whisper #3

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Online magazine about actuality and culture. More info: http://whispermagazine.blogspot.com/

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EDITORIAL

NOTÍCIAS 03 ► Curtas

ENTREVISTAS05 ► A Jigsaw

07 ► Enday09 ► DJ A Boy Named Sue

11 ► José Ramos

MÚSICA14 ► TOP 10 por DJ A Boy Named Sue

15 ► Próximos Lançamentos

AGENDA12 ► Cine-Teatro de Estarreja

17 ► Próximos Eventos

13 ► Altos e Baixos13 ► Vídeos - Youtube

14 ► Vídeos - Publicidade14 ► Citações

16 ► Recomendações Whisper

REPORTAGEM18 ► Especial Festa das Latas ‘09, Coimbra

GERAL

DIRECÇÂO

ÍNDICE

whisper magazine

joana vieira

mariana ribas

BLOG: whispermagazine.blogspot.comMYSPACE: myspace.com/whispermagazineTWITTER: twitter.com/whisper_magazineEMAIL: [email protected]

BLOG: joanavieiraphot.blogspot.comMYSPACE: myspace.com/meraluna214DEVIANTART: joanavieiraphot.deviantart.comFLICKR: flickr.com/joana_vieiraTWITTER: twitter.com/joana_vieiraEMAIL: [email protected]

MYSPACE: myspace.com/damari19TWITTER: twitter.com/mari_ribasEMAIL: [email protected]

imagem de capa:© 2009 Sofia Silva

whisper #307 de Novembro de 2009

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TÉCNICAFICHA

Há quem diga que à terceira é de vez e também nós acreditamos nisso. Talvez seja desta que a Whisper tenha encontrado a sua melhor face e aquela com que se irá apresentar durante algum tempo. Tivemos o prazer de nesta nova edição inserir alguns novos elementos como noticias de interesse geral, altos e baixos do mês, as recomendações da Whisper, etc. Poderão também ler entrevistas com duas bandas nacionais,um DJ coimbrense e um fotógrafo que nos delicia com o seu trabalho.Esperemos que gostem e partilhem connosco as vossas opiniões, positivas ou negativas, no nosso site, http://whispermagazine.blogspot.com .

Envie os seus trabalhos [email protected]

As imagens utilizadas têm direitos reservados e são propriedade dos seus respectivos autores.

© 2009 Whisper MagazineTodos os direitos reservados.

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NOTÍCIAS

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A solução de compromisso foi encontrada depois da recusa do actor australiano Hugh Jackman em fazer de anfitrião, repetindo a dose do espectáculo de 2008. Baldwin anda na mó de cima com o sucesso da série televisiva “ 30 Rock “, para a NBC, e já disse que apresentar o espectáculo de entrega dos galardões da Academia de Ciências e Artes Cinematográficas é “a oportunidade de uma vida”.

Steve Martin , por seu lado, afirmou estar feliz por partilhar o ofício de mestre de cerimónias com “o inimigo Alec”. Não é função que surpreenda Martin, que apresentou as galas de 2001 e 2003. A 82ª festa de entrega dos Óscares está agendada para 7 de Março próximo. O Kodak Theater, em Los Angeles, volta a fazer de cenário e teatro de operações.

O primeiro-ministro reiterou perante a Assembleia da República que o Governo avançará em breve com uma proposta para permitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo e afastou em absoluto a hipótese de um referendo sobre esta matéria.

Roger Federer, líder do “ranking” mundial masculino, vai voltar a disputar o Estoril Open em ténis, anunciou a organização, nesta segunda-feira. Vencedor da edição de 2008, depois de bater na final o russo Nikolai Davydenko, o tenista suíço número um do “ranking” ATP retorna ao torneio português, que se disputará entre 1 e 9 de Maio do próximo ano, como preparação para o torneio “Grand Slam” de Roland Garros. “Estou entusiasmado por voltar ao Estoril Open, em 2010”, declarou Federer. “É um torneio que me dá o melhor enquadramento para a minha preparação rumo à defesa do título em Roland Garros”, prosseguiu, acrescentando que tem “excelentes recordações” da estadia em Portugal em 2008”. “O torneio oferece excelente hospitalidade e tem um óptimo público. Como Presidente do Conselho de Jogadores do ATP espero que o João Lagos tenha sucesso no seu objectivo há muito merecido de ter um novo complexo de ténis para fazer crescer ainda mais a prova”, referiu.

A cantora norte-americana Beyoncé foi a grande vencedora da 16ª edição dos Prémios Europeus de Música da MTV, em Berlim, numa noite de glória partilhada com os U2. Beyoncé foi eleita a melhor artista feminina e venceu os prémios de melhor canção (“Halo”) e melhor vídeo (“Single Ladies”). Os Kings os Leon, nomeados em cinco categorias, não venceram nada e Lady Gaga, com outras tantas nomeações, quedou-se pelo prémio de artista revelação.Os U2, que momentos antes tinham actuado junto às portas de Brandemburgo, foram os primeiros distinguidos da noite ao receberem o prémio de melhor banda ao vivo. Os norte-americanos Green Day, que abriram a cerimónia entre lança-chamas, foram eleitos o melhor grupo rock. Com Nova Iorque em fundo, o rapper Jay-z levou para casa o prémio de melhor artista “Urban”. A apresentação da 16/a edição dos Prémios Europeus de Música da MTV ficou por conta, pelo segundo ano consecutivo, da cantora norte-americana Katy Perry, numa cerimónia que decorreu num ambiente de cabaret e casino - no “Katy Kat Club” -, com roleta russa e piano de cauda. O momento de homenagem da noite ficou reservado para Michael Jackson, com a MTV a passar o microfone aos berlinenses para que cantassem (e dançassem) nas ruas de Berlim algumas canções do rei da pop, falecido a 25 de Junho.

Steve Martin e Alec Baldwin apresentam Óscares

Casamento homossexual sem referendo

Federer vem ao Estoril Open’2010

Vencedores dos prémios MTV

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‘O Símbolo Perdido’ de Dan Brown já está disponível nas livrarias nacionais depois de ter vendido 1 milhão de exemplares em apenas 24 horas, no lançamento a 15 de Setembro nos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido.

Os membros do XVIII Governo Constitucional já entraram em plenitude de funções, depois de o programa do executivo ter sido discutido, sem votação, na Assembleia da República. Depois de quase doze horas de debate ao longo de dois dias, nenhuma das forças da oposição - PSD, CDS-PP, Bloco de Esquerda, PCP ou Partido Ecologista “Os Verdes” - apresentou um voto de rejeição. PS e Governo também não propuseram qualquer voto de confiança ao programa do executivo para os próximos quatro anos. “O Governo foi nomeado e empossado pelo Presidente da República e encontra-se agora formalmente investido pelo Parlamento, pelo que

daqui em diante exerce em pleno as suas funções”, afirmou o presidente da Assembleia da República, no final do debate do Programa de Governo.

Jaime Gama desejou ainda, em nome do Parlamento, “felicidades ao executivo”, dizendo que este poderá contar com uma Assembleia da República “plural e fiscalizadora”.

Novo livro de Dan Brown

Programa do Governo aprovado

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Os a Jigsaw são uma banda de Coimbra que, como os próprios dizem, entregou a alma aos blues, ao country e ao folk. João Rui, Jorri, Susana

Ribeiro e Marco André são os quatro elementos desta banda. Conheça-os agora um pouco melhor nesta entrevista.

ENTREVISTA COM

Como surgiu a ideia de formarem uma banda?

Não é uma pergunta fácil. Julgo que surgiu da vontade de criar música com outras pessoas, explorar no-vas possibilidades. Há uma grande sinergia no seio das bandas. Aca-bamos por ser influências uns dos outros e acho que foi isso que no nosso caso levou à formação da banda. De facto, a história é um pouco mais complicada e comprida do que isto, mas em abono de não entrar em modo de dissertação, fico-me pelo “surgiu como outra boa ideia qualquer”.

Sabemos que inicialmente a ban-da não tinha a formação que tem actualmente. O que mudou com a entrada da Susana?

Sim, apenas eu e o Jorri fazemos parte da formação original da ban-da. A Susana só entra em 2007 uns meses antes da edição do nosso

álbum de estreia “Letters From The Boatman”. Tal como quando se acrescenta uma variável numa equação o resultado se altera, com a entrada da Susana a equação dos a Jigsaw também mudou. Ela cos-tuma dizer que se adicionou uma perspectiva feminina, mas julgo que acima de tudo e retomando a ideia das sinergias, ela veio alterar o balanço e fluxo criativo. O mesmo aconteceu com a entrada nos a Jig-saw do Marco Silva, o nosso mais recente membro que ingressou umas semanas antes da edição do “Like The Wolf”; também ele veio alterar estas energias. E curiosa-mente nós os quatro começámos a nossa relação sempre como músi-cos e apenas depois se seguiram os elos de amizade que nos unem ainda mais.

