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  http://www .ambito-ju ridico.com.br/site/index.php?n_link =revista_artigos_leitura&artigo_id=!" #esumo: O presente artigo tem por escopo, a partir da análise do debate entre defensores e opositores ao intituto, analisar a real necessidade de aplicação da pena capital, estudar a eficácia de sua introdução no sistema de leis vigente como instrumento capaz de produzir a queda dos índices de criminalidade e a possibilidade de apresentar um caráter inócuo no tocante à profilaxia social, pretendida por seus fervorosos defensores $um%rio: !ntrodução: O "ireito de punir e o contrato social# $ %ro porcionalidade &ntre "elitos & %enas# 'inalidades "a %unição# $dmissão "a %ena de (orte &m )aso "e *uerra# $rgumentos )ontrários# a+ "ireitos umanos e certos dogmas religiosos# b+ &rro -udiciário# c+ &scopo de ressocialização# d+ O exemplo americano# e+ !nutilidade da pena como profilaxia# f+ .arreira constitucional# $rgumentos 'avoráveis# "ireitos umanos e defesa social# b+ $specto econ/mi co# c+ 'al0ncia do sistema prisional# )onclusão# 1efer0ncias bibliográficas ntrodu'(o: ) *ireito *e +unir , ) ontrato $ocial $lcançando os omens o estágio em que os obstáculos pre-udiciais à sua conservação no estado de natureza, ultrapassam as forças que cada indivíduo pode empregar para mant02la, nasce a imperiosa necessidade de agregação, a fim de sobrepu-ar a resist0ncia que se estabelece $ associ ação, oriunda do concurso de muitos, visa a proteger a pessoa e os bens de cada associado 3enuma organização social poderia prescindir de um sistema de penas que a protegesse, seria inconcebível 3a visão de 44 1ouss eau, a cláusula primordial do contrato aponta para a alienação total de cada associado, com todos os seus direitos, a toda a comunidade, se violado o pacto social, cada qual retorna aos seus primeiros direitos e retoma a liberdade natural 5ualquer omem tem o direito de arriscar sua própria vida no intuito de conservá2la O tratado social tem por finalidade a conservação dos contratantes, quem dese-a os fins dese-a tamb6m os meios, e estes, são inseparáveis de certos riscos, e at6 de determinadas perdas “Quando o príncipe diz: é útil ao Estado que morras, deve morrer, pois foi somente graças a essa sujeição s determinaç!es do pacto, que até então viveu em segurança, e sua vida j" não é apenas uma d"diva da natureza, mas sim um #om condicional do Estado$% 5ualquer criminoso que ataque o direito social, torna2se, por seus crimes, rebelde e traidor da pátria e deixa de ser um de seus membros ao violar as leis e at6 le promove guerra 3esse caso, a conservação do &stado 6 incompatível com a do delinq7ente, sendo necessári o que um deles pereça, e, quando se faz morrer o culpado, 6 menos como cidadão que como inimigo Os processos e o -ulgamento são as provas e a declaração de que ele rompeu o tratado social e, por conseguinte, de que -á não 6 membro do &stado 8e, anteriormente avia se reconecido como parte integrante da coletividade, em razão, ao menos, de sua resid0ncia, deve ser afastado pelo exílio como infrator do pacto, ou pela morte como inimigo p9blico, pois tal inimigo não 6 uma pessoa moral, 6 um omem, e então o direito de guerra 6 o de matar o vencido %or6m, afirma, ainda, não se deve matar, mesmo que para servir de exemplo, exceto aquele que não se pode conservar sem perigo para a maioria# o que contradiz sua argumentação de que o &stado, em virtude do pacto, adquire plenos poderes para dispor da vida de seus associados, constituindo uma esp6cie de cláusula restritiva al 6 o raciocínio de 44 1ousseau 1efutado por .eccaria, para quem avia no contrato apenas a cessão de uma mínima parte da liberdade do indivíduo, o que não privava2o de todos os seus demais direitos, em obedi0ncia a essa restrição, a sociedade não possui poder para matar nenum infrator $firmava .eccaria que “&s leis são condiç!es so' as quais (omens independentes e isolados se uniram em sociedade, cansados de viver em contínuo estado de guerra e de gozar de uma li'erdade inútil pela incerteza de sua conservação% )arte dessa li'erdade foi por eles sacrificada para poderem gozar o restante com segurança e tranq*ilidade% & soma dessas porç!es de li'erdade sacrificada ao 'em comum forma a so'erania de uma nação e o so'erano é o seu legítimo deposit"rio e administrador$

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http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=!"

#esumo: O presente artigo tem por escopo, a partir da análise do debate entre defensores e opositoresao intituto, analisar a real necessidade de aplicação da pena capital, estudar a eficácia de suaintrodução no sistema de leis vigente como instrumento capaz de produzir a queda dos índices de

criminalidade e a possibilidade de apresentar um caráter inócuo no tocante à profilaxia social,pretendida por seus fervorosos defensores

$um%rio: !ntrodução: O "ireito de punir e o contrato social# $ %roporcionalidade &ntre "elitos & %enas#'inalidades "a %unição# $dmissão "a %ena de (orte &m )aso "e *uerra# $rgumentos )ontrários# a+"ireitos umanos e certos dogmas religiosos# b+ &rro -udiciário# c+ &scopo de ressocialização# d+ Oexemplo americano# e+ !nutilidade da pena como profilaxia# f+ .arreira constitucional# $rgumentos'avoráveis# "ireitos umanos e defesa social# b+ $specto econ/mico# c+ 'al0ncia do sistema prisional#)onclusão# 1efer0ncias bibliográficas

ntrodu'(o: ) *ireito *e +unir , ) ontrato $ocial

$lcançando os omens o estágio em que os obstáculos pre-udiciais à sua conservação no estado de

natureza, ultrapassam as forças que cada indivíduo pode empregar para mant02la, nasce a imperiosanecessidade de agregação, a fim de sobrepu-ar a resist0ncia que se estabelece $ associação, oriunda doconcurso de muitos, visa a proteger a pessoa e os bens de cada associado 3enuma organização socialpoderia prescindir de um sistema de penas que a protegesse, seria inconcebível

3a visão de 44 1ousseau, a cláusula primordial do contrato aponta para a alienação total de cadaassociado, com todos os seus direitos, a toda a comunidade, se violado o pacto social, cada qual retornaaos seus primeiros direitos e retoma a liberdade natural

5ualquer omem tem o direito de arriscar sua própria vida no intuito de conservá2la O tratado socialtem por finalidade a conservação dos contratantes, quem dese-a os fins dese-a tamb6m os meios, eestes, são inseparáveis de certos riscos, e at6 de determinadas perdas “Quando o príncipe diz: é útil aoEstado que morras, deve morrer, pois foi somente graças a essa sujeição s determinaç!es do pacto,que até então viveu em segurança, e sua vida j" não é apenas uma d"diva da natureza, mas sim um

