O JORNAL A SEMANA: implicações decorrentes da luta anticomunista no munícipio

de Simão dias- SE. (1946-47).

Pricila Neves dos santos1

RESUMO

O referido artigo tem como propósito fazer uma prévia analise através dos periódicos O Jornal A Semana,

fazendo, pois, o resgate da conjuntura política da cidade de Simão Dias- SE, no tocante as implicações da luta

anticomunista. Dessa maneira o presente trabalho visa contribuir com a história política de Simão Dias, no

tocante a essa problemática da questão anticomunista, e até mesmo para conscientizar os leitores do que é o

comunismo, e como se desenvolveu o anticomunismo nessa localidade. E também entender o porquê que até

hoje as pessoas tem uma visão errônea das ideias socialistas, criado historicamente pela classe dominante, de que

era ruim, que afrontava a religião e a fé dos indivíduos, em prol de fortalecer o Sistema Capitalista que estava em

colapso devido à eminência das ideias comunistas. Até porque foi com a legalização do Partido Comunista do

Brasil, e sua participação na Assembleia Constituinte, que foram discutidas questões como redução de horas

trabalhista que, no entanto só foi aprovado na Constituição de 1988, e prevalece até os dias atuais.

PALAVRAS-CHAVE: Comunismo, ideologia, capitalismo, luta de classes, sindicatos.

SUMMARY

The article aims to make a preliminary analysis through the journals (The Journal The Week), making thus the

rescue of the political situation of the city of Simon days- SE, regarding the implications of the anticommunist

struggle. Thus the present work aims to contribute to the political history of Simon Dias, with respect to this

issue of anti-matter, and even to educate readers of what is communism, and how it developed anticommunism

that locality. And also understand why that even today people have a wrong view of socialist ideas, created

historically by the ruling class, that was bad, that reproached religion and faith of individuals in favor of

strengthening the capitalist system that was collapsing because of the eminence of communist ideas. I think

every ideology has problems, but the important thing is to bring the mention of their contribution to history in as

such, because it was the legalization of the Communist Party of Brazil, and its participation in the Constituent

Assembly, which were discussed issues such as reducing hours Labour, however was only approved in the 1988

Constitution, and prevails to the present day.

KEYWORDS: Communism, ideology, capitalism, class struggle unions.

1 Acadêmica do curso de História, 7° período, do UniAGES, Centro Universitário De Ciências Humanas e Sociais. E-mail: pricilamicaella2010@gmail.com.

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INTRODUÇÃO

O referido artigo tem por objetivo fazer uma analise através dos periódicos O jornal A

Semana, fazendo, pois, o resgate da conjuntura política da cidade de Simão Dias- SE2, no

tocante as implicações da luta anticomunista. Desta forma, essa pesquisa será pautada pelo

duelo entre os partidos PCB3 e PSD4, onde foi possível observar no jornal A Semana (1946-

47) uma possível luta de classes, experimentada e vivenciada pelos indivíduos do seu tempo.

Além de frisar a participação do Partido Comunista do Brasil, na bancada da Assembleia

Constituinte, momento esse que será caracterizado pela derrubada de Vagas, já que o código

eleitoral que regulamentou as eleições de 2 de dezembro (a chamada “Lei Agamenon”)5 tinha

uma redação deliberadamente ambígua em relação à convocação da Constituinte. No mais, se

faz necessário demostrar a função da Liga Eleitoral Católica como propagandista da luta

anticomunista desta localidade.

A princípio acreditamos que a luta contra os comunistas compreendidos a partir da

cidade de Simão Dias, evidenciada no Jornal A Semana, serviu como instrumento de

propagação das ideias de progresso político a nível Regional e Estadual pelo partido

conservador PSD em contraponto ao PCB.. Então é notório ressaltar que o objetivo deste

artigo é discernir com relação à eminencia da ideologia, que defendia os interesses dos

proletariados através do Partido Comunista, havendo a necessidade do Partido Social

Democrático de propagar um anticomunismo, refletidos nos discursos do periódico desta

2 Simão Dias povoado pelos índios fugitivos de expedições do governador do norte, Luiz de Brito e Almeida. Com a invasão dos holandeses em Sergipe, surgiu à determinação de conduzir os rebanhos até as margens do Rio Real. Mas, Braz Rabelo proprietário baiano, que possuía rebanhos nas terras da atual Itabaiana, decide esconder seus rebanhos nas terras das matas à beira do Rio Caiçá. Desse episódio é que surgirá a figura histórica do vaqueiro Simão Dias, responsável pela condução do gado e pelo surgimento das primeiras instalações que daria origem à cidade. 3 O partido Comunista a que se refere esse trabalho denominava-se, durante a década de 1940, o Partido Comunista do Brasil (PCB). Mais tarde passaria a se chamar Partido Comunista Brasileiro, mantendo a sigla PCB. Na década de 1960, o partido sofre uma divisão e surge então agremiação de linha maoísta, com o titulo de Partido Comunista do Brasil e a sigla PC do B. SPINDEL, Arnaldo. O Partido Comunista na Gênese do Populismo. São Paulo: Símbolo, 1980, p.17. 4 Partido Social Democrático, partido conservador representado por vários segmentos da classe dominante e da burocracia de Estado. http://grabois.org.br/portal/cdm/revista.int.php. Acesso em: 10. Outubro. 2015. 5 O código Eleitoral Vigente era Decreto-lei n° 7.586, também conhecida como Lei Agamenon Magalhães foi decretada por Getúlio Vargas em 28/05/1945. Disponível em <htt://www2. camara.gov.br/. >. Acesso em: 11. Outubro. 2015.

