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LIVRO DE RESUMOS DO ENCONTRO: «Educação para o desenvolvimento sustentável nos Açores: valorização dos patrimónios natural, construído e imaterial» COMISSÃO ORGANIZADORA Dra. Margarida Cecília da Silva Ramos Baptista Fael Engº. Carlos Jorge Belerique Ormonde Doutora Rosalina Maria de Almeida Gabriel Doutora Ana Margarida Moura Oliveira Arroz Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo cE3c/GBA - Grupo da Biodiversidade dos Açores (Universidade dos Açores) Angra do Heroísmo, 10-13 de julho de 2017

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LIVRO DE RESUMOS DO ENCONTRO:

«Educação para o desenvolvimento sustentável nos Açores:

valorização dos patrimónios natural, construído e imaterial»

COMISSÃO ORGANIZADORA

Dra. Margarida Cecília da Silva Ramos Baptista Fael

Engº. Carlos Jorge Belerique Ormonde

Doutora Rosalina Maria de Almeida Gabriel

Doutora Ana Margarida Moura Oliveira Arroz

Escola Básica Integrada

de Angra do Heroísmo

cE3c/GBA - Grupo da Biodiversidade dos Açores

(Universidade dos Açores)

Angra do Heroísmo, 10-13 de julho de 2017

2

Índice

Boas vindas 5

A. Programa 6

B. Conferências Plenárias 9

Plenária 1: «Aprender a gostar da terra: uma pedagogia do desenvolvimento

sustentável»

Professora Doutora Ana Maria Dias Bettencourt

10

Plenária 2: «Arte e sustentabilidade»

Drª. Assunção Melo 11

Plenária 3: «Alterações climáticas: ciência, política e sociedade»

Prof. Doutor António Félix Flores Rodrigues 12

Plenária 4: «O Património imaterial açoriano. Uma raiz da identidade»

Doutor José Guilherme Reis Leite 13

Plenária 5: «Os desafios da Universidade dos Açores, motor do desenvolvimento

regional»

Prof. Doutor João Luís Roque Baptista Gaspar

14

Plenária 6: «Valorização do património natural, construído e imaterial»

Prof. Doutor José Gabriel do Álamo de Meneses 15

C. Questões Emergentes: Palestras 16

Pal-QE.1: «Biotecnologia como ferramenta para a conservação da biodiversidade»

Prof. Doutor Artur Machado 17

Pal-QE.2: «Ousar o futuro sem negar o passado»

Engº. Paulo Raimundo 18

Pal-QE.3: «Património, turismo e sustentabilidade»

Prof. Doutor Ricardo Madruga da Costa 19

Pal-QE.4: «Invasoras versus endemismos ou a globalização da biodiversidade»

Prof. Doutor Luís Silva 20

Pal-QE.5: «O ensino da matemática nos primeiros anos»

Prof. Doutor Carlos Santos 21

Pal-QE.6: «Cultura e sustentabilidade: da teoria às práticas»

Profª. Doutora Leonor Sampaio da Silva 22

3

D. Desafios do Ensino: Palestras e Oficinas 23

Pal-DE.01: «A exploração espacial - solução ou problema ambiental?»

Of-DE.01: «A exploração espacial - novas questões éticas e ambientais»

Prof. Doutor Miguel Ferreira

24

Pal-DE.02: «Princípios e Conhecimentos Básicos gerais duma quotidiana gestão de

resíduos»

Of-DE.02: «Discussão de estratégias pedagógicas para motivação de comportamentos

de participação cívica, nos modernos sistemas de gestão de resíduos, como

contributo individual para uma economia circular»

Prof. Doutor João Barcelos

25

Pal-DE.03: «As forças que estão a mudar o nosso mundo»

Of-DE.03: «Ser professor perante o mundo em mudança»

Prof. Dr. Miguel Monjardino

26

Pal-DE.04: «Impactos das alterações globais na biodiversidade de artrópodes dos

Açores»

Of-DE.04: «Insetos em ordem: vamos aprender a identificar»

Prof. Doutor Paulo A.V. Borges, Doutora Isabel R. Amorim e Celia L. Cañizares

27

Pal-DE.05: «Queijos tradicionais como repositório de biodiversidade microbiana»

Of-DE.05: «Vamos produzir um queijo fresco com caviar de massa de malagueta»

Profª. Doutora Célia Silva

28

Pal-DE.06: «Design, educação e desenvolvimento sustentável»

Of-DE.06: «Design, educação e desenvolvimento sustentável: novos paradigmas e

contextos de intervenção»

Profª. Doutora Sónia Matos

29

Pal-DE.07: «Efeitos das mudanças globais no fitoplâncton marinho»

Of-DE.07: «Mudanças globais: factos incontornáveis e ações de mitigação para os

alunos»

Doutora Joana Barcelos e Ramos

30

Pal-DE.08: «Inovar pela Natureza»

Of-DE.08: «Tópicos de Física dos Materiais para a sustentabilidade»

Profª. Doutora Helena Vasconcelos

31

Pal-DE.09: «Vida e obra de António Dacosta»

Of-DE.09: «A arte local – uma mais valia didática/pedagógica»

Dr. Isaac Ávila

32

Pal-DE.10: «Geodiversidade e património geológico: a componente abiótica do

património natural»

Of-DE.10: «As rochas dos Açores: "metendo as mãos na massa”»

Mestre Eva Lima

34

4

Pal-DE.11: «Espaços de natureza nas cidades como recurso educativo»

Of-DE.11: «Apropriação pedagógica de jardins»

Profª. Doutoras Ana M. Arroz & Rosalina Gabriel

36

Pal-DE.12: «A comunidade de investigação enquanto ferramenta educativa:

sustentabilidade ambiental e consumo responsável»

Of-DE12: «Pensar em comunidade sobre o consumo responsável»

Profª. Doutora Magda Costa Carvalho

37

E. Oficinas de Aprendizagem Experiencial na Natureza 38

Of-AEN.01: «Aprendizagem experiencial no Trilho das Rilheiras»

Eng.º Paulo Barcelos 39

Of-AEN.02: «Aprendizagem experiencial entre castelos e biodiversidade»

Engº Hélder Xavier 40

F. Momentos Culturais 41

Momento 1: Música

«Quarteto De Trompas Edgar Marques» - Edgar Marques e colaboradores 42

Momento 2: Dança

«Grupo de Dança do Clube Desportivo Escolar da EBIAH» - Dra. Sandra Machado 42

Momento 3: Música

«Cordas beliscadas» - Dr. José António Sousa e Evandro Meneses 42

Momento 4: Teatro

«Arture, o robô do future: Reloaded» - Dr. Ricardo Ávila 42

Momento 5: Poesia

«Viagem» - Dr. Carlos Bessa: 43

Agradecimentos 44

Lista de autores e afiliações 48

Lista de participantes 53

5

BOAS VINDAS

A comissão organizadora do Encontro Regional de Professores dá as boas vindas a todos os

professores que connosco vêm partilhar o seu interesse e saber acerca da sustentabilidade.

Agradecemos reconhecidamente a todos quantos aceitaram fazer parte deste encontro regional

de professores, e estamos certos de que muito vamos aprender com os nossos ilustres

convidados.

Apresentamos seguidamente os resumos das conferências, palestras, oficinas e visitas que, nos

próximos três dias nos ocuparão, no desejo comum de providenciar um melhor ensino às

crianças e jovens que confiam em nós para, todos juntos, construirmos um mundo melhor.

Bom Encontro!

A comissão organizadora,

Margarida Fael

Carlos Ormonde

Rosalina Gabriel

Ana Moura Arroz

Angra do Heroísmo, 10 de julho de 2017

6

A. PROGRAMA

7

10 DE JULHO DE 2017 (segunda-feira)

8.45 – Boas vindas

09:00-09:50 Conferência Plenária 1: «Aprender a gostar da Terra: uma Pedagogia do Desenvolvimento Sustentável» Ana Maria Bettencourt (Auditório)

10.00 - 10:30 – «Os professores e a promoção da sustentabilidade: diagnóstico participativo» Ana M. Arroz & Rosalina Gabriel (Auditório)

10:30 - 11:00 – Pausa para café

11:00 - 12:00 – «Os professores e a promoção da sustentabilidade: diagnóstico participativo (cont.)» Ana M. Arroz & Rosalina Gabriel (Auditório)

12:00 - 12:45 Palestras em simultâneo: Questões Emergentes

QE01 Património Natural: «Biotecnologia como ferramenta para a conservação da biodiversidade» Artur Machado (Sala 51)

QE02 Património Construído: «Ousar o futuro sem negar o passado» Paulo Raimundo (Sala 52)

QE03 Património Imaterial: «Património, turismo e sustentabilidade» Ricardo Madruga da Costa (Sala 53)

12:45 - 13:00 – Momento Cultural 1 Música - Quarteto de trompas Edgar Marques, Conservatório Regional de Angra do Heroísmo

13:00 - 14:00 – Pausa para almoço

14:00 - 14:50 – Conferência Plenária 2: «Arte e sustentabilidade» Assunção Melo (Auditório)

15:00 - 15:30 Palestras em simultâneo: Desafios do Ensino

01 Património Natural: «A exploração espacial - solução ou problema ambiental?» Miguel Tavarela Ferreira (Sala 51)

02 Património Construído: «Princípios e conhecimentos básicos gerais duma quotidiana gestão de resíduos» João Barcelos (Sala 52)

03 Património Imaterial: «As forças que estão a mudar o nosso mundo» Miguel Monjardino (Sala 53)

15:30 - 16:00 – Pausa para café

16:00 - 17:45 Oficinas em simultâneo: Desafios do Ensino

01 Património Natural: «A exploração espacial - novas questões éticas e ambientais» Miguel Ferreira (Sala 51)

02 Património Construído: «Discussão de estratégias pedagógicas para motivação de comportamentos de participação cívica, nos modernos sistemas de gestão de resíduos, como contributo individual para uma economia circular» João Barcelos (Sala 52)

03 Património Imaterial: «Ser professor perante o mundo em mudança» Miguel Monjardino (Sala 53)

17:45 - 18:00 – Momento Cultural 2 Dança - Grupo de Dança do Clube Desportivo Escolar da EBIAH, com Sandra Machado

11 DE JULHO DE 2017 (terça-feira)

09:00 - 09:50 – Conferência Plenária 3: «Alterações climáticas: Ciência, Política e Sociedade» António Félix Rodrigues (Auditório)

10:00 - 10:30 Palestras em simultâneo: Desafios do ensino

04 Património Natural: «Impactos das alterações globais na biodiversidade de artrópodes dos Açores» Paulo A.V. Borges & Isabel R. Amorim (Sala 51) 05 Património Construído: «Queijos tradicionais como repositório de biodiversidade microbiana» Célia Costa Silva (Sala 52)

