workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

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1 CONSTRUÇÃO DE UM SISTEMA DE MONITORAMENTO SOCIOAMBIENTAL DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA AMAZÔNIA BRASILEIRA _______________________________________________________________ WORKSHOP INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO Realizado nos dias 24 e 26 de março de 2010 no Centro de Convenções Israel Pinheiro, Brasília-DF Relatoria: Helena Maria Maltez (Consultora) Supervisão e Revisão: Carlos Eduardo Marinelli Realização Apoio Programa Monitoramento de Áreas Protegidas Instituto Socioambiental Brasília, DF – 2010 ______________ Para citar este documento: Marinelli CE & MH Maltez (2010). Indicadores Socioambientais de Unidades de Conservação: Documento-Síntese: Workshop. Instituto Socioambiental (ISA). Brasília-DF. 76p.

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Page 1: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

1

CONSTRUÇÃO DE UM SISTEMA DE MONITORAMENTO

SOCIOAMBIENTAL DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA

AMAZÔNIA BRASILEIRA _______________________________________________________________

WORKSHOP

INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

Realizado nos dias 24 e 26 de março de 2010 no Centro de Convenções Israel Pinheiro, Brasília-DF

Relatoria: Helena Maria Maltez (Consultora) Supervisão e Revisão: Carlos Eduardo Marinelli

Realização Apoio

Programa Monitoramento de Áreas Protegidas

Instituto Socioambiental Brasília, DF – 2010

______________

Para citar este documento: Marinelli CE & MH Maltez (2010). Indicadores Socioambientais de Unidades de Conservação: Documento-Síntese: Workshop. Instituto Socioambiental (ISA). Brasília-DF. 76p.

Page 2: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

2

LISTA DE SIGLAS

ADTUR: Agência de Desenvolvimento Turístico de Tocantins

AISAPS: Avaliação de Impactos Sociais de Áreas Protegidas

AMAVIDA: Associação Maranhense para a Conservação Da Natureza

ASCAMPA: Associação de Catadores de Palmas

ARPA: Programa Áreas Protegidas da Amazônia

CDB: Convenção sobre a Diversidade Biológica

CDS: Centro de Desenvolvimento Sustentável

CI: Conservação Internacional

COEMA: Conselho Estadual de Meio Ambiente

CNS: Conselho Nacional das Populações Extrativistas

CTA: Centro dos Trabalhadores da Amazônia

FAUC: Ferramenta de Avaliação de Unidade de Conservação do Programa ARPA

Funbio: Fundo Brasileiro para a Biodiversidade

FVA: Fundação Vitória Amazônica

GTs: Grupos de Trabalho

GIZ: Cooperação Técnica Alemã

IABIN: do inglês Inter-American Biodiversity Information Network

IBAMA: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

ICMBio: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

ICV: Instituto Centro de Vida

IDPDHMA-PA: Instituto de Defesa e Promoção dos Direitos Humanos e Meio Ambiente do Pará

IEB: Instituto Internacional de Educação do Brasil

IFT: Instituto Floresta Tropical

IMAC: Instituto do Meio Ambiente do Acre

IMV: Instituto Madeira Viva

INPA: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

IPE: Instituto de Pesquisas Ecológicas

IPI: Instituto Piagaçú

ISA: Instituto Socioambiental

IUCN: do ingles International Union for Conservation of Nature

MIQCB: Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu

MMA: Ministério do Meio Ambiente

MPEG: Museu Paraense Emílio Goeldi

MUSA: Museu da Amazônia

Ong: Organização não-governamental

PARATUR: Companhia Paraense de Turismo

PNAP: Plano Estratégico Nacional de Áreas Protegidas

ProBUC: Programa de Monitoramento da Biodiversidade e do Uso de Recursos Naturais em Unidades de

Conservação Estaduais do Amazonas

RAISG: Rede Amazônica de Informação Socioambiental Georeferenciada

RAPPAM: do inglês Rapid Assessment and Priorization of Protected Area Management

Page 3: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

3

SISUC: Sistema de Indicadores de Sustentabilidade Socioambiental

TIs: Terras Indígenas

TNC: The Nature Conservancy

UCs: Unidades de Conservação

UFMG: Universidade Federal de Minas Gerais

UFMT: Universidade Federal do Mato Grosso

UFRJ: Universidade Federal do Rio de Janeiro

UFR: Universidade Federal do Tocantins

UnB: Universidade de Brasília

UNEP: do inglês United Nations Environment Programme

UNEMAT: Universidade Estadual de Mato Grosso

USP: Universidade de São Paulo

UTFPR: Universidade Tecnológica Federal do Paraná

WDPA: do inglês World Database on Protected Areas

WWF-Br: WWF-Brasil

Page 4: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

4

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ....................................................................................................................................... 5

I. PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO SISTEMA DE MONITORIAMENTO SOCIOAMBIENTAL PARA UNIDADES

DE CONSERVAÇÃO DA AMAZÔNIA BRASILEIRA ......................................................................................... 6

1. SEMINÁRIO ..................................................................................................................................... 11

2. OFICINAS REGIONAIS ........................................................................................................................ 16

3. REUNIÕES REGIONAIS ....................................................................................................................... 17

II. WORKSHOP “INDICADORES SOCIOAMBIENTAIS PARA UNIDADES DE CONSERVAÇÃO” ..................... 20

1. RESGATE HISTÓRICO ......................................................................................................................... 21

2. CONSTRUÇÃO DE INDICADORES ........................................................................................................... 26

3. GRUPOS TEMÁTICOS (GTS) E RESULTADOS ............................................................................................. 33

i. GT Economia ......................................................................................................................................... 33

ii. GT Meio Ambiente ................................................................................................................................ 40

iii. GT Gestão / Política Institucional ......................................................................................................... 48

iv. GT Sócio-Cultural .................................................................................................................................. 57

4. PLENÁRIA FINAL............................................................................................................................... 66

III. LISTA DE PARTICIPANTES DE TODOS OS FÓRUNS ............................................................................. 72

Page 5: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

5

APRESENTAÇÃO

I.

II.

Participantes do Workshop Instituição-UF

Adriana Ramos ISA-DF

Ana Flávia Zingra ICMBio-AM

André Cunha GFA/GIZ-DF

Antonio Tafuri MMA-DF

Carlos E. Marinelli ISA-DF

Davi Pantoja UnB-DF

Deisi C. Balensiefer ICMBio-DF

Elaine Teixeira Funbio-RJ

Erika Pinto ICMBio-DF

Fernando Tatagiba MMA-DF

Geraldo Stachetti Embrapa-SP

Glenn Shepard MPEG/UFPA-PA

Gustavo Tossello TNC-DF

Helena Maltez (relatora) Consultora-DF

Henrique Santiago CEUC/SDS-AM

Henyo T. Barreto IEB-DF

Iara Vasco ICMBio-SC

Leda Luz (facilitadora) GIZ-DF

Leonardo Hasenclever IEB-DF

Marcelo Hercowitz ISA-SP

Mariana Napolitano WWF-DF

Marta Irving UFRJ-RJ

Maura Machado Silva MMA-DF

Muriel Saragoussi Consultora-DF

Nurit Bensusan Consultora-DF

Patrícia Pinha ICMBio-AP

Paulo Bretas UnB-DF

Petra Ascher GIZ-DF

Reinaldo Lourival TNC-DF

Rita Mesquita INPA-AM

Sergio Borges FVA-AM

Tatiany Barata MMA-DF

Thiago Cardoso IPÊ-AM

Viviane Pacheco ICMBio-DF

Wadih Scandar Neto IBGE-RJ

Wilde Itaborahy CEUC/SDS-AM

Neste documento são apresentados os antecedentes,

conceitos-práticos e procedimentos debatidos, e os

resultados do Workshop Indicadores Socioambientais

para Unidades de Conservação, realizado em março de

2010, em Brasília-DF.

Dos 36 participantes do Workshop, 23 deles já haviam

participado de algum dos seis eventos anteriores

realizados para construção do SISTEMA DE INDICADORES SOCIOAMBIENTAIS PARA UNIDADES

DE CONSERVAÇÃO DA AMAZÔNIA BRASILEIRA (SISUC). A participação contínua de uma parte dos

atores envolvidos neste processo auxiliou na

manutenção de uma “memória viva” dos debates, que

totalizaram participação de cerca de 300 pessoas de 77

instituições, dos nove estados da Amazônia brasileira.

De um total de mais de 100 alvos identificados ao

longo deste processo, 35 deles foram priorizados, e

resultaram na proposição de 43 indicadores. Ao final do

Workshop, a plenária encaminhou uma série de

questões, que incluíram ajustes para busca de

sincronias entre os resultados dos grupos de trabalho,

definição de protocolos de dados e procedimentos de

aplicação dos indicadores.

O formulário organizado a partir da qualificação dos

indicadores construídos foi aplicado em caráter piloto

em seis UCs, de Proteção Integral e de Uso Sustentável,

do Mosaico de Áreas Protegidas do Baixo Rio Negro no

AM. Mais do que o marco-zero do monitoramento

dessas UCs, o teste do formulário e da

operacionalização da metodologia, foi também uma

oportunidade de avaliação dos indicadores a partir da

visão de instituições e representantes comunitários que

fazem parte de conselhos gestores, ou que estão

envolvidos no debate sobre a gestão dessas UCs. Os

resultados desta aplicação definiram os últimos ajustes

para formatação da primeira versão do protocolo do

Sistema de Indicadores Socioambientais de UCs da

Amazônia brasileira (SISUC).

Page 6: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

6

I. PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO SISTEMA DE INDICADORES SOCIOAMBIENTAIS PARA UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA AMAZÔNIA BRASILEIRA (SISUC)

O processo de construção do SISTEMA DE INDICADORES SOCIOAMBIENTAIS DE UNIDADES DE

CONSERVAÇÃO DA AMAZÔNIA BRASILEIRA (SISUC), liderado pelo ISA, é uma resposta à demanda pelo

incremento do controle da sociedade sobre o estado das Unidades de Conservação da Amazônia brasileira.

Surge a partir da constatação de que o entendimento sobre a sustentabilidade de UCs remete a uma

abordagem socioambiental - ainda incipiente nos sistemas de apoio à gestão atualmente em uso1 - e como

resposta à demanda por uma metodologia capaz de integrar culturas, conhecimentos e atores da sociedade.

Qual a diferença entre esse e os outros sistemas?

Dentre os sistemas atualmente em uso para as UCs da Amazônia, o RAPPAM e o FAUC são sistemas voltados

à avaliação da efetividade da gestão, que fornecem muitos dados e com elevado grau de detalhamento,

mas que são de difícil aplicação e/ou continuidade ao longo do tempo, além de não possibilitarem a geração

de dados comparáveis entre UCs. No conjunto, a experiência desses métodos aponta que eles não dão um

retrato do que está acontecendo nas UCs em sua abrangência e magnitude reais, e nem dos efeitos da

1 Existem diversos mecanismos e iniciativas que se propõem a avaliar ou monitorar áreas protegidas – cerca de 60 no mundo e mais

de uma dezena só no Brasil. Detalhes podem ser encontrados em Marinelli & Mendes (2010).

Slide apresentado durante o Workshop

Page 7: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

7

criação ou implementação dessas áreas sobre a biodiversidade, as populações locais ou a região. A proposta

é de que o Sistema de Indicadores Socioambientais (SISUC) tenha um caráter de aplicação estratégico, que

subsidie diferentes atores envolvidos no manejo, e que seja complementar aos demais sistemas existentes

para que, juntos, fortaleçam a gestão de UCs na Amazônia. Vale ressaltar que o SISUC e a Avaliação de

Impactos Sociais de Áreas Protegidas (AISAPS) são sistemas complementares, e que não se anulam.

Slide apresentado durante o Workshop

O OBJETIVO do sistema em construção é:

PROVER A SOCIEDADE CIVIL E AS INSTITUIÇÕES (PÚBLICAS E PRIVADAS)

ENVOLVIDAS NA GESTÃO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA AMAZÔNIA

BRASILEIRA COM UM SISTEMA DE INDICADORES SOCIOAMBIENTAIS BASEADO EM

PRINCÍPIOS DE GESTÃO INTEGRADA DE INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO

Page 8: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

8

Em 2008, durante encontros entre os programas

regionais do ISA desenvolvidos na Amazônia (Rio

Negro e Xingu), definiu-se que os indicadores em

construção deveriam ter uma abordagem que, além

de socioambiental, também fosse sistêmica e

interdisciplinar, e que o sistema fosse pautado em

três princípios gerais: multiplicidade,

integrabilidade e complementaridade. Também foi

estabelecido que as experiências institucionais

pulverizadas pelas regiões da Amazônia deveriam

ser valorizadas, e que as visões e demandas das

mesmas diante dos diferentes contextos

socioambientais e territoriais amazônicos fossem

consideradas. (MARINELLI & MENDES 2010 DESCREVEM COM

MAIS DETALHES O PROCESSO QUE POSSIBILITOU O ACÚMULO DE

INFORMAÇÕES QUE SUBSIDIARAM OS TRABALHOS DURANTE O

WORKSHOP).

Essas definições e princípios conduziram o ISA a adoção de um processo modular para construção do

sistema, baseado na realização de um conjunto de fóruns em sequência lógica e diferentes formatos, nos

quais foram envolvidos os diferentes setores da sociedade dos nove estados da Amazônia brasileira. Em

etapas sucessivas, buscou-se ao máximo, adotar métodos participativos, favorecendo o acúmulo crescente

de informação e a sistematização do conhecimento gerado, de forma que cada etapa promovia resultados

que serviam para alimentar a etapa seguinte.

O processo de construção do SISUC se dividiu em quatro fases principais: 1. divulgação da proposta de

abordagem para discussão junto a sociedade; 2. construção de uma sólida base conceitual e teórica; 3.

absorção de visões, experiências e demandas regionais e; 4. tradução do conhecimento acumulado em um

protocolo para aplicação do sistema.

O processo teve início em outubro de 2008, em uma oficina interna do ISA reunindo 32 pessoas de seis

programas institucionais diferentes. Essa oficina possibilitou primeiro, a consolidação de referências para

subsidiar a construção da visão institucional sobre a aplicação de indicadores no monitoramento de UCs da

Amazônia, e teve como resultado, a identificação de 50 alvos de monitoramento e seus respectivos meios de

verificação. A partir daí, foi realizada uma série de fóruns participativos interinstitucionais (VEJA TABELA NA

PÁGINA 10).

No total de sete eventos, participaram cerca de 300 pessoas, representando 77 instituições dos nove

estados da Amazônia Legal e do DF, das esferas local, regional e nacional incluindo: órgãos públicos (federais

e estaduais), organizações da sociedade civil e do movimento social de base, organizações multilaterais e de

financiamento, e universidades e institutos de pesquisa com iniciativas voltadas para UC (VEJA LISTA COMPLETA

DE PARTICIPANTES E SUAS INSTITUIÇÕES NO FINAL DESTE DOCUMENTO).

FINALIDADES DO SISTEMA DE INDICADORES:

1. SUBSIDIAR AS INSTITUIÇÕES E REPRESENTAÇÕES COM

INFORMAÇÃO PARA O FORTALECIMENTO DA GESTÃO

PARTICIPATIVA.*

2. AMPLIAR O CONHECIMENTO DOS DIFERENTES

SETORES DA SOCIEDADE SOBRE O ESTADO DAS UC.

3. PROPOR AÇÕES QUE PROMOVAM O

DESENVOLVIMENTO LOCAL.

4. FORNECER ALERTAS PREDITIVOS PARA PRIORIZAÇÃO

DE AÇÕES, PROJETOS E PROGRAMAS.

* O QUE SÓ É POSSÍVEL SE DIFERENTES ATORES ENVOLVIDOS NOS

DEBATES ESTIVEREM MUNIDOS DE INFORMAÇÃO (AS QUAIS HOJE

NÃO ESTÃO ACESSÍVEIS)

Page 9: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

9

Como o sistema em construção deverá trazer

informações também sob ponto de vista das

populações residentes e afetadas pelas UCs, ele

subsidiará debates sobre intervenções de manejo e

gestão contextualizadas. Isso também permitirá

colocar em prática princípios consagrados pela

Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB),

pelo Programa Áreas Protegidas da Amazônia

(ARPA) e pelo Plano Estratégico Nacional de Áreas

Protegidas (PNAP), conforme discutido na segunda

mesa redonda do Seminário “Bases para construção

de um sistema de monitoramento socioambiental

das Unidades de Conservação da Amazônia

Brasileira” (V. DETALHES EM MARINELLI & MENDES, 2010

– RELATÓRIO DO PRIMEIRO EVENTO REALIZADO PARA

CONSTRUÇÃO DO SISUC).

A base conceitual do sistema em construção se

apóia nos objetivos das Unidades de Conservação

da Natureza no Brasil (SNUC, 2000). A proposta em

construção visa o monitoramento socioambiental

estratégico de UCs como forma de prover ações

para o desenvolvimento local em bases

sustentáveis, e não ter a sustentabilidade como um

objetivo em finalidade. Com efeito, as teorias que

dão base a proposta do SISUC são: 1.

Desenvolvimento da sustentabilidade em seus

aspectos ambientais, sociais e econômicos, mas também, culturais e espaciais (Sachs, 1986); 2. Manejo

integrado dos recursos naturais (Holling, 1978 & Sterman, 2000); e 3. Teorias ecológicas e de sistemas

(Müller e Leupelt, 1998).

COM O OBJETIVO DE DISCUTIR O PASSO A

PASSO E AVALIAR OS AVANÇOS AO LONGO

DESSE PROCESSO, FOI ESTRUTURADO UM

GRUPO DE TRABALHO MULTIDISCIPLINAR.

ESSE GRUPO É COMPOSTO POR NOVE

ESPECIALISTAS COM ACÚMULO NAS

QUESTÕES-CHAVE QUE ENVOLVE O SISTEMA

PROPOSTO, E QUE JUNTOS, REÚNEM

EXPERIÊNCIAS DOS DIFERENTES SETORES DA

SOCIEDADE: ADRIANA RAMOS (ISA),

ARNALDO CARNEIRO FILHO (SEA), CARLOS

E. MARINELLI (ISA), HENYO TRINDADE

BARRETTO FILHO (IEB), JORGE MADEIRA

NOGUEIRA (UNB), MURIEL SARAGOUSSI,

NURIT BENSUSAN, PAULO BRETAS SALLES

(UNB) E PETRA ASCHER (GIZ).

PAPEL DAS UCS: PRESERVAR A NATUREZA, ALIAR

O USO SUSTENTÁVEL DOS RECURSOS NATURAIS A

SUA CONSERVAÇÃO E PROMOVER A

MANUTENÇÃO DOS MODOS DE VIDAS DOS

POVOS DA FLORESTA (SNUC, 2000).

Page 10: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

10

SSÍÍNNTTEESSEE DDOOSS DDIIVVEERRSSOOSS FFÓÓRRUUNNSS PPAARRTTIICCIIPPAATTIIVVOOSS PPAARRAA AA CCOONNSSTTRRUUÇÇÃÃOO DDOO SSIISSUUCC

Data Fórum* Objetivos Público Setor Participantes

1 mês 05,

06 e 07/2009

Reuniões (DF e nos

nove estados da Amazônia

Legal)

1. Apresentação da proposta de

abordagem

2. Absorção de visões e

demandas

Gestores de UCs, Pesquisadores,

Coordenadores e Representantes

institucionais dos noves estados da Amaz. Legal e DF

Ongs, Movimento

social de base, Instituições de

pesquisa, Universidades e

Órgãos de governo

72 instituições 148 participantes

2 07-08/10

2009

Seminário (Brasília)

1. Homologação da proposta de

abordagem

2. Apresentação do modelo

conceitual da proposta

Profissonais com acúmulo nas áreas

de: desenvolvimento sustentável;

integração de conhecimentos; UCs

da Amazônia

Ongs, Movimento

social de base, Instituições de

pesquisa, Universidades e

Órgãos de governo

22 instituições 44 participantes

3 19-20/10

2009

Oficina Regional (Manaus)

1.Aprimoramento prático do

modelo conceitual da

proposta 2. Absorção de

visões e demandas

3. Identificação de alvos de

monitoramento

Gestores de UCs, Técnicos e

especialistas dos diferentes setores

dos estados da Amazônia Ocidental

e Oriental

Ongs, Instituições de

pesquisa, Universidades, e

Órgãos de governo

14 instituições 27 participantes

4 22-23/10

2009

Oficina Regional (Belém)

10 instituições 18 participantes

5 02-03/03

2010

Reunião Regional (Manaus)

1. Discussão do funcionamento

do sistema

2. Priorização de alvos de

monitoramento

Secretários Executivos,

Coordenadores e Representantes

institucionais

Ongs e Movimento

Social de Base

9 instituições 14 participantes

6 04-05/03

2010

Reunião Regional (Belém)

5 instituições 6 participantes

7 24-26/03

2010

Workshop (Brasília)

1. Tradução das informações

acumuladas (ao longo dos fóruns) em um conjunto de indicadores

Especialistas nas áreas de:

monitoramento, indicadores e UCs da

Amazônia

Ongs, Movimento

social de base, Instituições de

pesquisa, Universidades e

Órgãos de governo

18 instituições e 36 participantes

*ALGUMAS INFORMAÇÕES SOBRE O SEMINÁRIO, OFICINAS REGIONAIS E REUNIÕES REGIONAIS SÃO APRESENTADAS A SEGUIR,

DADO A IMPORTÂNCIA DESSES FÓRUNS AO ACÚMULO DE INFORMAÇÕES QUE SUBSIDIARAM OS TRABALHOS DURANTE O

WORKSHOP.