3

região, até porque o editor era aliado ao partido conservador, sendo esse defensor dos

interesses da burguesia. É importante mencionar que o conceito de ideologia pode assumir

diversas formas, pode está inerente à crença política ou a visão sobre determinada questão

social. Entretanto, utilizo nesse artigo a pauta da ideologia política, estando associado a ações

político implícito e explicito na luta de classes. Por isso, que é crucial trazer a acepção de

Heywood6 que ressalta, procurando relacionar o conceito de ideologia envolvendo pensamento a

ação, teoria e prática política, define ideologia de modo que ela possa ter como características: uma

“explicação da ordem vigente” associada a uma “visão de mundo”; ter implícito a ideia de uma

“sociedade ideal”, “desejável”; explicar como chegar a este modelo, como promover a mudança.

Além disso, espaço temporal se explica porque foi esse o momento em que os partidos

ganham autonomia, em especifico o Partido Comunista do Brasil, em que foi posto em

atividade. A respeito dos estudos ligados ao anticomunismo não foi possível ainda localizar

uma bibliografia local que estudasse sobre esse determinado tema. Alguns teóricos

contribuíram para o entendimento dessas questões, foram eles: Leôncio Basbaum, Ferreira e

Almeida e Ricardo Maranhão, e dentre outros.

Com isso, outro conceito relevante para a pesquisa é o de luta de classe de Karl Max7,

[...] A classe capitalista procura manter a ordem existente. A “Teoria da Luta de Classes”

ganha destaque no “Manifesto do Partido Comunista”, pois de acordo com Marx e Engels: “A

história de todas as sociedades até os nossos dias é a história da luta de classes”. Existindo em

toda História Humana antagonismos que põem em colisão exploradores e explorados ou

dominados e dominantes. Neste aspecto, parte o presente artigo de compreender a luta no

âmbito da política através do embate dos partidos evidenciado no jornal A Semana no

município de Simão Dias, Partido Comunista do Brasil e Partido Social Democrático, ou seja,

Comunismo x Capitalismo. Nisto, as novas reservas políticas e ideológicas a classe dominante

não enfraquece sua hegemonia para realização de seu domínio, ou seja, é uma luta que se dar

pelas suas ideologias político eminentes naquele período de pós-guerra e Estado Novo, onde

há uma expansão das economias capitalistas. De acordo com Berr8, a classe capitalista

procura manter a ordem existente. O proletariado luta pela transformação da vida econômica e

6 HEYWOOD, Andrew. Ideologias Políticas: do liberalismo ao fascismo. São Paulo: Ática, 2010. Vol. I. p.28. Ler mais: http://www.portalconscienciapolitica.com.br/ci%C3%AAncia-politica/ideologia/ 7 MARX, Karl; ENGELS, Friederich. Manifesto do Partido Comunista. 2ª ed. São Paulo: Editora Escala 2009. p. 514. 8 BERR, Max. História do Socialismo e das Lutas Sociais. Trad.: Horácio de Melo. 1ª ed. São Paulo: Expressão Popular, 2006. p. 53.

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social, no sentido Socialista. Ao Chegar a certo limite de amplitude e intensidade, a luta de

classes adquire inevitavelmente caráter politico. O seu objetivo é a conquista do poder.

Em suma, essas foram as principais problemáticas que me provocou a fazer o artigo

refletido na luta contra os comunistas. E da necessidade de construir o projeto a partir desta

região, até porque não foi possível encontrar ainda uma historiografia local, voltados para essa

problemática. Além disso, é preciso frisar, que essa pesquisa não esta pronta e acabada,

posteriormente pretendo trazer o cunho para social e trabalhar também com a história oral, a

partir da entrevista de uma pracinha (dessa localidade) que participou da Segunda Guerra

Mundial.

A trajetória política da luta Comunista no Brasil, em peculiar no município de Simão

Dias- SE.