Foi complicado obterem apoios no inicio da carreira?

Apoios, basicamente a banda nun-ca teve apoios, nem no inicio, nem agora. Apoios institucionais, como a Câmara Municipal, Ministério da Cultura, nunca houve e since-ramente duvido que alguma vez haja. Apoios de empresas, também nunca houve muito, nunca tivemos o apoio de uma editora, ou seja, tivemos que ser nós a criar uma, a Rewind Music, além disso temos o apoio do Ilídio Design na criação da nossa imagem. Mas cada vez mais nós trabalhamos indepen-dentemente, controlámos todo o nosso processo, desde a criação à edição, embora no meio desse processo tenhamos o apoio de pes-soas que à muito andam com os a Jigsaw, como a Sofia Silva nas fotos ou o Miro Vaz na produção. E um agradecimento especial ao Nuno Ávila (RUC) , porque ele sim, deu-nos um grande apoio numa altura

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importantíssima da vida dos a Jig-saw, e por isso, Obrigado.

Quais são as vossas principais in-fluências musicais?

Pergunta sempre complicada de responder… somos quatro pessoas diferentes com influências dife rentes. E ainda por cima, tantas vezes o que ouvimos mais pode não ser o que mais nos influencia. Claro que há nomes que são partilhados, mas outros que pertencem apenas a cada um de nós. Posso citar o Tom Waits, Leonard Cohen, Johnny Cash, mas também teria que acres-centar Depeche Mode, Pavement, Jimi Hendrix, etc, etc, etc...

Qual a história por de trás do nome “a Jigsaw”?

Em verdade é uma história simples. À data de formação da banda, uma das nossas principais referências era a banda belga dEUS, cujo nome é o título de uma musica de 1988 de uma banda da chamada Sugar-cubes. Então, quase como se fora tradição, o nosso nome é inspirado na musica “Jigsaw You” do álbum de estreia dos dEUS, o brilhante “Worst Case Scenario”.

Falem-nos um pouco sobre o vosso último trabalho intitulado “Like The Wolf”.

É um álbum conceptual que através de paisagens sonoras e líricas ex-plora a profundeza das marcas que permanecem da perda da inocên-cia. É um álbum no qual consegui-mos encontrar o “nosso” caminho. Temos consciência de toda a dedi-cação e trabalho envolvido nele: desde o isolamento na Casa Azul para o compor até à gravação dos cerca de 18 instrumentos entre nós os três. Julgo que nos fez ama-durecer como músicos e pessoas. Neste cd contámos com alguns convidados e amigos de entre os quais se destacam o Miguel Lima (Bateria), o Gito (contrabaixo), o Carlos Ramos (Bateria) e a Becky Lee Walters na voz, que trouxeram um pouco deles para “alimentar o

Lobo” (e o engraçado é que depois da participação deles as músicas deixam de ser apenas nossas).

Podemos ver através do vosso myspace que apostam bastante na imagem. Consideram que isso seja um aspecto importante para o crescimento de uma banda?

A imagem é importantíssima para a afirmação e crescimento de uma banda, sim, isso é verdade, e nós com o tempo fomos tomando con-sciência que precisávamos de boas fotos de promoção, que a imagem dos cd’s tinha que ser boa, que os sites, myspaces, etc tinham que ser

coerentes. Falando concretamente da nossa imagem, ela foi pensada em termos conceptuais ao mesmo tempo que compúnhamos Like The Wolf, nós queríamos que tudo fi zesse sentido, as fotos, as cores, a letra, tudo. Daí a Sofia Silva ter pensado no conceito que gira à vol-ta das nossas fotos de promoção, nas nossas personagens, e mais tarde o Pedro Freitas pegou nisso tudo e recriou esses ambientes no papel e fez todo o artwork do Like The Wolf. Isto tudo para dizer, que a imagem é importante, mas mais importante do que a imagem é tu saberes quem és, e como queres que os outros te vejam.

Qual o palco que gostariam de vir a pisar um dia?

É difícil de dizer, mas por exem-plo palcos de dimensão ao nível do

Wembley Stadium não são o que mais nos atrai. Preferimos casas antigas, com histórias para contar escondidas nas frestas que mar-cam a passagem dos anos. Espera-mos também pisar salas em todo o mundo, desde Espanha ao Japão, passando pelo Canadá ou pela Gré-cia.

Quais os vossos projectos para o futuro?

A muito curto prazo temos a con-tinuação da promoção do Like The Wolf depois segue-se também a muito curto prazo a celebração da 1ª década da banda, que será fes-tejada com um concerto/festa dia 12 de Dezembro no Salão Brazil. A médio prazo estamos a preparar a internacionalização, neste mo-mento já temos alguns concertos marcados para países como Itália, Bélgica ou Espanha, datas essas que serão anunciadas brevemente, e como não podia deixar de ser, vamos aos poucos coleccionando músicas para o sucessor do Like The Wolf.

Alguma mensagem que queiram aproveitar para deixar aos nos-sos leitores, aos vossos segui-dores, ou às promotoras nacio-nais, etc?

Antes de mais, agradecer o vosso convite, foi com enorme prazer que o recebemos e aceitamos. Em relação aos vossos leitores, espero que quem nunca ouviu falar em a Jigsaw tenha ficado com alguma curiosidade, e mal acabe de ler esta resposta corra para a loja mais próxima para comprar o álbum. Agora a mensagem séria, os a Jig-saw são um exemplo de persever-ança, paixão e luta, vamos fazer 10 anos em Dezembro, 10 anos cheios de histórias, 10 anos a lutar por um sonho que se continua a realizar, o ser músico, o fazer música. Nós nunca desistimos e não iremos de-sistir, daqui a mais 10 anos cá es-taremos para fazer o balanço, com mais uns quantos sonhos concret-izados. Obrigado a todos.

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Os Enday são uma banda de Lisboa que teve início em 2005. Agora, 4 anos depois preparam-se para lançar um novo albúm denominado “Drowning

in Pictures”. Conheça melhor o seu percurso e os projectos futuros.

Para quem não vos conhece, qual é a história dos Enday?

Os ENDAY são um grupo de ami-gos de longa data, começamos a tocar desde muito cedo mas só por volta de 2005 é que começamos a tocar ao vivo e a gravar CDs. Ter uma banda sempre foi um sonho partilhado por todos... que acabou por se tornar realidade.

Quais são as vossas principais in-fluencias musicais?

As nossas influências musicais abrangem diversas sonoridades. Uma primeira impressão para quem ouve ENDAY pode ser asso-ciar a bandas como Lost Prophets, 30 Seconds to Mars, Story of the Year, Thrice, Anberlin, Paparoach ou Stone Sour. Contudo, também aprendemos muito a ouvir Foo fighters, Kings of Leon, The Killers, Muse e até mesmo com bandas fora do universo do rock. Somos músicos com um espírito aberto, tentamos fazer uma coisa que mui-tas bandas se esquecem de fazer

(por terem a cabeça demasiado acupada a pensar no seu umbigo): ouvimos tudo e sabemos apreciar tanto um albúm como um show sob o ponto de vista do “espectador”, e não apenas sob o ponto de vista do “músico”. O equilíbrio e harmonia entre estes aspectos é sem dúvida um ponto crucial para uma boa composição, contudo há que ver a música como um todo e não como riffs ou solos individuais.

Falem-nos um pouco sobre o vosso primeiro trabalho discográfico que está a ser gravado. Já está prevista alguma data para o seu lançamento?

Na verdade é o segundo trabalho de originais que gravamos, sendo o primeiro um EP promocional. O nosso álbum intitula-se “Green Smoke!”, foi gravado no Genera-tor Studios por Miguel Marques (Easyway), e masterizado em Nova Yorque no West West Side Music Studio por Alan Douches (Fall Out Boy, Sepultura, Misfits, Chemical

Brothers, Rum DMC, Senses Fail, Saves The Day, Converge, Mast-odon…). O conceito gira todo em torno de uma mensagem de paz universal. Durante uma guerra, o fumo verde ou “green smoke” serve para marcar uma zona a não atacar, ou até mesmo um sessar fogo. A mensagem deste albúm não tem como ponto principal focar os problemas da guerra em con-creto, mas sim apelar a que todas as pessoas encontrem paz interior e travem todas as guerras que têm consigo mesmas, que encontrem motivação para seguir em frente apesar de todos os ventos que so-pram contra. Este trabalho é muito pessoal, as letras das canções re presentam os melhores e os piores episódios das nossas vidas até ao momento. Temos ainda a partici-pação de Rodrigo Fortes (The Star-van) no primeiro single. O Rodrigo é nosso amigo já há alguns anos, dois de nós chegamos também a fazer parte dos Starvan no pas-sado. As previsões do lançamento

ENTREVISTA COM

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apontam para o mês de Dezembro ou Janeiro.

