william law - uma chamada séria a uma vida santa e devota

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7/21/2019 William Law - Uma Chamada Séria a Uma Vida Santa e Devota http://slidepdf.com/reader/full/william-law-uma-chamada-seria-a-uma-vida-santa-e-devota 1/38 Uma Chamada Séria a Uma Vida Santa e Devota. A Natureza da Devoção Cristã - Cap I William a! Devoção não é nem oração privada nem pública, mas ambas são partes da devoção. Devoção significa uma vida consagrada, ou dedicada a Deus. Devotado, portanto, é o homem que não vive para fazer a sua própria vontade, ou tendo a forma e o espírito do mundo, mas somente para a vontade de Deus, e que considera Deus em tudo, que o serve em tudo e que faz com que todas as partes de sua vida, seam parte da piedade, por fazer tudo em nome de Deus, e sob as regras que são conformadas ! "ua glória. #ós prontamente reconhecemos que apenas Deus é a regra e a medida das nossas oraç$es% para que nelas esteamos olhando completamente para ele, e agindo totalmente para ele, e de modo que tudo pelo que orarmos sea apropriado para a "ua glória. &gora dei'e que qualquer um descubra a razão pela qual ele deve ser assim estritamente piedoso em suas oraç$es, e ele vai encontrar a mesma e forte razão, para ser tão estritamente piedoso em todas as outras partes de sua vida. (orque não h) a menor razão, pela qual deveríamos fazer de Deus a regra e a medida de nossas oraç$es, e orar de acordo com a sua vontade, e não fazer dele a regra e a medida de todas as outras aç$es de nossas vidas. (orque quaisquer formas de vida, e quaisquer empregos de nossos talentos, tempo, ou dinheiro, que não seam estritamente concordes com a vontade de Deus, que não seam para tais fins voltados para sua glória, são tão grandes absurdos e erros, como oraç$es que não estão de acordo com a "ua vontade. (ois não h) outra razão, pela qual nossas oraç$es devem ser de acordo com a vontade de Deus, porque elas não devem ter nada em si, senão o que é s)bio, e santo e celestial, não h) outro motivo para isso, senão que as nossas vidas possam ser da mesma natureza, cheias da mesma sabedoria, santidade e *nimos celestiais, para que possamos viver para Deus no mesmo espírito com o qual oramos a ele. "e não fosse o nosso dever estrito viver pela razão, para se devotar todos os atos de nossas vidas a Deus, se não fosse absolutamente necess)rio andar diante dele em sabedoria e santidade e em conversação celestial, fazendo tudo em seu nome, e para a sua glória, não haveria e'cel+ncia ou sabedoria nas oraç$es mais celestiais. #ão, tais oraç$es seriam absurdas. ão certo, portanto, que haa alguma sabedoria na oração no -spírito de Deus, tão certo é que estamos fazendo com que o -spírito sea a regra de todas as nossas aç$es% assim como é nosso dever olhar totalmente para Deus em nossas oraç$es, assim também é o nosso dever viver totalmente para Deus em nossas vidas. as não podemos dizer que vivemos para Deus, a menos que vivamos com ele em todas as aç$es ordin)rias da nossa vida, a menos que ele sea a regra e a medida de todos os nossos caminhos. &ssim como um modo de vida é incorreto, sea no trabalho ou na diversão, quando consome o nosso tempo e o nosso dinheiro, assim são descabidas e absurdas da mesma forma as oraç$es que são verdadeiramente uma ofensa a Deus. (or falta de conhecimento, ou pelo menos de considerar isso, é que nós vemos essa mistura de incoer+ncia nas vidas de muitas pessoas. /oc+ as ver) participativas, algumas vezes nos lugares de devoção, mas quando o culto da 0grea termina, eles são, senão como aqueles que raramente ou nunca estiveram l). -m seu modo de vida, sua maneira de gastar seu tempo e dinheiro, em seus cuidados e medos, em seus prazeres e indulg+ncias, em seu trabalho e divertimentos, eles são como o resto do mundo. 0sso faz com que boa parte do mundo, geralmente, faça uma pilhéria com aqueles que se dizem devotos, porque v+m que sua devoção não vai muito além de suas oraç$es. 1úlio tem medo de faltar !s reuni$es de oração, e muitos pensam que ele ficaria doente caso não fosse ! igrea. as se voc+ lhe perguntasse por que ele passa o resto de seu tempo com chocarrices2 por que ele é um companheiro de pessoas que em sua maioria são amantes de prazeres tolos2 (or que ele est) sempre pronto para cada entretenimento e diversão impertinentes2 por que ele se d) a conversaç$es de fofoca ociosa2 por que ele se permite ter tolos ódios e ressentimentos contra as pessoas, sem considerar que deve amar a todos como a si mesmo2 "e voc+ perguntar por que ele nunca conversa sobre as verdades da (alavra de Deus, 1úlio não ter) o que responder, tanto quanto qualquer pessoa que viva impiamente. (orque todo o teor da -scritura repousa diretamente contra tal tipo vida, contra a lu'úria e a intemperança3 aquele que vive em tal curso de ociosidade e insensatez, não mais vive de acordo com a religião de 1esus 4risto, do que

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Uma Chamada Séria a Uma Vida Santa e Devota.

A Natureza da Devoção Cristã - Cap I

William a!

Devoção não é nem oração privada nem pública, mas ambas são partes da devoção.Devoção significa uma vida consagrada, ou dedicada a Deus.Devotado, portanto, é o homem que não vive para fazer a sua própria vontade, ou tendo aforma e o espírito do mundo, mas somente para a vontade de Deus, e que considera Deusem tudo, que o serve em tudo e que faz com que todas as partes de sua vida, seam parteda piedade, por fazer tudo em nome de Deus, e sob as regras que são conformadas ! "uaglória.#ós prontamente reconhecemos que apenas Deus é a regra e a medida das nossasoraç$es% para que nelas esteamos olhando completamente para ele, e agindo totalmentepara ele, e de modo que tudo pelo que orarmos sea apropriado para a "ua glória.&gora dei'e que qualquer um descubra a razão pela qual ele deve ser assim estritamentepiedoso em suas oraç$es, e ele vai encontrar a mesma e forte razão, para ser tãoestritamente piedoso em todas as outras partes de sua vida.

(orque não h) a menor razão, pela qual deveríamos fazer de Deus a regra e a medida denossas oraç$es, e orar de acordo com a sua vontade, e não fazer dele a regra e a medidade todas as outras aç$es de nossas vidas. (orque quaisquer formas de vida, e quaisquerempregos de nossos talentos, tempo, ou dinheiro, que não seam estritamente concordescom a vontade de Deus, que não seam para tais fins voltados para sua glória, são tãograndes absurdos e erros, como oraç$es que não estão de acordo com a "ua vontade.(ois não h) outra razão, pela qual nossas oraç$es devem ser de acordo com a vontade deDeus, porque elas não devem ter nada em si, senão o que é s)bio, e santo e celestial, nãoh) outro motivo para isso, senão que as nossas vidas possam ser da mesma natureza,cheias da mesma sabedoria, santidade e *nimos celestiais, para que possamos viver paraDeus no mesmo espírito com o qual oramos a ele. "e não fosse o nosso dever estrito viverpela razão, para se devotar todos os atos de nossas vidas a Deus, se não fosseabsolutamente necess)rio andar diante dele em sabedoria e santidade e em conversaçãocelestial, fazendo tudo em seu nome, e para a sua glória, não haveria e'cel+ncia ousabedoria nas oraç$es mais celestiais. #ão, tais oraç$es seriam absurdas.ão certo, portanto, que haa alguma sabedoria na oração no -spírito de Deus, tão certo éque estamos fazendo com que o -spírito sea a regra de todas as nossas aç$es% assimcomo é nosso dever olhar totalmente para Deus em nossas oraç$es, assim também é onosso dever viver totalmente para Deus em nossas vidas. as não podemos dizer quevivemos para Deus, a menos que vivamos com ele em todas as aç$es ordin)rias da nossavida, a menos que ele sea a regra e a medida de todos os nossos caminhos. &ssim comoum modo de vida é incorreto, sea no trabalho ou na diversão, quando consome o nossotempo e o nosso dinheiro, assim são descabidas e absurdas da mesma forma as oraç$esque são verdadeiramente uma ofensa a Deus.(or falta de conhecimento, ou pelo menos de considerar isso, é que nós vemos essamistura de incoer+ncia nas vidas de muitas pessoas. /oc+ as ver) participativas, algumasvezes nos lugares de devoção, mas quando o culto da 0grea termina, eles são, senão

como aqueles que raramente ou nunca estiveram l). -m seu modo de vida, sua maneirade gastar seu tempo e dinheiro, em seus cuidados e medos, em seus prazeres eindulg+ncias, em seu trabalho e divertimentos, eles são como o resto do mundo. 0sso fazcom que boa parte do mundo, geralmente, faça uma pilhéria com aqueles que se dizemdevotos, porque v+m que sua devoção não vai muito além de suas oraç$es.1úlio tem medo de faltar !s reuni$es de oração, e muitos pensam que ele ficaria doentecaso não fosse ! igrea. as se voc+ lhe perguntasse por que ele passa o resto de seutempo com chocarrices2 por que ele é um companheiro de pessoas que em sua maioriasão amantes de prazeres tolos2 (or que ele est) sempre pronto para cada entretenimentoe diversão impertinentes2 por que ele se d) a conversaç$es de fofoca ociosa2 por que elese permite ter tolos ódios e ressentimentos contra as pessoas, sem considerar que deveamar a todos como a si mesmo2 "e voc+ perguntar por que ele nunca conversa sobre asverdades da (alavra de Deus, 1úlio não ter) o que responder, tanto quanto qualquerpessoa que viva impiamente. (orque todo o teor da -scritura repousa diretamente contra

tal tipo vida, contra a lu'úria e a intemperança3 aquele que vive em tal curso deociosidade e insensatez, não mais vive de acordo com a religião de 1esus 4risto, do que

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aquele que vive em glutonaria e intemperança."e alguém dissesse a 1úlio que não havia razão para ser tão constante nas reuni$es deoração, e que ele poderia, sem qualquer dano maior para si mesmo, abandonar o culto da0grea, enquanto mantivesse tal comportamento, 1úlio pensaria que tal pessoa não écristã, e que ele deveria evitar sua companhia. as se uma pessoa somente lhe dissesse,que ele poderia viver como a maior parte das pessoas do mundo costumam fazer,

satisfazendo seus deseos e pai'$es, 1úlio nunca suspeitaria que tal pessoa não fossecristã, ou que estivesse fazendo o trabalho do diabo.- se 1úlio fosse ler todo o #ovo estamento desde o início até ao fim, ele iria encontrar oseu modo de vida condenado em todas as p)ginas do mesmo.-, de fato , não pode nem ser imaginado nada mais absurdo em si mesmo, do queoraç$es s)bias e sublimes e celestiais, somadas a uma vida de vaidade e loucura, ondenem trabalho, nem entretenimentos, nem tempo, nem dinheiro, estão sob a direção dasabedoria e dos *nimos celestes de nossas oraç$es."e estivéssemos vendo um homem fingindo agir totalmente em conformidade com Deusem tudo o que fizesse, e ainda, ao mesmo tempo negligenciando totalmente a oração,tanto pública, quanto privada, não deveríamos estar espantados com tal homem, e nosmaravilharmos de como ele podia ter tanto insensatez com tanta religião ao mesmotempo2#o entanto, isto é assim razo)vel, como para qualquer pessoa que fina ser estrita emdevoção, ter o cuidado de observar os tempos e lugares de oração, e ainda dei'ar o restode sua vida, seu tempo e trabalho, seus talentos e dinheiro, serem eliminados semqualquer respeito a uma rigorosa regra de piedade e devoção. (or isso é tão grandeabsurdo tais supostas oraç$es santas e petiç$es divinas sem santidade de vida que seaadequada a elas, como supor uma vida santa e divina sem oraç$es.5 ponto da questão é este, tanto a 6azão e a 6eligião prescrevem regras e propósitospara todas as aç$es ordin)rias da nossa vida, ou então ambas não e'istem em nossoviver% mas se e'istirem, então é necess)rio governar todas as nossas aç$es por essasregras, assim como para adorarmos a Deus. (orque se a religião nos ensina alguma coisaa respeito de comer e beber, ou gastar nosso tempo e dinheiro, se ela nos ensina comodevemos usar e desprezar o mundo, se ela nos diz qual o tipo de *nimo que devemos terna vida comum, como devemos nos relacionar com todas as pessoas, como devemos noscomportar em relação aos enfermos, aos pobres, aos velhos e necessitados, se ela nos diz

que como devemos tratar com nossos superiores, aos quais devemos considerar com umaestima especial, se ela nos diz como devemos tratar nossos inimigos, e como devemosmortificar o pecado e negar a nós mesmos, deve ser muito fraco aquele que pode pensarque estas partes da religião não são para ser observadas com tanta e'atidão, comoquaisquer doutrinas que se relacionam !s oraç$es.7 muito observ)vel , que não h) um mandamento em todo o -vangelho para o 4ulto(úblico, e, talvez, este é um dever que é o menos insistido na -scritura do que qualqueroutro. 89) uma citação em 9ebreus quanto a não se ter o costume de não congregar,apesar de ser omitido o como e o quando : nota do tradutor;. -nquanto que a 6eligião ouDevoção, que deve governar todas as aç$es ordin)rias da nossa vida, pode ser encontradaem quase todos os versículo da <íblia. #osso bendito "alvador e seus apóstolos sãototalmente absorvidos em doutrinas que se relacionam com a vida comum. -les noschamam a renunciar ao mundo, e diferem em toda a sua forma de vida, do espírito e docaminho do mundo.

-sta é a devoção comum que nosso "alvador ensina, a fim de torn)=la a vida comum detodos os cristãos. #ão é portanto, muito estranho, que as pessoas devam colocar tantapiedade no atendimento ao culto público, a respeito do qual não h) um preceito preciso denosso "enhor a seu respeito, e ainda negligenciarem esses deveres da nossa vida comum,que são ordenados em cada p)gina do -vangelho2 -u chamo esses deveres de devoção denossa vida comum, porque se eles devem ser praticados, devem ser feitos partes danossa vida comum, pois eles não podem ser praticados em qualquer outro lugar, senão emnós mesmos."e o desprezo do mundo e o afeto pela vida celestial, é uma condição necess)ria para ocar)ter cristão, é necess)rio que esse car)ter apareça em todo o curso de suas vidas, emsua maneira de usar o mundo, porque ele não pode se manifestar em qualquer outrolugar."e a auto=negação deve ser uma condição da salvação, tudo o que deve ser salvo, deve

tomar parte de sua vida comum. "e a humildade deve ser um dever cristão, então a vidacomum de um cristão, é um curso de constante humildade, em todos os seus tipos. "e a

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pobreza de espírito é necess)ria, este deve ser o espírito de cada dia de nossa vida. "eatender ao necessitado deve ser a caridade comum de nossas vidas, tanto quantopudermos devemos nos tornar capazes de realiz)=lo. "e devemos amar os nossosinimigos, nós temos que fazer a nossa vida comum ser de um e'ercício visível edemonstração desse amor. "e quisermos ser s)bios e santos, como recém=nascidos filhosde Deus, não podemos ser assim s)bios, senão renunciando a tudo o que é tolo e vão em

todas as partes da nossa vida comum. "e devemos ser novas criaturas em 4risto, temosque mostrar que somos assim, por ter novas maneiras de viver no mundo. "e quisermosseguir a 4risto, isto deve ser nossa maneira comum de gastar todos os dias.as ainda que sea assim, claro, que isso, e isso por si só é 4ristianismo, uma pr)ticauniforme aberta e visível de todas estas virtudes, ainda é muito claro, que h) pouco ounada disto para ser encontrado, mesmo entre o melhor tipo de pessoas. /oc+ as v+ muitasvezes na 0grea, e satisfeitas com pregadores refinados, mas olhe para suas vidas, e voc+as v+ apenas como sendo o mesmo tipo de pessoas que as demais são, que não fazemnenhuma pretensa devoção. & diferença que voc+ encontra entre eles, é apenas adiferença de seus temperamentos naturais. -les t+m o mesmo gosto do mundo, asmesmas preocupaç$es mundanas e medos e alegrias, pois eles t+m o mesmo tipo demente, igualmente nulos em seus próprios deseos./oc+ v+ o mesmo orgulho e vaidade no modo de se vestir, o mesmo amor=próprio eindulg+ncia, as mesmas amizades insensatas, e ódios infundados, a mesmasuperficialidade de espírito, o mesmo gosto por entretenimentos, as mesmas disposiç$esociosas e maneiras de gastar seu tempo em visitas e conversaç$es vãs, como o resto domundo, que não se interessa por qualquer tipo de devoção santa.#ão me refiro nesta comparação a pessoas aparentemente boas, e convictamente ímpias,mas entre pessoas de vidas sóbrias.omemos um e'emplo de duas mulheres modestas3 suponhamos que uma delas écuidadosa com os momentos de devoção, e que os observa através de um senso de dever,e que a outra não tem qualquer preocupação saud)vel sobre isso, mas que frequenta a0grea rara ou frequentemente. &gora é uma coisa muito f)cil de ver qual é a diferençaentre essas pessoas. as quando voc+ tem visto isso, voc+ pode encontrar qualquer outradiferença entre elas2 voc+ consegue achar que a sua vida comum é de um tipo diferente2#ão são seus comportamentos e costumes diferentes2 -las vivem como se pertencessema diferentes mundos, tendo pontos de vista diferentes em suas cabeças, e diferentes

regras e medidas em todas as suas aç$es2 "er) que uma parece ser deste mundo,olhando para as coisas que são temporais, e a outra ser de outro mundo, olhandototalmente para as coisas que são eternas2 "er) que uma vive em prazeres, deleitando=secom as coisas mundanas, sem renunciar ao ego e sem mortificar o pecado2 e que a outraconsidere a sua fortuna como um talento dado a ela por Deus, que deve ser melhoradoreligiosamente, e que não deve viver mais de modo vão.(ara o que voc+ deve olhar, para encontrar uma pessoa religiosa diferindo, desta forma,de uma outra que não o sea2 -, ainda, se elas não diferem nessas coisas que estão aquirelacionadas, pode ser afirmado em qualquer sentido, que um é um bom cristão, e o outronão2&gora, ter noç$es e procedimentos corretos em relação a este mundo, é tão essencial paraa religião, como ter noç$es corretas a respeito de Deus. - assim como é possível que umhomem adore um crocodilo, e ainda ser um homem piedoso, a ponto de ter seus afetosdefinidos por este mundo, e ainda ser considerado um bom cristão. #o entanto, se o

cristianismo não tem mudou a mente e o temperamento de um homem com relação aessas coisas, o que podemos dizer que ele tem feito por ele2(orque, se as doutrinas do 4ristianismo fossem praticadas, eles iriam fazer um homem tãodiferente das outras pessoas como de todos os que são de disposiç$es mundanas, e quevivem em prazeres sensuais, e na soberba da vida, como um homem s)bio é diferente deum natural% seria algo muito f)cil conhecer um cristão por seu modo de vida, como agoraé tão difícil de encontrar alguém que viva assim. (ois é notório, que os cristãos são agoranão apenas como os outros homens em suas fraquezas, isso pode ser em algum graudesculp)vel, mas a quei'a é, que eles são como pagãos em todas parte principais de suasvidas. -les gostam do mundo, e vivem cada dia nas mesmas disposiç$es, nos mesmosproetos, e indulg+ncias, como fazem aqueles que não conhecem a Deus, nem esperamqualquer felicidade em outra vida.odos que são capazes de alguma refle'ão, devem ter observado, que este é geralmente o

estado mesmo de pessoas devotas, seam homens ou mulheres. /oc+ pode v+=los comosendo diferentes das outras pessoas, quanto aos momentos e lugares de oração, mas,

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geralmente, vivem como o resto do mundo, em todas as outras partes das suas vidas. 5usea, com a adição de devoção cristã a uma vida pagã. -u tenho a autoridade de nossobendito "alvador pela sua observação, na qual ele diz3 #ão andeis ansiosos, se referindoao que devemos comer, beber, ou vestir. (orque os gentios procuram todas estas coisas.as se estar preocupado até mesmo com as coisas necess)rias ! vida, mostra que aindanão somos de um espírito cristão, mas somos como os pagãos, certamente desfrutar da

vaidade e loucura do mundo como eles fizeram, como sendo os princípios governantes denossas vidas, em amor ao ego e indulg+ncia, em prazeres sensuais e divers$es vãs, ou emquaisquer outras distinç$es mundanas, é um sinal muito grande de termos uma disposiçãopagã. -, conseq>entemente, aqueles que adicionam a devoção a uma vida assim, deve serdito deles que oram como cristãos, mas vivem como pagãos.

Uma Chamada Séria a Uma Vida Santa e Devota " Cap II

William a!

radução e adaptação feitas pelo (r "ilvio Dutra, do segundo capitulo do livro de ?illiam@aA, em domínio público, intitulado Bma 4hamada "éria a Bma /ida "anta e Devota.?illiam @aA, foi professor e mentor por v)rios anos de 1ohn e 4harles ?esleC, eogre?hitefield : principais atores do grande avivamento do século E/000, que se espalhou portodo o mundo = 9enrC /enn, homas "cott e homas &dam, entre outros, que foramprofundamente afetados por sua vida devotada, e sobretudo pelo conteúdo deste livro.

Bma inquirição sobre a traição = por que geralmente os cristãos se afastam tão longe da"antidade e Devoção do 4ristianismo.