Para Luiz Carlos Preste e para os demais comunistas, á Conferencia da Mantiqueira de

(1943), é um marco no processo de redemocratização do país, no momento que a Assembleia

Constituinte é eleita pelo povo, viesse a elaborar a Constituição Democrática. Então esse

período de 1946 como marco da trajetória política da luta comunista no Brasil, em particular

no município de Simão dias. Neste aspecto esse contexto será marcado pela participação do

PCB na Assembleia constituinte, ou seja, pela primeira vez no Brasil o partido ganha

legalidade no parlamento. Logicamente, isso acontece pela reorganização do partido após a

repressão de 1935 e do Estado Novo. Nisto comenta Basbawm:

A articulação desses grupos irá culminar então na chamada “Conferencia da

Mantiqueira”, realizada na localidade de Engenheiro Passos (RJ) em agosto

de 1943 com a participação de militantes de diversos do país que acaba por

eleger um novo Comitê central e Luiz Carlos Prestes, ainda preso, como seu

Secretário Geral.

Diante dessa questão supracitada, percebe-se que as decisões que ocorreram nesta

Conferência, que foi realizada no período da II Guerra Mundial, ou seja, Getúlio Vargas teve

apoio dos Aliados em 1942, política essa que ficou conhecida como “União Nacional na Paz e

na Guerra”. Neste sentido, o Partido passa por reformas. Dando ênfase a essa questão

Basbaum9 enfatiza que, é essa politica que vai levar o partido a desencorajar movimentos

reivindicatórios de trabalhadores, com o argumento de ser esse um momento de necessidade

de “apertar de cintos”, ou seja, o mesmo ainda aborda que, é importante destacar, entretanto, a

realização de uma vigorosa campanha de anistia, vitoriosa após a fim da guerra em 1945,

9 BASBAUM, Leôncio. História Sincera da República. São Paulo: Alfa-Ômega,1976. p. 137.

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levando a libertação de Preste e diversos outros dirigentes, bem como concessão de status de

legalidade ao PCB. Assim coo afirma LACERDA10:

Os comunistas perceberam que não foram anistiados, mas simplesmente

libertados das prisões varguistas para fazerem discursos em prol do ditador.

Portanto, precisariam contar com a Constituinte de 1946 para ampliarem a

anistia de 1945 e, em fim, receberem seu “prêmio”. No entanto, como

Prestes bem destacou, os liberais eram “reacionários” e não esqueciam,

facilmente, o passado. Os liberais na Constituinte, ainda demonstravam

ressentimentos em relação ao apoio que os comunistas deram a Vargas, além

disso, alguns udenistas atribuíam a derrota do Brigadeiro Eduardo Gomes às

atitudes de Prestes que o acusava de golpista e reacionário e, como se não

fosse o bastante, Prestes lançara a candidatura de Fiúza para “prejudicar o

candidato udenista”. Logicamente que esse período pós-guerra intensifica-se ainda mais a luta contra os

comunistas. Isto é possível observar no Jornal A Semana de Simão Dias de 1946 a 1947, até

porque o editor do jornal pertence ao partido que mais perseguiu os comunistas o PSD. Com

isso se faz necessário citar a fonte11: “Há 23 anos que milito na politica de Simão Dias.

Durante estes 23 anos, memoráveis lutas se desenrolaram aqui. Participei de todas elas

empregando todas as minhas atividades em favor do partido onde me alistei como simples

soldado”. Esta luta contra os comunistas se dava em todo Brasil, especificadamente no

interior sergipano, ou melhor, dizendo em Simão Dias. Logo, é contundente observar que a

bancada da Assembleia Constituinte era dominada por grandes partidos conservadores PSD e

UND, composto por indivíduos de vários segmentos da classe dominante e da burocracia do

Estado.

Com isso, O PCB é tido como grande ameaça a politica conservadora, ou seja, o

período de militância é experimentado, a partir de 1945, com suas ideologias eminentes

através da política de formação de comitês populares e a representação na bancada

parlamentar. Deixa de ser algo que poderia ser tolerado pelas classes dominantes e passa

potencialmente ameaçador ao Status quo12. De fato, o partido comunista brasileiro, começa a

penetra entre as classes trabalhadoras, e até mesmo por organizações no centralismo

democrático, e sua articulação com outros partidos comunistas fora do Brasil.

10 LACERDA, Carlos. Depoimento. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1987.

11 O jornal A SEMANA DE 1946-47 de Simão dias, discurso do editor do periódico. 12 Status significa a posição social de um indivíduo, o lugar que ele ocupa na sociedade, e é um termo oriundo do latim. Status significa posição de pé, estado, situação ou condição, e é relacionado a um lugar ocupado por uma pessoa na sociedade. http://www.significados.com.br/status/ Data: 11/10/15

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O sindicalismo no Brasil, a representação da União Beneficente Operária do

município de Simão Dias- SE:

Compreenderemos alguns aspectos da história do sindicalismo no Brasil, para que

desta forma possamos entender a representação da União Beneficente Operária em Simão

Dias, a partir do jornal A semana, porém é preciso enfatiza que não haverá um

aprofundamento da questão a ser abordada, devido a poucas informações obtidas sobre a

União, seria mais uma hipótese. Daí se faz necessário citar Boitor jr13 que aborda aspectos e

efeitos do sindicalismo de Estado. “Entendemos o sindicalismo de estado como sistema

funcionalmente integrado e estabelecido através de uma conexão objetiva com interesses

políticos de dominação da burguesia”.

