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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Índice

01. RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL 4

02. REDES DE DISTRIBUIÇÃO 7

Pontos de Atendimento 7

Diagrama de Participações do Banif 8

03. RECURSOS HUMANOS 9

04. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO 14

05. RELATÓRIO DE GESTÃO DO BANIF 17

EVOLUÇÃO DA ACTIVIDADE NO 1º SEMESTRE DE 2014 17

PLANO DE RECAPITALIZAÇÃO – PRINCIPAIS DESTAQUES 20

PLANO DE REESTRUTURAÇÃO 21

BANCA COMERCIAL DOMÉSTICA 22

Banca de Particulares 22

Banca de Empresas 24

Corporate Banking 27

Área Internacional 28

Redes Comerciais 29

Banca Telefónica e Electrónica 36

Produtos e Meios de Pagamento 38

Recuperação de Crédito Vencido e em Contencioso 41

BANCA COMERCIAL INTERNACIONAL 42

Banif Bank (Malta) 42

Banif Brasil 44

Banco Caboverdiano de Negócios 45

BANCA DE CRÉDITO ESPECIALIZADO 48

BANCA DE INVESTIMENTO E GESTÃO DE ACTIVOS 53

GESTÃO IMOBILIÁRIA 61

SEGUROS 63

GESTÃO FINANCEIRA 69

GESTÃO DE RISCOS 70

06. ANÁLISE ÀS CONTAS CONSOLIDADAS 115

07. PERSPECTIVAS FUTURAS 121

08. RATING 124

09. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 126

1. Demonstrações Financeiras Consolidadas 126

1.1 Demonstração da Posição Financeira Consolidada 126

1.2 Demonstração de Resultados Consolidados 127

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

1.3 Demonstração do Rendimento Integral Consolidado 128

1.4 Demonstração das alterações dos Capitais Próprios Consolidados 129

1.5 Demonstração de Fluxos de Caixa Consolidados 130

1.6 Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 30 de Junho de 2014

Banif e Subsidiárias 131

10. OUTRAS INFORMAÇÕES 214

1. Órgãos Sociais e Estatutários 218

2. Carteira de Acções Próprias 219

3. Titulares de Participações Sociais Qualificadas 219

4. Valores Mobiliários emitidos pelo Banif – Banco Internacional do Funchal, SA e

Sociedades do Banif – Grupo Financeiro detidos por Titulares de Órgãos Sociais 221

5. Recomendações do FSF e do EBA relativas à transparência da

Informação e à valorização de activos 225

6. Declarações Obrigatórias 228

Relatório de Revisão Limitada elaborada por auditor registado na CMVM sobre

a informação semestral consolidada

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

01. RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL

O Banif – Grupo Financeiro continua a desenvolver, de forma muito activa, iniciativas com vista à

introdução das questões ambientais e sociais no seio das actividades das suas empresas e no seu

relacionamento com a sociedade.

Conforme tem sido habitual, foi disponibilizado interna e externamente o 7º Relatório de

Sustentabilidade, o qual se reporta ao ano de 2013. Este relatório adopta a nova versão (4.0) das

Directrizes para a Elaboração de Relatórios de Sustentabilidade” da organização internacional

Global Reporting Initiative (GRI). Este relatório tem a particularidade de ter integrado como imagens

de capa e de separadores, fotografias da autoria de colaboradores do Grupo que venceram o

concurso de fotografia dedicado ao Relatório de Sustentabilidade, realizado em parceria com o

Clube Banif. Foram distribuídas algumas cópias deste relatório na Assembleia Geral de Accionistas

do dia 30 de Maio de 2014.

No período em apreço deu-se continuidade ao esforço de sensibilização e comunicação internas nas

temáticas da Sustentabilidade e à promoção do relacionamento com stakeholders através de vários

fora, nomeadamente junto do Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável - BCSD

Portugal.

O Banif acredita que a aposta no empreendedorismo é um eixo estratégico de criação de valor e por

isso elegeu este tema como parte do seu posicionamento na sociedade e junto do tecido

empresarial português. Esta aposta estratégica:

− Materializa uma parte importante da Política de Sustentabilidade e Responsabilidade

Corporativa, ao apoiar o desenvolvimento da economia portuguesa;

− Estimula o valor da “inovação” e cria novas oportunidades, dentro e fora do Banif;

− Reforça a aproximação às micro e PMEs.

Um marco importante desta aposta foi a reabilitação do seu edifício na Rua Rodrigo da Fonseca e

cedência à Fábrica de Startups para acolher um dos maiores centros de empreendedorismo da

Europa: o Startup Campus powered by Banif.

Este espaço com cerca de 3.000 m2 foi inaugurado no dia 5 de Maio de 2014, pelo Ministro da

Economia, António Pires de Lima, e juntou uma audiência de mais de 300 pessoas. Desde então

foram realizados diversos eventos de promoção do empreendedorismo nesse espaço, com o apoio

e/ou a participação do Banif.

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Na Região Autónoma da Madeira (RAM) a aposta no empreendedorismo fortaleceu-se através da

continuação do projecto “rs4e” – road show for entrepreneurship, organizado pelo CEIM – Centro de

Empresas e Inovação da Madeira e da participação na “Feira do Empreendedor” organizada pela

AJEM – Associação de Jovens Empresários Madeirenses.

A área de Sustentabilidade coordenou ainda o Programa de Voluntariado VAMOS Educar, iniciativa

desenvolvida em parceria com a Direcção de Recursos Humanos, em colaboração com a Associação

Junior Achievement. Este programa de voluntariado empresarial insere-se na Política de

Sustentabilidade do Banif – Grupo Financeiro e promove, através da educação, do voluntariado e do

empreendedorismo, um papel activo e de proximidade nas comunidades onde o Banif – Grupo

Financeiro está inserido.

Na edição 2013/2014, foi implementado o programa “Braço Direito” no qual um aluno acompanha

um profissional do Grupo durante um dia de trabalho, e o programa “A Empresa” no qual alunos

com idades compreendidas entre os 16 e os 20 anos aprendem a criar uma mini-empresa,

desenvolvendo assim competências empreendedoras.

Destaque para o programa “A Empresa”, já que este ano foi implementado, pela primeira vez nas

Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, com a colaboração da equipa de voluntários Banif e

dos professores. No final do programa foram seleccionadas duas equipas - uma na Madeira e outra

nos Açores – que vieram a Lisboa para disputar a Competição Nacional, ao lado das 22 “empresas”

apuradas de entre os cerca de 3800 alunos que integraram este programa no continente.

O VAMOS Educar foi comunicado através do micro-site VAMOS e dos canais habituais de

comunicação interna do Grupo e contou com 34 voluntários do Banif, BBI e Banif Mais.

O apoio do Banif à Educação materializou-se também com a entrega de prémios de mérito

académico a alunos de várias escolas da RAM com quem o Banif mantém protocolos de cooperação

e com o patrocínio ao concurso regional de resolução de problemas de Matemática, Agente X, que

envolve mais de 2.000 participantes ao longo de todo o ano lectivo. Na RAA, foi reforçada a parceria

de longa data com Universidade dos Açores, através da atribuição do prémio de excelência ao

melhor aluno do MBA desta instituição de referência dos Açores.

Ao nível cultural, o Banif renovou, também no início do ano, os protocolos de cooperação com as

duas principais casas de espectáculo de S. Miguel, nos Açores: Coliseu Micaelense e Teatro

Micaelense.

Na vertente social, destaque para o novo Protocolo com o Governo Regional dos Açores, no âmbito

do seu Programa de Apoio Extraordinário ao Crédito à Habitação para trabalhadores afectados por

salários em atraso, com vista a apoiar os mesmos no cumprimento das suas responsabilidades.

Neste contexto, reforçou-se o papel do Banco em matéria de responsabilidade social na Região.

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Ainda nesta vertente, e na RAA, o Banco associou-se à Gala de Beneficência promovida pela Câmara

Municipal de Ponta Delgada, que teve como cabeça de cartaz a fadista internacional, de raízes

açorianas, Kátia Guerreiro, cuja receita reverteu a favor de instituições sociais do concelho.

Adicionalmente, foi assinado um protocolo para a cedência de instalações à Associação Seniores de

São Miguel, onde passou a funcionar o Centro de Apoio/Documentação à Rede de Voluntários de

Cuidados Paliativos na Ilha de S. Miguel.

A promoção do desporto junto dos mais jovens fez-se através de iniciativas em várias escolas da

RAM em parceria com o Clube Sport Marítimo e com o Clube Desportivo Nacional e através do

patrocínio ao Campeonato Regional de Infantis, em Futebol, denominado de Liga Infantil NOS Banif,

em parceria com a NOS Madeira. Na RAA, destaque para a renovação do apoio à Fundação Pauleta e

para os patrocínios à II edição do Torneio Internacional de Futebol “Pauleta Azores Soccer Cup U13”,

ao World Copa Foot 21 e ao Open Internacional de Ginástica Aeróbica.

No pilar ambiental, a área de Sustentabilidade deu continuidade à aposta na responsabilidade

climática através da participação no questionário internacional Carbon Disclosure Project.

Reconhecendo o interesse que o tema das Alterações Climáticas tem para os mercados financeiros,

o Banif tinha já aderido ao Carbon Disclosure Project enquanto Investidor Signatário. Um ano

depois, o Banif dá mais um passo em consonância com uma comunidade de 530 investidores

internacionais que representam US$ 57 biliões em activos, aderindo também ao Water Program.

Os temas da Água e das Alterações Climáticas estão intrinsecamente ligados e ambos podem

afectar de forma significativa a evolução das economias e das empresas. A água é um factor

especialmente relevante em Portugal, pelos efeitos que a escassez de recursos hídricos já provoca

em determinadas alturas do ano. Com esta adesão, o Banif está a apoiar o pedido de reporte que o

grupo de Investidores do Water Program faz às empresas cotadas em diferentes geografias que

operam em sectores intensivos do recurso Água (water intensive industries).

Destaque ainda para a adesão à iniciativa internacional “Hora do Planeta 2014” que envolveu todas

as empresas do Grupo, incluindo as operações no Brasil e em Malta.

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

02. REDES DE DISTRIBUIÇÃO

Continente Madeira Açores Estrangeiro Total

BANIF Comercial 203 35 40 154 432

1. BANIF 185 34 38 6 263

- Agências 171 31 35 0 237

- Centros de Empresas 11 1 2 0 14

- BANIF Privado 2 1 1 0 4

- Call Center 1 0 0 0 1

- Lojas de Habitação 0 1 0 0 1

- Escritórios de Representação/Outros 0 0 0 6 6

2.BANIF MAIS, SGPS 16 1 2 10 29

- BANCO BANIF MAIS 15 1 2 4 22

- Outros 1 0 0 6 7

3. BANIF-Banco Internacional do Funchal (Brasil) 0 0 0 3 3

- Agências 0 0 0 2 2

- Outros 0 0 0 1 1

4. BANIF International Bank 0 0 0 1 1

5. BANIF BANK (Malta) 0 0 0 12 12

6. Banco Caboverdiano de Negócios 0 0 0 17 17

7. Banca Pueyo (Espanha) (*) 0 0 0 104 104

8. Outros 2 0 0 1 3

BANIF Investimento 6 0 0 4 10

1. BANIF Banco de Investimento 2 0 0 0 2

2. Outros 4 0 0 4 8

Seguros 28 3 17 0 48

1. CSA (*) 28 3 17 0 48

- Delegações 28 1 17 0 46

- Outros 0 2 0 0 2

TOTAL 237 38 57 158 490

(*) Não Consolida integralmente

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

03. RECURSOS HUMANOS O primeiro semestre de 2014 permaneceu marcado pela actuação dos Recursos Humanos em torno

da racionalização do quadro de pessoal da empresa. Apesar do peso deste eixo central de actuação,

a Direcção de Recursos Humanos (DRH) não deixou de intervir activamente noutros eixos

estratégicos para a organização, nomeadamente ao nível da formação, da integração dos modelos

de gestão de recursos humanos e dos sistemas de suporte à comunicação com os colaboradores,

bem como no reforço das componentes de segurança e saúde no trabalho.

Indicadores

No que concerne ao processo de racionalização do quadro de pessoal, este primeiro semestre foi

marcado pela implementação de um programa de rescisões de contratos de trabalho por mútuo

acordo (Programa RMA). Este programa, de adesão voluntária a critérios previamente estabelecidos,

foi projectado para responder à antecipação do programa de reestruturação em curso no Banif

que, entre outras medidas, vai levar à antecipação do processo de encerramento de agências.

Assim, a 30 de Junho de 2014, o número de FTE (Full-Time Equivalent – equivalente ao número de

colaboradores a tempo inteiro na empresa) do Banif era de 2138, menos 181 FTE que em 31 de

Dezembro de 2013.

No que respeita ao Banif – Grupo Financeiro verificou-se igualmente uma racionalização acentuada

do seu quadro de pessoal. Actualmente o Banif - Grupo Financeiro conta no seu efectivo com 2980

FTE, face aos 3196 que apresentava em Dezembro de 2013, uma redução de 216 FTE (6,8%).

Novo Portal do Colaborador

No início deste ano foi disponibilizado o novo Portal do Colaborador. Esta aplicação, acessível a partir

da IntranetBANIF, representa um salto qualitativo e uma clara evolução na gestão dos processos de

Recursos Humanos, permitindo uma maior fluidez no relacionamento com os Colaboradores.

Esta aplicação veio simplificar e agilizar procedimentos como o registo de tempos de trabalho, de

ausências, a marcação ou alteração de férias e o registo da realização da função de caixa. No Portal

do Colaborador é ainda possível aceder a informação constante no processo individual de cada

Colaborador, bem como efectuar a consulta de recibos de vencimento, declarações de IRS e diversos

mapas informativos.

Esta nova aplicação tem um cariz dinâmico e evolutivo, pelo que progressivamente serão

disponibilizadas novos módulos, permitindo integrar no novo Portal do Colaborador cada vez mais

processos e funcionalidades.

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Conciliação Trabalho - Família

A Direcção de Recursos Humanos tem vindo a desenvolver iniciativas que promovam um maior

envolvimento com a organização, incluindo a comemoração de datas significativas com os

colaboradores.

Procurando promover também com estas iniciativas uma maior conciliação trabalho-família, foi

realizada uma acção de comemoração do Dia Mundial da Criança. Esta iniciativa, destinada aos

filhos dos colaboradores do Banif – Grupo Financeiro, decorreu em simultâneo nas instalações de 6

Edifícios Centrais do Grupo, dando oportunidade às crianças de visitarem o local de trabalho dos

pais. Consistiu num evento pedagógico com realização de experiências científicas, seguidas de um

lanche e confraternização.

A DRH tem também promovido a divulgação de protocolos que representem benefícios para os

colaboradores e suas famílias, ao nível do lazer, ocupação de tempos livres para crianças e outros

produtos ou serviços que possam ser do interesse dos mesmos.

Formação e Desenvolvimento

A Direcção de Recursos Humanos encontra-se a implementar e acompanhar o Plano de Formação

2014 para as empresas do Banif – Grupo Financeiro, nomeadamente: Banif, Banif – Banco de

Investimento, Banif Açor Pensões, Banif – Gestão de Activos, Banif Mais, Banif Rent e Banif

Imobiliária. Globalmente, no 1º semestre, foram realizadas 197 acções de formação, representando

cerca de 9 horas de formação por colaborador.

Destacam-se seguidamente os projectos de formação mais relevantes neste semestre,

nomeadamente: o desenvolvimento e implementação de conteúdos e-Learning, programas de

formação presencial interna como Banif@st Pay e Comércio Externo, a iniciativa Learning Talks, a

formação on the job nas Agências Evoluir e o programa de formação e desenvolvimento Academia

Evoluir.

Dando continuidade à aposta no desenvolvimento interno de conteúdos e-Learning, destacam-se

nestes primeiros seis meses a disponibilização dos cursos Novo Portal do Colaborador, Novo

Workflow de Crédito e Regime Extraordinário. Encontram-se ainda em fase de desenvolvimento os

curso Gestão de Reclamações, Risco Operacional e FATCA – Foreign Account Tax Compliance Act, a

implementar no 2º semestre para formação dos colaboradores.

A formação de Comércio Externo teve continuidade em 2014, tendo neste semestre decorrido 20

acções para mais de 200 participantes, num total aproximado de 1.500 horas de formação. Nas

sessões de formação Banif@st Pay participaram mais de 100 colaboradores, num total superior a

200 horas de formação. Ambos os programas de formação terão continuidade no 2º semestre.

A iniciativa Learning Talks pretende criar espaços informais de formação, novas experiências e

partilha de conhecimentos sobre temas diversificados do interesse dos colaboradores. No primeiro

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semestre de 2014 decorreram seis Learning Talks em Lisboa, Porto e Ponta Delgada, que contaram

com a presença de colaboradores das empresas do Grupo, abordando, em formato de diálogo ou

workshop, temas como Literacia Financeira, Saúde e Desporto.

O projecto Agências Evoluir tem como objectivo a existência de Agências-Escola que possam

proporcionar formação on the job a todos os colaboradores que acedem a uma nova função

comercial no Banco. No primeiro semestre de 2014 decorreram 9 acções nas Agências do Mercado,

João Tavira e Aveiro, representando cerca de 150 horas de formação.

A Academia Evoluir é um projecto estratégico e integrado de valorização dos recursos humanos do

Banif – Grupo Financeiro, que visa desenvolver, motivar e reter os colaboradores em alinhamento

com o Modelo de Gestão de Talento. Pretende constituir-se como uma escola empresarial interna e

inspirada no conceito de universidade corporativa, fundamentado nas melhores práticas de

formação e desenvolvimento de recursos humanos.

Em Março, realizou-se o evento de lançamento deste programa de formação e desenvolvimento, no

qual estiveram presentes 114 colaboradores das empresas do Grupo, incluindo elementos da

Administração, Directores de 1ª linha e outros colaboradores com funções de coordenação. Em

Junho foram ainda realizados os primeiros seminários temáticos para cerca de 100 colaboradores,

centrados no tema do desenvolvimento da liderança em alinhamento com a estratégia da

organização. Estas acções representaram mais de 870 horas de formação. Ao longo de 2014 serão

desenvolvidas outras iniciativas enquadradas nos planos de desenvolvimento definidos para a

Academia Evoluir.

Modelo de Gestão de Desempenho e Incentivos

O actual Modelo de Avaliação de Desempenho foi desenvolvido com vista a possibilitar uma avaliação

de desempenho mais objectiva e de acordo com os resultados atingidos ao longo do ano. No início

de 2014, foi aprovada a alteração do ciclo de estabelecimento e avaliação de objectivos para as

funções não comerciais, que passa a ter periodicidade semestral. As avaliações semestrais e a

avaliação de competências integram o cálculo da avaliação de desempenho anual.

Com o objectivo de dotar os participantes de conhecimentos que lhes permitam realizar o processo

de Avaliação de Desempenho dos seus colaboradores, bem como de apresentar o Modelo de

Incentivos dos Serviços Centrais e a sua forma de aplicação, foi realizado um conjunto de acções de

formação para 167 colaboradores com função de chefia.

Gestão de Carreiras

O Programa Estágios Evoluir, lançado no ano de 2013, teve continuidade no primeiro semestre de

2014 com o lançamento da 2ª edição deste Programa, através da admissão de 21 novos estagiários

para as várias empresas do Banif - Grupo Financeiro. Os estágios da 1ª Edição foram igualmente

prorrogados por mais seis meses, existindo actualmente no Grupo um total de 40 estágios

profissionais a decorrer.

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O primeiro semestre de 2014 é ainda marcado pela aprovação no Banif – Banco de Investimento

(BBI) e Participadas e no Banif Mais de um novo modelo de funções e carreiras que, à semelhança do

Banif, reduziu o número de funções internas existentes e tornou o modelo mais ágil e simplificado.

Segurança

No 1º semestre de 2014 a área de Segurança da DRH, que integra a Segurança no Trabalho e a

Segurança de Pessoas e Bens, alargou o seu âmbito de actuação passando a incluir ainda a Saúde

no Trabalho. Deste modo, foram aprovados seis eixos estratégicos de intervenção: prevenção de

riscos profissionais, segurança contra incêndio em edifícios, formação em segurança e saúde no

trabalho, promoção da saúde e segurança de pessoas e bens.

Pela primeira vez, decorreu a iniciativa [SAÚDE] BANIF, um dia dedicado à prevenção e dirigido a

todos os colaboradores do Banif - Grupo Financeiro.

Esta iniciativa esteve presente em 6 edifícios centrais do Grupo, no Continente, nos Açores e na

Madeira, tendo sido realizados vários rastreios, lançado um concurso de receitas saudáveis e

realizada uma palestra de esclarecimento e informação. No total participaram mais de 300

Colaboradores de todas as empresas do Banif – Grupo Financeiro. Os níveis de satisfação com este

evento foram elevados, com sugestões de realização de novas edições, abrangendo mais temas

relacionados com a adopção de um estilo de vida saudável, cujos benefícios se traduzem em melhor

qualidade de vida, mais produtividade e bem-estar.

Em termos de preparação para situações de emergência, foram actualizados e submetidos à

aprovação da Autoridade Nacional de Protecção Civil as medidas de autoprotecção de 3 unidades de

negócio e o Plano de Prevenção do edifício central da Av. 24 de Julho. A estrutura operacional de

emergência foi reforçada através da nomeação dos Delegados de Segurança Adjuntos. Foi

igualmente actualizado o Plano de Contingência, que engloba todos os edifícios centrais do Banif –

Grupo Financeiro, e foram desenvolvidos o Plano de Contingência específico para as Unidades de

Negócio e o Plano de Instalações e Logística.

Relativamente à prevenção dos riscos profissionais foram realizadas novas avaliações de risco a

unidades de negócio. Numa óptica de melhoria contínua, foi incluída uma nova lista de verificação

das condições de segurança física, permitindo fazer uma melhor avaliação da exposição à violência

ou agressão de origem externa. Com o objectivo de reduzir o impacto de eventos traumáticos,

graves e muito graves, que podem afectar física e psicologicamente os Colaboradores do Banif, foi

aprovado um Programa inovador de Gestão de Incidentes Críticos.

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Quanto aos sistemas integrados de segurança dos edifícios centrais e das unidades de negócio, foi

dada continuação às intervenções para centralização de todos os alarmes na Central de Controlo

interna do Banif, de modo a garantir a operacionalidade dos sistemas de segurança através do

controlo remoto, testes e auditorias realizadas periodicamente para monitorizar o estado de

funcionamento dos sistemas instalados e despistar anomalias. Foi também desenvolvido e iniciado o

plano de implementação dos novos requisitos legais referentes ao exercício da actividade de

segurança privada, com base nas medidas de segurança obrigatórias e prazos estabelecidos.

Património

A área de Património da Direcção de Recursos Humanos assume diversas competências,

nomeadamente em matérias como a engenharia e projectos, gestão da manutenção e de obras,

licenciamentos, bem como gestão do imobilizado e restante património do Banif – Grupo Financeiro.

No primeiro semestre de 2014, destacam-se as obras de criação de um espaço de copa no edifício

João Tavira e de um espaço de lazer no Startup Campus powered by Banif. A execução de uma copa

no edifício João Tavira surgiu da necessidade sentida naquele local face ao crescente número de

colaboradores que opta por trazer as suas refeições para consumo no local de trabalho,

procurando-se desta forma criar um espaço adequado e com as condições necessárias para uma

agradável refeição e convívio. Já no âmbito da parceria com a Fábrica de Startups no edifício da Rua

Rodrigo da Fonseca em Lisboa, foi criado um espaço, denominado de networking lounge, que servirá

de apoio ao piso de conferências e workshops do maior centro de empreendedorismo da Europa.

Foram igualmente realizadas diversas acções relativas aos processos de licenciamentos, bem como

de gestão do imobilizado e restante património do Banif – Grupo Financeiro. Com o objectivo de

valorizar e preservar o vasto Património Artístico que o Banif dispõe, procedeu-se à avaliação das

obras existentes e ao seu registo fotográfico. Com os elementos reunidos, foi elaborado e divulgado

pela primeira vez um catálogo com toda a informação considerada relevante.

A participação no projecto Lean Six Sigma visou a análise dos processos de gestão da manutenção

e da estratégia para promover melhorias nos serviços para a satisfação dos clientes, tendo como

prioridade a redução dos custos associados à manutenção. Este trabalho permitiu avaliar o estado

actual de uma área específica da manutenção e disponibilizou dados de gestão importantes para

uma gestão mais consciente, bem como para equacionar novas estratégias.

No que concerne à gestão e optimização dos bens materiais, salienta-se o recurso à reutilização de

equipamentos para instalação de sistema de alarmes centralizados em Unidades de Negócio e para

renovação do parque de ATMs, permitindo manter ou aumentar a sua rentabilidade através do

aumento da taxa de disponibilidade. O Banco tem também investido continuamente na melhoria do

desempenho energético das suas instalações, utilizando sistemas de gestão técnica centralizada

em edifícios e agências e substituindo equipamentos ineficientes.

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

04. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO A economia global conheceu um desempenho abaixo das expectativas no primeiro semestre de

2014, muito condicionada pela evolução negativa de algumas das principais economias, em

particular durante o primeiro trimestre do ano. De acordo com o FMI, a economia mundial terá

crescido em termos anualizados 2,75% no primeiro trimestre de 2014, abaixo de 3,75% registados

nos últimos 3 meses de 2013.

Esse comportamento negativo fez-se sentir na economia norte-americana que sofreu o impacto de

condições climatéricas extremamente adversas, que contribuíram para a queda da procura

interna. Esta economia sofreu ainda da queda abrupta das exportações, após o forte desempenho

desta rubrica no último trimestre de 2013, e da correcção da variação de existências, na sequência

da acumulação de inventários ocorrida na segunda metade do ano passado. Estes factores são de

natureza temporária e verificou-se já uma recuperação significativa no segundo trimestre. No

entanto, essa recuperação só deverá compensar parcialmente a queda verificada, tendo o FMI

reduzido em 1,1 pontos percentuais a estimativa de crescimento desta economia para 2014, que se

situa agora em 1,7%.

Outra economia cujo comportamento no primeiro trimestre foi desapontante foi a China, onde o

esforço das autoridades para conter o rápido crescimento do crédito provocou um abrandamento

da procura interna maior que o antecipado e uma correcção na actividade de construção

residencial. Em resposta a este facto, as autoridades recorreram a medidas limitadas e

direccionadas para impulsionar o crescimento na segunda metade do ano, incluindo um corte de

impostos para PME, aumento do investimento público em infraestruturas e cortes no rácio de

reservas legais dos bancos. Estas medidas deverão permitir um crescimento de 7,4% para a

totalidade do ano.

Na Rússia, a actividade económica desacelerou muito significativamente no primeiro trimestre, com

o aumento das tensões geopolíticas a afectar a procura interna, em particular o investimento. Para

o conjunto das economias emergentes, a primeira metade do ano revelou-se igualmente

despontante, com um crescimento abaixo das expectativas resultante da menor procura externa

por parte dos EUA e da China e, num conjunto de países, menor procura interna e fraco

crescimento do investimento.

Na Europa, o primeiro semestre de 2014 mostrou uma elevada disparidade de crescimento entre as

várias economias. Os dados referentes ao primeiro trimestre mostraram um crescimento de 0,2%

na Zona Euro e de 0,3% na UE28. Pela positiva destaca-se o crescimento da Alemanha e do Reino

Unido (0,8%), Espanha (0,4%) e Bélgica (0,4%). Pela negativa, assumem particular relevo os

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

desempenhos da Holanda (-1,4%), Finlândia (-0,7%) e Portugal (-0,6%). O desempenho da Zona Euro

continua a ser desigual entre as várias economias e negativamente impactado pelo processo de

desalavancagem dos agentes públicos e privados, pela persistência da fragmentação financeira,

apesar dos avanços conseguidos em termos de União Bancária, e pelo elevado desemprego em

muitas destas economias.

Em Portugal, a actividade económica ao longo do primeiro semestre ficou marcada pela evolução

negativa registada no primeiro trimestre do ano, de -0,6%, interrompendo uma sequência de 3

trimestres positivos. Em termos homólogos, o PIB registou um crescimento de 1,3%, que

correspondeu a um abrandamento face à taxa de 1,5% registada no trimestre anterior. Esta

evolução deveu-se sobretudo ao abrandamento das Exportações de Bens e Serviços, mas também à

aceleração das Importações de Bens e Serviços. A procura interna apresentou um contributo

positivo mais acentuado, passando de 0,5 p.p. no 4º trimestre de 2013 para 2,8 p.p. no primeiro

trimestre de 2014, reflectindo em larga medida o comportamento do investimento. Os dados

qualitativos referentes ao segundo trimestre mostram uma melhoria generalizada dos indicadores

de confiança, visível em quase todas as componentes, com excepção da confiança na indústria, que

se manteve inalterada.

Os dados referentes ao desemprego mostraram no primeiro trimestre a continuação da tendência

de descida que se verifica desde o trimestre homólogo de 2013, tendo a taxa de desemprego

registado 15,1%, menos 0,2 p.p. que no trimestre anterior e menos 2,4 p.p. que no trimestre

homólogo. No que respeita à inflação, continuou a verificar-se uma descida progressiva da taxa

média de 12 meses do IHPC, que se situou em 0,0% em Junho, enquanto a variação homóloga do

mesmo indicador é negativa de -0,2% no mesmo mês.

O primeiro semestre em Portugal foi ainda caracterizado pelo fim do Programa de Assistência

Económica e financeira a que Portugal esteve vinculado nos últimos 3 anos, tendo-se optado por

uma saída do programa para um regime de financiamento de mercado sem assistência oficial por

parte dos mecanismos cautelares existentes no âmbito da UE.

Ao longo da primeira metade de 2014 assistiu-se igualmente ao recrudescimento dos riscos

geopolíticos em diversas geografias, com potenciais impactos sobre o preço das commodities

energéticas, nomeadamente o petróleo e o gás, mas também com potenciais impactos de

desestabilização de zonas do globo já de si altamente instáveis, como o Médio Oriente. Neste

contexto, assume particular relevo o conflito entre a Rússia e a Ucrânia relacionado com a

península da Crimeia e mais tarde com zonas separatistas do Leste da Ucrânia, que motivou a

reacção internacional com a imposição de sanções económicas à Rússia. De assinalar igualmente a

manutenção do clima de guerra civil na Síria e a propagação deste conflito para o Iraque, onde foi

instaurado um califado designado por ISIL.

No que respeita à política monetária, continuou a verificar-se, ao longo do primeiro semestre, um

cenário de ampla liquidez proporcionada por políticas monetárias extremamente expansionistas

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protagonizadas pelos principais Bancos Centrais, apesar de se começarem a evidenciar dinâmicas

distintas em ambos os lados do Atlântico. Assim, nos EUA, a FED continuou a trajectória, iniciada em

Dezembro de 2013, de remoção gradual dos estímulos monetários, através da redução do montante

de compras de activos em mercado, ao ritmo de 10 mil milhões de dólares em cada reunião,

prevendo-se que este processo esteja finalizado em Outubro de 2014. Paralelamente, a FED decidiu

remover, em Março, os limiares quantitativos de referência para determinar a evolução futura da

política monetária, nomeadamente uma taxa de desemprego de 6,5% e uma taxa de inflação até 0,5

p.p. acima de 2%. A partir de Outubro, o foco estará na definição da estratégia de saída e do

processo de subida de taxas de juro, que se antecipa para meados de 2015.

Na Zona Euro, o BCE reforçou ao longo do semestre a indicação de que pretende manter as taxas de

juro baixas por um período prolongado de tempo, numa tentativa de demarcar a alteração de

política nos EUA com a situação na Zona Euro. Com efeito, com o crescimento abaixo de esperado e

níveis de inflação muito baixos, num contexto de fragmentação dos mercados financeiros e queda

do crédito concedido, o BCE implementou, na reunião de 6 de Junho, um conjunto de medidas

tendentes a aumentar os níveis de liquidez, que incluem corte nas taxas de juro directoras (para

0,15% na Repo Rate e 0,4% na taxa permanente de cedência), introdução de uma taxa de depósitos

negativa (-0,10%) e a cedência de liquidez através de operações de refinanciamento de prazo

alargado (ORPA) direccionadas. O BCE afirmou igualmente que, se necessário, recorrerá a

instrumentos não convencionais para lidar de forma eficaz com os riscos de um período de inflação

baixa. O BCE anunciou ainda que as reuniões consagradas à política monetária passarão a ter lugar

de 6 em 6 semanas e que pretende publicar as actas das discussões sobre política monetária.

No que respeita aos mercados financeiros, assistiu-se durante o período em apreço a uma forte

valorização em praticamente todas as classes de activos, beneficiando da ampla liquidez

proporcionada pelas políticas monetárias expansionistas na generalidade dos blocos económicos.

As taxas Euribor registaram quedas em todos os prazos, tendo encerrando o semestre em 0,207%,

0,303% e 0,488% para os prazos de 3, 6 e 12 meses, respectivamente. As taxas de juro de longo

prazo nas economias avançadas continuaram a cair, assim como os indicadores de volatilidade, os

spreads das economias emergentes e dos países periféricos da Zona Euro. Os mercados accionistas,

por seu turno, valorizaram-se significativamente, encerrando o semestre, em muitos casos, próximo

dos máximos históricos. Na Zona Euro, o índice Euro Stoxx 50 valorizou 4,24%, o índice FTSE MIB

12,4%, o IBEX 35 subiu 10,8% e o índice PSI 20 6,3%. Nos EUA, o índice S&P 500 valorizou 6,1%,

enquanto o NASDAQ Composite subiu 5,5%. No que respeita às principais commodities, verificou-se

uma valorização de 7,5% no preço do petróleo, em resultado das tensões geopolíticas, que também

impactaram sobre o preço do ouro, que valorizou 9,5% no semestre. O conjunto das commodities

agrícolas, medidas pelo índice S&P Agriculture Index apresentou uma valorização de -0,53% no

semestre.

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05. RELATÓRIO DE GESTÃO DO BANIF

EVOLUÇÃO DA ACTIVIDADE NO 1ºSEMESTRE DE 2014

O 1º semestre de 2014 foi marcado pela concretização de importantes medidas que tinham sido

definidas pelo Banco como objectivos prioritários, relacionadas com o cumprimento das

responsabilidades assumidas no âmbito do Plano de Recapitalização.

Em Abril procedeu-se à recompra da 2ª tranche relativa aos instrumentos de dívida subordinada de

conversão contingente (CoCos). Decorrido menos de um ano e meio desde a sua subscrição pelo

Estado Português, o Banif já recomprou cerca de 70% destes instrumentos: 150 milhões de euros

em Agosto de 2013 e 125 milhões de euros em Abril de 2014. O reembolso da última tranche, no

montante de 125 milhões de euros, será proposto até ao final do ano. A implementação destas

medidas representa um contributo importante na margem financeira, através da consequente

redução de custos de financiamento, que em termos agregados totalizou, entre 2013 e 2014, cerca

de 40,1 milhões de euros.

Em Maio o Banco concluiu com sucesso os compromissos que tinha assumido no âmbito do Plano de

Recapitalização relativos ao processo de aumento de capital, através da concretização de uma

oferta pública de subscrição, no montante de 138,5 milhões de euros. À semelhança do que se tinha

verificado em Junho do ano anterior, altura em que se realizou a 1ª oferta pública de subscrição de

acções no âmbito do Plano de Recapitalização (no montante de 100 milhões de euros), a procura de

acções do Banif excedeu largamente as expectativas tendo, neste caso, a procura superado em

140% a oferta.

Em termos operacionais, o Banco estabeleceu como prioridade o ajustamento do seu modelo de

negócio de forma a assegurar níveis adequados de rendibilidade e eficiência num contexto

macroeconómico persistentemente adverso e que continua a condicionar de forma significativa a

actividade bancária.

Nesse sentido, o Banco decidiu aprofundar o processo de transformação em curso através da

antecipação de medidas de redução de custos previstos a partir de 2015 tendo para o efeito

anunciado:

i. A aceleração do programa de encerramento de agências bancárias em Portugal: 60 até ao

final de 2014, das quais já foram encerradas 40 no 1º semestre de 2014;

ii. A implementação de um programa de redução do quadro de colaboradores que abrange

até 300 pessoas no Banif (actividade doméstica) em resultado da agilização dos processos

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de pré-reforma, reformas e revogações de contratos de trabalho por mútuo acordo já

celebrados e cuja produção de efeitos terá reflexos no 2º semestre deste ano e

iii. Uma parceria estratégica estabelecida com a IBM na área de IT e manutenção

aplicacional, que irá permitir a obtenção de poupanças significativas estimadas em 15

milhões de euros para um período de 10 anos.

Por sua vez, do ponto de vista de reposicionamento comercial, o Banco tem intensificado a sua

aposta nos segmentos de empresas (Micro e PME), no âmbito da qual está a decorrer o programa

de Leads comerciais do Banif materializado num montante de 500 milhões de euros de

financiamento destinado a PME do sector industrial e agro-alimentar e através do alargamento da

sua rede de gestores dedicados aos segmentos de empresas (Micro e PME). Adicionalmente, merece

igualmente destaque a continuação do processo de segmentação dos clientes particulares em

torno do segmento V+, um segmento criado com uma proposta de valor específica para clientes

afluentes.

Adicionalmente, o Banif tem seguido, com sucesso, a prossecução de uma estratégia que aposta i)

na redução do custo de funding, direccionando a oferta para produtos de poupança normalizados

em detrimento dos depósitos a prazo com taxa negociada e ii) num maior foco em termos de

acompanhamento dos clientes particulares de maior valor, sedimentado no crescimento da rede de

Gestores Affluent, bem como dos clientes do segmento da emigração. Esta estratégia permitiu

manter, no 1º Semestre de 2014, a tendência no que respeita a uma clara inversão na trajectória

descendente dos depósitos que, face a Dezembro de 2013, registaram uma subida de 3,3%.

Importa também referir que está em curso a alienação das participações de controlo no Banif –

Banco Internacional do Funchal (Brasil), SA, Banif Bank (Malta), PLC e Banco Caboverdiano de

Negócios (BCN), tendo estas unidades de negócio passado a ser enquadradas como unidades

operacionais descontinuadas.

O resultado líquido obtido no 1º Semestre de 2014, de -97,7 milhões de euros, registou uma evolução

positiva face ao resultado líquido obtido no período homólogo (-196,0 milhões de euros), em

consequência da melhoria do produto bancário (que registou uma subida acumulada de 69,0% em

termos homólogos, para 216,1 milhões de euros) e da evolução menos desfavorável das unidades

operacionais descontinuadas (-41,0 milhões de euros no 1º Semestre de 2014 que compara com -

78,3 milhões de euros no 1º Semestre de 2013, reflectindo a melhoria na operação do Brasil tendo

em conta o processo de reestruturação em curso), apesar de penalizado pelo aumento de custos

com pessoal relacionados com o programa de redução de colaboradores (8,7 milhões de euros) e o

aumento, ainda que pouco significativo, das provisões e imparidades líquidas (3,4% em termos

homólogos para 146,2 milhões de euros).

De salientar que os custos de estrutura totalizaram 114,7 milhões de euros, reflectindo as medidas

de racionalização e optimização em termos de adequação da estrutura organizativa do Banco,

18

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

tendo em conta o actual contexto em que se desenvolve a actividade bancária e o processo de

restruturação em curso. Excluindo os custos relacionados com o programa de rescisões por mútuo

acordo, que teve início em Março (9,1 milhões de euros no 1º Semestre de 2014 e que compara com

0,4 milhões de euros no 1º Semestre de 2013), os custos de estrutura diminuíram 7,7% face ao 1º

Semestre de 2013.

Em termos de liquidez, importa destacar a operação de securitização (Atlantes SME3) de carteiras

de crédito a PME no montante de 438 milhões de euros; a emissão ao abrigo do Programa de

Covered Bonds do Banif, no valor nominal de 100 milhões de euros; a venda em mercado secundário

de 537 milhões de euros relativos a tranches seniores de securitizações próprias detidas em

carteira e a operação de financiamento colateralizado a médio prazo de 150 milhões de euros. Por

sua vez, a evolução verificada nos primeiros seis meses de 2014 em Recursos de clientes e Crédito a

clientes permitiu uma melhoria do gap comercial de sensivelmente 440 milhões de euros. Estes

factores proporcionaram a manutenção da tendência de queda na utilização de recursos de bancos

centrais superior a 950 milhões de euros entre Dezembro de 2013 e Junho de 2014, após redução

de cerca de 700 milhões de euros no 4º trimestre de 2013.

O rácio de Common Equity Tier 1, Em 30 de Junho de 2014, calculado de acordo com as regras da

CRD IV/CRR aplicáveis em 2014 (regime transitório) situou-se em 10,0%, acima do limite

regulamentar.

A evolução da cotação do Banif no mercado regulamentado da Euronext Lisbon, no qual é parte

integrante do principal índice de mercado, o PSI20, reflecte a admissão à cotação das acções que

resultaram dos vários aumentos de capital que foram realizados ao longo do período dos últimos 12

meses, perfazendo um total de 450 milhões de euros. De notar que estas operações foram

realizadas ao preço unitário de 0,01 euros por acção.

A realização daquelas operações foi enquadrada pela decisão da Assembleia Geral decorrida a 25 de

Junho de 2013, que permitiu a realização do aumento de capital de 450 milhões de euros, previsto

no plano de recapitalização do Banco acordado com o Estado Português em 16 de Janeiro de 2013,

em várias operações, a saber:

− Junho 2013: 100 milhões de euros por colocação particular reservada aos accionistas de

referência;

− Julho 2013: 100 milhões de euros por oferta pública de subscrição de acções.

− Agosto 2013: 40,7 milhões de euros por colocação particular junto de investidores

estratégicos;

− Outubro 2013: 70,8 milhões de euros através de uma oferta pública de troca de valores

mobiliários por acções do Banif;

− Maio 2014: 138,5 milhões de euros por oferta pública de subscrição de acções.

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Evolução das cotações do Banif, SA e do volume transaccionado em bolsa

Em termos de comportamento de mercado, de realçar a apreciação das acções do Banif ao longo do

primeiro trimestre do ano, acompanhadas por um aumento do volume transaccionado,

beneficiando da forte redução do risco-país de Portugal e da melhoria geral do sentimento no

mercado accionista. Este movimento foi posteriormente revertido em meados de Abril, após o

anúncio da oferta pública de venda de 138,5 milhões de euros sem direito de preferência aos

accionistas, conforme deliberação da AG de 25 de Junho de 2013. Não obstante, foi possível

estruturar esta operação com alocação prioritária a accionistas.

PLANO DE RECAPITALIZAÇÃO – PRINCIPAIS DESTAQUES

O Plano de Recapitalização do Banco, aprovado em Janeiro de 2013 pelo Ministério das Finanças, tem

como objectivo cumprir os requisitos de capital regulamentar aplicáveis ao sector, reforçar a base

de capital do Banif e diluir a participação detida pelo Estado, equilibrando a estrutura accionista

entre o Estado e os investidores particulares. Neste sentido, existe um total comprometimento da

equipa de gestão do Banif na implementação das medidas necessárias para cumprir o Plano de

Recapitalização acordado com as autoridades e que compreende duas fases, com recurso a

investimento público e privado.

A 1ª fase do Plano de Recapitalização concretizou-se em Janeiro de 2013 através da subscrição de i)

um aumento de capital, pelo Estado Português, no montante de 700 milhões de euros em acções

especiais (não cotadas) e ii) instrumentos de dívida subordinada de conversão convergente (CoCo’s)

no montante de 400 milhões, dos quais se procedeu à recompra de 150 milhões em Agosto de 2013

e 125 milhões em Abril de 2014.

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Por sua vez, a 2ª fase do Plano de Recapitalização consubstanciou-se num aumento de capital de

até 450 milhões de euros destinado a investidores privados e que foi totalmente realizado através

de várias operações:

− Junho 2013: 100 milhões de euros por colocação particular reservada aos accionistas

de referência e subscrita pela Açoreana Seguros (subsidiária da Rentipar Seguros

SGPS) e pela Auto-Industrial SGPS em 75 milhões de euros e em 25 milhões de euros,

respectivamente;

− Julho 2013: 100 milhões de euros por oferta pública de subscrição de acções. A

procura por acções do Banif superou em 61,8% a respectiva oferta;

− Agosto 2013: 40,7 milhões de euros por colocação particular junto de investidores

predominantemente portugueses, cuja entrada na estrutura accionista do Banif é

considerada de interesse estratégico pelo Conselho de Administração;

− Outubro 2013: 70,8 milhões de euros através de uma oferta pública de troca de valores

mobiliários por acções do Banif;

− Maio 2014: 138,5 milhões de euros por oferta pública de subscrição de acções. A

procura por acções do Banif superou em 40% a respectiva oferta.

Após estas operações, o capital já subscrito e realizado por investidores privados no âmbito da

segunda fase do processo de recapitalização do Banif ascendeu, em 30 de Junho de 2014, a 450

milhões de euros e o capital social do Banif passou a ser de 1.720.700.000 euros, representado por

115.640.000.000 acções sem valor nominal. Como resultado destas operações, o Estado Português

passou a deter 60,53% do capital social do Banif a que correspondem idêntica percentagem de

direitos de voto nas matérias especificadas no nº 8 do artº 4º da Lei nº 63-A/2008 de 24 de Novembro

e 49,37% dos direitos de voto nas restantes matérias.

PLANO DE REESTRUTURAÇÃO

O recurso ao Fundo de Recapitalização por parte do Banco, aprovado no final de 2012 pelo Ministério

das Finanças, deu origem a um processo de negociação com a Direcção-Geral da Concorrência

(“DGComp”), entidade da Comissão Europeia responsável pela análise dos processos de auxílio

estatal, do qual viria a resultar um Plano de Reestruturação. Face às grandes linhas de orientação

do anterior Plano de Recapitalização (desalavancagem, restruturação operacional e simplificação

societária), o Plano de Restruturação veio reforçar o enfoque nos segmentos comerciais de maior

rentabilidade nas áreas geográficas críticas para o Grupo, paralelamente a uma maior

racionalização da plataforma operacional e um modelo de gestão específico para os activos a

desinvestir.

Considerando a realidade operacional do Banco e os objectivos estipulados pela DGComp, o

cumprimento do Plano de Reestruturação implica a concretização de um processo de

transformação no Banif. Para que essa transformação seja atingida com êxito, foi definido um

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

amplo conjunto de iniciativas, a implementar durante o período de reestruturação, transversal a

todas as áreas e participadas do Grupo.

No sentido de dar resposta a estas exigências, o Programme Management Office (PMO) foi criado em

Julho de 2013.

Ao longo do ano de 2013 e no primeiro semestre de 2014 foram já visíveis os resultados de algumas

das iniciativas, nomeadamente ao nível de:

− nova estrutura de gestão, com redução do número de administradores;

− aumentos de capital realizados (450 milhões de euros);

− nova estratégia comercial delineada, aprovada e implementada;

− aceleração do encerramento de pontos de venda, acima dos objectivos iniciais do Plano de

Reestruturação;

− acordos com colaboradores para rescisões amigáveis de contrato, com consequente

aceleração do ritmo de saídas de colaboradores, acima dos objectivos iniciais do Plano de

Reestruturação;

− conceptualização e implementação de melhorias ao nível das aplicações informáticas do

Banco.

Para lá destas iniciativas, cujos resultados têem sido visíveis, importa igualmente referir o

lançamento de várias outras iniciativas com cariz de transformação de maior complexidade, que

exigiram um trabalho preparatório aprofundado e cuja implementação deverá continuar a ocorrer

no segundo semestre de 2014.

BANCA COMERCIAL DOMÉSTICA

Banca de Particulares

A actividade de Banca de Particulares, no 1º Semestre de 2014, desenvolveu-se nos seguintes

segmentos – Mass Market, Affluent, Private e Residentes no Exterior.

Segmento de Mass Market

Das principais actividades desenvolvidas pelo núcleo de Mass Market, destacam-se as seguintes:

No âmbito da concessão de Crédito ao Consumo, na modalidade de Crédito Pessoal, a actividade

referente ao 1º semestre de 2014 caracterizou-se pelo ajustamento do pricing dos produtos e pelo

lançamento de campanhas de crédito pessoal pré-concedido e revolving a actuais clientes.

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Face ao período homólogo anterior, a carteira de Crédito Pessoal registou um decréscimo de 8,5%,

em número de contratos e em saldo, atingindo no final do 1º semestre de 2014, aproximadamente

153 milhões de euros, correspondendo a 30.222 contratos de empréstimo activos.

No âmbito dos recursos, sequência da reestruturação da oferta de Depósitos, destacam-se as

seguintes acções implementadas:

− Campanhas de captação e retenção de recursos, nomeadamente, no segmento jovem;

− Reestruturação da oferta de produtos de passivo;

− Adequação do pricing de depósitos a prazo, contas poupança e contas de depósitos à ordem;

− Monitorização permanente das taxas de juro dos depósitos e das poupanças;

A carteira registou um decréscimo de 3,5% em número de contratos e uma evolução positiva na

ordem dos 4,2%, em saldo.

Ao nível dos meios de pagamento, procurou-se incrementar a taxa de penetração, através de

Campanhas e Acções de Divulgação de cartões.

De entre estas, destacamos as seguintes:

− Programa de Milhas SATA (Campanha): Captação de cartões de crédito com Programa de

Milhas associado, a partir da oferta de milhas em parceria com a SATA aos clientes;

− Captação de cartões de crédito (Campanha): Colocação de cartões de crédito com oferta de

pontos do Programa de Fidelização de Cartões;

− Programa de Fidelização de Cartões: Dinamização do programa de pontos com vista a

incrementar o número de clientes aderentes, bem como a utilização dos cartões elegíveis;

− Iniciativa de activação de cartões: Promoção pela DRD da activação de cartões colocados

pelas Unidades de Negócio.

No âmbito da gestão da carteira de cartões procedeu-se no período em análise à revisão de pricing

e restantes condições de comercialização dos mesmos.

Segmento Affluent

No segmento Affluent, comercialmente denominado Banif V+, o 1º semestre do ano de 2014

destacou-se pelas seguintes iniciativas: − Lançamento de Programa de Iniciativas Comerciais, que se encontra a decorrer

faseadamente ao longo de 2014;

− Encerramento da campanha de captação e fidelização de clientes, a Campanha de Natal V+,

com a finalidade de promover o crescimento de recursos e a domiciliação de rendimentos;

− Divulgação contínua e regular de vantagens exclusivas e de acções comerciais dos nossos

parceiros, nomeadamente do Grupo Auto Industrial;

− Ajustamento pontual da Proposta de Valor “Soluções V+”, tendo sido reajustadas as

condições de isenção;

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

− Criação de Proposta de Valor para os Accionistas Banif;

− Implementação de um processo de reavaliação e renomeação dos Gestores Affluent com

vista à adequação da qualidade da força comercial do Banif às necessidades dos Clientes

Affluent;

− Articulação com a DRH na realização de estudo para o alargamento da rede de Gestores

Affluent;

− Preparação de nova Proposta de Valor para os clientes Affluent.

Segmento de Residentes no Exterior

Dada a importância dos Emigrantes e não Residentes para o Banif, implementaram-se as seguintes

acções de dinamização do segmento:

− Acompanhamento da evolução do negócio por Unidade no Exterior;

− Implementação de campanhas específicas para captação de recursos e clientes do

segmento, nomeadamente:

• Campanha RE 6+6;

• Campanha RE Açores – Depósito Tradição;

• Campanha RE Verão em Portugal 2014.

− Realização das seguintes leads comerciais:

• Lead mensal de depósitos a prazo a vencer para potenciar a retenção de recursos;

• Lead de domiciliação de débitos directos em contas de clientes do segmento.

− Elaboração de relatório mensal de segmentos;

− Promoção da oferta e dinamização do segmento através de publicações contratadas

dirigidas a este mercado, com enfoque nos produtos e na importância do cliente;

− Dinamização junto das Redes de Comerciais de temas associados ao segmento de Residentes

no Exterior (campanhas, manutenção de base de dados, etc).

Banca de Empresas

SME, Pequenos Negócios e Corporate

O Programa de Leads Comerciais permanece activo e em desenvolvimento contínuo, sustentado no

trabalho de data mining desenvolvido pelo GME (Gabinete de Marketing de Empresas), e no

enquadramento dos objectivos estratégicos de captação de clientes e de concessão de crédito

delineados pelo Banco.

O Programa engloba ainda prospecção de clientes potenciais, análise de dados, alocação de

contactos às unidades de negócio, comunicação junto das redes comerciais, controlo da

performance e reporte superior com cariz periódico.

No primeiro semestre do ano, e no prosseguimento da aposta do Banif no apoio às empresas

nacionais, foi criada uma linha de apoio financeiro, com a designação “Linha de Apoio à Exportação”,

com uma dotação no montante de 300 milhões de euros, inserida nas Linhas de Crédito Força PME.

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Ao nível da Comunicação e Imagem, e em colaboração com a Direcção de Comunicação e Imagem

(DCI), foi renovada a imagem e os conteúdos para os segmentos SME e Negócios, com a criação de

novos materiais de comunicação, contemplando a oferta de produtos e serviços dos dois

segmentos.

Em parceria com a Direcção de Negócios Internacionais (DNI), o GME promoveu o patrocínio da

edição de 2014 do SISAB, um certame com 3 dias de duração destinado ao sector alimentar e das

bebidas, com grande enfoque na vertente de exportação. No evento, para além da DMK e DNI,

estiveram presentes colaboradores das diversas direcções comerciais, com o intuito de estabelecer

contactos com potencial de negócios para o Banco. Posteriormente foi criada lead própria,

encontrando-se em pleno desenvolvimento.

O GME promoveu a presença do Banco no 1º fórum AgroIN, um evento totalmente dirigido aos

empresários e gestores de agronegócios. À semelhança do SISAB, foram explorados contactos neste

certame através da presença de colaboradores das diferentes redes comerciais, sendo

posteriormente criada e distribuída uma lead de negócios.

O gabinete marcou presença na Expofranchise, um certame considerado a maior plataforma de

negócios de franchising nacional, englobando diversas áreas de actividade (alimentar, moda e

perfumaria, consultoria financeira, mediação imobiliária, saúde, gestão de arrendamento, estudos

de mercado, entre outras). Para além da habitual prospecção de carácter comercial realizada no

local, foi ainda realizada pelo Director de Marketing uma conferência versando o tema “A Banca

renova a aposta no apoio ao empreendedorismo: o caso Banif”.

O GME, em parceria com a DNI promoveu também a sponsorship da Moldplas Tecna 2014, um evento

com 4 dias de duração, reunindo os diversos players do subsector dos moldes em plástico. Esta

conferência internacional permite aproximar a oferta à procura e proporcionar a concretização de

negócios mutuamente benéficos. Foi igualmente criada uma lead especifica com base neste evento.

Relativamente aos Protocolos Comerciais, foi assinado um Protocolo de colaboração entre o Banco e

a Cefamol (Associação Nacional da Indústria de Moldes), prevendo a redução de algumas condições

de preçário do Banco, para determinados produtos e serviços, para os seus associados. Foi também

celebrado um Protocolo comercial com uma grande cadeia de distribuição (Pingo Doce), com

bonificações ao nível dos seus fornecedores.

Em conjunto com a DNI, o GME promoveu em Maio, a nível nacional, 18 Acções de Formação sobre;

Trade Finance; Operações de Estrangeiro; Protocolos Institucionais; e Garantias Mútuas, com

participação especial das SGM (Norgarante, Lisgarante e Garval), e onde participaram um total de

208 formandos. Em parceria com a DGR, foram realizadas 2 acções de formação com um total de 9

participantes.

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

O Banif continuou, em parceria com o Governo da República Portuguesa e ao abrigo dos Protocolos

Institucionais estabelecidos, a disponibilizar Linhas de Crédito Bancário para apoiar as empresas,

quer nos seus investimentos, quer no equilíbrio da sua tesouraria, bem como através da

reestruturação do crédito existente. Assim a área dos Protocolos Institucionais, mantém uma

elevada produtividade através do:

− Estabelecimento de procedimentos e circuitos para a implementação dos Protocolos

subscritos, sendo actualmente mais de 50 Protocolos Institucionais;

− Relacionamento Institucional entidades gestoras e as várias direcções do Banco;

− Prestação de apoio permanente às Direcções envolvidas no tratamento dos Protocolos

Institucionais no sentido de desenvolvimento de procedimentos tendentes à aplicação das

obrigações;

− Preparação de mapas de monitorização da performance comercial, técnica e executiva dos

Protocolos Institucionais.

Cross–Selling

O primeiro semestre de 2014 foi marcado por uma acentuada evolução positiva em praticamente

todos os indicadores de cross-selling, com a venda dos Produtos das Empresas Associadas do Grupo

a registar aumentos assinaláveis, comparativamente com o período homólogo do ano anterior.

Os Fundos de Investimento Mobiliário registaram uma franca recuperação face ao verificado no

final do 1º semestre de 2013, crescendo +72%, em termos de volume sob gestão e considerando

valores de 1ª subscrição. O número de aforradores neste produto de investimento registou

igualmente um acréscimo face ao final do ano passado, com +1612 investidores (+30%).

A produção em Crédito Especializado acumulada a Junho de 2014 corresponde a +54% da verificada

em igual período de 2013. As vendas acumuladas do ano ascenderam a 11 milhões de euros.

No capítulo dos Seguros, o realizado até Junho de 2014 em PPR está praticamente em linha com o

realizado em período homólogo do ano anterior, com 5,6 milhões de euros de produção acumulada.

Já a Carteira deste Seguro Financeiro evoluiu positivamente em +2% nos primeiros seis meses do

ano, registando 56,6 milhões de euros no fecho do 1º semestre de 2014.

O outro Seguro Financeiro comercializado nas Redes Comerciais Banif, o Maxi Performance, acumula

a Junho de 2014, 12 milhões euros de produção acumulada do ano, o que representa mais do dobro

da produção verificada no fecho do 1º semestre do ano anterior. Em termos de volume sob gestão,

a carteira do Maxi Performance compara em +48% com o fecho de 2013, com 32 milhões euros.

Relativamente aos Seguros Não Financeiros, destacam-se os Seguros de Acidentes e Doença e o

Seguro de Vida Não Vinculado. Estes dois tipos de Seguros registaram a Junho de 2014 produções

acumuladas de 1,2 milhões de euros e 1 milhão de euros, a que correspondem variações homólogas

face ao mesmo período do ano anterior de +9% e +30%, respectivamente.

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Os presentes resultados favoráveis ficaram a dever-se ao empenho da Rede Comercial, auxiliada

pelo lançamento de iniciativas que promoveram a venda de Produtos, acções estas decisivas na

obtenção dos objectivos propostos.

Exemplos disso são a Campanha do Seguro Vida Não Vinculado, onde se registaram 4710 novas

apólices, no valor global de 234 mil euros e a Campanha Seguro de Saúde, responsável pela

colocação de 1491 novas apólices, no valor global de 112 mil euros. Em ambos os casos houve

consequências directas e bastante positivas nas prestações verificadas no 1º Semestre de 2014

para estes dois tipos de Seguros.

No âmbito do Aumento de Capital Banif 2014, desenvolveu-se junto das Redes Comerciais do Banco,

a Campanha de colocação de Acções, que totalizou 196 milhões de euros de intenções de compra,

para os 138,5 milhões de euros de acções disponíveis.

Corporate Banking

A Direcção Corporate Banking foi criada com o objectivo de acompanhar de forma mais

especializada os clientes dos segmentos Corporate (empresas com uma facturação anual, numa

óptica individual ou de grupo económico, superior a 50 milhões de euros) e Institucionais em todo o

país a partir de dois polos, um em Lisboa e outro no Porto.

No primeiro semestre de 2014 deu-se continuidade à estratégia de dinamização da carteira de

clientes existente no Banco neste segmento, no sentido de extrair maior valor do seu share of

wallet, como também à conquista de novos clientes com bons níveis de risco e forte potencial de

negócio.

A estratégia seguida ao longo do 1S2014 permitiu um aumento continuado na carteira de crédito

(incluindo programas de papel comercial) face ao final do ano de 2013. Os produtos de crédito

desintermediável, nomeadamente programas de papel comercial e obrigações, continuaram a ser

os instrumentos de crédito mais dinamizados ao longo do ano revelando a estreita articulação com

a banca de investimento.

Os recursos captados nos segmentos acompanhados por esta Direcção apresentaram novamente

no 1S2014 um crescimento muito significativo face ao final do ano de 2013, contribuindo para uma

melhoria significativa na relação entre o volume de crédito e de recursos e simultaneamente um

aumento da margem financeira.

(milhares de euros)1S2014 2013 Variação

Recursos de Clientes 312.338 263.258 19%Crédito a Clientes 275.103 149.383 84%Fonte: SIG e DMC (para a rubrica de PPC incluida no total de Crédito a clientes)

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Área Internacional

Durante o primeiro semestre de 2014 e no que diz respeito à área internacional, o Banif focou a sua

actividade no reforço do seu posicionamento e no negócio de Comércio Externo e no negócio com

Não Residentes.

O Banif – Grupo Financeiro conta com uma vasta presença no exterior através de Bancos, sucursais,

escritórios de representação e incorporated companies, cujo racional assenta no acompanhamento

da internacionalização das empresas suas clientes, na proximidade às comunidades portuguesas e

no acesso a mercados onde existem oportunidades de negócio e elevado potencial de crescimento.

Para apoiar as comunidades portuguesas, o Banif encontra-se presente através de Escritórios /

Incorporated Companies nos EUA, Canadá, Venezuela e África do Sul, onde desempenham um papel

fundamental na representação do Banco e na identificação e facilitação de oportunidades para o

Grupo e/ou seus clientes.

Aproveitando as sinergias da presença física, através da rede no exterior, o Banif tem também

fomentado o incremento do negócio de Comércio Exterior estreitando as relações entre empresas

portuguesas e empresas localizadas nesses mercados, detidas preferencialmente por empresários

portugueses e/ou luso descendentes, e assim desta forma, promover também a exportação de

produtos nacionais.

Para oferecer um serviço mais completo de Comércio Externo aos seus Clientes, o Banif dispõe de

instrumentos adicionais de apoio às empresas portuguesas que exportam para mercados de risco

mais elevado, através do recurso a alguns Programas de Trade Finance de Instituições Multilaterais

de desenvolvimentos (BERD, IFC, ADB e IADB) e outros instrumentos de cobertura de risco.

Face a algumas melhorias verificadas na conjuntura actual, o Banif tem incrementado e

diversificado junto dos seus parceiros bancários, as suas linhas funded e unfunded, de modo a

permitir apoiar a actividade das empresas portuguesas suas clientes, quer no seu movimento

comercial, quer no seu investimento, procurando desempenhar um papel cada vez mais importante

na sua internacionalização, em especial junto das Pequenas e Médias Empresas, principal motor de

desenvolvimento da economia portuguesa.

Paralelamente, o Banif negociou, ao longo do semestre, várias parcerias com Bancos locais em

mercados destino de expansão de negócio das empresas portuguesas suas clientes, de forma a

apoiar os seus projectos de internacionalização.

Para além do Trade Finance, o Banco focalizou também a sua actuação no apoio à expansão do

negócio dos seus clientes a mercados onde o Banif tem presença física no estrangeiro,

acompanhando-os localmente através das suas estruturas no exterior, em articulação com a

Direcção de Negócios Internacional na Sede.

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Em termos de Correspondent Banking, o Banif tem mantido relacionamento com os seus principais

parceiros na Europa e EUA e tem desenvolvido novas relações no Médio Oriente, África e América

Latina. Adicionalmente tem também procurado oferecer serviços de clearing a Bancos de pequena e

média dimensão em mercados onde o Banco está activo, nomeadamente, na América Latina,

funcionando com Banco pagador em Euros na Europa e oferecendo, ainda, serviços

complementares associados, tais como desconto de remessas e compensação de cheques.

Não obstante o enquadramento macroeconómico em que o Banco vem desenvolvendo a sua

actividade, assistiu-se, durante o período em questão, a uma maior notoriedade e reconhecimento

da marca “Banif” nos mercados internacionais.

Redes Comerciais

a) Açores

Em traços gerais, o balanço da actividade comercial nos Açores, no primeiro semestre do ano, foi

positivo nas principais rubricas do negócio. Conseguiu-se um bom desempenho ao nível da captação

de Recursos, da concessão de Crédito, do controlo do rácio de incumprimento e da carteira de

clientes. Desta forma, inverteu-se a tendência de decrescimento verificada nos últimos semestres.

Ao longo do primeiro semestre, verificou-se um incremento da carteira na ordem dos 2,7% face ao

início do ano (de 69.666 clientes activos em Dezembro de 2013 para 71.555 em Junho de 2014).

Desta forma, foi possível recuperar parte da carteira de clientes existente no período homólogo de

2013 (71.704).

Ao nível do Crédito, nota positiva para o crescimento líquido da carteira na ordem dos 44,6 milhões

de euros face ao início do ano (+3,2%), proveniente na sua maioria de crédito concedido ao Governo

Regional, no âmbito de uma parceria que o Banco tem preservado e reforçado ao longo dos anos.

Apesar da conjuntura adversa, foi possível conter o rácio de incumprimento em 5% e controlar o

crescimento da carteira de Crédito Vencido, que no fecho do semestre se situou em 72 milhões de

euros (+1 milhão de euros que em Dezembro de 2013), um valor muito próximo do registado no

período homólogo (72,5 milhões de euros).

Neste semestre assistiu-se a um incremento dos Recursos de Balanço face ao ponto de partida do

ano na ordem dos 18,6 milhões de euros (+2,4%), situando-se, assim, nos 778,3 milhões de euros.

Apesar desta importante evolução, ainda não foi possível recuperar a carteira do período homólogo

do ano anterior (820,5 milhões de euros), tendo-se registado uma variação homóloga de -5,2%. De

referir, no entanto, que o primeiro semestre deste ano ficou muito marcado pela conclusão do

processo de recapitalização através da realização de uma Oferta Pública de Subscrição. O sucesso

29

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

desta operação acabou por ditar alguma transferência de Recursos de Balanço para Fora de

Balanço, de tal forma que esta rubrica registou no período homólogo um crescimento de 3% (de

189,8 milhões de euros para cerca de 195,1 milhões).

No âmbito do Plano de Reestruturação, procedeu-se ao encerramento de 2 unidades de negócio nos

Açores: a agência S. Pedro, localizada na ilha Terceira, e o Centro de Empresas no Faial. Ainda assim,

manteve-se uma importante cobertura geográfica nos Açores, com um total de 35 agências, 2

centros de empresas e 1 centro privado. De referir, neste contexto, a transferência do Centro

Privado dos Açores para o 10.º piso do edifício central do Banif em Ponta Delgada, passando, assim, a

dispor de amplas e modernas instalações, mais adequadas a este segmento de clientes estratégico

para o Banco. Por último, com vista à redução de custos e optimização do espaço, procedeu-se

também no início do ano à concentração de todos os colaboradores do referido edifício num único

piso, em formato open space.

Paralelamente às iniciativas de âmbito nacional, foram desenvolvidas, neste semestre, um conjunto

de campanhas exclusivas da Direcção Comercial dos Açores (DCA). Duas destas foram dedicadas à

dinamização do Protocolo TOP Institucionais Açores, protocolo ordenado destinado exclusivamente

aos funcionários de Entidades Institucionais com sede na Região, com condições únicas no Banif.

Neste contexto, a captação e fidelização de recursos mereceu, também, uma atenção especial, onde

se destaca, entre outras, a realização da Campanha RE Açores - Depósito Tradição. Esta campanha,

sendo associada a uma época festiva de grande importância e tradição nos Açores - Senhor Santo

Cristo dos Milagres, com a atribuição de uma medalha comemorativa, foi naturalmente direccionada

para os nossos emigrantes nos Estados Unidos e no Canadá.

b) Madeira

A contracção que se verificou na evolução da economia regional e nacional ao longo dos últimos

anos, assim como o clima de instabilidade política e social têm-se atenuado ao longo do primeiro

semestre de 2014, definindo por isso a actividade do Banif – Banco Internacional do Funchal, SA

na Região Autónoma da Madeira.

Por outro lado, e na sequência dos desenvolvimentos políticos de 2012 e 2013, o Plano de

Ajustamento Económico e Financeiro assinado pela Governo Regional da Madeira, continua a

ser um agente que determina a lenta recuperação da economia local. Este conjunto agregado

de factores tem naturais repercussões na transversalidade de toda a actividade empresarial

Rubrica Jun-14 Jun-13 VariaçãoRecursos de Clientes 778 821 -5,2%Crédito a Clientes 1.438 1.475 -2,5%

Base de Clientes Activos 71.555 71.704 -0,2%Nota: Recursos de Balanço e Crédito Desembolso.

(milhões de euros)

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Regional e consequentemente no desempenho comercial do Banco, em virtude da

implementação e da significativa quota de mercado do Banif na região.

Tendo em conta estes condicionalismos, a Direcção Comercial da Madeira (DCM), desenvolveu o

seu plano estratégico em concordância com as orientações gerais do Banco para o ano de 2014.

Um plano que assenta nos principais vectores de crescimento das rubricas essenciais para o

Banco: Recursos e Comissionamento, Crédito, Crédito Vencido e Controlo de Custos.

Nessa linha de orientação estratégica nota para a evolução positiva na rúbrica “Recursos de

Clientes”, para um total de 2.052,8 milhões de euros. Depois da quebra da carteira decorrente

das variações negativas dos depósitos de algumas Instituições Públicas, com a passagem

destas contas para a gestão do IGCP - Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público

iniciadas durante o ano de 2012, como imposição do Plano de Ajustamento Económico e

Financeiro. Este crescimento é acompanhado contudo, pela diminuição dos custos de funding,

facto que contribui para o aumento dos níveis de rentabilidade globais da DCM.

Outro dos fenómenos que se verifica é a ligeira recuperação dos mercados da emigração, que

acontece após um grande período de volatilidade, com especial incidência depois do resgate

financeiro do país e a instabilidade dos mercados cambiais.

A Direcção Comercial da Madeira mantém bem activa a sua aposta na manutenção e reforço da

posição concorrencial nos mercados da Venezuela e África do Sul, países cruciais para o

desenvolvimento do negócio desta Direcção. Esta aposta personifica-se através de visitas

comerciais que prevêem uma cobertura geográfica bastante abrangente e com targets

perfeitamente identificados.

Relativamente à carteira de crédito vivo, por se continuar a viver um período onde o acesso ao

mesmo ainda encontra alguma resistência e por haver uma menor procura, esta rubrica

continua a apresentar uma tendência de decréscimo, sendo que entre o mês de Junho de 2013

e Junho de 2014, registou uma evolução negativa de 20,6%, para um total de 1.290,8 milhões de

euros. Uma descida resultante, na sua maioria, da conversão de Crédito a Médio Longo prazo

detido pelo Governo Regional da Madeira num empréstimo obrigacionista.

No que toca à carteira de Contas Activas, e apesar do esforço da Direcção neste cômputo,

existe igualmente um decréscimo em cerca de 10,5%, para 90.241 contas, relativamente ao

mesmo período de 2013. Um facto que está directamente associado a uma reclassificação

interna das contas e à crescente taxa de desemprego na RAM.

De destacar a presença do Banif em duas das iniciativas empresariais mais emblemáticas da

região, o Dia do Empresário Madeirense e o evento “100 maiores e melhores empresas”, este

último enquanto patrocinador oficial da iniciativa.