0sto pode ser razoavelmente indagado, como isto pode suceder ainda que ao melhor tipo

de pessoas, que são, assim, tão estranhamente contr)rias aos princípios do cristianismo2as antes de dar uma resposta direta a isso, eu deseo que isto também sea inquirido3como isto pode ser um vício tão comum entre os cristãos2 0sto é de fato ainda não tãocomum assim entre as mulheres, pois é entre os homens. -ntre os homens esse pecado étão comum, que talvez haa mais de dois em cada tr+s que são culpados do mesmo aolongo do curso de suas vidas, e com outros só de vez em quando como se fosse poracaso. &gora, eu pergunto como isto sucede, que dois em cada tr+s homens seamculpados de tão grosseiro e profano pecado2 #ão é nem a ignor*ncia, nem a fraquezahumana que conduzem a isto3 isto é contra um mandamento e'presso, e contra o maisclaro ensino de nosso bendito "alvador.0sto comprova que a maior parte das pessoas vivem de modo contr)rio ao cristianismo.&gora, a razão comum deste procedimento é esta3 isso ocorre porque os homens não t+ma intenção de agradar a Deus em todas as suas aç$es. Dei'e que um homem tenha tantapiedade quanto a intenção de agradar a Deus em todas as aç$es de sua vida, como sendo

a mais feliz e melhor coisa no mundo, e então ele nunca mais apostatar), ser) impossívelpara ele apostatar, enquanto sentir essa intenção em seu interior, uma vez que éimpossível para um homem que tem a intenção de agradar o seu príncipe, elevar=se eabusar=lhe na face.0sto lhe parece, senão uma pequena e necess)ria parte da piedade, ter tal intençãosincera como esta% e que ele não tem motivos para olhar a si mesmo como um discípulode 4risto, que não sea avançado em piedade. -, no entanto, é puramente por falta destegrau de piedade, que voc+ v+ essa mistura de pecado e insensatez mesmo nas vidas domelhor tipo de pessoas. 7 por falta dessa intenção, que voc+ v+ homens que professam areligião, mas vivem em apostasia e sensualidade% que voc+ v+ clérigos dados ao orgulho e! cobiça, e aos prazeres mundanos. 7 por falta dessa intenção, que voc+ v+ as mulheresque professam devoção, ainda vivendo na insensatez da vaidade de vestir, desperdiçandoseu tempo na ociosidade e em prazeres. as dei'e uma mulher sentir seu coração cheio

desta intenção, e ela vai achar que é tão impossível dei'ar de retocar a maquiagem,quanto amaldiçoar ou perurar, ela não ter) mais o deseo de brilhar nos bailes e na

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instruç$es, que se relacionam aos homens ricos, uma lei para si mesmo no uso de suapropriedade.-ste princípio o transportar) infalivelmente para o topo do coro celestial, e lhe tornar)incapaz de se afastar deste procedimento.-u escolhi e'plicar este assunto, apelando para esta intenção, porque torna o caso muitoclaro, e porque todo mundo que for razo)vel, pode v+=lo numa luz mais clara, e senti=lo

de maneira mais forte, só de olhar para o seu próprio coração. (orque é muito f)cil paratodas as pessoas saberem, se elas t+m a intenção de agradar a Deus em todas as suasaç$es, como qualquer servo pode saber, se é esta a sua intenção para com o seu mestre.odo mundo também pode facilmente dizer como ele aplica o seu dinheiro3 se eleconsidera como agradar a Deus nisto.&qui, pois, devemos ulgar a nós mesmos sinceramente% não vamos nos contentar com asfraquezas comuns da nossa vida, a vaidade de nossas despesas, a insensatez de nossosentretenimentos, o orgulho de nossos h)bitos, a ociosidade de nossas vidas, e odesperdício de nosso tempo, imaginando que estas são as imperfeiç$es que nos levam acair em fraqueza inevit)vel e fragilidade da nossa natureza% mas teremos a certeza, queesses distúrbios da nossa vida comum são devido a isso, que não temos tantocristianismo, como a intenção de agradar a Deus em todas as aç$es de nossa vida, comoa melhor e mais feliz coisa no mundo.- se alguém perguntasse a si mesmo, como é possível que ele despreze alguns graus desobriedade, quaisquer pr)ticas de humildade que ele necessita, quaisquer métodos decaridade que ele não segue, as regras de uso do tempo que ele não redime, o seu própriocoração lhe dir) que é porque ele nunca tencionou ser assim tão e'ato nesses deveres.-sta doutrina não sup$e, que não temos necessidade da graça divina, ou que est) emnosso próprio poder nos fazer perfeitos. -la somente sup$e, que, pela falta de umasincera intenção de agradar a Deus em todas as nossas aç$es, nós caímos em taisirregularidades da vida, como pelos uso dos meios ordin)rios da graça, nós teremos opoder evit)=las.0sto somente nos ensina que a razão pela qual voc+ não v+ nenhuma mortificação, ouauto=negação, ou nenhuma caridade eminente, nem humildade profunda, nenhumaafeição celestial, nenhum verdadeiro desprezo do mundo, nenhuma mansidão cristã,nenhum zelo sincero, nem piedade eminente nas vidas comuns dos cristãos, isto é porqueeles não tencionam ser e'atos e e'emplares nessas virtudes.

Uma Chamada Séria a Uma Vida Santa e Devota " Cap III

William a!

radução e adaptação feitas pelo (r "ilvio Dutra, do terceiro capitulo do livro de ?illiam@aA, em domínio público, intitulado Bma 4hamada "éria a Bma /ida "anta e Devota.?illiam @aA, foi professor e mentor por v)rios anos de 1ohn e 4harles ?esleC, eogre?hitefield : principais atores do grande avivamento do século E/000, que se espalhou portodo o mundo = 9enrC /enn, homas "cott e homas &dam, entre outros, que foram

profundamente afetados por sua vida consagrada a Deus, e sobretudo pelo conteúdodeste livro.

Do grande erro e insensatez, de não tencionarmos ser mais eminentes e e'emplaresquanto possamos, na pr)tica de todas as virtudes cristãs.

&pesar de a bondade de Deus e as suas ricas misericórdias em 4risto 1esus, serem umagarantia suficiente para nós, que ele ser) misericordioso para com as nossas inevit)veisfraquezas e enfermidades, quando estas são causadas por ignor*ncia ou por algoinesperado, no entanto, não temos nenhuma razão para esperar a mesma misericórdiapara com aqueles pecados nos quais temos vivido, por falta de intenção de evit)=los.(or e'emplo, o caso de um blasfemo, que morre nessa culpa, parece não ter direito !misericórdia divina, porque ele não pode mais alegar qualquer fraqueza ou enfermidadecomo desculpa, do que o homem que escondeu o seu talento na terra, poderia sedesculpar por sua falta de força para mant+=lo fora da terra.as agora, se isto é o raciocínio certo, no caso de um blasfemo, que seu pecado não é

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para ser contado como uma fraqueza perdo)vel, porque ele não tem como desculpar talfraqueza, por que então não levar esta forma de raciocínio para sua verdadeira dimensão2(or que não temos condenado tanto todos os outros erros da vida, para os quais nãotemos desculpas como no caso da blasf+mia2(orque, se isto é uma coisa ruim, que pode ser evitada, se tivermos uma sincera intençãoem faz+=lo, não devem, então, todos os demais modos de vida serem considerados

culpados, se vivermos neles, não por meio de fraqueza e inabilidade, mas porque nuncasinceramente tencionamos evit)=los2(or e'emplo, voc+ talvez não tenha feito nenhum progresso nas mais importantes virtudescristãs, por ter parado no meio do caminho em humildade e caridade, agora se o seufracasso nessas tarefas é puramente devido ! sua falta de intenção de realiz)=las emqualquer grau verdadeiro, voc+ não est) tanto sem desculpa quanto o blasfemo2(or que, então, voc+ não inculca essas coisas em sua consci+ncia2 (or que não pensanisso como sendo perigoso para voc+ viver em tais defeitos, assim como est) em seupoder evit)=los, tanto quanto é perigoso para um blasfemo viver na violação desse dever,que est) em seu poder observar2 #ão é a neglig+ncia, e a falta de uma intenção sinceraem agradar a Deus, tão conden)vel em um caso, como no outro2/oc+, pode estar, tão longe da perfeição cristã, como o blasfemo em relação a guardar oterceiro mandamento% voc+ não est), portanto, tão condenado pelas doutrinas do-vangelho, quanto o blasfemo pelo terceiro mandamento2/oc+ talvez dir) que todas as pessoas ficam aquém da perfeição do -vangelho, e,portanto, voc+ est) satisfeito com as suas falhas. as isso não responde ao propósito.(orque a questão não é se a perfeição do -vangelho pode ser plenamente alcançada, masse voc+ procura se apro'imar dela, com uma intenção sincera, e intelig+ncia cuidadosapara faz+=lo."e voc+ est) fazendo progresso na vida cristã, tanto quanto os seus melhores esforçospossam lhe permitir, então voc+ pode ustamente esperar, que as suas imperfeiç$es nãoserão lançadas em sua conta, mas se os seus defeitos em piedade, humildade e caridade,são devidos ! sua neglig+ncia, e falta de intenção sincera, para ser mais eminente quantopossa nestas virtudes, então voc+ se acha sem desculpa, como aquele que vive no pecadode blasf+mia, por causa da falta de uma intenção sincera de se afastar dele.& salvação de nossas almas é apresentada nas -scrituras como uma coisa difícil, que e'igetoda a dilig+ncia, que deve ser trabalhada com temor e tremor.

#os é dito que a porta é estreita, e apertado o caminho que leva ! vida, e poucos h) quea encontrem. Gue muitos são chamados, mas poucos escolhidos. - que muitos nãoacharão a salvação por não se esforçarem para entrar pela porta estreita.&qui nosso bendito "enhor nos ordena a nos esforçarmos para entrar, porque muitos irãofalhar, porque somente procuram entrar mas não se esforçam para entrar. (or que nóssomos claramente ensinados que a religião é um estado de trabalho e esforço, e quemuitos não se salvarão porque eles não se esforçam e se importam o suficiente, poissomente procuram, mas não se esforçam para entrar.4ada cristão, portanto, deve também analisar a sua vida por estas doutrinas, como pelosandamentos. (orque estas doutrinas são as marcas claras de nossa condição, assimcomo os mandamentos são as marcas claras do nosso dever.(orque, se a salvação somente é dada para aqueles que se esforçam para isso, então érazo)vel considerar, se o meu curso de vida é um curso de luta para obt+=la, comoconsiderar se eu tenho guardado qualquer um dos mandamentos.

"e a minha religião é apenas um cumprimento formal daqueles modos de adoração, queestão na moda onde eu moro, se ela não me custa dores e tribulaç$es, se ela não mecoloca sob regras e restriç$es, se não tenho pensamentos cuidadosos e refle'$es sóbriassobre isto, não é grande fraqueza pensar que eu estou lutando para entrar pela portaestreita2"e eu estou procurando tudo o que pode agradar os meus sentidos, e os meus apetites%gastar meu tempo e dinheiro em prazeres, em divers$es e alegrias mundanas, e ser umestranho para vigílias, euns, oraç$es e mortificaç$es do pecado, como pode ser dito queeu estou trabalhando a minha salvação com temor e tremor2"e não h) nada na minha vida e conversação, que me mostre ser diferente dos pagãos, seeu uso o mundo, e os prazeres mundanos, como a maioria das pessoas fazem agora, et+m feito em todas as épocas, por que eu deveria pensar que eu estou entre aquelespoucos, que estão andando no caminho estreito para o céu2

-, ainda, se o caminho é estreito, se ninguém pode andar por ele, mas aqueles que seesforçam, não é assim necess)rio para mim considerar, se o caminho em que eu estou é

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estreito o suficiente2& soma desta questão é a seguinte3 & partir do mencionado acima, e muitas outraspassagens das -scrituras, parece claro, que a nossa salvação depende da sinceridade e daperfeição de nossos esforços para ser obtida e mantida. 8& salvação é de fato obtidasomente pela graça, mediante a fé, e não por nossas boas obras, mas é por um efetivoe'ercício na piedade que mantemos o nosso estado equivalente ao de todos aqueles que

estão vivendo na condição que corresponde !s características dos que estão desfrutandoas virtudes do reino dos céus : nota do tradutor.;9omens fracos e imperfeitos podem, apesar de suas fraquezas e defeitos, seremconsiderados, como tendo agradado a Deus, se eles t+m feito o m)'imo para agrad)=lo.87 reputado como tendo um coração puro neste mundo todos aqueles que se esforçamsinceramente em viver do modo que é ordenado por Deus nas -scrituras, porque estes,quando falham são cobertos por suas misericórdias e perdão : se confessarmos edei'armos nos nossos pecados então o "enhor nos acolher) em comunhão com ele, masse não andamos na luz não podemos ter tal comunhão com Deus e com os demais crentesque andam na luz : nota do tradutor;.&s recompensas de caridade, piedade e humildade, serão dadas !queles, cuas vidas t+mtido um trabalho cuidadoso de e'ercer as virtudes num tão alto grau quanto possam.#ão podemos oferecer a Deus o serviço dos &nos, não podemos lhe obedecer como ohomem em um estado de perfeição poderia faz+=lo, mas os homens caídos podem fazer oseu melhor, e esta é a perfeição que se e'ige de nós% é apenas a perfeição dos nossosmelhores esforços, um trabalho cuidadoso para ser o mais perfeito possível.as se pararmos aquém disto, por qualquer coisa que nós conhecemos, nós nos e'cluímosda misericórdia de Deus, e nada temos para pleitear nos termos do evangelho. (orqueDeus não fez nenhuma promessa de misericórdia para o preguiçoso e negligente. "uamisericórdia é apenas oferecida para as nossas fraquezas e imperfeiç$es, caso nosesforçamos para praticar todos os tipos de ustiça.& medida do nosso amor a Deus, na ustiça parece ser a medida de nosso amor por todasas virtudes. Devemos am)=las e pratic)=las com todo o nosso coração, com toda a alma,com toda a nossa mente, e com toda a nossa força. - quando dei'amos de viver com essaobserv*ncia ! virtude, vivemos abai'o da nossa nova natureza, e em vez de sermoscapazes de pleitear o perdão de nossas fraquezas, ficamos sueitos ! cobrança da nossaneglig+ncia.

7 por esta razão que somos e'ortados a trabalhar a nossa salvação com temor e tremor%porque a menos que o nosso coração e pai'$es esteam ansiosamente inclinados para aobra da nossa salvação, a não ser que em nossos temores seamos animados por nossosesforços, e guardemos nossas consci+ncias estritas e ternas sobre cada parte de nossodever, constantemente e'aminando o modo como vivemos, h) toda uma probabilidade decairmos num estado de neglig+ncia, e nos acomodarmos em tal curso de vida, o qualnunca nos conduzir) !s recompensas do céu.- aquele que considera, que um Deus usto só pode fazer tais e'ig+ncias como sendoadequadas ! sua ustiça, que todas as nossas obras devem ser e'aminadas por um fogosanto, achar) o temor e o tremor que são apropriados para aqueles que estão perto deum tão grande ulgamento.-, de fato, não h) probabilidade de que alguém possa fazer todo o dever que se esperadele, ou faça progresso na piedade, na santidade e ustiça que Deus requer dele, senãoaquele que est) constantemente com temor de ficar aquém disso.

&gora, não se pretende com isso, manter as mentes das pessoas com uma ansiedadeescrupulosa, e descontentamento no serviço de Deus, mas para ench+=los apenas com umtemor de viverem em preguiça e ócio, e na neglig+ncia de tais virtudes, pois eles irãofaltar no dia do 1uízo.0sto é para estimul)=los a um e'ame sincero de suas vidas, para tal zelo, cuidado, epreocupação com a perfeição cristã, como eles usam em qualquer assunto que ganhouseu coração e afeiç$es. 8#osso "enhor ordenou que devemos ser perfeitos assim como o(ai é perfeito : nota do tradutor;0sto é apenas por desear que eles seam tão apreensivos quanto ao seu estado, sendohumildes na opinião de si mesmos, de modo sincero, tencionando atingir maiores graus depiedade, e assim virem a temer ficarem aquém da bem=aventurança, como o grandeapóstolo (aulo, quando assim escreveu aos filipenses3 HFil I.JK #ão que eu o tenha ) recebido ou tenha ) obtido a perfeição% mas prossigo para

conquistar aquilo para o que também fui conquistado por 4risto 1esus.Flp I3JI 0rmãos, quanto a mim, não ulgo hav+=lo alcançado% mas uma coisa faço3

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esquecendo=me das coisas que para tr)s ficam e avançando para as que diante de mimestão,Flp I3JL prossigo para o alvo, para o pr+mio da soberana vocação de Deus em 4risto1esus.Flp I3JM odos, pois, que somos perfeitos, tenhamos este sentimento% e, se, porventura,pensais doutro modo, também isto Deus vos esclarecer).N

as agora, se o apóstolo considerou isto necess)rio para aqueles que estavam em seuestado de perfeição, a serem assim, de mente, isto é, aspirando por maiores graus desantidade, aos quais eles não haviam ainda chegado, com certeza é muito mais necess)riopara nós, que nascemos nos fins do tempo, e que trabalhamos sob grandes imperfeiç$es,que nos esforcemos para atingir esses graus de uma vida santa e divina, que ainda nãotenhamos alcançado.& melhor maneira para que alguém saiba, o quanto ele deve aspirar pela santidade, éconsiderar, não o quanto ela vai tornar a sua vida presente f)cil, mas indagar a si mesmo,o quanto ela vai tornar f)cil, a hora da morte.&gora, qualquer homem que ousar ser tão sério, a ponto de colocar esta questão para simesmo, ser) forçado a responder, que no momento da morte, todo mundo desear) quetivesse sido tão perfeito quanto pudesse ser.#ão é isto, portanto, suficiente, para nos fazer não somente deseosos, mas tambémtrabalhar para a perfeição, de cua falta lamentaremos2 #ão é e'cessivamente insensato,se contentar com tal curso de piedade, do qual ) sabemos que não podemos noscontentar com ele, no momento em que necessitaremos dele, nada mais tendo para nosconsolar2 4omo podemos trazer uma condenação mais severa contra nós mesmos, do quecrer, que na hora da morte, nós teremos para nos assistir as virtudes dos "antos, edaqueles que foram servos de Deus, antes de nós, e ainda assim não nos empenharmospara chegarmos ao auge da piedade deles, enquanto estamos vivos2-mbora sea um absurdo que podemos facilmente passar isto por alto no presente,enquanto a saúde de nossos corpos, as pai'$es de nossas mentes, o barulho, a pressa, eprazeres, e os negócios do mundo, nos levam a ter olhos que não veem, e ouvidos quenão ouvem, no momento mesmo da morte, isto ser) fi'ado diante de nós numamagnitude terrível, e ir) nos assombrar como um fantasma santo, e nossa consci+ncianunca permitir) que desviemos os nossos olhos dele.Guando consideramos a morte como uma desgraça, somente pensamos na mesma como

uma separação miser)vel dos prazeres desta vida. #ós raramente choramos por umhomem velho que morre rico, mas lamentamos a perda dos ovens, que são levadosquando progrediam em fazer fortuna.-sta é a sabedoria de nossos principais pensamentos. - que loucura das crianças maistolas é tão grande como esta2(orque o que h) de miser)vel ou terrível na morte, senão a consequ+ncia da mesma2Guando um homem est) morto, o que pode qualquer coisa significar para ele, senão oestado no qual ele se encontra então2"e eu estou indo agora para a alegria de Deus, poderia haver qualquer razão paralamentar, que isso aconteceu comigo antes que eu tivesse atingido quarenta anos deidade2 (oderia ser uma coisa triste ir para o céu, antes que eu tivesse mais algumaspechinchas2- se eu fosse contado entre os espíritos perdidos, poderia haver alguma razão para estarcontente, que isso não aconteceu comigo até que estivesse velho e cheio de riquezas2

"e os bons anos estavam prontos para receberem a minha alma, poderia ser qualquertristeza para mim, que eu estava morrendo em cima de uma cama de pobre num sótão2- se Deus me entregou para os maus espíritos, para ser arrastado por eles para locais detormentos, poderia haver qualquer conforto para mim, que eles me encontraram em cimade uma cama de ouro2Guando voc+ est) tão perto da morte como eu estou, voc+ sabe, que todos os diferentesestados da vida, sea da uventude ou da idade avançada, da riqueza ou da pobreza, dagrandeza ou pequenez, nada mais significam para voc+, do que se voc+ morresse em umapartamento pobre, ou imponente.& grandeza das coisas que seguem a morte, faz tudo o que veio antes se afundar emnada.&gora este ulgamento é a pró'ima coisa que eu procuro, e sempre que a felicidadeúltima, ou miséria é chegada tão perto de mim, todas as alegrias e prosperidades da vida

parecem tão vazias e insignificantes, e nada mais t+m a ver com a minha felicidade, doque as roupas que eu usava antes que eu pudesse falar.