De fato, o sindicato oficial do Brasil, é controlado pelo Estado interferindo nas direções

que o sindicato deveria tomar em prol dos trabalhadores, além disso, a sustentação financeira

sindical se da pela forma compulsória dos trabalhadores, tendo, pois, intermediação do

Estado. Bem, o que pretende chegar com esse prévio esboço, é contrapor a fonte, no que se

diz que essa associação não tinha vínculos com o governo, a partir do momento que o PSD,

tinha uma grande influência no eleitorado simão-diense, isso se afirma pela filiação do

governador de Sergipe José Rolemberg Leite, eleito em 1946 pelo Partido Social

Democrático, o maior rival do PCB.

Isto evidencia que Getúlio Vagas permaneceu atuante na política brasileira, a estratégia

dele era ganha grande apoio das camadas populares. Logo o mesmo não estava preocupado ou

comprometido com um projeto desenvolvimento democrático no país, isso é possível observar

quando apoia o ultra-reacionário candidato presencial do Partido Social Democrático, o

general Eurico Dutra, eleito presidente em 1945.

È evidente que o crescimento do comunismo se generalizava em ofensiva as classes

reacionárias, essa ultima se defende de forma violenta perseguindo os comunistas, além de

fechar diversos sindicatos. È isso que nos afirma MARANHÃO14, em 1947 o TSE cancela o

registro do PCB e o Ministério do Trabalho decreta a intervenção em 14 sindicatos, bem

como o fechamento da CTB e das Uniões Sindicais dos municípios e estados em que

existiam. Ao fim de 1947, um total de 143 sindicatos teria sofrido intervenção do governo.

13 BOITO JUNIOR, Armando. (1991) O Sindicalismo de Estado no Brasil: uma análise crítica da estrutura sindical. Campinas: Ed. da Unicamp; São Paulo: HUCITEC, 1991. p. 291. 14 MARANHÃO, Ricardo. Sindicatos e democratização. São Paulo: Brasiliense, 1979.

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Momento esse que, em outubro do mesmo ano o Brasil romper com as relações com a União

Soviética. Nisto, é notório observar que através do jornal, é possível evidenciar uma grande

propaganda anticomunista no município de Simão Dias, culminando para manter a classe

dirigente no poder. Com isso, citarem novamente a fonte15:

Desde que se iniciaram as propagandas eleitorais nesta cidade cartazes de

todos os partidos têm sido distribuído, aos milhares, nesta cidade e seu

município. (...), a Liga Eleitoral católica, sem ser partido político faz,

contudo, propaganda eleitoral, não em prol de candidaturas, mas contra o

comunismo. As legendas de seus cartazes são anticomunistas.

Então é possível assinalar que de fato o PCB apresentou um crescimento acelerado

atuante em diversas frentes, o que fez com que o partido emergisse como uma das principais

forças política no Brasil, e não é diferente no município de Simão. Afirma a fonte: “Tudo

muito certo. A democracia é assim mesmo: mas, o que é estranhável, é a atitude de certos

indivíduos que se dizendo católicos, se encheram subitamente de ódio contra os cartazes, da

Liga Católica, rasgando-os à noite!”.

Com isso da para perceber que o governo de Dutra e seus aliados se utilizaram dos os

meios cabíveis para enfraquecer o movimento comunista. De acordo com Maranhão, o PCB

fundamentalmente limitava sua resistência no plano institucional, mediante incursões no

parlamento e no judiciário. Em São Paulo, as mobilizações de massa teriam se restringido a

um comício no Anhangabaú e na elaboração de uma declaração de líderes sindicais, ambos

rechaçando a cassação. Logo, nota-se que faltou uma mobilização das massas em prol do

Partido Comunista.

E ainda analisa Leôncio Basbaum16 enfatiza que, alinha de vacilações e compromissos

com a burguesia, seguida pelo Partido, não fora capaz de consolidar essas adesões nem de

transformar os seus membros em militantes na clandestinidade. Neste período de 1947, o

Partido Comunista receber diversos ataques, porém mantem certo exercício Parlamentar,

mediante a inscrição de candidatos comunista com outras legendas, como por exemplo: O

Partido Popular Progressista Partido Social Trabalhista e o Partido Trabalhista Brasileiro. Para

melhor enfatizar essa questão Maranhão aborda que, escorraçados para a clandestinidade, os

líderes do Partido Comunista viram rapidamente sua força e influência diminuir, com a perda

de seus principais órgãos de comunicação de massa (Hoje e Tribuna Popular), e dissolução de

15 O jornal A SEMANA DE 1946-47 de Simão Dias- SE, discurso do editor do periódico. Ano I, n. 18. 16 Em 1946, trabalharia na organização da Conferência Nacional do PCB, embora não participe desta. Em 1947, com a decretação da ilegalidade do partido, a Comissão de Finanças seria dissolvida, ficando Basbaum sem tarefas.

