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YOU: The Owner’s Manual Traduzido do inglês por Maria do Rosário Nunes Ilustrações de Gary Hallgren Tudo o que precisa de saber para ter um corpo jovem e saudável YOU MANUAL DE INSTRUÇÕES DR. MICHAEL F. ROIZEN E DR. MEHMET C. OZ COM LISA OZ E TED SPIKER

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CAPITULO

YOU: The Owner’s Manual

Traduzido do inglês por

Maria do Rosário Nunes

Ilustrações de

Gary Hallgren

Tudo o que precisade saber para ter um corpojovem e saudável

YOUMANUAL DE INSTRUÇÕES

DR. MICHAEL F. ROIZENE DR. MEHMET C. OZCOM LISA OZ E TED SPIKER

Título Original

YOU: The Owner’s Manual

© 2005, Michael F. Roizen, M. D., e Mehmet C. Oz, M. D., Ilustrações © 2005 Gary Hallgren, Michael F. Roizen, M. D., e Mehmet C. Oz, M. D., Adaptação do Teste Mensa na página 110 © 1992 Abbie Salny, American Mensa Ltd. Todos os direitos reservados.

1.A EDIÇÃO/Setembro de 20076.A EDIÇÃO/Julho de 2009ISBN: 9789892311432Depósito Legal n.o: 295 591/09

[Uma chancela do grupo LeYa]Rua Cidade de Córdova, n.O 22610-038 AlfragideTel. 21 380 21 [email protected]

Para os nossos filhos: Alex, Arabella, Daphne, Jeffrey,

Jennifer, Oliver, Thad e Zoe

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Conteúdos

AGRADECIMENTOS 9

CAPÍTULO 1 > O NOSSO CORPO, A NOSSA CASA: UMA SUPER-SAÚDE 15

CAPÍTULO 2 > A BATIDA CONTINUA: O CORAÇÃO E AS ARTÉRIAS 45

CAPÍTULO 3 > A CABEÇA NO LUGAR: O CÉREBRO E O SISTEMA NERVOSO 77

CAPÍTULO 4 > MOVIMENTOS CONTROLADOS: OS OSSOS, AS ARTICULAÇÕES E OS MÚSCULOS 115

CAPÍTULO 5 > UMA VIDA SAUDÁVEL E PLENA: OS PULMÕES 161

CAPÍTULO 6 > É PRECISO TER ESTÔMAGO: O APARELHO DIGESTIVO 187

CAPÍTULO 7 > O SEXO É O PONTO DE REFERÊNCIA: OS ÓRGÃOS SEXUAIS 217

CAPÍTULO 8 > SENSO COMUM: OS ÓRGÃOS DOS SENTIDOS 245

CAPÍTULO 9 > DE SENTINELA ÀS DOENÇAS: O SISTEMA IMUNOLÓGICO 275

CAPÍTULO 10 > DE GLÂNDULA EM GLÂNDULA: AS HORMONAS 297

CAPÍTULO 11 > CÉLULAS MALDITAS: O CANCRO 323

CAPÍTULO 12 > A DIETA DE YOU – MANUAL DE INSTRUÇÕES 349

ÍNDICE REMISSIVO 407

Agradecimentos

À Lisa, ao Gary e ao Ted, que tornaram este livro possível – e muito mais divertido.

Até pode soar estranho eu dizer que as horas de pesquisa e de escrita foram tão

divertidas como uma festa, mas foi assim que nos sentimos na maior parte das

vezes. Cada um deles entregava o trabalho prometido no prazo prometido. A pre-

sença da Lisa não nos deixou esquecer qual é o sexo mais forte. Foi ela que nos aju-

dou a redireccionarmo-nos para um livro mais animado, mais moderno e que esti-

mulou o Ted nos trabalhos que fazia. O Ted tem uma capacidade notável para pegar

em questões médicas complexas e torná-las engraçadas; quando dizia que determi-

nada coisa era para fazer, era mesmo. Não podíamos ser mais fãs dos seus notáveis

talentos. O génio original do Gary emergiu com ilustrações surpreendentes, que nos

fizeram trabalhar ainda mais para podermos acompanhar a sua criatividade. Os

comentários perspicazes e as negociações da nossa agente Candice Fuhrman deram

vida a este livro.

Queremos também agradecer ao grupo da HarperCollins, que nunca deixou de

acreditar em nós; é óptimo trabalhar com todos eles: Steve Hanselman, Joe

Tessitore, Shelby Meizlik e principalmente Kathyrn Huck – que se disponibilizou

totalmente e é claramente uma estrela em ascensão (não a roubem).

Queremos ainda agradecer aos muitos doentes e às centenas de pessoas que nos

enviaram perguntas, notas, cartões e e-mails, que inspiraram muitos dos pensamen-

tos neste livro. Motivaram-nos a sermos apaixonados.