Page 11: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

11

1. Seminário

Objetivo: Discutir questões relativas à dinâmica socioambiental das Unidades de Conservação da Amazônia, com vistas a complementar a base conceitual que iria subsidiar a construção do SISUC.

- 07 e 08/10/2009, Centro de Convenções Israel Pinheiro, Brasília-DF.

PROGRAMAÇÃO Dia 07 (quarta) 9h: Abertura do Seminário 10h: CONSOLIDANDO AS BASES DE CONHECIMENTO: DO CONCEITO ÀS PRÁTICAS E FATOS MESA REDONDA 1. “SISTEMAS DE AVALIAÇÃO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO: iniciativas em andamento e a demanda pelo incremento do controle social para uma gestão inclusiva na Amazônia”. Moderação: Nurit Bensusan - Palestra 1. Estado da Arte dos Sistemas de Avaliação de Áreas Naturais Protegidas - Helena Pavese (UNEP) - Palestra 2. RAPPAM: Efetividade da Gestão de Unidades de Conservação na Amazônia - Carlos Henrique Fernandes (ICMBio) - Palestra 3. Avaliação Socioambiental de Unidades de Conservação do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA) - Tatiany Barata (MMA) - Palestra 4. Uma Proposta de Avaliação Socioambiental Integrada para Unidades de Conservação da Amazônia – Carlos E. Marinelli (ISA) 14h: MESA REDONDA 2. “DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NA AMAZÔNIA: uma leitura das muitas amazônias numa Amazônia só”. Moderação: Henyo Barretto (IEB) - Palestra 1. Unidades de Conservação na Amazônia: ideais, descaminhos e perspectivas - Adriana Ramos (ISA) - Palestra 2. Desenvolvimento Sustentável e Unidades de Conservação: o contexto da Bacia do Xingu/Terra do Meio - Marcelo Hercowitz (ISA) - Palestra 3. Desenvolvimento Sustentável e Unidades de Conservação: o contexto do Baixo Rio Negro - Sérgio Borges (FVA) 16h: MESA REDONDA 3. “DIMENSÕES SOCIOAMBIENTAIS DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NA AMAZÔNIA: eixos estruturais em uma dinâmica de interações complexa” Moderação: Rita Mesquita (INPA) - Palestra 1. Conservação da Biodiversidade e Ameaças - Nurit Bensusan - Palestra 2. Sociedade e Interculturalidade - Henyo Barretto (IEB) - Palestra 3. Cadeias Produtivas e suas Oportunidades - Cristina Adams (USP) - Palestra 4. Economia e a Gestão de UC - Jorge Madeira Nogueira (UnB)

Dia 08 (quinta) 9h: APORTES DO SEMINÁRIO PARA AS OFICINAS REGIONAIS MESA REDONDA 4. “UM SISTEMA DE AVALIAÇÃO SOCIOAMBIENTAL PARA UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NA AMAZÔNIA: princípios para uma abordagem estratégica e complementar”. Moderação: Carlos E. Marinelli (ISA) - Palestra 1. Abordagens Integrativas: Enfoques na Conservação - Irene Garay (UFRJ) - Palestra 2. Integração das Questões Ambientais e Socioeconômicas - Deborah Lima (UFMG) - Palestra 3. Integração do Conhecimento Tradicional e Técnico-Científico - Rita Mesquita (INPA) - Palestra 4. Analisando as Múltiplas Escalas Territoriais - Arnaldo Carneiro (ISA) 10h45: MESA REDONDA 5. “SISTEMAS DE AVALIAÇÃO INTEGRADA: casos e procedimentos de elaboração e implementação”. Moderação: Paulo Salles (UnB) - Palestra 1. Avaliação de Sustentabilidade: abordagens e métodos - Christian Silva (UTFPR) - Palestra 2. Projeto DURAMAZ: determinantes de sustentabilidade na Amazônia brasileira - François Le Torneau (CREDAL-França e UnB) - Palestra 3. Monitoramento na Prática: aprendizagens a partir das experiências do PPG7 - Petra Ascher (GIZ) 14h: MESA REDONDA 6. “DEMANDAS DA SOCIEDADE POR UM SISTEMA DE AVALIAÇÃO SOCIOAMBIENTAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NA AMAZÔNIA: aplicações, aportes e envolvimentos”. Moderação: Adriana Ramos (ISA) Participação 1. Setor de Gestão Pública - Maria Cecília Wey de Brito (MMA) Participação 2. Setor de Representações Sociais - Manuel Cunha (CNS) Participação 3. Setor de ONGs - Ana Cristina Barros (TNC) Participação 4. Setor de Financiadores - Daniela Lerda Klohck (Funbio) 16h15 – APRESENTAÇÃO DA RELATORIA DE MESA E DISCUSSÕES GERAIS 17h30. ENCERRAMENTO

Page 12: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

12

i. Modelo Conceitual

Diante da incompletude de conhecimento e da incipiência de informações sobre a dinâmica socioambiental

de UCs da Amazônia, foi proposto um modelo conceitual para formalização de relações causais entre

variáveis relacionadas ao tema. Isso serviu para disseminação e debate durante os fóruns participativos

visando o aprimoramento desse modelo e a identificação de alvos prioritários do SISUC.

Onde: dimensão social =azul; gestão=cinza, sociocultural=amarelo; ambiental=verde e; socioeconômica=rosa

Esse gráfico de dependências representa um sistema formado por cinco dimensões (social, gestão,

sociocultural, ambiental e socioeconômica). Essas dimensões são formadas por componentes de dois tipos:

os componentes simples, como etnoconhecimento e igualdade social, por exemplo, que são influenciados e

geram influências sobre outros componentes, da mesma ou de outra dimensão; e os componentes

orientadores, que são aqueles que desencadeiam processos geradores de uma sequência de influências,

como extrativismo tradicional e exploração sustentável, por exemplo.

Para dimensão social, por exemplo, as relações causais ilustradas nesse gráfico poderiam ser assim

entendidas: oportunidades de inclusão (componente orientador) desencadeiam um processo que influência

(positivamente) o acesso a informação; o aumento do acesso a informação, por sua vez, gera uma influência

(positiva) sobre a consciência social; e a consciência social, por sua vez, influencia (positivamente) a

prudência ecológica.

EXTRATIVISMOTRADICIONAL

EXPLORAÇÃOSUSTENTÁVEL

GESTÃOPARTICIPATIVA

OPORTUNIDADEDE INCLUSÃO

ZONEAMENTO

MODELO CONCEITUAL DOGRÁFICO DE DEPENDÊNCIAS

vias de acesso efuncionalidade

conflitos entre a gestão epopulações tradicionais

serviços ecossistêmicos

integridadeambiental

biodiversidade

demandas de recuperaçãoe mitigação

Degradação dos recursos naturais

recursos naturais

etnoconhecimento

diversidadesociocultural

essência cultural

categoria socialIdentidade cultural

eficiênciaeconômica

cadeiasprodutivas

sustentáveis

populaçãoeconomicamente

ativa

eficiênciana produção

qualidade dede vida

prudênciaecológica

consciênciasocial

acesso àinformação

igualdadesocial

EXTRATIVISMOTRADICIONAL

EXPLORAÇÃOSUSTENTÁVEL

GESTÃOPARTICIPATIVA

OPORTUNIDADEDE INCLUSÃO

ZONEAMENTO

MODELO CONCEITUAL DOGRÁFICO DE DEPENDÊNCIAS

vias de acesso efuncionalidade

conflitos entre a gestão epopulações tradicionais

serviços ecossistêmicos

integridadeambiental

biodiversidade

demandas de recuperaçãoe mitigação

Degradação dos recursos naturais

recursos naturais

etnoconhecimento

diversidadesociocultural

essência cultural

categoria socialIdentidade cultural

eficiênciaeconômica

cadeiasprodutivas

sustentáveis

populaçãoeconomicamente

ativa

eficiênciana produção

qualidade dede vida

prudênciaecológica

consciênciasocial

acesso àinformação

igualdadesocial

Page 13: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

13

A partir do diagrama apresentado é fundamental destacar quatro pontos:

1. Esses componentes e as dimensões apresentadas NÃO SÃO INDICADORES;

2. Esse gráfico trata-se de um modelo, NÃO REPRESENTA A COMPLETUDE REAL DO SISTEMA;

3. Esse gráfico NÃO É DEFINITIVO e assim, foi sendo aprimorado a cada fórum;

4. Os componentes orientadores já são PRIORIZAÇÕES para as relações causais consideradas até então.

Detalhamentos sobre a construção deste modelo constam em anexo no documento “Modelagem analítica conceitual da dinâmica de unidades de conservação na Amazônia Legal: apoio ao debate e aprendizado para elaboração de um sistema de monitoramento socioambiental”, em Marinelli & Mendes (2010).

Esse modelo conceitual foi utilizado como referência aos trabalhos no Seminário e nas Oficinas Regionais:

antes do Seminário, para decisões sobre quais e como os temas das mesas redondas seriam abordados,

direcionando as perguntas orientadoras encaminhadas a cada

palestrante. Durante o evento serviu para apresentação das

relações causais formalizadas e como elemento provocativo

para o debate sobre a dinâmica socioambiental das UCs na

Amazônia. Isso favoreceu a identificação dos processos

orientadores prioritários para sustentabilidade desse sistema,

posteriormente debatidos em maior profundidade e sob

abordagem prática durante as Oficinas Regionais.

ii. Resumo dos Resultados Alcançados pelo Seminário

Num total de seis mesas redondas, diferentes temas ligados à

dinâmica socioambiental dessas áreas protegidas foram

discutidos, voltados a três aspectos principais: conceitos

práticos, procedimentos para definição de indicadores e

potencial de envolvimento dos diferentes setores da

sociedade. Cada mesa contou com a participação de quatro

especialistas que receberam previamente três perguntas

orientadoras sobre as linhas que deveriam abordar, de acordo com o tema central de cada mesa.

Durante o Seminário, palestrantes e participantes manifestaram suas preocupações e sugestões para que os

objetivos almejados para esse sistema tenham seu alcance potencializado2.

◊ É importante existirem indicadores locais definidos pelas comunidades, pois eles garantem a adaptabilidade do modelo e a aderência local ao sistema. (Petra Ascher, GIZ-DF)

◊ As lacunas de dados e informações científicas sobre os impactos/efeitos da economia de mercado na qualidade de vida das populações que vivem em UCs são imensas. (Cristina Adams, USP)

◊ É preciso refletir sobre como vão ser consideradas as questões político-institucionais, tendo em vista o não reconhecimento ou as limitações em reconhecer uma série de experiências positivas já avançadas,

2 Citações extraídas de Marinelli &Mendes (2010)

PROCESSOS ORIENTADORES DA

DINÂMICA SOCIOAMBIENTAL DAS UNIDADES

DE CONSERVAÇÃO NA AMAZÔNIA:

• INTEGRIDADE AMBIENTAL

• OPORTUNIDADES DE INCLUSÃO

SOCIOECONÔMICA E NA GESTÃO

PARTICIPATIVA

• ATIVIDADES TRADICIONAIS E

EXPLORAÇÃO DE RECURSOS

NATURAIS

• CADEIAS PRODUTIVAS E

EFICIÊNCIA ECONÔMICA

• DESAFIOS E GARGALOS DAS

POLÍTICAS PÚBLICAS DO SETOR

Page 14: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

14

como a gestão compartilhada entre UCs e Terras Indígenas. Como fim último, o sistema deve subsidiar a tomada de decisão com vistas a mudar a realidade atual e gerar subsídios para pressionar a melhora das políticas públicas voltadas ou que afetem as UCs. (Adriana Ramos, ISA)

◊ O sistema deve se basear em análises multicriteriais, que permitam reconhecer e comparar variáveis que perpassem minimamente por todas as categorias de UCs e cenários regionais. (Marcelo Hercowitz, ISA)

◊ É importante que o sistema possibilite comparações, o que implica aplicar as mesmas métricas ainda que sob diferentes contextos e cenários. (Maria Cecília Wey de Brito, MMA)

◊ O sistema deve considerar: os instrumentos de gestão que já existem (Plano de Manejo e conselhos); as categorias das UCs; a capacidade de gerar informação; a interação com os gestores e parceiros de gestão com as comunidades do interior e entorno das UCs; os conflitos e os aportes gerados pela gestão das UCs; e os impactos das UCs sobre os indicadores sociais, econômicos e ecológicos. (Sérgio Borges, FVA)

◊ O sistema deve ser simples, de fácil operacionalização e que permita comunicação rápida entre os diversos atores participantes (comunidades, gestores, conselho etc), gerando dados de maneira contínua. Para tanto, é necessário que se defina explicitamente o papel de cada ator participante do sistema: Quem gera dado? Quem analisa os dados? Quem disponibiliza a informação? Quem tem acesso aos dados? (Sérgio Borges, FVA)

◊ Avaliar a possibilidade da criação de indicadores polissêmicos e da constituição de indicadores próprios para cada escala territorial, que sejam generalizáveis, passíveis de serem somados, sucintos, baratos e relevantes. (Deborah Lima, UFMG)

◊ Os indicadores devem ser realistas, isto é, aplicáveis e que tenham ligação com os dados do campo. (François Le Torneau, CNRS-CREDAL/CDS-UnB)

◊ As demandas e as necessidades de informação de cada grupo devem ser consideradas, mas pressupõe-se que a lista de aspectos que se pretende monitorar não seja extensa demais. (Petra Ascher, GIZ-DF)

◊ É necessário compreender como os usos dos recursos naturais adotados pelas populações locais influenciam os processos geradores e mantenedores de biodiversidade. (Nurit Bensusan, consultora)

◊ O modelo proposto deve ser transitório e dinâmico, vai ser útil na medida em que responda às demandas das pessoas na base. (Irene Garay, UFRJ)

◊ O melhor sistema para avaliar a sustentabilidade é aquele que nos dá as melhores condições para tomada de decisões. (Maria Cecília Wey de Brito, MMA)

◊ O sistema deve orientar os doadores e executores de projetos na melhor alocação de recursos e esforços de conservação, indicando a melhor forma de gestão e os fluxos de investimentos existentes na região. (Daniela Lerda Klohck, FUNBIO)

◊ O sistema deve monitorar a contribuição das UCs para o desenvolvimento da sustentabilidade socioambiental e para melhoria da qualidade de vida das populações que vivem nessas áreas, bem como sua influência sobre as populações que residem no entorno. (conclusões do Seminário)

◊ As populações locais devem ser incluídas enquanto atores-chave para geração e apropriação dos dados e informações. (conclusões do Seminário)

Page 15: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

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◊ É necessário estabelecer uma comunicação e parceria com entidades que já coletam e mantém bancos de dados sobre essas UCs. (conclusões gerais do Seminário)

◊ O sistema proposto pelo ISA deve evitar a duplicação de esforços, a partir de uma revisão dos indicadores já disponíveis e, ao mesmo tempo, minimizar as lacunas, complementando as informações e os bancos de dados já existentes. (conclusões gerais do Seminário)

◊ São desafios intrínsecos ao processo de construção de indicadores: ajustar sua fundamentação teórica, simplificar a definição de indicadores e dar visibilidade à sua aplicação. (conclusões gerais do Seminário)

O documento síntese “Bases para construção de um sistema de monitoramento socioambiental das

Unidades de Conservação da Amazônia Brasileira” (Marinelli & Mendes, 2010) apresenta os principais

aportes de cada mesa redonda e uma sistematização geral das contribuições trazidas por cada palestrante.

Não se trata de um relatório exaustivo, incluindo todos os pontos da fala de cada palestrante ou da plenária,

nem tampouco do posicionamento do ISA com relação às mesmas. Trata-se de uma sistematização das

idéias, conceitos e contribuições trazidas no evento, e que serviram como input para os fóruns posteriores.

A opinião dos participantes e as considerações da plenária durante a sessão de encerramento tiveram como

principais destaques a qualidade das discussões, propiciada pelos conhecimentos e experiências reunidas

pelos participantes das mesas redondas, e a postura de comprometimento da plenária em contribuir

efetivamente com o debate. O pioneirismo com que o tema do seminário vem sendo abordado pelo ISA e a

forma de condução desse processo diante do desafio que ele representa, também foram bastante

valorizados.

Alguns indicadores que explicitam os avanços obtidos a partir da realização do Seminário:

1. Perguntas orientadoras aos palestrantes: expectativas de abordagem atingidas;

2. Sistemas de avaliação de UCs: sinalizados seus gargalos e demandas socioambientais;

3. Modelo qualitativo: reforçados os componentes orientadores dos processos já representados e

complementada a base conceitual prática para seu aprimoramento;

4. Abordagem e princípios da proposta: validados pela plenária como coerentes com a aplicação

desejada para os produtos do sistema em construção;

5. Indicadores: assimilados os pressupostos, premissas e passos importantes para que os objetivos

de construção do sistema proposto sejam atingidos;

6. Setores da sociedade: socializadas as expectativas e visões.

iii. Encaminhamentos

Em resposta às preocupações e sugestões dos participantes, a proposta em

construção deve estar pautada em um sistema integrado, que possa

monitorar a sustentabilidade socioambiental das UCs e considerar as

especificidades locais diante dos diferentes cenários regionais da Amazônia.

Para tanto, sob uma visão sistêmica, deve adotar uma abordagem

Page 16: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

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abrangente, que seja alimentada por fontes de informação e conhecimentos complementares, que aborde

as UCs individualmente, mas também as influências e efeitos das diferentes escalas territoriais: bacia

hidrográfica, mosaicos de UCs e TIs e conjunto de UCs. Deve considerar o conhecimento tradicional através

do envolvimento efetivo das representações sociais locais, na discussão, elaboração, análise, avaliação e

aplicação dos resultados.

2. Oficinas Regionais

Objetivo: assimilação das visões e demandas dos diferentes setores da sociedade, dos nove estados da Amazônia Legal, quanto a um sistema de monitoramento socioambiental de Unidades de Conservação.

Manaus-AM, 19 e 20/10/2009, Parque Municipal do Mindú

Belém-PA, 22 e 23/10/2009, Hotel Beira Rio

PROGRAMAÇÃO Primeiro Dia

9h30. Abertura e Nivelamento. CONSTRUÇÃO DE UMA PROPOSTA DE AVALIAÇÃO SOCIOAMBIENTAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA AMAZÔNIA. 10h30. Mesa 1. PROCESSOS ORIENTADORES DA DINÂMICA SOCIOAMBIENTAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NA AMAZÔNIA Desafios e gargalos do manejo/gestão - Manaus: Márcia Lederman (GIZ-AM) / Belém: Marcelo Salazar (ISA-MT) Oportunidades de inclusão socioeconômica e no manejo participativo - Manaus: Jairo Lima (CTA-AC) / Belém: Patrícia Pinha (ICMBio, Rebio Lago Piratuba-AP) Extrativismo e aproveitamento de recursos naturais - Manaus: Henrique Carlos (SDS-AM) / Belém: Marlucia Martins (MPEG-DA) 13h30. Atividade em GT. APRIMORAMENTO DO MODELO CONCEITUAL: refinamento dos componentes orientadores (variáveis, objetos/agentes, entidades) dos processos (ambiental, social, econômico e cultural) que regem a dinâmica de UCs na Amazônia 16h. Atividade em GT. VIABILIDADE DE PROCESSOS: priorização de componentes orientadores e análise dos processos (ambiental, social, econômico e cultural) que regem a dinâmica de UCs na Amazônia

Segundo Dia Segundo Dia

Segundo Dia

Segundo Dia 9h. Mesa 2. DEMANDAS SETORIAIS POR INFORMAÇÕES SOCIOAMBIENTAIS E O FORTALECIMENTO DA GESTÃO DE UC NA AMZÔNIA Gestão Pública - Manaus: Mônia Fernandez (Coord. Regional ICMBio-AM) / Belém: Fabiano Costa (Coord. Regional ICMBio-PA) ONGs - Manaus: Carlos Durigan (FVA-AM) / Belém: Thaís Kasecker (CI Brasil-PA) Pesquisa e Conhecimento - Manaus: Rosane Rosa (UNEMAT-MT) / Belém: Claudia Funi (IEPA-AP) 10h45. Atividade em GT. PRIORIZAÇÃO DE SISTEMAS: análise de desempenho dos sistemas ambiental, social, econômico e cultural. 13h30. Atividade em GT. MONITORAMENTO SOCIOAMBIENTAL: demanda de informações (tema, objetivo, utilização e formato). 16h. MONITORAMENTO SOCIOAMBIENTAL: disponibilidade de informações (acesso, formato, qualidade e periodicidade). 17h. Encerramento.