O que nos podem adiantar sobre o vídeo clip que estão a fazer?

O vídeo está neste momento fina lizado e está a ser enviado para os meios de comunicação. Este tra-balho foi filmado em dois espaços bem distantes um do outro. A parte “indoor” no Aeródromo de Proen-ça-a-Nova, e a parte “outdoor” nas dunas do Guincho. Constitui também o trabalho de estréia do bem conhecido músico e composi-tor Rodrigo Fortes no mundo da produção cinematográfica. Se tudo correr bem... o vídeo deverá sair umas semanas antes do CD, este-jam atentos e votem na “Hit-List” assim que estiver no ar!

Sabemos que vocês conseguiram um contrato com a editora amer-icana Cal Rock Records. Como o conseguiram e o que vos trouxe esta oportunidade?

O contacto com os EUA surgiu na gravação do nosso EP de estreia intitulado “Drowning in Pictures”. Existe uma espécie de relação profissional, ou de amizade nalguns casos, entre os produtores portu-gueses e produtores estrangeiros. Na finalização da mistura do EP o nosso produtor alertou-nos para o facto de termos que escolher alguém para masterizar o CD, fa-lou-nos em alguns nomes e estú-dios... por fim escolhemos o “West West Side” devido ao seu renome e portfólio. Passados alguns me-ses começámos a manter contacto com várias editoras, americanas e não só, como é também o caso da Lockjaw records UK. O EP chegou ainda a ser distribuído nos EUA pela editora californiana Cal Rock Records. Sinceramente não sabe-mos qual das editoras é que o fez, mas o facto e que também já está disponível no iTunes.

Acham que o punk já conquistou um lugar em Portugal?

Bem... o PUNK por excelência não

só já conquistou o seu lugar em Portugal, como já cá anda há tem-po suficiente para precisar de se adaptar a um novo público... No caso do punk numa vertente mais pop ou comercial... este sempre existiu e desde sempre que o seu lugar está muito bem deliniado na indústria, bem como o prazo de validade de cada banda... No outro dia estávamos a pensar nos primeiros concertos de PUNK que vimos cá em Portugal... bandas como NOXF, Pennywise e até mes-mo os Lost Prophets quando ainda não eram ninguém faziam-nos sal-

tar na Praça Sony durante horas no meio de uma multidão transpirada e embriagada, não havia nada que nos desse tanta motivação para tocar e compor como ter 16 anos e ver esse tipo de concertos. Pode-se dizer que já há 3 anos que o movi-mento punk tem vindo a cair, não adianta culpar ninguém pois a vida é feita de ciclos e nada é eterno... as coisas apenas fazem sentido quando inseridas num contexto, e o paradigma actual é outro. Mas o bom é que todas as épocas, em-bora acabem por passar, deixam-nos sempre bons clássicos e boas referências. Os portugueses Tara Perdida são um bom exemplo dis-so, o último concerto que vi deles

deixou-me com uma óptima im-pressão... parecia que estava a ver os Metallica, o som está adaptado a uma nova realidade, está muito bom! A sonoridade dos ENDAY tem lógicamente tendências enraizadas no punk, rock e hard core... embora sejamos uma banda que dá mais valor à carga dramática das melo-dias, estes estilos vão estar sempre associados às nossas músicas... como um “gato escondido com o rabo de fora”.

Existem projectos para o futuro?

Tivemos muito tempo afastados dos palcos para nos dedicarmos a este novo trabalho, por isso quase que não conseguimos pensar em mais nada a não ser dar concertos. No que diz respeito a este albúm, tentaremos manter as parcerias fei-tas até agora, mas ao mesmo tempo alargar a nossa “área de presença”. Apontamos os nossos objectivos para o Japão, Brasil, Canadá e Es-panha. Temos obviamente outros planos, mas tentamos sempre fu-gir a este género de questões pois falar dos projectos futuros dá tanta sorte como receber os parabéns an-tecipadamente... para já queremos é fazer aquilo que mais gostamos, dar muitos concertos dentro e fora de Portugal.

Alguma mensagem que queiram aproveitar para dizer aos nossos leitores, aos vossos seguidores, às promotoras nacionais, etc?

Aos nossos seguidores: Segue sem-pre o que acreditas, nunca te sintas sozinho, não acredites em tudo o que te prometem, nunca percas o teu verdadeiro som, não imites nin-guém, não sejas casmurro, ensaia, ensaia, ensaia até doer! Os lucros hão-de vir um dia, já estamos na fila.

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O som de Dj A boy named Sue caracteriza-se por uma forte vertente rock’n’roll, onde podemos encntrar sonoridades como

soul, garage, blues, entre muitas. Conheça melhor este Dj de Coimbra, que tem percorrido Portugal de norte a sul.

Como surgiu o teu interesse por uma carreira como DJ?

Acho que a coisa aconteceu principalmente por uma razão, não estava satisfeito com os djs, e com a oferta nocturna de Coimbra, e quis oferecer às pessoas algo diferente daquilo a que estavam habituados. Em 2001 comecei a organizar e produzir festas temáticas em Coimbra e depois aconteceu tudo muito naturalmente, tive uma boa resposta e fui sendo convidado para diferentes bares e festas, fui tendo residências em Coimbra e mais recentemente, comecei a ir passar música a todo o pais.

Quais são as tuas principais in-fluências musicais?

Como eu costumo dizer, para resumir, sou um moço do rock’n’roll. Mas quando se começa a conhecer muita música descobre-se que isto dos estilos e dos géneros não é tão simples assim. Eu comecei a ouvir punk rock quando era adolescente, mas depois fui tentar perceber

de onde é que as coisas vinham, fui escavando para trás no tempo até chegar ao blues ou ao tango e rapidamente percebi que todos os estilos estão interligados e que se pode saltar muito facilmente de género e de década sem as pessoas se aperceberem. E é claro que tento manter uma ligação com as novas tendências da música, tanto dentro do rock, como estou atento a outros géneros como o electro ou o hip hop. Alguns dos meus melhores amigos são nomes reconhecidos de cenas musicais completamente diferentes, como o Techno, ou o Drum’n’Bass.

Sabemos que grande parte da música que passas nos teus sets é em vinil, porquê essa escolha?

Acho que sou um dj ‘old school’. E sou um amante de música, gosto dos discos também como objectos e as edições são muito mais bonitas em vinil. Mas não se trata só de uma questão estética, é também por uma questão de qualidade, em

primeiro os discos de vinil têm uma amplitude maior de frequências no espectro sonoro do que os cds (daí também o nome dos cds, compact discs, o som está ‘compactado’). Por outro, por uma questão de longevidade, tenho discos de vinil com mais de 50 anos que tocam com um som perfeito, já os cds riscam-se muito facilmente.

Na tua opinião achas que dá para fazer vida e carreira como DJ em Portugal?

Fazer carreira é uma coisa, fazer vida é outra e é muito difícil. Ainda mais como dj de rock’n’roll. Eu posso ser conhecido um pouco por todo o país, e há semanas em que ponho música 5 noites em sítios diferentes, mas a minha actividade como dj não é a minha principal profissão. Acredito que certas pessoas na música de dança façam vida de dj. Mas acho que os djs de rock ainda não são levados muito a sério, exemplo disso é que raramente vês um dj de rock numa

ENTREVISTA COM

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after party ou num palco de um festival ou um grande evento, ainda que as bandas sejam rock.

Quando vais comprar teus discos já levas em mente aquilo que pre-tendes comprar ou estás aberto ao que desconheces?

Estou sempre aberto a coisas que não conheço, compro muitos discos por curiosidade, apenas pela capa ou por reconhecer o nome de uma música ou de um produtor ou pela data ou pela editora. Compro muitos discos por acaso, em feiras de velharias, em bombas de gasolina... Outras vezes apenas porque um amigo ou alguém numa noite de dj mo aconselha. Obviamente também encomendo muitas coisas que quero muito ter, tanto antigas como modernas. Leio regularmente revistas como a Mojo, a Uncut ou a Rock & Folk para me me ir mantendo a par das novidades no mundo musical.

