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WXS-8R--Í404 RECONSTRUÇÃO DE IMAGEM EM TOMOCRAFIA COMPUTADORIZADA USANDO O MÉTODO DE CONVOLUÇÃO Ana Maria d* Oliveira Rebelo TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇÃO DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM CIÊNCIAS (M. Sc.) EM ENGENHARIA NUCLEAR Aprovada por: Pròi.JJohn/Douglas Rogers ^^(PreWr/cnte) Prcf* Wilms, dor Santos Bfstvs RIO DE JANtlRO, RJ - BRASIL MARÇO OE 1984

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W X S - 8 R - - Í 4 0 4

RECONSTRUÇÃO DE IMAGEM EM TOMOCRAFIA COMPUTADORIZADA

USANDO O MÉTODO DE CONVOLUÇÃO

Ana Maria d* Oliveira Rebelo

TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇÃO DOS PROGRAMAS DE

PÓS-GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE

JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO

GRAU DE MESTRE EM CIÊNCIAS (M. Sc.) EM ENGENHARIA NUCLEAR

Aprovada por:

Pròi.JJohn/Douglas Rogers ^^(PreWr/cnte)

Prcf* Wilms, dor Santos Bfstvs

RIO DE JANtlRO, RJ - BRASIL

MARÇO OE 1984

ii

REBELO, ANA MARIA DE OLIVEIRA

Reconstrução de Imagem em Tomografia Computadorizada

Usando o Método de Convoluçao (Rio de Janeiro) 1984.

XI, 89 p. 29,7 cm (COPPE/UFRJ, M. S c , Engenharia

Nuclear, 1984)

Tese - Universidade Federal do Rio de Janeiro, COPPE

1. Reconstrução de Imagens I. COPPE/UFRJ II. Título

(série)

ill

A meus pais

Josefino e Laurinda

A minhas irmãs

Maria de Fátima, Maria Lucia e

Maria Olivia

iv

AGRADECIMENTOS

Ao professor JOHN DOUGLAS ROGERS pela orientação, su

gestões e pelo interesse com que sempre acompanhou este trabalho.

A CESAR ANTONIO CAGOIANO SANTOS, pela ajuda na solu­

ção de problemas surgidos durante o trabalho e pelo interesse.

A RICARDO TADEU LOPES pela elaboração gr'fica das fi

gures apresentadas neste trabalho.

A todos cs professores e funcionário!, uo Prjgrama de

Engenharia Nuclear.

Aos Cologas do Núcleo de Computação Eletrônica pelo

apoio e ajuda durance este trabalho.

r

A todos os amigos que encontrei e que af>ra fazem par

te da minha vida, por tuoo que me ensinaram. A esi;<?s amigos, não

cito nomes para não esquecer, muito obrigada.

A Prof* VILM* DOS SANTOS BASTOS e Prof. JOSÉ CARLOS

H0R0E5 peia participação oa banca examinadora desta tese.

A COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR pelo ftpOiO fl

V

naneelro prestado.

À TEREZA pela datilografia deste trabalho, paciência

e interesse COM que seapre ae tratou.

A Minha faallia e amigos pelo apoio e carinho dados

durante todo este trabalho.

À ainha sobrinha OLÍVIA por todo o carinho.

vi

Resumo da tese apresentada i COPPE/UFRJ, como parte dos requisi­

tos necessários para a obtenção do grau de Mestre em Ciências

(M. Sc.)

RECONSTRUÇÃO DE IMAGEM EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

USANDO 0 MÉTODO DE CONVOLUÇXO

Ana Maria de Oliveira Rebelo

Março de 1984

Orientador: John Douglas Rogers

Program de Engenharia Nuclear

Neste trabalho montou-se um algoritmo, utilizando-se

o modelo analítico de convolução ou retroprojeção filtrada para

a reconstrução de imagens bidimensionais ou tridimensionais em

tomografia computadorizada aplicada a testes não-destrutivos e à

área médica. 'Este modelo matemático parte do modelo analítico da

Transformada de Fourier para reconstrução de imagens/

Este modelo consiste rum sistema descontínuo formado

por um arranjo N x N células (pixels). A atenuação no objeto de

um feixe colimado de radiação gama foi determinada para várias

posições e ângulos de incidência (projeções) em termos da intera

çao do .feixe com os pixels interceptados. A contribuição de cada

pixel na atenuação do feixe foi determinada pela função peso W, .,

usada apenas para testes simulados.

Foram realizados testes simulados em objetos padrão

com coeficiente de atenuação v na faixa de 0,2 a 0,7 cm" , usan­

do arranjos de pixel de até 25 x 25. Também foi simulada uma apli,

cação na área médica, dos ossos do ante-braço, com coeficiente de at£

nuação na região de 0,2 a 0,5 cm" e com um arranjo de pixels de

41 x 41.

vil

Os resultados simulados indica» que para objetos eon

ua núaero grande de interfaces e grandes variações dos coeficien

tes de atenuação nessas interfaces, U M boa reconstrução é obti­

da coa um núaero de projeções igual à diaensão da aatris de re­

construção (arranjo de células). Caso contrário, obtea-seuaaboa

reconstrução coa poucas projeções.

viil

Abstract of thesis presented to COPPE/UFRJ as partial fulfllinent

of the requirements for the degree of Master of Science (M. Sc.)

IMAGE RECONSTRUCTION IN COMPUTERIZED TOMOGRAPHY

USING THE CONVOLUTION METHOD

Ana Maria de Oliveira Rebelo

March 1984

Chairman: John Douglas Rogers

Nuclear Engineering Program

In the presente work an algorithm was derived, using

the analytical convolution method (filtered back-projection) for

two-dimensional or three-dimensional image reconstruction in com

puterized tomography applied to non-destructive testing and to

the medical use. This mathematical model is based on the analyti

cal Fourier Transform method for image reconstruction.

This model consists of a discontinuous system formed

by an N x N array of cells (pixels). The attenuation in the ob­

ject under study of a colimated gamma ray beam has been determi­

ned for various positions and incidence angles (projections) in

terms of the Interaction of the beam with the intercepted pixels.

The contribution of each pixel to beam attenuation was determi-

ned using the weight function V.. which was used for simulated

tests.

Simulated tests using standard objects with attenua­

tion coefficients in the range of 0,2 to 0,7 cm' , were carried

out using cell arrays of up to 25 x 25.

One application was carried out in the medical area

simulating image reconstruction of an arm phantom with attenua­

tion coefficients in the range of 0,2 to 0,5 cm using cell ar-

ix

rays of 41 .x 41.

The simulated results show that. In objects with a

great number of Interfaces and great variations of attenuation

coefficients at these interfaces, a good reconstruction is ob­

tained with the nuaber of projections equal to the reconstruct­

ion amtrlx dimension. A good reconstruction is otherwise obtain

ed with fewer projections.

X

ÍNDICE

CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO j

I- 1 - OBJETIVOS 4

CAPÍTULO II - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .' 5

CAPÍTULO III - TEORIA 8

III. 1 - INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO GAMA COM A MATÉRIA ... 8

III. I. 1 - Processos de Interação 8

III. 1. 2 - Atenuação do Ralo Gama 14

III. 2 - TOMOGRAFTA RECONSTRUTIVA 16

III. 2. 1 - Reconstrução Tridimensional .... 19

III. 3 - TÉCNICA DE RECONSTRUÇÃO ANALÍTICA - CONVOLU-

CÃO 20

III. 3. 1 - Modelo Matemático de Reconstru­

ção 20

III. 3. 2 - Bases Matemáticas 22

III. 3. 3 - Desenvolvimento do Método 24

III. 4 - ALGORITMO DO MÉTODO 31

CAPÍTULO IV - RESULTADOS 36

IV. 1 - TESTES SIMULADOS 36

CAPÍTULO V - DISCUSSÕES E CONCLUSÕES 67

BIBLIOGRAFIA 73

APÊNDICE I - DEMONSTRAÇÃO DAS EQUAÇÕES (III. 12) • (III. 13) . 79

APÊNDICE II - DESENVOLVIMENTO DA EQUAÇÃO (III. 24) 84

APÊNDICE III - MÉTODO DE INTERPOLAÇÃO SPLINES CÚBICA'40' 87

9

1

CAPÍTULO I

INTRODUÇÃO

I - INTRODUÇÃO

A técnica de reconstrução de imagens foi primeiro d«s

«envolvida por Bracewell (1956) para uso na radioestronomia ,

com a finalidade de identificar regiões do sol, emissoras de ra­

diação de micro-onda. Em seguida foi aplicada na mlcroscopia ele

trônica, no estudo de biomoléculas complexas, mas foi na raúiolo

gia médica que a reconstrução de imagens teve um grande desenvol^

vimento, obtido pela técnica conhecida como Tomografia Computado

rizada.

Na radiografia convencional, as imagens produzidas

são resultantes da atenuação de raios X através de camadas (pla­

no longitudinal), com diferentes coeficientes de absorção, no

corpo em estudo. Assim, a resolução contida na radiografia é mui

to limitada devido à superposição de imagens de diferentes cama­

das que dão origem a sombras sobre a área investigada.

