xvi convenÇÃo de contabilidade do rio grande do … · acesso à credito, o ... 2 a microempresa...

16
XVI CONVENÇÃO DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL 13 a 15 de setembro de 2017 – Gramado-RS ÁREA TEMÁTICA 9 –CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL GAÚCHO: UMA ANÁLISE DESCRITIVA E ESPACIAL DOS EMPREENDEDORES INDIVIDUAIS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL NELTON CARLOS CONTE – CRCRS Nº 59.519 RAFAELA PIETA BASSO

Upload: vudien

Post on 29-Nov-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

XVI CONVENÇÃO DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL 13 a 15 de setembro de 2017 – Gramado-RS

ÁREA TEMÁTICA 9 –CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA

MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL GAÚCHO: UMA ANÁLISE DESCRITIVA E ESPACIAL DOS EMPREENDEDORES INDIVIDUAIS

NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

NELTON CARLOS CONTE – CRCRS Nº 59.519 RAFAELA PIETA BASSO

2

2

MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL GAÚCHO: uma análise descritiva e espacial dos empreendedores individuais no Estado do Rio Grande do Sul

Resumo: O presente artigo teve como objetivo analisar o número de empreendimentos, perfil dos empreendedores, atividades econômicas e a distribuição espacial/territorial dos Microempreendedores Individuais (MEI)Gaúchos. O período de análise é de janeiro de 2009, ano em que a LC 128/2008 entra em vigor, até o mês de setembro de 2016. A metodologia aplicada é de um estudo quanto aos objetivos descritivo; quanto aos procedimentos técnicos, documental; e quanto à abordagem do problema, quantitativo. A base de dados é a disponibilizada pelo Portal do Empreendedor, os quais foram analisados através de planilhas em Excel e pelo software de analises espacial IpeaGEO. O estudo mostrou que no período em análise, foram constituídas 362.504 MEI no estado, sendo que as mesmas estão concentradas nos municípios de maior população, que são aqueles que concentram o PIB Industrial, Comercial e de Serviços no estado Gaúcho. No aspecto regional, a maior concentração de MEI é a região do Corede Metropolitano Delta do Jacuí, e a que possui melhor índice de empreendedorismo é a região do Corede do Litoral. Em relação aos CNAEs, o comércio de vestuário, obras de alvenaria e cabeleireiro e afins foram os que se destacaram como principais atividades econômicas desenvolvidas pelos MEI. Palavras-chave: Microempreendedor individual; Empreendedorismo; Rio Grande do Sul.

1 Introdução

Um dos grandes desafios dos gestores públicos é criar condições para que a atividade empreendedora floresça nos territórios sob sua jurisdição. Se, por um lado, o fomento da atividade empreendedora contribui significativamente para a economia local, na geração de empregos e receitas que resultam em melhor qualidade de vida para a população, por outro lado, as políticas públicas, a legislação e os arranjos institucionais não contribuíam para que os negócios prosperem facilmente. Outro aspecto do empreendedorismo está relaciona às necessidades individuais, que vão da necessidade de gerar renda para sua família ou até mesmo ter a independência do seu próprio negócio. Porém, face a aspectos burocráticos e elevados encargos tributários, muitas pessoas optam por constituir seus negócios na informalmente, atuando por conta própria, gerando um aumento significativo na economia informal do país. No Brasil, em 2008, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existiam mais de 10 milhões de trabalhadores atuando na informalidade.

Os resultados negativos da informalidade são vários, Behling e Lenzi (2016, p.2) destacam: a mesma afeta negativamente o desenvolvimento econômico do país em função da perda de base tributária; ocasiona a deslealdade concorrencial pelo não cumprimento de regras de mercado; e mesmo para o seu executor, a atividade informal não deixa de trazer problemas, dada a exclusão de mercados que requerem a regularização, a dificuldade para acesso à credito, o que limita o crescimento do negócio.

Diante desse panorama, o Governo Federal identificou a necessidade de buscar alternativas para trazer estes trabalhadores para a formalidade. Assim, a figura do Microempreendedor Individual foi criada a partir da Lei Complementar 128/2008, entrando em vigor em 1º de janeiro de 2009, surgindo com o intuito de proporcionar a legalização de pequenos negócios, facilitando o acesso de benefícios previdenciários, bem como estando em conformidade fiscal.

Inicialmente, o limite para o faturamento era de R$ 36.000,00, porém através da Lei Complementar 139/2011 surgiu à proposta de ampliação de atividades que poderiam se enquadrar neste regime, aumentando, assim, o limite de faturamento para R$ 60.000,00 ano.

3

3

Logo, constatou-se uma oportunidade para muitos microempreendedores brasileiros formalizarem seu negócio tornando-o legalizado.

Para Behling e Lenzi (2016) o principal objetivo da lei é incentivar a formalização de empreendedores que, em função dos custos e da burocratização do processo, trabalhavam de forma irregular. Conforme divulgado pelo Portal do Empreendedor (2016), o número de MEI registrados no Brasil superou o montante de empresas abertas nas outras modalidades jurídico/fiscal no primeiro semestre de 2016.