06 Património Imaterial: «Design, educação e desenvolvimento sustentável» Sónia Matos (Sala 53)

10.30 - 11:00 – Pausa para café

11:00 - 12:45 Oficinas em simultâneo: Desafios do ensino

04 Património Natural: «Insetos em ordem: vamos aprender a identificar» Paulo A.V. Borges, Isabel R. Amorim & Celia L. Cañizares (Sala 51)

05 Património Construído: «Vamos produzir um queijo fresco com caviar de massa de malagueta» Célia Costa Silva (UAç, Edifício interdepartamental, Piso 2, Lab. de Bioquímica)

06 Património Imaterial: «Design, educação e desenvolvimento sustentável: novos paradigmas e contextos de intervenção» Sónia Matos (Sala 53)

12:45 - 13:00 – Momento Cultural 3 Música - «Cordas beliscadas» com José António Sousa e Evandro Meneses

13:00 - 14:00 – Pausa para almoço

14:00 - 14:50 – Conferência Plenária 4: «O Património imaterial açoriano. Uma raiz da identidade» J. G. Reis Leite (Auditório)

15:00 - 15:30 Palestras em simultâneo: Desafios do ensino

07 Património Natural: «Efeitos das mudanças globais no fitoplâncton marinho» Joana Barcelos e Ramos (Sala 51)

08 Património Construído: «Inovar pela Natureza» Helena Vasconcelos (Sala 52)

09 Património Imaterial: «Vida e obra de António Dacosta» Isaac Ávila (Sala 53)

15:30 - 16:00 – Pausa para café

16:00 - 17:45 Oficinas em simultâneo: Desafios do ensino

07 Património Natural: «Mudanças Globais: factos incontornáveis e ações de mitigação para os alunos» Joana Barcelos e Ramos (Sala 51)

08 Património Construído: «Tópicos de Física dos Materiais para a sustentabilidade» Helena Vasconcelos (Sala 52) 09 Património Imaterial: «A arte local - uma mais valia didática/ pedagógica» Isaac Ávila (Sala 53)

17:45 - 18:00 – Momento Cultural 4 Teatro - «Arture, o robô do future: Reloaded» com Ricardo Ávila

8

12 DE JULHO DE 2017 (quarta-feira)

09:00 - 09:50 – Conferência Plenária 5: «Os desafios da Universidade dos Açores, motor do desenvolvimento regional» João Luis Gaspar (Auditório)

10:00 - 10:30 Palestras em simultâneo: Desafios do ensino

10 Património Natural: «Geodiversidade e património geológico: a componente abiótica do património natural» Eva Lima (Sala 51)

11 Património Construído: «Espaços de natureza nas cidades como recurso educativo» Ana M. Arroz & Rosalina Gabriel (Sala 52)

12 Património Imaterial: «A comunidade de investigação enquanto ferramenta educativa: sustentabilidade ambiental e consumo responsável» Magda Costa Carvalho (Sala 53)

10:30 - 11:00 – Pausa para café

11:00 - 12:45 Oficinas em simultâneo: Desafios do ensino

10 Património Natural: «As rochas dos Açores: "metendo as mãos na massa"» Eva Lima (Sala 51)

11 Património Construído: «Apropriação pedagógica de jardins» Ana M. Arroz, Rosalina Gabriel & Raquel Mendonça (Sala 52)

12 Património Imaterial: «Pensar em comunidade sobre consumo responsável» Magda Costa Carvalho (Sala 53)

12:45 - 13:00 – Momento Cultural 5 Poesia – «Viagem» com Carlos Bessa

13:00 - 14:00 – Pausa para almoço

14:00 - 14:45 Palestras em simultâneo: Questões Emergentes

QE04 Património Natural: «Invasoras versus endemismos ou a globalização da biodiversidade» Luís Silva (Sala 51)

QE05 Património Imaterial: « O ensino da matemática nos primeiros anos» Carlos Santos (Sala 52)

QE06 Património Imaterial: « Cultura e sustentabilidade: da teoria às práticas» Leonor Sampaio da Silva (Sala 53)

15:00 - 18:00 Aprendizagem experiencial na natureza

N1 «Aprendizagem experiencial no Trilho das Rilheiras» Paulo Barcelos

N2 «Aprendizagem experiencial entre castelos e biodiversidade» Hélder Xavier

13 DE JULHO DE 2017 (quinta-feira)

09:00 - 09:50 – Conferência Plenária 6: «Valorização do património natural, construído e imaterial» Álamo de Meneses (Auditório)

10:00 - 10:30 – «Os professores e a promoção da sustentabilidade: análise SWOT seguida de TOWS» Flávia Silva

10:30 - 11:00 – Pausa para café

11:00 - 12:45 – «Os professores e a promoção da sustentabilidade: análise SWOT (cont.) seguida de TOWS» Flávia Silva

12:45 - 13:00 – Encerramento (Auditório)

9

B. CONFERÊNCIAS PLENÁRIAS

Modalidade de comunicação em que os oradores apresentam ao grupo alargado, um domínio

do património, oferecendo uma perspectiva evolutiva e sistematizando as novidades, os

desafios, as potencialidades e limitações desse corpus de conhecimento para a educação para o

desenvolvimento sustentável.

10

CP1. Sra. Profª. Doutora Ana Maria Bettencourt (10 de julho, 9h00 – 9h50)

«Aprender a gostar da terra: uma Pedagogia do Desenvolvimento Sustentável»

Colocam-se no nosso tempo obstáculos ao desenvolvimento sustentável que se prendem

designadamente com a pobreza, as desigualdades entre regiões, países, pessoas, o

desemprego, as catástrofes naturais cada vez mais frequentes e graves, os conflitos, as crises

humanitárias.

Será perspetivado como primeiro dos desafios da (EDS ) a Educação para Todos (EPT-UNESCO),

com referência designadamente à promoção do sucesso educativo através de apoios

atempados e de práticas motivadoras.

Serão abordadas as “educações para …” – a cidadania e os direitos humanos, o risco, a literacia

mediática, a saúde, o ambiente são exemplos possíveis – associadas à emergência do conceito

de “Questões Socialmente Vivas “ (QSV), na versão francesa, ou “Questões controversas”, na

versão inglesa. As QSV são problemáticas na origem de debates existentes na sociedade, nos

meios científicos ou profissionais e de desafios colocados à cultura e aos programas escolares.

As práticas implemen00tadas no estudo das QSV exigem mudanças pedagógicas e a abertura

da escola ao mundo.

A Educação para o Desenvolvimento Sustentável (EDS) é decisiva nos Açores. A compreensão

das nossas riquezas naturais e culturais, bem como a capacidade de intervir na sua defesa e

preservação, são fundamentais num momento em que o fascínio pelos Açores se propaga no

mundo.

A partir de um projeto desenvolvido em escolas situadas em quatro das ilhas açorianas, com a

colaboração do Grupo da Biodiversidade da Universidade dos Açores, de outros formadores e

de professores das escolas envolvidas, foi construída uma proposta pedagógica para a EDS, que

deu origem à publicação: Bettencourt, AM e Gomes MC, Nos Trilhos dos Açores, Educação para a

Cidadania, Tinta da China (2014).

Aprender a gostar da terra onde se vive e a vê-la com novos olhares foi objetivo central do

projeto, designadamente através do conhecimento da biodiversidade, da geodiversidade e da

cultura dos Açores, do trabalho de campo e da utilização da fotografia.

Serão apresentadas estratégias de trabalho transversal, bem como propostas metodológicas

visando o desenvolvimento de capacidades de crítica e de intervenção.

Será abordada a problemática da formação de professores em contexto, decisiva na

implementação e sustentabilidade das inovações.

11

CP2. Sra. Dra. Assunção Melo (10 de julho, 14h00 – 14h50)

«Arte e sustentabilidade»

Pretende-se abordar a relação entre a arte e a sustentabilidade aos mais diversos níveis:

ambiental, económica e social. As questões gerais da expressividade, aliadas à criatividade, ao

serviço da educação e da cidadania serão também afloradas.

Sensibilizar para as questões multidisciplinares da arte e da sustentabilidade nas diversas áreas

escolares e a forma como esta poderá estar ao serviço da cidadania, da qualidade de vida e da

busca da felicidade.

A forma como o turismo cultural poderá ser uma mais-valia para a promoção sustentável de um

lugar, de uma cidade. A promoção patrimonial entre as populações locais e a valorização de

sítios e de registo do património imaterial como um legado sustentável de identidade.

Cidades sustentáveis, sociedades autossuficientes, preservação do ambiente, valorização de

espaços, são alguns temas chave a debater.

12

CP3. Sr. Prof. Doutor Félix Rodrigues (11 de julho, 09h00 – 09h50)

«Alterações climáticas: ciência, política e sociedade»

O tema das alterações climáticas começa a estar presente política econceptualmente no nosso

dia-a-dia.Não há uma única semana em que não seja publicado um artigo científicosobre essa

temática e que não venha alterar os cenários previamenteestabelecidos para o final do século,

nomeadamente sobre:

-A velocidade do derretimento das calotes polares;

-A libertação de metano do fundo dos Oceanos;

-A frequência de eventos meteorológicos extremos;

-A interrupção do ciclo de produção de oxigénio;

-A evolução da desflorestação;

-O efeito radiativo do aerossol e formação de nuvens;

-A taxa de perca de biodiversidade.

Politicamente, assistimos aos compromissos dos diferentes países do mundo na última

Conferência das Partes em Paris, onde se torna claro odiferente grau de preocupação sobre essa

problemática entre paísesinsulares e países continentais.

Prevêem-se grandes esforços de redução de emissões de gases com efeitode estufa por todos

os países até 2030, e um enorme esforço até 2050no que se refere à descarbonização da

energia, todavia, raramente serefere ou se nota preocupação com a “descarbonização”

daagricultura.

13

CP4. Sr. Doutor José Guilherme Reis Leite (11 de julho, 14h00 – 14h50)

«O Património imaterial açoriano. Uma raíz da identidade»

Pretendo abordar a ideia da construção de uma identidade açoriana como forma de

individualização dentro da identidade nacional e as consequências que este projeto acarretou e

acarreta para nós e para os outros.

Uma visão histórica desta questão permite, no meu ponto de vista, compreender como a

identidade não é imutável nem tão pouco um dado adquirido e inquestionável. Estamos no

terreno do provisório e da dialética, que nos obriga a uma contínua revisão do que poderia

parecer adquirido.

A globalização tem trazido em muitas áreas relacionadas com as antigas ideias sobre a

diversidade dos povos e das culturas, incertezas que impõem uma contínua reformulação da

maneira como nos vemos, nos construímos e nos relacionamos com os outros, muito

principalmente quando nos referimos ao terreno tão movediço como aquele do património

imaterial, que vive e sobrevive unicamente no pensamento e na sensibilidade do quotidiano.