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muitos órgãos de mobilização, como os Comitês Democráticos, o esvaziamento de das suas

células maiores e a prisão de muitos de seus militantes sindicais.

O cenário da política sergipana e o anticomunismo.

Analisando pontos centrais da politica sergipana, não poderíamos deixa de citar Ibarê

Dantas, apesar de ser de outra vertente neo-positivista contribuirá para a pesquisa em pauta.

Nisto o mesmo esboça que, a essa altura, meados de 1946, iam-se esboçando as tendências do

novo quadro politico. O regime autoritário era substituído pelo liberalismo democrático. Em

Sergipe é possível evidenciar que as disputas entre a direita x à esquerda estavam bastante

acentuadas, como decorrência do quadro externo, ou seja, José Rolemberg Leite17 foi eleito

por uma por uma coalizão conservadora, através de uma campanha radicalizada, com apoio da

Igreja Católica em ostensiva propaganda anticomunista, o novo governador escolheu

secretário dentro da sua base politica, tentando atender os interesses por suas vezes

contraditórias entre pessedista e perrepistas.

Neste cenário da politica sergipana, Rolemberg detinha o controle da maquina

admirativa, uma vasta parentela, que tornava seu governo não apenas continuador de uma

estrutura de poder que se montara no Estado Novo, entretanto também como a mais destacada

estrela da constelação das famílias Leite Rolemnberg. Nisto Ibarê Dantas18 sintetiza:

O controle sobre a maquina política-administrativa ficou mais transparente

com as eleições municipal. Apesar de a UND, como partido isolado,

apresenta-se, pelo conjunto de seus quadros, como o de maior dimensão, o

PSD mais o PR elegeram a grande maioria dos prefeitos e vereadores no

pleito de outubro de 194719.

È importante também mencionar que o PCB vinha ampliando sua influencia sobre a

política sergipana, além do que, os mesmo possuía sede própria em Aracaju, logicamente

sendo subestimado pelos seus opositores em janeiro de 1947 elegera para deputado estadual e

no mesmo ano um vereador para câmera em Aracaju. Afirma DANTAS20:

Em Sergipe, onde o partido já contava com suas influencias ponderável, as

reações se desencadearam na Assembleia e nas ruas. Mas a orientação do

governo Dutra, pressionado pelos grupos de direita, era de reprimir a

qualquer a qualquer custo às manifestações populares. Seguindo essa

diretriz, o governo da coalisão PSD/PR proibiu em Aracaju, inclusive,

comício pacífico. Quando os comunistas combatidos tentaram realizá-lo, o

17 Governador de Sergipe de 1947-1951 18 DANTAS, Ibarê. História de Sergipe: República (1889-200). – Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro 2004. p. 122. 19 Ver Diário da Justiça, 19.03.1947. 20 DANTAS, Ibarê. História de Sergipe: República (1889-200). – Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro 2004. p. 123.

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esquadrão de Cavalaria investiu contra a massa no sentido de dispersá-lo e

um tiro atingiu um militante comunista, Anísio Dário, que logo faleceu,

enquanto vários dos seus correligionários eram presos.

Diante da questão mencionada acima é possível notar que o partido comunista entra na

ilegalidade, o movimento começa a declinar, mas não desaparece. O PCB, embora ainda na

ilegalidade, apoiou o candidato udenista. Nisto, para melhor compreender esse contexto da

politica sergipana, e em especificadamente pela visão do periódico A Semana do município

de Simão Dias, sintetiza esse momento da seguinte forma: “O cenário da politica sergipana

tem estado movimentado nos últimos dias da propaganda dos partidos e seus candidatos. A

Liga Católica de Sergipe movimenta-se no sentido de formar uma barreira sólida contra os

comunistas”.

Logo, a Igreja Católica no Brasil se mobilizou na eleição de políticos que atuassem em

torno das pautas defendidas pela instituição eclesiástica. Neste aspecto a Igreja dialoga e

negocia com o Estado, tendo em vista o fortalecimento das linhas de ação e programação da

politica eclesiástica, no que se refere ao poder civil e do próprio estado, influenciando os

indivíduos daquela sociedade, ou em peculiar na cidade de Simão Dias, apoiando o PSD em

disseminar o anticomunismo nesta região, em prol de manter atuante este ultimo no cenário da

politica brasileira. Para melhor compreender esta questão Hobsbawm21 enfatiza:

No cenário mundial, a Igreja tinha como base política mobilizar os

elementos anticomunistas, também os partidos ligados à Igreja Católica,

“pois as credenciais anticomunistas e conservadoras da Igreja não ficavam

atrás de ninguém, mas seus partidos “democrata-cristãos” tinham tanto uma

sólida folha de serviços antifascistas quanto um programa social (não

socialista)”.