31

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

A renovação do patrocínio à Conferência Anual do Turismo merece também destaque, pois é um

evento que mantém uma elevada qualidade do debate e assume um papel de relevo na

definição da orientação estratégica que o sector do Turismo deve assumir na Região.

c) Norte

A Direcção Comercial Norte (DCN) é constituída por 3 Redes (Rede Particulares Norte (RPN), Rede

Empresas Norte (REN) e Centro Privado Norte (CPN)), cuja actividade consiste no acompanhamento

e dinamização dos segmentos de retalho, pequenas e médias empresas e particulares de alto

rendimento.

Durante o corrente ano, a actividade da DCN centrou-se na captação/fidelização de recursos, na

concessão de crédito em especial no segmento de Empresas e Micro Empresas e Empresários e no

cross-selling com outras empresas do Grupo, nomeadamente a comercialização de seguros e

crédito especializado. Outro dos grandes objectivos prosseguidos no ano transacto foi a

recuperação de crédito vencido.

Rede Particulares Norte:

A RPN encerrou o primeiro semestre de 2014 com 87 Unidades de Negócio, sendo 85 Agências

Standard e 2 Agências Associadas (agências de menor dimensão, que comercializam os mesmos

produtos e prestam os mesmos serviços que as demais e dependentes de uma Agência Standard).

Mantendo o plano definido de ajustamento da dimensão da Rede à actual realidade do negócio,

procedeu-se durante o primeiro semestre do corrente ano ao encerramento de 19 Agências, sem

perda de negócio relevante e manutenção da qualidade de atendimento para os Clientes do Banco.

No período em análise, manteve-se o processo de segmentação e encarteiramento dos clientes

activos, com especial ênfase no sub-segmento Affluent, denominado internamente como V+,

destinado a particulares de médio rendimento e que proporcionam a estes um gestor dedicado bem

como uma proposta de valor específica. Actualmente, a RPN já tem 59 Agências dotadas de 63

Gestores V+ para adequado acompanhamento deste segmento.

Rubrica Jun-14 Jun-13 Variação

Recursos Totais 2.053 2.041 0,6%

Crédito Total 1.025 1.291 -20,6%

Base de Clientes Activos* 90.241 100.798 -10,5%

(milhões de euros)

* Valor alterado face ao reportado no 1º semestre de 2013 devido à reafectação da base de clientes activos

32

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Foi ainda reforçado para 47 o número de Gestores de Negócios presentes em 44 Agências da RPN,

de forma a ser assegurado um acompanhamento eficaz e especializado para os Clientes do

segmento Empresas e Micro Negócios.

Rede Empresas Norte:

A REN é constituída por 6 Centros de Empresa, sendo responsável pela dinamização do negócio de

Empresas na Região Norte do país.

Neste período, esta estrutura manteve um acompanhamento de proximidade do tecido empresarial

da Região, tendo originado operações de crédito de apoio ao ciclo de exploração das empresas e às

exportações, não deixando de apoiar o investimento, em especial através do Crédito Protocolado.

Centro Privado Norte:

O CPN desenvolve a sua actividade com 8 Gestores Privado, dedicados à gestão do património

financeiro dos Clientes particulares de alto rendimento que carecem de acompanhamento

personalizado, identificando as oportunidades de acordo com o perfil e necessidades de cada

Cliente.

Em termos homólogos, a Direcção Comercial Norte registou uma variação negativa nos Recursos de

Balanço de 19 milhões de euros (-0,9%), apesar do forte crescimento ocorrido no primeiro semestre

do ano, tendo atingido o montante total de 2.132 milhões de euros. A rubrica de Recursos fora de

Balanço regista uma variação positiva de 24 milhões de euros (+7,6%).

Relativamente ao crédito total, o valor global da carteira de crédito ascendeu a 1.573 milhões de

euros, correspondendo a uma redução de cerca de 218 milhões de euros (-12,2%). O volume de

comissões cobradas, no primeiro semestre de 2014, foi de cerca de 15 milhões de euros.

A Direcção Comercial Norte encerrou o primeiro semestre de 2014 com uma carteira de cerca de

159.000 Clientes Activos e com um rácio de produtos por Cliente de 3,69.

d) Sul

A Direcção Comercial Sul (DCS) tem apostado fortemente na captação de novos clientes de valor e

no aumento do envolvimento com os Clientes em carteira, nomeadamente todos aqueles que

Rubrica Jun-14 Jun-13 Variação

Recursos Totais 2.476 2.470 0,2%

Crédito Total 1.573 1.791 -12,2%

Base de Clientes Activos 158.586 153.734 3,2%

(milhões de euros)

33

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

pertencem aos segmentos de Pequenos Negócios e PME no caso das Empresas e aos segmentos de

Affluent e Private no caso dos Particulares.

Rede Particulares Sul

A Rede Particulares Sul (RPS) constituída por 84 agências, centrou a sua actividade na captação e

manutenção de recursos, com simultâneo enfoque na melhoria da margem e na diversificação da

carteira. Manteve-se a aposta nos produtos vocacionados para as pequenas poupanças e

poupanças programadas e no desenvolvimento do cross-selling com outras empresas do Grupo

(estratégia chave para o aumento das comissões).

O segmento Affluent destinado a clientes de médio rendimento continua a ser uma forte aposta do

Banco, sendo composto actualmente por 38 Gestores V+ na RPS, tendo 14 deles sido nomeados este

ano, sem que isso implicasse o aumento do quadro de pessoal.

No mesmo sentido, tem existido uma grande aposta no segmento de Pequenos Negócios destinado

a clientes Empresa e ENI, com um volume de negócios não superior a 2 milhões de euros. Este

segmento é actualmente composto na RPS por 42 Gestores de Pequenos Negócios, tendo 9 deles

sido nomeados este ano, sem que isso traduzisse também um aumento no quadro de pessoal.

A concessão de crédito contínua restrita, baseada em políticas selectivas e em critérios de risco

estritos. A recuperação e a regularização do crédito vencido continuam a ser considerados

estratégicos, procurando-se sempre que possível antecipar as negociações com os clientes que

registam sinais de alerta, em articulação com o Gabinete de Monitorização de Crédito da Direcção

Comercial Sul, órgão transversal a todas as Redes da DCS.

Mantendo o plano definido para o ajustamento da dimensão da Rede, salvaguardando a

rentabilidade e a qualidade do serviço ao cliente, procedeu-se durante o 1º Semestre de 2014 ao

encerramento de 18 agências.

Rede Empresas Sul

A Rede Empresas Sul (RES) é composta por 5 Centros de Empresa, num total de 13 Equipas de

Serviço ao Cliente, e a sua estratégia baseia-se no controlo da qualidade da carteira de crédito, na

melhoria da relação entre o volume de crédito e de recursos e no aumento da rentabilidade da

Carteira.

A recessão económica que o país tem atravessado ao longo dos últimos anos, o aumento do

desemprego e o encerramento constante de empresas, continuam a gerar crédito vencido,

verificando-se no entanto uma contenção do mesmo, devido a um acompanhamento estrito e

permanente dos clientes que apresentem sinais de alerta, negociando-se com estas soluções para

a resolução dos incumprimentos e procurando o reforço de garantias sempre que possível.

34

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Centro Privado Sul

O Centro Privado Sul (CPS) desenvolve a sua actividade em Lisboa e Faro e é composto por 5

Gestores Privados.

Esta área de negócio encontra-se vocacionada para clientes particulares de alto rendimento, que

beneficiam de um serviço personalizado e de uma oferta alargada de produtos e serviços,

nomeadamente na área dos Produtos de Poupança, Fundos de Investimento, Mercado de Capitais

Dívida / Corretagem e soluções de Reforma, para além do destaque da nova plataforma de

negociação, o Banif Trader.

O cross-selling com outras empresas do Grupo tem sido também uma forte aposta deste segmento

em particular na área de Seguros (Financeiros e não Financeiros), Crédito Especializado (Leasing,

Renting) e Gestão Activos (Fundos Investimento / Fundos de Pensões, Gestão Patrimónios).

Globalmente e face ao 1º Semestre de 2013, a DCS registou um decréscimo de aproximadamente 17

milhões de euros de recursos de balanço, traduzindo-se o fecho da carteira em 1.945 milhões de

euros no final do 1º Semestre do ano. Este decréscimo justifica-se pela perda de depósitos no

decorrer do 2º Semestre de 2013, nomeadamente pela diminuição das taxas praticadas, indo ao

encontro das taxas de referência do Banco de Portugal, e pela transferência da Carteira de Contas

de Colaboradores do Banco para a gestão da Direcção de Rede Directa (DRD) que ocorreu no final de

2013. Em 2014 tem-se verificado uma inversão, assistindo-se já a uma recuperação da carteira dos

recursos de balanço.

De igual forma a carteira de crédito total (incluindo programas de papel comercial) apresentou uma

diminuição de 391 milhões de euros, atingindo 2.586 milhões de euros no final do 1º semestre,

devido em grande parte à redução da exposição em clientes de maior risco, à erosão das carteiras

de Crédito Habitação e Crédito Pessoal e à liquidação de Programas de Papel Comercial, para além

da afectação de diversos clientes à Direcção de Corporate Banking, assim como pela transferência

da Carteira de Contas de Colaboradores do Banco para a gestão da Direcção de Rede Directa.

O volume de comissões cobradas no 1º semestre foi de 13,2 milhões de euros.

Ao nível da Carteira de Clientes Activos a Direcção Comercial Sul (DCS) encerrou o 1º semestre com

123.431 clientes activos.

O processo de Aumento de Capital do Banco revelou-se uma vez mais um sucesso, tendo a Direcção

Comercial Sul um papel bastante importante na concretização e contributo para o mesmo.

35

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Gabinete de Clientes de Factoring

A área de Factoring e gestão de pagamentos a fornecedores, apesar de integrada na DCS, é

transversal a todas as Direcções Comerciais do Banco.

No 1º semestre de 2014, a actividade desta área de negócio registou um forte incremento em

termos de facturação tomada. As variações homólogas registadas ao nível de facturação tomada e

crédito concedido cifraram-se em +81% e -40%, respectivamente, atingindo, no final de Junho de

2014, 169 milhões de euros e 91 milhões de euros.

As comissões apresentaram uma evolução positiva de 29% relativamente ao mesmo período do ano

anterior, atingindo 0,7 milhões de euros. A margem financeira atingiu 1,8 milhões de euros,

traduzindo uma diminuição de 53%. Desta forma, no período em análise, o produto bancário

apresentou uma evolução negativa de 43%, atingindo 2,6 milhões de euros.

No 1º semestre de 2014, não houve alterações relevantes na estrutura da carteira de créditos

sobre clientes, comparativamente ao final do 1º semestre de 2013, continuando o sector da

construção a registar o maior peso (80%).

e) Banca Telefónica e Electrónica

Na Linha Banif, registou-se o atendimento de cerca de 34.000 chamadas, valor que representa um

decréscimo aproximado de 12%, face ao 1º semestre de 2013. Nas acções de Outbound, efectuadas

no âmbito de campanhas comerciais de promoção e colocação de produtos, foram realizados

220.000 contactos, em linha com o valor registado em igual período de 2013. Em termos da

actividade de Recuperação de Crédito efectuaram-se, aproximadamente, 308.000 contactos, o que

representa uma variação positiva de 6%, quando comparado com igual período de 2013.

Rubrica Jun-14 Jun-13 Variação

Recursos Balanço 1.945 1.962 -0,9%

Crédito Total 2.586 2.977 -13,1%

Base de Clientes Activos 123.431 121.734 1,4%

(milhões de euros)

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Na banca telefónica, destacam-se os seguintes aspectos: “Inbound”:

− O nível de serviço (o número de chamadas atendidas nos primeiros 30 segundos) foi de 97%.

− mantiveram-se as linhas de atendimento referentes a segmentos específicos: Linha Banif Real Estate, Linha Banif Malta e Linha Banif Internacional, através da qual são disponibilizados números verdes internacionais para um conjunto de 6 países;

− o nível de satisfação dos clientes da Linha Banif ascendeu a um “NPS (Net Promoter Score)” de 77,11%).

“Outbound”:

− campanha comercial permanente de activação de cartões e captação de recursos;

− avaliação do nível de satisfação e posicionamento dos clientes foram concretizados um total de 2.450 inquéritos;

Recuperação de Crédito:

− verificou-se, globalmente, a evolução favorável das taxas de recuperação (rácio entre o número total de processos regularizados e o número total de processos entrados/trabalhados):

Recuperação

Outbound

Linha Banif

0 100000 200000 300000 400000

1º Sem. 2013

1º Sem. 2014

1º Sem. 2013

1º Sem. 2014

1º Sem. 2013

1º Sem. 2014

85%91%

85%90%

80%87%

82%90%

84%87%

63%53%

26%26%

87%86%

79%86%

62%78%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Cred. Imobiliário

Cred. Pessoal

CGT

Caucionadas

Letras e Livranças

Descobertos

Cartões

Leasing Imobiliário

Crédito Contrato

Outros

1º Sem. 2013 1º Sem. 2014

37

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Banca Electrónica Num contexto de reorientação e reposicionamento geográfico da rede comercial, o serviço Banif@st

assume-se, cada vez mais, como um canal privilegiado no estabelecimento da relação imediata e

directa do cliente com o Banco pelo que se manteve, ao longo do 1º semestre de 2014, a aposta no

lançamento de novas funcionalidades assim como no reforço dos níveis de segurança.

A continuidade na aposta de produtos de constituição exclusiva via homebanking, tais como o

“Poupe Hoje” e “Super Depósito Banif@st”, reforçou a importância do serviço como meio de

captação de recursos. No final de Junho haviam sido constituídas, via Banif@st, aplicações a prazo

correspondentes a cerca de 193 milhões de euros, face aos 178 milhões de euros alcançados em

período homólogo.

Em termos de utilização frequente do serviço, 30% dos clientes do banco acederam com

regularidade ao mesmo, ligeiramente acima dos 29% atingidos nos primeiros 6 meses de 2013. Esse

incremento na utilização frequente, em conjunto com o alargamento de funcionalidades,

contribuiu para um crescimento de 6% na realização de operações.

Produtos e Meios de Pagamento

Meios de Pagamento Durante o 1º Semestre de 2014 a actividade de Meios de Pagamento centrou-se na optimização de

funcionalidades e processos orientados à melhoria da Qualidade de serviço prestada ao Cliente.

Das principais actividades desenvolvidas no decurso do exercício do 1º semestre 2014, destacam-se

as seguintes:

I – Cartões: O portfólio de Cartões passou a incorporar novos segmentos de Clientes, nomeadamente através da

colocação de Cartões na RAM direccionados à utilização por parte de Municípios e Escolas. O Cartão

Pré-Pago standard passou a incorporar no seu verso o CVV2, como alternativa à utilização de

Cartões de Crédito, minorando por conseguinte o seu risco de fraude.

Em termos de projectos de natureza técnica, o Banif aderiu à plataforma MB Way e Transferências

Instantâneas disponibilizada pela SIBS FPS, tendo em curso os seus desenvolvimentos. Em paralelo,

o Banif está a desenvolver a adesão ao 3D Secure.

O programa de Fidelização iniciado em Setembro de 2012 continua em vigor, tendo sido promovidas

no 1º semestre de 2014 acções no sentido de divulgar o Programa junto dos Clientes. Foram

realizadas duas Campanhas de Milhas SATA, a primeira incidiu sobre adesões a Cartões SATA

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Imagine e a segunda incidiu sobre Clientes com Cartão SATA Imagine com trading na plataforma

Banif Trader. Foi iniciada uma Campanha de ajustamento de Limites de Crédito que tem data de

conclusão no 2º semestre de 2014.

Foram realizadas optimizações nos processos de Gestão de Stocks de plásticos e no circuito de

envio de Cartões a Clientes Conta Cartão.

No período em análise registou-se uma manutenção global da Carteira de Cartões em (+0,03%), face

a Dezembro de 2013. Decorrente da conjuntura económica actual, verificou-se uma tendência de

aumento do crédito em incumprimento. O crédito utilizado apresentou um crescimento de 8,1%.

II – Terminais de Pagamento Automático e Caixas Automáticos No respeitante a Terminais de Pagamento Automático (TPA), este canal continua a ser um meio

fundamental na captação e fidelização de Clientes ao Banco, pelo que se prosseguiu durante o 1º

Semestre de 2014 com iniciativas de captação de Clientes, nomeadamente com a Campanha de

Captação sobre o produto TPA Mais junto da Rede Comercial e que decorreu entre Maio e Junho.

Relativamente ao parque de TPA, verificou-se no final do primeiro semestre de 2014, um decréscimo

na carteira, apresentando um total de 6.141 equipamentos apoiados pelo Banco, face aos 6.353

equipamentos do período homólogo de 2013.

No que respeita a Caixas Automáticos (CA), manteve-se a tendência de redução do parque, tendo o

Banif no final do primeiro semestre de 2014 um parque de 465 equipamentos, face a 498

equipamentos no período homólogo de 2013.

Durante o 1º Semestre o Banif continuou centrado no esforço da melhoria da rentabilidade

dos actuais equipamentos e na optimização dos seus processos operativos, direccionando todo o

Parque de CA off-premises para o serviço de Cash-Management disponibilizado pela SIBS FPS.

Cartões de Crédito 79.564 53.420.168 79.566 49.411.918 0,00% 8,1%

Cartões de Débito 315.240 N/A 315.105 N/A 0,04% N/A

Total de Cartões 394.804 53.420.168 394.671 49.411.918 0,03% 8,1%

NúmeroCarteira de

Crédito

Jun-14

NúmeroCarteira de

Crédito

(euros)

Dez-13 Variação

NúmeroCarteira de

Crédito

39

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

III – Conta de Exploração No final do 1º Semestre, a carteira de Cartões registava um total de proveitos de 9,67 milhões de

euros, o que se traduz num aumento de 5,21% face ao período homólogo de 2013. A rentabilidade do

parque de Caixas Automáticos cifrou-se em 1,18 milhões de euros, -13,7% face ao período homólogo.

Ainda no mesmo período, o parque de Terminais de Pagamento Automático apresentou um

acréscimo de 2,7% (0,36 milhões de euros) ou seja um aumento de 9,50 mil euros nos resultados.

Crédito Pessoal

No 1º semestre de 2014, a produção de Crédito Pessoal ascendeu a 2.168 contratos num total de

12,5 milhões de Euros, o que corresponde a uma variação positiva de 3,0% face ao primeiro

semestre de 2013.

Neste segmento, manteve-se uma procura moderada e continuou-se o enfoque na concessão de

empréstimos a clientes fidelizados e com experiência positiva neste tipo de crédito, com aplicação

de critérios de risco prudentes.

A produção nova foi insuficiente para compensar a erosão natural da carteira. Em consequência, no

final do primeiro Semestre de 2014 a carteira de Crédito Pessoal atingiu 152,7 milhões de euros (30

071 contratos), o que corresponde a uma variação negativa de 12,2% face a Junho de 2013 e 8,2%

face a Dezembro de 2013.

Crédito Imobiliário

A carteira de Crédito Imobiliário no Banif apresentava no final de Junho de 2014 um saldo de 2.883

milhões de euros, verificando-se um decréscimo de 6,6% face à posição de Junho de 2013 e 2,2%

face a Dezembro de 2013. O spread médio da carteira (1,30%) aumentou ligeiramente quando

comparado com o verificado em Junho de 2013 (1,24%).

A produção do primeiro semestre de 2014 ascendeu a 31,0 milhões de euros, o que representa um

acréscimo de 20,9% face a igual período de 2013. O spread médio da produção (3,67%) foi

ligeiramente superior ao da produção do período homólogo (2,95%).

A procura deste tipo de crédito continua pouco dinâmica, sendo que cerca de metade da produção

decorre do apoio ao escoamento de imóveis próprios e a financiamento de imóveis cuja construção

foi financiada pelo Banif através de crédito de fomento à construção.

Crédito Especializado – Crédito a Negócios

No âmbito da gestão de produtos para Clientes do segmento de Pequenos Negócios, foi definida

uma nova estratégia de abordagem comercial, permitindo-se uma micro - segmentação destes

Clientes, com associação de uma nova proposta de valor.

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Foi lançado no final do primeiro semestre um novo produto destinado ao segmento de negócios

com menores facturações denominado Conta Empreendedor.

Manteve-se a oferta de produtos da linha Conta Gestão de Tesouraria (CGT), com ajustamentos

quanto ao segmento alvo. A carteira global de Conta Gestão de Tesouraria (CGT) atingiu 154,0

milhões de euros, o que representa uma variação negativa de 23,5% face a Junho de 2013 e 9,8%

face a Dezembro de 2013.

Depósitos e Produtos de Poupança

Na prossecução do objectivo estratégico de captação de recursos de clientes, o Banco continuou a

dinamizar a oferta de Soluções de Depósitos à Ordem e de Produtos de Poupança, destinados a

diferentes segmentos etários e perfis sócio - económicos. Acompanhando a evolução do mercado

assistiu-se a uma redução das taxas de juro nos novos depósitos.

A carteira de Depósitos a Prazo e Poupança atingiu em Junho de 2014 os 4.867 milhões de euros, o

que corresponde a um acréscimo de 5,2% face a Junho de 2013 e 4,6% face a Dezembro de 2013. A

taxa média da carteira decresceu de 3,03% em Junho de 2013 para 2,66% em Junho de 2014.

Relativamente a contas de Depósitos à Ordem verificou-se uma variação líquida de 16.552 contas,

que correspondem a um acréscimo de 1,4% face a Junho de 2013.

Recuperação de Crédito Vencido e em Contencioso

A actividade desenvolvida pela Direcção de Recuperação de Crédito (DRC) no primeiro semestre

traduziu-se na recuperação de um montante total de 150,8 milhões de euros, para a qual foi

determinante a forte dinâmica promovida no acompanhamento e gestão dos clientes em

incumprimento.

Esse desempenho assume ainda maior relevância pelo facto de ter sido suportado em políticas que

privilegiaram, sempre que viável, a recuperação através de cobrança ou reestruturação de créditos

com reforço de garantias.

O Modelo no Acompanhamento e Recuperação de Crédito foi objecto de alterações significativas,

com o objectivo de ajustar as políticas e procedimentos nesse âmbito ao novo ciclo encetado em

2013, caracterizado por uma tendência para uma estabilização / decréscimo do total de crédito em

risco. Nesse contexto, incluiu-se:

− O reforço dos procedimentos no acompanhamento dos clientes nas redes comerciais com

uma exposição creditícia e evidenciando crédito vencido ou “em risco”, atribuindo à DRC um

papel central nesse processo;

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− A revisão do modelo organizativo da DRC, reforçando o grau de especialização na gestão

dos clientes em recuperação central em função do segmento, nível de exposição, fase do

processo e tipo de produto;

− A constituição na DRC de uma Unidade especializada na monitorização dos clientes com

crédito vencido ou “em risco” nas redes, que deverá garantir uma participação activa na

definição e operacionalização da estratégia na gestão dos clientes com exposição creditícia

significativa;

− A introdução de um processo sistemático no acompanhamento dos clientes

reestruturados pela DRC devolvidos às áreas comerciais, no sentido de promover uma

maior eficácia / eficiência no controlo e tratamento das reentradas em incumprimento;

− A centralização da responsabilidade pela coordenação da análise individual de imparidade

de risco de crédito na DRC, e a revisão da abordagem e ferramentas de suporte a esse

processo;

− A redefinição das competências na análise e decisão do crédito em acompanhamento e em

recuperação central, no sentido de as adequar à alteração do âmbito de actuação e modelo

organizativo da DRC.

O novo Modelo no Acompanhamento e Recuperação de Crédito já se encontra em pleno

funcionamento, sendo que nos próximos meses a DRC prosseguirá o desenvolvimento de algumas

medidas adicionais com o objectivo de se assegurar a sua consolidação e optimização.

BANCA COMERCIAL INTERNACIONAL

Banif Bank (Malta)

Evolução da empresa

Durante o primeiro semestre de 2014, a conjuntura económica e de mercado em geral

caracterizaram-se por taxas de juro baixas, diminuição dos spreads de crédito e aumento dos

níveis de depósitos, impulsionado principalmente pelos depósitos de curto prazo do segmento

empresarial. Durante o período em análise, o governo de Malta intensificou a aposta na redução do

custo do financiamento para as pequenas e médias empresas (PME), com vista a estimular o

consumo e o crescimento económico. Em termos homólogos, a economia maltesa começa a revelar

sinais encorajadores de melhoria económica e a actividade comercial tem vindo a crescer,

principalmente como resultado de um bom desempenho nos sectores do turismo, das TIC e do jogo,

e do arranque de uma série de grandes projectos de infraestruturas e iniciativas, com a utilização,

em alguns casos, de fundos da UE.

Desempenho Financeiro

Em finais de Junho de 2014, a base de activos totais do Banco atingiu 633,2 milhões de euros, o que

representa um aumento de 11,1%, comparativamente aos 569,9 milhões de euros registados no

final de Junho de 2013. A maior rubrica dos activos continua a ser o crédito concedido a clientes,

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que atingiu 377,8 milhões de euros, seguindo-se aplicações em Instituições de crédito, num total de

200,1 milhões de euros. A carteira de investimentos cifrou-se em 27,4 milhões de euros. O

investimento em propriedades, instalações, equipamentos e imobilizações incorpóreas, líquido de

depreciações e amortizações, em finais de Junho de 2014, elevou-se a 9,2 milhões de euros. Os

outros activos totalizaram 18,7 milhões de euros, dos quais 5,0 milhões correspondiam a activos por

impostos diferidos, que o Banco está a reconhecer relativamente a prejuízos fiscais não utilizados.

Os depósitos aumentaram cerca de 10,9%, passando de 517,6 milhões de euros, em finais de Junho

de 2013, para 574,3 milhões, no final de Junho de 2014. O crédito concedido aumentou 14,6%,

passando de 329,5 milhões de euros, em finais de Junho de 2013, para 377,8 milhões euros, no final

de Junho de 2014. Como resultado, o rácio de transformação continuou a diminuir, até atingir 65,8%

em finais de Junho de 2014. A qualidade dos activos tem-se mantido a um bom nível, sendo que o

crédito malparado representa 5,75% do total do crédito, comparativamente aos 5,35% registados

em Junho de 2013.

Os primeiros seis meses caracterizaram-se por mais um corte nas taxas de juro pelo BCE e por uma

pressão cada vez maior sobre os spreads de crédito. Não obstante, o Banco conseguiu aumentar as

suas receitas, gerando um rendimento operacional total de 6,650 milhões de euros, o que

representa um aumento de 16,3% em termos homólogos.

A margem financeira aumentou para 4,504 milhões de euros (mesmo período de 2013: 3,958 milhões

de euros), em virtude principalmente do aumento do crédito e depósitos.

As comissões líquidas ascenderam a 1,066 milhões de euros (que compara com 0,810 milhões de

euros, em Junho de 2013). Este aumento foi impulsionado principalmente por taxas mais altas

geradas pelo processamento do crédito e de serviços jurídicos relacionados, pagamentos, cartões e

outros serviços bancários.

Registou-se também um aumento dos resultados de operações financeiras, que no período em

análise se situou em 1,081 milhões de euros (Junho 2013: 0,953 milhões de euros). O aumento das

receitas foi integralmente explicado pela avaliação da carteira de obrigações pelo valor de mercado.

No total, o resultado operacional cobriu 123,5% das despesas de exploração (mesmo período de

2013: 107,4%).

O total das despesas operacionais, incluindo depreciações e amortizações aumentou ligeiramente,

na ordem de 1,2%, passando de 5,323 milhões de euros no primeiro semestre de 2013 para 5,387

milhões de euros no primeiro semestre de 2014. Este aumento deve-se principalmente à abertura

de mais três agências bancárias.

As provisões e imparidades líquidas aumentaram 53,0%, de 0,506 milhões de euros nos primeiros

seis meses de 2013, para 0,774 milhões de euros no primeiro semestre de 2014.

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O lucro antes de impostos, relativamente ao período em análise foi de 0,490 milhões de euros

(mesmo período de 2013: prejuízo de 0,109 milhões de euros).

Banif Brasil

Da actividade do Banif Brasil, destaca-se o lucro alcançado no 1º semestre de 2014, em resultado

das medidas de reorganização e reestruturação que têm sido implementadas no Banco desde

Setembro de 2012 pela nova Directoria Executiva.

Assim, o Resultado Líquido Consolidado, a 30 de Junho de 2014, situou-se em R$ 5,2 milhões em

consequência da: i) regularização de operações de crédito do portefólio do Banco, por via de

pagamentos em cash e/ou de recebimento de imóveis em dacção em pagamento, com impacto

positivo em reversão de provisões anteriormente constituídas, assim como a recuperação de

valores de operações em write-off; ii) concretização da venda de activos imobiliários, com mais-

valias superiores a R$ 16,5 milhões; iii) redução de despesas admnistrativas e de pessoal, no valor

de R$ 7,1 milhões, face a Junho de 2013 e iv) redução de R$ 0,6 milhões nas despesas de

recuperação de crédito quando comparado com o período homologo.

Este desempenho reflete o ajustamento na gestão prudencial e conservadora adoptada pela actual

Equipa de Gestão, nomeadamente na constituição de provisões relevantes em Junho de 2013.

Revela também os primeiros reflexos da reestruturação organizacional implementada no Banif

(Brasil) desde setembro de 2012 e confirma a perspectiva de obter mais valias para o accionista

com a continuidade das acções de negociação, cobrança e reforço de garantias, incrementando o

valor intrínseco da carteira de crédito do Banco.

O Activo Líquido consolidado no período de Junho de 2013 a Junho de 2014 diminuiu de R$ 1.406

milhões para R$ 1.142 milhões. As Operações de Crédito no Balanço passaram de R$ 1.119 milhões

para R$ 698 milhões e os Depósitos de Clientes de R$ 871 milhões para R$ 709 milhões, em linha com

Jun-14 Jun-13 variaçãoActivo Líquido 633.242 569.919 11,1%Crédito concedido (Bruto) 377.761 329.511 14,6%Depósitos de clientes 574.266 517.565 11,0%Capital Próprio 22.168 20.557 7,8%Margem Financeira 1,7% 2,3% -25,1%Produto da Actividade 6.650 5.720 16,3%Cost to Income 81,0% 93,1% -13,0%Credito em incumprimento / crédito Total 5,8% 5,4% 7,5%Resultados antes de Impostos 490 -109 -ROA 0,02% -0,04% 0,06ppROE 4,42% -1,06% 5,48pp

Número de Agências 12 10 2Número de Empregados 185 168 17

(milhares de euros)

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o objectivo de desalavancagem do Balanço, com reflexos positivos no rácio de transformação (loan

to deposit ratio), que se situou, em 30 de Junho de 2014, em 98% em comparação com 128% no

período homólogo.

O Capital Próprio registou, ao final do 1º Semestre de 2014, o valor de R$ 204,4 milhões e o Índice de

Basileia, no consolidado do Grupo Banif no Brasil, a 30 de Junho de 2014, situou-se em 15,54%,

superior ao limite mínimo exigido pelo Banco Central do Brasil (11%), o que representa uma melhoria

de 1,38 pp em relação a Junho de 2013.

Banco Caboverdiano de Negócios

Durante o primeiro semestre de 2014, a economia caboverdiana manteve uma evolução menos

favorável, em grande parte influenciada pela envolvente externa, com enfoque na Zona Euro. Em

particular, é ainda notório, dado o elevado nível de integração com a Zona Euro, o efeito de contágio

decorrente das crises bancárias e de dívida soberana nesta região sobre Cabo Verde, por via da

redução do investimento directo estrangeiro e da ajuda pública ao desenvolvimento. Deve-se

Principais indicadores consolidados (milhares de reais)

Jun-14 Jun-13 Variação

Activo Líquido 1.142.227 1.406.993 -19%

Crédito Líquido 349.706 584.736 -40%

Recursos de Clientes 708.971 871.413 -19%

Capitais Próprios 204.399 244.537 -16%

Produto Bancário 31.631 -329.666

Cash Flow de Exploração 26.444 -12.987

Resultado Líquido 5.240 -346,855

Índice de Basiléia 15,54% 14,16% 1,38 pp

Pontos de Venda 5 6 -1

Número de Empregados 127 201 -74

Principais indicadores consolidados

Jun-14 Jun-13 Variação

Activo Líquido 379.012 486.866 -22%

Crédito Líquido 116.039 202.338 -43%

Recursos de Clientes 235.249 301.537 -22%

Capitais Próprios 67.823 84.618 -20%

Produto Bancário 10.496 -123.549

Cash Flow de Exploração 8.775 -4.867

Resultado Líquido 1.739 -129.991

Índice de Basiléia 15,54% 14,16% 1,38 pp

Pontos de Venda 5 6 -1

Número de Empregados 127 201 -74

Nota: em 30 de Junho de 2014: 1 euro equivale a R$ 3,0137 (Fonte BACEN)

(milhares de euros)

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contudo salientar a evolução positiva do sector do turismo e de alguma resiliência estrutural das

remessas de emigrantes. Neste quadro, Cabo Verde apresentou uma reduzida dinâmica, com o PIB a

crescer cerca de 0,5% em termos reais, e o desemprego permaneceu em níveis elevados (cerca de

16%).

Neste contexto macroeconómico adverso, o Banco Central de Cabo Verde iniciou um processo de

abrandamento das condicionantes de concessão de crédito à economia mas, em resultado dos

níveis elevados de crédito mal parado no sector e também da reduzida procura de crédito por

clientes de perfil aceitável, a concessão de crédito à economia apenas cresceu cerca de 1%. Neste

quadro, merece ainda destaque a melhoria geral da posição de liquidez dos Bancos, com a

consequente redução da taxa de transformação para valores em torno de 80%.

Para o BCN, este período foi marcado pelo ligeiro decréscimo da base de recursos (cerca de -2,2%

face ao período homólogo), explicado sobretudo por em Junho 2013, um grande projecto imobiliário,

Dunas Beach Resort, ter recebido fundos provenientes do sindicato bancário para financiar o

empreendimento com o mesmo nome na Ilha do Sal. A concessão de crédito manteve-se a níveis

moderados, com um crescimento de cerca de 1,7% face ao período homólogo. Deste modo, a taxa de

transformação comercial fixou-se em 85% em Junho de 2014, com uma redução de cerca de 3,2

pontos percentuais face ao período homólogo, na sequência da redução do nível de recursos. Ainda

relativamente ao crédito, constata-se uma degradação da qualidade da carteira, com o

consequente aumento do rácio de crédito em incumprimento (nos termos do Aviso do BCV sobre a

matéria) que passou de 5,8% em Junho de 2013 para 8,6% em Junho de 2014 que se deve não a um

aumento de operações vencidas mas sim à maturidade1 do vencido – deve-se contudo referir que o

BCN apresenta indicadores de qualidade de crédito bastante acima da média do mercado, que em

Junho de 20132, se fixava em 11,5%.

No que concerne à demonstração de resultados, a margem financeira registou uma redução de

cerca de 23,8%, motivada pela redução dos juros recebidos (-7,7%, traduzindo o aumento do crédito

vencido, designadamente com menos de 90 dias vencidos). Igualmente a margem complementar

evoluiu de uma forma menos favorável (-3,3%), pese embora o comportamento positivo de

rendimentos de instrumentos de capital (+116%) e de rendimentos com serviços e comissões

(10,7%), tendo sido influenciado, significativamente, pela redução em cerca de 60,7% nos Outros

Resultados de Exploração. Face ao comportamento menos favorável, tanto da Margem Financeira

como da Margem Complementar, o Produto Bancário apresentou uma redução de cerca de 16,9%. O

BCN continua a apresentar uma redução sustentada dos seus custos operacionais (-4,2%), com

destaque para os custos com pessoal (-9,5%), traduzindo uma política de optimização da base de

custos nos Serviços Centrais e na Rede de Agências. De referir o ligeiro aumento das amortizações

em cerca de 3,4%, explicada por o Banco ter decidido proceder, em Dezembro de 2013 à reavaliação

da vida útil de bens, que apesar de à data de 31 de Dezembro de 2012 ou em anos anteriores se

1 Operações que pelo número de dias em atraso, conjugado com o prazo total da operação passou a integrar a parte vincenda no montante total em incumprimento. 2 Dados ainda não disponíveis para Dezembro 2013 e Junho 2014.

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apresentarem totalmente amortizados, se encontravam em boas condições de funcionamento e

dos quais se espera que continuem a gerar benefícios económicos para o Banco.

Em termos de eficiência operacional, o rácio Cost-to-Income aumentou 8,32 pontos percentuais,

fixando-se em 62,8% em Junho de 2014.

Em síntese, no primeiro semestre de 2014, os Resultados Líquidos registaram um decréscimo de

23,7%, face ao período homólogo, em resultado do comportamento negativo da margem financeira e

da margem complementar, pese embora o bom desempenho dos custos operacionais, bem como do

contributo positivo das imparidades de crédito.

No que se refere à solidez da instituição, no primeiro semestre de 2014, o rácio de solvabilidade

situou-se nos 14,1%, quando apresentava 13,5% no primeiro semestre de 2013.

NOTA: câmbio em 30 de Junho de 2014: 1 euro = 110,265 CVE

Rubrica Jun-14 Jun-13 Variação

Activo Liquido 118.950 121.475 -2,1%

Credito Concedido Bruto 84.314 82.927 1,7%

Depósito de Clientes 98.785 100.998 -2,2%

Capitais Proprios 14.246 12.601 13,1%

Margem Financeira 1.597 2.096 -23,8%

Produto da Actividade 2.628 3.162 -16,9%

Cash Flow de Exploracão 1.226 1.680 -27,0%

Resultado Liquido 824 1.080 -23,7%

ROA 1,38% 2,02% -0,6 pp

ROE 14,87% 19,48% -4,6 pp

Credito em Incumprimento / Credito Total 9,20% 6,19% 3,0 pp

Imparidade / Credito em Incumprimento 55,50% 94,60% -39,1 pp

Cost-to-income 62,80% 54,50% 8,3 pp

Nr. Agências 17 18 -1

Nr. Colaboradores 109 116 -7

Rácio de Solvabilidade 14,10% 13,50% 0,6 pp

Nota: Os elementos deste quadro foram produzidos de acordo com as regras locais

(milhares de euros)

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

BANCA DE CRÉDITO ESPECIALIZADO

Banif Mais SGPS, SA

A Banif Mais SGPS, S.A. é a holding do sub-grupo Banif Mais, que integra designadamente o Banco

Banif Mais S.A. e a Margem – Mediação de Seguros, em Portugal, as sucursais do banco no

estrangeiro: Eslováquia, Polónia e Espanha e, ainda, a filial na Hungria, o Banif Plus Bank Zrt. À

semelhança dos exercícios anteriores, a actividade desta sociedade no primeiro semestre de 2014

consistiu exclusivamente na gestão das participações financeiras ligadas à actividade do crédito

especializado e do cross-selling de produtos associados, destacando-se a intermediação de seguros

relacionados com a carteira de crédito, através da subsidiária Margem.

No que se refere aos principais indicadores, as demonstrações financeiras consolidadas do primeiro

semestre de 2014 do sub-grupo Banif Mais apresentam um Activo Líquido de 624,4 milhões de euros

e Capitais Próprios de 325,3 milhões de euros.

O Resultado Líquido consolidado do sub-grupo Banif Mais no semestre sob análise alcançou 12,3

milhões de euros, um crescimento de 37,1% face ao período homólogo. Quanto ao contributo da

actividade por mercado geográfico para o Resultado Líquido consolidado, destaca-se Portugal com

um valor de 12 milhões de euros, seguido da Hungria com 1,21 milhões de euros e, ainda, a Polónia

com 0,09 milhões de euros; em terreno negativo, encontra-se a sucursal de Espanha com um

contributo de -0,8 milhões de euros a Eslováquia com -0,12 milhões de euros.

Neste semestre, há a destacar a realização de uma operação de venda de créditos pelo Banif Mais a

um importante operador europeu no negócio de aquisição de carteiras de crédito vencido. A

carteira vendida é composta por créditos do Banif Mais, em Portugal, já abatidos ao activo (créditos

incobráveis desreconhecidos do balanço) e da sucursal em Espanha, correspondente a uma

carteira de contratos em contencioso e por créditos abatidos ao activo (créditos incobráveis

desreconhecidos do balanço). Com esta operação o sub-grupo Banif Mais registou um proveito com

a alienação de créditos, líquido de imparidades, que ascendeu a 2,6 milhões de euros.

De referir que a realização desta operação, em que foi vendida quase a totalidade da carteira de

Espanha que se encontrava em balanço (correspondente a mais de 40 milhões de euros), a qual

possuía a maior cobertura por imparidade, explica a redução do respectivo rácio de cobertura da

carteira de crédito total da Banif Mais SGPS de 26,6% para 23,7%. De forma análoga, nas contas do

Banif Mais S.A., que inclui as sucursais, entre as quais a espanhola, o rácio de cobertura do crédito

por imparidade reduziu-se de 27,6% para 24,5%.

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Principais Indicadores da Banif Mais SGPS (base consolidada)

Banif Mais, SA

Actividade em Portugal

No âmbito da actividade core do Banif Mais, S.A. em Portugal, o primeiro semestre do ano foi

marcado por uma ligeira recuperação na venda de veículos ligeiros usados, que se traduziu num

crescimento de 5,1%, ao mesmo tempo que os valores financiados denotam uma maior aceleração,

consubstanciada numa subida de 9,2% face ao período homólogo.

Neste primeiro semestre manteve-se a estratégia, delineada em 2013, de forte aposta em acordos

comercialmente agressivos em parceiros-chave, tendo sido igualmente implementadas fortes

campanhas direccionadas aos parceiros comerciais da mesma área de negócio. Desta estratégia

comercial, e de acordo com as estatísticas da ASFAC (Associação de Sociedades Financeiras para

Aquisições a Crédito), no primeiro semestre de 2014, o Banif Mais, SA conseguiu manter-se, de forma

sustentada, como 2º operador no financiamento a meios de transporte (3º lugar em 2013). Para

esta posição muito contribuiu o crescimento de 19% no negócio core, atingindo uma quota de 19,0%

no segmento de usados e garantindo, desta forma, o 2º lugar do ranking com maior gap para o 3º

lugar. No mercado de financiamento de motas o Banif Mais, SA conseguiu manter a sua posição de

liderança com uma quota de mercado de 48,1%, reflectindo o crescimento de 7% da nova produção.

(base IAS)

Rubrica Jun-14 Jun-13 Variação

Activo líquido 624.353 634.604 -1,6%

Crédito Total 665.396 755.802 -12,0%

Capitais Próprios 325.247 307.525 5,8%

Produção global 82.305 66.086 24,5%

Margem Financeira 19.518 20.452 -4,6%

Produto da Actividade 24.897 19.511 27,6%

Cash-Flow 18.304 12.313 48,7%

Resultado líquido 12.332 8.993 37,1%

Custos Pessoal/Produto Bancário 16,4% 19,9% -3,5 pp

Cost to Income 30,9% 39,2% -8,3 pp

Produto Bancário/Activo Líquido Médio 2,0% 1,5% 0,5 pp

ROE 1,6% 1,5% 0,1 pp

ROA 1,0% 0,7% 0,3 pp

RAI/Activo Líquido Médio 1,3% 0,9% 0,4 pp

RAI/Capitais Próprios Médios 2,1% 2,1% 0,0 pp

Imparidade do Crédito registada em Balanço/ Crédito Total 23,7% 26,6% -2,9 pp

Rácio Solvabilidade 55,6% 36,7% 18,9 pp

Pontos de Venda 31 34 -3

N.º de Empregados 351 357 -6

(milhares de euros)

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O Mercado Automóvel

De acordo com a ACAP (Associação de Comércio Automóvel de Portugal), no primeiro semestre de

2014 manteve-se a tendência já observada na segunda metade do ano anterior. As vendas de

veículos ligeiros novos continuam a subir, tendo apresentado uma variação positiva de 60% nesse

período, com 87.719 viaturas vendidas. O mesmo comportamento foi observado no mercado de

pesados onde o incremento foi de 45,1%, com 1.339 pesados vendidos.

Produção e Carteira

No contexto de mercado e de aposta estratégica acima referidos, o Banco Banif Mais S.A., em

Portugal celebrou 9.089 contratos no primeiro semestre de 2014, no valor de 75 milhões de euros, o

que representa um crescimento de 35% no valor financiado face ao mesmo período do ano anterior.

Durante o período sob análise, o Banco manteve critérios de análise restritivos e continuou a

privilegiar o factor rendibilidade, sendo de assinalar a implementação de um novo scoring de

admissão. Não obstante, no segmento core, o Banco retomou durante o primeiro semestre uma

trajectória de crescimento líquido, com a nova produção a mais do que compensar as amortizações

da carteira. Para além da forte estratégia comercial no tradicional canal parceiro (via stands

automóveis), há a referir o aumento da produção via canal banco (através das agências do Banif

S.A.), onde se verificou um aumento do número e valor financiados face ao mesmo período do ano

anterior, em linha com o plano definido.

Em Portugal, a carteira de crédito líquida de imparidade, apresentou um decréscimo de cerca de 6%

em termos homólogos para 449 milhões de euros no final de Junho de 2014, sendo esta evolução

explicada, em parte, pelo reforço de imparidades e pela redução progressiva da carteira que foi

integrada quando da integração da ex-Banif Go no Banif Mais (essencialmente leasings de

equipamentos a empresas, fora portanto do core business do Banif Mais), fruto das amortizações e

do esforço de recuperação de crédito.

Actividade Internacional

Na Eslováquia, o mercado de viaturas novas de passageiros e comerciais ligeiros, nos primeiros 3

meses do ano (últimos dados disponíveis à data de elaboração do presente relatório), ascendeu a

um número de 17.311 unidades vendidas, um acréscimo de 16% face ao mesmo período do ano

anterior. No que respeita ao financiamento de viaturas (novas e usadas) o total de financiamentos

no primeiro trimestre de 2014 atingiu as 14.363 unidades, um aumento de 5,5% face ao registado

no mesmo período do ano anterior.

O desempenho da sucursal eslovaca do Banif Mais, que apresentou resultados líquidos negativos no

primeiro semestre de 2014 (que compara com lucro de 153 mil euros no período homólogo) é

largamente explicado pelo reforço da imparidade para a carteira de crédito.

Na Polónia, os principais indicadores macroeconómicos evidenciaram um comportamento positivo

em termos de impacto sobre o financiamento automóvel, com o PIB a registar um incremento de

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3,4% face ao período homólogo, enquanto o consumo registou uma subida mais modesta de 1,2%.

No sector automóvel, o número de veículos de passageiros registados durante a primeira metade

do ano ascendeu a 175.487 unidades, uma subida de 19,3% face ao mesmo período do ano anterior.

O número de carros vendidos a particulares aumentou 8,1% representando uma quota de apenas

40% das vendas totais; contudo, a venda de veículos para actividade comercial registou um

incremento de 28,2%, sobretudo devido às alterações esperadas em termos da regulamentação do

IVA.

No que diz respeito aos automóveis usados, o principal segmento de actuação do Banif Mais, uma

vez que não existe informação disponível relativamente ao mercado polaco, usa-se como referência

as estatísticas das importações de carros usados. Nos primeiros cinco meses do ano (última

informação disponível), o número de veículos usados importados atingiu as 317.560 unidades, um

crescimento de 11% face ao período homólogo.

Neste contexto, a sucursal do Banif Mais neste país evidenciou uma aceleração da actividade

durante a primeira metade do ano, com um aumento de 1,54% no número de viaturas financiadas,

o que se traduziu num incremento de 16,7% em termos de valor crédito concedido.

Relativamente à sucursal Espanhola, concretizou-se durante o primeiro semestre, como previsto, a

migração operacional para a sede, numa óptica de sinergias e optimização de recursos, tendo em

conta que o Banco deixou de fazer nova produção desde 2008, limitando-se a fazer a gestão da

carteira existente, com particular destaque para a recuperação de crédito em mora. Inserido nesta

estratégia, o Banco procedeu ainda à venda de quase a totalidade da carteira que se encontrava

em contencioso, pelo que no final do primeiro semestre, a carteira de crédito que restou em

balanço era residual (cerca de 1,6 milhões).

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Principais Indicadores do Banco Banif Mais S.A.

(incluindo sucursais na Polónia, Eslováquia e Espanha)

Banif Plus Bank, ZRT

Na Hungria, as vendas de viaturas novas no primeiro semestre de 2014 atingiram as 40.014

unidades, com os veículos ligeiros de passageiros a registarem 32.992 unidades vendidas e os

veículos comerciais ligeiros 7.022, o que representa, para estes segmentos, aumentos de 21,4% e

50,8%, respectivamente, face ao período homólogo.

Relativamente a viaturas usadas foram transaccionadas 233.952 unidades até Maio de 2014

(últimos dados disponíveis) o que representa um crescimento de 12,5% face ao mesmo período do

ano anterior. Relativamente às vendas de viaturas usadas realizadas através dos comerciantes,

onde se encontra focalizada a rede de distribuição do Banco, estas atingiram 63.756 unidades no

mesmo período, representando um crescimento de 6,8% em termos homólogos.

No que se refere às transacções de viaturas automóveis usadas financiadas no primeiro trimestre

do ano (últimos dados disponíveis) houve um decréscimo de 7% em termos de número de contratos

celebrados, ascendendo a 6.027 unidades. Já no que respeita a veículos novos financiados, houve

um aumento de 46% em termos de contratos celebrados (4.220 unidades em 2014 face a 2.893

unidades em 2013).

A actividade da subsidiária do Banif Mais, S.A. na Hungria teve um desempenho bastante positivo na

primeira metade de 2014, tendo realizado 1.972 novos contratos correspondentes a um montante

(base IAS)

Rubrica Jun-14 Jun-13 Variação

Activo líquido 637.414 658.326 -3,2%

Crédito Total 613.448 690.996 -11,2%

Capitais Próprios 268.605 251.623 6,7%

Produção global 76.824 60.818 26,3%

Margem Financeira 16.094 15.357 4,8%

Produto da Actividade 19.739 17.025 15,9%

Cash-Flow 13.727 11.062 24,1%

Resultado líquido 8.695 9.090 -4,3%

Custos Pessoal/Produto Bancário 17,2% 19,2% -2,0 pp

Cost to Income 32,5% 37,4% -4,9 pp

Produto Bancário/Activo Líquido Médio 1,5% 1,2% 0,3 pp

ROE 1,7% 1,8% -0,1 pp

ROA 0,7% 0,7% 0,0 pp

RAI/Activo Líquido Médio 0,9% 0,8% 0,1 pp

RAI/Capitais Próprios Médios 2,3% 2,3% 0,0 pp

Imparidade do Crédito registada em Balanço/ Crédito Total 24,5% 27,6% -3,1 pp

Rácio Solvabilidade 47,7% 42,4% 5,3 pp

Pontos de Venda 22 22 0

N.º de Empregados 254 253 1

(milhares de euros)

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de crédito de 5,3 milhões de euros. Face ao período homólogo, verificou-se um acréscimo de 31% no

número de contratos e de 47% no volume de crédito. Apesar da redução da carteira de crédito,

fruto das amortizações que mais do que têm anulado a nova produção, o resultado líquido registou

uma subida de cerca de 3% para 1,2 milhões de euros.

Principais Indicadores do Banif Plus Bank Zrt.

BANCA DE INVESTIMENTO E GESTÃO DE ACTIVOS

BANCA DE INVESTIMENTO

Banif – Banco de Investimento, SA

O Banif - Banco de Investimento (BBI) e participadas corporizam o negócio de Banca de Investimento

e de Gestão de Activos do Banif - Grupo Financeiro, posicionando-se cada vez mais como entidades

prestadoras de serviços, com menor utilização de balanço, menores requisitos de capital, mais

assentes em comissões e com estruturas de custos leves e flexíveis.

Apesar de o enquadramento macroeconómico ainda ter sido relativamente adverso, registaram-se

alguns sinais animadores para estas áreas de negócio, com a redução das taxas de juro nos

mercados a levar mais empresas a desenvolver o financiamento via mercado de capitais,

(base IAS/IFRS)

Rubrica Jun-14 Jun-13 Variação

Activo líquido 47.718 68.416 -30,3%

Crédito Total 46.065 57.617 -20,0%

Capitais Próprios 21.799 24.206 -9,9%

Produção global 5.482 5.268 4,1%

Margem Financeira 3.094 3.238 -4,4%

Produto da Actividade 3.130 2.856 9,6%

Cash-Flow 1.870 1.619 15,5%

Resultado líquido 1.215 1.177 3,2%

Custos Pessoal/Produto Bancário 22,1% 21,4% 0,7 pp

Cost to Income 41,1% 44,7% -3,6 pp

Produto Bancário/Activo Líquido Médio 11,8% 7,8% 4,0 pp

ROE 10,5% 9,0% 1,5 pp

ROA 4,6% 3,2% 1,4 pp

RAI/Activo Líquido Médio 2,8% 2,0% 0,8 pp

RAI/Capitais Próprios Médios 6,4% 5,6% 0,8 pp

Imparidade do Crédito registada em Balanço/ Crédito Total 18,1% 17,7% 0,4 pp

Rácio Solvabilidade 46,1% 32,5% 13,6 pp

Pontos de Venda 8 8 0

N.º de Empregados 66 70 -4

(milhares de euros)

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

designadamente papel comercial e obrigações e ainda a verificar-se um crescimento consistente

das actividades de gestão de activos, corretagem e private equity, entre outras.

O BBI tem vindo a reduzir progressivamente a dimensão do seu balanço e continuou neste semestre

o processo de redução de custos implementado ao longo dos últimos anos, pelo que o Banco

conseguiu já atingir uma situação em que os seus proveitos consolidados (margem financeira,

comissões líquidas e resultados de operações financeiras) são claramente superiores aos seus

custos operacionais, correspondendo uma grande parte desses proveitos a comissões, isto é,

proveitos de qualidade e relativamente recorrentes, ancorados em actividades com menores

requisitos de capital. Esta evolução favorável não invalida que o ambiente genericamente ainda

adverso tenha ainda originado no período registos significativos de imparidades nos activos

detidos.

No plano consolidado do BBI (incluindo actividades de banca de investimento e de gestão de activos)

os rendimentos de serviços e comissões cifraram-se no período em aproximadamente 8,3 milhões

de euros, registando uma quebra de 1% face ao período homólogo de 2013, ao passo que os custos

operacionais (custos com pessoal, outros gastos administrativos e amortizações) diminuíram cerca

de 21% relativamente ao 1º semestre do ano anterior, registando um valor de cerca de 5,7 milhões

de euros neste semestre. O Produto Bancário consolidado cifrou-se em aproximadamente 4,6

milhões de euros no período.

No plano individual o BBI registou um Produto Bancário de 361.300 euros no período e as evoluções

percentuais verificadas face ao ano anterior (quer em comissões quer em custos) foram similares

às acima referidas no plano consolidado.

O Resultado Liquido do BBI quer em base individual quer em base consolidada, que se cifrou em

prejuízos de 17,493 e 4,960 milhões de euros respectivamente, foi condicionado negativamente pelo

montante de imparidades e provisões registadas, relativas essencialmente a actividades ou activos

non core. Com efeito, há a destacar a desvalorização da participação na Finpro, com impacto directo

e indirecto via o Fundo Banif Capital Infrastructure Fund, e a constituição de imparidades adicionais

na carteira de Real Estate Finance.

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

1. Corporate Finance

O Banco participou em vários projectos e/ou transacções durante o período, dos quais merecem

destaque os seguintes:

− Assessor Financeiro à Ambuibérica (participada pela ProA Capital) na aquisição da

MedSalva (maior empresa privada no Brasil de transporte programado e urgente de

pacientes);

− Assessor Financeiro do Banif, SEPI e Cruz Vermelha de Cabo Verde no processo de alienação

do BCN – Banco Caboverdiano de Negócios;

− Assessor Financeiro da Empresa de Electricidade da Madeira na avaliação da ENEREEM –

Energias Renováveis;

− Assessor Financeiro da Empresa de Electricidade da Madeira na avaliação da CLCM –

Companhia Logística de Combustíveis da Madeira;

− Assessor Financeiro dos Accionistas Particulares na avaliação das operações do Jornal

Destak em Portugal e no Brasil;

Real Estate Finance

Nesta área, o BBI foca a sua actividade na gestão de crédito estruturado especialmente orientado

ao mercado imobiliário. Durante o semestre a actividade desta área de negócio continuou a

implementar as orientações estratégicas do Banif – Grupo Financeiro, o que levou de novo a uma

redução do crédito concedido a clientes.

Contas Individuais BBI Jun-14 Jun-13 Variação

Actívo Líquido 580.589,1 720.982,4 -19,47%

Capitais Próprios 33.229,1 78.645,2 -57,75%

Comissões 3.400,6 3.107,9 9,42%

Produto Bancário 361,3 9.658,6 -96,26%

Custos Operacionais 3.752,6 4.573,1 -17,94%

Imparidades e Provisões -17.951,8 -5.664,3 -

Resultado do Exercício -17.492,7 -1.248,6 -

Contas Pro-Forma Consolidadas BBI* Jun-14 Jun-13 Variação

Actívo Líquido 591.624,0 719.906,6 -17,82%

Capitais Próprios 58.742,8 91.894,6 -36,08%

Comissões 8.277,1 8.360,1 -0,99%

Produto Bancário 4.591,6 14.956,1 -69,30%

Custos Operacionais 5.675,8 7.171,1 -20,85%

Imparidades e Provisões -3.659,7 -5.394,9 -32,16%

Resultado do Exercício -4.959,8 974,7 -

* entidades incluídas na consolidação: BBI, BGA, BAP, BCAP, BIAM e GAMMA

(milhares de euros)

(milhares de euros)

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Assim, o Banco tem concentrado a sua actividade na gestão e optimização da carteira de crédito

existente, com particular ênfase na reestruturação e acompanhamento dos créditos deteriorados.

2. Mercado de Capitais

No período o Banco de Investimento esteve envolvido na estruturação e colocação de nove

transacções em mercado primário, num montante total de cerca de 133,6 milhões de euros.

Das operações realizadas com entidades externas ao Banif – Grupo Financeiro, destacamos a

Organização e Liderança de 7 Programas de Emissões de Papel Comercial para empresas

portuguesas, no montante global de 56 milhões de euros.

De sublinhar a assistência financeira prestada na qualidade de Intermediário Financeiro na

operação de aumento de capital social do Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A., realizada

através do lançamento de uma Oferta Pública de Subscrição, de 13.850.477.957 acções, no

montante global de 138.504.779,57 euros. Adicionalmente, merece menção a colaboração prestada

ao Banif – Grupo Financeiro no âmbito do respectivo plano de captação de recursos, e que se

traduziu em duas emissões de Senior Notes para o Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A. nos

montantes de 45 milhões de euros e de 44,4 milhões de dólares norte-americanos.

3. Sales &Trading

No seguimento da evolução positiva dos mercados financeiros nos últimos meses de 2013, o ano

iniciou-se (na generalidade dos activos financeiros) com volumes de negociação acima da média de

2013, a par de uma valorização dos mercados accionistas e dos mercados de dívida na Europa

periférica.

No âmbito da sua actividade de intermediação no segmento de acções, o BBI registou um

incremento significativo dos volumes negociados, com o principal destaque para o mercado

português. Neste período assistiu-se a um aumento do número de novas contas e do número de

contas activas.

No segmento de dívida soberana e corporate o BBI desenvolve a sua actividade através da gestão

de uma carteira de negociação. A actividade teve um forte incremento no semestre, fruto do

estreitamento de spreads na dívida pública portuguesa e do maior interesse por parte de

investidores internacionais no mercado nacional.

A plataforma de trading online – Banif Trader, disponibilizada em Maio de 2013, tem registado um

crescimento global, ao apresentar soluções enquadradas com a concorrência e dinamizando a

captação de novos clientes vocacionados para o investimento online em produtos financeiros.

A Mesa de Distribuição registou um forte volume de colocação de emissões junto de clientes

institucionais, nomeadamente papel comercial.

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

4. Securitização

Durante o período foi concretizada uma nova operação de securitização, envolvendo créditos a

Pequenas e Médias Empresas (PME) originados pelo Banif.

No âmbito da referida transacção foram emitidas pela Gamma – Sociedade de Titularização de

Créditos, S.A. obrigações num montante global de 924,7 milhões de euros. A tranche senior (classe

A) desta emissão, cujo montante ascendeu a 437,5 milhões de euros, beneficiou de rating (A-) por

parte das agências Standard & Poor’s e DBRS. Refira-se que as obrigações classe A foram

integralmente colocadas em mercado junto de investidores institucionais.

5. Clientes Private

A área de Clientes Private manteve o objectivo de incrementar o nível de proveitos, aumentando o

peso dos activos fora de balanço em detrimento dos produtos de passivo.

Num enquadramento em que se tem verificado uma gradual redução da aversão ao risco, por parte

de todos os segmentos de Clientes, e aproveitando o dinamismo dos mercados de dívida e de

acções, a actividade centrou-se no esforço de captação de activos fora de balanço, tais como

acções, obrigações e fundos de investimento, potenciando um aumento de comissões.

Adicionalmente manteve-se a estratégia de redução do stock de crédito concedido, com o objectivo

de prosseguir a desalavancagem do balanço do Banco.

A captação de novos recursos e a intenção de dinamização/consolidação da actual base de clientes,

mantêm-se como focos de actuação, na perspectiva de proporcionar maiores níveis de fidelização

dos clientes e incrementar o nível de comissões obtidas.

GESTÃO DE ACTIVOS

A actividade de gestão de activos é desenvolvida pelo Banco de Investimento na gestão de

patrimónios de Clientes particulares e institucionais, pela Banif Gestão de Activos – Sociedade

Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, SA nos fundos de investimento mobiliário e imobiliário

e pela Banif Açor Pensões – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, SA, nos fundos de pensões.

Num contexto de taxas de juro em mínimos históricos na zona euro, o mercado revelou neste

semestre uma maior procura por produtos de investimento que proporcionam rendibilidades

competitivas, beneficiando o sector dos fundos e, em particular, as suas classes mais

conservadoras.

O valor sob gestão dos organismos de investimento colectivo em valores mobiliários e fundos

alternativos subiu 9% em Junho face a Dezembro de 2013 (para 13.498,9 milhões de euros). Nos

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

fundos de investimento imobiliário e fundos especiais de investimento imobiliário o montante sob

gestão diminuiu 1,9% no período considerado (para 12.864,9 milhões de euros).

A Banif Gestão de Activos assenta o seu posicionamento estratégico:

− na consolidação da oferta de fundos de investimento mobiliário e no reposicionamento do

portefólio de fundos imobiliários tendo em conta as condições de mercado vigentes;

− num maior dinamismo comercial junto da rede do Banif, enquadrado nos objectivos

estratégicos do Banif – Grupo Financeiro, que visam aumentar o nível de fidelização e

satisfação dos clientes através da promoção de uma proposta de valor diversificada e

adequada para qualquer tipologia de risco de clientes;

− no reforço da base de clientes institucionais fora do Banif – Grupo Financeiro,

nomeadamente instituições financeiras, fundações, family offices, entre outros, através da

promoção dos fundos de investimento.

Em 30 de Junho o volume de activos sob gestão cifrava-se em 1.256 milhões de euros, o que

representou um decréscimo de 15,9% relativamente ao valor gerido no final do 1.º Semestre de

2013, devido essencialmente à liquidação do Infra Invest - Fundo Especial de Investimento Aberto, e

aos resgates dos participantes que votaram contra a prorrogação do Fundo de Gestão Passiva –

Fundo de Investimento Alternativo em Valores Mobiliários Fechado, e que neste contexto exerceram

o direito de resgate das suas unidades de participação.

a) Banif Gestão de Activos (Fundos de Investimento Mobiliário, Imobiliário e Fundos Especiais

de Investimento)

Pelo 2º ano consecutivo a Banif Gestão de Activos foi distinguida pela World Finance Magazine com o

prémio “Best Investment Management Company, 2014, Portugal”.

O Prémio de Melhor Sociedade Gestora de Activos em Portugal, novamente atribuído, reitera a

elevada confiança do mercado nos resultados e na qualidade da actividade desenvolvida pela

Sociedade Gestora.

A revista World Finance é uma das mais prestigiadas no mundo financeiro e os seus prémios,

atribuídos anualmente, destacam as empresas de excelência em várias áreas de negócio,

nomeadamente as que exercem actividades de gestão de activos.

No segmento dos Fundos de Investimento Mobiliário, teve início em Março uma campanha de vendas

com duração de 4 meses, por parte do Banif – Banco Internacional do Funchal, SA, colocador de

fundos de investimento geridos pela Banif Gestão de Activos.

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Na sequência da Assembleia de Participantes do Art Invest – Fundo de Investimento Alternativo

Fechado, que teve lugar a 28 de Janeiro, foi deliberada a prorrogação da duração do Fundo até 30

de Junho de 2015.

Durante o semestre o Fundo de Investimento para o Cinema e Audiovisual (FICA) prosseguiu com os

trabalhos conducentes ao desinvestimento nas várias participações, os quais ficarão

previsivelmente concluídos nos próximos meses.

No âmbito dos fundos imobiliários, em Março, por deliberação em Assembleia de Participantes,

verificou-se a prorrogação do CITATION – Fundo de Investimento Imobiliário Fechado, por mais 2

anos.

Em Abril o BANIF IMOGEST – Fundo de Investimento Imobiliário Fechado foi prorrogado por 3 anos

adicionais, por deliberação em Assembleia de Participantes.

Ainda no mês de Abril foram deliberadas em Assembleia de Participantes do Fundo BANIF PROPERTY

– Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado:

− a redução de capital do Fundo para 73.859.247,40 Euros;

− alteração do prazo de prorrogação do Fundo de 2 para 10 anos;

− modificação da politica de distribuição de rendimentos de total para parcial.

A quota de mercado da Banif Gestão de Activos registou um ligeiro decréscimo para 4,91% em

Junho (contra 5,98% em 30 de Junho de 2013).

b) Banif Açor Pensões (Fundos de Pensões)

No primeiro semestre do ano a Sociedade prosseguiu a sua actividade comercial, focando-se

fundamentalmente em alguns sectores de actividade como é o caso das Tecnologias de Informação.

Realizaram-se reuniões e apresentaram-se propostas de constituição de fundos de pensões a 15

novas empresas. A formação e dinamização comercial dos Centros de Empresas do Banif foi um dos

objectivos do primeiro semestre, cujo arranque se deu no final do 1º trimestre.

Todos os fundos de pensões sob gestão tiveram retornos positivos no primeiro semestre do ano,

com especial destaque para as performances dos fundos de pensões abertos de comercialização

conjunta, que obtiveram rendibilidades interessantes quando comparados com os restantes

fundos abertos do mercado, de acordo com a informação divulgada pela Associação Portuguesa de

Jun-14 Jun-13 Variação

Activo Líquido 15.275,8 11.806,4 29,39%

Capitais Próprios 10.287,1 9.470,2 8,63%

Resultado do Período 1.043,4 1.184,0 -11,88%

(milhares de euros)

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Fundos de Investimento (APFIPP), situando-se quase todos entre os primeiros seis lugares do

ranking de trinta fundos de pensões.

O volume de activos sob gestão passou de 272 milhões de euros em Junho de 2013 para 298 milhões

no final deste semestre, o que representou um acréscimo de 9,5%, tendo resultado

fundamentalmente do retorno alcançado pelas carteiras de investimento dos fundos.

c) BBI (Gestão de Patrimónios)

Durante o semestre o Banco esteve fortemente envolvido no Projecto Affluent e Private do Grupo,

que tem por objectivo definir e implementar a nova estratégia do Banif - Grupo Financeiro para

estes segmentos de clientes.

Os montantes sob gestão e prestação de serviços de consultoria para o investimento aumentaram

em cerca de 2,5%, para um montante total de 1.216 milhões de Euros, ao longo da primeira metade

do ano.

Private Equity

A Banif Capital – Sociedade de Capital de Risco, SA constitui o veículo principal para concretizar a

actividade de Private Equity do Banif - Banco de Investimento, SA.

No 1.º semestre a Banif Capital focou-se na estruturação e gestão de um novo fundo de

investimento, o Banif Portugal Crescimento FCR. A estratégia de investimento delineada prevê a

realização de investimentos em médias empresas e “mid-cap corporates” portuguesas,

essencialmente dos sectores primário e secundário, que apresentem potencial de crescimento e

valorização. Em Abril este fundo realizou o seu primeiro investimento de 5 milhões de euros.

Paralelamente, a Banif Capital manteve a sua actividade na gestão de três fundos: i) o Fundo

Capven FCR, orientado para o segmento de Pequenas e Médias Empresas, ii) o Banif Capital

Infrastructure Fund FCR, focado no segmento de Infra-estruturas e iii) o Banif Global Private Equity

Fund FCR, um fundo de fundos de capital de risco.

Em Junho procedeu-se à liquidação do Fundo Capven FCR, devido à conclusão da fase de

desinvestimento do fundo.

Jun-14 Jun-13 Variação

Activo Líquido 6.293,2 5.606,7 12,20%

Capitais Próprios 5.834,9 4.901,0 19,10%

Resultado do Período 256,6 180,0 42,60%

(milhares de euros)

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O Banif Global Private Equity Fund - FCR viu o seu capital reduzido em 2,85 milhões de euros devido à

libertação do excesso de liquidez resultante da fase de desinvestimento em que se encontra o

fundo.

GESTÃO IMOBILIÁRIA

Evolução de Mercado No que diz respeito ao mercado imobiliário, o primeiro semestre de 2014 foi caracterizado pelos

seguintes aspectos:

− No mercado imobiliário nacional, tanto comercial como residencial, começou a verificar-se

alguma melhoria na liquidez como consequência da melhoria da situação económica em

Portugal;

− Os negócios concretizados no mercado nacional continuam a centrar-se sobretudo no

mercado residencial com recurso às linhas de crédito especificamente criadas para o efeito

pelos bancos, mas começa a aparecer alguma procura no segmento comercial, motivada

por novos negócio (lojas) e investimento de expansão (armazéns, logística, etc);

− Os investidores internacionais, no primeiro semestre, chegaram em força ao mercado

imobiliário português, como complemento do mercado imobiliário espanhol, tendo muitos

deles iniciado “due dilligence” para concretização de negócios durante o segundo semestre

de 2014;

− Com a nova lei das rendas e a criação de Fundos especiais de arrendamento residencial,

verificou-se no primeiro semestre de 2014 a continuação do desenvolvimento do mercado

de arrendamento residencial;

− A recuperação do mercado imobiliário nos EUA, nomeadamente na Flórida permitiu a

continuação e concretização de algumas vendas de activos imobiliários do grupo nesse

mercado.

− Foi contratada a alienação de um activo imobiliário de elevado montante (SPE Gávea) no

Brasil com um impacto positivo em P&L e está prevista a alienação de um outro activo de

elevado montante no segundo semestre (Shopping Capital).