Page 17: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

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i. Resumo dos Resultados Alcançados pelas Oficinas Regionais

A oficina regional da Amazônia Ocidental foi realizada em Manaus-AM, nos dias 19 e 20 de outubro de 2009, e reuniu 27 representantes dos estados do AM, AC, RR, RO e MT, sendo: onze representantes de ongs, doze representantes de órgãos públicos de gestão, três representantes de instituições de ensino e pesquisa, e um representante de órgão internacional. A oficina regional da Amazônia Oriental foi realizada em Belém-PA, nos dias 22 e 23 de outubro de 2009, e reuniu 18 representantes dos estados do PA, AP, TO e MA, sendo: sete representantes de ongs, três representantes de instituições de ensino e pesquisa, e oito de órgãos públicos de gestão.

Foram realizadas mesas-redondas e exercícios de aprimoramento do modelo conceitual (refinamento dos

componentes em variáveis, objetos/agentes e entidades), de priorização de componentes e sistemas

considerados no modelo conceitual, e para identificação das demandas de informações (tema, objetivo,

utilização e formato) e sua disponibilidade (acesso, formato, qualidade e periodicidade).

Em linhas gerais, a utilização do gráfico de dependências mostrou-se um instrumento de apoio efetivo como

referência aos debates, para proposição de ajustes e assimilação das experiências (setoriais, regionais e

institucionais) reunidas. Atribui-se boa parte disso ao direcionamento dado a metodologia dos trabalhos em

grupo a partir da abrangência das palestras nos dois dias de evento. Esses resultados são explicitados nas

cerca de 60 considerações de ajustes/propostos ao modelo, sinalizadas no total das duas oficinas,

contribuindo no processo de aprendizado em busca da representação de conceitos práticos, principal

objetivo do raciocínio qualitativo nessa fase de construção do sistema.

Alguns indicadores que explicitam os avanços obtidos a partir da realização das Oficinas Regionais:

1. Perguntas orientadoras aos palestrantes: expectativas de abordagem atingidas;

2. Modelo conceitual: ajustes de componentes propostos;

3. Priorização de processos: componentes, dimensões e sistemas relevantes identificados;

4. Demandas dos indicadores: aspectos das variáveis, usos e aplicação sinalizados;

3. Reuniões Regionais

Objetivo: apresentar às representações da sociedade civil, maiores detalhes sobre a proposta de monitoramento socioambiental, para que ela seja apropriada, seu funcionamento seja discutido e para que de maneira conjunta, seja conhecido o interesse e potencial envolvimento do setor no sistema proposto.

Manaus, dias 2 e 3/03/2010, Adrianópolis Flat Hotel

Belém, dias 4 e 5/03/2010, Hotel Beira Rio

QUESTÕES QUE PAUTARAM AS REUNIÕES REGIONAIS:

1. COMO AS INFORMAÇÕES DE MONITORAMENTO

SERÃO GERADAS?

2. COMO OS RESULTADOS SERÃO UTILIZADOS?

3. QUEM IRÁ APLICAR O PROTOCOLO DE DADOS?

4. COMO AS INSTITUIÇÕES SE APROPRIARÃO DOS

RESULTADOS?

5. C ?

Page 18: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

18

Instituições Participantes:

Manaus • Associação Kanindé - RO • CNS (Conselho Nacional de Populações Extrativistas) – AM • CTA (Centro do Trabalhador da Amazônia) – AC • FVA (Fundação Vitória Amazônica) – AM • GTA (Grupo de Trabalho da Amazônia) – AM • ICV (Instituto Centro de Vida) – MT • IPÊ (Instituto de Pesquisas Ecológicas) – AM • SOS Amazônia – AC

Belém

• CI (Conservação Internacional-Brasil) - PA • IEB (Instituto Internacional de Educação do Brasil) – PA • CNS (Conselho Nacional de Populações Extrativistas) – PA • IEPÉ (Instituto de Pesquisa e Formação em Educação Indígena) – AP • MIQCB (Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu) – MA

PROGRAMAÇÃO GERAL

Primeiro Dia

9h. APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA: REFLEXÃO, AVALIAÇÃO

CONJUNTA E CONSIDERAÇÕES

Ponto 1. Implementação

- Quem serão os aplicadores do protocolo?

- Como as informações serão obtidas?

Ponto 2. Entrada de Informações

- Como a informação de campo de cada UC será reunida num

lugar só?

- A cada quanto tempo as informações serão obtidas?

Ponto 3. Formato, Acesso e Uso das Informações e Resultados

- Quem irá se apropriar dos resultados, em que formato, e de

que modo?

- Para que, e como os resultados poderão ser utilizados?

14h. RECEBIMENTO DE APORTES DAS INSTITUIÇÕES DA

SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA

Ponto 1. UC de Atuação: direta/permanente e indireta/pontual

Ponto 2. Priorização de alvos de monitoramento

18h. ENCERRAMENTO DOS TRABALHOS DO PRIMEIRO DIA

Segundo Dia

8h. COMPROMISSOS NUMA AGENDA DE RESPONSABILIDADE

SOCIOAMBIENTAL

Próximas Ações do Grupo

Novos Encontros e Oportunidades

Construção de Agenda Integrada

12h. Encerramento dos Trabalhos da Reunião

i. Resumo dos Resultados Alcançados pelas Reuniões Regionais

Foi discutido o funcionamento do sistema e priorizado um conjunto de 61 alvos (Gestão, 18 alvos;

Economia, 12; Sociais, 11; Culturais, 7; Político, Jurídicos e Institucionais, 13).

Manaus:

◊ É mais interessante fazer as análises em separado conforme o setor da sociedade dos representantes no Conselho. Os desdobramentos sobre a interpretação dos resultados teria que ser um trabalho a ser feito pelas instituições locais e regionais que atuam/conhecem a UC.

Page 19: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

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◊ Além da aplicação é importante pactuar o feedback dos resultados.

◊ As zonas de amortecimento devem ser consideradas com seriedade.

◊ A constituição do Conselho (nas representações de cada setor) pode ser um indicador do grau de conflito (refletido pelos interesses) na gestão da reserva.

◊ Conselho e associação-mãe deveriam preencher o formulário, mesmo quando a associação não fizer parte do Conselho, pois é um ator fundamental no processo.

◊ O princípio para que o sistema funcione é o Conselho - instância de desdobramento das políticas públicas locais. Ele pode exercer uma função mais interventora, como instrumento de controle social.

◊ É importante socializar o sistema junto aos conselheiros antes da aplicação, a tempo das expectativas de aplicação serem discutidas e dos agentes estarem mais preparados para responder ao formulário.

◊ Acordo com Instituições de Ensino Superior podem ser positivas como uma forma de incentivo para o envolvimento futuro do “jovem” das Unidades de Conservação.

◊ Considerar a regularização fundiária, termos de compromisso, e planos de uso no Sistema.

◊ Todas as instituições que participaram da contrução do Sistema devem estar novamente reunidas para avaliação da aplicação piloto, mas se não for possível, pelo menos FVA e IPE, para o caso das UCs do Baixo Rio Negro.

◊ O sistema deve ser consolidado em uma agenda de responsabilidade socioambiental com as UC da Amazônia.

Belém:

◊ Aplicar a ferramenta ao final da reunião dos conselhos não seria uma boa, pois os conselheiros seriam influenciados nos resultados dos encaminhamentos da reunião. Aplicar um dia antes.

◊ Ao envolver um público humilde, com dificuldades de escrever e ler, será necessário um acompanhamento constante na aplicação.

◊ Precisamos ter cuidado na análise dos dados e fazer as análises por segmento (setores), pois se empacotarmos tudo não vamos ter resultados robustos/fidedignos.

◊ Para facilitar o entendimento e interpretação dos resultados, pode-se considerar o setor de atuação do conselheiro e manter em segredo o seu nome.

◊ O grau de aceitação do sistema pelos conselheiros também preocupa e pede sensibilização antecipada. O que eles, o Conselho, a reserva, a região e a Amazônia podem ganhar com isso?

◊ Uma cartilha é fundamental como roteiro para o aplicador.

◊ Na escala mais local há muita dificuldade de aproximação com as instituições de governo.

◊ A simplicidade da ferramenta deveria ser um facilitador da transferência de competências em direção a maturidade organizacional. Deve ser palatável para que seja apropriada localmente.

Page 20: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

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II. WORKSHOP “Indicadores Socioambientais para Unidades de Conservação”

Brasília, 24 e 25 de Março de 2010, Centro de Convenções Israel Pinheiro

Objetivo do Workshop

Reunir especialistas nos diferentes aspectos que envolvem a dinâmica socioambiental de UCs para tradução

das informações acumuladas ao longo de seis eventos participativos em um conjunto de indicadores para o

monitoramento socioambiental dessas áreas protegidas na Amazônia brasileira.

Produto do Workshop

Um set de indicadores construído a partir de uma lista de alvos, e potenciais variáveis para o

acompanhamento da situação dos mesmos.

PROGRAMAÇÃO

Primeiro Dia

9h: Abertura 9:30h: Apresentação dos Objetivos e Programação do Workshop 10h: Resgate Histórico: construção, objetivos, aplicações, princípios e valores que norteiam o sistema de monitoramento em construção – Carlos E. Marinelli (ISA) 11:30h: Orientações para Construção de Indicadores (Plenária) – Reflexões sobre os alvos de monitoramento (trabalho em grupo) 14:30h – 17:30h: Construção de Indicadores (trabalho em grupo)

Segundo Dia

9h: Construção de Indicadores – continuação (trabalho em grupo) 13:30h: Construção de Indicadores – continuação (trabalho em grupo) 16h-18h: Construção de Indicadores – continuação (trabalho em grupo) 26/04 9-11h: Mercado de Grupos (visita aos trabalhos e intercâmbio) 11-12h: Próximos passos, avaliação do evento e encerramento.

Page 21: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

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a. Resgate Histórico3

3 Os slides desta seção foram apresentados durante o Workshop.

ANÁLISES SOC IOAMBIENTAIS

AVALIAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE

IN DICADORES

SITE (UCs)

R ELATÓRIOS CUSTOMIZAD OS

ISA

Colabora dore s,

Pe squi sa dore s, Parc ei ros , S ocie da de. ..

SISTEMA deINFORMAÇÃO de

ÁREAS

PROTEGIDAS

PROJETO MOORE: Aumento das capacidades de

gerenciamento/análise de informações e da

disseminação de conhecimento socioambiental

sobre as Unidades de Conservação da Amazônia

DE ONDE VIEMOS E ONDE QUEREMOS CHEGAR?

ANÁLISES SOC IOAMBIENTAIS

AVALIAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE

IN DICADORES

SITE (UCs)

R ELATÓRIOS CUSTOMIZAD OS

ISA

Colabora dore s,

Pe squi sa dore s, Parc ei ros , S ocie da de. ..

SISTEMA deINFORMAÇÃO de

ÁREAS

PROTEGIDAS

PROJETO MOORE: Aumento das capacidades de

gerenciamento/análise de informações e da

disseminação de conhecimento socioambiental

sobre as Unidades de Conservação da Amazônia

DE ONDE VIEMOS E ONDE QUEREMOS CHEGAR?

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Nota: Um detalhamento sobre as atividades, resultados e produtos dessas duas estratégias podem ser

consultados nas páginas 10 e 12/13.

Page 25: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

25

Page 26: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

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Observações e recomendações dos participantes após apresentação do Resgate Histórico:

◊ O conjunto de informações deve ser analisado de maneira integrada e cruzada, com interpretação interdisciplinar. A interdisciplinaridade deve vir na interpretação das informações e não nas análises. (Sérgio Borges, FVA-AM)

◊ Em algum momento foi discutido o que seria a linha de referência - o que é a visão de quando está bom. É importante ser passada para quem está fazendo o diagnóstico. (Rita Mesquita, INPA-AM)

◊ Fontes de informação na escala local são baseadas em impressões qualitativas (declarações) e coletivas (associações e conselhos), e isso tem implicações. (Sérgio Borges, FVA-AM)

◊ Há um elemento que não foi colocado e que nós estamos negligenciando: os municípios. Estamos falando de várias escalas, mas não dos municípios. A relação com os municípios é complexa. É estratégico que as UCs sejam incorporadas nos planos municipais de desenvolvimento. Mais importante que bacia do ponto de vista da gestão. (Sérgio Borges, FVA-AM)

◊ Sobre o intervalo de levantamento de dados para o monitoramento, é interessante o uso de indicadores que permitam traçar duas questões principais: amplitude de alteração (aferição de escala de resposta) e a proximidade do benchmarking (o quão próximo está de um nível de sustentabilidade). (Geraldo Stachetii, Embrapa-SP)

b. Construção de Indicadores4

4 Os slides desta seção foram apresentados durante o Workshop.

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ALGUMAS FUNÇÕES DOS INDICADORES

Autores diversos indicam funções diferentes para os indicadores.

O quadro abaixo representa uma síntese de três abordagens sobre o tema.

Para Tunstall (1992), indicadoresambientais são medidas usadaspara avaliar condições ambientaise tendências (em nível global,regional, nacional, global);

Kelly & Harwell (1990) assimdefiniram as funções dosindicadores no contexto darecuperação de ecossistemas:

A OECD (1993) distingue trêsgrandes funções, cada umarepresentando o desenvolvimentode seus próprios indicadores (noteque o tipo de indicador requeridodeve mudar ao longo do tempo,bem como o tipo de dadosnecessários);

(a) comparar países e regiões; (a) importância intrínseca (doecossistema): espécies de valoreconômico, espécies ameaçadas;outros aspectos de interessehumano direto;

(a) medida da performanceambiental;

(b) antecipar e projetartendências;

(b) indicadores de aviso antecipado(early warning);

(b) integração de preocupaçõesambientais em políticas setoriais;

(c) prover informação quefuncione como avisos antecipados(early warning);

(c) indicadores de sensitividade; (c) maior integração geral depreocupações ambientais empolíticas econômicas.

(d) avaliar condições em relação aobjetivos e metas (alvos).

(d) indicadores de processos;

(e) indicadores de sensitividade evulnerabilidade dos ecossistemas.

(Tabela montada a partir de Bakkes et al., 1994)

ALGUMAS FUNÇÕES DOS INDICADORES

Autores diversos indicam funções diferentes para os indicadores.

O quadro abaixo representa uma síntese de três abordagens sobre o tema.

Para Tunstall (1992), indicadoresambientais são medidas usadaspara avaliar condições ambientaise tendências (em nível global,regional, nacional, global);

Kelly & Harwell (1990) assimdefiniram as funções dosindicadores no contexto darecuperação de ecossistemas:

A OECD (1993) distingue trêsgrandes funções, cada umarepresentando o desenvolvimentode seus próprios indicadores (noteque o tipo de indicador requeridodeve mudar ao longo do tempo,bem como o tipo de dadosnecessários);

(a) comparar países e regiões; (a) importância intrínseca (doecossistema): espécies de valoreconômico, espécies ameaçadas;outros aspectos de interessehumano direto;

(a) medida da performanceambiental;

(b) antecipar e projetartendências;

(b) indicadores de aviso antecipado(early warning);

(b) integração de preocupaçõesambientais em políticas setoriais;

(c) prover informação quefuncione como avisos antecipados(early warning);

(c) indicadores de sensitividade; (c) maior integração geral depreocupações ambientais empolíticas econômicas.

(d) avaliar condições em relação aobjetivos e metas (alvos).

(d) indicadores de processos;

(e) indicadores de sensitividade evulnerabilidade dos ecossistemas.

(Tabela montada a partir de Bakkes et al., 1994)

Page 28: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

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EM SÍNTESE, PARA CONSTRUÇÃO

DOS INDICADORES DO SISUC

FORAM CONSIDERADOS OS

SEGUINTES ATRIBUTOS:

- VIABILIDADE FINANCEIRA E

OPERACIONAL PARA A PRODUÇÃO

E/OU AQUISIÇÃO DE

INFORMAÇÕES;

- TRANSPARÊNCIA METODOLÓGICA

E CONFIABILIDADE QUANTO AO

TIPO DE INFORMAÇÃO;

- CLAREZA E AMPLA

COMUNICABILIDADE;

- INFORMAÇÕES COMPREENSÍVEIS, SINTÉTICAS E RELEVANTES PARA

PÚBLICOS DIVERSIFICADOS.

Page 29: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

29

i. Trabalhos em Grupo (GTs)

Os participantes foram divididos em quatro grupos de trabalho (GTs): Economia, Meio Ambiente, Gestão e

Política Institucional e, Sociocultural.

O processo de construção dos indicadores se dividiu em três etapas:

a. Preenchimento da matriz lógica pelos GTs;

b. Mercado de análise dos indicadores;

c. Consolidação da matriz lógica.

ii. Organização de Trabalhos

Para o registro das informações foi utilizada uma matriz lógica que trazia seis perguntas orientadoras. Ela foi

utilizada nos quatro GTs e preenchida em dois momentos, de forma que o trabalho do primeiro dia servisse

como referência a sua continuidade no dia seguinte.

MATRIZ LÓGICA

EXERCÍCIO 1 - Tarde do primeiro dia

Alvo Qual o indicador? Para que grupo ou

categoria de manejo? O indicador é importante para uso em qual escala?

Vale para UC, entorno

ou ambos? Todas, PI, US, ou

categoria(s) específica(s)? Conselho, Regional ou

Amazônia?

...priorizados que estarão

disponíveis aos GTs

...pode ser indicador simples, composto,

polissêmico... (No que se aplica?)

1. Xxxxxxx

2. Yyyyyy

Exercício 2 - Manhã do segundo dia

Alvo Qual o indicador? Qual a variável? Como será aferido? Fonte da informação

Vale para UC, Entorno ou

Ambos? Estado, condições, situação, fase...?

Referência (ruim e boa) Conselho, Instituição Focal,

ou dados públicos?

...pode ser indicador simples, composto,

polissêmico...

...pode ser até o próprio indicador

...conforme a variável Quem vai responder sobre

isso?

1.

2.

Uma lista de insumos identificados antecipadamente e pôsteres com diretrizes de trabalho também foram

disponibilizados aos grupos para apoiar a construção dos indicadores (VEJA DETALHES MAIS ABAIXO).

Objetivo: construção de indicadores para monitorar alvos prioritários, previamente

identificados, para o monitoramento socioambiental de Unidades de Conservação.

Page 30: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

30

Etapa 1: Preenchimento da Matriz Lógica pelos GTs

Em cada GT, uma pessoa ficou responsável pela coordenação dos debates e outra pela relatoria. Cada grupo adotou uma dinâmica própria de trabalho - acordada entre seus membros - e preencheu a matriz lógica utilizando tarjetas afixadas em um painel na parede.

OBSERVAÇÕES SOBRE O PREENCHIMENTO DA MATRIZ – COM

BASE NAS PERGUNTAS FEITAS PELOS COORDENADORES E

RELATORES DOS GTS EM REUNIÃO REALIZADA NO INÍCIO DOS

TRABALHOS E NO FINAL DO PRIMEIRO DIA:

• FOCO: SUSTENTABILIDADE SOCIOAMBIENTAL LOCAL.

• OS ALVOS FORAM DEFINIDOS EM ETAPAS ANTERIORES DO

PROCESSO E, A NÃO SER SOB FORTE JUSTIFICATIVA, NÃO

PODEM SER ALTERADOS.

• FOCAR NOS ALVOS DE MONITORAMENTO E NÃO EM METAS

DE CONSERVAÇÃO.

• O SISTEMA NÃO PRETENDE SER EXATO, MAS SIM

ESTRATÉGICO, UTILIZANDO INDICADORES SIMPLES E COM

CONDIÇÕES DE SEREM MEDIDOS.

• ESSE SISTEMA NÃO PRETENDE LEVAR A CONSTRUÇÃO DE

QUESTIONÁRIOS PARA PÚBLICOS ESPECÍFICOS.

• QUANDO FOR DESIGNADO QUE É O CONSELHO A FONTE DE

INFORMAÇÃO, TODOS OS MEMBROS RESPONDEM.

Durante reunião de orientação aos coordenadores e relatores de GTs, é apresentado o formato e os elementos da Matriz Lógica.

Page 31: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

31

Alvos

De um total de aproximadamente 100 alvos de informação socioambiental, identificados ao longo dos seis

eventos realizados antes do Workshop, cerca de 30 (6-8 alvos por dimensão) foram priorizados durante as

Reuniões Regionais para construção de indicadores sobre a situação de cada um deles (COMO JÁ FOI VISTO NO

ITEM 3).

Não foram disponibilizados alvos ligados a questões verticais, de rotina das UCs, resultantes, ou que

permitam uma intervenção em escala pontual e de rápida resposta. Pelo contrário, os alvos eram mais

genéricos, voltados a questões mais horizontais e estratégicas.