Numa tentativa de melhorar a nitidez da imagem, foi

|2|

desenvolvida a tomografia convencional . Nesta técnica, a fon­

te move-se em um sentido e o filme no sentido oposto, mantendo a

imagem do plano de interesse continuamente focalizada, enquanto

2

que as Imagens das outras camadas surgem nos filmes como borroes

(desfocaiizadas). A tomografla convencional mostrou assim, baixo

contraste de imagem devido à superposição de muito ruido (cama­

das desfocaiizadas) com o sinal (camada focalizada).

0 ideal seria uma Imagem somente do plano de interes_

se, sem a interferência de outros planos. As bases matemáticas pa

ra a solução desse problema existiam desde 1917, no trabalho do

l3l matemático austríaco Johann Radon que foi desenvolvido por Da

|4| vid Kuhl em 1963 (Tomografia Computadorizada Axial). Em seule

todo, um feixe colimado de radiação atravessa uma estreita seção

transversal do corpo e õ filme é substituído por um sistema de de

teção .mais sofisticado. Através de um movimento síncrono, da fon

te de raios X e detetor em torno de um eixo perpendicular à seção

transversal, produzia-se uma imagem somente da seção transversal

escolhida (veja Capítulo III. 3.2).

A idéia da primeira técnica de reconstrução de imagem

agora conhecida como retro-projeção (veja Capítulo III. 3.2),foi

patenteada por Oldendorf (1961). Nessa técnica, em seguida d£

I6l l7l

senvolvida por Vainshtein' ' (1970) e Gordon' (1974), a recons

trução não era nítida, devido a certas limitações do método. Cojr

reçõeB foram então necessárias, usando-se o método analítico de

Transformada de Fourier (espaço recíproco) ou de cònvolução (es­

paço real).

3

O principio de reconstrução de Imagens utilizado em

Tomografla Computadorizada é usado para a visualização de estru-

turas anatômicas* e também no campo da medicina nuclear para a vi,

suallzação de órgãos, através de radionuclideos emissores de pósl.

trons ou radiação gama (Tomografla Compi tàorizada por Emissão),

ou da transmissão de radiação pela área investigada (Tomografla

Computadorizada por Transmissão).

A importância da Tomografla Computadorizada está na

capacidade de distinguir quantitativamente pequenas diferenças na

atenuação da radiação pelo corpo humano. Essas diferenças de at£

nuação podem ser associadas às diferenças de densidade física do

corpo investigado.

Muitos dos algoritmos desenvolvidos para reconstru­

ção de Imagens tiveram suas origens nas diversas áreas da Ciên­

cia, como radioa8tronomla e microscopia eletrônica mas, sem dúvi

da, apresentaram um maior impulso após o desenvolvimento da Tomo

grafia para a medicina. •'•

0 primeiro tomógrafo computadorizado comercial, para

a área médica, capaz de obter imagens de alta resolução, foi pro lot

jetado por Hounsfleld no Central Research Laboratory de EMI,

na Inglaterra, em 1967. Esse tomógrafo foi projetado para tomada

de medidas apenas da cabeça,e os dados eram analizados utilizan­

do-se uma técnica iteratlva de reconstrução. Em 1974 foi projeta

• 4

da, pela National Biomedical Research Foundation, nos Estados Ifrrf

dos, uma outra máquina, cujo emprego se destinava a qualquer par-

te do corpo e que se chamava ACTA (Automatic Computerized Trans­

verse Axial) - Ledley . A técnica de reconstrução usada era a

de Convolução.

Uma das preocupações em tomograf ia .médica é o tempo de

aquisição de dados pelo sistema. Esta preocupação é devida a dois

importantes fatores:

- Dose recebida pelo paciente e

- Nitidez da imagem, já que movimentos do corpo (res­

piração, pulsações arteriais, batimentos cardíacos) fazem com que

a imagem perca sua nitidez.

Procura-se assim o desenvolvimento de tomógrafos com

a mais alta taxa de obtenção de dados. Com essa finalidade, utili

zam-se diversas fontes de raios X, assim como um conjunto de dete_

tores.

I. 1 - OBJETIVOS

0 objetivo principal deste trabalho é o desenvolvimen

to de um algoritmo, usando o método analítico de Convolução para

a utilização em tomografia computadorizada aplicada a testes não

destrutivos de objetos industriais, assim como na area medica, no

estudo ósseo. .

CAPÍTULO II

REVISXO BIBLIOGRÁFICA

II - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A Tcmografla Convencional ou plano-focal foi introdu-3

sida por Bocage em 1921, quando obteve imagens através da

transmissão de raios X.

A origem da Tomografia reconstrutiva de raios X e en-

contrada no estudo da Tomografia convencional de Takahashl

(1957) que melhorou o sistema de Bocage, colocando a fonte de

raios X e o filme num mesmo plano retirando assim a interferência

de outros planos.

Mais tarde surgiram trabalhos com fontes de raio gama,

para aplicação nos métodos de transmissão e de emissão '

através do uso de radionucl»ídeos.

Uma solução matemática, isto é, a determinação da fun

ção distribuição de densidade da região investigada, através do

raio-soma p (l; e) (veja Capitulo III. 3.2) foi primeiro encontra < "" lâl

da por Radon' (19*17). A mesma solução foi encontrada por Berry

e Gibtos'13' (1970) e Junginger e Van Haeringen'14' (1972).

6

Nenhuma reconstrução numérica foi investigada até ao

ano de 1956, quando Bracewell desenvolveu a técnica de recons

tração dê imagens para uso em radioastronomla, na identificação

de regiões do sol emissoras de microondas.

Oldendorf (1961) foi o primeiro a usar o método de

retroprojeção na reconstrução de imagens através de ralos X.

Alterações na reconstrução de imagens por retro-pro-

jeção.na tentativa de tornar nítida a reconstrução,foram discuti

das por Vainshteln • (1970) e outros, como Bates e Peters

(1971) que propuseram o uso da Transformada de Fourier, e Muehl

lehner e Witzel'16' (1971).

0 método da Transformada de Fourier foi sugerido por t>

1171

De Rosier, Klug e Hoppe (1966) para a reconstrução tridimen­

sional em microscopia eletrônica * tem sido aplicado em radiogra 115 18 19l «. »

fia * * . Uma discussão matemática da aproximação foi da-/> , 1201 '

da por Crowther (1970) e uma visão geral com exemplos em mi-|21|

croscopia eletrônica foram apresentados por De Rosier (1971).

As bases matemáticas para o método analítico de re­

construção, chamado "método de convolução" foram propostas, pri-r

1221 meiramente, por Bracewell e Riddle' (1967) e mais tarde redes

i* v |23 24I

cobertas por Ramachandran e Lakihminarayanan ' (1971). 0

algoritmo destes últimos pesquisadores foi colocado numa forma g£

I

%

125! fterallsada per Herman e Rowland (1973), onde as lar&uras dos

ralos nao eram wscessariamente iguais, podendo variar de proje­

ção para projeçüo, e as projeções não eram Igualmente espaçadas.

1251

Herma-, e Rowland apresentaram vm estudo compara­

tivo de reconstruct de Imagem por três métodos: I) ART 2; II)

CSWV""UÇÃO; III) SÍÍT, sendo ART (Algebric Reconstruotior Technl_

que? 3 SIRT (Siuulc neous Iterative Reconstruction Technique).

0

CAPÍTULO III

TEORIA

III. 1 - INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO CAMA COM A MATÉRIA

A interação da radiação gama con a matéria ocorre prin

cipaluente com a camada eletrônica do material.

Os principais processos de interação são:

a - Absorção fotoelétrica (efeito fotoelétrico)

b - Espalhamento Compton

c - Produção de pares

III. 1. 1 - Processos de Interação

a - Absorção fotoelétrica

Neste processo/ o foton é absorvido pelo átomo do mat£

rial, causando o desligamento de um elétron da configuração eletrô

nica. A energia do foton-t (hv) é convertida em energia de ligação

(E.) e clnética (ECIN) d o elétron.

h v- EL* ECIN < m ' 2>

(8e o foton incidente possuir uma energia hv maior que

a energia de ligação do elétron da canada K, teremos una probabi­

lidade nalor de interação do fóton con o elétron desta camada.

A remoção de elétrons da canada K dá origem à emissão

de raio-X, quando elétrons de níveis mais altos caiem para o i í-

vel deixado pelo fotoelétron.

A probabilidade de interação de um fóton com um átomo,

coeficiente de absorção total, é Z (número atômico) vezes o coefi­

ciente definido para a interação com um elétron.

0 processo fotoelétrico é predominante para baixas ener

gias e materiais com alto número atômico Z. Pode-se verificar essa

dependência na expressão (III. 2) para a seção de choque de absor-

<W 0 0 .

çao fotoeletrica. Essa expressão e valida para uma determinada fai

l36l xa de energia do fóton-Y .

A Zn

(hv) ,

onde n está entre 4 e 5, m entre 1 e 3

A • 1,25 x IO"9

para

hv > 0,5 MeV n • 4,5, m • 1

hv < 0,5 MeV n • 4, m • 3

IV

b - Efeito Compton

«

0 efeito Compton é um espalhamento lneláetlco entre um

fóton e um elétron, onde parte da energia do fóton é transferida

para o elétron e a energia do fóton original é reduzida por uma

quantidade Igual.