Por último, gostaríamos de expressar a nossa gratidão, pelas muitas horas de tra-

balho, ao grande amigo que nos juntou – Craig Wynett. Para além de um espírito

subtil de primeira linha, o Craig tem uma fantástica percepção daquilo de que o

mundo precisa, o que fez dele o mentor de muitos antes de nós. Empenhou-se a

ligar os pontos que não conseguimos visualizar e deu-nos conselhos que ajudaram a

definir a orientação do nosso livro. Façam o favor de o culpar a ele se não estiverem

satisfeitos com a compra.

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Os agradecimentos do Mike

Agradeço às muitas outras pessoas que não ignoraram os e-mails a pedir ajuda. Ao

Dr. John Walters, um médico que é também um perito na remodelação de casas, e

que arranjou sempre tempo para os ler durante as viagens que fazia entre Pittsburgh

e Cleveland (e regresso) e que nos ensinou a fazer as metáforas certas tanto para o

técnico de construção como para o profissional de saúde (se alguma vez saiu da

estrada, a culpa foi nossa). Além disso, deu ainda um grande contributo a nível cien-

tífico, principalmente no capítulo dedicado ao sexo. O trio familiar Dr. Axel Goetz,

Anka Goetz e Margarthe Goetz merece também um agradecimento especial pelas

críticas às vertentes científica e artística e ao estilo do livro, capítulo a capítulo.

Quero também agradecer à Dr. Debbie Schwim, doutorada pela Universidade de

Duke; ao médico dentista Jeff Watson; Dr. John Hoepner; John Vasselli; John

Campodonico; Sydney Unobskey; Jim Graham; Dr. Chas Brendler; Roz Wattell;

Marcie Anthone; Kandi Amelon; Jennifer Plant; Linda DeFrancisco; e Irwin Davis,

que pegaram na caneta vermelha para corrigir mais do que um capítulo. Com as

suas revisões, Ruth Klein tornou o capítulo da dieta mais fácil de seguir. Tenho tam-

bém de agradecer a Tracy Hafen, que me ensinou imenso sobre o exercício físico; a

Sukie Miller e Anita Shreve por dizerem, sobre os primeiros capítulos, que era

mesmo aquilo que gostariam de ler; aos muitos gerontologistas e médicos de medi-

cina interna que leram partes do livro para averiguar do rigor do conteúdo; aos cole-

gas de equipa da RealAge que validaram e verificaram o conteúdo e contribuíram

com a sua experiência para o livro, nomeadamente os muitos que forneceram recei-

tas, como Rich Tramonte e Gale Gand do restaurante Tru em Chicago; a John La

Puma, que me ensinou muitíssimo sobre culinária e nutrição, e cooperação; à

equipa dos restaurantes de Rick Bayless, a Dan Zakri e aos chefes do Kendall College

of Nutrition em Chicago, que criaram muitas das receitas; a Shivani Chadha e Kate

Poneta, aos parceiros de pesquisa que trabalharam incansavelmente para analisar os

nutrientes e calcular o efeito RealAge de cada receita; principalmente a Donna

Szymanski (que deve ter uma paciência incrível – ensinou-me a cozinhar e confec-

cionou todas as receitas que testámos – mais de 350 – pelos menos três vezes); e aos

nossos provadores, especialmente Wattels of Lettuce Entertain You.

YOU – MANUAL DE INSTRUÇÕES

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Quero também salientar a paixão e firmeza da equipa do RealAge Comprehensive

Care Program no Northwestern Medical Center em Chicago, que sempre deu força

à RealAge e ao nosso livro YOU – Manual de Instruções, em especial ao Dr. Dan

Dermann, Drew Palumbo e Dean Harrison. E aos meus colegas que me concederam

tempo para concluir este trabalho: Dr. Aaron Gerber, Mike Kessel e Jane Spinner; e

outros que encorajaram o projecto, como Enrico Camporesi, Chris Fey, Laura Hand,

Joel Delmonico, Jessie Dylan, Peter Uva e Donna Gould.

Quanto a Anne-Marie Ruthrauff e Michelle Lewis, ambas merecem um obrigado

especial, tal como alguns dos sócios da RealAge: Martin Rom e Charlie Silver; Arline

McDonald, Tate Erlinger, Linda Van Horne, Carl Peck, Sally Kim, Mark Rudberg,

Mike Parzen e principalmente Keith Roach e Harriet Imrey, os companheiros da

ciência (além de Axel Goetz) no processo de avaliação dos dados e conteúdo cientí-

fico da RealAge. Acho que precisava de mais 48 minutos por dia numa bicicleta de

manutenção, se não agradecesse a Diane Reverand, por me ter dito para não pensar

se estaria a ofender colegas médicos – desde que a ciência estivesse fundamentada,

eles iriam perceber que eu só estava a tentar motivar os leitores a compreender que

podiam controlar a própria saúde; e que eram responsáveis por isso e por gozar a

energia e vitalidade extras.