Considerando o alto crescimento de microempreendedores individuais e a consequente preocupação no desenvolvimento de políticas públicas que incentivem a formalização de negócio, a presente pesquisa apresenta o perfil do microempreendedor individual gaúcho. Para tal, utiliza base de dados secundários disponibilizados no Portal do Empreendedor, site criado pelo governo para a realização dos registros empresariais. Assim a pergunta que se pretendeu responder com o desenvolvimento deste trabalho foi: qual o perfil dos microempreendedores individuais do estado do Rio Grande do Sul?

Os objetivos específicos constituem passos importantes na pesquisa para que se possa alcançar o objetivo geral, desta forma, destacam-se os seguintes: avaliar o comportamento do número de MEIs constituídos no estado; elaborar um indicador de avaliação de empreendedorismo para os municípios e regiões dos Coredes do RS; analisar a distribuição espacial/territorial dos MEIs por município e regiões Coredes do estado; e, avaliar os principais segmentos de atuação, por CNAE.

2 A microempresa e o microempreendedor individual no Brasil

O papel das Micro e Pequenas Empresas (MPE) como fator estratégico de desenvolvimento local já foi absorvido pela experiência internacional, de acordo com Fernandes (2009), e aponta para a necessidade da utilização do poder de compra pelo poder público municipal, como forma de incentivar o crescimento econômico regional, garantir estabilidade de demandas para o setor produtivo e fortalecer a longevidade das MPE.

Como exemplos, Fernandes (2009), cita o Japão que criou a Agência da Pequena Empresa, precisamente durante a reconstrução do país, após a Segunda Guerra Mundial, que tinha como objetivos desenvolver a economia local e nacional, impedir a formação de grandes concentrações de poder econômico e incluir as pequenas empresas nas compras governamentais.

Na União Europeia, o Livro Verde das Compras Públicas da União europeia, publicado em 1996 pela Comissão Europeia, já trazia um capítulo especial dedicado às MPE, descrevendo suas dificuldades em participar de licitações publicações e sugerindo ações a serem desenvolvidas para o incentivo à participação das MPE nas compras públicas. Em 2004, de acordo com o autor, foi aprovado um novo pacote de diretrizes comunitárias com previsão específica, que impunha aos Estados-membro a adoção de disposições nas compras públicas, com o objetivo de aumentar a participação das MPE. (FERNANDES, 2009).

No Brasil, a legislação que iniciou a caracterização das empresas de menor porte foi a Lei nº 7.256, de 27 de novembro de 1984, que criou o Estatuto da Microempresa e assegurou para as mesmas o “tratamento diferenciado, simplificado e favorecido, no campo administrativo, tributário, previdenciário, trabalhista, creditício e de desenvolvimento empresarial.

Em 1988, a Constituição Federal estabeleceu um tratamento diferenciado para as Microempresas em seu artigo nº 179, transcrito a seguir:

Art. 179. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às microempresas e às empresas de pequeno porte, assim definidas em lei, tratamento

4

4

jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio de lei. (BRASIL, 1988).

Em de 28 de março de 1994 foi sancionada a Lei nº 8.864, que mudou a acepção de

microempresa e inclui a figura da empresa de pequeno porte, conforme previsto na Constituição Federal anos antes. Porém, essa lei não foi regulamentada por falta de apoio, o que limitou sua efetivação.

No ano de 1996 foi sancionada a Lei nº 9.317, a qual revogou alguns artigos de leis anteriores e instituiu a Lei do Simples. Esta foi uma das maiores conquistas das micro e pequenas empresas brasileiras.

Um novo Estatuto da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte foi instituído pela Lei nº 9.841/1999. Esta revogou por completo as Leis nº 7.256/1984 e 8.864/1994 e expandiu o número de empresas que poderiam ser enquadradas como Micro e Pequenas Empresas (MPEs), conforme previsto na Lei nº 9.317/96.

Através da Lei Complementar nº 123 de 14 de dezembro de 2006 (LC 123/2006), a Lei do Simples foi completamente revogada, onde surge um novo Estatuto da Microempresa (ME) e da Empresa de Pequeno Porte (EPP), sendo também conhecida como Lei Geral da ME e EPP.

Criada em conjunto pela União, Estados e Municípios, a nova regulamentação possibilitou uma série de facilidades no meio tributário e dos negócios, estabelecendo a diminuição da burocracia empresarial, redução da carga tributária e o apoio ao pequeno negócio. Uma das principais novidades para as microempresas foi a criação do Simples Nacional.

No ano de 2009, com a edição da Lei Complementar 128/2008 surge à figura do microempreendedor individual, como forma de incentivo para a regularização de milhões de pessoas em situação de informalidade no país, exercendo um trabalho autônomo.

