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XVII REUNIÃO CONJUNTA DO CONSELHO ESTADUAL COM OS CONSELHOS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO DA BAHIA XVIII ENCONTRO ESTADUAL DA UNCME-BA 04 e 05 de julho de 2016 Juazeiro/BA (Auditório da UNIVASF) TEMÁTICA: Plano Estadual e Planos Municipais de Educação no Estado da Bahia – desafios e perspectivas, em traços da história

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• XVII REUNIÃO CONJUNTA DO CONSELHO ESTADUAL COM OS CONSELHOS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO DA BAHIA

• XVIII ENCONTRO ESTADUAL DA UNCME-BA

04 e 05 de julho de 2016 Juazeiro/BA (Auditório da UNIVASF)

TEMÁTICA:

Plano Estadual e Planos Municipais de Educação no Estado da Bahia – desafios e perspectivas, em traços da história

TEMÁTICA: Plano Estadual e Planos Municipais de

Educação no Estado da Bahia – traços da história,

desafios e perspectivas

1. primeira tentativa de criação de um Conselho de Educação na

estrutura da administração pública aconteceu na Bahia, em 1842

(Lei Provincial nº. 172, de 25 de maio de 1842)

2. Conselho Nacional de Ensino (Decreto nº. 16.782-A, de 1925) =>

suprimindo o Conselho Superior de Ensino (Decreto nº. 8.659, de

05/04/1911), similar ao Conselho Superior de Instrução Superior, de 1891,

ainda no período imperial.

3. Conselho Nacional de Educação (Decreto nº. 19.850, de 1931)

4. Conselho Federal de Educação e os Conselhos Estaduais de

Educação (Lei nº. 4.024, de 1961)

5. Conselhos Municipais de Educação (por inferência, na Lei nº. 5.692,

de 1971) => art. 71, alusão à possibilidade deles.

6. Conselho Nacional de Educação (MP nº. 661, de 1994, convertida na

Lei nº 9.131/95)

1. Considerando-se o primeiro período republicano constata-

se o teor administrativo adstrito à organização do Conselho

Nacional de Educação, que marcou seu funcionamento ao

longo da história dos sistemas de ensino no Brasil. O de

1925 evidencia o caráter administrativo que lhes foi

conferido como parte da estrutura burocrática do Estado,

com finalidade explicitamente de controle.

2. O Conselho Nacional de Educação de 1931 também

incorpora essa atividade, mas se diferencia ao assumir

funções de órgão consultivo e propositivo, notadamente no

que se refere à possibilidade de elaborar o plano nacional

de educação.

Na sessão do dia 27 de junho de 1931, em reunião do Conselho Nacional de Educação, formata-se a proposta de criação de

comissões responsáveis para a proposição de um plano nacional de educação, em que se destaca o seguinte argumento*:

“Esse plano procurará satisfazer as exigências da atualidade brasileira, tomando em consideração as condições sociais do mundo, e assegurará, pela sua estrutura e pela sua aplicação, o fortalecimento da unidade brasileira, o revigoramento racial de sua gente e o despertar dos valores indispensáveis ao seu engrandecimento econômico...” (*) Conselheiro João Simplício Alves de Carvalho, deputado federal (RS) e

integrante do CNE, à época.

1932: rememoremos (e comemoremos) o posicionamento da sociedade civil e o plano de reconstrução educacional por meio

do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova “o manifesto destacava a necessidade de um plano de reestruturação educacional, que pusesse fim ao abismo entre as etapas do ensino e corrigisse o erro capital que sustentava o sistema de ensino... “(se é que se pode chamar sistema), caracterizado pela falta de continuidade e articulação do ensino, em seus diversos graus, como se não fossem etapas de um mesmo processo”. MOURA, Eliel. A construção da ideia de plano nacional de educação no Brasil: antecedentes históricos e concepções. Goiania, GO: 36ª Reunião Nacional da ANPEd, 29 de set. a 2 de out. de 2013.

Constituição Federal de 1934

Art 152 - Compete precipuamente ao Conselho Nacional de Educação, organizado na forma da lei, elaborar o plano nacional de educação para ser aprovado pelo Poder Legislativo e sugerir ao Governo as medidas que julgar necessárias para a melhor solução dos problemas educativos bem como a distribuição adequada dos fundos especiais.