ELÉTRON COMPTON

ELÉTRON ^ >

FOTON WCtOENTE

FOTON ESPALHADO

Figura III. 1 - Espalhamento Compton

Essa interação pode ser considerada como ocorrendo en­

tre o fóton e um elétron livre, se admitirmos que a energia do fó­

ton seja muito mais alta do que a energia de ligação do elétron.IÍ»

to significa que para fótons-y com energia acima de 0.1 MeV, os

elétrons podem ser considerados livres. Para fótons-Y com energia

menor que 0.1 MeV, o efeito fotoelétrico se torna multo mais impor

tante do que o efeito Compton para materiais com número atômico ai

to, figura III.2.

• Supondo que o fóton Incida com energia E « hv e que

o elétron esteja em repouso. Seja E. • hv a energia do fóton espa

lhado de um ângulo #, figura III. 1.

11

Levando em conta • conservação de energia e de momen­

to, obtém-se a seguinte relação:

hv hv.

hv. (III. 3)

1 + (1 - cos •) i» C o

onde m C e a energia de repouso do elétron. o

A probabilidade de ocorrer o espalhamento Compton de­

pende do número atômico dos átomos que constituem o material.

A seção de choque Compton (o ), probabilidade de int£

ração de um fóton com um elétron, aumenta com a diminuição de ene£

gia e se aproxima de um valor numérico de 0.6651 barn/elétron pa­

ra baixas energias, tornando-se independente da energia. Estes re

l26l suitados foram obtidos por J. J. Thomson

tho 8* * a %' o^_ * *r*( *' (III. 4)

m C

A distribuição angular do fóton-y espalhado é previs­

ta pela fórmula de Klein-Nishina para uma seção de choque de espa d o. hv

lhamento diferencial - ~ '26,°nde • * -775 è r- ° raío clássico. 00 mo

dc 1 4 cos •

1 + 0 ( 1 - eos f)

12

x 4 « 2 (1 - cos O 2

(1 + cos2 Oil • • (1 - cos • ) !

(III. S)

c - Produção de Pares

Esse processo resulta numa completa absorção do fóton

v. que é convertido Inteiramente em um par de elétrons (um posi­

tron e um elétron) com uma certa energia cinética. Esse processo

ocorre na vizinhança do núcleo, numa interação com o campo nucle­

ar.

Aplicando o princípio da conservação de energia:

hv « 2 m C • E+ + E~ (III. 6) " c o CIN CIN * '

o 2 m C - energia de repouso do positron e elétron criados.

E__„ - energia cinética do positron.

E__„ - energia cinética do elétron. CIN / hv - energia do fóton.

A energia minima necessária para que ocorra o proces­

so é de 2 m c2, ou seja, 1.022 MeV. como pode *er visto na Figura

III. 2.

A seção de choque para produção de pares, de acordo

com Bethe e Heitler' , é proporcional a Z (Z+l), isto é, • Z ,

variando lentamente com a energia, aproximadamente com log ZQ.

13

Temos entao que a absorção de fótons-v por produção

de pares torna-se importante para elementos pesados e fótons con

altas energias.

*

on

ao» 100

Figura III. 2 - Coeficiente de Atenuação de Massa do Chumbo em Fun

ção da energia dos Fótons.

£4

III. 1.* - Atenuação do Ralo-Y

0 alcance da radiação gaaa (T) ea ua deteminado Mate

rial a Maior que das partículas alfa (•) e Beta (•).

Os fótons de wios-t ao atravessarea o Material são

absorvidos, espalhados ou passaa sea interagir. A intensidade (I)

de ua feixe de raios-y que atravessa ua deteminado aaterial de

espessura x, sea interagir, varia coa x de uaa forma exponencial.

-I» x (III. 7) I m I O o

onde

p - coeficiente de atenuação linear

I - intensidade do feixe incidente o

Pode-se definir coeficiente de atenuação de aassa CO­

MO sendo:

*• !• u « —

HP • P

onde p é a densidade do Material.

A função exponencial dá-nos uaa probabilidade por wrt

dade de comprimento* do aaterial, do raio-y interagir. Esta proba­

bilidade é a soma das probabilidades de cada processo de intera­

ção, dada por:

15

y « i (FOTOELÉTRICO) + o (COMPTON) + R (PARES)

que é chamada de coeficiente de atenuação linear.

(III. 8)

Um fóton que é absorvido ou espalhado» mesmo em um p£

queno ângulo, é considerado como removido do feixe original. As­

sim sendo, o valor de P na equação (III. 7) é uma atenuação total

resultante, que não só inclui a absorção pura, como também qual­

quer espalhamento. Na prática, devido à largura finlta do feixe de

radiação utilizado e da colimação do detetor* uma fração dos fu­

tons espalhados será registrada. 0 número de fótons que atraves-

— — r — P X

sam o material então nao e dado pela forma I e , mas por I o o

e ^ a *,onde u é o coeficiente de absorção l inear que é uma função

da geometria: distância fonte-objeto-detetor e largura do feixe

(colimação), figura I I I . 3A-B. GOUMAOOR

Figura III. 3A -"Boa Geometria" - Feixe de Radiação Collmado.

ABSORVIDO*

DETETOR

Figura III. 3B -"Geometria Pobre" - Feixe de Radiação Disperso.

16

III. 2 - TOMOCRAFIA RECONSTRUTIVA

Tomografia, grafia por partes (do grego Tomes)» apre­

senta uma "vista em corte" do corpo analisado. Esse corte, porém,

é transversal e não longitudinal como na tradicional radiografia.

A seção transversal do corpo é varrida, num movimento

translacional, por uma fonte de raios gama e um detetor, alinha­

dos (para definirem uma boa geometria), figura III. 4A.

' A varredura é feita num movimento contínuo ou em in­

tervalos discretos, geralmente em intervalos iguais a, colimação

da fonte. Neste caso, cada feixe é considerado como uma faixa de

largura a, chamada RAIO, figura III. 4B.

Da intensidade I registrada pelo detetor, pode-se

calcular o valor do coeficiente de atenuação ao longo do RAIO usan

do-se a equação*:

* r" P (O - In — ••« / M (x) dx (III. 9)

1 4 onde P (K) é definido como RAIO-SOMA referente ao K-ésimo RAIO.

M (x) é o coeficiente de atenuação na posição x, ao longo

do K-ésimo RAIO.

17

No sistema real, a Integral passa a ser um somatório

discreto. Logo, calcula-se v para pontos discretos *- chamados c£

lulas (Pixels). A seção transversal do corpo, é então dividida

em uma malha de células quadradas de lado a (mesma largura do

RAIO), figura III. 4B.

O sistema FONTE-DETETOR.ouoCORPO, é girado de um angu

lo *, e o movimento de transiação é repetido coletando-se um no­

vo conjunto de RAIOS-SOMA.

A um conjunto de raios-soma pertencentes a um ângulo

£, chama-se PROJEÇÃO de angulo £, figura III. 4C.

Obtém-se assim um conjunto de M projeções, com incre

mento angular • . o

Após a obtenção de um número suficiente de projeções

esses dados são analizados por métodos matemáticos, resultando na

reconstrução da seção examinada. Essas reconstruções são apresen

tadas na forma de uma matriz N x N , onde cada elemento represen­

ta o coeficiente de atenuação na área de cada célula (Pixel),que

pode ser interpretado em termos de densidade do material.

Das muitas aproximações matemáticas usadas para a re_

construção de imagens, citamos algumas:

18

Fig. I l l - 4 A - Tomogrofio por transmissão. B, - Esquemo do divisõo em Pixel do seçõo

plonor e o roio. C - Projeções 8 , e 6 2 do seção plonor.

1ft

a) RETRO-PROJEÇÃO - Foi usada nos experimentos inici­

ais. É a mais simples em conceito, mas produz reconstruções com

pouca nitidez, (veja Capitulo III. 3.3)

b) ITERATIVO - 0 método iterativo exige longos tempos

de computação para resolver o problema, pois é feito um número

multo grande de correções na distribuição do coeficiente de ate­

nuação em todos os Pixels, a partir ae uma distribuição inicial

aproximada, até chegar a convergir a uma solução.

c) ANALÍTICO - Os métodos analíticos são baseados em i

soluções matemáticas exatas para as equações de imagens (Equação

(III. 9)), portanto mais rápidos em termos computacionais. Dois

métodos analíticos de grande importância são: Reconstrução de Fou

rler, que usa o espaço de Fourier e /Retro-projeção Filtrada ou Con

volução? que usa o espaço real.

III. 2. 1 - Reconstrução Tri-Dimensional

É possível obter-se a distribuição de densidade de um

corpo tridimensional. A técnica consiste na reconstrução de vá­

rias seções transversais (reconstrução bidimensional) do corpo,

como mostra a figura III. S.

Figura III. 5 - Reconstrução Tridimensional a partir de um Conjun

to de Reconstruções Bidimensionais.

Conjunto de Planos Z. e Z.

III. 3 - TÉCNICA DE RECONSTRUÇÃO ANALÍTICA - CONVOLUÇÃO

III. 3. 1 - Modelo Matemático de Reconstrução

0 modelo matemático para o método de reconstrução bJL

dimensional é descrito com base na Figura III. 6. 0 sistema de co-

ordenadas cartesianas x o y é girado de um angulo •, dando origem a x' o y' .

0 sistema de coordenadas polares (r, •)possui sua origem fíxa (0 ) .

0 RAIO está a uma distância £ da origem polar (l « 0), onde l é

um múltiplo inteiro de a (largura do RAIO).

i

20

21

Figura III. 6 - Formação de uma Projeção de uma Seção Bidimensio­

nal de um Objeto Tridimensional.

