zine boca suja 3

7

Upload: talita-andrade

Post on 12-Mar-2016

264 views

Category:

Documents


3 download

DESCRIPTION

Punk’s & Skins anti- fascismo !!! década de 90, misturam ska com punk, uma nova tendência.

TRANSCRIPT

Page 1: zine Boca Suja 3
Page 2: zine Boca Suja 3

Punk’s & Skins anti-fascismo !!!Muitos sempre dizem que todo o skin é fascista ou nazi,na verdade não é bem assim,pois há divisões e muita diferença entre um skin anarquista/comunista e um skin-nazi(que nem considero skin),é uma ignorância nossa confundi-los,por isso coloquei essa matéria especial falando tudo sobre o skin de verdade,o skin que não tem nada a ver com o fascismo,preconceito nem nazismo,com o intuito de informar e acabar com esse tipo de preconceito que a maioria dos punk’s tem com os skins de verdade e contar sua história.Os skinheadsde verdade não são neonazistas e nem são racistas. Todo mundo imagina que o movimento surgiu na Alemanha, mas na verdade ele surgiu na Inglaterra nos anos 60. A idéia era unir o pessoas que curtia reggae (inspirados nos rude boys jamaicanos), os torcedores fanáticos de futebol (os chamados hooligans, ou boot boys) e jovens operários (incluindo aí os chamados Mods). Naquela época, os jovens começaram a raspar a cabeça para ficarem diferentes dos hippies, para poder brigar sem problemas e por higiene, principalmente no caso do pessoal que trabalhava no porto e não podia ficar pegando piolhos toda hora. Também começaram a calçar coturnos, uma herança operária.Os skinheads curtiam - e curtem - diversos tipos de música. Os gêneros mais comuns são: ska, e punk dos anos 70. O ska surgiu na Jamaica ainda na década de 60, sendo uma mistura de diversos ritmos caribenhos. O próprio reggae foi um desenvolvimento do ska. Destacam-se no estilo, em ordem "mais ou menos" cronológica: Desmond Dekker, Jimmy Cliff, The Ethiopians, Judge Dread, The Skatalites, Bad Manners, Madness, The Selecter, The Specials, The Beat, Less Than Jake, Link 80, Slapstick, Toasters e muitos outros. Os últimos, já na década de 90, misturam ska com punk, uma nova tendência.

A história do Skinhead/Oi! O movimento skinhead apareceu no final dos anos 60, na inglaterra. Eles surgiram como uma evolução de outro movimento, os mods. Os mods, abreviação de "modernists", eram uma galera que deu muito que falar no início dos anos 60, que curtia lambretas, música negra norte americana (soul, r&b) e jamaicana (ska), roupas alinhadas (o visual deles era muito peculiar para a época, e, apesar de imitado, quase nunca é reproduzido com fidelidade hoje), etc... Os mods brigavam com os Rockers, que curtiam jaquetas de couro, motocicletas, rock anos 50 e topetes. Essas brigas sempre davam muito que falar na imprensa, mais ou menos como aconteceu uns meses atrás em SP, quando houve as tretas entre "skatistas" e "cybermanos"... Com o tempo, o Mod se dividiu entre o pessoal mais intelectual, refinado, "cool"; e o pessoal mais das ruas, mais proletário, briguento. Os mais

"artistas", apelidados de "Mods de escola de arte", acabaram dando origem ao psicodelismo (membros de bandas como The Who e Pink Floyd eram mods antes de virarem "psicodélicos"). Os mais "rueiros" (chamados "hard mods"), exageraram o visual simples do mod original, deixando o cabelo cada vez mais curto e adotando as botas e suspensórios como uniforme, enfatizando sua condição de classe trabalhadora. Além disso, o ska, que ia aos poucos se transformando no reggae, passava a ser a trilha sonora desses "hard mods", frequentadores de bailes onde rolava música da jamaica. Em 1968, eles já eram muitos, e estavam causando muita confusão, brigando em estádios de futebol e