Lei nº. 174 de 6 de janeiro de 1935

Art. 2º O Conselho Nacional de Educação terá as seguintes attribuições: 1º, elaborar o plano nacional de educação, para ser approvado pelo Poder Legislativo (Constituição Federal, artigo 152); ....................................................................... 10º, promover conferencias sobre problemas de educação nacional, quer de representantes dos conselhos estaduaes de educação, quer de educadores e, em geral, de pessoas de competencia especializada na materia;

Contudo, as altercações entre os deputados na discussão do

plano nacional de educação de 1936 impediram sua aprovação e, em novembro de 1937 chega o Estado Novo. Dentre as principais altercações situa-se a dúvida se cabia

ao Estado cabia a invocação do direito de dirigir a educação em nível sistêmico. No popular, sem rodeios: educação, com

os poderes públicos ou com a esfera privada?

Em 1937 tudo se interrompe...

... não se sustentando mais a expectativa do plano nacional de educação, até 1961, quando se promulgou a Lei nº. 4.024, a LDB.

Vinte e quatro anos depois do Estado Novo! (1961-1937 = 24)

Art. 93. Os recursos a que se refere o art. 169, da Constituição Federal, serão aplicados preferencialmente na manutenção e desenvolvimento do sistema público de ensino de acôrdo com os planos estabelecidos pelo Conselho Federal e pelos conselhos estaduais de educação(...)

Vale lembrar que a LDB (Lei nº. 4.024/1961) esteve em debates (embates) por 13 anos => “De um lado, socialistas e liberais e de

outro lado conservadores, católicos e privatistas...”

CURY, Carlos R. Jamil. Ideologia e Educação Brasileira. 4ª ed. São Paulo: Cortez, 1988. p.20

Plano Nacional de Educação de 1962 sob responsabilidade do Conselho Federal de Educação (à época) => decorrência da LDB

(Lei nº. 4024/61). “A primeira consideração a levar em conta neste trabalho é a de que a educação constitui serviço comum e solidário das três órbitas administrativas do país, sendo a ação do Governo Federal fundamentalmente supletiva e devendo, portanto, os planos a serem elaborados ter em vista os serviços dos Estados e dos Municípios no campo da educação e ensino. Deste modo, os planos deverão visar, acima de tudo, a oferecer a oportunidade e indicar as formas pela qual os três governos possam coordenar os seus esforços para a consecução dos objetivos previstos na Constituição e na Lei de Diretrizes e Bases.” Pronunciamento de Anísio Teixeira, em sessão do CFE em maio de 1962

Meia vitória, mas vitória

Não se pode dizer que a Lei de Diretrizes e Bases, ora aprovada pelo Congresso, seja uma lei à altura das circunstâncias em que se acha o país, em uma evolução para constituir-se a grande nação moderna que todos esperamos. ................................................................ Tôdas as autoridades do país estão sujeitas a essa lei e como tal são intérpretes de sua execução. Os Estados devem fazer suas leis criando os sistemas estaduais de educação dentro dos poderes que lhes dá a nova lei. ................................................................ Mas, cuidado. Se persistirem os hábitos da imposição do govêrno federal e os hábitos de dependência dos Estados, tudo poderá perder-se, vencendo a máquina administrativa, que ainda aí está, todo o extraordinário esfôrço que representaram os treze anos de luta [desde 1948 até 1961] por essa lei de meia-vitória, mas, de qualquer modo, de vitória contra a centralização e o totalitarismo do Estado Novo. TEIXEIRA, Anísio. Meia vitória, mas vitória. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.37, n.86, abr./jun. 1962. p.222-223.

O Plano Trienal da Educação (1963 a 1965) de Celso Furtado => o viés do planejamento de estado

Neste Plano Trienal a questão educacional é pensada, tomando-se como referência um diagnóstico estatístico das questões sistêmicas, com a demonstração de um grave quadro de realidade de cada nível de ensino. Então, as novas diretrizes, frente aos objetivos do ensino primário, médio e superior, acenam para a necessidade de expansão de matrículas, formação de docentes, construção de prédios, em consonância com a previsão orçamentária governamental que possa garantir o financiamento das reformas.

MACÊDO, Mª. de Fátima. Aspectos pontuais que fundamentam as políticas públicas em educação. Teresina: Form@re - Revista da Ufpi, v. 2, nº. 1, p. 13-36, jan. / jun. 2014.