Quero agradecer à minha mulher, a Nancy, pelo seu apoio constante e pelo seu

amor, e aos nossos filhos, o Jeffrey e a Jennifer, pelo ânimo e paciência. Os dois

leram este livro e recorreram à própria experiência científica em leituras críticas para

garantir que o conteúdo estava, no mínimo, o mais próximo possível da realidade

dos factos quanto a Huntington fica próximo do Caltech1. Espero, e acredito, que

este livro vos possa ajudar a tomar as rédeas do VOSSO corpo. Essa seria a melhor

recompensa de todas para qualquer médico.

AGRADECIMENTOS

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1. Os autores referem-se ao California Institute of Technology e à The Huntington Library, que têm a mesma morada. Seria o mesmo que dizer “quanto

o D. Maria fica próximo do Rossio”. (N. da T.)

Os agradecimentos do Mehmet

Alguns dos conceitos do livro vieram de uma série recente do Canal Discovery, a

Second Opinion with Dr. Oz, que ensinou os espectadores a tornarem-se especialis-

tas do seu próprio corpo. A visão e a oportunidade de realizar este programa vie-

ram do meu amigo de uma vida inteira, Billy Campbell. Juntos, mais a sua mara-

vilhosa equipa, nomeadamente Clark “Não Passo Despercebido” Bunting, Tomi

Landis, Jim Berger, Janice Jensen, Lisa Tucker, e claro a produtora executiva, a

minha mulher, Lisa, criámos um conteúdo que se tornou merecedor de um livro.

Muitos dos melhores conceitos foram amadurecidos com a ajuda da equipa de

saúde do Canal Discovery – Eileen O’Neil, Donald Thoms, John Grassie, Erica

Green e John Greco. Oscar Wilde costumava dizer a brincar “se tivesse tido mais

tempo, tinha-o feito mais pequeno”. Os meus colegas do New York-Presbyterian

Columbia University Medical Center ajudaram-me a arranjar o tempo necessário

para escrever da forma mais eficaz possível este manual de instruções, especial-

mente Eric Rose, Craig Smith, Yoshifuma Naka, Mike Argenziano, Henry

Spotnitz, Barry Esrig, Alan Stewart e os outros fantásticos cirurgiões da nossa

equipa. Os assistentes clínicos, principalmente Laura Baer, e as enfermeiras do

bloco operatório, chefiadas por Flora Wang, as da UCI, chefiadas por Majella

Venturanza, e as da medicina interna, chefiadas por Eumne Shim, mostraram-me

diariamente um atendimento médico de primeira categoria. Lidia Nieves,

Michelle Washburn e Diane Amato organizaram a minha agenda de modo a que

eu não desperdiçasse um minuto sequer e aconselharam-me sensatamente, para

que eu não me tornasse escravo dela.

Um obrigado a todos os meus colegas médicos nas suas especialidades, que me

forneceram conteúdos quer através do programa de televisão, quer através de feed-

back sobre aquilo que íamos escrevendo: Herb Pardes, Paul Simonelli, Silviu Itescu,

Jay Lombard, Scott Forman, Bill Levine, Ian Storper, Joel Fuhrman, Stephen Halpert,

Jonathan LaPook, Rob Abel, Benjamin Lewis, Eric Seamon, Hilda Hutcherson,

Mitch Gaynor, Pam Peeke, Dean Ornish, Nancy Snyderman, Ridwan Shapsig,

McHenry Lee, Ernie April, Linda Vahdat, Christy Mack, Jane Buckle, Jeffrey Ahn,

Alan e Vicent Chow, Joel Ernst, Lisa Saiman e Jim Garza.

YOU – MANUAL DE INSTRUÇÕES

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Agradeço igualmente o apoio da equipa de relações públicas do New York –

Presbitarian, nomeadamente Bryan Dotson, Alicia Park e Myna Manners, que me

ensinaram a manter-me focado nos objectivos. Ivan Kronenfeld deu-nos conselhos

sábios para que concentrássemos os nossos esforços.

Os meus sogros, Gerlad e Emily Jane Lemole, trazem sabedoria ao dia-a-dia da

nossa família e são um exemplo para mim. As ideias que deram sobre medicina e

terapêutica, particularmente no que se refere às recomendações sobre micronutrien-

tes e dieta, puseram este livro no caminho certo. Finalmente, um agradecimento a

Mustafa e Suna Oz por me inspirarem.

AGRADECIMENTOS

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Capítulo 1O Nosso Corpo, a Nossa Casa:

Uma Super-Saúde

Corpos perfeitos vendem revistas. Corpos tatuados atraem brutamontes. Corpos

bem treinados ganham campeonatos (e contratos lucrativos). Corpos famosos são

perseguidos por paparazzi, comentados em tablóides e satirizados por apresentado-

res de talk-shows de fim de noite. Os anúncios prometem corpos esbeltos (Perca 300

quilos com este revolucionário creme abdominal!). E agora, até os ditos corpos imperfei-

tos se tornaram estrelas numa das várias formas da cultura pop dos nossos dias: os

reality shows de cirurgia plástica.