#om condicional do Estado$%

5ualquer criminoso que ataque o direito social, torna2se, por seus crimes, rebelde e traidor da pátria edeixa de ser um de seus membros ao violar as leis e at6 le promove guerra 3esse caso, a conservaçãodo &stado 6 incompatível com a do delinq7ente, sendo necessário que um deles pereça, e, quando sefaz morrer o culpado, 6 menos como cidadão que como inimigo Os processos e o -ulgamento são asprovas e a declaração de que ele rompeu o tratado social e, por conseguinte, de que -á não 6 membrodo &stado

8e, anteriormente avia se reconecido como parte integrante da coletividade, em razão, ao menos, desua resid0ncia, deve ser afastado pelo exílio como infrator do pacto, ou pela morte como inimigop9blico, pois tal inimigo não 6 uma pessoa moral, 6 um omem, e então o direito de guerra 6 o dematar o vencido %or6m, afirma, ainda, não se deve matar, mesmo que para servir de exemplo, excetoaquele que não se pode conservar sem perigo para a maioria# o que contradiz sua argumentação de queo &stado, em virtude do pacto, adquire plenos poderes para dispor da vida de seus associados,constituindo uma esp6cie de cláusula restritiva al 6 o raciocínio de 44 1ousseau

1efutado por .eccaria, para quem avia no contrato apenas a cessão de uma mínima parte da liberdadedo indivíduo, o que não privava2o de todos os seus demais direitos, em obedi0ncia a essa restrição, asociedade não possui poder para matar nenum infrator

$firmava .eccaria que

“&s leis são condiç!es so' as quais (omens independentes e isolados se uniram em sociedade, cansadosde viver em contínuo estado de guerra e de gozar de uma li'erdade inútil pela incerteza de suaconservação% )arte dessa li'erdade foi por eles sacrificada para poderem gozar o restante comsegurança e tranq*ilidade% & soma dessas porç!es de li'erdade sacrificada ao 'em comum forma aso'erania de uma nação e o so'erano é o seu legítimo deposit"rio e administrador$

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$lguns delitos destroem imediatamente a sociedade ou quem a representa# alguns ofendem a segurançaprivada de um cidadão na vida, nos bens ou na onra# outros são aç;es contrárias àquilo que, por lei,cada qual 6 obrigado a fazer ou não fazer, em vista do bem p9blico 8endo a segurança individual o fimprecípuo de toda legítima associação, não se pode deixar de aplicar em face da violação do direito desegurança adquirido pelo cidadão2associado, algumas das penas mais severas cominadas pelas leis

O %rincípio da <egalidade =+ullum rimen, +ulla )oena -ine .ege/ formulado por 'euerbac, limitou o>mbito de ação do &stado no tocante à aplicação das medidas penais O referido princípio encontra2seinserido no art ?@ do )ódigo %enal: A3ão á crime sem lei anterior que o defina 3ão á pena sempr6via cominação legalB, a mesma redação foi alçada à dispositivo constitucional =artC@, DDD!D, )'+

)onforme sua determinação, algu6m só pode ser punido se, anteriormente ao fato por ele praticado,existir uma lei que o considere como crime $inda que o fato se-a imoral, anti2social ou danoso, nãoaverá possibilidade de se punir o autor, sendo irrelevante a circunst>ncia de entrar em vigor,posteriormente, uma lei que o preve-a como crime

O postulado básico tamb6m inclui o princípio da anterioridade da lei penal 8omente poderá seraplicada ao criminoso pena que este-a prevista anteriormente na lei como aplicável ao autor do crimepraticado &xige o princípio, ora em análise, que a lei defina abstratamente um fato, ou se-a, umaconduta determinada, de modo que se possa reconecer qual o comportamento considerado como

ilícito "esta forma, infringe o princípio da legalidade a descrição penal vaga e indeterminada que nãopossibilita determinar qual a abrang0ncia do preceito primário da lei penal dando ense-o ao arbítrio do-ulgador

amb6m agride o princípio da legalidade a cominação de penas relativamente indeterminadas emmargens elásticas, não especificando o quantum aplicado ao condenado, criando uma incerteza paraeste a respeito do tempo de privação de sua liberdade

&m razão do -á aludido princípio, 6 vedado o uso da analogia para punir algu6m por um fato não previstoem lei, por ser este semelante a outro por ela definido O princípio em questão 6 obtido no quadro dadenominada Afunção de garantia penalB, que provoca seu desdobramento em outros quatro: a+ nullumcrimen, nulla poena sine lege praevia0 proibição de edição de leis retroativas que fundamentem ouagravem a punibilidade# b+nullum crimen, nulla poena sine lege scripta 0 proibição da fundamentação oudo agravamento da punibilidade pelo direito consuetudinário+# c+ nullum crimen, nulla poena sine legestricta0 proibição da fundamentação ou do agravamento da punibilidade pela analogia+# d+nullumcrimen, nulla poena sine lege certa 0 proibição de leis penais indeterminadas+

+roporcionalidade ,ntre *elitos , +enas

$ <ei de alião que limitava a reação à ofensa a um mal id0ntico ao praticado =olo por olo+, constituiuum verdadeiro avanço na istória do "ireito %enal, pois reduziu a abrang0ncia da ação punitiva 3a faseda vingança privada, que deu ense-o ao surgimento do talião, se cometido um crime, ocorria a reaçãoda vítima, dos parentes e at6 do grupo social =tribo+, que agiam sem observar qualquer proporção àofensa perpetrada, atingindo não só o ofensor, como tamb6m todo o seu grupo

8e o transgressor fosse membro da tribo, poderia ser punido com a Aexpulsão da pazB =banimento+, queo colocava à merc0 de outros grupos, que le infligiam, invariavelmente, a morte 3a ipótese de

violação praticada por elemento estrano à tribo, a reação era a da Avingança de sangueB, consideradaobrigação religiosa, de natureza sagrada, implicava verdadeira guerra movida pelo grupo ofendidoàquele a que pertencia o ofensor, culminando, na maioria das vezes, com a eliminação completa de umdos grupos

ais práticas, evidentemente, foram suprimidas no decorrer do processo evolutivo do "ireito Oprincípio da proporcionalidade, derivado do princípio da legalidade, exige, em seu aspecto defensivo,uma proporção entre o desvalor da ação praticada pelo agente e a sanção que le será infligida# e, emseu aspecto prevencionista, um equilíbrio entre a prevenção geral e a especial para o comportamentodo agente que vai ser submetido à sanção penal

O princípio da proporcionalidade 6 reconecido pelos doutrinadores como medida de -ustiça, a penadeve ser tão intensa quanto a gravidade do fato $ dificuldade reside em quantificar com preciso rigor a

sanção adequada para determinadas transgress;es 5ue pena respeitaria o princípio supra mencionadopara um delinq7ente que estupra e mata uma criança de cinco anosE

