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Origem Wicca é uma palavra do inglês arcaico que quer dizer "bruxo" (plural: wicce). Há quem diga que seu significado é "sábio", mas isso não corresponde à verdade. A palavra tem sua origem na raiz indo-européia "wikk-", significando "magia", "feitiçaria". O nome Wicca é o mais usado para denominar essa religião. Ela também é conhecida como Bruxaria, Feitiçaria, Antiga Religião e Arte dos Sábios, ou simplesmente, a Arte. As origens da Bruxaria remontam à aurora da humanidade. As crenças começaram a tomar forma no Paleolítico, há aproximadamente vinte e cinco mil anos. Neste período, o ser humano era nômade e suas principais fontes de subsistência eram a caça e a coleta. Tudo era misterioso para o homem e a mulher do paleolítico: o trovão, o sol, a escuridão... Para eles, o mundo era um lugar perigoso, cheio de forças que deveriam ser temidas, respeitadas e reverenciadas. Com o tempo, a idéia das forças foi evoluindo para a idéia de Deuses. Um dos primeiros e, seguramente, o mais importante Deus primitivo a surgir foi o Deus de Chifres. Para que o clã nômade sobrevivesse, uma das principais atividades era a caça: dela provinham carne para alimentar-se, peles para vestir-se, ossos e chifres para fazer instrumentos. Assim, tomou forma na mente do ser humano primitivo a idéia de um Deus das Caçadas, dotado de chifres, símbolo de seu poder. Alguns membros do clã iniciaram a prática de atividades de caráter mágico- religioso, compostos por um elemento religioso (esboços de rituais e mitos dedicados à adoração do Deus de Chifres, forças da natureza e espíritos dos antepassados) e por um elemento mágico (práticas que tentavam atrair a benevolência destas divindades e espíritos, a fim de manipulá-las para interesses práticos do clã). Neste momento estava se delineando algo que se assemelhava muito a grosso modo com uma classe sacerdotal. Estes "sacerdotes" realizavam ritos do que hoje é denominado magia simpática, ou seja, práticas baseadas na atração dos semelhantes. Pintavam-se cenas de membros do clã vencendo e abatendo animais cobiçados, para garantir o sucesso da próxima caçada. Miniaturas destes mesmos animais eram confeccionadas, em osso, chifre ou barro, e então simulava-se sua caça e abate. Estes ritos eram geralmente dirigidos por um destes "sacerdotes", geralmente usando a primeira de todas as túnicas: peles de animais e uma máscara dotada de chifres. Em Trois Frères, na França, existe uma pintura de doze mil anos, conhecida como "Le Sorcière" ("O Feiticeiro"). é a figura de um homem vestido de peles, com cauda e chifres de cervo. A sua volta, paredes cobertas por pinturas de animais em caçadas. A seus pés, uma saliência na rocha, constituindo um altar. Mas as caçadas não eram a única coisa que fazia o clã sobreviver. Havia um Mistério: o da fertilidade. O clã precisava continuar. De tempos em tempos, a barriga das mulheres crescia, e, ao fim de algumas luas, delas surgia um novo membro da tribo, pequeno, mas que crescia com o passar do tempo. Os animais também tinham filhotes, e isso garantia o alimento das futuras gerações. A chave de todo esse Mistério era a mulher, aquele enigmático ser que, se já não bastasse ser a única responsável pela continuação da tribo (ainda não havia a consciência da participação do homem na reprodução), também alimentava as crianças com leite de seu próprio corpo. Além disso, aquela criatura mágica vertia sangue de dentro de seu corpo em algumas ocasiões, mas mesmo assim não morria. Todas estas constatações deram origem ao surgimento de uma Deusa da Fertilidade, uma Grande Mãe. Figuras pré-históricas desta Deusa são incontáveis. Uma das mais famosas é a Vênus de Willendorf: seu corpo parece uma grande massa disforme da qual se destacam um gigantesco par de seios e uma proeminente barriga grávida. Ela não

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Origem

Wicca é uma palavra do inglês arcaico que quer dizer "bruxo" (plural: wicce). Há quem diga que seu significado é "sábio", mas isso não corresponde à verdade.

A palavra tem sua origem na raiz indo-européia "wikk-", significando "magia", "feitiçaria". O nome Wicca é o mais usado para denominar essa religião. Ela também é conhecida como Bruxaria, Feitiçaria, Antiga Religião e Arte dos Sábios, ou simplesmente, a Arte.

As origens da Bruxaria remontam à aurora da humanidade. As crenças começaram a tomar forma no Paleolítico, há aproximadamente vinte e cinco mil anos. Neste período, o ser humano era nômade e suas principais fontes de subsistência eram a caça e a coleta. Tudo era misterioso para o homem e a mulher do paleolítico: o trovão, o sol, a escuridão... Para eles, o mundo era um lugar perigoso, cheio de forças que deveriam ser temidas, respeitadas e reverenciadas. Com o tempo, a idéia das forças foi evoluindo para a idéia de Deuses.

Um dos primeiros e, seguramente, o mais importante Deus primitivo a surgir foi o Deus de Chifres. Para que o clã nômade sobrevivesse, uma das principais atividades era a caça: dela provinham carne para alimentar-se, peles para vestir-se, ossos e chifres para fazer instrumentos. Assim, tomou forma na mente do ser humano primitivo a idéia de um Deus das Caçadas, dotado de chifres, símbolo de seu poder. Alguns membros do clã iniciaram a prática de atividades de caráter mágico-religioso, compostos por um elemento religioso (esboços de rituais e mitos dedicados à adoração do Deus de Chifres, forças da natureza e espíritos dos antepassados) e por um elemento mágico (práticas que tentavam atrair a benevolência destas divindades e espíritos, a fim de manipulá-las para interesses práticos do clã). Neste momento estava se delineando algo que se assemelhava muito a grosso modo com uma classe sacerdotal. Estes "sacerdotes" realizavam ritos do que hoje é denominado magia simpática, ou seja, práticas baseadas na atração dos semelhantes. Pintavam-se cenas de membros do clã vencendo e abatendo animais cobiçados, para garantir o sucesso da próxima caçada. Miniaturas destes mesmos animais eram confeccionadas, em osso, chifre ou barro, e então simulava-se sua caça e abate. Estes ritos eram geralmente dirigidos por um destes "sacerdotes", geralmente usando a primeira de todas as túnicas: peles de animais e uma máscara dotada de chifres.

Em Trois Frères, na França, existe uma pintura de doze mil anos, conhecida como "Le Sorcière" ("O Feiticeiro"). é a figura de um homem vestido de peles, com cauda e chifres de cervo. A sua volta, paredes cobertas por pinturas de animais em caçadas. A seus pés, uma saliência na rocha, constituindo um altar. Mas as caçadas não eram a única coisa que fazia o clã sobreviver. Havia um Mistério: o da fertilidade. O clã precisava continuar. De tempos em tempos, a barriga das mulheres crescia, e, ao fim de algumas luas, delas surgia um novo membro da tribo, pequeno, mas que crescia com o passar do tempo. Os animais também tinham filhotes, e isso garantia o alimento das futuras gerações. A chave de todo esse Mistério era a mulher, aquele enigmático ser que, se já não bastasse ser a única responsável pela continuação da tribo (ainda não havia a consciência da participação do homem na reprodução), também alimentava as crianças com leite de seu próprio corpo. Além disso, aquela criatura mágica vertia sangue de dentro de seu corpo em algumas ocasiões, mas mesmo assim não morria.