Desta forma é possível compreender que o discurso católico na propaganda

anticomunista teve influência externas, no mais essa luta contra os comunistas fica eminente,

na atuação no seu retorno a ilegalidade em menos de dois anos após sair da clandestinidade.

Então é percebível que o projeto de nação inaugurado por Vagas, teve certa continuidade, no

qual os comunistas deveriam ser afastados, os mesmos estariam além da defesa nacional e da

ordem social, ou seja, dos bons “valores” e “costumes” da sociedade “cristã ocidental”. Desta

forma o governador DUTRA22 afirmava:

A revolução comunista é má porque seu ateísmo instaura um império sem

Deus e, sendo materialista, retira do homem sua condição humana, portanto,

21 HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos: O breve século XX: 1914-1991 tradução marcos Santarrita; revisão técnica Maria Célia Paoli- São Paulo: Campainha das letras, 1995. P.236. 22 Periódicos. Unesc.net/index.php/historia/article/download/202/220. p.68.

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é contra a natureza; escraviza o homem, portanto, tira-lhe a liberdade; destrói

o patrimônio, assim anula o que foi construído no tempo.

Com isso a Liga Eleitoral Católica foi criada em Simão Dias com intuito de manter o

controle social, e dos círculos operários católicos culminando para manter trabalhador cristão

longe do Socialismo. Além disso, nos periódicos do Brasil, houve uma forte noticia contra os

comunistas, tentando relaciona-lo com o anticristaníssimo.

Na Rússia não há liberdade religiosa, na amplitude das concepções do

Ocidente. A Igreja Ortodoxa (...) viu a quase totalidade dos seus templos

fechados ou destruídos e milhares dos seus bispos e sacerdotes foram mortos

pela polícia. (...) As igrejas católicas estão destruídas pelo fogo. (...) Cobram

imposto tão elevado que só as classes mais favorecidas podem manter seus

templos. O povo será forçado a viver sem igrejas, sem o conforto espiritual

de sua fé.23.

Retornando a atacar o comunismo:

Agora vejamos quais os princípios do marxismo e do leninismo?

Materialismo, ateísmo, guerra à religião, luta de classe, conquista do poder

pela violência, pelo ferro e pelo sangue, como dizia Trotsky a destruição da

propriedade privada, dissolução da família que chamam de invenção da

burguesia e da igreja, ditadura proletária ou de um grupo de oligarca

exploradores do povo, supressão de toda a liberdade, redução da carga do

Estado, promessa utópica de uma igualdade sem classes e sem injustiças

engodo para enganar as massas que nunca se realizará (...).24.

Entretanto as propagandas eram um ataque direto aos comunistas e ao PCB, se o

acusado de comunista era acusado de anticristão, era de fato um problema seríssimo para

quem pretendia ser eleito. Reafirmando que a Liga Eleitoral Católica em Simão Dias serviu de

instrumento de controle social, e apoio politico ao PSD.

Percebendo o “perigo” que o Partido Comunista do Brasil representava e a

necessidade da classe dominante em combatê-lo, com mais um repúdio a URSS e ao

comunismo, além de que a aproximação do governo brasileiro com EUA de truman. Nisto

ocorre à cassação do registro do PCB no Supremo Tribunal Eleitoral.

Em síntese, outro aspecto de destaque da atuação da bancada comunista nessa fase

inicial da Constituinte de 1946, foi a luta ferrenha pela imediata revogação da Constituição de

1937. Foi um sintoma do caráter conservador e reacionário dos governos José Linhares e

Eurico Dutra o fato de não terem revogado a Carta estadonovista. O PCB, juntamente com

parlamentares da UDN, exigiram sua revogação, mas ela seria mantida pela maioria

conservadora e serviria para legitimar as medidas repressivas do governo Dutra durante a

23 Diário da tarde, 13 de junho 1945, ano X. 24 O Estado, 15 de março de 1946, n.963, ano XXXIII.

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Constituinte, como a proibição do direito de greve, a anulação de várias eleições sindicais, a

proibição e a dissolução a tiros de comícios oposicionistas, a prisão política e tortura de várias

lideranças sindicais, e mesmo o assassinato de militantes comunistas.

Agora é plausível enfatizar que a emancipação de Simão Dias, aconteceu em 12 julho

de 1890 com o advento da República. No mais sua autonomia política é sem duvida, fruto das

transformações políticas que o regime republicano impôs com a perspectiva de refletir o dito

novo. Diante disso, é aceitável abordar que durante o período de governos municipais

nomeados, temos em vista a figura do primeiro prefeito de Simão Dias, que foi eleito pelo

voto popular. Neste aspecto, isso aconteceu devidos às pressões do movimento

constitucionalista de 1932, os paulistas denunciaram o governo revolucionário de 1930 como

ilegal. Mais a frente em julho de 1935, era promulgada a Constituição Estadual Sergipana.

Este momento é caracterizado pelas eleições municipais para prefeitos e vereadores.