O Portal do empreendedor (2016), conceitua microempreendedor individual como sendo “a pessoa que trabalha por conta própria e que se legaliza como pequeno empresário”. Para se tornar um MEI deve-se observar alguns requisitos como ter uma receita bruta anual igual ou inferior a R$ 60.000,00, ter no máximo um empregado contratado que receba um salário mínimo ou piso salarial da categoria, não ter sócios, não ter participação em outra empresa como sócio ou titular e exercer atividade permitida pelo MEI (são aproximadamente 500 atividades permitidas). Com relação a tributação o MEI é um enquadramento previsto no Simples Nacional. Assim, fica isento dos tributos federais, como Imposto de Renda de Pessoa Jurídica, PIS, COFINS, IPI e CSLL. Porém, deve pagar um valor fixo mensal diferenciado para: comércio, indústria ou prestação de serviço. Estes valores são destinados à Previdência Social e ao ICMS ou ao ISS e os valores são atualizados anualmente de acordo com o salário mínimo.

Conforme com art. 18-A, § 3º, inciso V, da LC nº. 128/2008, os impostos devidos pelo MEI se distribuem da seguinte maneira:

Art. 18-A. O Microempreendedor Individual - MEI poderá optar pelo recolhimento dos impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais, independentemente da receita bruta por ele auferida no mês, na forma prevista neste artigo. [...] V – o Microempreendedor Individual recolherá, na forma regulamentada pelo Comitê Gestor, valor fixo mensal correspondente à soma das seguintes parcelas: a) R$ 45,65 (quarenta e cinco reais e sessenta e cinco centavos), a título a contribuição prevista no inciso IV deste parágrafo; b) R$ 1,00 (um real), a título do imposto referido no inciso VII do caput do art. 13 desta Lei Complementar, caso seja contribuinte do ICMS; e

5

5

c) R$ 5,00 (cinco reais), a título do imposto referido no inciso VIII do caput do art. 13 desta Lei Complementar, caso seja contribuinte do ISS.

Com relação aos benefícios dos MEI a LC nº128/2008 destaca-se o acesso aos

benefícios previdenciários. Através da formalização do MEI, o Empreendedor Individual passa a contar com alguns benefícios previdenciários em caso de auxílio doença, aposentadoria por invalidez, aposentadoria por idade, salário maternidade, pensão por morte ou auxílio reclusão, desde que cumprida a carência legal.

3 Procedimentos metodológicos

Este estudo se configura por ser descritivo, que segundo Diehl e Tatim (2004) neste tipo de pesquisa o principal objetivo é descrever características de determinada população, fenômeno ou estabelecer relação entre as variáveis. Quanto à abordagem do problema, classifica-se como quantitativo, pelo uso da quantificação tanto na coleta quanto no tratamento das informações por meio de técnicas estatísticas. E quanto ao procedimento técnico trata-se de uma pesquisa documental, que na definição de Cervo e Bervian (2002), trata de investigar documentos, com o propósito de apresentar usos e costumes, tendências, diferenças e outras características.

A população compreende os Microempreendedores Individuais do estado do Rio Grande do Sul. Para a realização do estudo foi utilizado dados disponibilizados no site do Portal do Empreendedor, o qual possui informações detalhadas e estatísticas de registro dos MEIs desde a vigência da lei. No portal foram coletados os seguintes dados: 1) Número de registros de Microempresários Individuais de janeiro de 2009 a setembro de 2016 no estado do Rio Grande do Sul e no Brasil; 2) gênero e faixa etária dos empreendedores; 3) MEIs conforme o código de Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE).

Na análise dos dados os 497 municípios do Estado do RS foram analisados agrupando-se os mesmos em cinco faixas populacionais, de forma avaliar a distribuição das MEIs conforme porte demográfico dos municípios, e, segregados entre as 28 regiões dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento – COREDEs RS – permitindo uma análise espacial das MEIS no território do Estado. Também foi elaborado um indicador de empreendedorismo que permitiu avaliar os municípios e regiões mais empreendedoras. Para a análise espacial dos dados utilizou-se o software IpeaGEO, versão 2.1.15_06_26, o qual permitiu gerar mapas da distribuição do número de MEIS e do indicador de empreendedorismo por municípios e regiões dos COREDEs RS, no Estado do RS. 4 Apresentação de resultados

O capítulo apresenta e analisa os dados empíricos do estudo. São avaliados o comportamento do número de Microempreendedores constituídos no Estado, além de se analisar aspectos de distribuição espacial/territorial (análise por município e regiões), e sua distribuição por atividade econômica.

6

6

4.1 Análises descritiva e espacial

Inicialmente buscou-se analisar como ocorre a distribuição dos MEI entre os Municípios, estes segregados por faixas populacionais e região dos Coredes do Estado. Na sequência foi elaborado um indicador de empreendedorismo, o qual tem por finalidade avaliar quais municípios e regiões são os mais empreendedores.

No Estado do Rio Grande do Sul, no período de janeiro de 2009 a setembro de 2016, foram constituídas 362.504 MEIs, dos quais 53% são do gênero masculino e 47% do gênero feminino. Na tabela1 é apresentada a participação dos municípios no número de MEI, estes segregados em faixas de população.