Não há dúvida de que a América empresarial saiu a ganhar com o facto de um

corpo bonito conseguir estimular a economia tanto quanto as hormonas. Somos

todos a favor de admirar o corpo pelas suas curvas, pelos seus ângulos e capaci-

dade de rebentar a escala das audiências da Nielsen2. Mas talvez esta nossa obses-

são pela pele esconda a importância de tudo o que range, mexe e palpita debaixo

dela. Precisamente porque se generalizou uma ideia do corpo humano tão ou

mais superficial que um corte de papel, quisemos parar e ir mais fundo – a luga-

res só alcançados por cirurgiões, ressonâncias magnéticas e pelas ocasionais

bichas solitárias:

O interior do seu corpo.

Porquê? Porque o que se passa no interior do seu corpo é o que lhe permite ver,

correr, cheirar, fazer sexo selvagem na praia, alimentar os bebés, fazer dinossauros

de Lego, “surfar”, resolver problemas de álgebra, apertar os sapatos, entoar o

Margaritaville e fazer os milhares de coisas que faz todos os dias. O seu corpo dá-lhe

vida. O seu corpo é vida.

E apesar de poder compreender as várias funções do seu corpo, é muito provável

que não saiba exactamente como ele funciona – e, mais importante, que não saiba

como torná-lo mais forte, mais saudável e mais jovem.

Isto porque as complexas questões do foro médico e o típico jargão científico atra-

vessam o nosso cérebro como autênticos carros a acelerar numa auto-estrada.

Relatórios e recomendações chegam-nos numa torrente de informação que mal

temos tempo para reter quanto mais para perceber o que significa. Resultado – cap-

tar aquilo que realmente interessa é mais ou menos o mesmo que encontrar uma

YOU – MANUAL DE INSTRUÇÕES

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2. Empresa que mede os níveis de audiência nos Estados Unidos (ver http://www.nielsenmedia.com/nc/portal/site/Public/). (N. da T.)

agulha num palheiro. E, para ajudar à festa, há ainda que perceber que tipo de infor-

mação é a mais adequada ao seu caso, facto que exige muita pesquisa, persistência e

tempo – e já agora umas galochas que o protejam de todo o lixo que abunda por aí.

Acredite, ter um par de galochas informativas é essencial para a sua saúde; mais –

para a sua vida. Com este livro, apertámos bem as nossas galochas e, por si, desco-

brimos todas as agulhas que estavam no palheiro.

Para que possa viver uma vida mais saudável.

Para que possa tornar-se o maior especialista de tudo o que diz respeito ao seu corpo.

Para isso, queremos que pense no seu corpo como uma casa – a sua casa. Quando

começámos a matutar nas semelhanças entre um corpo e uma casa, reparámos que

ambos têm mais em comum do que as gémeas Olsen3. Tanto a casa como o corpo

são investimentos importantes. Ambos dão abrigo a uma inestimável propriedade

privada. E ambos são lugares que quer proteger com todas as suas forças. Este é o

quadro geral. Se explorarmos mais estas semelhanças – e assim o faremos ao longo

deste livro – perceberá ainda melhor a relação entre uma coisa e outra.

Os ossos são as vigas que suportam e protegem a estrutura interna da casa; os

olhos são as janelas; os pulmões são as condutas de ventilação; o cérebro é a caixa

de fusíveis; os intestinos, a canalização; a boca é como os robots de cozinha; o cora-

ção é a rede de água; o cabelo é o jardim (alguns têm mais relva do que outros); e

a gordura é todo o lixo que guardou na despensa e que o marido não pára de refi-

lar para que deite fora. Se conseguir ultrapassar o facto de não ter o nome de uma

rua estampado na testa e de uma casa estilo colonial não ficar bem de fato de

banho, as semelhanças são assinaláveis – tão assinaláveis que temos a certeza de

que pode perceber como funciona o seu corpo se pensar na forma como funciona

a sua casa.

E essa é, digamos, a base deste livro: se conhecer o seu corpo, será capaz de o

mudar, manter, decorar e fortalecer. Em cada capítulo começaremos por explicar a

anatomia dos principais órgãos do corpo humano. Para isso, vamos levá-lo ao inte-

rior do seu corpo e mostrar-lhe como funcionam os órgãos e como interagem

entre si. Não usaremos uma linguagem de médico, mas também não vamos tratá-

O NOSSO CORPO, A NOSSA CASA: UMA SUPER-SAÚDE

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3.Mary Kate Olsen e Ashley Fuller Olsen são irmãs gémeas e tornaram-se famosas nos Estados Unidos (e não só), graças aos inúmeros programas de tele-

visão, filmes e anúncios que fizeram juntas. (N. da T.)

-lo como se estivesse no primeiro ciclo. Não vamos tornar a ciência simplista;

vamos torná-la simples. A partir daí, mostraremos como pode pôr os seus órgãos

a funcionar melhor, para assim prevenir as doenças e viver uma vida mais jovem

e mais saudável. Queremos mostrar-lhe como começam as doenças, como elas

afectam o seu corpo e como pode aprender a prevenir e a combater os problemas

que constituem um risco não só para a sua vida mas também para a sua qualidade

de vida.