Desta forma é eleito o primeiro prefeito de Simão Dias, Marcos Ferreira de Jesus.

Todavia esse dito momento de democracia foi curto, durando somente até novembro de 1937,

até porque Vagas da o Golpe de Estado e instaura o Estado Novo, que vai até 1945. Logo é

contundente mencionar a obra de Carvalho Déda25, onde o mesmo faz uma síntese dos

prefeitos que administram o município até o período do recorte temporal do presente projeto

(1946-47).

Dr. Marcos Ferreira de Jesus - 2ª vez – (Prefeito nomeado),Governou de

julho de 1941 a setembro de 1941, quando foi nomeado Diretor do

Departamento das Municipalidades.”(DEDA: op. cit., pp. 79). “Manuel

Fraga Dantas – (Prefeito nomeado) – Governou de setembro de 1942 até

janeiro de 1946, quando foi exonerado pelo Interventor Des. Hunald

Cardoso”(DEDA: Idem, pp. 79). “Cícero Ferreira Guerra - (Prefeito

nomeado) – Governou de fevereiro 1946 até março do mesmo ano, quando

exonerado em virtude da coalizão política presidida no Estado pelo

Interventor Cel. Antonio de Freitas Brandão”(DEDA: Idem, pp. 79).

Manuel de Fraga Dantas - (Prefeito nomeado) – 2ª vez – Governou de

março de 1946 até abril de 1947, quando foi exonerado a pedido. (DEDA:

Idem, pp. 79). “Francino Silveira Deda - (Prefeito nomeado) – Governou

de abril de 1947, até novembro do mesmo ano, quando transmitiu o cargo

para o prefeito eleito”.

Dando continuidade as discussões, se faz necessário da ênfase novamente ao momento

político Sergipano, é notória observar que as disputas eleitorais através da reorganização dos

partidos, a certa continuidade dos representantes da classe dirigente do Estado, claramente

25 DÉDA, Carvalho. Simão Dias. Fragmentos de sua história. Aracaju: Regina, 1967.p. 79.

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com uma nova roupagem. Em relação às disputas partidárias em Sergipe Ibarê Dantas26

enfatiza que:

Quando o processo de reorganização partidária que foi deflagrado, dando

início a segunda fase do estado populista (1945-1964), não obstante o caráter

nacional do sistema partidário, os arranjos políticos estaduais tomar as

feições próprias. Enquanto o nível nacional a sociedade político a quase

sempre fora respaldada pela coligação de PSD-PTB, em Sergipe não apenas

as alianças ocorreram de forma diversa como as práticas políticas dos

maiores partidos nem sempre coincide com a das suas matrizes.

É perceptível observa que o PSD em Sergipe se mantem hegemônico, vencendo

consecutivamente as eleições para governadores. Neste sentido é essencial mencionar que o

primeiro prefeito de Simão Dias, da continuidade a classe dirigente, até porque foi eleito

suplente senador pelo PSD_PR, nas eleições de 1947, além de assumir o cargo de prefeito da

capital sergipana, (1947-50). Neste mesmo período foi eleito prefeito de Simão dias Sebastião

Celso de Carvalho.

È interessante mencionar que o período em que transcorre a “queda” do Novo Estado

de Getúlio, vai ser marcado também na esfera do movimento operário, tendo em vista a

ruptura com o sindicalismo de estado implantado nos anos 1930, no final de 1945 é fundado

com apoio do PCB, o Movimento Unificador dos Trabalhadores (MUT), segundo Teles27

afirma que, publica um manifesto assinado por dirigentes sindicais de 13 Estados, que clama

por “completa liberdade sindical, (...) melhorias das leis sindicais e da previdência social, (...)

efetiva democracia sindical” e pela extinção dos órgãos, dispositivos e decretos estranhos e

hostis aos anseios democráticos do povo, ou seja, havia um aspecto de ruptura, mas também

de conciliação com a estrutura sindical de Estado, nisto Pacheco28 aborda:

A linha política do PCB refletia-se no MUT através de uma posição ambígua

em relação ao sindicalismo oficial, reivindicando uma maior autonomia para

as entidades classistas, mas sem questionar a estrutura sindical vigente. [.,.]

enfatizavam o desejo de manter a vinculação dos sindicatos com o

Ministério do Trabalho, preservando sua aliança com o governo.

Logo é possível enfatizar que, as limitações do Partido não se restringem à adesão à

militância parlamentar ativa: ele é afetado temporariamente ainda por tendências

26 DANTAS, José Ibarê Costa. O tenentismo em Sergipe (Da revolta de 1924 à Revolução de 1930). Petrópolis:

Vozes, 1974.p. 312). 27 TELLES, Jover. O movimento sindical no Brasil. São Paulo: Livraria Editora Ciências Humanas, 1981. 28 PACHECO, Eliezer. O Partido Comunista Brasileiro (1922-1964). São Paulo: Alfa-Omega, 1984. p. 190.