A intensidade transmitida na direção y* ao longo de x'

e dada por:

(*) I (x«; e) « v (x'f y») dyj (III. 10)

onde

V (x'f y') é a função distribuição de coeficiente de atenua­

ção linear.

Calculando o logarítmo neperiano da Equação (III. 10),

o RAIO-SOMA na posição x' para um ângulo • , será dado por:

(•) 0 caracter ; indica que • é um parâmetro.

É2

r 4 < D

n - « / » ( x ' t y») dy' I(x*; •) J

>4<D

P <x»; • ) - t n - « / n (x«, y») dy» . ( i l l . 11)

Pela figura III* 6 observa-se que P ( x ' ; • ) pode ser

representado por P ( I ; • ) .

Cada valor P ( l ; • ) é'conhecido, já que 1 ( 1 ; • ) é obtl^

do' experimentalmente. 0 problema é então resolver a equação integrei

( m . 11) que tem como parâmetro desconhecido a função v (x'. y ' ) .

I I I . 3 . 2 - Bases Matemáticas

Pode-se mostrar (veja Apêndice I ) que se P ( i ; e)é uma

medida f í s i c a , então a fjunção distribuição de coef ic iente de a te ­

nuação |i (x*,y?)(ii ( r , • ) em coordenadas polares) pode ser re­

construída pelo seguinte processo:

a) Obter a Transformada de Fourier unidimensional~j de . * •

P ( t ; •)» para cada ângulo e (Projeção).

-CD

b) Calcular a Transformada de Fourier Inversa bidimen­

sional dos dados armazenados F (R; • ) para R e ( - 0 D , + < D ) e

• < Q>°, 180°).

23 CD

» (r, •)

•if F (R; •) exp (-2 i i R r cos (• - •)) R dR do

•'if"" (III. 13)

onde l m r cos (« - e).

Para uma reconstrução tridimensional considere na flgu

ra III. 6 um eixo Z, perpendicular ao plano x o y, na origem do sis

tema, figura III. 5. As equações (III. 12) e (III. 13) ficam:

.+©

P (I; e; Z) exp (2 » i I R) dl (III. 14) (R; •; Z) * /

-CD

CD 2»

M (r, #; Z)

dR de (III. 15)

ff r i / / F (R; e; Z) exp - 2 * i R r cos (• - «)

A função distribuição de coeficiente de atenuação line

ar tridimensional é então obtida em coordenadas cilíndricas.

9 r

0 método descrito acima usa portanto o espaço de Fou­

rier para o cálculo da função distribuição de coeficiente de ate- .

nuação linear y (x, y ) .

|23| Para evitar as dificuldades surgidas no método de Fourier ,con

vergência da série de Fourier para a. solução errada, tentou-se encontrar un mé­

todo que não utilizasse a transformada de Fourier, mas que realizasse cálculos

24

somente no espaço real e com tempo computacional reduzido.

Este método utiliza-se de uma propriedade da Transfor

nada de Fourier que a correlaciona com a Integral de Convolução

|27|

III. 3. 3 - Desenvolvimento do Método de Convolução

No processo de Retro-projeçao, o raio-soma P (l ; e)

(por exemplo, no ponto A, figura III. 6) que contem as informações

sobre a distribuição do coeficiente de atenuação linear ao longo

do raio A'B', é retro-projetado, ou seja, as células pertencentes

ao Raio A'B' recebem o valor do Raio-soma P (A'; e), figura III.7.

Figura III. 7 - Quatro Projeções A, B, C e D de uma Seção Transver

sal de um Objeto, sendo RETROPROJETADAS.

Esses raios-soma, retro-projetados de diferentes pro-

25

jeçoes e que passam pelo ponto (r, •) são somados dando origem à

função • (r, • ) . •

onde

• /

« (r, •) m I p (r cos (• - e), e) de (III. 16)

0

A função • (r, •) dá o valor qualitativo das variações

da função distribuição de coeficiente de atenuação linear e não o

valor real.

Uma das limitações da retro-projeção é de não definir

as fronteiras do objeto. Por exemplo: na reconstrução de um objeto

circular, surgem regiões fora da fronteira, com altos valores da

função • (r, • ), dando-lhe uma forma estrelada, já que essas regi-

oes recebem de todas as projeções apenas contribuições positivas,

figura III. 7.

0 •»

0 objetivo e então procurar uma nova função projeção ,

P' (l i • ), de forma a se obter uma reconstrução mais próxima da

real.

Na equação (III. 12) a transformada inversa é:

-0D

r i ê) m / F (R;

P (I; •) - / F (R; • ) exp (- 2 i i R l) dR

'•(D

substituindo na equação (III. 16)

' . • ) « / / F (R;

26

• (r, •) - / / F (R; •) exp (-2 • i R i) dR d» . (III. 17)

0*

Reescrevendo a equação (III. 13)

•V*QD

v (r, 4) > / / F (R, •) exp (-2 • i R r cos (• - »)llR| dR-d»

0*

(III. 18)

. 1 1 F (R, •) exp (-2 • i R r cos (• - »))|R|

Comparando as equações (III. 17) e (III. 18), verifica

se que diferem de um termo |R|, que pode ser interpretado como uma

função filtro, no espaço recíproco.

Definindo a função P* (Z; 6) como:

+0D

P» (l; •) = / |R| F (R, e) exp (-2 * 1 R l) tfR (III. 19) = / |R| F (R,

A equação (III. .18) então fica:

/

J» (r, •) - / P'(P (co« (• - •) ); e) de (III. 20)

'o

A retroprojeção da função P» (l; •) resultará na obtcn

çao da função v (r, • ) , uma reconstrução real.

É necessário encontrar uma relação entre P' (tj •) e

27

P (ti • ) . já que P (t; •) é U M nedlda experlnental e portanto tm

dado conhecido» enquanto que P* (l; •) foi apenas definida.

As equações (III. 12) e (III. 19) defines as Transfor

•adas de Fourier:

1(P d; •)) - F (R; •)

T(P» (l; e)) «= |R| F (R; •) (III. 21)

Uma função q (l) é definida, tal que:

+GD

|R| « / q (t) exp (2 * i R l) dl (III. 22)

onde

!R| - T(q (D)

9.

Aplicando-se o teorema de Convoluçâo:

"A Transformada de Fourier da convoluçâo de duas

funçoee e igual ao produto da» Transformadas de

Fourier de cada função".

28

. Pel* equação (ZII. 21)

T(P» (t; •)) «T(q (!) • P (I; •)).

Tirando-se a transformada inversa de ambos os tentos:

P1 (l; #) - q (O * P Cl; §)

Colocando na forma integral

+CD

U; •) « J q (i2) P U- xx; •) dij (III. 23)

'-(D

Calculando q (l),

.•<D

q (l) - / |R| exp (-2 i i R 1) dR (III. 24) í O.cálculo de q (l) não pode ser feito diretamente, já

que |R| diverge nos Unites de integração. Substituindo os limites

de integração por A/2 e -A/2, obtém-se a função q . (l) que se apro

xima de q (l) no limite de A * (D, ou no limite de a * 0, já que

A m — t (Apêndice II).

• / .

A/2

QA í l ) " / ,R| C X P ("2 " * R l ) *"* (I11' 25>

r 2

Desenvolvendo-se a integral (III. 25), para l « na, on

de n < 1 • a é a largura do Raio (Apêndice II).

29

q (na) * o para n « par

q (na) e — — £ — - para n » impar « n a

q (na) = r para n e O 4 a

Discretizando a equação (III. 23), já que Z. = ma, on­

de m c l

+0D P' (na; e) - a £_j q(ma) P ((n - m) a; e ) (III. 26)

m*-0D

Substituindo os valores de q (na)

P, (na; 6) . P (na; t) „ __ £ P « " " P> a» 9> 2 *^ 2

4 a * a . p p=impar

(III. 27)

A figura III. 8 mostra a função Projeção P (na; e)con

voluindo' com a função filtro (no espaço real), dando origem a uma

nova função projeção filtrada P' (na; e).

Discretizando a equação (III. 20) em e, r e • :

" <* V * •ô1 ? *o £ P' [J ro cos * 'o'* *o); t6o]

t-1 (III. 28)

30

o o

onde J, K» t são inteiros positivos

são Incrementos de r e 4

é o incremento na projeção

é o número de projeções

p(x)

4 ^TT-

Figura III. 8 - Convoluçao dando Origem a Função Projeção Filtra­

da.

0 problema é então resolvido com as equações (III. 27)

e (III. 28). Contudo, o argumento da equação (III. 28) (j r cos

(K * - t • )), não será sempre um múltiplo inteiro de a, tornando 0 0 — —

se necessário interpolar entre os valores conhecidos de P', para

que se possa efetuar o somatório na equação (III. 28)

0 método de convoluçao eliminaria portanto as falsas

fronteiras, já que regiões fora da fronteira recebem contribuições

positivas de algumas projeções e negativas de outras.

A figura III. 9 mostra a figura III. 7 modificada com

essa filtragem, onde o Pixel fora do circulo recebe contribuições

positivas das projeções A e B e negativas de C e D.

31

Figura III. 9 - Retro-projeção da Função Projeção Filtrada A, B,

C e D.

III. 4 - ALGORÍTMO DO MÉTODO *

Um programa computacional foi escrito em Linguagem Fo£

tran e implantado no Burroughs 6700 do NCE/UFRJ.

Esse programa é dividido em seis fases.

