x conferência intergovernamental da ricotec protecção jurídica: momento actual e protecção...
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X Conferência Intergovernamental
da RICOTEC “Protecção jurídica:
Momento actual e protecção futura”
Alexandra Pimenta
Directora INR, I.P.Portugal
Asunción Paraguay, 2010
O INR, I.PO Instituto Nacional para a Reabilitaçao/ INR, I.P./ é um instituto público
integrado no Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, sob tutela
da Secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação e dotado de autonomia
administrativa e património próprio.
A sua missão consiste em assegurar o planeamento, execução e
coordenação das políticas nacionais destinadas a promover os direitos das
pessoas com deficiência.
A garantia de igualdade de oportunidades, o combate à discriminação, a
acessibilidade e a valorização das pessoas com deficiência, numa
perspectiva de promoção dos seus direitos fundamentais, são os
princípios que norteiam a sua actuação.
O INR; I.P.
Atribuições:
• Assegurar a transversalidade da política da deficiência nas iniciativas e
políticas sectoriais entre as diversas entidades públicas e privadas;
• Propor medidas legislativas e emitir pareceres sobre iniciativas legislativas e
políticas;
• Promover e patrocinar campanhas de informação e sensibilização;
•Promover e incentivar o desenvolvimento da investigação científica e
tecnológica;
• Dinamizar acções de formação em reabilitação;
O INR, I.P.
• Propor medidas e promover o desenvolvimento de relações de cooperação aos níveis comunitário, europeu e internacional;
•Financiar e dinamizar o diálogo social e a cooperação com as organizações não governamentais (ONG) da sociedade civil;
• Promover e manter actualizado o registo das ONG;
• Organismo nacional de coordenação da Convenção (ONU) sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência
Nota - Em Portugal, e não obstante a existência do Instituto Nacional para a Reabilitação, I.P., que, a nível nacional procede ao planeamento, execução e coordenação das políticas nacionais de promoção dos direitos das pessoas com deficiência, essas mesmas políticas caracterizam-se por serem transversais e interdepartamentais.
:: No domínio dos direitos, liberdades e garantias, a Constituição da
República Portuguesa consagra desde 1976, no artigo 71.º, o direito das
pessoas com deficiência à plena participação na vida social e à igualdade
de direitos e deveres com os demais cidadãos, sem quaisquer limites que
não sejam os decorrentes da natureza e extensão da deficiência.
:: A Lei nº 38/2004, 18 de Agosto, define as bases gerais do regime
jurídico da prevenção, habilitação, reabilitação e participação das
pessoas com deficiência. Esta lei adapta o conceito de pessoa com
deficiência à CIF (OMS 2001) e define os princípios desta política
( Princípio da singularidade, não discriminação, cidadania, autonomia,
participação).
Portugal – Protecção Jurídica
:: A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência – assinada
em 2006 e ratificada, bem como o seu Protocolo Opcional em 30 de Julho de
2009.
A Convenção influenciou várias iniciativas legislativas e políticas antes da
sua entrada em vigor em Portugal: Lei que proíbe a discriminação, Plano de
acção para a integração das pessoas com deficiência ou incapacidade,
regime da acessibilidade, financiamento das ONG que defendem e prestam
serviços às pessoas com deficiência, normas de qualidade dos serviços
sociais, obrigatoriedade de todos os websites das entidades públicas serem
acessíveis, planos municipais de acessibilidade/praias acessíveis, orgânica
do Instituto Nacional para a Reabilitação.
Portugal – Protecção Jurídica
:: A Lei nº 46/2006, de 28 de Agosto, tem por objecto prevenir e proibir a
discriminação directa e indirecta, bem como sancionar a prática, recusa
ou condicionamento do exercício de quaisquer direitos das pessoas com
deficiência ou pessoas com risco agravado de saúde.
A lei reconhece o direito subjectivo de não ser discriminado, proíbe e sanciona as
práticas discriminatórias, designadamente no acesso à habitação, à saúde, ao
transportes, à educação, às novas tecnologias, à utilização e divulgação da língua
gestual portuguesa, e no trabalho e emprego.