Existe publico em Portugal para o estilo de musica que passas?

Sim. Eu vivo e cresci numa cidade (Coimbra) onde sempre existiu uma tradição muito forte de rock, que tem atravessado várias gerações. Mas posso dizer que nos últimos anos tenho verificado que todas as cidades têm pelo menos um bar de rock e um bom grupo de pessoas que gosta de rock. Tenho passado por cidades como Leiria, Évora, Aveiro, Guimarães, Guarda, Caldas da Rainha, e muitas mais e em todas elas tive uma resposta muito boa por parte das pessoas. Outra coisa que me surpreende é que vejo cada vez mais pessoas diferentes e muito novas a dançar rock’n’roll, pessoas sem preconceitos e interessadas em conhecer coisas novas e diferentes. Agora tenho uma residência em Coimbra às segundas feiras que está sempre cheia até às 6h30...

Já tiveste a oportunidade de tra-balhar como dj no estrangeiro? Onde gostaria de vir a passar música um dia?

As únicas oportunidades que tive para passar música no estrangeiro foi em after partys de concertos do Tiger Man, com quem trabalho, uma ou duas vezes em Paris e outra em Estrasburgo e acabei por pôr música com os discos do bar. Há sítios que se me dispusesse a investir conseguia facilmente passar música, como Paris, Londres, Madrid ou Barcelona, mas seria sempre um investimento bastante dispendioso para mim. Para já, gostava de passar música num festival em Portugal. Mas

não tenho assim uma meta ou um ‘sonho’, a não ser levar a minha música e o meu modo de passar música ao maior número de pessoas possível. Deixo as coisas correrem naturalmente, e espero continuar a crescer, ser reconhecido e que com isso surjam propostas e oportunidades cada vez mais aliciantes.

Como não poderíamos deixar de perguntar, porquê a escolha da música “A Boy Named Sue” de Johnny Cash para o teu nome como DJ?

Isso é uma história interessante com mais sumo do que se espera. Aos 14 anos, quando jogava andebol na académica fui ‘baptizado’ com a alcunha de Somália pelos jogadores mais velhos, devido à minha magra condição física (riso).

Alcunha que acabou por me seguir, mesmo que não gostasse dela, até que a aceitei e até usei o nome de Dj de Dr. Somalicks durante os primeiros anos. Ora a letra da música do Johnny Cash fala de um rapaz que foi baptizado de Sue e depois abandonado pelo pai, fala do quão difícil foi a vida para um rapaz chamado Sue e termina com o pai a dizer-lhe ‘tens todas as razões do mundo para me odiar mas eu dei-te esse nome porque não podia estar ao teu lado para te educar e foi esse nome que fez de ti um homem rijo capaz de enfrentar as adversidades’ (no fim abraçam-se e vão beber um copo). Além de gostar muito da música e do Johnny Cash, estabeleci uma analogia entre o ‘life ain’t easy for a boy named Sue’ e o ‘a vida não foi fácil para um rapaz chamado Somália (ainda que a minha história não seja tão trágica). O nome Sue acabou por funcionar também como um diminutivo de Somália e hoje muita gente me trata por Sue.

Algo que queiras acrescentar à entrevista?

Além da actividade como dj em festas / eventos, sou ainda responsável por 2 programas de autor na Rádio Universidade de Coimbra: o ‘Cocktail Mariachi’, dedicado ao lounge e easy listening e o ‘Sé Velha Uber Alles’, dedicado ao punk rock, tendo já estado ligado a programas de rock e de blues.

TOP 10 – As músicas que mais pas-sas.

Como imaginam é muito difícil para mim resumir-me em 10 músicas, tendo em conta que os meus gos-tos e os meus sets (por vezes de mais de 5h) passam por música exótica, rockabilly, rhythm & blues, soul, garage, punk rock, new wave, death rock, ou electro rock. Eu nun-ca fiz uma maquete ou um set tipo para ninguém, porque é impossível à partida prever o que vou passar.

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► Como surgiu o interesse pela fotogra-fia?

Olá. Antes mais quero deixar um agradec-imento especial pela entrevista. É um prazer dar a conhecer o meu percurso. Passando à questão, o interesse pela fo-tografia surgiu de uma forma peculiar e espontânea. Há cerca de 6 anos, não tin-ha qualquer máquina fotográfica, e sen-tia a falta de ter uma máquina pequena e compacta que me permitisse ir captu-rando aqueles momentos importantes da vida, para que ficassem registados para a posteridade. Estava portanto muito longe de imaginar que iria seguir um percurso artístico com este meio de expressão. O que aconteceu posteriormente foi que, de entre as várias fotos que ia fazendo, de vez em quando capturava algumas cenas de natureza pelo puro prazer esté-tico e não documental. Um dia descobri que existiam comunidades de fotografia na internet, onde era possível obter feed-back sobre as nossas imagens, bem como comentar as imagens de outras pessoas. Decidi submeter 2 ou 3 fotos minhas, sem qualquer expectativa, apenas à experiên-cia, e tudo correu tão bem que desde en-tão isto se tornou a minha paixão.

► Como foi o inicio da experiência como fotografo e o processo de aprendiza-gem?

O início é sempre muito bom, porque da-mos por nós, e sentimos instintivamente que estamos a criar “arte”, a criar “mo-

mentos”, imagens e emoções, e vemos que a sua partilha tem eco nas outras pessoas. Esta altura é muito genuína e poderosa, mas também muito impor-tante, no sentido de começar a perce-ber depois que existe todo um mundo de conhecimento técnico que se torna necessário para levarmos esta expressão mais longe. Para todos os efeitos, o pro-cesso de aprendizagem foi muito gradual, autodidacta e espontâneo. Nunca fui de ler grandes manuais ou tratados, sendo que aprendi quase tudo colocando dúvi-das directamente, observando o trabalho de outros, participando em fóruns, etc.

► Quais foram os principais obstáculo e metas atingidas?

O principal obstáculo foi sem dúvida o financeiro. Tive que passar 2 anos a fo-tografar com uma simples compacta de 3 megapixel, e só depois tive dinheiro para comprar uma máquina (não-reflex) melhor, e só nos últimos 2-3 anos é que tenho utilizado equipamento mais evoluí-do. A fotografia é um hobby muito caro, mas felizmente sempre defini os meus objectivos de compras de forma muito pragmática, apenas avançando para produtos superiores quando soubesse que tinha esgotado as potencialidade do equipamento anterior. Em termos de me-tas atingidas, posso destacar a realização de 5 exposições no nosso país, a publi-cação de várias imagens no início deste ano numa revista de viagens francesa, a venda de impressões em grande formato para vários pontos do mundo e, acima de tudo, o feedback diário fantástico e vi-tal que vou recebendo das pessoas que apreciam as minhas imagens.

► Quando paras de fotografar duran-te longo período de tempo sentes falta de pegar na máquina e disparar?

Sinto muito mesmo! Chamo-lhe “ressaca fotográfica”! Vivendo no caos de Lisboa e arredores, é para mim vital fugir com al-guma regularidade para locais bem selva-gens, onde me sinta longe de todo o rebu-liço e confusão da metrópole. Para além disso, ter à nossa frente o poder da na-tureza que nos rodeia é sempre uma lição preciosa de humildade, que nos recoloca em relação ao mundo que habitamos.

► Quais são as tuas principais influên-cias nesta área?

Acima de tudo os grandes fotógrafos de paisagem por esse mundo fora, como Galen Rowell, Marc Adamus, Joe Cornish, John Shaw, Charlie Waite, entre outros, bem como os clássicos pintores de paisa-gem, como Turner, Thomas Cole, Paul Bril, Aert van der Neer, Salvator Ros, entre out-ros.

► Consideras o tratamento de imagem essencial ou dispensável?

O tratamento de imagem é absoluta-mente essencial. Ainda hoje publiquei um artigo na página que possuo na comu-nidade Deviantart, onde exponho um ar-tigo muito interessante de um fotógrafo de paisagem onde ele demonstra os pas-sos envolvidos no processamento de uma imagem sua. Olhando para o “antes” e o “depois”, diríamos instintivamente que aquela foto tinha sido altamente pós-processada, quando no fundo foi apenas alvo de ajustes simples que permitiram extrair o máximo potencial da imagem capturada. Infelizmente, as fotos nunca saem da câmara perfeitas e prontas a mostrar ao mundo, e necessitam sempre de ser ajustadas, de forma a dar-lhes a estética final que merecem. O problema é que depois surgem imensas confusões e discussões estéreis sobre este assunto, desde o artista que diz que não pós-pro-cessa, quando obviamente o faz, pas-sando pelo amador que vê “Photoshop” em tudo, bem como aquele que apenas está preocupado em procurar defeitos, indiferente à mensagem estética global da imagem.