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5uiçá, tal preceito não devesse ser inflexível, em virtude da impossibilidade de aplicá2lo sempre comexata precisão, uma vez que, em certas situaç;es não 6 viável sua mensuração, e tamb6m emdecorr0ncia de seu alcance, restrito somente ao resultado, ignorando a conduta, o que caracteriza umincentivo à prática delituosa

inalidades *a +uni'(o

$ finalidade da pena possui tr0s grandes correntes:

a+ $bsolutistas )onceituam pena como retribuição -usta ao fato in-usto 0m como fundamento dasanção penal a exig0ncia da -ustiça, considerava irrelevante a pessoa do infrator $ corrente adere aoseguinte brocardo: A)unitur quia peccatum est$ 0 pune2se porque pecou+

A$inda no caso de que o &stado se dissolva voluntariamente deve ser antes executado o 9ltimoassassino, a fim de que sua culpabilidade não recaia sobre o povo que não insistiu nesta sanção: porqueeste poderia ser considerado co2partícipe da lesão p9blica da -ustiçaB Fant

b+ 1elativistas amb6m camados utilitários, dão à pena um fim exclusivamente prático, o deprevenção $ pena 6 intimidação para todos, ao ser cominada abstratamente, e para o criminoso, ao ser

imposta no caso concreto $ pena evita novas infraç;es, o delinq7ente que a sofreu não tornará adelinq7ir, e os outros, pelo exemplo, não se arriscarão à prática delituosa $ primeira ipótese refere2seà prevenção especial a segunda à prevenção geral $derem ao brocardo: A)unitur ut ne peccetur$0 pune2se para que não se peque+

c+ (istas ou &cl6ticas )oncilia as duas anteriores, entendem que a natureza da pena 6 retributiva, massua finalidade não 6 tão somente preventiva, como tamb6m educativa $ pena deve ob-etivar,simultaneamente, retribuir e prevenir a infração $ corrente prega a adoção de outras medidas emrelação aos autores dos crimes, al6m de conservar seu caráter tradicional

$s modernas tend0ncias doutrinárias ensinam que a pena deve er um caráter de recuperação dodelinq7ente eoria ressocializadora, fundada na id6ia de que a sociedade apenas 6 defendida namedida que se proporciona a adaptação do condenado ao meio social $ finalidade de reinserção 6incompatível com a pena capital &sta não encontra espaço dentro do moderno conceito de defesa

social, como prevenção do crime e tratamento do delinq7ente, adotado pelas 3aç;es Gnidas =?HIJ+ alconceito substitui a concepção antiga de proteção da sociedade, exclusivamente atrav6s da repressãoao crime $ssim, o infrator deixa deixa de ser submetido à 4ustiça %enal unicamente com finsexpiatórios, de vingança ou de retribuição, para ser ob-eto de tratamento, por meio do estudo con-untode sua personalidade e do fato criminoso

dmiss(o *a +ena de 0orte ,m aso *e 1uerra

$ legislação própria que regula a pena de morte em caso de guerra 6 o )ódigo %enal (ilitar, em seu livro!! K A"os )rimes (ilitares em empo de *uerraB 3esse diploma legal encontram2se LC dispositivosprescrevendo a pena de morte:

$rt LLC@ omar o nacional armas contra o .rasil ou &stado aliado, ou prestar serviços nas forças

armadas de nação nação em guerra contra o .rasil:

%ena K morte, grau máximo# reclusão de vinte anos, grau mínimo

$rt LCH@ %restar o nacional ao inimigo informaç;es ou auxílio que le possa facilitar a ação militar:

%ena K morte, grau máximo# reclusão de vinte anos, grau mínimo

$rt LMN@ $liciar o nacional algum militar a passar2se para o inimigo ou prestar2le auxílio para essefim:

%ena K morte, grau máximo, reclusão de vinte anos, grau mínimo

$rt LMC@ 'ugir o militar, ou incitar à fuga, em presença do inimigo:

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%ena K morte, grau máximo, reclusão de vinte anos, grau mínimo

$rt LP@ 1ender2se o comandante, sem er esgotado os recursos extremos de ação militar# ou, em casode capitulação, não se conduzir de acordo com o dever militar:

%ena K morte, grau máximo# reclusão de vinte anos, grau mínimo

$rt LJ@ %raticar, em presença do inimigo, qualquer dos crimes definidos nos arts ?ML =recusa deobedi0ncia+ e ?MI =oposição à ordem da sentinela+:

%ena K morte, grau máximo# reclusão de dez anos, grau mínimo

$rt LHN@ %raticar, em presença do inimigo, crime de abandono de posto, definido no artigo ?HC:

%ena K morte, grau máximo# reclusão de vinte anos, grau mínimo

$rt LHP@ "esertar em presença do inimigo:

%ena K morte, grau máximo# reclusão de vinte anos, grau mínimo

$rt LHM@ $motinarem2se prisioneiros em presença do inimigo:

%ena K morte, grau máximo# reclusão de vinte anos, grau mínimo

$rt INM@ %raticar o saque em zona de operaç;es militares ou em território militarmente ocupado:

%ena K morte, grau máximo# reclusão de vinte anos, grau mínimo

$rt INJ@ %raticar qualquer dos crimes de viol0ncia carnal definidos nos artigos PLP =estupro+ e PLL=atentado violento ao pudor+ em lugar de efetivas operaç;es militares:

%ena K reclusão, de quatro a doze anos

%arágrafo 9nico 2 8e da viol0ncia resulta:

a+ lesão grave: %ena K reclusão, de oito a vinte anos#

b+ morte: %ena K morte, grau máximo# reclusão de quinze anos, grau mínimo

&m se tratando de crime contra a segurança nacional, praticamente o mundo inteiro adota ou -á adotoua pena capital com sanção aplicável à violação de tais preceitos

$ despeito da possível validade de aplicação das referidas medidas, nestes casos específicos,

interessante notar que, a pena capital não fora prescrita em nenum dos dispositivos mencionados deforma isolada, ou se-a, avia outra opção, o que pressup;e a possibilidade dos infratores daquelasnormas, após -ulgamento, receberem punição distinta da pena capital

.astante improvável, tamb6m, que o .rasil vena a se envolver em algum conflito de natureza militar,dadas as circunst>ncias atuais, nas quais um país não poderia dispor de plena liberdade para seaventurar em exercícios b6licos, sem que sofresse imediata retaliação de outras forças

&sta admissão circunstancial, portanto, em decorr0ncia da imensa improbabilidade de ocorrer, conduzao entendimento de que tais normas não passam de letra morta

rgumentos ontr%rios

a2 *ireitos humanos e certos dogmas religiosos

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%ortugal consagrou em sua )arta %olítica, que muito inspirou a )onstituição 'ederal do .rasil, oprincípio do direito à vida, atrav6s das seguintes proclamaç;es:

? $ vida umana 6 inviolável

P $rt PI@ &m caso algum averá pena de morte

$ pena de morte, não obstante os contorcionismos ideológicos que a queiram legitimar, 6 um crimecontra a -ustiça, e contra o esforço civilizatório da raça umana Qumanizar2se 6 poder suprimir ousublimar os impulsos primitivos que levam a combater o crime com o crime $ pena capital tem comofundamento não o dese-o de reparação, ou de -ustiça, mas a sede bruta de vingança 8ua adoçãocompromete o omem filosófica e moralmente 8e o mal com o mal se paga, não averia por que nãocondecorar, com as mais altas insígnias republicanas, os esquadr;es da morte, a referida pena, incluídano texto do )ódigo %enal, consagraria e institucionalizaria o procedimento desses bandos criminosos,transformando2o em norma de -ustiça, em mat6ria de efeito danoso de desordem, poucas medidaspoderiam cegar tão longe