!• Fase

Dados de entrada: dimensão da matriz (número de raios)

número de projeções e intensidade não atenuada (*)» * (largura do

RAIO).

Calcula-se a posição em coordenadas polares do ponto

central de cada Pixel, da matriz de reconstrução, figura III. 10.

32

* 9

v

1 \ 1 r

0

X . 1

t /

*

Figura Hi. io-Localização de Cada Centro de Pixel (Ponto A)

Coordenadas Polares. em

2» Fase

t lida a .. tensidade atenuada (I) e calculado o Raio-

Soma para cada Raio de uma projeção, através da expressão:

P (n) « I n -^

para n c L ÜL+JJL % (N + i)"|

onde N é a dimensão da matriz.

3* Fase

É fe i ta a filtragem dos Raios-Soma P (n) ©btendo-se a

função PF (n) , utilizano-o.se a aquação I I I I . 27).

33

„ (n) . Lin) _-J_ £ Uz-sL 4.a » .a . p

p»impar "

4» Fase

Com os dados obtidos na 3* Fase, um conjunto de pontos

(na, P F (na)) da t-ésima projeção, é calculado o pollnSmio inter-

polador SPLINE CÚBICO (Veja Apêndice III) para cada intervalo

I (n - 1) a, na I. Em seguida é calculado o argumento r cos (+-t • )

para cada valor do ângulo •_ num determinado raio £. Caso seu valor

não seja um múltiplo inteiro de a calcula-se, através do polinômio

interpolador correspondente ao intervalo, o valor de

PF r cos (• - t e ) .

51 Fase

É feita a retroprojeçao, calculando-se o coeficiente de

atenuação em cada Pixel, usando-se a expressão que define a retro-

projeçao. em coordenadas polares* equação (III. 28).

N

v (r, •) « «o J ^ PF Ir cos (• - t e o), 6 Q tJ

t«l

34

6» Fase

A mudança de coordenadas da função t» (r, 4) é realiza

da de polares para carteslanas. Essas coordenadas são em seguida

relacionadas com a posição linha-coluna do elemento da matriz,pas

sando de v (x, y) para ii (I, J).

Para um número N de projeções, são repetidas a 2», 3*

e 4* Fases, M vezes.

Torna-se assim possível a simultãniedade da tomada de

dados e análise dos mesmos.

A seguir é mostrado o fluxograma do programa montado.

35

£ N, Io, U.o

—r CÁLCULO DA POSIÇÃO

DE CADA rata EM COORDENADAS

POLARES I

\ j ^ r i

PM > k i -

40 rO r p*

SUBROTINA QUE FAZ A CONVOLUÇÃO

(Fiam)

RfTERPOLA PARA OBTER

PF{rc«(*-l8o))

p(r,^Ji(r,tkeo.PFÍrcos(^teo))

MUDANÇA DE COORDENADAS

yM)-»y(»,r) I

PASSAR DE j i (M)FARA| ( I , J )

(I.J)-UNHA-COLUNADA MATRIZ DE

RECONSTRUÇÃO

36

CAPÍTULO IV

RESULTADOS

IV. 1 - TESTES SIMULADOS

Com o objetivo de se testar o algoritmo, foram feitos

testes simulados onde eram conhecidos os valores na distribuição do

coeficiente de atenuação linear i> (I, J), que são usados no cálcu

Io do Raio-soma P (n) através da equação:

P (n)

N N

5 ^ ][] W (I, J) . » (I, J) 1=1 J=l

onde

W (I, J) é a fração de área do Pixel (I, J) interceptada pelo raio

1371 nt chamada Função Peso ; figura IV. 1.

¥ (I# J) é o coeficiente de atenuação linear para o Pixel de posi

ção (I, J).

a largura do pixel.

Os testes simulados foram feitos com o objetivo de res

ponder as seguintes questões:

1 - Qual o problema encontrado, quando houver interfaces

com uma grande variação nos valores do coeficiente de atenuação

linear?

37

2 - Dada uma matriz (N x N),com quantas projeções se re-

constrói a imagem de um objeto?

3 - A reconstrução melhora com o aumento da dimensão da

matriz?

Visando responder a essas perguntas, foram variados:

á) As dimensões da matriz (N x N) de coeficiente de

atenuação v (I, J) (valores de N de 15, 23 e 25) mantendo uma

largura de Pixel de 0,25 cm.

b) O coeficiente de atenuação linear JI (I, J) (entre

0,2 a 0,7 cm" ).

c) o número de projeções.

9,

Neste trabalho, a matriz usada para a reconstrução de

Imagem dos objetos citados no item (a) possui dimensões de 21x21,

33x33 e 35x35 que correspondem ao comprimento da diagonal do obje­

to dividido pela largura do feixe (Raio ou Pixel).

0 objeto é, portanto, circunscrito por uma, circunfe­

rência cujo raio é a semi-diagonal do objeto em questão, como

38

nostra a figura IV. 1.

As figuras que serão mostradas neste capitulo são projeções iso

métricas da distribuição do coefic iente de atenuação de um plano

transversal x o y do objeto. Essas figuras dão uma visualização

qual i tat iva da distribuição dos coef ic ientes de atenuação.

W(I,J)

-esimo roío

Figura IV. 1 - Esquema do Espaço Varrido pelo Conjunto de Raios

numa Projeção.

Para cada simulação calculou-se o índice de reconstru

çao, que mede a acurada da mesma e que pode também ser chama­

do desvio relativo médio, é definido como:

2^ \v (RECONSTRUÍDO) - n (VERDADEIRO) | 1 1 *

^ MA (VERDADEIROI

•'39

Os objetos simulados são caixas contendo água e blo­

cos cúbicos com coeficientes de atenuação de 0,3, 0,4 e 0,7cm** .

As paredes da caixa são de material com coeficiente de atenuação

igual ao da água. A atenuação para a energia de 60 keV do raio

gama da fonte A é de 0,2 cm para a água.

Para a matriz (21 x 21) foram feitas 3 simulações ,

representadas nas figuras IV. 2 A-C . Foram usadas 6, 12, 18,24,

30, 36 e 40 projeções para cada simulação, calculando-se o índi­

ce de reconstrução (ff), Tabela IV. IA.

Para o caso da 1* simulação foi montada a tabela IV.

18 com os índices de reconstrução calculados para a matriz mais

interna (13 x 13), obtida eliminando-se a borda do objeto,inter-

face (AR-ÂGUA).

As figuras IV. 3A-C mostram a reconstrução da imagem

dos objetos das figuras IV. 2A-C para 24 projeções. 9

TABELA I V . IA - VALORES DER ( # ) PARA AS SIMULAÇÕES (21 x 2 1 )

^sNNPR0JEÇÕES

3IMULAÇÂ0^Nw

1

2

3

6

• 22,1

30

37,3

12

7 ,6

10,3

15

18

3 , 5

5 , 3

9 , 4

24

2 , 3

4 , 4

7 ,5

30

2 ,4

4 . 2

7 ,5

36

2 ,7

3 ,8

7 ,3

40

2 ,7

3 ,8

6 ,9

40

Coeficientes de Atenuação

0,3 em

0,? cm"

Zero

F1GIV.2R rOBJF.TG SiMULRDO

MfiTRIZ 21X21

FIG IV. ^R rRFXONSTRUCRO 2U PROjF.COF.fi

MRTRIZ 21X21

42

Coeficientes de Atenuação

0,4 a»"*

0,3 cm

0,2 ca

Zero

-1 i

-1

F1G1V.26 :0BJF.T0 SIMULfiDD

MfiTRI7 21X21 9

F1GI\/.3B : RECONSTRUCT 24 PROjF.COF.f>

MfiTRl? 21X21

1 1

Coeficientes de Atenuação

0 ,7 cm"

0 ,3 cm"

0 ,2 cm

F1G IV.2C :0BJF.T0 SIMULfiDO

MfiTRIZ 21X21

45

FIG IV. 3C : RECONSTRUCT ?A PP.Pjf.U'i S MRTRI7 21X21

TABELA IV. IB - VALORES DE Aft) PARA SIMULAÇÃO (21x22) ELIMINANDO-

SE A INTERFACE (AR-ÁGUA) - MATRIZ (13 x 13)

^VPROJEÇÕES

SIMULAÇAÍK.

1

12

4 . 5

18

2 , 8

24 *

2 , 3

30

2 , 4

36

2 , 5

40

2 , 5

Para a matriz 33 x 33 foi simulado o objeto que se

encontra representado na figura IV. 4.

Foram feitas reconstruções com 12, 18, 24, 30, 36,40

e 45 projeções e calculado o índice de reconstrução, tabela IV.

2A.

A borda do objeto, interface (AR-ÁGUA), foi também e-

liminada e calculado o índice de reconstrução para a região inter

na, matriz (21 x 21), tabela IV. 2B.

A reconstrução de imagem para 36 projeções está re-

presentada na figura IV. 5.

TABELA IV. 2A - VALORES DE/?(%)PARA SIMULAÇÃO (33 x 33)

^X.PROJEÇÕES

SIMULAÇÃO^v.

1

12

11

18

5 ,8

24

3 , 5

30

2 , 3

36

1 .»