As ideias e as dúvidas, quando apresentadas, devem suscitar o diálogo e o confronto

transformando-se em desafios para novas etapas patrimoniais.

14

CP5. Sr. Prof. Doutor João Luís Gaspar (12 de julho, 09h00 – 09h50)

«Os desafios da Universidade dos Açores, motor do desenvolvimento regional»

A Universidade dos Açores é um dos pilares da autonomia regional, assumindo-se como

impulsionadora do desenvolvimento económico, social e cultural dos Açores.

O papel que tem desempenhado na qualificação dos açorianos reflete-se no número de

quadros formados pela instituição e que é hoje responsável pelos destinos da Região.

Doutorados, mestres, licenciados e outro pessoal especializado encontram-se a exercer as mais

diversas funções desde a Assembleia Regional ao Governo Regional e aos órgãos de poder

local, das empresas às instituições de ação social e de saúde, do ensino à investigação científica,

contribuindo para o crescimento económico, o bem-estar social e a afirmação da cultura

açoriana. O simples facto de os Açores, de Santa Maria ao Corvo, terem hoje um sistema de

ensino dotado de professores profissionalizados, é o resultado da resposta que a Universidade

deu a tal prioridade regional no início do processo autonómico.

Quatro décadas após a sua criação, a Universidade vive um período de profunda reestruturação,

estando a organizar-se para responder aos novos desafios societais com maior eficiência e

eficácia, nas suas dimensões regional, nacional e internacional. Condicionada por problemas

específicos decorrentes da insularidade e da sua estrutura tripolar que, no caso vertente, é

prejudicada pela descontinuidade territorial própria de uma região arquipelágica, a

Universidade dos Açores debate-se, ainda, com os constrangimentos que lhe são impostos por

(a) uma política europeia que tarda em passar à prática a discriminação positiva que é devida às

regiões ultraperiféricas e às instituições aí sediadas, (b) uma tutela continental que a impede de

concorrer a programas e fundos estruturais nacionais devido à sua localização geográfica e (c)

políticas públicas regionais que não potenciam nem exploram o que uma instituição de ensino

superior pode proporcionar a médio e longo prazo.

15

CP6. Sr. Prof. Doutor José Gabriel do Álamo de Meneses (13 de julho, 09h00 –

09h50)

«Valorização do património natural, construído e imaterial»

O conceito de património, bem patente na sua etimologia (patri, pai + monium, recebido),

sempre esteve intrinsecamente ligado ao conceito de herança. Inicialmente visto apenas como

valoração dos bens pessoais recebidos da geração anterior, o conceito tem vindo a ser

progressivamente alargado, passando do individual para o coletivo e abrangendo, para além

dos bens móveis e construídos, os valores naturais não sujeitos a apropriação individual e um

conjunto cada vez mais alargado de aspetos imateriais.

Este alargamento conceptual foi acompanhado por um igual, e nalguns casos ainda maior,

aumento da abrangência do conceito de valorização e das suas formas de operacionalização. Já

não interessa apenas a preservação dos bens materiais recebidos das gerações anteriores, há

agora que olhar para a preservação e valorização de um legado que além de ser coletivo,

mesmo quando envolva valores da esfera privada, apresenta uma crescente diversidade. Há que

considerar não apenas os edifícios e as estruturas construídos, mas também a biodiversidade e

a geodiversidade, nas suas múltiplas formas, os recursos hídricos e minerais e mesmo conceitos

tão difíceis de definir e valorar como a paisagem e a qualidade do ambiente.

Desafio ainda maior se coloca na preservação e valorização do património imaterial, o qual

crescentemente se diversifica e cresce em complexidade, indo das línguas aos saberes

tradicionais, incluindo a gastronomia e as medicinas tradicionais, as formas de literatura, música

e arte, o folclore e a indumentária, para falar apenas dos de índole cultural. E o alargamento

conceptual não parece ter tendência para abrandar, já se falando nos aspetos imateriais da

paisagem e, mesmo, de algumas vertentes do mundo natural.

16

C. PALESTRAS – QUESTÕES EMERGENTES

Modalidade de comunicação em que os oradores aprofundam desafios da sustentabilidade no

âmbito de um dos tipos de património focados (natural, imaterial ou construído).

17

QE1. Sr. Prof. Doutor Artur da Câmara Machado (10 de julho, 12h00 – 12h45)

«Biotecnologia como ferramenta para a conservação da biodiversidade»

Diversas técnicas biotecnológicas, tais como biologia molecular, cultura de tecidos vegetais,

bancos de genes, bancos de sementes, entre outras, contribuem para a conservação, análise e

deteção da diversidade genética em organismos, sendo especialmente útil para organismos

raros e ameaçados. Estas técnicas complementam-se para maximizarem o uso da biotecnologia

na conservação. Como exemplo a biologia molecular é capaz de identificar genótipos raros,

para serem preservados através da cultura de tecidos vegetais, esta por sua vez é capaz de

produzir de forma rápida uma grande quantidade de clones destes mesmos genótipos, com a

finalidade de restauro de populações e/ou ecossistemas.

Assim, a biotecnologia apresenta-se como uma ferramenta valiosa para conservação da

biodiversidade ex situ, ajudando a resolver problemas de conservação in situ.

18

QE2. Sr. Engº. Paulo Raimundo (10 de julho, 12h00 – 12h45)

«Ousar o futuro sem negar o passado»

O objetivo da comunicação, em registo de viagem tópica, visará proporcionar uma revisitação

do passado (do povoamento aos nossos dias), identificando os pontos fulcrais da construção da

cidade de Angra do Heroísmo que hoje conhecemos.

O (re)conhecimento desse passado coletivo propiciará a consciencialização de como

“herdámos” todo esse vasto património cultural e identitário, qual o seu valor intrínseco

(enquanto verdadeiro), deixando-nos a possibilidade de aprender com os erros cometidos

evitando a sua reincidência.

Com essa “viagem” de já cinco séculos, analisaremos algumas potencialidades que vivem

latentes no nosso quotidiano, tomando-as como casos de estudo para futuras vias de

divulgação e valorização do tão falado, mas injustificavelmente negligenciado, património

cultural, nas suas facetas do imóvel, móvel e imaterial.

Recorrendo-se a um discurso por vezes utópico, e tendencialmente otimista, tentar-se-á

evidenciar a responsabilidade que nos cabe, na preservação dos legados que chegaram aos

nossos dias e na potencialização destes no enfrentar das realidades que se avizinham.

Desconfiando das monoculturas e das monoatividades, defenderemos a importância da

diversificação de atividades e de interesses que, à semelhança do verificado desde o período da

expansão marítima, só sairá potenciada com a multiculturalidade e o cosmopolitismo queesta

cidade sempre usufruiu.

19

QE3. Sr. Prof. Doutor Ricardo Madruga da Costa (10 de julho, 12h00 – 12h45)

«Património, Turismo e Sustentabilidade»

1. Instrumentos normativos e reguladores (Convenções no quadro da UNESCO e legislação

nacional e regional)

2. Breve análise em torno de alguns conceitos

Património (e suas tipologias)

Turismo/Turista (uma visão “desfocada” quanto aos destinatários; implicações e

impactos)

Sustentabilidade e desenvolvimento (evolução e perspetiva atual)

Identidade

3. Identificação de problemáticas envolvendo o desenvolvimento de uma política de património

4. A sustentabilidade como objectivo primordial envolvendo responsabilidades partilhadas;

implicações, fragilidades, estratégias.

(Ao longo da conferência/palestra procuraremos apresentar situações/casos que ilustrem

algumas das considerações/abordagens tratadas no decorrer da exposição).

20

QE4. Sr. Prof. Doutor Luís Silva (12 de julho, 14h00 – 14h45)

«Invasoras versus endemismos ou a globalização da biodiversidade»

Os Açores, tal como muitas ilhas a nível mundial, sofreram uma alteração considerável do seu

coberto vegetal original, na sequência da interação dos povoadores com o ambiente biofísico

das nove ilhas.

Ao longo do povoamento houve necessidade de abrir clareiras para a introdução de culturas

agrícolas e de pastagens, e as espécies lenhosas indígenas foram utilizadas para a construção e

como fonte de combustível. Mais tarde, houve várias iniciativas que levaram à introdução de

muitas espécies provenientes de outras regiões do mundo, um fenómeno que se verificou em

muitas outras ilhas e regiões, levando a uma troca de espécies à escala planetária. Muitas

espécies foram introduzidas como ornamentais ou para a edificação de sebes e abrigos, e

também para a produção de madeira.

Verificaram-se também vários ciclos produtivos que alteraram, cada um à sua maneira, o

coberto vegetal das ilhas, nomeadamente a produção de cereais, a produção de fruteiras, em

particular os citrinos, e a expansão das áreas dedicadas às pastagens permanentes bem como à

produção de outras plantas forrageiras.

Assim, presentemente, as áreas ocupadas por vegetação natural, ainda que alterada, incluindo

as áreas de floresta natural, ocupam cerca de 10% do território. Deste modo, muitos dos

habitantes e visitantes poderão ter um contacto reduzido com a vegetação primitiva que cobria

as ilhas, e com as espécies endémicas do arquipélago, tendendo a identificar como indígenas

espécies que foram, na realidade, importadas de pontos longínquos do globo. Tal situação

poderá levar a uma desconexão entre os cidadãos e a flora da sua região, criando maiores

barreiras à conservação efetiva da biodiversidade.

21

QE5. Sr. Prof. Doutor Carlos Santos (12 de julho, 14h00 – 14h45)

«O ensino da matemática nos primeiros anos»

«A matemática elementar não é uma simples coleção desconexa de factos sobre números e

algoritmos de cálculo. Antes, é um campo intelectualmente exigente, desafiador e excitante.».

Esta frase, retirada do livro de Liping Ma, Saber e Ensinar Matemática Elementar, traduz uma das

ideias mais importantes sobre este tema. De forma infeliz, até matemáticos experimentados, por

vezes, tendem a pensar que a matemática elementar é um mero conjunto de esquemas

procedimentais que devem ser adquiridos de forma competente em criança e que se trata de

uma espécie de «pré-matemática» ao serviço do futuro. Essa ideia é muitíssimo incompleta e

imprecisa. Nesta comunicação esperamos mostrar isso mesmo.

22

QE6. Sra. Profª. Doutora Leonor Sampaio da Silva (12 de julho, 14h00– 14h45)

«Cultura e sustentabilidade: da teoria às práticas»

A questão da sustentabilidade cultural integra um debate necessário à compreensão dos

desafios que se colocam à humanidade no século XXI. Depois de a UNESCO ter declarado 1988-

1997 como a Década Mundial do Desenvolvimento Cultural, a visão da cultura conheceria uma

alteração profunda. Os relatórios então produzidos sobre os efeitos da criatividade apontaram

nexos inequívocos entre os processos culturais e o desenvolvimento, nas suas múltiplas

expressões: riqueza, diversidade, segurança e preservação.