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as, meus amigos, como estou surpreso, que eu nem sempre tenho tido essespensamentos2 (orque o que h) nos terrores da morte, nas vaidades da vida, ou nasnecessidades da piedade, senão o que eu posso ter f)cil e totalmente visto em qualquerparte da minha vida2Gue coisa estranha é, que um pouco de saúde, ou os pobres negócios de uma loa,deveriam nos manter tão insensíveis destas grandes coisas, que estão vindo rapidamente

sobre nósOP meus amigosO bendigam a Deus por voc+s não serem desse número, que voc+s tenhamtempo e força para se empenharem em tais obras de piedade, que possam lhes trazer pazno final.- guarde isso com voc+, que não h) nada além de uma vida de grande piedade, ou umamorte de grande estupidez, que possa mant+=lo fora destas apreens$es.#os negócios desta vida terrena eu usei de prud+ncia e refle'ão. -u tenho feito tudo porregras e métodos. -u tenho tido prazer em conversar com os homens de e'peri+ncia e ulgamento, para encontrar as raz$es pelas quais alguns fracassam, e outros t+m sucessoem qualquer negócio. -u não dei nenhum passo no comércio, senão com muito cuidado eprud+ncia, considerando todas as vantagens ou os perigos envolvidos.-u sempre tive meu olho sobre o fim principal do negócio, e estudava todas as formas emeios para ser um ganhador em tudo que empreendi.as qual é a razão de não ter trazido nenhuma destas disposiç$es para a religião2 Gual éa razão que eu, que tenho até muitas vezes falado da necessidade de regras e métodos, edilig+ncia nos negócios do mundo, nunca tenha pensado em todo esse tempo emquaisquer regras ou métodos, ou ger+ncias, para me conduzirem numa vida de (iedade2/oc+ acha que qualquer coisa pode surpreender e confundir um homem como este nahora da morte2 Gue dor que voc+ acha que um homem deve sentir, quando suaconsci+ncia coloca toda essa insensatez em sua conta, quando deveria ter se mostradoregular, e'ato, e s)bio, como tem sido em pequenas coisas, que ) passaram como umsonho, e quão estúpida e insensivelmente ele tem vivido, sem refle'ão, sem quaisquerregras, em coisas relativas ! eternidade, como nenhum coração pode suficientementeconceb+=las2"e eu tivesse apenas minhas fragilidades e imperfeiç$es para lamentar neste momento damorte, eu deveria estar aqui humildemente confiando na misericórdia de Deus. as,infelizmenteO 4omo posso chamar um desrespeito geral, e uma completa neglig+ncia de

toda melhoria religiosa, de fragilidade ou imperfeição% quando estivera ao m)'imo ao meualcance ter sido e'ato, prudente, e diligente num curso de piedade, como fui no negóciodo meu comércio.-u poderia ter procurado auda, ter praticado o maior número de regras, e ser ensinadoem tantos métodos corretos para uma vida santa, como fiz para prosperar em meunegócio do mundo, mas eu não pretendi e deseei isso.5h meus amigosO uma vida descuidada, despreocupada e desatenta aos deveres dareligião, é tão sem qualquer desculpa, tão indigna da misericórdia de Deus, como umavergonha para o sentido e a razão de nossas mentes, que mal posso conceber umapunição maior, do que um homem ser lançado no estado em que eu estou, para refletirsobre ele.Bm penitente estava partindo aqui, mas tinha a boca paralisada por uma convulsão, quenão permitiu que nada mais falasse. -le convulsionou por cerca de doze horas, e, emseguida, entregou o espírito.

&gora, se cada leitor, imaginasse este penitente tendo algum conhecimento específico emrelação ! sua condição, e imaginasse que ele viu e ouviu tudo o que est) aqui descrito,que estivera unto da sua cabeceira, quando seu pobre amigo estava em tal aflição eagonia, lamentando a insensatez de sua vida passada, iria, com toda a probabilidade,ensinar=lhe tal sabedoria como nunca estivera antes em seu coração. "e para isso, eleconsiderasse quantas vezes ele próprio pode ter sido surpreendido no mesmo estado deneglig+ncia, e feito um e'emplo para o resto do mundo, esta refle'ão dupla, tanto sobre osofrimento de seu amigo, e da bondade de Deus que, lhes tinha preservado disto, teria,muito provavelmente amolecido seu coração em santas disposiç$es, e teria transformadoo restante de sua vida em um curso regular de piedade.0sto, portanto, sendo tão útil para a meditação, vou dei'ar o leitor aqui, como espero,seriamente engaado na mesma.

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ma Chamada Séria a Uma Vida Santa e Devota " Cap IV

William a!

radução e adaptação feitas pelo (r "ilvio Dutra, do quarto capitulo do livro de ?illiam@aA, em domínio público, intitulado Bma 4hamada "éria a Bma /ida "anta e Devota.?illiam @aA, foi professor e mentor por v)rios anos de 1ohn e 4harles ?esleC, eogre?hitefield : principais atores do grande avivamento do século E/000, que se espalhou portodo o mundo = 9enrC /enn, homas "cott e homas &dam, entre outros, que foramprofundamente afetados por sua vida consagrada a Deus, e sobretudo pelo conteúdodeste livro.

#ós não podemos agradar a Deus em nenhum estado ou empenho de vida, senão porintenção e devoção de tudo fazer para sua honra e glória.

endo declarado no primeiro capítulo a natureza geral da devoção, e mostrado, que nãoimplica qualquer forma de oração, mas uma certa forma de vida, que é oferecida a Deus,não em quaisquer momentos ou lugares determinados, mas onde e em tudo que eu voudescer agora descer a alguns detalhes, e mostrar como devemos dedicar nosso labor,

emprego, tempo e dinheiro para Deus.4omo um bom cristão deveria considerar todos os lugares como santos, por serpropriedade de Deus, então ele deve olhar para cada parte de sua vida como uma questãode santidade, porque é para ser oferecida a Deus.& profissão de um clérigo, é uma profissão sagrada, porque é um ministério em coisassagradas, para atender ao altar.as o negócio do mundo deve ser feito santo ao "enhor, por ser feito como um serviçopara ele, e em conformidade com a sua vontade divina.(orque, assim como todos os homens e todas as coisas do mundo, pertencem de fato aDeus, como quaisquer lugares, coisas ou pessoas que se dedicam ao serviço divino, assimtodas as coisas são para serem usadas, e todas as pessoas são para atuarem em seusdiversos estados e empregos para a glória de Deus.5s homens de negócios do mundo, portanto, não devem olhar para si como tendoliberdade de viver para si mesmos, porque o seu trabalho é de uma natureza mundana.

as deve=se considerar que, assim como o mundo e todas as profiss$es do mundo,pertencem a Deus, assim pessoas e coisas que são dedicados ao altar, e por isso é tanto odever dos homens em negócios do mundo viver totalmente para Deus, como é o deverdaqueles que se dedicam ao serviço divino.&ssim o mundo inteiro é de Deus, de modo que o mundo inteiro deve agir para Deus.&ssim todos os homens t+m a mesma relação com Deus, como todos os homens t+mtodos os seus poderes e faculdades de Deus, assim todos os homens são obrigados a agirpara Deus, com todos os seus poderes e faculdades, e todos serão ulgados pelo uso quedeles fizerem.&ssim todas as coisas são de Deus, de modo que todas as coisas devem ser utilizadas econsideradas como pertencentes a Deus. (orque abusarem os homens das coisas na terra,e viverem para si próprios, é a mesma rebelião contra Deus, como os anos abusaram dascoisas no céu, porque Deus é o mesmo "enhor de todos na terra, como ele é o "enhor de

todos no céu.&s coisas podem, e devem diferir no seu uso, mas ainda assim elas todas devem serusadas de acordo com a vontade de Deus.5s homens podem , e devem diferir em seus empregos, mas ainda assim todos elesdevem agir para os mesmos fins, como servos obedientes de Deus, no desempenhocorreto e piedoso de seus diversos chamados.5s clérigos devem viver totalmente para Deus, de uma forma particular, isto é, noe'ercício de cargos santos, no ministério da oração e da (alavra, e na ministração zelosade boas obras espirituais.as os homens de outros empregos, estão também em suas maneiras particularesobrigados a agir como servos de Deus, e viverem totalmente para ele em seus diversoschamados.-sta é a única diferença entre clérigos e pessoas de outros chamados.Guando isto puder ser visto, que os homens possam ser vaidosos, avarentos, sensuais,

mundanos, ou orgulhosos, no e'ercício de seus negócios do mundo, então ser) permitidoaos clérigos serem também indulgentes com o mesmo comportamento em sua profissão

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sagrada. (orque embora esse comportamento sea mais odioso e criminoso em clérigos,que além do seu voto batismal, t+m se dedicado uma segunda vez a Deus, para seremseus servos, e não nos serviços comuns da vida humana, mas no serviço espiritual damaioria das coisas sagradas e santas, e que são, portanto, para manterem os mesmoscomo separados e diferentes da vida comum de outros homens, ainda que todos oscristãos são, por seu batismo dedicados a Deus, e professores de santidade, de modo que

são todos eles chamados a viverem como pessoas santas% fazendo tudo na sua vidacomum apenas em tal forma, para que isto possa ser recebido por Deus, como um serviçofeito a ele. (orque as coisas espirituais e temporais, sagradas e comuns, devem, tantopara homens quanto para anos, tanto para o céu e para a terra, serem todas para alória de Deus.4omo h) um só Deus e (ai de todos, cua lória d) luz e vida a tudo o que vive, cuapresença preenche todos os lugares, cuo poder suporta todos os seres, cua provid+nciadomina todos os acontecimentos, por isso tudo o que vive, sea no céu ou na terra, seamtronos ou principados, homens ou anos, devem todos com um só espírito, vivertotalmente para o louvor e glória deste único Deus e (ai de todos. &nos como anos, emsuas ministraç$es celestes, mas os homens como homens, as mulheres como mulheres,pastores como pastores, di)conos como di)conos% alguns com as coisas espirituais, ealguns com coisas temporais, oferecendo a Deus o sacrifício di)rio de uma vida sensata,com aç$es s)bias, em coraç$es purificados, e com afetos santos.-ste é o negócio comum de todas as pessoas neste mundo. 0sto é não dei'ar que todas asmulheres do mundo gastem seu tempo nas loucuras e impertin+ncias de uma vidamoderna, nem a quaisquer homens se entregarem a preocupaç$es mundanas. 0sto é nãodei'ar os ricos satisfazerem as suas pai'$es nas indulg+ncias e na soberba da vida, nemquanto aos pobres, para maltratar e atormentar seus coraç$es com a pobreza de seuestado, mas homens e mulheres, ricos e pobres, devem, com os pastores e di)conos,andarem diante de Deus no mesmo espírito s)bio e santo, na mesma negação de todos ostemperamentos vãos, e na mesma disciplina e cuidado das almas, não somente porquetodos eles t+m a mesma natureza racional, e são servos do mesmo Deus, mas porquenecessitam da mesma santidade, para lhes fazer aptos para a mesma felicidade, a quetodos são chamados.(or isso, é absolutamente necess)rio para todos os cristãos, quer homens ou mulheres, seconsiderarem como pessoas que são dedicadas ! santidade, e assim ordenarem suas

formas comuns de vida, por tais regras da razão e piedade, e assim possam transformaristo em contínuo serviço ao Deus odo=(oderoso.&gora, para fazer o nosso trabalho, ou empenho, um serviço aceit)vel a Deus, devemosconduzi=lo com o mesmo espírito e disposição, que são necess)rios para a doação deesmolas, ou qualquer obra de piedade, porque, quer comamos ou bebamos, ou façamosqualquer outra coisa, devemos fazer tudo para a glória de Deus, se quisermos usar estemundo como se não us)ssemos% se quisermos apresentar os nossos corpos em sacrifíciovivo, santo e agrad)vel a Deus% se formos viver pela fé, e não por vista, e ter umaconversação santa, então é necess)rio, que a maneira comum de nossa vida em todos osestados, sea para glorificar a Deus. (orque, se nós somos de mente mundana em nossosempenhos, se eles forem realizados com deseos vãos, e avareza, apenas para nossatisfazer, não pode ser dito de nós que vivemos para a glória de Deus, mais do que osglut$es e b+bados podem dizer, que comem e bebem para a glória de Deus.4omo a glória de Deus é uma e a mesma coisa, assim o que nós fazemos para ele, deve

ser feito com um e o mesmo espírito.-sse mesmo estado e temperamento de espírito, que torna nossa esmola e devoç$esaceit)veis, deve também fazer o nosso trabalho, ou empenhos, uma oferta adequada paraDeus.& maior parte dos empregos da vida são em sua própria natureza lícitos, e todos aquelesque são assim, podem ser feitos uma parte substancial do nosso dever para com Deus, senos engaarmos neles somente para os fins apropriados para aqueles que devem viveracima do mundo, por todo o tempo que viverem nele. -sta é a única medida da nossaaplicação em qualquer negócio mundano, sea ele qual for, ou onde for, ele não deve termais de nossas mãos, de nossos coraç$es, ou do nosso tempo, do que sea consistentecom uma fervorosa preparação di)ria, cuidadosa de nós mesmos para uma outra vida.(orque, assim como todos os cristãos, como tais, t+m renunciado a este mundo, paraprepar)=los por devoção diariamente, e santidade universal, para um eterno estado de

outra natureza, eles devem olhar para os empenhos mundanos, como para necessidadesmundanas, e enfermidades físicas% coisas não dese)veis, mas apenas para serem

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suportadas e sofridas, até que a morte e a ressurreição no conduzam a um estado eternode real felicidade.5ra, daquele que não olha para as coisas desta vida neste grau de pequenez, não podeser dito quer sinta ou creia nas maiores verdades do cristianismo. (orque, se ele pensaque qualquer coisa é grande ou importante nos negócios humanos, não pode ser dito dele,que sinta ou creia naquelas -scrituras que representam esta vida, e as melhores coisas da

vida, como bolhas, vapores, sonhos e sombras."e ele pensa que fama e glória mundana, são adequadas para a felicidade de um cristão,como pode ser dito dele que creia nesta doutrina3 H<em=aventurados sereis quando oshomens vos odiarem, e quando vos e'pulsarem da sua companhia, e vos inuriarem, ereeitarem o vosso nome como mau por causa do Filho do 9omem.N2 (orque, certamente,se houvesse qualquer verdadeira felicidade na fama e glória mundana, se estas coisasmerecessem nossos pensamentos e cuidado, não poderia ser assunto da mais alta alegria,quando somos arrancados deles por perseguiç$es e sofrimentos2 "e, portanto, um homemvai viver assim, como pode ser visto que ele cr+ nas doutrinas fundamentais docristianismo, de que ele deve viver acima do mundo25 lavrador que lavra a terra, é empregado em um negócio honesto, o qual é necess)rio !vida, e muito capaz de ser feito um serviço agrad)vel a Deus./is$es orgulhosas e deseos vãos, em nossas atividades seculares, são tão verdadeirosvícios e corrupç$es, quanto a hipocrisia na oração, ou orgulho nas esmolas.&quele que trabalha e serve a um chamado, para que possa ser visto pelo mundo, edeslumbrar o olhar das pessoas com o esplendor de sua condição, est) tão longe dahumildade de um cristão piedoso, como aquele que d) esmolas para que possa ser vistopelos homens. (ela razão de que o orgulho e a vaidade em nossas oraç$es e esmolas, astornam um serviço inaceit)vel a Deus, não é porque haa alguma coisa especial emoraç$es e esmolas, que não possam permitir o orgulho, mas porque o orgulho é, emnenhum aspecto, nem em nada, feito para o homem% ele destrói a piedade de nossasoraç$es e esmolas, porque destrói a piedade de tudo o que ele toca, e torna cada açãoque ele governa, incapaz de ser oferecida a Deus.&ssim que, se pudéssemos nos dividir deste modo, sendo humildes em alguns aspectos, eorgulhoso em outros, a humildade seria de nenhum serviço para nós, porque Deus e'igeque seamos verdadeiramente humildes em todas as nossas aç$es e propósitos, comodevemos ser verdadeiros e honestos em todas as nossas aç$es e propósitos.

- assim como um homem não é honesto e verdadeiro, porque ele é assim em relação aum grande número de pessoas, ou em v)rias ocasi$es, mas porque a verdade e ahonestidade é a medida de todas as suas relaç$es com todos% de modo que o processo é omesmo em relação ! humildade, ou qualquer outra virtude, que deve ser o h)bitonorteador geral de nossas mentes, e estender=se a todos as nossas aç$es e proetos,antes que isto possa ser imputado a nós.#ós, na verdade, por vezes, falamos, como se um homem pudesse ser humilde emalgumas coisas, e orgulhoso em outras% humilde em suas vestes, mas orgulhoso de suaaprendizagem% humilde em sua pessoa, mas orgulhoso em seus pontos de vista edesígnios. as embora isso possa passar no discurso comum, onde poucas coisas sãoditas de acordo com a verdade estrita, não pode ser permitido, quando e'aminamos anatureza de nossas aç$es.7 muito possível que um homem que vive de enganos, sea muito pontual em pagar o queele compra, mas, então, todos percebem que não o faz por qualquer princípio de

honestidade.(ortanto, assim como todos os tipos de desonestidade destroem nossas pretens$es de umprincípio honesto da mente, assim todos os tipos de orgulho destroem nossa pretensão deum espírito humilde.#inguém se surpreende que essas oraç$es e esmolas, que procedem do orgulho eostentação, são odiosas a Deus, mas ainda assim quão f)cil é ver, que o orgulho é assimperdoado l) como em qualquer outro lugar, por pessoas que não fazem uma avaliaçãosegundo a verdade."e pudéssemos supor que Deus reeita o orgulho em nossas oraç$es e esmolas, massuport)=lo orgulho em nosso modo de vestir, em nossas pessoas, ou posses, seria amesma coisa que supor que Deus condena a falsidade em algumas aç$es, mas a permiteem outras.&inda, se o orgulho e ostentação são tão odiosos, que destroem o mérito e valor das

aç$es mais razo)veis, certamente devem ser igualmente odiosos nessas aç$es, quesomente são fundadas na fraqueza e enfermidade de nossa natureza. &ssim como

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esmolas são ordenadas por Deus, como e'celentes em si mesmas, como verdadeiroscasos de uma disposição santa, mas as roupas são permitidas somente para cobrir nossavergonha, certamente, portanto, deve pelo menos ser tão odioso um grau de orgulho, deser vaidoso em nossas roupas, como ser vaidoso em nossas esmolas.&inda, somos ordenados a orar sem cessar, como um meio de tornar nossas almas maiselevadas e santas, mas estamos empenhados em untar tesouros sobre a terra, e

podemos pensar que não é tão ruim, ser vaidoso desses tesouros, que untamos, queconsideramos inúteis essas oraç$es, que somos ordenados a fazer.odos estes casos são apenas para nos mostrar a grande necessidade de uma piedaderegular e uniforme, se estendendo a todas as aç$es de nossa vida comum.&gora, a única maneira de chegar a esta devoção de espírito, é trazer todas as suas aç$espara a mesma regra que as suas devoç$es e esmolas./oc+ sabe muito bem o que é, que faz a piedade de suas esmolas ou devoç$es% agora asmesmas regras, a mesma relação a Deus, deve tornar tudo o mais que voc+ faz, umserviço aceit)vel a ele.

Uma Chamada Séria a Uma Vida Santa e Devota " Cap V

William a!

radução e adaptação feitas pelo (r "ilvio Dutra, do quinto capitulo do livro de ?illiam@aA, em domínio público, intitulado Bma 4hamada "éria a Bma /ida "anta e Devota.?illiam @aA, foi professor e mentor por v)rios anos de 1ohn e 4harles ?esleC, eogre?hitefield : principais atores do grande avivamento do século E/000, que se espalhou portodo o mundo = 9enrC /enn, homas "cott e homas &dam, entre outros, que foramprofundamente afetados por sua vida consagrada a Deus, e sobretudo pelo conteúdodeste livro.

(essoas que estão livres da necessidade de trabalhar em empregos específicos devem se

considerar como devotadas a Deus em maior grau.rande parte do mundo est) livre das necessidades de trabalhar em empregos, e t+m oseu tempo e dinheiro ! sua própria disposição.as, como ninguém deve viver em seu trabalho de acordo com a sua própria vontade, oupara fins como o de agradar suas próprias e'travag*ncias, senão fazer todos os seusnegócios de tal forma, como se fizesse um serviço para Deus, por isso aqueles que nãot+m emprego especial, estão muito longe de serem dei'ados em maior liberdade paraviver para si mesmos, para satisfazer suas próprias vontades, e gastarem seu tempo edinheiro no que quiserem, eles estão sob uma maior obrigação de viver totalmente paraDeus em todas as suas aç$es.& liberdade de sua condição os coloca numa maior necessidade de sempre escolher, efazer as melhores coisas."ão aqueles, de quem muito ser) e'igido, porque muito lhes é dado.

Bm escravo só pode viver para Deus, de uma forma particular, isto é, pela paci+ncia esubmissão religiosa em seu estado de escravidão.as todas as formas de vida santa, todas as inst*ncias, e todos os tipos de virtude, estãoabertos para aqueles que são mestres de si mesmos, de seu tempo e dinheiro.7 portanto, o dever dessas pessoas, fazerem um uso s)bio de sua liberdade, para sededicarem a todos os tipos de virtudes, aspirarem a tudo o que é santo e piedoso, seesforçarem para serem eminentes em todas as boas obras, e para agradarem a Deus naforma mais elevada e mais perfeita% isto é seu dever, tanto serem s)bias na condução desi mesmos, quanto ampliarem seus esforços por santidade, como é dever de um escravose resignar a Deus em seu estado de escravidão./oc+ não é um trabalhador, comerciante, nem soldado, considere=se, portanto, comosendo colocado numa condição, guardadas as devidas proporç$es, como a dos anos bons,que são enviados para o mundo como espíritos ministradores, para o bem geral dahumanidade, para audar, proteger e servir em favor daqueles que hão de herdar asalvação.4omo voc+ est) mais livre das necessidades comuns dos homens, voc+ deve imitar as

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perfeiç$es mais elevadas de anos.Fosse voc+ "erena, sendo obrigada pelas necessidades da vida, a lavar roupas para fora,para a sua manutenção, ou servir algum patrão que e'igisse todo o seu trabalho, istoseria, então, o seu dever de servir e glorificar a Deus, por essa humildade, obedi+ncia efidelidade, como para poder adornar essa condição de vida.Deveria então ser recomendado ao seu cuidado, melhorar esse talento ! sua maior altura.