40

1 .8

45

2 , 1

t f

Coeficientes de Atenuação -1. 0,3 cm

0,2 cm

Zero

-1

TiGlV.H : 0BJF.T0 SIMULRDO

MRTRI7 33X33

4B

FIG IV. 5 :RECONSTRUÇÃO 36 PRPjF.tPr.í>

MqiRI7 33X33

49

TABELA IV. 2B - VALORES DE R% PARA SIMULAÇÃO (33 x 33) ELIMI­

NANDO A INTERFACE (AR-ÁGUA), MATRIZ 21 x 21

^^V^PROJEÇÕES

SIMULAÇXÒ^V.

1

12

5 . 0 0

18

3 , 7 0

24

2 ,60

30

2 .20

36

1 .90

40

1.80 •

45

1.98

As figuras IV. 6A-B representam as duas simulações

feitas com matriz 35 x 35.

Foi usado o mesmo número de projeções da simulação

anterior.

As tabelas IV. 3A e IV. 3B mostram os valores obti

dos no cálculo do índice de reconstrução (/?). para cada reccns

trução, considerando todo o objeto (matriz 35 x 35) e apenas a

região interna, eliminando-se as bordas, interface(AR-ÁGUA),(ma

f

triz 23 x 23). 9,

As figuras IV. 7A1 - 7A3 mostram reconstruções pa­

ra 18, 24 e 36 projeções referentes à figura IV. 6A e as figu­

ras IV. 7B1 - IV. 7B2 para 36 e.40 projeções referentes à figu

ra IV. 6B.

0 gráfico IV - 1 mostra o comportamento do Índice de

Reconstrução em função do número de projeções, utilizando os re_

suit ados obtidos nas Tabelas de IV. IA a IV. 3A.

D U

Coefic ientes de Atenuação

0 , 3 cm

0 ,2 cm

Zero

-1 i

-1

FIGiV.fcfi OBJF.TO SIMULADO

MRTR17 3fiX3r3

9 4

Coeficientes

0.4

0,3

0,2

Zerc

de

cm"

cm"

cm"

»

Atenuação -1 .

-1

-1

F1GIV.6B OBJF.TO SIMULRDC

M,qTRi7 35x35

F1GIV.7R1 .-RECONSTRUCRO ifi PRPJEÍ Or.íi

MRTRI7 3t;X3t;

9<9

F1GIV.7R2 tHF.C0N3TRUCq0 24 PROJF-C CT.r>

MRTRIZ 3I3X3C3

54

F1G1V.7R3 : RECONSTRUÇÃO. 3fe FROJF.1 ÜF.S

MRTRIZ 3lJX3i;

FIG IV. 761 : RECONSTRUCT 36 PROJELOES

MRTRI7 35X3'J

FIG IV.762 :RECONSTR'JCfiO 40 PR0jf.C0ff>

MRTRJ7 35X35

GRsnco

D

o A

+ X * • 9

X

z o Y

o

I V . 1 - IND. DE

HftTRI? - 21X21

RECPNST. X NUM. D

SIMULACRO - t tUMNRNDC R INTEHF« fCRR-RGMRJ

MqtR17 21X21 H1TRIZ. - 21X21 M9TRI7 - 31X33

itIMINRNDC M3TRI7 - 35X35

f.UMINANDC MRTR17 - 3'jX3'j

fLIMINRNDC

SMULRCRC - 2 SIMULACRO - 3

fl iNTiKF-rnft-RGonj SiMULRCRC - 1

n isTnr.rfiP.-nooRj OiMULRCRC - 2

R INUA/.VflR-nCURJ

P R P J F X O E * ,

12. CO 44 DO 52. i'C

TABELA IV. 3A - VALOR DE R% PARA SIMULAÇÃO (35 x 35)

^ S \ P R O J E Ç Õ E S

SIMULAÇÃO^V.

1

2

12

12

1 3 , 6

18

6 ,4

7 ,5

24

3 , 6

4 , 9

30

2 , 5

3 ,7

36

1,7

2 , 9

40

1.6

2 , 9

45

2 , 0

3 , 3

TABELA IV. 3B - VALOR DE B% PARA A REGIÃO MAIS INTERNA ELIMI

NANDO-SE A INTERFACE (AR-ÁGUA)-MATRIZ 23x23

^XPROJEÇÕES

S I M U L A Ç Ã O ^ N .

1

2

18

3 , 8 8

5 ,30

24

2 , 4 3

4 , 2 0

30

2 ,24

3 ,50

36

1,70

3 , 1 0

40

1,65

3 ,00

45

1,71

3 ,00

Com a finalidade de verificar a reconstrução para

objetos em que não haja grandes variações de densidade nas in­

terfaces, simulou-se um objeto de forma circular, igual ao uti

l23l

lizado no trabalho de Ramachandran . É composto de três re­

giões de densidade: um disco homogêneo com coeficiente de ate-

-1 -

nuaçao 0,1 cm , possuindo uma região, nao centrada, com coefl

ciente de atenuação variando de 0,103 cm" a 0,139 cm

e uma região variada, circundando o disco homogêneo, com coefi^

-1

cientes de atenuação entre 0,1 cm e Zero . Portanto, a in­

terface, região homogênea e ar, é suavizada pela região varia-

da, Tabela IV. 4A.

A matriz de reconstrução possui uma dimensão de 25 x

25, com 0,1 cm de largura de pixel. As reconstruções feitas com

6, 12 e 18 projeções tiveram seus índices de reconstrução calcu­

lados, considerando-se apenas a região do disco homogêneo inclu-

indo a região de alto coeficiente de atenuação, na tabela IV. 5.

A tabela IV. 4B e a figura IV. 8 representam a ima­

gem reconstruída, de uma forma quantitativa e qualitativa, com 6

projeções.

TABELA IV. 5 - ÍNDICE DE RECONSTRUÇÃO (R)

^"^^ROJEÇÕES

R %

6

2,00

12

1,60

18

1,66

Uma aplicação importante de Tomografia, na área médi

ca, é o desenvolvimento de medidas precisas da densidade óssea

no esqueleto humano, investigando a concentração de cálcio e ou­

tros elementos.

*

Com o objetivo de testar o algoritmo desenvolvido nes_

te trabalho, na área médica, simulou-se a reconstrução de uma se_

ção transversal do braço humano. Os valores para os coeficientes

TABELA IV. 4 A

0

0

0 0

0

0

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0

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20 34

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0

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100

100

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100

100

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100 100

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100

100

100

100

100

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100

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100

100

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100 100

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100

100

100

100

100

100

103

105

103

100

100

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100 100

100

100

100

100

100

100

103

114

124

114

103

100

99

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4

16

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100

100

100 100

100

100

100

100

100

100

105

124

139

124

105

100

100

81

44

16 4

- Objeto Circular Simulado

Alta e Variada - Matriz

0

15

43

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99

100

100 100

100

100

100

100

100

100

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100 100

100

100

100

100

100

100

100

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105

103

100

100

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100 100

100

100

100

100

100

100

100

100

100

100

100

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100

100

100

100

100

100

100

100

100

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13

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100 100

100

100

100

100

100

100

100

100

100

100

100

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13

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> . — V 1 II,

0

0

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100

100

100

100

100

100

100

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100

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100

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Densidade

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20 34 1

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81 <

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0

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0

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0

0

0

0

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0

0

0

0

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0 0

0

0

0

0

4

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0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

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TABELA IV. 4 B

0

0

0

0

0

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54

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78

86

88

78

71

66

62

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18

12

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0

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31

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33

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. 4 B

0

0

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99

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103

98

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105

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102

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37

71

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106

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102

100

101

105

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101

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0

15

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98

102

104

105

105

104

100

101

101

101

100

103

103

103

101

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100

100

99

99

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103

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101

100

101

100

102

102

103

102

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20

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99

99

97

97

97

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99

101

100

100 104

108

104

102

101

103

74 40

19

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18

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101

100

100

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98

99

99

103 114

123

114

105

102

101

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16

0 c

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8

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56

91

108

111

108 107

107

106

104

102

104

101

107

124

137

124

109

106

104

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103

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100

100

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99

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114

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102

101

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16

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0

20

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100

99

99

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97

97

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99

101

100

100

104

106

104

102

101

103 74 40

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0

-

0

24

34

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100

100

99

99

101

103

102

101

100

101

100

102

102

103

102

96

68 39

26

0

0

15

26

54

85

98 102

104

105

105

104

100

101

101

101

100

103

103

103

101

85

55 30

20

0

Matriz

0

0

10

37

71

94

105

106

107

103

99

97

101

102

100

101

105

100

101

95

72

35 10

0

0

25

0

0

1

22 54

80

102

105

103

100

98

100

105

104

100

102

106

101

95

78 54

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0

0

x 25

0 0

0 0

0 0

19 0

40 31

55 34

76 49

92 70

98 84

99 93

99 103

104 105

109 105

103 99

98 98

102 . 96

105 92

92 73

71 47

52 33

39 33

16 0

0 Ò

0 0

0 0

». - V (

0

0

0

0

0

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0

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I . J

0

0

0

0

0

0

0

) . -3

FIG IV. 8 : RECONSTRUCT 6 PROJ C I11'. S

MRTRIZ 2<JX2lJ

de atenuação em cada região do osso foram obtidos do trabalho de

1331 Hangartner . Esses valores, para ralos gama de energia de 60

KeV da fonte de Am , são: 0,2 cm para os tecidos envolventes

- —1

e a região do osso esponjoso (trabecular) e 0,5 cm para a re­

gião do osso compacto (cortical).

A seção do ante-braço simulada (ossos rádio e cúbito)

está representada na figura IV. 9.