$ vingança 6 a resposta mais frívola, ao mesmo tempo em que 6 a negação da ess0ncia do cristianismo,essa mensagem vem do >mago do ensinamento de )risto, imolado na cruz, em sentença de morte, porpregar uma conduta de amor e fraternidade entre os omens

%ara os seguidores de doutrinas religiosas, a vida umana 6 um "om divino, portanto, não está su-eita àvontade dos omens, somente "eus poderia decidir sobre sua doação ou extinção O mandamento AnãomatarásB deve ser observado, fundamentando o posicionamento contrário em relação a pena $ vida dequalquer ser umano 6 intangível, a pena em questão 6 contra os direitos umanos

$ "eclaração Gniversal dos "ireitos Qumanos estabelece:

$rt ?@ odas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos 8ão dotadas de razão econsci0ncia e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade

$rt P@ oda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidas nesta"eclaração, sem distinção de qualquer esp6cie, se-a de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião políticaou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição

$rt L@ oda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal

$rt C@ 3ingu6m será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano oudegradante

$ )onvenção $mericana sobre "ireitos Qumanos =%acto de 8ão 4os6 da )osta 1ica+, de PP de novembrode ?HMH, foi ato internacional no qual o .rasil depositou sua carta de adesão, e nele se encontram asseguintes disposiç;es:

 &rt% 12% 3oda pessoa tem o direito de que se respeite sua vida% Esse direito deve ser protegido pela leie, em geral, desde o momento da concepção% +inguém pode ser privado de sua vida ar'itrariamente%+ão se pode resta'elecer a pena de morte nos Estados que a (ajam a'olido%

 &rt% 42% 3oda pessoa tem o direito de que se respeite sua integridade física, psíquica e moral%

ais legislaç;es representam uma conquista da umanidade, uma avanço no processo civilizatório,instituem o respeito pleno ao ser umano, decretando a proibição de toda e qualquer atitude que possaaviltá2lo $ pena de morte seria um retrocesso dentro desta evolução

8egundo $lbert )amus, a pena absoluta exige a inoc0ncia absoluta de quem a aplica %ode2seargumentar que, em relação a qualquer tipo de crime 6 ilegítimo que a sociedade, representada pelopoder de punir do &stado, se considere absolutamente inocente, impondo uma expiação unilateral efarisaica, sem contabilizar na reação a sua parcela de culpa na própria g0nese do crime

3os crimes políticos, essa culpa se mostra ainda mais evidente, pois o crime resulta, muitas vezes,direta e imediatamente, da conduta dos representantes do &stado & a sua falta de inoc0ncia absoluta

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torna2se ainda mais flagrante se se pensar que o &stado, embora puna os crimes de sabotagem,espionagem, traição ou desmoralização das forças armadas, quando cometidos contra si, 6 muitas vezeso fomentador e o patrocinador desses crimes, quando cometidos contra &stados inimigos O &stadosuprimir a vida de um delinq7ente, que a-udou a fabricar, seria o mesmo que um dos membros de umaparceria criminosa matar o co2partícipe, na esperança de eliminar um testemuno vivo de sua própriaculpa Rerdadeira queima de arquivo oficializada

8ão fatores que seguramente desencadeiam a onda de viol0ncia: a fome, a mis6ria, o desemprego, afalta de moradia, a inexist0ncia de auxílio m6dico2ospitalar, a subnutrição, o analfabetismo, as favelas,o profundo desnível social entre uma minoria extremamente rica e a esmagadora maioria do povobrasileiro demasiadamente pobre, conseq70ncia de uma das piores distribuiç;es de riqueza de todo omundo, salários vis, descaso dos governantes no tocante às quest;es sociais, não atuando com interesseem evitar a produção de excluídos &m nome da defesa da 6tica, seria conveniente, antes, combater ascausas da viol0ncia, eliminando2as, a fim de impedir a eclosão de seu produto, e nesse caso, er decondená2lo à morte sem le oferecer mínimas condiç;es de exist0ncia digna

S entendimento corrente de alguns que, o criminoso nunca tem culpa de ser o que 6, se-a em virtude dainflu0ncia do meio =mesocriminoso+, ou em razão do fator ereditário =biocriminoso+, ambosrepresentando um fato aleio à sua vontade )onsiderando a criminalidade como conseq70ncia naturalde problemas sociais, a pena capital não seria capaz de eliminar suas causas O &stado tem a obrigação

de prover melores condiç;es de vida para a população, essa seria a melor maneira de solucionar aquestão

%ercebe2se com clareza que em um grupo social pouco desenvolvido, falta autoridade moral paraaplicação da referida pena, a sociedade brasileira 6 a principal co2responsável pelos crimes quepretende reprimir desta forma

b2 ,rro judici%rio

$ possibilidade de erro -udiciário representa um dos argumentos mais contundentes da correntecontrária à aplicação da pena Ain e5tremisB , á, indubitavelmente, a falibilidade umana como fatorde insegurança# por6m, tal perspectiva 6 indissociável de sua natureza

)aso c6lebre de erro -udiciário no .rasil foi o de (ota )oqueiro $cusado de ter cacinado o colono'rancisco .enedito e toda sua família por vingança à suposta oposição aos ilícitos amores daquele comuma das filas deste 8ubmetido a -ulgamento pelo ribunal do 49ri, o r6u, denominado pelo povo deAfera de (acabuB, foi condenado à forca não obstante reiterados e veementes protestos de inoc0ncia&m NC de agosto de ?JCC foi executado %osteriormente, por confissão dos escravos indiciados como co2autores e que aviam conseguido ocultar2se, ficou demonstrada a falta de envolvimento do sentenciadocom o crime $ muler deste, movida por ci9mes, foi quem armou o braço dos escravos assassinos

O ocorrido provocou forte abalo na opinião p9blica, grande foi o clamor suscitado contra a pena demorte, em virtude da irreparabilidade na ipótese de equívoco do %oder 4udiciário <evando oimperador " %edro !, no uso de seu %oder (oderador, a comutar, sistematicamente, a pena capital pelapena nas gal6s =trabalos forçados por toda a vida+ $ -ustiça umana está su-eita às limitaç;es dopróprio omem

$ simples possibilidade do &stado equivocar2se sentenciando à morte um inocente deveria bastar comorefutação aos argumentos favoráveis de implantação da medida, nada poderia denegrir tanto a imagemda -ustiça

c2 ,scopo de ressociali3a'(o

$ atual inclinação da pena ob-etiva a recuperação do delinq7ente, procura proporcionar2le meios parao reingresso ao convívio social sem a ameaça ou com reduzida possibilidade de reincid0ncia %ara tanto,deve2se combater a total ineficácia da <ei de &xecução %enal $ execução da pena, obrigação exclusivado %oder 4udiciário, encontra2se completamente divorciada da realidade prisional, ficando sempre nadepend0ncia dos crit6rios e conveni0ncias políticas da $dministração %9blica# não atendendo, porconseguinte, ao escopo idealizado