Estava preparado o caminho para, em 2001, Jon Hawkes sinalizar a cultura como o quarto pilar

da sustentabilidade. A partir daí, vários têm sido os autores e as instituições a oferecer

perspectivas diversas da relação que a cultura mantém com o desenvolvimento económico, a

preservação dos recursos naturais, o equilíbrio ambiental, o combate à pobreza, à exclusão e à

desigualdade social. Uma delas vincula a ideia de sustentabilidade cultural à capacidade de

desenvolvimento autónomo de identidades resistentes aos mecanismos uniformizadores da

globalização. Neste sentido uma cultura sustentável produz e consolida projetos nacionais em

que a tradição se harmoniza com a inovação e o local convive com o global. Outra perspetiva

acentua a responsabilidade do setor cultural para o desenvolvimento de iniciativas que

sensibilizem para práticas de proteção ambiental e de respeito pelo património, seja ele natural,

construído ou imaterial. Uma terceira perspetiva foca os modos de criar sustentabilidade

financeira para a execução de programas e ações culturais.

Um corpus de projetos artísticos nacionais e estrangeiros será apresentado como exemplo das

possibilidades práticas da sustentabilidade cultural nas três aceções referidas.

23

D. DESAFIOS DO ENSINO: PALESTRAS E OFICINAS

Palestras especializadas: Modalidade de comunicação em que os oradores se focam na

transposição didática de conteúdos relativos à promoção da sustentabilidade no âmbito de um

dos tipos de património focados (natural, imaterial ou construído). As propostas de trabalho

serão objeto de exploração didática nas oficinas.

Oficinas: Cada grupo, orientado pelo respetivo palestrante, investiga perspectivas concretas de

operacionalização pedagógica de conteúdos relativos à construção da sustentabilidade. Os

resultados deste trabalho serão disponibilizados a todos, em formato de fichas de exploração

pedagógica, como exemplares de trabalhos a desenvolver em contexto escolar, no âmbito da

valorização e conservação do património natural, imaterial e/ou construído.

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DE1. Sr. Prof. Doutor João Miguel Tavarela Ferreira

Palestra: «A exploração espacial – solução ou problema ambiental?»

(10 de julho, 15h00 – 15h30)

Oficina: «A exploração espacial – novas questões éticas e ambientais»

(10 de julho, 16h00 – 17h45)

A comunicação pretende dar alguma informação mas principalmente levantar questões para

serem trabalhadas na Oficina. Irão ser explorados dois aspectos da exploração espacial: a

questão ética e a questão ambiental. Serão abordadas quer a exploração espacial próxima da

Terra, como a ISS (Estação Espacial Internacional), quer a exploração do sistema solar com

ênfase na colonização de Marte.

A exploração espacial levanta novos problemas tecnológicos, científicos, ambientais e éticos

sobre os quais se pretende refletir.

25

DE2. Sr. Prof. Doutor João Vasco de Ávila Sousa Barcelos

Palestra: «Princípios e conhecimentos básicos gerais duma quotidiana

gestão de resíduos»

(10 de julho, 15h00 – 15h30)

Oficina: «Discussão de estratégias pedagógicas para motivação de

comportamentos de participação cívica, nos modernos sistemas de gestão

de resíduos, como contributo individual para uma economia circular»

(10 de julho, 16h00 – 17h45)

Sem esquecer os diversos contextos da terrível poluição por resíduos nos países não

desenvolvidos e pobres, nas suas mais diferenciadas facetas, também as sociedades modernas

dos países desenvolvidos, como Portugal, conseguiram um relativo bem estar da maioria da sua

população, o qual tem porém, como uma das suas contrapartidas negativas, a avultada

produção de resíduos, a qual, ainda hoje, conduz a consideráveis fenómenos de poluição e a

perda de recursos naturais.

Face ao acima exposto, e pela importante papel que as Escolas desempenham na Sociedade -

como entidades formadoras de jovens e cidadãos em geral, bem como entidades divulgadoras

e multiplicadoras de informação - devem os docentes destas escolas tentar adquirir os

conhecimentos mínimos básicos sobre a temática de gestão de resíduos, que lhes permitam

desempenhar uma função, ainda mais efetiva e generalizada, na educação e motivação dos

jovens para comportamentos de cidadania e de rotina adequados à sua participação

indispensável nos modernos sistemas de gestão de resíduos, hoje disponíveis na nossa vida

quotidiana.

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DE3. Sr. Prof. Dr. Miguel Monjardino

Palestra: «As forças que estão a mudar o nosso mundo»

(10 de julho, 15h00 – 15h30)

Oficina: «Ser professor perante o mundo em mudança»

(10 de julho, 16h00 – 17h45)

Vivem-se presentemente tempos de grande incerteza e sobre o rumo do mundo a curto e

médio prazos. Mas porque é que isto está a acontecer? Analisar alguns dos principais vetores

que contribuem para o aceleramento e da História e turbulência politica atual constitui a

intenção primordial desta palestra. Procurar-se-á, igualmente, problematizar o papel da Escola,

e dos professores em particular, na desconstrução de populismos nacionalistas, de “identidades

assassinas” e de consumismos acríticos, e na promoção de um maior envolvimento político e

solidário dos jovens na sociedade.

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DE4: Sr. Prof. Doutor Paulo A.V. Borges e Sra. Doutora Isabel R. Amorim

Palestra: «Impactos das alterações globais na biodiversidade de artrópodes

dos Açores»

(11 de julho, 10h00 – 10h30)

As ilhas são particularmente sensíveis às alterações globais, nomeadamente às alterações do

uso do solo, espécies invasoras e alterações climáticas. Nos Açores os principais factores

promotores de perturbações são as alterações ao uso do solo, as espécies exóticas invasoras e a

Política Agrícola Comunitária (PAC). A pressão humana sobre vários tipos de ecossistemas

naturais dos Açores chega a ser insustentável, nomeadamente nas zonas húmidas, em particular

as grandes lagoas de São Miguel. As espécies de plantas invasoras (em particular Hedychium

gardnerianum) estão a promover alterações radicais no solo das florestas nativas com

consequências ainda não completamente compreendidas. Os Açores possuem um património

único de artrópodes com cerca de 300 espécies endémicas de uma ou mais ilhas. Muitas das

espécies de escaravelhos de maiores dimensões já estão extintas e das cerca de 130 espécies de

insetos endémicos recentemente avaliadas pelos critérios da IUCN, cerca de 65% estão muito

ameaçadas. As poucas áreas de floresta nativas atualmente incluídas nos Parques Naturais dos

Açores necessitam de ser cuidadosamente monitorizadas e investimentos avultados necessitam

de ser mantidos para controlar espécies invasoras em zonas ainda bem preservadas (e.g. nas

ilhas Terceira, Pico e Flores). Restauro ambiental vai ser necessário em ilhas de elevada

biodiversidade de espécies endémicas exclusivas (e.g S. Miguel e Santa Maria). A criação de

corredores ecológicos poderá ser uma solução para ligar populações isoladas em fragmentos de

floresta natural.

Oficina: «Insetos em ordem: vamos aprender a identificar» Sr. Prof. Doutor Paulo A.V. Borges, Sra. Doutora Isabel R. Amorim e Dr.ª Celia L. Cañizares

(11 de julho, 11h00 – 12h45)

Nesta oficina será explorada a diversidade de espécies de insetos e a sua biologia através de um

jogo de tabuleiro, que foi desenvolvido por colegas do nosso grupo de investigação (cE3c) e

pelo Museu Nacional de História Natural como ferramenta didática para o ensino desta

temática.

Pensamos que esta é uma atividade que os professores poderão no futuro utilizar nas suas

aulas, uma vez que se existir interesse por parte dos docentes, poderão ser solicitados jogos

gratuitamente para a Escola.

28

DE5. Profª. Doutora Célia Silva

Palestra: «Pal-DE.05: «Queijos tradicionais como repositório de

biodiversidade microbiana»

(11 de julho, 10h00 – 10h30)

Os queijos tradicionais produzidos com leite cru possuem um património microbiológico muito

rico, que pode ser explorado na pesquisa de novas estirpes de bactérias com propriedades

benéficas. Foram isoladas bactérias do queijo tradicional do Pico que apresentavam uma grande

diversidade de características tecnológicas e probióticas. Os probióticos são organismos vivos

que, quando ingeridos em quantidade suficiente, exercem efeitos benéficos para a saúde do

hospedeiro. Algumas das propriedades probióticas das bactérias isoladas do queijo do Pico

incluem o controle de infeções provocadas por organismos patogénicos (listéria), redução de

alergias, redução da tensão arterial, redução do colesterol, produção de compostos

anticancerígenos (CLA) e que ajudam a combater a ansiedade (GABA).

Oficina: « Vamos produzir um queijo fresco com caviar de massa de

malagueta»»

(11 de julho, 11h00 – 12h45)

Aplicação da química dos alimentos nofabrico de queijo fresco. A apresentação tradicional de

queijo fresco com massa de malagueta será substituída pela inclusão de esferas de alginato com

massa de malagueta para exemplificar a utilização da ciência na inovação alimentar.

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DE6. Profª. Doutora Sónia Matos

Palestra: «Design, educação e desenvolvimento sustentável: novos

paradigmas e contextos de intervenção»

(11 de julho, 10h00 – 10h30)

Numa primeira abordagem, a educação para o desenvolvimento sustentável e o design

parecem ocupar campos de intervenção muito distintos. Há muito que nos habituamos a

compreender o design, enquanto expressão de uma sociedade consumista, como uma

disciplina que visa criar produtos e imagens de cariz comunicativo, que apelam à lógica

economicista dos mercados e à explosão de marcas que pautam as sociedades ocidentais desde

o pós-guerra. No entanto, existe um outro lado do design. Contemporaneamente, enquanto

disciplina de investigação, o design procura utilizar as técnicas de criação e comunicação, desta

vez ao serviço do desenvolvimento de uma sociedade inclusiva, democrática e sustentada. É

com base nesta perspectiva do design enquanto disciplina, que esta palestra apresentará

conceitos e metodologias que visam criar um diálogo entre o design e a educação para o

desenvolvimento sustentável. Tendo em conta a realidade do arquipélago dos Açores, esta

apresentação terá por objetivo apresentar conceitos e metodologias que visam criar uma

aliança entre o design e as ciências da educação. Colocando ênfase no design participativo

(participatory design), na educação baseada no lugar (place-based education) e na aprendizagem

baseada em projetos (project-based learning), esta apresentação visa informar o

desenvolvimento de projetos e abordagens que envolvem comunidades, cidadãos e alunos na

valorização do património natural, construído e imaterial.