Voltando à analogia da casa, a ideia é de que você compare a manutenção do corpo

à manutenção da sua casa. Se tiver um problemazinho no autoclismo, com certeza

não vai chamar o canalizador. Tenta resolver a situação sozinho, com um desentupi-

dor, ou levanta a tampa e puxa a alavanca para a água sair. Quando vê uma mosca na

cozinha também não vai chamar o exterminador. Nem vai chamar o electricista só

porque se fundiu uma lâmpada. Você tem consciência de que a manutenção da casa

está por sua conta, porque sabe que sai mais barato prevenir e corrigir os problemas

que vão surgindo do que deixar as coisas deteriorarem-se – ao ponto de a casa preci-

sar de uma revisão geral para continuar a funcionar como deve ser.

Por último, queremos que se sinta confortável com o seu próprio corpo, para que

possa fazer uma manutenção básica com confiança. Conseguirá assim evitar o que

faz mal e desgasta o corpo, e pôr em prática o que faz bem e proporciona o bem-estar

a longo prazo.

E para isso, vamos explicar-lhe como as artérias ficam obstruídas, porque é que

não se lembra de onde pôs as chaves, como ter uma vida sexual mais saborosa, como

exercitar o coração e os ossos, por que razão as células imunológicas combatem

umas doenças e não combatem outras e o que pode ver numa viagem aos seus intes-

tinos (avisámos sobre as galochas). Vamos explorar o corpo de uma ponta a outra,

para que veja como funciona e como pode pô-lo a funcionar melhor.

Esperamos que aprenda muitas coisas à medida que vai lendo este livro, que se ria

um bocado e descubra aquilo que pode mudar na sua vida para conseguir controlar

a sua saúde. Antes de avançarmos, achamos que é importante que fique a saber

quais os grandes princípios e objectivos de YOU – Manual de Instruções. Queremos,

neste livro, assinalar os aspectos mais importantes sobre a saúde – uma super-saúde

que queremos transmitir-lhe ao longo desta viagem pelo corpo.

YOU – MANUAL DE INSTRUÇÕES

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NÓS Controlamos a Nossa Saúde

Se não houvesse médicos no mundo, provavelmente nunca teríamos ouvido falar de

bypasses quádruplos, cirurgias laser aos olhos, nem da famosa letra de médico. Mas,

apesar de todas as maravilhas da medicina – dos mais avançados tratamentos à

investigação de ponta, que um dia poderá curar doenças hoje incuráveis –, este não

é um livro de medicina. Não é um guia de tratamentos, não é um compêndio nem

uma enciclopédia. Considere-o antes um manual de prevenção. O seu manual para

prevenir os efeitos do envelhecimento; ou seja, para o fazer sentir, parecer e ser mais

jovem do que é na realidade. Os médicos serão os primeiros a assumir que não

podem evitar que você tenha um ataque cardíaco, ou pôr-lhe protector no nariz antes

da corridinha do meio-dia, ou tirar-lhe das mãos a terceira bola de berlim do dia,

antes de você a devorar com fervor.

Mas você pode.

Você pode controlar o destino da sua saúde. Veja o caso de Lance Armstrong, o

famoso campeão de ciclismo. Em 1996, foi-lhe diagnosticado um cancro nos testícu-

los em estado avançado, que já tinha alastrado aos pulmões e ao cérebro. Com

menos de 50 por cento de hipóteses de sobrevivência, Armstrong suportou várias

cirurgias e uma quimioterapia muito agressiva. O seu estado era débil, mas

Armstrong não se deixou abater. A força de vontade, o apoio das pessoas à sua volta

e a ajuda dos tratamentos deram-lhe forças para lutar, para vencer o cancro e para se

tornar, pela sexta vez, vencedor da Volta a França em Bicicleta (batendo assim mais

um recorde). Mas, mais importante, deram-lhe forças para inspirar, ajudar e motivar

milhões de pessoas – lembra-se das famosas pulseiras amarelas LIVESTRONG? Uma

das grandes lições que aprendemos com Armstrong foi a de que nem sempre conse-

guimos controlar o que nos acontece (mesmo que estejamos em plena forma), mas

existe sempre alguma coisa que é possível controlar: a atitude, a determinação e – o

que serve de base a este livro – a vontade de cuidar da nossa saúde e de saber o

máximo possível sobre o nosso corpo.

Não estamos, com isto tudo, a insinuar que vá comprar uma caixa de bisturis e se

ponha a tirar os sinais estranhos que tem no braço, e muito menos que se ponha a

fazer uma autocolonoscopia depois de deitar os filhos na cama. (Nem nós fazemos

O NOSSO CORPO, A NOSSA CASA: UMA SUPER-SAÚDE

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essas coisas). Todos precisamos de médicos. A questão que queremos frisar é que

esse poder de controlarmos a nossa saúde é bem real – e está nas nossas mãos, não

nas mãos dos outros.