nas ruas. A imprensa apelidou-os de "skinheads" (cabeças raspadas) e eles assumiram o nome.O skinhead original não tinha nada a ver com política. O negócio deles era curtir som (reggae/ska), visual, tretas (no estádio de futebol ou contra hippies e gangues de motoqueiros), futebol, etc... Não havia racismo também, pois muitos skins eram negros, e mesmo os brancos ouviam apenas música negra e frequentavam os mesmos bailes dos jamaicanos. Isso durou até o começo dos anos 70, quando o movimento quase acabou. O pessoal ou largou por ter ficado mais velho, ou mudaram de movimento (novos estilos surgiram a partir do skinhead - como o Suedehead, mais preocupado com a aparência e os bootboys, hooligans de futebol). Até que em 1977, aproximadamente, impulsionado pela explosão dos movimentos (punk, new wave, volta do mod e do rockabilly, etc), começaram a aparecer novos skins, e alguns antigos voltaram à cena. Alguns ainda eram fiéis ao "espírito de 69", enquanto outros eram influenciados pelo punk, misurando elementos punks ao visual skinhead tradicional. No final de 77, começo de 78, acontece um racha no punk, semelhante ao que houve no mod nos anos 60: parte do movimento segue um direcionamento mais "artístico" (originando o pós punk, new wave, gótico, etc), e outros pegam mais o lado agressivo, rueiro e suburbano (o "Street Punk", mais tarde apelidado de "Oi!"). Essa leva de punks mais "crus", têm como guia o Sham 69. Jimmy Pursey, vocal do Sham, era skin no começo dos anos 70, e a banda tinha um grande público skinhead. Desta forma, começa a se multiplicar uma nova geração de skins, influenciados pelo punk e ouvinte de punk rock, com um visual menos bem arrumado do que os skins originais. Os skins "tradicionais" diziam que estes eram apenas punks carecas (punk’s sem cabelo) não tinham noção alguma sobre as tradições do skinhead.Eis que os skins voltam a ser uma visão comum nas ruas de Londres, e em shows punks. No final dos anos 70, surge o movimento 2 Tone. O 2 Tone ("2 tons", ou seja, branco e preto, anti-racismo) era o nome dado à nova geração de bandas de ska (Madness, Specials, Selecter, etc) e seus seguidores. As bandas 2 Tone eram influenciadas pelo som skinhead original (Ska e reggae antigo), inclusive tocando covers das favoritas dos bailes de 69. De qualquer maneira, o 2 Tone levou muitos skins de volta às origens musicais, visuais e multi-raciais do movimento. Mas nem tudo eram flores, e enquanto a 2 Tone estava fazendo um ótimo trabalho combatendo o racismo e o fascismo através do ska. Apartir daí a extrema direita (em especial o "National Front") começava a se aproximar dos skinheads mais ignorantes. Enquanto o Sham 69 e outras bandas street punk com fãs skins tocavam em festivais chamados "Rock Against Racism" (rock contra o racismo), organizados por partidos de esquerda, o National Front cria sua própria organização, o "Rock Against Communism", para apoiar bandas de extrema direita.Desta maneira, nasce o "Skinhead Nazista", tão conhecido e odiado pelo mundo todo,também é daí surgira a frase ignorante de que “todo skin é nazista”. No entanto, a maioria dos skins continuava sem um direcionamento político definido, longe dos fascistas. Sabe-se que nesta mesma época (1979), havia uma banca de skins em Londres chamada "S.A.N."- "Skinheads Against Nazis", que queria eliminar a influencia dos neonazistas. Na França não foi diferente, em 1980 organizaram-se "Redskins" bastante politizados e disciplinados. Formaram-se os primeiros bandos de Redskins, os caçadores de fascistas parisienses: "Red Warriors", "Lenine Killers", "Massilia Red Army", "Red Action Skinhead", "Duck Boys" etc. Os Redskins na França foram um dos mais organizados e ativos. Devemos colocar como destaque as ações dos "Red Warriors", um grupo de autodefesa altamente organizado, conformado por jovens anti-fascistas que através de ações minuciosamente planejadas e com objetivos bem definidos desarticularam e espancaram com tacos de baseball as numerosas bandas de nazis existentes ali,os nazis estavam agredindo a qualquer um que não fosse do seu agrado,mas isso teve fim,de tanto eles serem espancado pelos reds,em pouco tempo, os Boneheads(nazi-skins) não aguentando mais levar tanta porrada, acabaram abandonando as ruas e as suásticas. Bandas de punk rock com membros skins, como os Angelic Upstarts, eram assumidamente anti-fascistas e esquerdistas ,se opunham ao National Front com veemência. Mas como é de costume, a mídia sensacionalista começa a chamar todo skinhead de nazista, e o que é pior, todo jovem nazi de "skinhead". Com isso, a extrema direita só conseguiu novos adeptos e os skins "White Power" aumentam em tamanho e importância. Mas mesmo assim estavam longe de ser maioria. Em 1980, o punk estava em baixa, tendo sido transformado em new wave e vendido em butiques. Mas nos subterrâneos, muitas bandas de "punk real" estavam na luta. A maioria delas era influenciada pelo Sham 69 e outras bandas street, e faltava um nome para uní-las. Eis que o jornalista Garry Bushell, chama este novo movimento de "Oi!", por causa da música dos Cockney Rejects "Oi! Oi! Oi!". O Oi! tinha como ideal ser uma revitalização do punk agressivo, realista, das ruas, sem a comercialização e a suavização da new wave. Era a música que segundo Bushell, unia "punks, skins e toda a juventude sem futuro. Então, apesar de no Brasil as pessoas pensarem que Oi é "som de careca", ou que bandas Oi devem ser de direita, isto não passa de