Actividade da Banif imobiliária

A Banif Imobiliária (BI), no seu papel de apoio à supervisão da actividade imobiliária do Grupo,

dinamizou uma série de iniciativas com o objectivo de optimizar a gestão do património imobiliário e

a sua rendibilização, a saber:

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1. Para potenciar as vendas nacionais foram concretizadas campanhas de vendas de imóveis,

tendo sido utilizados diversos meios de promoção, tais como campanhas em meios de

comunicação social e meios virtuais;

2. Foi melhorado o esquema de incentivos comerciais para a comercialização de imóveis

através dos diferentes canais de distribuição do grupo, escalonando as comissões de

acordo com o preço de venda;

3. Através dos Fundos de arrendamento habitacional foi potenciado o arrendamento

residencial;

4. Concretizaram-se dois novos contratos de exploração turística para rendibilização de

activos imobiliários no Algarve;

5. Avançou-se no desenvolvimento da ferramenta de gestão de imóveis (SGI-Sistema de

Gestão de imóveis) com a melhoria dos módulos de rendas, condomínios, avaliações e

informação de gestão;

6. Desenvolveram-se as redes virtuais de venda de activos nomeadamente o website

imobiliário e a sua ligação e outros sites imobiliários com vista a alargar a base de

potenciais compradores;

7. Aumentou-se a rede de acordos de comercialização de activos com intermediários

nacionais e internacionais;

8. Foi lançada, tal como estava previsto no plano de desalavancagem, ainda no primeiro

semestre, a OPV do FII Banif Property, para alienação das UP`s actualmente detidas por

entidades do Grupo Banif.

Exposição ao Imobiliário

Durante o primeiro semestre de 2014, deram entrada no perímetro de consolidação do Banif –

Grupo Fianceiro um total de 490 novos imóveis no montante aproximado de 62,9 milhões de euros,

sendo que desses, 479 são imóveis em Portugal e 11 no exterior (Brasil e Cabo Verde) no valor,

respectivamente, de 46,0 milhões de euros e 16,9 milhões de euros. A maioria desta exposição

adicional é produto de dações em cumprimento de crédito vencido.

Foram realizados os seguintes negócios (vendas e arrendamentos no perímetro de consolidação do

Grupo) durante o primeiro semestre de 2014 relativamente à área de imobiliário:

Nota: Incluí escrituras + CPCV de 2014

Montantes

Vendas Nacionais 32.777.5

Vendas Internacionais 15.506.9

Total de Vendas 48.284,40

Arrendamentos 26.104,10

Total de Negócio 2014 74.388.5

(milhares de euros)

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Resultados 2014 da Banif Imobiliária

O Activo Total da BI ascendeu a 596 milhões de euros no final do primeiro semestre de 2014, um

decréscimo de -0,6% quando comparado com o período homólogo de 2013. Este decréscimo deveu-se

sobretudo à desvalorização dos FII constantes da carteira de activos da BI.

A BI não adquiriu nos primeiros seis meses de 2014 nenhuma nova fracção e/ou imóvel, tendo

vendido para o mercado 201 milhares de euros de imóveis residenciais que geraram uma menos-

valia de 60 milhares de euros.

Na primeira parte do ano de 2014, os proveitos totais gerados ascenderam a 5.683 milhares de

euros, provenientes essencialmente de rendas, no valor de 3.610 milhares de euros, de rendimentos

de aplicações financeiras no montante de 210 milhares de euros, de serviços prestados, que

ascenderam a 360 milhares de euros e ainda, de ganhos por aumentos de justo valor no montante

de 1.448 milhares de euros. Os custos operacionais totais atingiram o valor de 7.166 milhares de

euros, para os quais contribuíram, fundamentalmente, os custos com terceiros e pessoal, no

montante global de 895 milhares de euros e, principalmente as perdas por diminuições de justo

valor no montante de 5.957 milhares de euros.

Os juros pagos, referentes a financiamentos contratados a título de Suprimentos que no final do

semestre ascendiam a 510,75 milhões de euros, representaram 10.421 milhares de euros no

primeiro semestre.

O resultado liquido do ano de 2014 foi de –13.653 milhares de euros, sendo que o mesmo

corresponde essencialmente a dois efeitos conjugados: (i) os anteriormente referidos custos

financeiros; (ii) o efeito líquido dos resultados dos FII detidos na carteira de justo valor no montante

de -4.509 milhares de euros, que compara com o valor registado no período homólogo de -8.280

milhares de euros.

No decurso de 2014, prosseguiram um conjunto de acções, em diferentes domínios tendentes à

valorização e arrendamento dos imóveis de maior expressão financeira, tendo, para o efeito, sido

estabelecidos contactos com as entidades competentes e com potenciais interessados,

encontrando-se negociações em curso, para alguns imóveis de elevado montante.

Adicionalmente intensificaram-se as acções de promoção com vista a potenciar as vendas e

arrendamentos de imobiliário, tais como a elaboração de brochuras para distribuição pelos canais

Jun-14 Jun-13 Variação

Activo Líquido 596.090 599.943 -0,6%

Capitais Próprios 73.456 87.178 -15,7%

Resultado do Período -13.653 -59.511 -

(milhares de euros)

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de venda para imóveis de elevado montante, campanhas publicitárias relativas ao Portal Imobiliário

e campanhas de imóveis a preços atractivos.

Expectativas 2014 e anos seguintes O Banif – Grupo Financeiro tem um plano ambicioso de desalavancagem, quer em activos

imobiliários nacionais, quer internacional. Estes objectivos fazem parte integrante do plano de

capital e financiamento (“Funding and Capital Plan”) do Grupo Banif para o período de 2014 a 2017.

A segunda parte do ano 2014 será dedicada ao cumprimento do plano traçado, nomeadamente do

objectivo de vendas directas totais no mercado nacional em 154 milhões de euros e de vendas

internacionais de 60 milhões de euros, com ênfase especial nos activos americanos e brasileiros.

Tal como aconteceu no primeiro semestre de 2013 a BI continuará a potenciar os seus contactos

internacionais com vista a encontrar investidores internacionais com interesse em investir em

activos imobiliários portugueses. Dos contactos efectuados no primeiro semestre resultou uma

proposta concreta de aquisição de uma carteira de 240 milhões de euros de activos comerciais que

se encontra em “due dilligence” por parte do investidor, havendo fortes possibilidades de o negócio

se concretizar durante o segundo semestre de 2014.

As perspectivas económicas para Portugal melhoraram, como é bem visível nos indicadores de

crescimento do PIB e de percepção de risco país, não se esperando no entanto, no curto prazo um

aumento considerável dos rendimentos das famílias, pelo que o consumo interno continuará

limitado.

SEGUROS

Sector Segurador

No 1º semestre de 2014, de acordo com os dados disponibilizados pela APS – Associação Portuguesa

de Seguradores, o sector segurador registou um crescimento do volume de prémios de 18,4%,

considerando a produção de contratos de investimento no ramo Vida, relativos a produtos

puramente financeiros.

O ramo Vida, considerando os contratos de investimento, apresentou até Junho de 2014 uma

variação positiva na produção de 28,1%, para a qual contribuiu significativamente o acréscimo de

32,0% registado nos produtos Financeiros, incluindo PPR.

Condicionado por uma conjuntura macroeconómica adversa o conjunto dos ramos Não Vida

registou até Junho de 2014 uma variação negativa na produção de 1,0%, afectando sobretudo os

ramos Automóvel (-2,7%) e IODC (-1,2%).

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Açoreana Seguros

Principais Linhas de Actuação

A Açoreana mantém o seu posicionamento face à envolvente, afirmando-se como uma Companhia

de dimensão significativa e bem posicionada no contexto do mercado segurador português e

focada na qualidade dos níveis de serviço prestado.

O Plano Trienal 2014-2016 foi elaborado tendo como ponto de partida a Visão da Açoreana para

2016.

A estratégia para concretizar esta Visão assenta em 3 vectores, que se conjugam para tornar a

Açoreana uma companhia mais sólida e competitiva, bem como para aportar à companhia

legitimidade para liderar a revolução a que se propõe:

− Custos, a efectividade na gestão de custos é essencial para defender a competitividade de

preço e de rentabilidade face a competidores de maior dimensão, que beneficiam de

maiores economias de escala;

− Serviço é o factor chave eleito pela Açoreana para se diferenciar dos restantes players,

nomeadamente a rapidez com que o serviço é prestado, quer aos clientes, quer aos nossos

parceiros;

− Inovação é a alavanca que permitirá à Companhia manter, de forma consistente e

sustentada, os seus factores de diferenciação face à concorrência, nomeadamente o

serviço de excelência e a eficiência de custos, e progressivamente construir vantagens

competitivas adicionais.

Em linha com a estratégia aprovada para o triénio 2014-2016 a Açoreana deverá reforçar a sua

dinâmica e capacidade de actuação no mercado segurador, assente nos vectores Inovação e foco

nos agentes, permitindo conquistar a posição de maior operador de capitais privados portugueses

no segmento Não Vida. O enfoque para o triénio 2014-2014 deverá ser:

− Aumentar a Quota com Rentabilidade Sustentável: Para o triénio 2014-2016 foi definido um

conjunto vasto de objectivos comerciais a alcançar neste período, que deverão garantir a

recuperação dos níveis de rentabilidade, ainda que numa primeira fase possa representar

uma estagnação da quota de mercado, de forma a potenciar as condições necessárias

para uma recuperação sustentada de quota de mercado no final de triénio.

− Optimização na Gestão da Base de Custos: A Açoreana mantém como prioridade melhorar

significativamente o contributo da conta técnica para o resultado de exploração. Neste

sentido, e após a evolução já realizada em anos anteriores, em que foi desenvolvida a

implementação de um modelo de monitorização contínuo da carteira, a Açoreana terá

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melhores condições para identificar atempadamente desequilíbrios estruturais dos riscos

e elaborar planos de mitigação que promovam a selecção de riscos indesejáveis ou de

negócios com margens de contribuição negativas, a segmentação e o repricing de negócios

incorrectamente tarifados, a retenção e fidelização dos melhores clientes e a prevenção e o

combate à fraude de seguros.

− Cultura de Serviço: A Açoreana continua a apostar na identificação de oportunidades de

melhoria e de optimização dos modelos operacionais de suporte, de forma a aumentar a

eficiência e eficácia da estrutura, numa lógica de orientação ao serviço perante os agentes

e clientes. Neste sentido foi desenvolvido o Projecto Compromisso2 e implementação

integral das plataformas PCR, SIGA e PRISMA.

− Inovação: A Açoreana lançou, em 2013, o seu programa de Inovação, com três grandes

objectivos: i) criar uma alavanca de mobilização e motivação organizacional; ii) beneficiar

da criatividade interna e capacidade de inovar para melhorar o desempenho organizacional

e competitividade e iii) ser merecidamente reconhecida no mercado como uma seguradora

inovadora.

− Estrutura Organizacional e Cultura da Companhia: A Açoreana deverá ser uma Referência

e ter capacidade para atrair, desenvolver e reter as melhores pessoas e parceiros,

mantendo o objectivo de se tornar numa das “melhores empresas onde trabalhar".

− É objectivo da Açoreana desenvolver uma atitude e capacidade de inovação transversal a

toda a organização.

Evolução da Actividade e Principais Indicadores

O volume de negócios da Açoreana atingiu durante o 1º semestre de 2014 o montante global de

186.230 milhares de euros, dos quais 48.737 milhares de euros referentes ao ramo Vida e 137.493

milhares de euros referentes aos ramos Não Vida.

Nos ramos Não Vida, a Açoreana registou, no final de Junho de 2014, um decréscimo do volume de

prémios de 1,5% face ao período homólogo, permitindo, ainda assim, manter a quota de mercado em

Não Vida em 6,9%.

Nos principais ramos, Acidentes de Trabalho e Automóvel, embora se tenha registado uma quebra

no volume de prémios, verificou-se um reforço na quota de mercado no ramo Automóvel que no

final do 1º semestre de 2014 é de 8,4%, mantendo a Companhia uma posição relevante e

posicionando-se como a 3ª maior operadora no mercado português no ramo Acidentes de Trabalho

com uma quota de 10,5%.

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Importa ainda referir o desempenho registado pelos ramos Acidentes Pessoais, Saúde e

Transportes, com crescimentos face ao período homólogo de, respectivamente, 17,1%, 8,0% e 6,3%,

acima da variação registada pelo mercado (+2,9% no ramo Acidentes Pessoais, +2,6% no ramo

Saúde e -9,2% no ramo Transportes).

O ramo Vida apresenta uma variação de +6,0% face ao período homólogo, tendo para isso

contribuído o Vida Poupança com +17,7% e o Vida Financeiro, onde se obteve um crescimento de

41,9%.

A distribuição dos produtos de seguros é efectuada através da rede de mediação que conta com

mais de 3.600 agentes com apólices activas e 77 corretores, das agências do Banif, por 43

delegações próprias e 6 balcões.

A conjuntura macroeconómica desfavorável marcada por uma forte quebra da procura interna e

pelo aumento do desemprego, foram os factores que mais afectaram o desenvolvimento da

actividade do sector segurador nesta primeira metade de 2014.

Neste contexto a Açoreana obteve, no final de Junho de 2014, um resultado líquido negativo de

cerca de 3,7 milhões de euros, o que representa um decréscimo face ao período homólogo do ano

anterior, que tinha sido de 2,8 milhões de euros positivo.

O activo líquido situa-se nos 1.192.986 milhares de euros e os capitais próprios alcançaram os

188.364 milhares de euros, o que representa um aumento de 19,2% comparativamente ao período

homólogo do ano anterior.

A margem de solvência em Junho de 2014 supera os 282%, o que confere à Açoreana uma posição

muito confortável no mercado segurador e revela a capacidade e a robustez financeira da

Companhia

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Grandes Agregados Económicos – Financeiros

Fusão por incorporação da Rentipar Seguros na Açoreana Seguros

A fusão da Rentipar Seguros na Açoreana Seguros entretanto aprovada pelos respectivos

Conselhos de Administração, irá revestir a modalidade de fusão por incorporação, mediante a

transferência global do património da primeira para a segunda e a atribuição aos detentores do

capital social da Rentipar Seguros de novas acções representativas do capital social da Açoreana

Seguros, emitidas no âmbito do aumento de capital social realizado por efeito desta fusão.

Contabilisticamente, o processo de integração do património da Rentipar Seguros na Açoreana

Seguros implicará, num primeiro momento, o aumento do capital social desta última, para o

montante de 243,07 milhões de euros (correspondente à soma do capital social da Sociedade

Incorporante 107,50 milhões de euros e do capital social da Sociedade Incorporada 135,57 milhões

de euros, representado por 48.614.000 acções com valor nominal de 5,00 euros cada.

Com a fusão a Açoreana Seguros passará a deter 21.500.000 acções próprias, as quais, serão

amortizadas, com a consequente redução do capital social da Açoreana no correspondente

montante de 107,50 milhões de euros.

Assim, o capital social da Açoreana Seguros, após a fusão, será de 135,57 milhões de euros,

representado por 27.114.000 acções com o valor nominal de 5,00 euros cada, as quais serão

distribuídas aos actuais accionistas da Rentipar Seguros, numa proporção de 1:1 relativamente às

acções da Rentipar Seguros detidas por estes no momento inicial.

Na operação de fusão será adoptado o Regime da neutralidade fiscal previsto no Código do Imposto

sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (Artigos 73º e seguintes).

A operação de fusão já foi objecto de apreciação pelo Instituto de Seguros de Portugal que, no

início do mês de Julho já deu o seu parecer de não oposição, encontrando-se a concretização

Valor %

Volume Negócios 186.230 185.525 705 0,4%

Vida 48.737 45.989 2.748 6,0%

Não Vida 137.493 139.536 -2.043 -1,5%

Activo Líquido 1.192.986 1.180.920 12.066 1,0%

Capitais Próprios 188.364 158.083 30.281 19,2%

Investimentos 1.101.818 1.076.691 25.127 2,3%

Margem Solvência 282,4% 235,7% 46,7 p.p.

Cash-flow Operacional -3.453 5.248 -8.701 -

Resultados Líquidos -3.675 2.823 -6.498 -

(milhares de euros)

Junho 2014 Junho 2013AgregadosJun.14/13

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efectiva da fusão dependente do registo definitivo, a efectuar na Conservatória de Registo

Comercial.

Já se encontram em curso as diligências necessárias para proceder ao registo definitivo da

operação de fusão, a ocorrer no terceiro trimestre de 2014, sendo que, de acordo com o projecto de

fusão aprovado, terá efeitos contabilísticos a partir do início do ano de 2014.

GESTÃO FINANCEIRA

No primeiro semestre de 2014 o Banif – Grupo Financeiro reforçou a solidez da sua estrutura

financeira, no seguimento do verificado ao longo de 2013. A gestão financeira do Grupo neste

período foi desenvolvida tendo por base dois objectivos fundamentais: (i) assegurar a existência de

uma folga de liquidez suficiente para fazer face aos desembolsos previstos para o ano e (ii)

diversificar as fontes de financiamento, promovendo a redução do peso do BCE e a extensão da

maturidade média do funding obtido.

Os eventos mais marcantes dos primeiros seis meses do ano foram os seguintes:

− Emissão de novas securitizações – (i) colocação em primário de 438 milhões de euros de

Atlantes SME3 (securitização de carteiras de crédito a PME), com um impacto positivo em

liquidez de aproximadamente 140 milhões de euros; (ii) retenção em carteira própria de

uma nova emissão ao abrigo do Programa de Covered Bonds do Banif e transferência

subsequente como colateral para o BCE, com um aumento de cerca de 80 milhões de euros

no valor dos activos livres dessa pool;

− Venda de securitizações existentes – o Banco colocou em mercado secundário cerca de 537

milhões de euros de montante outstanding de tranches seniores de duas securitizações de

créditos hipotecários (RMBS) que se encontravam na carteira própria do Grupo (na pool de

colaterais junto do BCE); estas operações permitiram um incremento de liquidez de 100

milhões de euros e asseguraram um financiamento com uma vida média superior a 10

anos;

− Monetização de outros activos – utilizando activos ilíquidos (tranches juniores de

securitizações) o Grupo estruturou uma operação de financiamento colateralizado a 2 anos

que gerou um fluxo de caixa de aproximadamente 150 milhões de euros.

Adicionalmente, a evolução favorável do gap comercial consolidado (crédito bruto a clientes

deduzido dos recursos de clientes) no primeiro semestre do ano contribuiu com 402 milhões de

euros para a melhoria da posição de tesouraria do Grupo. Esta aumentou de 625 milhões de euros

no final de 2013 para 1.159 milhões de euros a 30 de Junho de 2014.

Os factores acima apresentados garantiram a manutenção da tendência de queda na utilização de

recursos de bancos centrais. De facto, depois de descidas de 700 milhões de euros (no 4º trimestre

de 2013) e de 600 milhões de euros (no 1º trimestre de 2014), verificou-se um decréscimo adicional

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de 350 milhões de euros entre Março e Junho de 2014. Ao mesmo tempo, registou-se no 1º semestre

do corrente ano um aumento de 420 milhões no valor dos activos livres pertencentes à pool junto

do BCE.

Para os próximos anos, o plano de vencimentos de emissões é o seguinte (por tipo de detentor e por

tipo de emissão):

Como se verifica, os montantes de dívida não colateralizada colocados junto de investidores

institucionais são residuais, não representando por isso o vencimento das respectivas emissões

qualquer impacto negativo relevante. Da experiência passada do Banco, os recursos de clientes do

Grupo investidos em emissões permanecem na sua quase totalidade dentro do Banco aquando do

seu vencimento.

De referir que a perda de liquidez associada ao reembolso da dívida garantida pelo Estado em 2014

corresponderá a uma redução da pool de activos dados como colateral junto do BCE. Atendendo ao

seu carácter híbrido, não se encontram representados nos quadros supra os 125 milhões de euros

de instrumentos de capital core tier 1 subscritos pelo Estado (CoCos) ainda existentes, sendo

previsível que o seu reembolso ocorra no último trimestre de 2014.

GESTÃO DE RISCOS

1. Modelo Organizativo

A gestão de risco no Banif – Grupo Financeiro assenta na identificação, medição, mitigação e

monitorização dos principais riscos de actividade aos quais o Grupo se encontra exposto e, por

conseguinte, na determinação mais eficiente dos seus activos e recursos e correspondente

alocação do capital.

O Grupo assume o controlo e a gestão dos riscos como um pilar fundamental na garantia da sua

sustentabilidade, pese embora o adverso contexto macro económico em geral e do sector em

€M TOTAL 2014 2015 2016 2017 >2017

Investidores Institucionais 1.370 8 300 244 0 818

Clientes Particulares 625 190 56 153 92 134

Eurosistema (Dívida Garantida pelo Estado) 741 741

TOTAL 2.736 939 356 397 92 952

€M TOTAL 2014 2015 2016 2017 >2017

Dívida Colateralizada (Securitizações) 1.318 0 283 239 0 796

Dívida Sénior 472 190 57 140 85 0

Dívida Subordinada 205 8 16 18 7 156

Dívida Garantida pelo Estado (Liquidez) 741 741

TOTAL 2.736 939 356 397 92 952

70

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particular. A gestão de topo do Grupo encontra-se focada na obtenção do equilíbrio entre risco e

retorno, bem como na redução de potenciais efeitos adversos que podem influenciar a sua

performance financeira.

A função de gestão de risco do Grupo é conduzida de acordo com estratégias e políticas definidas

pelo Conselho de Administração, garantindo a Comissão Executiva a sua implementação através da

Direcção Global de Risco do Banif, SA, adiante designada DGR, e dos respectivos órgãos de gestão de

risco das suas filiais.

A DGR constitui-se como um órgão corporativo e de serviços partilhados, dependendo directamente

da Comissão Executiva, através do Administrador do Pelouro. A sua estrutura enquadra-se nos

requisitos apresentados nos normativos em vigor, emanados pelo Banco de Portugal,

nomeadamente pelo Aviso n.º 5/2008.

O modelo de governance da gestão de risco contempla um controlo transversal das várias

entidades do Grupo, no qual cabe ao Conselho de Administração a responsabilidade última pela

definição das políticas de gestão e de controlo de risco.

Cada entidade do Grupo possui a sua própria estrutura orgânica de gestão de risco, dimensionada

em função da actividade, dos respectivos riscos associados e do seu nível de materialidade.

A Comissão de Riscos e Auditoria, que integra Administradores não executivos e membros do

Conselho Fiscal, constituiu um fórum de discussão multidisciplinar, com fortes competências e

representatividade ao nível da gestão de topo, que analisa, acompanha e efectua recomendações

aos órgãos de decisão do Grupo, tendo a seu cargo a supervisão dos riscos financeiros e outros

riscos. Regularmente são apresentados a esta Comissão diversos reportes de monitorização de

riscos, o planeamento e os resultados das principais actividades. Com a recente alteração

efectuada ao modelo de administração e fiscalização do Grupo, há lugar a duas Comissões

Especializadas, a Comissão de Auditoria e a Comissão de Risco, ficando esta última com as

atribuições, em matéria de controlo e acompanhamento dos riscos de actividade, que têm estado

atribuídas à Comissão de Risco e Auditoria.

Na vertente organizacional importa referir, igualmente, a realização mensal do Comité de Gestão de

Activos e Passivos (ALCO – Assets and Liabilities Committee), o qual assume um papel relevante na

gestão de um conjunto de diversos riscos: risco de liquidez, risco de mercado e risco de taxa de juro

e de negócio. O ALCO é um órgão de natureza consultiva, para a articulação da acção entre as

Unidades de Negócios e para a proposta de medidas ao Conselho de Administração do Banif,

cabendo-lhe efectuar recomendações sobre a gestão estratégica das principais componentes do

balanço consolidado e a gestão do risco estrutural do Grupo.

O Grupo promove a revisão periódica das políticas e dos procedimentos instituídos para a gestão de

risco, de modo a reflectir as alterações na regulamentação, nos mercados, nos produtos e nas

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melhores práticas. O Conselho de Administração é responsável pela definição das referidas políticas

contando com o apoio da Direcção Global de Risco na avaliação e monitorização dos riscos,

acompanhando os riscos mais significativos – risco de crédito, de mercado, de liquidez, risco

operacional, risco de negócio/estratégia e risco imobiliário – e propondo, sempre que necessário,

novas políticas e/ou medidas correctivas que promovam a prevenção e mitigação dos mesmos.

2. Alocação de Capital

Ao nível do apuramento do valor dos activos ponderados pelo risco, para efeitos do cálculo dos

requisitos regulamentares de fundos próprios ao nível do Pilar I, o Grupo utiliza as seguintes

metodologias:

− “Método standard” para o risco de crédito;

− “Método do Indicador Básico” para o risco operacional;

− “Método standard” para o risco de mercado.

Não obstante a utilização destas metodologias, o Grupo tem vindo a promover programas de

optimização dos seus activos ponderados pelo risco (RWA – risk-weighted assets), através da

obtenção de melhores níveis de colateralização elegível dos seus activos, e, ainda, na avaliação

selectiva do consumo de capital para operações de crédito, através de uma ferramenta de

simulação disponível em todas as redes comerciais do Banif.

O Grupo recorre também a uma avaliação económica dos seus riscos e dos recursos financeiros

disponíveis, que é utilizada nos exercícios de “Auto-avaliação de Adequação de Capital Interno

(ICAAP) nos termos do Aviso n.º 15/2007 e n.º32/2010 do Banco de Portugal, no âmbito do Pilar II de

Basileia II.

Para este efeito, o Grupo dispõe de um modelo interno de avaliação dos seus recursos financeiros

disponíveis – modelo de Risk Taking Capacity – que avalia a adequação dos níveis de capital

económico e de recursos financeiros existentes para fazer face aos riscos actuais e a assumir no

futuro. O modelo existente considera os principais riscos a que se encontra exposto, dos quais se

salientam, pela sua materialidade: o risco de crédito e o risco imobiliário.

O modelo de Risk Taking Capacity do Grupo assenta na captação da visão económica associada a

cada elemento passível de constituir uma fonte de capital interno, assim como na categorização em

perspectivas de cobertura de capital e hierarquização por níveis de segurança. Esta hierarquização

facilita a interpretação e implementação da estratégia em termos da sua política de adequação de

capital e perfil de risco assumido, em alinhamento com o Plano de Reestruturação em curso no

Grupo.

3. Principais Actividades

No âmbito de um contexto macro-económico adverso e caracterizado pela degradação da

capacidade económica e financeira das empresas e particulares, com reflexos visíveis na qualidade

dos activos do Grupo e consequentemente nos seus rácios de capital, os trimestres mais recentes

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foram, no âmbito da gestão de risco, particularmente dedicados à concretização de iniciativas que

visam o robustecimento dos mecanismos de controlo e de carácter regulamentar:

− Gestão de informação: o Grupo deu continuidade às iniciativas de melhoria das bases de

dados de suporte à informação de gestão de riscos, de forma a torná-la cada vez mais

abrangente e fidedigna. Neste âmbito, prosseguiu o projecto de implementação do

Datawarehouse, que tem como objectivo a construção de um novo repositório de dados que

dê suporte a uma base de informação mais robusta, escalável e regular que permita aos

órgãos de gestão de risco promover um nível de monitorização, controlo e reporte mais

eficaz e tempestivo. Trata-se de um projecto estrutural que potenciará o sucesso de um

conjunto de outras iniciativas baseadas nos sistemas de informação do Grupo e cuja

implementação efectiva decorrerá durante os próximos meses.

− Neste âmbito, consolidou-se ainda o trabalho desenvolvido nos anos anteriores, tendo-se

procedido a uma actualização dos key performance indicators (KPIs) e das análises

periódicas produzidas para efeitos de reporte interno e externo, possibilitando uma visão

mais abrangente e efectiva da gestão de risco por parte dos órgãos de gestão e restantes

stakeholders.

− Elaboração do relatório de adequação de capital interno (ICAAP) e do relatório de disciplina de

mercado, referentes ao Pilar II e Pilar III de Basileia II, respectivamente, bem como do relatório

de risco de concentração.

− Colaboração nos exercícios regulares do Plano de Capital e Financiamento (FCP – Funding &

Capital Plan) no âmbito do PAEF, nas vertentes de projecção de imparidade, RWA e Fundos de

Pensões, quer em cenário base, quer em cenário adverso.

− Desenvolvimento do projecto estruturante de revisão dos actuais modelos internos de

notação de risco, quer para admissão, quer comportamentais, com vista à adopção de

metodologias mais avançadas para o cálculo de requisitos de capital.

4. Gestão de Risco no Banif – Grupo Financeiro

Risco de Crédito

O risco de crédito consiste na probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou

no capital, devido à incapacidade de uma contraparte cumprir os seus compromissos financeiros

perante o Banco, incluindo possíveis restrições à transferência de pagamentos do exterior.

A gestão do risco de crédito adopta um perfil conservador e é baseado num conjunto de políticas e

orientações aplicáveis a toda a actividade do ciclo de vida do crédito, estabelecidas em função das

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estratégias de negócio do clima económico e social e que são ajustadas e revistas regularmente e

sempre que tal se mostre necessário.

A actividade de concessão de crédito é desenvolvida e assente em regulamentos e normativos,

revistos regularmente, que disciplinam a actividade e que estabelecem com clareza a delegação de

competências, quer em valor, quer em rendibilidade, em função do risco implícito dos clientes,

segmentos e operações.

Para além dos normativos, a concessão de crédito é, na maioria dos segmentos, suportada pela

avaliação e classificação do risco dos clientes com o auxílio de modelos de scoring e de rating e na

avaliação do nível de cobertura dos colaterais das operações. Para as exposições mais significativas,

é ainda analisado casuisticamente o consumo de capital e o impacto que as mesmas podem ter nos

limites de exposição agregados pré-estabelecidos.

Por outro lado, as principais entidades do Grupo dispõem de sistemas que permitem identificar e

classificar, em diferentes níveis, os clientes com sinais de degradação da sua capacidade creditícia.

Relativamente à concentração do risco, o Grupo dispõe de um conjunto de métricas e indicadores

internos que permitem acompanhar os índices de concentração, nomeadamente ao nível de grupos

económicos, sectores de actividade, regiões geográficas, materialidade das exposições mais

significativas, incumprimento, entre outras dimensões.

Neste contexto, o Grupo Banif definiu e implementou um conjunto de políticas e procedimentos por

forma a endereçar o risco de concentração, na vertente de crédito, o qual se concretiza nos

seguintes princípios, quer numa lógica individual nas Entidades do Grupo Banif, quer numa lógica

agregada ao nível do Grupo:

− Definição dos conceitos de risco de concentração de crédito;

− Monitorização regular do risco de concentração nas suas diversas variantes;

− Utilização de indicadores quantitativos para essa monitorização.

Os indicadores são definidos de forma diferenciada para cada tipologia de risco de concentração de

crédito e conjugam a comparação de informação endógena à carteira de crédito (por exemplo,

pesos relativos) com a comparação de informação de outras vertentes (por exemplo, rácios de

cobertura por Fundos Próprios);

− Utilização complementar de informação qualitativa para monitorização do risco de

concentração de crédito;

− Definição de limites de gestão internos em diversas dimensões, tendo em conta as

características específicas e a materialidade da carteira de crédito;

− Inclusão dos indicadores de monitorização e de informação complementar no reporte periódico

de gestão de risco para os Órgãos de Administração do Grupo;

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− Incorporação de orientações de diversificação nos processos de concessão de crédito (por

exclusão de sector não core) e nos objectivos das Direcções Comerciais e de Negócio (por região

geográfica);

Foram adoptadas as seguintes definições relativas ao risco de concentração de risco de crédito:

Maiores contrapartes – exposição significativa a uma contraparte individual ou a um grupo de

contrapartes económica e/ou juridicamente relacionadas (também denominada como “single name

concentration risk” ou “grandes riscos”) e que, por isso, podem apresentar uma deterioração

simultânea da sua capacidade creditícia.

Sector de actividade – exposição significativa a um grupo de entidades não relacionadas

juridicamente entre si, mas que, por actuarem no mesmo sector económico, estão expostos aos

mesmos ciclos de actividade e que, por isso, podem apresentar uma deterioração simultânea, ou em

cadeia, da sua capacidade creditícia.

Geografia – exposição significativa a um grupo de entidades não relacionadas juridicamente entre

si mas que, por habitarem ou actuarem no âmbito das suas actividades económicas na mesma

região territorial, estão expostos a factores comuns que podem desencadear uma deterioração

simultânea da sua capacidade de reembolso.

Tipo de colateral – exposição significativa, ainda que indirecta, por via das técnicas de mitigação de

risco utilizadas, ao mesmo tipo de protecção de crédito ou de prestador de garantia, o que pode

determinar uma deterioração do grau efectivo de cobertura das operações subjacentes.

Adicionalmente aos indicadores acima elencados estão instituídos indicadores quantitativos para a

sua monitorização e avaliação periódica.

Gestão do Risco de Crédito

Considerando a situação económica e conjuntural do país e da Zona Euro, e as restrições de

funding que pautaram a sua actividade nos períodos mais recentes, o Grupo tem vindo a gerir a

sua actuação com critérios mais prudentes e com políticas de concessão de crédito mais

conservadoras.

O perfil da carteira é monitorizado e avaliado, regularmente, face aos limites estabelecidos ao nível

das seguintes dimensões, como referido anteriormente.

Medição do risco de crédito

O Grupo dispõe de modelos de notação de risco para uma parte significativa do seu portefólio de

crédito concedido. Os modelos desenvolvidos consideram metodologias diferenciadas para cada um

dos segmentos e/ou produtos com base na experiência de incumprimento dos clientes combinando

um vasto conjunto de variáveis sócio-demográficas, económico-financeiras e transaccionais.

Os sistemas de risco desenvolvidos subdividem-se nas seguintes categorias:

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Os modelos de scoring de admissão, utilizados no momento da concessão do crédito, permitem

associar a cada proposta de crédito uma probabilidade de incumprimento (Probability of Default –

PD), bem como classificar cada operação, em termos de exposição ao risco, até esta perfazer um

ano de vida.

Os modelos de scoring comportamental têm como objectivo medir o risco das operações de crédito

de retalho ao longo da sua vida útil, através da análise do comportamento, irregular ou não, das

operações com mais de um ano de vida e do respectivo mutuário.

O modelo de notação de rating utilizado para o segmento empresas atribui a cada cliente uma

pontuação, associada a um intervalo de probabilidades de incumprimento, medindo assim o risco de

default da contraparte, através da combinação de informação financeira com dados de natureza

qualitativa, nomeadamente, variáveis de relação e envolvimento comercial. Em paralelo, são ainda

consultadas as notações de risco atribuídas por agências de notação externas, sempre que

aplicável.

Monitorização do risco de crédito

A monitorização do risco de crédito assenta no acompanhamento e controlo da evolução da

exposição ao risco de crédito da carteira do Grupo e na implementação de acções de mitigação para

preservação da qualidade do crédito e dos limites de risco definidos, a qual é concretizada através

da preparação regular de indicadores da qualidade do crédito, da produção automatizada de sinais

de alerta e da execução de acções a desenvolver em função da classificação dos referidos sinais.

Desta forma, é possível antecipar acções de recuperação e actuar na gestão preventiva do

incumprimento.

A gestão dos referidos eventos de risco assume uma relevância significativa conseguida pela

atribuição de responsabilidades na gestão dos sinais de alerta, pelas competências afectas aos

responsáveis na prestação e actualização da informação e, por fim, pela definição das acções a

desenvolver em face da classificação preditiva dos referidos sinais.

Pequenas e Médias Empresas1

Modelo de Rating

Crédito à Habitação

Modelo de ScoringAplicacional

Crédito ao Consumo

Crédito Automóvel

Small BusinessCrédito à Habitação

Modelo de ScoringComportamental

Crédito ao Consumo

Crédito Automóvel

Modelos Internos

Small Business

Cartões de Crédito

Large Corporate2

1 Média trianual do Volume de Negócios superior a 500 mil Euros e inferior a 50 milhões de Euros

2 Média trianual do Volume de Negócios igual ou superior a 50 milhões de Euros

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Através da preparação regular de indicadores da qualidade do crédito e das respectivas carteiras

segmentadas, é efectuada a monitorização do risco de crédito, avaliando-se a eficácia das políticas

instituídas e a correspondente aplicação de medidas correctivas.

Mitigação do risco de crédito

O valor e natureza dos colaterais – garantias do crédito concedido – bem como o grau de cobertura

necessário dependem do resultado da avaliação do risco de crédito da contraparte. O Grupo avalia,

em primeiro lugar, a capacidade de reembolso e a probabilidade de incumprimento da contraparte,

considerando os colaterais como uma segunda via de pagamento e, por isso, não constituem

necessariamente o atributo principal dos critérios de avaliação, não obstante a sua relevância no

consumo de capital regulamentar, quando elegíveis.

O Grupo dispõe de procedimentos internos no que respeita à aceitação de determinados tipos de

colaterais com critérios específicos de avaliação.

Imparidade de crédito

O Risco de Crédito materializa-se, em última instância, nas perdas por imparidade registadas pelo

Banco, que constituem as melhores estimativas de perdas a determinada data de referência,

podendo consubstanciar-se, ou não, em perdas efectivas.

Considera-se que um crédito está em imparidade se existirem um ou mais eventos que impliquem

que o valor recuperável seja inferior ao valor contabilístico. Se for identificada evidência objectiva

que ocorreu um evento que originou uma perda por imparidade, o valor da perda deverá ser

determinado como a diferença entre o valor de balanço e o valor presente dos fluxos de caixa

futuros estimados (excluindo perdas por eventos que ainda não ocorreram), descontados à taxa de

juro original do contrato.

O valor de balanço a considerar abrange todos os montantes registados e balanço relativos ao

crédito em questão, nomeadamente capital vincendo, capital vencido, juros corridos e juros

vencidos. Os fluxos de caixa futuros estimados incluídos no cálculo referem-se aos montantes

contratuais dos créditos, ajustados por eventuais valores que o Banco espera não recuperar e pelo

prazo temporal em que é expectável que os mesmos se venham a concretizar. O prazo temporal de

recuperação dos fluxos de caixa é uma variável muito significativa do cálculo da imparidade, uma

vez que, mesmo nos casos em que seja expectável o recebimento total dos fluxos de caixa

contratuais em dívida, mas que os mesmos venham a ocorrer em datas posteriores ao que foi

contratado, deverá ser reconhecida uma perda de imparidade.

A determinação da Imparidade no Grupo é efectuada com base em modelos que se regem por

políticas de risco comuns entre as várias entidades e em linha com as mais recentes

recomendações das Entidades de Supervisão, nomeadamente a Carta Circular nº02/2014/DSP do

Banco de Portugal (adiante mencionada como Carta Circular). De referir que o Banif Mais, unidade

do Grupo focada na área de financiamento especializado, designadamente crédito automóvel e

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crédito pessoal, iniciou em 2014 o processo de revisão dos respectivos modelos de estimação de

imparidade, em alinhamento com os princípios e conceitos de risco utilizados pelo Grupo

(salvaguardando as especificidades do negócio e o próprio banco, em termos individuais) e as boas

práticas de mercado, tendo igualmente como objectivo o cumprimento dos requisitos dispostos na

referida carta circular.

O modelo de apuramento das perdas por imparidade assegura um nível adequado de imparidade

com uma abordagem prudente quanto à sua mensuração, levando em consideração não só os

indicadores objectivos de incumprimento dos clientes, como um conjunto de indícios que visa

antecipar perdas futuras.

A melhor estimativa dos valores recuperáveis é baseada em pressupostos razoáveis e suportados

em dados observáveis e documentados na data da mensuração da imparidade, sobre a capacidade

do cliente efectuar pagamentos ou serem realizadas execuções ou recebimentos em dação, por via

de colaterais.

Análise Individual

O modelo assenta numa estrutura de análise colectiva e individual com limites definidos acima dos

quais obriga o cálculo casuístico da imparidade para os clientes com exposições significativas,

sendo a imparidade apurada para os restantes clientes através da aplicação de um modelo de PD e

LGD. A divisão da carteira em termos de análise individual e colectiva de imparidade pode ser

resumida pelo seguinte quadro.

Para os clientes classificados em Default ou que apresentem Indícios de Imparidade, a análise

individual é obrigatória, sendo feito um acompanhamento do cliente e dos respectivos colaterais

por forma a assegurar sempre um nível adequado de cobertura de imparidade. Relativamente aos

clientes que não apresentem indícios de imparidade mas cuja exposição total seja igual ou superior

igual a 2.500.000 euros igual a 250.000 euros igual a 250.000 euros

Clientes com Clientes com Clientes com Exposição superior ou Exposição superior ou Exposição superior ou

Carteira Carteira Carteira Significativa Significativa Significativa

Exposição inferior Exposição inferior Exposição inferior a 2.500.000 euros a 250.000 euros a 250.000 euros

Homogénea Homogénea Homogénea

Clientes com Clientes com Clientes com

Carteira Carteira Carteira

Carteira com indíciosde Imparidade Carteira em Default

Carteira sem indíciosde Imparidade

An

ális

e Co

lect

iva

An

ális

e In

divi

dual

78

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a 2,5 milhões de euros, é feito um acompanhamento da situação económico-financeira, que poderá

traduzir-se na selecção para análise individual mais detalhada.

O nível de imparidade individual estipulado para uma operação analisada casuisticamente segue

uma abordagem prudente que leva em consideração os seus aspectos contratuais, a situação

económico-financeira do cliente e os colaterais dados em garantia, aos quais são aplicados haircuts

em função da sua natureza e liquidez. À estimativa da recuperabilidade futura resultante dos

factores mencionados, é feita a respectiva actualização dos cash-flows ao momento presente à

taxa da operação contratada.

No âmbito da análise individual e incorporando a experiência das várias acções de inspecção

transversais do supervisor, o Grupo Banif passou igualmente a adoptar a Tabela Qualitativa de

Imparidade da Carta Circular do Banco de Portugal nas situações aplicáveis (designadamente a não

existência de informação suficiente para aferir se os fluxos de caixa libertados pelo negócio são

suficientes para assegurar o cumprimento do serviço da dívida), para a parte não coberta.

A avaliação dos colaterais de um contrato é um dos aspectos determinantes a ter conta no que diz

respeito à aferição da imparidade por análise individual, sendo que o Grupo passou a adoptar como

referência as tabelas e critérios mínimos constantes da carta circular, recorrendo a peritos

avaliadores reconhecidos no mercado.

Não obstante, o Grupo Banif segue o critério geral de avaliação dos imóveis, que deve ser revista por

perito avaliador sempre que as informações disponíveis indiquem que possa ter ocorrido uma

diminuição substancial do valor do imóvel ou que este valor possa ter diminuído materialmente em

relação aos preços gerais do mercado. A evolução do valor do imóvel é verificada com base em

métodos estatísticos e ou índices reconhecidos.

A periodicidade mínima de verificação da evolução do valor de imóvel é a seguinte:

I. 1 ano, para os imóveis recebidos em reembolso de crédito próprio e para as cauções sobre

imóveis para fins comerciais;

II. 3 anos para as cauções sobre imóveis destinados a habitação.

A verificação deve ser mais frequente quando as condições de mercado estiveram sujeitas a

alterações significativas.

A periodicidade mínima de avaliação por perito avaliador é a seguinte:

3 anos para:

− Imóveis recebidos em reembolso de crédito próprio;

79

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− Créditos que excedam 5% dos fundos próprios da instituição ou 500 mil euros, no caso de

hipoteca sobre imóveis destinados a habitação, ou 1 milhão de euros, no caso de hipoteca

sobre imóveis para fins comerciais;

Análise Colectiva

Os clientes cuja exposição se encontra abaixo dos limites de significância da carteira são sujeitos à

análise colectiva através da atribuição das suas operações a segmentos homogéneos em termos de

incumprimento e taxas de recuperação. Os principais critérios de segmentação do modelo são os

seguintes:

− Tipo de cliente

− Tipo de produto

− Tipo de Colateral associado

− Sector de actividade

Os segmentos relacionados com crédito concedido à Aquisição de Habitação, Construção ou

Comercial Real State (CRE) (de acordo com a Lista de CAE da Carta Circular) têm segmentos próprios

face à especificidade dos créditos inerentes e à situação económica actual desses sectores de

actividade.

O Grupo tem uma política de cross-default sendo considerado em default todas as exposições de

um cliente, sempre se verifique pelo menos uma das seguintes condições:

− Pelo menos uma operação em incumprimento há mais de 90 dias;

− Cliente em processo de insolvência;

− Pelo menos uma operação marcada como reestruturada e cuja operação e/ou operações

originais se encontravam em default na data de reestruturação.

Para efeitos de contaminação do cross-default são considerados os seguintes critérios de

materialidade em montante absoluto de acordo com a tipologia de cliente: 100 euros nos clientes

particulares; 2.500 euros no caso de empresários em nome individual; 5.000 euros nas empresas.

Um cliente é considerado como tendo Indícios de Imparidade se se verificar pelo menos uma das

seguintes condições:

I. Crédito em atraso no Banco entre 30 e 90 dias, inclusive.

II. Atraso no Banco inferior ou igual a 30 dias, cujo cliente se encontra na Lista de Utilizadores

de Risco e/ou possui cheques devolvidos não justificados.

III. Atraso no Banco inferior ou igual a 30 dias em que o cliente apresenta incumprimentos na

CRC.

IV. Crédito em atraso na CRC há mais de 90 dias.

80

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

V. Tendo operações identificadas como estando reestruturadas, cuja operação ou operações

originais não se encontravam em Default na data de reestruturação.

De acordo com a Política de Gestão de Riscos consideram-se como créditos reestruturados, todas a

operações relativamente às quais se verifique um acordo formal entre as entidades do Grupo e o

cliente, no sentido de renegociar os termos e condições de pagamento de um ou mais empréstimos

em incumprimento efectivo ou potencial.

Este acordo poderá concretizar-se pela alteração das condições contratuais das operações de

crédito existentes (alargamento de prazo, carência, capitalização de juros, revisão de taxas de juro,

etc.), ou por via da contratação de novas facilidades de crédito, para liquidação (total ou parcial) do

serviço de dívida existente.

Neste âmbito, o Grupo definiu princípios orientadores para a gestão destes créditos:

− As propostas de crédito deverão identificar, de forma inequívoca, se se trata de uma

reestruturação e o motivo para a realização da mesma.

− A reestruturação das operações deverá ter em conta a adequação das suas condições às

características dos Clientes e à sua capacidade de geração de fundos. Deverá observar-se

uma prudência acrescida na sua análise.

− Como política, a reestruturação de créditos deverá ser acompanhada pelo reforço de

colaterais e/ou pelo pagamento de eventuais juros vencidos.

− Em regra, não deverão ser concedidos novos créditos a Clientes, originariamente mutuários

das operações reestruturadas por dificuldades financeiras, durante, pelo menos, um ano a

contar da data da reestruturação. Esta recomendação possibilitará acompanhar o perfil de

risco dos mesmos, e o seu comportamento junto do sistema bancário. Caso o cliente

apresente incumprimentos, ou novas reestruturações de créditos, este prazo manter-se-á

por mais um ano após a ocorrência destes eventos.

Os créditos reestruturados encontram-se marcados nos sistemas de informação, relativamente aos

quais são efectuados testes de validação às bases de dados, sendo que de acordo com as normas

internas, os Clientes com operações reestruturadas apresentam um alerta grave.

A PD aplicável a um cliente em situação normal é assim composta pela aplicação de uma

Probabilidade de Indício (PI), uma Probabilidade de Default Condicionada (PDC) e uma Probabilidade

de Default Directa (PDD), resumido na seguinte fórmula:

PD = PI x PDC + PDD

A um cliente que apresente um Indício de Imparidade será aplicada directamente uma PDC,

resultando numa imparidade agravada na Análise Colectiva.

81

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Para o cálculo da perda após incumprimento, o modelo tem por base uma LGD Vintage, sendo a LGD

variável em função da maturidade do incumprimento da operação. A estimativa da perda é feita de

acordo com o histórico de recuperações efectivas das operações de cada segmento e do período

decorrente desde o seu incumprimento. Para operações sem incumprimento, a LGD aplicável

corresponde ao primeiro período de incumprimento que resume todo o histórico de recuperações

do respectivo segmento.

O período emergente adoptado foi de 3 meses, coincidindo com o período estipulado para ser

considerado o Default do cliente, e suficientemente curto para ser reactivo, captando o risco

efectivo do portefólio do Banco.

Reversão e Write-Offs

Tendo presente o enquadramento regulamentar vigente, designadamente a carta circular

15/09/DSBDR, a definição de uma adequada política e de critérios relativos ao write-off reveste-se

de especial importância pelos seus efeitos potenciais no apuramento de rácios sobre a qualidade da

carteira de crédito e, indirectamente, na comunicação, transparência e divulgação de informação.

Assim, de acordo com as normas internas definidas, a caracterização de um crédito como

incobrável e subsequente abate ao activo (ou write-off) só deverá ocorrer quando se verificarem as

seguintes situações cumulativamente:

I. Foi exigido pela instituição o vencimento da totalidade do crédito (ou seja, toda a exposição

creditícia, incluindo capital e juros, relativa ao contrato ou cliente foi considerada vencida,

encontrando-se classificada na conta 15 IAS - Crédito e juros vencidos);

II. Foram desenvolvidos os principais esforços de cobrança considerados adequados;

III. As expectativas de recuperação do crédito, num horizonte temporal em que possam ser

razoavelmente estimadas, são reduzidas, conduzindo assim ao reconhecimento da perda total.

Como política, o Grupo procede apenas à realização de write-offs de crédito (ou abate ao activo)

numa base casuística, e que cumpram com os critérios definidos. A realização de um abate de um

0 t 0 tProbabilidade de Indício Probabilidade de Default Directa

3 meses3 meses

Crédito sem Indícios Crédito com Indícios Crédito sem Indícios Crédito Default

0 tProbabilidade de Default Condicionada

3 meses

Crédito com Indícios Crédito Default

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

crédito ao activo apenas poderá acontecer se este estiver totalmente provisionado (tendo em conta

o Aviso 3/95 do BdP) e se estiver constituída imparidade no montante total. Caso essa imparidade

não esteja constituída, será necessário realizar o reforço até à concorrência do montante a abater

ao activo ou a perdoar (que constitui uma perda na conta de resultados).

O Grupo estipula ainda que a imparidade individual de um cliente apenas poderá ser alvo de

reversão caso a mesma esteja relacionada com um evento ocorrido após o reconhecimento inicial

dessa perda, tal como a melhoria da qualidade do rating do cliente, a existência de reforço de

garantias ou amortização ou pagamento do serviço da dívida. No âmbito da análise colectiva, a

reversão decorre da aplicação do modelo desenvolvido, podendo decorrer da melhoria dos

parâmetros de risco da carteira ou da redução de exposição, entre outros factores.

Risco de Mercado

O risco de mercado define-se como a probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos

resultados ou no capital, devido a movimentos desfavoráveis no preço de mercado dos

instrumentos da carteira de negociação, provocados, nomeadamente, por flutuações em taxas de

juro, taxas de câmbio, cotações de acções ou preços de mercadorias. O risco de mercado advém

sobretudo da tomada de posições a curto prazo em títulos de dívida e de capital, moedas,

mercadorias e derivados.

Gestão do Risco de Mercado

Ao nível do Banif – Grupo Financeiro, o risco de mercado decorre essencialmente das exposições em

títulos detidos nas carteiras de negociação das várias subsidiárias. Por norma, os derivados

contratados têm como objectivo a cobertura económica de posições, principalmente de operações

originadas para Clientes, através da realização de operações simétricas com outras contrapartes

que anulam o risco de mercado entre si e, ainda, de cobertura de riscos da carteira própria e dos

veículos de securitização do Grupo, não sendo considerados para efeitos de cálculo do Value-at-Risk.

Desta forma, tendo em conta os negócios onde opera, os principais riscos de mercado a que o

Banif– Grupo Financeiro se encontra sujeito são os resultantes das variações de taxa de juro, de

taxa de câmbio e das cotações de mercado subjacentes aos títulos.

A gestão do risco de mercado é realizada de uma forma autónoma pelas várias subsidiárias,

reflectindo as especificidades e vantagens competitivas, entre as quais a proximidade e o

conhecimento local dos mercados em que operam, com particular ênfase para as instituições que

actuam no Brasil (nomeadamente a unidade de banca de investimento e a unidade de banca

comercial neste país), o Banif – Banco de Investimento, SA em Portugal e, ainda, em Malta, o Banif

Bank (Malta). Em 2013 iniciou-se ao nível do Grupo o acompanhamento deste risco de forma

transversal, utilizando para o efeito um modelo de Value-at-Risk (VaR) para todas as participadas

como principal indicador de risco de mercado, estimando as perdas potenciais sob condições

adversas de mercado.

83

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Risco de Taxa de Juro

O risco de taxa de juro é definido como a possibilidade de ocorrência de perdas financeiras

decorrentes de movimentos adversos nas taxas de juro. Neste caso, é avaliado o risco de taxa de

juro numa perspectiva de médio/longo prazo, ao nível da carteira bancária que permita avaliar a

exposição do Grupo a este risco e inferir quanto à sua capacidade em absorver variações adversas

nas taxas a que se encontra exposto.

O risco de taxa de juro é calculado mediante a classificação de todas as rubricas do activo, do

passivo e extrapatrimoniais, que pertençam à carteira bancária e que sejam sensíveis a oscilações

das taxas de juro, por escalões de refixação da taxa de juro.

A sua monitorização é efectuada numa base sistemática em função dos períodos de repricing dos

activos e dos passivos. A análise de sensibilidade do risco de taxa de juro tem como objectivo avaliar

a exposição do Banco a este risco e inferir quanto à sua capacidade em absorver variações

adversas nas taxas a que se encontra exposto.

Risco Cambial

O risco cambial representa o risco de que o valor de posições financeiras expressas em moeda

estrangeira apresente flutuações devido a alterações nas taxas de câmbio.

Gestão do Risco Cambial

O Grupo monitoriza a sua exposição ao risco cambial pelo controlo e reavaliação diária da exposição

das posições globais abertas assumidas perante as várias moedas, e adopta estratégias globais de

cobertura para assegurar que essas posições se mantêm dentro dos limites aprovados pela gestão.

A exposição do Grupo ao risco cambial assenta essencialmente no capital social das participações

financeiras detidas fora da zona Euro e, por isso, sujeitas a volatilidade e gerem-se pelas directrizes

definidas pela Comissão Executiva.

Risco de Liquidez

O risco de liquidez é a probabilidade de ocorrência de impactos negativos decorrentes da

incapacidade da instituição dispor no imediato de fundos líquidos para o cumprimento atempado

das suas obrigações financeiras, sendo gerido de forma centralizada no Grupo.

Gestão do Risco de Liquidez

A monitorização dos níveis de liquidez corrente e estrutural, necessários em função dos montantes

e prazos dos compromissos assumidos e dos recursos em carteira, é efectuada através da

identificação de gaps de liquidez, para os quais estão definidos limites de exposição.

Apesar da conjuntura nacional e internacional não ser ainda favorável no que toca à gestão de

liquidez, quer o liquidity gap quer o cumulative gap mantiveram-se dentro dos limites considerados

aceitáveis para os períodos analisados.

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No final de 2013, o Grupo apresentava uma posição de liquidez de 625 milhões de euros,

representando um incremento superior a 100% durante esse ano. Ao longo do primeiro semestre de

2014, no seguimento de um conjunto de operações executadas, essa posição aumentou 534

milhões de euros, totalizando dessa forma 1.159 milhões de euros a 30 de Junho.

As transacções em questão (emissão de novas securitizações, venda de securitizações existentes e

monetização de outros activos) foram desenvolvidas tendo por base dois objectivos fundamentais:

(i) assegurar a existência de uma folga de liquidez suficiente para fazer face aos desembolsos

previstos para o ano e (ii) diversificar as fontes de financiamento, promovendo a redução do peso

do BCE e a extensão da maturidade média do funding obtido.

Análise do Risco de Liquidez

A avaliação do risco de liquidez do Grupo baseia-se no cálculo e análise de indicadores

regulamentares definidos pelas autoridades de supervisão, assim como outras métricas internas

para as quais estão definidos limites de exposição.

A posição de liquidez do Grupo é apurada regularmente, identificando-se os factores que justificam

as variações ocorridas. Este controlo é reforçado com a execução de stress tests de forma a

caracterizar o perfil de risco do Grupo e a assegurar que são passíveis de ser cumpridas as suas

obrigações num cenário de agravamento das condições de mercado.

A política interna de gestão de liquidez atribui grande relevância à monitorização e revisão dos

limites de exposição de forma a reflectirem, a cada momento, as condições de mercado. No âmbito

da gestão da liquidez corrente, enquadradas no plano de financiamento de curto prazo do Grupo,

têm sido elaboradas regularmente análises quantitativas e qualitativas que permitem identificar

eventuais debilidades e preconizar a tomada de medidas correctivas, que visam o restabelecimento

das reservas mínimas de liquidez, sempre que se julgue necessário.

No cumprimento das regras prudenciais emanadas pelo Banco de Portugal, o Grupo está obrigado a

manter um equilíbrio adequado entre os fluxos financeiros associados às rubricas do balanço, de

forma a assegurar que dispõem de fundos líquidos para cumprir, em condições razoáveis, as suas

obrigações financeiras à medida que as mesmas se vencem.

Risco Soberano

Os valores de exposição assumidos pelo Grupo, à data de 30 de Junho de 2014, encontram-se

divulgados na nota 40 “Condições especiais sobre o risco soberano de Portugal, Grécia, Irlanda,

Espanha, Itália e Chipre” do Anexo do Banif – Grupo Financeiro (óptica consolidada).

Risco Operacional

O risco operacional define-se como “o risco de perdas resultantes da inadequação ou deficiência de

procedimentos, do pessoal ou dos sistemas internos ou de acontecimentos externos, incluindo os

riscos jurídicos” (Dec. Lei nº 104/2007).

85

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Qualquer acontecimento que constitui a materialização de um risco de carácter operacional

implicando um impacto negativo ou redução registada nos resultados ou na situação patrimonial

da Instituição, que tenham ocorrido em consequência de qualquer evento de Risco Operacional, é

assumido como perda operacional, determinada ou potencial, para a instituição.

Estas perdas poderão decorrer de focos de risco operacional caracterizadas como fraudes internas

e externas, práticas inadequadas com clientes, produtos ou negócios, danos em activos materiais,

falhas de sistemas, gestão e execução errada de processos, existência de recursos humanos

insuficientes ou inadequados, entre outros.

Gestão do Risco Operacional

Consciente da importância de uma monitorização e controlo eficaz do risco operacional, o Banif –

Grupo Financeiro decidiu controlar sistematizadamente as áreas que representam risco

operacional, desenvolvendo modelos de gestão cujos principais objectivos incluem o conhecimento

de forma aprofundada dos focos de risco operacional incorridos e a sua mitigação, bem como a

consciencialização da natureza e magnitude dos eventos de perda operacional.

De modo a alcançar os objectivos propostos foram designados Gestores de Risco Operacional

(Gestores RO) para as diversas áreas do Grupo. Periodicamente são reavaliados os colaboradores

assignados à função, verificando-se a sua adequabilidade. O perfil de Gestor RO contempla um forte

domínio dos temas da sua área de intervenção, designadamente, ao nível do conhecimento dos

processos de negócio, e capacidade de sugestão de medidas de mitigação, assegurando o registo e

acompanhamento em aplicação específica para a gestão do Risco Operacional, de todos os eventos

que possam originar perdas financeiras.

O Grupo procede à identificação e avaliação do risco operacional em todas as áreas de actividade,

classificando-o de acordo com as tipologias de risco definidas pelo Comité de Basileia.

Pretende-se, desta forma, atingir o objectivo de monitorização e medição do risco operacional

inerente à actividade, detalhando as ocorrências pelos vários processos e áreas intervenientes, o

que se irá traduzir numa avaliação efectiva e dinâmica dos actuais sistemas de controlo interno.

Sistema de gestão de continuidade de negócio

Durante o primeiro semestre de 2014, o Banif concluiu o Projecto designado por Sistema de Gestão

de Continuidade de Negócio (SGCN), em concordância com as recomendações prudenciais das

Entidades de Supervisão e alinhado com as melhores práticas internacionais, nomeadamente a ISO

22301.

A implementação do SGCN vem contribuir para a melhoria da resiliência do Grupo em cenários de

desastre, implementando políticas e procedimentos de recuperação ao nível das funções de negócio

e das tecnologias de Informação, salvaguardando desta forma a informação financeira e o nível de

serviço ao cliente.

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Encontram-se planeados para o segundo semestre a execução de testes de activação do Plano de

Continuidade de Negócio (PCN), em articulação com o Plano de Contingência, o Plano de

Comunicação e Disaster Recovery Plan, para avaliação da Estratégia de Recuperação e identificação

de oportunidades de melhoria.

Riscos Imobiliários

Tem sido política implementada nos últimos quatro anos pelo Grupo a avaliação anual de todos os

activos imobiliários que se encontram no perímetro do Balanço Consolidado. Esta prática abrange

todos os activos, quer sejam nacionais, quer sejam como detidos no exterior e independentemente

da estrutura que os detém (directamente pelos Balanços dos bancos ou através de Fundos de

Investimento Imobiliário que consolidam).

As referidas avaliações são executadas por um conjunto de avaliadores certificados pelos

Reguladores, de acordo com as regras de concentração definidas.

Os fluxos de activos imobiliários são monitorizados diariamente, tanto as entradas

(dações/adjudicações) com as saídas (alienações) com os respectivos impactos na conta de

exploração consolidada do Grupo Banif. Esta monitorização é efectuada através da Banif Imobiliária,

sociedade do Grupo que detém o mandato de gestão e acompanhamento dos activos imobiliários.

Os impactos dos referidos fluxos são objecto de informação diária à Administração do Grupo e

reportados periodicamente ao Banco de Portugal.

De salientar que os limites temporais regulatórios relativamente à manutenção de imóveis nos

Balanços das Instituições de Crédito são os que seguidamente se apresentam:

− Nas instituições de crédito os imóveis adquiridos como contrapartida do reembolso de crédito

próprio podem ser detidos até 2 anos, sendo extensível em mais um ano após autorização do

Banco de Portugal, de acordo com o disposto no artigo 114.º do Regime Geral das Instituições de

Crédito e Sociedades Financeiras, conjugado com a Instrução do Banco de Portugal n.º 120/96,

alterada pela Instrução n.º 14/2014.

− Após 3 anos e de acordo com o disposto no número 1 da Instrução n.º 120/96, de 16 de Agosto

de 1996 do Banco de Portugal, e após autorização do Banco de Portugal, os imóveis podem

permanecer no balanço das instituições de crédito.

O Banif- Grupo Financeiro tem as seguintes políticas orientadoras relativamente aos imóveis detidos

no seu perímetro de consolidação:

− Todos os imóveis detidos no perímetro de consolidação, com excepção dos imóveis de serviço

próprio, são alienáveis e estão colocados nos vários canais de venda de imobiliário utilizados

pelo grupo (canais internos, como as redes comerciais do Grupo e canais externos nacionais e

internacionais, como mediadores imobiliários e/ou brokers).

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

− Não havendo procura para a alienação de um determinado imóvel, o mesmo é colocado no

mercado de arrendamento ou de exploração turística no caso dos empreendimentos turísticos,

utilizando os mesmos canais anteriormente especificados.

− É constante a preocupação do Grupo na manutenção do valor dos imóveis, dado que esse é um

factor que potenciará a venda ou arrendamento dos mesmos, pelo que o Grupo Banif tem como

política orientadora garantir que os imóveis se mantêm em bom estado de conservação e,

sempre que se justifique, concretiza obras de valorização nos mesmos.

− Cada activo imobiliário é sujeito a uma análise específica, tendo por base o seu estado de

conservação, a sua localização, tipologia e uma avaliação independente, sendo em

consequência definido um preço mínimo de alienação e/ou uma yield mínima para

arrendamento, que actualmente está definida em 6% para imóveis comerciais e 5% para

imóveis residenciais.

− A definição do preço e da yield mínima de arrendamento têm por base um critério de defesa de

valor dos activos, sendo que a regra base de definição do preço de venda é que o mesmo deverá

ser o maior valor entre o valor contabilístico líquido do imóvel e o valor da última avaliação.

Outros Riscos

No âmbito do aprofundamento e melhoria da sua função de gestão de riscos, o Grupo incorpora na

sua gestão a monitorização de outras tipologias de risco, as quais, apesar de não serem tão

expressivas como as tipologias mais “tradicionais”, permitem, através do seu acompanhamento,

obter uma apreciação mais abrangente e completa do perfil de risco da instituição. Desta forma,

são incorporados nas estruturas de reporte de informação sobre gestão de risco do Grupo vários

indicadores para acompanhamento do “risco de estratégia” e de “risco de negócio”.

Análise quantitativa do Banif – Grupo Financeiro

Dando seguimento ao redesenho da presença geográfica, seguindo um dos principais vectores do

Plano de Reestruturação, está em curso o processo de alienação das participações de controlo no

Banif – Banco Internacional do Funchal (Brasil), SA, Banif – Banco de Investimento (Brasil), SA, Banif

Bank (Malta), PLC e Banco Caboverdiano de Negócios (BCN), perspectivando-se que sejam

executadas durante o ano de 2014. Neste contexto, estas unidades de negócio passaram a ser

enquadradas como unidades operacionais descontinuadas, continuando a ser consolidadas pelo

método integral das demonstrações financeiras com referência a 30 de Junho de 2014. Assim, a

presente secção não contempla os valores de crédito relativos às entidades do Grupo mencionadas

anteriormente.

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Análise do risco de crédito

Exposição a risco de crédito por rubrica contabilística

Em 30 de Junho de 2014, o total do activo do Grupo apresenta a seguinte exposição ao risco de

crédito:

A exposição máxima representa o maior cenário de exposição ao risco, tendo em conta que a

mesma não considera os colaterais e outros mitigantes associados aos activos. Os valores reflectem

as posições financeiras relevadas nas demonstrações financeiras consolidadas.

Em termos de exposição líquida, o efeito dos mitigantes apresenta-se significativo no crédito a

clientes, reflectindo uma menor exposição ao risco de crédito de cerca de 65%.

Exposição a risco de crédito a clientes, por sectores e mitigantes

Jun-14 Dez-13Exposição Exposição** Exposição Exposição**

Bruta líquida Bruta líquida

Disponibilidades em outras instituições de crédito 191.360 191.360 186.777 186.777

Aplicações em instituições de crédito 230.323 228.639 117.520 117.487

Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 1.099 1.099 83 83

Activos Financeiros disponíveis para venda 1.668.104 1.668.104 1.429.877 1.429.877

Crédito a Clientes 8.916.042 3.143.553 9.129.242 3.281.352

Investimentos detidos até à maturidade 8.139 8.139 12.081 12.081

Outros Activos 236.623 178.396 249.467 197.180

Sub-Total 11.251.690 5.419.290 11.125.047 5.224.837Passivos contigentes 4.449.964 4.449.964 6.513.257 6.513.257

Compromissos assumidos 129.822 129.822 191.346 191.346

Sub-Total 4.579.786 4.579.786 6.704.603 6.704.603Total 15.831.476 9.999.076 17.829.650 11.929.440

(valores em milhares de Euros)

** Exposição líquida: Respeita à Exposição bruta deduzida de imparidade e do efeito da mitigação considerado como efectivamente redutor do risco de crédito, não se considerando assim avales/fianças e outros colaterais de fraco valor.

* Exposição Bruta: Respeita ao valor bruto de balanço

Financeiros GarantiasHipotecas

ResidenciaisHipotecas

Outras

Serviços 1.199.092 792.739 17.141 35.544 95.921 257.747

Construção 640.310 364.068 12.149 27.823 34.607 201.663

Actividades Imobiliárias 518.559 189.903 9.516 0 15.740 303.400

Indústria 462.259 339.405 12.056 170 16.426 94.202

Vendas a Retalho 353.233 179.427 9.218 565 54.936 109.087

Sector Público 344.331 185.914 230 156.745 0 1.442

Instituições financeiras e segurad 161.822 82.303 56.424 0 4.748 18.347

Outros 396.683 257.064 15.075 22.647 32.325 69.572

Particulares 3.662.955 752.730 32.536 41 2.718.138 159.510

Total 7.739.244 3.143.553 164.345 243.535 2.972.841 1.214.970

Jun-14 Efeito de Mitigação 3

Exposição máxima 1 Exposição líquida 2

1 - Exposição máxima: Respeita ao valor líquido de balanço.2 - Exposição líquida: Respeita à Exposição máxima deduzida do efeito da mitigação considerado como efectivamente redutor do risco de crédito, não assim se considerando avales / fianças e outros colaterais de fraco valor.3 - Efeito de Mitigação: Valor dos colaterais associados a uma operação limitado ao valor da mesma, dando prioridade aos colaterais de maior liquidez (Financeiros, Garantias, Hipotecas Residenciais e por último Outras Hipotecas).

89

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Em termos de grau de cobertura da carteira de crédito por tipo de colateral, 65% é referente a

colaterais hipotecários residenciais, 26% por outras hipotecas, 5% por garantias emitidas por

entidades institucionais e 4% por colaterais financeiros.

Compromissos e garantias

Para fazer face às necessidades dos seus clientes, o Grupo disponibiliza um conjunto de

compromissos e passivos contingentes. Muito embora estas obrigações não sejam reconhecidas em

balanço, estes compromissos apresentam risco de crédito e, por conseguinte, o Grupo considera-as

como parte integrante do referido risco.

Os valores de exposição máxima para compromissos e garantias assumidos pelo Grupo, à data de 30

de Junho de 2014, encontram-se divulgados na nota 24.

Estrutura geográfica da carteira de crédito e de títulos

Relativamente à exposição ao risco de crédito aos diferentes mercados, por geografia das

contrapartes, em 30 de Junho de 2014 e 31 de Dezembro de 2013, o risco de concentração dos

activos financeiros assume a seguinte distribuição:

Financeiros GarantiasHipotecas

ResidenciaisHipotecas

Outras

Serviços 1.335.315 905.934 20.737 35.611 123.632 249.399

Construção 720.701 424.158 17.586 49.710 45.215 184.032

Actividades Imobiliárias 552.892 203.397 14.971 0 16.676 317.848

Indústria 489.465 342.690 23.892 384 22.776 99.723

Vendas a Retalho 386.077 189.519 7.958 405 73.063 115.133

Sector Público 265.430 137.712 218 125.837 183 1.480

Instituições financeiras e segurad 162.495 85.874 51.322 0 7.361 17.938

Outros 390.567 226.121 13.897 24.454 47.625 78.470

Particulares 3.666.084 765.945 21.034 19 2.809.096 69.990

Total 7.969.025 3.281.352 171.614 236.420 3.145.627 1.134.013

Dez-13 Efeito de Mitigação 3

Exposição máxima 1 Exposição líquida 2

1 - Exposição máxima: Respeita ao valor líquido de balanço.2 - Exposição líquida: Respeita à Exposição máxima deduzida do efeito da mitigação considerado como efectivamente redutor do risco de crédito, não assim se considerando avales / fianças e outros colaterais de fraco valor.3 - Efeito de Mitigação: Valor dos colaterais associados a uma operação limitado ao valor da mesma, dando prioridade aos colaterais de maior liquidez (Financeiros, Garantias, Hipotecas Residenciais e por último Outras Hipotecas).

Jun-14 (valores em milhares de euros)

EuropaAmérica do

NorteAmérica

LatinaResto do Mundo

Total

Activos financeiros detidos para negociação1 19.585 - (0) - 19.585Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 38.775 1.099 2.727 - 42.600Activos financeiros disponíveis para venda 2.024.201 - 0 - 2.024.201Crédito a clientes 7.513.424 80.721 89.314 55.785 7.739.244Investimentos detidos até à maturidade 8.139 - - - 8.139Total 9.604.123 81.819 92.041 55.785 9.833.769

Peso de cada área geográfica 98% 1% 1% <1%

1 Não estão incluídos os derivados.

Nota: A análise exclui os montantes relativos às unidades descontinuadas.