Os alvos utilizados durante as atividades eram amplos e sempre referentes a ASPECTOS que atingem, afetam

ou acontecem na UC e/ou seu entorno. Para que o recorte do alvo fosse de fácil compreensão e

entendimento comum, eles foram caracterizados

quanto aos aspectos que os caracterizavam (VEJA A

DESCRIÇÃO DO ASPECTO DE CADA ALVO NO CONTEÚDO DE CADA

GT, MAIS ABAIXO).

Hierarquicamente falando-se, podia haver sobreposição

entre os alvos. Saúde e educação, por exemplo, podiam

estar dentro do indicador polissêmico “qualidade de

vida”. O que não podia, era perder a essência do alvo

que havia sido priorizado.

Reinaldo Lourival (da TNC) no início dos trabalhos do GT Meio Ambiente, com destaque para ampliação da lista de alvos prioritários trabalhados pelo grupo.

ASPECTOS

O FORNECIMENTO DA DESCRIÇÃO DO “ASPECTO”

ABORDADO POR CADA ALVO TRAZIA UMA DESCRIÇÃO, EM AMPLO ESPECTRO, SOBRE A COMPLEXIDADE E

FOCO DE CADA UM DELES. O OBJETIVO FOI NIVELAR O

GT, FORNECENDO UMA BASE COMUM DE

ENTENDIMENTO, SOBRE AS POSSÍVEIS QUESTÕES A

SEREM CONSIDERADAS EM CADA ALVO, VISANDO

FACILITAR OS DEBATES E DIRECIONAR.

Page 32: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

32

PÔSTERES CONTENDO AS

DIRETRIZES PARA

CONSTRUÇÃO DOS

INDICADORES FORAM

COLOCADOS NAS

PAREDES DAS SALAS

ONDE TRABALHARAM OS

Page 33: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

33

c. Grupos Temáticos (GTs) e Resultados

Todos os grupos iniciaram os trabalhos com a leitura da lista de Alvos e seus respectivos Aspectos para

nivelamento e entendimento comuns. A seguir, os membros do grupo se debruçaram sobre a tarefa de

preencher a matriz lógica.

GT Economia

ALVOS: Sustentabilidade das Cadeias Produtivas: todo o conjunto de fatores, condições e características para que as cadeias produtivas advindas das diferentes práticas e/ou atividades oriundas dos sistemas produtivos (agrícola, extrativista ou pesqueiro); de um ou mais produtos; com manejo ordenado ou não, desde que gerem renda; para que possam ser mantidas e/ou se desenvolver em bases que não gerem impactos negativos, sejam eles: sociais, econômicos, ambientais, culturais e que não resultem em conflito com a gestão da UC.

Oportunidades de Geração de Renda: todo o conjunto de ações, projetos, iniciativas e programas em execução, exceto que envolvam transferência de renda e crédito, desde que possibilitem novas opções para geração ou complemento da renda das famílias, a partir de práticas e atividades praticadas dentro ou proporcionadas/originárias/advindas da UC e/ou sua zona de amortecimento.

Iniciativas de/do Associativismo: todo o conjunto de ações, influências, conseqüências e desdobramentos resultantes desde a presença/ausência, passando pelo perfil e qualidade da atuação, das iniciativas, projetos, organização, mobilização e outras questões que contribuam no planejamento, desenvolvimento, acompanhamento e avaliação que contribua com os aspectos econômicos.

Produção: todo tipo, quantidade e/ou valores agregados à produção, desde que esteja acontecendo dentro da UC ou em seu entorno, desde que seja para fins econômicos; seja atividade agrícola, pesqueira, extrativista, turística ou outra qualquer; em bases sustentáveis ou não; ordenadas ou não; bem como sua influência e conseqüências: sociais, ambientais, culturais, econômicas ou de gestão.

Oferta de Produtos: todo tipo de oferta de bens/produtos e suas quantidades, desde que para fins de mercado e que sejam extraídos/produzidos/beneficiados dentro da UC e/ou em sua zona de amortecimento; sejam eles comercializados ou não localmente; bem como suas influências e conseqüências sobre diferentes aspectos: sociais, econômicos, culturais ou ambientais.

Transferência de Renda: todo tipo de oportunidades e programa, ação ou iniciativa que já envolva a transferência de renda; seja de governo ou não; independente do grupo social atingido/alvo, gênero, setor da reserva ou público, desde que envolva a transferência direta de renda em nome de alguém, endereço ou localidade de dentro da reserva e/ou sua zona de amortecimento.

Demanda de Produtos: todo tipo de demanda por produtos e suas quantidades, sejam eles produzidos dentro da UC, em sua zona de amortecimento ou não; industrializados, artesanais, naturais ou sintéticos; independente se para consumo ou uso, seja para fins sociais, econômicos, de consumo, produção, culturais, ambientais; bem como suas influências e conseqüências sobre diferentes aspectos.

Consumo: todo tipo de consumo e suas quantidades, sejam eles produzidos dentro da UC, em sua zona de amortecimento ou não; industrializados, artesanais, naturais ou sintéticos; seja para fins individuais, familiares ou comunitários; bem como suas influências e conseqüências sobre diferentes aspectos: sociais, econômicos, culturais ou ambientais.

Coordenação: Leonardo Hasenclever – IEB Relatoria: Gustavo Tossello – TNC Elaine Teixeira – Funbio Marcelo Hercowitz – ISA Antônio Tafuri – MMA Fernando Tatagiba – MMA

Page 34: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

34

LISTA DE INSUMOS PARA IDENTIFICAÇÃO DE VARIÁVEIS*

Efeitos da economia de mercado na qualidade de vida das populações que vivem em UCs Eficácia do manejo no retorno econômico Dinâmica migratória das populações humanas por conta da valorização da terra Influência da demografia nas questões econômicas

Desigualdades na exploração, comercialização ou apropriação dos recursos Viabilidade econômica do uso dos recursos naturais Estratégias de produção e comercialização para produtos

Aspectos econômicos relacionados às externalidades Aspectos econômicos relacionados à equidade Custo de oportunidade da terra. Custos sociais incorporados as populações das UC ao longo do tempo Custo envolvido com a gestão da UC

Elos entre a produção e o consumidor Transferência de recursos entre classes econômicas Relações de parcerias com empresas Dialogos entre atores do entorno das UCs para a busca de alternativas econômicas

Atividades extrativistas são familiares ou coletivas Atividades produtivas simultâneas.

Relação entre o tipo de beneficiamento-produção-renda Valor agregado conforme o tipo de beneficiamento

Renda Renda ligada ao manejo rec naturais Alternativas de renda aplicadas em Ucs Alternativas de renda que propiciem conservação

Criação das reservas origina ou acirra conflitos que não existiam antes Instrumentos de incentivo à pecuária, à mineração, entre outros que impactam a área

Canalização de recursos para produção integrada Desenvolver linhas específicas de crédito Investimentos em pesquisa e tecnologia para cadeias de produtos Incentivos fiscais para estímulo a negócios

Estoques de produção Mudanças nos padrões de produção Organização da produção Produção: agricultura familiar, extrativismo, pesca e caça Desenvolver cadeias produtivas Mercado Escoamento Acessibilidade Comercialização

* Os insumos foram separados em grupos de acordo com o assunto geral que os agrega.

Lógica de Trabalho: O GT de economia partiu dos alvos propostos, alinhando-os no quadro de forma a

permitir uma visualização ampla dos mesmos. Os alvos foram inicialmente visitados, um por um, buscando-

se identificar sobreposições, complementações, e principalmente, fatores que teriam relação com cada um

deles. Neste momento o grupo se permitiu agrupar quatro dos alvos propostos em torno dos eixos OFERTA e

DEMANDA por entender que são eixos comuns na análise econômica. Esses alvos foram, então, elencados

em um “painel paralelo” para que, numa etapa subsequente, o grupo procurasse estabelecer relações

causais entre os mesmos.

Page 35: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

35

A proposição de indicadores se deu pelo alinhamento das cadeias causais estabelecidas para cada alvo a

partir dos fatores identificados, buscando-se medidas que expressassem mudanças/evoluções nessas

cadeias causais. Não foi seguida uma ordem pré-determinada para o início das discussões e colaborações.

Uma vez escolhido um alvo, dedicava-se atenção e reflexão sobre o mesmo até que o grupo sentisse a

necessidade de seguir para o próximo alvo.

Dois pontos merecem destaque:

1 - O grupo se dedicou àquela primeira parte do trabalho, visitando cada alvo a priori, com intensidade, mergulhando em discussões infindáveis e remexendo a teoria em busca de “insights” que corroborassem a identificação dos fatores, o estabelecimento das relações causais e a proposição dos indicadores.

2 - O grupo sentiu a necessidade de dedicar esforços no sentido de melhorar a relação dos alvos propostos com as teorias econômicas, para obter mais robustez nos indicadores a partir de uma base conceitual mais concreta.

Alguns destaques nas discussões do GT – Economia:

◊ Acerca da questão da “sustentabilidade”: “Qualquer atividade gera impacto. A questão é: qual o nível aceitável?” (Fernando Tatagiba)

◊ Em Economia, é necessário considerar a variação, mais do que o valor absoluto.

◊ O GT considerou que dados de demografia vão estar dentro do sistema (Gustavo Tossello)

◊ O que é produto? Por exemplo: pirarucu ou carne de pirarucu + língua de pirarucu – Decidiu-se usar o produto in natura mesmo e não o produto depois de agregar valor/processar.

◊ Conceitos: Oferta é o que é produzido para comercialização; Produção é = comercialização + consumo próprio.

◊ Tema polêmico: Indicador “acesso a crédito” – talvez tenha mais a ver com elegibilidade (Leonardo Hasenclever) – Conclusão da conversa: ficará o número de créditos concedidos.

◊ No caso de transferência de renda, permanência/tempo de contrato é dado importante se a meta é a sustentabilidade. (Leonardo Hasenclever)

◊ Considerar a diversidade e não só a quantidade no caso dos verificadores relacionados com oferta/produção. A diversidade leva em conta a equidade. Por exemplo: tão importante quanto saber o número de produtos é saber de onde são (extrativismo vegetal, compra, caça, pesca e outros) (Geraldo Stachetti, GT Meio Ambiente)

Membros do GT Economia durante debate.

Page 36: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

36

◊ “Variação no preço da terra” foi um indicador que causou muito debate. Como aferir as mudanças na posse da terra? Isso tem ou não tem a ver com o propósito da variável? Qual a relação com a de sustentabilidade? É bom ou é ruim o preço da terra subir? Qual o impacto do turismo? Essas foram algumas das perguntas levantadas.

◊ Muitos dos indicadores identificados serão potencializados quando cruzados com outros.

◊ O ICMBio não considera turismo como cadeia produtiva. O GT-Economia ignorou isso.

◊ “Pesquisa” não foi contemplada nos outros grupos: quantidade de pesquisa, parcerias com instituições de pesquisa etc. (Elaine Teixeira)

◊ No caso das cadeias produtivas vamos extrapolar o entorno. (Fernando Tatagiba)

◊ Caê lembrou o grupo que, em sua apresentação durante o Seminário (2009), Jorge Madeira destacou seis coisas que não poderiam ficar de fora: custo, benefício, externalidades, equidade, oferta e demanda.

◊ Precisamos separar a renda gerada pela exploração/retirada de recursos, da renda gerada por serviços viabilizados pela existência da UC. (Leonardo Hasenclever)

◊ A exploração de produtos se aplica apenas para UCs de Uso Sustentável ou também para Proteção Integral? No início não houve unanimidade. Segundo Tatagiba: “também para Proteção Integral – por exemplo, no caso da água produzida numa UC de PI. Segundo Caê: “Eu defendo que por uma questão metodológica restringirmos este indicador para UCs de uso sustentável”. Uma possibilidade: nas UCs de uso sustentável, considerar produtos e serviços da sociobiodiversidade, nas de proteção integral, considerar produtos e serviços subjacentes ao aproveitamento possível (turismo e afins). O grupo chegou ao consenso de limitar o indicador de % da renda vinculada à exploração de recursos naturais para UCs de uso sustentável.

◊ Variação do preço da terra: o benchmark é o que gerou mais reflexões filosóficas, sobre os prós e contras da variação do preço da terra. Uma possibilidade: observar a variação do preço da UC e entorno em comparação à variação do preço em recorte regional. Não houve consenso em torno desta proposta: o grupo decidiu marcar o indicador para análise posterior sobre como ele será aferido. Uma das propostas é que o indicador seja deslocado de alvo - atualmente ele se encontra em “oportunidades de geração de renda na UC” - para “sustentabilidade das cadeias prioritárias”, pois o efeito do aumento do preço da terra tem efeitos negativos também, ao impactar negativamente a sustentabilidade das cadeias.

◊ É consenso que formalização é bom, mas será que é necessário avaliar organizações não-formais? Essa é uma questão ainda em discussão. Não houve consenso completo. É desejável que seja possível observar a organização desde um grau anterior à formalização, contudo o aumento de formalização das organizações é ainda mais relevante.

Page 37: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

37

1. Matriz GT Economia

Alvo

Qual o indicador?

Para que grupo ou categoria de

manejo? O indicador é importante para que tipo de uso?

Como será aferido?

Fonte da informação

Fonte da informação1

Vale para UC, entorno ou

ambos?

Todas, PI, US, ou categoria(s)

específica(s)? Conselho Instituição Focal Amazônia

Estado, condições, situação, fase...?

Referência (ruim e boa)

Conselho, Instituição Focal, ou dados públicos?

Oportunidades de geração de renda

na UC

acesso a crédito todas planejamento estratégico da associação /

execução dos programas /

elaboração do plano de manejo

planejamento e priorização dos

investimentos em conservação / planejamento

"tático"

desenvolvimento de políticas de

fomento

1) famílias; 2) beneficiárias; 3)

UC/entorno

Número de créditos concedidos

-

Banco do

Brasil

acesso a recursos a fundo perdido/

doações todas

contratos (podendo ser em dinheiro, bens

ou serviços) zero; maior que zero

ONGs, projetos / compensação / investimentos

públicos

-

variação no preço da terra no

entorno todas

para o ordenamento

territorial na zona de amortecimento

priorização dos investimentos em

conservação

priorização dos investimentos

em conservação

1) R$/ha; 2) preço da terra; 3)

entorno/regional - *por vezes a referência mais exequível será a

base municipal

não consensual porque: subiu (é bom ou ruim?); desceu (é bom ou ruim?)

-

imobiliárias /

cartórios

Iniciativas de/do associativismo na

UC organização social todas

fortalecimento institucional/

desenvolvimento social/acesso a

crédito/credibilidade/ ganhos de

escala/acesso a mercados

aumento da segurança -

diminuição do risco de atuação -

priorização dos investimentos na

conservação

aumento da segurança -

diminuição do risco de atuação - priorização dos investimentos na

conservação

efeito da formalização das associações

inexistência; aumento; diminuição

não formalizadas formalizadas: existência de

CNPJ

número de associações organizações no

entorno

redução do no de org.

formalizadas e aumento das formalizadas;

redução das org. locais não formalizadas com

menos formalizadas; não mudou

- -

1 Branco (UC e Conselho/Associação de Moradores), Azul (Entorno e Inst. Focais: Local/Regional), Amarelo (Ambas e Instituições c/ Atuação no Recorte Amazônia).

Legenda: Destaque em Vermelho: Houve discussão e/ou não houve consenso.

Tarjeta rosa: inclusão após rodada de Mercado (intercâmbio com outros GTs)

Destaque em Amarelo: Necessário rever

Page 38: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

38

Alvo

Qual o indicador? Para que grupo ou categoria de

manejo? O indicador é importante para que tipo de uso?

Como será aferido?

Fonte da informação

Fonte da informação1

Vale para UC, entorno ou

ambos?

Todas, PI, US, ou categoria(s)

específica(s)? Conselho Instituição Focal Amazônia

Estado, condições,

situação, fase...?

Referência (ruim e boa)

Conselho, Instituição Focal, ou dados

públicos?

Produção na/da UC - Oferta na/da

UC

número de produtos (variedade)

todas

planejamento e organização da

produção/estratégias de

comercialização/ captação de

recursos/ordenamento territorial da zona de amortecimento

priorização dos investimentos em

conservação/ fortalecimento institucional/

desenvolvimento social/replicação de

iniciativas/captação de recursos

formulação e implementação

de políticas públicas/

captação de recursos/oferta

de crédito

número de produtos (variedade); bens e serviços ofertados

1

zero; 1-2; 3-5; 6-10; + de 10

Conselho

quantidade de produto

quantidade aumento;

manutenção; diminuição

Conselho

valor dos produtos valor da produção aumento;

manutenção; diminuição

Conselho

Consumo na/da UC - Demanda

na/da UC

número de produtos (variedade)

todas

planejamento e organização da

produção/estratégias de

comercialização/ captação de

recursos/ordenamento territorial da zona de amortecimento

priorização dos investimentos em

conservação/ fortalecimento institucional/

desenvolvimento social/ replicação de iniciativas/

captação de recursos

formulação e implementação

de políticas públicas/

captação de recursos/oferta

de crédito

número de produtos (variedade); bens e serviços ofertados

zero; 1-2; 3-5; 6-10; + de 10

- -

quantidade de produto

quantidade aumento;

manutenção; diminuição

- -

valor dos produtos valor da produção aumento;

manutenção; diminuição

- -

Transferência de renda aos

moradores da UC e seu entorno

existência de programa de

transferência de renda

todas

planejar ações voltadas ao bem

estar social / fortalecimento de direitos básicos do

cidadão /

priorização de esforços: geográfico, temático

priorização de implementação

de PP / proposição de

alternativas de PP redistributivas

1) famílias; 2) beneficiárias de

bolsa; 3) UC/entorno

nenhuma; minoria

(poucas); metade; maioria

(muita); todas

Conselho (*ver se existem

dados oficiais)

famílias beneficiárias da

previdência social

nenhuma; minoria

(poucas); metade; maioria

(muita); todas

Conselho (*ver se existem

dados oficiais)

1 Drop down por produto - quantidade por produto

Page 39: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

39

Alvo

Qual o indicador? Para que grupo ou

categoria de manejo?

O indicador é importante para que tipo de uso? Como será aferido? Fonte da informação Fonte da informação1

Vale para UC, entorno ou ambos?

Todas, PI, US, ou categoria(s)

específica(s)? Conselho Instituição Focal Amazônia

Estado, condições, situação, fase...?

Referência (ruim e boa)

Conselho, Instituição Focal, ou dados públicos?

Sustentabilidade das cadeias produtivas

manejo dos recursos naturais

em exploração

UC de uso sustentável

subsídio ao debate e decisão sobre manejo de recursos naturais

priorização dos investimentos em

conservação / fortalecimento institucional /

desenvolvimento social / replicação de

iniciativas / captação de recursos /

organização comercial

controle sobre a intervenção na natureza e proposição e alternativas de PP para a

Amazônia

número de produtos e cadeias certificadas

zero; 1-2; 3-5; 6-10; + de 10

Conselho

número de processos de produção com licenciamento

zero; 1-2; 3-5; 6-10; + de 10

Conselho

processo de produção com manejo tradicional

zero; 1-2; 3-5; 6-10; + de 10

Conselho

todas

subsídio ao debate e decisão sobre manejo de recursos naturais

formulação e implementação de políticas públicas/captação de

recursos/oportunidade de crédito, doação, investimento

plano de negócios

inexistente; em elaboração/planejam

ento; em execução conforme o plano;

executado com sucesso

Conselho

infraestrutura existente para

acesso a mercado todas

acesso ao mercado

acesso às comunidades prioridade de investimento em

infraestrutura

existência de meio de comunicação

sem sistema de comunicação; rádio; telefone; internet2

Conselho

existência de modal de acesso3

adequado; inadequado; suficiente;

insuficiente

Conselho

agregação de valor no processo produtivo

UC de uso sustentável

planejar ações voltadas à

produção e comercialização

acesso ao mercado priorizar investimentos em

processos produtivos

número de produtos que passam por processos de

transformação

zero; 1-2; 3-5; 6-10; + de 104

Conselho

autos de infração na UC e entorno

todas

planejamento de programas de

proteção / revisão do plano

de manejo

planejamento do programa de proteção

priorizar investimentos para a proteção e fiscalização /

identificação de fragilidades / priorizar investimentos para PP

geradoras de renda

número de autos lavrados5 zero; existência;

recorrência Conselho

2 Quicando cada item quando se aplicar, o que dará a possibilidade de combinações. / Surgiu comentário no mercado sobre qualificar (qual o uso e quem tem acesso).

3 Não houve consenso porque talvez não reflita agregação de valor.

4 Sugestão do Mercado: não existe transformação; existe pouca transformação; transformação com intermediário; transferência e venda direta.