Todas estas constatações deram origem ao surgimento de uma Deusa da Fertilidade, uma Grande Mãe. Figuras pré-históricas desta Deusa são incontáveis. Uma das mais famosas é a Vênus de Willendorf: seu corpo parece uma grande massa disforme da qual se destacam um gigantesco par de seios e uma proeminente barriga grávida. Ela não tem pés nem braços, e seu rosto está coberto. Estas características são comuns a várias outras "Vênus" pré-históricas, e se devem à ênfase que o ser humano primitivo dava ao aspecto de fertilidade da mulher.

A Deusa era a Grande Mãe Natureza, fonte de toda a vida. Com o tempo, os homens foram se conscientizando de seu papel na reprodução, e o aspecto de fertilizador passou a ser mais um dos atributos do Deus de Chifres. Ele tornou-se filho da Deusa, pois dela era nascido, e também seu amante, pois a fertilizava para que um novo ser surgisse. A partir desta concepção, novos ritos foram adicionados às práticas mágico-religiosas, onde esculpiam-se ou pintavam-se animais ou humanos copulando, e todo o clã entregava-se ao ato sexual, já tendo recebido a graça dos Deuses.

No Neolítico, o ser humano desenvolveu a agricultura, e começou a formar aldeias e povoados. Com a descoberta das técnicas de plantio, a Deusa assumiu maior importância, passando a acumular também o aspecto de guardiã da colheita. O Deus de Chifres começou a ganhar uma nova face, a de alegre Deus das Florestas, protetor dos animais e criaturas dos bosques. Quando o

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homem adquiriu a noção das estações do ano, esboçaram-se as primeiras idéias sobre a Roda do Ano.

Havia um período quente e fértil, onde realizavam-se as colheitas e a natureza mostrava todo seu esplendor. Neste período, reinava a Deusa. Depois as folhas secavam e caíam e tudo parecia estar morto. O povo voltava a depender da caça para sobreviver, pois não podia viver só dos alimentos armazenados. Quem regia este período era o Deus das Caçadas, que também adquiria seu novo aspecto de Sombrio Senhor da Morte (nesta época nasceram também os primeiros conceitos sobre a vida após a morte). Surgiram então os primeiros mitos sobre a descida da Deusa ao mundo subterrâneo que, séculos mais tarde, tomaria forma definitiva na Grécia, com o mito de Perséfone, e na Mesopotâmia, com a lenda de Ishtar.

As culturas desenvolveram-se com o passar dos séculos, e novos aspectos dos Deuses foram descobertos. Cultos religiosos se estruturaram, centrados nos ciclos e nascimento, morte e renascimento da natureza. O tempo da plantação e o tempo da colheita eram muito importantes, marcados com festividades, assim como o período do recolhimento do gado e a época de sua liberação ao pasto. Nestas datas, juntamente com as de mudanças de estação, realizavam-se encenações de mitos nos quais um Deus Velho morria para um Deus Jovem nascer, representando a morte da antiga colheita e o nascimento de uma nova.

Estes cultos possibilitaram o refinamento da classe sacerdotal, que chegou ao requinte de gerar representantes como os druídas, sacerdotes celtas que encantaram os gregos e romanos com sua profunda filosofia e integração com a natureza. Sua erudição era admirável, e acumulavam funções como a de legisladores, médicos, poetas, bardos e guardiões da tradição oral. Na Grécia Antiga, floresceram os Cultos de Mistério, dos quais deve destacar-se os Ritos de Elêusis e os Mistérios órficos. Também foram de grande importância os cultos dionisíacos. Deve-se ter em mente que estas são linhas gerais do início da bruxaria, que confunde-se com o surgimento das primeiras manifestações religiosas humanas.

O que foi relatado acima aconteceu, em épocas diferentes, nos mais variados lugares. é verdade que nem tudo ocorreu exatamente da mesma maneira em todos os lugares: enquanto no Crescente Fértil da Mesopotâmia nasciam avançadas civilizações, na Europa ainda vivia-se de caça e coleta. Mas o que impressiona e é importante não são as diferenças, e sim as semelhanças dos primeiros esboços de religião.

 

Para a Wicca, existe um Princípio Criador, que não tem nome e está além de todas as definições. Desse princípio, surgiram as duas grandes polaridades, que deram origem ao Universo e a todas as formas de vida.

Princípio Feminino

A Grande Mãe representa a Energia Universal Geradora, o útero de Toda Criação. é associada aos mistérios da Lua, da Intuição, da Noite, da Escuridão e da Receptividade. é o inconsciente, o lado escuro da mente que deve ser desvendado. A Lua nos mostra sempre uma face nova a cada sete dias, mas nunca morre, representando os mistérios da Vida Eterna. Na Wicca, a Deusa se mostra com três faces: a Virgem, a Mãe e a Velha Sábia, sendo que esta última ficou mais relacionada à Bruxa na imaginação popular. A Deusa Tríplice mostra os mistérios mais profundos da energia feminina, o poder da menstruação na mulher, e é também a contraparte Feminina presente em todos os homens, tão reprimida pela cultura patriarcal.

Princípio Masculino

Da mesma forma que toda luz nasce da escuridão, o Deus, símbolo solar da energia masculina, nasceu da Deusa, sendo seu complemento, e trazendo em si os atributos da coragem, pensamento lógico, fertilidade, saúde e alegria. Da mesma forma que o sol nasce e se põe, todos os dias, o Deus nos mostra os mistérios de Morte e do Renascimento. Na Wicca, o Deus nasce da Grande Mãe, cresce, se torna adulto, apaixona-se pela Deusa Virgem, eles fazem amor, a Deusa fica grávida, o Deus morre no inverno e renasce novamente, fechando o ciclo do renascimento, que coincide com os ciclos da Natureza, e mostra os ciclos da nossa própria vida. Para alguns, pode parecer incestuoso que o Deus seja filho e amante da Deusa, mas é preciso perceber o verdadeiro simbolismo do mito, pois do útero da Deusa todas as coisas vieram, e, para ele, tudo retornará. E,

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se pensarmos bem, as mulheres sempre foram mães de todos os homens, pelo seu poder de promover o renascimento espiritual do ser amado e de toda a Humanidade. O sentido profundo do simbolismo na Bruxaria só pode ser verdadeiramente entendido através da meditação e do contato intuitivo com a energia dos Deuses.

 

Na prática da arte da Grande-Mãe e seu Consorte, podemos acrescentar uma simbologia mágica que nos permite a melhor sintonia com os elementais. Para tanto, magos e bruxos de todo o mundo, através do conhecimento milenar puderam propagar esta simbologia que nos permite alcançar o efeito desejado em nossas práticas mágicas pessoais.

Cada símbolo com o passar dos séculos, foi incorporado na Arte Wicca, devido a sua eficácia - seja no contexto mágico ou religioso. Muitos destes símbolos são utilizados para a prática ritualísticas de bruxos e bruxas, servindo para focalizar a energia mágica bem como os instrumentos.

Na astrologia temos diversos símbolos que representam planetas e signos. A maior parte deles vem sendo também fortemente utilizados na Wicca. A seguir temos os principais símbolos e seus respectivos significados.

