivo: não deixe quea saudade tome conta do seu cora-ção e vá em busca da pessoa que ama.

PEIXES (20/02 a 20/03)Carta Dominante: 5 de Ouros, quesignifica Perda e Falha. Amor: deci-da-se pelo que for melhor para si.Saúde: cuidado com as quedas. Dinhei-ro: não se envolva num novo emprés-timo. Pensamento positivo: deve termais confiança na pessoa que está aseu lado, deixe os ciúmes de lado.

Com origens avenses, Marta Araújo, com50 anos de idade e a residir na freguesiavizinha de Riba D’Ave luta há cinco anoscontra um cancro da mama.

Quando tudo fazia parecer que a do-ença tinha já regredido totalmente, foicom sofrimento redobrado que em No-vembro passado foi diagnosticado à Mar-ta Araújo um cancro do fígado de grau V,o mais elevado, e que não pode ser ope-rado.

Desde então, Marta Araújo é subme-tida a quimioterapia, contudo estes tra-tamentos são muito agressivos e não têmcontribuído em nada para a melhoria dasua qualidade de vida.

Há, no entanto, a esperança num tra-tamento numa clinica em Colónia, na

Campanha solidária paraajudar a Marta Araújo(NETA DO SR. ANTÓNIO MELRO)

Alemanha (Medical Center Cologne)e que através de febre terapêuticapode salvar a vida de Marta Araújo.Os tratamentos custam 32 mil eurose a família de Marta Araújo não tempossibilidade para os realizar.

Assim, pedem a ajuda de todos.Quem puder e desejar contribuirpode fazê-lo por transferência ban-cária para o NIB: 0035 0764 00004641 9002 3, ou então contactarqualquer membro da família Nicolauou o Sr. Padre Vitor. Para qualqueroutro esclarecimento podem tam-bém contactar o telefone 252 906670 ou 914 196 276 ou através dose-mail: [email protected] [email protected].

FELIZANIVERSÁRIO

Completou a 3 de abril, 102 primave-ras a senhora ANA ANDRADE FERREIRA.

A família, nesta data assinalável, dese-jam-lhe muitos parabéns e muitas feli-cidades na sua companhia. Beijinhos eparabéns!

VILA DAS AVESSenhora presta serviço de Babysitter,na freguesia de Vila das Aves.

CONTACTO: 919 779 416

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A FECHAR28 | ENTRE MARGENS | 11 ABRIL 2013

Próxima ediçãodo Entre Margens

nas bancasa 11 de abril.

||||| TEXTO: FRANCISCOFRANCISCOFRANCISCOFRANCISCOFRANCISCO MMMMMONTEIRONTEIRONTEIRONTEIRONTEIROOOOO

Diz no Eclesiastes que há um tempopara cada coisa debaixo do céu: “Tem-po para nascer,/ e tempo para mor-rer;/ tempo para plantar,/ e tempo paracolher”. Assim, também houve tempopara o VII Encontro na Eira do Povo, a23 de março, na Casa da Eira, destafeita para falar sobre o tempo.

À entrada, um relógio de pontoesperava pacientemente os participan-tes… e marcou a hora do ponto departida deste Encontro, com o relojoei-ro Vítor Marques, que nos explicou,pormenorizadamente, o funcionamen-to de um relógio de parede.

Outros relógios de muitos temposdiferentes estiveram expostos… Contu-do, quis recordar os Cauny, os reló-gios dos pobres, que custavam poucomais de cem escudos. Com estes vie-ram memórias de outras histórias: anti-

QUANTO TEMPO O TEMPO TEM?gamente, havia muito contrabandodesse tipo de relógios; um relojoeirodo Porto, para ludibriar a fiscalização,colocava os relógios Cauny nos pul-sos dos empregados, para não seremdescobertos; sempre que um clientedesejava um relógio desses, o pulsodo empregado estava sempre à mão.

Surgiram depois em conversa osrelógios do tipo Roskopf, muito po-pulares na Suíça, com o nome de umrelojoeiro idealista que pretendeuconstruir relógios baratos e com qua-lidade para a classe trabalhadora.

Vítor Marques falou ainda dos re-lógios da Boa Reguladora, a mais an-tiga empresa de relógios feitos emPortugal, fundada em 1892, em VilaNova de Famalicão. Atualmente, trêsantigos trabalhadores compraram amarca, conhecida pelos relógios dasestações e apeadeiros dos caminhosde ferro portugueses, os relógios decoluna, de mesa e de parede. São,agora, donos da Regularfama, criadaem 2007, empresa que mantém osconsertos e os restauros dos relógi-os da Boa Reguladora, mas aspira acriar também modelos próprios.

A verdade é que, antigamente, amaioria das pessoas não tinha reló-gio e guiava-se pelo som dos sinose dos canudos. É somente nos anos50 que assistimos a um boom nasvendas, já que as pessoas começa-ram a ganhar um pouco mais e da-vam cerca de 20 escudos por mêspara comprar um relógio de pulso.

gnómon, cuja sombra projeta as horas.São aproximadamente trinta os que

fotografou, todos eles relógios verti-cais meridionais, presentes em igrejas,capelas, solares, casas antigas, espi-gueiros, terreiros, jardins… das diferen-tes freguesias do seu concelho. Hou-ve ainda casos raros de relógios desol no chão de eiras comunitárias ouaté num pequeno penedo, à beirade uma linha de água, com o objeti-vo de marcar a hora de rega doscampos, no verão e no inverno, numtempo em que a partilha desse bemessencial gerava muitos desentendi-mentos entre as famílias.