(ara que quando chegasse a hora, que a humanidade deveria ser recompensada por seutrabalho pelo grande 1uiz dos vivos e dos mortos, voc+ pudesse ser recebido com um Hmuito bem servo bom e fiel... entra no gozo do teu "enhor.Nas, como Deus lhe deu cinco talentos, como ele colocou voc+ acima das necessidades davida, como ele o dei'ou nas mãos de si mesmo, na liberdade de escolher os meios maise'altados e felizes da virtude, como ele lhe enriqueceu com muitos dons da fortuna, e nãodei'ou nada para voc+ fazer, senão fazer o melhor uso da variedade de b+nçãos, para tiraro m)'imo de uma vida curta, para operar a sua própria perfeição, para a honra de Deus, epara o bem do seu pró'imo% por isso agora é seu dever imitar os maiores servos de Deus,e saber como os santos mais eminentes viveram, e estudar todas as artes e métodos paraa perfeição, e não estabelecer limites para o seu amor e gratidão ao &utor generoso detantas b+nçãos.&gora, é seu dever transformar seus cinco talentos, em mais cinco, e considerar como oseu tempo, e lazer, e saúde, e dinheiro, podem ser feitos meios felizes de purificar suaprópria alma, melhorando seus semelhantes nos caminhos da virtude, e lhe conduzindofinalmente para as maiores alturas da glória eterna.Deleite=se com o seu serviço, e implore a Deus para adorn)=lo com cada graça eperfeição.&limente isto com boas obras, tenha paz na solidão, obtenha forças na oração, torne=ses)bio com a leitura, ilumine=se por meditação, torne=se terno com amor, adoçado comhumildade, humilhando=se com penit+ncia, animando=se com salmos e hinos, e seconfortando com refle'$es frequentes sobre a glória futura. antenha=se na presença deDeus e aprendendo a imitar aqueles anos guardi$es, que apesar de participarem emassuntos humanos, bem como com os mais bai'os da humanidade, sempre veem a facede nosso (ai que est) nos céus.0sto, "erena, é a sua profissão. (orque tão certo como Deus é um só Deus, tão certo éque ele tem apenas um comando para toda a humanidade, seam eles escravos ou livres,

ricos ou pobres, e que devem atuar até a e'cel+ncia da nova natureza que ele lhes deu,para viver pela razão, para andar na luz da religião, para usar tudo com sabedoria, paraglorificar a Deus em todos os seus dons e dedicar todas as condiç$es de vida a seuserviço.-ste é um comando único e comum de Deus para toda a humanidade. "e voc+ tem umemprego, voc+ deve ser, portanto, razo)vel, e piedoso, e santo, no e'ercício do mesmo, sevoc+ tiver tempo e dinheiro, voc+ é obrigado a ser assim razo)vel, e santo, e piedoso, nouso de todo o seu tempo, e todo o seu dinheiro.5 uso religioso correto de tudo e de todos os talentos, é o dever indispens)vel de todo oser, que é capaz de conhecer o certo e o errado.(orque a razão pela qual devemos fazer alguma coisa, como que para Deus e no que dizrespeito ao nosso dever, e sua relação com ele, é a mesma razão pela qual devemos fazertudo para Deus, e tendo em conta o nosso dever, e sua relação com ele.-sta que é uma razão para o nosso viver s)bio e santo, no cumprimento de todos os

nossos negócios, é a mesma razão de nosso viver s)bio e santo no uso de todo o nossodinheiro.4omo temos sempre as mesmas naturezas, e somos em todos os lugares servos domesmo Deus, e como tudo é igualmente o seu dom, por isso devemos sempre agir deacordo com a razão de nossa natureza, devemos fazer todos as coisas como servos deDeus, devemos viver em qualquer lugar, como em sua presença, devemos usar tudo,como deve ser usado como pertencente a Deus."e, portanto, algumas pessoas imaginam, que devem ser sérias e solenes na igrea, maspodem ser tolas e frenéticas em casa, que eles devem viver de acordo com alguma regrano domingo, mas podem gastar os outros dias ao acaso% que eles devem ter algunsmomentos de oração, mas podem gastar o resto de seu tempo como bem entenderem,que eles devem dar algum dinheiro na caridade, mas podem desperdiçar o restanteconforme lhes der na mente, essas pessoas não t+m considerado adequadamente a

natureza da religião, ou as verdadeiras raz$es da (iedade .(orque aquilo que nos princípios da razão pode ser dito que é bom ser s)bio e santo de

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espírito na 0grea, pode ser dito também que é sempre dese)vel ter a mesma condiçãoem todos os outros locais.&quele que verdadeiramente sabe por que ele deveria gastar todo o tempo bem, sabe,que nunca é permissível ogar fora qualquer momento. &quele que acertadamenteentende a razoabilidade e e'cel+ncia da 4aridade, saber), que nunca pode ser desculp)velperder qualquer parte do nosso dinheiro no orgulho e insensatez, ou em quaisquer

despesas desnecess)rias.(orque cada argumento que mostra a sabedoria e e'cel+ncia da 4aridade, prova tambéma sabedoria de gastar todo o resto do nosso dinheiro. odo argumento que comprova asabedoria e razoabilidade de ter momentos de oração, mostra a sabedoria e arazoabilidade de não perder nenhuma parte do nosso tempo."e alguém pudesse provar que não precisamos sempre agir como na presença divina, quenão precisamos considerar e usar tudo, como dom de Deus, que não precisamos viversempre pela razão e fazer da 6eligião o fundamento de todas as nossas aç$es, os mesmosargumentos provariam, que nunca precisamos agir como que na presença de Deus, nemfazer da religião e da razão a medida de qualquer de nossas aç$es."e, portanto, temos que viver para Deus, em qualquer momento ou em qualquer lugar,devemos viver para ele em todos os momentos e em todos os lugares. "e devemos usarqualquer coisa como um dom de Deus, devemos usar tudo como seu dom. "e devemosfazer qualquer coisa por regras estritas da razão e piedade, devemos fazer tudo da mesmamaneira. (orque razão, e sabedoria, e piedade, são as melhores coisas em todos osmomentos e em todos os lugares, porque são as melhores coisas, em qualquer momento,ou em qualquer lugar."e é a nossa glória e felicidade ter uma natureza racional, que é dotada de sabedoria erazão, que é capaz de imitar a natureza divina, então deve ser a nossa glória e felicidade,melhorar a nossa razão e sabedoria, para atuar até a e'cel+ncia da nossa naturezaracional, e para imitar a Deus em todas as nossas aç$es, até o m)'imo do nosso poder. -os que confinam a 6eligião a tempos e lugares, e a algumas pequenas regras de reclusão,pensam que isto é muito estrito e rigoroso para trazer a religião ! vida comum, e fazemdisto leis para todas as suas aç$es e formas de vida, aqueles que pensam assim, nãosomente erram, mas confundem toda a natureza da religião. (orque, certamente, elesconfundem toda a natureza da 6eligião, porque pensam que podem fazer qualquer partede sua vida mais f)cil, por ser livre dela. Deles pode muito bem ser dito que confundem a

natureza de toda a sabedoria, porque não pensam que é dese)vel, ser sempre s)bios.&quele que não aprendeu a natureza da piedade, pensa muito pouco em ser piedoso emtodas as suas aç$es. &quele que não entende suficientemente qual é o motivo, não podedesear sinceramente viver em tudo de acordo com isto."e tivéssemos uma religião que consistisse em superstiç$es absurdas, que não levasse emconta a perfeição de nossa nova natureza, as pessoas poderiam bem estar contentes deter alguma parte de sua vida para ser e'cluída da mesma.as, como a 6eligião do -vangelho é o refinamento e elevação e'altação das nossasmelhores faculdades, pela operação regeneradora e renovadora do -spírito "anto% umavez que requer uma vida de maior razão, uma vez que somente nos obriga a usar destemundo, pela razão pela qual deve ser usado, a viver em tal comportamento digno daglória de seres inteligentes, para andar em sabedoria para a pr)tica da piedade.&lém disso, como Deus é um só e o mesmo ser, sempre agindo como em si mesmo, emconformidade com a sua própria natureza, por isso é o dever de todo ser que ele criou !

sua imagem e semelhança, viver de acordo com a nova natureza que ele lhe deu, esempre agir de acordo com a mesma.(ortanto, é uma lei imut)vel de Deus, que todo ser racional deve agir razoavelmente emtodas as suas aç$es, não em determinado tempo ou lugar, mas em todas as ocasi$es e emtodos os lugares 8anto que os que se opuserem a isto serão condenados por Deus a umaperdição eterna : nota do tradutor;.-sta é uma lei que é como a imutabilidade de Deus, e que nunca pode dei'ar de e'istir,tanto quanto Deus não pode dei'ar de ser o Deus de sabedoria e ordem.Guando, pois, qualquer ser que é dotado de razão, faz uma coisa irrazo)vel, em qualquermomento, ou em qualquer lugar, ou na utilização de qualquer coisa, ele peca contra agrande lei da sua natureza, abusa de si mesmo, e peca contra Deus , o criador dessanatureza.80sto demonstra a condição de profunda miséria em que nos encontramos, naturalmente

falando, em razão do pecado original, quando o homem dei'ou de fazer um uso adequadoda razão, e do qual pode ser resgatado para a renovação da sua mente, apenas e

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e'clusivamente pela graça de 1esus 4risto : nota do tradutor;.&queles, portanto, que defendem as indulg+ncias ao pecado e vaidades, para qualquermodas tolas, costumes e comportamentos do mundo, se rebelam contra a próprianatureza para a qual foram criados 8a de serem santos e perfeitos; e se rebelam portantocontra Deus, que nos deu razão para nenhum outro fim, senão a de faz+=la a regra e amedida de todos os nossos modos de vida.

Guando, pois, voc+ é culpado de qualquer tolice ou e'travag*ncia, ou de qualquercomportamento vão, não o considere como uma questão pequena, porque pode parecerassim, se comparado a alguns outros pecados, mas o considere, como uma ação contr)ria! sua natureza, conforme o propósito de Deus relativo ! mesma, e então voc+ vai ver quenão h) nada pequeno, que não é razo)vel. (orque todas as formas irracionais sãocontr)rias ! natureza de todo ser racional, seam homens ou anos. #enhum deles podeser agrad)vel a Deus, a menos que aam de acordo com a a razão e a e'cel+ncia de suasnaturezas.85 autor usa simplesmente a palavra natureza, mas temos usado a e'pressão novanatureza, em algumas partes, uma vez que é um claro ensino bíblico que a velha naturezaest) corrompida pelo pecado, e necessitamos de uma nova natureza, adquirida naconversão, pela fé em 4risto, e por ação do -spírito "anto, e esta sim, est) perfeita emtodas as suas partes, e necessita apenas ser desenvolvida, amadurecida : nota dotradutor;.#osso bendito "alvador tem claramente voltado nossos pensamentos para este caminho,por fazer esta petição uma parte constante de todas as nossas oraç$es3 H"ea feita a tuavontade assim na terra como ela é feita no céu. Bma clara prova, que a obedi+ncia doshomens é imitar a obedi+ncia dos anos, e que os seres racionais na erra, devem viverpara Deus, como os seres racionais no 4éu que habitam com ele.Guando, portanto, voc+ imaginasse em sua mente, como os cristãos devem viver paraDeus, e em que graus de sabedoria e santidade eles devem usar as coisas desta vida,voc+ não deve olhar para o mundo, mas voc+ deve olhar para Deus, e para a sociedadedos anos, e pense que sabedoria e santidade se destinam a prepar)=lo para tal estado deglória. /oc+ deve olhar para os mais elevados preceitos do -vangelho, voc+ deve e'aminara si mesmo pelo espírito de 4risto, voc+ deve pensar como os homens mais s)bios nomundo viveram, voc+ deve pensar como almas que partiram viveram, voc+ deve pensarnos graus de sabedoria e santidade que voc+ desear) ter quando voc+ estiver saindo do

mundo.5ra, tudo isso não é alongar o assunto, ou propor a nós mesmos, qualquer perfeiçãodesnecess)ria. 7, senão quase o cumprimento do conselho do apóstolo, onde ele diz3 HFinalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeit)vel, tudo o que é usto, tudo o que é puro, tudo o que é am)vel, tudo o que é de boa fama, se algumavirtude h) e se algum louvor e'iste, sea isso o que ocupe o vosso pensamento. 5 quetambém aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso praticai% e o Deusda paz ser) convosco.N, Fil L.Q,R.(orque ninguém pode chegar perto da doutrina desta passagem, senão aquele que seprop$e a si mesmo fazer tudo nesta vida como um servo de Deus, para viver pela razão,em tudo o que ele fizer, e para fazer da sabedoria e da santidade do -vangelho, a regra ea medida de seus deseos e aç$es, e de cada dom de Deus.

Uma Chamada Séria a Uma Vida Santa e Devota " Cap VII

William a!

4omo o uso imprudente de um estado corrompe todas as disposiç$es da mente e enche ocoração com pai'$es pobres e ridículas ao longo de todo o curso da vida, comorepresentado no car)ter de Fl)via.

1) foi observado que um prudente e religioso cuidado deve ser usado, na forma de gastaro nosso dinheiro ou propriedade, porque a maneira de gastar nossas posses é uma grandeparte da nossa vida comum, e é muito o negócio de cada dia, que, conforme seamoss)bios ou imprudentes, a este respeito, todo o curso de nossas vidas, ser) ou muito s)bio,ou muito cheio de insensatez.

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(essoas que são afetadas de forma positiva com a religião, que recebem instruç$es depiedade com prazer e satisfação, muitas vezes se maravilham como pode ocorrer, que elasnão façam maiores progressos nessa 6eligião que eles tanto admiram.&gora, a razão disso é esta, é porque a religião vive apenas em sua cabeça, mas algomais tem a posse de seus coraç$es )ridos, portanto, eles continuam ano após ano comomeros admiradores da piedade, sem nunca chegarem ! realidade e perfeição de seus

preceitos ."e for perguntado, por que a religião não obtém a posse de seus coraç$es, a razão é esta3não é porque eles vivam em grosseiros pecados, ou intemperanças, porque seu respeito !religião lhes preserva de tais desordens. as é porque seus coraç$es estãoconstantemente empenhados, equivocados, e mantidos em um estado errado, pelo usoindiscreto de coisas que são lícitas de serem usadas.5 uso e desfrute de suas posses é lícito, e portanto, nunca entra em suas cabeças,imaginarem qualquer grande perigo nisto. -les nunca refletem, que e'iste um uso vão eimprudente de suas posses, que, apesar de não destruir como os pecados grosseiros,todavia desordenam o coração, e o conduzem a sensualidade, mornidão, orgulho evaidade, como também o torna incapaz de receber a vida e o espírito da piedade.(orque nossas almas podem receber uma m)goa infinita, e serem achadas incapazes detodas as virtudes, apenas pelo uso de coisas inocentes e lícitas.5 que é mais inocente do que o descanso e ainda o que é mais perigoso, do que apreguiça e ociosidade2 5 que é mais lícito do que comer e beber, e no entanto o que émais destrutivo de toda a virtude, o que mais estimula todos os vícios de sensualidade eindulg+ncia2Guão legítimo e louv)vel é o cuidado de uma família2 - no entanto, quão certamente sãomuitas pessoas tornadas incapazes de toda virtude, por um temperamento mundano esolícito2&gora, é por falta de e'atidão religiosa no uso destas coisas inocentes e lícitas, que areligião não pode tomar posse de nossos coraç$es. - é no gerenciamento correto eprudente de nós mesmos, quanto a essas coisas, que todas as artes de uma vida santaconsistem principalmente.(ecados grosseiros são claramente vistos, e facilmente evitados por pessoas queprofessam religião. as o uso indiscreto e perigoso de coisas lícitas e inocentes, uma vezque não choque e ofenda nossas consci+ncias, por isso é difícil fazer as pessoas de todo

sensíveis ao perigo disto.Bm cavalheiro que gasta todo o seu dinheiro em esportes, e uma mulher que coloca todoo seu dinheiro em cima de si mesma, dificilmente podem ser convencidos que o espíritoda religião não pode subsistir em tal modo de vida.-stas pessoas , como tem sido observado, podem viver livres de intemperanças, podemser amigos da 6eligião cristã, até o ponto de louv)=la e falar bem dela, e admir)=la emsua imaginação% mas não podem governar seus coraç$es, e ser o espírito de suas aç$es,até que mudem seu modo de vida, e dei'em a 6eligião dar as leis para o uso e os gastosde suas posses.(orque uma mulher que ama as vestes de forma abusiva, que não poupa custos para seadornar, não parar) nisto% porque esta disposição atrai milhares de outras loucuras untamente com ela, e tornar) todo o curso de sua vida, seu negócio, sua conversa, suasesperanças, seus medos, seus gostos, seus prazeres, e lazeres, se adequarem a isso.Fl)via e iranda são duas irmãs solteiras, que disp$em, respectivamente, de duzentas

libras anuais. -las sepultaram os seus pais, h) vinte anos atr)s, e desde então gastam assuas posses como lhes agrada.Fl)via tem surpreendido todos os seus amigos, pela sua e'celente gestão, na formamoderada como usa o dinheiro. /)rias senhoras que t+m o dobro de suas posses, não sãocapazes de serem sempre tão gentis e constantes em todos os lugares de prazer edespesa. -la tem tudo o que est) na moda, e est) em todo lugar onde haa qualquerentretenimento. Fl)via é muito ortodo'a, ela fala calorosamente contra os hereges ecism)ticos, est) geralmente na igrea, certa vez elogiou um sermão que era contra oorgulho e a vaidade no vestir. "e alguém pedir a Fl)via para fazer alguma coisa emcaridade, se ela gosta da pessoa que fez a proposta, ela contribui. as passado algumtempo, ao ouvir um outro sermão sobre a necessidade de caridade, ela acha que apregação foi boa, que é um assunto muito apropriado, mas ela nada aplicou a si mesma,porque se lembrou de quando deu esmolas algum tempo atr)s, e se arrependeu depois

porque poderia ter poupado o dinheiro.Guanto !s pessoas pobres, ela admitir) não ter nenhuma quei'a da parte deles% ela é

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muito positiva que eles são todos falsos e mentirosos% e nada dir) para alivi)=los, e,portanto, deve ser um pecado encora)=los em seus maus caminhos./oc+ pensaria que Fl)via tinha uma consci+ncia terna no mundo, se voc+ visse, quãoescrupulosa e apreensivo ela é da culpa e perigo de errar.-la compra todos os livros sobre intelig+ncia e temperamento, e fez um coleção cara detodos os nossos poetas ingleses. (orque ela diz, que não se pode ter um verdadeiro gosto

por qualquer um deles, sem estar muito familiarizado com todos eles. Ss vezes, ela l+ umlivro sobre (iedade, se for curto, ou muito elogiado por estilo e linguagem.Fl)via é muito ociosa, e ainda gosta muito de um fino trabalho, que a faz frequentementese sentar para trabalhar na cama até meio=dia, de modo que eu não preciso lhe dizer, queas suas manhãs de devoç$es nem sempre são corretamente e'ecutadas.Fl)via seria um milagre da (iedade, se assim fosse, mas não é tão cuidadosa de sua alma,quanto ela é de seu corpo. 5 surgimento de uma espinha em seu rosto, a picada de ummosquito, far) com que ela se mantenha em seu quarto dois ou tr+s dias. -la é tãoansiosa quanto ! sua saúde, que ela nunca acha que est) bem o suficiente, de modo quefaz gastos e'cessivos com toda a sorte de medicamentos preventivos."e voc+ visitar Fl)via no domingo, voc+ sempre a encontrar) em boa companhia, voc+saber) o que est) ocorrendo no mundo, ouvir) a última s)tira, saber) quais são as peçasde teatro da semana, qual é a canção mais refinada na ópera, e quais são os ogos que seencontram na moda.Fl)via pensa que são ateus os que ogam cartas no domingo, mas ela lhe dir) comminúcia sobre todos os ogos, que cartas ela segurou e como as ogou, e a história detudo o que aconteceu no ogo, tão logo ela venha da 0grea.-u não afirmarei que é impossível que Fl)via sea salva, mas, muito pode ser dito, que elanão tem fundamentos das -scrituras para pensar que est) no caminho da salvação.(orque toda a sua vida est) em oposição direta a todos as disposiç$es e pr)ticas, que o-vangelho faz necess)rias para a salvação."e voc+ estivesse lhe ouvindo dizer, que ela tinha vivido toda a sua vida como &na, aprofetisa, que não se afastava do templo, servindo a Deus em euns e oraç$es, noite edia, voc+ olharia para ela como sendo muito e'travagante, e ainda esta não seria umae'travag*ncia maior, do que ela dizer que ela tem se esforçado por entrar pela portaestreita, ou fazer qualquer doutrina do -vangelho, a regra de sua vida.-la pode muito bem dizer, que ela viveu com o nosso "alvador, quando ele esteve sobre a

terra, como ela tem vivido na imitação dele, ou que fez seu cuidado viver qualquer partede tais disposiç$es, como ele tem requerido de todos aqueles que são seus discípulos. -lapode verdadeiramente dizer, que tem a cada dia lavado os pés dos santos, como ela temvivido na humildade e pobreza de espírito cristão. -la tem tanta razão para pensar, queela tem sido uma sentinela em um e'ército, assim como ela tem vivido em vigil*ncia eabnegação. - pode dizer que ela vivia com o trabalho de suas mãos, ao qual ela tinhadado toda a dilig+ncia para fazer a sua vocação e eleição.- aqui isto pode ser bem observado, que a pobreza, a irreligião, a insensatez e a vaidadede toda esta vida de Fl)via, é tudo devido ! forma de utilizar suas posses. 7 isto o quetem formado seu espírito, que deu vida a cada disposição ociosa, que apoiou toda pai'ãoinsignificante, e que a privou de todos os pensamentos de uma vida prudente, útil edevota.Guando seus pais morreram, ela não tinha pensado nas suas duzentas libras anuais, masque não tinha tanto dinheiro para fazer o que ela faria com tal quantia, para gastar

consigo mesma, e comprar os prazeres e gratificaç$es de todas as suas pai'$es.-la poderia ter sido humilde, séria, devota, uma amante de bons livros, um admiradora daoração, remindo o seu tempo, sendo diligente em boas obras, cheia de caridade e do amorde Deus, mas o uso imprudente de suas posses forçou todo tipo de disposiç$es contr)riassobre ela.&gora, porém o espírito insignificante irregular desse personagem pertence, eu espero,senão a poucas pessoas, mas muitos podem aprender algumas instruç$es aqui, e talvezvea algo de seu próprio espírito nisto."e desearmos portanto, fazer um progresso real na 6eligião cristã, devemos não somenteabominar pecados graves e notórios, mas temos que regular as partes inocentes e lícitasdo nosso comportamento, e colocar as aç$es mais comuns e permitidas da vida, sob asregras da discrição e da piedade.

radução e adaptação feitas pelo (r "ilvio Dutra, do sétimo capitulo do livro de ?illiam@aA, em domínio público, intitulado Bma 4hamada "éria a Bma /ida "anta e Devota.