Page 3: zine Boca Suja 3

preconceito. O Oi! nada mais é do que um estilo de punk rock de volta às raízes, mais ligado à rua, ao realismo social. Nada a ver com a extrema direita. A maior prova disso é a adesão original de bandas como os U.K. Subs ao Oi!, e o fato do Business (uma das maiores bandas Oi), tocar um cover do Crass(banda Anarco-Punk),OI Polloi(apesar do nome,é Anarco Skinhead e também Punk). Enfim, a grande maioria das bandas ou era de esquerda ou era apolítica. Entre as bandas Oi originais, não havia nenhuma que fosse nazi. Os nazis, como já disse, estavam envolvidos com o R.A.C., e se o som deles era semelhante ao Oi, as idéias certamente não eram. Com o tempo, a mídia passou a explorar cada vez mais o skinhead, e o Oi!, que já era a música oficial da maioria dos skins acabou sendo associado ao fascismo. Com isso, muitas bandas punks (com medo de terem o filme queimado) se distanciaram, deixando o termo Oi! principalmente na mão dos skinheads.Mas de qualquer maneira é absurdo, como costumam fazer por aqui, usar a palavra Oi! querendo dizer skin, ou careca (tipo "fulano de tal é oi!"), e boicotar determinadas bandas apenas por serem Oi. Oi! é um estilo de música baseado na união e na temática direta e agressiva, não uma ideologia política. Resumindo, Oi! é apenas mais um nome para o punk, ou melhor, para o "street punk", não devendo ser confundido com uma ou outra postura política. Bom,agora tire suas conclusões,se ainda acha que todo skin é nazi,aconselho a jogar este zine no lixo e continue com sua ignorância imbecil,não foi por falta de página nem matéria.Movimento Bootboys Fortaleza Um amigo me disse que havia em Fortaleza um movimento skin completamente anti-racistas/anti-preconceito que convivem pacificamente com punk’s de lá.Eu consegui o site deles para comprovar e tive o prazer de estudar e enteder suas idéias(com traços iguais a nossos ideais).Eu os entrevistei através de email e colocarei a história do movimento deles para esclarecer suas ideologias.Bootboys & Girls Fortaleza é um grupo formado por Punx & Skinheads (Rash,Sharp,RedSkins)e Antifascistas em geral. Somos socialistas, e há também aqueles que não seguem uma ideologia exata mas juntam-se a essa batalha por apresentarem um antifascismo visceral. Atuamos em gigs, estádios de futebol, manifestações, em nossos locais de estudo e trabalho divulgando nossa ideais e tentando acabar com os mitos que cercam nossos movimentos.Os Bootboys & Girls são (assim como o Oi!) resultado da fusão da rebelião social punk e do radicalismo anti-burguês skin. Essas duas culturas "anti-sistema" por excelência caminham juntas deste a década de 70 e vem combatendo o fascismo desde então, inclusive no interior de suas culturas. Aqui no Brasil, os fascistas já não compõem um movimento, mas sim uma gangue (o quê não os tornam menos perigosos). Talvez por isso muitos acham que basta ficar na sua e deixar os fachos na deles que tudo fica bem. Nós não acreditamos na coexistência pacíficas entre fascistas e antifascistas! Ou os destruíremos ou morreremos tentando.O fato do movimento (suposto) skinhead no Brasil já ter surgido com um caráter extremamente reacionário faz com que muitos punks vejam com desconfiança a união que ocorre nos bootboys. Mas o que não faltam são exemplos de que existem sim skinheads com ideais de esquerda. Por isso é necessário despir-se de qualquer preconceito e unir forças para combater não só o fascismo, mas também todas as formas de opressão como o racismo, o sexismo, a homofobia e a raiz natural de tudo isso: o capitalismo.