5 Qualificar o produto autuado (Drop Down)

Page 40: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

40

GT Meio Ambiente

ALVOS

Conservação/Manejo dos recursos naturais da/na UC: toda

proposta, iniciativa, plano ou ação; pontual ou mais

abrangente; já realizado ou em vias de sê-lo; que tenha como

princípio, em seu desenvolvimento ou finalidade, o objetivo

de intervir (desde através da educação, passando pela

pesquisa de base, até o manejo comunitário etc) sobre os

recursos naturais, na escala de populações, comunidades ou

paisagem; com objetivo pré-determinado: reduzir/diminuir,

manter/equilibrar, aumentar/ampliar, otimizar/melhorar....

Extração/Uso dos recursos naturais da/na UC: todo tipo,

prática ou atividade extrativista; legal ou ilegal; planejada ou

não; ordenada ou não; sob enfoque de manejo do

produto/espécie ou de comunidades/paisagem; praticado

por moradores da UC ou não; que sua extração seja

subproduto de outra atividade (acidental ou não) ou que

tenha objetivo de aproveitamento mais direto (específico ou

mais geral); independente da finalidade: subsistência, troca,

comercialização, estocagem etc. atingidos: sociais,

econômicos, ambientais, culturais ou de gestão.

Serviços ecossistêmicos/Saúde do ambiente/Integridade

ambiental da UC: o conjunto de serviços prestados pela

natureza e o meio ambiente; mais locais ou mais amplos; que

determina ou influencia os componentes e/ou processos

ecológicos; na manutenção, recuperação ou reabilitação da

estrutura e/ou dinâmica ecossistêmica; direta ou

indiretamente; nas diferentes escalas ecológicas; hoje ou

para as futuras gerações.

Pressões sobre a UC: todo tipo, prática ou atividade; pontual

ou mais abrangente; na UC, seu entorno, região ou bacia;

legal ou ilegal; planejada ou não; ordenada ou não;

independente de sua finalidade; exercida sobre o meio

ambiente, que esteja acontecendo e já resulte em impactos

negativos, independente de qual ou de quais aspectos

Desmatamento ilegal da UC e sua zona de amortecimento:

todo e qualquer tipo de desmatamento ilegal já ocorrido ou

em andamento; corte raso ou seletivo; em bases sustentáveis

ou não; independente da finalidade e benefícios que possa

gerar, locais ou regionais; que seja subproduto de outra

atividade ou não; praticado por moradores da UC ou não; de

forma individual ou não; fazendo uso de máquinas ou não.

Áreas degradadas/em recuperação/recuperadas na UC:

toda proposta, iniciativa, plano ou ação; pontual ou mais

abrangente; resultado ou produto; que tenha como princípio,

em seu desenvolvimento ou finalidade, analisar, recuperar

ou re-habilitar áreas degradadas nas diferentes escalas, de

paisagens.

LISTA DE INSUMOS PARA IDENTIFICAÇÃO DE VARIÁVEIS*

As atividades extrativistas são familiares ou coletivas Produção: agricultura familiar, extrativismo, pesca, caça Produção Produção anual Relação entre as atividades praticadas na UC

Dinâmica de uso de solo Áreas de agricultura Áreas de uso Dinâmicas de desmatamento Atividades ilegais realizadas no interior da reserva

Mudanças climáticas Estoques de carbono

Invasão

Coordenação: Nurit Bensusan – Consultora Relatoria: Davi Pantoja – UnB Rita Mesquita – INPA Reinaldo Lourival – TNC Geraldo Stachetti – Embrapa Mariana Napolitano – WWF-Brasil

Page 41: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

41

Degradação ambiental Impacto humano Instrumentos de incentivo à pecuária, à mineração, entre outros que impactam a área Garimpo Desmatamento Eminência e impactos de obras Redução dos estoques de recursos naturais

Processos, composição e funções da biodiversidade transformadas pelas populações Conhecimentos que essas populações sobre esses processos Manejo Participativo dos Recursos Naturais Influência dos usos dos recursos naturais sobre os processos da biodiversidade Tipos de prática Relação entre conservação e manejo tradicional Conservação da biodiversidade a partir da melhoria da qualidade de vida

Compatibilizar o uso dos recursos naturais com a conservação da biodiversidade Exploração Sustentável Quantidade recursos naturais Localização recursos naturais Acesso recursos naturais Taxa de retirada dos recursos naturais Esforço de captura Tamanho dos indivíduos Informações de esforço

Tamanho da população Distribuição da população Raridade (quantidade e distribuição) Endemismos Valor do endemismo (ecológico e econômico) População mínima viável Causas de extinção Ciclos reprodutivos Distribuição e o “status” das populações

* Os insumos foram separados em grupos de acordo com o assunto geral que os agrega.

Lógica de Trabalho: O grupo partiu da reflexão sobre os

alvos e sua abrangência e reconheceu grande

sobreposição entre eles. A despeito desta sobreposição, o

grupo utilizou duas abordagens gerais que agruparam os

6 alvos disponíveis em dois sub-grupos de 3 alvos:

• Alvos que trazem uma contribuição positiva para sustentabilidade da UC (i.e. Conservação/Manejo dos recursos naturais da/na UC, Serviços ecossistêmicos/Saúde do ambiente/Integridade ambiental da UC e Áreas degradadas em recuperação/recuperadas na UC); e

• Alvos trazem uma contribuição negativa (i.e. Davi Pantoja – relator do GT Meio Ambiente

Page 42: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

42

Extração/Uso dos recursos naturais da/na UC, Pressões sobre a UC, Desmatamento ilegal da UC e sua zona de amortecimento).

Na seqüência, o grupo filtrou os insumos disponibilizados no material de apoio. Foram feitos muitos cortes, fusões e ajustes, de forma que poucos insumos foram utilizados na forma em que foram propostos.

O grupo adotou como procedimento o preenchimento da matriz lógica por linha até esgotar as discussões sobre cada alvo. Quando as discussões se esgotavam, o grupo preenchia a linha inteira da matriz.

Para aferição da variável, o grupo adotou a técnica de fazer a pergunta de trás para frente: “se eu tiver a

variável yyyy, vou conseguir medir o indicador xxxx????

Alguns destaques nas discussões do GT – Meio Ambiente:

◊ “Convencionamos que estamos realizando o cumprimento de uma tarefa (um exercício), e que fazemos uma construção em cima de uma estrutura já disponibilizada e, portanto, não se trata de uma construção integral do grupo”.

◊ Como desenvolver indicadores sobre uma coisa que ainda não se tem clareza? (ex: Sustentabilidade). (Rita Mesquita)

◊ A comunidade tem conhecimento sobre os ciclos reprodutivos das espécies que lhes interessam (ninhal, dormitório, etc.).

◊ Indicador “Sítios de reprodução”: 1. Ainda carece uma definição de que espécies serão abordadas, sugere-se o uso de espécies indicadoras de perturbação; 2. A forma de aferição e as categorias de interesse para uma UC sustentável é espécie-dependente;

◊ Nem sempre o manejo dito “tradicional” é sustentável. (Rita Mesquita, citando o exemplo dos indígenas que extraíam copaíba com machado matando as árvores. Essa não era uma prática ancestral. Eles não tinham o conhecimento sobre o uso da copaíba. Adquiriram recentemente usando machado e causando impacto. Foi necessária uma intervenção externa para que eles aprendessem a fazer a extração do óleo com trado, de forma sustentável).

◊ Práticas tradicionais podem ter impactos positivos e/ou negativos. Se positivos, devem ser incorporados no desenho participativo do manejo. Se negativos, devem sofrer mudanças por meio de capacitação e ajustes (verificadas no alvo Conservação e Manejo).

◊ Não se monitora uso de recursos em Unidade de Proteção Integral (UPI) porque se assume que é uma situação transitória. Entretanto, é preciso fazê-lo.

◊ Monitoramento dos recursos em uso: queremos saber se o uso está extrapolando o limite suporte do sistema.

◊ O GT Gestão, quando visitou o GT Meio Ambiente, comentou que a abordagem utilizada, considerando os efeitos negativos e positivos sobre a sustentabilidade das UCs, podia gerar um efeito “espelho”. Como exemplo, citou o indicador “intensificação das práticas danosas”, como variável do indicador negativo “efeito de práticas de manejo tradicionais”.

Page 43: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

43

◊ O Grupo acha que para a dimensão Meio Ambiente não é tão relevante se o desmatamento é legal ou ilegal (que seria mais pertinente à dimensão de gestão). O Grupo está ciente da enorme dificuldade de gerar e acessar os dados de ilegalidade.

◊ “Conflitos” foram divididos: 1. Conflitos entre usuários; e 2. Conflitos entre usuários e gestores. No primeiro caso, deveriam ser passivos de ajustes ou regularizações (sendo considerados como provocativos de impactos negativos sobre a UC). No segundo, estão no contexto dos alvos positivos, pois em geral, ocorrem na perspectiva objetiva de ordenamento no uso dos recursos para melhor conservação.

Page 44: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

44

2. Matriz GT Meio Ambiente

Cat

ego

riza

ção

do

s

Alv

os

Alvo

Qual o indicador?

Para que grupo ou categoria de manejo?

O indicador é importante para que tipo de uso? Como será aferido? Fonte da informação Fonte da

informação1

Vale para UC, entorno ou

ambos?

Todas, PI, US, ou categoria(s) específica(s)?

Conselho Instituição

Focal Amazônia

Estado, condições, situação, fase...?

Referência (ruim e boa)

Conselho, Instituição Focal,

ou dados públicos?

1 Conservação

e manejo

monitoramento da biodiversidade

1

Todas

fomento para o plano de gestão

e status de conservação.

não se aplica não se aplica proporção do executado

x planejado2

>=1: excelente; 0,75<=x<1: bom; 0,5<=0,75: regular; 0<=x<0,5:ruim

Conselho

monitoramento de recursos naturais

em uso

UC de Uso Sustentável

relação entre conservação e

manejo não se aplica não se aplica

proporção de ações conhecidas em relação às propostas do plano

Não contemplado; contemplado não executado; contemplado executado;

executado mas insuficiente

Conselho

ações "culturais" das comunidades (acordos /

práticas) / residente e entorno

não existem; existem mas não são cumpridas; existem e são cumpridas

Conselho

ações "culturais" , independente se são formais /culturais e

outras positivas

eficácia das ações (sim; não)

Conselho

aplicação de tecnologias de

"baixo impacto" todas

adoção de práticas e

conhecimentos tecnológicos

monitoramento da adoção de

melhores práticas

difusão de monitoramento da matriz de

paisagem

adoção de práticas e conhecimentos

tecnológicos

nível de adoção de práticas sustentáveis pelas comunidades (UC); e nível de adoção

de práticas mais sustentáveis no manejo produtivo (entorno)

1 Incluindo uso indireto em UC de PI; No caso de uso por populações ainda residentes em PI (situação provisória), este elemento aparecerá sob o indicador invasões para uso no alvo Extração / uso dos recursos

naturais 2 (freqüência [n

o de coletas de dados/ano]; variação na aplicação de recursos financeiros)

Categorização dos Alvos ações positivas

ações negativas

Legenda: Destaque em Vermelho: Houve discussão e/ou não houve consenso.

Tarjeta rosa: inclusão após rodada de Mercado (intercâmbio com outros GTs)

Destaque em Amarelo: Necessário rever

Page 45: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

45

1

Conservação e manejo

(continua seção anterior)

efeito das práticas de manejo (conhecimento

tradicional) sobre os recursos/

biodiversidade

todas

desenho participativo

de estratégias de manejo

não se aplica não se aplica adoção de práticas e

conhecimentos tradicionais

nível de adoção de práticas sustentáveis pelas comunidades (UC);

e nível de adoção de práticas mais sustentáveis no manejo produtivo

(entorno)

Conselho

participação comunitária no

monitoramento da biodiversidade

todas capacitação e planejamento

do manejo

melhoria da gestão

não se aplica adoção dos resultados do

monitoramento participativo na gestão

não tem monitoramento participativo; não tem; tem mais não é adotado

Conselho

2

Integridade ambiental /

serviços ecossistêmicos

qualidade e quantidade da água

todas

questões de saúde e

saneamento e vulnerabilidade à seca e cheias

programas de água potável e saneamento e

controle de poluição

regulamentação do uso da água

doenças de veiculação hídrica

ocorrência de doenças Conselho

impactos humanos sobre os recursos hídricos da UC

e entorno

variação da quantidade e qualidade relacionada aos impactos

Conselho

regimes de cheias e secas impactos de eventos extremos sobre

os residentes Conselho

conflito entre usuários residentes e gestores

todas resolução de

conflitos resoluçao de

conflitos

ações de proteção e busca

de alternativas

mudanças dos comportamentos

relacionados aos conflitos

não existe conflito; conflito em negociação; conflito sem negociação

Conselho

sítios de reprodução da fauna

3

todas

ações de fiscalização, proteção e educação

resoluçao de conflitos

ações de fiscalização, proteção e educação

variação nos ciclos reprodutivos/ nas

quantidades de espécies e recursos/ distribuição e

abundancia

manutenção, redução , ou aumento dos sítios

Conselho

3 Regeneração e

recuper. de áreas degrad.

acordos e/ou projetos de recuperação de spp. e/ou recursos

todas programas de recuperação e

manejo não se aplica

existência e adequação

não precisa; precisa mas não existe; existe mas não é eficiente; existe e é

eficiente

Conselho

3 Saiu "distribuição e abundancia de sítios de reprodução".

Cat

ego

riza

ção

do

s

Alv

os

Alvo

Qual o indicador?

Para que grupo ou

categoria de manejo?

O indicador é importante para que tipo de uso? Como será aferido? Fonte da informação Fonte da

informação1

Vale para UC, entorno ou ambos?

Todas, PI, US, ou

categoria(s) específica(s)?

Conselho Instituição

Focal Amazônia

Estado, condições, situação, fase...?

Referência (ruim e boa) Conselho,

Instituição Focal, ou dados públicos?

Page 46: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

46

4 Pressões sobre UC

pressão demográfica (residente e

usuária, incluindo migrações)

todas planejamento e ordenamento

territorial não se aplica não se aplica

variação da população e sua distribuição no espaço

censos demográficos (+ densidade: ruim; - densidade: bom)

4

Conselho

Impactos setoriais5 - - não se aplica não se aplica - - -

Impacto de fluxos migratórios:

indígenas, pops rurais, pressão demográfica -

grupos que entram na UC

6

- - não se aplica não se aplica - -

Conselho

análise de cenários e planos p/ infra-

estrutura e mineração (impactos)

todas

planejamento/ ações

preventivas/ articulação

política/ mobilização

não se aplica não se aplica

influência das análises n

o de audiências e reuniões comunitárias,

planos, etc. Conselho

variação articulação e mobilização social

influência das análises;

desconhecimento; conhecimento sem aplicação; conhecimento mais aplicação

5

Extração /

Uso dos

recursos

naturais

invasão para uso todas melhora da

gestão não se aplica

impacto das invasões n

o de audiências e reuniões comunitárias

Conselho

afeta a disponibilidade: sim, não , indisponível

Conselho

4 No mercado: censos escolares e outros censos.

5 Indicador novo depois do Mercado – não foi trabalhado pelo grupo.

6 Não foi desdobrada - havia expectativa que fosse tratado no grupo social.

Cat

ego

riza

ção

do

s

Alv

os

Alvo

Qual o indicador? Para que grupo ou categoria de

manejo? Para quem serve? Qual a variável? Fonte da informação

Fonte da informação

Vale para UC, entorno ou

ambos?

Todas, PI, US, ou categoria(s)

específica(s)? Conselho

Instituição Focal

Amazônia Estado, condições, situação,

fase...? Referência (ruim e boa)

Conselho, Instituição Focal,

ou dados disponíveis?

Page 47: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

47

5

Extração / Uso dos recursos

naturais (continua

seção anterior)

planejamento espacial /

zoneamento7

todas

ordenamento do uso e atividades produtivas e de

conservação

nas atividades de fiscalização e

controle

garantir a complementaridade

e conectividade

existência , adequação, participação

existe e é efetivo; não efetivo; não existe

Conselho

conflito entre usuários

todas ajuste de conduta

regularização de uso e de atividades

impacto dos conflitos sobre os recursos

aumenta, diminui, ou mantém a disponibilidade de recursos

Conselho

efeitos das práticas de

manejo (conhecimento

tradicional e tecnológico)

sobre os recursos/

biodiversidade8

todas extensão rural e

capacitação não se aplica não se aplica

mudança de práticas e comportamentos danosos

abandono de praticas danosas; adoção de praticas mais

sustentáveis. redução; manutenção; aumento

Conselho

variação dos recursos extraídos

todas propostas de

proteção e manejo

não se aplica não se aplica variação no esforço de

coleta/captura

abandono de praticas danosas; adoção de praticas mais

sustentáveis. Conselho

6 Desmatamento

ilegal

mudanças na cobertura

vegetal todas

planejamento de ações (proteção,

fiscalização, educação)

Priorização de ações e recursos;

sistema de alertas e respostas

capacitação e mobilização (brigadas/

voluntários, etc)

variação nas taxas e na distribuição especial das diferentes coberturas e

uso do solo

aumento, mudança, ou redução da integridade da UC / existência, tipo, extensão, e distancia da atividade / sensoriamento remoto + verificação

em campo9

Conselho

7 Sugestão do GT Gestão no mercado - virar alvo

8 Na apresentação do mercado: negativo do efeito das práticas de manejo como indicador positivo (?)

9 Neste caso, integridade pode ser melhor traduzido como cobertura florestal.

Cat

ego

riza

ção

do

s A

lvo

s

Alvo

Qual o indicador?

Para que grupo ou categoria de

manejo? Para quem serve? Qual a variável? Como será aferida? Fonte da informação

Vale para UC, entorno ou

ambos?

Todas, PI, US, ou categoria(s)

específica(s)? Conselho

Instituição Focal

Amazônia Estado, condições, situação, fase...?

Referência (ruim e boa) Conselho, Instituição

Focal, ou dados públicos?

Page 48: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

48

GT Gestão / Política Institucional

ALVOS:

Instrumentos de Gestão: número e tipo dos diferentes instrumentos e espaços legais reconhecidos pelos sistemas de gestão (federal ou estaduais), que contribuem para gestão, desde o planejamento para sua elaboração, passando pela metodologia de execução e processos envolvidos, qualidade do produto final, abrangência, atendimento aos pressupostos ligados ao contexto, categoria da UC e realidade local, até o monitoramento de sua aplicação, revisão e ajustes adaptativos, com destaque para: Conselho Gestor, Plano de Gestão, Programa de Pesquisa e Conhecimento, Zoneamento e Instrumentos Emergenciais/Transitórios (Plano de Uso, Termo de Compromisso, Termo de Ajuste de Conduta e Acordos).

Organizações e Associações: todo o conjunto de ações, influências, conseqüências e desdobramentos resultantes, desde a presença/ausência, passando pelo perfil e qualidade da atuação, das iniciativas, projetos, organização, mobilização e outras questões que contribuam no planejamento, desenvolvimento, acompanhamento e avaliação por parte das organizações e associações que contribuem com a gestão da reserva.

Ações de Gestão: todo o conjunto de ações, considerados nas propostas, projetos e programas ligados a gestão (excluindo os instrumentos), desde o seu planejamento, passando pela metodologia de elaboração/formalização, qualidade da ação, abrangência, atendimento aos pressupostos ligados ao contexto, categoria da UC e realidade local, até o seu monitoramento, revisão e ajustes adaptativos, entre eles, com destaque para: Gestão Participativa, Manejo Participativo dos Recursos Naturais, Exploração Sustentável, Fiscalização, Regularização Fundiária e diferentes tipos de monitoramento (de gestão, biodiversidade, uso de recursos, financeiro etc).

Investimentos Financeiros na UC: todo tipo de iniciativa, projeto, programa ou ação que caracterize uma oportunidade, aprovação, recebimento, aplicação, resultados, produtos ou conseqüências, do investimento, custeio e sustentabilidade financeira relacionada à gestão.

Governança e governabilidade: todo o conjunto de fatores, características, instrumentos e diferentes aspectos ligados aos processos que regulam a gestão (participação, direitos, transparência, responsabilidade, consenso, igualdade, inclusão, efetividade e eficiência) e as relações entre os diversos setores/atores envolvidos na mesma, bem como as condições para/em que isso aconteça.

Conflito de competências institucionais: todo o conjunto de fatores, características e condições que propiciam ou que possam evitar, minimizar ou controlar os conflitos de atuação, ações, agendas, planos, objetivos ou metas institucionais, independente de qual(is) e quantos os setores da sociedade e instituições envolvidos.

LISTA DE INSUMOS PARA IDENTIFICAÇÃO DE VARIÁVEIS

Compromisso para resolver problemas Aportes gerados pela gestão Atuar das pessoas com maior efetividade Ações preventivas Invasão da UC Compreensão e atuação na dinâmica regional

Envolvimento dos diferentes setores com a implantação e gestão Fortalecer as associações locais Reflexo do posicionamento das pop locais sobre os instrumentos de participação/controle Gestão Participativa

Articulação entre grupos sociais, setores e esferas Construção/Efetividade de Parcerias

Conflitos gerados pela gestão Conflitos da gestão com o marco legal

Coordenação: Sérgio Borges – FVA Relatoria: Henrique Santiago – CEUC/SDS Iara Vasco – ICMBio Patrícia Pinha – ICMBio Deisi Balensiefer – ICMBio Marta Irving– UFRJ Maura Machado – MMA

Page 49: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

49

Ações governamentais conflituosas com foco nos objetivos da UC

Sobreposição de projeto de reforma agrária Projetos de assentamento fantasma Programas de Reforma Agrária: Flonas, RDS e Resex Acessos ao programa do Incra

Criação das reservas origina ou acirra conflitos que não existiam antes.