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?illiam @aA, foi professor e mentor por v)rios anos de 1ohn e 4harles ?esleC, eorge?hitefield : principais atores do grande avivamento do século E/000, que se espalhou portodo o mundo = 9enrC /enn, homas "cott e homas &dam, entre outros, que foramprofundamente afetados por sua vida consagrada a Deus, e sobretudo pelo conteúdodeste livro.

Uma Chamada Séria a Uma Vida Santa e Devota " Cap VIII

?illiam @aA

4omo o uso s)bio e piedoso de nossas posses, naturalmente nos trazem grande perfeiçãoem todas as virtudes da vida cristã% representado no car)ter de iranda.

Gualquer piedade regular de qualquer parte da nossa vida, é de grande vantagem, nãosomente por sua própria conta, como também por isto nos levar a viver por regras, epensar no governo de nós mesmos.Bm homem de negócios, que tem trazido parte de seus cuidados sob determinadasregras, deve ter o mesmo cuidado em relação !s demais coisas.-ntão, aquele que trou'er qualquer parte de sua vida sob as regras da religião cristã,pode ser ensinado a estender a mesma ordem e regularidade !s demais )reas de suavida."e alguém é tão s)bio a ponto de pensar que seu tempo é precioso demais para ser gastoao acaso, e permitir que ele sea devorado por qualquer coisa que aconteça em seucaminho% se ele fica subugado por uma certa necessidade observando como todos os diaspassam por suas mãos, e obriga a si mesmo a uma certa ordem de tempo no seu negócioe devoç$es, é difícil de ser imaginado, em quanto tempo tal conduta iria reformar,melhorar e aperfeiçoar todo o curso da sua vida.&quele, portanto, que sabe o valor, e colhe a vantagem de uma época bem ordenada, nãodemorar) muito para ser um estranho ao valor de algo mais que sea de algum interessereal para ele.

Bma regra que se relaciona até mesmo ! parte menos importante de nossa vida, é degrande benefício para nós, simplesmente porque é uma regra.(orque, como diz o provérbio, aquele que começou bem, tem feito a metade% entãoaquele que começou a viver pela regra, tem um longo caminho para percorrer para aperfeição de sua vida.(or regra, deve aqui ser constantemente entendido, uma regra da religião cristã,observada como um princípio de dever para com Deus.(orque, se alguém deve se obrigar a ser moderado em suas refeiç$es, apenas no que dizrespeito ao seu estTmago, ou se abster de beber, apenas para evitar a dor de cabeça, ouser moderado durante o sono, por ter medo de uma letargia, ele poderia ser e'ato nessasregras, sem ser tornado em tudo um homem melhor por elas.as quando ele é moderado e regular em qualquer uma dessas coisas, por um sentido desobriedade cristã e abnegação, para que ele possa ofertar a Deus uma vida mais razo)vele santa, então isto é, que a menor regra deste tipo, se torne naturalmente, o início deuma grande piedade.(orque a menor regra nesses assuntos é de grande benefício, uma vez que nos ensinaalguma parte do governo de nós mesmos, uma vez que mantém uma ternura de espírito%apresenta Deus muitas vezes aos nossos pensamentos, e traz um sentimento de religiãopara as aç$es ordin)rias de nossa vida comum."e um homem, quando estivesse na companhia, onde todas pessoas peruraram,conversaram lascivamente, ou falaram mal do seu pró'imo, tomasse esta regra para simesmo, de reprov)=las gentilmente, ou, se isso não fosse adequado, então, dei'ar acompanhia tão decentemente quanto pudesse, ele acharia esta pequena regra, comosendo um pouco de fermento escondido em uma grande quantidade de farinha, que iria seespalhar e se estender de todas as formas em sua vida."e um outro devesse se obrigar a se abster no Dia do "enhor de muitas coisas inocentes elícitas, como viaar e discorrer sobre assuntos mundanos, como comércio e assim por

diante, se ele devesse dedicar o dia, além do culto público, para uma maior leitura da(alavra, para a devoção, e obras de caridade% embora possa parecer uma coisa pequena,

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ou uma minúcia desnecess)ria, e'igir de um homem que se abstenha de tais coisas quepodem ser feitas sem configurar um pecado, mas quem quiser e'perimentar o benefíciode tão pequena regra, talvez encontre por este meio uma grande alteração feita em seuespírito, e um grande gosto pela piedade se levantando em sua mente, para o qual ele eraum completo estranho antes."eria f)cil demonstrar, em muitos outros casos, como poucos e pequenos assuntos são os

primeiros passos, e começos naturais de grande perfeição .as as duas coisas, que mais do que todas as demais, devem estar sob uma regra rígida,e que são as maiores b+nçãos tanto para nós mesmos quanto para outros, quando sãousadas corretamente, são o tempo, e o nosso dinheiro. -sses talentos são meios contínuose oportunidades de fazer o bem.&quele que é piedosamente estrito, e e'ato na gestão prudente de qualquer um destes,não pode ignorar por longo tempo o uso correto do outro. - aquele que est) feliz nocuidado religioso de ambos, ) subiu v)rios degraus na escada da perfeição cristã.iranda 8a irmã de Fl)via; é tanto uma cristã sóbria e razo)vel% quanto uma boaadministradora do seu tempo e dinheiro, que era seu primeiro pensamento, como poderiamelhor cumprir tudo o que Deus e'igia dela no uso deles, e como ela poderia fazer ummelhor e mais feliz uso desta vida curta. -la depende da verdade que nosso bendito"enhor tem dito, que h) apenas uma coisa necess)ria e, portanto, fez dela o trabalhocontinuo de toda a sua vida. -la tem apenas uma razão para fazer, ou não fazer, gostar ounão gostar de nada, e isto é, a vontade de Deus. iranda pensa muito bem, para evitarser chamada pelo mundo de dama refinada, ela renunciou ao mundo para seguir a 4ristono e'ercício de humildade, caridade, devoção, e afeição santa, e é nisto que ela desea serrefinada.-nquanto ela estava debai'o de sua mãe, ela foi forçada a viver em cerimTnias, a sedeitar tarde da noite, para estar na loucura de cada moda, e sempre fazer visitas vãs, e ir! igrea com traes caros e chamativos, a dançar em locais públicos, onde almofadinhaspoderiam admirar a delicadeza de suas formas e a beleza de seus movimentos.& lembrança desse modo de vida, faz com que ela tenha um cuidado e'tremado em sedespoar de tudo isto, por um comportamento contr)rio.iranda não divide seu dever entre Deus, seu pró'imo, e ela mesma, mas ela consideratudo como devido a Deus, e assim faz tudo em seu nome e por causa dele. 0sso faz elaconsiderar o seu dinheiro como um dom de Deus, que é para ser usado como tudo o mais

deve ser, que pertence a Deus, para a s)bia e razo)vel finalidade de uma vida cristã esanta. (ortanto, seu dinheiro é dividido entre si mesma, e v)rias outras pessoas pobres, eela tem apenas dele a sua parte de alívio. -la acha que é a própria insensatez se saciarcom coisas supérfluas, gastos inúteis, para si mesma, como para outras pessoas queagem da mesma forma."e as necessidades de um homem pobre são uma razão pela qual ela não deve gastar oseu dinheiro ! toa, certamente as necessidades dos pobres, a e'cel+ncia da caridade, queé recebida como sendo feita ao próprio 4risto, é uma muito maior razão por que ninguémdeve gastar o seu dinheiro com vaidades. (orque, se agir assim, desperdiça aquilo para oqual é procurado um uso mais nobre, e que o próprio 4risto est) pronto para receber desuas mãos.iranda usa vestes baratas, mas que traz sempre rigorosamente limpas e arrumadas.udo nela reflete a pureza de sua alma, e ela est) sempre limpa, porque ela é semprepura por dentro.

odas as manhãs são iniciadas com suas oraç$es, ela se alegra no início de cada dia,porque começa todas as suas regras piedosas de uma vida santa, que lhe trazem o frescoprazer de repeti=las.-la parece ser como um ano da guarda para aqueles que habitam com ela, com suasvigílias e oraç$es abençoa o local onde ela habita, e fazendo intercessão unto a Deus poraqueles que estão dormindo."uas devoç$es t+m tido alguns intervalos, e Deus ouviu v)rias de suas oraç$esparticulares, antes que a luz da manhã penetrasse o quarto de sua irmã. iranda nãosabe o que é ter um dia maçante, ao retornar de suas horas de oração, e seus e'ercíciosreligiosos.Guando voc+ a v+ no trabalho, voc+ v+ a mesma sabedoria que governa todas as suasoutras aç$es, ela ou est) fazendo algo que é necess)rio para si, ou necess)rio paraoutros, que necessitam ser assistidos. 7 difícil encontrar uma família pobre no bairro, que

não tenha recebido uma coisa ou outra do trabalho de suas mãos. "ua mente s)bia epiedosa nem quer a diversão, nem pode suportar a loucura de trabalho ocioso e

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impertinente. -la não pode admitir nenhuma loucura como esta durante o dia, porque eladeve responder por todas as suas aç$es durante a noite. Guando não h) sabedoria paraser observada no emprego de suas mãos, quando não h) nenhum trabalho útil ou decaridade para ser feito, iranda não trabalhar) mais. -m sua mesa, ela vive estritamentepor esta regra da santa -scritura, quer comais, quer bebais, ou façais qualquer outracoisa, fazei tudo para a glória de Deus. 0sso faz ela começar e terminar cada refeição,

como ela começa e termina cada dia, com atos de devoção.&s "agradas -scrituras, especialmente do #ovo estamento, são a o seu estudo di)rio%estas ela l+ com uma atenção vigilante, constantemente lançando um olhar sobre simesma, e provando=se, por cada doutrina da (alavra. Guando ela tem o #ovo estamentoem sua mão, ela se considera aos pés de nosso "alvador e seus apóstolos, e faz tudo oque ela aprende deles, faz as leis da sua vida. -la recebe suas palavras sagradas com om)'imo de atenção e rever+ncia, como se ela visse as suas pessoas e sabendo que elaslhes vieram do céu, com o propósito de ensinar=lhe o caminho que conduz a ele.-la pensa que e'aminar a si mesma todos os dias pela doutrinas da -scritura, é o únicocaminho possível para estar pronta para seu ulgamento no último dia.-la est), por vezes, temerosa em gastar muito dinheiro com a compra de livros, porqueela não vacila em comprar livros pr)ticos, especialmente os que ensinam como entrar nocoração mesmo da religião, e que descrevem a santidade interior da vida cristã. as detodos os escritos humanos, a vida de pessoas piedosas e de santos eminentes, são o seumaior prazer. #estes ela procura como num tesouro escondido, na esperança de encontraralgum segredo de uma vida santa, algum grau incomum de piedade, que ela possa fazersua própria.(or estes meios iranda tem sua cabeça e seu coração abastecidos com todos osprincípios de sabedoria e santidade, ela é tão cheia do assunto principal da vida, que elaacha difícil conversar sobre qualquer outro assunto, e se voc+ est) em sua companhia,quando ela acha adequado falar, voc+ ser) feito melhor e mais s)bio.6elacionar a sua caridade, seria descrever a história de cada dia durante vinte anos% portanto tempo tem gasto todo o seu dinheiro dessa forma. -la sustentou quase vintecomerciantes pobres que tinham falhado em seus negócios, e salvou a muitos da fal+ncia.-la educou v)rias crianças pobres, que foram apanhadas nas ruas, e as colocou numacondição de trabalharem num emprego honesto.&ssim que qualquer trabalhador fique confinado em casa por causa de doença, ela lhe

envia, até que ele se recupere, o dobro do valor de seu sal)rio, para que possa sustentarsua família, como de costume, e para fornecer as coisas convenientes para o tratamentoda sua doença.#ão h) nada no car)ter de iranda para ser mais admirado, que este temperamento.(orque esta ternura de afeto para com os pecadores mais necessitados, é a mais altainst*ncia de uma alma santa e semelhante a Deus.iranda nunca tem falta de compai'ão, mesmo aos mendigos comuns% especialmentepara aqueles que estão velhos ou doentes, ou cheios de feridas ou com falta de membros.-la ouve suas quei'as com ternura, d)=lhes uma prova de sua bondade, e nunca os reeitacom palavras duras, ou reprovação, por temer acrescentar aflição aos seus semelhantes.(ode ser, diz iranda, que muitas vezes posso dar !queles que não merecem, ou que vãofazer um mau uso das minhas esmolas. as o que fazer2 #ão é este o próprio método dabondade divina2 "er) que Deus não faz nascer o seu sol sobre maus e bons, ustos einustos2 #ão é este o bem que é recomendado a nós na -scritura, que, o imitando,

possamos ser chamados filhos de nosso (ai que est) nos céus, que faz chover sobre os ustos e sobre os inustos2 - hei de reter um pouco de dinheiro, ou comida, de meusemelhante, por temer que não sea bom o suficiente para receb+=lo de mim2 -u imploroa Deus para lidar comigo, de acordo com o meu mérito, senão segundo a sua própriagrande bondade, e devo ser tão absurdo, a ponto de reter a minha caridade de um pobreirmão, porque ele não pode, talvez, merecer2&lém disso, onde tem a -scritura feito do mérito a regra ou medida da caridade2 (elocontr)rio, a -scritura diz3 "e teu inimigo tiver fome, d)=lhe de comer, se tiver sede, d)=lhede beber.alvez voc+ diga que , desta forma incentivamos as pessoas a serem mendigos. as amesma obeção impensada pode ser feita contra todos os tipos de instituiç$es decaridade, por poderem incentivar as pessoas a dependerem delas. 5 mesmo pode ser ditocontra o perdoar nossos inimigos, pois pode incentivar as pessoas a nos ferirem. 5 mesmo

pode ser dito até mesmo contra a bondade de Deus, por derramar suas b+nçãos sobremaus e bons, sobre ustos e inustos, a serem encoraados em seus maus caminhos. 5

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mesmo pode ser dito contra vestir o nu, ou administrar medicamentos aos doentes, paraque não se encorae as pessoas a serem negligentes e descuidadas com a sua saúde. asquando o amor de Deus habita em voc+, quando dilatou o seu coração, e o encheu comentranhas de misericórdia e compai'ão, voc+ não far) mais obeç$es como estas."e, como nosso "alvador nos assegurou, é mais abençoado dar do que receber, devemosolhar para aqueles que pedem esmolas, como amigos e benfeitores, que nos v+m fazer

um bem maior do que eles possam receber de nós, que v+m para e'altar nossa virtude,para ser testemunha da nossa caridade, para ser monumento de nosso amor, para sernosso defensor unto a Deus, para nos colocar no lugar de 4risto, quando aparecer paranós no dia do ulgamento, e para nos audar a uma bem=aventurança maior do que aquelaque as nossas esmolas possam conceder a eles.-ste é o espírito, e essa é a vida da devota iranda% e se ela viver mais dez anos, ela ter)gasto entre cinquenta e cem libras em caridade, pois o que ela permite a si mesma, poderazoavelmente ser contado entre suas esmolas.Guando ela morrer, ela brilhar) entre os apóstolos e santos, e m)rtires% ela estar) entreos primeiros servos de Deus, e ser) gloriosa entre aqueles que lutaram o bom combate, ecompletaram a carreira com alegria.

radução e adaptação feitas pelo (r "ilvio Dutra, do oitavo capitulo do livro de ?illiam@aA, em domínio público, intitulado Bma 4hamada "éria a Bma /ida "anta e Devota.?illiam @aA, foi professor e mentor por v)rios anos de 1ohn e 4harles ?esleC, eorge?hitefield : principais atores do grande avivamento do século E/000, que se espalhou portodo o mundo = 9enrC /enn, homas "cott e homas &dam, entre outros, que foramprofundamente afetados por sua vida consagrada a Deus, e sobretudo pelo conteúdodeste livro.

Uma Chamada Séria a Uma Vida Santa e Devota " Cap #I

William a!

ostrando como uma grande devoção encher) nossas vidas com a maior paz e felicidadeque podem ser desfrutadas neste mundo.

&lgumas pessoas talvez obetem que todas essas regras de vida santa diante de Deus emtudo o que fazemos, são uma grande restrição sobre a vida humana% e que tambémproduzirão um estado ansioso, por introduzirmos esta relação com Deus em todas asnossas aç$es. - que, por nos privar de tantos prazeres aparentemente inocentes,transformarão nossas vidas em algo sem graça, inquieto, e melancólico. & isso pode serrespondido3-m primeiro lugar, que estas regras são prescritas para uma finalidade muito contr)ria aisto. Gue em vez de tornar as nossas vidas maçantes e melancólicas, elas vão torn)=las

cheias de conteúdo e fortes satisfaç$es. Gue por essas regras, somente trocamos osnossos contentamentos infantis de nossas pai'$es vãs e doentias, por alegrias sólidas, everdadeira felicidade de uma mente sã.-m segundo lugar, que, assim como não h) fundamento para o conforto nos prazeres davida, mas na certeza de que um s)bio e bom Deus governa o mundo, portanto, quantomais descobrimos Deus em tudo, quanto mais nos aplicamos a ele em todos os lugares,mais nós olhamos para ele em todas as nossas aç$es, mais nos conformamos ! suavontade, mais agimos de acordo com a sua sabedoria, e imitamos a sua bondade, poisquanto mais podemos desfrutar de Deus, participamos da sua natureza divina, eaumentamos tudo o que é feliz e confort)vel na vida humana, porque acharemos napessoa do próprio Deus o nosso consolo e alegria, que são imut)veis, porque Deus éimut)vel, diferentemente das alegrias mundanas.-m terceiro lugar, aquele que est) se esforçando para dominar, e erradicar de sua mentetodas aquelas pai'$es de orgulho, invea e ambição, !s quais a religião se op$e, est)fazendo mais para se fazer feliz, mesmo nesta vida, do que aqueles que estãomaquinando meios para saci)=los.