90

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Face aos valores apresentados, importa referir que o crédito a clientes apresenta um risco de

concentração significativo em todos os mercados: Europa (78%), América do Norte (99%), América

Latina (97%) e Resto do Mundo (100%).

Salienta-se ainda que os activos financeiros disponíveis para venda apresentam um peso relativo

mais significativo no mercado Europeu, representando 21% dos activos geridos nesse mercado,

fruto da aquisição de títulos da dívida pública decorrentes do plano de recapitalização que ocorreu

em 2013.

Estrutura geográfica da carteira de crédito

Em 30 de Junho de 2014 e de 31 de Dezembro de 2013, a exposição da carteira de crédito por áreas

geográficas encontra-se detalhada na tabela seguinte, sendo o mercado europeu a região mais

significativa, com uma quota de 97% em Junho de 2014 em linha com os 97% registados em

Dezembro de 2013.

Relativamente aos restantes mercados, a expressão é pouco significativa, com uma

representatividade de cerca de 3%. De salientar que os valores obtidos, tal como em Dezembro 2013,

reflectem o redesenho da presença geográfica encetado pelo Grupo, fruto da alteração a nível

contabilístico das entidades do Grupo, cuja alienação das participações de controlo se perspectiva

que ocorra em 2014.

Estrutura sectorial da carteira de crédito

À data de 30 de Junho de 2014 e 31 de Dezembro de 2013, o crédito a clientes apresenta a seguinte

distribuição sectorial:

(valores em milhares de euros)

Exposição Exposição1 Exposição Exposição1

máxima líquida máxima líquida

Portugal Continental 4.662.034 60% 2.061.798 66% 4.700.265 59% 2.133.648 65%

Regiões Autónomas 2.396.329 31% 873.882 28% 2.512.408 32% 871.954 27%

União Europeia 436.529 6% 133.134 4% 503.042 6% 184.483 6%

Resto da Europa 18.532 <1% 461 <1% 17.150 <1% 510 <1%

América do Norte 80.721 1% 11.694 <1% 96.576 1% 20.952 1%

América Latina 89.314 1% 47.575 2% 84.155 1% 50.135 2%

Resto do Mundo 55.785 1% 15.009 <1% 55.429 1% 19.670 1%

Total 7.739.244 3.143.553 7.969.025 3.281.352

avales/fianças e outros colaterais de fraco valor.

Nota: A análise exclui os montantes relativos às unidades descontinuadas.

Dez-13Jun-14

1 Exposição líquida : respeita à exposição máxima deduzida do efeito da mitigação por colaterais relevantes, não se considerando assim

91

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Em 30 de Junho de 2014, o segmento Serviços representa 15% do total da exposição máxima (17%

em Dezembro 2013), seguindo-se o segmento Construção contribuindo com 8% (9% em Dezembro

2013) de exposição e as Actividades Imobiliárias com 7%, em linha com Dezembro 2013.

Ainda no que se refere à exposição de risco por sector, salienta-se que a exposição ao risco de

crédito dos top 20 clientes e/ou grupos económicos ascende, à data de 30 de Junho de 2014

(incluindo crédito directo e garantias bancárias prestadas), a 1.155 milhões de euros (valor bruto).

A distribuição do crédito dos maiores clientes pelos diversos sectores é apresentada como segue:

(valoresem milhares de euros)

Exposição Exposição2 Exposição Exposição2

máxima líquida máxima líquida

Serviços¹ 1.199.092 15% 792.739 25% 1.335.314 17% 905.934 28%

Construção 640.310 8% 364.068 12% 720.701 9% 424.158 13%

Actividades Imobiliárias 518.559 7% 189.903 6% 552.892 7% 203.397 6%

Indústria 462.259 6% 339.405 11% 489.465 6% 342.690 10%

Vendas a Retalho 353.233 5% 179.427 6% 386.077 5% 189.519 6%

Sector Público 344.331 4% 185.914 6% 265.430 3% 137.712 4%

Instituições financeiras e seguradoras 161.822 2% 82.303 3% 162.495 2% 85.874 3%

Outros sectores 396.683 5% 257.064 8% 390.567 5% 226.121 7%

Particulares 3.662.955 47% 752.730 24% 3.666.084 46% 765.945 23%

Total 7.739.244 3.143.553 7.969.025 3.281.352

1 O segmento Serviços inclui outros serviços prestados às empresas.

Nota: A análise exclui os montantes relativos às unidades descontinuadas.

2 Exposição líquida : respeita à exposição máxima deduzida do efeito da mitigação por colaterais relevantes, não se considerando assim avales/fianças e outros colaterais de fraco valor.

Dez-13Jun-14

SERVIÇOS24%

CONSTRUÇÃO16%

ACTIVIDADES IMOBILIÁRIAS

19%

SECTOR PÚBLICO19%

INSTITUIÇÕES FINANCERAS

17%

OUTROS 4%

TOP 20

Junho 2014

92

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Estrutura sectorial e geográfica da carteira de crédito

Em 30 de Junho de 2014, a exposição do Grupo aos mercados por sector de actividade assume a

seguinte distribuição:

Junho 2014

Estrutura da carteira de crédito por moeda

A maior exposição ao risco de crédito em moeda estrangeira, na carteira de crédito concedido,

centra-se em dólares americanos (USD), conforme divulgado no quadro seguinte:

Particulares42%

Serviços*16%

Outros10%

Construção8%

Actividades Imobiliárias

6%

Indústria6%

Vendas a Retalho

5%

Sector público5%

Instituições financeiras e seguradoras

2%

EUROPA

Particulares36%

Serviços*0%Outros

11%Construção

17%

Actividades Imobiliárias

36%

AMÉRICA DO NORTE

Particulares42%

Serviços*1%

Outros5%

Construção5%

Actividades Imobiliárias

47%

Indústria0%

AMÉRICA LATINA

Particulares32%

Serviços*8%

Outros9%

Construção26%

Actividades Imobiliárias

25%

Indústria0%

Vendas a Retalho

0%

RESTO DO MUNDO

(valores em milhares de euros)

Jun-14 Dez-13

EUR 7.515.335 7.739.214

BRL 127 62

USD 137.859 140.664

CVE - -

CHF 11.281 15.693

GBP 39.818 38.615

HUF 27.416 27.458

PLN 7.326 7.222

JPY 77 88

Outras 2 9

Total 7.739.244 7.969.025

93

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Montantes médios por intervalos de exposição

Em 30 de Junho de 2014 e 31 de Dezembro de 2013, a exposição média da carteira de crédito por

intervalos de valor de operação apresenta os seguintes montantes:

Qualidade do crédito e outros activos financeiros

Crédito concedido

Para além do ainda débil contexto económico (PIB 1º trimestre deteriorou-se face ao último

trimestre de 2013) durante a primeira metade do ano, a evolução evidenciada nos indicadores

acima apresentados é igualmente influenciada pela redução da carteira de crédito decorrente do

processo de desalavancagem em curso.

Jun-14 (valores em milhares de euros)

Intervalo de valor porOperação

Nr Clientes Crédito Exposição média Peso

] 0M - 0,5M ] 273.333 4.949.145 18 63,9%

] 0,5M - 2,5M ] 704 880.861 1.251 11,4%

] 2,5M - 5M ] 127 493.143 3.883 6,4%

] 5M - 10M ] 56 436.159 7.789 5,6%

> 10M 57 979.936 17.192 12,7%

Total 274.277 7.739.244

Dez-13 (valores em milhares de euros)

Intervalo de valor porOperação

Nr Clientes Crédito Exposição média Peso

] 0M - 0,5M ] 285.558 5.087.011 18 63,8%

] 0,5M - 2,5M ] 775 947.431 1.222 11,9%

] 2,5M - 5M ] 123 487.180 3.961 6,1%

] 5M - 10M ] 71 542.050 7.635 6,8%

> 10M 55 905.353 16.461 11,4%

Total 286.582 7.969.025

94

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

No que respeita à qualidade do crédito, os indicadores apresentam, nos períodos apresentados, os

seguintes valores:

Os indicadores apresentados demonstram que, nos últimos 6 meses, registou-se uma degradação

dos índices da qualidade da carteira de crédito, fruto do contexto económico negativo, quer

doméstico quer internacional – o qual motivou um acréscimo das perdas por imparidade.

O valor de crédito e juros vencidos inclui, em 30 de Junho de 2014, 90.904 milhares de euros de

crédito abatido ao activo nas contas individuais das entidades do Grupo em comparação com o

valor de 53.939 milhares de euros registado nas contas individuais das entidades do Grupo em 31 de

Dezembro de 2013.

Avaliação de imparidade

À data de 30 de Junho de 2014, o valor das perdas por imparidade colectiva e individual, excluindo

as perdas extrapatrimoniais, ascende a 545.322 milhares de euros (2013 - 578.381 milhares de

euros) e 631.476 milhares de euros (2013 - 581.836 milhares de euros), respectivamente. A análise

individual é realizada para os créditos que se encontram em situação de incumprimento ou tenham

indícios de imparidade e que sejam materialmente significativos. Todos os restantes créditos são

sujeitos a imparidade através da aplicação de modelos colectivos baseados em parâmetros de risco

de PD e LGD.

De salientar que os montantes referidos anteriormente não incluem o valor das perdas por

imparidade (colectiva e individual) relativo às unidades operacionais descontinuadas (192.510

milhares de euros).

Em 30 de Junho de 2014 e 31 de Dezembro de 2013, o crédito analisado individualmente ascendeu a

1,803 mil milhões de euros (não inclui as unidades operacionais descontinuadas) e 1,868 mil milhões

de euros, respectivamente. De salientar que o crédito analisado individualmente relativamente às

Jun-14 Dez-13

Crédito a Clientes, do qual: 8.916.042 9.129.242

Crédito e Juros Vencidos2 1.193.482 1.177.059

Imparidade do crédito (1.176.798) (1.160.217)

Indicadores (%)

Imparidade do Crédito / Crédito a Clientes 13,2% 12,7%

Crédito com Incumprimento/Crédito Total1;3 17,0% 16,2%

Crédito com Incumprimento, líquido/Crédito Total, líquido1;3 3,4% 3,4%

Crédito em Risco/Crédito Total1 22,7% 22,2%

Crédito em Risco, líquido/Crédito Total, líquido1 10,1% 10,3%

Crédito Reestruturado/Crédito a Clientes(Bruto)4 15,0% 13,8%

Crédito Reestruturado não incluído no Credito em Risco /Crédito a Clientes(Bruto)4 11,9% 11,0%

1 Rácios provenientes da Instrução n.º 22/2011 do Banco de Portugal.

2 Crédito e Juros vencidos > 90 dias

3 Valores provenientes das Demonstrações Financeiras.

4 Rácios definidos pelo Banco de Portugal (Instrução nº32/2013).

95

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

unidades descontinuadas (Banif Brasil, BBI Brasil, BCN e Banif Bank (Malta) se situa em 254 milhares

de euros (2013 – 269 milhares de euros).

No final dos períodos em análise, a contribuição das perdas individuais para o montante total das

perdas estimadas para o crédito concedido no Grupo e responsabilidades extrapatrimoniais com

natureza de crédito é apresentado como segue:

O montante do crédito concedido, face às perdas estimadas por segmento, para os períodos em

análise apresenta os seguintes valores:

No decurso dos últimos 6 meses, não se registaram variações significativas na carteira de crédito,

permanecendo o segmento “empresas” com o maior peso no portefólio do Grupo. No que diz

respeito à distribuição das perdas por imparidade, registou-se um ligeiro decréscimo no segmento

“empresas” em contrapartida dos segmentos “particulares imobiliário” e “particulares outros” que

evidenciaram uma subida significativa. De salientar o decréscimo acentuado registado no segmento

“particulares consumo”.

43%

57%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Jun-14Perdas Colectivas Perdas Individuais

CONFORME DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS a) INCLUI AS UNIDADES OPERACIONAIS DESCONTINUADAS

Notas:a) Os valores relativos ao Banif – Banco Internacional do Funchal (Brasil), SA, Banif - Banco de Investimento (Brasil), Banif Bank (Malta), PLC e Banco Caboverdiano de Negócios (BCN) não foram considerados, em virtude destas unidades de negócio passarem a ser enquadradas como unidades operacionais descontinuadas.

50% 46%

50% 54%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Dez -13 Jun -14

Perdas Colectivas Perdas Individuais

49%

49%

33%

34%

9%

8%

9%

9%

Dez-13

Jun-14

Crédito a Clientes

61%

55%

4%

19%

23%

5%

12%

21%

Dez-13

Jun-14

Imparidade do Crédito

Empresas Particulares Imobiliário Particulares Consumo Particulares Outros

96

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

A imparidade do crédito concedido apresenta a seguinte movimentação nos períodos em análise:

Movimentação da Imparidade (c/detalhe do impacto da transferência das Unidades Operacionais

Descontinuadas para “Activos não correntes detidos para venda”)

Movimentação da Imparidade (inclui as Unidades Operacionais Descontinuadas)

Tendo presente o disposto na carta circular 02/2014/DSPDR do Banco de Portugal apresenta-se nos

quadros seguintes informação detalhada sobre a qualidade da carteira de crédito do Grupo Banif e

respectiva imparidade.

Em termos de enquadramento, importa referir que o Banif, SA é a principal entidade do Grupo,

representando cerca de 80% da carteira de crédito bruta consolidada, seguido do Banif Mais SGPS

(que inclui as sucursais e a filial Hungria) com um peso de 7%, sendo as restantes entidades pouco

significativas.

Relativamente aos quadros seguintes, destaca-se o facto de estes não incorporarem alguns tipos

de crédito por, dada a sua natureza, não terem imparidade associada, como por exemplo os reverse

repos com entidades não bancárias.

(valores em milhares de euros)

Particulares Particulares ParticularesConsumo Imobiliário Outros

Saldo 2013 805.078 286.987 52.560 170.579 1.315.203Transferência de unidades descontinuadas para Activos não correntes detidos para venda

(97.641) (22.678) (1.360) (33.307) (154.986)

Reforços 108.088 15.483 16.290 117.087 256.947Utilizações e Regularizações (62.358) (42.524) (1.157) (378) (106.417)Reversões e Recuperações (102.157) (11.959) (9.322) (10.511) (133.949)Saldo Jun-14 651.010 225.307 57.010 243.470 1.176.798

Empresas Total

(valores em milhares de euros)

Particulares Particulares ParticularesConsumo Imobiliário Outros

Saldo 2013 805.078 286.987 52.560 170.579 1.315.203Reforços 143.093 15.441 16.563 117.133 292.230Utilizações e Regularizações (52.485) (40.852) (1.095) 2.257 (92.174)Reversões e Recuperações (108.504) (15.558) (9.367) (12.521) (145.951)Saldo Jun-14 787.181 246.018 58.662 277.447 1.369.308

Particulares Particulares ParticularesConsumo Imobiliário Outros

Saldo 2012 692.400 259.144 66.303 79.918 1.097.764Reforços 521.393 76.397 33.370 114.943 746.104Utilizações e Regularizações (148.491) (12.778) (8.351) (543) (170.163)Reversões e Recuperações (260.224) (35.777) (38.762) (23.739) (358.502)Saldo 2013 805.078 286.987 52.560 170.579 1.315.203

Empresas Total

Empresas Total

97

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Detalhe das exposições e imparidade constituída

(por estado principal)

Detalhe das exposições e imparidade constituída

(desagregado por buckets)

Detalhe da carteira de crédito por segmento e por ano de produção

Detalhe do valor de exposição bruta de crédito e imparidade avaliada individualmente e

colectivamente, por segmento

SegmentoExposição

TotalCrédito em

cumprimentoDo qual curado

Do qual reestruturado

Crédito em incumprimento

Do qual reestruturado

Imparidade Total

Crédito em cumprimento

Crédito em incumprimento

Corporate 435.906 331.654 n.d. 11.852 104.252 64.121 54.158 10.180 43.978Construção e CRE 1.332.316 788.757 n.d. 263.090 543.559 156.826 318.099 71.558 246.541Habitação 2.682.093 2.411.409 n.d. 102.290 270.685 48.916 39.667 2.416 37.251Consumo 923.260 549.637 n.d. 20.519 373.623 53.716 244.673 4.410 240.263Outras Empresas 2.586.841 1.896.489 n.d. 225.996 690.351 210.446 417.282 120.287 296.996Outros Particulares 735.271 528.026 n.d. 77.877 207.245 48.870 102.918 4.278 98.640

Total 8.695.688 6.505.972 n.d. 701.624 2.189.716 582.896 1.176.798 213.128 963.669

n.d = não disponível.

Exposição Junho 2014 Imparidade Junho 2014

SegmentoExposição

Junho 2014Sem indícios Com indícios Sub-total

Dias atraso <=90 dias

Dias atraso >90 dias

Imparidade Junho 2014

Dias de atraso <30

Dias de atraso entre 30 - 90

Dias de atraso <= 90

Dias

Dias de atraso >90 Dias

Corporate 435.906 243.008 88.646 331.654 36.286 67.966 54.158 8.109 2.071 10.810 33.169Construção e CRE 1.332.316 594.252 194.504 788.757 99.163 444.397 318.099 70.899 659 25.699 220.842Habitação 2.682.093 2.243.072 168.337 2.411.409 39.856 230.829 39.667 2.000 416 2.669 34.583Consumo 923.260 534.310 15.327 549.637 32.362 341.261 244.673 4.255 155 5.463 234.800Outras Empresas 2.586.841 1.511.878 384.611 1.896.489 163.280 527.071 417.282 114.894 5.392 25.976 271.020Outros Particulares 735.271 453.632 74.394 528.026 22.577 184.669 102.918 3.282 996 5.397 93.243

Total 8.695.688 5.580.152 925.820 6.505.972 393.524 1.796.192 1.176.798 203.440 9.689 76.013 887.656

Da Exposição Total Junho 2014 Da Imparidade Total Junho 2014Crédito em cumprimento Crédito em incumprimento Crédito em cumprimento Crédito em incumprimento

Ano de Produção

Número de operações

MontanteImparidade constituída

Número de operações

MontanteImparidade constituída

Número de operações

MontanteImparidade constituída

Número de operações

MontanteImparidade constituída

Número de operações

MontanteImparidade constituída

Número de operações

MontanteImparidade constituída

2004 e antes 128 54.916 6.793 5.054 218.920 104.281 18.958 680.534 10.889 12.889 56.307 37.754 15.509 588.847 189.421 42.025 86.703 35.7832005 12 5.657 1.375 320 18.885 3.520 4.079 212.416 4.827 4.455 22.689 14.976 1.041 59.733 5.452 2.126 18.219 1.5682006 12 3.815 12 533 50.493 10.904 4.843 273.147 4.551 8.715 41.826 27.561 1.352 75.832 7.938 2.361 38.143 2.3252007 29 26.598 2.483 823 160.690 38.754 6.565 380.679 6.389 19.323 81.139 47.186 1.995 167.022 15.437 3.189 90.720 6.4272008 28 11.070 674 1.194 147.897 25.442 6.164 370.474 5.979 20.736 89.559 43.221 2.858 163.476 27.545 4.664 119.889 12.2122009 34 55.725 6.667 1.347 128.546 29.221 3.714 227.635 2.685 12.652 59.114 23.059 3.850 214.361 52.410 11.306 97.363 11.1012010 48 95.766 11.199 1.830 78.592 13.827 3.932 265.241 2.250 21.287 103.717 20.540 7.098 219.402 26.712 23.040 93.902 7.5552011 27 10.605 2.541 1.204 71.800 20.555 1.982 133.873 1.331 19.956 96.272 14.128 4.365 171.512 25.188 10.122 60.821 13.1192012 30 53.623 5.080 1.069 170.338 33.385 481 32.924 130 17.700 95.513 6.160 4.461 229.026 26.838 18.050 40.128 5.4172013 87 65.049 13.259 2.503 204.207 32.057 1.024 76.141 469 27.421 171.720 7.677 7.928 398.576 27.633 21.053 64.937 5.995

2014 290 53.082 4.076 1.368 81.946 6.152 360 29.031 167 14.938 105.404 2.412 7.547 299.053 12.709 5.137 24.447 1.417

Total 725 435.906 54.158 17.245 1.332.316 318.099 52.102 2.682.093 39.667 180.072 923.260 244.673 58.004 2.586.841 417.282 143.073 735.271 102.918

Corporate Construção e CRE Habitação Consumo Outras Empresas Outros Particulares

Junho 2014Avaliação Exposição Imparidade Exposição Imparidade Exposição Imparidade Exposição Imparidade Exposição Imparidade Exposição Imparidade

Individual 138.565 52.027 744.519 259.796 54.766 13.087 30.819 17.987 675.535 263.567 98.613 27.639Colectiva 297.342 2.131 587.797 58.303 2.627.327 26.580 892.441 226.686 1.911.306 153.715 636.658 75.279

Total 435.906 54.158 1.332.316 318.099 2.682.093 39.667 923.260 244.673 2.586.841 417.282 735.271 102.918

Corporate Construção e CRE Habitação Consumo Outras Empresas Outros Particulares

98

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Detalhe do valor de exposição bruta de crédito e imparidade avaliada individualmente e

colectivamente, por sector de actividade

Detalhe do valor de exposição bruta de crédito e imparidade avaliada individualmente e

colectivamente, por geografia

Detalhe da carteira de reestruturados por medida de reestruturação aplicada

Movimentos de entradas e saídas na carteira de crédito reestruturado

Junho 2014Avaliação Exposição Imparidade Exposição Imparidade Exposição Imparidade Exposição Imparidade Exposição Imparidade Exposição Imparidade Exposição Imparidade Exposição Imparidade

Individual 367.224 143.382 199.842 79.419 386.798 124.247 130.067 51.235 77.984 16.919 38.996 13.441 0 0 360.207 162.159Colectiva 392.341 43.960 464.593 79.490 208.210 7.180 380.893 44.263 131.444 10.452 118.265 5.460 257.302 5 1.407.163 167.844

Total 759.564 187.343 664.435 158.909 595.009 131.427 510.960 95.499 209.428 27.371 157.261 18.901 257.302 5 1.767.370 330.003

Admin. Pública OutrasConstrução Comércio Activ. ImobiliáriasIndústrias

TransformadorasAlojamento e Restauração Activ. Técnicas

Junho 2014Avaliação Exposição Imparidade Exposição Imparidade Exposição Imparidade Exposição Imparidade Exposição Imparidade Exposição Imparidade Exposição Imparidade Exposição Imparidade Exposição Imparidade

Individual 1.508.575 534.354 16.804 3.287 119.000 59.535 8.436 2.154 10.561 825 30.585 11.516 6.694 767 30.154 15.128 12.008 6.538Colectiva 6.384.767 516.226 225.526 4.425 2.528 18 54.261 5.302 26.532 129 55.145 1.428 15.814 243 37.629 457 150.669 14.466

Total 7.893.342 1.050.580 242.330 7.712 121.528 59.553 62.697 7.457 37.094 954 85.730 12.944 22.508 1.010 67.783 15.585 162.676 21.004

Cabo Verde Brasil (Outros)Portugal Reino Unido Luxemburgo Irlanda VenezuelaEstados Unidos da

América

Medida de ReestruturaçãoNúmero

de operações

MontanteImparidade constituída

Número de

operaçõesMontante

Imparidade constituída

Número de

operaçõesMontante

Imparidade constituída

Extensão do prazo 4.939 206.298 17.108 3.821 97.820 39.919 8.760 304.118 57.027Período de carência 177 49.692 5.938 320 106.352 25.433 497 156.044 31.371Redução da taxa de juro 0 0 0 0 0 0 0 0 0Capitalização de juros 0 0 0 0 0 0 0 0 0Perdão de juros e capital 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Outras(1) 4.141 445.634 45.106 10.748 378.724 98.088 14.889 824.358 143.195

Total 9.257 701.624 68.153 14.889 582.896 163.440 24.146 1.284.519 231.593

(1) Inclui Créditos Reestruturados cuja identificação da medida de reestruturação está pendente de desenvolvimento informático

2014

Crédito em cumprimento Crédito em incumprimento Total

Saldo inicial da carteira de reestruturados (bruto de imparidade) 1.027.629

Créditos reestruturados no período 351.704Juros corridos da carteira reestruturada 924Liquidação de créditos reestruturados (parcial ou total) (103.846)Créditos reclassificados de «reestruturado» para «normal» (442)

Outros 8.549

Saldo final da carteira de reestruturados (bruto de imparidade) Junho 2014 1.284.519

99

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Detalhe do justo valor dos colaterais subjacentes à carteira de crédito dos segmentos de

Corporate, Construção e Commercial Real Estate (CRE) e Habitação

Rácio LTV dos segmentos de Corporate, Construção e CRE e Habitação

Detalhe do justo valor e do valor líquido contabilístico dos imóveis recebidos em dação, por tipo de

activo e por antiguidade

Justo valor Número Montante Número Montante Número Montante Número Montante

< 0,5 M € 39 8.663 23 2.915 2.039 258.002 462 23.958>= 0,5 M € e < 1 M € 10 7.146 5 3.639 165 118.307 18 11.727>= 1 M € e < 5 M € 19 46.650 9 18.578 177 334.295 12 27.217>= 5 M € e < 10 M € 6 42.434 5 31.852 18 131.103 4 28.308>= 10 M € e < 20 M € 7 107.278 0 0 8 95.764 2 25.380>= 20 M € e < 50 M € 3 83.410 0 0 2 45.432 1 22.000>= 50 M € 2 352.518 0 0 0 0 0 0

Total 86 648.100 42 56.984 2.409 982.904 499 138.590

*Exemplo: Acções, Obrigações, depósitos, bens materiais

Construções e CRE HabitaçãoImóveis Outros Colaterais Reais* Imóveis Outros Colaterais Reais*

Segmento / Rácio NúmeroCrédito em

cumprimentoCrédito em

incumprimentoImparidade

CorporateSem colateral associado n.a. 266.403 18.828 13.991< 60% 14 1.128 6.283 4.922>= 60% e < 80% 3 0 518 518>= 80% e < 100% 0 0 0 0>= 100% 19 1.494 12.105 8.097

Construção e CRE 0 0 0Sem colateral associado n.a. 325.046 199.728 154.628< 60% 1.048 110.541 100.294 41.668>= 60% e < 80% 435 46.774 83.426 19.014>= 80% e < 100% 474 187.376 74.450 45.246>= 100% 452 109.899 134.164 63.042

Habitação 0 0 0Sem colateral associado n.a. 12.555 24.831 3.812< 60% 24.476 1.435.314 173.893 26.308>= 60% e < 80% 9.858 738.591 33.708 4.364>= 80% e < 100% 2.280 203.790 30.547 4.165

>= 100% 273 21.379 7.902 1.094

Total 39.332 3.460.290 900.677 390.870

Junho 2014

Ativo NúmeroJusto valor

do ativoValor

contabilístico

TerrenoUrbano 701 125.714 109.964Rural 40 8.952 4.496

Edifícios em desenvolvimentoComerciais 8 2.834 2.789Habitação 131 37.636 35.050Outros 29 10.089 5.403

Edifícios construídosComerciais 795 206.714 176.529Habitação 1.274 230.959 202.786Outros 0 0 0

Outros 439 13.412 11.897

Total 3.417 636.310 548.913

Junho 2014

100

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Detalhe dos colaterais dados em dação por tempo decorrido

Distribuição da carteira de crédito por graus de risco internos

Nos quadros seguintes são apresentados os parâmetros de risco desagregados pelos segmentos

homogéneos para as principais entidades em termos de contributo para a carteira de crédito

consolidada: o Banif S.A. e o Banif Mais SGPS. No que diz respeito aos modelos de análise colectiva,

importa referir que dentro do Grupo Banif, todas as entidades, à excepção do Banif Mais, utilizam os

parâmetros de risco do Banif, SA aplicados aos segmentos em que sejam enquadráveis, como proxy

a estimativas próprias, tendo em conta a reduzida relevância estatística das respectivas carteiras,

assim como o respectivo peso na carteira consolidada.

No que se refere ao Banif Mais, conforme referido, o Banco encontra-se em processo de

actualização do respectivo modelo de imparidade, de forma a alinhar com a metodologia utilizada na

casa-mãe e os requisitos dispostos na carta circular, designadamente quanto à estimação dos

parâmetros de risco, designadamente PD- Probability of Default; LGD – Loss Given Default; PI –

Probabilidade de indício. Desta forma, apresentamos para o Banif Mais as perdas de imparidade

finais por notação de risco interna (de A-melhor a L – pior, sendo CNC, os contratos em contencioso).

Tempo decorrido desde a dação / execução < 1 Ano>= 1 ano e < 2,5 anos

>= 2,5 anos e < 5 anos

>= 5 anos Totale 5 a os e < 5 anos e < 5 anos

TerrenoUrbano 13.315 48.532 34.992 13.125 109.964Rural 0 2.187 1.405 904 4.496

Edifícios em desenvolvimento 0Comerciais 250 2.538 1 0 2.789Habitação 17.169 12.282 1.254 4.345 35.050Outros 2.333 1.023 2.047 0 5.403

Edifícios construídos 0Comerciais 42.261 90.605 31.612 12.050 176.529Habitação 85.731 83.066 30.620 3.369 202.786Outros 0 0 0 0 0

Outros 3.666 5.120 2.336 776 11.897

Total 164.724 245.353 104.266 34.569 548.913

Segmento 1 2 3 4 5 6 7 8 9 N/Ae 5 a os e 5 a os e 5 a os e 5 a os e 5 a os e 5 a os e 5 a os e 5 a osCorporate 6.425 751 17.696 60.308 80.871 60.642 73.182 28.594 30.561 76.876Construção e CRE 237 18.241 28.561 82.392 116.348 62.367 101.175 187.935 388.997 346.061Habitação 0 593 2.310 1.423 1.953 837 624 1.090 2.436 2.670.827Consumo 0 0 74 81 172 69 0 21 3 922.839Outras Empresas 16.497 25.705 87.326 166.673 229.287 194.877 265.891 235.792 348.820 1.015.972Outros Particulares 0 286 4.557 830 786 990 1.522 1.015 4.298 720.989

Total 23.160 45.576 140.524 311.706 429.418 319.783 442.394 454.447 775.116 5.753.563

GR Baixo GR Médio GR Elevado

101

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Divulgação dos parâmetros de risco associado ao modelo de imparidade por segmento

Crédito e juros vencidos

À data de 30 de Junho de 2014 e 31 de Dezembro de 2013, o montante de crédito e juros vencidos

pelos vários segmentos apresenta a seguinte desagregação:

Segmento PI PDD PDC PD LGD (1)

01- Estado e Outras Entidades Públicas 1,77% 0,08% 1,13% 0,10% 0,00%

02- Crédito à Habitação 1,90% 0,17% 11,79% 0,40% 6,91%

03- Crédito ao Consumo 2,63% 0,33% 11,20% 0,63% 57,41%

04- Leasing Imobiliário 5,19% 0,99% 19,85% 2,01% 6,77%

05- Clientes com contratos de Fomento à Construção 11,75% 3,09% 25,48% 6,08% 9,13%

06- Outros Clientes Sec Const Prom Imob - Com Garantia 6,65% 1,07% 21,64% 2,51% 10,09%

07- Outros Clientes Sec Const Prom Imob - Sem Garantia 5,31% 1,00% 23,23% 2,23% 35,45%

08- Outros Particulares - Com Garantia 3,82% 0,41% 16,16% 1,03% 7,44%

09- Outros Particulares - Sem Garantia 2,67% 0,33% 15,73% 0,75% 52,94%

10- Outras Empresas - Com Garantia 4,46% 0,72% 19,55% 1,59% 9,92%

11- Outras Empresas - Sem Garantia 4,46% 0,75% 17,75% 1,54% 54,83%

12- ENIs - Com Garantia 4,23% 0,53% 18,59% 1,32% 9,32%

13- ENIs - Sem Garantia 3,68% 0,54% 20,10% 1,28% 63,55%

(1) Correspondente à LGD aplicável a créditos em cumprimento. Para créditos em Default, é aplicável uma LGD Vintage.

Banif SA

PARÂMETROS DE RISCO AutoPersonal

LoansBGO Auto

Personal Loans

A 2,6% 3,0% 2,2% 1,7% 3,1% 3,2% 2,6% 2,7%B 4,8% 6,0% 4,5% 3,4% 6,1% 6,0% 6,7% 5,0%C 8,2% 9,4% 7,1% 4,9% 9,7% 10,2% 10,2% 8,4%D 11,7% 12,6% 9,5% 7,5% 12,9% 14,6% 14,6% 12,1%E 15,4% 16,4% 12,3% 9,7% 16,8% 19,2% 17,9% 15,9%F 18,1% 18,8% 14,2% 12,7% 19,3% 22,6% 22,1% 18,8%G 21,1% 22,0% 16,6% 14,3% 22,6% 26,2% 26,1% 21,8%H 24,6% 26,6% 20,1% 16,5% 27,4% 30,6% 30,7% 25,4%I 27,1% 31,5% 23,8% 18,6% 32,4% 33,7% 35,3% 28,0%J 31,1% 34,6% 26,1% 20,5% 35,6% 38,7% 38,2% 32,1%K 36,9% 39,4% 29,7% 24,0% 40,5% 46,0% 45,2% 38,2%L 45,6% 54,3% 40,9% 32,1% 55,8% 56,9% 64,1% 47,2%CNC 67,0% 70,8% 53,4% 44,2% 72,8% 83,5% 82,9% 69,3%

POLAND

Banif Mais

PORTUGAL HUNGARYSPAIN SLOVAKIA

Jun-14 (valores em milhares de euros)

3 - 6 Meses 6 - 12 Meses 1 - 3 Anos > 3 Anos TotalEmpresas 43.525 100.722 299.986 322.407 766.640Particulares Consumo 1.639 4.788 37.945 151.765 196.138Particulares Imobiliário 6.012 7.383 30.340 37.103 80.838Particulares Outros 3.862 4.555 66.931 74.519 149.866Total1 55.038 117.447 435.203 585.794 1.193.482

Dez-13 (valores expressos em milhares de Euros)

3 - 6 Meses 6 - 12 Meses 1 - 3 Anos > 3 Anos TotalEmpresas 50.344 108.448 285.190 285.332 729.313Particulares Consumo 1.848 5.744 47.308 186.104 241.005Particulares Imobiliário 1.993 6.667 26.010 34.116 68.785Particulares Outros 3.031 30.945 42.391 61.589 137.956Total1 57.216 151.803 400.899 567.141 1.177.059

1 O valor de crédito e juros vencidos reportado não é líquido de imparidades.

1 O valor de crédito e juros vencidos reportado não é líquido de imparidades.

102

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

De salientar que se registou um ligeiro acréscimo do montante de crédito e juros vencidos (16.423

milhares de euros).

Recuperação de crédito vencido e em contencioso

O Modelo no Acompanhamento e Recuperação de Crédito foi objecto de alterações significativas,

tendo em vista o seu ajustamento ao novo ciclo iniciado em 2013, caracterizado por uma tendência

para a estabilização / decréscimo do total de crédito em risco, e evolução de acordo com as

recomendações resultantes do Special Assessment Program - Management Distressed Loans,

conduzido pelo Banco de Portugal em 2013. Entre as medidas concretizadas, assumiram especial

relevância:

− O reforço dos procedimentos no acompanhamento dos clientes nas redes comerciais com uma

exposição creditícia significativa e evidenciando crédito vencido ou em risco, por via da

atribuição à DRC de um papel central nesse processo;

− A revisão do modelo organizativo da DRC, introduzindo um maior grau de especialização na

gestão dos clientes em função do segmento, nível de exposição, fase do processo e tipo de

produto;

− A constituição na DRC de uma Unidade especializada dedicada em exclusivo ao

acompanhamento dos clientes com crédito vencido ou com sinais de alerta sob gestão das

redes;

− A redefinição das competências aplicáveis à análise e decisão do crédito dos clientes em

acompanhamento e em recuperação central, de modo a garantir a sua adequação ao novo

âmbito de actuação e modelo organizativo da DRC.

Crédito reestruturado

O Grupo monitoriza regularmente a sua carteira de crédito, no intuito de detectar preventivamente

situações de possível incumprimento dos clientes. Quando aplicável e adequado, os créditos são alvo

de reestruturação, sendo negociadas novas condições mais adaptadas às capacidades financeiras

dos clientes e à sua capacidade de geração de fundos ou rendimentos.

No âmbito dos normativos do Banco de Portugal (Instruções 18/2012 e 32/2013, que revoga a

anterior), as operações de crédito alvo de reestruturação são identificadas e marcadas como tal

nos sistemas de informação, sendo consideradas as operações de crédito cujas condições iniciais

foram reformuladas, na mesma operação ou através da contratação de um novo crédito, em

virtude da degradação da qualidade creditícia dos clientes e/ou das dificuldades financeiras

evidenciadas. As operações reestruturadas são classificadas pela sua natureza e, ainda, pelos

motivos que originaram essa mesma reestruturação. O Banif dispõe de indicadores de

monitorização da evolução dos créditos assim classificados.

O contexto macroeconómico adverso verificado no 1.º trimestre de 2014, consubstanciado num

ambiente de forte contracção económica, com redução do consumo privado, aumento do nível de

103

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

desemprego e consequente aceleração do ritmo de degradação do risco de crédito das empresas e

particulares, teve uma forte influência no volume de créditos reestruturados por dificuldades

financeiras dos clientes, tal como descrito na tabela seguinte:

Relativamente aos créditos reestruturados, os montantes de imparidade ascendem a 323 milhares

de euros.

O Grupo continua a desenvolver esforços no sentido de aperfeiçoar a informação disponível sobre

as alterações registadas nas operações de crédito, nomeadamente sobre situações de

reestruturação.

Análise do risco de mercado

A 30 de Junho de 2014, o valor de mercado da carteira de títulos detidos para negociação no total

das entidades do Grupo ascendeu, a 83 milhões de euros (79,3 milhões de euros no final de 2013).

Em termos consolidados, a carteira de negociação do Grupo encontrava-se representada em 33%

pelo Banif – Banco de Investimento (Brasil), SA, seguido do Banif Bank (Malta) com um peso de 30%,

do Banif Banco de Investimento, SA, em Portugal, incluindo participadas, com um peso de 23% e do

Banif Banco Internacional do Funchal (Brasil), SA com 14%. Face a 2013 verifica-se aumento do peso

da carteira do Banif Bank (Malta) e do Banif Banco Internacional do Funchal (Brasil), SA.

(valores em milhares de euros)

Exposição Exposição Exposição ExposiçãoBruta* reestruturada** Bruta* reestruturada**

Residentes 8.534.787 1.240.603 15% 8.593.630 1.290.018 15% Habitação 2.892.648 122.601 4% 2.921.044 100.473 3% Consumo e outros 1.263.871 192.953 15% 1.336.617 187.893 14% Empresas 3.919.908 842.500 21% 3.976.740 895.630 23% Administração pública 348.775 54.137 16% 261.859 76.057 29% Outros 109.585 28.412 26% 97.370 29.966 31%Não residentes 381.256 72.673 19% 535.612 41.650 8%Total 8.916.042 1.313.276 15% 9.129.242 1.331.668 15%

Dez-13Jun-14

* Exposição bruta : conforme valor de crédito a clientes (bruto ), constante no Balanço .

** Exposição reestruturada : respeita às operações de crédito cujas condições iniciais foram reformuladas na sequência da degradação da qualidade creditícia dos clientes.

BBI (Brasil)33%

Banif (Brasil)14%

BBI (Portugal)23%

Banif Bank (Malta)

30%

Jun-14

BBI (Brasil)28%

Banif (Brasil)22%

BBI (Portugal)30%

Banif Bank (Malta)

20%

Dez-13

104

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Nos quadros seguintes, apresenta-se o cálculo do Value-at-Risk (VaR) para as carteiras de títulos de

negociação do Banif - Grupo Financeiro. O VaR foi apurado segundo duas metodologias distintas: o

modelo paramétrico, para um horizonte de 10 dias e com um intervalo de confiança de 99%; o

modelo histórico, para um horizonte de 10 dias e com um intervalo de confiança de 99%, com base

num período de 504 observações.

A metodologia baseada na aproximação paramétrica tem o objectivo de gestão de risco numa

perspectiva “forward-looking”, uma vez que utiliza observações históricas de forma a criar uma

base para a estimativa de volatilidades/risco futuro dos activos/carteira.

No modelo histórico, a escolha de um horizonte de 504 observações introduziu nos resultados

condições adversas observados nos últimos 2 anos nos mercados financeiros. Os valores em risco

são apurados, quer em base individual (apenas para as posições detidas por cada entidade), quer

em base consolidada, considerando os efeitos de diversificação das carteiras das diversas

entidades.

Para efeitos da análise do risco de mercado foi tido em consideração as entidades descontinuadas,

especificamente: BBI (Brasil), Banif (Brasil) e Banif Bank (Malta). No Grupo, excluindo as entidades

descontinuadas, apenas o BBI (Portugal), incluindo participadas, detém uma carteira de negociação.

Considerando-se, neste caso, um VaR de 4,8% a 30 Junho de 2014, segundo o modelo paramétrico,

que compara com 3,5% em Dezembro de 2013. De acordo com o modelo histórico o VaR de 4,1% a 30

Junho de 2014 compara com 5,0% a Dezembro de 2013.

Não obstante, dada a relevância que a carteira de títulos da dívida pública portuguesa, decorrentes

da aplicação dos montantes do plano de recapitalização, que corresponde a mais de 80% da carteira

de activos financeiros disponíveis para venda e que ascende ao montante de 1,6 mil milhões de

euros a 30 de Junho de 2014, é importante referir que a mesma apresentava um VaR de 36.8

milhões (65,2 milhões de euros a 31 de Dezembro de 2013), calculado de acordo com o modelo

histórico, para um horizonte de 10 dias e com um intervalo de confiança de 99%, com base num

período de 504 observações.

É de referir no entanto que, enquanto no caso da carteira de negociação existe risco de mercado, o

que significa a variação no preço de mercado dos títulos afecta directamente os resultados do

banco, no caso dos activos que se encontram na carteira de disponíveis para venda o impacto da

variação do preço faz-se sentir ao nível do capital próprio do Banco (via reservas).

105

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Nos quadros seguintes, apresenta-se o VaR para a carteira de negociação consolidada, incluindo

entidades descontinuadas, a 30 de Junho de 2014:

A 31 de Dezembro de 2013:

Desta forma, a 30 de Junho de 2014, o VaR total agregado das carteiras de negociação das várias

entidades do Banif - Grupo Financeiro ascende: segundo o modelo paramétrico a cerca de 1,7

milhões de euros, representando cerca de 2,1% do respectivo valor de mercado em base

consolidada (1,3 milhões de euros, o que corresponde a 1,8%, em 2013); e segundo o modelo

histórico a cerca de 1,9 milhões de euros, representando cerca de 2,2% do respectivo valor de

mercado em base consolidada (1,5 milhões de euros, o que corresponde a 2,2%, em 2013). O efeito

Modelo Paramétrico BBI (Portugal) BBI (Brasil)

Banif (Brasil)

Banif Bank (Malta)

VaR Consolidado

VaR da Carteira (%) 4,8% 0,2% 3,3% 4,8% 2,1%VaR da Carteira (¬) 939 44 384 1.189 1.730

Risco Mercado (factores comuns) 816 44 130 1.158 1.682Acções 23 0 0 0 23Obrigações 651 44 111 1.158 1.598

Curva de Rendimento 653 1 111 1.134 1.550Spread 102 0 13 153 239Indexadas a inflacao 2 43 0 0 45

Mercados Emergentes 257 0 48 0 257 Correlação - factores comuns -115 0 -29 0 0

Risco Específico 217 2 71 267 386Risco Cambial 355 0 382 0 355Efeito Diversificação -449 -2 -199 -237 -693

(valores expressos em milhares)

Modelo HistóricoBBI

(Portugal) BBI (Brasil)Banif

(Brasil)Banif Bank

(Malta)VaR

ConsolidadoVaR da Carteira (%) 4,1% 1,8% 3,2% 2,5% 2,2%VaR da Carteira (¬) 802 483 368 620 1.853(valores expressos em milhares)

Entidades Descontinuadas

Modelo Paramétrico BBI (Portugal)

BBI (Brasil)

Banif (Brasil)

Banif Bank

(Malta)VaR

ConsolidadoVaR da Carteira (%) 3,5% 1,2% 2,0% 2,9% 1,8%VaR da Carteira (¬) 531 256 347 477 1.298

Acções 4 5Obrigações 189 255 39 344 826

Indexadas a inflacao 2 253 255 Mercados Emergentes 318 53 438 Correlação - factores comuns -144 -30 0 -279

Risco Específico 71 21 62 331 401Risco Cambial 483 919Efeito Diversificação -391 -20 222 -198 -1.012

(valores expressos em milhares)

Modelo Histórico BBI (Portugal)

BBI (Brasil)

Banif (Brasil)

Banif Bank

(Malta)VaR

ConsolidadoVaR da Carteira (%) 5,0% 2,8% 2,4% 1,6% 2,2%VaR da Carteira (¬) 1.199 583 418 267 1.526

(valores expressos em milhares)

106

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

de diversificação entre as diversas entidades foi tido em consideração. O rácio do VaR total nos

fundos próprios de base consolidados do Grupo mantém um peso muito reduzido, sendo inferior a

0,2% em ambas as metodologias.

Considerando, a 30 de Junho de 2014, a carteira de cada entidade, o VaR em termos percentuais, o

BBI (Portugal) representa a maior contribuição para o VaR total do Grupo.

Da análise das 2 metodologias utilizadas é possível constatar o aumento do risco de mercado

expectável para o Banif Bank (Malta) e BBI (Brasil), caso se mantivesse a actual carteira e os actuais

pressupostos do modelo.

Durante a primeira metade de 2014, o Grupo deteve uma carteira maioritariamente constituída por

obrigações de taxa fixa, peso de cerca de 78% (de 83% a 31 de Dezembro de 2013) na sua maioria

dívida pública (42% brasileira, 14% maltesa e 18% portuguesa), explicando a contribuição do factor

de risco “Curva de rendimento” para o total do VaR, em detrimento do risco de crédito (“spread”).

BBI (Brasil)

Banif (Brasil)

BBI (Portugal)Banif Bank (Malta)

-1,0%

0,0%

1,0%

2,0%

3,0%

4,0%

5,0%

6,0%

0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 30.000 35.000

Valu

e-at

-ris

k %

Valor de mercado da carteira (€)

ModeloHistórico

ModeloParamétrico

BBI (Brasil) Banif (Brasil) Banif Bank (Malta)

107

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Evolução do VaR por Factor de Risco

Risco Global” por subfactor

Nota: os gráficos apresentados apenas espelham os factores de risco mais significativos, não

estando representado o efeito diversificação, que de acordo com uma maior/menor correlação

entre os activos em carteira resulta num risco total menor/maior.

Análise do risco de taxa de juro

A análise assenta no cenário de um choque paralelo, positivo e negativo, da curva de rendimentos

de 200 pontos base, e respectivo impacto na situação líquida e na margem financeira anual do

Grupo, tendo por base os pressupostos assumidos de acordo com a Instrução 19/2005 do Banco de

Portugal. Contudo, o Grupo determina o impacto nos seus indicadores internos de outras

magnitudes de choque.

0%

20%

40%

60%

80%

100%

120%

Dez-12 Mar-13 Jun-13 Set-13 Dez-13 Mar-14 Jun-14

Risco Global (factores comuns) Risco Específico Risco Cambial

0%

20%

40%

60%

80%

100%

120%

Dez-12 Mar-13 Jun-13 Set-13 Dez-13 Mar-14 Jun-14

Risco Global (factores comuns) Obrigações Curva de Rendimento Spread

108

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Análise de sensibilidade – impacto de uma variação positiva de 200 pontos base na curva de taxas

de juro por moedas relevantes.

Os resultados da análise de sensibilidade aos elementos patrimoniais e extrapatrimoniais na

carteira bancária indicam que uma subida nas taxas de mercado terá um impacto negativo, quer

na situação líquida, quer a curto prazo na margem financeira.

A concentração do risco de taxa de juro no intervalo temporal de 1 a 5 anos e superior a 5 anos

advém da exposição a dívida pública portuguesa, penalizada pelo facto de se tratar de activos de

longo prazo com taxa fixa. Em contrapartida, os passivos concentram-se nos prazos até 12 meses. A

conjugação destes factores resulta num impacto total negativo nos prazos longos.

O impacto das entidades descontinuadas não é material, no que diz respeito à Situação Líquida e à

Margem Financeira, não se registando alteração da estrutura final. Em termos de impacto total,

caso se considerassem todas as entidades, na Situação Líquida passaria a ser de negativo em 108

(valores em milhares de euros)

Activos Passivos Gap

(+) (-) (+) (-) (+/-)

Até 1 m 878.543 2.459.165 433.621 456.401 -1.603.402 1.283 1.888

1 - 3 m 3.125.145 1.621.373 1.644.724 1.742.660 1.405.836 -4.499 -7.947

3 - 6 m 2.243.400 1.677.514 910 0 566.796 -4.081 -12.573

6 - 12 m 354.693 2.643.491 85 0 -2.288.714 32.729 12.366

1 - 5 A 1.597.966 810.507 3.206 0 790.665 -56.116 46.602

> 5 A 562.888 39.699 4.114 0 527.304 -79.808 -4.536

Total 8.762.635 9.251.749 2.086.660 2.199.061 -601.514 -110.492 35.801em % dos Fundos Próprios -11,6% 3,5%

2013

Activos Passivos Gap

(+) (-) (+) (-) (+/-)

Até 1 m 878.543 2.459.165 433.621 456.401 -1.603.402 -30.848 -45.393

1 - 3 m 3.125.145 1.621.373 1.644.724 1.742.660 1.405.836 20.970 39.143

3 - 6 m 2.243.400 1.677.514 910 0 566.796 3.823 17.672

6 - 12 m 354.693 2.643.491 85 0 -2.288.714 -14.583 -5.031

Total 6.601.781 8.401.543 2.079.341 2.199.061 -1.919.483 -20.637 6.391em % da Margem Financeira -16,1% 5,1%

Fundos Próprios 953.914 1.016.310

Margem Financeira 128.163 125.074

Jun-14 2013

Impacto na Situação LíquidaExtrapatrimoniais

TOTAL TOTAL

Jun-14

Impacto na Margem Financeira, a 12 meses

ExtrapatrimoniaisTOTAL TOTAL

-100.000

-80.000

-60.000

-40.000

-20.000

0

20.000

40.000

60.000

Até 1 m 1 - 3 m 3 - 6 m 6 - 12 m 1 - 5 A > 5 A

Situação Liquída

Jun-14 Dez-13

-50.000-40.000-30.000-20.000-10.000

010.00020.00030.00040.00050.000

Até 1 m 1 - 3 m 3 - 6 m 6 - 12 m

Margem Financeira

Jun-14 Dez-13

109

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

milhões de euros (variação de -2,0 milhões de euros), e na Margem Financeira negativo de 20,6

milhões de euros (variação de -5,4 milhões de euros).

Análise do risco cambial

A 30 de Junho de 2014, a posição aberta líquida em moeda estrangeira centra-se em dólares

americanos (USD), conforme divulgado no quadro seguinte:

Análise do risco liquidez

As tabelas abaixo resumem o perfil de maturidade dos fluxos de caixa dos activos e passivos do

Grupo em 30 de Junho de 2014 e 31 de Dezembro de 2013 (não considerando juros futuros),

respectivamente:

(valores em milhares de euros)Dez-13

PosiçõesMoeda Longa Curta Net NetCoroa checa 9 5 4 53Coroa dinamarquesa 20 0 20 102Coroa norueguesa 14 42 -28 7Coroa sueca 200 0 200 31Dólar australiano 59 22 36 -404 Dólar Canadiano 330 274 56 -64 Dólar de Hong Kong 90 0 90 0Dólar dos Estados Unid 8.554 35.804 -27.250 -39.712 Florim húngaro 18 0 18 17Franco suíço 69.364 69.393 -29 295Iene japonês 114 103 11 -126 Libra esterlina 744 471 273 0Outras 139 55 84 80Real brasileiro 1.518 9.052 -7.534 -6.252 Zlóti polaco 1.090 6 1.084 70

Total 82.263 115.230 -32.966 -45.926

Jun-14Posições

Jun-14ATÉ 1 MÊS 1-3 MESES 3-6 MESES 6-12 MESES 1-5 ANOS >5 ANOS TOTAL

PASSIVO 2.767.477 1.874.257 1.804.881 2.676.098 1.505.659 1.889.772 12.518.144

Recursos de Bancos Centrais e outras IC´s 1.376.529 89.382 80.040 922.396 175.332 0 2.643.680

Recursos de clientes e outros empréstimos 909.496 1.545.677 1.471.313 1.622.226 343.096 621.844 6.513.652

Passivos financeiros detidos para negociação 952 1.003 177 223 0 28.804 31.159

Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultado 0 0 0 0 0 12.471 12.471

Responsabilidades representadas por titulos 14.048 92.438 153.214 78.015 327.239 1.145.194 1.810.148

Instrumentos representativos de capital 0 0 0 130.158 0 0 130.158

Passivos Subordinados 0 0 0 0 132.852 24.311 157.163

Outros Passivos 467.403 146.759 100.314 53.461 516.089 98.271 1.382.297

Provisões 0 0 0 0 11.052 152 11.204

Capital e Reservas 0 0 0 0 0 1.001.936 1.001.936

TOTAL 2.768.429 1.875.259 1.805.058 2.806.479 1.505.659 2.932.983 13.693.868

ACTIVO

Crédito sobre IC´s 214.606 145.973 0 0 0 59.420 419.999

Crédito a Clientes 396.405 343.857 498.673 522.819 2.723.299 3.254.191 7.739.245

Activos financeiros 72.244 133 1.254 276.011 1.138.412 629.191 2.117.244

Investimentos e activos tangíveis e intangíveis 790 1.056 1.774 1.642 534 405.155 410.951

Outros Activos 363.403 64.181 139.898 251.718 1.089.360 1.097.869 3.006.429

TOTAL 1.047.448 555.200 641.599 1.052.189 4.951.605 5.445.827 13.693.868

Prazos residuais

(valores em milhares de euros)

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A análise dos desfasamentos (gaps) verificados no perfil de vencimentos dos cash-flows futuros

permite também verificar concentrações de risco nos vários prazos:

Dez-13ATÉ 1 MÊS 1-3 MESES 3-6 MESES 6-12 MESES 1-5 ANOS >5 ANOS TOTAL

PASSIVO 3.355.887 1.702.320 1.462.563 2.029.936 2.518.777 1.654.436 12.723.920

Recursos de Bancos Centrais e outras IC´s 2.090.553 86.800 3.749 0 1.245.151 0 3.426.254Recursos de clientes e outros empréstimos 905.303 1.465.030 1.311.233 1.628.637 389.445 603.632 6.303.280Passivos financeiros detidos para negociação 2.321 1.997 1.496 0 1.079 21.893 28.785Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados 0 0 0 0 0 12.393 12.393Responsabilidades representadas por titulos 502 22.333 27.289 243.770 385.171 579.005 1.258.070Instrumentos representativos de capital 0 125.000 0 125.058 10.000 0 260.058Passivos Subordinados 0 0 0 0 74.439 79.879 154.318Outros Passivos 358.037 1.161 118.795 32.471 400.160 356.772 1.267.397Provisões 5 0 0 0 13.333 27 13.365Capital e Reservas 0 0 0 0 0 879.572 879.572

TOTAL 3.356.722 1.702.320 1.462.563 2.029.936 2.518.777 2.533.174 13.603.492

ACTIVO

Crédito sobre IC´s 107.405 64.634 0 0 0 132.225 304.264Crédito a Clientes 447.083 426.111 479.315 553.569 2.677.299 3.385.648 7.969.024

Activos financeiros 28.443 40.298 23.835 72.485 587.847 1.154.985 1.907.893 Investimentos e activos tangíveis e intangíveis 625 2.361 1.910 4.675 2.527 382.297 394.395Outros Activos 407.268 80.552 113.566 207.603 912.851 1.306.076 3.027.915

TOTAL 990.823 613.956 618.626 838.332 4.180.524 6.361.231 13.603.492

Prazos residuais

(valores em milhares de euros)

Jun-14

GAP GAP ACUMULADO%GAP

/TOTAL ACTIVO

%GAP ACUMULADO /TOTAL ACTIVO

Até 1 Mês (1.720.981) (1.720.981) -12,6% -12,6%

1-3 Meses (1.320.059) (3.041.040) -9,6% -22,2%

3-6 Meses (1.163.458) (4.204.499) -8,5% -30,7%

6-12 Meses (1.754.290) (5.958.789) -12,8% -43,5%

1-5 Anos 3.445.946 (2.512.843) 25,2% -18,4%

>5 Anos 2.512.843 - 18,4% -

Dez-13

GAP GAP ACUMULADO%GAP

/TOTAL ACTIVO

%GAP ACUMULADO /TOTAL ACTIVO

Até 1 Mês (2.365.899) (2.365.899) -17,4% -17,4%

1-3 Meses (1.088.364) (3.454.262) -8,0% -25,4%

3-6 Meses (843.937) (4.298.199) -6,2% -31,6%

6-12 Meses (1.191.605) (5.489.804) -8,8% -40,4%

1-5 Anos 1.661.747 (3.828.057) 12,2% -28,1%

>5 Anos 3.828.057 - 28,1% -

(valores em milhares de euros)

( valores em milhares de euros )

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Relativamente aos quadros acima apresentados, importa salientar que uma parcela significativa

(61%) do valor negativo verificado no gap de liquidez até um mês resulta do vencimento de

financiamentos junto do BCE, não se antecipando dificuldades na sua sucessiva renovação, à

semelhança do ocorrido no passado.

A execução do Plano de Funding desenhado para 2014 permitirá garantir um nível de liquidez

estável, apesar dos desembolsos previstos. Algumas medidas já foram concluídas ao longo do

primeiro semestre e outras vão ser concluídas até ao final do ano.

A evolução positiva dos depósitos dos clientes proporcionou uma melhoria no rácio de

transformação no semestre. Até ao final do ano, não se prevê um agravamento do commercial gap,

ou seja, os recursos de clientes que não sejam renovados deverão ser compensados pela não

renovação de créditos a clientes que se vençam no mesmo período. De qualquer forma, é

expectativa do Banco que a grande maioria dos recursos de clientes que se vencem nos próximos

meses venha a ser renovada.

Derivados ao justo valor

O quadro abaixo analisa os derivados apresentados ao justo valor decompostos pelos gap de

maturidade, baseados no período remanescente (pela data contratual) à data de 30 de Junho de

2014 e 31 de Dezembro de 2013, respectivamente. Os montantes apresentados correspondem aos

cash-flows contratados actualizados, contudo estes podem ocorrer antes da data de maturidade.

-20,0%

-10,0%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%GAP/Total do Activo (%)

a) considerando entidades descontinuadas b) expurgando efeito de entidades descontinuadas

-50,0%

-40,0%

-30,0%

-20,0%

-10,0%

0,0%

10,0%GAP/Total do Activo acumulado (%)

a) considerando entidades descontinuadas b) expurgando efeito de entidades descontinuadas

112

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As entidades descontinuadas apresentam pouca materialidade em termos exposição à carteira de

instrumentos financeiros derivados de negociação, como se pode verificar na figura abaixo.

Análise do risco soberano

Os valores de exposição assumidos pelo Grupo, à data de 30 de Junho de 2014, encontram-se

divulgados na nota 40 “Condições especiais sobre o risco soberano de Portugal, Grécia, Irlanda,

Espanha, Itália e Chipre” do Anexo do Grupo Banif (óptica consolidada).

Análise do risco operacional

Existem situações diárias na actividade dos Bancos em que, por via do Risco Operacional a que estão

expostos, podem constituir perdas para o Banco.

Encontra-se implementado no Banco um processo de carregamento e validação de eventos RO com

base na análise de informação proveniente de diversas fontes.

A acrescer a esta informação, a rede de GestoresRO também regista eventos aos quais são

agregados pontos a tratar por forma a desencadear medidas de mitigação. Pretende-se reforçar e

disseminar a cultura do Risco Operacional no sentido da colaboração, já existente, ser continuada e

melhorada por todos os Colaboradores do Grupo.

(valores em milhares de euros)

Jun-14 Até 1m 1-3m 3-12m 1-5 A >5A TotalSwaps FX 279 -893 1.078 0 0 463Divisas -789 -1 0 0 0 -790Interest Rate Swaps 0 0 17 0 -6.694 -6.677Credit Default Swaps 0 0 0 0 0 0Operações a prazo de divisas 0 0 0 0 0 0Total -510 -895 1.094 0 -6.694 -7.004

Dez-13 Até 1m 1-3m 3-12m 1-5 A >5A TotalSwaps FX -2.226 -1.959 -1.496 0 0 -5.680Divisas 1.751 134 2 0 0 1.887Interest Rate Swaps 0 0 0 -692 -3.303 -3.996Credit Default Swaps 0 0 0 0 0 0Operações a prazo de divisas 0 0 0 0 0 0Total -474 -1.825 -1.494 -692 -3.303 -7.789

-8.000

-7.000

-6.000

-5.000

-4.000

-3.000

-2.000

-1.000

0

1.000

2.000

Até 1m 1-3m 3-12m 1-5 A >5A

a) Considerando entidades descontinuadas b) Excluindo entidades descontinuadas

113

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Activos ponderados pelo risco

Em 30 de Junho de 2014 os activos ponderados pelo Risco atingiram as 9,5 mil milhões de euros,

sendo 90% do total proveniente de Risco de Crédito e Contrapartes, 9% do total relativos a Risco

Operacional e 1% relativo a Risco de Mercado.

A evolução dos activos ponderados pelo risco, reflecte essencialmente o deleverage da carteira de

crédito e o reforço do montante de imparidades.

Nota: Os RWAs de crédito incluem também os valores relativos ao segmento de “Outros Activos” (i.e.

rubricas contabilísticas não relacionadas com crédito e títulos, tais como: “Imobilizado”, “Caixa”,

etc.).

7.000

8.000

9.000

10.000

Mar-14 Jun-14

RWAs Risco de Mercado RWAs Risco Operacional RWAs Risco de Crédito

Evolução de RWAs(Milhões de Euros)

114

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06. ANÁLISE ÀS CONTAS CONSOLIDADAS

Resultados

No 1º Semestre de 2014, o produto bancário registou uma subida de 69,0%, em termos homólogos,

para 216,1 milhões de euros. Para esta variação contribuíram diversos factores, entre os quais se

destacam:

− A subida de 29,1% na margem financeira para 66,1 milhões de euros reflecte os efeitos do

processo de ajustamento em curso do modelo de negócio, que se consubstancia numa

estratégia de reposicionamento comercial do Banif, direccionada para a oferta de produtos

de maior valor para o segmento empresarial e focada numa política de redução de custos

de financiamento através de uma maior selectividade na captação de recursos de clientes.

Esta evolução positiva da margem financeira foi obtida num contexto económico

fortemente condicionado pelo efeito do volume de crédito, enquadrado pela

desalavancagem dos sectores não financeiros da economia, pela manutenção das taxas de

juro de referência em níveis reduzido e pelo custo com CoCo’s.

− De referir que o reembolso integral de CoCo’s, estando prevista ocorrer a recompra da

última tranche, no montante de 125 milhões, até ao final do corrente ano, irá contribuir

para a redução de custos de financiamento e consequente melhoria da margem financeira.

− Uma diminuição de 9,7% nas comissões (líquidas), para 33,4 milhões de euros, reflectindo o

impacto negativo da alteração introduzida pelas novas regras do Banco de Portugal a

partir do 2º Semestre de 2013, bem como da diminuição da actividade da banca comercial e

da banca de investimento.

− O resultado em operações financeiras no montante de 81,7 milhões de euros,

fundamentalmente relacionado com mais-valias obtidas na alienação de títulos de

rendimento fixo de dívida pública portuguesa (90,7 milhões de euros no 1º Semestre de

2014).

− Os outros resultados de exploração que registaram um resultado de 34,2 milhões de euros,

essencialmente relacionados com proveitos de 41,5 milhões de euros da alienação de

carteira de crédito vencido (carteira de write-offs) e perdas de 17,1 milhões de euros de

desvalorização e alienação de activos imobiliários.

115

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Produto Bancário: Estrutura

Os custos de estrutura no 1º Semestre de 2014 totalizaram 114,7 milhões de euros, reflectindo as

medidas de racionalização e optimização em termos de adequação da estrutura organizativa do

Banco, tendo em conta o actual contexto em que se desenvolve a actividade bancária e o processo

de restruturação em curso. Excluindo os custos relacionados com o programa de rescisões por

mútuo acordo, que teve início em Março de 2014 (9,1 milhões de euros no 1º Semestre de 2014 e que

compara com 0,4 milhões de euros no 1º Semestre de 2013), os custos de estrutura diminuíram

7,7% face ao 1º Semestre de 2013.

Os custos com pessoal situaram-se em 67,9 milhões de euros. Excluindo o impacto relacionado com

custos não recorrentes relacionados com os processos de rescisão, os custos com pessoal

diminuíram 4,1% em termos homólogos, beneficiando do impacto do programa de redução do

quadro de colaboradores e do aprofundamento do processo de reestruturação em curso no Banif,

nomeadamente através da aceleração do encerramento das agências. Face à agilização dos

processos de pré-reforma, reformas e revogações de contratos de trabalho por mútuo acordo já

celebrados, cuja produção de efeitos terá reflexo no 2º Semestre de 2014, e à continuidade dos

processos de encerramento de agências e de reorganização dos serviços centrais, o Banif SA

(actividade doméstica) prevê terminar o corrente ano com um quadro de pessoal de 2.000

colaboradores, uma redução de 14% face aos 2.328 colaboradores registados em Dezembro do ano

passado.

Os gastos gerais administrativos totalizaram 36,4 milhões de euros no 1º Semestre de 2014,

registando uma descida de 8,3% em termos homólogos, apesar do registo de custos significativos

associados ao processo de recapitalização e reestruturação em curso. Esta diminuição reflecte a

estratégia implementada em termos de racionalização e optimização em processos operacionais,

40,0%30,6%

0,9%

0,3%

28,9%

15,4%

26,2%

37,8%

4,0%15,8%

Jun-13 Jun-14Margem financeiraRendimentos de instrumentos de capitalComissões e outros proveitos líquidosResultados em operações financeirasOutros resultados de exploração

116

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mas também a renegociação de contratos e o redimensionamento da rede de distribuição, tanto a

nível doméstico como internacional. Entre outras rubricas, importa destacar as poupanças

significativas obtidas com custos de comunicação, conservação e reparação e consultores e

auditores externos. Neste contexto, importa também salientar a parceria estratégica estabelecida

na área de IT e manutenção aplicacional com a IBM, em regime de outsourcing e por um período de

10 anos, que permitirá um aumento significativo ao nível da eficiência e simultaneamente gerar

poupanças importantes nos custos de estrutura estimadas em cerca de 15 milhões de euros.

Adicionalmente, no âmbito do processo de transformação em curso e que visa o ajustamento do

seu modelo de negócio, o Banif decidiu antecipar a implementação de medidas com vista a acelerar

o programa de redução de colaboradores e encerramento de agências bancárias em Portugal, o

que se consubstanciará em reduções de custos significativos a partir de 2015, inclusive.

As amortizações do exercício totalizaram 10,4 milhões de euros no 1º Semestre de 2014 tendo

diminuído 22,1% em termos homólogos. Esta evolução reflecte, em parte, a redução da estrutura do

Banco e racionalização da política de investimento tendo em conta o ajustamento do modelo de

negócio actualmente em curso.

As provisões e imparidades líquidas, no 1º Semestre de 2014, situaram-se em 146,2 milhões de euros

o que compara com 141,4 milhões de euros no 1º Semestre de 2013, correspondendo a uma subida

homóloga de 3,4%. Este montante reflecte um aumento das dotações líquidas para imparidade de

crédito no montante de 121,5 milhões de euros no final do 1º Semestre de 2014, que se deveu

essencialmente a um reforço de imparidade nas actividades domésticas e, em particular no Banif,

SA, onde a dotação líquida ascendeu a 117,9 milhões de euros. Este montante inclui a constituição

de uma imparidade por indicação transversal do Banco de Portugal em relação à exposição liquida a

entidades do GES.

O Resultado das unidades operacionais descontinuadas totalizou -41,0 milhões de euros no 1º

Semestre de 2014 que compara com -78,3 milhões de euros no 1º Semestre de 2013. Relativamente

às unidades classificadas como unidades operacionais descontinuadas, de referir que:

− O Banif Bank (Malta) consolidou a sua operação no 1º Semestre de 2014 através de um

crescimento ligeiro e sustentado da base de activos (+63,3 milhões de euros) e geração de

resultados positivos (0,3 milhões de euros), para o qual contribuiu a redução dos custos

com gastos gerais administrativos (-6% em termos homólogos) enquanto os custos com

pessoal registaram uma ligeira subida (+3% em termos homólogos).

− No Banco Banif Brasil os resultados reflectem a melhoria tendo em conta o processo de

reestruturação em curso, nomeadamente ao nível do impacto de redução de custos fruto

das iniciativas tomadas, entre as quais se destaca a integração operacional do banco

comercial e de investimento; redução da rede de distribuição (19 agências bancárias em

Dezembro de 2012 para 2 agências em Junho de 2014); programa de redução de

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colaboradores (233 colaboradores em Dezembro de 2012 para 126 em Junho de 2014 tendo

os custos com pessoal registado uma redução de 23% em termos homólogos) e redução

das despesas com gastos gerais administrativos. Simultaneamente procedeu-se a um

reforço prudencial da imparidade no montante de 33 milhões de euros.

− O Banco Caboverdiano de Negócios encetou, ao longo do 1º Semestre de 2014, um programa

de aumento de eficiência operacional que se traduziu em poupanças significativas

sobretudo em custos com pessoal (-9,5% em termos homólogos) enquanto os custos com

gastos gerais administrativos registaram uma ligeira descida (-1% em termos homólogos).

O resultado líquido no 1º Semestre situou-se em 0,8 milhões de euros.

O resultado líquido obtido no 1º Semestre de 2014, de -97,7 milhões de euros, registou uma evolução

positiva face ao resultado líquido obtido no período homólogo (-196,0 milhões de euros) em

consequência da melhoria do produto bancário e da evolução menos desfavorável das unidades

operacionais descontinuadas, apesar de penalizado pelo aumento de custos com pessoal

relacionados com o programa de redução de colaboradores (8,7 milhões de euros).

Balanço

O activo líquido totalizava 13.693,9 milhões de euros a 30 de Junho de 2014, registando um ligeiro

aumento de 0,7% face ao final do exercício de 2013.

O crédito bruto concedido a clientes atingiu 8.916,0 milhões de euros a 30 de Junho de 2014,

diminuindo cerca de 2,3% em comparação com Dezembro de 2013. Esta evolução continua a reflectir

o esforço de desalavancagem levado a cabo pelo Banco, essencialmente em sectores não

estratégicos, e uma menor procura de crédito, associado ao contexto recessivo que tem afectado

em particular a economia portuguesa.