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liquidacionistas influenciadas pelo fenômeno político conhecido como “browderismo”29. Tais

tendências, entretanto, foram derrotadas em pouco tempo no Partido Comunista do Brasil.

Por fim conclui-se que esta pesquisa contribui para compreender a conjuntura politica

de Simão dias, pautado nas luta anticomunista, até porque o marco deste período estudado é

de 1946-47, onde é possível observar no jornal A Semana a Promulgação da Constituição de

1946. Momento esse que o Partido Comunista do Brasil participa da bancada da Assembleia

Constituinte, afrontando a classe dominante representado pelo partido conservador PSD.

Logicamente que a Liga Eleitoral Católica contribuiu para disseminar a luta anticomunista

nesta região. No mais foi feito um esboço sobre a estrutura do sindicalismo neste período,

controlado pelo Estado.

Conclusão:

Por fim conclui-se que este artigo contribuirá para compreender a conjuntura politica

de Simão dias, pautado nas luta anticomunista, até porque o marco deste período estudado é

de 1946-47, onde é possível observar no jornal A Semana a Promulgação da Constituição de

1946. Momento esse que o Partido Comunista do Brasil participa da bancada da Assembleia

Constituinte, afrontando a classe dominante representado pelo partido conservador PSD.

Logicamente que a Liga Eleitoral Católica contribuiu para disseminar a luta anticomunista

nesta região. No mais foi feito um esboço sobre a estrutura do sindicalismo neste período,

controlado pelo Estado.

Para, além disso, é sobre a luta de classes que o PCB, legitima suas ideologias, sobre o

papel dos dirigentes do operariado que seu partido luta pela destruição do sistema eminente

que é o Capitalismo em prol do Socialismo. O monopólio deste primeiro aumenta

significativamente, intensificando cada vez mais a miséria e desigualdade social, havendo a

necessidade de mobilizar as massas, o que provoca o crescimento de luta de classes do

proletariado contra o sistema existente. Nisto percebe que o Partido Comunista do Brasil, ele

foi um representante da classe trabalhadora movida por luta contra o sistema opressor, porém

é preciso salientar luta de classes é complexa, trás consigo ideologias políticas de comoção da

minoria em proveito de libertar os trabalhadores dos grilhões das ideologias dominantes,

29 Browderismo: corrente política denominada assim a partir das iniciativas do Partido Comunista dos Estados Unidos, dirigido por Earl Browder, que no clima das relativas “paz” e “boas relações” entre EUA e URSS no pós II Guerra, acreditava que com isso “a luta de classe havia sido superada, e que a garantia de paz mundial estava no desaparecimento dos PPCC” e assim resolve transformar-se uma associação de caráter cultural (BASBAUM, 1976, p. 183)

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representada por uma classe política, ou seja, Partido Social Democrático, que, no entanto era

conservador, pois trazia consigo certa continuidade de manter as coisas como eram, de

desigualdade social, e prevalência de uma classe dominante que oprime e manipula as minorias,

que é a classe trabalhadora.

Referências:

BASBAUM, Leôncio. História Sincera da República. São Paulo: Alfa-Ômega,1976.

BOITO JUNIOR, Armando. (1991) O Sindicalismo de Estado no Brasil: uma análise crítica

da estrutura sindical. Campinas: Ed. da Unicamp; São Paulo: HUCITEC, 1991.

MARANHÃO, Ricardo. Sindicatos e democratização. São Paulo: Brasiliense, 1979.

CARVALHO, Déda. O jornal A semana. 1946-47.

DANTAS, Ibarê. História de Sergipe: Republica (1889- 2000). – Rio de Janeiro: Tempo

Brasileiro 2004.

LUCA, Tânia Regina Fontes Históricas / Carla Bassanezi Pinsky (organizadora). São Paulo:

Contexto, 2008.

HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos: O breve século XX: 1914-1991 tradução marcos

Santarrita; revisão técnica Maria Célia Paoli- São Paulo: Campainha das letras, 1995. P.236.

Periódicos. Unesc.net/index.php/historia/article/download/202/220

http://grabois.org.br/portal/cdm/revista.int.php

do Estado de Sergipe, 1997.

DÉDA, Carvalho. Simão Dias. Fragmentos de sua história. Aracaju: Regina, 1967.

TELLES, Jover. O movimento sindical no Brasil. São Paulo: Livraria Editora Ciências

Humanas, 1981.

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PACHECO, Eliezer. O Partido Comunista Brasileiro (1922-1964). São Paulo: Alfa-Omega,

1984.

MARX, Karl; ENGELS, Friederich. Manifesto do Partido Comunista. 2ª ed. São Paulo:

Editora Escala 2009. p. 514.

BERR, Max. História do Socialismo e das Lutas Sociais. Trad.: Horácio de Melo. 1ª ed. São

Paulo: Expressão Popular, 2006.

LACERDA, Carlos. Depoimento. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1987.