É chegada a hora, mais uma vez, em que tudo se interrompe outra vez... Em 1964, devido à polarização entre as forças populares/populistas e os interesses das classes hegemônicas nacionais e internacionais, que resultou no golpe militar, com a instalação dos governos militares que revezaram de 1964 a 1985. O Ministério da Educação é subordinado ao Ministério do Planejamento e, dessa forma, os planos para a educação estavam diretamente ligados aos Planos Nacionais de Desenvolvimento (PNDs) do país, ganhando a denominação de Planos Setoriais de Educação e Cultura. Optou-se por um planejamento centralizado na burocracia estatal, o que determinou a secundarização do plano elaborado pelo CFE em 1962.

Da ideia de plano nacional de educação ao expediente do planejamento educacional: de 1962 a 1971 (fase 1)

As reformas de base

A proposta era a reestruturação de uma série de setores econômicos e sociais, em face da realidade apresentada. As reformas propõem expansão e aperfeiçoamento dos serviços escolares brasileiros, dentre outras. Mas, apesar de possíveis aparências em contrário, é o mais modesto que se poderia organizar, em face do grave retardamento em que nos achamos com relação ao desenvolvimento dos recursos humanos da sociedade brasileira. A muito custo chegamos, afinal, à compreensão de que a escola não é apenas o feliz coroamento ornamental de uma sociedade, mas a sua instituição básica, a mantenedora da sua cultura e a promotora de sua dinâmica de desenvolvimento. BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Plano Trienal de Educação e Cultura 1963-1965. DF: Brasília, 1963.

Da ideia de plano nacional de educação ao expediente do planejamento educacional: de 1962 a 1971 (fase 2)

O Estado intervencionista

Ou seja, perdeu-se a noção do plano enquanto conhecimento da realidade e do modus operandi para superação de dificuldades/obstáculos, com a finalidade de levar o sistema educacional a cumprir as funções que lhe são atribuídas, enquanto assunto de Estado. Isto nos leva a uma discussão sobre o Estado intervencionista e o planejamento como forma de intervenção. Isso corresponde à elaboração de uma lógica de meios que se converte em uma lógica de ocultação de valores, compatível com a intencionalidade política de governos. BAÍA HORTA, José Silvério. Liberalismo, tecnocracia e planejamento educacional no Brasil. São Paulo, Cortez/Autores Associados, 1982.

Da ideia de plano nacional de educação ao expediente do planejamento educacional: de 1962 a 1971 (fase 3)

Superposição no lugar da integração

É verdade que entre o pensamento modelador da elite e a resistente estrutura com que se defrontavam não chegou a resultar uma integração. Nenhuma das duas teve força para anular a outra, mas a teve, suficiente, para se implantar ao lado da outra. Tivemos a superposição – em vez da integração –, entre a ordem institucional e o processo real, o que talvez explique em parte, que até hoje as elites empreendam as suas reformas através das leis, e não do ataque direto e prático à realidade, na totalidade das suas dimensões. TRIGUEIRO MENDES, Durmeval. O planejamento educacional no Brasil. Rio de Janeiro: Ed. UERJ, 2000.

Constatações inquietantes nº. 1 => O registro histórico da Constituição de 1934, que assinala

a competência da União para legislar sobre as diretrizes da educação nacional marcou presença na viga mestra da nossa ordenação jurídica, a indicar a necessidade de normas comuns válidas para toda a nação, orientando a organização da educação em todo o país na forma de sistema. Consequentemente, do ponto de vista histórico, a idéia de lei nacional de educação esteve sempre associada à implantação do Sistema Nacional de Educação, como demonstra a experiência da maioria dos países nos últimos dois séculos. SAVIANI, Dermeval. Organização da educação nacional: sistema e conselho nacional de educação, plano e fórum nacional de educação. Campinas, SP: Educação e Sociedade, v. 31, nº. 112, p. 769-787, jul.-set. 2010.

Constatações inquietantes

nº. 2 => 43 anos (1932 – 1889 = 43) depois de instalado o regime republicano “... um balanço ao estado atual da educação pública aponta que dissociadas sempre as reformas econômicas e educacionais, que era indispensável entrelaçar e encadear, dirigindo-as no mesmo sentido, todos os nossos esforços, sem unidade de plano e sem espírito de continuidade, não lograram ainda criar um sistema de organização escolar, à altura das necessidades modernas e das necessidades do país. Tudo fragmentário e desarticulado...” AZEVEDO, Fernando de (Org.). A reconstrução educacional no Brasil: ao povo e ao governo. Manifesto dos pioneiros da educação nova. São Paulo: Nacional, 1932.