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(orque essas pai'$es são as causas de todas as inquietaç$es e ve'aç$es da vida humana3são os edemas e febres de nossas mentes, que nos ve'am com falsos apetites, einquietam com *nsias por coisas que não necessitamos, e estragam o nosso gosto pelascoisas que nos são adequadas.0magine que voc+ viu em algum lugar ou outro, um homem que propTs a razão como aregra de todas as suas aç$es, que não tinha deseos senão pelas coisas como a natureza

da religião requer e aprova, que era tão puro de todos os impulsos de orgulho, invea ecobiça, assim como de pensamentos mórbidos, que nesta liberdade das pai'$esmundanas, ele tinha uma alma cheia de amor divino, deseando e orando para que todosos homens possam ter atendidas as suas necessidades das coisas do mundo, e serparticipantes da glória eterna na vida por vir.0magine um homem que vive desta maneira, e sua própria consci+ncia vai imediatamentelhe dizer que ele é o homem mais feliz no mundo, e que não est) no poder da mais ricaimaginação, inventar alguma felicidade maior no presente estado de vida.-, por outro lado, se voc+ imaginar que ele sea em qualquer grau menos perfeito, se voc+supor que ele est) se sueitando a uma afeição tola ou pai'ão vã, sua própria consci+nciavoltar) a lhe dizer, que ele diminuiu sua própria felicidade, e se furtou da verdadeiraalegria das suas demais virtudes. anto isto é verdade, que quanto mais vivemos pelasregras da religião, mais pacífica e feliz tornaremos nossas vidas.&inda, assim como isto aparece, a verdadeira felicidade est) apenas em ser obtida demaiores graus de piedade, de maiores negaç$es de nossas pai'$es, e das regras maisrígidas da religião, de modo que a mesma verdade ser) vista em consideração ! misériahumana, porque, se olharmos para o mundo, e visualizarmos as inquietaç$es e angústiasda vida do ser humano, veremos que todas elas são devido !s nossas pai'$es violentas eirreligiosas.&gora todos os problemas e mal=estar se baseiam na falta de uma coisa ou outra% quenós, portanto, para conhecermos a verdadeira causa de nossos problemas e inquietaç$es,precisamos descobrir a causa do nossa necessidade, porque o que cria e multiplica nossasnecessidades, no mesmo grau cria e aumenta nossas preocupaç$es e inquietaç$es.5 Deus odo=(oderoso nos enviou ao mundo com muito poucas necessidades% comida,bebida, e vestu)rio, são as únicas coisas essenciais e necess)rias para a manutenção davida, e como estas são apenas as nossas necessidades atuais, assim o presente mundoest) muito bem equipado para suprir essas necessidades.

as se a tudo isto se acrescentar, que esta vida curta, assim provida com tudo o quenecessitamos na mesma, é apenas uma curta passagem para a eterna glória, em queseremos vestidos com o brilho dos anos, e entraremos no gozo de Deus, poderíamosainda mais razoavelmente esperar, que a vida humana deve ser de um estado de paz, ealegria, e prazer em Deus. &ssim, certamente seria, se a boa razão tivesse seu poder totalsobre nós.as, infelizmenteO se Deus, a natureza, e a razão, fazem portanto a vida humana, livre denecessidades, e tão cheia de felicidade, ainda assim nossas pai'$es, em rebelião contraDeus, contra a natureza e a razão, criaram um novo mundo de males, e preencheram avida humana com necessidades imagin)rias, e inquietaç$es vãs.5 homem orgulhoso tem mil necessidades, que somente o seu próprio orgulho criou, eestas o tornam tão cheio de problemas, como se Deus lhe houvesse criado com milapetites, sem criar tudo o que fosse apropriado para satisfaz+=los. 0nvea e ambição t+mtambém as suas necessidades sem fim, que inquietam as almas dos homens, e por seus

impulsos contraditórios, os tornam tão estupidamente miser)veis, como aqueles quequerem voar e rastear ao mesmo tempo."e a humildade é a paz e descanso da alma, então ninguém tem tanta felicidade provindada humildade, como aquele que é o mais humilde. "e a invea e'cessiva é um tormentoda alma, aquele que mais se livra deste tormento é o que mais perfeitamente e'tinguecada centelha de invea. "e h) alguma paz e alegria, em fazer qualquer ação de acordocom a vontade de Deus, aquele que traz a maior parte de suas aç$es para essa regra,mais do que todos aumenta a paz e a alegria de sua vida.- assim se d) em relação a todas as virtudes, se voc+ agir de acordo com cada grau damesma, mais felicidade voc+ ter) a partir dela. - assim, de cada vício, se voc+ apenasdiminuir seus e'cessos, voc+ faz, senão pouco por si mesmo, mas se reeit)=lo em todosos graus, então voc+ sentir) a verdadeira leveza e alegria de uma mente reformada.4omo por e'emplo3 se a religião somente restringe os e'cessos de vingança, mas permite

que o espírito de vingança ainda viva dentro de voc+, na melhor das hipóteses, a suareligião pode ter feito a sua vida um pouco mais decente e'teriormente, mas não o fez em

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tudo mais feliz.as se voc+ tem uma vez sacrificado todos os pensamentos de vingança, em obedi+ncia aDeus, e est) determinado em tornar o bem por todo o mal que tiver recebido, em todos osmomentos, para poder se tornar mais semelhante a Deus, e para manifestar a suamisericórdia no reino de amor e glória, esta é uma elevada virtude, que far) voc+ se sentirfeliz.

-m segundo lugar, essas satisfaç$es e prazeres, que uma piedade e'altada requer de nóspor negarmos a nós mesmos, não nos privam de nenhum conforto real da vida.(orque, primeiro, a (iedade não requer que renunciemos a qualquer modo de vida, ondepodemos agir razoavelmente, e oferecer o que podemos fazer para a glória de Deus.odos os modos de vida, todas as satisfaç$es e prazeres, que estão dentro destes limites,não nos são de modo algum negados pelas regras mais rigorosas da piedade. udo o quevoc+ pode fazer ou desfrutar, como na presença de Deus, como seu servo, como suacriatura racional, que tem recebido razão e do conhecimento dele, tudo o que voc+ poderealizar em conformidade com a natureza racional, e com a vontade de Deus, tudo isso épermitido pelas leis da piedade. - voc+ acha que a sua vida vai ser desconfort)vel, amenos que voc+ possa desagradar a Deus, sendo um tolo, e louco, e agindo de formacontr)ria ! da razão e da sabedoria que ele implantou em voc+2- quanto !quelas satisfaç$es, que não se atrevem a oferecer um Deus santo, que somentesão inventadas pela loucura e corrupção do mundo, que inflamam as pai'$es, e afundamas nossas almas em grosseria e sensualidade, e nos tornam incapazes do favor divino,sea aqui ou no futuro, certamente não pode ser nenhum estado desconfort)vel de vidaque possa ser resgatado pela religião de tal suicida, e para ser tornado capaz da felicidadeeterna."e a religião proíbe todas as formas de vingança, sem qualquer e'ceção, é porque todavingança é da natureza do veneno, e embora não tomemos tanto a ponto de por fim !vida, ainda se tomamos algum, ele corrompe todo o sangue, e faz com que sea difícilsermos restaurados ! nossa saúde anterior."e a religião ordena uma caridade universal, amar o nosso pró'imo como a nós mesmos,para perdoar e orar por todos os nossos inimigos sem qualquer reserva, é porque todos osgraus de amor são graus de felicidade, que fortalecem e sustentam a vida divina da almae são tão necess)rios ! sua saúde e felicidade, como o alimento é apropriado e necess)riopara a saúde e felicidade do corpo.

"e a religião tem leis contra auntar tesouros na terra, e nos ordena a nos contentarmoscom alimento e vestu)rio, é porque cada outro uso do mundo, est) abusando disto paranossa própria ve'ação, e para transformar todas as suas conveni+ncias em laços earmadilhas para nos destruir. 7 porque esta clareza e simplicidade de vida, nos protegedas preocupaç$es e dores de orgulho inquieto e de invea, nos torna mais mansos paramanter a estrada em linha reta, que vai nos levar para a vida eterna."e a religião nos chama a uma vida de vigil*ncia e oração, é em razão de vivermos entreuma multidão de inimigos, e estamos sempre necessitados da auda de Deus. "e devemosconfessar e lamentar nossos pecados, é porque tais confiss$es aliviam a mente e arestauram, como fardos e pesos que são retirados dos nossos ombros."e devemos ser constantes e fervorosos em petiç$es santas, é para nos manterconstantes na visão de nosso verdadeiro bem, e que nunca possa faltar a alegria de umafé viva, uma esperança de regozio, e uma bem fundamentada confiança em Deus."e a religião nos ordena a viver totalmente para Deus e para fazer tudo para a sua glória,

é porque todos os outros modos de viver, estão totalmente contra nós mesmos, eterminarão em nossa própria vergonha e confusão de rosto.4omo tudo é escuro se Deus não iluminar, como todas as coisas são sem sentido, quantonão t+m sua parcela de conhecimento dele% como nada vive, senão participando da vidadele, como nada e'iste, senão porque ele ordena que sea, por isso, não h) glória, ougrandeza, senão o que é para a glória ou grandeza de Deus.

radução e adaptação feitas pelo (r "ilvio Dutra, do décimo primeiro capitulo do livro de?illiam @aA, em domínio público, intitulado Bma 4hamada "éria a Bma /ida "anta eDevota. ?illiam @aA, foi professor e mentor por v)rios anos de 1ohn e 4harles ?esleC,eorge ?hitefield : principais atores do grande avivamento do século E/000, que seespalhou por todo o mundo = 9enrC /enn, homas "cott e homas &dam, entre outros,que foram profundamente afetados por sua vida consagrada a Deus, e sobretudo pelo

conteúdo deste livro.

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Uma Chamada Séria a Uma Vida Santa e Devota " Cap #IV

William a!

4omo devemos melhorar nossas formas de oração, e como aumentar o espírito dedevoção.

endo mostrado nos capítulos anteriores, a necessidade de um espírito devoto, ou h)bitosespirituais em todas as partes da nossa vida comum, no desempenho de todos os nossosnegócios, no uso de todos os dons de Deus% vou considerar agora aquela parte dadevoção, que se refere aos tempos de horas de oração .-u tenho isto como algo garantido, que cada cristão, que é saud)vel, se levanta cedo pelamanhã, porque é mais do que razo)vel supor que se levante cedo, porque ele é umcristão, tanto quanto se ele é um trabalhador ou um comerciante, ou que tenha outrosnegócios aguardando por ele.#ós, naturalmente, temos alguma aversão a um homem que est) na cama, quando eledeveria estar no seu trabalho, ou em seu negócio. #ós não podemos pensar nada de bom

dele, que é como um escravo da sonol+ncia, assim como negligencia seus deveres porcausa disso.0sto portanto, nos ensina quão odiosos devemos parecer aos olhos do céu, se estamos nacama, calados nas trevas do sono, quando deveríamos estar louvando a Deus% e somosnão apenas escravos do sono, como negligenciamos nossas devoç$es a ele.(orque, se deve ser responsabilizado como um preguiçoso, aquele que escolhe aindulg+ncia do sono, e dei'a de realizar a sua parte adequadamente nos negócios domundo, quanto mais aquele que permanece em sua cama, e que não eleva o seu coraçãoa Deus em atos de louvor e adoração2& oração é a maior forma de apro'imação a Deus, e o modo de ter o maior desfrute dele,que somos capazes de ter nesta vida.-la é o e'ercício mais nobre da alma, o uso mais e'altado de nossas melhores faculdades,e a m)'ima imitação dos bem=aventurados habitantes do céu.Guando nossos coraç$es estão cheios de Deus, enviando santos deseos para o trono da

graça, então estamos em nosso estado mais elevado, estamos na maior altura dagrandeza humana, não estamos diante de reis e príncipes, mas na presença e audi+nciado "enhor de todo o mundo, e não pode haver mais alto privilégio e honra, até que amorte sea tragada em glória.(or outro lado, o sono é o mais pobre, o mais maçante refrigério do corpo, que est) muitolonge de ser concebido como um prazer, porque somos forçados a receb+=lo.5 sono indolente é um estado tão estúpido da e'ist+ncia, que, mesmo entre os animais,nós desprezamos aqueles que são mais sonolentos e indolentes.&quele, portanto, que escolhe, ampliar a indulg+ncia indolente do sono, ao invés delevantar cedo, para as suas devoç$es a Deus, opta pelo refrigério mais maçante do corpo,antes do mais elevado, mais nobre emprego da alma.alvez voc+ dir), que embora voc+ se levante tarde, todavia é sempre cuidadoso com suasdevoç$es quando est) acordado.

(ode ser assim. as o que dizer então2 7 um bom ato acordar tarde, porque voc+ ora,quando se levanta da cama2 7 perdo)vel desperdiçar grande parte do dia na cama, poisalgum tempo depois far) suas oraç$es27 tanto o seu dever se levantar para orar, como orar quando voc+ est) acordado. - sevoc+ est) atrasado em suas oraç$es, voc+ tem para oferecer a Deus as oraç$es de umadorador preguiçoso e ocioso, que sobem como oraç$es, assim como servos ociosos selevantam para e'ecutar o seu trabalho.&lém disso, se voc+ gosta de ser cuidadoso em suas devoç$es, quando est) acordado,apesar de ser o seu costume se levantar tarde, voc+ engana a si mesmo, porque não podee'ecutar as suas devoç$es como deveria . (orque aquele que não pode negar a si mesmoesta indulg+ncia sonolenta, senão passar boa parte da manhã na mesma, não est) maispreparado para a oração quando est) acordado, do que est) preparado para qualqueroutra auto=negação. (orque dormir assim indolentemente, transmite uma ociosidade atodos os nossos comportamentos, e nos torna incapazes de apreciar qualquer coisa, senão

aquilo que se adapte a tal estado de mente, e que gratifique nossos gostos naturais, comofaz o sono.

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5ra, aquele que transforma o sono em uma indulg+ncia ociosa, faz tanto para corromper edesordenar a sua alma, para torn)=la uma escrava dos apetites do corpo, e mant+=laincapaz de toda devoção de um comportamento santo, assim como aquele que transformaas necessidades de alimentação, num curso de indulg+ncia.Bma pessoa que come e bebe muito, não sente os efeitos disto, como aqueles que vivemem casos notórios de gula e intemperança, mas ainda o seu curso de indulg+ncia, embora

não sea escandaloso aos olhos do mundo, nem atormente sua própria consci+ncia, é umgrande e constante obst)culo para sua melhoria em virtude, porque isto lhe d) olhos quenão veem, e ouvidos que não ouvem, que cria uma sensualidade na alma, aumenta opoder das pai'$es corporais, e lhe torna incapaz de alcançar o verdadeiro espírito dareligião cristã.&gora este é o caso daqueles que perdem o seu tempo durante o sono% isto nãodesordena suas vidas, ou fere suas consci+ncias, como os atos notórios de intemperança,mas como qualquer outro curso imoderado de indulg+ncia, silenciosamente, e por grausmenores, desgasta o espírito da religião, e afunda a alma num estado de dol+ncia esensualidade."e voc+ considerar a devoção apenas como um certo momento de oração, voc+ talvez acumpra, apesar de viver neste indulg+ncia di)ria3 as se voc+ consider)=la como umestado do coração, como um vivo fervor da alma, que é profundamente afetada com umsenso de sua própria miséria e fraquezas, e sua necessidade do -spírito de Deus, mais doque todas as coisas do mundo, voc+ vai achar que o espírito de indulg+ncia, e o espírito deoração, não podem subsistir untos. Bma mortificação de todos os tipos, é a própria vida ealma da piedade, mas aquele que não tem o menor grau disto, de modo que não começadesde cedo suas oraç$es, não pode ter nenhuma razão para pensar que ele tomou a suacruz , e que est) seguindo a 4risto."e o nosso bendito "enhor costumava orar antes de iniciar o dia, se ele passou noitesinteiras em oração, se a devotada &na estava dia e noite no templo, se (aulo e "ilas, !meia=noite, cantaram louvores a Deus, se os cristãos primitivos, por v)rios anos, além desuas horas de oração ao meio=dia, se reuniam publicamente nas 0greas ! meia=noite,para se untarem nos "almos e 5raç$es, não é certo que estas pr)ticas mostram qual erao estado do seu coração2 #ão são provas claras da completa mudança de suas mentes2- se voc+ vive em um estado contr)rio, perdendo grande parte de cada dia com o sono,pensando muito pouco sobre as oraç$es% não é igualmente certo, que esta pr)tica tanto

mostra o estado de seu coração, e a inclinação de sua mente2De modo que , se esta indulg+ncia é o seu modo de vida, voc+ tem muita razão paraacreditar=se destituído do verdadeiro espírito de devoção, como voc+ cr+ que os apóstolose santos da 0grea (rimitiva eram verdadeiramente devotos. (orque, assim como o seumodo de vida foi uma demonstração da devoção deles, de igual modo, um caminhocontr)rio de vida, é uma forte prova de falta de devoção.Guando voc+ l+ as -scrituras, voc+ v+ uma religião que é toda vida e espírito, e de alegriaem Deus, que sup$e a nossa alma subindo acima dos deseos terrenos, e das indulg+nciascorporais, para se preparar para outro corpo, um outro mundo, e outros prazeres. asquem pode ter pensado ter essa alegria em Deus, esta aspiração pela eternidade, esseespírito vigilante, se não tiver zelo suficiente para se levantar para as suas oraç$es2& primeira coisa que voc+ deve fazer, quando voc+ estiver sobre os seus oelhos, é fecharos olhos e, com um breve sil+ncio dei'e a sua alma se colocar na presença de Deus, ousea, voc+ deve usar isso, ou algum outro método melhor, para se separar de todos os

pensamentos comuns, e fazer seu coração tão sensível quanto voc+ possa da presençadivina.&gora, se esse recolhimento em espírito é necess)rio, quem pode dizer que não é2 então,quão pobremente devem realizar suas devoç$es, aqueles que estão sempre com pressa2(ara continuar, se voc+ pudesse usar 8tanto quanto possível; sempre o mesmo lugar paraorar, se voc+ pudesse reservar esse lugar para a devoção, este tipo de consagração domesmo, como um lugar de devoção, teria um efeito em sua mente , e lhe disporia a estaranimado para a sua devoção. (orque ter um lugar assim, sagrado em seu quarto, fariacom que estivesse sempre no espírito da religião, quando l) estivesse, e lhe encheria compensamentos s)bios e santos. 5 seu próprio quarto elevaria em sua mente, taissentimentos que voc+ temeria pensar ou fazer qualquer coisa que fosse tola nesse lugar,que é o lugar de oração, e santificado para Deus.Guando voc+ começar suas petiç$es, use v)rias e'press$es dos atributos de Deus, que

podem faz+=lo mais sensível da grandeza e poder da natureza divina.-mbora, a oração não consista em belas palavras, ou e'press$es estudadas, ainda assim

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as palavras falam ! alma, como elas t+m um certo poder de elevar os pensamentos naalma, por isso, aquelas palavras que falam de Deus da maneira mais elevada, e que maisplenamente e'pressam o poder e a presença de Deus, e que elevam pensamentos naalma mais adequados ! grandeza e provid+ncia de Deus, são as mais úteis e maisedificantes em nossas oraç$es.Guando voc+ dirigir qualquer uma de suas petiç$es para o nosso bendito "enhor, poder)

usar algumas e'press$es deste tipo3 5h "alvador do mundo, @uz da luz, tu que és o brilhoda lória do (ai, e a e'pressa imagem da sua (essoa% tu que és o &lfa e o Umega, o(rincípio e Fim de todas as coisas, tu que tens destruído o poder do diabo, e que tensvencido a morte, tu que és celebrado no "anto dos "antos, que est)s ! mão direita do (ai,que a est)s acima de todos os tronos e principados, que intercede por todo o mundo, tuque és o uiz dos vivos e dos mortos, tu que vir)s depressa na tua lória pararecompensar todos os homens segundo as suas obras, sea tu a minha luz e a minha paz.(orque essas e'press$es, que descrevem tantos caracteres do nosso "alvador, suanatureza e poder não são apenas os próprios atos de adoração, mas, se forem repetidascom alguma atenção, encherão os nossos coraç$es com os mais altos fervores daverdadeira devoção .&inda, se voc+ pedir alguma graça especial de nosso bendito "enhor, que sea de algumamaneira como esta35h santo 1esus, Filho do Deus &ltíssimo, tu que foste açoitado, pendurado e pregadonuma cruz, pelos pecados do mundo, una=me ! tua cruz, e enche a minha alma com o teusanto, humilde e sofredor espírito. 5h Fonte de misericórdia, tu que salvaste o ladrão nacruz, salva=me da culpa de uma vida pecaminosa, tu que e'pulsaste sete demTnios dearia adalena, e'pulsa do meu coração todos os maus pensamentos, e comportamentosmaus . 5h Doador da vida, tu que ressuscitaste @)zaro de entre os mortos, levanta aminha alma da morte e da escuridão do pecado. u que deste a tua força aos apóstolossobre os espíritos imundos, d)=me poder sobre meu próprio coração. u que apareceste ateus discípulos, quando as portas se fecharam, apareça no aposento secreto do meucoração. u que limpaste os leprosos, curaste os doentes, e deste vista aos cegos, limpameu coração, cura as doenças da minha alma, e encha=me com a luz celestial.&gora esses tipos de apelos t+m uma dupla vantagem3 primeiro, como eles são muitoapropriadamente atos de nossa fé, pelos quais não somente mostramos a nossa crençanos milagres de 4risto, como também os transformamos ao mesmo tempo em muitas

inst*ncias de culto e adoração.-m segundo lugar, como eles fortalecem e aumentam a fé de nossas oraç$es, aoapresentarem ! nossa mente tantos casos daquele poder e bondade, que apelamos para anossa própria assist+ncia.(orque o que apela a 4risto, como quem tem o poder de e'pulsar demTnios, e ressuscitaros mortos, então tem um motivo poderoso em sua mente para orar sinceramente, edepender fielmente da sua assist+ncia.ais uma vez, a fim de encher as suas oraç$es com e'celentes meios de devoção, podeser de utilidade que voc+ observe mais esta regra3Guando, em qualquer momento, quer na leitura da -scritura, ou de qualquer livro de(iedade, voc+ se encontra com uma passagem, que mais do que o normal afeta a suamente, e parece como se fosse dar ao seu coração um novo impulso em direção a Deus,voc+ deve tentar transform)=lo numa forma de petição e, então, dar=lhe um lugar em suasoraç$es.

(or este meio voc+ poder), muitas vezes, melhorar suas oraç$es e se equipar com formasapropriadas, para fazer os deseos do seu coração conhecidos diante de Deus.-m todas as horas determinadas de oração, ser) de grande benefício para voc+, ter algofi'o, e algo em liberdade, nas suas devoç$es./oc+ deve ter algum tema fi'o, que deve ser constantemente o principal motivo de suaoração naquele momento em particular, e ainda ter liberdade para adicionar outraspetiç$es, como a sua condição pode então e'igir.(or e'emplo, como a parte da manhã é para voc+ como o início de uma nova vida% assimcomo Deus então, lhe deu um novo regozio em si mesmo, e uma renovada entrada parao mundo, é altamente adequado, que suas primeiras devoç$es seam um louvor e ação degraças a Deus, por esta nova criação, e que voc+ deve oferecer e dedicar corpo e alma,tudo o que voc+ é, e tudo o que voc+ tem, a seu serviço e glória.6eceba, portanto, todos os dias, como uma ressurreição da morte, como uma nova

apreciação da vida% receba cada sol nascente com tais sentimentos da bondade de Deus.Dei'e, portanto, que o louvor e ação de graças, e a oferta de si mesmo para Deus, seam

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sempre o assunto fi'o e certo de sua primeira oração pela manhã, e então tome aliberdade de adicionar as outras devoç$es, como a diferença acidental de sua condição oude seu coração, e tudo o mais que sea mais necess)rio e conveniente para voc+.(orque um dos maiores benefícios de devoção privada, consiste na adaptação de nossasoraç$es a essas duas condiç$es, relativas ! diferença de nosso estado, e ! diferença dosnossos coraç$es.