Tabela 1 – Distribuição do número de MEIs conforme faixa populacional dos municípios Gaúchos - período 2009 a 2016

Faixas de população

Nº Municípios

Participação % no nº

de Municípios

Participação % s/

população do Estado do

RS

Participação % no nº de MEIs do

Estado do RS

Até 10.000 330 66,0% 12,5% 9,0% De 10.000 a 50.000 124 24,9% 24,6% 24,0% De 50.000 a 100.000

24 4,8% 15,0% 14,9%

De 100.000 a 300.000

15 3,0% 24,4% 26,7%

Acima de 300.000 4 0,8% 23,4% 25,1% 497 100,

00%

100,00% 100,00%

Fonte: Dados primários (2016). Na primeira faixa, na qual estão os municípios com população de até 10.000

habitantes, enquadram-se 330 municípios os quais representam 66% dos municípios do estado, os mesmos detêm 12,53% da população, e sua participação do número de MEIs é 9,05%, ou seja, inferior à sua participação população, e bem inferior a participação no número de municípios.

Nos municípios das faixas intermediárias pode-se verificar uma equivalência na participação dos mesmos na população e no número de MEIs no estado. Já nas últimas faixas de maior população, na qual enquadram-se os municípios com população superior a 100.000 habitantes, percebe-se que a participação no número de MEIs supera a participação dos mesmos na população do estado. Os dados mostram que no estado Gaúcho ocorre uma maior concentração de MEIs nos municípios de maior população, o que pode estar associado a uma maior concentração da população na área urbana nestes municípios, e pela concentração do PIB industrial, comercial e de serviços, que traz maior diversificação econômica, o que somado a um maior percentual de população em idade economicamente ativa favorece o fomento de empreendimentos.

Em outra escala de análise as MEI foram distribuídas por regiões dos Coredes do Estado do Rio Grande do Sul. A tabela 2 apresenta, por região, a participação na população e no número de MEIs.

7

7

Tabela 2 – Participação na população e no número de MEIs por Região dos Coredes RS REGIÃO COREDE POPULAÇÃ

O PARTICIPAÇÃ

O % S/ POPULAÇÃO

Número de MEIs

PARTICIPAÇÃO % nas MEIs DO ESTADO

Alto da Serra do Botucaraí 107.453 0,96% 2.690 0,74% Alto Jacuí 159.778 1,43% 5.527 1,52% Campanha 224.303 2,00% 7.320 2,02% Campos de Cima da Serra 102.661 0,92% 2.681 0,74% Celeiro 144.544 1,29% 3.756 1,04% Central 409.315 3,65% 13.258 3,66% Centro Sul 266.704 2,38% 7.404 2,04% Fronteira Noroeste 209.100 1,87% 6.048 1,67% Fronteira Oeste 543.387 4,85% 17.797 4,91% Hortênsias 134.547 1,20% 4.576 1,26% Jacuí Centro 147.338 1,31% 3.839 1,06% Litoral 320.045 2,86% 14.255 3,93% Médio Alto Uruguai 151.802 1,35% 3.685 1,02% Metropolitano Delta do Jacuí 2.538.228 22,65% 86.708 23,92% Missões 253.354 2,26% 7.931 2,19% Nordeste 132.081 1,18% 3.032 0,84% Noroeste Colonial 174.137 1,55% 6.661 1,84% Norte 228.668 2,04% 7.562 2,09% Paranhana Encosta da Serra 217.804 1,94% 6.790 1,87% Produção 356.773 3,18% 13.312 3,67% Rio da Várzea 134.637 1,20% 3.329 0,92% Serra 925.722 8,26% 31.769 8,76% Sul 877.705 7,83% 27.388 7,56% Vale do Caí 180.404 1,61% 5.624 1,55% Vale do Jaguarí 120.364 1,07% 3.391 0,94% Vale do Rio dos Sinos 1.361.311 12,15% 45.911 12,66% Vale do Rio Pardo 438.555 3,91% 11.510 3,18% Vale do Taquari 346.554 3,09% 8.750 2,41% Fonte: Dados primários (2016).

As regiões que concentram a maior parte da população do estado gaúcho são aquelas que detêm a maior concentração do número de MEI, inclusive com partição superior na proporção das MEI que sobre a população, como é o caso da região Metropolitano Delta do Jacuí que detêm 22,65% da população do estado e 23,92% no número de MEIs. O mesmo ocorre na região Vale do Rio dos Sinos que concentra 12,15% da população e 12,66% dos MEI do estado, e na Região da Serra, com 8,26% e 8,76% respectivamente. As três regiões no conjunto concentram 45,34% dos Microeempreendedores Individuais no Estado.

O inverso ocorre nas regiões de menor população, como é o exemplo da região dos Campos de Cima da Serra, que é a menor região em número de habitantes, a mesma possui 102.661 habitantes, o que representa 0,92% da população do estado, mas detém apenas 0,74% na participação no número de MEI. Somadas às doze regiões de menor população do estado estas têm uma participação de 14,73% no número de MEI, sendo que sua participação na população é de 16,49%, o que indica que além do aspecto demográfico, fatores econômicos, sociais e culturais, podem interferir no perfil empreendedor das regiões.

Uma região destaque é o Corede Litoral, a mesma tem uma população de 320.045 habitantes, o que corresponde a 2,86% da população do estado, mas detém participação bem

8

8

superior no número de MEI, que no período em estudo representou 3,93%. O elevado número de MEI proporcional a sua população pode estar associado às características econômicas da mesma, que por ser uma região turística, muito visitada no veraneio, permite o surgimento de elevado número de empreendimentos, como comércio de vestuário, bares e restaurantes.