Entrevista Movimento BootBoys Fortaleza (por Plebe através de e-mail)P: Como o movimento BootBoys e Girls começou em Fortaleza?

BB: Inicialmente haviam duas frentes ligadas pela cultura Oi! em Fortaleza. Uma capitaneada pelos (red)skinheads ( falamos de autênticos skinheads, não dos usurpadores, essa escória que denomina-se "careca", white power/bonehead ), ligados ao RASH(Red & Anarchist SkinHeads, isto é, SkinHeads vermelhos/Comunistas e Anarquistas) e SHARP(SkinHeads Against Racial Prejudice, ou seja, SkinHeads contra o Preconceito Racial). Outra capitaneada pelos REDS - Punx comunistas. Essas duas frentes, que tanto culturalmete quanto politicamente tinham muita afinidade, tinham embates(“reixas”) com os "KKrecos do Brasil”, facistas que aqui denominam-se "Carecas do Ceará". Logo, surgiu uma unidade entre Punx & Skins, o que chamamos Bootboys (Garotos de Botas) para botar os borrabotas pra sair voado de nossa cena. Em síntese: nascemos do ódio!

P: Quantos são os integrantes?

BB: Atualmente somos 20 membros, entre punx & skins. Houve um período que fomos bem superiores, porém abateu-se um marasmo na cena e alguns penduraram as botas, mas não o antifascismo e estão dispostos, caso necessite, a engrossar nossa fileira numa ação antifascista.

P: O movimento Skin anti-fascismo existe há muito tempo por aí?

BB: O movimento skinhead existe por aqui desde 2000, quando surgiram os primeiros simpatizantes de "The Redskins"(banda inglesa trotskysta dos anos 80). Em 2002 surgiu o SHARP e em 2003, após um show do Garotos Podres, onde houve embate com os fachos, surgiu o RASH. A partir de então o movimento começa a expandir-se na capital.

P: Fale-nos um pouco sobre o a atuação e o trabalho de vocês:

BB: Atuamos nas 3 variantes básicas de nossa cultura: música, política e futebol. Organizamos gigs, construimos bandas, pra divulgar e fortalecer a cultura. Politicamente, a maioria milita ou simpatiza com organizações partidárias da esquerda revolucionária, classista. Somos parte de algumas claques hooliganistas de esquerda, que combatem o racismo, o machismo, a homofobia e xenofobia, pela unidade da juventude proletária. As arquibancadas também são frequentadas por aqueles que farão a revolução!

P: Como é a convivência de vocês com o movimento punk?

BB: Sempre mantivemos a cordialidade com os Punx. Temos maior afinidade com os RedPunx(punk comunista), óbvio, porém, nunca tivemos um embate, que não político, com Anarco-Punx. No início foi bem complicado para que os Anarco-Punx nos assimilassem, tanto os RedPunx quanto Skins, contudo, sempre que estiverem dispostos a unidade de ação antifascista, cultural, estamos dispostos ao diálogo fraterno.

P: Explique-nos a ideologia e o objetivo do movimento Skin/BootBoys:

BB: Somos mais que um agrupamento de Punx & Skinheads. Somos jovens proletários com consciência de classe, organizados politicamente e como tal dispostos naquilo que acreditamos ser a tarefa fundamental do proletariado mundial, a construção da ferramenta, da organização revolucionária que desferirá o golpe mortal na burguesia capitalista. Não objetivamos outra coisa, enquanto proletários, que não a tomada do poder. Como diria Lênin: "Fora do poder todo o resto é ilusão"!