Criação dos conselhos Efetividade dos Conselhos

Elaboração dos Planos de Manejo Implantação daqueles já existentes Elementos e propostas definidos pelo Plano Gestão influencia a biodiversidade:

Regularização fundiária Zoneamento Custo envolvido com a gestão da UC Fiscalização e Vigilância Monitoramento (de gestão, biodiversidade, uso de recursos, financeiro etc).

UCs possue estratégias e metas pré-definidas. Instrumentos Emergenciais/Transitórios (Plano de Uso, Termo de Compromisso, Termo de Ajuste de Conduta). Formalização de acordos/Acordos

Relação entre conservação e manejo tradicional Exploração Sustentável

Garantir políticas públicas mais claras para pessoas que lidam com Ucs Articular políticas públicas de assistência voltadas às populações tradicionais Políticas públicas específicas para UC Situação legal das atividades de manejo ou serviços explorados Legislações florestais

Manejo Participativo dos Recursos Naturais Envolvimento das populações tradicionais na conservação como agentes de pesquisa Relação entre conservação e conhecimento Integração dos conhecimentos científico e tradicional Disposição ao diálogo entre conhecimentos Programa de Pesquisa e Conhecimento Suporte à pesquisa Geração de conhecimento

Respeito a motivações distintas (ética) Respeito aos direitos de propriedade intelectual das populações Conseqüências do deslocamento das populações tradicionais.

* Os insumos foram separados em grupos de acordo com o assunto geral que os agrega.

Page 50: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

50

Lógica de Trabalho: O grupo adotou como procedimento identificar pelo menos um indicador para cada alvo. O grupo acabou fazendo uma discussão conceitual pesada. Depois da matriz completa, o grupo fez a revisão de indicador por indicador nas duas direções: do indicador para o método de aferição, e vendo se o método de aferição realmente aferia a variável, para testar se aquela variável era realmente indicativa.

Esse grupo tinha, originalmente, seis alvos. O grupo resolveu fundir “conflitos de competência” e “governança e governabilidade”, pois o conflito pode ser um elemento da governança: o processo de governança permite que o conflito seja explicitado e tratado de maneira adequada (governabilidade da gestão).

Alguns destaques nas discussões do GT – Gestão / Política Institucional:

◊ No Alvo “Instrumentos de Gestão”, na busca de outros instrumentos além do Plano de Manejo (também chamado de Plano de Gestão por alguns dos participantes), houve um debate sobre o Decreto de Criação. O Decreto de Criação é instrumento de gestão? – ele apresenta as justificativas e critérios (limites, objetivos, etc.). Há problemas de gestão que foram criados desde o Decreto de Criação como, por exemplo, falhas nos limites ou sobreposição com outras categorias. O grupo resolveu assumir os Decretos de Criação como premissa de gestão.

◊ Acerca da vigência do Plano de Manejo: houve divergência na utilidade da vigência em tempo – potencialmente ele é registrado por outros métodos de aferição como “Tracking Toll” e RAPPAM. Houve também divergência entre utilizar escalas de tempo ou escala qualitativa/subjetiva.

◊ Com relação ao Alvo “Organizações e Associações”, foram elencadas e discutidas várias variáveis: números projetos, diversidade de organizações, aderência aos objetivos da UC, cooperação entre instituições.

◊ Sérgio trouxe para o grupo o tema da ausência de marcos legais para alguns temas. Por exemplo, a exploração mineral em UCs de uso sustentável.

◊ Um dos temas levantados nos debates foi a diferença entre possibilidade de gestão (Ex. atende poucos programas de gestão, mas foco nas prioridades e na realidade, etc.) e gestão eficiente (que segue o planejamento estratégico e equilibra as ações entre os programas, etc.).

◊ O grupo considerou que era importante o Sistema ser capaz de identificar as seguintes questões: (i) Se já foi dado início às ações básicas de gestão, como proteção e elaboração do plano de manejo; (ii) Observância ou inobservância do Plano de Gestão na implementação de ações; (iii) Indicadores de processo de implementação do plano de gestão.

◊ Tópicos de discussão com relação ao Alvo “Governança e governabilidade e Conflito de Competências Institucionais”:

Membros do GT Gestão e Política Institucional durante debate.

Page 51: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

51

• A governança da UC passa pela participação oficial da Unidade (equipe gestora da UC) em outros espaços políticos (conselhos municipais, conselhos de bacia, etc.) – diferenciando se a participação é em fóruns locais, regionais... (Iara Vasco)

• Governança relacionada a poder – qualidade do processo de governança dos fóruns e de horizontalização (compartilhamento) de poder

• Empoderamento dos atores sociais no processo de tomada de decisão

• Participação direta

• Tríade: grupos sociais, privados e governamentais

• Análise de governança em aspecto ampliado (da UC para fora). Ex. UC do ARPA e fora do ARPA, PI ou US

• Avaliar processo de co-gestão sob a ótica de governança e governabilidade

• Avaliar processo/poder de governança dos atores relacionados à UC, em licenciamentos, etc.

• Poder de influência da UC sobre políticas públicas locais/regionais

• Transparência / participação da sociedade civil nos processo de planejamento

• Processo de governabilidade trabalha diretamente no gerenciamento do conflito, que por sua vez faz parte das relações sócio ambientais.

• Equidade no processo de tomada de decisões

• Como a UC identifica a necessidade e transforma isso em política pública

◊ A variável “programas, ações e projetos oficiais de políticas públicas”, do indicador “integração de políticas públicas” se relaciona à programas de escala nacional. Ex. Luz para Todos, Fomento do INCRA, Tele Centros, obras de infra-estrutura etc. – todas as escalas de “quem vai responder” são relevantes, dependendo da escala do projeto.

◊ A variável “processos educativos de formação”, do indicador “empoderamento local”, pode se referir a um programa educativo da UC ou do parceiro, incluindo as instituições responsáveis pela educação local.

Propostas feitas por outros grupos no Mercado, mas que não foram discutidas pelo Grupo por falta de tempo:

Plano de manejo pactuado socialmente parece ser um indicador de governabilidade e governança e não de instrumento de gestão.

Governança e governabilidade: capital social - questionamento se a variável "novas organizações" é uma variável útil.

No alvo "governança e governabilidade", seria interessante dividir em dois itens separados: governança e governabilidade. Governança: somente as ações de processos de PP como planos de governo que está sendo permeado na UC. Governabilidade: seriam as políticas públicas do governo, se existem ou não.

No alvo "governança e governabilidade", na variável "capital social", a aferição deveria incluir

a ampliação de atuação das organizações existentes.

Alvo "governança e governabilidade", indicador "capital social" - se o aparecimento de novas organizações é algo necessariamente bom ou se a continuidade das já existente é uma variável mais interessante.

No item "equilíbrio de ações" dividir em "desequilíbrio planejado" e "desequilíbrio não planejado" (ações de gestão na unidade).

Observação: verificar como será aferido o que é investimento público - se considera ou não recursos públicos captados por parceiros, por exemplo. (investimento financeiro na UC).

Page 52: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

52

Em capital social - sugere-se que se adote um sistema de aferição: não existe capital social (medido em número de novas organizações) formalizado; existe, mas não é efetivo; existe e é efetivo.

No item "instrumento de gestão", indicador "efetividade do conselho", o indicador relevante seria a auto-avaliação do conselho, ou seja, se os próprios conselheiros se percebem como propositivos na melhoria de gestão da UC.

No alvo "ações de gestão para a UC", variável "aderência das ações", a proposta é que nos meios de aferição, ao invés de baixo, médio e alto, se utilize categorias de porcentagem (ex: 0-10 %, 11-20 %, etc.) - as aferições são subjetivas, o que causa diferentes entendimentos e dificuldade na avaliação de resultados.

Alvo "instrumento de gestão", indicador "plano pactuado socialmente" - em vez de 'todos os setores’, colocar "a maioria dos setores".

Polêmica: para sua sustentabilidade, não é desejável que 100% do orçamento da UC venha de investimentos públicos.

No alvo "instrumentos" pensar como incluir como um novo indicador outros instrumentos além do plano: planos de proteção, planejamentos em escalas maiores como mosaico, corredor, etc.

No item "organizações atuantes na gestão", a variável "organizações atuantes" é circular porque é a mesma do alvo.

No alvo "ações de gestão": o fato que ações de gestão não estão no planejamento não significa que não estejam contribuindo para sustentabilidade. Por exemplo: insumos do INCRA para a construção de casas que não estão previstos no plano de gestão mas que melhoram a vida da turma.

No indicador "sustentabilidade financeira" - se a aferição da variável cujo indicador é sustentabilidade financeira diz respeito ao financiamento ou à adequação do investimento - chegou-se à conclusão de que é a adequação do investimento.

Foi discutido, mas o grupo não quis saber: "inexistência ou incompatibilidade de marcos legais" - não deveria caráter negativo, mas sim positivar: existência e compatibilidade - o grupo entendeu que essa variável deve ser, sim, negativada. - uma opção: marcos legais. Aferição: 1) inexistentes; 2) incompatível; 3) inefetivo; 4) prejudicial.

Incluir a variável "equilíbrio de gênero" no indicador "empoderamento local" - seria aferida por meio da relação entre número de mulheres e homens no conselho.

O grupo social propôs que um indicador importante seria a existência de conflito.

Considerar o impacto das ONGs sobre a gestão da UC.

Page 53: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

53

a. Matriz GT Gestão / Política Institucional

Alvo

Qual o indicador?

Para que grupo ou categoria de

manejo? Para quem serve? Qual a variável? Como será aferida? Fonte da informação

Vale para UC, entorno ou

ambos?

Todas, PI, US, ou categoria(s)

específica(s)? Conselho

Instituição Focal

Amazônia Estado, condições, situação, fase...?

Referência (ruim e boa) Conselho, Instituição Focal, ou dados

públicos?

Instrumentos na/da gestão

1

atualidade do plano de manejo

2

todas as categorias subsidiar a

atuação dos conselheiros

orientar as ações a serem executadas

3

não se aplica

vigência/tempo (elaboração/

revisão) do plano de gestão

4

referência: vigente, obsoleto, intermediário

portaria e roteiro metodológico

para elaboração e o plano de manejo para

revisão

portaria e roteiro metodológico

para elaboração e o plano de manejo para

revisão

o s

e a

plic

a

aderência com a realidade atual (nível de

atualização)

Referência: atualizado em execução, desatualizado em execução, desatualizado não

utilizado

- não se aplica

o s

e

ap

lica

plano de manejo

pactuado socialmente

todas as categorias

atendimento às demandas e

legitimidade do plano de

manejo

não se aplica

entidades participantes dos fóruns de discussão

5

a maioria dos setores envolvidos, parte dos setores

envolvidos, poucos setores envolvidos

6

relatórios de planejamento,

plano de manejo

relatórios de planejamento,

plano de manejo nã

o s

e

ap

lica

incorporação das demandas dos usuários/

beneficiários que estejam em consonância

com os objetivos da Unidade

7

reconhecido; não reconhecido; parcialmente reconhecido

- não se aplica

o s

e a

plic

a

1 Sergio defende que o decreto de criação da UC é o primeiro instrumento de gestão (define objetivos, categoria, limites) - É a base sobre a qual a UC vai ser gerida. Ponto de partida para a gestão.

Critérios: existência do decreto, qualidade do decreto. 2 Modelo Clássico de Plano de Manejo: demorava muitos anos para ficar pronto e depois não servia para quase nada.

3 50% das Ucs da Amazônia são Estaduais.

4 Houve divergência no grupo: Sérgio acha que a vigência não é relevante como a aderência e que esse não é um bom indicador. Ieda e Adriana acham que a vigência é importante.

5 apresentação no mercado: etapa de construção do plano

6 revisão: antes era "todos" os setores envolvidos; intermediário; baixo envolvimento.

7 na revisão saiu "incorporação das demandas dos usuários"

Legenda: Destaque em Vermelho: Houve discussão e/ou não houve consenso.

Tarjeta rosa: inclusão após rodada de Mercado (intercâmbio com outros GTs)

Destaque em Amarelo: Necessário rever

Page 54: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

54

Alvo

Qual o indicador?

Para que grupo ou categoria de manejo?

Para quem serve? Qual a variável? Como será aferida? Fonte da informação

Vale para UC, entorno ou

ambos?

Todas, PI, US, ou categoria(s)

específica(s)? Conselho Instituição Focal Amazônia

Estado, condições, situação, fase...?

Referência (ruim e boa) Conselho, Instituição Focal, ou dados

públicos?

Instrumentos na/da gestão

(continua seção

anterior)

efetividade do Conselho

todas as categorias

-

adesão, engajamento, legitimidade,

controle social, governabilidade

não se aplica

diversidade da representação por setores

todos os setores envolvidos; intermediário; poucos setores envolvidos

relatórios, atas e regimento do

Conselho não se aplica

não se aplica

periodicidade das reuniões8

atendimento ao regimento (100%); parcialmente atendido (50%); não

atende (0%)

relatórios, atas e regimento do

Conselho não se aplica

não se aplica

nível de satisfação sobre o funcionamento do Conselho

alto;médio;baixo relatórios, atas e

regimento do Conselho

não se aplica não se aplica

execução das deliberações e recomendações do Conselho

70-100% de execução; 40-69% de execução; 0-39%

de execução

relatórios, atas e regimento do

Conselho não se aplica

não se aplica

cumprimento dos acordos presentes nos instrumentos

de gestão da UC com a dimensão de "gestão"

9

- - não se aplica não se aplica

Organizações locais

atuantes na gestão da UC

implicações das

organizações locais na

implementação de ações de apoio à gestão

da UC10

todas as categorias

fortalecimento do

processo de gestão da UC

fortalecimento do processo de gestão da UC

não se aplica

organizações atuantes

todas as organizações locais estão

envolvidas/são atuantes; intermediário; poucas

projetos e resultados das

ações/ iniciativas

projetos e resultados das

ações/iniciativas

não se aplica

projetos/iniciativas em execução (número); sintonia com os objetivos da unidade

projetos/ iniciativas: contribuem;

não contribuem; prejudicam

- não se aplica não se aplica

cooperação entre as organizações nos

projetos/iniciativas

quantidade de projetos/ iniciativa realizadas em

parceria -

não se aplica não se aplica

8 Retirada na revisão (conferir se é isso mesmo).

9 Essa tarjeta veio de outro grupo - foi mesclada com a tarjeta anterior (execução das deliberações e recomendações do Conselho).

10 Esclarecimento feito na apresentação durante o Mercado: é o quanto as organizações estão atuando em ações, não se trata das recomendações.

Page 55: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

55

Alvo

Qual o indicador?

Para que grupo ou categoria de manejo?

Para quem serve? Qual a variável? Como será aferida? Fonte da informação

Vale para UC, entorno ou

ambos?

Todas, PI, US, ou categoria(s)

específica(s)? Conselho

Instituição Focal

Amazônia Estado, condições, situação, fase...?

Referência (ruim e boa) Conselho, Instituição Focal, ou dados

públicos?

Ações de gestão na/da

UC

qualidade de implementação de manejo

todas as categorias

avaliação e revisão do

planejamento

avaliação e revisão do

planejamento não se aplica

aderência das ações ao planejamento

alto;médio;baixo instrumentos

de gestão (PM, POA, etc)

instrumentos de gestão (PM,

POA, etc)

não se aplica

distribuição de esforços por áreas

temáticas

concentração de esforços em determinadas

ações/programas de manejo ou existe uma distribuição

equitativa de esforços entre ações/programas de manejo

- não se aplica não se aplica

Investimentos financeiros na

UC

sustentabilidade financeira da

UC

todas as categorias

-

para captação de recursos e

estabelecimento de parcerias

definir alocação de recursos

aportes gerados pelo setor público, por

parcerias e gerados pela própria UC

suficiência em relação ao planejamento: alta; média;

baixa -

PPS federal e estadual

PPS federal e estadual

investimentos públicos adequados ao

planejamento da UC

0-10% (muito baixo); 11-50% (baixo); 51-70% (moderado);

71-90% (bom); 91-100% (ótimo)

- POA da UC /

projetos POA da UC / projetos

Governança e Governabilida

de

integração de PP setoriais

todas as categorias

-

consolidação da UC

(contribui para)

aprimoramento e adequação de

políticas públicas

participação da UC (equipe gestora) em fóruns e colegiados locais e regionais

11

participação: alta; média; baixa. Quais?

- documentos

oficiais de designação

não se aplica

programas, ações e projetos oficiais de

PP12

conflituosas (os) com os objetivos da UC; não

interfere; contribui com a UC - não se aplica

PPA, PAC, PAC2, etc.

inexistência ou incompatibilidade de

marcos legais13

não interfere ou prejudica - não se aplica

não se aplica

11

O quanto a UC influencia PPs. Caê sugere que se trabalhe para aumentar a objetividade ou utilizar outra variável. 12

Ex: luz para todos, bolsa família… / ex: assentamento do INCRA nas proximidades ou dentro da UC.

13 Ex: mineração em UCDS, sobreposição com TI.

Page 56: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

56

Alvo

Qual o indicador?

Para que grupo ou

categoria de manejo?

Para quem serve? Qual a variável? Como será aferida? Fonte da informação

Vale para UC, entorno ou ambos?

Todas, PI, US, ou categoria(s) específica(s)?

Conselho Instituição

Focal Amazônia

Estado, condições, situação, fase...?

Referência (ruim e boa) Conselho, Instituição Focal, ou dados públicos?

Governança e Governabilidade (continua seção

anterior)

empoderamento local

todas as categorias

controle social e fortalecimento

da gestão

controle social e

fortalecimento da gestão

não se aplica

processos educativos, formação de

conselheiros e equipe de gestão

plano de capacitação: 1) continuada em execução; 2) parcialmente

executada; 3) cursos pontuais; 4) inexistência

- documentos

oficiais, projetos e relatórios

documentos oficiais,

projetos e relatórios

democratização da informação sobre a

UC

conhecimento/ internalização das informações: alto,

médio e baixo14

plano de manejo, atas de conselhos, relatório financeiro da UC, relatório de

execução de atividade, POA15

plano de manejo, atas de

conselhos, relatório

financeiro da UC, relatório de execução de

atividade, POA

não se aplica

capital social

iniciativas e projetos comunitários em implementação: nenhuma mudança;

novas organizações; desaparecimento dos projetos ou iniciativas existentes

documentos oficiais de

entidades e relatórios de

projetos

documentos oficiais de

entidades e relatórios de

projetos

não se aplica

Equilíbrio de

Gênero - - não se aplica

intensidade do conflito

muitos e não equacionados; equacionados; resolvidos; não existem

(qualificar os conflitos existentes) - não se aplica não se aplica

Existência de

conflitos referentes à existência da UC16

todas ações de

mediação e resolução

não se aplica não se aplica intensidade do

conflito

muitos e não equacionados; equacionados; resolvidos; não existem

(qualificar os conflitos existentes) não se aplica não se aplica

14

Contribuição do Mercado. Antes era: conhecimento das informações: alto; médio; baixo. 15

Apresentação mercado: se essas coisas estão traduzidas em linguagem compreensível pelo Conselho. 16

Sugestão da Muriel no mercado. Não houve consenso no grupo, mas o grupo acha importante abordar no âmbito do alvo governança - entra como indicador ou variável? O grupo mudou para existência de

conflitos no processo de gestão.

Page 57: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

57

GT Sócio-Cultural

ALVOS (como os alvos vieram da etapa anterior, foram disponibilizadas as duas listas de aspectos e insumos para o GT Sócio-Cultural): Alvos Culturais: Identidade Cultural: todo o conjunto de fatores e condições que determinam e influenciam o auto-reconhecimento como pertencente a um local, gênero, crença religiosa, raça, etnia, história etc, bem como suas conseqüências sobre as diferentes relações ligadas às questões sociais, econômicas, ambientais, culturais e da gestão da UC em geral. Consciência Socioambiental: todo o conjunto de capacidades, ações, iniciativas, comportamento e postura de aplicar, de acordo com a situação, o conhecimento sobre os valores e regras morais, observando sua própria conduta e formulando juízos que contribuam para o desenvolvimento da sustentabilidade, de maneira ecologicamente correta, economicamente viável, socialmente justa e culturalmente aceita. Valores Culturais: todo o conjunto de fatores e condições que determinam e influencia (positiva e/ou negativamente) a identidade própria de cada pessoal a partir de sua escolha/opção/decisão sobre os modos, maneiras e finalidades de suas práticas sociais, individuais ou coletivas, refletidas em seu modo de vida/cotidiano, e que geram conseqüências sociais, culturais, ambientais, econômicas e relacionadas à gestão, dentro da UC e/ou em sua zona de amortecimento.