(or diferença do nosso estado, me refiro !s mudanças de nossas condiç$es e'ternas,como doença, saúde, dores, perdas, decepç$es, problemas, misericórdias ou uízos deDeus, todos os tipos de bondades, les$es ou reprovaç$es de outras pessoas.&gora, como estes são grandes partes do nosso estado de vida, como eles fazem grandediferença nele, mudando continuamente, por isso a nossa devoção ser) feita duplamentebenéfica para nós, quando se destina a receber e santificar todas essas mudanças donosso estado, e transform)=los numa aplicação mais especial a Deus.& pró'ima condição, para a qual devemos sempre adaptar algumas partes de nossasoraç$es, é a diferença de nossos coraç$es% em relação ao amor, alegria, paz,tranquilidade% doçura e aridez de espírito, ansiedade, descontentamento, invea, ambição,tristeza e pensamentos desconsoladores, ressentimentos, e toda sorte de sentimentos edisposiç$es impertinentes.&gora, como esses comportamentos, em razão da fraqueza de nossa natureza, terão suasucessão mais ou menos, mesmo nas mentes piedosas, deste modo devemos fazerconstantemente o estado atual do nosso coração, o motivo de alguma petição específicapara Deus."e estamos na calma prazerosa de doces e suaves sentimentos de amor e alegria emDeus, devemos, então, oferecer o tributo de aç$es de graça, pela posse de tantafelicidade, agradecendo e lhe reconhecendo como sendo o Doador de tudo isto."e, por outro lado, nos sentimos sobrecarregados e oprimidos, com ansiedade de espíritoe mal=estar, devemos então olhar para Deus em atos de humildade, confessando nossaindignidade, contando os nossos problemas a ele, rogando=lhe para diminuir o peso dasnossas fraquezas, e para livrar=nos de tais sentimentos que se op$em ! pureza e !perfeição de nossas almas.&gora, por observarmos isto, e atendermos ao estado atual de nossos coraç$es, eadequando algumas de nossas petiç$es e'atamente ! sua necessidade, devemos nãosomente estar bem familiarizados com os distúrbios de nossas almas, mas também ser

bem e'ercitados no método de cur)=los.-mbora o espírito de devoção sea dom de Deus, e não atingível por qualquer mero poderpropriamente nosso, todavia é principalmente dado e nunca retido, para aqueles que porum uso s)bio e diligente uso de meios adequados, se preparam para a recepção domesmo.- é incrível ver, quão ansiosamente os homens empregam a sua sagacidade, tempo,estudo, aplicação e e'ercício% quando alguma coisa se destina a atender suas intenç$es edeseos em assuntos mundanos, e quão negligentemente e tão pouco eles usam suasagacidade e habilidades, para elevar e aumentar a sua devoçãoO(ara corrigir esse comportamento, e encher um homem com um espírito bastantecontr)rio a isto, não parece haver nada mais necess)rio, do que a nua fé da verdade docristianismo.(ara concluir este capítulo, Devoção nada mais é do que certas apreens$es e afeiç$escorretas para com Deus.

odas as pr)ticas, portanto, que aumentam e melhoram as nossas verdadeiras apreens$esde Deus, todas as formas de vida que tendem a nutrir, levantar, e corrigir nossas afeiç$essobre ele, devem ser contadas como meios de auda para nos encher de devoção.4omo a oração é o combustível adequado desta chama sagrada, por isso devemos usartodo o nosso cuidado e artifício para dar ! oração todo o seu poder, como por esmolas,abnegação, retiros, e as leituras sagradas, e observando horas de oração% mudando,improvisando, e adequando nossas devoç$es ! condição de nossa vida, e ao estado dosnossos coraç$es.&queles que t+m mais tempo livre, parecem ser mais especialmente chamados a umaobserv*ncia mais eminente dessas regras sagradas de uma vida devota.- aqueles que pela necessidade de seu estado, e não através de sua própria escolha, quet+m pouco tempo para empregar na devoção, devem fazer por esta razão, o melhor usodo pouco que t+m.

(ois este é o caminho certo de fazer a devoção produzir uma vida devota.

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radução e adaptação feitas pelo (r "ilvio Dutra, do décimo quinto capitulo do livro de?illiam @aA, em domínio público, intitulado Bma 4hamada "éria a Bma /ida "anta eDevota. ?illiam @aA, foi professor e mentor por v)rios anos de 1ohn e 4harles ?esleC,eorge ?hitefield : principais atores do grande avivamento do século E/000, que seespalhou por todo o mundo = 9enrC /enn, homas "cott e homas &dam, entre outros,que foram profundamente afetados por sua vida consagrada a Deus, e sobretudo pelo

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Uma Chamada Séria a Uma Vida Santa e Devota " Cap #V

William a!

-fésios M3JR = falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao "enhorcom hinos e c*nticos espirituais,

4olossenses I3JV = 9abite, ricamente, em vós a palavra de 4risto% instruí=vos e

aconselhai=vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos,e c*nticos espirituais, com gratidão, em vosso coração.

"obre cantar os "almos em nossas devoç$es particulares. - sobre a e'cel+ncia e benefíciodeste tipo de devoção, pelos grandes efeitos que ela tem sobre nossos coraç$es. - sobreos meios de faz+=lo da melhor maneira.

/oc+ ) viu no capítulo anterior, o que significa e quais são os métodos para aumentar emelhorar a sua devoção. Guão cedo voc+ deve começar suas oraç$es, e o que deve ser oobeto de suas primeiras devoç$es pela manhã.9) ainda uma coisa restante, que deve ser observada, e que não pode ser negligenciada,sem grande preuízo !s suas devoç$es.- isto é, que voc+ deve começar todas as suas oraç$es com um "almo.

0sto é tão certo, é tão benéfico para a devoção, porque tem muito efeito em nossoscoraç$es.-u não quero dizer, que voc+ deve ler um "almo, mas que voc+ deve cant)=lo.Deve ser considerada a import*ncia de se cantar um "almo no início de suas devoç$es,por ser algo que despertar) tudo o que é bom e santo dentro de voc+, e que chamar) oseu espírito ao seu dever apropriado, para aust)=lo em sua melhor postura para o céu esintonizar todos os poderes de sua alma para a adoração.(ois não h) nada que tão melhor limpe o caminho para suas oraç$es, nada que tantoe'pulse a indol+ncia de coração, nada que purifique a alma das pai'$es pobres epequenas, nada que abra o céu, ou conduza o seu coração para tão perto dele, comoessas canç$es de louvor.-las criam um sentido e prazer em Deus, elas despertam santos deseos, e lhe ensinam apedir, e prevalecem com Deus para atender suas petiç$es. -las acendem uma chamasagrada, e transformam seu coração em um altar, suas oraç$es em incenso, e as

conduzem como um doce aroma suave ao trono da graça.& diferença entre cantar e ler um "almo, ser) facilmente compreendida, se voc+considerar a diferença entre ler e cantar uma canção comum que voc+ goste. -nquantovoc+ apenas a l+, voc+ somente gosta da letra, e isso é tudo, mas assim que voc+ a canta,então voc+ a aprecia, voc+ sente o prazer e a emoção dela, ela se apodera de voc+, suasemoç$es entram em ritmo com ela e voc+ sente dentro de si o mesmo espírito que pareceestar nas palavras."e voc+ tivesse que dizer a uma pessoa que tem essa canção, que ela não precisa cant)=la, que seria suficiente ler, ela iria querer saber o que voc+ quis dizer, e achar que lhepediu um absurdo, como se tivesse lhe dito que somente deveria olhar para a comida,para ver se era boa, mas não precisava com+=la% porque um c*ntico de louvor nãocantado, é muito parecido com qualquer outra coisa boa da qual não se fez uso.alvez voc+ diga, que cantar é um talento especial, que pertence somente a determinadaspessoas, e que voc+ não tem nem voz, nem ouvido para cantar qualquer música."e voc+ tivesse dito que cantar é um talento geral, no qual as pessoas diferem, como emtodas as outras coisas, voc+ teria dito alguma coisa muito mais verdadeira.

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(ois as pessoas diferem muito no talento de pensar, que não é somente comum a todos oshomens, mas parece ser a própria ess+ncia da natureza humana.#o entanto, ninguém desea ser dispensado do pensamento, ou razão, ou discurso, porqueele não tem esses talentos, como algumas pessoas o possuem."e uma pessoa viesse a dei'ar de orar, porque ela tinha um estranho tom em sua voz, elateria uma boa desculpa para não cantar "almos, por ter pouca voz.

-m segundo lugar, esta obeção poderia ser de algum peso, se voc+ fosse cantar paraentreter outras pessoas, mas isto não é para ser admitido no presente caso, onde voc+ sóest) obrigado a cantar os louvores de Deus, como uma parte de sua devoção privada.odos os homens são cantores, da mesma forma como todos os homens pensam, falam,riem e choram.4ada estado do coração, naturalmente, coloca o corpo em algum estado que é adequadopara ser mostrado a outras pessoas. "e um homem est) com raiva, ninguém precisa lheinstruir como e'pressar essa pai'ão pelo tom de sua voz. 5 estado de seu coração oconduzir) ao uso adequado da sua voz."e, portanto, e'istem, senão poucos cantores de músicas divinas, se as pessoas queremser e'cluídas desta parte da devoção, é porque são poucos, cuos coraç$es são elevados !altura da piedade, e que sentem impulsos de alegria e prazer nos louvores a Deus.0magine a si mesmo, como se tivesse estado com oisés quando ele conduzia o povoatravés do ar /ermelho, e que voc+ tivesse visto as )guas se dividirem, e que estascaíssem sobre os seus inimigos depois de voc+ t+=lo atravessado em segurança, entãoteria voz para cantar louvores a Deus untamente com oisés3 H5 "enhor é a minha força,e o meu c*ntico, e se tornou a minha salvação, etcN.-u sei, e seu coração lhe diz, que todas as pessoas naquela ocasião devem ter entoadolouvores. - isto, portanto, lhe ensina que é o coração que afina a voz para cantar oslouvores de Deus% e que se voc+ não pode cantar essas mesmas palavras agora comalegria, é porque voc+ não est) tão afetado com a salvação do mundo por 1esus 4risto,como os israelitas ficaram com a sua libertação no ar /ermelho."e voc+, então, despertar o seu coração, ele tão naturalmente cantar) as palavras do"almo, como ele ri quando ele est) satisfeito. - este ser) o caso em cada música quetocar o coração."e voc+ puder dizer com Davi, meu coração est) firme, ó Deus, meu coração est) firme%ser) muito f)cil e natural voc+ adicionar a isto, como ele fez, eu vou cantar e louvar, etc.

-m segundo lugar, vamos agora considerar uma outra razão para este tipo de devoção.4omo o canto é um efeito natural da alegria no coração, por isso tem também um podernatural de tornar o coração alegre.& alma e o corpo são tão unidos, que t+m cada um deles poder sobre o outro em suasaç$es. 4ertos pensamentos e sentimentos na alma, produzem tais e tais movimentos ouaç$es no corpo, e, por outro lado, certos movimentos e as aç$es do corpo, t+m o mesmopoder de aumentar tais e tais pensamentos e sentimentos na alma. (orque, como o cantoé o efeito natural da alegria na mente, por isso é tão verdadeiramente uma causa naturalque eleva a alegria na mente, pois h) aqui uma recíproca relação de causa e efeito.4omo a devoção do coração faz surgir naturalmente atos de oração, de igual modo os atosde oração são meios naturais para elevar a devoção do coração.4omo a raiva produz palavras de raiva, então palavras iradas aumentam a ira.-mbora, a sede da 6eligião estea no coração, mas uma vez que nossos corpos t+m umpoder sobre nossos coraç$es, uma vez que as aç$es tanto procedem, quanto entram no

coração, est) claro que as aç$es e'ternas t+m um grande poder sobre essa 6eligião queest) sediada no coração .Devemos, portanto, tanto usar auda e'terna, quanto interna em nossa meditação, a fimde gerar e corrigir h)bitos de piedade em nossos coraç$es.-sta doutrina pode ser facilmente levada longe demais, pois, se dependermos de muitosmeios e'teriores de adoração, isto pode degenerar em superstição% como, por outro lado,alguns t+m caído no e'tremo contr)rio. (orque para provar a 6eligião sediada no coração,alguns t+m e'ercido essa noção, até agora, como renúncia ! oração vocal, e outros atose'teriores de adoração, como o louvor, e t+m resumido toda a sua religião em umquietismo, ou relação mística com Deus em sil+ncio.5ra, estes são dois e'tremos igualmente preudiciais ! verdadeira 6eligião, e não devemser achados quer no culto interno ou e'terno.(ois desde que não somos somente alma, nem somente corpo, por não serem nenhuma

de nossas aç$es separadas da alma, ou separadas do corpo, sabendo que os h)bitos sãoproduzidos tanto em nossas almas quanto em nossos corpos , é certo, que, para se chegar

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a h)bitos de devoção, ou prazer em Deus, devemos não somente meditar e e'ercitarnossas almas, mas devemos praticar e e'ercitar nossos corpos para todas aquelas aç$ese'ternas, por serem conformes a esses temperamentos interiores, entre os quaispodemos citar o h)bito de cantar louvores."e quisermos verdadeiramente prostrar nossas almas diante de Deus, devemos usarnossos corpos em posturas de humildade% se deseamos verdadeiro fervor de devoção,

devemos fazer da oração o trabalho frequente de nossos l)bios."e quisermos banir todo o orgulho e pai'ão de nossos coraç$es, nós devemos nos forçar atodas as aç$es e'teriores de paci+ncia e mansidão. "e quisermos sentir os movimentosinteriores de alegria e prazer em Deus, devemos praticar todos os atos e'ternos relativosa isto, e fazer as nossas vozes se austarem aos nossos coraç$es.&gora, pois, voc+ pode ver claramente que a razão e necessidade do c*ntico dos "almos,é porque são necess)rias aç$es e'ternas para apoiar as disposiç$es interiores, e,portanto, o ato e'terno de alegria é necess)rio para aumentar e apoiar a alegria interiorda mente.oda oração e devoção, euns e arrependimento, meditação e retiros espirituais, a santaceia e o batismos e todas as ordenanças, t+m por alvo senão tornar a alma, assim, santa,e conforme ! vontade de Deus, e para ench+=la com gratidão e louvor por cada coisa quevem de Deus. -sta é a perfeição de todas as virtudes% e todas as virtudes que não tendema isso, ou que não procedam disso, são senão falsos ornamentos de uma alma nãoconvertida a Deus./oc+ não precisa, portanto, agora perguntar, porque eu dou tanta +nfase ! import*ncia decantar um "almo em todas as suas devoç$es, pois voc+ v+ que é para encher o seuespírito de alegria e gratidão a Deus, que é a mais alta perfeição de uma vida divina esanta.

radução e adaptação feitas pelo (r "ilvio Dutra, do décimo quinto capitulo do livro de?illiam @aA, em domínio público, intitulado Bma 4hamada "éria a Bma /ida "anta eDevota. ?illiam @aA, foi professor e mentor por v)rios anos de 1ohn e 4harles ?esleC,eorge ?hitefield : principais atores do grande avivamento do século E/000, que seespalhou por todo o mundo = 9enrC /enn, homas "cott e homas &dam, entre outros,que foram profundamente afetados por sua vida consagrada a Deus, e sobretudo peloconteúdo deste livro.

$ %eri&o do Chamado '(undo Cristão)

William a!

Bma 4hamada "éria a Bma /ida "anta e Devota : 4ap E/00

Guão difícil é a pr)tica da humildade pelo mundo. odavia o cristianismo requer quevivamos ao contr)rio do mundo.4ada pessoa, quando se aplica ao e'ercício desta virtude da humildade, deve se

considerar como um aprendiz, como fosse aprender algo que é contr)rio aos antigosh)bitos e disposiç$es da mente, o que somente pode ser obtido através de pr)tica di)ria econstante.0sto não tem tanto a ver como aquele que tem que aprender alguma nova arte ou ci+ncia,senão que tem muito também para desaprender, porque deve esquecer e dei'ar de lado oseu próprio ego, que tem tido por longo tempo formado a si mesmo, e também seesquecer e se afastar da abund*ncia de pai'$es e opini$es, da moda em voga, e o espíritodo mundo, que se fizeram naturais para ele.-le deve dei'ar de lado o seu próprio ego, porque, como nós nascemos em pecado, porisso, o orgulho, que é tão natural para nós como o amor=próprio desmedido, e quecontinuamente brota do mesmo. - esta é a razão, porque o cristianismo é muitas vezesrepresentado como um novo nascimento, e um novo espírito.-le deve dei'ar de lado as opini$es e as pai'$es que tem recebido do mundo, porque amoda do mundo, pela qual temos sido conduzidos, como numa torrente, antes quepudéssemos fazer ulgamentos corretos sobre o valor das coisas, é, em muitos aspectos,contr)ria ! humildade% e assim precisamos desaprender o que o espírito do mundo nos

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ensinou, antes que possamos estar sueitos ao espírito de humildade.5 diabo é chamado nas -scrituras de o príncipe deste mundo, sea porque ele tem umgrande poder no mesmo, ou porque muitas das suas regras e princípios são inventadospor este espírito maligno, o pai de todos os enganos e mentiras, que nos separa de Deus,ou nosso retorno ! felicidade.&gora de acordo com o espírito e moda deste mundo, cuo ar corrupto todos nós temos

que respirar, h) muitas coisas que se passam por grandes e honor)veis, e muitodese)veis, que estão muito longe de serem assim, que a verdadeira grandeza e honra denossa natureza consiste em não dese)=las.er riquezas, belas casas, e roupas finas, ser belo fisicamente, ter títulos honoríficos, estaracima de nossos semelhantes, comandar e ser reverenciado por outras pessoas, serolhado com admiração, superar nossos inimigos com poder, para subugar todos os que seop$em a nós, e viver muito para comer e beber, e se deliciar na forma mais onerosa ,estas são as grandes e dese)veis coisas para as quais o espírito do mundo atrai os olhosde todas as pessoas. - muitos homens t+m medo de ficar parados, e não se engaarem nabusca destas coisas, a menos que o próprio mundo lhes prive das mesmas.& história do -vangelho, é principalmente a história de 4risto e a sua vitória sobre esteespírito do mundo. - os verdadeiros cristãos são apenas aqueles que, seguindo o -spíritode 4risto, t+m vivido de modo contr)rio a este espírito do mundo. H"e alguém não tem o -spírito de 4risto, esse tal não é deleN, diz o apóstolo (aulo em6om Q.R, e o apóstolo 1oão em 0 1o M.L3 Hodo aquele que é nascido de Deus, vence omundo.N H4oloque suas afeiç$es nas coisas do alto, e não nas que são da terra% porque morrestes,e a vossa vida est) escondida com 4risto em Deus.N, 4ol I.K.-sta é a linguagem de todo o #ovo estamento. -sta é a marca do 4ristianismo, voc+ deveestar morto , ou sea, morto para o ego e para as inclinaç$es do mundo, e viver uma novavida no -spírito de 1esus 4risto.as, não obstante a clareza e simplicidade destas doutrinas que nos ordenam renunciarao mundo, todavia grande parte dos cristãos vivem e morrem como escravos doscostumes e disposiç$es do mundo.Guantas pessoas estão inchadas com orgulho e vaidade, por essas coisas das quais nãosabem qual é o valor afinal, mas que são admiradas no mundo2Guantas pessoas temem ter suas casas mal mobiliadas, ou a si mesmas mesquinhamente

vestidas, por esta única razão3 para que o mundo não as tenha como pessoas de bai'a oumédia condição2Guão frequentemente um homem tem cedido ! arrog*ncia e ! m) índole de outros, emostrado um temperamento dócil, mas que não se atreveria a passar por um homempobre de espírito, na opinião do mundo2Guantos homens, muitas vezes esquecem um ressentimento e perdoam uma afronta, masque são temerosos que o mundo não lhe perdoasse2Guantos não praticariam a temperança e a sobriedade cristã em sua m)'ima perfeição, senão fosse a censura que o mundo passa em cima de uma vida assim25utros t+m intenç$es frequentes de viverem de acordo com as regras da perfeição cristã,mas ficam preocupados com a forma pela qual o mundo possa consider)=los.&ssim, fazemos com que as impress$es que temos recebido do mundo escravizem nossasmentes, e não ousamos tentar ser eminentes aos olhos de Deus, e dos santos anos, pormedo de sermos pouco estimados pelos olhos do mundo.

& partir disto, surge a maior dificuldade da humildade, porque não pode subsistir emqualquer mente, caso não estea morta para o mundo, e para todos os deseos dedesfrutar de sua grandeza e honras. De modo que, a fim de ser verdadeiramente humilde,voc+ deve desaprender todas essas noç$es, que tem aprendido por toda a sua vida desseespírito corrupto do mundo./oc+ não pode fazer qualquer oposição contra os assaltos de orgulho% e os ternos afetosde humildade não podem ter lugar na sua alma, até que voc+ interrompa o poder domundo sobre voc+, e resolva não dar uma obedi+ncia cega !s suas leis.- uma vez que tiver feito progresso nisto, e que sea capaz de se levantar no meio datorrente das atraç$es e opini$es do mundo, e, e'aminar o mundo e o valor das coisas quesão mais admiradas e valorizadas no mundo, voc+ ter) dado um grande passo paraalcançar a sua liberdade, e ter uma boa base para a mudança do seu coração.(orque o poder do mundo é grande por ser construído em cima de uma obedi+ncia cega, e

precisamos apenas abrir os nossos olhos, para nos livrarmos do seu poder.Devemos considerar o comportamento que a profissão do 4ristianismo requer de nós, no

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que diz respeito ao mundo.0sto est) claramente revelado nas seguintes passagens bíblicas3 Ho qual se entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundoperverso, segundo a vontade de nosso Deus e (ai,N, )l J.L. H-les procedem do mundo% por essa razão, falam da parte do mundo, e o mundo osouve.N, 0 1o L.M.