Oficina: « Design, educação e desenvolvimento sustentável: novos

paradigmas e contextos de intervenção»

(11 de julho, 11h00 – 12h45)

Esta sessão de trabalho visa ampliar a educação ambiental, no contexto Açoriano, utilizando três

perspectivas metodológicas: o design participativo (participatory design), a educação baseada

no lugar (place-based education) e a aprendizagem baseada em projetos (project-based

learning). Com vista ao desenvolvimento de uma proposta de projeto pelos participantes, esta

sessão terá uma natureza prática e será desenvolvida com base na dinâmica do trabalho de

grupo.

30

DE7. Sra. Doutora Joana Barcelos e Ramos

Conferência: «Efeitos das mudanças globais no fitoplâncton marinho»

(11 de julho, 15h00 – 15h30)

Oficina: «Mudanças globais: factos incontornáveis e ações de mitigação

para os alunos»

(11 de julho, 16h00 – 17h45)

As concentrações atmosféricas de dióxido de carbono (CO2) têm variado nos últimos 800 000

anos entre 180 em períodos frios e 280 ppmv (partes por mil por volume) em tempos quentes.

No entanto, com a Revolução Industrial as concentrações de CO2 na atmosfera estão a aumentar

rapidamente (podendo chegar a 1000 ppmv no ano 2100). O oceano tem minimizado este

aumento ao absorver cerca de um terço do CO2 emitido para a atmosfera. Contudo, o

incremento dos níveis de CO2 no oceano tem diminuído o seu pH, o que poderá ter

consequências para os organismos marinhos. De facto, existe uma relação íntima entre a

biosfera e o clima da Terra. Variações nas condições ambientais afetam a fisiologia dos

organismos o que por sua vez tem consequências nos ciclos biogeoquímicos, influenciando o

clima. O fitoplâncton marinho (seres microscópicos autotróficos) está na base da cadeia trófica

marinha e é importante para os ciclos marinhos de carbono, azoto, sílica, fósforo e ferro. O

esperado aumento das concentrações de dióxido de carbono poderá influenciar as

comunidades fitoplanctónicas de acordo com as respostas específicas de cada espécie

pertencente a essa mesma comunidade, pelo que a investigação científica tem incidido quer nas

respostas de determinadas espécies quer nas comunidades naturais. Os Açores ocupam uma

localização de excelência para avaliar como as comunidades que ocorrem em meios

maioritariamente oligotróficos poderão ser afetadas pelas mudanças globais.

Tendo em conta a importância e atualidade do tema apresentado, é relevante que o mesmo

seja referenciado pelos docentes nas aulas, com o objetivo de formar e motivar os jovens e

cidadãos em geral a terem um papel ativo na mitigação das mudanças globais.

31

DE8: Sra. Profª. Doutora Helena Vasconcelos

Palestra: «Inovar pela Natureza» (11 de julho, 15h00 – 15h30)

Oficina: «Tópicos de Física dos Materiais para a sustentabilidade»

(11 de julho, 16h00 – 17h45)

Nos últimos tempos temos vindo a assistir a mudanças importantes na nossa sociedade, como

consequência da rápida evolução da ciência e da tecnologia. Estas mudanças requerem que a

escola capacite os alunos para tomarem uma posição relativamente a questões do seu dia-a-

dia. Desta forma, a articulação de conteúdos entre disciplinas é um fundamental para os ajudar

nessa tomada de decisão.

As duas maiores ameaças à preservação do meio ambiente nos Açores são, em terra, as plantas

invasoras que destroem a biodiversidade e, no mar, a acumulação de lixo marinho proveniente

de embalagens de plástico. Impedir ou retardar a expansão de uma invasora é quase impossível

e dispendioso e o “lixo plástico nos Açores pode comprometer setores estratégicos para a

economia açoriana, como as pescas e o turismo”. A conteira, planta da espécie Hedychium

gardnerianum, originária dos Himalaias, tornou-se invasora nos Açores, um arquipélago de

origem vulcânica com solos férteis e florestas húmidas, para onde foi levada como planta

ornamental. É atualmente encarada pelas populações, como um recurso sem utilidade, e pela

comunidade científica, como uma ameaça à biodiversidade, portanto, uma possível solução é

tirar partido da sua abundancia, como fonte de matéria-prima, para desenvolver produtos

totalmente biodegradáveis e a baixo custo, que substituam os tradicionalmente feitos de

plástico. A grave crise petrolífera mundial e as tentativas de minimização do impacto dos gases

de efeito de estufa no agravamento do aquecimento global e nas denominadas alterações

climáticas, são também fins que justificam os meios para reduzir a dependência dos plásticos.

Há um novo paradigma na área dos materiais que está a caminhar para novas oportunidades -

consideradas estratégicas – baseadas no que “é natural é bom”, ou seja matérias-primas naturais

que originam produtos sustentáveis e promovem o desenvolvimento socio-ambiental e

económico das regiões.

Pretende-se que alunos e professores se tornem conscientes da necessidade de articulação de

conteúdos e competências das disciplinas de Física, Química e Biologia (ambiente) para

resolverem problemas relacionados com a área da sustentabilidade energética. Para a

construção de conhecimentos sobre este tema e propõe-se a estratégia “Inquiry Based Science

Education (IBSE)” e o modelo dos 5E de Roger Bybee, o qual pressupõe cinco etapas: “Engage”,

“Explore”, “Explain”, “Elaborate” e “Evaluate”.

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DE9: Sr. Dr. Isaac Ávila

Palestra: «Vida e obra de António Dacosta» (11 de julho, 15h00 – 15h30)

A incidência desta palestra intitulada “Vida e Obra de António Dacosta” prende-se com a

pertinência da abordagem da obra do artista terceirense, pintor, poeta e crítico de arte, de

reconhecido talento a nível nacional e internacional.

António Dacosta nasceu em Angra do Heroísmo em 1914 e faleceu em Paris em 1990. Partiu

dos Açores para Lisboa em 1935, matriculando- se no curso de Pintura na Escola Superior de

Belas-Artes. Residiu na capital francesa permanentemente a partir de 1947, altura em que

obteve uma bolsa de estudo do governo francês. Foi um dos primeiros mentores do surrealismo

em Portugal, tendo realizado com António Pedro e Pamela Boden, na Casa Repe, em Lisboa, a

primeira exposição surrealista em Portugal, no ano de 1940 (coincidindo ironicamente com a

Exposição do Mundo Português), e colocando Portugal na linha da frente do vanguardismo na

Europa, acompanhando o movimento lançado, por André Breton. Dois anos mais tarde (1942),

ganhou o Prémio Amadeo de Souza-Cardoso com o quadro A Festa, de forte influência açoriana

e do culto do Espírito Santo. O escritor Vitorino Nemésio, igualmente terceirense e seu

contemporâneo, qualificou António Dacosta como o «Pintor Europeu das Ilhas».

Na década de cinquenta, o artista suspende a sua atividade pictórica e dedica-se à crítica da

arte como colaborador de jornais e revistas da especialidade, designadamente, o jornal

brasileiro O Estado de S. Paulo. Volvidas três décadas, recomeçou a pintar, expondo

regularmente, a partir de 1983, em Portugal e no estrangeiro. Foi nesta década de 80 que a sua

profícua atividade artística apresentou novamente o constante fascínio pelas ilhas, patente, por

exemplo, nos quadros Memória (1983) e Açoreana (1986), e, numa alusão direta ao culto do

Espírito Santo, A Mulher e o Folião (1983) e A Menina da Bandeira III (1984).

Pretende-se com esta apresentação contribuir para a valorização do património artístico local e

nacional, facultando à comunidade escolar um conhecimento mais alargado da obra deste

eminente artista, pioneiro da centralidade cultural e artística de Portugal na Europa do seu

tempo.

33

Oficina: «A arte local – uma mais valia didática/pedagógica»

(11 de julho, 16h00 – 17h45)

Na atualidade, como bem sabemos, adquirimos conhecimentos universais, mas, por vezes,

continuamos afastados das nossas vivências locais. É com intuito de contrariar esta situação,

que pretendemos valorizar a didática do ensino da história da arte dentro e fora da sala de aula,

proporcionando aos alunos um contacto direto com a realidade artística da sua comunidade.

Pelo que a inserção do aluno na realidade do passado local, contribuirá para uma melhor

compreensão da sociedade à qual pertence.

No nosso entender, cabe ao professor despertar o interesse do aluno pela especificidade

artística da sua região, integrando-a num âmbito da história da arte nacional e internacional. A

visualização das obras iconográficas e materiais locais permite ao aluno o desenvolvimento de

competências específicas como a observação “in loco”, o rigor de análise, o pensamento

reflexivo e o sentido crítico. Este processo contribui não só para a sensibilidade estética,

valorização do património artístico e cultural, mas também irá promover a consciencialização

dos direitos e deveres de intervenção dos alunos na vida coletiva, responsabilizando-os pela

preservação do património artístico e cultural da sua localidade.

34

DE10: Mestre Eva Lima

Palestra: «Geodiversidade e património geológico: a componente abiótica

do património natural» (12 de julho, 10h00 – 10h30)

Oficina: «As rochas dos Açores: “metendo as mãos na massa”»

(11 de julho, 11h00 – 12h45)

O Património Natural de determinado território é constituído pela sua flora e fauna e pelo

suporte geológico que as sustenta e condiciona.Neste contexto, o mundo vivo que constitui o

Planeta Terra tem “raízes” no substrato geológico em que está implantado, nas rochas de que se

“alimenta”, nos oceanos que o integram e no ar que o envolve. Importa, pois, conhecer e

caracterizar a geodiversidade de um dado território, designadamente do Arquipélago dos

Açores, na medida em que constitui uma importante componente do seu Património Natural.

Mas, o que é a geodiversidade? Este termo pode ser definido como “a amplitude natural”

(diversidade) de características geológicas (rochas, minerais e fósseis), geomorfológicas

(paisagem, processos) e do solo. Inclui as suas associações, relações, propriedades,

interpretações e sistemas (Gray, 2004).

A geodiversidade consiste, assim, na variedade de ambientes geológicos, fenómenos e

processos ativos (endógenos e exógenos) que dão origem a paisagens, rochas, minerais, fósseis,

solos e outros depósitos superficiais que são o suporte para a vida na Terra. Em suma, a

geodiversidade compreende todos os aspetos não vivos do planeta Terra, ou seja, a

geodiversidade compreende a natureza abiótica.

Dada a natureza arquipelágica dos Açores e as limitações impostas pela dimensão, distância e

distribuição das diferentes ilhas, tais componentes assumem aqui uma relevância acrescida.