Contudo, importa referir que, no contexto do apoio ao tecido empresarial português, e como

resultado da estratégia de reposicionamento comercial encetada, que se consubstancia numa

aposta forte nos segmentos de empresas (Micro e SME), no âmbito da qual está a decorrer o

programa de Leads comerciais do Banif materializado num montante de 500 milhões de euros de

financiamento destinado a PME’s do sector industrial e agro-alimentar, o crédito concedido a

empresas registou uma subida de 2,7% no 1º Semestre de 2014 face a Dezembro de 2013.

Adicionalmente, o Banif manterá e reforçará a sua estratégia de acompanhamento às PMEs,

através do alargamento da sua rede de gestores dedicados aos segmentos de empresas (Micro e

SME) e elegendo como principais eixos os negócios de crédito comercial e de crédito financeiro,

apoiando os seus clientes através de contas correntes e do crédito protocolado.

118

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Crédito a Clientes Bruto (milhões de euros)

A rubrica Outros inclui crédito vencido há mais de 30 dias.

A subida do crédito concedido pelas unidades descontinuadas é explicada pela unidade de Malta.

No 1º Semestre de 2014, manteve-se a tendência no que respeita a uma clara inversão na

trajectória descendente dos depósitos que, face a Dezembro de 2013, registaram uma subida de

3,3% (excluindo o impacto das unidades descontinuadas). A manutenção da estratégia de

acompanhamento dos clientes particulares de maior valor, sedimentada no crescimento da rede de

Gestores Affluent, bem como um acompanhamento atento aos clientes do segmento da emigração,

deverá permitir que a meta de crescimento nesta rubrica para 2014 seja atingida.

Estrategicamente, o Banif tem continuado, com sucesso, a prosseguir uma redução do custo de

funding, direccionando a oferta para produtos de poupança normalizados em detrimento dos

depósitos a prazo com taxa negociada.

Quanto aos recursos “fora de balanço”, o seu total ascendia a 1.902 milhões de euros a 30 de Junho

de 2014.

Recursos totais de Clientes (milhões de euros)

Jun-14 Dez-13 ∆

Empresas 3.718 3.620 2,7%

Particulares 3.928 4.064 -3,3%

Habitação 2.819 2.885 -2,3%

Consumo 525 522 0,6%

Outros 584 657 -11,1%

Outros 1.270 1.445 -12,0%

Total 8.916 9.129 -2,3%

Crédito concedido pelas unidades descontinuadas 814 788 3,3%

Total 9.730 9.917 -1,9%

Jun-14 Dez-13 ∆

Recursos totais de clientes no balanço 7.038 6.847 2,8%

Depósitos de clientes 6.514 6.303 3,3%

Outros débitos (certificados de depósitos e emissão de dívida) 524 544 -3,7%

Recursos de clientes fora balanço 1.902 1.993 -4,6%

Total 8.940 8.840 1,1%

Recursos das unidades descontinuadas 913 962 -5,1%

Total 9.853 9.802 0,5%

119

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Evolução do Rácio de Transformação

(*) A partir do 4T2013, exclui unidades operacionais descontinuadas.

A 30 de Junho de 2014, o rácio de transformação de depósitos em crédito (crédito líquido/depósitos)

atingiu 118,8%, que corresponde a uma melhoria significativa face a Dezembro de 2013 (126,4%), em

resultado de uma evolução positiva dos depósitos de clientes.

Os capitais próprios, deduzidos de Interesses que não controlam, registaram um aumento de 15,0%

face a Dezembro de 2013, ascendendo a 931,2 milhões de euros no final de Junho de 2014, explicado

essencialmente pelo aumento de capital no montante de 138,5 milhões de euros, aumento de

reservas de reavaliação no montante de 80,0 milhões de euros e resultado líquido do período no

montante de -97,7 milhões de euros.

Gestão de Liquidez No 1º Semestre de 2014 o Banif reforçou a solidez da sua estrutura financeira, no seguimento do

verificado ao longo de 2013. As linhas gerais do Plano de Funding do Banif para 2014 foram

definidas tendo em atenção o cumprimento de dois objectivos principais: (i) assegurar a existência

de uma folga de liquidez suficiente para fazer face aos desembolsos previstos para o ano e (ii)

diversificar as fontes de financiamento, promovendo a redução progressiva do peso do BCE e a

extensão da maturidade média do funding obtido.

Tal como previsto, no 1º Semestre de 2014, foram colocados 438 milhões de euros de uma operação

de securitização (Atlantes SME3) de carteiras de crédito a PME. Foi também realizada uma emissão

ao abrigo do Programa de Covered Bonds do Banif, no valor nominal de 100 milhões de euros. Por

outro lado, foram vendidos em mercado secundário 537 milhões de tranches seniores de

securitizações próprias detidas em carteira. Foi ainda executada uma operação de financiamento

colateralizado a médio prazo de 150 milhões de euros. Por último, como referido, o comportamento

verificado nos primeiros seis meses de 2014 em Recursos de clientes e Crédito a clientes permitiu

uma melhoria do gap comercial de sensivelmente 440 milhões de euros (excluindo o efeito das

unidades descontinuadas).

131,2% 128,4% 131,8% 126,4%121,8% 118,8%

1T13 2T13 3T13 4T13 (*) 1T14 (*) 2T14 (*)

120

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Estes factores proporcionaram a manutenção da tendência de queda na utilização de recursos de

bancos centrais. De facto, depois de no quarto trimestre de 2013 se ter observado uma redução de

cerca de 700 milhões de euros desse recurso, verificou-se um decréscimo adicional superior a 950

milhões de euros entre Dezembro de 2013 e Junho de 2014. Ao mesmo tempo, registou-se um

aumento acima de 80% no valor dos activos livres pertencentes à pool junto do BCE, totalizando 925

milhões de euros no final do 1º Semestre.

Desta forma, como é evidente nos seguintes gráficos, o Banif alterou a sua estrutura de recursos

totais nos primeiros seis meses de 2014.

Recursos totais:

31 Dezembro 2013

30 Junho 2014

Solvabilidade

Em 30 de Junho de 2014 o rácio de Common Equity Tier 1, calculado de acordo com as regras da CRD

IV/CRR aplicáveis em 2014 (regime transitório) situou-se em 10,0%, acima do limite regulamentar.

Unidade: (milhões de euros)

Dez-13 Jun-14

Common Equity Tier 1 1.081,7 951,9

Activos ponderados pelo risco 9.923,7 9.539,8

Rácio Common Equity Tier 1 10,9% 10,0%

CRD IV/CRR Phasing in (2014)

47%

23%

11%

7% 7% 5%Recursos de clientes

Bancos centrais

Dívida emitida

Recursos de unidadesdescontinuadasCapitais próprios

Outros recursos

49%

16%

15%

8%7% 5%

121

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07. PERSPECTIVAS FUTURAS A criação de valor para os accionistas é a principal prioridade do Conselho de Administração, pelo

que, com o objectivo de reposicionar o Grupo dentro do sistema financeiro nacional e potenciar a

capacidade de geração orgânica de capital, foram identificadas como cruciais determinadas áreas

de actuação, nomeadamente nos âmbitos da desalavancagem de balanço, reposicionamento

comercial, eficiência operacional e simplificação societária.

Estas linhas de orientação estratégica sustentaram, não apenas o Plano de Recapitalização

aprovado pelo Estado Português, mas também o Plano de Reestruturação, que tem vindo a ser

objecto de discussões pormenorizadas entre o Ministério das Finanças e a Direcção Geral de

Concorrência da Comissão Europeia, e ainda terá de ser submetido à aprovação final do colégio de

comissários da Comissão Europeia. Uma vez concluída a sua negociação, o Plano de Reestruturação

deverá: (i) mostrar a viabilidade do Grupo a médio e longo prazo de uma forma autónoma, sem

qualquer apoio estatal; (ii) demonstrar a contribuição presente e futura do Grupo e dos seus

accionistas (excluindo o Estado Português) para os esforços de recapitalização e de

reestruturação; e (iii) incluir medidas destinadas a prevenir uma eventual distorção em termos de

concorrência que poderia verificar-se pelo facto de o Grupo receber fundos públicos do Estado

Português.

Assim, o Grupo deverá manter e explorar um negócio de banca de retalho sustentável, rentável e

consideravelmente eficiente, centrado nos segmentos principais do Grupo, prestando serviços (i) às

ilhas (Região Autónoma da Madeira e Região Autónoma dos Açores), (ii) às comunidades

portuguesas emigrantes, e (iii) às microempresas, PME e clientes privados/de alto rendimento no

continente.

O Grupo continua igualmente comprometido com um processo de turnaround operacional focado

na melhoria das capacidades de geração orgânica de capital e que se baseia em medidas críticas ao

nível da redução de custos, recuperação de crédito, gestão imobiliária e aumento da produtividade.

A plataforma operacional do Grupo será simultaneamente racionalizada e recentrada na

conservação e atracção de recursos de clientes privados/de alto rendimento no continente e os

demais segmentos nas regiões autónomas e no desenvolvimento do negócio empresarial junto do

segmento das microempresas e PME. Em particular, a distribuição geográfica da rede de agências

será ajustada e recentrada em função da rentabilidade das suas operações e do apoio à actividade

comercial junto dos segmentos alvo do Grupo. Globalmente, é objectivo do Grupo, com o plano acima

descrito, fazer convergir as suas principais métricas de produtividade para as melhores práticas de

mercado, garantindo assim rácios de cost/income compatíveis com níveis atractivos de retorno

sobre os capitais próprios. Adicionalmente, e no sentido de fazer face aos elevados níveis de

incumprimento de crédito, o Grupo reformulou e tem vindo a reforçar as estruturas de gestão de

risco e de recuperação de crédito.

122

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Relativamente ao processo de desalavancagem já em curso, ele abrange várias classes de activos

bem como unidades de negócio, nomeadamente na esfera internacional, e tem por objectivo

principal a optimização da estrutura de balanço por redução do peso dos activos de baixo retorno e,

simultaneamente, a minimização da geração de imparidade. O desinvestimento nas subsidiárias do

Brasil, de Cabo Verde e de Malta faz parte deste plano, conforme evidenciado pela opção

contabilística do registo como activos não correntes detidos para venda nas contas de 2013.

123

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08. RATING Notações de Rating

O Banif – Banco Internacional do Funchal, SA, tem notação de rating atribuído por duas agências

(Fitch Ratings e Moody’s) desde 2003.

Em 31 de Dezembro de 2012 foi aprovado, pelo Ministério das Finanças, o Plano de Recapitalização

do Banif. No fim de Janeiro de 2013, a Comissão Europeia autorizou temporariamente, ao abrigo das

regras da UE em matéria de auxílios estatais, uma recapitalização no montante total de 1,1 mil

milhões de euros, concedida por Portugal ao Banif por motivos de estabilidade financeira.

Fitch Ratings

Em 9 de Janeiro de 2013, como resultado da aprovação do Plano de Recapitalização do Banif, a Fitch

baixou de “C” para “F” a notação de Viabilidade (VR). A revisão do VR é um procedimento meramente

técnico em situações de acesso a fundos de recapitalização públicos. Na mesma data a agência

Fitch anunciou a manutenção das notações de ratings de Longo Prazo em “BB”, de Curto Prazo “B”,

de Support Rating em “3” e o de Support Rating Floor (SRF) em “BB”.

Em 19 de Dezembro de 2013, a agência reviu em alta a notação de viabilidade de “F” para “CCC”, face

aos resultados das medidas implementadas nos rácios de solvabilidade do Banco. A Fitch anunciou

a manutenção das restantes notações.

Moody´s

Em 15 de Abril, a Moody´s concluiu a revisão dos ratings dos bancos portugueses que tinham

recorrido ao apoio estatal para se recapitalizarem ao abrigo do PAEF, iniciada em Dezembro de 2012.

Nessa mesma data, a notação de rating de longo prazo do Banif SA foi revista em baixa de “B2” para

“Caa1”, com outlook “Negativo” enquanto o BFSR foi alterado de E (Caa2) para E (Ca).

Apesar de a Moody´s reconhecer que o apoio estatal poderá beneficiar a solvabilidade do Banif,

sublinha também que a prevalência de um ambiente operacional adverso poderá pôr em causa a

prossecução dos objectivos de desalavancagem previstos no plano de reestruturação do Banco.

Long Prazo

Curto Prazo Outlook BFSR

(BCA)* VR**

MOODY'S

Abril 15, 2013

FITCH RATINGS

Dezembro 19, 2013

* BFSR - Bank Financial Strength ; BCA - Baseline Credit Assessment

** VR - Notação de Viabilidade

Caa1 NP Negativo E(ca)

BB

-

Negative - CCCB

124

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Rating de emissões

A conclusão do plano de assistência financeira de Portugal, em Junho de 2014, associada aos

critérios de elegibilidade de activos para a pool do BCE, levaram a que o Grupo solicitasse o

cancelamento do rating de duas das suas emissões garantidas pelo Estado: 200 milhões de euros

com vencimento a 19 de Julho de 2014 (Moody´s e S&P) e 500 milhões de euros com vencimento em

22 de Dezembro de 2014 (Moody´s). Os ratings em questão foram retirados a 25 (Moody´s) e 30 de

Junho (Standard & Poors), respectivamente.

125

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09. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS1 – Demonstrações Financeiras Consolidadas

1.1 – Demonstração da Posição Financeira Consolidada

31-12-2013

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 5 221.630 - 221.630 152.343

Disponibilidades em outras instituições de crédito 6 191.360 - 191.360 186.777

Activos financeiros detidos para negociação 7 42.305 - 42.305 40.086

Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 8 42.600 - 42.600 73.686

Activos financeiros disponíveis para venda 9,37 2.092.057 (67.856) 2.024.201 1.782.041

Aplicações em instituições de crédito 10,37 230.323 (1.684) 228.639 117.487

Crédito a clientes 11,37 8.916.042 (1.176.798) 7.739.244 7.969.025

Investimentos detidos até à maturidade 12 8.139 - 8.139 12.081

Activos não correntes detidos para venda 13,37 1.603.437 (48.091) 1.555.346 1.606.951

Propriedades de investimento 14 809.911 - 809.911 827.576

Outros activos tangíveis 15 412.176 (178.188) 233.988 247.689

Activos intangíveis 16 81.140 (66.611) 14.529 17.076

Investimentos em associadas e filiais excluídas da consolidação 17 162.433 - 162.433 129.630

Activos por impostos correntes 3.078 - 3.078 3.417

Activos por impostos diferidos 38 238.069 - 238.069 240.447

Outros activos 18,37 245.823 (67.427) 178.396 197.180

Total do Activo 15.300.523 (1.606.655) 13.693.868 13.603.492

Recursos de Bancos Centrais 19 - - 2.119.891 3.077.603

Passivos financeiros detidos para negociação 7 - - 31.159 28.785

Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados 20 - - 12.471 12.393

Recursos de outras instituições de crédito 21 - - 523.788 348.651

Recursos de clientes e outros empréstimos 22 - - 6.513.652 6.303.280

Responsabilidades representadas por títulos 23 - - 1.810.148 1.258.070

Passivos não correntes detidos para venda 13 - - 1.017.596 994.338

Provisões 24 - - 11.204 13.365

Passivos por impostos correntes - - 8.399 5.366

Passivos por impostos diferidos 38 - - 62.279 48.369

Instrumentos representativos de capital 25 - - 130.158 260.058

Outros passivos subordinados 26 - - 157.163 154.318

Outros passivos 27 - - 294.024 219.323

Total do Passivo - - 12.691.932 12.723.919

Capital 28 - - 1.720.700 1.582.195

Prémios de emissão 28 - - 199.765 199.765

Acções próprias 28 - - (5) (6)

Reservas de reavaliação 28 - - 62.126 (18.774)

Outras reservas e resultados transitados 28 - - (953.638) (483.031)

Resultado do exercício 28 - - (97.707) (470.273)

Interesses que não controlam 29 - - 70.695 69.697

Total do Capital - - 1.001.936 879.573

Total do Passivo + Capital - - 13.693.868 13.603.492

A Direcção de Contabilidade e Controlo O Conselho de Administração

Notas

BANIF E SUBSIDIÁRIAS

DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA

EM 30 DE JUNHO DE 2014 E 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em milhares de Euros)

30-06-2014

Valor antes de imparidade e amortizações

Imparidade e amortizações

Valor líquido Valor líquido

126

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

1.2 – Demonstração de Resultados Consolidados

Notas 30-06-201430-06-2013 Reexpresso

30-06-2013 30-06-201430-06-2013 Reexpresso

30-06-2013

Juros e rendimentos similares 30 224.873 252.707 304.944 108.762 126.121 151.230

Juros e encargos similares 30 (158.814) (201.550) (236.928) (75.976) (95.894) (112.779)

Margem financeira estrita 30 66.059 51.157 68.016 32.786 30.227 38.451

Rendimentos de instrumentos de capital 755 1.136 1.206 129 1.053 1.123

Rendimentos de serviços e comissões 31 43.584 48.176 50.183 22.469 24.137 25.164

Encargos com serviços e comissões 31 (10.204) (11.209) (11.685) (5.149) (5.704) (5.973)

Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados e detidos para negociação 32 (8.276) (2.888) 2.557 (4.263) (2.253) 6.991

Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 32 90.643 36.108 36.170 50.126 32.273 32.336

Resultados de reavaliação cambial 32 (673) 226 (8.827) (489) (881) (11.913)

Resultados de alienação de outros activos 33 35.742 - - 36.989 - -

Outros resultados de exploração 34 (1.576) 5.106 5.964 (2.498) 499 978

Produto da actividade 216.054 127.812 143.584 130.100 79.351 87.157

Custos com pessoal 35 (67.922) (61.763) (73.724) (32.561) (30.485) (36.507)

Gastos gerais administrativos 36 (36.424) (39.728) (52.356) (19.656) (22.596) (28.986)

Amortizações e depreciações do exercício 15,16 (10.384) (13.321) (14.376) (5.042) (6.471) (6.996)

Provisões líquidas de reposições e anulações 24 640 (3.807) (5.497) 981 (2.967) (4.569)

Imparidade do crédito líquida de reversões e recuperações 37 (121.509) (120.744) (198.941) (88.834) (125.353) (125.249)

Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 37 (17.092) (5.509) (5.509) (8.481) (1.170) (1.170)

Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 37 (8.194) (11.313) (12.114) (1.689) (7.259) (8.060)

Resultados de associadas e empreendimentos conjuntos (equivalência patrimonial) 17 (5.907) 1.086 1.086 (5.866) 1.103 1.103

Resultado antes de impostos e de interesses que não controlam (50.738) (127.287) (217.847) (31.048) (115.847) (123.277)

Impostos (4.796) 8.810 21.051 (595) 8.363 (3.433)

Correntes (9.467) (4.745) (5.191) (6.402) (2.575) (2.894)

Diferidos 38 4.671 13.555 26.242 5.807 10.938 (539)

Resultado após impostos e antes de interesses que não controlam (55.534) (118.477) (196.796) (31.643) (107.484) (126.710)

Resultado de operações descontinuadas 13 (40.999) (78.319) - (25.499) (19.226) -

Interesses que não controlam 29 (1.174) 781 781 (845) (138) (138)

Resultado consolidado do exercício (97.707) (196.015) (196.015) (57.987) (126.848) (126.848)

42 (0,001) (0,001) (0,002)

42 (0,000) (0,001) (0,002)Resultado por acção básico de unidades operacionais em continuação (expresso em EUR por acção)

Resultado por acção diluído de unidades operacionais em continuação (expresso em EUR por acção)

A Direcção de Contabilidade e Controlo O Conselho de Administração

1º Semestre 2º Trimestre

BANIF E SUBSIDIÁRIAS

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS CONSOLIDADOS

EM 30 DE JUNHO DE 2014 E 2013

(Montantes expressos em milhares de Euros)

127

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

1.3 – Demonstração do Rendimento Integral Consolidado

Notas 30-06-201430-06-2013 Reexpresso

30-06-2013

Resultado após impostos e antes de interesses que não controlam (55.534) (118.477) (196.796)

Outro rendimento integral

Itens susceptíveis de serem reclassificados para resultados

Activos Financeiros Disponíveis para Venda Ganhos / (perdas) no justo valor 28 81.173 (45.939) (45.939) Impostos ganhos / (perdas) no justo valor 28 (22.525) 12.900 12.900 Ganhos / (perdas) em activos de entidades que consolidam por equivalência patrimonial 28 18.505 3.673 3.673 Impostos ganhos / (perdas) em activos de entidades que consolidam por equivalência patrimonial 28 (4.512) (2.255) (2.255)

Itens susceptíveis de não serem reclassificados para resultados

Variações cambiais 28 7.351 9.945 9.945

Ganhos / (perdas) em reavaliações de imóveis 28 (4) (2.664) (2.664)Impostos Ganhos / (perdas) em reavaliações de imóveis 28 - 187 187

Ganhos/(perdas) actuariais - - -Impostos ganhos / (perdas) actuariais - - -

De instrumentos de cobertura no âmbito de coberturas de fluxos de caixa 28 - 41 41Impostos de instrumentos de cobertura no âmbito de coberturas de fluxos de caixa - - -

Total do rendimento integral liquido de impostos, antes de interesses que não controlam 24.454 (142.589) (220.908) Resultado de operações descontinuadas (40.999) (78.319) - Interesses que não controlam 29 (1.174) 781 781

Total do rendimento integral, liquido de impostos (17.719) (220.127) (220.127)

A Direcção de Contabilidade e Controlo O Conselho de Administração

BANIF E SUBSIDIÁRIAS

DEMONSTRAÇÃO DO RENDIMENTO INTEGRAL CONSOLIDADO

EM 30 DE JUNHO DE 2014 E 2013

(Montantes expressos em milhares de Euros)

128

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

1.4- Demonstração das alterações dos Capitais Próprios Consolidados

Saldos em 31-12-2013 28 1.582.195 - (6) 199.765 (18.774) (339.696) (143.335) (470.273) 69.697 879.573

Aplicação do Resultado líquido do exercício anterior

Transferência para reservas 28 - - - - - (470.273) - 470.273 - -

Aquisição\alienação de acções próprias 28 - - 1 - - - - - - 1

Aumento de capital 28 138.505 - - - - - - - - 138.505

Rendimento integral - - - - 79.988 - - (97.707) - (17.719)

Operações com interesses que não controlam 29 - - - - - - - - 998 998

Outras variações em capital próprio 28 - - - - 912 - (334) - - 578

Saldos em 30-06-2014 1.720.700 - (5) 199.765 62.126 (809.969) (143.669) (97.707) 70.695 1.001.936

Saldos em 31-12-2012 28 570.000 95.900 (124) 104.565 (2.141) 247.235 (147.135) (576.353) 84.209 376.156

Reexpressão de acordo com IAS 8 - - - - - (2.735) - (7.843) - (10.578)

Aplicação do Resultado líquido do exercício anterior

Transferência para reservas - - - - - (576.353) - 576.353 - -

Aquisição\alienação de acções próprias 28 - - 71 - - - - - - 71

Aumento de capital 28 800.000 - - - - - (1.261) - - 798.739

Rendimento integral 28 - - - - (24.112) - - (196.015) - (220.127)

Operações com interesses que não controlam 29 - - - - - - - - (6.022) (6.022)

Outras variações em capital próprio 28 - - - - - - 626 - - 626

Saldos em 30-06-2013 1.370.000 95.900 (53) 104.565 (26.253) (331.853) (147.770) (203.858) 78.187 938.865

A Direcção de Contabilidade e Controlo O Conselho de Administração

BANIF E SUBSIDIÁRIAS

Reservas de Reavaliação

Resultados Transitados

Outras Reservas

Notas CapitalResultado do

exercício

DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES DOS CAPITAIS PRÓPRIOS CONSOLIDADOS

EM 30 DE JUNHO DE 2014 E 2013

(Montantes expressos em milhares de Euros)

Prémios de Emissão

Acções Próprias

Outros Instrumentos

de Capital

Interesses que não

controlamTotal

129

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

1.5 - Demonstração de Fluxos de Caixa Consolidados

ACTIVIDADE OPERACIONAL

30-06-2014 30-06-2013Resultados de Exploração:

Resultado liquído do exercício (97.707) (196.015)Resultado de operações descontinuadas 40.999 -Imparidade em crédito concedido 121.509 198.941Outras perdas por imparidade 25.286 17.623Provisões do exercício (640) 5.497Amortizações do exercício 10.384 14.376Dotação para impostos do exercício 4.796 (21.051)Interesses que não controlam 1.174 (781)Derivados (liquído) (785) (7.669)Resultados de empresas excluídas da consolidação 5.907 (1.086)Dividendos reconhecidos (755) (1.206)Juros pagos de passivos subordinados 5.892 7.097Juros pagos de Instrumentos representativos de capital 9.505 16.577Resultados não realizados em propriedades de investimento 10.762 3.311

136.327 35.614

Variação dos Activos e Passivos Operacionais:

(Aumento)/Diminuição de activos financeiros detidos para negociação 4.272 4.525

(Aumento)/Diminuição de activos financeiros ao justo valor através de resultados 31.086 (421)

(Aumento)/Diminuição de activos financeiros disponíveis para venda (199.982) (1.074.664)

(Aumento)/Diminuição de aplicações em outras instituições de crédito (114.454) 185.518

(Aumento)/Diminuição de investimentos detidos até à maturidade 3.942 11.667

(Aumento)/Diminuição de crédito a clientes 216.340 430.258

(Aumento)/Diminuição de activos não correntes detidos para venda (26.451) (72.337)

(Aumento)/Diminuição de activos com acordo de recompra - 6.693

(Aumento)/Diminuição de outros activos (129.851) (150.598)

Diminuição/(Aumento) de recursos de bancos centrais (957.712) 776.335

Diminuição/(Aumento) de passivos financeiros detidos para negociação (3.332) (2.709)

Diminuição/(Aumento) de outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados 78 573

Diminuição/(Aumento) de recursos de outras instituições de crédito 175.137 (359.846)

Diminuição/(Aumento) de recursos de clientes 210.372 (597.267)

Diminuição/(Aumento) de responsabilidades representadas por titulos 552.078 (308.276)

Diminuição/(Aumento) de outros passivos 86.591 72.594

(151.886) (1.077.955)

Fluxos das actividades operacionais (15.559) (1.042.341)

ACTIVIDADE DE INVESTIMENTO

Aquisição de activos tangíveis (1.691) (4.047)

Alienação de activos tangíveis 1.775 1.545

Aquisição de activos intangíveis (778) (782)

Aquisição de propriedades de investimento (2.763) (3.870)

Alienação de propriedades de investimento 14.765 13.144

Dividendos recebidos 755 1.206

Fluxos das actividades de investimento 12.063 7.196

ACTIVIDADE DE FINANCIAMENTO

Aumento de capital 138.505 800.000Transacções com acções próprias 1 71Reembolso de passivos subordinados (200) (3.092)Juros pagos de passivos subordinados (5.892) (7.097)Emissão de obrigações não subordinadas - 20.000Reembolso de obrigações não subordinadas - (20.000)Instrumentos representativos de capital (125.000) 400.000Juros de Instrumentos representativos de capital (9.505) (16.577)

Fluxos das actividades de financiamento (2.091) 1.173.305

Fluxo de caixa liquidos das unidades descontinuadas da actividade operacional 81.645 -

Fluxo de caixa liquidos das unidades descontinuadas da actividade Investimento (2.188) -

73.870 138.160

VARIAÇÃO DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES

Caixa e seus equivalentes no inicio do período 339.120 394.198Caixa e seus equivalentes no fim do período 412.990 532.358

73.870 138.160

Valor de Balanço das rubricas de Caixa e Seus Equivalentes, em 30 de JunhoCaixa 40.102 45.130Depósitos à ordem em bancos centrais 181.528 215.243Depósitos à ordem em outras instituições de crédito 120.588 174.487Cheques a cobrar 11.626 12.758Outros 59.146 84.740

412.990 532.358- -Caixa e Seus Equivalentes não disponíveis para utilização pela entidade

A Direcção de Contabilidade e Controlo O Conselho de Administração

BANIF E SUBSIDIÁRIAS

DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA CONSOLIDADOS

EM 30 DE JUNHO DE 2014 E 2013

(Montantes expressos em milhares de Euros)

130

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

1.6 - Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 30 de Junho de 2014

Banif e Subsidiárias

(Montantes expressos em milhares de Euros, excepto quando expressamente indicado)

1. INFORMAÇÃO GERAL

O Banif - Grupo Financeiro (Grupo) é composto por Sociedades de competência especializada nos

sectores bancário e segurador, apoiadas num conjunto de outras sociedades que operam em

diversas áreas do sector financeiro.

O Banif – Banco Internacional do Funchal (Banif) é uma sociedade anónima, com sede em Rua João de

Tavira, 30, 9004-509 Funchal, Portugal, que tem por objecto o exercício da actividade bancária, podendo

praticar todas as operações acessórias, conexas ou similares compatíveis com essa actividade que a lei

permita.

O Banif é detido em 60,53% pelo Estado Português a que correspondem idêntica percentagem de direitos

de voto nas matérias especificadas no nº 8 do artº 4º da Lei nº 63-A/2008 de 24 de Novembro e 49,37%

dos direitos de voto nas restantes matérias, na sequência da operação de recapitalização concretizada

em 25 de Janeiro de 2013.

As acções do Banif encontram-se admitidas à cotação na Euronext Lisboa.

Em 28 de Julho de 2014, o Conselho de Administração do Banif reviu, aprovou e autorizou as

Demonstrações Financeiras de 30 de Junho de 2014 e em 19 de Agosto de 2014, o Relatório de Gestão

do 1º Semestre de 2014.

2. BASES DE APRESENTAÇÃO E POLITÍCAS CONTABILISTICAS

2.1 Bases de Apresentação

As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo agora apresentadas reportam-se ao período

findo em 30 de Junho de 2014, e foram preparadas de acordo com a IAS 34 – Relato Financeiro

Intercalar.

As demonstrações financeiras consolidadas intercalares não incluem todas as informações e

divulgações apresentadas nas demonstrações financeiras consolidadas anuais, pelo que estas devem

ser lidas em conjunto, com as demonstrações financeiras consolidadas de 31 de Dezembro de 2013.

As demonstrações financeiras consolidadas do Banif - Grupo Financeiro foram preparadas em

conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS – Internacional Financial

Reporting Standards), tal como adoptadas na União Europeia, em 30 de Junho de 2014, conforme

131

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

estabelecido pelo Regulamento (CE) nº 1606/02 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho

de 2002.

As demonstrações financeiras consolidadas estão expressas em milhares de Euros, arredondado ao

milhar mais próximo. Estas foram preparadas de acordo com o princípio do custo histórico, com

excepção dos activos e passivos financeiros registados ao justo valor, nomeadamente activos e

passivos detidos para negociação (incluindo derivados), activos e passivos ao justo valor através de

resultados, activos financeiros disponíveis para venda, imóveis registados em activos tangíveis e

propriedades de investimento. As principais políticas contabilísticas utilizadas pelo Grupo são

apresentadas abaixo.

2.2 Informação comparativa

Em geral, os valores apresentados são comparáveis, nos aspectos relevantes, com os do exercício

anterior, com excepção das seguintes alterações:

- Unidades descontinuadas

O Grupo procedeu à reexpressão de comparativos de 2013 da demonstração de resultados e

demonstração do rendimento integral relacionados com a classificação das entidades Banco Banif

Brasil, ZACF, Banif Banco de Investimento (Brasil), SA, Beta Securitizadora, Banif Gestão de Activos

(Brasil), FIP Banif Real Estate, Banif Bank (Malta) e Banco Caboverdiano de Negócios como unidades

descontinuadas.

Esta alteração teve o seguinte impacto na demonstração de resultados reexpreessa de 30-06-2013:

Valor líquido

30-06-2013

Banco Banif Brasil

ZACF

Banif Banco de

Investimento (Brasil) SA

Beta Securitizadora

BGA Brasil

FIP Banif Real

Estate

Banif Bank

(Malta)

Banco Caboverdiano

Negocios

Valor líquido reexpresso 30-06-2013

Juros e rendimentos similares 304.944 (34.571) (6) (3.780) (67) - (1) (10.183) (3.630) 252.707

Juros e encargos similares (236.928) 18.685 - 4.682 3.342 - - 7.261 1.408 (201.550)

Margem financeira 68.016 (15.886) (6) 903 3.274 - (1) (2.922) (2.222) 51.157

Rendimentos de instrumentos de capital 1.206 - - - - - - (16) (54) 1.136

Rendimentos de serviços e comissões 50.183 (253) - (375) (12) - - (609) (758) 48.176

Encargos com serviços e comissões (11.685) 74 - 34 4 0 - 245 120 (11.209)

Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados e detidos para negoci 2.557 (6.820) - 1.065 - - 294 (3) 19 (2.888)

Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 36.170 - - - - - - (62) - 36.108

Resultados de reavaliação cambial (8.827) 9.591 - - - - - (505) (32) 226

Outros resultados de exploração 5.964 1.746 1 490 (3.339) (12) (13) 304 (35) 5.106

Produto da actividade 143.584 (11.548) (5) 2.117 (73) (12) 280 (3.568) (2.963) 127.812

Custos com pessoal (73.723) 6.170 - 2.332 - 30 - 2.656 773 (61.763)

Gastos gerais administrativos (52.355) 8.153 2 1.456 67 30 90 2.120 709 (39.728)

Amortizações do exercício (14.376) 336 - 145 - 1 - 332 240 (13.321)

Provisões líquidas de reposições e anulações (5.497) 1.696 - (0) (10) - - - 4 (3.807)

Imparidade do crédito líquida de reversões e recuperações (198.941) 74.221 - 4.345 167 - - 367 (902) (120.744)

Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações (5.509) - - - - - - - - (5.509)

Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações (12.114) - - - - - - - 801 (11.313)

Diferenças de consolidação negativas - - - - - - - - - 0

Resultados de associadas e empreendimentos conjuntos (equivalência patrimonial) 1.086 - - - - - - - - 1.086

Resultado antes de impostos e de interesses que não controlam (217.846) 79.029 (4) 10.394 150 49 371 1.907 (1.338) (127.287)

Impostos 21.050 (11.433) 0 (1.191) 34 - - (14) 364 8.810

Correntes (5.191) - 0 - 83 - - - 364 (4.744)

Diferidos 26.242 (11.433) - (1.191) (48) - - (14) - 13.555

Resultado após impostos e antes de interesses que não controlam (196.796) 67.595 (4) 9.203 185 49 371 1.893 (973) (118.477)

Resultado de operações descontinuadas - (67.595) 4 (9.203) (185) (49) (371) (1.893) 973 (78.319)

132

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

2.3 Impacto de adopção de normas e interpretações que se tornaram efectivas a 1 de Janeiro

de 2014

Normas

• IAS 32 (alteração) ‘Compensação de activos e passivos financeiros. Esta alteração faz parte

do projecto de “compensação de activos e passivos” do IASB, o qual visa clarificar o conceito

de “deter actualmente o direito legal de compensação”, e clarifica que alguns sistemas de

regularização pelos montantes brutos (as câmaras de compensação) podem ser equivalentes

à compensação por montantes líquidos. A adopção desta alteração não teve impacto nas

demonstrações financeiras do Grupo.

• IAS 36 (alteração) ‘Divulgação do valor recuperável para activos não financeiros’. Esta

alteração trata da divulgação de informação sobre o valor recuperável de activos em

imparidade, quando este tenha sido mensurado através do modelo do justo valor menos

custos de vender. A adopção desta alteração não teve impacto nas demonstrações

financeiras do Grupo.

• IAS 39 (alteração) ‘Novação de derivados e continuidade da contabilidade de cobertura’. A

alteração à IAS 39 permite que uma Entidade mantenha a contabilização de cobertura,

quando a contraparte de um derivado que tenha sido designado como instrumento de

cobertura, seja alterada para uma câmara de compensação, ou equivalente, como

consequência da aplicação de uma lei ou regulamentação. A adopção desta alteração não

teve impacto nas demonstrações financeiras do Grupo.

• Alterações à IFRS 10, IFRS 12 e IAS 27 - ’Entidades de investimento’. A alteração define uma

Entidade de investimento (‘Investment entities’) e introduz uma excepção à aplicação da

consolidação no âmbito da IFRS 10, para as entidades que se qualifiquem como Sociedades de

investimento, cujos investimentos em subsidiárias devem ser mensurados ao justo valor

através de resultados do exercício, por referência à IAS 39. Divulgação específicas exigidas

pela IFRS 12. Esta alteração não é aplicável ao Grupo, por não se qualificar como Entidade de

investimento.

• IFRS 10 (nova), ‘Demonstrações financeiras consolidadas’. A IFRS 10 substitui todos os

procedimentos e orientações contabilísticas relativas a controlo e consolidação, incluídas na

IAS 27 e na SIC 12, alterando a definição de controlo e os critérios aplicados para determinar o

controlo. O princípio fundamental de que uma entidade consolidada apresenta a empresa-

mãe e as suas subsidiárias como uma única entidade, permanece inalterado. A adopção desta

norma não teve impactos materiais nas demonstrações financeiras do Grupo.

133

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

• IFRS 11 (nova), ‘Acordos conjuntos’. A IFRS 11 foca-se nos direitos e obrigações dos acordos

conjuntos em detrimento da sua forma legal. Os acordos conjuntos podem ser operações

conjuntas (direitos sobre os activos e obrigações) ou empreendimentos conjuntos (direitos

sobre os activos líquidos pela aplicação do método de equivalência patrimonial). A

consolidação proporcional empreendimentos conjuntos deixa de ser permitida. A adopção

desta norma não teve impacto nas demonstrações financeiras do Grupo.

• IFRS 12 (nova), ‘Divulgação de interesses em outras entidades’. Esta norma estabelece os

requisitos de divulgação para todas as naturezas de interesses em outras entidades, como:

subsidiárias, acordos conjuntos, associadas e entidades estruturadas, de forma a permitir a

avaliação da natureza, riscos e efeitos financeiros associados aos interesses da Entidade. O

impacto da adopção desta norma refere-se a divulgações adicionais conforme apresentado

nas Notas 3 e 17.

• Alterações à IFRS 10, IFRS 11 e IFRS 12, ‘Regime de transição’. Esta alteração clarifica que,

quando um tratamento contabilístico diferente das orientações da IAS 27/SIC 12 resultar da

adopção da IFRS 10, os comparativos apenas devem ser ajustados para o período

contabilístico imediatamente precedente, sendo as diferenças apuradas reconhecidas no

início do período comparativo, em Capitais próprios. A alteração introduzida na IFRS 11,

refere-se à obrigação de testar para imparidade o investimento financeiro que resulte da

descontinuação da consolidação proporcional. Os requisitos de divulgação específicos estão

incluídos na IFRS 12. A alteração a esta norma não teve impacto nas demonstrações

financeiras do Grupo.

• IAS 27 (revisão 2011), ‘Demonstrações financeiras separadas’. A IAS 27 foi revista, na

sequência da emissão da IFRS 10, e contém os requisitos de contabilização e divulgação para

os investimentos em subsidiárias, empreendimentos conjuntos e associadas, quando a

Entidade prepara demonstrações financeiras separadas. A revisão a esta norma não teve

impacto nas demonstrações financeiras do Grupo.

• IAS 28 (revisão 2011), ’Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos’. A IAS 28

foi revista, na sequência da emissão da IFRS 11, e prescreve o tratamento contabilístico para

investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos, definindo ainda os requisitos de

aplicação do método de equivalência patrimonial. A revisão a esta norma não teve impacto

nas demonstrações financeiras do Grupo.

134

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

2.4 Normas, alterações a normas existentes e interpretações que já foram publicadas e cuja

aplicação é obrigatória para o Grupo, para períodos anuais que se iniciem em ou após 1 de

Julho de 2014, ou em data posterior, que o Grupo não adoptou antecipadamente.

Normas

• IAS 19 (alteração), ‘Planos de benefícios definidos – Contribuições dos empregados’ (a aplicar

nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Julho de 2014). Esta alteração ainda está

sujeita ao processo de endosso da União Europeia. A alteração à IAS 19 aplica-se a

contribuições de empregados ou entidades terceiras para planos de benefícios definidos, e

pretende simplificar a sua contabilização, quando as contribuições são independentes do

número de anos de serviço. Não é expectável que esta alteração venha a ter impactos nas

Demonstrações Financeiras do Grupo.

• IAS 16 e IAS 38 (alteração), ‘Métodos de cálculo de amortização e depreciação permitidos (a

aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2016). Esta alteração ainda

está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica que a

utilização de métodos de cálculo das depreciações/ amortizações de activos com base no

rédito obtido, não são regra geral consideradas adequadas para a mensuração do padrão de

consumo dos benefícios económicos associados ao activo. Não é expectável que esta

alteração venha a ter impactos nas Demonstrações Financeiras do Grupo.

• IAS 16 e IAS 41 (alteração), ‘Agricultura: plantas que produzem activos biológicos consumíveis’

(a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2016). Esta alteração

ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração define o

conceito de uma planta que produz activos biológicos consumíveis, e retira este tipo de

activos do âmbito da aplicação da IAS 41 – Agricultura para a IAS 16 – Activos tangíveis, com o

consequente impacto na mensuração. Contudo, os activos biológicos produzidos por estas

plantas, mantêm-se no âmbito da IAS 41 – Agricultura. Não é expectável que esta alteração

venha a ter impactos nas Demonstrações Financeiras do Grupo.

• IFRS 11 (alteração), ‘Contabilização da aquisição de interesse numa operação conjunta’ (a

aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2016).Esta alteração ainda

está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração introduz orientação

acerca da contabilização da aquisição do interesse numa operação conjunta que qualifica

como um negócio, sendo aplicáveis os princípios da IFRS 3 – concentrações de actividades

empresariais. Não é expectável que esta alteração venha a ter impactos nas Demonstrações

Financeiras do Grupo.

• Melhorias às normas 2010 - 2012, (a aplicar, em geral, nos exercícios que se iniciem em ou

após 1 de Julho de 2014). Estas melhorias ainda estão sujeitas ao processo de endosso pela

União Europeia. Este ciclo de melhorias afecta os seguintes normativos: IFRS 2, IFRS 3, IFRS 8,

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IFRS 13, IAS 16, IAS 24 e IAS 38. O Grupo irá aplicar as melhorias às normas do ciclo 2010-2012

no período em que se tornarem efectivas.

IFRS 2, ‘Pagamento com base em acções’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1

de Julho de 2014). Esta melhoria ainda está sujeita ao processo de endosso pela União

Europeia. A melhoria à IFRS 2 altera a definição de “condições de aquisição” e “condições de

mercado”, introduzindo ainda os conceitos de “condições de performance” e “condições de

serviço”, enquanto dois tipos de “condições de aquisição”, na avaliação dos direitos

adquiridos sobre acções ou opções sobre acções.

IFRS 3, ‘Concentrações de actividades empresariais’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem

em ou após 1 de Julho de 2014). Esta melhoria ainda está sujeita ao processo de endosso

pela União Europeia. Esta melhoria clarifica que uma obrigação de pagar um valor de compra

contingente é classificada de acordo com a IAS 32, como um passivo, ou como um

instrumento de capital próprio, caso cumpra com a definição de instrumento financeiro. Os

pagamentos contingentes classificados como passivos serão mensurados ao justo valor

através de resultados do exercício.

IFRS 8, ‘Segmentos operacionais’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de

Julho de 2014). Esta melhoria ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia.

Esta melhoria altera a IFRS 8 que passa a exigir a divulgação dos julgamentos efectuados

pela Gestão para a agregação de segmentos operacionais, passando ainda a ser exigida a

reconciliação entre os activos por segmento e os activos globais da Entidade, quando esta

informação é reportada.

IFRS 13, ‘Justo valor: mensuração e divulgação’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou

após 1 de Julho de 2014). Esta melhoria ainda está sujeita ao processo de endosso pela União

Europeia. A melhoria à IFRS 13 clarifica que a norma não remove a possibilidade de

mensuração de contas a receber e a pagar correntes com base nos valores facturados,

quando o efeito de desconto não é material.

IAS 16, ‘Activos fixos tangíveis’ e IAS 38 ‘Activos intangíveis’ (a aplicar nos exercícios que se

iniciem em ou após 1 de Julho de 2014). Esta melhoria ainda está sujeita ao processo de

endosso pela União Europeia. A melhoria à IAS 16 e à IAS 38 clarifica o tratamento a dar aos

valores brutos contabilísticos e às depreciações/ amortizações acumuladas, prevendo 2

métodos, quando uma Entidade adopte o modelo da revalorização na mensuração

subsequente dos activos fixos tangíveis e/ ou intangíveis. Esta clarificação é significativa

quando, quer as vidas úteis, quer os métodos de depreciação/amortização, são revistos

durante o período de revalorização.

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IAS 24, ‘Divulgações de partes relacionadas’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou

após 1 de Julho de 2014). Esta melhoria ainda está sujeita ao processo de endosso pela União

Europeia. Esta melhoria à IAS 24 altera a definição de parte relacionada, passando a incluir as

Entidades que prestam serviços de gestão à Entidade que reporta, ou à Entidade-mãe da

Entidade que reporta.

• Melhorias às normas 2011 - 2013, (a aplicar, em geral, nos exercícios que se iniciem em ou

após 1 de Julho de 2014). Estas melhorias ainda estão sujeitas ao processo de endosso pela

União Europeia. Este ciclo de melhorias afecta os seguintes normativos: IFRS 1, IFRS 3, IFRS 13,

e IAS 40. O Grupo irá aplicar as melhorias às normas do ciclo 2010-2012 no período em que se

tornarem efectivas, excepto quanto às melhorias à IFRS 1, uma vez que o Grupo já aplica as

IFRS.

IFRS 1, ’Adopção pela primeira vez das IFRS’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou

após 1 de Julho de 2014). Esta melhoria ainda está sujeita ao processo de endosso pela União

Europeia. A melhoria à IFRS 1 clarifica que um adoptante pela primeira vez pode usar quer a

versão anterior, quer a nova versão de um normativo que, apesar de ainda não ser de

aplicação obrigatória, está disponível para adopção antecipada.

IFRS 3, ‘Concentrações de actividades empresariais’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem

em ou após 1 de Julho de 2014). Esta melhoria ainda está sujeita ao processo de endosso

pela União Europeia. A melhoria à IFRS 3 clarifica que a norma não é aplicável à contabilização

da constituição de qualquer acordo conjunto segundo a IFRS 11, nas demonstrações

financeiras do acordo conjunto.

IFRS 13, ‘Justo valor: mensuração e divulgação’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou

após 1 de Julho de 2014). Esta melhoria ainda está sujeita ao processo de endosso pela União

Europeia. A melhoria clarifica que a excepção à mensuração ao justo valor de um portefólio

numa base líquida, é aplicável a todos os géneros de contratos (incluindo contratos não-

financeiros) no âmbito da IAS 39.

IAS 40, ‘Propriedades de investimento’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1

de Julho de 2014). Esta melhoria clarifica que a IAS 40 e a IFRS 3 não são mutuamente

exclusivas. É necessário recorrer à IFRS 3 sempre que uma propriedade de investimento é

adquirida, para determinar se a aquisição corresponde, ou não, a uma concentração de

actividades empresariais.

• IFRS 9 (nova), ‘Instrumentos financeiros – classificação e mensuração’ (a aplicar nos

exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta norma ainda está sujeita ao

processo de endosso pela União Europeia. A IFRS 9 corresponde à primeira parte do novo

normativo IFRS para instrumentos financeiros, a qual prevê a existência de duas categorias

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de mensuração: custo amortizado e justo valor. Todos os instrumentos de capital próprio são

mensurados ao justo valor. Os instrumentos financeiros são mensurados ao custo

amortizado apenas quando a Entidade o detenha para receber fluxos de caixa contratuais, e

os fluxos de caixa correspondam a capital/valor nominal e juros. Caso contrário, os

instrumentos financeiros são mensurados ao justo valor através de resultados. O Grupo irá

aplicar a IFRS 9 no exercício em que esta se tornar efectiva.

• IFRS 9 (alteração), ‘Instrumentos financeiros – contabilidade de cobertura’ (a aplicar nos

exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta alteração ainda está sujeita

ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração corresponde à terceira fase da

IFRS 9, e reflecte uma revisão substancial das regras de contabilidade de cobertura da IAS 39,

eliminando a avaliação quantitativa da eficácia da cobertura, permitindo que um maior

número de itens possa ser elegível como itens cobertos, e permitindo o diferimento de

determinados impactos de instrumentos de cobertura em Outros rendimentos integrais. Esta

alteração visa aproximar a contabilidade de cobertura às práticas de gestão de risco. O Grupo

irá aplicar a IFRS 9 no exercício em que esta se tornar efectiva.

• IFRS 14 (nova),’Desvios tarifários’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de

Janeiro de 2016). Esta norma ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia.

Esta norma permite aos adoptantes pela primeira vez das IFRS, que continuem a reconhecer

os activos e passivos regulatórios de acordo com a política seguida no âmbito do normativo

anterior. Contudo para permitir a comparabilidade com as entidades que já adoptam as IFRS

e não reconhecem activos / passivos regulatórios, os referidos montantes têm de ser

divulgados nas demonstrações financeiras separadamente. O Grupo irá aplicar a IFRS 14 no

exercício em que esta se tornar efectiva.

• IFRS 15 (nova), ‘Rédito de contratos com clientes’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em

ou após 1 de Janeiro de 2017). Esta norma ainda está sujeita ao processo de endosso pela

União Europeia. Esta nova norma aplica-se apenas a contratos para a entrega de produtos ou

prestação de serviços, e exige que a entidade reconheça o rédito quando a obrigação

contratual de entregar activos ou prestar serviços é satisfeita e pelo montante que reflecte

a contraprestação a que a entidade tem direito, conforme previsto na “metodologia dos 5

passos”. O Grupo irá aplicar a IFRS 15 no exercício em que esta se tornar efectiva.

Interpretações

• IFRIC 21 (nova), ‘Taxas do governo’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 17 de

Junho de 2014). A IFRIC 21 é uma interpretação à IAS 37 e ao reconhecimento de passivos,

clarificando que o acontecimento passado que resulta numa obrigação de pagamento de

uma taxa ou imposto (que não imposto sobre o rendimento - IRC) corresponde à actividade

descrita na legislação relevante que obriga ao pagamento. Não é expectável que esta

interpretação venha a ter impactos nas Demonstrações Financeiras do Grupo.

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2.5 Uso de estimativas na preparação das Demonstrações Financeiras

A preparação das demonstrações financeiras de acordo com os IFRS requer que o Grupo efectue

estimativas e julgamentos que afectam a aplicação das políticas contabilísticas, o valor dos activos e

passivos, réditos e custos, assim como dos passivos contingentes divulgados. No apuramento das

estimativas, a Gestão do Grupo utilizou o seu julgamento, assim como a informação disponível na data

da preparação das demonstrações financeiras. Não obstante, os valores futuros efectivamente

realizados poderão diferir das estimativas efectuadas.

Os temas que envolvem um maior nível de julgamento ou onde são utilizados pressupostos e

estimativas significativas na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, são

apresentadas, como seguem:

Continuidade das operações

As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com o princípio da continuidade, dado que

a Gestão do Grupo considera que o Grupo dispõe de meios e de capacidade para continuar a

desenvolver a sua actividade no futuro previsível. Para este julgamento, a Gestão do Grupo teve em

consideração as diversas informações que dispõe sobre as condições actuais e projecções futuras de

rentabilidade, cash-flows e capital. Para as unidades descontinuadas é convicção da gestão que a sua

alienação seja executada sem perdas face ao respectivo valor contabilístico. Não obstante, o valor de

realização destes activos e passivos ainda não se encontra definido e está dependente do sucesso

nas negociações de venda já iniciadas.

Justo valor dos instrumentos financeiros

O Justo valor é baseado em cotações de mercado, sempre que disponíveis. No entanto, e na ausência

de cotação, é determinado com base em metodologias de avaliação baseadas em técnicas de fluxos de

caixa futuros descontados (marked to model) considerando as condições de mercado, factores de

volatilidade, correlação, não esquecendo o valor temporal, em conformidade com os princípios da IFRS

13 – Justo valor.

Imparidade em créditos a clientes

O Grupo efectua uma avaliação da sua carteira de crédito, em base periódica, por forma avaliar a

existência de evidência de imparidade.

Neste contexto, os clientes identificados com crédito em incumprimento e, cujas responsabilidades

totais sejam consideradas de montante significativo para o Grupo, são objecto de análise individual

para avaliar as necessidades de registo de perdas por imparidade.

Estas estimativas são baseadas em assumpções sobre um conjunto de factores que se podem

modificar no futuro e, consequentemente alterar os montantes de imparidade. Adicionalmente, é

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também realizada uma análise colectiva de imparidade às restantes operações de crédito que não

foram objecto de análise individual, através da alocação de tais operações em segmentos de crédito,

com características e riscos similares, sendo estimadas perdas colectivas de imparidade, cujo cálculo

tem por base o comportamento histórico das perdas, para o mesmo tipo de activos.

Os créditos analisados individualmente, para os quais não se tenha verificado a existência objectiva

de imparidade, são agrupados, tendo por base características de risco semelhantes, e avaliados

colectivamente para efeitos de imparidade.

Sempre que um crédito é considerado incobrável, sendo a sua perda por imparidade estimada de

100% do valor do crédito, é efectuada a respectiva anulação contabilística por contrapartida do valor

da perda. O crédito é assim abatido ao activo.

Se forem recuperados créditos abatidos, o montante recuperado é creditado em resultados na

rubrica “Imparidade de crédito líquida de recuperações e reversões”.

Imparidade dos activos financeiros disponíveis para venda – instrumentos de capital

O Grupo determina que existe imparidade nos seus activos financeiros disponíveis para venda quando

se verifica uma desvalorização significativa ou prolongada no seu justo valor, abaixo de preço de

custo ou quando prevê existir um impacto nos fluxos de caixa futuros desses activos.

Esta determinação requer julgamento, sendo que o Grupo reúne toda a informação disponível no

mercado e fora do mercado para o efeito. Em consequência da volatilidade dos mercados, o Grupo

considera que existe evidência objectiva de imparidade, ou seja, que se verifica uma desvalorização

significativa ou prolongada, sempre que se registe:

um declínio no justo valor de um instrumento de capital igual ou superior a 30%; ou

um declínio por um período superior a 1 ano.

A imparidade dos activos financeiros disponíveis para venda está apresentada na nota 37.

Avaliação de activos imobiliários

O serviço de avaliações é prestado por empresas externas, independentes, registadas na CMVM, com

qualificações e reconhecida competência e experiência profissional, adequadas ao desempenho das

respectivas funções. Os relatórios obedecem aos requisitos estabelecidos pela CMVM, Banco de

Portugal e Instituto de Seguros de Portugal, assim como aos critérios definidos pelas Normalização

Contabilística Europeia e pelas orientações de Instituições Internacionais, como sejam o RICS e

TEGoVA.

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Os procedimentos de avaliação pressupõem uma recolha de informação rigorosa, quer de

documentação actualizada, quer numa inspecção do imóvel e zona envolvente, quer junto das

câmaras municipais e outros organismos, quer na análise do mercado, transacções, relação

oferta/procura e perspectivas de desenvolvimento. O tratamento dessa informação, áreas e usos e

valores de mercado, permite a adopção de valores base para o cálculo, por aplicação dos métodos e

sua comparação.

O método comparativo de mercado é sempre utilizado quer directamente, quer como base de cash-

flows de desenvolvimento, actualizados à data da avaliação a taxas que incorporem o risco dos

projectos. O método do custo de reposição tem também utilização directa na valorização dos imóveis

em uso continuado e um contributo indispensável nos cenários de desenvolvimento referidos. Nas

propriedades sujeitas a exploração, efectivamente arrendadas ou cuja valorização dependa do seu

rendimento potencial, actualizam-se os rendimentos capitalizados, mediante yields que reflictam o

comportamento e principais indicadores do mercado.

Todos os relatórios são analisados e validados pela estrutura técnica interna.

O valor de realização destes activos está dependente da evolução futura das condições do mercado

imobiliário.

Os activos imobiliários estão registados em activos não correntes detidos para venda, propriedades de

investimento e imóveis de serviço próprio.

Activos por impostos diferidos

O Grupo reconhece activos por impostos diferidos para prejuízos fiscais reportáveis, quando estima

que venham a existir no prazo futuro estabelecido por lei resultados fiscais positivos. Para o efeito,

são efectuados julgamentos para a determinação do montante de impostos diferidos activos que

podem ser reconhecidos, baseados no nível de resultados fiscais futuros esperado.

Benefícios de reforma

O Grupo determina as responsabilidades por pensões de reforma e o rendimento dos Fundos de

Pensões, constituídos para cobrir estas responsabilidades, com base em tábuas actuariais e

pressupostos de crescimento das pensões e do retorno dos activos, que compõem os Fundos de

Pensões. As variáveis mais sensíveis referem-se à taxa de actualização das responsabilidades e às

tabelas de mortalidade utilizadas.

Face à natureza de longo prazo dos planos de pensões, estas estimativas são sujeitas a incertezas

significativas.

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Consolidação de entidades de finalidade especiais (SPE)

O Grupo recorre à constituição de Entidades de Finalidade Especiais (SPE) com o objectivo de efectuar

operações de securitização de activos ou de emissão de dívida.

O Grupo não consolida as SPE relativamente aos quais não detém o controlo. Uma vez que pode ser

difícil determinar se é exercido o controlo sobre uma SPE, é efectuado um julgamento para

determinar se o Grupo está exposto aos riscos e benefícios inerentes às actividades da SPE e se tem

os poderes de tomada de decisão nessa SPE.

A decisão de que uma SPE tem que ser consolidada pelo Grupo requer a utilização de pressupostos e

estimativas para apurar os ganhos e perdas residuais e determinar quem retém a maioria desses

ganhos e perdas. Outros pressupostos e estimativas poderiam levar a que o perímetro de

consolidação do Grupo fosse diferente.

As entidades de finalidade especiais incluídas na consolidação estão apresentadas na nota 3.

Provisões

A descrição da natureza destas obrigações está descrita na Nota 24.

2.6 Princípios de consolidação

As demonstrações financeiras consolidadas incluem as contas do Banif e das Entidades por si

controladas (denominadas “subsidiárias”), incluindo fundos de investimento nos quais o Grupo,

através de um julgamento significativo, determina que essas entidades são controladas e

consequentemente incluídas nas Demonstrações financeiras consolidadas.

Subsidiárias são todas as entidades (incluindo as entidades estruturadas) sobre as quais o Grupo tem

controlo. O Grupo controla uma entidade quando está exposto a, ou tem direitos sobre, os retornos

variáveis gerados, em resultado do seu envolvimento com a entidade, e tem a capacidade de afectar

esses retornos variáveis através do poder que exerce sobre as actividades relevantes da entidade.

As subsidiárias e os SPEs são consolidados a partir da data em que o controlo é adquirido pelo Grupo,

sendo excluídos da consolidação a partir do momento em que o controlo cessa.

Os SPE, relativamente às quais o Grupo retenha a maioria dos riscos e benefícios inerentes à sua

actividade, são também incluídos no perímetro de consolidação. Incluem-se neste âmbito,

essencialmente, entidades utilizadas pelo Grupo que integram operações de titularização de créditos

e emissão de dívida estruturada.

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Sempre que aplicável, as contas das subsidiárias são ajustadas de forma a reflectir a utilização das

políticas contabilísticas do Grupo.

Os saldos e transacções entre Entidades do Grupo, resultantes de operações intra grupo, são

eliminados no processo de consolidação. As perdas não realizadas são também eliminadas, excepto se

constituírem uma perda de imparidade no activo transferido.

O valor correspondente à participação de terceiros nas subsidiárias é apresentado na rubrica

"Interesses que não controlam", incluída no capital próprio. Quando da aquisição do controlo é

efectuada em percentagem inferior a 100%, na aplicação do método da compra os interesses não

controlados podem ser mensurados ao justo valor ou na proporção do justo valor dos activos e

passivos adquiridos, sendo essa opção definida em cada transacção.

Transacções subsequentes de alienações ou de aquisições de participações a interesses não que não

controlam, que não implicam alteração do controlo, não resultam no reconhecimento de ganhos,

perdas ou goodwill, sendo qualquer diferença apurada entre o valor da transacção e o valor

contabilístico da participação transaccionada, reconhecida no capital próprio.

2.7 Concentrações de actividades empresariais e goodwill

O Grupo regista a aquisição de subsidiárias pelo método da compra. O custo de aquisição corresponde

ao justo valor, na data da transacção, dos activos entregues, dos passivos assumidos, dos

instrumentos de capital próprio emitidos, acrescidos de quaisquer custos directamente imputáveis à

transacção. Os activos, passivos e passivos contingentes identificáveis da entidade adquirida são

medidos pelo justo valor na data de aquisição.

O goodwill corresponde à diferença entre o custo de aquisição e a proporção adquirida pelo Grupo do

justo valor dos activos, passivos e passivos contingentes identificados.

Sempre que o justo valor exceda o custo de aquisição (goodwill negativo), a diferença é reconhecida

em resultados. Os custos directamente atribuíveis à aquisição são registados em resultados do

exercício. Quando à data de aquisição do controlo o Grupo já detiver uma participação adquirida

previamente, o justo valor dessa participação concorre para a determinação do goodwill ou goodwill

negativo.

Quando o custo de aquisição excede o justo valor dos activos, passivos e passivos contingentes, o

goodwill positivo é registado no activo, não sendo amortizado. No entanto, é objecto de testes de

imparidade numa base anual, sendo reflectidas eventuais perdas por imparidade que sejam

apuradas.

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Para efeitos da realização do teste de imparidade, o goodwill apurado é imputado a cada uma das

Unidades Geradoras de Caixa (UGC) que beneficiaram da operação de concentração. O goodwill

imputado a cada Unidade é objecto de teste de imparidade, em base anual, ou sempre que exista uma

indicação de que possa existir imparidade.

A imparidade do goodwill é determinada calculando o montante recuperável para cada UGC ou grupo

UGC a que o goodwill respeita. Quando o montante recuperável das UGC for inferior ao montante

registado é reconhecida imparidade.

As perdas por imparidade em goodwill não podem ser revertidas em períodos futuros.

2.8 Investimentos em associadas

São classificadas como associadas todas as entidades sobre as quais o Grupo detém o poder de

exercer influência significativa sobre as suas políticas financeiras e operacionais, embora não

detenha o controlo e, que não sejam nem subsidiárias, nem “Joint ventures”, nem participações

detidas através de fundos de investimento, de capital de risco ou de Bancos (seed capital),

classificados, no reconhecimento inicial, como instrumentos financeiros ao justo valor através de

resultados.

O Grupo considera que existe influência significativa sempre que este detenha, directa ou

indirectamente, mais de 20% e menos de 50% dos direitos de voto e representação no órgão de

gestão.

Os investimentos em associadas são registados nas demonstrações financeiras consolidadas do

Grupo pelo método da equivalência patrimonial, desde o momento que o Grupo adquire a influência

significativa até ao momento em que a mesma termina. O valor de balanço dos investimentos em

associadas inclui o valor do respectivo goodwill determinado nas aquisições e é apresentado líquido de

eventuais perdas de imparidade.

O registo inicial do investimento é efectuado pelo custo de aquisição, o qual é incrementado ou

diminuído pelo reconhecimento das variações subsequentes na parcela detida na situação líquida da

associada. Qualquer goodwill negativo é imediatamente reconhecido em resultados. Os dividendos

atribuídos pelas Associadas reduzem o valor do investimento realizado pelo Grupo.

O valor do investimento é anualmente objecto de análise de imparidade.

À semelhança do procedimento seguido relativamente às subsidiárias, sempre que aplicável, as

contas das associadas são ajustadas de forma a reflectir as políticas contabilísticas do Grupo.

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2.9 Empreendimentos conjuntos

São considerados como empreendimentos conjuntos os investimentos em entidades sobre as quais o

Grupo partilha o controlo com outra parte. Essa partilha é formalizada por acordo contratual, em que

as decisões estratégicas, financeiras e operacionais relacionadas com a actividade, exigem o

consenso unânime das partes que partilham o controlo.

Os interesses do Grupo em empreendimentos conjuntos são reconhecidos utilizando o método de

equivalência patrimonial.

No âmbito deste método de consolidação, não existem interesses que não controlam.

2.10 Transacções em moeda estrangeira

As transacções em moeda estrangeira são registadas com base nas taxas de câmbios indicativas da

moeda funcional na data da transacção.

Na data de balanço, os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira são

convertidos para Euros à taxa de câmbio de fecho. Os itens não monetários que sejam valorizados ao

justo valor são convertidos com base na taxa de câmbio em vigor, na data da última valorização. Os

itens não monetários que sejam mantidos ao custo histórico são mantidos ao câmbio original.

As diferenças de câmbio apuradas na conversão são reconhecidas como ganhos ou perdas do período

na demonstração de resultados, com excepção das originadas por instrumentos financeiros não

monetários, classificados como disponíveis para venda, que são registadas por contrapartida de uma

rubrica específica de capital próprio, até à alienação do activo.

Demonstrações financeiras de subsidiárias e associadas expressas em moeda estrangeira

Na data de balanço, os activos e passivos denominados em moeda funcional distinta do Euro, são

convertidos à taxa de câmbio à data do fecho do balanço, enquanto itens de proveitos e custos são

convertidos à taxa média do período. As diferenças que resultam da utilização da taxa de fecho e da

taxa média são registadas, sem efeito fiscal, por contrapartida de uma rubrica específica de capital

próprio, até à alienação das respectivas entidades.

Taxas de câmbio utilizadas pelo Grupo para efeitos de conversão cambial:

Taxa de câmbio fecho

Taxa câmbio média

Taxa de câmbio fecho

Taxa câmbio média

Taxa de câmbio fecho

Taxa câmbio média

USD 1,3658 1,3703 1,3791 1,3281 1,3080 1,3134BRL 3,0002 3,1499 3,2576 2,8687 2,8899 2,6683PLN 4,1568 4,1755 4,1543 4,1975 4,3376 4,1772CVE 110,265 110,265 110,265 110,265 110,265 110,265

30-06-2014 31-12-2013 30-06-2013

145

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2.11 Caixa e seus equivalentes

Para efeitos da demonstração de fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes englobam os valores

registados em balanço de moeda nacional e estrangeira, que se incluem em caixa, depósitos à ordem

junto de Bancos Centrais, depósitos à ordem junto de outras instituições de crédito no país e

estrangeiro, cheques a cobrar sobre outros bancos. As maturidades iniciais destes itens não podem

ser superiores a 3 meses, devendo ser imediatamente mobilizados sem risco significativo de

flutuações de valor.

2.12 Instrumentos financeiros

2.12.1 Reconhecimento e mensuração inicial de instrumentos financeiros

As compras e vendas de activos financeiros que implicam a entrega de activos de acordo com os

prazos estabelecidos, por regulamento ou convenção no mercado, são reconhecidos na data da sua

negociação (trade date), isto é, na data em que é assumido o compromisso de compra ou venda. Esta

situação verifica-se igualmente para os instrumentos financeiros derivados.

A classificação dos instrumentos financeiros, na data do seu reconhecimento inicial, depende das

suas características e da intenção que originou a sua aquisição.

Todos os instrumentos financeiros são inicialmente mensurados ao justo valor, acrescido dos custos

directamente atribuíveis à compra ou emissão, excepto no caso dos activos e passivos ao justo valor

através de resultados em que tais custos são reconhecidos directamente em resultados.

2.12.2 Mensuração subsequente de instrumentos financeiros

Activos e passivos financeiros detidos para negociação

Os activos e passivos financeiros classificados como activos e passivos detidos para negociação são

adquiridos com o propósito de venda no curto prazo e de realização de lucros, a partir de flutuações

no preço ou na margem do negociador.

Nesta classe incluem-se também os instrumentos financeiros derivados que não sejam considerados

como derivados de cobertura.

Após o reconhecimento inicial, os ganhos e perdas gerados pela mensuração subsequente do justo

valor são reflectidos em resultados do exercício. No caso dos instrumentos derivados, os justos

valores positivos apurados são registados no activo e, consequentemente, os justos valores negativos

no passivo.

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Os juros e dividendos ou encargos são registados nas respectivas contas de resultados, quando o

direito ao seu pagamento é estabelecido.

São considerados como passivos financeiros de negociação as vendas de títulos a descoberto. Estas

operações são relevadas em balanço ao justo valor, com variações subsequentes no seu justo valor

relevadas em resultados do exercício, na respectiva rubrica “Resultados de activos e passivos

avaliados ao justo valor através de resultados”.

Activos e passivos financeiros ao justo valor através de resultados

Os activos e passivos financeiros incluídos nesta categoria são activos e passivos designados no

momento do seu reconhecimento inicial ao justo valor com variações reconhecidas em resultados,

nos termos da opção prevista no IAS 39 - fair value option.

O Grupo designa, no seu reconhecimento inicial, certos activos e passivos ao justo valor, desde que

satisfeitas as condições previstas para o seu reconhecimento, nomeadamente:

a designação elimina ou reduz significativamente inconsistências de mensuração de activos e

passivos financeiros e reconhecimento dos respectivos de ganhos ou perdas (accounting

mismatch);

os activos e passivos financeiros fazem parte de um grupo de activos ou passivos ou ambos

cujas performances são avaliadas numa base de justo valor, de acordo com uma estratégia

de investimento e gestão de risco devidamente documentada; ou

o instrumento financeiro integra um ou mais derivados embutidos, excepto quando os

derivados embutidos não modifiquem significativamente os fluxos de caixa inerentes ao

contrato, ou seja, desde que seja claro, com reduzida ou nenhuma análise, que a separação

dos derivados embutidos não possa ser efectuada.

Após o reconhecimento inicial, os ganhos e perdas gerados pela mensuração subsequente do justo

valor dos activos e passivos financeiros são reflectidos em resultados do exercício na rubrica

“Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”.

O Grupo classifica em activos financeiros ao justo valor através de resultados os títulos cuja gestão e

avaliação da performance tem por base o justo valor, e como passivos financeiros instrumentos de

dívida (subordinada e não subordinada) com um ou mais derivados embutidos.

Activos financeiros disponíveis para venda

São classificados nesta rubrica os activos financeiros que podem ser objecto de alienação em

resposta, ou em antecipação, a necessidades de liquidez ou alterações de taxas de juro, taxas de

câmbio ou alterações do seu preço de mercado.

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À data, o Grupo tem classificado nesta categoria títulos de rendimento fixo, participações

consideradas estratégicas e instrumentos de capital, para os quais não é possível a obtenção de

valorizações fiáveis.

Após o reconhecimento inicial, são subsequentemente mensurados ao justo valor, ou mantido ao

custo de aquisição.

Os ganhos e perdas são reflectidos na rubrica “Reservas de reavaliação” até à sua venda (ou ao

reconhecimento de perdas por imparidade), momento no qual o valor acumulado é transferido para

resultados do exercício para a rubrica “Resultados de activos financeiros disponíveis para venda”.

Os juros dos activos financeiros são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e

reconhecidos em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares” e, os dividendos são

reconhecidos em resultados na rubrica “Rendimentos de instrumentos de capital”, quando o direito

ao seu recebimento é estabelecido.

Nos instrumentos de dívida emitidos em moeda estrangeira, as diferenças cambiais apuradas são

reconhecidas em resultados do exercício na rubrica “Resultados de reavaliação cambial”.