Constatações inquietantes nº. 3 => depois de 72 anos (1961-1889 = 72) a partir da instalação do regime republicano (...) Enfim, poder-se-ia afirmar, que a (...) Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nasceu ultrapassada. Mesmo com todos os debates realizados, que poderiam ter modificado substancialmente o sistema educacional brasileiro, prevalecem antigos dilemas educacionais, numa situação, agora agravada pela urgência da solução de problemas criados e aprofundados com o distanciamento que se fazia sentir entre o sistema escolar e as necessidades de desenvolvimento. ROMANELLI, Otaíza de Oliveira. História da educação no Brasil. Petrópolis: Vozez, 1984.

Nesse conjunto de lembranças de base histórica, revive-se e constata-se a vontade e expectativa de se organizar um plano

nacional de educação. O contexto indica a matriz política pela qual sempre são buscadas as operações legais de resguardo institucional no âmbito do ambiente jurídico – como a Constituição (de 1934) e

processos legislativos complementares (incluindo a Lei nº. 174 de 6 de janeiro de 1936). Posteriormente, na LDB de 1961, bem como na

Constituição de 1988 e LDB de 1996.

Um aro, um elo...

Vocês que fazem parte dessa massa

Que passam nos projetos do futuro

É duro tanto ter que caminhar

E dar muito mais do que receber

E ter que demonstrar sua coragem

À margem do que possa parecer

.........................................

Demoram-se na beira da estrada

E passam a contar o que sobrou!

................................................

E entre o meu ir e o do sol...

um aro, um elo.

Zé Ramalho, Admirável Gado Novo + Caetano Veloso, O Estrangeiro

A intenção de estruturar a educação nacional de forma a configurá-la como uma totalidade significativa, face aos desafios de hoje, não é nova entre nós. Planos de Educação, no estágio concreto da realidade, o Brasil tem esses registros: • 1934-1937 => Produto da CF de 1934, com 504 artigos, enfrentou

as críticas desfavoráveis (forte apelo de controle da União, formalismo extremo sob o foco de orientação do currículo escolar, celeuma da obrigatoriedade do estado, desamparo ao ensino fundamental (antigo primário). Preparado pelo CNE da época. Mas foi engavetado pelo Estado Novo em 1937.

• 1962 => advindo da LDB de 1961 => fundamentalmente pôs a

discussão dos recursos e fundos para cada etapa da educação nacional, com descrição de responsabilidades para os Estados e União no exercício operacional dos fundos. Elaborado pelo CFE. Segue-se a ditadura militar, que perdurou de 1964 até 1985.

• 2001 => resultou da CF cidadã de 1988 (art. 214). No seu bojo, há reflexos dos embates entre o projeto originário do Fórum Nacional em Defesa da Escola Pública e o oriundo do poder executivo, sob respaldo do presidente FHC. (Lei nº. 10.172/2001). Caracterizada pela ampla abertura à privatização do ensino

superior, pela desconcentração administrativa, impropriamente denominada de descentralização, pela ênfase ao ensino fundamental em detrimento do restante da educação básica no seu todo, a pouca expressividade das metas relativas à diversidade, descuido da educação de jovens e adultos e, sobremaneira, pela dissociação entre o PNE e os planos setoriais de governo, além dos planos estaduais e municipais. Destaca-se o nível incipiente de financiamento, em torno de 4,3% do PIB. Sublinha-se a obrigação municipal para com seus planos de educação.

• O processo de construção do PNE (2001-2010), fruto direto da “constituição cidadã”, parece reiterar-se um paradigma de PNE, melhor dizendo: um modelo de PNE. Fruto de variados embates ao longo do século XX, erigindo-se um corpo de instrumentos para as políticas públicas educacionais no país.

• No entanto, foi preciso a Emenda Constitucional nº. 59/2009

para: a) Assegurar a duração decenal. b) Articular o sistema nacional de educação (a base é o PNE) c) Estabelecimento de regras de financiamento a partir de um

teto de referência, como proporção do produto interno bruto.

O Plano Nacional de Educação 2014-2024: quais os níveis da vitória da sociedade?

1) O regramento para o financiamento: 7% (no quinto ano) e 10%

(no final do decênio) do PIB e o CAQ. Com isso pondera-se o alcance de metas como a universalização e ampliação do acesso; da qualidade e equidade nos níveis, etapas e modalidades da educação básica; das diretrizes para superação das desigualdades; da valorização dos profissionais e da gestão democrática da educação.

2) IDEB como foco central da avaliação da qualidade (e seu vínculo fundamental com a redução da repetência e abandono).