Práticas/Manifestações Culturais Tradicionais: ações, atitudes e iniciativas praticadas por um conjunto de pessoas que compartilham comportamentos, crenças e/ou conhecimentos comuns por meio de manifestações individuais, familiares, comunitárias e/ou coletivas, que explicitam uma cultura e a sua valorização diante das futuras gerações, bem como as ameaças para que essas sejam mantidas, através de festas, encontros, ritos, formas de trabalho, estórias, crenças etc.

Extrativismo Tradicional: todo o conjunto, presença, número e tipos, bem como as ameaças as práticas de extração dos recursos naturais, desde que para fins de subsistência, independente de seu ordenamento ou nível de sustentabilidade, época do ano, condições ou local, desde que executado de modo tradicional, empiricamente passado de geração a geração, bem como suas conseqüências culturais, econômicas, ambientais, sociais e sobre a gestão.

Diversidade Cultural: todo o conjunto de fatores, ações e condições que determinam ou influenciam a convivência de idéias, a variação e multiplicidade das expressões culturais, bem como as formas de organização social, valores culturais, grupos sociais, consciência individual e suas interações com o meio.

Aspectos Religiosos/Espirituais: todo o conjunto de fatores, características, comportamentos e crenças relacionadas ao sobrenatural/divino/sagrado e o conjunto de rituais e códigos morais que derivam dessas crenças, independente da religião, e que geram influencias sobre os aspectos culturais, econômicos, ambientais, sociais e de envolvimento na gestão da reserva.

Alvos Sociais:

Grupos Sociais: (1) todos os tipos, formas, papéis, desempenho, representatividade e efetividade de grupos formados por pessoas nas quais as semelhanças nas atividades entre os indivíduos que os constituem possibilitem agrupá-los (ou entre si, mas é redundante...); (2) o reconhecimento de um grupo formado por indivíduos com características comuns, apesar de poderem ser mais ou menos heterogêneos entre si, e reconhecidos em seus diferentes níveis hierárquicos: ribeirinhos, produtores, extrativistas, indígenas, pescadores, jovens, comerciantes, agricultores, caçadores, estudantes, artesãos, famílias, pilotos, comunitários etc.; (3) grupo de indivíduo que compartilha uma identidade cultural / étnica ou de visão de mundo e se auto-reconhece como tal.

Organização Social: os formatos, fatores, condições, características, formas de atuação e as conseqüências de conjuntos de atividades desempenhadas por grupos sociais organizados nos quais os seus integrantes se relacionam e interagem de maneira consciente, voltados para objetivos e metas comuns, com fins de realizá-los na plenitude suas potencialidades, sejam elas voltadas a causas sociais, econômicas, culturais, ambientais ou de gestão.

Qualidade de Vida/Bem Estar: o conjunto de aspectos, fatores e características que podem afetar as condições positivas gerais de vida das pessoas, considerando de maneira integrada o seu bem estar físico, mental, psicológico

Coordenação: Henyo Barretto – IEB e Muriel Saragoussi – Consultora Relatoria: Thiago Cardoso – IPE e Ana Flávia Zingra – ICMBio Glenn Shepard – MPEG/UFPA Lêda Luz – GIZ Viviane Pacheco – ICMBio Wilde Itaborahy – CEUC/SDS

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58

e emocional, além de relacionamentos sociais e culturais, condições econômicas, de saúde, educação e outros fatores que afetem a realização de seu potencial como indivíduo só ou pertencente a um grupo social/cultural.

Conhecimento Tradicional: Aborda: o significado e a forma com que informações são geradas e interpretadas e, por meio da razão ou experiência empírica, geram atos, expressões, costumes ou atividades que são passadas em forma de conhecimento de geração em geração, sendo utilizadas para orientar ações e tomadas de decisão no dia a dia e resguardado seus direitos são passíveis de serem obtidas e transmitidas, contribuindo para complementação e integração de conhecimentos e para aplicação nos diversos aspectos que envolvem a gestão de UC.

Segurança Alimentar: conjunto de fatores e aspectos que possibilitam as condições mínimas viáveis para manutenção da segurança alimentar de pessoas, famílias e comunidades, de maneira diversificada e abundante, que garanta as necessidades nutricionais básicas do organismo, bem como a sua qualidade, disponibilidade, acesso (espacial e temporal),

riscos envolvidos na extração/produção/beneficiamento, condições de estocagem, preparo e armazenamento de excedentes.

Saúde: um conjunto de fatores sociais, econômicos, políticos e culturais, coletivos e individuais; históricos e atuais; que se combinam de forma particular e em conjunturas específicas; e que pode ser influenciada pelas condições emocionais, econômicas, de habitação, educação, acesso à informação, prevenção, tratamento, saneamento básico, alimentação adequada e outras, individual, familiar, no trabalho ou comunidade.

Educação: um conjunto de fatores, ações, iniciativas, oportunidades e programas, voltados ao ensino e/ou aprendizado nas diferentes faixas etárias (infantil, juvenil, adulto, senil), junto aos diversos grupos sociais, com finalidades mais específicas (formação técnica, treinamento etc) ou mais gerais (acesso ao conhecimento, transmissão da cultura e de conhecimentos tradicionais, sensibilização, e outras), desde que possibilitem o acesso à informação e a disseminação de conhecimento.

LISTA DE INSUMOS PARA IDENTIFICAÇÃO DE VARIÁVEIS

CULTURAL

Influência das praticas culturais sobre a biodiversidade

Manejo Participativo dos Recursos Naturais.

Relação entre o manejo tradicional e a conservação.

SOCIAL

Acessos ao programa do Incra Acessos aos Programas de Reforma Agrária: Flonas, RDS e Resex: Acesso ao Pronaf Projetos e incentivos sociais recebidos Direito à terra.

Articular políticas públicas de assistência voltadas às populações tradicionais Especificidade das Políticas públicas para UC Empoderamento das comunidades quanto a essas legislações.

Avaliações dos instrumentos de gestão Efetividade do Conselho Fiscalização dos instrumentos de gestão.

Bem estar psicológico Melhoria na qualidade de vida a partir da conservação da biodiversidade Vitalidade comunitária Condições de Saúde Status nutricional Condições de Saneamento

Page 59: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

59

Condições de Educação Inclusão digital Acesso a serviços públicos

Conseqüências do deslocamento das populações tradicionais Dinâmica migratória das populações humanas por conta da valorização da terra Permanência das Pessoas na UC Demografia Crescimento populacional

Criação das reservas origina ou acirra conflitos que não existiam antes. Benefícios sociais incorporados as populações das UC ao longo do tempo Cumprimento das expectativas com relação às UCs

Manejo Participativo dos Recursos Naturais Oportunidades de Treinamento Disposição ao diálogo entre conhecimentos

Fortalecimento das associações locais Atuação das pessoas com maior efetividade Articulação entre grupos sociais, setores e esferas Envolvimento dos diferentes setores com a implantação e gestão Voz das populações locais nas tomadas de decisão

Respeito aos direitos de propriedade intelectual das populações Conflitos entre potencialidades e conhecimento/acesso/preparo para cadeias produt.

Participação das mulheres na economia doméstica Participação das mulheres nos espaços de tomada de decisão Participação das mulheres na gestão comunitária.

Relação entre as pop locais e a UC Posicionamento das pop locais sobre a UCs Satisfação quanto aos instrumentos emergenciais. Percepção da comunidade: implementação da UC, às normas e às mudanças trazidas

Lógica de Trabalho: Nas etapas anteriores do processo,

planejou-se a criação de dois GTs, um para identificação

de indicadores para as questões sociais e outros para as

questões culturais. Entretanto, no início do Workshop,

reunidos os participantes de ambos os grupos, decidiu-se

por sua fusão em um grupo único. Com a fusão, o

número de alvos ficou muito grande. O primeiro passo

foi enxugar os alvos. Para isso, fundiu-se os alvos grupo

social e diversidade cultural, pois ambos se referem em

essência à diversidade sociocultural. Os alvos “saúde” e

“educação” foram inseridos no alvo “qualidade de

vida/bem estar. O alvo “extrativismo tradicional” foi

incorporado ao alvo “conhecimento tradicional”.

O grupo definiu “organização social” como uma instituição formal ou informal de um grupo social específico,

organizados e motivados por uma ou varias ações específicas.

Membros do GT Sociosultural durante debate.

Page 60: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

60

Alguns destaques nas discussões do GT – Sociocultural:

◊ O debate sobre alvo organização social ficou entre o reconhecimento formal ou informal de determinada organização e como poderiamos verificar a vitalidade da mesma, haja visto que apenas a sua existência não é um indicador seguro da capacidade de mobilização para cumprir os objetivos da organização. Importante frisar que o indicador deste alvo é o número de organizações ativas sobre o número de grupos sociais locais e que a indicação de uma organização deve se basear no auto-reconhecimento (e nas terminologias) declarado pelos atores sociais.

◊ O alvo segurança alimentar foi bastante polêmico. O debate ficou em torno da concepção de fome, com parte da plenária defendendo que a fome é algo absoluto e objetivamente mensurável e outra parte definindo fome como algo relativo, que se refere a um estado de necessidade definida por quem a sofre. Entretanto, segundo Henyo, “se o agricultor pensa em mercado, coloca seu esforço no processamento e perde soberania alimentar” e essa é uma questão que influencia a soberania alimentar da família. Outro ponto foi a concepção de fome no discurso, pois um grupo pode se colocar diante do representante do Estado como em estado de fome permanente como uma estratégia de acessar políticas públicas. Foi colocado que é difícil encontrar estado de fome permanente na Amazônia, salvo em alguns casos em meio urbano, devido a relativa abundância de recursos naturais e devido as múltiplas estratégias e conhecimentos dos moradores e que a fome é algo mais esporádico/sazonal, principalmente nas cheias e também que persiste sim uma fome de políticas públicas como educação, saúde e transporte. Esta relativização da fome dificultaria mensurações e não poderia ser colocado como indicador principal de segurança alimentar, o que foi consenso no grupo. Portanto, segurança alimentar foi conceituada como a capacidade de determinado grupo ou família em manter e diversificar seus sistemas produtivo/econômico (resiliência).

◊ O alvo qualidade de vida/bem estar, virou apenas bem estar. O grupo entrou em consenso de que o termo qualidade de vida é muito amplo e exigiria um conjunto complexo de indicadores, com grande risco de reducionismo na análise, pois, quem é que define o que é qualidade de vida? Já o termo bem estar é mais focado e pode ser mensurado pelo grau de satisfação do morador quanto a vida na UC. As variáveis, neste caso, seriam modulares e a aferição valeria para todas. Dentro de bem estar entraria o indicador direito a terra e ao acesso aos recursos naturais, podendo ser mensurado pelo nível de segurança que o morador possui diante de sua situação diante deste insumo.

◊ Reforçou-se a importância do extrativismo ser um alvo trabalhado pelo GT Economia.

◊ Foram identificadas duas grandes lacunas nos alvos: a inexistência de elementos para tratar da questão de gênero e dos conflitos socioambientais.

◊ Foi destacada a importância de se fazer um glossário dos conceitos.

◊ Parte dos indicadores são quantitativos, mas os números levantados são números que se declaram. Qual a confiabilidade desses dados? A maior parte dos indicadores diz respeito à percepção do entrevistado. Deve-se ter consciência disso.

◊ Comunidade é um grupo social ou uma organização social?

◊ Sobre qualidade de vida, surgiram questões tais como: “Qual a relação com a UC?”. “Aquelas pessoas muitas vezes não estavam no mapa antes da UC existir e é a partir da criação da UC que elas passam a poder reivindicar serviços.” (Muriel)

◊ A questão do conflito surgiu a partir do exemplo “da briga que foi deixar agentes de saúde no Plano de Manejo no Jaú” (Muriel).

Page 61: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

61

◊ Dificuldade do grupo: como aferir dados relativos ao entorno?

MERCADO

◊ Petra trouxe a questão de gênero, que não foi tratada pelo grupo. Petra destacou a importância de aproveitar o processo de monitoramento para compreender as relações de gênero. Quantas casas são chefiadas por mulheres? E a questão da Fome? É mais comum em casas chefiadas por mulheres?

• As proposições quanto a gênero foram muito boas, porém difíceis de mensurar. A única acatada transformou-se em uma nova variável dentro do alvo “organização social”, indicador “diversidade de grupos sociais organizados, formal ou informalmente”. As não acatadas foram: 1) número de grupos liderados por mulheres, 2) número de casa onde foi registrado fome chefiadas por mulheres, 3) no indicador “satisfação quanto à vida na UC”, naquelas casas onde houver alta satisfação, inserir quantas dessas casas são chefiadas por mulheres (nota da Fafá: esse indicador nem considera a variável número de casas, e sim grau de satisfação).

◊ Sugeriu-se incluir um indicador relacionado com acesso à informação (ex. internet, TV, rádio) em bem estar.

◊ Observar na referência para aferição, que em alguns casos, cabe melhor “fraco” do que “ruim”, e “forte” do que bom (a partir de proposição acatada).

CONSIDERAÇÕES GERAIS:

◊ Foram considerados grupos sociais organizados aqueles com organização formal ou informal.

◊ No caso dos alvos sócio-culturais, o entorno considerado é a área de influência da UC.

◊ Que o instrumento de aferição tenha campo para descrição de variáveis, sempre que apropriado. Por exemplo: no alvo “grupos sociais”, indicador “número de grupos sociais que se auto reconhecem, ou são reconhecidos”, existe a necessidade de conhecer a diversidade de grupos sociais (a partir de proposição durante o mercado). Essa informação só será obtida com o resultado do número de grupos, e uma qualificação desses grupos.

◊ Trabalhar com 4 categorias na aferição (padronizar para toda a ferramenta).

◊ O indicador status nutricional, para o alvo “segurança alimentar”, foi considerado “gordura”, pois é impossível de avaliar com a ferramenta.

◊ As lacunas identificadas para o GT Sócio-Cultural foram: 1) gênero, 2) conflitos; 3) demografia.

Page 62: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

62

a. Matriz GT Socio-Cultural

Alvo

Qual o indicador? Para que grupo ou

categoria de manejo?

Para quem serve? Qual a variável? Como será aferida? Fonte da informação

Vale para UC, entorno ou ambos?

Todas, PI, US, ou categoria(s)

específica(s)? Conselho

Instituição Focal

Amazônia Estado, condições, situação, fase...? Referência (ruim e boa) Conselho, Instituição Focal, ou dados

públicos?

Organização Social

diversidade de atores

organizados (grupos sociais),

formal ou informalmente

todas

identificação de

interlocutores e potenciais

parceiros

identificação de fortalezas (parcerias),

lacunas (fomento) e

necessidades (apoio)

não se aplica

1. número de grupos sociais (%) organizados/número total de grupos sociais existentes; 2) grupos sociais

organizados; 3) UC e entorno

1) < 30% (ruim); 2) 31 a 70% (médio); 3) > 70%

(bom)

Conselho/ Associação de Moradores -

Instituições Focais Local/Regional

1) Número de grupos sociais organizados, formal ou informalmente, que têm entre as

suas lideranças, mulheres, jovens ou idosos; 2) grupos sociais organizados,

formal ou informalmente, que têm entre as suas lideranças, mulheres, jovens ou

idosos; 3) entorno

- -

capacidade de mobilização do

conjunto de organizações da

região

todas fortalecimento

institucional

fortalecimento de

parcerias

fortalecimento de parcerias para

formação de redes e alianças

1) percepção sobre boa capacidade de mobilização das organizações das

regiões; 2) capacidade de mobilização; 3) UC e entorno

1) < 30% (ruim); 2) 31 a 70% (médio); 3) > 70%

(bom)

Conselho/ Associação de Moradores -

Instituições Focais Local/Regional

capacidade de alcançar os objetivos da organização

todas fortalecimento

institucional

fortalecimento de

parcerias

fortalecimento de parcerias para

formação de redes e alianças

1) percepção sobre o alcance dos objetivos das organizações da região;

2) alcance dos objetivos; 3) UC e entorno

1) < 30% (ruim); 2) 31 a 70% (médio); 3) > 70%

(bom)

Conselho/ Assoc. Moradores - Instituições

Focais Local/Regional

participação em redes e alianças

todas em prol de objetivos comuns

em prol de objetivos comuns

em prol de objetivos comuns

1) porcentagem de organizações da região participando de redes e

alianças; 2) participação em redes e alianças (organizações da região); 3)

UC e entorno

1) < 30% (ruim); 2) 31 a 70% (médio); 3) > 70%

(bom)

Conselho/ Assoc. Moradores - Instituições

Focais Local/Regional

Legenda: Destaque em Vermelho: Houve discussão e/ou não houve consenso.

Tarjeta rosa: inclusão após rodada de Mercado (intercâmbio com outros GTs)

Destaque em Amarelo: Necessário rever

Page 63: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

63

Alvo

Qual o indicador? Para que grupo ou

categoria de manejo?

Para quem serve? Qual a variável? Como será aferida? Fonte da informação

Vale para UC, entorno ou ambos?

Todas, PI, US, ou categoria(s)

específica(s)? Conselho Instituição Focal Amazônia Estado, condições, situação, fase...? Referência (ruim e boa)

Conselho, Instituição Focal, ou dados

públicos?

Grupos Sociais (inclui

identidade cultural)

número de grupos sociais que se auto-reconhecem ou são

reconhecidos

todas qualificar

interlocução qualificar

interlocução

adequar políticas públicas

1) número de grupos; 2) grupos sociais que se auto-reconhecem ou são reconhecidos; 3) UC

e entorno

dado de diagnóstico, que servirá como

parâmetro para outros indicadores

Conselho/ Associação de Moradores -

Instituições Focais Local/Regional

Consciência socioambie

ntal1

iniciativas endógenas de proteção e de regras em prol da conservação dos

recursos naturais

todas incorporação aos instrumentos de

gestão

subsídio a projetos de

apoio / efeito demonstrativo

efeito demonstrativo (intercâmbio

de experiências)

1) número de iniciativas endógenas; 2) iniciativas; 3) UC e entorno

0: não existe; 1: existe uma; 2: existem

diversas

Conselho/ Associação de Moradores -

Instituições Focais Local/Regional

cumprimento dos acordos presentes nos

instrumentos de gestão da UC

2

todas (contanto que o plano tenha sido participativo)

implementação dos

instrumentos de gestão

conservação da

biodiversidade / ecossistema

1) percepção do conselho sobre o cumprimento dos acordos presentes nos

instrumentos de gestão, construídos de forma participativa; 2) percepção; 3) na UC

0: insatisfatório; 1: satisfatório; 2: muito

satisfatório

Conselhos/ Associação de

Moradores

Segurança Alimentar

resiliência do sistema de produção de alimentos

todas

perene: manutenção da autonomia de produção da

família possibilidade de parcerias e elaboração de

projetos

identificar implicações

para políticas públicas

1) número de fontes de alimento (roça, quintal, sítio, pesca, caça, compra, outros); 2)

fontes de alimentos; 3) UC e entorno

1) até 3 (pouco); 2) 3-5 (médio); 3) mais de 5

(diverso) -

1) dificuldade de acesso às fontes de alimento; 2) acesso às fontes; 3) UC e entorno

0: maioria alta dificuldade; 1: maioria média dificuldade; 2:

maioria baixa dificuldade; 3: maioria

sem dificuldade

-

fome3

emergencial: alerta para a

necessidade de intervenções e

políticas

1) número de eventos de fome percebidos; 2) eventos de fome; 2) na UC e entorno

0) constante; 1) ocasional; 2) não tem

Conselhos/ Associação de

Moradores

1 Na apresentação do Mercado: avaliação das regras. Pendência: incluir um indicador sobre o impacto das ONGs sobre a população residente.

2 Pode ir para o grupo de Gestão.

3 Gerou muita discussão pela dificuldade de mensuração.

Page 64: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

64

Alvo Qual o indicador? Para que grupo

ou categoria de manejo?