Para avaliar o nível de empreendedorismo dos municípios e regiões foi elaborado um indicador de empreendedorismo, o mesmo é obtido pela divisão do número de MEI pela população, permitindo identificar quantas MEI existem para um grupo de 100 habitantes. A tabela 3 apresenta o indicador dos municípios, estes segregados por faixa populacional.

Tabela 3 – Indicador de empreendedorismo dos municípios por faixa de população FAIXA DE

POPULAÇÃO INDICADOR DO NÚMERO DE MEI

Até 10.000 2,34 De 10.000 a 50.000 3,16 De 50.000 a 100.000 3,21 De 100.000 a 300.000 3,55 Acima de 300.000 3,48

Fonte: Dados primários (2016).

Percebe-se na tabela 3, que quanto menor a faixa de população menor o empreendedorismo do município, e conforme aumenta a população o indicador também apresenta crescimento. Nos munícipios com até 10.000 habitantes o indicador é de 2,34, ou seja, a cada 100 habitantes existem em média 2,34 MEI. Na segunda faixa este número passa a ser de 3,16, com leve elevação na terceira faixa para 3,21. Na quarta faixa o indicador apresenta um crescimento mais representativo passando o indicador para 3,55, já na última faixa, dos municípios com mais de 300.000 habitantes, esse indicador apresenta pequena redução mas mantendo-se em patamar elevado com índice de 3,48.

Este comportamento pode ser explicado pelas características sociais e econômicas dos municípios. Nos de menor população a principal atividade econômica é a agrícola, sendo que a maior parte da população reside na área rural, o que reduz opções para atividades empreendedoras. Também contribui para um menor número de MEI o comportamento demográfico, sendo que os municípios de menor população apresentam participação de pessoas idosas e aposentados superior que as de em idade ativa, o que aliado à migração da população jovem para os centros mais populosos, em busca de trabalho em atividades da indústria, do comércio ou de serviços, contribui para redução do número de empreendedores.

O mapa 1 mostra a distribuição das MEI entre os municípios gaúchos, com respectivos indicadores de empreendedorismo. Percebe-se a maior participação de MEI nos Municípios localizados na região do Litoral e nos considerados como referências regionais, que são os que concentram serviços públicos, estabelecimentos de ensino superior e hospitais regionais, concentrando assim a maior população das regiões.

9

9

Mapa 1 – indicador de empreendedorismo por município do Estado do Rio Grande do Sul

Fonte: Elaborado pelo autor através do software IpeaGEO, versão 2.1.15_06_26.

Na mesma linha de análise foi elaborado o indicador de empreendedorismo por região dos Coredes RS. Como se pode observar no mapa 2 a região do Corede Litoral é a que apresenta melhor indicador de empreendedorismo, com índice de 4,45, a única a atingir pontuação superior a 4,0. Com pontuação intermediária (cor azul) destacam-se às regiões Metropolita, Rio dos Sinos, Serra e Hortência. Já as regiões com pior indicador estão localizadas na parte norte do estado, como o caso das Regiões Nordeste e Médio Alto Uruguai, com indicador de 2,30 e 2,41 respectivamente.

Mapa 2 – indicador de empreendedorismo por região

no Estado do Rio Grande do Sul

Fonte: Elaborado pelo autor através do software IpeaGEO2.1.15_06_26 (2016).

Também buscou-se apontar os 20 municípios maior número de MEIs em proporção a população (tabela 4) e os 20 municípios com menor número de MEIS (tabela 5) do estado.

10

10

Pela tabela 4 pode-se observar que os municípios com melhor indicador estão concentrados na região do Litoral.

Arambaré, município localizado na região Centro Sul, é considerado o município mais empreendedor do estado Gaúcho, com uma população de 3.769 habitantes, com indicador de 9,21, pode ser considerado exceção aos da região litorânea.

Tabela 4 – Os 20 municípios com maior número de MEIs em proporção a população do estado Gaúcho

MUNICÍPIO REGIÃO POPULAÇÃO MEIs INDICADOR DE MEIs

Arambaré Centro Sul 3.769 347 9,21 Arroio do Sal Litoral 8.641 703 8,14 Entre Rios do Sul Norte 3.088 244 7,90 Chuí Sul 6.320 462 7,31 Cidreira Litoral 14.079 967 6,87 Santa Bárbara do Sul Alto Jacuí 8.847 519 5,87 Capão da Canoa Litoral 46.467 2.639 5,68 Balneário Pinhal Litoral 12.106 685 5,66 Capivari do Sul Litoral 4.227 237 5,61 Dom Pedrito Campanha 39.920 2.212 5,54 Manoel Viana Fronteira Oeste 7.347 390 5,31 Jaguarão Sul 28.393 1.497 5,27 Palmares do Sul Litoral 11.393 600 5,27 Xangri-lá Litoral 13.951 698 5,00 Imbé Litoral 19.676 952 4,84 Torres Litoral 36.859 1.780 4,83 Pejuçara Noroeste Colonial 4.062 193 4,75 Pantano Grande Vale do Rio Pardo 9.979 465 4,66 Jaquirana Hortênsias 4.167 194 4,66 Tapes Centro Sul 17.315 800 4,62

Fonte: Dados primários (2016).