Símbolo Descrição

Ankh

é um antigo símbolo egípico que nos lembra uma cruz encimada por um laço. O Ankh simboliza a vida, o conhecimento cósmico, o intercurso sexual e o renascimento. Devemos lembrar que o Deus e a Deusa do maior antigo panteão egípcio são representados portando sempre este símbolo. O Ankh também é conhecido por vários bruxos como "Cruz Ansata". Hoje em dia o Ankh é usado por vários bruxos contemporâneos para encantamentos e rituais que envolvem saúde, fertilidade e divinação.

Olho de Hórus

é um outro antigo símbolo egípico muito usado na feitiçaria moderna. Representa o olho divino do deus Hórus, as energias solar e lunar, e freqüentemente é usado para simbolizar a proteção espiritual e também o poder clarividente do Terceiro Olho.

Pentagrama

é um dos símbolos pagãos mais poderosos e mais populares entre os Bruxos e Magos Cerimoniais. O pentagrama (uma estrela de cinco pontas circunscrita num círculo) representa os quatro antigos e místicos elementos: fogo, água, ar e terra, superados pelo espírito. Na Wicca o símbolo do pentagrama é geralmente desenhado com a ponta para cima a fim de simbolizar as aspirações espirituais humanas. Um pentagrama voltado com duas pontas para cima é um símbolo do Deus Cornífero.

Selo de Salomão

é um antigo e poderoso símbolo mágico. Este símbolo consiste em um hexagrama de dois triângulos entrelaçados (um voltado para cima e outro para baixo). O selo de Salomão simboliza a alma humana, sendo utilizado por bruxos e magos cerimoniais para encantamentos, conjuração de espíritos, sabedoria, purificação e reforço dos poderes psíquicos.

Suástica

é um antigo símbolo religioso formado pela cruz grega com braços em ângulos retos. Antes de ter sido adotada pelo nazismo, a suástica era um símbolo sagrado de boa sorte e de saúde na Europa pré-cristã e em muitas outras culturas pagãs em todo mundo, incluindo as orientais, egípcias e tribais das Américas. A palavra suástica origina-se do sânscrito (svastika) que significa "um sinal de boa sorte". Existem milhares de símbolos da suástica pelo mundo e o mais antigo de todos data do ano 12.000 a.C.

Triângulo

é um símbolo de manifestação finita na magia ocidental, sendo usado em rituais para invocar os espíritos quando o selo ou sinal da entidade a ser invocada está no centro do triângulo. O triâgulo é equivalente ao número três - número mágico poderoso - e é um símbolo sagrado da Deusa Tripa: Virgem, Mãe e Anciã. Invertido simboliza o princípio masculino.

Lua Crescente

é um símbolo sagrado da Deusa e também um símbolo da magia, da energia feminina, da fertilidade, do crescimento abundante e dos poderes secretos da Natureza. é utilizado nas invocações à Deusa e a todas as deidades lunares (tanto masculinas quanto femininas), na magia da lua, nas celebrações dos Sabbats e nos rituais de cura das mulheres.

Tridenteé um símbolo sagrado de três falos, ostantado por qualquer deidade masculina cuja função é unir-se sexualmente à Deusa Tripla. é utilizado principalmente em Grandes Rituais, Magia Sexual e rituais de fertilidade.

Pentalfa é um desenho mágico formado pela interseção de cinco letras A. é usado por vários bruxos e Magos Cerimoniais tanto na divinação como na conjuração de espíritos.

CírculoImagem altamente potente que não possui princípio e nem fim, é usado por muitos bruxos e neopagãos como símbolo sagrado de "ioni", da energia mágica, da proteção, do infinito, da perfeição e da renovação constante.

 

Os nomes dos Deuses variam de panteão para panteão, de acordo com a cultura de um povoado

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ou nação. Para os egípcios, por exemplo, ísis seria a personificação da Grande Mãe, da Senhora, da Deusa, enquanto que, para os celtas, ela seria Cerridwen.

O mesmo acontece com os nomes dos deuses: Hermes é o deus mensageiro dos gregos, enquanto que Mercúrio responderia pela mesma "pasta" para os romanos. Ou Hélio seria o deus-sol dos gregos, enquanto que, para os celtas, esse seria chamado de Lugh.

A bruxa é muito particular na sua crença. Ela pode sentir maior afinidade pelo panteão e a tradição egípcia, por exemplo, e cultuar ísis, Bastet, Hathor, Thoth, Osíris, etc, ou se identificar mais com a história greco-romana e reverenciar os deuses deste panteão. A afinidade e atração por divindades de vários panteões é algo muito particular.

Os principais deuses e deusas, por exemplo, do panteão celta são:

Angus Mac Og - Deus da Juventude, do Amor e da Beleza na Irlanda Antiga. Um dos Tuatha de Dannan, Angus possuía uma harpa dourada que produzia música de irresistível doçura. Os seus beijos transformavam-se em pássaros que transportavam mensagens de amor.

Anu / Annan / Dana / Dannan - Deusa Mãe, da Abundância, sendo a maior de todas as deusas do panteão irlandês. Aspecto virginal da Deusa Tríplice, formada com Badb e Macha, guardiã do gado e da saúde. Deusa da Fertilidade, da Prosperidade e do Conforto.

Arawn - Regente do Inferno, Annwn, o Submundo na tradição galesa. Representa a vingança, o terror, a guerra.

Arianrhod - Seu nome significa Roda de Prata ou Grande Mãe Frutuosa. Arianrhod é a Face Mãe da Deusa Tríplice para os povo de Gales. Honrada em especial na Lua Cheia, ela é a guardiã da Roda de Prata, símbolo do tempo e do karma. Senhora da Reencarnação. 

Badb - Seu nome, que se pronuncia Baid, foi traduzido como Corvo de Batalha, ou Gralha Escaldada, que representaria o caldeirão da vida, conhecido em Gales como "Cauth Bodva". Badb, deusa da Guerra, é esposa de Net, também deus da Guerra. Irmã de Macha, a Morrigu, e de Anu. Aspecto Maternal da Deusa Tríplice irlandesa. Associada ao caldeirão, aos corvos e às gralhas, Badb rege a vida, a sabedoria, a inspiração e a iluminação.

Banba - Deusa irlandesa que, juntamente com Fotia e Eriu, usava a magia para repelir os invasores.

Bel / Belenus / Belenos / Belimawr - Seu nome significa "brilhante", sendo o Deus do Sol e do Fogo dos irlandeses. Belenos dá seu nome ao festival de Beltane, ou Beltain, festa de purificação e fertilidade comemorada em 1 de maio no hemisfério norte. Belenos era ainda ligado à ciência, cura, fontes térmicas, fogo, sucesso, prosperidade, colheita e à vegetação.

Blodeuwedd - Seu nome foi traduzido como "flor branca", sendo representada, muitas vezes, com um lírio branco nas cerimônias de iniciação celtas de Gales. Criada por Math e Gwydion, o Druida, para ser esposa de Lleu, foi transformada em coruja por causa do seu adultério e da conspiração para a morte do marido. Aspecto virginal da Deusa Tríplice dos galeses, Blodeuwed tinha por símbolo uma coruja. Seu domínio é o das flores, sabedoria, mistérios lunares e iniciações.