A dimensão da matriz de reconstrução é 41 x 41, con

largura de pixel igual a 0,1 cm.

A tabela IV. 6 mostra os valores do índice de recons

trução (/?). para o caso de reconstrução com 40, 45 e 60 projeções.

A reconstrução com 40 projeções está representada na figura IV.

10.

TABELA IV. 6 - VALORES DO ÍNDICE DE RECONSTRUÇÃO (ff), PARA A SI­

MULAÇÃO DO OSSO.

^^f iROJEÇÕES

R %

40

6,66

45

6,65

60

6,64

Além de obter boas reconstruções, o algoritmo usando

o método analítico (convoluçâo) montado neste trabalho, possui

FIG IV. 9 rOBJF.TO SIMULfiDO

MRTRIZ 41X41

T

FIG IV. IO :REC:ONS-RUCRO 40 PRPjf.U'i.*)

MSTRIZ 41X41

maior rapidez na análise dos dados, em comparação com outros mé­

todos. Este fator é importante para tomógrafos médicos comerciais

com alta velocidade de aquisição de dados, já que a aquisição e

análise de dados é feita simultaneamente.

Para se ter uma idéia do tempo de processamento gas-

to, montou-se uma tabela com o tempo (em segundos) para cada si­

mulação - Tabela IV. 7. Pelos dados da tabela, observa-se uma

certa linearidade do número de projeções com o tempo para cada

matriz de reconstrução.

TABELA IV. 7 - TEMPO DE PROCESSAMENTO PARA MATRIZES DE RECONSTRU

ÇÃO N x N COM DETERMINADO NÚMERO DE PROJEÇÕES

^"v. N x N

PROJEÇÕES>s>».

6

12

18

24

30

36

40

45

60

21x21

5,5

11,6

13,3

17,5

21,0

28,6

37,7

25x25

7,0

12,4

18,0

9

33x33

12,0

28,6

38,4

65,0

71,0

87,0

99,0

35x35

— -

40,0

44,0

71,0

75,0

83,0

98,0

41x41

_ —

— -

— _

131,0

141,0

173,0

Tempo em segundos

CAPÍTULO V

DISCUSSÕES E CONCLUSÕES

Para a interpolaçao usada no algoritmo analítico (con

volução), foi necessária a utilização de um método em que o erro

nao dependesse do número de pontos que no caso seria' o número de

Raios. Foram assim, de início, eliminados os seguintes métodos:

Polinomio de Interpolaçao de Newton, de Lagrange e Mínimos Quadra

dos.

Testou-se a interpolaçao linear, que ajusta uma curva

sobre os pontos, através de retas traçadas de dois em dois pontos.

Em seguida, utilizou-se o método de interpolaçao SPLI

NES CÚBICA, que molda uma curva aos pontos dados, através da conss

trução de polinômios de 3a grau, em cada intervalo considerado.

Comparando os resultados das duas Interpolações, en­

controu-se um erro menor no uso da SPLINES CÚBICA, o que era esp£

rado, já que a curva construída se aproxima mais da curva real.Ba

seado nestes resultados, o algoritmo foi montado, incorporando a

interpolaçao SPLINES CÚBICA.

Para a reconstrução de matriz (21 x 21), (Tabela IV.

IA), foi obtida uma boa reconstrução (R < 2,7%) a partir de 24pro

jeções, com o menor índice de reconstrução obtido para 24 proje­

ções, para o caso da primeira simulação.

Para ai* simulação. Figura IV. 2A, comparando-se as

Tabelas IV. IA e IV. IB, pode-se verificar que para. 24 e 30 pro­

jeções, os valores de R permaneceram os mesmos. Portanto, com es

se número de projeções os erros na Interpolação,devidos à descon

tinuldade na interface AR-ÁGUA foram minimizados.

Para um número maior de projeções o valor de R prato

camente não se altera, não se obtendo informações adicionais a

respeito do objeto.

Para a 2* e 3» simulações, Figuras IV. 2B e IV. 2C ,

verifica-se pela Tabela IV. IA que, devido ao aumento do número

de interfaces com descontinuidades nos valores dos coeficientes

de atenuação, não foi obtido um valor mínimo para R. No entanto,

a partir de 24 projeções o valor de R passa a sofrer pequenas va

riações (menores que 10%), mostrando que o aumento do número de

projeções não adiciona informações relevantes a respeito do obJ£

to analisado.

Os valores de R sofrem um aumento dal* para a 3* simu­

lação,devido aos erros de Interpolação causados pelo aumento da

variação dos valores do coeficiente de atenuação na interface BLO

CO-ÁGUA, já que a atenuação dos blocos é variada oe 0,3 cm a

0,7 cm" .

Na reconstrução da matriz (33 x 33) (Tabela IV. 2A)

foi obtida uma boa reconstrução (R < 2,7*) a partir de 30 proje­

ções con os menores índices para 36 e 40 projeções.

As informações obtidas pela análise dos valores de R

nas Tabelas IV. 2A e IV. 2B são as mesmas obtidas nas Tabelas

IV. IA e IV. IB para ai* simulação.

Na reconstrução (35 x 35), cujos resultados sao mos­

trados nas Tabelas IV. 3A e IV. 3B, para a 1* simulação foi obti

da uma boa reconstrução a partir de 30 projeções. Para 36 e 40

projeções obtiveram-se os menores índices, tanto na 1» simulação

quanto na 2*. Portanto, com esse número de projeções, o erro na

interpolaçao é reduzido ao mínimo.

Numa comparação entre as Tabelas Iv. 3A e IV. 3B, ob

serva-se que foram obtidas as mesmas informações das Tabelas IV.

IA e IV. IB. No caso da 2» simulação, os valores de R para 36 e

40 projeções aumentaram na Tabela IV. 3B. Este resultado mostra

que o erro causado pelo aumento da variação da atenuação nas in­

terfaces é compensado quando toda a matriz do objeto é considera

da, já que os erros causados pela descontinuidade na borda são

minimizados com 36 e 40 projeções.

Na simulação do disco, Tabela IV. 4A foi obtida uma

boa reconstrução para todas as projeções .testadas. Neste coso,

são necessárias apenas 6 projeções para a reconstrução,Tabela IV.

4 B e Figura IV. 8. Este fato é devido a não haver grandes decon

tinuidades nas interfaces, ou seja, as variações são suaves.

Foi verificado que a reconstrução da região variada,

externa ao disco, não foi boa, obtendo-se um Índice de reconstru

ção (A) aaior que 9JÉ. Neste caso tornou-se necessário o aumento

de número de projeções para obter-se boas reconstruções.

Para a simulação do osso. Figura IV. 9 não foi obti­

da uma boa reconstrução quantitativa da imagem (J? > 656), já que,

para os valores de coeficiente de atenuação nas interfaces, obti

veram-se erros relativos maiores que 10%. Porém, qualitativamen­

te foi possível delimitar as regiões do osso, como se pode ver

pela Figura IV. 10.

O alto valor obtido para R é devido ao grande número

de interfaces com descontinuidades nos valores do coeficiente de

atenuação, acarretando um aumento do erro de interpolação.

•r

Para esta simulação, foram feitas reconstruções, ape

nas a partir de 40 projeções, tendo em vista que nas simulações

anteriores, o menor índice de reconstrução foi obtido para o nú­

mero de projeções em torno da dimensão da matriz.

Dos resultados simulados pode-se concluir:

1 - Para objetos com uma distribuição continua de

coeficiente de atenuação podem-se obter boas reconstruções (quan

tltatlva) com poucas projeções. Reconstruções sao obtidas com in

dice de reconstrução (R) menor que 2%.

2 - No caso de objetos em que o coeficiente de ate-«

nuação varie muito nas interfaces, a melhor reconstrução é encon

trada com o número de projeções em torno do valor da dimensão da

matriz de reconstrução. Para o caso de haver um grande número de

interfaces com essa variação, a reconstrução quantitativamente

não é boa, contudo pode-se distinguir regiões de altaebaixa den

sidade.

3 - Quanto maior a dimensão da matriz de reconstrução,

melhor a reconstrução para o mesmo número de projeções.

0 algoritmo montado neste trabalho é viável, tanto em

termos de tempo de processamento, quanto em termos de acurácla,

já que mesmo para imagens complexas (grande número de interfaces)

sao obtidas boas reconstruções qualitativas. Essa boa reconstru­

ção qualitativa, diferenciação entre regiões de alta e baixa den

sidade em um corpo, é importante para diagnósticos, na área médi

ca, devido à necessidade de se obter um resultado visual.

Todo o algoritmo de retroprojeçaofiltrada foi monta-

do em cima de um único filtro teórico |R|, deduzido matematica­

mente. Existem porém outros filtros, variações deste, utiliza­

dos com dados experimentais, na tentativa de melhorar a Imagem

obtida, diminuindo a relação entre ruído e sinal. A escolha de

um filtro depende, principalmente, da estrutura do objeto em e£

tudo, assim como do grau de resolução desejada na imagem a ser

obtida.

Estes filtros podem ser incorporados ao programa mon

tado, apenas com a mudança da subrotina que realiza a filtragem

das projeções.

Torna-se interessante a continuação deste trabalho,

testando-se o programa montado com dados experimentais, compa­

rando-se os diversos filtros usados na reconstrução de determi­

nados objetos para melhorar a resolução da Imagem obtidr .