Para quem serve? Qual a variável? Como será aferida? Fonte da

informação

Manifestações Culturais

Tradicionais

vitalidade do calendário de eventos e festas

todas

oportunidades de encontros e

interações sociais

inserção de atividades em acordo com o

calendário

não se aplica

1) número de eventos reconhecidos pelos residentes da região;

2) eventos reconhecidos; 3) UC e entorno

no

de festas, como diagnóstico (comparação com n

o anterior) -

comparando na segunda aplicação: diminui o n

o de

eventos (ruim); aumentou ou manteve o n

o de eventos (bom)

Conselhos/ Associação de

Moradores

1) grau de participação dos jovens na organização dos eventos na região; 2)

participação dos jovens na organização; 3) região da UC

0) não tem; 1) pouca; 2) média; 3) muita

Conselhos/ Associação de

Moradores

Conhecimento Tradicional

técnicas (inclui extrativismo)

tradicionais de uso dos recursos naturais

todas oportunidade de geração de

renda4

desenvolvimento de cadeias

produtivas geração de

políticas públicas

1) quantidade de técnicas de manejo, alimentação, artesanato, construção e cura aprendidos com os mais velhos ou

com a natureza em uso; 2) técnicas usadas; 3) UC e entorno

0) nenhuma; 1) poucas; 2) muitas

Conselhos/ Associação de

Moradores

intercâmbio de experiências e

efeito demonstrativo

s

1) quante de técnicas de manejo, alimentação, artesanato, construção e

cura aprendidos que os mais jovens estão aprendendo;

2) técnicas repassadas 3) UC e entorno

0) nenhuma; 1) poucas; 2) muitas

Conselhos/ Associação de

Moradores

acesso ao conhecimento tradicional

todas

garantia de direitos

coletivos

relação entre conhecimento tradicional e

científico/ acadêmico

oportunidades de inovação e

acesso a mercados

1) todas as pesquisas realizadas com o conhecimento e consentimento prévio

das comunidades; 2) pesquisas realizadas; 3) UC

0) siml; 1) não Conselhos/

Associação de Moradores

perpetuação da identidade

social

Valores Culturais

indicadores polissêmicos

5

não se aplica

4 Na revisão pós Mercado saíram: sustentabilidade dos modos de vida / autoestima

5 (iniciativas endógenas / consciência socioambiental / vitalidade do calendário / manifestações culturais/acesso

Page 65: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

65

Alvo Qual o indicador?

Para que grupo ou

categoria de manejo?

Para quem serve? Qual a variável? Como será aferida? Fonte da

informação

Bem Estar6

direito à terra e aos acesso aos recursos

naturais todas

realização do seu potencial como

indivíduo ou grupo

regularização fundiária

legislação de acesso aos

recursos naturais

1) nível de segurança quanto à permanência na área e ao direito de

acesso aos recursos; 2) - ; 3) UC técnica; 3) na UC

1) inseguro; 2) maios ou menos seguro; 3) seguro

Conselhos/ Associação de

Moradores

identificação de necessidades de planejamento de

reivindicações

realização dos objetivos da

UC

normas de suo de recursos e

negociação do termo de

compromisso

não se aplica

satisfação quanto à vida na UC

todas

realização do seu potencial como

indivíduo ou grupo

orientar a priorização

das ações de gestão

realização dos objetivos da

UC

1) grau de satisfação dos residentes com sua vida e de seus filhos; 2) residente; 3)

UC

1) ruim; 2) regular; 3) bom

Conselhos/ Associação de

Moradores

identificação de necessidades de planejamento de

reivindicações

1) grau de satisfação em relação à oferta de serviços de saúde, educação,

transporte, energia, água, programas sociais, crédito, comunicação, assistência

técnica na UC; 2) saúde, educação, transporte, energia, água, programas

sociais, crédito, comunicação, assistência técnica; 3) na UC

1) baixo 2) médio; 3) alto Conselhos/

Associação de Moradores

impacto da UC nas condições de vida do

município de abrangência

todas

Revisar: Deverão ser analisados os diferentes atores nos municípios de abrangência,

indicando porcentagem de

satisfação.

participação do município

nos processos da

UC

realização dos objetivos da

UC

1) nível de impacto da UC nas condições de vida do município; 2) impacto;

3) municípios de abrangência da UC

1) impacto negativo; 2) não tem impacto; 3) pouco

impacto positivo; 4) impacto positivo

Amazônia

6 Pendência: criar o indicador “conflitos em relação à UC”, sendo que abrangerá UC e entorno (tarjeta amarela). A sugestão é que, na variável, se considere a possibilidade de inserir um drop down das categorias

de conflito,incluindo conflitos entre comunidades.

Page 66: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

66

Etapa 2: Mercado de Análise dos Indicadores Construídos

Para promoção do intercâmbio entre os GTs, houve um momento denominado “Mercado” onde os participantes tiveram a oportunidade de visitar as salas dos demais grupos de trabalho para conhecimento, discussão e sugestões aos resultados da matriz produzida.

Em cada sala, o relator tinha 15 minutos para a apresentação da matriz aos visitantes (originários de outro GT) e, na sequência, o grupo tinha 30 minutos para discussão e registro de considerações.

A apresentação focou nos campos “alvo”, “indicador”, “variável”, e “como será aferido?”. Em seguida, os grupos trocavam de sala, e assim sucessivamente.

Etapa 3: Consolidação da Matriz Lógica

Após o Mercado, os membros de cada GT se reuniram e avaliaram as sugestões e comentários recebidos. Cada questão podia ser então: rejeitada, aceita e incorporada à matriz, aceita com modificações ou deixada em espera (quando não houve tempo suficiente para se chegar a um consenso).

GT Meio Ambiente recebe o GT Economia na etapa de Mercado

GT Sócio-Cultural recebe o GT Gestão e Político – Institucionais na etapa de Mercado

Page 67: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

67

Plenária Final

Depois do retorno dos grupos da

discussão interna sobre as contribuições

durante o Mercado, todos os

participantes se reuniram em plenária

para deliberar sobre os

encaminhamentos e fazer uma avaliação

do Workshop.

Inicialmente, foi feito um breve relato das

atividades realizadas e considerações

gerais sobre o fórum e a satisfação com o

trabalho realizado e o sucesso do evento.

Page 68: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

68

A partir do slide abaixo, a plenária foi provocada a refletir sobre os resultados do trabalho realizado

e debater sobre os próximos passos para o teste dos indicadores em caráter piloto.

Caê Marinelli - ISA (por e-mail após o evento)

“As perguntas provocativas à plenária final nos trouxeram

como resposta: 1. dentro dos princípios pré-acordados para

construção dos indicadores eles são viáveis (refletem a

realidade de campo, são sucintos, automáticos e

generalizáveis); 2. a magnitude dos mesmos pode contribuir

para o atendimento das demandas dos diferentes setores da

sociedade e; 3. eles detectam a interlocução/diálogos que

permitem entender parte da dinâmica que rege a

sustentabilidade socioambiental das UCs da Amazônia.”

Page 69: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

69

ii. Encaminhamentos

• Envio das Matrizes aos participantes para

revisão

• Revisão dos Resultados/Discussão em GT

• Aplicação do Formulário em Campo

• Interpretação dos resultados em conjunto com

instituições focais locais/regionais

• Disseminação dos resultados para discussão

• Definição do protocolo de indicadores

iii. Avaliação do Workshop

Henyo Barreto – IEB

“Há lacunas: gênero, demografia e conflitos.

Há interlocução entre as matrizes dos GTs.

Testar em 2 formatos/abordagens (há disponibilidade de recursos?)”

Muriel Saragoussi - Consultora

“Há muitos indicadores. A ordem das perguntas influencia a resposta.

Como capturar as diferentes visões que representam diferentes espaços.

Aglutinar conjuntos de perguntas.”

Glossário ou Manual

Na plenária de encerramento do Workshop foi destacada a importância do formulário ser acompanhado de um manual contendo

um glossário independentemente da forma como sera feita a preparação dos aplicadores da ferramenta. Apenas para efeito de

registro, seguem duas sugestões para esse manual e respectivo glossário:

- O que difere os grupos sociais organizados dos não organizados é o fato de estarem mobilizados em prol de uma ação.

- Termos necessários para o glossário: dificuldades de acesso; bem estar e suas variáveis – saúde, educação, transporte, energia,

água, programas sociais, créditos, comunicação e assistência técnica; tradição.

- Indicador polissêmico - Abordagem sistêmica

Page 70: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

70

Henyo Barreto – IEB

“Dentro da perspectiva de desdobramentos:

- Ruído de comunicação na situação de comunicação do questionário. Algum instrumentos têm que estar compartilhados entre quem pergunta e quem responde: elaboração de um Glossário.

- Houve um debate dentro do grupo: deixar em aberto para o respondente dizer o que quiser como entende ou colocamos opções fechadas.

- Propor que houvesse um momento específico para treinamento das pessoas que vão aplicar os questionários – para reduzir o ruído.”

Wadih Scandar Neto - IBGE

“O número de indicadores não significa que será o número de perguntas. Como traduzir os indicadores em perguntas de questionário? Não existe uma pesquisa sem um manual de preenchimento do questionário. Cada pergunta tem que vir com explicação sobre o que se entende para cada uma... O glossário é só o primeiro passo de construção de um manual de preenchimento.

Cuidado na divulgação dos resultados com o sigilo na obtenção da informação. Divulgação de dados agregados. Não dá para divulgar informação por unidade. Pelo menos 3 respondentes por conselho com sigilo de fonte.

No grupo ambiental houve preocupação com questões sociais que não foram consideradas porque achava-se que seriam consideradas no grupo social e que depois não viu que isso aconteceu.”

Marta Irving – UFRJ-RJ

Exercício de integração das matrizes em termos de convergência e indicadores comuns e tradução para instrumento aplicável e pré-teste.

Os processos de transformar indicadores e variáveis em protocolos específicos vai ser complicado.

O papel de clarear elementos foi feito com sucesso nessa oficina.

Iara Vasco - ICMBio

“Considerando que lidamos com processos (outro tipo de construção): todo mundo quer fazer monitoramento, mas o que queremos é transformar a realidade (que as UCs sejam efetivas). Nesse sentido, me preocupo com a utilização dos resultados que esse sistema vai trazer. Como é que isso vai ser internalizado pelos órgãos gestores já que, por enquanto, é privado? Como vão se apropriar e adotar as medidas para que os resultados sejam aplicados na gestão. Até o momento isso não acontece efetivamente mesmo com o uso atual de algumas ferramentas.”

Page 71: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

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Gustavo Tossello - TNC

“Destaque para os protocolos de entrada de dados – como vai ser a entrada de dados de outros bancos de dados do poder público... e protocolos de saída de dados.

Destaque para a importância do drop down para o enriquecimento do sistema em diferentes estratos. Ao invés de papel, pode-se usar celular.”

Serginho - FVA

“Parabens, Caê! Muita gente, muitos especialistas, muita qualidade.

Desafio de ter um instrumento simples que lida com conceitos complexos: capital social, desenvolvimento sustentável, etc. e ainda tem que ser realista! Ser participativo pode ser muito chato, complicado.

“Ainda não dá para concluir sobre a interlocução entre grupos e alvos.”

Eliane Teixeira – Funbio

“Como vai ser feita a manutenção do sistema? Como vai ser transformado em ações? Que recursos existem para que isso aconteça?”

Page 72: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

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III. LISTA DE PARTICIPANTES DE TODOS OS FÓRUNS

Nome Instituição-UF

Adriana de Carvalho Ramos ISA-DF

Alan Moraes de Paula ADTUR-TO

Alba L. Colares COEMA-AP

Alexandre Batistella SEMA-MT

Aléxis Bastos Rio Terra-RO

Alicia Rolla ISA-SP

Allan Razera ICMBio-DF

Ana Cristina Barros TNC-DF

Ana Flávia Zingra ICMBio-AM

Ana Géssika Araújo de Carvalho SEMA-AC

Ana Mota CNS-AM

André A. Cunha GFA-DF

Andreina Valva MMA-DF

Antônio Carlos Hummel SFB-DF

Antônio Carlos Pereira Santiago Naturatins-TO

Antonio Galdino ICMBio-RR

Antonio Lisboa ICMBio-RR

Antonio Tafuri MMA-DF

Arnaldo Carneiro ISA-DF

Aurélio Diaz Herraiz IEB-AM

Beatriz Mendes ISA-DF

Bianca Consultora-AC

Brenda Kawanna vale Goes SEMA-AP

Bruno Vinicius Silva ICMBio-AM

Camila Freitas IDESAM-AM

Caren Cristina Damolcin ICMBio-DF

Carlos César Durigan FVA-AM

Carlos Duarte SEF-AC

Carlos Eduardo "Caê" Marinelli ISA-DF

Carlos Henrique Fernandes ICMBio-DF

Carlos Henrique Schmidt IESA-AP

Carolina Fonseca ICMBio-RO

Caroline Jeanne Delelis CDS/UnB-DF

Cassandra Pereira de Oliveira ICMBio-AP

Célia Regina A. Soares UNEMAT-MT

Célia Regina das Neves CNS-PA

Cesar Haag CEUC/SDS-AM

Christian Silva UTFPR-PR

Nome Instituição - UF

Christoph Jaster ICMBio-AP

Aparecida Lopes SEMA-AC

Ciro Campos de Souza INPA-RR

Claudia Funi IEPA-AP

Claudia Pereira de Deus e Silva INPA-AM

Claudiane SEMA-AC

Cláudio Eduardo de Castro SEMA-MA

Cleiton A. Signor ICMBio-AM

Cletho Brito SEDAM-RO

Cristina Adams USP-SP

Cristina Tófoli IPE-AM

Cristina Velasquez ISA-MT

Daniel Reis Maidino ICMBio-AM

Daniel Vieira Embrapa-DF

Daniela Lerda Funbio-RJ

Davi Lima Pantoja UnB-DF

Deborah de Magalhães Lima UFMG-MG

Deisi C. Balensiefer ICMBio-DF

Denilson B. Costa UFT-TO

Diogo RR

Domingos Sávio Macedo CEUC/SDS-AM

Edjales Benício Brito GTA-RO

Eduardo M. B. Barcellos ICMBio-MT

Eduardo Venticinque UFAM-AM

Elaine Porfirio ISA-DF

Elaine Teixeira Funbio-RJ

Elder Monteiro Antunes SEMA-MT

Elektra Rocha WWF-AC

Elfran Alex Raiol Picamço SEMA-AP

Eliane Abreu SEMA-MA

Eliani Fachin SEMA-MT

Elias SEMA-AC

Elisangela Sales ACT-AP

Erica Souza Rossi SEMA-AP

Érika Fernandes Pinto ICMBio-DF

Fabiana Barbosa Rio Terra-RO

Fabiana Pereira Correia SEMA-MA

Fabiano Gumier Costa ICMBio-PA

Page 73: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

73

Nome Instituição - UF

Fernando ICMBio-AM

Fernando Tatagiba MMA-DF

Flávia Lima PARATUR-PA

Francisco Aginaldo Queiroz Silva GTA-AM

Francisco J. B. de Oliveira Filho WWF-DF

François Michel Le T. Embaixada

Francesa-DF

Geraldo Stachetti Rodrigues Embrapa-SP

Gino Machado de Oliveira Naturatins-TO

Giovani Musial GIZ-AP

Giselle Paulino Lopes Fonseca IEPE-AP

Glenn H. Shepard Jr. MPEG-PA

Guilherme C. Lima SEMA-AP

Guilhermo Moises CEUC/SDS-AM

Gustavo CM ICMBio-AM

Gustavo Oliveira STB-DF

Gustavo Tossello TNC-DF

Gustavo Vieira ISA-DF

Heider C. Lemos Abará-MA

Helena Boniatti Pavese UNEP-DF

Helena Maria Maltez (relatora) Consultora ISA-DF

Helio Jorge de Cunha MMA-DF

Henrique Santiago CEUC/SDS-AM

Henyo T. Barreto IEB-DF

Hudson Rocha Gomes SEMA-MA

Iara Vasco ICMBio-SC

Iremar Antonio Ferreira IMV-RO

Irene Ester Gonzalez Garay UFRJ-RJ

Ivaneide Bandeira Cardozo Kanindé-RO

Jairo José de Magalhães Lima CTA-AC

Jakeline Bezerra Pinheiro SEDAM-RO

James Antonio Messias da Silva SEMA-AC

Jarine R. Reis CEUC/SDS-AM

Jesus Menezes SEMA-AC

Jesus Rodrigues SEDAM-AC

João de Deus Medeiros MMA-DF

Joedson IEB-AM

Jorge IMV-RO

Nome Instituição - UF

Jorge Madeira UnB-DF

Jose Ponciano Dias Filho ICMBio-RR

Juliano Consultor-AC

Katiuscia Fernandes IEB-PA

Kézia CNS-PA

Larissa Diehl ICMBio-RR

Leda Luz GIZ-DF

Leidiane Pereira da Oliveira SEMA-PA

Lena IMAC-AC

Leonardo Azevedo Naturatins-TO

Leonardo Hasenclever IEB-DF

Lilian de Cardoso Lindoso ICMBio-TO

Liliana Pires IUCN-AC

Lívia Souza SEMA-MA

Lucia Lima ICMBio-DF

Luciano de Meneses Evaristo IBAMA-DF

Luciene Rodrigues ECOTROPICA-MT

Luiz IBAMA-RO

Mágda Vanessa Martins de Sousa ICMBio-AC

Manoel Reinaldo Costa Furin SEMA-AP

Manoel Silva da Cunha CNS-AM

Marcelo Hercowitz ISA-SP

Marcelo Salazar ISA-PA

Marcelo Silva da Costa Suatá-PA

Marcia Regina Lederman GIZ-AM

Márcio Luis Silvia Souza ISA-PA

Marco Antonio Lima IPE

Marcos Vital UFRR-RR

Marcus Eugênio Lemgruber Porto SEDAM-RO

Marcus Keynes S. Lima IBAMA-AP

Maria Aparecida de Oliveira Lopes SEMA-AC

Maria da Conceição Silva de Oliveira IDPDHMA-PA

Maria de Lourdes Ramos SEMA-AP

Maria Edileiza Soares Mendes ASCAMPA-TO

Maria Inês Miranda de Andrade IBAMA-DF

Maria Rosário Silva SEDAM-RO

Mariana Napolitano WWF-DF

Marina ISA-AM

Page 74: workshop indicadores de sustentabilidade de unidades de

74

Nome Instituição - UF

Marina Barros SEMA-MA

Marlucia Martins MPEG-PA

Marta Irving UFRJ-RJ

Marysson Maia da Silveira SEMA-AC

Maura Machado Silva MMA-DF

Maurício Pacoal SEMA-PA

Michelle Pinto SEF-AC

Mírian Lucatelli ICMBio-AP

Monia Laura Faria Fernandes ICMBio-AM

Muriel Saragoussi Consultora-DF

Murilo Sergio Drummond AMAVIDA-MA

Nely Tocantins UFMT-MT

Newton Marcelo N. dos Santos SEMA-AP

Nilva Barauna IBAMA-RR

Nurit Bensusan Consultora-DF

Oberdan M. Andrade GTA-AP

Odécio Lima SEMA-AP

Orlene S. Costa Suatá-PA

Oswaldo Braga de Souza ISA-DF

Ozacia de Jesus Corto FESPEMA-MA

Patrícia Carvalho Baião CI-PA

Patrícia Maia C. Albuquerque UFMA-MA

Patricia Ribeiro Salgado Pinha ICMBio-AP

Paula Soares ICMBio-AM

Paulo A. A. Trindade ACT-AP

Paulo Amorim REVECOM-AP

Paulo Bittencourt IFT-PA

Paulo Bonavigo Kanindé-RO

Paulo Bretas UnB-DF

Paulo Fernando Maier Souza ICMBio-DF

Petra Ascher GIZ-DF

Poliana Gomes Lopes Naturatins-TO

Raim ICMBio-AM

Raissa R. de G. Azulay SEMA-MA

Reinaldo Imbrósio INPA-RR

Reinaldo Lourival TNC-DF

Renata FEMACT-RR

Nome Instituição - UF

Renata de Melo Valente CI-PA

Renato SEDAM-RO

Renato Eurípedes Nascimento Júnior UFT-TO

Ricardo Bomfim Machado UnB-DF

Ricardo Fraiz Vasques IBAMA

Rita Mesquita INPA-AM

Roberta Roxilene dos Santos ICV

Rodrigo Lopes MHF-RO

Rodrigo Marcelino ICV-MT

Rômulo Batista CEUC/SDS-AM

Rômulo Martins Rocha SEMA-AP

Rosane Duarte Rosa S. UNEMAT-MT

Roselis Mazurek IPI-AM

Rosenilde Gregorio da Santa Costa MIQCB-MA

Ruberval Barbosa SRHMA-TO

Samuel WWF-AM

Sanae Hayashi IMAZON-PA

Sara Melo SEMA-AC

Saulo Andrade ISA-DF

Sebastião ICMBio-AC

Sergio Henrique Borges (Serginho) FVA-AM

Sidney Tadeu Rodrigues WWF-DF

Silvia de Mello Futada ISA-SP

Silvia Helena Costa Brilhante SOS Amazonia-AC

Silvio R. F. Vilanova UFMT-MT

Sylvia Bahvi DF

Tânia Maria do N Ferreira SEMA-MA

Tatiany Barata MMA-DF

Teiamar da Encarnação Bobot GTA-AM

Thaís Kasecker CI-PA

Thiago Cardoso IPE-AM

Vera Lúcia Guarim UFMT-MT

Viviane Pacheco ICMBio-DF

Wadih Scandar Neto IBGE-RJ

Walmir Mário Alves Lima Júnior ICMBio-PA

Wilde Itaborahy CEUC/SDS-AM

William Magnusson INPA-AM

Yara Camargo FVA-AM

Yassodhara Brandão de Araújo SEMA-MA