Boann / Boannan / Boyne - Deusa do rio Boyne, na Irlanda, mãe de Angus mac Og com o Dagda.

Bran - O Abençoado. Bran era irmão do poderoso Manawydan ap Llyr e de Branwen, sendo filho de Llyr, do folclore galês. Associado aos corvos, Bran é o deus das profecias, das artes, dos chefes, da guerra, do Sol, da música e da escrita.

Branwen - Irmã de Bran e esposa do rei irlandês Matholwch. Vênus dos Mares do Norte, filha de Llyr, uma das três matriarcas da Grã-Bretanha. Branwen é chamada Dama do Lago, sendo a deusa do amor e da beleza no panteão galês.

Brigit / Brid / Brigid / Brig - Seu nome significa "flecha de poder". Brigit era filha do Dagda, sendo chamada A Poetisa. Outro aspecto de Danu, associada a Imbolc. Tinha uma ordem dedicada a ela, formada só por mulheres, em Kildare, na Irlanda, que se revezavam para manter o fogo sagrado sempre aceso. Deusa do fogo, fertilidade, lareira, todas as artes e ofícios femininos, artes marciais, curas, medicina, agricultura, inspiração, aprendizagem, poesia, adivinhação, profecia, criação de gado, amor, feitiçaria, ocultismo.

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Cernunnos - Seu nome deve ser pronunciado como se tivesse um "k": kernunnos. Deus Cornudo, Consorte da Grande Mãe, deus da Natureza, Senhor do Mundo. Comumente representado por um homem sentado na posição de lótus, cabelo comprido e encaracolado, de barba, nú, usando apenas um torque (colar celta) ao pescoço, ou ainda por um homem de chifres, sendo, por isso, erroneamente comparado ao diabo dos cristãos. Os seus símbolos eram o veado, o carneiro, o touro e a serpente. Deus da virilidade, fertilidade, animais, amor físico, natureza, bosques, reencarnação, riqueza, comércio e dos guerreiros.

Cerridwen / Ceridwen / Caridwen - Deusa da Lua do panteão galês, sendo chamada de Grande Mãe e A Senhora. Deusa da natureza, Cerridwen era esposa do gigante Tegid e mãe de uma linda donzela, Creirwy, e de um feio rapaz, Avagdu. Os bardos galeses chamavam a si mesmos de Cerddorion, filhos de Cerridwen. Há uma lenda que diz que o grande bardo Taliesin, druida da corte do rei Arthur, nascera de Cerridwen e se tornara grande mago após tomar algumas gotas de uma poderosa poção de inspiração que Cerridwen preparava no seu caldeirão. Cerridwen é ainda a deusa da Morte, da fertilidade, da regeneração, da inspiração, magia, astrologia, ervas, poesia, encantamentos e conhecimento.

Dagda - No folclore irlandês, o Dagda era chamado de O Bom Deus, Grande Senhor, Pai dos deuses e dos homens, o Arquidruida, deus da magia, da terra. Rei supremo dos Tuatha de Dannan, mestre de todos os ofícios, senhor de todos os conhecimentos. Teve vários filhos, entre eles Brigit, Angus, Midir, Ogma e Bodb, o Vermelho. O Dagda tinha uma harpa de carvalho vivo que fazia com que as estações mudassem quando assim o ordenasse. Deus dos magos e sacerdotes, senhor dos artesãos, da música e das curas.

A Dama Branca - Conhecida em todos os países celtas, era identificada como Macha, Rainha dos Mortos, a forma idosa da Deusa. Simbolizava a morte e a destruição. Algumas lendas chamam-na de Banshee, aquela que traz a morte. 

Danu / Dana / Dannan - Principal Deusa Mãe dos irlandeses, às vezes identificada com Anu. Mãe dos Tuatha de Dannan, Povo de Dana, o Povo Mágico, descendente dos deuses, que se escondeu com a chegada dos cristãos às terras celtas. Outro aspecto da Morrigu, Danu é a patrona dos feiticeiros, dos rios, das águas, dos poços, da prosperidade e abundância, da sabedoria e da magia.

Druantia - "Rainha dos Druidas", deusa ligada à fertilidade, às atividades sexuais, às árvores, à proteção, ao conhecimento e à criatividade.

Dylan - Filho da Onda, Dylan era o deus do mar para os antigos galeses, sendo filho de Gwydion e Arianrhod. Seu símbolo era um peixe prateado.

Elaine - Aspecto virginal da Deusa no panteão galês.

Epona - Seu nome significa "grande cavalo", sendo homenageada em Gales como deusa dos cavalos. Seus atributos incluíam ainda a fertilidade, a maternidade, a prosperidade, os animais, a cura e a colheita.

Eriu / Erin - Filha do Dagda, Erin era uma das três rainhas dos Tuatha de Dannan da Irlanda. 

Flidais - Deusa da floresta, dos bosques e criaturas selvagens do povo irlandês. Viajava numa carruagem puxada por veados e tinha a capacidade de mudar de forma.

Goibniu / Gofannon / Govannon - Era o Grande Ferreiro do povo irlandês, semelhante a Vulcano. Foi ele quem forjou todas as armas dos Tuatha de Dannan. Estas armas sempre atingiam o alvo e toda ferida provocada por elas era fatal. Deus dos ferreiros, dos fabricantes de armas, da ourivesaria, fabricação da cerveja, fogo e trabalho com metais em geral.

Gwydion - O Grande Druida dos galeses. Feiticeiro e bardo do Norte de Gales, seu símbolo era um cavalo branco. Rege a ilusão, as mudanças, a magia, o céu e as curas.

Gwynn ap Nud - Rei das fadas e do submundo na tradição galesa.

Gwythyr - Oposto de Gwynn ap Nud, Gwythyr era o senhor do mundo superior, também no folclore galês.

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Herne - O Caçador, era associado a Cernunnos, o Deus Cornudo, e acabou sendo, também, associado à floresta de Windsor.

O Homem Verde (Green Man) - O Homem Verde tinha os mesmos atributos de Cernunnos, sendo igualmente uma divindade cornuda que habitava as florestas. Deus dos bosques, seu nome, em galês antigo, é Arddhu (O Escuro) ou Atho.

Llyr / Lear / Lir - No folclore galo-irlandês, Llyr era o deus do mar e da água, sendo considerado, ainda, senhor do mundo subterrâneo. Llyr era pai de Manawyddan, de Bran e de Branwen.

Lugh / Luga / Lamhfada / Llew / Lug / Lug Samildanach / Llew Llaw Gyffes / Lleu / Lugos - Na Irlanda e em Gales, Lugh era chamando O Brilhante. Deus do Sol e da guerra, era associado aos corvos, tendo por símbolo, em Gales, um veado branco. Sua festividade é Lughnasadh, outra festa da colheita. Era filho de Cian e de Ethniu. Tinha uma espada e uma funda mágica. Lugh era carpinteiro, pedreiro, ferreiro, harpista, poeta, druida, médico e ourives. Seu domínio incluía a magia, o comércio, a reencarnação, o relâmpago, a água, as artes e ofícios em geral, viagens, curas e profecias.