3) Elaboração dos Planos Decenais dos Estados e dos Municípios. 4) Definição das instâncias responsáveis ao acompanhamento e

avaliação dos PNE, com nítida evidência para os Fóruns. 5) Clareza sobre a necessidade do Sistema Nacional de Educação.

O Plano Nacional de Educação 2014-2024: quais os desafios?

1) A estruturação do SNE, à luz da cultura institucional imanente à história das disputas no ordenamento dos PNE.

2) A estruturação do SNE, à luz da cultura institucional imanente à história do federalismo brasileiro e o alinhamento federativo entre os planos estaduais, municipais e o nacional: a “máquina” do regime de colaboração => rumo ao federalismo cooperativo.

3) A complexidade dos ajustes federativos entre os planos de educação e os demais instrumentos do ciclo orçamentário (PPA, LDO e LOA).

4) A construção do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica, à luz do modelo do ensino superior.

5) A continuidade da existência da SASE. 6) O intrincado jogo da exclusão por dentro do sistema escolar: a

dissimulação entre pensamento pedagógico avançado e os conflitos sobre a defesa do respeito às diferenças.

7) Possível descontinuidade na construção do Sistema Nacional de Educação

AINDA NÃO É O FIM

Escondo o medo e avanço. Devagar.

Ainda não é o fim. É bom andar,

mesmo de pernas bambas

entre os álamos, no vento anoitecido...

Posso seguir andando (...)

entre rosas e pombos e cabelos

que em prazo certo me devolverão

ao sonho que me queima o coração.

Muito perdi, mas amo o que sobrou.

Alguma dor, pungindo cristalina,

alguma estrela, um rosto de campina.

Com o que sobrou, avanço, devagar.

Thiago de Mello

PÁTRIA MINHA

A minha pátria é como se não fosse, é íntima

doçura e vontade de chorar;

Se me perguntarem o que é a minha pátria, direi:

Não sei. De fato, não sei

Como, por que e quando a minha pátria

Mas sei que a minha pátria é a luz, o sal e a água

Que elaboram e liquefazem a minha mágoa

Em longas lágrimas amargas.

Vontade de beijar os olhos de minha pátria

De niná-la, de passar-lhe a mão pelos cabelos...

Vinicius de Moraes

Grupo Etário

Ano

2000 2010 2015 2020 2024 2030

Total 13.519.548 14.768.312 15.203.934 15.522.855 15.706.339 15.863.601

0-4 1.433.980 1.261.213 1.154.241 1.060.893 997.475 913.449

5-9 1.461.758 1.342.161 1.252.326 1.146.361 1.071.129 976.674

10-14 1.517.685 1.373.097 1.318.831 1.231.156 1.147.725 1.037.519

15-19 1.606.882 1.349.507 1.302.216 1.253.619 1.191.685 1.075.541

Fonte: IBGE/Diretoria de Pesquisas. Coordenação de População e Indicadores Sociais. Gerência de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica.

Elaboração: SEI/ DIPEQ/ COPESP.

É chegada a hora da reeducação de alguém ..................................

O certo é saber que o certo é certo .........................................................

E eu, menos estrangeiro no lugar que no momento Sigo mais sozinho caminhando contra o vento

E entendo o centro do que estão dizendo Aquele cara e aquela

....................................................... É um desmascaro,singelo grito.

"O rei está nu" .....................................

E eu vou e amo o azul, o púrpura e o amarelo! E entre o meu ir e o do sol...

um aro, um elo.

Caetano Veloso, O Estrangeiro, 1989.

um aro, um elo... O Brasil se refaz!

Milton Nascimento => morro velho Durmeval Trigueiros => anotações sobre o pensamento educacional

brasileiro Marília Medalha => quem me dera agora tivesse uma viola

Ferreira Gullar => quem me fala em dor diz demais Chico Buarque de Holanda => a gente quer ter voz ativa Elis Regina => olha o arrastão entrando no mar sem fim Thiago de Mello => fica decretado agora vale a verdade

Geraldo Vandré => quem sabe faz a hora, não espera acontecer Glauber Rocha => deus e o diabo na terra do sol

Vinicius de Moraes => casa, cidade, nação!/ Tudo o que existia/ era ele quem o fazia

Gilberto Gil => ainda viro esse mundo em festa, trabalho e pão Florestan Fernandes => por uma sociologia da exclusão

Francisco das Chagas Fernandes => as CONAE de 2010 e de 2014