Com efeito, a geodiversidade das ilhas dos Açores, juntamente com outros fatores

determinantes, como o isolamento insular, o clima e o tipo de solos, são responsáveis por

condições ecológicas distintas, que traduzem, de forma singular, a estreita relação entre a

geodiversidade e a biodiversidade do arquipélago.

35

A paisagem vulcânica do arquipélago (e.g. “a geosfera açoriana”) apresenta um vasto conjunto

de formas, rochas, relevos e estruturas ímpares, derivadas, nomeadamente, do tipo de erupção

que as originou, da sua dinâmica e da posterior atuação dos agentes externos da hidrosfera,

atmosfera e biosfera. Esta paisagem encerra, pois, uma rica geodiversidade e um Património

Geológico relevante, o qual, em especial na última década, tem vindo progressivamente a ser

inventariado (“geologicamente”), considerado (“politicamente”) e protegido (“legalmente”),

sobretudo no âmbito da criação e implementação da Rede Regional de Áreas Protegidas

Açores, dos Parques Naturais de Ilha (PNI) e, mais recentemente, do Geoparque Açores e sua

integração na Rede Global de Geoparques da UNESCO.

Alguns daqueles elementos de geodiversidade, bem delimitados geograficamente e que, pela

sua peculiaridade ou raridade, apresentem valor científico, pedagógico, cultural, estético (e.g.

paisagístico), económico (e.g. turístico), ou outro, podem ser considerados como geossítios (ou

geomonumentos, ou geótopos). Ou seja, podem ser identificados como locais ou estruturas

singulares, com interesse específico e, como tal, deverão ser alvo de especial atenção nas

políticas de desenvolvimento sustentável, em especial nas de ambiente e de ordenamento do

território.

Com efeito, tal como uma ruína, um castelo ou qualquer vestígio histórico que, pelo seu

significado e/ou grandiosidade, são considerados monumentos, também um cone, uma

paisagem vulcânica, uma caldeira, um campo lávico, uma disjunção prismática e outras

ocorrências geológicas, podem possuir características que permitam classificá-las como

geossítios. Nesta medida, e do mesmo modo que para as memórias culturais que se procura

preservar, tal classificação permite valorizar o Património Geológico como parte integrante do

Património Natural de uma região ou país.

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DE11: Sra. Profª. Doutora Ana Moura Arroz & Sra. Profª. Doutora Rosalina Gabriel

Palestra: «Espaços de natureza nas cidades como recurso educativo» Sra. Profª. Doutora Ana Moura Arroz, Sra. Profª. Doutora Rosalina Gabriel & Mestre Ana Fuentes

Sanchez

(12 de julho, 10h00 – 10h30)

Cada jardim é uma interseção onde convergem o património natural, com as suas espécies

botânicas e outras, o património construído, com as suas infraestruturas e equipamentos, e o

património imaterial, dependente da história e das histórias dos seus promotores, trabalhadores

e visitantes. Ao darmo-nos conta da coexistência de tantos domínios do saber para a criação

destes espaços de natureza nas cidades, os jardins constituem-se lugares privilegiados de

transdisciplinaridade, onde se podem equacionar alguns dos desafios de sustentabilidade. Para

os jovens estudantes, há em primeiro lugar a possibilidade de aprender fora da sala de aula, o

contexto de aprendizagem formal mais comum nos tempos modernos, mas talvez não o mais

eficaz; para os professores, há a possibilidade de visitar um ambiente relativamente controlado

e próximo da escola, que não obriga às autorizações e preparação (e.g. transporte, calçado,

alimento) que a visita a um trilho de uma reserva natural envolve.

Oficina: «Apropriação pedagógica de jardins» Sra. Profª. Doutora Ana Moura Arroz, Sra. Profª. Doutora Rosalina Gabriel e Raquel Mendonça

(12 de julho, 11h00 – 12h45)

A apreciação dos jardins como recurso educativo pode fazer-se usando questões de resposta

direta – por exemplo, qual a origem biogeográfica das espécies que o constituem, a que grupos

taxonómicos pertencem essas espécies, qual o estilo artístico e arquitetónico dos equipamentos,

qual a época do estabelecimento do próprio jardim, e tantas outras. No entanto, algumas

questões mais complexas, podem também ser avançadas nestes espaços aparentemente

perfeitos e benignos, questões que estimulem o sentido crítico e a tomada de posição dos

jovens. Por exemplo, como se consegue manter a relva sempre verde, mesmo em pleno Verão,

como é que as espécies trazidas para ornamentar jardim podem impactar na biodiversidade

local, há espécies que “passam de moda” e deixam de ser plantadas, porque é que as pessoas

frequentam estes espaços e quais os benefícios que deles obtêm, como se mantém o jardim

cuidado quando na rua da escola há tanto lixo no chão, será que todos gostaríamos de ter um

jardim próximo das nossas casas e porquê, ou porque não... As possibilidades são inúmeras e,

com o auxílio dos docentes, possibilitam um trabalho de reflexão fundamentação das respostas

que pode ajudar os jovens a pensar e intervir na sociedade de modo a garantir a

sustentabilidade da Região.

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DE12: Sra. Profª. Doutora Magda Costa Carvalho

Palestra: «A comunidade de investigação enquanto ferramenta educativa:

sustentabilidade ambiental e consumo responsável»

(12 de julho, 10h00 – 10h30)

O modelo educativo da ‘comunidade de investigação’ surgiu no âmbito do programa de

Filosofia para Crianças de M. Lipman e de A. Sharp, sendo a sua aplicação transversal a

diferentes áreas curriculares.

Uma sessão em comunidade de investigação consiste numa prática dialógica, colaborativa e

autorregulada de pensamento, orientada pelas questões e perplexidades dos seus membros,

com vista à construção de respostas criteriosas e fundamentadas sobre os assuntos em debate.

Visando a aquisição e o desenvolvimento de ferramentas de pensamento que possibilitem a

formação de cidadãos conscienciosos, críticos e interventivos, a metodologia da comunidade de

investigação revela-se um instrumento fundamental na educação para a sustentabilidade, tendo

como horizonte último a resposta à questão “em que mundo queremos viver?”.

Oficina: «Pensar em comunidade sobre o consumo responsável»

(12 de julho, 11h00 – 12h45)

No seguimento da comunicação sobre a comunidade de investigação enquanto locus promotor

de práticas ambientais, esta oficina terá dois objetivos: numa primeira parte, os participantes

irão praticar a metodologia da comunidade de investigação a partir da temática do consumo

responsável; numa segunda parte, explorar-se-ão as diferentes dimensões do trabalho realizado

na perspetiva da sua concretização em contexto escolar.

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E. OFICINAS DE APRENDIZAGEM EXPERIENCIAL NA NATUREZA

Será promovido um conjunto de experiências sensoriais ao longo da realização de um

trilho/percurso pedestre com vista a estimular a apreensão, fruição e análise de diferentes

facetas da paisagem natural e construída local.

Espera-se que estas oficinas permitam a verificação no terreno dos equilíbrios existentes e dos

serviços prestados pelos sistemas naturais, o reconhecimento de alguns desequilíbrios

provocados pela ação antrópica e a identificação de soluções criativas acionadas para os

enfrentar.

Assim, cada grupo, orientado pelo coordenador, observa e analisa a área em estudo, focando

não só os seus recursos (naturais, materiais e imateriais) mas também os problemas emergentes

e as soluções implementadas, de modo a identificar propostas de ação que permitam consolidar

o desenvolvimento sustentável local.

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AEN.1. Engº. Paulo Barcelos

«Aprendizagem experiencial no Trilho das Rilheiras»

(12 de julho, 15h00 – 18h00)

O percurso da Paisagem das Bestas, atravessa um antigo campo lávico, pedregoso e irregular,

que leva a uma pequena ravina que servia de acesso ao interior da Caldeira do Guilherme

Moniz. Do cimo da ponta leste da Serra do Morião e durante o percurso passa por um conjunto

de miradouros de bonitas paisagens sendo possível avistar a Serra de Stª Bárbara ao longe, a

Serra do Morião com a sua caldeira, a planura dos Cinco Picos entre a Serra da Ribeirinha e a

Serra do Cume.

Por fim passa junto ao tubo de água que abastece as mini-hídricas de Angra, e por uma linha de

água que os leva até às relheiras da Passagem das Bestas, gravadas na rocha pelo rodar de

milhares de carros de bois, que durante séculos vinham à caldeira buscar lenhas.

A biodiversidade em todo o percurso é diversificada, com a presença de muitos dos

endemismos típicos destes ecossistemas.

40

AEN.2. Engº. Hélder Xavier

«Aprendizagem experiencial entre castelos e biodiversidade»

(12 de julho, 15h00 – 18h00)

O trilho dos Fortes de São Sebastião está inserido no maciço vulcânico dos Cinco Picos e

percorre parte da costa Sudeste da ilha, passando por vestígios de antigas fortificações de

defesa marítima (séc. XVI - XVII) e zonas incluídas no Parque Natural da Terceira: a Área

Protegida para a Gestão de Habitats ou Espécies da Ponta das Contendas [TER06] e a Área

Marinha Protegida de Gestão de Recursos da Costa das Contendas [TER16], terminando na Vila

de São Sebastião.

Em termos interpretativos, esta visita oferece uma variedade de recursos a explorar, quer a

nível de património natural (biodiversidade, geologia) quer a nível histórico e cultural.

41

F. MOMENTOS CULTURAIS

42

MC1. Momento musical com «Quarteto de trompas Edgar Marques»

Quinteto de trompas com Edgar Marques, Gonçalo Ormonde, Artur Ferreira, Rafael Linhares e

Telmo Rocha.

MC2. Momento de dança com o Grupo de Dança do Clube Desportivo Escolar da

EBIAH, liderado por Sandra Machado

Grupo de Dança com 25 alunos, pertencentes ao 1º Ciclo com idades entre os 6 e os 9 anos.

Trabalham atividades rítmicas expressivas, destacando-se entre elas a dança criativa. Vão

apresentar 3 momentos artísticos distintos preparados ao longo do ano.

MC3. Momento musical com José Sousa e Evandro Meneses: «Cordas beliscadas»

Peças para viola da terra (Evandro Meneses) e guitarra clássica (José Sousa) que exploram a

evolução do uso do instrumento regional.

MC4. Momento teatral com Ricardo Ávila e Steven Almeida «Arture, o robô do

future: Reloaded»

Performance musical de cariz interventivo, picaresco, a partir de temas locais.