Macha - O Corvo. Rainha da Vida e da Morte no panteão irlandês. Um dos aspectos da Morrigu, era reverenciada também em Lughnasadh. Após uma batalha, os irlandeses cortavam as cabeças dos vencidos e ofereciam a Macha, sendo este costume chamado de A Colheita de Macha. Deusa protetora da guerra, e da paz, Macha regia também a astúcia, a força física, a sexualidade, a fertilidade e o domínio sobre os machos.

Manannan mac Lir / Manawyddan ap Llyr / Manawydden - Filho do deus do mar, Llyr, era homenageado como uma das principais divindades do mar pelos irlandeses. Reverenciado ainda como protetor dos navegadores, deus das tempestades, da fertilidade, da navegação, dos mercadores e do comércio. Tinha uma armadura mágica que se dizia ser impenetrável.

Math Mathonwy - Deus da feitiçaria, da magia e do encantamento no folclore galês.

Merlin / Merddin / Myrddin - Figura já conhecida do círculo da mitologia arturiana, este era o Grande Feiticeiro, o Druida Supremo dos galeses. Dizia-se que aprendeu sua magia (que não era pouca) com a própria Deusa, sob os nomes de Morgana, Viviane, Nimue ou Rainha Mab. A tradição diz que Merlin dorme numa caverna de cristal depois de enganado por um encantamento de Nimue. Merlin era o senhor da ilusão, da profecia, da adivinhação, das previsões, dos artesãos e ferreiros. Diz-se ainda que tinha grande habilidade de mudar de forma.

Morrigu / Morrigan / Morrighan / Morgan - A Morrigu era tida como a Grande Rainha, Senhora Suprema da Guerra, Rainha dos Fantasmas e Rainha Espectro, pois possuía uma forma mutável. Reinava sobre os campos de batalha, ajudando com sua magia. Representa o aspecto idoso da Deusa Tríplice, sendo associada aos corvos e gralhas. Patrona das sacerdotisas e feiticeiras.

Nuada / Nuda / Nodons / Nodens / Lud / Llud Llaw Ereint - No folclore galo-irlandês, era reverenciado como o senhor dos deuses, como Júpiter. Possuía uma espada invencível, guardada pelos Tuatha de Dannan. Nuada era o deus da cura, da água, dos oceanos, da pesca, da navegação, dos carpinteiros, ferreiros, harpistas, poetas e narradores de histórias.

Ogma / Oghma / Ogmios / Grianainech / Cermait - Herói semelhante a Hércules, Ogma tinha uma enorme maça com a qual defendia seu povo, os Tuatha de Dannan, sendo eleito seu campeão. A tradição diz que foi ele quem inventou o alfabeto ogham, utilizado pelos antigos druidas, baseado em árvores consideradas mágicas. Ogma rege a eloquência, os poetas, escritores, a inspiração, a força física, a linguagem, a literatura, as artes, a música e a reencarnação.

Rhiannon - Grande rainha dos galeses, Rhiannon era a protetora dos cavalos e das aves. Rege os encantamentos, a fertilidade e o submundo. Aparece sempre montando um veloz cavalo branco.

Scathach / Scota / Scatha / Scath - Seu nome traduzia-se como A Sombra, Aquela que combate o medo. Deusa do submundo, Scath era a deusa da escuridão, aspecto destruidor da Senhora. Mulher guerreira e profetisa que viveu em Albion, na Escócia, e que ensinava artes marciais para os guerreiros que tinham coragem suficiente para treinar com ela, pois era tida como dura e impiedosa. Não foi à toa que o adestramento do herói Cu Chulainn foi levado a cabo por ela mesma, considerada a maior guerreira de toda a Irlanda. Scath era ainda a patrona dos ferreiros, das curas, magia, profecia e artes marciais.

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Taliesin - Taliesin o Bardo, foi o druida chefe da corte de Arthur, um dos maiores reis da Inglaterra. Dominava a arte da escrita, a poesia, a sabedoria, a magia e a música. Taliesin é tido como patrono dos druidas, bardos e menestréis. 

Oração aos Elementais

Pequeninos guardiões,Seres da luz infinita.De dia me tragam a paz,De noite, os dons da Magia.Invisíveis guardiões,Protejam os quatro cantos da minha alma,Os quatro cantos da minha casa,Os quatro cantos do meu coração.

Enviada por: Diogo de Lima ([email protected])

Oração Diária

Grande Mãe,Que eu tenha hoje e a cada dia

a força dos céus, a luz do Sol,o resplendor do fogo, o brilho da Lua,a presteza do vento, a profundidade do mar,a estabilidade da terra e a firmeza da rochaQue Assim Seja e Assim se Faça...Blessed Be...

Antes das refeições

Da floresta e do córrego;Da montanha e do campo;Da nutritiva produção Fértil da Terra;Eu agora compartilhoDa energia divina;Que ela possa me emprestar saúde.Fortalecer-me e amar-me.Abençoado seja.

 

 

 

Abençoado seja o Filho da Luz que conhece sua Mãe Terra,Pois é ela a doadora da vida.Saibas que a sua Mãe Terra está em ti e tu estás Nela.Foi Ela quem te gerou e que te deu a vida,E te deu este corpo que um dia tu lhe devolverás.Saibas que o sangue que corre nas tuas veiasNasceu do sangue da tua Mãe Terra.O sangue Dela cai das nuvens, jorra do ventre Dela,Borbulha nos riachos das montanhas,Flui abundantemente nos rios das planícies.Saibas que o ar que respiras nasce da respiração da tua Mãe Terra.O alento Dela é o azul celeste das alturas do céuE os sussurros das folhas da floresta.Saibas que a dureza dos teus ossos foi criada dos ossos de tua Mãe Terra.Saibas que a maciez da tua carne nasceu da carne de tua Mãe Terra.A luz dos teus olhos, o alcance dos teus ouvidos,Nasceram das cores e dos sons da tua Mãe Terra,Que te rodeiam feito as ondas do mar cercando o peixinho,Como o ar tremelicante sustenta o pássaro.Em verdade te digo, tu és um com tua Mãe Terra,Ela está em ti e tu estás Nela.Dela tu nasceste, Nela tu vives e para Ela voltará novamente.Segue portanto as suas leis,

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Pois teu alento é o alento Dela,Teu sangue o sangue Dela,Teus ossos os ossos Dela,Tua carne a carne Dela,Teus olhos e teus ouvidos são Dela também.Aquele que encontro a paz na sua Mãe Terra,Não morrerá jamais.Conhece esta paz na tua mente,Deseja esta paz ao teu coração,Realiza esta paz com o teu corpo.

Evangelho dos Essênios

Orações Que Atena nos conceda sabedoria, paixão pela verdade e um desejo de justiça para todos os seres.Que Afrodite nos abençoe com as alegrias do êxtase sensual, com o deleite corpóreo e com a certeza de que em nossa natureza erótica nós tocamos o divino.Que de Perséfone recebamos a visão e a compreensão profunda dos mistérios ocultos de realidades maiores além da nossa existência terrestre.De Ártemis pedimos a energia ardosa e abundante para proteger o precioso mundo natural e seus incontáveis benefícios, e que encontremos maneiras de viver em paz com todos os seres.A Deméter oramos para que a força vital não deixe de nos alimentar e acalentar em todos os níveis do nosso ser e por quanto tempo a nossa tarefa aqui na terra exigir.De Hera pedimos receber o pleno poder da vontade feminina para nos tornarmos co-criadores com os homens de tudo o que escolhermos no destino que partilhamos como homens e mulheres.