A cada data de referência das demonstrações financeiras, o Grupo avalia a existência de situações de

evidência objectiva de que os activos financeiros disponíveis para venda estão com imparidade,

considerando a informação disponível no mercado e a informação disponível sobre os emitentes.

Quando existe evidência objectiva de que um activo financeiro disponível para venda está em

imparidade, as perdas são reconhecidas em resultados na rubrica “Imparidade de outros activos

financeiros líquida de reversões e recuperações”.

Activos financeiros detidos até à maturidade

Estão classificados nesta categoria os activos financeiros não derivados com pagamentos fixos ou

determináveis e maturidades definidas, que o Grupo tem intenção e capacidade de deter até à

maturidade.

Estes activos são mensurados ao custo amortizado, com base no método da taxa de juro efectiva e

sujeitos a testes de imparidade. O custo amortizado é calculado tendo em conta o prémio ou

desconto, na data de aquisição, e outros encargos directamente imputáveis à compra como parte da

taxa de juro efectiva. A amortização é reconhecida em resultados na rubrica “Juros e rendimentos

similares”.

As perdas por imparidade são reconhecidas em resultados na rubrica “Imparidade de outros activos

financeiros líquida de reversões e recuperações”.

148

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Activos com acordo de recompra

Estão relevados nesta rubrica, o valor de compra dos activos acrescidos do juro implícito no preço de

revenda reconhecidos de acordo com o princípio de especialização do exercício.

Aplicações em outras Instituições de Crédito e Crédito a clientes

O Grupo regista nestas rubricas as aplicações que tem junto de instituições de crédito, o valor total

do crédito concedido a clientes e operações de compra com acordo de revenda.

Estes activos correspondem a activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não

cotados num mercado activo, desde que não sejam activos que tenham sido adquiridos ou originados

com intenção de alienação a curto prazo (detidos para negociação) ou activos que, no seu

reconhecimento inicial, tenham sido classificados como activos financeiros ao justo valor através de

resultados.

Após o reconhecimento inicial, o valor desembolsado, que inclui todos os custos inerentes à

transacção, incluindo comissões cobradas que não tenham a natureza de prestação de serviço, são

mensurados ao custo amortizado, pelo método da taxa efectiva, e sujeitos a testes de imparidade.

O custo amortizado é apurado tendo em conta os rendimentos ou encargos directamente imputáveis

à originação do activo, como parte da taxa de juro efectiva. A amortização destes rendimentos ou

encargos é reconhecida em resultados na rubrica “Juros e rendimentos similares” ou “Juros e

encargos similares”. As perdas por imparidade são reconhecidas em resultados na rubrica

“Imparidade do crédito líquida de reversões e recuperações”.

Quando, em determinado momento do tempo, o Grupo considera não haver qualquer expectativa de

recuperabilidade sobre um determinado crédito ou um conjunto de créditos, estes são abatidos ao

activo.

Esta avaliação é independente dos procedimentos em vigor, no que se refere a este tema, nas contas

individuais das subsidiárias, tendo em conta as especificidades das normas locais aplicáveis.

Recursos de outras instituições de crédito, Recursos de clientes e outros

empréstimos/Responsabilidades representadas por títulos e Outros passivos subordinados

Os restantes passivos financeiros, que incluem essencialmente recursos de instituições de crédito,

depósitos de clientes e emissões de dívida não designadas como passivos financeiros ao justo valor

através de resultados e, cujos termos contratuais resultam na obrigação de entrega ao detentor de

fundos ou activos financeiros, são reconhecidos inicialmente pela contraprestação recebida líquida

dos custos de transacção directamente associados e subsequentemente valorizados ao custo

amortizado, usando o método da taxa efectiva. A amortização do prémio ou desconto e dos custos de

transacção é reconhecida em resultados na rubrica “Juros e encargos similares”.

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Justo valor de activos e passivos financeiros

Conforme acima referido, os instrumentos financeiros registados nas categorias de Activos e Passivos

financeiros para negociação, ao justo valor através de resultados ou activos financeiros disponíveis

para venda são valorizados pelo justo valor.

O justo valor de um instrumento financeiro corresponde ao montante pelo qual um activo ou passivo

financeiro pode ser vendido ou liquidado entre partes independentes, informadas e interessadas na

concretização da transacção em condições normais de mercado.

O Grupo determina o justo valor dos seus activos e passivos financeiros detidos para negociação, ao

justo valor através de resultados ou disponíveis para venda de acordo com os seguintes critérios:

No caso de instrumentos transaccionados em mercados activos, o justo valor é determinado

com base na cotação de fecho, no preço da última transacção efectuada ou no valor da

última oferta (“bid”) conhecida;

No caso de instrumentos não transaccionados em mercados activos, o justo valor é

determinado com recurso a técnicas de valorização, que incluem preços de transacções

recentes de instrumentos equiparáveis e outros métodos de valorização normalmente

utilizados pelo mercado (“discounted cash flow”, modelos de valorização de opções, etc.).

Os activos de rendimento variável (v.g. acções) e os instrumentos derivados, que os tenham como

activo subjacente, para os quais não seja possível a obtenção de valorizações fiáveis, são mantidos ao

custo de aquisição, deduzidos de eventuais perdas por imparidade.

2.12.3 Imparidade de activos financeiros

Activos Financeiros ao custo amortizado

O Grupo avalia regularmente se existe evidência objectiva de imparidade nos activos financeiros

registados ao custo amortizado, nomeadamente, aplicações em instituições de crédito, instrumentos

detidos até à maturidade, crédito a clientes e de valores a receber. As perdas por imparidade

identificadas são relevadas por contrapartida de resultados.

Sempre que, num período subsequente, se registe uma diminuição do montante da perda por

imparidade estimada, o montante previamente reconhecido é revertido pelo ajustamento da conta de

perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido directamente na demonstração de

resultados na mesma rubrica.

Um crédito, ou uma carteira de crédito sobre clientes, definida como um conjunto de créditos de

características de risco semelhantes, está em imparidade sempre que:

− exista evidência objectiva de imparidade resultante de um ou mais eventos que ocorreram

após o seu reconhecimento inicial e,

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− quando esse evento (ou eventos) tenha um impacto no valor recuperável dos fluxos de caixa

futuros do crédito ou carteira de créditos sobre clientes, e cuja mensuração possa ser

estimada com razoabilidade.

Para determinação das perdas por imparidade são utilizados dois métodos de análise:

a) Análise individual

A avaliação da existência de perdas por imparidade em termos individuais é realizada através de

uma análise casuística da situação de clientes com exposição total de crédito considerada

significativa. Para cada cliente o Grupo avalia, em cada data de balanço, a existência de evidência

objectiva de imparidade, considerando nomeadamente os seguintes factores:

− Situação económico-financeira do cliente;

− Exposição global do cliente e a existência de créditos em situação de incumprimento no Grupo

e no sistema financeiro;

− Informações comerciais relativas ao cliente;

− Análise do sector de actividade em que o cliente se integra, quando aplicável;

− As ligações do cliente com o Grupo em que se integra, quando aplicável, e a análise deste

relativamente às variáveis anteriormente referidas em termos do cliente individualmente

considerado.

Na determinação das perdas por imparidade em termos individuais são considerados os

seguintes factores:

− A viabilidade económico-financeira do cliente gerar meios suficientes para fazer face ao

serviço da dívida no futuro;

− O valor das garantias reais associadas e o montante e prazo de recuperação estimados;

− O património do cliente em situações de liquidação ou falência e a existência de credores

privilegiados.

Os créditos analisados individualmente, para os quais se tenha verificado a existência de

imparidade inferior à IBNR da carteira, são agrupados tendo por base características de risco

semelhantes e avaliados colectivamente para efeitos de imparidade.

Os créditos analisados individualmente para os quais se tenha estimado uma perda por

imparidade não são incluídos para efeitos da avaliação colectiva.

Sempre que seja identificada uma perda de imparidade nos créditos a clientes avaliados

individualmente, o montante da perda é determinado pela diferença entre o valor contabilístico

desse crédito e o valor actual dos seus fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de

juro original do contrato. O crédito a clientes apresentado no balanço é reduzido pela utilização

de uma conta de perdas por imparidade e o montante reconhecido na demonstração de

resultados na rubrica “Imparidade do crédito líquida de recuperações e reversões”. Para créditos

151

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com taxa de juro variável, a taxa de desconto utilizada para determinar qualquer perda por

imparidade é a taxa efectiva anual, determinada pelo contrato.

O cálculo do valor actual dos cash flows futuros estimados de um crédito com garantias reais

reflecte os fluxos de caixa que possam resultar da recuperação e alienação do colateral,

deduzido dos custos inerentes à sua recuperação e venda.

b) Análise colectiva

Os créditos avaliados numa base colectiva são agrupados por segmentos com características e

riscos similares. As perdas por imparidade para estes créditos são estimadas considerando a

experiência histórica de perdas em carteiras de risco semelhante, a envolvente económica e sua

influência sobre o nível de perdas históricas. O Grupo procede, com uma periodicidade regular, à

actualização dos parâmetros históricos utilizados para estimar as perdas na análise colectiva.

Sempre que um crédito é considerado incobrável, sendo a sua perda por imparidade estimada de

100% do valor do crédito, é efectuada a respectiva anulação contabilística por contrapartida do

valor da perda. O crédito é assim abatido ao activo.

Se forem recuperados créditos abatidos, o montante recuperado é creditado em resultados na

mesma rubrica de “Imparidade do crédito líquida de recuperações e reversões” acima referida.

Activos Financeiros disponíveis para venda

Para além dos indícios de imparidade acima referidos para activos financeiros registados ao custo

amortizado, a IAS 39 prevê ainda os seguintes indícios específicos para imparidade em instrumentos

de capital:

Informação sobre alterações significativas com impacto adverso na envolvente tecnológica,

de mercado, económica ou legal em que o emissor opera, que indique que o custo do

investimento não irá ser recuperado na totalidade;

Um declínio significativo ou prolongado do valor de mercado abaixo do preço de custo.

A cada data de balanço, os activos financeiros disponíveis para venda são analisados, verificando-se o

registo de indícios objectivos de imparidade, nomeadamente quando se verifica um significativo ou

prolongado declínio nos justos valores, abaixo do preço de custo. A determinação do nível de declínio

em que se considera “significativo ou prolongado” requer julgamentos. O Grupo considera que um

declínio no justo valor de um instrumento de capital igual ou superior a 30% (30% em 2013) ou um

declínio por mais de 1 ano (1 ano em 2013) pode ser considerado significativo ou prolongado.

Sempre que exista evidência objectiva de imparidade, as menos - valias acumuladas que tenham sido

reconhecidas em reservas são transferidas para custos do exercício sob a forma de perdas por

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imparidade, sendo registadas na rubrica “Imparidade de outros activos líquida de reversões e

recuperações”.

As perdas por imparidade registadas em instrumentos de capital não podem ser revertidas, pelo que

eventuais mais-valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são

reflectidas na “Reserva de justo valor”. Caso posteriormente, sejam determinadas menos valias

adicionais, considera-se sempre que existe imparidade, pelo que são reflectidas em resultados do

exercício.

Relativamente a activos financeiros registados ao custo, nomeadamente instrumentos de capital não

cotados e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, o Grupo efectua igualmente

análises periódicas de imparidade. O valor recuperável corresponde à melhor estimativa dos fluxos

futuros a receber do activo, descontados a uma taxa que reflicta de forma adequada o risco

associado à sua detenção.

O montante de perda por imparidade apurado é reconhecido directamente em resultados do

exercício. As perdas por imparidade nestes activos não podem igualmente ser revertidas.

2.12.4 Derivados

Na sua actividade corrente, o Grupo utiliza alguns instrumentos financeiros derivados, quer para

satisfazer as necessidades dos seus clientes, quer para gerir as suas próprias posições de risco de

taxa de juro ou outros riscos de mercado. Estes instrumentos envolvem graus variáveis de risco de

crédito (máxima perda contabilística potencial devida a eventual incumprimento das contrapartes

das respectivas obrigações contratuais) e de risco de mercado (máxima perda potencial devida à

alteração de valor de um instrumento financeiro em resultado de variações de taxas de juro, câmbio

e cotações).

Os montantes nocionais das operações de derivados, registados em rubricas extrapatrimoniais, são

utilizados para calcular os fluxos a trocar nos termos contratuais. Para derivados de taxa de juro ou

de câmbio, o risco de crédito é medido pelo custo de substituição a preços correntes de mercado dos

contratos em que se detém uma posição potencial de ganho (valor positivo de mercado), no caso de a

contraparte entrar em incumprimento.

Os derivados embutidos noutros instrumentos financeiros são separados do instrumento de

acolhimento, sempre que os seus riscos e características não se encontrem intimamente

relacionados com os do contrato de acolhimento. Nestas situações, a valorização ao justo valor

através de resultados, não é feita sobre a totalidade do instrumento.

Os instrumentos derivados utilizados pelo Grupo na sua gestão de exposição a riscos financeiros e de

mercado são contabilizados como derivados de cobertura de acordo com os critérios definidos pela

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IAS 39. Caso tal não se verifique, os derivados são considerados pelo seu justo valor como activos ou

passivos financeiros de negociação, consoante tenham, respectivamente, justo valor positivo ou

negativo.

Contabilidade de cobertura

Os instrumentos financeiros derivados utilizados para fins de cobertura são classificados como de

cobertura desde que cumpram, cumulativamente, com as seguintes condições:

− à data de início da transacção, a relação de cobertura encontra-se identificada e

formalmente documentada, incluindo a identificação do item coberto, do instrumento de

cobertura e a avaliação da efectividade da cobertura;

− existe a expectativa de que a relação de cobertura seja altamente efectiva, à data de início

da transacção, e ao longo da vida da operação;

− a eficácia da cobertura possa ser mensurada com fiabilidade, à data de início da transacção,

e ao longo da vida da operação;

− Para operações de cobertura de fluxos de caixa os mesmos devem ser altamente prováveis

de virem a ocorrer.

A cada data de balanço, o Grupo testa a eficácia das coberturas, comparando a variação do justo

valor do instrumento coberto, atribuível ao risco coberto, com a variação do justo valor do derivado de

cobertura, devendo a relação entre ambos situar-se no intervalo entre 80% e 125%.

Cobertura de Justo Valor

Numa operação de cobertura de justo valor, o valor de balanço do activo ou passivo, determinado com

base na respectiva política contabilística, é ajustado de forma a reflectir a variação do seu justo valor

atribuível ao risco coberto. As variações do justo valor dos derivados de cobertura são reconhecidas

em resultados, e, bem assim, as variações de justo valor dos activos ou dos passivos cobertos,

atribuíveis ao risco coberto.

Caso a relação de cobertura deixe de existir, pelo facto da variação relativa no justo valor dos

derivados e dos instrumentos cobertos se encontrar fora do intervalo entre 80% e 125%, os derivados

são reclassificados para a carteira de negociação e o valor da reavaliação dos instrumentos cobertos

é reconhecido em resultados durante o prazo remanescente da operação.

O grupo, com referência a 30 de Junho de 2014, não tem operações de cobertura de justo valor.

Cobertura de fluxos de caixa

Numa operação de cobertura da exposição à variabilidade de fluxos de caixa futuros de elevada

probabilidade, a parte efectiva das variações de justo valor do derivado de cobertura é reconhecida

em reservas, sendo transferida para resultados, nos períodos em que o respectivo item coberto

afectar resultados. A parte não efectiva da cobertura é registada em resultados.

154

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Quando um instrumento de cobertura expira ou é vendido, ou quando a cobertura deixa de cumprir

os critérios exigidos para a contabilidade de cobertura, as variações de justo valor do derivado

acumuladas em reservas são reconhecidas em resultados, quando a operação coberta também

afectar resultados.

Se for previsível que a operação coberta não se efectuará, os montantes ainda registados em capital

próprio são imediatamente reconhecidos em resultados e o instrumento de cobertura é transferido

para a carteira de negociação.

2.12.5 Desreconhecimento de activos e passivos financeiros

Activos financeiros

Um activo financeiro (ou quando aplicável uma parte de um activo financeiro ou parte de um grupo

de activos financeiros) é desreconhecido quando:

Os direitos de recebimento dos fluxos de caixa do activo expirem; ou

Os direitos de recebimento dos fluxos de caixa tenham sido transferidos, ou foi assumida a

obrigação de pagar na totalidade os fluxos de caixa a receber, sem demora significativa, a

terceiros no âmbito de um acordo “pass-through”; e

Os riscos e benefícios do activo foram substancialmente transferidos, ou os riscos e

benefícios não foram transferidos nem retidos, mas foi transferido o controlo sobre o activo.

Se os direitos de recebimento dos fluxos de caixa forem transferidos ou se tenha celebrado um

acordo de “pass-through”, e não tenham sido transferidos nem retidos substancialmente todos os

riscos e benefícios do activo, nem transferido o controlo sobre o mesmo, o activo financeiro é

reconhecido na extensão do envolvimento continuado, o qual é mensurado ao menor entre o valor

original do activo e o máximo valor de pagamento que ao Grupo pode ser exigido.

Quando o envolvimento continuado toma a forma de opção de compra sobre o activo transferido, a

extensão do envolvimento continuado é o montante do activo que pode ser recomprado, excepto no

caso de opção de venda mensurável ao justo valor, em que o valor do envolvimento continuado é

limitado ao mais baixo entre o justo valor do activo e o preço de exercício da opção.

Passivos financeiros

Um passivo financeiro é desreconhecido quando a obrigação subjacente expira ou é cancelada.

Quando um passivo financeiro existente é substituído por outro com a mesma contraparte, em

termos substancialmente diferentes dos inicialmente estabelecidos, ou os termos iniciais são

substancialmente alterados, esta substituição ou alteração é tratada como um desreconhecimento

do passivo original e, o reconhecimento de um novo passivo. No caso de se verificar diferenças entre

os valores, esta diferença é reconhecida em resultados do exercício.

155

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2.12.6 Reclassificação entre categorias de instrumentos financeiros

Em Outubro de 2008, o IASB emitiu a revisão da IAS 39 - Reclassificação de Instrumento Financeiros.

Esta alteração veio permitir, mediante a verificação de determinadas circunstâncias, que uma

entidade transfira instrumentos financeiros das categorias de Activos financeiros detidos para

negociação e Activos financeiros disponíveis para venda para as categorias de Outros créditos e

valores a receber ou para Activos financeiros detidos até à maturidade, desde que esses activos

financeiros obedeçam às características de cada categoria.

O Grupo adoptou esta possibilidade para um conjunto de activos financeiros, a partir de Julho e

Outubro de 2008.

As reclassificações foram registadas ao justo valor dos instrumentos, na data da reclassificação,

tomando-se este valor como o valor do custo amortizado nas novas categorias para onde os activos

foram reclassificados.

Um activo financeiro reclassificado na categoria de Activos financeiros disponíveis para venda, os

ganhos ou perdas registados nesse activo anteriormente reconhecidos em Reservas, são amortizados

nos resultados do exercício, durante a vida remanescente do activo financeiro pelo método da taxa de

juro efectiva. No caso de se verificar, a existência de imparidade nestes activos, o montante que ainda

se encontra reconhecido em reservas é registado na demonstração de resultados.

O Grupo pode reclassificar Activos financeiros detidos para negociação, desde que não sejam

derivados, para a categoria de Outros créditos e valores a receber, desde que esses activos se

enquadrem nas características da referida classe.

Não obstante, se um activo financeiro for reclassificado para outra categoria de activo e,

posteriormente, o Grupo estimar um aumento nos fluxos de caixa futuros em resultado de uma

melhor perspectiva de recuperação desses recebimentos de caixa, o efeito desse aumento é registado

como um ajustamento à taxa efectiva, desde a data da alteração da estimativa.

2.13 Activos não correntes detidos para venda

Os activos não correntes são classificados como detidos para venda sempre que se determine que o

seu valor de balanço será recuperado através de venda. Esta condição apenas se verifica quando a

venda seja altamente provável e o activo esteja disponível para venda imediata no seu estado actual.

A operação de venda deverá verificar-se até um período máximo de um ano após a classificação nesta

rubrica. Uma extensão do período durante o qual se exige que a venda seja concluída não exclui que

um activo (ou grupo para alienação) seja classificado como detido para venda se o atraso for causado

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por acontecimentos ou circunstâncias fora do controlo do Grupo e se mantiver o compromisso de

venda do activo.

O Grupo regista nesta rubrica imóveis adquiridos em recuperação de crédito concedido e, em 2013, os

activos relativos a operações descontinuadas conforme referido na Nota 13.

Os imóveis recebidos em recuperação de crédito concedido são registados no momento inicial pelo

valor acordado no contrato de dação, o qual corresponde ao menor dos valores da dívida existente ou

da avaliação do bem, na data da dação. Estes activos são objecto de avaliações periódicas efectuadas

por avaliadores independentes que dão lugar ao registo de perdas por imparidade, sempre que o valor

decorrente dessas avaliações, líquido de custos a incorrer com a venda, seja inferior ao valor por que

se encontram contabilizados.

Os activos relativos a operações descontinuadas são registados de acordo com as políticas de

valorização aplicáveis a cada categoria de activos, conforme disposto na IFRS 5.

2.14 Propriedades de Investimento

Os imóveis detidos pelo Grupo são reconhecidos como propriedades de investimento quando estes

imóveis têm como objectivo a valorização do capital a longo prazo e não a venda a curto prazo, nem

são destinados à venda no curso ordinário do negócio nem para sua utilização.

Estes investimentos são inicialmente reconhecidos ao custo de aquisição, incluindo os custos de

transacção, e subsequentemente são reavaliados ao justo valor.

O justo valor da propriedade de investimento deve reflectir as condições de mercado, à data do

balanço. As variações de justo valor são reconhecidas em resultados do exercício na rubrica de

Outros proveitos operacionais. Os rendimentos gerados por estes bens, por via do arrendamento, são

classificados nesta rubrica, sendo os gastos operacionais, manutenção e outros, classificados na

rubrica Outros custos operacionais.

As propriedades de investimento são desreconhecidas, assim que alienadas ou quando deixam de ser

esperados benefícios económicos futuros com a sua detenção.

No momento da alienação, a diferença entre o valor líquido da alienação e o montante do activo

registado é reconhecido em resultados.

As transferências de, e para a rubrica “Propriedades de Investimento”, podem ocorrer sempre que se

verificar uma alteração quanto ao seu uso. Na transferência de propriedades de investimento para

imóveis de serviço próprio, o custo estimado, para relevação contabilística, é o justo valor, à data da

alteração do uso. Se um imóvel de serviço próprio é classificado em propriedades de investimento, o

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Grupo regista esse activo de acordo com a política aplicável a imóveis de serviço próprio, até à data da

sua transferência para propriedades de investimento e ao justo valor apurado na data de

transferência.

2.15 Outros activos fixos tangíveis

Esta rubrica inclui os imóveis de serviço próprio utilizados pelo Grupo no desenvolvimento da sua

actividade, veículos e demais equipamentos.

Os imóveis de serviço próprio são mensurados ao valor revalorizado, determinado com base em

avaliações de peritos independentes, deduzido de subsequentes amortizações e perdas por

imparidade.

Os imóveis de serviço próprio do Grupo são avaliados com a regularidade necessária, para que os

valores contabilísticos não difiram significativamente do seu justo valor na data do balanço,

utilizando-se, como referência, um período de três anos entre reavaliações.

As variações positivas de revalorização são creditadas na rubrica “Reservas de reavaliação”, incluídas

em capital próprio, excepto e até à medida que essa variação constitua reversão de perdas do mesmo

activo, reconhecidas em resultados.

As variações negativas de revalorização são reconhecidas em resultados, excepto e na medida em

que, essas variações possam ser compensadas com o registo de reservas de reavaliação positivas

existentes para esse mesmo activo.

Os restantes activos fixos tangíveis encontram-se registados pelo seu custo, deduzido de

subsequentes amortizações e perdas por imparidade. Os custos de reparação, e manutenção e outras

despesas associadas ao seu uso, são reconhecidos como custo quando ocorrem.

Os activos fixos tangíveis são amortizados numa base linear, de acordo com a sua vida útil esperada,

como segue:

Imóveis [10 – 50] anos

Veículos 4 anos

Outros equipamentos [2 – 15] anos

Na data de transição para as IFRS, o Grupo utilizou a opção permitida pela IFRS 1 de considerar como

“custo considerado” de activos tangíveis o respectivo justo valor ou, em alguns casos, o valor de

balanço resultante de reavaliações legais efectuadas até 1 de Janeiro de 2004, ao abrigo da legislação

portuguesa.

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Os custos financeiros incorridos com empréstimos obtidos para a construção de activos tangíveis

qualificáveis são reconhecidos como custo de aquisição/construção do activo.

Os gastos a suportar com o desmantelamento ou remoção de activos instalados em propriedade de

terceiros são considerados como parte inicial dos respectivos activos, quando se traduzam em

montantes significativos e mensuráveis com fiabilidade.

Um activo tangível é desreconhecido, quando é alienado ou quando não é expectável a existência de

benefícios económicos futuros pelo seu uso ou venda. Na data do desreconhecimento, o ganho ou

perda calculado pela diferença entre o valor líquido de venda e o valor líquido contabilístico é

reconhecido em resultados na rubrica “Outros resultados de exploração”.

2.16 Locação

O Grupo classifica as operações de locações financeiras ou locações operacionais, em função da sua

substância e não da sua forma legal cumprindo os critérios definidos no IAS 17 – Locações. São

classificados como locações financeiras as operações em que os riscos e benefícios inerentes da

propriedade de um activo são substancialmente transferidos para o locatário. Todas as restantes

operações de locação são classificadas como locações operacionais.

Locações operacionais

Como locatário

Os pagamentos efectuados pelo Grupo, à luz dos contratos de locação operacional, são relevados em

custos nos períodos em que dizem respeito.

Como locador

Os activos em regime de locação operacional correspondem essencialmente a viaturas e são

registadas no balanço na rubrica “Outros activos tangíveis” ao custo, deduzidos de amortizações e de

eventuais perdas por imparidade.

As rendas relativas aos contratos de locação operacional são registadas em proveitos do período a

que respeitam.

Locações financeiras

Como locatário

Os contratos de locação financeira são registados na data do seu início, no activo e no passivo, pelo

custo de aquisição da propriedade locada, que é equivalente ao valor actual das rendas de locação

vincendas. As rendas são constituídas:

− pelo encargo financeiro, relevado em resultados;

− pela amortização financeira do capital que é deduzida ao passivo.

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Os encargos financeiros são reconhecidos como custos ao longo do período da locação, de forma a

obter-se uma taxa de juro constante até à maturidade do passivo.

Os activos em regime de locação financeira são amortizados ao longo da sua vida útil.

Contudo, se não houver certeza razoável de que o Grupo obtenha a propriedade no final do contrato,

a amortização do activo é efectuada pelo menor da vida útil do activo ou do contrato de locação

financeira.

Como locador

Os activos em regime de locação financeira são registados no balanço como crédito concedido, pelo

montante igual ao investimento líquido do bem locado, sendo este reembolsado através das

amortizações de capital constantes do plano financeiro dos contratos. Os juros incluídos nas rendas

são registados como proveitos financeiros, de acordo com a taxa efectiva do contrato.

2.17 Activos intangíveis

Os activos intangíveis, que correspondem essencialmente a software, encontram-se registados ao

custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas. As amortizações

são registadas numa base linear, ao longo da vida útil estimada dos activos, que actualmente se situa

entre os 3 e os 6 anos.

O período e o método de amortização para activos intangíveis são revistos no final de cada ano. As

alterações no prazo de vida útil estimada ou no padrão de consumo dos benefícios económicos

futuros são tratados como alterações de estimativas. As amortizações são reconhecidas na

respectiva rubrica da demonstração de resultados.

Os activos intangíveis podem incluir valores de despesas internas capitalizadas, nomeadamente com o

desenvolvimento interno de software. Para este efeito, as despesas apenas são capitalizadas a partir

do momento em que estão reunidas as condições previstas na IAS 38, nomeadamente os requisitos

inerentes à fase de desenvolvimento.

2.18 Imposto sobre o rendimento

Os gastos ou rendimentos reconhecidos com impostos sobre o rendimento correspondem à soma do

gasto ou rendimento reconhecido com imposto corrente e do gasto ou rendimento reconhecido com

imposto diferido.

O imposto corrente é apurado com base na taxa de imposto em vigor.

O Grupo regista ainda como passivos ou activos por impostos diferidos os valores respeitantes ao

reconhecimento de impostos a pagar/ recuperar no futuro, decorrentes de diferenças temporárias

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tributáveis/ dedutíveis, nomeadamente relacionadas com provisões, benefícios aos empregados e

activos disponíveis para venda.

Os activos e passivos por impostos diferidos são calculados e avaliados numa base anual, utilizando as

taxas de tributação que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias

que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data do balanço. Os

passivos por impostos diferidos são sempre registados. Os activos por impostos diferidos apenas são

registados na medida em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a

sua utilização.

Os impostos sobre o rendimento são registados por contrapartida de resultados do exercício, excepto

em situações em que os eventos que os originaram tenham sido reflectidos em rubrica específica de

capital próprio, nomeadamente, no que respeita à valorização de activos disponíveis para venda e

benefícios aos empregados. Neste caso, o efeito fiscal associado às valorizações é igualmente

reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do exercício. De acordo com

a legislação fiscal em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte da

administração fiscal, durante um período de 4 anos.

2.19 Benefícios aos empregados

Ao nível do Grupo existem diversos planos de pensões, incluindo planos de benefício definido e planos

de contribuição definida. Estas responsabilidades são normalmente financiadas através de fundos de

pensões autónomos, ou de pagamentos a companhias de seguros.

As responsabilidades com benefícios aos empregados são reconhecidas de acordo com as regras

definidas pelo IAS 19. Deste modo, as políticas reflectidas nas contas consolidadas em 30 de Junho de

2014 são as seguintes:

a) Banif – Banco Internacional do Funchal, SA

Responsabilidades com pensões e assistência médica

Os empregados do Banif – Banco Internacional do Funchal, SA (Banif) encontram-se integrados no

Regime Geral da Segurança Social desde a admissão, com excepção dos empregados integrados na

sequência fusão por incorporação do Banco Banif e Comercial dos Açores, SA (BBCA), em 1 de Janeiro

de 2009, que se encontravam no regime de segurança social substitutivo constante do Acordo

Colectivo de Trabalho (ACT) do sector bancário e que apenas passaram a estar integrados no Regime

Geral da Segurança Social a partir de 1 de Janeiro de 2011, conforme estabelecido no Decreto-Lei nº 1-

A/2011, de 3 de Janeiro.

Nos termos do referido diploma, o Regime Geral da Segurança Social passou a assegurar a protecção

dos empregados do BBCA no activo nas eventualidades de maternidade, paternidade e adopção e

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ainda de velhice, permanecendo sob a responsabilidade do Banif a protecção na doença, invalidez,

sobrevivência e morte. A taxa contributiva é de 26,6%, cabendo 23,6% à entidade empregadora e 3%

aos trabalhadores, em substituição da Caixa de Abono de Família dos Empregados Bancários (CAFEB),

que foi extinta. Em consequência desta alteração, o direito à pensão dos empregados no activo do

BBCA passou a ser coberto nos termos definidos pelo Regime Geral da Segurança Social, tendo em

conta o tempo de serviço prestado de 1 de Janeiro de 2011 até à idade da reforma, passando o Banif a

suportar o diferencial necessário para a pensão garantida nos termos do ACT. De acordo com a

orientação divulgada em Comunicado do Conselho Nacional de Supervisores Financeiros, anexo à

Mensagem Fax nº 11/11/DSPDR, de 2011/01/26, do Banco de Portugal, atendendo que se manteve

inalterado o plano do ACT e que não existiu redução de benefícios na perspectiva do beneficiário, as

responsabilidades por serviços passados mantiveram-se inalteradas em 31 de Dezembro de 2010.

Em 31 de Dezembro de 2011, na sequência do Decreto-Lei nº 127/2011, de 31 de Dezembro, foi

efectuada a transferência para o âmbito da Segurança Social dos reformados e pensionistas do BBCA,

que se encontravam no regime de segurança social substitutivo constante do ACT do sector bancário,

quanto às responsabilidades pelos encargos com as pensões de reforma e sobrevivência, mantendo-

se na responsabilidade das instituições de crédito, através dos respectivos fundos de pensões, o

pagamento das actualizações do valor das pensões, dos benefícios de natureza complementar às

pensões de reforma e sobrevivência assumidas pela Segurança Social, da contribuição para os

Serviços de Assistência Médico-Social (SAMS) sobre as pensões de reforma e sobrevivência, do subsídio

por morte, da pensão de sobrevivência a filhos e cônjuge sobrevivo desde que referente ao mesmo

trabalhador e da pensão de sobrevivência devida a familiar de actual reformado, cujas condições de

atribuição ocorram a partir de 1 de Janeiro de 2012 (pensão de sobrevivência diferida).

A assistência médica dos empregados bancários é assegurada pelo Serviço de Assistência Médico-

Social (SAMS), entidade autónoma gerida pelo respectivo Sindicato. O SAMS proporciona aos seus

beneficiários serviços e/ou comparticipações em despesas no domínio de assistência médica, meios

auxiliares de diagnóstico, medicamentos, internamentos hospitalares e intervenções cirúrgicas, de

acordo com regulamentação interna.

Em 2008, foi celebrado um Acordo de Empresa (AE) com os Sindicatos do Sector, que consagrou

importantes alterações relativas à carreira profissional e à Segurança Social para os seus

empregados, com excepção dos integrados na sequência fusão por incorporação do BBCA, que não

são abrangidos por este AE.

Na sequência da entrada em vigor do AE, em 1 de Outubro de 2008, o anterior Fundo do Banif foi

transformado num fundo misto com três Planos de Pensões, designados Planos de Pensões I, II e III.

Até 28 de Dezembro de 2012, as responsabilidades da Sociedade eram financiadas através de dois

Fundos de Pensões autónomos:

Fundo de Pensões Banif, que financiava os Planos de Pensões I, II e III;

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Fundo de Pensões BBCA, que financiava o Plano de Pensões do BBCA.

Em 28 de Dezembro de 2012, após autorização do Instituto de Seguros de Portugal (ISP), e atendendo

não haver interesse na manutenção de dois Fundos de Pensões distintos, na medida em que existe

apenas uma realidade empresarial única, independentemente de se poderem diferenciar duas

populações distintas em termos do seu enquadramento socioprofissional, quer no âmbito do AE, quer

no âmbito do ACT do sector bancário, o qual condiciona a existência de alguns benefícios de reforma

diferentes, embora individualizáveis, procedeu-se, nos termos da legislação, à extinção do Fundo de

Pensões Banco Banif e Comercial dos Açores, S.A., por incorporação no Fundo de Pensões Banif, com a

correspondente transferência de todos os seus activos e passivos para este último fundo de pensões.

A incorporação do Fundo de Pensões do Banco Banif e Comercial dos Açores no Fundo de Pensões

Banif condicionou a alteração do Plano de Pensões I deste último Fundo com o objectivo de acomodar

a nova população e correspondentes benefícios, não havendo qualquer perda de direitos,

expectativas e benefícios para os Participantes e Beneficiários transferidos.

Assim, o Banif proporciona aos seus empregados os seguintes benefícios com pensões e assistência

médica:

− Plano de Pensões I (benefício definido), ao abrigo do qual assume a responsabilidade com

os seguintes benefícios definidos para:

- Subpopulação A, população oriunda do anterior Plano I do Fundo de Pensões

Banif, (i) pelo pagamento de pensões de reforma por invalidez, invalidez

presumível e sobrevivência conforme o AE e o respectivo Plano de Pensões, em

regime de complementaridade da Segurança Social e (ii) pelo pagamento futuro

das contribuições obrigatórias relativas a cuidados médicos pós-emprego para o

SAMS, entidade autónoma gerida pelos Sindicatos, nas seguintes condições:

para os empregados elegíveis para a pensão de reforma, o Banif efectua a

contribuição de 6,5% sobre as respectivas pensões;

para os restantes empregados associados aos planos de contribuição

definida, este benefício é alterado para um capital único no momento da

reforma, correspondente a 6,50% do capital constituído, tendo por base a

contribuição inicial adicionada do valor das contribuições definidas futuras.

- Subpopulação B, população oriunda do extinto Fundo de Pensões do Banco Banif

e Comercial dos Açores, S.A., fechada a novas adesões, pelo pagamento de

pensões de reforma, invalidez, invalidez presumível e sobrevivência aos

empregados do BBCA e pensionistas à data da fusão por incorporação, ou às suas

famílias, em conformidade com o ACT e os regimes introduzidas pelos Decreto-Lei

nº 1-A/2011, de 3 de Janeiro, e Decreto-Lei nº 127/2011, de 31 de Dezembro. Em

complemento aos benefícios previstos no plano de pensões, o Banif assume a

responsabilidade de liquidação das contribuições obrigatórias para o SAMS, com

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uma taxa de contribuição de 6,5%, e ainda do Subsídio por Morte, nos termos do

ACTV;

− Plano de Pensões II (contribuição definida), ao abrigo do qual assume a obrigação de

contribuir mensalmente com um montante equivalente a 4,5% da remuneração de

incidência e de uma contribuição inicial realizada na data de constituição do Plano e que

integra todos os colaboradores admitidos ao serviço activo do Banif antes de 1 de Janeiro

de 2007, que não tivessem falecido, reformado ou rescindido até à data de entrada em

vigor do AE, com excepção dos integrados na sequência fusão por incorporação do BBCA,

que não são abrangidos pelo AE. A contribuição inicial, afectada às respectivas contas

individuais, foi calculada em função (i) das pensões complementares de velhice estimadas

na avaliação de responsabilidades efectuada pelo Actuário Responsável do Plano de

Pensões em 31 de Dezembro de 2006 e devidamente reportada ao Instituto de Seguros de

Portugal e ao Banco de Portugal, e (ii) do valor actual das contribuições futuras;

− Plano de Pensões III (contribuição definida), ao abrigo do qual o Banif assume a obrigação

de contribuir mensalmente com um montante equivalente a 1,5% da remuneração de

incidência e que abrange todos os colaboradores admitidos ao serviço activo após 1 de

Janeiro de 2007, que não tivessem falecido, reformado ou rescindido até à data de

entrada em vigor do AE;

Os Planos de Pensões I, II e III são financiados através do Fundo de Pensões Banif, que é fundo

autónomo.

O valor das responsabilidades decorrentes do Plano I é determinado numa base anual por actuários

independentes, utilizando o método “Projected Unit Credit”, e pressupostos actuariais considerados

adequados. A actualização das responsabilidades é efectuada com base numa taxa de desconto que

reflecte as taxas de juro de mercado de obrigações de empresas de elevada qualidade, denominadas

na moeda em que são pagáveis as responsabilidades, e com prazos até ao vencimento similares aos

de liquidação das responsabilidades com pensões.

Em 2011, o Banif decidiu alterar a política contabilística de reconhecimento dos ganhos e perdas

actuariais, deixando de utilizar o método do corredor (IAS 19 § 92) e passando a utilizar o método de

reconhecimento dos ganhos e perdas actuariais em capitais próprio, na Demonstração do

Rendimento Integral (OCI - Other Comprehensive lncome (IAS 19 § 93ª).

De acordo com o método de reconhecimento dos ganhos e perdas actuariais de forma imediata no

rendimento integral:

o passivo ou activo reconhecido no balanço corresponde à diferença entre o valor actual das

responsabilidades com pensões e o justo valor dos activos dos fundos de pensões;

os ganhos e perdas decorrentes de diferenças entre os pressupostos actuariais e financeiros

utilizados e os valores efectivamente verificados no que se refere às responsabilidades e ao

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rendimento do fundo de pensões são reconhecidos na íntegra em capital próprio, numa

conta de Reservas por Ganhos e Perdas Actuariais.

O aumento de responsabilidades com reformas antecipadas, que correspondem ao acréscimo de

responsabilidades por a reforma ocorrer antes do empregado atingir os 65 anos de idade, são

reconhecidos em custos do exercício.

Os encargos com os planos de contribuição definida são reconhecidos como custo do respectivo

exercício.

Os custos de serviços passados são reconhecidos de imediato em resultados do exercício.

Na data de transição para as IAS/IFRS, o Grupo adoptou a possibilidade permitida pelo IFRS 1 de não

recalcular os ganhos e perdas actuariais diferidos desde o início dos planos (opção normalmente

designada de “reset”).

O Banif avalia, para o plano de benefício definido, a recuperabilidade do eventual excesso do fundo em

relação às responsabilidades com pensões de reforma, tendo por base a expectativa de redução em

contribuições futuras necessárias.

Outros benefícios de longo prazo

Para além dos benefícios anteriormente referidos, o Banif assumiu ainda outras responsabilidades

por benefícios dos trabalhadores relativas a prémios de antiguidade previstos no ACT, e a cuidados

médicos, ao abrigo do SAMS, para com os trabalhadores que rescindiram o contrato de trabalho com o

Banif por mútuo acordo, no âmbito do processo de reestruturação implementado em 2012, até ao

reemprego dos mesmos ou passagem à situação de reforma.

As responsabilidades com estes benefícios são igualmente determinadas com base em avaliações

actuariais, de forma similar às responsabilidades com pensões e registados na rubrica de “Outros

passivos” por contrapartida da rubrica de Resultados.

b) Outras entidades do Grupo

As sociedades Banif – Banco de Investimento, SA, Banif Gestão de Activos – Sociedade Gestora de

Fundos de Investimento Mobiliário, SA, Banif Açor Pensões – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões,

SA, Banif Capital – Sociedade de Capital de Risco, SA, Banco Banif Mais, SA, Margem – Mediação de

Seguros, Lda e a Banif Rent - Aluguer Gestão e Comercio de Veículos Automóveis, SA proporcionam aos

seus empregados planos de pensões de contribuição definida, financiados através de fundos de

pensões autónomos.

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2.20 Provisões e passivos contingentes

O Grupo constitui provisões quando existe uma obrigação presente (legal ou construtiva) resultante

de eventos passados onde seja provável o futuro dispêndio de recursos, e este possa ser

determinado com fiabilidade. A provisão corresponde à melhor estimativa do Grupo de eventuais

montantes que seria necessário desembolsar para liquidar a responsabilidade na data do balanço. Se

o efeito temporal do custo do dinheiro for significativo, as provisões são descontadas utilizando uma

taxa de juro de antes de impostos que reflicta o risco específico do passivo. Nestes casos o aumento

da provisão devido à passagem do tempo é reconhecido em custos financeiros.

Caso não seja provável o futuro dispêndio de recursos, trata-se de um passivo contingente. Os

passivos contingentes são apenas objecto de divulgação, a menos que a possibilidade da sua

concretização seja remota.

As provisões e passivos contingentes estão apresentados na nota 24.

2.21 Dividendos

O Grupo reconhece os dividendos como passivo e deduzidos da rubrica “Capital”, quando são

aprovados pelos accionistas. Os dividendos relativos ao exercício, aprovados pelo Conselho de

Administração, após a data de referência das demonstrações financeiras, são divulgados nas Notas

às Demonstrações Financeiras.

2.22 Reconhecimento de Proveitos e custos

Em geral, os proveitos e custos reconhecem-se em função do período de vigência das operações de

acordo com o princípio contabilístico da especialização de exercícios, isto é, são registados à medida

que são gerados, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos. Os proveitos são

reconhecidos na medida em que seja provável que benefícios económicos associados à transacção

fluam para o Grupo e a quantia do rédito possa ser fiavelmente mensurada.

Para os instrumentos financeiros mensurados ao custo amortizado e para os instrumentos

financeiros classificados como “Activos Financeiros disponíveis para venda”, os juros são

reconhecidos usando o método da taxa efectiva, que corresponde à taxa que desconta exactamente

o conjunto de recebimentos ou pagamentos de caixa futuros até à maturidade, ou até à próxima

data de repricing, para o montante líquido actualmente registado do activo ou passivo financeiro.

Quando calculada para a determinação da taxa de juro efectiva são estimados os fluxos de caixa

futuros considerando os termos contratuais e considerados todos os restantes rendimentos ou

encargos directamente atribuíveis aos contratos.

Os dividendos são reconhecidos quando estabelecido o direito de receber o pagamento.

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2.23 Rendimentos e encargos por serviços e comissões

O Grupo cobra comissões aos seus clientes pela prestação de um amplo conjunto de serviços. Neste

conjunto incluem-se, as comissões pela prestação de serviços continuados, relativamente aos quais

os clientes são usualmente debitados de forma periódica, ou as comissões cobradas pela realização

de um determinado acto significativo.

As comissões cobradas por serviços prestados durante um período determinado são reconhecidas ao

longo do período de duração do serviço. As comissões relacionadas com a realização de um acto

significativo são reconhecidas no momento em que ocorre o referido acto.

As comissões e encargos associados a instrumentos financeiros são incluídos na taxa de juro efectiva

dos mesmos.

2.24 Garantias financeiras

As garantias financeiras são reconhecidas inicialmente como um passivo, pelo justo valor.

Subsequentemente, o passivo é escriturado pelo montante da estimativa de gastos futuros para

liquidar a obrigação, à data do balanço. As comissões obtidas pela prestação das garantias

financeiras são reconhecidas em resultados, na rubrica “Rendimento de serviços e comissões”,

durante o período de vigência das mesmas.

167

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

3. EMPRESAS DO GRUPO

Em 30 de Junho de 2014 e 31 de Dezembro de 2013, as empresas do Grupo incluídas no perímetro de

consolidação pelo método integral foram as seguintes:

Nome da Sociedade Sede Detentor do Capital% participação

efectivaInteresses que não

controlam% participação

efectivaInteresses que não

controlamActividade

Total do Activo

Resultado do exercício

Banif Finance, Ltd. Ilhas Cayman Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. 100,00% 0,00% 100,00% 0,00% Financeira 69.818 (1.964)

Banif & Comercial Açores, Inc San José E.U.A Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. 100,00% 0,00% 100,00% 0,00% Escritório de representação 495 1

Banif & Comercial Açores, Inc Fall River E.U.A Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. 100,00% 0,00% 100,00% 0,00% Escritório de representação 1.500 -

Investaçor, SGPS, S.A. Portugal Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. 59,20% 40,80% 59,20% 40,80% Gestão de Participações Sociais 16.937 (57)

Investaçor Hoteis S.A. Portugal Investaçor, SGPS, SA 59,20% 40,80% 59,20% 40,80% Hotelaria 13.275 (297)

Açortur Investimentos Turísticos dos Açores, S.A. Portugal Investaçor, SGPS, SA 49,37% 50,63% 49,37% 50,63% Hotelaria 8.311 (95)

Turotel, Turismo e Hoteis dos Açores, S.A. Portugal Investaçor, SGPS, SA 58,07% 41,93% 58,07% 41,93% Hotelaria 3.928 (219)

Investimentos Turísticos e Similares e Apart-Hotel Pico Lda. Portugal Açortur Investimentos Turísticos dos Açores, S.A. 49,37% 50,63% 49,37% 50,63% Hotelaria 1.588 (3)

Banif Rent - Aluguer Gestão e Comercio de Veículos Automóveis Portugal Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. 100,00% 0,00% 100,00% 0,00% Aluguer Gestão e Comercio de

Veículos Automóveis13.513 (581)

Banif - Banco Internacional do Funchal (Brasil), S.A. BrasilBanif - Banco Internacional do Funchal, S.A. Banif International Holdings, Ltd

99,85% 0,15% 99,85% 0,15% Banca 334.420 1.664

Banif - Banco de Investimento, S.A. Portugal Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. 100,00% 0,00% 100,00% 0,00% Banca de Investimento 580.621 (17.493)

Banif Gestão Activos - Soc. Gestora de Fundos de Investimento Mobiliario, S.A. Portugal Banif - Banco de Investimento, S.A. 100,00% 0,00% 100,00% 0,00% Gestão de Activos 15.276 1.043

Banif Açor Pensões - Soc. Gestora Fundos Pensões, S.A. PortugalBanif - Banco Internacional do Funchal, S.A. Banif - Banco de Investimento, S.A.

67,30% 32,70% 67,30% 32,70% Gestão de Activos 6.293 257

Banif Capital - Soc. de Capital. de Risco S.A. Portugal Banif - Banco de Investimento, S.A. 100,00% 0,00% 100,00% 0,00% Capital de risco 24.739 31

Gamma - Soc. Titularização de Créditos, S.A. Portugal Banif - Banco de Investimento, S.A. 100,00% 0,00% 100,00% 0,00% Gestão de Activos 7.226 226

Banif International Asset Management Ltd. Ilhas Cayman Banif - Banco de Investimento, S.A. 100,00% 0,00% 100,00% 0,00% Gestão de Activos 1.381 120

Banif Multifund Ltd. Ilhas Cayman Banif International Asset Management Ltd. 100,00% 0,00% 100,00% 0,00% Gestão de Activos 231 (10)

Banif - Banco Internacional do Funchal (Cayman) Ltd Ilhas Cayman Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. 100,00% 0,00% 100,00% 0,00% Outra 8.765 (3.732)

Banif Internacional Holdings, Ltd Ilhas Cayman Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. 85,00% 15,00% 85,00% 15,00% Gestão de Participações Sociais 13.017 (495)

Banif Financial Services, Inc E.U.A Banif Internacional Holdings Ltd 85,00% 15,00% 85,00% 15,00% Financeira 253 (5)

Banif Finance (USA) corp. E.U.A Banif Internacional Holdings Ltd 85,00% 15,00% 85,00% 15,00% Financeira 108.376 (1.419)

Banif Forfaiting Company, Ltd. Bahamas Banif Internacional Holdings Ltd 85,00% 15,00% 85,00% 15,00% Financeira 8.416 (4.110)

Banif Securities, Inc. E.U.A Banif Securities Holding, Ltd 100,00% 0,00% 100,00% 0,00% Financeira 1.637 (81)

Banif Securities Holding, Ltd Ilhas Cayman Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. 100,00% 0,00% 100,00% 0,00% Gestão de Participações Sociais 20.918 (9.109)

Banif ( Brasil), Ltd. Brasil Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. 100,00% 0,00% 100,00% 0,00% Imobiliária 39.935 (2.269)

Banif International Bank, Ltd BahamasBanif - Banco Internacional do Funchal, S.A. Banif Finance, Ltd.

100,00% 0,00% 100,00% 0,00% Banca 336.785 (1.790)

Banif - Banco de Investimento (Brasil), SA Brasil Banif - Banco Internacional do Funchal (Brasil), S.A. 99,85% 0,15% 99,85% 0,15% Banca de Investimento 87.181 445

Banif US Real Estate Brasil Banif - Banco de Investimento, S.A. 100,00% 0,00% 100,00% 0,00% Gestão de Activos 9.316 (137)

Banif Gestão de Activos (Brasil), S.A. Brasil Banif - Banco de Investimento (Brasil), S.A. 99,85% 0,15% 99,85% 0,15% Gestão de Activos 154 (10)

Banif - Imobiliária, S.A. Portugal Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. 100,00% 0,00% 100,00% 0,00% Imobiliária 596.090 (13.653)

Sociedade Imobiliária Piedade, S.A. Portugal Banif - Imobiliária, S.A. 100,00% 0,00% 100,00% 0,00% Imobiliária 1.913 (2)

Banif Bank (Malta) PLC Malta Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. 78,00% 22,00% 78,00% 22,00% Banca 638.516 326

Banco Caboverdiano de Negócios S.A. Cabo Verde Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. 51,69% 48,31% 51,69% 48,31% Banca 118.940 824

Banif Holding (Malta) PLC MaltaBanif - Banco Internacional do Funchal, S.A. Banif - Banco Internacional do Funchal (Cayman) Ltd

100,00% 0,00% 100,00% 0,00% Gestão de Participações Sociais 15.111 (616)

Banif Mais, SGPS, SA Portugal Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. 85,92% 14,08% 85,92% 14,08% Gestão de Participações Sociais 623.409 12.331

Banco Mais, SA Portugal Banif Mais, SGPS, SA 85,92% 14,08% 86,06% 13,94% Banca 590.008 15.132

Banif Plus Bank ZRT Hungria Banco Mais SA 85,92% 14,08% 86,06% 13,94% Banca 47.913 1.215

Margem Mediação de Seguros, Lda Portugal Banif Mais, SGPS, SA 85,92% 14,08% 85,92% 14,08% Seguros 1.626 1.147

TCC Investments Luxembourg LuxemburgoBanif Mais, SGPS, SA Banco Mais, SA

85,92% 14,08% 86,05% 13,95% Investimentos financeiros 13.475 4.405

Beta Securitizadora Brasil FIP Banif Real Estate 99,85% 0,15% 99,85% 0,15% Imobiliária 48.012 257

FIP Banif Real Estate BrasilBanif - Banco Internacional do Funchal (Brasil ) S.A. Banif - Banco de Investimento (Brasil) S.A.

99,85% 0,00% 99,85% 0,00% Gestão de Activos 6.551 (20)

30-06-2014 31-12-2013 30-06-2014

168

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

O detalhe das entidades associadas está divulgado na Nota 17.

O Grupo detém participações efectivas inferiores a 50%, contudo o Grupo exerce o controlo das

respectivas subsidiárias.

Em 30 de Junho de 2014 e 31 de Dezembro de 2013, as entidades de finalidades especiais incluídas na

consolidação foram as seguintes:

Nome da Sociedade Sede Detentor do Capital% participação

directaInteresses que não controlam

% participação directa

Interesses que não controlam

ActividadeTotal do

ActivoResultado do

exercício

Art Invest Portugal Banif - Banco de Investimento, S.A. 88,92% 0,00% 62,58% 0,00% Gestão de Activos 1.354 (28)Banif Fortuny Portugal Banif - Banco de Investimento, S.A. 100,00% 0,00% 100,00% 0,00% Gestão de Activos 8.138 (468)

Imogest PortugalBanif - Imobiliária, S.A. Banif - Banco de Investimento, S.A.

80,78% 0,00% 80,48% 0,00% Gestão de Activos 139.376 (1.629)

Banif Renda Habitação PortugalBanif - Imobiliária, S.A. Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A.

100,00% 0,00% 100,00% 0,00% Gestão de Activos 138.886 (2.059)

Banif Gestão Imobiliária Portugal Banif - Imobiliária, S.A. 100,00% 0,00% 100,00% 0,00% Gestão de Activos 23.445 (511)Gestarquipark Portugal Imogest 80,78% 19,22% 80,48% 19,52% Gestão de Activos 13.929 56Banif Real Estate Polska Polónia Imopredial 98,24% 1,76% 97,81% 2,19% Gestão de Activos 5.583 145Tiner Polska Polónia Imopredial 93,33% 6,67% 92,92% 7,08% Gestão de Activos 16.980 (9)

Imopredial Portugal

Banif - Imobiliária, S.A. Banif - Banco de Investimento, S.A. Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. Banif Fortuny

98,24% 0,00% 97,81% 0,00% Gestão de Activos 358.712 (4.785)

Banif Property PortugalBanif - Imobiliária, S.A. Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. Banif - Banco de Investimento, S.A.

94,76% 0,00% 94,76% 0,00% Gestão de Activos 104.368 1.327

Achala Brasil Banif ( Brasil), Ltd. 100,00% 0,00% 100,00% 0,00% Imobiliária 29.182 (91)

Komodo E.U.A Banif Securities Holding, Ltd 100,00% 0,00% 100,00% 0,00% Gestão de Participações Sociais 7.767 (32)

Worldvilas PortugalBanif - Banco de Investimento, S.A. Banif Capital - Soc. de Capital. de Risco S.A.

100,00% 0,00% 100,00% 0,00% Imobiliária 409 -

Turirent Portugal Banif - Banco de Investimento, S.A. 100,00% 0,00% 100,00% 0,00% Gestão de Activos 7.959 (56)

Wil PortugalBanif - Banco Internacional do Funchal, S.A. Banif Capital - Soc. de Capital. de Risco S.A

95,00% 5,00% 95,00% 5,00% Imobiliária 31.046 (439)

Santa Ester S.A. BrasilBanif Finance (USA) corp. Banif International Bank, Ltd Banif - Banco Internacional do Funchal (Brasil), S.A.

94,66% 5,34% 94,66% 5,34% Gestão de Participações Sociais 24.550 -

Pitchecia Participações Brasil Banif Real Estate Brasil 94,66% 5,34% 94,66% 5,34% Imobiliária 6.227 -

Banif Real Estate Brasil Brasil Santa Ester S.A. 94,66% 5,34% 94,66% 5,34% Gestão de Activos 26.932 -

Banif Portugal Crescimento Portugal Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. 100,00% 0,00% 100,00% 0,00% Gestão de Activos 9.977 (65)

Numberone SGPS, Lda Portugal Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. 0,00% 0,00% 100,00% 0,00% Gestão de Participações Sociais - -

Capven PortugalBanif - Banco Internacional do Funchal, S.A. Banif Capital - Soc. de Capital. de Risco S.A Banif - Banco de Investimento, S.A.

0,00% 0,00% 67,98% 0,00% Gestão de Activos - -

ZACF - Participações Ltda Brasil Banif - Banco Internacional do Funchal (Brasil), S.A. 0,00% 0,00% 99,85% 0,15% Imobiliária - -

30-06-2014 31-12-2013 30-06-2014

30-06-2014 31-12-2013

Nome da Sociedade Natureza % participação % participação

Atlantes Mortgage Nº1 plc Veículos de Securitização 100,00% 100,00%

Atlantes Mortgage Nº2 plc Veículos de Securitização 100,00% 100,00%

Atlantes Mortgage Nº3 plc Veículos de Securitização 100,00% 100,00%

Atlantes Mortgage Nº4 plc Veículos de Securitização 100,00% 100,00%

Atlantes Mortgage Nº5 plc Veículos de Securitização 100,00% 100,00%

Atlantes Mortgage Nº6 plc Veículos de Securitização 100,00% 100,00%

Atlantes Mortgage Nº7 plc Veículos de Securitização 100,00% 100,00%

Azor Mortgage Nº 1 Veículos de Securitização 100,00% 100,00%

Azor Mortgage Nº 2 Veículos de Securitização 100,00% 100,00%

Euro Invest Series 3A e 3B Emissão de Dívida Estruturada 100,00% 100,00%

Atlantes Finance Nº4 Veículos de Securitização 100,00% 100,00%

Atlantes Finance Nº5 Veículos de Securitização 100,00% 100,00%

Atlantes NPL 1 Veículos de Securitização 100,00% 100,00%

Atlantes Finance Nº6 Veículos de Securitização 100,00% 100,00%

Atlantes SME 2 Veículos de Securitização 100,00% 100,00%

Atlantes SME 3 Veículos de Securitização 100,00% -

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

4. RELATO POR SEGMENTOS

O Banif - Grupo Financeiro encontra-se organizado por áreas autónomas de negócio, a actividade de

banca comercial e de crédito especializado, a área da banca de investimentos e outras actividades

financeiras.

Neste contexto e conforme requerido pela IFRS 8, as divulgações por segmentos operacionais do

Grupo correspondem à forma como a informação é analisada pela Gestão do Grupo:

Banca Comercial – Abrange a captação de recursos e produtos de crédito específicos para

particulares, empresas e instituições, como sendo Crédito à Habitação, Crédito ao Consumo, produtos

para empresários em nome individual (ENI) e pequenas empresas, Factoring, Facilidades de

Tesouraria e Créditos de Importação e Exportação.

Banca de Investimento – Abrange a actividade de intervenção no mercado primário e secundário de

capitais, por conta própria ou por conta de terceiros, como sendo transacções, corporate finance e

aquisições e fusões.

Gestão de Activos – Abrange a oferta de produtos de investimento e respectivos serviços de gestão a

particulares e empresas, assim como outros serviços financeiros prestados. Este segmento inclui

fundos de investimentos geridos por entidades do Grupo, nos quais o Grupo detém a maioria das suas

unidades de participação.

Outros – Abrange todas as operações efectuadas não enquadráveis em nenhum dos segmentos

operacionais definidos acima. As entidades com maior relevância neste segmento são: Banif

Imobiliária, entidades do sector hoteleiro (subgrupo Investaçor) e a actividade seguradora (consolida

pelo método de equivalência patrimonial – Nota17).

Os reportes utilizados pela Gestão têm como base informação contabilística de acordo com as

IAS/IFRS.

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

4.1 – Segmentos de negócio

30-06-2014

Banca ComercialBanca de

InvestimentoGestão de Activos Outros TOTAL

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 219.497 2.128 - 5 221.630

Disponibilidades em outras instituições de crédito 171.201 18.943 1.148 68 191.360

Activos financeiros detidos para negociação 3.847 38.458 - - 42.305

Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 26.290 14.994 1.316 - 42.600

Activos financeiros disponíveis para venda 1.990.482 33.715 - 4 2.024.201

Aplicações em instituições de crédito 228.379 260 - - 228.639

Crédito a clientes 7.442.375 295.706 1.163 - 7.739.244

Investimentos detidos até à maturidade 8.139 - - - 8.139

Activos com acordo de recompra - - - - -

Derivados de cobertura - - - - -

Activos não correntes detidos para venda 1.442.904 83.700 236 28.506 1.555.346

Propriedades de investimento 109.348 - 603.070 97.493 809.911

Outros activos tangíveis 41.294 599 121.666 70.429 233.988

Activos intangíveis 12.134 2.348 - 47 14.529

Investimentos em associadas e filiais excluídas da consolidação 38.154 2.281 22.941 99.057 162.433

Activos por impostos correntes 2.427 214 12 425 3.078

Activos por impostos diferidos 219.848 17.423 487 311 238.069

Provisões técnicas de resseguro cedido - - - - -

Outros activos 130.619 12.490 13.537 21.750 178.396

Total do Activo 12.086.938 523.259 765.576 318.095 13.693.868

Recursos de bancos centrais 1.974.888 145.003 - - 2.119.891

Passivos financeiros detidos para negociação 12.977 18.182 - - 31.159

Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados 12.471 - - - 12.471

Recursos de outras instituições de crédito 459.671 37.161 24.444 2.512 523.788

Recursos de clientes e outros empréstimos 6.368.834 143.853 - 965 6.513.652

Responsabilidades representadas por títulos 1.809.965 183 - - 1.810.148

Passivos financeiros associados a activos transferidos - - - - -

Derivados de cobertura - - - - -

Passivos não correntes detidos para venda 988.828 28.744 24 - 1.017.596

Provisões 10.691 188 113 212 11.204

Provisões técnicas - - - - -

Passivos por impostos correntes 7.176 422 461 340 8.399

Passivos por impostos diferidos 52.787 3.805 89 5.598 62.279

Instrumentos representativos de capital 130.158 - - - 130.158

Outros passivos subordinados 155.709 1.454 - - 157.163

Outros passivos 268.015 4.577 14.216 7.216 294.024

Total do Passivo 12.252.170 383.572 39.347 16.843 12.691.932

31-12-2013

Banca ComercialBanca de

InvestimentoGestão de Activos Outros TOTAL

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 151.227 1.111 - 5 152.343

Disponibilidades em outras instituições de crédito 170.580 14.803 1.315 79 186.777

Activos financeiros detidos para negociação 2.127 37.959 - - 40.086

Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 30.611 18.145 24.930 - 73.686

Activos financeiros disponíveis para venda 1.744.964 37.077 - - 1.782.041

Aplicações em instituições de crédito 117.487 - - - 117.487

Crédito a clientes 7.667.578 300.289 1.152 6 7.969.025

Investimentos detidos até à maturidade 12.081 - - - 12.081

Activos com acordo de recompra - - - - -

Derivados de cobertura - - - - -

Activos não correntes detidos para venda 1.496.736 85.004 230 24.981 1.606.951

Propriedades de investimento 117.344 - 612.079 98.153 827.576

Outros activos tangíveis 45.296 655 124.155 77.583 247.689

Activos intangíveis 14.399 2.625 - 52 17.076

Investimentos em associadas e filiais excluídas da consolidação 35.963 550 - 93.117 129.630

Activos por impostos correntes 2.057 318 369 673 3.417

Activos por impostos diferidos 224.337 13.804 447 1.859 240.447

Provisões técnicas de resseguro cedido - - - - -

Outros activos 137.843 16.559 18.746 24.032 197.180

Total do Activo 11.970.630 528.899 783.423 320.540 13.603.492

Recursos de bancos centrais 2.936.826 140.777 - - 3.077.603

Passivos financeiros detidos para negociação 12.068 16.717 - - 28.785

Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados 12.393 - - - 12.393

Recursos de outras instituições de crédito 256.177 61.406 28.887 2.181 348.651

Recursos de clientes e outros empréstimos 6.156.478 145.781 - 1.021 6.303.280

Responsabilidades representadas por títulos 1.257.895 175 - - 1.258.070

Passivos financeiros associados a activos transferidos - - - - -

Derivados de cobertura - - - - -

Passivos não correntes detidos para venda 949.670 44.642 26 - 994.338

Provisões 12.477 299 172 417 13.365

Provisões técnicas - - - - -

Passivos por impostos correntes 4.032 493 530 311 5.366

Passivos por impostos diferidos 42.538 113 87 5.631 48.369

Instrumentos representativos de capital 260.058 - - - 260.058

Outros passivos subordinados 152.864 1.454 - - 154.318

Outros passivos 192.818 3.806 14.504 8.195 219.323

Total do Passivo 12.246.294 415.663 44.206 17.756 12.723.919

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

As rubricas “Outros resultados de exploração” (inclui as rubricas “resultados de alienação de outros

activos” e “outros resultados de exploração”) e “Outros gastos administrativos” incluem os saldos

intersegmentos, no montante de 6.724 milhares de euros (7.561 milhares de euros no 1.º Semestre de

2013) e 9.221 milhares de euros (10.303 milhares de euros no 1.º Semestre de 2013), respectivamente.

30-06-2014

Banca ComercialBanca de

InvestimentoGestão de Activos Outros TOTAL

Margem financeira: Clientes externos 64.214 2.483 (623) (15) 66.059

Margem Financeira: Inter - Segmentos 15.196 (666) (1.922) (12.608) -

Margem financeira 79.410 1.817 (2.545) (12.623) 66.059

Rendimento de instrumentos de capital 225 530 - - 755

Rendimento de serviços e comissões - Clientes externos 39.045 3.205 1.334 - 43.584

Rendimento de serviços e comissões - Inter - Segmentos 3.452 1.140 2.653 - 7.245

Rendimento de serviços e comissões 42.497 4.346 3.988 - 50.831

Encargos com serviços e comissões - Clientes externos (9.205) (646) (336) (17) (10.204)

Encargos com serviços e comissões - Inter - Segmentos (724) (7) (3.963) (57) (4.751)

Encargos com serviços e comissões (9.928) (653) (4.299) (74) (14.954)

Resultados de Activos e Passivos avaliados ao Justo Valor através de resultados (4.915) (2.952) (428) 19 (8.276)

Resultados de Activos Financeiros disponíveis para Venda 90.761 (118) - - 90.643

Resultados de Reavaliação Cambial (635) (52) (25) 39 (673)

Outros Resultados de Exploração 28.888 6.112 5.372 518 40.890

Produto da Actividade 226.303 9.030 2.063 (12.121) 225.275

Custos com Pessoal (62.961) (2.543) (985) (1.433) (67.922)

Outros gastos administrativos (39.195) (1.826) (2.889) (1.735) (45.645)

Amortizações do exercício (8.497) (359) (617) (911) (10.384)

Provisões líquidas de anulações 471 110 59 - 640

Imparidade do crédito líquida de reversões e recuperações (120.381) (1.123) (5) - (121.509)

Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações (15.043) (2.049) - - (17.092)

Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações (5.672) 33 (4.680) 2.125 (8.194)

Diferenças de Consolidação negativas - - - - -

Resultados de associadas e empreendimentos conjuntos (Eq. Patrim) 1.086 12 (201) (6.804) (5.907)

Resultado antes de impostos e de interesses que não controlam (23.889) 1.285 (7.255) (20.879) (50.738)

Impostos (2.625) (187) (423) (1.561) (4.796)

Correntes (8.595) (411) (461) - (9.467)

Diferidos 5.970 224 38 (1.561) 4.671

Resultado após impostos e antes de interesses que não controlam (26.514) 1.098 (7.678) (22.440) (55.534)

Resultado de operações descontinuadas (31.212) (9.787) - - (40.999)

Interesses que não controlam (1.992) (60) 496 382 (1.174)

Resultado do Exercício (59.718) (8.749) (7.182) (22.058) (97.707)

30-06-2013 Reexpresso

Banca ComercialBanca de

InvestimentoGestão de Activos Outros TOTAL

Margem financeira: Clientes externos 47.143 5.147 (1.021) (112) 51.157

Margem Financeira: Inter - Segmentos 14.105 (604) (2.348) (11.153) -

Margem financeira 61.248 4.543 (3.369) (11.265) 51.157

Rendimento de instrumentos de capital 834 302 - - 1.136

Rendimento de serviços e comissões - Clientes externos 43.473 3.391 1.312 - 48.176

Rendimento de serviços e comissões - Inter - Segmentos 4.044 1.028 2.989 - 8.061

Rendimento de serviços e comissões 47.518 4.419 4.301 - 56.238

Encargos com serviços e comissões - Clientes externos (10.203) (614) (372) (20) (11.209)

Encargos com serviços e comissões - Inter - Segmentos (1.099) (5) (4.146) (68) (5.318)

Encargos com serviços e comissões (11.302) (619) (4.519) (89) (16.529)

Resultados de Activos e Passivos avaliados ao Justo Valor através de resultados (599) (2.302) (168) 181 (2.888)

Resultados de Activos Financeiros disponíveis para Venda 32.527 3.581 - - 36.108

Resultados de Reavaliação Cambial 89 112 (7) 32 226

Outros Resultados de Exploração (2.303) 2.936 8.406 3.628 12.667

Produto da Actividade 128.012 12.972 4.644 (7.513) 138.115

Custos com Pessoal (55.174) (3.028) (2.028) (1.533) (61.763)

Outros gastos administrativos (43.595) (1.945) (2.885) (1.606) (50.031)

Amortizações do exercício (10.906) (548) (868) (999) (13.321)

Provisões líquidas de anulações (4.350) 543 - - (3.807)

Imparidade do crédito líquida de reversões e recuperações (115.343) (4.885) (31) (485) (120.744)

Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações (3.819) (1.690) - - (5.509)

Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações (11.210) 19 (646) 524 (11.313)

Diferenças de Consolidação negativas - - - - -

Resultados de associadas e empreendimentos conjuntos (Eq. Patrim) 724 23 - 339 1.086

Resultado antes de impostos e de interesses que não controlam (115.661) 1.461 (1.814) (11.273) (127.287)

9.921 (187) (463) (461) 8.810

Correntes (3.456) (596) (327) (366) (4.745)

Diferidos 13.377 409 (136) (95) 13.555

Resultado após impostos e antes de interesses que não controlam (105.740) 1.274 (2.277) (11.734) (118.477)

Resultado de operações descontinuadas (68.697) (9.622) - - (78.319)

Interesses que não controlam 193 (48) 184 452 781

Resultado do Exercício (174.244) (8.396) (2.093) (11.282) (196.015)

172

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

5. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Os depósitos à ordem em Bancos Centrais incluem o montante de 181.528 milhares de euros (54.726

milhares de euros em 2013), que visam satisfazer as exigências legais de constituição de

disponibilidades mínimas de caixa no Banco de Portugal. De acordo com o Aviso do Banco de Portugal

nº 7/94 de 19 de Outubro e Carta Circular N.º5/2011/DMR de 20/12/2011, o coeficiente a aplicar

ascende a 1% dos passivos elegíveis. Estes depósitos passaram a ser remunerados a partir de 1 de

Janeiro de 1999.

6. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Os cheques a cobrar sobre instituições de crédito no País, em 30 de Junho de 2014, foram

compensados na Câmara de Compensação nos primeiros dias úteis de Julho de 2014.

Descrição 30-06-2014 31-12-2013

Caixa 40.102 45.291Depósitos à ordem em Banco Centrais 181.528 107.052Juros de disponibilidades - -

221.630 152.343

Descrição 30-06-2014 31-12-2013

Cheques a cobrar

No país 11.626 12.615

No estrangeiro - 2

Depósitos à ordem

No país 6.710 4.544

No estrangeiro 113.878 99.075

Outros 59.146 70.541

191.360 186.777

173

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

7. ACTIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO

Activos financeiros detidos para negociação:

Instrumentos de divida no montante de 154 milhares de euros e 95 milhares de euros estavam a

caucionar operações de Repo’s e compromissos irrevogáveis com o Fundo de Garantia de Depósitos,

respectivamente. Em 2013 Instrumentos de dívida no montante de 1.667 milhares de euros estão

utilizados como caução de operações de refinanciamento com o BCE.

Passivos financeiros detidos para negociação:

Instrumentos financeiros derivados:

Descrição 30-06-2014 31-12-2013

Instrumentos de dívida

Obrigações de emissores públicos nacionais 1.423 1.307

Obrigações de emissores públicos estrangeiros 96 648

Obrigações de outros emissores nacionais 1.961 1.639

Obrigações de outros emissores estrangeiros 11.085 15.540

14.565 19.134

Instrumentos de capital

Acções de emissores nacionais 4.706 4.723

Acções de emissores estrangeiros 15 -

4.721 4.723

Outros títulos

Unidades de participação de emissores nacionais 299 -

Unidades de participação de emissores estrangeiros - -

299 -

Instrumentos financeiros derivados com justo valor positivo 22.720 16.229

TOTAL 42.305 40.086

Descrição 30-06-2014 31-12-2013

Instrumentos financeiros derivados com justo valor negativo 29.724 24.018Posições a descoberto 1.435 4.767

31.159 28.785

DescriçãoValores

Nocionais

Positivo Negativo Positivo Negativo

Contratos sobre taxas de câmbiosSwap FX 508.443 1.802 1.339 92 5.772

Forwards 27.846 3 793 1.929 42

Contratos sobre taxas de juroInterest Rate Swaps 4.442.387 20.915 27.592 14.208 18.204

Total 4.978.676 22.720 29.724 16.229 24.018

30-06-2014 31-12-2013

Justo Valor Justo Valor

174

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Os valores nocionais apresentam as seguintes maturidades:

8. OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Conforme política contabilística apresentada na Nota 2.8, o Grupo classifica na carteira de títulos de

“Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados” as participações em fundos de

investimento superiores a 20% e que não detenha o controlo, quando detidos através de fundos de

investimento, de capital de risco ou de bancos, atendendo às características destas operações (seed

capital).

O montante de 81 milhares de euros em 2013 de Obrigações do Tesouro correspondem a “Activos

dados em garantia” que se encontram a caucionar os compromissos irrevogáveis com o Fundo de

Garantia de Depósitos.

<= 3 meses> 3 meses <= 6 meses

> 6 meses <= 1 ano

> 1 ano <= 5 anos

> 5 anos Total

Contratos sobre taxas de câmbios

Swap FX 316.274 192.169 - - - 508.443

Forwards 27.846 - - - - 27.846

Contratos sobre taxas de juroInterest Rate Swaps - - 16.702 - 4.425.685 4.442.387

Total 344.120 192.169 16.702 - 4.425.685 4.978.676

Valor nocional por maturidades residuais

Descrição 30-06-2014 31-12-2013

Instrumentos de dívida

Obrigações de emissores públicos nacionais - 83

Obrigações de outros emissores estrangeiros 1.099 -

1.099 83

Instrumentos de capital

Acções de emissores nacionais 1.419 24.128

Acções de emissores estrangeiros 2.727 2.511

4.146 26.639

Outros títulos

Unidades de participação de emissores nacionais 31.932 42.703

Unidades de participação de emissores estrangeiros 5.423 4.261

37.355 46.964

TOTAL 42.600 73.686

175

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

9. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Esta rubrica tem a seguinte composição:

O movimento da imparidade de activos financeiros disponíveis para venda, durante o 1.º Semestre de

2014, é apresentado na Nota 37.

O montante de 13.263 milhares de euros (13.836 milhares de euros em 2013) de Obrigações do

Tesouro correspondem a “Activos dados em garantia” que se encontram a caucionar os

compromissos irrevogáveis com o Fundo de Garantia de Depósitos e o Sistema de Indemnização a

Investidores.

Em 30 de Junho de 2014, o montante de 1.417.666 milhares de euros de instrumentos de divida

(1.322.263 milhares de euros em 2013) estão utilizados como caução de operações de refinanciamento

com o BCE, conforme Nota 19.

Instrumentos de capital no montante de 2 milhares de euros encontram-se a caucionar

responsabilidades para com a Sociedade de Garantia Mútua.

Os principais pressupostos utilizados na avaliação dos instrumentos de capitais não cotadas são:

• Unidades de Participação em Fundos – cotação baseada no último NAV disponível para as UP’s

adquiridas até à data dessa cotação; custo histórico para investimento realizado entre a data

da última cotação disponível e a data das demonstrações financeiras;

Descrição 30-06-2014 31-12-2013

Instrumentos de dívida

Obrigações de emissores públicos nacionais 1.663.221 1.424.461

Obrigações de emissores públicos estrangeiros 472 1.093

Imparidade - (630)

Obrigações de outros emissores nacionais 2.306 2.222

Obrigações de outros emissores estrangeiros 2.105 2.101

1.668.104 1.429.247

Instrumentos de capital

Acções de emissores nacionais 57.509 53.375

Imparidade (18.945) (8.945)

Acções de emissores estrangeiros 133 137

38.697 44.567

Outros títulos

Unidades de participação de emissores nacionais 69.079 66.071

Imparidade (9.156) (6.776)

Unidades de participação de emissores estrangeiros 297.232 283.967

Imparidade (39.755) (35.035)

317.400 308.227

TOTAL 2.024.201 1.782.041

176

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• Títulos recebidos em dação – registo de 100% de imparidade sobre o valor de balanço caso não

existam perspectivas de recuperabilidade. As perspectivas de recuperabilidade são

determinadas com base em análises individuais promovidas internamente (nota 2.12).

10. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇOES DE CRÉDITO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Descrição 30-06-2014 31-12-2013

Mercado monetário interbancário - -

Operações de compra com acordo de revenda

No país - -

No estrangeiro - -

Depósitos

No país 22.218 21.801

No estrangeiro 160.905 87.670

Empréstimos

No país 10.601 505

No estrangeiro 12.850 3.757

Aplicações a muito curto prazo

No país - -

No estrangeiro - 15

Outros 23.749 3.772

Imparidade (1.684) (33)

228.639 117.487

177

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11. CRÉDITO A CLIENTES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Do crédito a clientes, o montante de 1.448.722 milhares de euros em 2013 está a ser utilizado como

caução de operações de refinanciamento como o BCE, conforme Nota 19.

Do crédito a clientes, o montante 23.514 milhares de euros (22.152 milhares de euros em 2013) estão

utilizados como caução de operações de refinanciamento com o BCE, conforme Nota 19.

A rubrica “Crédito e juros vencidos” incluem prestações vencidas com mais de 90 dias. As prestações

vencidas entre 30 dias e 90 dias correspondem a 29.093 milhares de Euros (37.905 milhares de euros

em 2013).

Do crédito a clientes líquido, o montante de 170.544 milhares de euros foram concedidos por entidades

do Grupo não residentes.

Descrição 30-06-2014 31-12-2013

Crédito a Empresas

Contas Correntes 319.303 731.644

Desconto e outros créditos titulados por efeitos 157.490 161.505

Empréstimos 2.551.257 2.353.412

Descobertos 16.693 42.877

Factoring 93.053 103.112

Locação Financeira 168.865 176.569

Outros 87.564 80.318

Crédito a Particulares

Habitação 2.821.322 2.889.509

Consumo 502.845 523.157

Outras finalidades

Empréstimos 469.636 490.290

Contas Correntes 61.403 91.958

Desconto e outros créditos titulados por efeitos 3.305 4.425

Locação financeira 23.138 17.626

Descobertos 24.034 22.645

Outros 26.922 33.052

Outros créditos e valores a receber (titulados) 348.246 181.096

Crédito e juros vencidos 1.193.482 1.177.059

Rendimentos a receber 59.168 61.304

Despesas com rendimento diferido 32 69

Receitas com rendimento diferido (11.716) (12.386)

Crédito a clientes bruto 8.916.042 9.129.242

Imparidade em Crédito Concedido (1.176.798) (1.160.217)

Crédito a clientes líquido 7.739.244 7.969.025

178

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Antiguidade dos saldos vencidos tem a seguinte composição:

Os créditos objecto de securitização apresentam a seguinte composição:

O crédito objecto de securitização tem origem em Portugal, nas entidades Banif SA e Banco Banif Mais.

O Grupo considera como crédito reestruturado o crédito relativamente ao qual tenha existido

alterações das respectivas condições contratuais, que se tenham traduzido, nomeadamente, no

alargamento do prazo de reembolso, na introdução de períodos de carência ou na capitalização de

juros, devido a dificuldades financeiras do mutuário, independentemente de ter ou não existido

atrasos no pagamento das prestações de capital e juros.

Descrição 30-06-2014 31-12-2013

Particulares

3 - 6 Meses 11.514 6.872

6 Meses - 1 Ano 16.725 43.355

1 - 3 Anos 135.216 115.709

> 3 Anos 263.387 281.810

Empresas

3 - 6 Meses 43.525 50.343

6 Meses - 1 Ano 100.722 108.448

1 - 3 Anos 299.986 285.190

> 3 Anos 322.407 285.332

TOTAL 1.193.482 1.177.059

Descrição 30-06-2014 31-12-2013

Créditos e juros vincendos

Particulares Habitação 2.205.221 2.301.302 Consumo 290.952 361.925 Outras Finalidades 3.961 3.745

Empresas e administrações públicas 1.158.204 628.721

Créditos e juros vencidos

Particulares Habitação 46.910 44.250 Consumo 16.068 14.380 Outras Finalidades 15.839 15.117

Empresas e administrações públicas 110.218 105.556

TOTAL 3.847.373 3.474.996

179

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

12. INVESTIMENTOS DETIDOS ATÉ À MATURIDADE

Esta rubrica tem a seguinte composição:

A carteira de títulos de investimentos até à maturidade tem a seguinte composição em 30 de Junho

de 2014:

Títulos no montante de 4.063 milhares de euros (9.592 milhares de euros em 2013) estão utilizados

como caução de operações de refinanciamento com o BCE, conforme Nota 19.

13. ACTIVOS E PASSIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

Esta rubrica apresentou o seguinte movimento:

Descrição 30-06-2014 31-12-2013

Instrumentos de dívida 8.139 12.081

Imparidade - -

8.139 12.081

Natureza e espécie Quantidade Valor de balanço

Instrumentos de dívida

PT INT FIN 5% NOV19 3.900.000 4.076

CAIXABANK 4,125% NOV 14 2.500.000 2.581

GOLDMAN FLT MAI 2016 1.500.000 1.482

8.139

Descrição 30-06-2014 31-12-2013

Imóveis e equipamentos 575.169 549.446

Participações 1.028.268 1.105.985

Imparidade de Imóveis e equipamentos (48.091) (48.480)

1.555.346 1.606.951

180

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Para efeitos de determinação de eventuais imparidades, as avaliações dos activos não correntes

detidos para venda são realizadas por peritos especializados e independentes de acordo com os

critérios e metodologias geralmente aceites para o efeito, que integram análises pelo método do

custo e pelo método de mercado, sendo o justo valor definido pelo montante que pode ser

razoavelmente esperado pela transacção entre um comprador e um vendedor interessados, com

equidade entre ambos, nenhum deles estando obrigado a vender ou a comprar e ambos estando

conhecedores de todos os factores relevantes a uma determinada data.

Unidades descontinuadas

Detalhe dos activos, passivos das unidades descontinuadas em 30 de Junho de 2014:

Imóveis e equipamentos 527.078 500.966

Participações:

FIP Banif Real Estate Brasil 26.699 25.218

LDI - Desenvolvimento Imobiliário 74.088 67.898

Banco Banif Brasil 277.186 313.225

Banif Banco de Investimento (Brasil) 65.103 66.668

Beta Securitizadora 39.601 35.975

Banif Gestão Activos (Brasil) 119 103

FIP Banif Real Estate 118 127

Banif Bank (Malta) 433.846 475.097

Banco Caboverdiano Negócios 111.508 121.674

1.555.346 1.606.951

Categoria de activoSaldo liquído em

31-12-2013Saldo liquído em

30-06-2014

Banco Banif Brasil

ZACFBanif Banco de Investimento

(Brasil) SA

Beta Securitizadora

Banif Gestão Activos (Brasil)

FIP Banif Real Estate

Banif Bank (Malta)

Banco Caboverdiano

Negocios

Total do Activo 277.186 - 65.103 39.601 119 118 433.846 111.508Caixa e disponibilidades em bancos centrais 1.063 - - - - - 8.302 2.674Disponibilidades em outras instituições de crédito 1.540 - 4 2 - 17 965 542Activos financeiros detidos para negociação 11.541 - 27.223 - - 101 25.491 - Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados - - - - - - - 185Activos financeiros disponíveis para venda 2.252 - 10.474 - - - 2.397 6.133Aplicações em instituições de crédito 6.249 - 7.837 623 - - - 16.250Crédito a clientes 122.701 - 3.188 38.272 - - 377.279 79.911Investimentos detidos até à maturidade 10.578 - - - - - - 140Activos com acordo de recompra 6.192 - - - - - - - Derivados de cobertura - - - - - - - - Activos não correntes detidos para venda 30.457 - 3.809 - - - 137 2.407Propriedades de investimento (0) - - - - - - - Outros activos tangíveis 1.195 - 452 - 1 - 8.229 2.079Activos intangíveis - - 65 - - - 1.010 50Activos por impostos correntes 5.232 - 2.774 260 112 - - 193Activos por impostos diferidos 46.693 - - 428 - - 5.000 45Provisões técnicas de resseguro cedido - - - - - - - - Outros activos 31.491 - 9.277 16 5 - 5.036 898

277.186 - 65.103 39.601 119 118 433.846 111.508

Banco Banif Brasil

ZACFBanif Banco de Investimento

(Brasil) SA

Beta Securitizadora

Banif Gestão Activos (Brasil)

FIP Banif Real Estate

Banif Bank (Malta)

Banco Caboverdiano

Negocios

Total do Passivo 250.969 - 28.744 40.007 6 18 594.176 103.675Recursos de bancos centrais - - - - - - 6.001 - Passivos financeiros detidos para negociação - - - - - - - - Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados - - - - - - - - Recursos de outras instituições de crédito 22.449 - - - - - 313 3.482Recursos de clientes e outros empréstimos 2.924 - - - - - 582.953 93.905Responsabilidades representadas por títulos 205.138 - 27.957 39.219 - - - - Passivos financeiros associados a activos transferidos - - - - - - - - Derivados de cobertura - - - - - - - - Passivos não correntes detidos para venda - - - - - - - - Provisões 11.913 - 83 - - - - 121Provisões técnicas - - - - - - - - Passivos por impostos correntes - - - - - - - 316Passivos por impostos diferidos - - - - - - - 274Instrumentos representativos de capital - - - - - - - - Outros passivos subordinados - - - - - - - - Outros passivos 8.545 - 703 788 6 18 4.908 5.577

181

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Resultados das unidades descontinuadas em 30 de Junho de 2014:

14. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO

Esta rubrica apresentou o seguinte movimento:

Junho de 2014

2013

As valorizações das propriedades de investimento são realizadas por peritos especializados e

independentes de acordo com os critérios e metodologias geralmente aceites para o efeito, que

integram análises pelo método do custo e pelo método de mercado, sendo o justo valor definido pelo

montante que pode ser razoavelmente esperado pela transacção entre um comprador e um vendedor

interessados, com equidade entre ambos, nenhum deles estando obrigado a vender ou a comprar e

ambos estando conhecedores de todos os factores relevantes a uma determinada data, conforme

Nota 2.5. Na hierarquia do justo valor estas valorizações correspondem ao nível 2, ou seja,

valorizações com base em variáveis observáveis de mercado.

Banco Banif Brasil

ZACFBanif Banco de Investimento

(Brasil) SA

Beta Securitizadora

Banif Gestão Activos (Brasil)

FIP Banif Real Estate

Banif Bank (Malta)

Banco Caboverdiano

Negocios

Juros e rendimentos similares 12.091 - 3.712 29 - - 9.708 3.323Juros e encargos similares (16.220) - (2.931) (2.992) - - (7.176) (1.692)Margem financeira (4.129) - 781 (2.963) - - 2.532 1.631Rendimentos de instrumentos de capital - - - - - - - 117Rendimentos de serviços e comissões 94 - 64 10 - - 869 839Encargos com serviços e comissões (256) - (10) (3) (0) (2) (273) (128)Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resu 4.066 - (281) - - 3 293 5Resultados de activos financeiros disponíveis para venda - - - - - - (2) - Resultados de reavaliação cambial (1.204) - - - - - 445 32Outros resultados de exploração (6.081) (8) 390 2.997 8 - (251) 86Produto da actividade (7.510) (8) 944 41 8 1 3.613 2.581Custos com pessoal (6.301) - (242) - (11) - (2.735) (700)Gastos gerais administrativos (2.855) - (538) (30) (8) (21) (1.983) (702)Depreciações e amortizações (241) - (76) - (0) - (402) (249)Provisões líquidas de reposições e anulações (557) - (52) (1) - - - 2Imparidade do crédito líquida de reversões e recuperações (20.886) - (1.352) (143) - - (774) (42)Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperaç - - - - - - - - Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 5.253 - - - - - - (7)Diferenças de consolidação negativas - - - - - - - - Resultados de associadas e empreendimentos conjuntos (equivalência pa - - - - - - - - Resultado antes de impostos e de interesses minoritários (33.097) (8) (1.317) (133) (12) (20) (2.281) 884Correntes 3.918 - (8.440) (49) - - (163) (282)Diferidos (85) - - (106) - - - (282)Impostos 4.003 - (8.440) 57 - - (163) - Resultado após impostos antes de interesses minoritários (29.179) (8) (9.756) (182) (12) (20) (2.445) 602

Imóveis de serviço próprio

Activos detidos p/

venda

Outros activos

Edifícios e terrenos 827.576 - 2.763 (10.762) (14.765) 2.826 - - 2.273 809.911

827.576 - 2.763 (10.762) (14.765) 2.826 - - 2.273 809.911

Categoria de activoSaldo em

31-12-2013

Entrada de entidades no perímetro de consolidação

Aquisições Reavaliações Alienações

Transferências

Diferenças de câmbio

Saldo em 30-06-2014

Imóveis de serviço próprio

Activos detidos p/

venda

Outros activos

Edifícios e terrenos 924.357 - 13.177 (50.890) (63.866) 1.265 12.286 - (8.753) 827.576

924.357 - 13.177 (50.890) (63.866) 1.265 12.286 - (8.753) 827.576

Saldo em 31-12-2013

Transferências

Categoria de activoSaldo em

31-12-2012

Diferenças de câmbio

Entrada de entidades no perímetro de consolidação

Aquisições Reavaliações Alienações

182

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

15. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS

Conforme referido na Nota 2.15, os imóveis de serviço próprio são registados pelo justo valor,

actualizado de 3 em 3 anos. A última reavaliação foi efectuada com referência a 31 de Dezembro de

2012.

Movimento ocorrido nesta rubrica em:

Junho de 2014

2013

Os activos tangíveis em curso correspondem essencialmente a projectos em construção dos fundos

de investimento Imogest e Imopredial.

Os activos em locação operacional correspondem à actividade da Banif Rent – prestação de serviços

na área de aluguer operacional de viaturas e gestão de frotas. As alienações do 1º Semestre de 2014,

nesta rubrica, correspondem à política de desalavencagem deste negócio.

16. GOODWILL E OUTROS ACTIVOS INTANGÍVEIS

O movimento ocorrido nesta rubrica em:

Junho de 2014

Imóveis 191.985 - 134 - (2.548) (4.116) (11) - (218) (2) 15 185.239Equipamento 8.177 - 337 - 284 (1.480) (242) - (99) (5) (17) 6.955Activos em locação operacional 12.428 - - - (3.290) (1.316) - (1.775) - (3) - 6.044Activos em locação financeira - - - - - - - - - - - -Activos tangíveis em curso 33.058 - 1.215 - (453) - - - - - - 33.820Outros activos tangíveis 2.041 - 5 - (17) (148) - - - - 49 1.930

247.689 - 1.691 - (6.024) (7.060) (253) (1.775) (317) (10) 47 233.988

Saldo liquído em

30-06-2014Abates

Regulari-zações

Diferenças de cambio

Amortizações do exercício

AquisiçõesReavaliações

(líquido)

Imparidade do exercício

AlienaçõesCategoria de activoSaldo liquído

em 31-12-2013

Transferência para activos não

correntes detidos para venda das

unidades descontinuadas

Aumentos

Transfe-rências

Imóveis 227.669 (6.874) 545 - (9.460) (8.588) (10.456) - (1.380) 534 (5) 191.985Equipamento 14.986 (4.432) 1.612 - 472 (3.986) - (399) (62) - (13) 8.177Activos em locação operacional 27.377 (46) - - (5.586) (5.791) - (3.527) - - - 12.428Activos em locação financeira - - - - - - - - - - - -Activos tangíveis em curso 34.851 (567) 445 - (1.352) - - - - (320) - 33.058Outros activos tangíveis 2.142 (53) 453 - (175) (326) - - - - - 2.041

307.025 (11.972) 3.055 - (16.101) (18.691) (10.456) (3.926) (1.442) 214 (18) 247.689

Amortizações do exercício

Imparidade do exercício

AlienaçõesRegulari-

zaçõesDiferenças de cambio

Saldo liquído em

31-12-2013AbatesCategoria de activo

Aquisições Reavaliações (líquido)

Transfe-rências

Saldo liquído em

31-12-2012

Entrada de entidades no perímetro de consolidação

Aumentos

Goodwill - Outros activos intangíveis 1.905 - - - - - - - 1.905 Activos intangíveis em curso 1.473 - 729 (10) - - - - 2.192 Sistemas de tratamento automático de dados (Software) 12.884 - 49 10 (3.032) - - (1) 9.910 Outros activos intangíveis 814 - - - (292) - - - 522

17.076 - 778 - (3.324) - - (1) 14.529

Categoria de activo AquisiçõesDiferenças de câmbio

Saldo liquído em

30-06-2014

Saldo liquído em

31-12-2013

Transferência para activos não

correntes detidos para venda das

unidades descontinuadas

TransferênciasAmortizações do exercício

ImparidadeAbates

(líquido)

183

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

2013

A rubrica Goodwill corresponde à seguinte participação:

Para a sociedade Investaçor, SGPS, SA, foi efectuado um estudo inicial, que justifica o goodwill

reconhecido (no montante de 2.218 milhares de Euros), e foi efectuado em 2013 uma actualização do

mesmo. Em 2010 foi registado uma imparidade de 313 milhares de Euros. Nesta análise foi utilizado o

método Discounted Cash-Flows, tendo por base a análise prospectiva da actividade futura da

empresa e dos seus negócios consubstanciada em projecções económicas e financeiras a médio e

longo prazo (6 anos) e à determinação dos respectivos fluxos financeiros previsionais. Na avaliação,

foram utilizados os seguintes parâmetros:

− Taxa de inflação: 2,00% (2012: 2,00%)

− Taxa de rendimento real: 3,93% (2012: 3,85%)

− Taxa de risco: 3,11% (2012: 3,14%)

− Taxa de actualização: 9,31% (2012: 9,25%)

− Taxa de risco adicional (perpetuidade): 1,00% (2012: 1,00%)

− Taxa de capitalização: 8,24% (2012: 8,18%)

A avaliação ao goodwill foi desenvolvida com base no pressuposto de continuidade das operações e

nos elementos históricos e contabilísticos das entidades avaliadas. As metodologias e pressupostos

chave utilizados nas avaliações são comummente aceites para a avaliação de empresas e a sua

aplicação foi realizada em concordância com as práticas internacionais de avaliações de empresas e

aceites pela Gestão do Grupo. Não foram identificadas possíveis alterações em pressupostos chave

que justificassem a quantificação dos respectivos impactos, conforme requerido pelo parágrafo 134

(f) da IAS 36.

Goodwill - Outros activos intangíveis 1.905 - - - - - - - 1.905 Activos intangíveis em curso 9.289 - 1.057 6.387 - - (2.486) - 14.247 Sistemas de tratamento automático de dados (Software) 14.474 (723) 604 (7.445) (6.800) - - (1) 110 Outros activos intangíveis 596 (137) - 1.058 (639) - (64) - 814

26.264 (859) 1.661 - (7.439) - (2.550) (1) 17.076

Amortizações do exercício

ImparidadeAbates

(líquido)Diferenças de câmbio

Saldo liquído em

31-12-2013Categoria de activo

Saldo liquído em

31-12-2012

Transferência para activos não

correntes detidos para venda das

unidades

Aquisições Transferências

184

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

17. INVESTIMENTOS EM ASSOCIADAS

Em 30 de Junho de 2014 e 31 de Dezembro de 2013, a rubrica de Investimentos em Associadas

apresenta a seguinte composição:

O movimento verificado nesta rubrica é como segue:

As Sociedades registadas de acordo com o método da equivalência patrimonial reportam os seus

dados de acordo com as políticas contabilísticas do Banif – Grupo Financeiro (Nota 2), não existindo

problemas na harmonização das políticas contabilísticas.

No âmbito da IFRS 10 (nova) os fundos de investimento Porto Novo, Aplicação Urbana XIII, Aplicação

Urbana XIV e GCC passaram a ser incluído no processo de consolidação pelo método de equivalência

patrimonial.

Nome da Sociedade Sede Social Actividade principal Detentor de capital % de participação Valor da participação Goodwill Total de Capital Próprio Resultado Líquido Contributo Líquido

Rentipar Seguros, SGPS, SA

Avenida Barbosa du Bocage, 85

Seguradora Banif, SA 47,69% 96.018 - 201.318 (14.307) (6.823)

Banca PueyoVirgen de Guadalupe , 2 Villanuea de la Serena,

Badajoz Banca Banif, SA 33,32% 38.479 - 115.482 3.256 1.085

Inmobiliaria Vegas AltasParque de la

Constitución, 9 Villanueva de la Serena

Imobiliário Banif, SA 33,33% 2.714 - 8.142 120 40

Espaço 10Av. Barbosa do Bocage 83-85, 1050-050 Lisboa

Imobiliário Banif, SA 25,00% - - - (84) (21)

MCO2Rua Tierno Galvan, Torre

3, 10.º Piso Amoreiras, Lisboa

Gestão Investimentos Banif - Banco de Investimento, SA 25,00% 562 - 2.249 50 12

Pedidos Liz Portugal Fundo de Investimento Imogest 40,24% - - 1 - -

Porto Novo Portugal Imobiliário Imogest / Banif - Banco de Investimento 35,72% 3.236 - 9.059 (563) (200)

Aplicação Urbana XIII Portugal Imobiliário Imopredial 49,12% 2.564 - 5.220 - -

GCC Portugal Imobiliário Imopredial 49,12% 2.741 - 5.580 - -

Aplicação Urbana XIV Portugal Imobiliário Imogest 49,12% 16.119 - 32.816 - -162.433 - 379.867 (11.528) (5.907)

30-06-2014

Nome da Sociedade Sede Social Actividade principal Detentor de capital% de

participaçãoValor da

participaçãoGoodwill

Total de Capital Próprio

Resultado Líquido

Contributo Líquido

Rentipar Seguros, SGPS, SA

Avenida Barbosa du Bocage, 85

Seguradora Banif, SA 47,69% 90.904 - 190.607 (1.250) (596)

Banca PueyoVirgen de Guadalupe , 2 Villanuea de la Serena,

Badajoz Banca Banif, SA 33,32% 35.502 - 106.548 4.492 1.497

Inmobiliaria Vegas AltasParque de la

Constitución, 9 Villanueva de la Serena

Imobiliário Banif, SA 33,33% 2.674 - 8.022 128 42

Espaço 10Av. Barbosa do Bocage 83-85, 1050-050 Lisboa

Imobiliário Banif, SA 25,00% - - (1.849) (678) (170)

MCO2Rua Tierno Galvan, Torre

3, 10.º Piso Amoreiras, Lisboa

Gestão Investimentos Banif - Banco de Investimento, SA 25,00% 550 - 2.200 212 53

Pedidos Liz Portugal Fundo de Investimento Imogest 40,24% - - 1 - -

129.630 - 305.529 2.904 826

31-12-2013

Saldo em 31-12-2013 129.630

Resultados associadas (5.907)

Reserva de justo valor de associadas 13993

Aplicação da IFRS 10 24.660

Outras 57

Saldo em 30-06-2014 162.433

185

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

18. OUTROS ACTIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

A rubrica “outros activos” inclui operações em curso, dos quais: TEIS, operações a liquidar de títulos,

adiantamento por compras e operações de contencioso a regularizar.

19. RECURSOS DE BANCOS CENTRAIS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Os “Recursos de Bancos Centrais” correspondem a operações de refinanciamento com o Banco Central

Europeu (BCE), no âmbito dos mecanismos de cedência de liquidez, garantidas por penhor de activos

elegíveis, conforme Nota 23 relativo a títulos emitidos no âmbito de operações de securitização, Nota

11 relativo a Crédito a clientes, Nota 7, 9 e 12 relativas a títulos. As garantias por penhor de activos

elegíveis correspondem ao valor nominal de 4.194.672 milhares de euros e o Grupo dispõe de um

montante nominal de 1.263.894 milhares de euros de activos elegíveis disponíveis para garantias por

penhor de eventuais operações de financiamento.

Descrição 30-06-2014 31-12-2013

Ouro 22 22

Outros metais preciosos, numismática e medalhística 497 498

Outras disponibilidades sobre residentes 1 1

520 521

Bonificações a receber 8.680 9.152

8.680 9.152

Suprimentos 42.957 42.925

Devedores diversos 57.794 63.215

Sector público administrativo 12.937 11.916

Outros rendimentos a receber 1.352 1.290

Fundo de pensões 1.070 390

Operações sobre valores mobiliários a regularizar 3.105 7.811

Seguros 734 549

Posição cambial 957 5.310

Aplicações - conta caução 6.452 10.111

Outros activos 109.265 105.950

236.623 249.467

Perdas de imparidade (67.427) (61.960)

178.396 197.180

Descrição 30-06-2014 31-12-2013

Recursos de Bancos Centrais 2.106.504 3.065.186

Juros de recursos de Bancos Centrais 13.388 12.826

Despesas com encargos diferidos (1) (409)

2.119.891 3.077.603

186

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20. OUTROS PASSIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS

Os passivos financeiros ao justo valor através de resultados respeitam a instrumentos de dívida

emitida pelo Grupo, com um ou mais derivados implícitos que, de acordo com a emenda ao texto da IAS

39 – “Fair Value Option”, foram designados no seu reconhecimento inicial ao justo valor através de

resultados.

Esta rubrica tem a seguinte composição por entidade emitente:

Em 30 de Junho de 2014, os passivos emitidos pelo Grupo, apresentam as seguintes condições:

21. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Descrição 30-06-2014 31-12-2013

Euro Invest Série 3a) 7.322 7.251Euro Invest Série 3b) 6.100 6.042

Detidos pelo Banif - Grupo Financeiro (951) (900)

12.471 12.393

Denominação Data de emissão Data de reembolso Taxa de juroValor em

circulaçãoJusto Valor

componente derivadoJusto valor componente

passivo financeiroDetidas pelo Grupo Valor balanço

Euro Invest S3a) 12-11-2003 perpétuas 5% 7.322 - - (461) 6.861 Euro Invest S3b) 12-11-2003 perpétuas 5% 5.200 900 - (490) 5.610

12.522 900 - (951) 12.471

Descrição 30-06-2014 31-12-2013

De Instituições de crédito do país Depósitos 47.966 20.219 Empréstimos 131.427 154.778 Outros 3.214 982

182.607 175.979

De Instituições de crédito no estrangeiro Depósitos 457 326 Empréstimos 38.154 11.348 Operações de venda com acordo de recompra 297.876 157.457 Outros 3.430 2.848

339.917 171.979

Encargos financeiros 1.264 693

523.788 348.651

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22. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

23. RESPONSABILIDADES REPRESENTADAS POR TÍTULOS

Esta rubrica tem a seguinte composição por entidade emitente:

Descrição 30-06-2014 31-12-2013

Depósitos À vista 1.201.027 1.148.129 A prazo 4.068.734 3.966.632 Poupança 62.332 62.282 Outros 1.123.064 1.069.908

6.455.157 6.246.951

Outros débitos Empréstimos 947 1.021 Outros 57.548 55.308

58.495 56.329

6.513.652 6.303.280

Descrição 30-06-2014 31-12-2013

Banif Finance - 94.881

Banif 1.498.408 1.321.484

Atlantes Mortgage N.º3 455.161 471.628

Atlantes Mortgage N.º2 249.808 259.149

Atlantes Mortgage N.º4 521.691 540.699

Atlantes Mortgage N.º5 473.053 495.873

Atlantes Mortgage N.º6 73.821 77.324

Atlantes Mortgage N.º7 371.880 387.529

Azor Mortgage N.º2 213.812 219.792

Atlantes Mortgage N.º1 128.474 137.234

Azor Mortgage N.º1 64.085 66.927

Atlantes Finance N.º4 106.604 132.019

Atlantes Finance N.º5 79.700 109.287

Atlantes Finance N.º6 189.268 235.200

Atlantes NPL N.º1 159.962 165.094

Atlantes SME N.2 482.990 631.948

Atlantes SME N.3 937.763 -

Banco Banif Mais 25.000 25.000

Banif - Banco de Investimento 150.000 150.000

Dívida readquirida (1.173.531) (1.073.206)

Detidos pelo Banif - Grupo Financeiro (3.136.186) (3.184.996)

1.871.763 1.262.866

Certificados de depósito 25.190 26.558

Encargos Financeiros (86.805) (31.354)

1.810.148 1.258.070

188

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Em 30 de Junho de 2014, os passivos emitidos pelo Grupo, apresentam as seguintes condições:

No 1.º Semestre de 2014, foram reembolsados as seguintes emissões:

− Banif Finance 2012-2014 EUR no montante de 55.000 milhares de Euros

− Banif Finance 2012-2014 USD no montante de 39.518 milhares de Euros

Denominação Data de emissão Data de reembolso Taxa de juro Valor em circulação Readquiridas Detidas pelo Grupo Valor balanço

Atlantes Mortgage Nº1 classe A 13-02-2003 17-01-2036 Euribor 3 meses acrescida 0,54% 75.574 - (13.185) 62.389

Atlantes Mortgage Nº1 classe B 13-02-2003 17-01-2036 Euribor 3 meses acrescida 1,3% 22.500 - - 22.500

Atlantes Mortgage Nº1 classe C 13-02-2003 17-01-2036 Euribor 3 meses acrescida 2,60% 12.500 - - 12.500

Atlantes Mortgage Nº1 classe D 13-02-2003 17-01-2036 Euribor 3 meses acrescida 4,75% 2.500 - - 2.500

Atlantes Mortgage Nº1 classe E 13-02-2003 17-01-2036 - 15.400 - (15.400) -

Azor Mortgage Nº1 classe A 25-11-2004 20-09-2047 Euribor 3 meses acrescida 0,3% 26.085 - (5.586) 20.499

Azor Mortgage Nº1 classe B 25-11-2004 20-09-2047 Euribor 3 meses acrescida 0,76% 19.000 - - 19.000

Azor Mortgage Nº1 classe C 25-11-2004 20-09-2047 Euribor 3 meses acrescida 1,75% 9.000 - (2.000) 7.000

Azor Mortgage Nº1 classe D 25-11-2004 20-09-2047 - 10.000 - (10.000) -

Atlantes Mortgage Nº2 classe A 05-03-2008 19-09-2060 Euribor 3 meses acrescida 0,33% 212.524 - - 212.524

Atlantes Mortgage Nº2 classe B 05-03-2008 19-09-2060 Euribor 3 meses acrescida 0,95% 14.766 - (14.766) -

Atlantes Mortgage Nº2 classe C 05-03-2008 19-09-2060 Euribor 3 meses acrescida 1,65% 6.019 - (6.019) -

Atlantes Mortgage Nº2 classe D 05-03-2008 19-09-2060 - 16.499 - (16.499) -

Azor Mortgage Nº2 classe A 24-07-2008 14-12-2065 Euribor 3 meses acrescida 0,3% 163.684 - (163.684) -

Azor Mortgage Nº2 classe B 24-07-2008 14-12-2065 Euribor 3 meses acrescida 0,8% 43.080 - (43.080) -

Azor Mortgage Nº2 classe C 24-07-2008 14-12-2065 - 7.048 - (7.048) -

Atlantes Mortgage Nº3 classe A 30-10-2008 22-08-2061 Euribor 3 meses acrescida 0,2% 360.097 - (360.097) -

Atlantes Mortgage Nº3 classe B 30-10-2008 22-08-2061 Euribor 3 meses acrescida 0,5% 37.118 - (37.118) -

Atlantes Mortgage Nº3 classe C 30-10-2008 22-08-2061 - 57.946 - (57.946) -

Atlantes Mortgage Nº4 classe A 16-02-2009 22-12-2064 Euribor 3 meses acrescida 0,15% 411.487 - - 411.487

Atlantes Mortgage Nº4 classe B 16-02-2009 22-12-2064 Euribor 3 meses acrescida 0,3% 35.750 - (35.750) -

Atlantes Mortgage Nº4 classe C 16-02-2009 22-12-2064 - 74.454 - (74.454) -

Atlantes Mortgage Nº5 classe A 21-12-2009 23-11-2068 Euribor 3 meses acrescida 0,15% 361.495 - (361.495) -

Atlantes Mortgage Nº5 classe B 21-12-2009 23-11-2068 Euribor 3 meses acrescida 0,3% 45.000 - (45.000) -

Atlantes Mortgage Nº5 classe C 21-12-2009 23-11-2068 - 66.558 - (66.558) -

Atlantes Mortgage Nº6 classe A 30-06-2010 23-10-2016 4,5% 51.821 - (51.821) -

Atlantes Mortgage Nº6 classe B 30-06-2010 23-10-2016 - 22.000 - (22.000) -

Atlantes Mortgage Nº7 classe A 19-11-2010 23-08-2066 Euribor 3 meses acrescida 0,15% 268.313 - (268.313) -

Atlantes Mortgage Nº7 classe B 19-11-2010 23-08-2066 Euribor 3 meses acrescida 0,30% 39.700 - (39.700) -

Atlantes Mortgage Nº7 classe C 19-11-2010 23-08-2066 - 63.867 - (63.867) -

Atlantes Finance N.º4 classe A 20-12-2011 19-06-2032 Euribor 3 meses acrescida 1,5% 39.490 - - 39.490

Atlantes Finance N.º4 classe B 20-12-2011 19-06-2032 Euribor 3 meses acrescida 2,25% 20.300 - (20.300) -

Atlantes Finance N.º4 classe C 20-12-2011 19-06-2032 Euribor 3 meses acrescida 3% 37.100 - (37.100) -

Atlantes Finance N.º4 classe D 20-12-2011 19-06-2032 - 9.714 - (9.714) -

Atlantes Finance N.º5 classe A 16-07-2012 16-12-2025 Euribor 3 meses acrescida 2,75% 26.491 - - 26.491

Atlantes Finance N.º5 classe B 16-07-2012 16-12-2025 Euribor 3 meses acrescida 3% 39.600 - (39.600) -

Atlantes Finance N.º5 classe C 16-07-2012 16-12-2025 - 6.779 - (6.779) -

Atlantes Finance N.º5 classe S 16-07-2012 16-12-2025 - 6.830 - (6.830) -

Atlantes Finance N.º6 classe A 16-12-2013 20-03-2033 Euribor 3 meses acrescida 2,4% 131.832 - - 131.832

Atlantes Finance N.º6 classe B 16-12-2013 20-03-2033 Euribor 3 meses acrescida 3% 40.100 - (40.100) -

Atlantes Finance N.º6 classe C 16-12-2013 20-03-2033 - 10.930 - (10.930) -

Atlantes Finance N.º6 classe S 16-12-2013 20-03-2033 - 6.406 - (6.406) -

Atlantes NPL 1 classe A 21-12-2012 15-12-2018 6,00% 114.857 - (114.857) -

Atlantes NPL 1 classe B 21-12-2012 15-12-2018 - 45.105 - (45.105) -

Atlantes SME 2 Classe A 29-05-2013 26-05-2042 Euribor 3 meses acrescida 2,00% 93.928 - - 93.928

Atlantes SME 2 Classe B 29-05-2013 26-05-2042 Euribor 3 meses acrescida 2,00% 361.100 - (361.100) -

Atlantes SME 2 Classe C 29-05-2013 26-05-2042 - 11.680 - (11.680) -

Atlantes SME 2 Classe S 29-05-2013 26-05-2042 - 16.282 - (16.282) -

Atlantes SME 3 Classe A 04-02-2014 28-12-2043 Euribor 3 meses acrescida 1,95% 309.746 - - 309.746

Atlantes SME 3 Classe B 04-02-2014 28-12-2043 Euribor 3 meses acrescida 2,00% 112.500 - (112.500) -

Atlantes SME 3 Classe C 04-02-2014 28-12-2043 Euribor 3 meses acrescida 8,00% 150.000 - (150.000) -

Atlantes SME 3 Classe D 04-02-2014 28-12-2043 - 179.117 - (179.117) -

Atlantes SME 3 Classe S 04-02-2014 28-12-2043 - 186.400 - (186.400) -Banco Mais 2011-2014 (25M) com garantia da Republica Portuguesa

19-07-2011 19-07-2014 Euribor 3 meses +4,95% 25.000 (25.000) - -

Banif Banco de Investimento 2011-2014 (55M) com garantia da Republica

Portuguesa19-07-2011 19-07-2014 Euribor 3 meses +4,95% 55.000 (55.000) - -

Banif Banco de Investimento 2011-2014 (95M) com garantia da Republica

22-12-2011 22-12-2014 Euribor 3 meses +12% 95.000 (95.000) - -

Banif Float 2014 29-07-2011 29-07-2014 Euribor 3 meses +1,6% 85.000 (85.000) - -

Banif Float 2014 21-10-2011 21-10-2014 Euribor 3 meses +1,6% 50.000 (50.000) - -Banif 2011-2014 - Garantia 19-07-2011 19-07-2014 Euribor 3 meses +4,95% 200.000 (200.000) - -Banif 2011 500M Garantia 22-12-2011 22-12-2014 Euribor 3 meses +12% 500.000 (500.000) - -

Ob CX Banif 2012-2015 Fungíveis 20-06-2012 31-05-2015 5,75% 63.000 (63.000) - -

Ob CX Banif 2012-2015 31-05-2012 31-05-2015 5,75% 46.900 (100) - 46.800

Ob CX Banif 2012-2015 USD 31-05-2012 31-05-2015 5,00% 9.152 - - 9.152

Banif 2012/2014 08-11-2012 08-11-2014 5,75% 93.947 (75) - 93.872

Banif 2012/2014 08-11-2012 08-11-2014 5,75% 27.679 - - 27.679

Banif 2013/2014 USD 20-03-2013 20-09-2014 4,50% 18.304 - - 18.304

Banif 2013/2014 20-03-2013 20-09-2014 4,50% 50.000 - - 50.000

Banif 2013/2016 EUR 30-07-2013 30-07-2016 7,50% 60.312 (356) - 59.956

Banif 2013/2016 USD 25-11-2013 25-11-2016 5,00% 36.609 - - 36.609

Banif 2013/2016 (80M) 23-12-2013 23-12-2016 5,00% 80.000 - - 80.000

Banif Sénior 4,75% 2014/2017 30-01-2014 30-07-2017 4,75% 45.000 - - 45.000

Banif Sénior 4,75% 2014/2017 USD 30-01-2014 30-07-2017 4,75% 32.505 - - 32.505Banif Covered Bonds - Hipotecárias

201417-01-2014 17-01-2017 Euribor 3 meses +1,4% 100.000 (100.000) - -

6.181.480 (1.173.531) (3.136.186) 1.871.763

189

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Operações de Titularização

O Grupo realizou operações de titularização de crédito ao consumo e hipotecário, através da

alienação desses activos a entidades de finalidades especiais (veículos) constituídos para o

efeito.

As operações de titularização são apresentadas como segue:

Atlantes Mortgage N.º1

Na operação Atlantes Mortgage No. 1, com inicio em Fevereiro de 2003, foram cedidos apenas

contratos de crédito à habitação do Banif, SA, no valor de 500 milhões de Euros. Ao abrigo da

legislação em vigor, foi constituído um Fundo de Titularização de Créditos designado Atlantes

Mortgage No.1 Fundo, que adquiriu ao cedente os contratos de crédito à habitação e emitiu

unidades de participação subscritas pela sociedade de direito irlandês Atlantes Mortgage No.

1 Plc. Para se financiar, a sociedade Atlantes Mortgage No. 1 Plc emitiu Obrigações no valor

global de 500 milhões de Euros.

Azor Mortgage N.º1

A Azor Mortgages, com início em Novembro de 2004, foram cedidos créditos imobiliários

originados pelo anterior BBCA um valor total de 281 milhões de Euros. Na Azor Mortgages, ao

abrigo da legislação em vigor, os créditos cedidos inicialmente foram adquiridos pela Sagres -

Sociedade de Titularização de Créditos, que emitiu as obrigações Azor Notes inteiramente

subscritas por uma sociedade de direito irlandês denominada Azor Mortgages Plc. Para se

financiar, a sociedade Azor Mortgages Plc emitiu Obrigações no valor global de 281 milhões de

Euros.

Em Dezembro de 2006, no âmbito dos objectivos propostos para a constituída sociedade de

titularização do Grupo, Gamma STC, foram transferidas para esta sociedade as Azor Notes

assim como os respectivos direitos de recebimento dos créditos e deveres de pagamento ao

veículo Azor Mortgages plc, originalmente pertencentes à Sagres STC. Esta transferência teve

o acordo do originador dos créditos, do Grupo de securitização original, agências de rating,

CMVM, dos investidores, e outras entidades envolvidas na operação, após avaliação da boa

capacidade da Gamma para assegurar a gestão da mesma.

Atlantes Mortgage N.º 2

Na operação Atlantes Mortgage No. 2, com inicio em Março de 2008, foram cedidos apenas

contratos de crédito à habitação do Banif, SA, no valor de 375 milhões de euros. Ao abrigo da

legislação em vigor, foi constituído um Fundo de Titularização de Créditos designado Atlantes

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Mortgage No.2 Fundo, administrado pela Gamma – Sociedade Titularização de Créditos, SA,

que adquiriu ao cedente os contratos de crédito à habitação e emitiu unidades de

participação subscritas pela Atlantes Mortgage No. 2 Plc. Para se financiar, a sociedade

Atlantes Mortgage No. 2 Plc emitiu Obrigações no valor global de 375 milhões de euros.

Azor Mortgage N.º 2

Em Julho de 2008, teve início a Azor Mortgages No. 2, uma emissão de obrigações

titularizadas, colateralizadas por uma carteira de crédito imobiliário originado pelo anterior

BBCA. Ao contrário de emissões anteriores que envolveram veículos sediados no estrangeiro,

esta emissão foi realizada directamente pela Gamma STC, não envolvendo qualquer outro

veículo fora do território nacional.

Nesta emissão, o BBCA cedeu à Gamma STC uma carteira de 300 milhões de Euros. Esta

aquisição, bem como a constituição da necessária reserva de caixa, foram financiadas

através da emissão das obrigações titularizada Azor Mortages No. 2 Class A, B e C, num

montante nominal total de 306,75 milhões de euros.

Atlantes Mortgage N.º 3

No final de Outubro de 2008 foi concretizada uma nova operação, neste caso a Atlantes

Mortgage No. 3, com a emissão de obrigações titularizadas, envolvendo uma carteira de

crédito imobiliário originado pelo Banif, SA.

O Banif cedeu à Gamma uma carteira de crédito imobiliário, cujo valor ascendeu a 600 milhões

de euros. Esta aquisição, bem como a constituição da necessária reserva de caixa, foram

financiadas através da emissão das obrigações titularizada Atlantes Mortgage No. 3 Class A, B

e C com um valor nominal agregado de 623.7 milhões de euros.

Atlantes Mortgage N.º 4

Em Fevereiro de 2009, foi concretizada a operação Atlantes Mortgage n.º4, no âmbito da qual

o Banif cedeu à Gamma uma carteira de crédito imobiliário, cujo valor ascendeu neste caso a

550 milhões de euros, que foram financiadas através da emissão de obrigações titularizadas

Atlantes Mortgage N.º 4, Class A, B e C com um valor nominal agregado de 567,2 milhões de

euros.

Atlantes Mortgage N.º5

Em Dezembro de 2009, foi concretizada a operação Atlantes Mortgage n.º5, no âmbito da qual

o Banif cedeu à Gamma uma carteira de crédito imobiliário, cujo valor ascendeu neste caso a

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500 milhões de euros, que foram financiadas através da emissão de obrigações titularizadas

Atlantes Mortgage N.º 5, Class A, B e C com um valor nominal agregado de 520,5 milhões de

euros.

Atlantes Mortgage N.º6

Em Junho de 2010, foi concretizada a operação Atlantes Mortgage n.º6, no âmbito da qual o

Banif cedeu à Gamma uma carteira de crédito imobiliário, cujo valor ascendeu neste caso a

91 milhões de euros, que foram financiadas através da emissão de obrigações titularizadas

Atlantes Mortgage N.º 6, Classe A e B com um valor nominal agregado de 113 milhões de

euros.

Atlantes Mortgage N.º7

Em Novembro de 2010, foi concretizada a operação Atlantes Mortgage n.º7, no âmbito da qual

o Banif cedeu à Gamma uma carteira de crédito hipotecário residencial cujo valor ascendeu a

397 milhões de euros, que foram financiadas através da emissão de obrigações titularizadas

Atlantes Mortgage n.º7, Classe A, B e C com um valor nominal agregado de 460,55 milhões de

euros.

Atlantes Finance N.º4

Em Dezembro de 2011, foi concretizada a operação Atlantes Finance n.º4, no âmbito da qual o

Banif e o Banco Banif Mais cederam à Gamma uma carteira de crédito ao consumo cujo valor

ascendeu a 110,2 milhões de euros e 137,3 milhões de euros, respectivamente, que foram

financiadas através da emissão de obrigações titularizadas Atlantes Finance n.º4, Classe A, B,

C e D com um valor nominal agregado de 260,0 milhões de euros.

Atlantes Finance N.º5

Em Julho de 2012, foi concretizada a operação Atlantes Finance n.º5, no âmbito da qual o

Banif e o Banco Banif Mais cederam à Gamma uma carteira de crédito ao consumo cujo valor

ascendeu a 115,5 milhões de euros e 82,4 milhões de euros, respectivamente, que foram

financiadas através da emissão de obrigações titularizadas Atlantes Finance n.º5, Classe A, B,

C e S com um valor nominal agregado de 226,4 milhões de euros.

Atlantes NPL N.º1

Em Dezembro de 2012, foi concretizada a operação Atlantes NPL N.º1, no âmbito da qual o

Banif e o Banco Banif Mais cederam à Gamma uma carteira de crédito imobiliário ou com

garantia imobiliária, cujo valor ascendeu neste caso a 168 milhões de euros, que foram

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financiadas através da emissão de obrigações titularizadas Atlantes NPL N.º 1, Classe A e B

com um valor nominal agregado de 213 milhões de euros.

Atlantes SME N.º2

Em Maio de 2013, foi concretizada a operação Atlantes SME n.º2, no âmbito da qual o Banif

cedeu à Gamma uma carteira de crédito a empresas cujo valor ascendeu a 802 milhões de

euros que foram financiadas através da emissão de obrigações titularizadas Atlantes SME

n.º2, Classe A, B, C e S com um valor nominal agregado de 834 milhões de euros.

Atlantes Finance N.º6

Em Dezembro 2013, foi concretizada a operação Atlantes Finance n.º6, no âmbito da qual o

Banif e o Banco Banif Mais cederam à Gamma uma carteira de crédito ao consumo cujo valor

ascendeu a 48,3 milhões de euros e 168,7 milhões de euros, respectivamente, que foram

financiadas através da emissão de obrigações titularizadas Atlantes Finance n.º6, Classe A, B,

C e S com um valor nominal agregado de 235,2 milhões de euros.

Atlantes SME N.º3

Em Fevereiro de 2014, foi concretizada a operação Atlantes SME n.º3, no âmbito da qual o

Banif cedeu à Gamma uma carteira de crédito a empresas cujo valor ascendeu a 875 milhões

de euros que foram financiadas através da emissão de obrigações titularizadas Atlantes SME

n.º2, Classe A, B, C, D e S com um valor nominal agregado de 925 milhões de euros.

As obrigações emitidas no âmbito Atlantes Mortgage N.º1, Atlantes Mortgage N.º3, Atlantes

Mortgage N.º5, Atlantes Mortgage N.º7, Azor Mortgage N.º1, Azor Mortgage N.º2 e Atlantes SME

n.º3 detidas por entidades do Grupo, estão parcialmente utilizadas como caução em operações

de refinanciamento junto do BCE.

24. PROVISÕES E PASSIVOS CONTINGENTES

O movimento ocorrido nas provisões no período findo em 30 de Junho de 2014 foi o seguinte:

Provisões para garantias e compromissos 5.121 560 (749) (118) 4.814Contingências fiscais 2.500 - (26) (224) 2.250Outras provisões 5.744 630 (746) (1.488) 4.140

13.365 1.190 (1.521) (1.830) 11.204

Saldo em 30-06-2014

DescriçãoSaldo em

31-12-2013Reforços

Utilizações e regularizações

Reversões e recuperações

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Atendendo à elevada incerteza quanto ao prazo de pagamento das situações contingentes

provisionadas, não foi considerado qualquer desconto temporal.

Apresenta-se a seguir uma descrição mais pormenorizada da natureza das obrigações em causa:

Contingências fiscais: existe a obrigação presente resultante de eventos passados onde seja provável

o futuro dispêndio de recursos relacionada com impostos sobre os lucros.

Provisões para garantias e compromissos: existe a obrigação presente resultante de eventos

passados onde seja provável o futuro dispêndio de recursos relacionada com a prestação de

garantias e compromissos.

Outras provisões: existe a obrigação presente resultante de eventos passados onde seja provável o

futuro dispêndio de recursos (processos judiciais contra o Grupo e outros riscos bancários), das

quais:

− Processos judiciais: provisões com base nos processos e avaliação de probabilidade de

condenação com base na informação de Advogados.

− Reestruturação: quando reunidas as condições de reconhecimento e determinação do tipo de

custos incluídos.

O Banif Plus Bank iniciou um processo de avaliação do impacto de uma nova lei aprovada, no mês de

Julho, pelo Parlamento húngaro (Act No. XXXVIII of 2014), relativa, entre outros aspectos, à utilização

por parte da banca de spreads de compra e venda de divisa no âmbito dos empréstimos concedidos a

clientes em moeda estrangeira, e eventual necessidade de ressarcir os clientes devido a essas

práticas.

Operações não incluídas no balanço:

- As garantias prestadas correspondem aos seguintes valores nominais registados em contas

extrapatrimoniais:

Descrição 30-06-2014 31-12-2013

Garantias prestadas (das quais:) 370.090 385.519

Garantias e avales 353.416 372.194

Créditos documentários abertos 16.674 13.325

194

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- As contingências e outros compromissos assumidos perante terceiros, não reconhecidos nas

Demonstrações Financeiras com referência a 30 de Junho de 2014 e 31 de Dezembro de 2013,

apresentam a seguinte composição:

Os “Activos dados em garantia” correspondem a títulos cedidos em repo’s e Obrigações do Tesouro,

que se encontram a caucionar os compromissos irrevogáveis com o Fundo de Garantia de Depósitos,

o Sistema de Indemnização aos Investidores, o Crédito Intradiário junto do Banco de Portugal e as

operações de refinanciamento com o Banco Central Europeu.

25. INSTRUMENTOS REPRESENTATIVOS DE CAPITAL

A rubrica “Instrumentos representativos de capital” corresponde a instrumentos de Capital Core Tier

1 subscritos pelo Estado (“República Portuguesa”) em 25 de Janeiro de 2013, no montante de 400

milhões de Euros, com taxa de juro anual inicial de 9,5%, a ser acrescida de 25 pontos base nos dois

primeiros anos e de 50 pontos base nos períodos posteriores, estando previsto o reembolso do

instrumento híbrido em três tranches, a Junho de 2013 (150 milhões de euros) e Dezembro de 2013

(125 milhões de euros), e a Dezembro de 2014 (125 milhões de euros). No caso de se manifestar

impossível o reembolso da totalidade do instrumento híbrido, a parcela não reembolsada será

convertida em acções especiais com direito de voto.

Em 29 de Agosto de 2013, após autorização do Banco de Portugal para o efeito, em conformidade com

o previsto no ponto 7 dos Termos e Condições dos Instrumentos de Capital Core Tier 1 subscritos pelo

Estado Português e constantes do anexo ao Despacho do Ministério das Finanças n.º 1527‐B/2013, de

23 de Janeiro, o Banif concretizou a recompra de 150 milhões de euros destes instrumentos.

Em 11 de Abril de 2014, após autorização do Banco de Portugal para o efeito, em conformidade com o

previsto no ponto 7 dos Termos e Condições dos Instrumentos de Capital Core Tier 1 subscritos pelo

Estado Português e constantes do anexo ao Despacho do Ministério das Finanças n.º 1527‐B/2013, de

23 de Janeiro, o Banif concretizou a recompra de 125 milhões de euros destes instrumentos.

O valor de balanço, em 30 de Junho de 2014, corresponde a 125 milhões de euros de CoCo’s acrescidos

de 5.158 milhares de euros de juros corridos.

Descrição 30-06-2014 31-12-2013

Outros passivos eventuais (dos quais:) 4.449.964 6.513.257

Fianças e Indemnizações - - Activos dados em Garantia 4.449.964 6.513.257

Compromissos perante terceiros (dos quais:) 676.029 680.592

Compromissos irrevogáveis 129.822 191.346

Compromissos revogáveis 546.207 489.246

5.125.993 7.193.849

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26. OUTROS PASSIVOS SUBORDINADOS

Esta rubrica tem a seguinte composição por entidade emitente:

Em 30 de Junho de 2014, os passivos emitidos pelo Grupo, apresentam as seguintes condições:

Estes passivos subordinados têm cláusulas de reembolso antecipado por opção do emitente (“call

option”), ao par, total ou parcialmente, mediante pré-aviso em qualquer data de pagamento de juros,

após autorização prévia do Banco de Portugal, ou quando estes instrumentos deixem de se qualificar

para efeitos de fundos próprios complementares.

Descrição 30-06-2014 31-12-2013

Banif - Banco de Investimento 17.178 17.178

Banco Mais 6.000 6.000

Banif - Banco Internacional do Funchal 130.398 130.598

Banif Finance Ltd 64.449 64.449

Detidos pelo Banif - Grupo Financeiro (40.037) (40.037)

177.988 178.188

Encargos Financeiros e encargos diferidos (20.825) (23.870)

157.163 154.318

DenominaçãoData de emissão

Data de reembolso

Taxa de juroValor em

circulaçãoDetidas pelo

GrupoValor

balanço

Banif - Banco de Investimento 2006 - 2016 29-06-2006 29-06-2016Primeiros 5 anos: Euribor 6 meses acrescido 0,875%,

restantes anos: Euribor 6 meses acrescido 1,15%15.000 (15.000) -

Banif - Banco de Investimento 2007 - perpétua 05-05-2007 perpétua Euribor 3 meses acrescida 1,35% 2.178 (726) 1.452

Banif - Banco Internacional do Funchal 2005 - 2015 30-12-2005 30-12-2015até 30/12/2010: Euribor 3 meses acrescida 0,75%; restante

período: Euribor 3 meses acrescida 1,25%16.190 - 16.190

Banif - Banco Internacional do Funchal 2006 - perpétua 22-06-2006 perpétuaaté 22/12/2014: Euribor 3 meses acrescida 1%, restante

período: Euribor 3 meses acrescida 2%2.769 (2.769) -

Banif - Banco Internacional do Funchal 2006 - 2016 22-12-2006 22-12-2016até 22/12/2011: Euribor 3 meses acrescida 0,75%, restante

período: Euribor 3 meses acrescida 1,25%5.040 (5.040) -

Banif - Banco Internacional do Funchal SFE 2007 22-12-2007 perpétuaaté 22/12/2016: Euribor 3 meses acrescida 1,37%, restante

período: Euribor 3 meses acrescida 2,37%3.080 (3.080) -

Banif - Banco Internacional do Funchal 2008 - 2018 18-08-2008 18-08-20181º ano: 6,25%; até 11º cupão: Euribor 6 meses acrescido 1%,

restante período: Euribor 6 meses acrescido 1,15%14.900 (507) 14.393

Banif - Banco Internacional do Funchal 2009 - 2019 30-06-2009 31-12-2019até 30/06/2014: 4,5%, restante período: Euribor 6 meses

acrescida 2,75%9.633 - 9.633

Banif 2012 - 2019 09-01-2012 09-01-2019até 09/01/2017: taxa fixa de 6,875%, restante período:

7,875% - emissão a 70%52.940 - 52.940

BBCA 2006 - 2016 23-10-2006 23-10-2016primeiros 5 anos: Euribor 6 meses acrescido 1%, restantes

anos: Euribor 6 meses acrescido 1,25%14.242 (1.488) 12.754

BBCA 2007 - 2017 25-09-2007 25-09-2017 até ao 11º cupão: Euribor 6 meses acrescido 1%, restantes

anos: Euribor 6 meses acrescido 1,25%7.739 (613) 7.126

BBCA 2008 - perpétua 30-06-2008 perpétuaaté 28/12/2017: Euribor 3 meses acrescida 3,0362%, restante período: Euribor 3 meses acrescida 4,0362%

3.865 (3.865) -

Banif Go 2005 -2015 (Banif Mais) 30-06-2005 30-06-2015 Euribor 12 meses acrescida 1,5% 6.000 (6.000) -

Banif Finance 2004 - 2014 29-12-2004 29-12-2014até ao 21º cupão: Euribor 3 meses acrescida 0,80%; restante

período: Euribor 3 meses acrescido 1,30%8.163 (500) 7.663

Banif Finance 2006 - perpétua 22-12-2006 perpétuaaté 22 de Dezembro de 2016: Euribor 3 meses acrescido

1,37%; restante período: Euribor 3 meses acrescido 2,37%3.080 - 3.080

Banif Finance 2006 - 2016 22-12-2006 22-12-2016até 22 de Dezembro de 2011: Euribor 3 meses acrescido

0,75%; restante período: Euribor 3 meses acrescido 1,25%. 5.040 - 5.040

Banif Finance 2009 - 2019 31-12-2009 31-12-2019 3%, Passivo emitido a 75% e 50% 48.166 (449) 47.717

218.025 (40.037) 177.988

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27. OUTROS PASSIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

A rubrica “Fundos de Investimento” reflecte as unidades de participação dos fundos de

investimento, que estão incluídos no perímetro de consolidação, detidas por entidades externas ao

Grupo. A IAS 32 indica que, apesar de se tratar de interesses residuais nesses fundos, os mesmos

configuram uma obrigação do Grupo (através do fundo de investimento) liquidar estas

responsabilidades se assim exigido pelos detentores das unidades de participação (“puttable

interest”).

28. OPERAÇÕES DE CAPITAL PRÓPRIO

Em 30 de Junho de 2014 e 31 de Dezembro de 2013, as rubricas de Capital Próprio apresentam a

seguinte composição:

O capital social é constituído por 115.640.000.000 acções, sem valor nominal, encontrando-se

totalmente realizado.

Em 4 de Junho de 2014, foi registado na Conservatória do Registo Comercial o aumento de capital

social no montante de 138.504.779,57 euros, por novas entradas em dinheiro, através de subscrição

Descrição 30-06-2014 31-12-2013

Credores e Outros Recursos 58.164 46.776Por gastos com pessoal 25.338 28.155Por gastos gerais administrativos 911 2.009Outros juros e encargos similares - -Operações sobre valores mobiliários a regularizar 1.388 240De garantias prestadas o outros passivos eventuais - -Posição cambial 1.035 5.510Sector público administrativo 20.205 23.785Fundos de Investimento 30.573 33.556Outros 156.410 79.292

294.024 219.323

Descrição 30-06-2014 31-12-2013

Capital 1.720.700 1.582.195

Prémios de emissão 199.765 199.765

Outros instrumentos de capital - -

Acções próprias (5) (6)

Reservas de reavaliação 62.126 (18.774)

Reserva Legal 50.727 50.727

Outras reservas e resultados transitados (livres) (1.004.365) (533.758)

Resultado do exercício (97.707) (470.273)

Dividendos antecipados - -

Interesses que não controlam 70.695 69.697

1.001.936 879.573

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pública, sendo o capital da sociedade aumentado para 1.720.700.000 euros, representado por

115.640.000.000 acções sem valor nominal.

As reservas de reavaliação (liquida de impostos) apresentam a seguinte composição:

- Activos disponíveis para venda: 72.685 milhares de euros (45 milhares de euros

em 2013). A variação desta rubrica (valores líquidos de impostos) corresponde

a: transferência para resultados no montante de -1.094 milhares de euros,

valorização justo valor no montante de 70.195 milhares de euros e

transferência para imparidade de 3.539 milhares de euros.

- Reavaliação Imóveis serviço próprio: 16.740 milhares de Euros (16.743 milhares

de Euros em 2013)

- Perdas actuariais: -23.351 milhares de Euros (-24.263 milhares de Euros em

2013). Em 2014, foram reclassificados 912 milhares de euros da rubrica “outras

reservas e resultados transitados” para a rubrica “Reservas de reavaliação”.

- Reservas associadas a diferenças cambiais: -3.948 milhares de Euros (-11.299

milhares de euros em 2013)

A análise sobre capital regulamentar encontra-se apresentada na análise às contas consolidadas.

29. INTERESSES QUE NÃO CONTROLAM

Em 30 de Junho de 2014 e 31 de Dezembro de 2013, a rubrica de interesses que não controlam

apresenta a seguinte composição:

30-06-2014 31-12-2013 30-06-201430-06-2013 reexpresso

Valor balanço Valor balanço Resultado Resultado

Banif Mais SGPS 44.172 44.261 (1.665) (1.294)

Banif Finance 13.986 13.987 - -

Banco Caboverdiano de Negocios 6.882 6.579 (273) (406)

Banif Bank (Malta) 4.877 4.778 (72) 21

Açortur - Investimentos Turísticos dos Açores 3.488 3.539 48 48

Investaçor Hoteis SA 2.620 2.780 121 93

Investaçor SGPS SA 2.385 2.326 23 37

Banif Açor Pensões 1.898 1.797 (74) (59)

Tiner Polska 836 838 1 (1)

Turotel - turismo e Hóteis dos Açores 230 363 92 82

Hotel Pico 434 435 1 1

Banif Financial Services Inc 23 25 1 3

Gestarquipark 11 (6) (11) (14)

Beta Securitizadora 1 1 - -

Wil (140) (117) 22 1

Banif Banco Internacional do Funchal (Brasil) 11 (1.630) 56 430

Banif International Holdings (2.468) (1.700) 74 191

Banif Forfaiting Company (2.787) (2.673) 258 128

Banif Finance (USA) (6.003) (5.864) 213 1.462

Banif Real Estate Polska 3 - (3) (4)

Banif - Banco de Investimento (Brasil) 4 18 14 50

Santa Ester 71 (197) - -

Pithecia 34 40 - -

Banif Real Estate Brasil 127 117 - -

Indigo - - - 12

70.695 69.697 (1.174) 781

Entidade

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A rubrica de interesses que não controlam relativos à Banif Finance é constituído por:

- Emissão, em 22 de Dezembro de 2004, de Acções Preferenciais Perpétuas Garantidas com

um valor de liquidação preferencial unitário de 1.000 euros, no montante de 75 milhões

de euros. Os dividendos preferenciais são pagos aos detentores das acções preferenciais,

se e quando declarado pelo Conselho de Administração do Grupo, trimestral e

postecipadamente. A Banif Finance poderá proceder ao reembolso antecipado da

emissão, total ou parcialmente, pelo seu valor de liquidação preferencial (“call option”),

em qualquer data de pagamento de dividendos a partir da primeira data de reembolso

(22 de Dezembro de 2014), acrescido: (i) de uma quantia correspondente ao dividendo

preferencial acumulado e não pago respeitante ao período de dividendo preferencial

mais recente, declarado ou não, até à data fixada para o reembolso, e (ii) de quaisquer

quantias adicionais, desde que previamente autorizado pelo Banco de Portugal, pelo

Garante da Emissão (Banif – Banco Internacional do Funchal), e em conformidade com os

requisitos da Lei das Ilhas Cayman. Foram efectuadas recompras no montante de 72,2

milhões de Euros.

- Emissão, em 28 de Dezembro de 2007, de Acções Preferenciais Perpétuas Garantidas com

um valor de liquidação preferencial unitário de 1.000 euros, no montante de 25 milhões

de euros. Os dividendos preferenciais são pagos aos detentores das acções preferenciais,

se e quando declarado pelo Conselho de Administração do Grupo, trimestral e

postecipadamente. A Banif Finance poderá proceder ao reembolso antecipado da

emissão, total ou parcialmente, pelo seu valor de liquidação preferencial (“call option”),

em qualquer data de pagamento de dividendos a partir da primeira data de reembolso

(28 de Dezembro de 2017). O exercício deste reembolso está sujeito ao consentimento

prévio do Banco de Portugal e aos requisitos da Lei das Ilhas Cayman Foram efectuadas

recompras no montante de 22,0 milhões de euros.

- Emissão, em 29 de Dezembro de 2008, de Acções Preferenciais Perpétuas Garantidas com

um valor de liquidação preferencial unitário de 1.000 Euros, no montante de 20 milhões

de Euros. Os dividendos preferenciais são pagos aos detentores das acções preferenciais,

se e quando declarado pelo Conselho de Administração do Grupo, trimestral e

postecipadamente. A Banif Finance poderá proceder ao reembolso antecipado da

emissão, total ou parcialmente, pelo seu valor de liquidação preferencial (“call option”),

em qualquer data de pagamento de dividendos a partir da primeira data de reembolso

(29 de Dezembro de 2018). O exercício deste reembolso está sujeito ao consentimento

prévio do Banco de Portugal e aos requisitos da Lei das Ilhas Cayman. Foram efectuadas

recompras da totalidade da emissão no montante de 20 milhões de euros em 2012.