Posteriormente, José Tiago, emboranunca tivesse sido fogueiro, trouxeconsigo as narrativas que o pai lhetransmitiu. Contou que, no início doséculo XX, se assistiu ao desenvolvi-mento da indústria têxtil e explicoucomo se construíram os canudos (ali-ás, um dos maiores construtores decanudos era avense) e o funciona-mento de uma caldeira. Como asgentes do povo não tinham relógioe os horários eram para ser rigoro-samente cumpridos, o fogueiro tinhao desafio de não adormecer, paramarcar as entradas e as saídas doproletariado. Assim sendo, às 7:30,ouvia-se um toque prolongado; já às7:50, o som era outro e, às 7:55,anunciava-se o fecho dos portões. Ain-da hoje, há quem continue a guiar-sepelo som do canudo da Empresa In-dustrial Sampedro, que marca algumas

das horas de um dia a dia de trabalho.Em seguida, Arlindo Jerónimo, só-

cio gerente da Fundição de Sinos deBraga de Serafim da Silva Jerónimo& Filhos, Lda., fundada em 1932, co-meçou por partilhar que se comovesempre a ouvir os sinos, por ser, paraele, a expressão da voz de Deus.

Referiu que é preciso saber dese-nhar os sinos não só a nível matemá-tico mas também musicalmente. Estestêm cinco notas musicais, um coro decinco vozes que é preciso estar bemafinado, arte que detém, juntamentecom o filho. Na verdade, o desenhodos sinos tem ainda uma vertentecultural, uma vez que as imagens ne-les esculpidas revelam ora a fé nosanto padroeiro, ora o rendilhado dasnossas tradições, ora as inscrições dequem os doou, num tempo e numespaço precisos.

Neste sentido, explicou algumasdas características do processo de cons-trução dos sinos: o cobre que vem,sobretudo, de Espanha ou de Itália; ofalso sino feito em argila; a vara quedeve ser de pinho para extrair os ga-ses; a clara do ovo que, dantes, se jun-tava à argila para dar consistência; origor da temperatura; o processo deafinação, exemplificado aos presen-tes com os instrumentos apropriados…

Única empresa em Portugal quepossui fornos próprios para o fabricode sinos até quinze toneladas, alia aherança que se preservou ao longode três gerações à inovação e aosdesafios dos novos tempos. São jámais de 12.000 os sinos espalhadospelo nosso país e no estrangeiro(PALOP’s, Espanha, Canadá, França,Venezuela, México…). É com orgulhoque Arlindo Jerónimo dá o seu contri-buto para a divulgação religiosa, cul-tural e artística, através da arte de fa-bricar sinos. É com paixão que tam-bém os coleciona e já conta com qua-se quatrocentos, desafiando os limi-tes do espaço que detém, escassopara o tamanho do seu sonho. É distoque também falamos quando lembra-mos as palavras de Marcel Proust: “Osdias talvez sejam iguais para um re-lógio, mas não para um homem”.

PRÓXIMO ENCONTRONo VIII Encontro na Eira do Povo, quedecorrerá a 20 de abril, será tempode outras descobertas para os Ami-gos da Eira: as mezinhas dos nossosavós que, ainda, curam as nossas ma-leitas, os saberes e os sabores do mele os benefícios das águas termais. Asinscrições decorrem até ao dia 15de abril, através do correio eletrónico:[email protected]. |||||

REBORDÕES // VII ENCONTRO NA EIRA DO POVO

Questionado sobre o futuro darelojoaria e dos relojoeiros em Portu-gal, lamentou que os jovens espe-cializados tivessem de abandonar opaís, por não encontrarem aqui res-posta para as suas expectativas, adivi-nhando já um fim para a profissãoque ainda exerce.

Se é certo que, com o tempo, os re-lógios ganham folgas, também houvetempo para isso mesmo: uma folga natertúlia para acertar os ponteiros comoutras conversas, à mesa do jantar.

Regressámos com o povoense LuísVelloso Ferreira, autor do livro “Reló-gios de Sol do Concelho da Póvoade Lanhoso”, que decidiu travar o queconsiderava ser a anulação da Histó-ria. Deu dois exemplos que o fizeramsentir que era “tempo para guardar”:na freguesia de Serzedelo, desapare-ceu a significativa coleção de relógi-os de sol nos espigueiros e, na fre-guesia de Águas Santas, o desconhe-cimento de uns pedreiros deitou abai-xo de uma casa antiga um relógio desol, que deixou de o ser.

Assim, procedeu ao levantamentoiconográfico dos relógios ainda sobre-viventes no concelho que acarinha, como intuito de os preservar e de os divul-gar, possivelmente através de uma rotados relógios de sol. Acrescentou aindaque a história destes relógios, pensa-se, remonta ao império egípcio, sendoes-tes ainda constituídos por duas par-tes: a cara do relógio, superfície ondese marcam as linhas e números, e o