A arte de formular encantamentos

A magia natural opera através de analogias, um feitiço ou encantamento é uma reunião de elementos que terão efeito simbólico, e desta forma a escolha, compra, preparo e reunião dos ingredientes utilizados é um processo que aos poucos ajuda a mente a focalizar um objetivo e visualizar sua realização.Os elementos disponíveis para formar estas correspondências são cores, alimentos, plantas e flores, animais, metais, pedras, tecidos, fibras vegetais, sementes, perfumes, sons e óleos. Dependendo da complexidade da operação, se ao invés de um simples feitiço você executar um ritual, então terá de procurar também sintonizar divindades relacionadas ao pedido em questão.Em geral se reúne símbolos analógicos dos objetivos, por exemplo, abundância, prosperidade, cura, a pessoa a quem se destina o objetivo, etc.O ato de pronunciar o feitiço em geral catalisa a vontade do operador, e o prana emitido ao se pronunciar o encantamento em voz alta inicia o movimento do fluxo cósmico de energia que resultará no efeito desejado. Existem Grimoires e Books of Shadows antigos e modernos disponíveis em livrarias especializadas, com encantamentos já testados e orientação.

O Trabalho mágico de uma Bruxa ou Bruxo exige seriedade e quatro características básicas:

SABER01) Conhecer a si mesmo.

02) Conhecer sua arte.

• Saber o que fazer.

• Saber como fazer.

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• Saber quando fazer.

• Saber quando não fazer.

03) Saber o que você quer realizar.

• Especificar bem o que você vai fazer.

• Criar um sigilo com as palavras.

04) Saber trabalhar com moderação.

QUERER01) Acreditar em você mesma.

02) Acreditar na divindade.

03) Acreditar em suas habilidades.

04) Acreditar na abundância do Universo.

05) Ter a vontade de praticar de novo e de novo.

06) Habilidades de meditação

• Praticar visualização.

• Praticar relaxamento.

• Praticar um estado alterado de consciência.

• Praticar para ser capaz de fazer rápido e certo.

07) Ter em mente com muita clareza o porque você quer realizar essa operação mágica.

08) Observar se sua vontade está corretamente direcionada.

• Observar se não vai influenciar negativamente outra pessoa.

• Observar os aspectos de não prejudicar ninguém.

• Usar uma ferramenta adivinhatória para checar se seus planos são válidos, se está numa boa hora de pô-los em prática.

OUSAR01) Ter a coragem de mudar as circunstâncias.

02) Ter a coragem de controlar seu ambiente.

03) Ser responsável por suas ações.

04) Escolher o melhor curso de ação para o trabalho a ser feito.

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CALAR01) Aprendera manter a boca fechada antes do trabalho.

02) Aprender a manter a boca fechada enquanto espera pelos resultados.

03) Aprender a manter a boca fechada depois do trabalho.

• Proteger sua confiança.

• Proteger sua reputação.

• Proteger sua energia.

A roda do ano Wicca

Uma das primeiras observações de nossos ancestrais foi a passagem dos ciclos naturais, as mudanças das estações que, inegavelmente estavam ligadas à sobrevivência dos clãs. Com a observação das alterações naturais, dos ciclos lunares e posteriormente das épocas de plantio e colheita, surgiu na mente dos povos antigos a idéia de comemorar essas mudanças no sentido de preservá-las e garantir a sua continuidade.Não podemos nos esquecer que tanto a Natureza quanto o Homem estão intimamente ligados e que para o paganismo não existe separação entre eles. Celebrar os ciclos naturais não era apenas um modo de mostrar gratidão pelas dádivas recebidas, mas um modo de, magicamente, fazer e assegurar com que o poder dos Deuses continuasse fluindo por sobre o mundo. Na nossa visão pagã, o rito assegura a continuação do processo natural, o que é totalmente diferente do pensamento religioso ocidental judaico-cristão, no qual o Homem é impotente diante das forças naturais e divinas.Esses ritos de passagem e transição são marcados na Wiccapela Roda do Ano, os oitos festivais sazonais, divididos em Sabás Maiores e Sabás Menores. Os Sabás Maiores comemoram a passagem do ano celta e são mais recentes. Os Sabás Menores comemoram os solstícios e equinócios e remontam a épocas muito recuadas no tempo.Todo o mito da Roda do Ano está focalizado nas figuras da Deusa e do deus, que representam a essência do ciclo da Natureza. A Deusa é a própria Terra, mãe de todas as dádivas naturais. O Deus é a Manifestação do Sol que fecunda a Terra.Quando falamos de Roda do Ano, nos vêm à mente uns perenes movimentos cíclicos de nascimento, crescimentos, morte e renascimento. Em outras palavras, crescimento e declínio, seguido de novo crescimento.Para compreendermos as marés cíclicas do ano, comecemos a observar a Roda a partir da época de crescimento. Assim, os oitos sabás são: Yule, Imbolc, Ostara, Beltaine, Litha, Lammas, Mabon e Samhain.Yule comemora a noite mais longa do ano e é um Sabá de renascimento.Acontecem no Solstício de Inverno, o auge do inverno e conseqüentemente o início do período de crescimento. É em Yule que a Deusa dá nascimento ao Deus, o início do ciclo vital onde a terra começa a sair da longa noite de recolhimento invernal. A Deusa torna-se novamente uma criança junto com o Deus. Ela perde a característica da Mãe e assume a fragilidade tenra de tudo o que é novo.Em Imbolc, o Sol finalmente se mostra e os primeiros raios de Sol mal começam a aquecer a terra. No hemisfério norte, o gelo começa a derreter, descobrindo a terra após um longo período de desolação.Em seguida aproxima-se a primavera (Ostara) e o Sol torna-se mais forte, sendo visto por mais tempo no céu. Surgem as novas flores e a fertilidade da terra torna-se visível. A Deusa e o Deus são adolescentes, e seu impulso sexual trará a paixão, o amor e a continuação da natureza. Época do plantio e de cultivar os campos.A Roda gira e quando o verão se aproxima (Beltaine), as sementes estão germinando. A Deusa e o Deus estão prontos para se unirem e seu casamento é consumado.Em Litha, no auge do verão, tanto o Deus quanto a Deusa estão na plenitude da sua força. A Deusa guarda no seu ventre a criança divina, preparando-se para tornar-se mãe.O ocaso se segue ao apogeu. O outono se aproxima e em Lammas as primeiras colheitas são realizadas. Os dias tornam-se mais curtos e com as colheitas os frutos do ventre da Deusa são distribuídos. O Deus torna-se aos poucos cada vez mais velho, e à medida que sua sabedoria cresce seu vigor decresce.Em Mabon o outono chega por fim, prenúncio do inverno e das derradeiras colheitas. O calor do Sol diminui e os frutos da sobrevivência serão armazenados para a longa noite. À medida que a escuridão aumenta, a criança no ventre da Deusa é o próprio Deus, que ali cresce enquanto sua força diminui sobre o mundo. Esse é o grande mistério na Wicca, que assegura a manutenção do eterno ciclo de Vida, Morte e Renascimento.Samhain abre as portas para o inverno e a Deusa, cada vez mais fraca, recolhe-se para dar à luz a Criança da Promessa. O Deus morre e as trevas caem por sobre o mundo. Assim, da mais profunda escuridão nascerá à nova luz que trará um novo recomeço.Yule retorna e a Deusa dá à luz ao Deus, aquele que futuramente será seu consorte e que novamente engendrará a si próprio.Este é o grande Mistério iniciático na Wicca.