Page 4: zine Boca Suja 3

P: Considerações finais e agradecimentos:

BB: Gratos pelo espaço concedido a nosso humilde agrupamento! Ficamos bastante contentes ao saber que em vários quilômetros de distância há camaradas com quem eventualmente podemos contar e igualmente sabeis que tens amigos em Fortaleza. "Os garotos do subúrbio não podem desistir"!Uma longa vida rebelde Oi!Continue rude! Continue rebelde!

Sites de referência: http://br.geocities.com/bootboysfort http://br.geocities.com/punxcomunistas http://br.geocities.com/resistenciacoral http://br.geocities.com/brigadaalvinegra http://br.geocities.com/ultrasleague http://br.geocities.com/redskinheadsfort http://br.geocities.com/sharpfort

BOOTBOYS & GIRLS FORTALEZAQUEBRANDO O SILÊNCIO DAS RUAS COM O TROPEL DE NOSSAS BOTAS!http://www.bootboysfortaleza.tk * [email protected]

A estatua mais vigiada de SalvadorBem vindos à Magalhãndia,aqui nós temos de tudo,ônibus lotado,escola pública desgraçada,invasões que não acaba mais...Tudo isso você pode encontar nos vários bairros da cidade.Nós temos belas avenidas também,as melhores.As melhores avenidas geralmente leva o nome de MAGALHÃES.Falta de segurança,descaso,assassinatos a luz do dia.E lá perto do Iguatemi nós temos os melhores policiais...Nós temos também a estátua mais bonita de Salvador,ela é protegida 24 horas,não por camêras de segurança(aposto $ 20 que tem),policias são pagos pra vigiar a estatua do então Ditador Sadan Carlos Magalhães,é bonita por que é a única que não tem pinxação.É a única que tem piscina,vai ver a tal estatua gosta de tomar banho assim...A estatua tem grama verde bem cuidada,com o dinheiro da população,isso mesmo!Nós pagamos caro,não pra termos segurança,e sim uma estatua,dúvido que a estatua de Castro Alves seja tão vigiada assim,á noite os mendigos dormem debaixo dela,eu nunca vi nenhum mendngo dormir naquela estatua de merda do Luís Eduardo MAGALHÃES,já não basta avenida com o nome dele,mais de 90 escolas,e agente aí na merda sem ter segurança,que homenagear seu filho?Coloca o nome dele na sua privada ou então na entrada do seu banheiro,enquanto 2 policiais vigiam uma estatúa que nunca saí de lugar e nunca será assaltada,nós estamos aqui assaltados a cada minuto.Já basta de tanta palhaçada.

Mulheres na luta! Feminismo (Por Inajá)O feminismo é uma movimento de caráter sociopolítico que procura defender e alcançar os direitos das mulheres, sendo contra a exploração e violência à mulher. Se opondo à idéia de que as diferenças biológicas podem significar inferioridade nas questões sexuais, sociais e profissionais.Explicando... Decidi fazer essa matéria quando soube que o candidato à presidência dos EUA declarou que irá cortar as verbas aos hospitais pró- aborto, o que gerou até manifestações no Brasil. Fiquei indignada e gostaria de explicar porque a tamanha indignação...explicando através da origem do feminismo.O feminismo surgiu