S entendimento corrente entre os desfavoráveis à adoção da medida, que ao &stado cabe recuperar oindivíduo e não assassiná2lo em nome de uma falsa id6ia de segurança nacional 3o desequilíbrioecon/mico encontra2se a raiz da viol0ncia criminal Gma sociedade pouco desenvolvida, com desigual

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distribuição de renda, gera concentração de riqueza para uma minoria e exclusão de oportunidade paraos demais, não podendo, desta forma, se furtar à sua quota de responsabilidade, sua autoridade moralfica pre-udicada

$ execução penal deve ser individualizada observando os antecedentes e a personalidade do condenado,submetendo2o ao exame criminológico realizado por profissionais do ramo $ ressocialização deve serenfrentada de maneira científica, para cada delinq7ente deve aver um tipo de recuperação

$ pena de morte não 6 exemplar, as execuç;es capitais, quando p9blicas, exercem perniciosa influ0nciano seio das multid;es, despertando instintos sanguinários e tend0ncias mórbidas para o crime %or estemotivo passou2se a evitar a publicidade de sua execução, realizada em pátios fecados ou em c>marassecretas, portanto, não á como considerar exemplar um espetáculo que 6 preciso ocultar

$ corrente contrária aponta a incoer0ncia da medida aplicada pelo &stado %ara fugir a ela a lei queinstituir a pena de morte deve prever a exclusão de culpabilidade dos que matarem os autores doscrimes nela definidos 8omente com a legitimação da vingança privada, averá armonia e racionalidadena promoção da vingança p9blica

)ompreendendo que a vida umana 6 o valor de maior expressão entre os bens -urídicos, o &stado tem odever supremo de a proteger, não apenas contra as ofensas do indivíduo e da sociedade, como tamb6m

das agress;es provenientes do próprio poder que representa 5uando o &stado declara a inviolabilidadeda vida umana =princípio erigido a dogma constitucional+ e, concomitantemente, comina a pena demorte, incorre em flagrante contradição, tornando2a, portanto, ilegítima

Qá, ainda, outro aspecto de relevo &m um país como o nosso, em que comumente se verifica extremorigor contra Aos ladr;es de galinaB, ao passo que os criminosos de Acolarino brancoB raramente sãolevados à -ustiça por seus delitos, como acreditar que a implantação deste instituto não receberiadestinação exclusiva aos menos favorecidos pela fortunaE &m suma, a aplicação da pena capital 6totalmente contrária ao escopo de ressocializar o infrator, por motivos óbvios

d2 ) exemplo americano

!nteressante proceder a uma breve análise sobre o país de maior pu-ança econ/mica do globo e que

adota a pena capital &ntre os diversos estados da Gnião 3orte2$mericana, alguns aboliram a referidapenalidade, outros a mant6m =LC, para crimes como estupro, roubo, seq7estro ou morte de crianças,omicídios, etc+, nenum aumento de criminalidade nos primeiros e nenuma diminuição dela nos9ltimos 3os estados federados em que á aplicação da medida nota2se elevado índice de lincamentossumários, evidenciando2se o predomínio da brutalidade sangrenta onde a própria lei 6 a primeira adesconecer o respeito do direito à vida

5uando um país opta por abolir a pena capital, percebe2se que desde á muito a criminalidade violentaencontrava2se em franco declínio, devido a causas diversas# ao contrário, quando um país restabelece apena, o aumento da grande criminalidade prossegue sob o influxo dos mesmos fatores etiológicos, quenão desaparecem com a ameaça ou profusa execução do omicídio legal

"ois terços do povo norte2americano são favoráveis à aplicação da pena de morte aos crimes deomicídio, este n9mero segue crescendo, isto dificulta para os condenados terem suas sentençascomutadas $ in-eção letal 6 a mais sofisticada e mais atual forma de execução $ fila dos condenados àmorte nos &stados Gnidos 6 composta em sua maioria por negros, embora os negros representem apenas?PT da população do país %or exig0ncia legal, neste país, todo aquele -á sentenciado à morte,obrigatoriamente deve apelar ao %oder 4udiciário, requerendo o prolongamento de sua execução,visando com isso a obtenção de mais alguns anos de vida

&nquanto a tend0ncia mundial, principalmente na &uropa Ocidental, tem sido a de eliminar a penacapital, nos &stados Gnidos, a corrente flui na direção oposta 8e um -ovem estuda em uma universidadep9blica pelo período de quatro anos, custará ao &stado aproximadamente PNNNN dólares (as secometer um crime e for encarcerado numa penitenciária por igual prazo, custará ao &stado cerca deCNNNN dólares

rata2se da nação mais rica do mundo, onde á trabalo, oportunidades, garantias do &stado, em suma ,

qualidade de vida, e no entanto, 6 onde se verifica o maior índice de assassinatos bárbaros desprovidosde qualquer sentido ou atenuante, o que configura um contrasenso absurdo

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O país mais rico paradoxalmente apresenta os maiores índices de viol0ncia, evidenciando dois aspectos:a+ a criminalidade não decorre tão somente de fatores sociais# b+ a utilização da pena capital não logra0xito em seu intento de reprimir os impulsos criminosos

e2 nutilidade da pena como pro4ilaxia

$ pena de morte não possui nenuma comprovação científica de exercer influ0ncia efetiva na prevençãoda delinq70ncia $o contrário, no estado do exas =&G$+, por exemplo, verificou2se após a adoção damedida punitiva, visível incremento nos índices de criminalidade, ao passo que na 'rança, onde areferida medida encontra2se sem vig0ncia, a quantidade de omicídios não sofreu impacto

&ntre os anos de ?MNJ a ?HJC, aconteceram quatro mil execuç;es nos &stados Gnidos#proporcionalmente à população, a viol0ncia americana 6 dez vezes maior que a brasileira, não obstantea pena de morte 3ão á notícia de aumento da criminalidade nos países que aboliram a medida,tampouco anseio social solicitando seu retorno, o que corrobora a inverdade do poder de intimidação dapena

 &ssa suposta força -amais intimidaria os despo-ados de sensibilidade moral, os assassinos profissionais,psicopatas, fanáticos, apaixonados, doentes mentais# al6m do que, os delinq7entes de maiorpericulosidade pouco ou mesmo nenum receio t0m da morte, não sendo incorreto afirmar que alguns

encontram grande prazer e motivação em enfrentar esse risco %ara o indivíduo que pretende praticarum crime, 6 indiferente que a pena cominada se-a de um m0s ou dez anos de reclusão, perp6tua oucapital# irá delinq7ir independentemente da sanção aplicável, movido por suas paix;es e pela crença naperspectiva de impunidade, confiante de que o 8istema %enal não atuará em seu caso 8e esta pena defato possuísse eficácia no tocante ao efeito intimidativo, o criminalidade seria reduzida drasticamenteapós s6culos de sua aplicação