► Grande parte das tuas fotos são de temática paisagística. O que te seduz tanto nesse estilo fotográfico?

Eu gosto de quase todos os tipos de fo-tografia, e adoraria praticá-los a todos, mas desde cedo percebi que é muito complexo ser-se bom em mais do que uma coisa. Para além disso, a minha vida esteve sempre muito ligada à natureza, e aliar a fotografia a esse prazer surgiu como uma extensão muito natural desta preferência. Procurar, às vezes quase mesmo “perseguir”, um determinado ponto, um local, uma determinada luz, que nos permita contemplar um local na sua máxima beleza, e depois tentar cap-turá-lo e partilhar com quem não esteve lá é para mim fascinante e altamente vi-ciante.

► Existem projectos para o futuro?

Os projectos passam por conseguir transferir o conteúdo do meu domínio joseramos.net para o domínio joseramos.com , que tive muita dificuldade em con-seguir (por estar previamente ocupado), optimizar o processo de venda de prints, e divulgar de forma mais eficaz o meu trabalho. Estão na calha ainda algumas exposições, colaborações e projectos dos quais não posso falar ainda.

► Para finalizar, alguma mensagem que queiras deixar aos leitores, fo-tógrafos, promotoras, revistas…?

Quero apenas pedir que procurem, que sintam, que contemplem, que se deixem levar e, acima de tudo, que respeitem as formas de arte que ressoam dentro de vós…

Nome: José Ramos Idade: 27 Naturalidade: LagosWebsite: joseramos.netMyspace: myspace.com/inebriantiaEmail: [email protected]

JOSÉRAMOS

Page 13: Whisper #3

Um dos melhores guitarristas de “fingerstyle”, Andy McKee é aclamado por muitos músicos no mundo acústico como o mais promissor guitarrista “fingerstyle” a chegar ao mundo do espectáculo desde há muito tempo. Durante os últimos 13 anos, Andy cita numerosas influências e criou uma voz única na guitarra acústica através destas inspirações.

Apresenta-se o futuro da música galega: um quinteto de Santiago de Compostela que caminha entre o funk e o rap. Entre o rap e o reggae. Porém sem casar-se com nenhum dos três estilos. E eis que Som do Galpóm é uma banda que faz uma mescla original num estilo arrojado e muito próprio.

Assistir a um concerto de Carmen Dor é uma experiência intensa. A capacidade de comunicar apaixonadamente a sua vivência no palco, de converter a filosofia e a poesia em vida, de transcender os textos com a interpretação, a versatilidade e a beleza da sua voz, são qualidades que fazem de Carmen Dor uma artista inquestionável, uma artista verdadeira pois com a verdade trabalha.

O contrabaixista Carlos Bica e o pianista João Paulo são músicos e amigos de longa data cujo currículo dispensa qualquer apresentação. Carlos Bica é um dos poucos músicos portugueses que alcançou projecção internacional, tendo-se tornado uma referência no panorama do Jazz europeu.

Ademais Aló Django pretende ser un obradoiro musical de músicos, cómicos, clowns e bailaríns para o cal en moitas ocasións invitamos a outros artistas destas disciplinas a participar con nós nos concertos para ofrecer un show completo e divertido máis alá do estritamente musical, enfiando así con xéneros escénicos de entretemento como o cabaré ou o music-hall.

Lamatumbá oferece ao espectador quase duas horas de festa. Ao ritmo do ska, funky, merengue ou da cumbia, nenhum pé pode ficar pregado ao chão em todos os espaços aos quais a banda possa levar a sua furgoneta.

13 SEX 23H00OUTONALIDADES ‘09

SOM DO GALPÓN (ESP.)

20 SEX 23H00AFTER-HOURS ESTARREJAZZ

CARMEN DOR (ESP.)

21 SÁB 21H30ESTARREJAZZ’09CARLOS BICA - JOAO PAULO

21 SÁB 23H00 AFTER-HOURS ESTARREJAZZ ALÓ DJANGO (ESP.)

27 SEX 23H30OUTONALIDADES ’09

LAMATUMBÁ (ESP.)

14 SÁB 22H00ANDY MCKEE (EUA)

12

Page 14: Whisper #3

YOUTUBE

Riki-Oh: The Story of Ricky (9/9)http://www.youtube.com/watch?v=GmTPxLLFryY

Vitominas - As Eleições do Benficahttp://www.youtube.com/watch?v=8OCS7Hfe92c

Her Morning Elegance / Oren Laviehttp://www.youtube.com/watch?v=2_HXUhShhmY

Happy Tree Friends - Lemonadehttp://www.youtube.com/watch?v=165VjNKRNdw

ALTOS

BAIXOS

r

r

O realizador Roman Polanski foi preso na Suiça, onde estava para receber um prémio carreira no Festival de Cinema de Zurique. A detenção deveu-se a um mandado de captura emitido pelos EUA em 1978, onde Polanski é acusado de violação de uma adolescente de 13 anos. Ainda se aguarda o desfecho deste processo.

Paulo Bento pediu a demissão do cargo de treinador principal do Sporting ao fim de 4 anos, algo que já era esperado após a contestação das últimas semanas devido aos maus resultados da equipa no campeonato. Apesar disso Paulo Bento sai do Sporting com saldo positivo, pois obteve 117 triunfos contra 32 derrotas.

Armando Vara, ex-ministro da Administração Interna do Governo de António Guterres, é um dos 12 arguidos constituídos no âmbito da operação Face Oculta desencadeada pela Polícia Judiciária. Segundo a RTPN Vara terá sido surpreendido pelos investigadores a pedir ao empresário José Godinho cerca de dez mil euros.

Serena Williams acabou a temporada feminina de ténis como número 1 do ranking WTA ao vencer o último torneio da época, e um dos mais importantes, o Masters de Doha. Para além disso bateu o recorde de prémios monetários ganhos numa época, ao arrecadar uns impressionantes 6.5 milhões de dólares.

Beyoné foi a grande vencedora da 16ª edição dos Prémios Europeus de Música da MTV, em Berlim, foi eleita a melhor artista feminina e venceu os prémios de melhor canção (“Halo”) e melhor vídeo (“Single Ladies”). A carreira desta artista conta já com mais de 23 milhões de discos vendidos em todo o mundo.

Barack Obama ganhou o prémio Nobel da Paz para espanto do mundo, mas a verdade é que aceitou tal distinção com humildade e como um incentivo para trabalhar mais e melhor. Obama já é uma referência mundial que inspira muitos e este Nobel, apesar de criticado por alguns, veio relembrar as suas intenções.

13

Page 15: Whisper #3

PUBLICIDADE

BMW - Theo Jansenhttp://www.youtube.com/watch?v=WcR7U2tuNoY

Honda - The Coghttp://www.youtube.com/watch?v=_ve4M4UsJQo

The T-Mobile Dancehttp://www.youtube.com/watch?v=VQ3d3KigPQM

Sony Bravia - Rabbitshttp://www.youtube.com/watch?v=CLUAbkRUvVQ

Como imaginam é muito difícil para mim resumir-me em 10 músicas, tendo em conta que os meus gostos e os meus sets (por vezes de mais de 5h) passam por música exótica, rockabilly, rhythm & blues, soul, garage, punk rock, new wave, death rock, ou electro rock. Eu nunca fiz uma maquete ou um set tipo para ninguém, porque é impossível à partida prever o que vou passar. Não tenho uma playlist, e cada noite depende sempre de de como é que as pessoas reagem aos diferentes estilos, tento sempre ‘ler’ as pessoas na pista para perceber que direcção tomar. Por isso devo ser o dj que mais quantidade de discos leva para qualquer sítio. Se me permitirem deixo-vos uma escolha de 15 músicas e não 10, sendo que há noites em que posso passar só uma ou duas desta lista. Nunca faço 2 sessões iguais e tento sempre surpreender as pessoas sem perder uma certa identidade e coerência.