As ONGPD podem apresentar queixas sobre práticas discriminatórias ao INR, I.P. e
às entidades oficiais com competências de inspecção.
Portugal – Protecção Jurídica
O Decreto-Lei n.º 163/2006, de 8 de Agosto, tem por
objecto a definição das condições de acessibilidade no
meio público, nos edifícios públicos e nas habitações
privadas
Define normas técnicas que devem ser cumpridas pelas
entidades públicas e privadas de construção.
As entidades e agentes públicos que não cumprirem a
lei devem pagar coimas/multas.
As ONGPD podem pedir informações sobre os
processos de construção e apresentar queixas sobre o
incumprimento desta legislação.
Portugal – Protecção Jurídica
:: Plano Nacional de Promoção da Acessibilidade (2007-
2015) - procede à ordenação e sistematização de um
conjunto de medidas, visando a construção de uma rede
global, coerente e homogénea em matéria de
acessibilidades nos transportes, na habitação, na
informação e comunicação (85% dos websites públicos
são acessíveis) .
O objectivo deste Plano é eliminar barreiras e garantir a
mobilidade e participação de todas as pessoas.
Portugal – Protecção Jurídica
:: Panos de acção plurianuais
:: I Plano de Acção para a Integração das Pessoas com
Deficiência ou Incapacidade (2006-2009)
Objectivos:
• Promoção dos direitos humanos e do exercício da cidadania;
• Integração das questões da deficiência e da incapacidade nas
políticas sectoriais;
• Acessibilidade a serviços, equipamentos e produtos;
• Qualificação, formação e emprego das pessoas com
deficiências ou incapacidade
•Qualificação dos recursos humanos/formação dos profissionais
e conhecimento estratégico.
Portugal – Protecção Jurídica
:: Panos de acção plurianuais
Resultados finais: Monitorização semestral pelo INR, I.P.; Relatórios anuais. Do total de 99 medidas definidas, 58 foram concretizadas, 23 ficaram em execução e apenas 18 foram adiadas.
Portugal – Protecção Jurídica
:: Estratégia Nacional para a Deficiência (ENDEF 2010-2013)
Uma estratégia para todos e com todos ( em fase de consulta pública)
5 Eixos Estratégicos:
• Deficiência e multidiscriminação
• Justiça e exercício de direitos
• Autonomia e Qualidade de Vida
• Acessibilidades e Design para Todos
• Modernização Administrativa e Sistema de Informação
Melhorar as práticas;Capacitação das pessoas para o conhecimento e exercício dos
direitos;Informar sobre os direitos fundamentais: famílias, comunidade
médica e educativa, parceiros sociais, advogados e magistrados;Rever o regime jurídico da incapacidade jurídica do Código CivilCriar serviços de apoio ao exercício da vontade e liberdade
individual;Implementar sistemas sustentáveis de ajudas técnicas/produtos de
apoio adequados à promoção da autonomia Divulgar o impacto da promoção dos direitos humanos das
pessoas com deficiência ou incapacidade no crescimento e
competitividade económica, coesão social e qualidade ambiental
( desenvolvimento sustentávelReforçar a cooperação internacional e partilhar práticas: sistemas
de recolha de informação estatística, investigação científica,
sistemas de vida em comunidade, políticas locais inclusivas
O respeito pelos direitos humanos das pessoas com
deficiência ou incapacidade é um instrumento de qualificação
das políticas públicas para todos os cidadãos e para o
desenvolvimento sustentável das nossas sociedades.
Estudos recentes realizados pelo INR, I.P.
•Impacto da deficiência nas mulheres;•Desinstitucionalização de crianças com deficiência;
•UMA CASA PARA VIDA
•GUIA para a criação de Websites Acessíveis
•Grelha de avaliação de equipamentos turísticos acessíveis
•Recolha de dados sobre a deficiência nas fontes estatísticas da
Administração Pública
CONCLUSÃO
www.inr.ptMuito Obrigado!Muchas Gracias!Alexandra Pimenta