&m suma, as naç;es que aplicaram este tipo de pena não obtiveram redução na incid0ncia do crime &msentido oposto, concorreu para exacerbar a criminalidade, criando a convicção de que tudo 6 validopara quem de uma forma ou de outra vai mesmo morrer O clima de aprovação da morteinstitucionalizada produz no seio da sociedade formas desregradas de aplicação da -ustiça,predominando o espírito de vingança )resce a tend0ncia de fazer -ustiça pelas próprias mãos sem adevida defesa e identificação dos culpados

$ administração da -ustiça umana 6 precária, á espaço para falsas acusaç;es e falas processuais quepodem culminar em condenação de um inocente, o que seria intolerável em razão de uma medida quesequer possui real efeito intimidativo na supressão do crime

42 5arreira constitucional

$ proposta de instituir a pena capital submetendo a questão à plebiscito 6 flagrantementeinconstitucional $ )onstituição assim disp;e:

 &rt% 672 “& onstituição poder" ser emendada mediante proposta:$

)ar"grafo 12% “ +ão ser" o'jeto de deli'eração a proposta de emenda tendente a a'olir:

8nciso 89% “ os direitos e garantias individuais$%

$rt C@ A odos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo2se aosbrasileiros e aos estrangeiros residentes no %aís a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, àigualdade, à segurança, e à propriedade, nos termos seguintes:B

!nciso D<R!! Anão averá penas:B

a+ de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art JI, D!D#B

$ )onstituição em vigor 6 rígida e estabelece os limites ao %oder de 1eforma 3os termos do art MN@,parágrafo I@, inciso !R, não poderá ser ob-eto de deliberação a proposta de &menda tendente a abolir osdireitos e garantias individuais O exame da admissibilidade de uma proposta de emenda à )onstituiçãoque convoque plebiscito para decidir sobre a adoção da pena de morte remete ao exame das limitaç;es

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materiais que a )onstituição da 1ep9blica imp;e ao %oder de 1eforma, atrav6s da camada Acláusulap6treaB, tradição republicana que veda a deliberação sobre propostas de emenda tendentes a abolirdeterminados princípios nucleares da ordem constitucional

$ )onvenção $mericana sobre "ireitos Qumanos =%acto de 8ão 4os6+, celebrado em 8ão 4os6 da )osta1ica, em PP de novembro de ?HMH, ao cuidar do direito à vida, proíbe aos &stados (embros a extensãoda aplicação da pena de morte a delitos aos quais não se aplique atualmente e determina aimpossibilidade de restabelec02la nos &stados que a tenam abolido )omo no .rasil só a existe aprevisão da referida pena para crimes militares em tempo de guerra, não poderia ser estendida nemrestabelecida aos crimes comuns $ adesão do .rasil ao supra mencionado %acto constitui obstáculodefinitivo ao retorno da referida pena ao direito comum e um reconecimento de que os direitosfundamentais do omem transcendem a ordem interna para assumir caráter universalizante

3ão 6 possível realizar uma emenda constitucional mediante consulta popular Gma vez aprovada na)>mara e no 8enado, as respectivas mesas a promulgarão, isto 6, a emenda tomará um n9mero deordem e passa a integrar a )arta 3ão se pode emendar a )onstituição atrav6s de plebiscito, porqueesta não 6 a forma de modificá2la $ emenda 6 votada pelas duas casas do )ongresso e o textopromulgado pelas mesas da )>mara e do 8enado &sta pretensão não encontra amparo explícitatampouco implicitamente no texto constitucional, sendo, portanto, absolutamente extravagante talintento

rgumentos avor%veis

a2 *ireitos humanos e de4esa social

Os defensores dos "ireitos Qumanos se manifestam de modo contrário à aplicação da pena capital sobalegação de que a vida umana 6 intangível e, por conseguinte, deve ser preservada em qualquercircunst>ncia $ invocação de tais direitos tem servido como defesa para os delinq7entes

&sta lina de argumentação 6 incoerente, defender a exist0ncia de criminosos à todo custo implicacolocar em risco a vida de todos os cidadãos pacatos %roteger a sociedade contra os delinq7entes deextrema periculosidade 6 indubitavelmente muito mais umano

3ão se pode aceitar que um assaltante, de arma em puno, decrete, arbitrariamente, inapelavelmente,a pena de morte à vítima e nos tribunais seus direitos se-am preservados (anter intacta a vida depsicopatas equivale ao sacrifício de muitos inocentes &xterminar o grupo de inimigos do g0nero umano6 o mesmo que defender2se de uma alcat6ia de lobos famintos %ara casos de caráter extremamenteofensivo ao corpo social, excepcionais, 6 passível de crítica o fato do país er erigido em preceitoconstitucional a inaplicabilidade da pena capital

'ator relevante a considerar 6 a permissibilidade da religião %ara um credo religioso que ensine que,para al6m da vida terrena, outra á, eterna e verdadeira onde cada um 6 recompensado ou castigado,segundo o m6rito ou dem6rito de sua conduta na sociedade dos omens, a pena capital nunca poderiasignificar um aut0ntico castigo supremo, tampouco poderia revestir2se daquele caráter definitivo eirreparável que constitui um dos aspectos mais freq7entemente criticado pelos adversários desta forma9ltima de reação criminal

$ceitando2se, como verdade dogmática que a alma 6 imortal, e que somente no tribunal divino os -uízoscondenatórios se revestem de valor absoluto e verdadeiro, -amais a pena de morte representaria para ocrente, uma condenação irreversível $ crença na vida eterna -ustificaria a aplicação da medida $moral católica reconece esse direito ao &stado, desde que o crime se-a claramente comprovado e severifique a necessidade de penalidade tão grave

Qá várias passagens na .íblia que mencionam a utilização da pena extrema, o que comprova a aus0nciade desarmonia entre esta e a religião $ argumentação de que a vida 6 um "om divino e, portanto,inadmissível à -ustiça dos omens tirá2la de quem quer que se-a, 6 totalmente refutável uma vez que aliberdade tamb6m o 6, ainda assim não se cogita a extinção dos presídios

$ aplicação da pena capital de modo algum poderia ser utilizada indiscriminadamente, banalizando2a 8eu uso requer o preencimento de determinados pressupostos indispensáveis à obtenção de

legitimidade

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!mprescindível que a-a certeza da exist0ncia do fato e convicção plena da autoria 3ão se permite ao-uiz pronunciar sentença desfavorável ao r6u sem estar absolutamente seguro da exist0ncia do fato e darespectiva autoria 8e o nexo causal entre fato e seu autor não ficar claramente comprovado, aplica2seo princípio 8n du'io pro reo% &m se tratando de pena de morte, o zelo da -ustiça deve estar bempresente para eliminar o risco de erro -udiciário

O crime praticado pelo r6u deve alcançar grande reprovação social, ou se-a, o agente que pratiquetentativa de omicídio não deve receber a pena em questão 3ão tendo alcançado a meta optata,configura2se apenas o perigo de dano, e a reprovação social, nesta ipótese, não 6 acentuada O-ulgador analisando o caso concreto, decidirá se ouve reprovação social suficiente para que odelinq7ente mereça a referida pena $ defesa social não deve depender da culpabilidade dodelinq7ente