Complementando a análise a tabela 5 apresenta os 20 municípios menos empreendedores no estado do Rio Grande do Sul. Coronel Pilar é o município que está no topo desta lista, localizado na região da Serra, apresenta uma população de 1.747, e apenas 3 MEIs constituídas no período de 2009 a 2016, com índice de empreendedorismo de 0,17.

Os municípios menos empreendedores do estado tem indicador de empreendedorismo inferior a 1,0, os mesmos têm como característica população inferior a 10.000 habitantes, o que reforça as conclusões das análises anteriores.

No aspecto regional, entre os 20 municípios com pior indicador de empreendedorismo percebe-se uma distribuição mais homogênea. A região da Serra e a região Norte são as que apresentam o maior número de municípios entre os menos empreendedores, no caso dos municípios da Serra o mesmo pode ser justificado pelo aspecto demográfico, no qual todos tem população inferior a 2 mil habitantes, e na região Norte pelo aspecto econômico e demográfico, sendo municípios com perfil agrícola familiar. Cabe destaque para as regiões Litoral, Metropolitana Delta do Jacuí e Vale do Rio dos Sinos que não enquadram nenhum município na lista dos menos empreendedores.

11

11

Tabela 5 – Os 20 com menor número de MEIs em proporção a população do estado Gaúcho

MUNICÍPIO REGIÃO POPULAÇÃO MEIS INDICADOR DE MEI

Coronel Pilar Serra 1.747 3 0,17 Arroio do Padre Sul 2.871 18 0,63 Cruzaltense Norte 2.115 14 0,66 União da Serra Serra 1.434 10 0,70 Sete de Setembro Missões 2.142 15 0,70 Charrua Norte 3.518 26 0,74 Ubiretama Missões 2.283 17 0,74 Chuvisca Centro Sul 5.233 39 0,75 Benjamin Constant do Sul Norte 2.284 18 0,79 Forquetinha Vale do Taquari 2.532 20 0,79 Vista Alegre Médio Alto Uruguai 2.893 23 0,80 Barão do Triunfo Centro Sul 7.360 59 0,80 Guabiju Serra 1.618 13 0,80 Monte Alegre dos Campos Campos de Cima da Serra 3.229 26 0,81 Itapuca Alto da Serra do Botucaraí 2.341 19 0,81 Tupanci do Sul Nordeste 1.591 13 0,82 Entre-Ijuís Missões 9.068 76 0,84 Sinimbu Vale do Rio Pardo 10.395 93 0,89 Nova Ramada Noroeste Colonial 2.453 22 0,90 Passa Sete Vale do Rio Pardo 5.457 49 0,90 Fonte: Dados primários (2016).

Após realizada a análise espacial e do indicador de empreendedorismo estre os municípios e regiões dos Coredes, na próxima seção busca-se analisar a distribuição das atividades econômicas por código de Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) nas diferentes regiões dos Coredes RS.

4.2 Principais atividades econômicas desenvolvidas pelos MEIs A compreensão que os municípios e regiões pertencentes a um determinado espaço territorial possuem características sociais, econômicas e culturais heterogêneas encaminham para um estudo de como as diferentes atividades empreendedoras são realizadas nos diferentes espaços.

Esta seção busca analisar quais as principais atividades econômicas realizadas pelos MEI nas diferentes regiões dos Coredes RS. Para sua elaboração foi utilizado a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), elaborada pelo IBGE. Pela tabela 6 observa-se uma concentração dos MEI em cinco tipos de atividades que somadas perfazem 30,92% do total de registros realizados, sendo: comércio varejista de vestuário, atividades ligadas à construção civil, atividades ligadas à beleza (cabeleireiro, manicure e pedicure), instalação e manutenção elétrica e serviços de pintura, conforme apresentado na tabela. O restante das atividades representa 58,86%, estas individualmente não atingem número de constituições suficiente para se destacarem entre as 10 primeiras.

12

12

Tabela 6 – As dez principais atividades entre os MEI Gaúchos CNAE DESCRIÇÃO DO CNAE Registros %

4781400 Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios 36.910 10,18 4399103 Obras de alvenaria 28.615 7,89 9602501 Cabeleireiros, manicure e pedicure 25.899 7,14 4321500 Instalação e manutenção elétrica 10.611 2,93 4330404 Serviços de pintura de edifícios em geral 10.095 2,78 9602502 Atividades de estética e outros serviços de cuidado com a beleza 9.687 2,67 5611203 Lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares 7.736 2,13 5611202 Bares e outros estabelecimentos especializados em servir bebidas 7.463 2,06 4712100 Minimercados, mercearias e armazéns 6.078 1,68 5612100 Serviços ambulantes de alimentação 6.071 1,67

... Outros 213.339 58,86 362.504 100,00

Fonte: Dados primários (2016). Quando comparado as 10 principais atividades no estado do Rio Grande do Sul com as

principais no Brasil, percebe-se uma similaridade entre o cenário gaúcho e nacional, na qual praticamente todas as atividades que contam entre as 10 primeiras no estado do Rio Grande do Sul também estão entre as 10 atividades com maior representatividade entre as MEIs no Brasil, com exceção para os serviços de pintura de edifícios em geral, que não aparece na lista no RS. Também buscou-se analisar as atividades com maior participação por gênero. No quadro 1 são listadas as dez atividades econômicas mais comuns entre homens e mulheres no Rio Grande do Sul.