 H"abemos que somos de Deus e que o mundo inteiro az no aligno.N, 0 1o M.JR. H-les não são do mundo, como também eu não sou.N, 1oão JW.JV.& grande vitória que os cristãos t+m sobre o mundo est) contida no mistério de 4risto na4ruz. -le esteve l), e dali, ele ensinou todos os cristãos como eles deveriam vencer omundo, e tudo o que h) no -vangelho é apenas a e'plicação, significado e aplicação destegrande mistério.- o estado do cristianismo implica nada mais, senão uma inteira conformidade absoluta aesse espírito, que 4risto mostrou no misterioso sacrifício de si mesmo na cruz.4ada homem é, portanto, um cristão, somente quando ele participa desse espírito de4risto. Foi isso que fez (aulo apai'onadamente se e'pressar dizendo que Deus nãopermitisse que se gloriasse, senão na cruz de nosso "enhor 1esus 4risto. as por que elese gloriaria2 "er) porque 4risto sofreu em seu lugar, e lhe isentou do sofrimento2 #ão, demaneira nenhuma. as porque a sua profissão da fé cristã lhe havia chamado para ahonra de sofrer com 4risto, e de morrer para o mundo sob censura e desprezo, como -lehavia feito na cruz. (orque ele imediatamente acrescenta, se referindo ! cruz3 Hpela qual omundo est) crucificado para mim, e eu para o mundo.N-ste, como voc+ v+, foi o motivo de se gloriar na cruz de 4risto, porque ele lhe haviachamado para um estado como de morte e de crucificação para o mundo.& necessidade de tal conformidade a tudo o que 4risto fez, e sofreu em nosso lugar, émuito simples de entender segundo todo o teor da -scritura.(rimeiro, quanto aos seus sofrimentos, esta é a única condição de evidenciar nossasalvação por meio deles = se sofremos com -le, também reinaremos com -le.-m segundo lugar, quanto ! sua crucificação3 Hsabendo isto3 que foi crucificado com ele onosso velho homem, para que o corpo do pecado sea destruído, e não sirvamos o pecadocomo escravos%N, 6om V.V. &qui voc+ v+, 4risto não é crucificado em nosso lugar, se onosso velho homem não estiver realmente crucificado com ele : de outra forma a cruz de4risto não nos beneficiar) em nada.

-m terceiro lugar, quanto ! morte de 4risto , a condição é a seguinte3 "e nós morremoscom 4risto, cremos que também viveremos com ele, 6om V.Q% 00 im K.JJ. "e, portanto,4risto tivesse morrido sozinho, se nós não estivéssemos mortos com ele, podemos estartão certos por esta -scritura, que não viveremos com ele.(or fim, quanto ! ressurreição de 4risto, a -scritura nos mostra que devemos participar dobenefício da mesma3 H"e ressuscitaste com 4risto, buscai as coisas que são de cima, onde4risto est) sentado ! mão direita de Deus.N&ssim voc+ v+, quão claramente a -scritura apresenta o nosso bendito "enhor, comonosso representante agindo e sofrendo em nosso nome, vinculando=nos e obrigando=nos aestar conformes a tudo o que ele fez e sofreu por nós.Foi por esta razão, que 1esus disse a seus discípulos, e por eles a todos os verdadeiroscrentes, que eles não são deste mundo, assim como ele não é deste mundo. (orque todosos verdadeiros crentes conformados aos sofrimentos, crucificação, morte e ressurreição de4risto, não vivem mais segundo o espírito deste mundo, mas a sua vida est) escondida

com 4risto em Deus.-ste é o estado de separação do mundo, para o qual todos os cristãos são chamados. -lesdevem agora renunciar a toda disposição mundana, e serem regidos pelas coisas da outravida, como para mostrar que eles são verdadeira e realmente crucificados, mortos eressuscitados com 4risto. - isso é tão necess)rio para todos os cristãos = estar de acordocom esta grande mudança de espírito, para serem assim novas criaturas em 4risto, comofoi necess)rio que 4risto padecesse, morresse, e ressuscitasse para a nossa salvação.Guão alto a vida cristã é colocada acima dos caminhos deste mundo, est)maravilhosamente descrito por (aulo com estas palavras3 H&ssim que, nós, daqui pordiante, a ninguém conhecemos segundo a carne% e, se antes conhecemos 4risto segundoa carne, ) agora não o conhecemos deste modo. -, assim, se alguém est) em 4risto, énova criatura% as coisas antigas ) passaram% eis que se fizeram novas.N, 00 4or M.JV.JW.&quele que sente a força e o espírito destas palavras, dificilmente pode suportar qualquer

interpretação humana delas. Daí em diante, ele diz% isto é, desde a morte e ressurreiçãode 4risto, o estado do cristianismo se tornou tão glorioso estado, que nem sequer se

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considera como 4risto estivesse na carne sobre a terra, mas como um Deus da glória nocéu% nós nos conhecemos e não nos consideramos como homens na carne, mas comocompanheiros e membros de uma nova sociedade, que tem todo o seu coração,disposiç$es e conversação no céu.&ssim é que o cristianismo nos colocou para fora, e acima do mundo.&gora , uma vez que foi o espírito do mundo, que pregou o nosso bendito "enhor na cruz,

por isso todo o homem que tem o espírito de 4risto, que se op$e ao mundo como ele fez,certamente vai ser crucificado pelo mundo de alguma forma ou de outra.(orque o cristianismo ainda vive no mesmo mundo que 4risto viveu% e estes dois serãoinimigos até o reino das trevas ser inteiramente subugado."e voc+ vivesse com nosso "alvador como seu verdadeiro discípulo, seria então, odiadocomo ele foi, e se voc+ vive agora em seu espírito, o mundo ser) o mesmo inimigo paravoc+ agora, como foi para ele em seu ministério terreno. H"e fTsseis do mundoN, diz nosso bendito "enhor, Ho mundo, o mundo amaria o que eraseu% como, todavia, não sois do mundo, pelo contr)rio, dele vos escolhi, por isso, omundo vos odeia.N, 1oão JM.JR.-stamos aptos a perder o verdadeiro significado dessas palavras, por consider)=las apenascomo uma descrição histórica, de algo que foi o estado de nosso "alvador e seusdiscípulos naquele momento.as essa é a leitura da -scritura como letra morta, porque descreve e'atamente o estadode verdadeiros cristãos, até o fim do mundo.(orque, assim como o verdadeiro cristianismo não é nada mais, senão o espírito de 4risto,então se esse espírito comparecer na pessoa de 4risto em si mesmo, ou seus apóstolos,ou seguidores em qualquer época, é a mesma coisa, quem tem o seu espírito, ser)odiado, desprezado, e condenado pelo mundo, como ele foi.(orque o mundo sempre amar) os que sãos seus, isso é tão certo e imut)vel, como aoposição entre luz e trevas./oc+ talvez dir), que o mundo est) agora se tornou cristão, pelo menos a parte dele emque vivemos, e por isso o mundo não deve ser considerado agora nesse estado deoposição ao 4ristianismo, como quando era pagão.7 concedido, que o mundo agora professa o cristianismo. mas alguém poder) dizer, queeste mundo cristão é o espírito de 4risto2"ão seus temperamentos gerais os temperamentos de 4risto2 "ão as pai'$es de

sensualidade, o egoísmo, orgulho, cobiça, ambição, e vanglória, menos contr)rios aoespírito do -vangelho, agora que eles estão entre os cristãos, do que quando eles estavamentre os pagãos2 5u voc+ dir), que os temperamentos e pai'$es do mundo pagão estãoperdidos e foram embora24onsidere=se, em segundo lugar, que voc+ est) dizendo com o mundo. &gora isto étotalmente descrito por 1oão3 Hporque tudo que h) no mundo, a concupisc+ncia da carne,a concupisc+ncia dos olhos e a soberba da vida, não procede do (ai, mas procede domundo.N, 0 1o K.JV. -sta é uma descrição e'ata e completa do mundo. &gora voc+ vaidizer, que este mundo se tornou cristão2as se tudo isso ainda subsiste, então, o mesmo mundo agora é o mesmo inimigo docristianismo, que foi nos dias do apóstolo 1oão.Foi esse mundo que 1oão condenou, como não sendo do (ai% se, portanto, perseguiuabertamente o 4ristianismo, ele ainda est) no mesmo estado de contrariedade aoverdadeiro espírito e santidade do -vangelho.

- de fato o mundo, professando o cristianismo, est) tão longe de ser um inimigo menosperigoso do que era antes, porque ele tem destruído mais cristãos, do que nunca fizeraantes por meio da perseguição mais violenta.8De fato, o moderno cristianismo, que absorveu e incorporou os h)bitos do mundo,inclusive no culto de adoração, tem impedido que a maioria dos cristãos vivam com overdadeiro espírito de 4risto. - não se vivendo na fé genuinamente bíblica na vida, não sepode vencer o mundo, porque é somente esta fé que vence o mundo : nota do tradutor;.Devemos, portanto, estar tão longe de considerar o mundo como num estado de menosinimizade e oposição ao cristianismo, do que fora nos primeiros tempos do evangelho, queé preciso precaver=se contra ele como sendo um maior e mais perigoso inimigo agora, doque fora naqueles dias antigos.7 um inimigo maior, porque tem maior poder sobre os cristãos por seus favores, riquezas,honras, pr+mios e proteç$es, do que tinha pelo fogo e fúria de suas perseguiç$es.

7 um inimigo mais perigoso, por ter perdido a sua apar+ncia de inimizade. & sua profissãodo cristianismo faz com que não sea mais considerado como um inimigo, e, por

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conseguinte, a maioria das pessoas são facilmente persuadidas a se resignarem a seremregidas e dirigidas por ele e seus costumes.#ão h) nada, portanto, que um bom cristão deve ser mais desconfiado, ou mais seguardar constantemente contra, do que a autoridade do chamado mundo cristão.5s cristãos primitivos não tinham nada a temer do mundo pagão, senão o perder suasvidas, mas o mundo atual que finge ser seu amigo, torna difícil para os cristãos salvarem

a sua religião.-nquanto o orgulho, sensualidade, cobiça e ambição, somente tinham autoridade sobre omundo pagão, os cristãos eram por conseguinte, mais preocupados em ter as virtudescontr)rias a isto. as quando orgulho, sensualidade, cobiça e ambição, t+m autoridadesobre o undo 4ristão, então os cristãos estão e'postos a um maior perigo, não somentede ser envergonhados por tal pr)tica, mas de perderem a própria noção da piedade do-vangelho.#ão h), portanto, quase nenhuma possibilidade de salvar a si mesmo do mundo atual,senão, por consider)=lo como o mesmo ímpio inimigo a toda a verdadeira santidade, comoele é representado nas -scrituras% e se estando seguro de que é tão perigoso estar deacordo com as orientaç$es e pai'$es do mundo, agora no mundo que se diz cristão, comoquando ele era pagão.-spero, com estas refle'$es, audar a romper as dificuldades, e resistir !quelas tentaç$es,que a autoridade e a moda do mundo levantaram contra a pr)tica da humildade cristã.

radução e adaptação feitas pelo (r "ilvio Dutra, do décimo sétimo capitulo do livro de?illiam @aA, em domínio público, intitulado Bma 4hamada "éria a Bma /ida "anta eDevota. ?illiam @aA, foi professor e mentor por v)rios anos de 1ohn e 4harles ?esleC,eorge ?hitefield : principais atores do grande avivamento do século E/000, que seespalhou por todo o mundo = 9enrC /enn, homas "cott e homas &dam, entre outros,que foram profundamente afetados por sua vida consagrada a Deus, e sobretudo peloconteúdo deste livro.

5s <enefícios da 5ração de 0ntercessão

?illiam @aA

Bma 4hamada "éria a Bma /ida "anta e Devota : 4ap EE0

& necessidade e benefício da intercessão, considerada como um e'ercício de amoruniversal. 4omo todas as categorias de homens devem orar e interceder unto a Deus unspelos outros. 4omo tal intercessão pacifica e reforma os coraç$es daqueles que autilizam.Gue a intercessão é uma grande e necess)ria parte da devoção cristã, est) muito evidentenas -scrituras.5s primeiros seguidores de 4risto, parecem ter se suportado em amor, e mantido todas assuas relaç$es e correspond+ncia, através de oraç$es mútuas.(aulo, sea escrevendo para as igreas, ou a pessoas em particular, mostra sua intercessãopermanente por eles, que era o assunto constante de suas oraç$es.&ssim, disse aos Filipenses3 HDou graças ao meu Deus por tudo que recordo de vós,fazendo sempre, com alegria, súplicas por todos vós, em todas as minhas oraç$es,N, FpJ.I,L.&qui vemos, não somente uma contínua intercessão, mas e'ecutada com muita alegria,como também mostra que era um e'ercício de amor, no qual ele se regoziava altamente."ua devoção teve também o mesmo cuidado por pessoas em particular% como aparece naseguinte passagem3 HDou graças a Deus, a quem, desde os meus antepassados, sirvo comconsci+ncia pura, porque, sem cessar, me lembro de ti nas minhas oraç$es, noite e dia.N,00 im J.I.Guão santo e amig)vel foi isso, como digno de pessoas que foram elevadas acima domundo, e relacionadas entre si, como novos membros de um reino do 4éuO

&póstolos e grandes santos não somente beneficiam e abençoam igreas particulares epessoas privadas, mas eles mesmos também recebem graças de Deus pelas oraç$es dos

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outros. &ssim diz (aulo aos 4oríntios3 Haudando=nos também vós, com as vossas oraç$esa nosso favor, para que, por muitos, seam dadas graças a nosso respeito, pelo benefícioque nos foi concedido por meio de muitos.N, 00 4or J.JJ.-sta foi a antiga amizade dos cristãos, unindo e cimentando os seus coraç$es, não porconsideraç$es mundanas, ou humanas pai'$es, mas pela comunicação mútua de b+nçãosespirituais, por oraç$es e aç$es de graças a Deus.

Foi essa intercessão santa, que levantou os cristãos a tal estado de amor mútuo, quee'cedeu tudo o que havia sido elogiado e admirado na amizade humana. - quando omesmo espírito de intercessão estiver mais uma vez no mundo, quando o cristianismotiver o mesmo poder sobre os coraç$es das pessoas, então isto que tinha sido antes,estar) novamente na moda, e os cristãos serão novamente a maravilha do mundo, porcausa daquele e'celente amor que possuírem mutuamente.(orque uma intercessão frequente a Deus, rogando=lhe com sinceridade para perdoar ospecados de toda a humanidade, para abenço)=los com a sua provid+ncia, ilumin)=los como seu -spírito, e traz+=los para sempre ! felicidade duradoura, é o e'ercício mais divinoem que o coração do homem possa estar engaado.-stea portanto, diariamente, de oelhos, numa solene, e determinada e'ecução destadevoção, orando pelos outros com a importunação e sinceridade que voc+ usa para simesmo% e encontrar) todas as pequenas pai'$es e fraquezas naturais morrerem, o seucoração crescer grande e generoso, deleitando=se com a felicidade comum dos outros,assim como voc+ usava apenas para deleitar a si mesmo.(orque aquele que ora diariamente a Deus, para que todos os homens possam ser felizesno céu, toma o caminho mais deleit)vel para faz+=lo desear, e procurar sua felicidade naterra. - é quase impossível para voc+, implorar e rogar a Deus para fazer qualquer umfeliz nos mais elevados deleites da sua glória por toda a eternidade, e ainda assim estarpreocupado para v+=lo desfrutar os menores dons de Deus, neste curto e bai'o estado devida humana.Guando, portanto, uma vez que voc+ tenha habituado o seu coração para um sincerodesempenho desta intercessão santa, voc+ tem feito uma grande coisa, para torn)=loincapaz de rancor e invea, e para fazer com que se deleite com a felicidade de toda ahumanidade.-ste é o efeito natural de uma intercessão geral por todos os tipos de homens.&pesar de estarmos tratando toda a humanidade, como vizinhos e irmãos, como qualquer

ocasião oferece, ainda, ) que somente podemos viver na real companhia de poucos, esomos em nosso estado e condição mais particularmente relacionados com uns do quecom outros, por isso quando nossa intercessão é feita um e'ercício de amor para aquelesentre os quais a nossa sorte est) caída, ou que pertencem a nós numa relação maispró'ima, isto então traz o maior benefício para nós mesmos, e produz seus melhoresefeitos em nossos próprios coraç$es."e, portanto, voc+ deve sempre mudar e alterar as suas intercess$es, de acordo como asnecessidades que seus conhecidos pareçam e'igir% rogando a Deus para livr)=los de tais etais males particulares, ou para lhes conceder este ou aquele dom especial, ou b+nção,tais intercess$es, além da grande caridade delas, teriam um efeito poderoso sobre o seupróprio coração."eria mais agrad)vel para voc+, ser cort+s e condescendente com tudo o que se refira avoc+, e que não sea capaz de dizer ou fazer uma coisa rude, ou difícil para aqueles quet+m sido o motivo de suas compassivas intercess$es.

(ois não h) nada que nos faça amar mais uma pessoa do que orar por ela. 0sto ir) enchero seu coração com uma generosidade e ternura, que lhe darão um melhor e mais docecomportamento, do que qualquer coisa que se chama de bons modos.&o considerar a si mesmo como um advogado unto a Deus, pelos seus vizinhos econhecidos, nunca iria achar difícil estar em paz com eles. "eria f)cil suportar e perdoaraqueles para os quais voc+ implorou por misericórdia e perdão divinos.ais oraç$es como estas, entre vizinhos e conhecidos, iria uni=los uns aos outros peloslaços mais fortes de amor e ternura. "eria e'altar e enobrecer suas almas, e ensinar=lhesa se considerarem mutuamente num estado mais elevado, como membros de umasociedade espiritual, daqueles que são criados para o gozo comum da b+nçãos de Deus eque são co=herdeiros da mesma glória futura."e um pai estivesse fazendo diariamente oraç$es a Deus, para que ele inspirasse seusfilhos ! verdadeira piedade, grande humildade e estrita temperança, o que poderia ser

mais propenso a se fazer senão o próprio pai se tornar e'emplar nessas virtudes2Guão envergonhado ele seria caso lhe faltasse essas virtudes, que ele considerava

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7/21/2019 William Law - Uma Chamada Séria a Uma Vida Santa e Devota

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necess)rias para os seus filhos2 &ssim que suas oraç$es pela sua piedade, seria um certomeio de e'altar a elevação da sua própria devoção.Guão religiosamente um pai deveria conversar com seus filhos, a quem considerasse comoseu pequeno rebanho espiritual, cuas virtudes ele formaria com o seu e'emplo,incentivado por sua autoridade, nutrido seu conselho, e levado a prosperar por suasoraç$es a Deus por eles2

Guão temeroso ele estaria de todas as maneiras gananciosas e inustas de aumentarem oseu dinheiro, de se tornarem muito apreciadores do mundo, para que isto não os tornasseincapazes de receber as graças, que ele tão frequentemente rogava a Deus paraconceder=lhes2"endo estes os efeitos simples, felizes, desta intercessão, todos os pais, espero, quealmeam o verdadeiro bem=estar de seus filhos no coração, que deseam ser seusverdadeiros amigos e benfeitores, e viverem entre eles no espírito de sabedoria e depiedade, não deveriam negligenciar um meio, tanto de elevar a sua própria virtude, e parafazer um bem eterno !queles amados que estão tão perto deles, pelos laços mais fortesda natureza.-ste seria um triunfo sobre si mesmo, seria humilhar reduzir o seu coração ! obedi+ncia eordem, que o próprio diabo temeria tent)=lo novamente da mesma maneira, quando visseque a tentação se transformou em tão grande forma de mudar e reformar o estado do seucoração.- ainda, se em qualquer pequena diferença, ou mal=entendidos que voc+ tenha tido comum parente ou vizinho, ou qualquer outra pessoa, então voc+ deve orar por eles de umaforma mais específica, do que a forma comum, rogando a Deus que lhes d+ toda a graça eb+nção, e a felicidade que puder ser imaginada, e assim teria tomado a via mais r)pidapara reconciliar todas as diferenças e esclarecer toda incompreensão.-ste seria o grande poder da intercessão cristã% em remover todas as pai'$esimpertinentes, amolecer o seu coração para uma maior longanimidade, e para melhor ulgar todas as diferenças que acontecerem entre voc+ e qualquer um dos seusconhecidos.5s maiores ressentimentos entre amigos e vizinhos, na maioria das vezes surgem depequenos erros, o que é um certo sinal de que sua amizade é meramente humana, nãofundada em consideraç$es religiosas, ou apoiada por tais oraç$es mútuas, como osprimeiros cristãos faziam.

(orque tal devoção deve necessariamente destruir tais contendas, ou ser destruída porelas./oc+ não pode ter qualquer mau humor, ou mostrar qualquer comportamento indelicadopara com uma pessoa pela qual voc+ tem intercedido como seu advogado para com Deus.

radução, redução e adaptação feitas pelo (r "ilvio Dutra, do vigésimo primeiro capítulodo livro de ?illiam @aA, em domínio público, intitulado Bma 4hamada "éria a Bma /ida"anta e Devota. ?illiam @aA, foi professor e mentor por v)rios anos de 1ohn e 4harles?esleC, eorge ?hitefield : principais atores do grande avivamento do século E/000, quese espalhou por todo o mundo = 9enrC /enn, homas "cott e homas &dam, entre outros,que foram profundamente afetados por sua vida consagrada a Deus, e sobretudo peloconteúdo deste livro.