primeiramente na Inglaterra e nos EUA, de uma forma mais direta e atuante, em meados do séc. XIX, na luta pelo voto feminino.sso se deu devido a uma corrente de acontecimentos... Começando pelo período da 1ª Grande Guerra Mundial, em que os homens iam para a guerra e as mulheres foram às fábricas tornando-se maioria e de certa forma atuando mais nas diretrizes do país, mesmo que indiretamente. Assim, elas começam a luta por uma “emancipação”, direitos e igualdade no mercado de trabalho. Um fato crucial também foi na déc. de 60 nos EUA, em que a exigência pelos direitos foi tão grande que abrangeu muito a sexualidade por isso o surgimento da pílula anti-concepcional (e contra partida dessa matéria).O Brasil também teve seu grito feminino, que começou em 1910 com a criação do Partido Republicano Feminino no Rio de Janeiro. E termina na Era Vargas com a promulgação do direito da mulher votar e ser votada. O feminismo sempre foi atuante no país, como exemplo a ditadura de 64 em que foi criado o Movimento pela Anistia (que começou com as mulheres). Desde então, a criação de grupos feministas é crescente tanto na política como em manifestações civis (que vão desde passeatas à militância como por exemplo, na música em que Riot Grrrls defendem o feminismo em suas letras e atitude fazendo com que o feminismo seja sua forma de vida. Então grrrl, por isso que sou contra a esse corte de verbas, porque sou contra o

esquecimento da luta de milhares de mulheres. Femismo X Feminismo: você sabe as diferenças?Ainda nos dias de hoje, as pessoas ainda não sabem distinguir femismo de feminismo. E até mesmo para

outras tantas pessoas essa diferença não existe, mesmo que muitas feministas se sintam ofendidas ao serem comparadas à femistas.E para isso fiz esse texto pra você entender de uma vez por todas o que difere essas duas ideologias. Primeiramente não somos mal amadas, frustradas, como muitos dizem, só acreditamos na igualdade dos sexos e lutamos por ela. E por isso feministas não são sexistas, ou seja, não acreditam na superioridade de um determinado sexo, ex.: Machistas.E em segundo lugar não é porque somos feministas que detestamos homens, um exemplo disso são garotas feministas homossexuais, elas não necessariamente por odiarem homens tem relações com garotas, cada um tem sua opção sexual de acordo com o que sente, e esse caso não se faz obrigatório entre as feministas.Sintetizando... Feministas acreditam que a mulher está no mesmo patamar que um homem seja profissionalmente, socialmente...(etc.), já as femistas acreditam serem superiores aos homens. Particularmente acho que essa ideologia femista vem do passar dos anos, de toda a repressão sentida pelas mulheres, e daí uma revolta, um jeito forte e agressivo de lutar, mas essa atitude é contraditória, um erro não justifica o outro, e um

passado machista de séculos não vai mudar com a mesma atitude retrógrada.Então, antes de criticar conheça, entenda, e mesmo assim respeite origens da tal ideologia e forme suas opiniões a partir de seus conceitos , não saia por aí falando que feministas são sapatões (essa opção sexual não se aplica a todas), não saia por aí garota, se dizendo punk femista (porque punks acreditam em todo e qualquer tipo de igualdade, e femistas só acreditam na superioridade de um sexo, no caso o feminino)....entenda, e depois REVOLUCIONE!

Page 5: zine Boca Suja 3

Basta porcos fardados, porcos fascistas! Sexta-feira, Fevereiro 18, 2005,Depois de mais um dia daqueles, movimentados e parasitas simultaneamente, estou em casa. Dentro da minha necessidade fisiológica de abostamento, ligo a TV. Eu não queria escrever sobre temas políticos, aliás, nem queria escrever. Mas a notícia, de fato não é nova, que vi me motivou a esta triste redação.Ontem em uma desocupação em Goiânia, foram mortas duas pessoas, feridas 45, sendo 4 em estado grave. Vi as imagens da barbárie fascista no trabalho - existe vida pós trabalho? -. Lamentável! Milhares de policiais invadiram a ocupação pela lateral, derrubando um muro com trator. Os promotores da ordem e da justiça chegaram derrubando portas, paredes e pessoas. Segundo o