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Amuletos são objetos carregados magicamente com o objetivo de proteger ou afastar perigos de seu dono. Diferente dos talismãs, os amuletos servem como um escudo protetor, enquanto que os talismãs servem para atrair algo para seus donos, como sorte, amor etc. O termo "amuleto" muito provavelmente veio da palavra latina amolior, que significa "eu afasto, eu espanto".Todos os tipos de coisas são usadas no mundo como amuletos. Muitos símbolos antigos são hoje considerados tanto amuletos quanto talismãs, como por exemplo o pentagrama. Podem ser feitos de pedra esculpida, metal, partes de animais ou feixes de plantas. O uso de cada material dependia essencialmente do que se buscava com o amuleto. Por isso examinamos tanto as correspondências e similaridades entre todas as coisas.Quando uma bruxa dá um amuleto a alguém, o importante é escolher um objeto pequeno e incomum, capaz de causar uma impressão marcante à pessoa que será presenteada. O objeto deve ser abençoado em alguma cerimônia ou com alguma sinvocações, e então ser entregue à pessoa, sempre pedindo-lhe que guarde segredo com relação a este.A idéia de que um amuleto deva ser consagrado para que ele se torne de fato eficaz está baseada na crença de que um amuleto da sorte é mais eficaz do que aquele comprado por você, por exemplo. Você está inserindo todo seu pensamento objetivo naquele artefato, que obviamente ficará impregnado com a sua energia.Na verdade, tudo não passa de psicologia prática e está na mente da pessoa, que sente ter sorte ou não. Adquirir um amuleto pode alterar a direção de nossos pensamentos, recuperar a nossa auto-confiança e, assim, mudar realmente a nossa sorte. este é o objetivo da magia simpática: estabelecer correspondências.Alguns amuletos conhecidos: ferraduras de cavalos, braceletes encantados, estatuetas de deuses, agulhas, anéis, colares, miniaturas diversas, caroços de frutas, chocalhos, dentes e chifres de animais, entre muitos outros.

Se eu ganhar um amuleto de alguém, posso dar de presente a outra pessoa ou ele tem que ficar para sempre comigo?Se você acha que alguma pessoa está rpecisando mais do que você, não há problema algum em passar o amuleto para ela. Mães e pais fazem isso com seus filhos, é uma coisa normal e um gesto muito bonito. Se sentir necessidade, consagre o amuleto para a outra pessoa. Se ela for uma bruxa, ela mesma poderá fazer isso também.

Intuição Criativa

Como desenvolver a Intuição Criativa?

Uma mente tensa e agitada é muito "barulhenta" para "ouvir" a intuição. O primeiro passo para aprender a escutar a própria intuição é aprender a verdadeira tranqüilidade mental e emocional.

Nesta aula, aprenderemos técnicas de como nos conectarmos com a intuição. Existem várias técnicas que podem ser resumidas em técnicas básicas, de forma a serem praticadas sem interferir muito em nossos compromissos do dia a dia. Estas são:

Respiração BásicaRelaxamento BásicoConcentração BásicaMeditação BásicaIluminação Intuitiva Básica

Todos os exercícios devem ser feitos lentamente e com grande tranqüilidade. Podem ser feitos com os olhos abertos ou fechados. Se de olhos abertos, mantenha-os em um ponto fixo, não rígida, mas relaxadamente. O importante é "olhar para dentro" mentalmente, não fisicamente.

A imobilidade física ajuda, mas não é rigidez muscular. Esteja imóvel, não se force a ficar imóvel. E a "Imobilidade mental" também auxilia. Mas imobilidade mental não é expulsar pensamentos. Acompanhe o pensamento desejado, e apenas deixe fluir os outros pensamentos, não conscientemente escolhidos. Mas seja amável com estes outros convivas em sua casa mental.Talvez eles tenham alguma mensagem útil para você.

Se começar a agitar-se demais, por falta de hábito ou apenas por estar com muita tensão acumulada, não se force demais a continuar. Faça uma pausa, levante-se e retorne depois para o exercício. Não entre em violência consigo mesmo. Respeite e perceba o fluxo de sua energia interna.

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Sentir sono é normal, no inicio da prática de relaxamento. E é até esporadicamente comum, inclusive para os praticantes mais avançados. Não se incomode com isso. Se preferir, antecipe o exercício para uma hora mais "ativa".

Pratique mais os exercícios que preferir e até que possa combiná-los. Mas às vezes experimente um de cada, por vários dias, para usufruir dos benefícios específicos que cada um possa ter.

Após um período especial de estresse, depressão ou desgaste físico, um exercício de relaxamento pode ser muito mais eficaz do que apenas descansar ou apenas o sono. E pode prepará-lo para poder efetivamente dormir melhor.

Respiração Básica

Sente-se em uma cadeira cômoda. Mantenha o peso do corpo na vertical. Respire de forma despreocupada, sem controlar o ritmo respiratório, apenas observando o inspirar e o expirar dos seus pulmões por 2 a 3 minutos, sem modificar nada, sem interferir. Sinta o ar fresco entrando e o ar quente saindo.

Depois, busque inspirar dilatando o diafragma e expirar contraindo o diafragma (o diafragma é aquela membrana que serve de base para os pulmões e sua distensão auxilia na expansão destes). Repare se é o seu normal ou se é o inverso do que normalmente faz. Pratique isso por 2 a 3 minutos.

Faça mais um minuto de respiração despreocupada. Expire diafragmaticamente, pelo dobro de tempo a mais do que inspira. Isto é, se inspirar naturalmente por 3 segundos, exale por 6 segundos. Se inspirar naturalmente por 5 segundos, exale por 10 segundos e assim sucessivamente. Faça isso por 3 a 5 minutos, mas não se preocupe com o relógio, apenas "sinta" o tempo. Termine com um minuto de respiração despreocupada.

Com a prática, busque dar uma pausa maior entre a inspiração e a expiração. Esta pausa é até desejar respirar, não precisar respirar. Procure sentir a energia acumulada no corpo pelo pulmão cheio, o coração batendo, neste intervalo. Sinta as artérias transportando o sangue renovado, o ar fresco se espalhando pelo corpo. Este último passo é a base da energização física e mental, além de desenvolver a concentração e a vontade, essenciais para os próximos passos.

Pratique em dupla com outra pessoa, uma observando se a outra está fazendo os passos de forma correta.

Relaxamento Básico

Procure uma posição confortável (sentada ou deitada), sem pressões sobre os músculos ou roupas muito apertadas.

De preferência faça a Respiração Básica por 1 a 3 minutos (o passo principal). Preste atenção a cada parte do corpo. Vá "sentindo-as" , passando em revista todo o corpo. Sinta o calor, o pulsar e o latejar do sangue, o peso dos músculos e a "vibração" dos nervos, por 2 a 3 minutos.