$ flagrante periculosidade do agente, a impossibilidade de reinserção no convívio social, sendo areincid0ncia forte indício deste óbice, tamb6m necessitam ser observados $ pena capital seria tãosomente aplicada àqueles que se enquadrassem em todos estes pressupostos, destinada apenas aoscrimes de maior gravidade O que caracteriza a gravidade de um crime 6 a intensidade da reprovaçãosocial

$dequam2se a este conceito os crimes de estupro =principalmente de crianças+# seq7estro seguido de

morte da vítima# tráfico de entorpecentes# omicídios praticados com requintes de crueldade#latrocínio# crimes contra a segurança nacional# terrorismo# desvio e apropriação de verbas p9blicas

b2 specto econ6mico

&conomicamente seria bastante vanta-oso ao &stado utilizar2se da pena capital uma vez que o custo damanutenção de um encarcerado 6 bastante dispendioso aos cofres p9blicos

 $s verbas aplicadas na falida estrutura prisional, falida porque não alcança seus ob-etivos deressocialização, servindo tão somente para desumanizar o indivíduo, lançando2o de volta ao seio socialainda mais brutalizado e perigoso, poderiam er destinação diversa, revertidas em benefício dascomunidades mais carentes, aplicadas em pro-etos sociais

&stima2se que o &stado gaste em torno de cinco salários2mínimos com a manutenção de um presocomum, informação aparentemente infundada ou contraditória em virtude das condiç;es sub2umanasque vivem os detentos

5uestiona2se a prioridade de investimentos &ducação p9blica, saneamento básico, casas populares,frentes de trabalo, erradicação da mis6ria, combate à fome, enfim, tudo que possa concorrer paraestimular o indíviduo a manter2se dentro de um padrão de conduta que não afronte a lei, que não oimpulsione a uma vida marginal, constitui inegavelmente, investimento mais relevante, lógico eprodutivo (anter um sistema que apenas reproduz celerados deixando ao desamparo menoresabandonados, cefes de família despo-ados de fonte de renda, 6 bastante incoerente &m suma, a penapermitiria que parte da receita p9blica fosse empregada em aspectos mais 9teis à sociedade como,amparo ao menor abandonado, auxílio aos familiares dos condenados, benefício das vítimas,recuperação de infratores não su-eitos à pena capital, ensino p9blico etc

c2 al7ncia do sistema prisional

Qá unanimidade entre os especialistas de que a cadeia não regenera nem ressocializa ningu6m# aocontrário, avilta, degrada, embrutece, estigmatiza, 6 uma alimentadora infatigável da criminalidadeorganizada $tualmente se estuda uma forma possível de eliminar a prisão, criando substitutivos oualternativas para manifestar a reprovação da sociedade contra o crime %risão 6 uma incubadora cara,eficaz e prolífica para a geração e crescimento de marginais, aperfeiçoados pelo convívio com outrosmarginais -á reincidentes

'az2se necessária uma urgente reformulação do sistema carcerário em nosso país, a fim de que oscriminosos não se-am apenas punidos e isolados, mas efetivamente auxiliados a se regenerar e sereintegrar à sociedade, isto para aqueles em que se verifica tal possibilidade

5uestão de extrema relev>ncia e estreitamente ligada a esta reformulação do sistema 6 a dainaplicabilidade da <ei de &xecuç;es %enais $ letra da lei confere uma s6rie de garantias aos presos

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dando mostras da intenção do legislador de efetivamente atender ao escopo de ressocialização)ontudo, a realidade encontra2se bastante distante de tal intuito &sse ponto deve ser bem definido,quer o &stado e a sociedade realmente reabilitar o presoE &m caso afirmativo, as condiç;es desubsist0ncia dos presídios devem ser condizentes com este ob-etivo 3a ipótese contrária, meloreliminá2los a reinseri2los no convívio social ainda mais violentos, uma vez que as penitenciárias t0m seprestado com efici0ncia a esse papel

$ condenação ao encarceramento prolongado ou mesmo perp6tuo 6 improcedente )ondenar umcriminoso a penas que excedam quinze anos pode ser um petardo de efeito contrário, uma vez quepenas longas contribuem apenas e tão somente para a formação de uma personalidade brutal, assassina3ada se pode esperar daqueles condenados a trinta, quarenta, cinq7enta anos, pois a vida nada maisles significará, visto que não conseguirão suportar as agruras do tempo

Gma condenação por demais prolongada e, em certos casos não á como ser diferente, acarreta atransformação da personalidade colocando em risco todo o sistema <íderes de rebeli;es abrigam2se noódio desenfreado de vingança, á entrega à pederastia, aos tóxicos, proliferação de doençassexualmente transmissíveis, como a aids, instalação de poder paralelo que cega a exercer controlesobre a vida dos detentos mesmo fora dos presídios

Rerifica2se nítido despropósito de aplicação da pena perp6tua como substitutivo da pena capital O

preso sabendo2se condenado pelo resto de sua exist0ncia, -amais se tornaria dócil, motivado a trabalar,ainda que com o escopo de a-udar seus familiares, isto porque a renda alcançada seria irrisória após osdescontos de indenização -unto ao &stado &ste teria de sustentá2lo pelo resto da vida, a despesa demanutenção 6 sempre maior do que a renda que o preso pode gerar, representando, desta forma,enorme despesa $l6m de ser totalmente contrário ao intento de ressocializar

3ão á raz;es para supor que a perp6tua 6 mais umana ou mais 6tica que a capital <ícito levantar aipótese de que as penas mais contundentes podem ser, ainda que paradoxalmente, mais umanas Ospróprios presos a preferem, melor morrer do que passar o resto da exist0ncia enclausurado Osofrimento contínuo 6 inegavelmente superior

onclus(o

'ace ao exposto, conclui2se, acreditar que se as riquezas fossem mais eq7itativamente distribuídas nãoaveria crimes, constitui crença demasiado pueril Qá criminosos que agem movidos tão somente pelasua índole perversa e não por força da necessidade $ civilização moderna trouxe ao mundo benefíciosincomensuráveis (as trouxe tamb6m erros de -ulgamento que, não raras vezes, invalidam seusbenefícios Gm desses 6 o que considera todos os omens iguais em sua índole, e esta naturalmente boa

%or esta lina de raciocínio, quando um su-eito comete um crime, deve2se procurar a causa de seucomportamento não em seu caráter próprio, mas em algum fator exterior a ele, notadamente na suapobreza, real ou suposta $s autoridades eclesiásticas, legislativas e -udiciárias no afã de seremclementes para com os criminosos, incentivam2nos, na realidade, e dão2les argumentos para se-ustificar