Neste livro, encontrará dezenas de recomendações que pode pôr em prática para se

tornar mais saudável. Para mostrar que estamos certos, vamos resumir tudo isto a

um facto: se fizer cinco alterações no seu estilo de vida – cinco apenas – poderá

melhorar imenso quer a qualidade, quer a esperança de vida. Essas cinco coisas são:

controlar a pressão arterial; evitar o tabaco; fazer exercício meia hora por dia; contro-

lar o stress e seguir uma dieta fácil e saudável. (Esta última ocupa uma grande parte

deste livro – A Dieta de YOU – Manual de Instruções, de que falaremos mais adiante

neste capítulo e no Capítulo 12.) Se fizer essas cinco coisas, nos próximos dez anos

terá apenas dez por cento de possibilidades de morrer ou de sofrer de alguma

doença, comparando com uma pessoa normal da sua idade. Vai uma aposta?

NÓS Podemos Escolher a Nossa Idade

O tempo não pára – tanto faz que se volte para os calendários, como para os relógios,

como para as ampulhetas. O tempo faz tiquetaque sempre com a mesma cadência,

dia após dia, minuto após minuto, segundo após segundo. Todos nós envelhecemos

ao mesmo ritmo de um aniversário por ano – esta é a chamada idade do calendário.

Todos temos, contudo, a hipótese de controlar a velocidade do relógio através das

opções que fazemos no que se refere ao nosso corpo e ao que metemos lá dentro. Por

exemplo, uma mulher de 50 anos, que enche os pulmões de nicotina e só come salsi-

chas com todos os molhos a que tem direito, terá provavelmente o corpo de uma

mulher de 65 anos, porque está a destruí-lo completamente. Mas se falarmos de uma

mulher com a mesma idade que coma bem, mantenha as toxinas longe da sua vida e

pratique uma actividade física moderada, esta já poderá ter o corpo e a saúde de uma

mulher de 36 anos. Ao longo do livro, falaremos do efeito RealAge [Idade Real] que

algumas das opções que fazemos têm na nossa saúde. Essa é a base do conceito de

RealAge. Para os que não sabem do que estamos a falar, trata-se de um sistema que

mostra como o nosso estilo de vida pode acelerar ou retardar o envelhecimento.

YOU – MANUAL DE INSTRUÇÕES

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Para ter uma ideia do poder que você tem, preste atenção: o tempo que vai viver e

a qualidade da vida que vai ter dependem em 70 por cento das opções que faz.

Quando chegar aos 50, o seu estilo de vida ditará 80 por cento da sua idade; o resto

é consequência da herança genética.

É impossível parar de envelhecer – obviamente! Os corpos envelhecem com o

ambiente através da oxidação e de outros processos que têm lugar no interior do

corpo. A oxidação, muito semelhante ao enferrujamento dos pilares de uma casa, é

um importante processo natural, ou seja, uma consequência do normal funciona-

mento do corpo humano. Mas quanto maior o grau de oxidação, maior o risco de

envelhecer – ou de enferrujar. Daí que muitos dos alimentos benéficos para a saúde

sejam antioxidantes – alimentos que retardam o processo de oxidação. Se as proprie-

dades antioxidantes desses alimentos são responsáveis pelos benefícios que trazem

à saúde, não o sabemos. Sabemos, porém, que existem três grandes factores nas

doenças relacionadas com o envelhecimento que você pode controlar – e ao fazê-lo

irá contribuir para abrandar esse processo natural. De uma perspectiva puramente

científica, não sabemos ao certo o que provoca o envelhecimento, mas sabemos o

que nos faz sentir velhos antes dos cem anos – as doenças relacionadas com a idade.

Podemos assim dizer-lhe como reduzir esses três factores em 80 por cento. São eles:

> envelhecimento do coração e das artérias (responsável por tromboses, ataques car-

díacos, perda de memória e impotência, quando as artérias impedem o sangue, rico

em nutrientes, de chegar a importantes órgãos do corpo);

> envelhecimento do sistema imunitário (que conduz a doenças auto-imunes, infec-

ções e cancro);

> envelhecimento provocado por questões ambientais ou sociais (acidentes e facto-

res sociais como o stress são potenciais factores de envelhecimento).

Mostraremos como funcionam todos estes sistemas e o que pode fazer para impedir

que se degradem. O principal conceito a reter é, porém, o de que os efeitos RealAge

referidos neste livro contribuem para retardar o processo de envelhecimento. São

quase uma moeda de longevidade.

Uma das formas de dar vida ao corpo é mostrar a anatomia. Temos assim umas

ilustrações engraçadas, com o nosso elfo mascote a exemplificar os elementos subtis

O NOSSO CORPO, A NOSSA CASA: UMA SUPER-SAÚDE

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dos nossos órgãos. As imagens são exactas do ponto de vista médico, apesar do seu

humor subjacente. O diabo está nos detalhes, por isso dedique-se à anatomia.

E como bónus, ainda lhe damos umas cábulas (tabela 1.1, página 44) para facilitar

a gestão da sua saúde.