Quadro 1 – Dez atividades mais comuns entre os MEIs do Rio Grande do Sul por gênero

Posição MASCULINO FEMININO 1 Obras de alvenaria Comércio varejista de artigos do vestuário e

acessórios 2 Instalação e manutenção elétrica Cabeleireiro, manicure e pedicure 3 Serviços de pintura de edifícios em geral Outras atividades de tratamento de beleza 4 Comércio varejista de artigos do

vestuário e acessórios Fornecimento de alimentos preparados para consumo domiciliar

5 Serviços de manutenção e reparação mecânica de veículos automotores

Lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares

6 Cabeleireiros, manicure e pedicure Minimercados, mercearias e armazéns 7 Bares e outros estabelecimentos

especializados em servir bebidas Bares e outros estabelecimentos especializados em servir bebidas

8 Reparação e manutenção de computadores e de equipamentos periféricos

Confecção, sob medida, de peças do vestuário, exceto roupas íntimas

9 Serviços de lavagem, lubrificação e polimento de veículos automotores

Fabricação de produtos diversos não especificados anteriormente

10 Promoção de vendas Comércio varejista de cosméticos, perfumaria e de higiene pessoal

Fonte: Dados primários (2016).

Percebe-se uma clara distinção entre as atividades exercidas por homens e mulheres, das quais apenas três são encontradas em ambos os sexos. Entre os microempreendedores masculinos aparecem como principal atividade as de obras de alvenaria, instalação e manutenção elétrica, serviço de pinturas, atividades de manutenção, reparação, lavagem e

13

13

lubrificação de veículos e a manutenção de computadores. Já entre as mulheres observa-se uma preponderância de MEI nas atividades de confecção, no comércio varejista em geral, em atividades de beleza e o fornecimento de alimentos.

Em uma análise em escala regional das principais atividades econômicas dos MEI, a atividade obras de alvenaria aparece como principal atividade em 14 regiões, que são aquelas com perfil agrícola preponderante e com menor população. Já as regiões em que o comércio de vestuário consta como principal atividade das MEI tem como característica ser mais populosas e possuir bases econômicas diversificadas. Para facilitar a visualização, no âmbito espacial no território do estado do Rio Grande do Sul, foi elaborado o mapa 3 que mostra as atividades que estão em primeiro lugar na constituição de MEI por região.

Mapa 3 – atividades que estão em primeiro lugar na constituição de MEIs, por regiões dos Coredes - RS

Fonte: Elaborado pelo autor através do software IpeaGEO2.1.15_06_26 (2016).

Como segunda atividade econômica principal das MEIs, aparece novamente o

comércio de vestuário, que é apontada em mais 14 regiões, o que pode indicar que esta tem servido de alternativa para os empreendedores em todas as regiões.

Também surge novamente como atividade importante, em outras nove regiões, a atividade de obras de alvenaria. Como alternativa começa a despontar a atividade de cabeleireiro, manicure e pedicure, que aparece em segundo lugar em cinco regiões do estado, o que é mostrado no mapa 4.

14

14

Mapa 4 – As atividades que estão em segundo lugar na

constituição de MEIs, por regiões dos Coredes - RS

Fonte: Elaborado pelo autor através do software IpeaGEO2.1.15_06_26 (2016).

E em terceiro lugar, a atividade que mais é registrada nas MEIs é a de cabeleireiro, manicure e pedicure, que aparece como a atividade mais requisitada em 23 regiões. O mapa 5 apresenta as atividades que estão em terceiro lugar na formalização de MEIs por região dos Coredes no RS.

Mapa 5 – As atividades que estão em terceiro lugar na constituição de MEI

nas regiões dos Coredes RS

Fonte: Elaborado pelo autor através do software IpeaGEO2.1.15_06_26 (2016).

Em resumo, percebe-se que três atividades são as principais entre as MEIs registradas entre os MEI gaúchos, as análises permitem indicar um perfil econômico, espacial e demográfico dos microempreendores do estado.

15

15

5 Considerações finais

Através da Lei Complementar 128/2008 foi instituído no ordenamento jurídico/fiscal/contábil a figura do Microempreendedor Individual, com a finalidade de incentivar a legalização de pequenos negócios, que em função do custo e da burocratização, até então trabalhavam na informalidade. Assim, a proposta deste trabalho teve como objetivo principal identificar o perfil dos Microempreendedores Individuais do estado do Rio Grande do Sul, tendo por período de análise os anos de 2009 a 2016.