- Emissão, em 29 de Dezembro de 2008, de Acções Preferenciais Perpétuas Garantidas com

um valor de liquidação preferencial unitário de 1.000 Euros, no montante de 35 milhões

de Dólares Americanos. Os dividendos preferenciais são pagos aos detentores das acções

preferenciais, se e quando declarado pelo Conselho de Administração do Grupo,

trimestral e postecipadamente. A Banif Finance poderá proceder ao reembolso

antecipado da emissão, total ou parcialmente, pelo seu valor de liquidação preferencial

199

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

(“call option”), em qualquer data de pagamento de dividendos a partir da primeira data

de reembolso (29 de Dezembro de 2018). O exercício deste reembolso está sujeito ao

consentimento prévio do Banco de Portugal e aos requisitos da Lei das Ilhas Cayman.

Foram efectuadas recompras da totalidade da emissão no montante de 35 milhões de

Dólares Americanos em 2012.

- Emissão, em 31 de Dezembro de 2008, de Acções Preferenciais Perpétuas Garantidas com

um valor de liquidação preferencial unitário de 1.000 Euros, no montante de 25 milhões

de Euros. Os dividendos preferenciais são pagos aos detentores das acções preferenciais,

se e quando declarado pelo Conselho de Administração do Grupo, trimestral e

postecipadamente. A Banif Finance poderá proceder ao reembolso antecipado da

emissão, total ou parcialmente, pelo seu valor de liquidação preferencial (“call option”),

em qualquer data de pagamento de dividendos a partir da primeira data de reembolso

(31 de Dezembro de 2018). O exercício deste reembolso está sujeito ao consentimento

prévio do Banco de Portugal e aos requisitos da Lei das Ilhas Cayman. Foram efectuadas

recompras da totalidade da emissão no montante de 25 milhões de Euros em 2012.

- Emissão, em 30 de Junho de 2009, de Acções Preferenciais Perpétuas Garantidas com um

valor de liquidação preferencial unitário de 1.000 dólares, no montante de 15 milhões de

Dólares Americanos. Os dividendos preferenciais são pagos aos detentores das acções

preferenciais, se e quando declarado pelo Conselho de Administração do Grupo, anuais e

postecipadamente. A Banif Finance poderá proceder ao reembolso antecipado da emissão

total, pelo seu valor de liquidação preferencial (“call option”), em qualquer data de

pagamento de dividendos a partir da primeira data de reembolso (30 de Junho de 2019).

O exercício deste reembolso está sujeito ao consentimento prévio do Banco de Portugal e

aos requisitos da Lei das Ilhas Cayman. Foram efectuadas recompras no montante de 4,7

milhões de Dólares Americanos.

- Emissão, em 30 de Junho de 2009, de Acções Preferenciais Perpétuas Garantidas com um

valor de liquidação preferencial unitário de 1.000 Euros, no montante de 10 milhões de

Euros. Os dividendos preferenciais são pagos aos detentores das acções preferenciais, se

e quando declarado pelo Conselho de Administração do Grupo anualmente. A Banif

Finance poderá proceder ao reembolso antecipado da emissão, total ou parcialmente,

pelo seu valor de liquidação preferencial (“call option”), em qualquer data de pagamento

de dividendos a partir da primeira data de reembolso (30 de Junho de 2019). O exercício

deste reembolso está sujeito ao consentimento prévio do Banco de Portugal e aos

requisitos da Lei das Ilhas Cayman. Foram efectuadas recompras no montante de 9,1

milhões de euros.

200

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30. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES E JUROS E ENCARGOS SIMILARES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31. RENDIMENTOS E ENCARGOS COM COMISSÕES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Descrição 30-06-201430-06-2013 Reexpresso

30-06-2013

Juros e rendimentos Similares Juros de disponibilidades 118 349 346 Juros de aplicações em IC 719 2.629 3.233 Juros de crédito a clientes 172.034 194.259 239.233 Juros de crédito vencido 7.832 11.415 11.508 Juros e rendimentos similares de outros activos 662 2.585 2.585 Juros de activos financeiros detidos para negociação 9.743 10.129 14.844 Juros de outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 2 11 11 Juros de activos financeiros disponíveis para venda 26.425 26.598 27.955 Juros de activos com acordo de recompra 3.313 220 220 Juros de investimentos detidos até à maturidade 180 330 330 Comissões recebidas associadas ao custo amortizado 3.845 4.182 4.679

224.873 252.707 304.944

Juros e encargos Similares Juros de recursos de bancos centrais 2.853 9.980 10.039 Juros de recursos de outras IC 6.123 7.258 8.741 Juros de recursos de clientes 79.437 101.205 109.601 Juros de emprestimos 81 58 58 Juros responsabilidades representadas por títulos sem caracter subordinado 35.198 34.403 53.676 Juros e encargos similares de outros passivos financeiros 5.127 6.791 9.325 Juros de passivos subordinados 15.397 23.640 23.674 Comissões pagas associadas ao custo amortizado 5.988 5.148 5.148 Outros 8.610 13.067 16.666

158.814 201.550 236.928

Margem financeira estrita 66.059 51.157 68.016

Descrição 30-06-201430-06-2013 Reexpresso

30-06-2013

Rendimentos com comissões Garantias prestadas 4.086 5.269 5.384 Operações de crédito 886 488 800 Anuidades 2.091 1.941 1.996 Gestão de cartões 5.314 5.681 6.034 Transferência de valores 562 245 295 Organismos de investimento colectivo em valores mobiliários 1.633 1.731 1.731 Administração de valores 236 - 508 Cobrança de valores 1.872 2.021 2.185 Depósito e guarda de valores 184 188 188 Outros serviços prestados 5.309 5.426 5.947 Outras comissões recebidas 21.411 25.186 25.115

43.584 48.176 50.183

Encargos com comissões Garantias recebidas 4.873 5.178 5.189 Por outros serviços recebidos 4.203 4.780 5.071 Outras comissões pagas 1.128 1.251 1.425

10.204 11.209 11.685

201

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32. RESULTADOS EM OPERAÇÕES FINANCEIRAS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

O Grupo reconheceu no 1.º Semestre de 2014 o montante de 90,7 milhões de euros (32,4 milhões de

euros no 1.º Semestre de 2013) de mais-valias obtidas na alienação de títulos de rendimento fixo de

divida pública portuguesa.

33. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ACTIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

As rubricas de alienação de outros activos não financeiros correspondem a alienação de activos

imobiliários.

A alienação de subsidiárias corresponde à alienação da sociedade Espaço 10.

A rubrica de ganhos na alienação de crédito a clientes corresponde à alienação de carteira de crédito

vencido (Banco Banif Mais: valor nominal de 43 milhões de euros) e carteira de writte offs (Banif SA:

valor nominal de 485 milhões de euros e Banco Banif Mais: valor nominal de 26 milhões de euros).

Descrição 30-06-201430-06-2013 Reexpresso

30-06-2013

Ganhos em operações financeiras

Ganhos em outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 2.190 827 833 Ganhos em activos financeiros detidos para negociação 7.611 45.228 83.332 Ganhos em activos financeiros disponíveis para venda 90.924 36.192 36.255 Ganhos em diferenças cambiais 36.425 75.524 76.094

137.150 157.771 196.514

Perdas em operações financeiras

Perdas em outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 11.826 2.149 2.474 Perdas em activos financeiros detidos para negociação 6.251 46.794 79.134 Perdas em activos financeiros disponíveis para venda 281 84 85 Perdas em diferenças cambiais 37.098 75.298 84.921

55.456 124.325 166.614

Descrição 30-06-201430-06-2013 Reexpresso

30-06-2013

Outros proveitos Ganhos na alienação de outros activos não financeiros 1.164 - - Ganhos na alienação de subsidiárias 483 - - Activos não correntes detidos para venda - - - Ganhos em investimentos detidos até à maturidade - - - Ganhos na alienação de crédito a clientes 41.451 - -

43.098 - -

Outros custos Perdas na alienação de outros activos não financeiros 6.534 - - Perdas na alienação de crédito a clientes 822 - - Perdas em investimentos detidos até à maturidade - - - Perdas na alienação de subsidiárias - - -

7.356 - -

202

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34. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

A rubrica “Outros proveitos” inclui proveitos do ramo hoteleiro (subgrupo Investaçor). A

rubrica”Outros custos” inclui os custos com a recuperação de crédito vencido.

35. CUSTOS COM PESSOAL

Esta rubrica tem a seguinte composição:

No 1.º Semestre de 2014, o Grupo registou nesta rubrica o montante de 9.110 milhares de euros (375

milhares de Euros no 1.º Semestre de 2013) referentes a indemnizações por rescisão de contrato de

trabalho.

Descrição 30-06-201430-06-2013 Reexpresso

30-06-2013

Outros proveitos Prestação de Serviços 5.316 5.277 5.283 Recuperação de crédito e juros 4.312 4.052 4.352 Reembolso de despesas 2.998 4.480 4.671 Renda de locação operacional 1.327 3.074 3.074 Propriedades de investimento 1.060 921 922 Ativos Tangiveis 284 2.090 2.726 Ativos não correntes detidos para venda - 623 623 Rendas 10.763 11.826 11.826 Outros proveitos 10.377 5.646 9.972

36.437 37.989 43.449

Outros custos Quotizações e donativos 192 178 178 Contribuições para FGD e FGCAM 1.494 2.743 4.114 Outros impostos 5.769 5.808 6.887 Propriedades de investimento 11.823 5.314 5.314 Ativos Tangiveis 1.601 167 738 Ativos não correntes detidos para venda - 4.436 4.436 Outros custos 17.134 14.237 15.818

38.013 32.883 37.485

Descrição 30-06-201430-06-2013 Reexpresso

30-06-2013

Remuneração dos orgãos de gestão e fiscalização 1.629 1.884 3.084Remuneração de empregados 42.047 44.450 52.123

43.676 46.334 55.207

Encargos sociais obrigatórios: Encargos relativos a remunerações 12.019 11.907 13.924 Encargos com pensões: - Plano de beneficio definido 1.473 1.530 1.530 Outros encargos sociais 1.018 875 876

14.510 14.312 16.330

Outros custos com pessoal 9.736 1.117 2.187

67.922 61.763 73.724

203

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36. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

37. IMPARIDADE EM CRÉDITO E OUTROS ACTIVOS

O movimento ocorrido na rubrica de Imparidade em Crédito a Clientes no período findo em 30 de

Junho de 2014 foi o seguinte:

No 1.º Semestre de 2014, o Grupo recuperou o montante de 3.140 milhares de euros de créditos

incobráveis (2.725 milhares de euros no 1.º Semestre de 2013).

O movimento ocorrido na rubrica de Imparidade para os seguintes activos no período findo em 30 de

Junho de 2014 foi o seguinte:

Descrição 30-06-201430-06-2013 Reexpresso

30-06-2013

Serviços especializados 13.081 16.109 20.553Comunicações 2.625 3.363 4.038Publicidade e edição de publicações 2.463 2.371 2.850Deslocações, estadas e representação 1.304 1.196 1.505Conservação e reparação 3.080 4.151 4.309Água, energia e combustíveis 2.555 2.808 3.052Rendas e alugueres 3.639 2.990 4.354Seguros 1.022 1.184 1.363Transportes 550 584 810Material de consumo corrente 182 232 368Formação de pessoal 95 93 106Outros 5.828 4.647 9.048

36.424 39.728 52.356

Imparidade em crédito concedido 1.160.217 256.947 (106.417) (133.949) 1.176.798Aplicações em Instituições crédito 33 1.651 - - 1.684

1.160.250 258.598 (106.417) (133.949) 1.178.482

Utilizações e regularizações

Reversões e recuperações

Saldo em 30-06-2014

DescriçãoSaldo em

31-12-2013Reforços

DescriçãoSaldo em

31-12-2013Reforços

Utilizações e regularizações

Reversões e recuperações

Saldo em 30-06-2014

Activos Financeiros disponíveis para venda 51.386 17.100 (622) (8) 67.856Activos não correntes detidos para venda 48.480 3.445 (1.117) (2.717) 48.091Outros activos Tangíveis 22.026 282 (95) (29) 22.184Goodwill 314 - - - 314Devedores e outras aplicações 61.960 8.564 (1.746) (1.351) 67.427

184.166 29.391 (3.580) (4.105) 205.872

204

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

38. ACTIVOS E PASSIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

39. JUSTO VALOR DE INSTRUMENTOS FINANCEIROS

Instrumentos financeiros ao justo valor

Nos quadros seguintes, apresenta-se uma análise das categorias de instrumentos financeiros

reconhecidos ao justo valor nas demonstrações financeiras com referência a 30 de Junho de 2014 e

31 de Dezembro de 2013 e respectivos métodos de valorização:

Na construção dos quadros acima foram utilizados os seguintes pressupostos:

− Valores de mercado ou cotação (Nível 1): nesta coluna foram incluídos os instrumentos

financeiros valorizados com base em cotações de mercado activo;

− Análise de mercado (Nível 2): Nesta coluna estão incluídos instrumentos financeiros que são

valorizados com base em variáveis observáveis de mercado. Estão incluídos neste nível,

unidades de participação em fundos de investimento mobiliários valorizados de acordo com o

NAV publicado dos mesmos e obrigações sem cotação em mercado activo;

30-06-2014 31-12-2013

Imparidade para crédito 90.628 76.166

Prejuízos fiscais reportáveis 97.993 93.663

valorizaçoes não aceites para efeitos fiscais (20.129) 8.516

Beneficios de empregados 15.623 15.600

outros (8.325) (1.867)

175.790 192.078

O movimento do imposto diferido é analisado como segue:

Saldo em 1 de Janeiro 2014 192.078

Reconhecido em resultados 4.671

Reconhecido em reservas (20.959)

Saldo em 30 de Junho de 2014 175.790

30-06-2014 31-12-2013 30-06-2014 31-12-2013 30-06-2014 31-12-2013 30-06-2014 31-12-2013Activos

Activos financeiros detidos para negociação - nota 7 14.204 19.170 22.720 16.229 5.381 4.687 42.305 40.086Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados - nota 8 12.751 10.835 5.803 15.836 24.046 47.015 42.600 73.686Activos financeiros disponíveis para venda - nota 9 1.679.879 1.442.821 - - 344.322 339.220 2.024.201 1.782.041

Passivos

Passivos financeiros detidos para negociação - nota 7 - - 31.159 28.785 - - 31.159 28.785Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados - nota 20 - - 12.471 12.393 - - 12.471 12.393

Descrição

Técnicas de AvaliaçãoValor de mercado ou

cotaçãoAnálise de mercado Outras Total

205

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

− Outras (Nível 3): Nesta coluna estão incluídos instrumentos financeiros que são valorizados

com recurso a variáveis não observáveis em mercado. Estão incluídos neste nível, acções não

cotadas e unidades de participação em fundos de investimento imobiliário.

Os instrumentos de capital não cotados, reconhecido em Activos financeiros disponíveis para venda

ao custo de aquisição, por não ser possível determinar valorizações fiáveis, encontram-se na coluna

“outras”.

A reconciliação entre saldos de abertura e saldos de fecho do nível 3 é a seguinte:

De referir que os montantes de aquisições no quadro acima, são relativos essencialmente a activos

recebidos no âmbito de cedência de créditos.

O justo valor segue as políticas definidas na Nota 2.12.2.

Nos modelos de valorização internos dos instrumentos financeiros de negociação e ao justo valor

através de resultados, as taxas de juro de mercado são apuradas com base em informação

difundida pela Bloomberg. Os prazos até um ano são referentes às taxas de mercado do mercado

monetário interbancário, enquanto os prazos superiores a um ano são através das cotações dos

swaps de taxa de juro. A curva de taxa de juro obtida é ainda ajustada contra os valores dos

futuros de taxa de juro de curto prazo. As taxas de juro para os prazos específicos são

determinadas por métodos de interpolação. As mesmas curvas de taxa de juro são ainda utilizadas

na projecção dos fluxos de caixa não determinísticos como por exemplo os indexantes.

40. SALDOS E TRANSACÇÕES COM ENTIDADES RELACIONADAS

No curso normal da sua actividade financeira, o Grupo efectua transacções com partes relacionadas.

Estas incluem créditos e aplicações bancárias, depósitos, suprimentos, garantias e outras operações

e serviços bancários.

31-12-2013 Total (perdas)/ganhos

Variação Reservas de Reavaliação Aquisições Alienações Reclassificaçoes Imparidade

Transferências de níveis 30-06-2014

Activos financeiros detidos para negociação Instrumentos de dívida - - - 722 - - - - 722 Instrumentos de capital 4.687 (28) - - - - - - 4.659

Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 47.015 (723) - 471 - (22.717) - - 24.046

Activos financeiros disponíveis para Venda Instrumentos de capital 339.220 105 886 20.943 (1.556) - (15.276) - 344.322

206

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

O saldo dessas transacções com partes relacionadas no balanço e respectivos custos e proveitos no

período são os seguintes:

As transacções com entidades relacionadas são analisadas de acordo com os critérios aplicáveis a

operações similares com terceiras entidades e são realizadas em condições normais de mercado.

Estas operações estão sujeitas à aprovação do Conselho de Administração.

As partes relacionadas do Banif - Grupo Financeiro são as seguintes:

Elementos chave de gestão:

Dr. Luís Filipe Marques Amado

Dr. Jorge Humberto Correia Tomé

Dr.ª Maria Teresa Henriques da Silva Moura Roque

Dr. Vítor Manuel Farinha Nunes

Dr. Nuno José Roquette Teixeira

Dr. João Paulo Pereira Marques de Almeida

Dr. João José Gonçalves de Sousa

Dr. António Carlos Custódio de Morais Varela

Dr. Fernando Mário Teixeira de Almeida

Dr. António Ernesto Neto da Silva

Dr. Thomaz de Mello Paes de Vasconcellos

Dr. Issuf Ahmad

Membros próximos da família dos Elementos chave de gestão:

Marta do Patrocínio Oliveira de Castro Amado

Carlos António de Castro Amado

Maria Carolina de Castro Amado

Isabel Maria da Silva Pedro Gomes

Carolina Pedro Gomes Tomé

Lorenzo Roque Dal Fabbro

Bianca Maria Roque Dal Fabbro

Maria José Botelho de Vasconcellos e Melo de Morais Varela

Matilde de Vasconcellos Morais Varela

Descrição

30-06-2014 31-12-2013 30-06-2014 31-12-2013 30-06-2014 31-12-2013 30-06-2014 31-12-2013

Crédito e aplicações 330 780 527 528 89.125 83.941 149.330 159.435Depósitos 599 494 310 470 11.192 29.880 2.307 12.579Suprimentos - - - - 13.682 13.845 6.961 7.299Emprestimos obtidos - - - - - - - - Garantias prestadas - - - - 1.963 1.761 11.026 11.699

30-06-2014 30-06-2013 30-06-2014 30-06-2013 30-06-2014 30-06-2013 30-06-2014 30-06-2013

Comissões e serviçoes prestados 1 1 - - 560 513 143 273Juros e encargos similares 8 13 10 21 180 1.466 1.827 985Juros e Rendimentos similares 4 5 2 5 1.016 1.454 3.505 4.332

Elementos chave de gestão

Membros próximos da família dos Elementos

chave de gestãoAssociadas Outras Entidades

207

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

João de Vasconcellos Morais Varela

Francisco de Vasconcellos Morais Varela

Maria Luísa Pereira Silva Sousa

João Nuno da Silva e Sousa

Joana Filipa da Silva e Sousa

Helena Veiga Martins de Almeida

Catarina Martins Marques de Almeida

Margarida Martins Marques de Almeida

Sara Dolores Militão Silva de Cima Sobral Roquette Teixeira

Maria Cima Sobral Roquette Teixeira

José Maria Cima Sobral Roquette Teixeira

Isabel Maria Cima Sobral Roquette Teixeira

Ana Cristina dos Santos de Figueiredo e Sousa Nunes

Sofia Farinha de Figueiredo e Sousa Nunes

Tomás Farinha de Figueiredo e Sousa Nunes

Francisco Farinha de Figueiredo e Sousa Nunes

Maria Cláudia Gonçalves Teixeira de Almeida

Patricia Maria Gonçalves Teixeira de Almeida

Maria Inês Gonçalves Teixeira de Almeida

João Fernando Gonçalves Teixeira de Almeida

Filipe Jorge de Figueiredo Neto da Silva

Ana Isabel de Figueiredo Neto da Silva

Inês Tria Neto da Silva

Laura Fátima R. S. C. Paes Vasconcellos

Tomás Remartinez Paes Vasconcellos

Carolina Remartinez Paes Vasconcellos

Sara Noorbibi Pinto Ahmad

Sofia Pinto Ahmad

Isaac André T. A. Ahmad

Entidades Associadas:

Rentipar Seguros, S.G.P.S., S.A.

Companhia de Seguros Açoreana, S.A.

Banca Pueyo

Inmobiliaria Vegas Altas, S.A.

MCO2 - SGFIM, S.A

Pedidos Liz, Lda

Outras Entidades:

Rentipar Financeira, SGPS, S.A.

Vestiban – Gestão e Investimentos, S.A.

208

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Auto-Industrial – Investimentos e Participações, SGPS, S.A.

Renticapital, Investimentos Financeiros, S.A.

Rentipar Investimentos, SGPS, S.A.

Rentipar Industria SGPS, S.A.

Rentiglobo, SGPS, S.A.

Empresa Madeirense de Tabacos

SIET – Sociedade Imobiliária de Empreendimentos Turísticos Savoi, S.A.

DISMADE – Distribuição de Madeira

VITECAF – Fabrica Rações da Madeira, S.A.

RAMA – Rações para Animais, S.A.

SODIPRAVE – Soc. Dist. De Produtos Avícolas

Avipérola

Aviatlântico – Avicultura, S.A.

SOIL, SGPS, S.A.

Rentimundi – Investimentos Imobiliários, S.A.

Mundiglobo – Habitação e Investimentos, S.A.

Habiprede – Sociedade de Construções

Genius – Mediação de Seguros, S.A.

Rentimedis – Mediação de Seguros, S.A.

MS MUNDI – Serviços Técnicos de Gestão e Consultoria, S.A.

RENTICONTROL – Controlo e Gestão de Contabilidade, S.A.

LDI – Desenvolvimento Imobiliário

Fundo de pensões de colaboradores do Grupo

FN Participações SGPS, SA

41. PLANO DE REESTRUTURAÇÃO

O Plano de Reestruturação do Grupo (“Plano”) tem sido objecto de discussões pormenorizadas e

prolongadas entre o Ministério das Finanças e a Direcção Geral de Concorrência (“DGCOM”) da

Comissão Europeia, tendo uma versão revista do Plano sido submetida no passado dia 6 de Junho de

2014 ao Ministério das Finanças para posterior apresentação à DGCOM. O Plano terá ainda de ser

submetido à aprovação final do colégio de comissários da Comissão Europeia. Sendo convicção do

Conselho de Administração do Banco que este venha a ser aprovado.

O Plano deverá: (i) demonstrar a viabilidade do Grupo a médio e longo prazo de uma forma autónoma e

robusta, sem qualquer apoio estatal; (ii) demonstrar a contribuição presente e futura do Grupo e dos

seus accionistas (excluindo o Estado Português) para os esforços de recapitalização e de

reestruturação; e (iii) incluir medidas destinadas a prevenir uma eventual distorção em termos de

concorrência que poderia verificar-se pelo facto de o Grupo receber fundos públicos do Estado

Português.

209

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

O cumprimento do Plano de Reestruturação implica a concretização de um processo de

transformação no Banif, para o que foi definido um amplo conjunto de iniciativas, a implementar

durante o período de reestruturação, transversal a todas as áreas e participadas do Grupo, tendo

sido, para este efeito, criado um Programme Management Office (“PMO”) dedicado a monitorizar e

garantir a rápida implementação das alterações necessárias para cumprir com o Plano.

Ao longo do ano de 2013 e no primeiro semestre de 2014 foram já visíveis os resultados de algumas as

iniciativas, nomeadamente ao nível de:

− Nova estrutura de gestão, com redução do número de administradores;

− Aumentos de capital realizados (EUR 450M);

− Nova estratégia comercial delineada, aprovada e implementada, centrada no segmentos

principais do Grupo, prestando serviços (i) às ilhas (Região Autónoma da Madeira e Região

Autónoma dos Açores), (ii) às comunidades portuguesas emigrantes, e (iii) às microempresas,

PMEs e clientes privados/de alto rendimento no continente;

− Aceleração do encerramento de pontos de venda, acima dos objectivos iniciais do Plano de

Reestruturação;

− Acordos com colaboradores para rescisões amigáveis de contrato, com consequente

aceleração do ritmo de saídas de colaboradores, acima dos objectivos iniciais do Plano de

Reestruturação;

− Conceptualização e implementação de melhorias ao nível das aplicações informáticas do

Banco.

Para lá destas iniciativas, cujos resultados têm sido visíveis, importa igualmente referir o lançamento

de várias outras iniciativas com cariz de transformação de maior complexidade, que exigiram um

trabalho preparatório aprofundado e cuja implementação deverá continuar a ocorrer no segundo

semestre de 2014.

Face à informação prospectiva de que dispõe actualmente sobre a rentabilidade, cash flows e níveis

de capital, e tendo como base o Plano, o Grupo considera estarem reunidos os meios para continuar a

desenvolver as iniciativas no sentido de atingir os objectivos que se propõe de reposicionar o Grupo

dentro do sistema financeiro nacional e potenciar a capacidade de geração orgânica de capital, com a

consequente criação de valor para os accionistas do Grupo, embora na presente data o referido Plano

se encontre pendente de aprovação pela Comissão Europeia.

210

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

42. RESULTADO POR ACÇÕES

Resultados por acção básicos

Resultados por acção diluídos

43. CONDIÇÕES ESPECIAIS SOBRE O RISCO SOBERANO DE PORTUGAL, GRÉCIA, IRLANDA, ESPANHA, ITÁLIA E

CHIPRE

O surgimento da crise das dívidas soberanas em alguns países levou a zona Euro, em conjunto com o

Fundo Monetário Internacional, a colocar em prática um conjunto de mecanismos de apoio, com vista

à formulação e implementação de planos de ajustamento na Grécia, e posteriormente para a Irlanda

e Portugal.

Em Fevereiro de 2012, foram anunciados os termos do acordo sobre o envolvimento do sector privado

na reestruturação da dívida pública grega, tendo resultado na troca dos títulos detidos pelo Banif em

Descrição 30-06-2014 31-12-2013

Básicos

Resultado do exercício de unidades operacionais em continuação (56.421) (373.365)

Numero médio ponderado de acções ordinárias emitidas 103.778.527.888 78.286.720.207

Resultado por acção básico (expresso em EUR por acção) (0,001) (0,005)

Descrição 30-06-2014 31-12-2013

Básicos

Resultado do exercício de unidades operacionais descontinuadas (41.286) (96.908)

Numero médio ponderado de acções ordinárias emitidas 103.778.527.888 78.286.720.207

Resultado por acção básico (expresso em EUR por acção) (0,000) (0,001)

Descrição 30-06-2014 31-12-2013

Diluídos

Resultado do exercício de unidades operacionais em continuação (56.421) (373.365)

N.º médio de acções: 123.253.666.010 110.503.459.933

Numero médio ponderado de acções ordinárias emitidas 103.778.527.888 78.286.720.207

VMOC's - 52.356.164

CoCo's, emitidos em 25/01/2013 19.475.138.122 32.164.383.562

Resultado por acção diluído (expresso em EUR por acção) (0,000) (0,003)

Descrição 30-06-2014 31-12-2013

Diluídos

Resultado do exercício de unidades operacionais descontinuadas (41.286) (96.908)

N.º médio de acções: 123.253.666.010 110.503.459.933

Numero médio ponderado de acções ordinárias emitidas 103.778.527.888 78.286.720.207

VMOC's - 52.356.164

CoCo's, emitidos em 25/01/2013 19.475.138.122 32.164.383.562

Resultado por acção diluído (expresso em EUR por acção) (0,000) (0,001)

211

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

31 de Dezembro de 2011, registados na carteira de Activos Disponíveis para Vendas, por novos títulos

emitidos pela Grécia.

O Banif decidiu aceitar os termos da troca, tendo registado uma perda de 558 milhares de euros em

2012, e atribuído um valor nulo aos títulos de remuneração contingente. De referir que em 2011 os

títulos da Grécia de acordo com as recomendações da ESMA, haviam sido contabilizados pelo seu justo

valor, e tinham sido registadas imparidades de 941 milhares de Euros.

Em Dezembro de 2012 foi lançado pelo governo grego, com o apoio do Fundo Europeu de Estabilidade

Financeira (FEEF), um programa de recompra de dívida. Este processo abrangia as obrigações com

maturidade entre 2023 e 2042, com excepção das “Detachable GDP-Linked Securities”, e cujos termos

de troca variavam consoante a maturidades dos títulos, entre um mínimo de 30,2 % até um máximo

de 40,1% do nominal. Em troca os privados receberam títulos do FEEF com maturidade em seis meses.

O Banif aceitou os termos da recompra apresentados, tendo registado uma mais-valia de 101 milhares

de euros em 2012 e mantido a imparidade da totalidade do nominal dos “Detachable GDP-Linked

Securities” no valor de 630 milhares de Euros (títulos já alienados pelo Grupo).

O plano de apoio à Irlanda foi adoptado em Novembro de 2010 e concluído em 2013, no valor de 85

milhares de milhões de euros e o plano para Portugal foi adoptado em Maio de 2011 e prevê um total

de 78 milhares de milhões de euros de apoio.

Com o agravamento em 2012 da crise das dívidas soberanas e dos sistemas bancários de alguns

países, a Espanha solicitou formalmente apoio para financiamento da recapitalização do sistema

bancário e, em Março de 2013, o Chipre aceitou um plano de ajuda financeiro. A Itália também foi

afectada pela instabilidade nos mercados de divida soberana Europeia, que entretanto se atenuou ao

longo de 2013 e 2014.

O Grupo não prevê perdas adicionais de imparidade para as exposições directas ao risco da Irlanda,

Portugal, Espanha, Chipre e Itália.

212

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Exposições do Grupo:

A entidade Rentipar Seguros, empresa associada, apresenta as seguintes exposições:

− Portugal: 85.802 milhares de euros

− Itália: 81.317 milhares de euros

− Espanha: 82.025 milhares de euros

− Grécia: 5.015 milhares de euros

− Irlanda: 8.878 milhares de euros

44. EVENTOS APÓS A DATA DE BALANÇO

À data de aprovação das presentes Demonstrações Financeiras pelo Conselho de Administração do

Banif, não se verificava nenhum acontecimento subsequente a 30 de Junho de 2014, data de

referência das referidas Demonstrações Financeiras, que exigissem ajustamentos ou modificações

dos valores dos activos e dos passivos, nos termos da IAS 10 – Acontecimentos após a data de balanço.

De referir que o processo de negociação com a Direcção-Geral de Concorrência da Comissão Europeia

do Plano de Reestruturação final no âmbito do processo de recapitalização decorreu ao longo de 2013

e 2014, e cuja versão final, ainda por aprovar, conterá os elementos de reposicionamento

concorrencial do Banif no sistema financeiro português.

A 18 de Julho de 2014, o banco divulgou o resultado do primeiro período de exercício da faculdade de

aquisição de acções ao Estado Português prevista no parágrafo 9º do Despacho nº 1527-B/2013, de 23

de Janeiro, não tendo sido vendidas acções representativas do capital social do Banif.

1 ano 2 anos 3 anos 5 anos > 5 anosTotal (valores

líquidos)Provisões / Imparidade

Reserva JV

Governo Central 70.007 10.426 181.014 668.859 732.915 1.663.221 - 68.844Governos Locais e Regionais - - - - - - - -Bancos - - 208 - - 208 - 6Empresas Públicas - - - - - - - -

70.007 10.426 181.222 668.859 732.915 1.663.429 - 68.850

Governo Central - - - - - - - -Governos Locais e Regionais - - - - - - - -Bancos - - - - - - - -Empresas Públicas - - - - - - - -

- - - - - - - -

CréditoGoverno Central - - - - - - - -Governos Locais e regionais 88.575 86 14.494 1.115 228.132 332.402 - -Bancos 22.681 - - - - 22.681 - -Empresas Públicos 8.937 - - 21.247 60.093 90.277 - -

120.193 86 14.494 22.362 288.225 445.360 - -

190.200 10.512 195.716 691.221 1.021.140 2.108.789 - 68.850

Governo Central - - - - - - - -Governos Locais e Regionais - - - 472 - 472 - 40Bancos - - - - 240 240 - 31Empresas Públicas - - - - - - - -

- - - 472 240 712 - 71

Governo Central - - - - - - - -Governos Locais e Regionais - - - - - - - -Bancos 2.581 - - - - 2.581 - -Empresas Públicas - - - - - - - -

2.581 - - - - 2.581 - -

2.581 - - 472 240 3.293 - 71

192.781 10.512 195.716 691.693 1.021.380 2.112.082 - 68.921

EspanhaActivos financeiros Disp Venda

Investimentos detidos até maturidade

Prazo Residual

PortugalActivos financeiros Disp Venda

Investimentos detidos até maturidade

213

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

A 28 de Julho de 2014, o Banco informou acerca do pedido de renúncia às respectivas funções

apresentado nesta data pelos membros do seu Conselho de Administração, Maria Teresa Henriques

da Silva Moura Roque e Nuno José Roquette Teixeira.

Maria Teresa Henriques da Silva Moura Roque manterá todas as demais funções exercidas em

entidades do Grupo Banif e assumirá a coordenação transversal do respectivo programa de

responsabilidade social e sustentabilidade.

Nuno José Roquette Teixeira decidiu renunciar a todas as funções exercidas em entidades do Grupo

Banif.

Os referidos pedidos de renúncia produzirão efeitos, nos termos do art.º 404.º do Código das

Sociedades Comerciais, no final do mês de Agosto de 2014, salvo se entretanto forem designados ou

eleitos respectivos substitutos.

Em 30 de Julho de 2014, a Rentipar Seguros SGPS foi incorporada por fusão na Açoreana Seguros.

214

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

10. OUTRAS INFORMAÇÕES

Em 05 de Fevereiro de 2014, o Banif – Banco Internacional do Funchal, SA (Banif) informou o

mercado que celebrou um Memorando de Entendimento não vinculativo com a República da Guiné

Equatorial, tendo em vista iniciativas de colaboração no sector bancário em condições que viessem

a ser acordadas entre as partes, encontrando-se prevista, no âmbito das referidas iniciativas, a

possível tomada de uma participação qualificada no capital social do Banif por empresa da Guiné

Equatorial.

Em 31 de Março de 2014 e na sequência dos pedidos de renúncia oportunamente apresentados, os

Srs. Eng.º Diogo António Rodrigues da Silveira e Dr. Rogério Pereira Rodrigues, cessaram as funções

que vinham exercendo no Banif de, respectivamente, membro não executivo do Conselho de

Administração e de membro do Conselho Fiscal nomeado pelo Estado Português.

Em 11 de Abril de 2014 o Banif informou o mercado que, tendo recebido do Banco de Portugal a

autorização para o efeito, em conformidade com o previsto no ponto 7 dos Termos e Condições dos

Instrumentos de Capital Core Tier 1 subscritos pelo Estado Português e constantes do anexo ao

Despacho de S.E. o Ministro de Estado e das Finanças n.º 1527-B/2013, de 23 de Janeiro, concretizou

nessa data a recompra de 125 milhões de euros de obrigações subordinadas de conversão

contingente (CoCo’s).

Em reunião do Conselho de Administração do Banif, realizada em 14 de Abril de 2014, foi deliberado

aprovar um aumento do seu capital social de 1.582.195,43 Euros para até 1.720.700.000,00 Euros,

por novas entradas em dinheiro, através de subscrição pública com supressão do direito de

preferência dos accionistas, com a consequente alteração dos artigos 5º e 6º dos estatutos da

sociedade.

Na edição de 5 de Maio de 2014 da 2ª Série do Diário da República (n.º 85), foi publicado o Despacho

nº 5838/2014, de 16 de Abril, da Sra. Ministra de Estado e das Finanças, nos termos do qual foi

nomeado, em substituição do Dr. Rogério Pereira Rodrigues, “com efeitos a partir de 16 de Abril de

2014, o Dr. Issuf Ahmad como membro do órgão de fiscalização do Banco, nos termos do n.º 2 do

artigo 14.º da Lei n.º 63 -A/2008 e do n.º 10 do Despacho n.º 1527 -B/2013, e com respeito por todos os

trâmites legais aplicáveis, incluindo o disposto nos artigos 30.º a 33.º do Regime Geral das

Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de

Dezembro”.

Em Assembleia Geral de Accionistas do Banif, realizada em 30 de Maio de 2014, foram aprovados o

Relatório de Gestão e as contas do Banif, referentes ao exercício de 2013, foi aprovada a proposta

de aplicação de resultados do exercício apresentada pelo Conselho de Administração e foi aprovada

uma declaração, apresentada pela Comissão de Remunerações, sobre a política de remuneração

dos membros do órgão de administração e do órgão de fiscalização da sociedade.

Na referida Assembleia foi ainda deliberado:

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

i) - nomear a sociedade de revisores oficiais de contas PricewaterhouseCoopers &

Associados – Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda. (SROC n.º 183) representada

pelo Sr. Dr. José Manuel Henriques Bernardo (ROC n.º 903) para o exercício das funções

previstas no artigo 446.º do Código das Sociedades Comerciais e no n.º 4 do artigo 27.º do

Contrato de Sociedade, pelo período de um ano, com referência ao exercício de 2014;

ii) - aprovar a redução do número de acções representativas do capital social do Banif -

compreendendo as acções ordinárias admitidas à negociação no mercado regulamentado

da NYSE Euronext Lisbon (ISIN PTBAF0AM0002) e as acções especiais detidas pelo Estado

Português (ISIN PTBVF0AM0007) - através da conversão de cada 10 (dez) acções em 1 (uma)

nova acção, com a consequente alteração do n.º 1 do artigo 6.º do Contrato de Sociedade, a

efectuar em momento a determinar pelo Conselho de Administração;

iii) - aprovar uma proposta do Conselho de Administração para alteração do Contrato de

Sociedade, com vista à adopção de um modelo de administração e fiscalização composto

por Conselho de Administração, compreendendo uma Comissão de Auditoria, e Revisor

Oficial de Contas.

iv) - eleger, para integrarem a Comissão de Auditoria compreendida no Conselho de

Administração (nos termos e para os efeitos do art.º 423.º-B e seguintes do Código das

Sociedades Comerciais), tendo em vista o desempenho das respectivas funções, enquanto

membros não executivos do Conselho de Administração, para o período remanescente do

mandato 2012-2014, os senhores:

a. Fernando Mário Teixeira de Almeida (Presidente);

b. António Ernesto Neto da Silva;

c. Thomaz de Mello Paes de Vasconcellos;

o Dr. Issuf Ahmad passa a integrar, por direito próprio e em virtude dos termos da sua

nomeação pelo despacho ministerial de 16 de Abril pp, o Conselho de Administração da

sociedade e a respectiva Comissão de Auditoria.

Na referida Assembleia de 30 de Maio de 2014, foi deliberado ainda aprovar uma proposta do

Conselho de Administração para aquisição e alienação de obrigações próprias, pela própria

sociedade ou através de sociedades suas dependentes, de acordo com critérios de oportunidade e

mediante determinação do Conselho de Administração, em conformidade com condições aprovadas

nessa mesma assembleia, devendo o exercício da pretendida autorização ter lugar no contexto do

processo de recapitalização com recurso a investimento público em que o Banif se encontra e com

respeito por todos os compromissos assumidos por este no âmbito do referido processo.

Em 04 de Junho de 2014, após a sua realização no âmbito de oferta pública de Subscrição, foi

registado o aumento do capital social do Banif no montante de 138.504.779,57 euros, de 1.582.195,43

Euros para 1.720.700.000,00 Euros.

Em resultado desta operação, e por continuar a deter directamente 70.000.000.000 acções

(especiais, nos termos da Lei nº 63-A/2008 de 24 de Novembro), representativas do capital social do

Banif, o Estado Português passou a deter 60,53% do capital social do Banif, a que correspondem

216

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

idêntica percentagem de direitos de voto nas matérias especificadas no nº 8 do art.º 4º da Lei nº 63-

A/2008 de 24 de Novembro e 49,37% dos direitos de voto nas restantes matérias.

Também em resultado da conclusão e registo do aumento de capital social do Banif para

1.720.700.000,00, e não obstante a subscrição de acções realizada no âmbito do referido aumento, a

accionista Auto Industrial Investimentos e Participações SGPS SA viu reduzida a sua participação no

capital social do Banif para 1,8722%, correspondente a 2.165.000.000 acções e idêntica percentagem

de direitos de voto nas matérias especificadas no nº 8 do art.º 4º da Lei nº 63-A/2008 de 24 de

Novembro, pelo que deixou de lhe ser reconhecida a titularidade de uma participação relevante,

assim considerada atento o disposto na alínea b) do nº 2 do art.º 16º do Código dos Valores

Mobiliários.

Na sequência do aumento de capital supra referido, à data de 30 de Junho de 2014 o capital social

do Banif era de 1.720.700.000,00 Euros, representado por 115.640.000.000 acções sem valor nominal,

às quais correspondia uma estrutura accionista com os seguintes titulares de participações

qualificadas (superiores a 2%):

# Acções % Capital

Social

Estado Português 70.000.000.000 60,533%

Açoreana Seguros, SA 6.953.088.628 6,012%

Herança Indivisa HSR (*) 7.298.748.811 6,312%

(*) A participação imputada à Herança Indivisa de Horácio da Silva Roque inclui a participação imputada à

Açoreana Seguros, SA, uma vez que esta sociedade é dominada por aquela entidade.

Em 30 de Junho de 2014 o Banif informou o mercado sobre o primeiro período de exercício da

faculdade de aquisição de acções ao Estado Português, pelos accionistas a 25 de Janeiro de 2013,

no termos do parágrafo 9.º do Despacho n.º 1527-B/2013, de 23 de Janeiro.

Embora tratando-se de factos ocorridos posteriormente à data de referência do presente Relatório,

30 de Junho de 2014, refere-se ainda, pela sua relevância que:

- Em 18 de Julho de 2014, no seguimento do seu comunicado de 30 de Junho de 2014,

sobre a faculdade de aquisição de acções ao Estado Português pelos accionistas a 25 de Janeiro de

2013, o Banif informou o mercado que não foram exercidas faculdades de aquisição, pelo que não

foram vendidas acções representativas do seu capital social, detidas pelo Estado Português,

durante o primeiro período de exercício (de 03 a 16 de Julho de 2014) da faculdade de aquisição de

acções prevista no parágrafo 9.º do Despacho n.º 1527-B/2013, de 23 de Janeiro.

- Em 28 de Julho de 2014 o Banif informou o mercado sobre o pedido de renúncia às

respectivas funções apresentado pelos membros do seu Conselho de Administração, Maria Teresa

Henriques da Silva Moura Roque e Nuno José Roquette Teixeira. As renúncias dos referidos

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

membros do Conselho de Administração deverão produzir efeitos, nos termos legais, no final de

Agosto de 2014, salvo se entretanto forem designados ou eleitos os respectivos substitutos.

1. ÓRGÃOS SOCIAIS E ESTATUTÁRIOS

À data de 30 de Junho de 2014, a composição dos órgãos sociais e estatutários é a seguinte:

MESA DA ASSEMBLEIA GERAL

Presidente: Dr. Miguel José Luís de Sousa

Secretário: Dr. Bruno Miguel dos Santos de Jesus

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Presidente: Dr. Luís Filipe Marques Amado (administrador não executivo)

Vice-Presidentes: Dra. Maria Teresa Henriques da Silva Moura Roque (administrador não executivo)¹

Dr. Jorge Humberto Correia Tomé (administrador executivo)

Vogais: Dr. Vítor Manuel Farinha Nunes (administrador executivo)

Dr. Nuno José Roquette Teixeira (administrador executivo) ¹

Dr. João Paulo Pereira Marques de Almeida (administrador executivo)

Dr. João José Gonçalves de Sousa (administrador executivo)

Dr. António Carlos Custódio de Morais Varela (administrador não executivo)

Prof. Doutor Fernando Mário Teixeira de Almeida (administrador não executivo) ²

Dr. António Ernesto Neto da Silva (administrador não executivo) ²

Dr. Tomás de Mello Paes de Vasconcellos (administrador não executivo) ²

Dr. Issuf Ahmad (administrador não executivo) ²

COMISSÃO DE AUDITORIA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Presidente: Prof. Doutor Fernando Mário Teixeira de Almeida ²

Vogais Efectivos: Dr. António Ernesto Neto da Silva ²

Dr. Thomaz de Mello Paes de Vasconcellos ²

Dr. Issuf Ahmad ²

¹ Em Julho de 2014, apresentou pedido de renúncia às respectivas funções, o qual deverá produzir efeitos, nos termos do nº 2 do

art.º 404º do código das Sociedades Comerciais, no final de Agosto de 2014.

² À data de 30 de Junho de 2014 ainda não se havia verificado a conclusão dos respectivos processos de registo especial para o

exercício de funções junto do Banco de Portugal, o que só vem a ocorrer em data posterior, pelo que o início efectivo de

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funções dos membros não executivos do Conselho de Administração e da Comissão de Auditoria do Conselho de

Administração concretiza-se apenas a 8 de Agosto de 2014.

CONSELHO ESTRATÉGICO

Presidente: Dra. Maria Teresa Henriques da Silva Moura Roque

Vice-Presidente: Dr. Mário Raúl Leite Santos

Vogais: Professor Doutor António Soares Pinto Barbosa

Dr. Fernando José Inverno da Piedade

Dr. Jorge Humberto Correia Tomé

Dr. José Marques de Almeida

Dr. José Paulo Baptista Fontes

Dr. Mário Henrique de Almeida Santos David

Dr.ª Paula Cristina Moura Roque

COMISSÃO DE REMUNERAÇÕES

Presidente: Dr. António Gonçalves Monteiro

Vogais: Dr. Filipe de Andrade e Silva Lowndes Marques

Dr. António Carlos Custódio Morais Varela

SECRETÁRIO DA SOCIEDADE

Efectivo: Dr. Bruno Miguel dos Santos de Jesus

Suplente: Dr.ª Ângela Maria Simões Cardoso Seabra Lourenço

2. CARTEIRA DE ACÇÕES PRÓPRIAS

A 30 de Junho de 2014, o total de acções consideradas próprias mantém-se em 565.574 acções,

detidas pelo Banif – Banco de Investimento SA.

3. TITULARES DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS QUALIFICADAS

Nos termos do art.º 9 n.º 1, al. c) do Regulamento n.º 5/2008 da CMVM, informa-se sobre os

accionistas titulares de participações qualificadas, com referência a 30 de Junho de 2014, de

acordo com o artigo 20.º do Código dos Valores Mobiliários, e em conformidade com os elementos

existentes na sociedade à data da produção da presente informação:

i) – O Estado Português era detentor de 70.000.000.000 acções, correspondentes a 60,533% do

capital social e dos direitos de voto em todas as matérias previstas no nº 8 do artigo 4º da Lei nº 63-

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

A/2008 de 24 de Novembro, conforme alterada e a 49,374% dos direitos de voto nas demais

matérias.

ii)– A Herança Indivisa de Horácio da Silva Roque, era detentora de 7.298.748.811 acções,

(considerando o conjunto de participações, abaixo identificadas, detidas directa e indirectamente

e cujos direitos de voto lhe sejam imputáveis nos termos do artigo 20º do Código dos Valores

Mobiliários, conforme a seguir indicado), correspondentes a 6,312% do capital social e dos direitos

de voto em todas as matérias previstas no nº 8 do artigo 4º da lei nº 63-A/2008 de 24 de Novembro,

conforme alterada e a 8.096% dos direitos de voto nas demais matérias:

a) - Herança Indivisa de Horácio da Silva Roque, titular, directamente, de 808.888 acções

correspondentes a 0,0006% do capital social e dos direitos de voto em todas as matérias previstas

no nº 8 do artigo 4º da lei nº 63-A/2008 de 24 de Novembro, conforme alterada e a 0,0008% dos

direitos de voto nas demais matérias.

b) - Açoreana Seguros SA, titular de 6.953.088.628 acções correspondentes a 6,0127% do

capital social e dos direitos de voto em todas as matérias previstas no nº 8 do artigo 4º da lei nº 63-

A/2008 de 24 de Novembro, conforme e a 7,7127% dos direitos de voto nas demais matérias.

c) - Rentipar Financeira SGPS SA, titular de 307.063.133 acções correspondentes a

0,2655% do capital social e dos direitos de voto em todas as matérias previstas no nº 8 do artigo 4º

da lei nº 63-A/2008 de 24 de Novembro, conforme alterada e a 0,3406% dos direitos de voto nas

demais matérias.

d) - Membros dos órgãos sociais Rentipar Financeira SGPS SA, titulares de 10.043.062

acções correspondentes a 0,0086% do capital social e dos direitos de voto em todas as matérias

previstas no nº 8 do artigo 4º da lei nº 63-A/2008 de 24 de Novembro, conforme alterada e a 0,0111%

dos direitos de voto nas demais matérias.

e) - Vestiban – Gestão e Investimentos SA, titular de 27.583.051 acções correspondentes

a 0,0238% do capital social e dos direitos de voto em todas as matérias previstas no nº 8 do artigo

4º da lei nº 63-A/2008 de 24 de Novembro, conforme alterada e a 0,0305% dos direitos de voto nas

demais matérias.

f) - Renticapital – Investimentos Financeiros SA, titular de 162.049 acções

correspondentes a 0,0001% do capital social e dos direitos de voto em todas as matérias previstas

no nº 8 do artigo 4º da lei nº 63-A/2008 de 24 de Novembro, conforme alterada e a 0,0001% dos

direitos de voto nas demais matérias.

Resume-se no quadro abaixo e com referência a 30 de Junho de 2014, a informação relativa aos

detentores de participações sociais qualificadas:

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

# Acções % Capital Social1

% Dir. Voto2

% Dir.Voto

caso o Estado vote com a totalidade das

acções

Estado Português 70.000.000.000 60,533% 49,374% 60,533%

Herança Indivisa de HSR (posição agregada) 7.298.748.811 6,312% 8.096%

6,312%

Inclui acções detidas por:

- Açoreana Seguros 6.953.088.628 6,013% 7.713%

6,013%

- Outras 345.660.183 0,299% 0,383% 0,299%

Não são conhecidos outros accionistas titulares de participações relevantes no capital social do

Banif, atento o disposto na alínea b) do nº 2 do art.º 16º do Código dos Valores Mobiliários.

4. VALORES MOBILIÁRIOS EMITIDOS PELO BANIF – BANCO INTERNACIONAL DO FUNCHAL, SA E

SOCIEDADES DO BANIF – GRUPO FINANCEIRO DETIDOS POR TITULARES DE ÓRGAOS SOCIAIS

Em conformidade com o disposto no art.º 9.º n.º 1, alínea a) do Regulamento n.º 5/2008 da CMVM,

informa-se sobre o número de valores mobiliários (acções e obrigações) emitidos pelo Banif – Banco

Internacional do Funchal SA (Banif) e sociedades que com ele estejam em relação de domínio ou de

grupo, detidos, adquiridos, onerados ou transmitidos por titulares dos órgãos sociais, durante o

período a que se refere o presente relatório (1.º Semestre de 2014).

MESA DA ASSEMBLEIA GERAL

Dr. Miguel José Luís de Sousa

Pessoalmente era titular de 741 acções do Banif.

Não transaccionou, directamente ou através de entidade(s) relacionada(s), valores mobiliários

emitidos pelo Banif (incluindo acções e/ou instrumentos financeiros com estas relacionados) e/ou

por sociedades que com ela estejam em relação de domínio ou de grupo, no período em referência.

Dr. Bruno Miguel dos Santos de Jesus

Não era titular, directamente ou através de entidade(s) relacionada(s), de quaisquer valores

mobiliários emitidos pelo Banif (incluindo acções e/ou instrumentos financeiros com estas

relacionados) e/ou por sociedades que com ela estejam em relação de domínio ou de grupo.

1 Direitos de Voto em todas as matérias previstas no nº 8 do artigo 4º da lei nº 63-A/2008 de 24 de Novembro, conforme alterada 2 Direitos de voto em todas as matérias não previstas no nº 8 do artigo 4º da lei nº 63-A/2008 de 24 de Novembro, conforme alterada.

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Não transaccionou, directamente ou através de entidade(s) relacionada(s), valores mobiliários

emitidos pelo Banif (incluindo acções e/ou instrumentos financeiros com estas relacionados) e/ou

por sociedades que com ela estejam em relação de domínio ou de grupo, no período em referência.

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Dr. Luís Filipe Marques Amado

Não era titular, directamente ou através de entidade(s) relacionada(s), de quaisquer valores

mobiliários emitidos pelo Banif (incluindo acções e/ou instrumentos financeiros com estas

relacionados) e/ou por sociedades que com ela estejam em relação de domínio ou de grupo.

Não transaccionou, directamente ou através de entidade(s) relacionada(s), valores mobiliários

emitidos pelo Banif (incluindo acções e/ou instrumentos financeiros com estas relacionados) e/ou

por sociedades que com ela estejam em relação de domínio ou de grupo, no período em referência.

Dra. Maria Teresa Henriques da Silva Moura Roque

É uma das duas herdeiras da Herança Indivisa do Senhor Comendador Horácio da Silva Roque e, à

data de 30 de Junho de 2014, detinha em nome próprio 9.894.751 acções do Banif e 52.500

Obrigações Banif 7,5% 2013/2016.

Durante o 1º semestre de 2014 efectuou as seguintes transacções de Acções:

Nº Acções Movimento Data Valor Unitário Posição final

6.894.751 Aquisição 04-06-2014 0,01 9.894.751

Efectuou, ainda, as seguintes transacções de Obrigações:

Obrigações Movimento Título

Data Valor Unitário Posição Final

7.000 Aquisição Banif 7,5%

2013/2016

13-02-

2014

103% 52.000

500 Aquisição Banif 7,5%

2013/2016

18-02-

2014

103% 52.500

Dr. Jorge Humberto Correia Tomé

Em 30 de Junho de 2014, detinha 15.995.780 acções do Banif, 7.152.169 das quais foram subscritas

em 4 de Junho de 2014, ao preço de 0,01 euros, no âmbito da Oferta Pública de Subscrição de até

13.850.447.957 acções ordinárias do Banif, realizada no período compreendido entre os dias 16 e 30

de Maio de 2014.

222

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Informou, ainda que, à data de 30 de Junho de 2014, detinha 175.000 Obrigações Banif SA 7,5%

2013/2016.

Adicionalmente informou que, em 16 de Abril de 2014, foram transferidas para o Banif as 4 acções

preferenciais sem direito a voto detidas pelo próprio do Banif – Banco Internacional do Funchal

(Brasil), SA, de que era titular.

Relativamente às pessoas e sociedade previstas nas alíneas a) e b) do n.º 4 do art.º 248-B do CVM,

informou que nenhuma é titular ou transaccionou acções ou obrigações do Banif, durante o 1º

semestre do corrente ano.

Dr. Vítor Manuel Farinha Nunes

Em 30 de Junho de 2014, a FN Participações, SGPS, SA (FN), sociedade dominada pelo próprio,

detinha 14.675.277 acções do Banif, 2.354.760 as quais foram subscritas em 04/06/2014, ao preço de

0,01 Euros no âmbito da Oferta Pública de Subscrição de até 13.850.447.957 acções ordinárias do

Banif, realizada no período compreendido entre os dias 16 e 30 de Maio de 2014.

À data de 30 de Junho de 2014, a FN detinha 250.000 Obrigações Banif SA 7,5% 2013/2016.

Relativamente às pessoas e sociedades previstas nas alíneas a) e b) do n.º 4 do art.º 248-B do CVM,

informou que nenhuma é titular ou transaccionou acções ou obrigações do Banif, durante o 1º

semestre do corrente ano.

Dr. Nuno José Roquette Teixeira

Não detinha, à data de 30 de Junho de 2014, acções desta sociedade, tendo alienado, em 9 de

Janeiro de 2014, a totalidade das 1.545.114 acções do Banif que detinha, ao preço de 0,0131 Euros.

Em 16 de Abril de 2014 foram transferidas para o Banif, SA as 4 acções preferenciais sem direito a

voto, do Banif – Banco Internacional do Funchal (Brasil), SA, de que era titular.

Relativamente às pessoas e sociedades previstas nas alíneas a) e b) do nº 4 do artº 248 B do CVM,

informou que nenhuma é titular ou transaccionou acções ou obrigações do Banif.

Dr. João Paulo Pereira Marques de Almeida

Era titular, à data de 30 de Junho de 2014, de 1.378.419 acções do Banif, 1.353.612 subscritas em 4

de Junho de 2014, no âmbito da Oferta Pública de Subscrição de até 13.850.447.957 acções

ordinárias desta sociedade, realizada entre 16 e 30 de Maio de 2014, pelo valor unitário de 0,01

Euros.

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Relativamente às pessoas e sociedades previstas nas alíneas a) e b) do nº 4 do artº 248 B do CVM,

informou que nenhuma é titular ou transaccionou acções ou obrigações do Banif.

Dr. João José Gonçalves de Sousa

Durante o 1º semestre de 2014, efectuou a seguinte transacção:

Nº Acções Movimento Título Data Valor Unitário Posição final

1.236.090 Venda de Acções Acções Banif 08/01/2014 0,0124 0

À data de 30 de Junho de 2014, não era titular de quaisquer acções do Banif.

Dr. António Carlos Custódio de Morais Varela

Durante o 1º semestre de 2014 não efectuou, directa ou indirectamente, quaisquer transacções de

acções emitidas pelo Banif.

À data de 30 de Junho de 2014, era titular de 50 obrigações de caixa subordinadas “Banif 08/18” e

de 25.000 acções preferenciais “Banif Finance Perpetual 07”.

COMISSÃO DE AUDITORIA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Prof. Doutor Fernando Mário Teixeira de Almeida

Não transaccionou directamente, no primeiro semestre de 2014, quaisquer valores mobiliários

emitidos pelo Banif – Banco Internacional do Funchal, SA, nem por sociedades com as quais esteja

em relação de domínio ou de grupo.

À data de 30 de Junho de 2014, detinha directamente 368.358 acções do Banif – Banco Internacional

do Funchal, SA e indirectamente, através da sociedade Quinta Sourinho – Agricultura e Turismo, Lda

(entidade relacionada) 368.358 acções do Banif – Banco Internacional do Funchal, SA.

Dr. António Ernesto Neto da Silva

Não era titular, directamente ou através de entidade(s) relacionada(s), de quaisquer valores

mobiliários emitidos pelo Banif (incluindo acções e/ou instrumentos financeiros com estas

relacionados) e/ou por sociedades que com ela estejam em relação de domínio ou de grupo.

Não transaccionou, directamente ou através de entidade(s) relacionada(s), valores mobiliários

emitidos pelo Banif (incluindo acções e/ou instrumentos financeiros com estas relacionados) e/ou

por sociedades que com ela estejam em relação de domínio ou de grupo, no período em referência.

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Dr. Tomás de Mello Paes de Vasconcellos

Não era titular, directamente ou através de entidade(s) relacionada(s), de quaisquer valores

mobiliários emitidos pelo Banif (incluindo acções e/ou instrumentos financeiros com estas

relacionados) e/ou por sociedades que com ela estejam em relação de domínio ou de grupo.

Não transaccionou, directamente ou através de entidade(s) relacionada(s), valores mobiliários

emitidos pelo Banif (incluindo acções e/ou instrumentos financeiros com estas relacionados) e/ou

por sociedades que com ela estejam em relação de domínio ou de grupo, no período em referência.

Dr. Issuf Ahmad

Não era titular, directamente ou através de entidade(s) relacionada(s), de quaisquer valores

mobiliários emitidos pelo Banif (incluindo acções e/ou instrumentos financeiros com estas

relacionados) e/ou por sociedades que com ela estejam em relação de domínio ou de grupo.

Não transaccionou, directamente ou através de entidade(s) relacionada(s), valores mobiliários

emitidos pelo Banif (incluindo acções e/ou instrumentos financeiros com estas relacionados) e/ou

por sociedades que com ela estejam em relação de domínio ou de grupo, no período em referência.

5. RECOMENDAÇÕES DO FSF E DO EBA RELATIVAS À TRANSPARÊNCIA DA INFORMAÇÃO E À

VALORIZAÇÃO DE ACTIVOS

Modelo de Negócio I. Modelo de negócio

1.

Descrição do modelo de negócio (i.e., razões para o desenvolvimento das actividades/negócios e respectiva contribuição para o processo de criação de valor) e, se aplicável, das alterações efectuadas (por exemplo, em resultado do período de turbulência);

Ver Relatório de Gestão e Contas: − Capítulo 05.RELATÓRIO DE

GESTÃO DO BANIF

Ver anexo das DF’s consolidadas: − Nota “4.RELATO POR

SEGMENTOS”

2.

Descrição das estratégias e objectivos (incluindo as estratégias e objectivos especificamente relacionados com a realização de operações de titularização e com produtos estruturados);

Ver Relatório de Gestão e Contas: − Capítulo 05.RELATÓRIO DE

GESTÃO DO BANIF Ver anexo das DF’s consolidadas:

− Nota ”23. RESPONSABILIDADES REPRESENTADAS POR TÍTULOS”

− Nota “20.OUTROS PASSIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS”

− Nota ”11.CRÉDITO A CLIENTES”

3.

Descrição da importância das actividades desenvolvidas e respectiva contribuição para o negócio (incluindo abordagem em termos quantitativos);

Ver Relatório de Gestão e Contas: − Capítulo 05.RELATÓRIO DE

GESTÃO DO BANIF

Ver anexo das DF’s consolidadas: − Nota “2 BASES DE

APRESENTAÇÃO E POLITÍCAS CONTABILISTICAS”

225

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

II. Riscos e gestão de riscos

III. Impacto do período de turbulência financeira nos resultados

4.

Descrição do tipo de actividades desenvolvidas, incluindo a descrição dos instrumentos utilizados, o seu funcionamento e critérios de qualificação que os produtos/investimentos devem cumprir;

Ver Relatório de Gestão e Contas: − Capítulo 05.RELATÓRIO DE

GESTÃO DO BANIF

5.

Descrição do objectivo e da amplitude do envolvimento da instituição (i.e. compromissos e obrigações assumidos), relativamente a cada actividade desenvolvida;

Ver Relatório de Gestão e Contas: − Capítulo 05.RELATÓRIO DE

GESTÃO DO BANIF

6.

Descrição da natureza e amplitude dos riscos incorridos em relação a actividades desenvolvidas e instrumentos utilizados

Ver Relatório de Gestão e Contas: − Capítulo 05.RELATÓRIO DE

GESTÃO DO BANIF, ponto “GESTÃO DE RISCOS”

7.

Descrição das práticas de gestão de risco (incluindo, em particular, na actual conjuntura, o risco de liquidez) relevantes para as actividades, descrição de quaisquer fragilidades/fraquezas identificadas e das medidas correctivas adoptadas;

Ver o referido no ponto anterior (II. 6.)

8. Descrição qualitativa e quantitativa dos resultados com ênfase nas perdas (quando aplicável) e impacto dos "write-downs" nos resultados;

Ver o referido ponto III.9. deste anexo

9.

Decomposição dos "write-downs"/perdas por tipos de produtos e instrumentos afectados pelo período de turbulência, designadamente, dos seguintes: comercial mortgage backed securities (CMBS), residential mortgagebacked securities (RMBS), colateralised debt obligations (CDO), asset-backed securities (ABS);

N.A.

10.

Descrição dos motivos e factores responsáveis pelo impacto sofrido;

Ver Relatório de Gestão e Contas: − Capítulo 05.RELATÓRIO DE

GESTÃO DO BANIF, ponto “GESTÃO FINANCEIRA” e ponto “GESTÃO DE RISCOS”

11.

Comparação de i) impactos entre períodos (relevantes) e de ii) demonstrações financeiras antes e depois do impacto do período de turbulência;

Ver anexo das DF’s consolidadas: − Nota “7.ACTIVOS FINANCEIROS

DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO” − Nota “8.OUTROS ACTIVOS

FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS”

− Nota “9.ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA”

12. Decomposição dos "write-downs" entre montantes realizados e não realizados;

Ver o referido ponto III.9. deste anexo

13.

Descrição da influência da turbulência financeira na cotação das acções da entidade;

Ver Relatório de Gestão e Contas: − Capítulo 05. RELATÓRIO DE

GESTÃO DO BANIF, ponto “EVOLUÇÃO DA ACTIVIDADE NO 1.º SEMESTRE DE 2014”

14.

Divulgação do risco de perda máxima e descrição de como a situação da instituição poderá ser afectada pelo prolongamento ou agravamento do período de turbulência ou pela recuperação do mercado;

Ver Relatório de Gestão e Contas: − Capítulo 05.RELATÓRIO DE

GESTÃO DO BANIF, ponto “GESTÃO DE RISCOS”

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IV. Níveis e tipos das exposições afectadas pelo período de turbulência

15.

Divulgação do impacto que a evolução dos "spreads" associados às responsabilidades da própria instituição teve em resultados, bem como dos métodos utilizados para determinar este impacto;

Ver anexo das DF’s consolidadas: − Nota”39. JUSTO VALOR DE

INSTRUMENTOS FINANCEIROS”

16.

Valor nominal (ou custo amortizado) e justo valor das exposições "vivas";

Ver anexo das DF’s consolidadas: − Nota”42. CONDIÇÕES ESPECIAIS SOBRE

O RISCO SOBERANO DE PORTUGAL, GRÉCIA, IRLANDA, ESPANHA, ITÁLIA E CHIPRE”

17.

Informação sobre mitigantes do risco de crédito (e.g. através de credit default swaps) e o respectivo efeito nas exposições existentes

N.A.

18.

Divulgação detalhada sobre as exposições, com decomposição por: − Nível de senioridade das

exposições/tranches detidas; − Nível da qualidade de crédito (e.g ratings,

vintages) − Áreas geográficas de origem; − Sector de actividade; − Origem das exposições (emitidas, retidas

ou adquiridas); − Características do produto: e.g. ratings,

peso/parcela de activos sub-prime associados, taxas de desconto, spreads, financiamento;

− Características dos activos subjacentes: e.g. vintages, rácio "Loan-to-value", privilégios creditórios, vida média ponderada do activo subjacente, pressupostos de evolução das situações de pré-pagamento, perdas esperadas.

N.A.

19.

Movimentos ocorridos nas exposições entre períodos relevantes de reporte e as razões subjacentes a essas variações (vendas, "write-downs", compras, etc.)

N.A.

20.

Explicações acerca das exposições (incluindo "veículos" e, neste caso, as respectivas actividades) que não tenham sido consolidadas (ou que tenham sido reconhecidas durante a crise) e as razões associadas;

N.A.

21.

Exposição a seguradoras de tipo "monoline" e qualidade dos activos segurados: − Valor nominal (ou custo amortizado) das

exposições seguradas bem como o montante de protecção de crédito adquirido;

− Justo valor das exposições "vivas", bem como a respectiva protecção de crédito;

− Valor dos "write-downs" e das perdas, diferenciado entre montantes realizados e não realizados;

− Decomposição das exposições por rating ou contraparte;

N.A.

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V. Políticas contabilísticas e métodos de valorização

22.

Classificação das transacções e dos produtos estruturados para efeitos contabilísticos e o respectivo tratamento contabilístico;

Ver anexo das DF’s consolidadas: − Nota “2.12 INSTRUMENTOS

FINANCEIROS”, onde consta a descrição e tratamento contabilísticos dos instrumentos financeiros

23.

Consolidação das Special Purpose Entities (SPE) e de outros "veículos" e reconciliação destes com os produtos estruturados afectados pelo período de turbulência;

Ver anexo das DF’s consolidadas: − Nota “2.5 Uso de estimativas

na preparação das Demonstrações Financeiras”

− Nota “3. EMPRESAS DO GRUPO”

24.

Divulgação detalhada do justo valor dos instrumentos financeiros: − Instrumentos financeiros aos quais é aplicado o

justo valor; − Hierarquia do justo valor (decomposição de

todas as exposições mensuradas ao justo valor na hierarquia do justo valor e decomposição entre disponibilidades e instrumentos derivados bem como divulgação acerca da migração entre níveis da hierarquia);

− Tratamento dos "day 1 profits" (incluindo informação quantitativa);

− Utilização da opção do justo valor (incluindo as condições para a sua utilização) e respectivos montantes (com adequada decomposição);

Ver anexo das DF’s consolidadas: − Nota“2.12 INSTRUMENTOS

FINANCEIROS”; − Nota”39. JUSTO VALOR DE

INSTRUMENTOS FINANCEIROS”

25.

Descrição das técnicas de modelização utilizadas para a valorização dos instrumentos financeiros, incluindo informação sobre: − Técnicas de modelização e dos instrumentos a

que são aplicadas; − Processos de valorização (incluindo em particular

os pressupostos e os inputs nos quais se baseiam os modelos);

− Tipo de ajustamento aplicado para reflectir o risco de modelização e outras incertezas na valorização;

− Sensibilidade do justo valor (nomeadamente as variações em pressupostos e inputs chave);

− Stress scenários.

Ver o referido no ponto anterior (V. 24.)

VI. Outros aspectos relevantes na divulgação

6. DECLARAÇÕES OBRIGATÓRIAS

Nos termos e para os efeitos do disposto na alínea c) do n.º 1 do artigo 246.º do Código dos Valores

Mobiliários, cada um dos membros do Conselho de Administração, signatários do presente

documento, infra identificados, declara, sob sua responsabilidade, própria e individual, que, tanto

quanto é do seu conhecimento, as demonstrações financeiras condensadas foram elaboradas em

26.

Descrição das políticas de divulgação e dos princípios que são utilizados no reporte das divulgações e do reporte financeiro.

Ver anexo das DF’s consolidadas: − Nota “2.BASES DE

APRESENTAÇÃO E POLITÍCAS CONTABILISTICAS”

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e

apropriada do activo e do passivo, da situação financeira e dos resultados do Banif – Banco

Internacional do Funchal, SA e das empresas incluídas no perímetro de consolidação, e que o

relatório de gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, a indicação dos acontecimentos

importantes ocorridos no período a que se refere e o impacto nas respectivas demonstrações

financeiras e contém uma descrição dos principais riscos e incertezas para os seis meses

seguintes.

Nos termos do n.º 3 do artigo 8.º do Código dos Valores Mobiliários declara-se ainda que a presente

informação semestral não foi sujeita a auditoria ou a revisão limitada.

Lisboa, 19 de Agosto de 2014

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Presidente

Dr. Luís Filipe Marques Amado

Vice-Presidentes

Dr. Jorge Humberto Correia Tomé

Dra. Maria Teresa Henriques da Silva Moura Roque

Vogais

Dr. Vítor Manuel Farinha Nunes

Dr. Nuno José Roquette Teixeira

Dr. João Paulo Pereira Marques de Almeida

Dr. João José Gonçalves de Sousa

Dr. António Carlos Custódio de Morais Varela

Prof. Doutor Fernando Mário Teixeira de Almeida

Dr. António Ernesto Neto da Silva

Dr. Tomás de Mello Paes de Vasconcellos

Dr. Issuf Ahmad

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS - 1ºSEMESTRE 2014

Banif – Banco Internacional do Funchal, SA

Sociedade Aberta

Sede Social: Rua de João Tavira, 30 – 9004-509 Funchal

Capital Social: 1.720.700.000 euros

Número Único de Matrícula e Pessoa Colectiva 511 202 008