testemunho de uma moradora local, que disse chorando à reportagem, os PORCOS ( o termo é meu ) chegaram atirando em todos, inclusive crianças. Homens saiam sem camisa de suas casas abanando panos brancos querendo evitar o pior e mesmo assim eram alvos das balas e do ódio fascista da polícia.O comandante da PM classificou a operação como " um sucesso", salientando que só foram usados balas de borracha e bombas de efeito moral. Claro, "balas de borracha" que matam "bombas de efeito moral" que aniquilam casas e ferem pessoas. A terra ocupada, cerca de 90 hectares, era de uma empresa que nada produzia - a não ser nesta data, em que juntamente com a gloriosa estrutura da polícia militar goiana produziu duas mortes e dezenas de feridos. A ocupação foi feita por cerca de 4 mil famílias em abril de 2004. Hoje, os sem-teto do Estado, organizaram protestos contra o governo. Durante a manifestação, foram reconhecidos três policiais espiões. Um foi agredido e outros dois conseguiram fugir. Segundo a edição da “Rede Bobo” os sem-teto só foram contidos quando chegou o restante do efetivo repressivo da polícia, que disparou os famosos tiros de borracha na multidão. A "Bobo" não falou em feridos, somente na "violência" dos sem-teto. Agora responda: Você não faria o mesmo se encontrasse os porcos que destruiram com sua casa? Que mataram seus companheiros? Que traumatizaram suas

crianças? Que tratam o cidadão pobre como lixo - somente em épocas onde a "democracia" não é exercida - ?Banda Resistência Punk

A Resistência Punk é uma banda de caráter libertário,de Curitiba. Lutamos pela emancipação da classe operária perante o estado e a burguesia. Usamos do Rock como uma das formas de divulgar nossos ideais.Surgida em Março de 2001, a Resistência Punk passou por várias formações até fixar a formação atual que é composta por Sapo (guitarra e vocal), Bolacha (bateria e vocal) e Mantena (baixo e vocal). As letras nada mais são do que propostas para uma organização social alternativa a esta atual. Como anarquistas, condenamos os "$elo$" (sem generalizar) que na maioria das vezes sugam as bandas punks.Acreditamos que a independência das bandas é essencial para manter a cena punk forte e consistente. As cooperativas para nós também são uma boa alternativa, além de promover a interação entre integrantes de bandas diferentes, retratam a união e o espírito de luta do movimento. Nossas infuências musicais são as bandas Subviventes, DZK, UK Subs, Colisão Social, Eskorbuto, Ska-Punks e várias outras bandas de punk rock 77. Para nós da Resistêcia Punk o punk deve ser o mais acessível possível, para que assim possamos mostrar a cultura revolucionária para as classes marginalizadas. Esperamos que com isto nossa música juntamente com o nosso ideal ecoe pelos becos e ruas dos subúrbios, não pela promoção pessoal e sim pela satisfação de de saber que o que pensamos e acreditamos, conseguimos difundir à classe proletária. Entrevista (por Plebe através de e-mail)

P: Como nasceu a banda Resistência Punk? RP: A banda foi idealizada por mim (Sapo) e pelo Bolacha, a gente estava sempre tirando uns sons juntos em um ensaio de outra banda, na verdade um grupo de amigos que nos sábados se juntavam para fazer um som. Em um rolê em São Paulo no 1º Festival SP Punk a gente decidiu montar a banda. Em março de 2001 se deu início a este projeto que nos rendeu boas amizades, vários rolês firmezas e muitos bons momentos. A banda chamava-se Resistentes, mas descobrimos que em Goiás tinha uma banda com este nome então assumimos o nome Resistência que pelo mesmo motivo foi trocado para

Resistência Punk.

Page 6: zine Boca Suja 3

P: Quem faz as músicas? RP: A maioria das músicas e letras são feitas por mim, mas é aquela coisa na hora de ensaiar a gente acaba mudando muita coisa, alguma palavra..acrescenta aluma frase, muda uma notinha. Então acaba que as músicas são criadas por todos. P: A banda tem CD's?Comente-os?

RP: Nunca gravamos nenhum CD tipo prensadinho e tal. E também acho que nem vale a pena não, isso eleva e muito o preço do CD. Bem, vai lá: - K7 Realidade (ainda como Resistentes) – Conta com Gabriela e Carlinhos nos vocais, Sapo (guitarra), Bolacha (bateria) e Juninho (baixo). Foi o primeiro material gravado por nós, conta com 7 sons todas com a mesma "pegada" que temos até hoje. Um Punk Rock cru e com letras anarquistas. - CD Revolucionar é Preciso (ao vivo) - Esse play conta com quase a mesma formação do K7 Realidade, só que agora só com a Gabriela nos vocais. Foi gravado ao vivo em um pico aqui em Curitiba. - CD A Vida No Esgoto - Agora com Bettega no vocal. Este play tem 8 músicas e foi gravado em estúdio, um vocal masculino mudou muito a cara da banda. - CD Compilação 2001-2003 - Esse foi o play que mais saiu. A gente lançou mais de 400 cópias deste CD. Ela conta com várias músicas desde o início da banda. Aí também tem algumas coletâneas que participamos, "is getting closer to us / está cada vez mais perto", "tributo a DZK", "compilação do zine lixeira humana", e outros. P: Participam de algum movimento?Todos são Punk’s?