Entre os Municípios, quando segredados em faixas populacionais, é possível identificar uma maior concentração de MEIs nos municípios de maior população. Entre as regiões destacam-se as do Corede Litoral e do Corede Metropolitano Delta do Jacuí, sendo que na primeira o elevado número de MEIs pode estar associado às características econômicas, por ser região de turismo; e na segunda por concentrar grande número de habitantes, o que pode fomentar a diversificação de atividades. Já nas regiões que tem a menor participação no número de MEIs são as que têm na atividade agrícola sua principal atividade econômica.

Para avaliar o índice de empreendedorismo, foi desenvolvido um indicador, o mesmo revelou que conforme aumenta à população dos municípios, este indicador cresce o que revela que o número de MEI está associado à população dos municípios. Na distribuição espacial os mapas mostram que os municípios mais empreendedores estão localizados na região do Litoral ou nos municípios que podem ser considerados como referências regionais, ou seja, aqueles que concentram os principais serviços públicos, estabelecimentos de ensino e de saúde, e consequentemente maior população. Entre os municípios menos empreendedores estão os de menor população, Coronel Pilar e União da Serra, que possuem população inferior a 2 mil habitantes e como Arroio do Padre e Cruzaltense, que tem na agricultura sua principal atividade econômica.

Com relação às principais atividades econômicas exercidas pelos MEI no estado do RS foram identificadas três atividades, através da análise por CNAE. Como principal atividade aparecem a de comércio de vestuário e obras de alvenaria, complementadas pela atividade de cabeleireiro, manicure e pedicure. Uma análise das atividades exercidas por gênero revela uma diferença significativa entre as dez principais atividades exercidas por MEIs do sexo masculino e do sexo feminino.

Este estudo inovou por trazer para compreensão do empreendedorismo, no caso dos MEI, uma análise demográfica e espacial/territorial, o que pode subsidiar futuras pesquisas sobre o tema. Referências BAGGIO, Adelar F; BAGGIO, Daniel K. Empreendedorismo: Conceitos e Definições. Disponível em http://ser.imed.edu.br/index.php/revistasi/article/view/612. Acesso em 11 de Maio de 2016.

BEHLIN, Gustavo; LENZI, Fernando C. A relação entre competências empreendedoras e comportamento estratégico: um estudo com microempreendedores Individuais (MEI). In: ENCONTRO DE ESTUDOS SOBRE EMPREENDEDORISMO E GESTAO DE

PEQUENAS EMPRESAS, 16 a 18 mar. 2016, Passo Fundo. Artigo Cientifico...

Passo Fundo: EGEPE, 2016, p.1-17.

BRASIL. Lei Complementar nº. 123 de 14 de dezembro de 2006. Institui o Estatuto Nacional da Microempresa e Empresa de Pequeno Porte; altera dispositivos das Leis nºs. 8.212 e 8.213, ambas de 24 de Julho de 1991, da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto- Lei nº. 5.452, de 1º de maio de 1943, da Lei nº. 10.189, de 14 de fevereiro de 2001, da Lei Complementar nº. 63, de 11 de janeiro de 1990; e revoga as Leis nº.s 9.317, de 5 de Dezembro de 1996, e 9.841, de outubro de 1999. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil 03/leis/LCP/Lcp123.htm>. Acesso em 25 de maio 2016.

16

16

______.Lei Complementar nº. 128 de 19 de dezembro de 2008. Altera a Lei Complementar nº. 123, de 14 de dezembro de 2006. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil 03/leis/LCP/Lcp128.htm>. Acesso em: 20 de maio 2016.

CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino.Metodologia Cientifica, 5º ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2002.

DIEHL, Astor Antônio; TATIM, Denise Carvalho. Pesquisa em Ciências Sociais aplicada: métodos e técnicas. São Paulo: Prentice Hall, 2004.

DORNELAS, Jose C. A. Empreendedorismo: Transformando Ideias em Negócios.3.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.

FERNANDES, Jorge Ulisses Jacoby. O Município contratando com a micro e pequena empresa: o estatuto da micro e

pequena empresa fomentando a economia dos municípios. Brasília: SEBRAE, 2009.

PÊGAS, Paulo Henrique. Manual da Contabilidade Tributária. 6 ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos Editora, 2011.

PEQUENAS EMPRESAS GRANDES NEGÓCIOS. Disponível em: <http://revistapegn.globo.com/Noticias/noticia/2014/07/principais-caracteristicas-de-um-empreendedor-de-sucesso.html>. Acesso em: 01 de maio 2016.

PORTAL DO MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL. Disponível em: <http://www.portaldoempreendedor.gov.br/mei-microempreendedor-individual>. Acesso em: 26 de maio 2016.

SEBRAE. Empreendedor individual. Disponível em:

<http://www.sebrae-rs.com.br/index.php/empreendedor-individual-ei>. Acesso em: 30 de abr. 2016.

______. Cartilha do Microempreendedor Individual. RS: SEBRAE, 2014. Disponível em: <https://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/UFs/RJ/Menu%20Institucional/Cartilha%20MEI%20jan2014.pdf>. Acesso em: 30 de abr. 2016.

______. Lei geral das micro e pequenas empresas. Brasília: Abril, 2007. Disponível em:

<http://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/implementacao_da_lei_geral_manual.pdf>. Acesso em: 30 de abr. 2016.