The Trashmen – King of the SurfersNini Rosso – Il Volo del CalabroneGloria Jones – Tainted LoveMitch Ryder & The Detroit Wheels – Sock it to meThe Sonics – PsychoSouthern Culture On The Skids – Camel WalkThe Cramps – What’s Inside a GirlMesser Chups – Auf Wiedersehen ShowB52’s – Planet ClaireAlan Vega – Jukebox BabePeaches / Joan Jett – I don’t give a F.../ Bad ReputationPlastic Bertrand – Ça Plane pour moiThe Horrors – Count in FivesWall of Voodoo – Ring of FireScreamin’ Jay Hawkins – I Put a Spell on You

POR

A B

OY NAMED

SUEDJ

top

10 AS MÚSICAS QUE MAIS PASSA

14

“I haven’t gone completely insane, but it might happen soon.”

“Some artists want your money so they can buy Range Rovers and diamond bracelets,but I don`t care about that kind of stuff. I want your soul.”

“People who are against gay marriage do not understand the very freedoms that they themselves are enjoying.”

Megan Fox Lady GaGa Brad Pitt

in Entertainment Tonight, June 2009

in Blender, Março 2009

in W Magazine, Fevereiro 2009

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WYCLEF JEANFrom The Hut, To The Projects To The Mansion

NORAH JONESThe Fall

ONE REPUBLICWaking Up

STEREOPHONICSKeep Calm And Carry On

SUSAN BOYLEI Dreamed a Dream

BON JOVIThe Circle

LADY GAGAThe Fame Monster

RIHANNARated R

FLYLEAFMemento Mori

TORI AMORMidwinter Graces

AC/DCBacktracks

THE KILLERSLive at Royal Albert Hall

10 10 10

101010

10 17 17

23 24 24NOV.NOV.

NOV. NOV. NOV.

NOV.NOV.NOV.

NOV. NOV. NOV.

NOV.

LANÇAMENTOS

15

´

Page 17: Whisper #3

ÁLBUNSFILMESLIVROSSITES

ÁLBUNS FILMES LIVROS SITES

Madeleine PeyrouxHalf the Perfect

World(2006)

EpicaThe Score -

An Epic Journey(2005)

Iron And Wine Our Endless Num-

bered Days(2004)

The Hours Stephen Daldry

(2002)

Paris é Uma FestaErnest Hemingway

(1964)

AbduzeedoDesign

www.abduzeedo.com

Só mostramos coisas boas!

Jackie BrownQuentin Tarantino

(1997)

A Montanha Mágica Thomas Mann

(1924)

Bolachas Música

www.bolachas.org

Monty PythonThe Meaning of Life

(1983)

Kafka à Beira-MarHaruki Murakami

(2006)

ptFólioPublicidade (port)

www.ptfolio.com

RECOMENDAÇÕESWHISPER

Page 18: Whisper #3

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AGENDANOVEMBRO

08. Rammstein + Combichrist - Lisboa - Pavilhão Atlântico09. Ensemble Contrapunctus (Haydn 2009) - Torres Novas - Teatro Virgínia10. Gilberto Gil & Bem Gil & Jacques Morelembaum - Lisboa - Centro Cultural de Belém10. Early Day Miners (juB09) - Braga10. Macy Gray - Lisboa - Coliseu dos Recreios11. Macy Gray - Porto - Coliseu do Porto11. Black Lips + The Sticks - Lisboa - Caixa Económica Operária11. Jimmy Cobb’s So What Band - Lisboa - Centro Cultural de Belém11. Micro Audio Waves (Zoetrope) - Lisboa - Culturgest11. Jimmy Cobb’s So What Band (Kind of Blue at 50) - Lisboa - Centro Cultural de Belém12. Black Diamond Heavies - Coimbra - O Teatrão12. Virgem Suta - Lisboa - Centro Cultural de Belém13. Laura Gibson - Coimbra - O Teatrão13. Jay-Jay Johanson - Lisboa - Santiago Alquimista13. Marcelo D2 - Cascais (Carcavelos) - Pavilhão da Quinta dos Lombos13. Orquestra Nacional do Porto - Porto - Casa da Música14. Depeche Mode - Lisboa - Pavilhão Atlântico14. Bukowski Blues Trio - Aveiro - Mercado Negro14. Oumou Sangaré - Lisboa - Centro Cultural de Belém14. Andy McKee - Estarreja - Cine Teatro de Estarreja14. Fadomorse (OuTonalidades) - Tondela - Associação Recreativa e Cultural (ACERT)14. Smartini - Porto - CDGO14. Miss Lava + Dollar Lama - Benavente - Side B15. Prayer Fest - Minsk + A Storm of Light + Black Sun + Altar of Plagues - Sacavém15. Hank Jones Trio - Lisboa - Culturgest19. Angry Odd Kids - Lisboa - MusicBox20. Porcupine Tree - Almada - Incrível Almadense20. Dead Combo - Lisboa - Teatro São Luiz21. Massive Attack - Lisboa - Praça de Touros do Campo Pequeno21. Porcupine Tree - Porto - Teatro Sá da Bandeira21. BlackSunrise + Theriomorphic + Concealment + Confront Hate - Benavente - Side B21. Burned Blood + Marque of Innocence + Exoss + Hacksaw - Lisboa - Casa de Lafões21. Dead Combo - Lisboa - Teatro São Luiz22. Massive Attack - Lisboa - Praça de Touros do Campo Pequeno25. Pet Shop Boys - Porto - Coliseu26. Pet Shop Boys - Lisboa - Coliseu27. Gal Costa - Vila Real de Santo António (Monte Gordo) - Casino 28. Rodrigo Leão - Porto - Coliseu28. Isis + Circle + Keelhaul - Almada - Incrível Almadense28. Blasted Mechanism - Lisboa - Coliseu28. Rodrigo Leão - Porto - Coliseu28. Gal Costa - Quarteira (Vilamoura) - Casino29. Muse + Biffy Clyro - Lisboa - Pavilhão Atlântico29. Isis + Circle + Keelhaul - Porto - Teatro Sá da Bandeira30. Lisa Ekdahl - Lisboa - Aula Magna30. Gal Costa - Portimão - Hotel Algarve Casino

Page 19: Whisper #3
Page 20: Whisper #3

SARAUACADÉMICO22OUT

A Whisper estreou-se na Latada 2009 e podemos dizer que foi uma boa estreia! Apesar da noite estar fria e vento-sa, o ambiente no recinto esteve ao rubro, muitos caloiros animaram o recinto nesta noite que inicia a “loucura” que é a Festa das Latas. Nada melhor para começar esta festa que uma noite de música dos próprios estudantes! A regra ditada pelas tunas era apenas uma, diversão no palco, e isso rapidamente se transformou na própria di-versão do público! Em uníssono estudantes que actuavam e estudantes que assistiam fizeram desta primeira noite de latada uma preview do que se espera ver nos próximos dias, boa música, boa disposição e principalmente muita diversão.

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REPORTAGEM

TEXTO: MARIANA RIBASFOTOS: JOANA VIEIRA1

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© Joana Vieira PhotographyTodos os Direiros Reservados

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REPORTAGEM

Ainda não era meia-noite quando os portugueses Blind Zero subiram ao palco, e talvez por isso e, pela chuva que caía a moldura humana não estava muito composta, o público ainda escasseava quando os Blind zero abriram o concerto com o tema Day 1.

Podia observar-se no palco em letras grandes o nome do novo álbum da banda, “Luna Park”, que como afirmaram em conferência de imprensa posterior ao concerto, ainda está a ser gravado mas que pode ainda ser lançado em 2009. Assim, neste concerto tivemos a oportunidade de ouvir alguns temas deste álbum, tais como Today e Slow Time Love.

Com o passar do tempo foi chegando mais público, e a moldura humana ficou melhor composta, deixando assim o concerto ganhar um novo ânimo que levou mesmo o público a momentos de grande entusiasmo ao som de temas como Woman do 1º álbum de Blind Zero, ou com a cover do tema Where is My Mind dos Pixies.

Para Miguel Guedes, vocalista da

banda, este foi um regresso a Coimbra desejado pois estudou pela nossa cidade durante 6 anos e confidenciou-nos já em conferência de imprensa que tinha algumas saudades e foi bom rever amigos e locais.

Passado 1h e pouco de concerto os Blind Zero fecharam a actuação com o tema Big Brother. Foi uma actuação segura e entusiasmante, como já vem sendo hábito desta banda. Esperemos que voltem mais vezes a Coimbra.

Por volta da 1h30 entraram em palco os noruegueses Madcon com uma boa disposição invejável que cativou o público desde início e só terminou com a saída em palco dos mesmos! Foi um concerto marcado pela interacção com o publico ao ponto de escolherem 6 pessoas da plateia para subirem ao palco e dançarem com eles ao som dos seus temas mais conhecidos como foi o caso de Beggin.