RP :Todos nós somos do Movimento Punk. P: Pretendem fazer algum show em Salvador ou na Bahia?

RP: Lógico, o foda é o custo né? Alguns sons a gente recebe uma ajuda de custo pra transporte, mas é difícil conseguir grana para pagar 100% dos gastos nossos, a gente sabe que é difícil porque também organizamos sons por aqui e nunca conseguimos arcar com 100% dos custos de transporte. Tenho alguns contatos no norte, noroeste, nordeste, mas são regiões muito distantes e precisa de uma $$$ violenta pra ir para estes lugares, além disso, tem a questão do trampo, todo mundo trabalha e tem que ser em um feriado ou quado todos estiverem de férias. Mas um dia iremos, tem muito tempo pela frente ainda.

P: Considerações finais e agradecimentos: RP: É um puta prazer em estar respondendo perguntas para o Boca Suja, muito bom saber que têm pessoas do outro lado do país a km de distância que curtem o som da Resistência Punk, e isso só é possível por causa de caras como você (Plebe) que atua na cena punk com fanzines, distros, selos, bandas, etc. Valeu o apoio, muito obrigado. Êrrraaaa Punk!!!! Integrantes: Flávio (baixo - vocal) Bolacha (bateria - vocal) Sapo (guitarra - vocal)Contatos: Sapo: [email protected]/ Bolacha: [email protected]

Site: www.resistenciapunk.cjb.net

Finalização e agradecimentos: Agradeço aos amigos e por me ajudarem a fazer este trabalho,e dedico este “zine” a todos eles.Em especial o pessoal da Komunika(Pablo),a galera do Grito Alternativo,Zine Kaos(Feijão),o pessoal de lá de Recife,do Maranhão,o pessoal do movimento Punx & Skins BootBoys & Girls Fortaleza pela entrevista(é nois,e muita porrada nos fascistas!!!),ao grande Superman(S.H.A.R.P de Natal),Adriano/Elomar|banda Mendigos|),ao buzão(senão eu teria que ir editar o zine à pé)ao pessoal da Casa MUV por divulgar este trabalho,também ao pessoal da banda Resistência Punk (vocês deram uma puta entrevista!),o pessoal do Apoio & Parceria,o pessoal aí de fora que divulga o zine Boca Suja(caramba,eu nunca vou conseguir colocar aqui o nome de todos!!!),Pablo por divulgar o zine em Portugal,o pessoal da xerox(que me assalta mensalmente),tem a Laly(let’s go my pin up!),ao cara que inventou a tubaína,minha mãe,meu cachorro,a tia da escola,computador...Agradecer também a galera que ta se conscientizado e esta começando agora no movimento,por que alguém tem que dar continuação nessa porra,e temos que parar com egoísmo e dar uma chance pra essa galera,afinal ninguém nasceu punk e é assim que cresce o movimento.E rezar pra que essa galera tome cosnciência e não cometa os mesmos erros que muitos cometem,e que haja união entre nós,por que sem união não existe porra nenhuma,eu não entrei no movimento pra passar minha vida toda batendo nazi,é,ta bem,bater neles é legal,mas eu quero ação e resultados!OBS:Não agüento + Carnaval,escola pública,pagar transporte,comer broa de milho,Windows XP...Boca Suja é um zine anarquista individual/coletivo, feito por Plebe Dimitrius(eu) e ajuda dos meus muitos amigos espalhados pelo mundão véio a fora.Temos também a versão em inglês(english version) e versão em espanhol(versión en español),para ser distribuído em qualquer parte do planeta.Você também pode conseguir o exemplar anterior mandando um e-mail com seu endereço para [email protected]