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INTRODUCTION"

APÊNDICE I

DEMONSTRAÇÃO DAS EQUAÇÕES (III, 12) e (III. 13)

Seja y (x, y) a função distribuição de coeficiente de

atenuação linear de um corpo. Como o corpo possui massa e dimen­

são finitas, pode-se dizer que \v (x, y)|é uma função'limitada,ou

seja v (x, y) é absolutamente integrável. Assim a sua Tranformada

^ ~ * * * I27| de Fourier existe

+QD

(A. 1)

invertendo:

t> (x , y) = / / F (X, Y) exp Li

-CD

>] exp W t i (xX + yY) dX dY (A. 2)

onde x, y são coordenadas no espaço real e X, Y são coordenadas no

espaço recíproco.

ESPAÇO REAL ESPAÇO RECIPROCO

80

onde

l>

V

<r,

<r.

x •

y «

• >

• )

: r cos •

= r sen •

X *

Y *

Em coordenadas polares i

+QD

rr • :

0 0

(R.

t

(R.

• ) exp 1-2» i

• ) exp 1-2 * i

R cos •

R sen •

\ equaçac

r R cos

r R cos

• (A. 2)

(•

(•

-] ..,]

t

fica

• |R| dl

R dR<

(A. 3)

J-(D

Aplicando a definição de Raio-soma:

+GD

P (x) * / v (x, y) dy

+0D +CD

Y) exp | - 2 « i <xX+yY)| dX dY 0 / n (x , y) dy = / / / F (X, Y) exp | -

•f© *-~®

" / / {F (x* Y) exp r2* * x^ /cxp r2" * yY dy } -a> " • ? -OD

dy

dX dY

Resolvendo

/ exp T-2 w i yyj dy

•ZflD

« (Y - 0)

í F (X. Y) ê (Y - 0) dY

F (X, o) p/ Y - 0

0 p/Y ^0

/ M ( X . y) dy « / F(X, O)

/VOD

P(x) « / F(X, 0)

ivertendo a equa<

/

+CD

P(x) exp (2

Escolhendo a solução nao t r i v i a l , ou se ja , Y«=0

4<D ^ +(D

exp ( - 2 * i xX) dX

^B —. -» ~-0D

exp (-2 « i xX) dX (A. 4)

'-CD

invertendo a equação (A. 4)

,+OD

F (X, O) = / P(x) exp (2«i xX) dX (A. 5)

*4D

Seja o sistema real x o y e o recíproco X o Y coincidentes, mes­

ma origem , figura III. 7.

Verifica-se que Y=0 corresponde a • = O, no espaço re

ciproco.

Assim

t

F (X, 0) = F(R, 0) onde X c (0, CD) e R c (0, CD)

F (Xf 0) = F(R, «) onde X c (-<D, 0) e R e (-0D, 0),

Girando-se o sistema real de um ângulo e, e demonstra

do que o sistema reciproco sofrerá a mesma transformação

Obtem-se assim um novo sistema x'oy' e X' o Y*.

As equações de transformação sao:

•O (x\ X») « (x, X) cos t +: (y, Y) sen*

(y*. Y T - ' U , X) sen • 9 (y. V) cos •

No novo sistema de coordenadas:

.•<D

P (x')

+0D

= / * <*. y') dy«

(X«t O) = / P(x«) exp 2 « i x* X» I

•/-(D

F (X*t O) « / P(x«) exp I 2 « i x* X»|dx« (A. 6)

-GD

Em coordenadas polares:

F (X1, O) « F (R, e) para X' c (-0D, + OD) e Rc(-0D, + (D)

ou

F (X'f O) = F (R, •) p/ X' e fo, • ©je R e |j0, • OD)

e

F (X*, O) « F (R, • + w) p/ X' c (-QD, Gje R e jjO, + (D)

Reescrevendo a equação (A. 4) em coordenadas polares:

<R. •) « / P»;

J-ÇD

F (R, •) * / P(l; 0) exp (2 « i l R) dl (A. 7)

-OD

Obtendo-se experimentalmente P (l; • ) com valores de

1 c (-(D, 4-0)) para cada valor de ângulo 0 c (_0, * )• Tem-se, assim

um grupo completo de F (R, a) e assim v (r, •) pode ser reconstruí

da usando-se as equações

F (R; •) - / P (I; •) exp |2 « i I Rj dt

» (r. •) « / / F(R, t) exp I -2 » 1 r R cos (• - Oil

0 Modelo matemático descrito acima é conhecido como i

todo analítico de Reconstrução usando-se Transformada de Fourier.

84

APÊNDICE II

DESENVOLVIMENTO DA EQUAÇÃO (III. 24)

Expandindo-se |R| em sua série de Fourier de perío

do A, onde A * — a

+QD

IRI « /] C (na) exp (2 w i R —) a « largura do raio

-0D n e inteiro qualquer

Calculando-se C (na)

.A/2 -A/2

|R| exp (-2 w i R £) dR = / C(na) dR f í I |R| exp (-2 * i R "-) dR = /

-A/2 .A/2 ^A/2 -A/2

J-kl

C (na) R | * / |R| exp (-2 1 i R j) dR

"-A/2 -A/Z

A/2

C (na) « T / |R| exp (-2 w i R j) dR i • • / .

C (na) « a / |R| exp (-2 w i R na) dR

-A/2

C(na) » a QA (na)

assim

|R| - 53 a qA (na) Cxp (2f * R n A* (B* l)

-0D

85

que é a integral (III* 21) escrita sob a forma de somatório, ou se

Ja, considerando-se l • na (discreto).

Tomando-se o limite da equação (B. 1) quando A • (D, ou

seja a - 0, volta-se à forma integral (III. 21) e q (na) se apro-

xina de q (na).

Assim sendo, podemos calcular q (ha) ao invés de q(na)

• /

A/2

i R na) dR

q Ona) * / |R| exp (-2 * i R na) dR =

fO -A/2 . A/2

« / -R exp (-2 i I R na) dR + / R exp (-2 »

•*-A/2 *0

10 / i exp (-2 w i R na)

-A/2

r° I i exp (-2 w i

•/-A/2 2 " n a

dR +

i R exp (-2

^ A / 2

> (-2 ir i R na) _ / i exp (-2 w i

2 * na J • 2 w na

R na) dR

i A exp (w 1 A na)

4 * na

_ exp (-2 w i R na

(2w na) 2

1 A exp (-w 1 A na) _

4 t na

-A/2

nA/2

_ e x p (~2 * * R n a)

(2 • na) 2

tomando A » l/a

87

APÊNDICE III

MÉTODO DE INTERPOLAÇÃO SPLINES CÚBICA *4°*

Sejam os pontos com ordenadas f (x_), f (x ),

f (x ) coro abcissas xft, x,, ..., x ordenadas da forma a = xn < n v x n o

<x, < ... < x . *b. 1 n

A função S (x), chamada Spline cúbica é definida pe­

las seguintes propriedades:

(I) S (x) é contínua com as derivadas de 1* e 2* ordem no inter

valo [_a, bj.

(II) S (Xi) = f4 , i « O, 1 n

(III) S (x) é um polinomio cúbico em cada intervalo.

|xif Xi+l|, i • 0, 1, ..., n-1.

(IV) s" (x0) - 0, s" (xn) e O

11 Já que S. (x) é um polinomio, S. (x) é linear e pode

ser expresso na forma.

»l <*> • 't " 4 — + »!•! -IT1 (C- »>

i » 0, lf ...» n-1

6 8

onde n « * x 4 1 ~ x i

s i *x* r s *x* p/ x c jjtj , x i + i J

Integrando duas vezes a equação (C. 1) e calculando-se as constan

tes de integração através das condições: S,(x,)ef , S!(x^ .)«f , . i i i i i+1 i+1

obtém-se: _ _ i 1 1

Si (x) ' TTl (xi*l " x) * rn7 (x * xi> +

,fi+l Sl+1 h i % , s ,fi 8i h i w + (-h^ e - ) (x - V + (h7 - - T - } (xi+i "

x) •

i « O, 1, ..., n - 1 (C. 2)

Torna-se necessário o calculo de s . e s . i 1+1

Diferenciando a equação (C. 2) e aplicando a condição

de continuidade da derivada primeira

»úl (xi ) ' Si (xi )

o . A * hl-U hi-l 6 /i+1 " fi fi " fl-l, •Í*I • 2 8 i ( — — > • T f ei-i - ÍÇ ( — ~ v T "

i - 1, . . . . n-l (C. 3)

Reescrevendo (C. 3).

•9

"Kf Vi * * (1 * -Éf> "i * "in " ai »-»• * -1

f - f t - f «I 1 / J** i 1 1-1. ,„ - %

d. « — C r ) (C. 4)

Definindo

\ ^ x • Pj s j • *ji i«l, 2. ...i n (C. 5)

Aplicando as condições S.eO, obtem-se p « O c t . «0.

Substituindo (C. 5) em (C. 4) obtem-so

d " «

8 „ li S +

1 i+1 h . h. . h, - h. ,

onde

'±•1 " — ! Ti+1 hi-l P . f.

hi-l, hi-l , #. hi-l% — — • 2 (1 -—) - r — p. + 2 (1 • -r—)

hi * hi hJ. * hi

Com as condições s * 0 e P, • i. « O podemos calcu­

lar s pela equação (C. 6) e em seguida calcular o valor do po-

llnomio (C. 2) no Intervalo 1.