Sempre com muito entusiasmo Madcon proporcionaram boa música para uma tenda quase lotada, e conseguiram por o público todo a dançar e a cantar com eles! Apesar do seu reportório não ser muito conhecido do grande público, com excepção de 2 ou 3 temas, conseguiram dar um concerto muito agradável que encantou a plateia presente! Foram muito aplaudidos no final e os motivos eram mais que evidentes. Mereceram os aplausos e deixaram uma boa imagem ao público de Coimbra.

A noite terminou com a actuação da tuna de medicina da universidade de Coimbra e com as Fans.

TEXTO: MARIANA RIBASFOTOS: JOANA VIEIRA

21

MADCONBLINDZERO23OUT2

MADCON

Page 23: Whisper #3

© Joana Vieira PhotographyTodos os Direiros Reservados

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Page 24: Whisper #3

REPORTAGEM

No 3º dia de latada foi possível ver 2

cenários totalmente distintos, uma tenda

principal com muito pouco público a

ouvir Sean Riley & The Slowriders, e uma

tenda totalmente lotada a vibrar com

James Morrisson,. Razões para isso?

São simples, enquanto James Morrison

é um ídolo mundial e começou a tocar

quando já havia muito público no recinto,

os portugueses Sean Riley, apesar da

grande qualidade musical e artística

apresentada, tiveram a infelicidade de

começar a tocar antes da hora prevista,

pois quando o relógio marcava 23h já

Sean Riley e companhia tocavam no palco

principal. Não foi de estranhar portanto

que o público escasseasse.

Falando agora mais concretamente de

cada concerto, podemos afirmar que

apesar do pouco público Sean Riley & The

Slowriders proporcionaram momentos de

boa música que foi entretendo um público

que mais parecia estar ali à espera da

entrada de James Morrison em palco, do

que para ouvir esta banda de Coimbra.

Os próprios artistas revelaram em

conferência de imprensa posterior ao

concerto, que sabiam da possibilidade de

vir a encontrar um ambiente daqueles,

mas que estavam ali para mostrar a sua

música e dar aos presentes uma boa hora

de entretenimento.

A verdade é que o fizeram com bastante

energia e acabaram por contagiar o pouco

público presente, e por isso Sean Riley &

The Slowriders mostraram que mesmo

com condições adversas é possível fazer

bons concertos. Estão de parabéns, e

esperamos que continuem a contribuir

positivamente para o panorama musical

em Portugal.

Com efeito, a grande atracção da noite

era sem dúvida James Morrison. Assim,

não foi de espantar que a tenda principal

estivesse lotadíssima quando este

entrou em palco. Eram muitos os fãs que

acorreram ao concerto e vibraram ao som

deste britânico. Podemos dizer que foi um

concerto sem grandes surpresas, James

tocou e encantou com temas como “You

Give Me Something”, “Broken Strings”

e “Wonderful World”, que arrancaram

do público aplausos e gritos ruidosos!

Percebeu-se que está habituado a este

assédio do público, principalmente o

feminino, e portanto foi espalhando

sorrisos e acenos durante o concerto que

ia enlouquecendo as fãs.

De salientar ainda que james, já no encore

do concerto, prestou um tribulo a Michael

Jackson cantando “Man In The Mirror”.

Uma boa surpresa por parte do britânico.

É importante ainda referir um episódio

curioso que se passou a seguir ao concerto.

Estava previsto que James Morrison desse

uma conferência de imprensa no final da

actuação, mas tal não aconteceu pois este

ficou afónico.

Apesar de nós, e restantes colegas de

imprensa já estarmos prontos para

“bombardear” James com perguntas em

frente ao seu camarim, foi nos oferecido

um espectáculo secundário, pois podemos

presenciar algumas dezenas de fãs que,

depois do concerto terminar, foram para

um espaço minúsculo do gradeamento

onde é possível ver o camarim dos artistas

gritar por James Morrison para que este

viesse dar-lhes uns autógrafos!

O próprio não se fez rogado e sempre

sorridente dirigiu-se a elas levando as

mesmas a momentos de grande euforia.

Mostrou que apesar da fama que já

conseguiu atingir, é capaz de dar pequenos

mimos às suas fãs. Atitudes destas são

sempre boas de se presenciar.

Terminado James Mmorrison foi a vez

da Estudantina entrar em palco e tocar,

surpreendentemente, para uma grande

quantidade de público! Estiveram à altura

do que se esperava, boa disposição e

muito espírito académico! Cantaram para

o público, e o público cantou com eles

temas como “Dedicado” e “Traçadinho”.

Dignificaram a academia e a sua tradição

e por isso não admira que estejam sempre

presentes nestes eventos da AAC. Que

continuem com o bom trabalho que a

comunidade universitária agradece.

23

JAMESMORRISONSEANRILEY24OUT3 TEXTO: MARIANA RIBAS

FOTOS: JOANA VIEIRA

Page 25: Whisper #3

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Page 26: Whisper #3

REPORTAGEM

As expectativas para uma noite de Latada de domingo são sempre baixas, e no fim desta noite posso afirmar que foram ligeiramente superadas apenas pela boa disposição que Makongo ofereceu tanto no concerto como na conferência de imprensa. Foram uma agradável surpresa.

Bem mas a noite começou ainda muito cedo, por volta das 23h o DJ Nélson Cunha entrou em palco para animar o pouco público que por ali andava. Foi passando temas como When Love Takes Over de David Guetta e Kelly Rownland, e Rock this Party de Bob Sinclair entre outros, para entreter o escasso público que não se mostrava ainda muito receptivo ao som. Foi preciso tempo e dedicação do DJ para que o público começasse a vibrar. Não foi uma tarefa fácil mas acabou por ser bem sucedido.

De seguida entraram em palco os Makongo já com a tenda principal bem composta. A sua energia foi electrizante e o público vibrou muito com a sua música e dança. O momento alto do

concerto surgiu quando 3 raparigas do público subiram ao palco, a pedido da banda, para dançarem com eles, o público aplaudiu bastante a iniciativa e as 3 raparigas corresponderam em palco ao pedido dos artistas.

Dançaram “loucamente” e puseram a tenda ao rubro. Foi um concerto muito animado que superou as expectativas.

Os Makongo souberam entreter o público de Coimbra que rapidamente se rendeu ao som destes.

Já em conferência de imprensa os Makongo mostraram ser uma verdadeira “família” como os próprios afirmaram, e a sua música e empatia no palco são o exemplo disso. Falaram com os jornalistas de forma muito próxima e mostraram que sabem e querem trabalhar para ganhar o seu espaço em Portugal. Aguardamos por novos projectos e só podemos desejar o melhor a este grupo.

Seguiu-se a actuação do DJ Diego Miranda que transformou a tenda principal numa verdadeira pista de dança. Sem muita novidade, passou o seu reportório habitual e garantiu diversão a um público que estava muito animado. Parece que a escolha de Djs para animar a noite foi positiva ao contrário do que se podia imaginar.

A noite terminou com a actuação de Phartuna e Imperial TAFFUC.

25

DJDIEGOMIRANDAMAKONGO25OUT4

MAKONGO

TEXTO: MARIANA RIBASFOTOS: JOANA VIEIRA

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REPORTAGEM

Ao 5º dia da Festa das Latas o cenário repete-se, a primeira banda a actuar deparou-se de novo com a escassez de público, que já é, do meu ponto de vista, um problema crónico de início de noite. Desta vez a tarefa de abrir o palco principal ficou a cargo de Oquestrada e foi uma pena pois tinham potencial para actuar mais tarde quando já houvesse muita gente presente na tenda principal. Apesar disso podemos dizer que tocaram e encantaram! A sua originalidade musical e postura em palco tomaram de assalto o pouco público presente que ficou encantado com o fado dos subúrbios, nome que os próprios deram à sua música.

O momento alto do concerto aconteceu quando a vocalista decidiu subir pelas estruturas laterais do palco para surpresa de todos incluindo da sua banda! Via-se que estavam muito animados por ali estar e confidenciaram-nos isso mesmo já em conferência de imprensa a seguir ao concerto. Foi sem dúvida um concerto memorável, só foi pena

não ter sido um pouco mais tarde pois acredito que teriam encantado uma tenda lotada e ficariam na memória de muitos mais estudantes.

De seguida entrou em palco o nome grande da noite, o belga Milow que se apresentou desde logo muito simpaticamente com um “Boa Noite, o meu nome é Milow e é um prazer estar aqui” que conseguiu captar logo

a atenção do público sem nunca mais a perder até ao fim do concerto. Foi uma actuação que englobou temas dos seus 2 álbuns, como por exemplo “Canada” ou “You don’t know” e ainda covers de 50 Cent e Bruce Springsteen.