8egundo a fórmula : Ao omem nasce bom, a sociedade o corrompeB, todos os ladr;es, assassinos,assaltantes, estupradores não são responsáveis por seus atos, são, ao contrário, vítimas da sociedade, ecomo tais, devem ser tratados com carino & um dia, com a meloria das condiç;es de vida, o crimedesaparecerá, e os omens viverão numa fraternidade universal $ -ustiça social deve ser uma meta emqualquer sociedade merecedora de respeito O que não se pode aceitar 6 fazer das desigualdades sociaisuma -ustificação indiscriminada da criminalidade

)ondenável em nosso sistema de leis o excessivo rigor com o qual se limita a aplicação da -ustiça $pena máxima no ordenamento penal brasileiro alcança trinta anos, independentemente do crimeperpetrado al imposição confere ense-o a grandes falas 8e ouvesse uma atentado terrorista no.rasil que acarretasse elevado n9mero de óbitos, e seus responsáveis fossem levados ao tribunal, asanção cominada não passaria de uma piada $ possibilidade dessas distorç;es precisa ser eliminada,suprimindo os entraves que impedem uma plena adequação do delito à resposta social

$ aplicação da pena capital não 6 capaz de produzir queda dos índices de criminalidade, ainda que se

possa contra2argumentar favoravelmente, alegando que as penas restritivas de liberdade tamb6m nãologram faz02lo# o caráter inócuo da medida no tocante à profilaxia social 6 flagrante "eterminadoscriminosos apenas obedecem a seus impulsos, simplesmente não deixarão de agir, sendo irrelevante a

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sanção cominada, ainda que severa, se-a reclusão prolongada ou mesmo a extinção da vida $lgunsagem em virtude da atração que o risco exerce, servindo de modo contrário, a pena, como umestimulante ao delito

Rerificou2se que a proibição de aplicar a pena de morte constitui cláusula p6trea na )onstituição'ederal, salvo em casos de guerra & tamb6m que o plebiscito não representa meio id/neo para produziremendas à )onstituição O pacto de 8an 4os6 ao qual nosso país aderiu atua da mesma forma como umsólido obstáculo ao reingresso da medida em nosso ordenamento

5uestão de grande relev>ncia 6 a pertinente aos preceitos democráticos que integram a própria )arta(agna 8e o povo exercerá o poder por interm6dio de representantes eleitos, seria lícito promoveralteração nas leis ob-etivando total conson>ncia com os anseios sociais &ntretanto, tal discurso merecerefutação tendo em vista que, o povo nunca recebeu em 6poca alguma boa educação, não possuiefetivamente uma capacidade razoável de discernimento# e vale lembrar que a plebe, exercendo direitode decisão, escoleu .arrabás, condenando 4esus )risto ao martírio

&m um país com grandes índices de analfabetismo e de extrema desigualdade na distribuição de rendanão se pode cogitar uma democracia plena Qá incoer0ncia no argumento de que a pena de morte 6imoral e religiosamente condenável $firma2se que "eus concedeu a vida aos omens e somente a elecaberia retirá2la &ntretanto, os próprios inimigos da pena capital admitem o omicídio em diversos

casos, como numa guerra defensiva $dmitem que se mate sob a influ0ncia de emoç;es descontroladascomo ci9me, medo, provocação, autodefesa 8e somente "eus pode retirar uma vida outorgada por elenão á espaço para concess;es

S profundamente contraditório permitir que se mate sob efeito de uma emoção, mas nãodeliberadamente, ou se-a, o omem, definido como animal racional, 6 -ustificado quando ageirracionalmente, matando provavelmente quem não o merece, mas não quando age racionalmente,condenando à morte quem o merece &m uma guerra defensiva cega2se a exterminar populaç;esinteiras de acordo com planos cuidadosamente estabelecidos %or que uma nação tem o direito de matarpara se defender contra um ex6rcito estrangeiro e não contra um ex6rcito de facínoras que atua dentrode suas fronteiras

8abe2se que a referida pena -á possui aplicabilidade em nosso território, de modo não oficial Qátamb6m as excludentes de anti-uridicidade que em circunst>ncias especiais permitem a eliminação deum indivíduo )abível o questionamento de que, inobstante a inefici0ncia comprovada da pena comomeio de intimidação e, por via da conseq70ncia, de controle e redução dos índices de criminalidade,lícita poderia ser sua aplicação como forma retributiva em face de delitos específicos de extremagravidade e reprovação social

#e4er7ncia 5ibliogr%4ica

5,#, )esare *os delitos e das penas C@ ed 8ão %aulo: (artins 'ontes, PNNN

5)55), 3orberto era dos direitos H@ ed 1io de 4aneiro: &ditora )ampus, ?HHP

5#$8 )ódigo %enal Organização de extos, notas remissivas e índices por 4uarez de Oliveira LC@ ed8ão %aulo: 8araiva, ?HH

5#$8 )onstituição =?HJJ+ onstitui'(o da #ep9blica ederativa do 5rasil. .rasília "': 8enado, ?HJJ

8,#)$, . .onfim pena de morte 1io de 4aneiro: &ditora "estaque, ?HHJ

88;, (ansour )s mais belos pensamentos de todos os tempos, !!! vol 1io de 4aneiro $ssociação)ultural !nternacional *ibran, ?HHC

<;,8,;, 'rançois istria das id>ias polticas 1io de 4aneiro: &ditora Uaar, ?HJC

)@8A1,$, 'ustel de cidade antiga 8ão %aulo: &ditora &dipro, ?HHJ

*,# , %aulo 1odrigues +ena de morte .elo Qorizonte: &ditora "el 1eV, ?HHM

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*@,B , OsWaldo Qenrique (arques pena capital e o direito C vida 8ão %aulo:&d 4uarez de Oliveira,PNNN

*@;#, $ugusto .arreto +ena de morte K um rem>dio social urgente @ ed 8ão %aulo: &ditoraGniversitária de "ireito, ?HHJ

#1)$), Qeleno )láudio 8i'Des de direito penal L@ edição 8ão %aulo: .usatsXV, ?HHJ

1#*,# , 4ostein ) livro das religiDes 8ão %aulo: )ompania das <etras, PNNN

E,$@$, "amásio &vangelista de *ireito penal vols. e P?@ ed 8ão %aulo: &ditora 8araiva, ?HHJ

0#5,;,, 49lio 'abrini 0anual de direito penal vols. e ?@ edição 8%: &d $tlas, PNNN

A,;F$,, 'riedric l>m do bem e do mal 1io de 4aneiro: &d &diouro, ?HH?

+8++,, $ri6s istria da vida privada vol. "o !mp6rio 1omano ao $no (il 8ão %aulo: )ompania"as <etras,?HJH

+A,#), 1alp <opes istria resumida do direito M@ ed 1io de 4aneiro: ex &ditora, ?HH

#)@$$,@, 4ean 4aques ) contrato social 8ão %aulo: (artins 'ontes, ?HHM

$)+,A@,# , $rtur 4orismos sobre 4iloso4ia da vida 1io de 4aneiro: &d &diouro, ?HH?

$8G, 4os6 $fonso da urso de direito constitucional positivo ?@ ed 8%: (aleiros, PNNN

G#,88, "rauzio ,sta'(o carandiru ??@ ed 8ão %aulo: )ompania das <etras, ?HHH