NÓS Vamos Viver com mais Vitalidade

Passando os olhos pelo jornal, podemos ler todo o tipo de notícias – conflitos inter-

nacionais, mais um casal de famosos que se separou, etc. Parece que as únicas notí-

cias sobre saúde que se vêem são as más notícias. Sempre que viramos a página, lá

está mais uma notícia deprimente: “Novo caso de Alzheimer.” “A diabetes aumenta

em flecha.” “Os Americanos estão mais gordos que a carteira do Bill Gates.”

Resultado – acaba por ser tão deprimente que todos fogem das notícias de saúde

como os ursos polares fogem das ilhas Fiji. Sabemos que existem graves problemas

de saúde para resolver, é verdade, mas eles são apenas uma parte da história.

Para começar, repare na média da esperança de vida: quarenta e sete anos em 1900

e quase oitenta anos no ano 2000. Grande parte do crédito por estes trinta anos a

mais vai para a saúde pública e para a medicina organizada. As estatísticas mostram

que vamos viver muitos anos. A estatística mais impressionante, porém, talvez seja a

seguinte: enquanto o resto do mundo pensa que os Americanos são os reis da obesi-

dade, surgem sinais de que a situação está a mudar. De 1966 a 1996, o número de

americanos que praticava uma actividade física regular desceu 1 por cento ao ano. De

1996 a 2002, a percentagem de actividade física praticada subiu 1 por cento ao ano.

O número de fumadores entre a população adulta diminuiu de 50 por cento, em

1970, para 27 por cento em 2000. E o número de pessoas com pressão arterial alta

que não se tratou diminuiu de 80 por cento, em 1970, para 43 por cento, em 2000.

Até a América corporativa está a acompanhar a evolução. A General Mills declarou

que ia passar a vender apenas cereais integrais e conta-se que a Wal-Mart disse às

empresas do ramo alimentar que deixaria de distribuir alimentos com ácidos gordos

trans (prejudiciais à saúde) – um sinal importante, para as empresas alimentares, de

que podemos exigir produtos mais saudáveis.

YOU – MANUAL DE INSTRUÇÕES

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E o que significa tudo isto? Apesar de não sermos perfeitos, estamos a fazer pro-

gressos – começamos a praticar mais exercício, começamos a deixar de fumar e

começamos a fazer outro tipo de alimentação. E lá voltamos à história de quem

influencia a sua idade – não é o seu médico de família, nem somos nós. É quem está

a ler este livro.

NÓS Devemos Encarar a Medicina em parte como Ciência em parte como Arte

Em geral, as pessoas têm tendência para pensar que a medicina é como aqueles exer-

cícios de ligar os pontos para formar um desenho. O sintoma A mais o sintoma B dá a

doença C. De certa forma, o corpo é uma fábrica mecânica e lógica que funciona repe-

tindo sempre a mesma rotina. Se, por um lado, os investigadores descobriram muitas

das idiossincrasias do funcionamento do corpo, por outro, os trabalhadores da fábrica

às vezes fazem uma pausa, decidem que vão fazer outra coisa ou até pode dar-lhes uma

fúria e avariarem toda a linha de montagem. Nem sempre conseguimos saber porque

é que estas falhas acontecem, nem o que significam. E é por isso que centenas de cien-

tistas dedicam as suas vidas a investigar o comportamento das células em seres huma-

nos e animais – para melhor compreenderem o funcionamento do corpo.

Hoje em dia, a comunidade científica já sabe muito sobre o nosso corpo e nós

esperamos conseguir transmitir-lhe neste livro alguma da informação mais rele-

vante. A medicina envolve intricados processos de demonstração que nos ajudam a

passar dos mitos antigos para recomendações baseadas na ciência pura e dura. Isso

é válido para diversos casos de tratamentos e métodos de prevenção. Noutros casos,

no entanto, a medicina não conseguiu ainda ir até ao fundo da investigação, mas

existem antecedentes científicos e estudos suficientes que nos permitem fazer reco-

mendações à nossa família, aos nossos amigos, e também a si.

No final, iremos concentrar-nos nos órgãos e doenças que mais influenciam o pro-

cesso de envelhecimento, bem como nas doenças que mais facilmente se podem

prevenir. Não espere, por isso, que falemos de todo o tipo de enfermidades; vamos

concentrar-nos antes naquelas que a ciência mostrou serem possíveis de evitar.