Foi um concerto muito variado em termos musicais e teve como momento alto a interpretação do seu tema mais conhecido “Ayo Technology”, que contou com a ajuda preciosa do público que entoou os versos da canção de maneira perfeita.

Em conferência de imprensa Milow mostrou-se muito satisfeito por estar a tocar em Portugal pela primeira vez e disse esperar voltar em breve! O cantor ainda referiu que já está a trabalhar no seu novo álbum e que podemos esperar novidades para o próximo ano. Cá estaremos para ver o que de novo este cantor tem para nos oferecer!

A noite ainda contou com as actuações de Fan-Farra e Desconcertuna.

TEXTO: MARIANA RIBASFOTOS: JOANA VIEIRA

27

MILOWOQUESTRADA26OUT5

MILOW

-

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REPORTAGEM

Este era sem dúvida o dia mais esperado da Festa das Latas pois actuava o nome que mais público cativa, Quim Barreiros. E por isso mesmo podemos dizer que foi o dia com mais gente a cantar e a dançar no recinto!

Bem mas antes de Quim Barreiros entrar em palco coube à Banda Red abrir o palco principal para entreter umas dezenas de caloiros e estudantes que por ali andavam. Só que o pouco público foi algo que durou não mais que 5m, os primeiros acordes da Banda Red funcionaram como íman e a tenda principal rapidamente se encheu para ver e ouvir estes 3 jovens. A verdade é que Banda Red é uma banda de covers e isso foi a sua arma para cativar o público de início ao fim do concerto, tocaram temas de muitas bandas e estilos variados, passando por Lady Gaga, Phil Collins, Bon Jovi, Bob Sinclair entre outros. A animação dos 3 foi contagiante, estiveram sempre a interagir com o público e por isso mereceram muitos aplausos na hora da despedida. Para acabar em grande e em sintonia com o público tocaram “Coimbra tem mais encanto na hora

da despedida” que foi a cereja no topo do bolo para coroar uma actuação muito bem conseguida. Esperemos que regressem nos próximos anos.

Seguiu-se em palco Tiago Silva, um verdadeiro entertainer que ofereceu muita diversão aos estudantes de Coimbra. Com o seu fiel teclado Tiago Silva fez algumas covers que funcionaram na perfeição para cativar o público que àquela hora já estava era a pensar que nunca mais entrava em palco Quim Barreiros. De realçar ainda o momento alto do concerto

que ocorreu com a entrada de duas bailarinas de trajes muito provocantes em palco que dançaram ao som da musica de Tiago e arrancaram do público bastantes gritos de euforia. O próprio confidenciou-nos em conferência de imprensa que esse

momento tinha sido especialmente preparado para ser apresentado em Coimbra. Foi um bom concerto que acabou por ser um bom aquecimento para o que viria já de seguida.

Por volta das 2h30 da manhã entrou finalmente em palco o artista mais esperado de todas as festas de estudantes, o bem português Quim Barreiros! A tenda principal estava completamente cheia e mal Quim entrou em palco a euforia do público foi nítida, o seu artista favorito tinha finalmente chegado. Como já é habitual o espectáculo de Quim Barreiros foi igual ao dos anos anteriores, foram tocados os temas habituais e feitas as brincadeiras de sempre que apesar de repetidas são sempre muito bem recebidas pelo público. A única novidade do concerto foi a introdução de uma música do novo álbum do cantor. O concerto esteve à altura das expectativas e atrevo-me a dizer que pôs todos os presentes na tenda a dançar e por isso não admira que Quim Barreiros seja o “rei” das festas de estudantes. Agora é esperar pela Queima para o ver de novo actuar para os estudantes.

29

QUIMBARREIROSBANDARED27OUT6

QUIM BARREIROS

TEXTO: MARIANA RIBASFOTOS: JOANA VIEIRA

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REPORTAGEM

O último dia de latada começou como

qualquer outro dia, pouco público para

assistir ao primeiro concerto. Hoje essa

tarefa ficou a cargo dos vencedores do

concurso de bandas, os “The Great Vibe

Band” que tocaram durante cerca de 30m

para algumas dezenas de pessoas.

Seguiu-se em palco os irreverentes

e originais Irmãos Catita. Para quem

conhece esta banda sabe que a ironia e o

sarcasmo fazem parte das suas actuações,

e hoje não foi excepção. Contudo, o público

reagiu muito bem a todos as provocações

da banda, como por exemplo de dizerem

que “estavam muito satisfeitos por estar

de volta a Leiria”. Ofereceram à plateia

momentos de muita diversão, e mais

tarde aos jornalistas, pois na conferência

de imprensa fizeram questão de não

Hoje também foi dia de fazer o balanço

desta Festa das Latas 2009, e estivemos

à conversa com os organizadores,

nomeadamente o presidente da

Associação Académica de Coimbra, Jorge

Serrote e o vice-presidente João Alexandre.

O balanço que fizeram desta latada não

podia ser mais positivo, disseram mesmo

tratar-se da “melhor latada de sempre”

e as razões que deram para afirmar isso

foram bastantes. Efectivamente, o facto

de este ano terem sido batidos recordes

de assistência no recinto, nomeadamente

na noite de sábado que contou com mais

de 30 mil pessoas no recinto, e o facto

de nos dias menos concorridos como é o

caso de Domingo ou a Segunda-feira, se

terem registado mais de 12 mil entradas

o que significa um aumento de 6000

responder directamente a nenhuma

questão colocada, preferindo brincar e ser

irónicos, e até mesmo, acreditem ou não,

a arrotar várias vezes. Momentos que

marcam a minha estreia como repórter, e

que jamais esquecerei!

Já perto da 1h30 entrou em palco o

nome mais esperado da noite, o sempre

simpático José Cid, sendo que, como o

próprio confessou, esta poderá ter sido a

última vez que se apresenta em Coimbra

para actuar em festas de estudantes.

Durante o concerto foi notório o carinho

do público para com este artista, as suas

músicas fazem parte desta e de muitas

gerações anteriores, e o cantor fez por

oferecer ao público exactamente aquilo

que este queria, ouvir e cantar os famosos

temas do cantor. Assim a Praça da Canção

mil pessoas em comparação com o ano

passado. Jorge Serrote afirmou também

que o segredo para este sucesso foi o facto

dele e da sua equipa terem preparado

com muita antecedência esta festa, o que

lhes permitiu por exemplo trazer grandes

nomes internacionais como James

Morrison e ainda oferecer um cartaz muito

diversificado a nível musical. Mostraram-

se muito satisfeitos com as bandas que

conseguiram trazer mesmo sabendo que

é impossível agradar a todos.

Fizeram também questão de frisar o facto

de a noite do Sarau ter sido especialmente

concorrida com mais de 12 mil pessoas

a darem entrada no recinto, algo inédito

na história da Festa das Latas. Outra boa

iniciativa que fizeram e pretendem que

continue no futuro, é de começarem os

foi presenteada com temas como “Vem

viver a vida amor” ou “Nasci para a

música” que puseram a tenda principal a

cantar em uníssono.

Se esta tiver sido a sua última actuação por

Coimbra, é com muita pena que o vemos

partir, é um grande artista e um grande

nome da música portuguesa, e as suas

actuações ficarão na memória de quem

teve o prazer de o ver ao vivo. Só nos resta

retribuir o agradecimento que o próprio

fez ao público de Coimbra pelo apoio e

carinho que sempre lhe deram, pois nós

enquanto público também agradecemos a

José Cid por todos os concertos com que

nos presenteou ao longo dos anos. Para

fechar a Festa das Latas estiveram ainda

em palco o Grupo de Cordas e a Tuna

feminina de Medicina.

concertos mais cedo para que as tunas

possam tocar a horas mais “decentes” e

sem terem de se apressar.

Para finalizar Jorge Serrote falou-nos

ainda das telas que foram pintadas por

todos os artistas que passaram pela Festa

das Latas que vão ser leiloadas para fins

de solidariedade social.

Posto isto, resta-nos a nós, equipa da

Whisper, agradecer à organização a

oportunidade que nos deu para fazer

a cobertura do evento, com especial

agradecimento para as responsáveis pela

acessoria de imprensa, nomeadamente à

Maria João Santos e Marta Ribeiro.

Esperamos que tenham gostado das

nossas reportagens, e relativamente a

festas de estudantes para o ano há mais e

lá estaremos para vos contar como foi!

TEXTO: MARIANA RIBASFOTOS: JOANA VIEIRA

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