43

MC5. Momento de poesia com Carlos Bessa

VIAGENS (Educação para o desenvolvimento sustentável)

Pietro Citati, num belo livro intitulado Ulisses e a Odisseia. A Mente Colorida (Cotovia, 2005),

fala-nos de Apolo, deus da Beleza, da Perfeição, da Harmonia, do Equilíbrio e da Razão, mas

também deus do Sol, da Poesia, da Música, das Artes, do tiro ao alvo, da cura, da justiça, da lei,

da ordem e da peste. Segundo Citati Apolo é “um encontro de contradições” “entre excesso e

moderação, entre luz e noite, entre o arco e a lira, entre terror e harmonia, entre força e

fraqueza, (…) entre culpa e purificação, entre violência e conciliação, entre verdade e

ambiguidade”. Confesso que do que li até hoje esta é, para mim, a melhor definição de poesia.

Tanto que mais que Apolo ainda hoje é símbolo do que é simples, claro, puro e uno.

Os deuses, como bem sabemos, compraziam-se em brincar com os humanos. E deixaram

sempre bem claro o abismo ou fonteira entre ambas as condições, a divina e a humana. Os

homens, no entanto, sempre se caracterizaram pela sua teimosia e à paciência e resignação

aliaram o sonho e a vontade de ir mais longe. Talvez estes sejam os pilares fundamentais da

educação, perseverar e ousar.

Assim, arrisco-me a propor para título desta leitura de poemas o título de viagens, por achar

que sintetiza bem o lado de deambulação interior, a perseverança e a criatividade que são

indissociáveis da poesia.

Os poemas que vou ler são grosso modo do século passado, com um ou outro deste século. Ou

seja, estão aqui poemas de autores canónicos, a par de autores mais recentes. Darei sempre a

indicação da obra de que foram retirados, pois os poemas pertencem a livros. Alguns são

traduções. A maior parte, de poetas nacionais. Porque a poesia continua a ser a arte maior de

Portugal. Basta pensarmos em Camões ou em Fernando Pessoa.

44

AGRADECIMENTOS

45

A Comissão Organizadora do Encontro Regional de Professores, «Educação para o

desenvolvimento sustentável nos Açores: valorização dos patrimónios natural, construído e

imaterial» está muito grata às seguintes instituições e pessoas:

Governo Regional dos Açores

Secretaria Regional da Educação e Cultura

Direção Regional da Educação

Centro de Formação da Escola Básica e Secundária Tomás de Borba

Departamento de Ciências da Escola Básica Integrada de Angra do

Heroísmo

Secretaria Regional da Energia, Ambiente e Turismo

Direção Regional do Ambiente

Parques Naturais de Ilha

Parque Natural da Terceira

Rede Regional de Ecotecas dos Açores

Secretaria Regional da Agricultura e Florestas

Direção Regional dos Recursos Florestais

Serviço Florestal da Terceira

Câmara Municipal de Angra do Heroísmo

Universidade dos Açores

Faculdade de Ciências Agrárias e do Ambiente

Faculdade de Ciências e Tecnologia

Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

cE3c/GBA – Grupo da Biodiversidade dos Açores

46

Organizações não governamentais sem fins lucrativos

Global Geoparks Network – Geoparque Açores

Os Montanheiros – Sociedade de Exploração Espeleológica

RTP Açores

Sector empresarial

Caixa Económica da Misericórdia

Escritório Digital

Floriazoris Sociedade Unipessoal Lda.

Porto Editora

Vale dos Milhafres

VITEC

Colegas

Madalena Sousa, pela preciosa ajuda ao longo de todo o processo

Rui Melo, pela preciosa ajuda na parte gráfica

Conselho Executivo da EBIAH cessante, na pessoa da Professora Nélia Rebelo

Conselho Executivo da EBIAH vigente, na pessoa do Professor Armando Brilhante

Formadores

Agradecemos de modo especial a todos os palestrantes, dinamizadores de oficinas e

artistas que graciosamente, com a sua experiência, sensibilidade e saber, tornaram

possível este Encontro Regional de Professores.

A todos, bem hajam.

47

GOVERNO REGIONAL DOS AÇORES

CÂMARA MUNICIPAL DE

ANGRA DO HEROÍSMO UNIVERSIDADE DOS AÇORES

ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS SEM FINS LUCRATIVOS

SECTOR EMPRESARIAL

48

LISTA DE AUTORES E AFILIAÇÕES

49

Amorim, Isabel do Rosário Doutorada em Biologia

Bolseira de investigação da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT)

cE3c/GBA- Center for Ecology, Evolution and Environmental Changes& Grupo da Biodiversidade dos Açores

FCAA, Faculdade de Ciências Agrárias e do Ambiente, Universidade dos Açores, Angra do Heroísmo.

Arroz, Ana Margarida Moura de Oliveira Doutorada em Psicologia

Professora Auxiliar da FCSH da Universidade dos Açores, Angra do Heroísmo

cE3c/GBA- Center for Ecology, Evolution and Environmental Changes & Grupo da Biodiversidade dos Açores

Ávila, Ricardo Licenciado em Educação de Infância

Técnico Superior da Biblioteca Pública de Angra do Heroísmo

Ávila, Isaac – Licenciado em História da Cultura e das Artes

E.B.S. Tomás de Borba, Angra do Heroísmo, Portugal

Barcelos, João Vasco de Ávila de Sousa

Doutorado em Medicina Veterinária

Professor Auxiliar da FCAA da Universidade dos Açores, Angra do Heroísmo

Barcelos, Paulo J. M. Licenciado em Engenharia Agrícola

Técnico Superior da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo

Presidente da Direção da Associação “Os Montanheiros”

Bettencourt, Ana Maria Dias Doutorada em Ciências da Educação

Presidente do Conselho Geral do Instituto Politécnico de Lisboa

Escola Superior de Educação de Setúbal

Borges, Paulo Alexandre Vieira Doutorado em Ecologia de Insectos

Professor Auxiliar com Agregação da FCAA da Universidade dos Açores, Angra do Heroísmo

cE3c/GBA- Center for Ecology, Evolution and Environmental Changes& Grupo da Biodiversidade dos Açores

Carvalho, Magda Eugénia Pinheiro Brandão Costa Doutorada em Filosofia

Professora Auxiliar da FCSH da Universidade dos Açores, Ponta Delgada

NICA-UAc- Núcleo Interdisciplinar da Criança e do Adolescente da Universidade dos Açores

IFIL-NOVA, Universidade Nova de Lisboa

Costa, Ricardo Manuel Madruga da Doutorado em História, especialidade de História Moderna

Professor Auxiliar Convidado da FCAA da Universidade dos Açores, Angra do Heroísmo.

Fael, Margarida Cecília da Silva Ramos Baptista Licenciada em Ensino de Física e de Química

Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo, Angra do Heroísmo

50

Ferreira, João Miguel Tavarela da Silva Doutorado em Astronomia

Professor Auxiliar da FCAA da Universidade dos Açores, Angra do Heroísmo

CA-UP, Centro de Astrofísica da Universidade do Porto

Fuentes Sanchez, Ana Licenciada em Biologia e em Engenharia do Ambiente, Mestre em Gestão e Conservação da Natureza

Bolseira de Investigação do Observatório de Turismo dos Açores (OTA)

cE3c/GBA- Center for Ecology, Evolution and Environmental Changes & Grupo da Biodiversidade dos Açores

Gabriel, Rosalina Doutorada em Ecofisiologia Vegetal

Professora Auxiliar da FCAA da Universidade dos Açores, Angra do Heroísmo

cE3c/GBA- Center for Ecology, Evolution and Environmental Changes& Grupo da Biodiversidade dos Açores

Leite, José Guilherme Reis Doutorado em História Moderna e Contemporânea

Angra do Heroísmo, Portugal

Lima, Eva Almeida Licenciada em Geologia, Mestre em Ordenamento do Território e Planeamento Ambiental e Doutoranda em

Geologia do Ambiente da FCT, da Universidade dos Açores, Ponta Delgada

Geoparque Açores, Geoparque Mundial da UNESCO, Horta, Açores

Cañizares, Celia Lopez Licenciada em Biologia, Bolseira Estagiar-L

cE3c/GBA- Center for Ecology, Evolution and Environmental Changes& Grupo da Biodiversidade dos Açores

Machado, Artur da Câmara Doutorado em Ciências Agrárias, especialidade em Genética e Melhoramento

Professor Auxiliar com Agregação da FCAA da Universidade dos Açores, Angra do Heroísmo

CBA – Centro de Biotecnologia dos Açores

Machado, Sandra Licenciada em Educação Física

Escola Básica e Integrada de Angra do Heroísmo, Angra do Heroísmo, Portugal

Marques, Edgar Professor do Conservatório Regional de Música de Angra do Heroísmo

Escola Básica e Secundária Tomás de Borba, Angra do Heroísmo, Portugal

Matos, Sónia Doutorada em Design

Professora Auxiliar e Investigadora da School of Design, Edinburgh College of Art, Scotland, United Kingdom

M-ITI, Madeira Interactive Technologies Institute, Funchal

Melo, Assunção Gil Correia de Licenciada em História da Arte e Pós-graduada em História da Arte Contemporânea

Investigadora do Museu de Angra do Heroísmo

Mendonça, Raquel Licenciada em Educação Básica, Bolseira Estagiar-L

cE3c/GBA- Center for Ecology, Evolution and Environmental Changes& Grupo da Biodiversidade dos Açores

51

Meneses, José Gabriel do Álamo de Doutorado em Engenharia do Ambiente

Professor Associado da FCAA da Universidade dos Açores, Angra do Heroísmo.

Presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo

Monjardino, Miguel Mestre em Segurança Internacional

Professor Visitante, Geopolítica e Geoestratégia,

Instituto de Estudos Políticos, Universidade Católica Portuguesa, Lisboa, Portugal

Ormonde, Carlos Jorge Belerique Licenciado em Engenharia Agrícola

Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo, Angra do Heroísmo, Portugal.