O NOSSO CORPO, A NOSSA CASA: UMA SUPER-SAÚDE

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YOU – MANUAL DE INSTRUÇÕES

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Os Alimentos São o Nosso Combustível: A Dieta de YOU – Manual de Instruções

Todos sabemos o que acontece quando os cabos de alta tensão vão abaixo. A electricidade perde potência e é impossível ter a torradeira a trabalhar aomesmo tempo que a televisão e o secador. Tal como a capacidade da correnteeléctrica é capaz de alterar o nosso dia-a-dia, o mesmo acontece com aalimentação. Os factores exteriores afectam o funcionamento do interior. O que metemos dentro do corpo – quer em qualidade, quantidade e número de vezes por dia – afecta o modo como nos sentimos e como vivemos.Estamos sempre a arranjar desculpas para comer: ou é porque estamoschateados, ou porque é dia de festa ou porque o miúdo deixou 17 batatas fritasno prato. Fornecer combustível ao nosso corpo deve ser, no entanto, a desculpa mais importante. Combustível para nos mantermos resistentes,enérgicos e fortes, mas também para fornecer aos órgãos os nutrientes de que precisam para a estrutura interna funcionar sem problemas. É importanteperceber como se processam os alimentos no interior do nosso corpo –poderemos assim compreender a sua utilidade. Se conhecermos ascaracterísticas deste ou daquele alimento, conseguiremos perceber comopodem contribuir para nos sentirmos mais saudáveis – e para perdermos peso.Grande parte deste livro será dedicada à análise dos alimentos e do modocomo influenciam os diferentes órgãos e processos anatómicos. A Dieta de YOU – Manual de Instruções é explicada em detalhe no Capítulo 12. São 30 receitas para dez dias, que lhe ensinam uma forma de comer pensadapara uma saúde óptima. Não se trata de uma dieta de baixas calorias com o objectivo de perder peso – apesar de uma das consequências serprecisamente a perda de peso. Em cada capítulo, enunciamos os nutrientesmais indicados para determinada parte do corpo e os alimentos que contêmesses nutrientes – poderá assim criar a sua própria dieta de acordo com assuas necessidades. A diferença entre a nossa dieta e milhares de outras quecirculam por aí é que a nossa é saborosa e simples – nada de pesar ou contar, e nada de manutenções. O importante é que perceba que pode mudar a formacomo o seu corpo funciona – e como se sente – através da comida que ingere.A dieta que propomos centra-se nas gorduras saudáveis, alimentos integrais,

Teste o Seu QC: O Quociente de Corpo

Todos sabemos que o QI (quociente de inteligência) mede a nossa inteligência. Existe

também o QE (quociente emocional), que analisa a nossa personalidade e o nosso

carácter. E apesar de haver muitas pessoas capazes de morrer pelo QS (quociente das

sobremesas ou dos salgados), o nosso acrónimo preferido é o QC – quociente do corpo.

Afinal, o que sabe sobre o seu corpo? Sabe que as pernas servem para correr, que o

fígado elimina os vestígios das suas escapadelas e que a goela é capaz de se transfor-

mar num belo riacho para a sua cervejinha. Mas, ainda assim, queremos fazer-lhe um

pequeno teste, só para lhe mostrar como o corpo é fantástico e para acabar com essas

ideias preconcebidas sobre como ele funciona e como envelhece.

Apesar de já viver no seu corpo há uns trinta, quarenta, cinquenta, sessenta,

setenta ou até mais anos, acreditamos que não o conhece assim tão bem quanto

pensa. Conhecer o corpo permite-nos desenvolver um saber que nos dá a capacidade

de preservar e fortalecer a nossa vida.

O NOSSO CORPO, A NOSSA CASA: UMA SUPER-SAÚDE

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fruta e vegetais, proteínas, e muitos outros nutrientes necessários ao corpo. Se seguir a saborosa dieta de YOU – Manual de Instruções proporcionará ao seucorpo tudo de que ele precisa para funcionar melhor, evitar as doenças emanter um corpo saudável.Quando pensamos na alimentação, existem, no entanto, outros pontosimportantes a considerar – como são processados os nutrientes que ingerimose por que razão o corpo os processa desta ou daquela maneira. Paracompreender a nutrição, temos de aprender algumas coisas sobre metabolismoe sobre a forma como o corpo transforma a comida em energia. Quando aspessoas fazem dieta, geralmente não comem o suficiente – logo, ometabolismo fica mais lento; inicia-se uma fase de pseudofome em que o corpo começa a queimar calorias mais lentamente porque sente que tem de as preservar. O exercício é, por isso, muito importante. A actividade físicacontribui para um metabolismo rápido porque indica ao corpo que podequeimar calorias. Fazer exercício é, no fundo, tudo o que precisa para evitar queo corpo dê o sinal de alarme e entre em modo de pseudofome. A alimentação e o exercício, juntos, fazem da nossa dieta um modo de vida.

Não se preocupe se errar muitas perguntas no Teste do Quociente do Corpo, por-

que daremos todas as respostas ao longo deste livro. E, não se esqueça, quando aca-

bar de o ler, tem os tutores à sua disposição: os médicos. Deve servir-se dos médicos

para muito mais do que as habituais receitas. Aproveite para aprender com eles – afi-

nal é isso que significa a palavra médico em latim. Muitos médicos gostam de pôr

em prática esse significado – e deliciam-se com isso, por isso aproveite. Tire partido

dos conhecimentos deles para aprender mais sobre o seu corpo.

Entretanto, pegue num lápis e tente responder às perguntas do teste. Quando aca-

bar, vá até ao final do capítulo e confira as respostas. Logo verá se realmente conhe-

cia bem o seu corpo.

YOU – MANUAL DE INSTRUÇÕES

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