Retorne a cada área do corpo, agora imaginando "soltar" cada parte. Pode ajudar contraindo antes, de forma física ou usando a memória interna de contração, e depois soltando. Faça isso dos pés a cabeça, e retorne da cabeça aos pés, por alguns segundos. Faça isso rapidamente, de forma rápida e descontraída, sem forçar, até completar todo o corpo.

Após, envie "ondas" de sensação de relaxamento, ou imagens simbólicas que representem isso, ou ordene mentalmente ao seu corpo que relaxe. Por exemplo, visualize cores serenas como verde claro ou azul suave na área a ser relaxada, ou diga mentalmente "serenidade", "paz", "sossegue" ou apenas conceba a sensação de relaxamento.

Experimente todas as maneiras e verifique qual a melhor para você. Demore 10 a 15 segundos em cada parte do corpo. Comece pelos pés ou pela cabeça, como preferir, uma vez só (completando uma "passada" pelo corpo).

Com a prática, depois de 2 a 3 semanas fazendo a seqüência inteira, experimente de forma simplificada: concentre a atenção na parte do corpo a ser relaxada e sinta este relaxamento; depois passe para outra parte. A mente inconsciente aprende rapidamente a relaxar, fazendo tudo o que é necessário, sem necessitar de tanta interferência consciente. Pratique em dupla com outra pessoa, uma orientando o relaxamento da outra.

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Concentração Básica

Faça a respiração básica por 1 minuto.Faça o relaxamento básico por 1 minuto.Feche os olhos, caso esteja mantendo-os abertos. Imagine-se sentado ou deitado em uma área branca. Veja-se de um ponto de vista externo ou dissociado flutuando nesta área branca e depois alterne vendo a área branca à sua frente, de um ponto de vista interno ou associado. Alterne os dois pontos de vista por um a dois minutos, terminando de forma associada.

Depois torne toda a área mental escura. Repita o exercício por 30 segundos, alternando as posições. Observe se está confortável nesta área escura. Se não estiver, retorne ao relaxamento básico e depois tente de novo.

Após uma pausa, imagine uma grande pedra, pesada, imóvel, insensível, cristalina, estável. Mentalmente identifique-se com esta pedra. Primeiro de forma dissociada e depois de forma associada. Fique imóvel como esta pedra por 1 a 2 minutos. No máximo, não ultrapasse 5 minutos desta prática.

Medite sobre os "insights" e idéias sobre si mesmo que possa ter recebido. Em outras oportunidades, repita o exercício com outros objetos com características simbólicas definidas:

uma árvore frondosa;um pássaro;uma nuvem branca;uma nuvem de chuva relampejante ;um sol;um rio;o planeta Terra ;uma nave espacial;um Mestre Espiritual de sua escolha ;um animal de poder (simbólico).

Pratique com outra pessoa, uma sugerindo um símbolo para a outra.

Meditação Básica

Faça a Respiração Básica por 2 minutos.Faça o Relaxamento Básico por 3 minutos.Faça a primeira parte da Concentração Básica, até o estágio de visualizar (e se associar) com a área branca. Apenas por 1 minutos, para "limpar" a mente de pensamentos erráticos.Esvazie a mente, imaginando que seus pensamentos são como uma piscina ou tanque e você pode colocar uma pequena torneira no fundo que, pingando pouco a pouco, esvazia o tanque de seus pensamentos. Faça por 3 minutos, persuadindo-se de que todos os pensamentos estão saindo da consciência, até secar o tanque. Alterne esta idéia de forma dissociada e associada. No final, permaneça associado.

Ê uma pequena pausa com a mente vazia. Registre a sensação íntima proveniente deste estado de consciência.

Depois, busque preencher a mente, imaginando um filtro em uma torneira no alto do tanque, só deixando passar os pensamentos úteis e necessários, que fazem bem ao corpo e a mente. Faça este exercício por 3 minutos.

Pratique em dupla, uma pessoa sugerindo ao outro usando palavras tais como "vazio", "menos pensamentos e outros na etapa de esvaziamento da mente e depois com palavras como "pensamentos apropriados" na segunda parte. Com a prática, poderá usar o período intermediário, entre o esvaziamento e o preenchimento da mente, como um período propício para o recebimento de sensações intuitivas.

Iluminação Intuitiva Básica

Faça a Respiração Básica e o Relaxamento Básico em 2 minutos. Depois, a primeira parte da Concentração Básica e a primeira parte da Meditação básica: 30 segundos para esvaziar a mente.

Encontre um ponto, no centro do corpo, que simbolize para você o portal da Consciência Intuitiva. Nem sempre escolha o mesmo ponto, como por exemplo na cabeça. Experimente deixar que a sua intuição lhe posicione o lugar. Pode ser às vezes na altura do coração, ou no estômago, ou entre os olhos.

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Associe-se a este ponto (seja este ponto) e "passe" por ele. Perceba a si como uma Identidade Espiritual, una com o Universo. Abstraia da sua personalidade humana e identifique-se como uma parcela da Divindade Universal. Perceber isso não é pensar sobre isso. É como se fosse evidente, óbvio, natural, espontâneo. Não é deduzir ou raciocinar. Mantenha por um período de tempo confortável para você, sem forçar, possivelmente por 1 a 2 minutos.

Deste ponto de vista, oriente o Ser corporal e aconselhe sobre alguma determinada questão, sobre a melhor forma de escolher ou agir. Após, retorne ao Portal da Intuição Consciente. Preencha de novo o corpo físico.

Complete o final da Meditação Básica, 'reenchendo" o tanque de pensamentos com pensamentos adequados, dando ênfase aos que a Consciência Espiritual Interior lhe orientou

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(Rede Wiccana)

A Lei Wiccana respeita,Perfeito amor, confiança perfeita.Viva e deixa viver,Dá o justo para assim receber.Três vezes o círculo traçaE assim o mal afasta.E para firmar bem o encantoEntoa em verso ou em canto.Olhos brandos, toque leve,Fala pouco, muito ouve.Pelo horário a crescente se levantaE a Runa da Bruxa canta.Pelo anti-horário a minguante vigiaE entoa a Runa Sombria.Quando está nova a lua da Mãe,Beija duas vezes Suas mãos.Quando a lua ao topo chegar,Teu coração se deixará levar.Para o poderoso vento norte,Tranca as portas e boa sorte.Do sul o vento benfazejo,Do amor te traz um beijo.Quando vem do oeste o vento,Vêm os espíritos sem alento.E quando do leste ele soprar,Novidades para comemorar.Nove madeiras no caldeirão,Queima com pressa e lentidão.Mas a árvore anciã, venera,Se queimares, o mal te espera.Quando a Roda começa a girarÉ hora do fogo de Beltane queimar.Em Yule, acende tua tora,O Deus de chifres reina agora.A flor, a erva, a fruta boa,É a Deusa que te abençoa.Para onde a água correr,Joga uma pedra para tudo ver.Se precisas de algo com razão,À cobiça alheia não dá atenção.E a companhia do tolo, melhor evitar,Ou arriscas a ele te igualar.Encontra feliz e feliz despede,Um bom momento não se mede.Da Lei Tríplice lembre também,Três vezes o mal, três vezes o bem.Quando quer que o mal desponte,Usa a estrela azul na fronte.Cultiva no amor a sinceridade,Para receber igual verdade.Ou um resumo, se assim preferes estar:faz o que tu queres,Sem nenhum mal causar.