Raimundo, Paulo Alexandre Vilela M. Licenciado em Engenharia

Técnico Superior da Unidade de Urbanismo e Infraestruturas Municipais,

Câmara Municipal de Angra do Heroísmo

Ramos, Joana Barcelos e Doutorada em Ciências Naturais

Investigadora DRCT

IITAA – Instituto de Investigação e Tecnologias Agrárias e do Ambiente

FCAA, Faculdade de Ciências Agrárias e do Ambiente, Universidade dos Açores, Angra do Heroísmo

Rodrigues, António Félix Flores Doutorado em Poluição Atmosférica

Professor Auxiliar da FCAA da Universidade dos Açores, Angra do Heroísmo

IITAA – Instituto de Investigação e Tecnologias Agrárias e do Ambiente

Santos, Carlos Manuel Ferreira Pereira dos Doutorado em Matemática

CEAFEL - Centro de Análise Funcional, Estruturas Lineares e Aplicações, Universidade de Lisboa

Formador de Professores e Investigador no Colégio de São Tomás

Silva, Célia Costa Gomes Doutorada em Ciências Animais e Microbiológicas

Professora Auxiliar da FCAA da Universidade dos Açores, Angra do Heroísmo

IITAA – Instituto de Investigação e Tecnologias Agrárias e do Ambiente

Silva, Flávia Mestre em Engenharia do Ambiente

Bolseira de investigação da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT)

Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa

Silva, Luís Filipe Dias e Doutorado em Biologia

Professor Auxiliar com Agregação da FCT da Universidade dos Açores, Ponta Delgada

CIBIO-Açores

Silva, Maria Leonor Sampaio da Doutorada em Estudos Anglo-Americanos e Portugueses, especialidade de Cultura Inglesa

Professora Auxiliar da FCSH da Universidade dos Açores, Ponta Delgada

CHAM – Centro de História de Aquém e de Além-Mar – UAc e Universidade Nova de Lisboa

CeHU – Centro de Estudos Humanísticos – Uac e Diretora do Gab-TCL – UAc

52

Sousa, José António Professor do Conservatório Regional de Música de Angra do Heroísmo

Escola Básica e Secundária Tomás de Borba, Angra do Heroísmo

Xavier, Hélder Cardoso Licenciado em Engenharia do Ambiente;

Direção Regional do Ambiente, Parque Natural da Terceira, Ecoteca da Ilha Terceira

53

LISTA DE PARTICIPANTES

54

Abreu, Albertina Susana Marques da Silva Grupo Disciplinar: 230. Matemática e Ciências da Natureza

EBIAH - Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo

Almeida, Hugo José Zamora Fernandes Falcão de Grupo Disciplinar: 240. Educação Visual e Tecnológica

EBIAH. Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo

Amaral, Hélder Cardoso Grupo Disciplinar: 520. Biologia e Geologia

EBSTB - Escola Básica e Secundária Tomás de Borba

Andrade, Liliana Maria Pereira Grupo Disciplinar: 400. História

EBIAH - Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo

Antunes, Catarina Sofia da Silva Grupo Disciplinar: 200. Português e Estudos Sociais / História

EBIPV - Escola Básica Integrada da Praia da Vitória

Antunes, Cláudia Rafaela Neto de Azevedo Grupo Disciplinar: 300. Português

EBIPV - Escola Básica Integrada da Praia da Vitória

Ávila, Lucília de Fátima Toste Grupo Disciplinar: 111. 1º Ciclo do Ensino Básico - Educação Especial

EBIPV. Escola Básica Integrada da Praia da Vitória

Azevedo, Maria Clara Costa Pinto de Grupo Disciplinar: 500. Matemática

EBIAH - Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo

Bárbara, Sónia Maria Cabrita dos Santos Grupo Disciplinar: 600. Artes Visuais

ESVN - Escola Secundária Vitorino Nemésio

Bastos, Isabel Maria Antunes Oliveira Grupo Disciplinar: 600. Artes Visuais

EBIPV - Escola Básica Integrada da Praia da Vitória

Botelho, Sílvia Maria Martins Grupo Disciplinar: 210. Português e Francês

EBIAH - Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo

Cacilhas, João Manuel de Oliveira Grupo Disciplinar: 500. Matemática

EBIAH - Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo

Carneiro, Luísa Marlene Ferreira Grupo Disciplinar: 230. Matemática e Ciências da Natureza

EBIAH - Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo

55

Cordeiro, Hugo André de Matos Grupo Disciplinar: 420. Geografia

ESJEA - Escola Secundária Jerónimo Emiliano de Andrade

Costa, Manuel Alberto Cordeiro e Grupo Disciplinar: 200. Português e Estudos Sociais / História

EBSTB - Escola Básica e Secundária Tomás de Borba

Dias, Paula Alexandra Martins Grupo Disciplinar: 210. Português e Francês

EBIAH - Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo

Diniz, Maria do Rosário Matos de Carvalho Correia Alves Grupo Disciplinar: 220. Português e Inglês

EBIAH - Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo

Duarte, Paula Alexandra Sequeira Grupo Disciplinar: 520. Biologia e Geologia

EBIAH - Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo

Fael, Margarida Cecília da Silva Ramos Baptista Grupo Disciplinar: 510. Física e Química

EBIAH - Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo

Felício, Joana Paula Barra Ludovino Mota Grupo Disciplinar: 240. Educação Visual e Tecnológica

EBIAH - Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo

Fernandes, Marco Jorge Ferreira Grupo Disciplinar: 510. Física e Química

EBIAH - Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo

Ferreira, Rosa Maria Marques Grupo Disciplinar: 320. Francês

EBIAH - Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo

Ferreirinha, Virgínia Guedes Meireles Rodrigues Bernardo Grupo Disciplinar: 200. Português e Estudos Sociais / História

EBIAH - Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo

Filipe, Maria da Luz Fernandes da Silva Craveiro Grupo Disciplinar: 420. Geografia

EBIAH - Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo

Fins, Anastácia Maria Escórcio Grupo Disciplinar: 110. 1º Ciclo do Ensino Básico

EBIAH - Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo

Fortes, Sandra Ramos Grupo Disciplinar: 220. Português e Inglês

EBSTB - Escola Básica e Secundária Tomás de Borba

Freitas, Benedita da Conceição Pacheco de Grupo Disciplinar: 330. Inglês

ESJEA - Escola Secundária Jerónimo Emiliano de Andrade

56

Furtado, Dulcineia Maria de Almeida Grupo Disciplinar: 300. Português

EBIAH - Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo

Grabulho, Duarte Grupo Disciplinar: 240. Educação Visual e Tecnológica

EBIAH - Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo

Guimarães, António Manuel Pinto Silvério Grupo Disciplinar: 200. Português e Estudos Sociais / História

EBIAH - Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo

Júnior, Osvaldo Eduardo da Silva Grupo Disciplinar: 500. Matemática

EBIPV. Escola Básica Integrada da Praia da Vitória

Lima, Ana Paula de Oliveira Mainsel Grupo Disciplinar: 200. Português e Estudos Sociais / História

EBIAH - Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo

Machado, Sandra Mendes Grupo Disciplinar: 260. Educação Física

EBIAH - Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo

Martins, Maria Filomena Drumonde Santos Grupo Disciplinar: 100. Educação Pré-Escolar

EBIPV. Escola Básica Integrada da Praia da Vitória

Medeiros, Anabela Vaz Grupo Disciplinar: 230. Matemática e Ciências da Natureza

EBIAH - Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo

Meneses, Maria Leonor Correia de Grupo Disciplinar: 100. Educação Pré-Escolar

EBIAH - Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo

Monjardino, Jorge Almeida Bettencourt Silveira Grupo Disciplinar: 230. Matemática e Ciências da Natureza

EBIAH - Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo

Neiva, Cristina Isabel Amorim de Barros Maciel Grupo Disciplinar: 600. Artes Visuais

EBIPV - Escola Básica Integrada da Praia da Vitória

Neves, Dulce Cristina Raminhos Grupo Disciplinar: 520. Biologia e Geologia

EBSTB - Escola Básica e Secundária Tomás de Borba

Ormonde, Carlos Jorge Belerique Grupo Disciplinar: 230. Matemática e Ciências da Natureza

EBIAH - Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo

Pacheco, Paulo Renato Sousa Arruda Dias Grupo Disciplinar: 620. Educação Física

ESJEA - Escola Secundária Jerónimo Emiliano de Andrade

57

Pena, Vera Lúcia Soares Grupo Disciplinar: 210. Português e Francês

EBIAH - Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo

Pereira, Ilsa Alexandra Correia Grupo Disciplinar: 410. Filosofia

EBSTB - Escola Básica e Secundária Tomás de Borba

Pereira, Rosa Maria Soares Grupo Disciplinar: 220. Português e Inglês

EBIAH - Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo

Pinto, Maria Helena Moreira Grupo Disciplinar: 110. 1º Ciclo do Ensino Básico

EBSTB - Escola Básica e Secundária Tomás de Borba

Quitério, Teresa Ariana Moreira de Carvalho Grupo Disciplinar: 240. Educação Visual e Tecnológica

EBIAH - Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo

Ribeiro, Dalila Inês Brites Antunes Grupo Disciplinar: 530. Educação Tecnológica

ESVN - Escola Secundária Vitorino Nemésio

Ribeiro, Dulce Maria de Sousa Grupo Disciplinar: 300. Português

ESVN - Escola Secundária Vitorino Nemésio

Ribeiro, Ricardo Jorge Ferreira de Bessa Grupo Disciplinar: 520. Biologia e Geologia

EBIAH - Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo

Rocha, Pedro Fernando Garrido da Grupo Disciplinar: 420. Geografia

ESJEA - Escola Secundária Jerónimo Emiliano de Andrade

Rodrigues, Márcia Sofia Lima Grupo Disciplinar: 230. Matemática e Ciências da Natureza

EBIPV - Escola Básica Integrada da Praia da Vitória

Santos, Isabel Maria Moules Leiria Gomes Valadão Grupo Disciplinar: 520. Biologia e Geologia

ESJEA - Escola Secundária Jerónimo Emiliano de Andrade

Silva, Emília Rodrigues da Grupo Disciplinar: 300. Português

EBIAH - Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo

Silva, Helena Isabel Cardoso da Grupo Disciplinar: 500. Matemática

EBSTB - Escola Básica e Secundária Tomás de Borba

Silva, Margarida Cláudia Oliveira Grupo Disciplinar: 200. Português e Estudos Sociais / História

EBIPV. Escola Básica Integrada da Praia da Vitória

58

Silva, Maria de Fátima Pereira da Grupo Disciplinar: 420. Geografia

ESJEA - Escola Secundária Jerónimo Emiliano de Andrade

Silva, Sandra Paula Medeiros Santos Técnica superior

Secretaria Regional da Educação e Cultura

Silva, Sara Rafaela Mendonça da Grupo Disciplinar: 400. História

EBSTB - Escola Básica e Secundária Tomás de Borba

Soares, Vítor Hugo Carrasco Grupo Disciplinar: 300. Português

ESJEA - Escola Secundária Jerónimo Emiliano de Andrade

Sousa, Carla Alexandra Ferreira Soares de Grupo Disciplinar: 110. 1º Ciclo do Ensino Básico

EBIPV. Escola Básica Integrada da Praia da Vitória

Sousa, Francisca Maria Granwehr de Grupo Disciplinar: 510. Física e Química

EBIAH - Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo

Sousa, José Rui Ribeiro de Grupo Disciplinar: 420. Geografia

EBIFFD. Escola Básica Integrada Francisco Ferreira Drummond

Sousa, Maria Madalena Ribeiro da Silva Trindade de Grupo Disciplinar: 230. Matemática e Ciências da Natureza

EBIAH - Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo

Sousa, Paulo Rui Pacheco de Grupo Disciplinar: 240. Educação Visual e Tecnológica

EBIAH - Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo

Vieira, Liseta dos Anjos Prada Ferreira Grupo Disciplinar: 240. Educação Visual e Tecnológica

EBIAH - Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo