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DOCUMENTOS DE PRESTAÇÃO DE CONTAS 2010

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DOCUMENTOS DE PRESTAÇÃO

DE CONTAS

2010

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ORGÃOS SOCIAIS

Mesa da Assembleia Geral

Dr. Pedro António Pereira Rodrigues Felício Presidente

Dra. Maria Luísa da Silva Rilho

Secretário

Conselho de Administração

Joaquim José de Oliveira Reis

Presidente

Carlos Manuel Durães da Conceição

Administrador Executivo

José Manuel Pereira Mendes de Barros

Administrador Executivo

Fernanda Maria Mouro Pereira

Administradora não Executiva, Presidente da Comissão de Auditoria

e membro da Comissão de Avaliação

Pedro Miguel Rodrigues Soares Vasquez

Administrador não Executivo, Membro das Comissões

de Auditoria e de Avaliação

Mário Alberto Duarte Donas

Administrador não Executivo, Presidente da Comissão de Avaliação

ROC

ROC Efectivo

Grant Thornton & Associados, SROC representada pelo Prof. Doutor Victor Franco

(ROC 432)

ROC Suplente

Leopoldo Alves & Associado, SROC representada pelo Dr. Leopoldo de Assunção Dias

(ROC 319)

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DOCUMENTOS DE PRESTAÇÃO DE CONTAS

EXERCÍCIO DE 2010

CADERNO I - RELATÓRIO FINANCEIRO

� 2010 ANO DE INCERTEZAS

� PERSPECTIVAS PARA 2011

� PERSPECTIVAS MACRO

� PERSPECTIVAS DE EVOLUÇÃO DA PARPÚBLICA

� FINANCIAMENTO E GESTÃO DO RISCO

� ESTRUTURA E MATURIDADE DO FINANCIAMENTO

� GESTÃO DO RISCO FINANCEIRO

� POSIÇÃO FINANCEIRA E DESEMPENHO DA SGPS

� ACTIVOS E RENDIBILIDADE

� ESTRUTURA E CUSTO DOS CAPITAIS

� CRIAÇÃO DE VALOR FINANCEIRO

� FLUXOS DE CAIXA

� SITUAÇÃO FINANCEIRA E RESULTADOS CONSOLIDADOS DO GRUPO

� SITUAÇÃO FINANCEIRA

� RESULTADOS CONSOLIDADOS

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� ANÁLISE POR SEGMENTOS

� GESTÃO DE OUTRAS PARTICIPAÇÕES E DIVERSOS

� GESTÃO IMOBILIÁRIA

� ACTIVIDADES AERONÁUTICAS

� PRODUÇÃO DE MOEDA, PUBLICAÇÕES E PRODUTOS DE SEGURANÇA

� PRODUÇÃO AGRÍCOLA

� ÁGUAS E RESÍDUOS

� SÍNTESE E AGRADECIMENTOS

� PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

Caderno II - RELATÓRIO DO GOVERNO SOCIETÁRIO

� MISSÃO E ORIENTAÇÕES ESTRATÉGICAS PARA O MANDATO

� MISSÃO

� ORIENTAÇÕES ESTRATÉGICAS

� POLÍTICAS DA EMPRESA

� CÓDIGO DE ÉTICA

� POLÍTICAS DE GESTÃO DO RISCO, DESIGNADAMENTE DO RISCO DE FRAUDE E CORRUPÇÃO

� POLÍTICA E MODELO DE GOVERNANCE

� POLÍTICA DE QUALIFICAÇÃO DOS RECURSOS HUMANOS

� REGULAMENTOS INTERNOS E EXTERNOS A QUE A EMPRESA ESTÁ SUJEITA

� POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS ÓRGÃOS SOCIAIS

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� SUSTENTABILIDADE E CUMPRIMENTO DE OBJECTIVOS

� ANÁLISE DE SUSTENTABILIDADE DA EMPRESA NOS DOMÍNIOS ECONÓMICO, SOCIAL E AMBIENTAL

� AVALIAÇÃO SOBRE O CUMPRIMENTO DOS PRINCÍPIOS DE BOM GOVERNO

� OUTRAS INFORMAÇÕES SOBRE O MODELO DE GESTÃO

� IDENTIFICAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS

� INFORMAÇÃO OBRIGATÓRIA - ACUMULAÇÃO DE FUNÇÕES, CURRICULA E REMUNERAÇÕES DOS ADMINISTRADORES E ÓRGÃO DE FISCALIZAÇÃO

� INFORMAÇÕES SOBRE TRANSACÇÕES RELEVANTES

CADERNO III - DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS SEPARADAS

DECLARAÇÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

(NOS TERMOS DO ARTº 245 DO CÓDIGO DE VALORES MOBILIÁRIOS)

DOCUMENTOS DE CERTIFICAÇÃO E AUDITORIA

CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS E RELATÓRIO DE AUDITORIA DAS

CONTAS CONSOLIDADAS

CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS E RELATÓRIO DE AUDITORIA DAS

CONTAS SEPARADAS

PARECERES E RELATÓRIOS DA COMISSÃO DE AUDITORIA

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CADERNO I

RELATÓRIO FINANCEIRO

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� 2010 ANO DE INCERTEZAS

� A ECONOMIA E AS FINANÇAS EM 2010

A economia Portuguesa sofreu em 2010 um choque financeiro provocado pela

desconfiança dos mercados internacionais de crédito na capacidade de cumprimento

do serviço da divida por parte dos países do Sul da Europa e a Irlanda. Desde

Novembro de 2009, com a possibilidade de uma empresa detida pelo governo do

Dubai, a Dubai World – ligada ao enorme esforço de investimento imobiliário da

região, não conseguir cumprir os reembolsos escalonados, assistiu-se ao deslocamento

dessa desconfiança para um País da zona Euro, a Grécia, e logo após ao contágio a

outros Países da mesma zona marcados por alguma fragilidade económica estrutural,

elevada divida externa, pública e privada, e sobretudo com uma atividade económica

baseada em bens não transacionáveis, ou com elevada exposição a Dívida de suporte

ao (sobre) investimento no setor imobiliário. As sucessivas revisões em baixa pelas

empresas internacionais de rating levaram inclusive ao pedido de apoio do Fundo de

Estabilização Europeu, com o apoio do FMI, como tentativa de resgate de liquidez de

curto e médio prazo face à impossibilidade de efetuar o rollover dos créditos

programados, na Grécia, primeiro, e na Irlanda em Outubro de 2010.

A fragilidade do tecido produtivo destes países, incluindo Portugal, obrigou à

intervenção dos Estados respetivos ao apoio ao setor bancário em vias de colapso

(caso da Irlanda), ao financiamento à economia (caso da Grécia, que já mantinha uma

elevada divida, na sequência dos elevados investimentos relacionados com a

Olimpíada do início do século, e na Defesa), ao apoio ao setor imobiliário e à Banca

(caso de Espanha), e a medidas de apoio à economia e a setores sociais mais

fragilizados pela crise do sub prime de 2008 (caso de Portugal). Estas intervenções

foram efetuadas todas com recurso a endividamento, direto ou indireto, pelos Estados

Europeus que as desenvolveram. O elevado acréscimo do stock de divida conjugado

com a recessão de 2009 e a respetiva quebra na recoleção de impostos e aumento de

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despesas governamentais relacionadas com despesas sociais face ao aumento do

desemprego, conduziram ao recrudescimento dos deficits orçamentais a níveis

históricos.

A baixa do rating à divida soberana destes países, incluindo Portugal, conduziu a um

agravamento nas condições de financiamento expressa nas elevadas taxas de juros

exigidas pelo mercado ao rollover da Divida Soberana e ao encurtamento dos prazos

de maturidade da nova divida adquirida.

Assim, o conjunto de medidas de política monetária e orçamental e de apoio ao

sistema financeiro que contribuíram para moderar a forte quebra da atividade

económica global em 2009, procurando evitar a degradação do sistema financeiro,

gerou níveis elevados de divida, degradação nos deficits orçamentais e portanto uma

maior instabilidade e incerteza quanto à solvabilidade dos Países e, nalguns casos, do

próprio sistema financeiro.

A quebra na fluidez dos mecanismos de financiamento, provocada pela tensão nas

Dividas Soberanas, levou a falhas e dificuldades no acesso aos mercados pelos bancos

europeus e Americanos, obrigando no caso do BCE ao recurso de injeção monetária

por via da compra a prazo alargado de divida pública e privada, tomada pelos bancos

com forma de refinanciamento dos mesmos, para além dos leilões de taxa fixa com

garantia de tomada firme e dos acordos de swap de câmbios entre o BCE e a Reserva

Federal Americana. Nos Estados Unidos, a tomada de obrigações bancárias por parte

do Tesouro, e diversos mecanismos de injeção monetária na economia evitou o pior.

Em Portugal, assistimos a uma retoma relativamente importante do crescimento com

o PIB a crescer 1,4% (depois de uma quebra de 2,7% no ano anterior), contra a média

dos países da zona Euro a crescer de 1,7% (após contração de 4,3% em 2009).

A inflação média na área do euro acelerou para os 1,6% (de 0.3 % em 2009 e 3.3 % em

2008), enquanto em Portugal o mesmo indicador atingiu os 1,4% (de -0,9% em 2009),

explicada sobretudo pela subida dos preços dos combustíveis, matérias-primas e bens

agrícolas nos mercados mundiais.

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Esta subida foi em muito explicada pela procura interna – sobretudo do consumo

privado - e pelo andamento das exportações. De fato, a contribuição da procura

interna para o crescimento do PIB cifrou-se em 0,9% e o das exportações em 0,5%. A

Formação Bruta de Capital Fixo continuou a registar um decréscimo, assinalável, de

4,8%.

Acompanhando a crise das Dívidas Soberanas dos países do Sul da Europa, a bolsa

nacional registou, ainda assim, uma subida ligeira apesar de ficar muito aquém do

movimento em alta das congéneres Europeias e Americana. O Reflexo da avaliação do

risco à economia Portuguesa pelos mercados refletiu-se nos spreads exigidos pela

colocação da Divida Pública em mercado primário que logrou a que a sua colocação

nas últimas semanas do ano atingisse os 5,2 % para prazos curtos (12 meses). Nos

últimos tempos tem sido praticamente impossível o financiamento a prazos mais

alargados, evidenciando o nível crítico de risco que os mercados atribuem a Portugal.

Os spreads de mercado secundário e o custo dos seguros de crédito a Portugal

atingiram mesmo, nos primeiros dias de Abril de 2011, uns inconcebíveis 10%.

Não existindo ainda segurança sobre os números finais da conta do Estado para 2010,

numa altura em que os técnicos do Eurostat, conjugados com os do BCE, Comissão

Europeia e FMI, avaliam ainda o seu resultado final, é seguro afirmar que a Divida

Pública atingirá um número em torno dos 93% do PIB. À falta de elementos mais

seguros e finais, é no entanto lícito afirmar com bastante certeza que parte deste valor

resulta da consolidação da dívida de empresas e organismos autónomos que até agora

não contribuíam para o apuramento dessa Dívida. Pelo menos desde há dez anos. O

caso exemplar é o da dívida do setor empresarial do Estado relativo ao transporte

público de passageiros, sendo, talvez, de registar e seguir o exemplo de congéneres

europeias, nomeadamente Espanholas, Francesas e Belgas.

De qualquer modo, os níveis de Divida, Pública mas também Privada, que têm

permitido o financiamento do nosso modelo económico estão esgotados, continuando

o défice acumulado da balança corrente a ser demasiado elevado, de 8,7% do PIB,

ainda assim melhor que os 9,4% em 2009 e os 10,3 em 2008. Para esta melhoria

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contribuiu o andamento da balança de bens e serviços que passou de -9,6% do PIB, em

2008 e -7,6% do PIB, em 2009, para -6,5% no ano transato.

� PRINCIPAIS FACTOS OCORRIDOS EM 2010

O ano de 2010 confirmou as expetativas adversas que se anteviam, não obstante as

medidas tomadas pelos governos e bancos centrais no sentido de reestabelecer a

confiança dos mercados, sobretudo por via da injecção de liquidez no sistema.

A melhor percepção do risco pelos mercados determinou o aumento do preço do

dinheiro, o que no caso Português apresentou como efeito imediato uma rápida

subida dos “spreads” e, consequentemente, das “yields” da dívida pública, tanto em

mercado secundários, como em primário. A subida da taxa de juro exigida a Portugal

pelos investidores teve efeitos adversos ao nível da liquidez disponível no sistema, que

afectou não só o financiamento do Estado, como também o próprio sistema bancário

nacional com as consequências conhecidas também ao nível das empresas públicas e

no financiamento da actividade económica.

Com efeito, o acesso aos mercados de dívida mostrou-se já muito difícil na parte final

do ano para as empresas do Sector Empresarial do Estado. As revisões em baixa do

“rating” da República reflectiu-se imediatamente na degradação da qualidade

creditícia da generalidade das empresas, movimento ao qual a Parpública não deixou

de estar imune, tendo descido de uma notação de “A” (S&P) / “Aa2” (Moody’s) no

início do ano para “BBB” (S&P) / “A1” (Moody’s) no final do mesmo.

No caso específico da Parpública, o recurso ao mercado de dívida foi utilizado para

proceder à 5ª fase de reprivatização da GALP, tendo sido emitidos 885,65 Milhões de

Euros de obrigações permutáveis em finais de Setembro, que tinham subjacentes

acções representativas de 7% do capital da empresa. Atendendo às condições de

mercado, esta foi a única operação de reprivatização concluída no exercício.

Em Dezembro, a Parpública procedeu à amortização integral do empréstimo por

obrigações permutáveis de 2004 no montante total de 572,8 Milhões de Euros, relativa

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à 5ª fase de reprivatização da EDP, cuja recompra de títulos havia já sido iniciada em

2008 e prosseguida ao longo de todo o ano de 2010.

No demais, o endividamento da Parpública sofreu um aumento induzido, na sua

totalidade, pela operação de reprivatização da GALP atrás mencionada, traduzindo

também um acréscimo no endividamento de curto prazo, via que permitiu compensar

a degradação das condições de acesso aos mercados obrigacionistas. Este aumento

reflete as necessidades de financiamento das operações com que a Parpública se viu

confrontada no exercício, com especial ênfase na aquisição de imobiliário.

Neste aspecto, releva a imposição de um objectivo plurianual de limite ao aumento do

endividamento das empresas do sector empresarial do Estado, que foi fixado em 6%

para o exercício ora findo.

O ano de 2010 saldou-se por resultados individuais e consolidados que se podem

considerar bastante positivos, pese embora se tenha registado uma redução em

termos de montante em consequência directa da conjuntura económica

extremamente adversa, mas também decorrente das alterações no referencial

contabilístico com a adopção das IFRS na globalidade do Grupo Parpública.

Os ganhos nas acções e opções associadas às emissões de permutáveis e em outros

instrumentos derivados contribuíram significativamente para o resultado obtido,

destacando-se a emissão de obrigações permutáveis associada à 5ª fase de

reprivatização do capital da GALP.

O exercício de 2010 foi também marcado por algumas iniciativas legislativas

significativas ao nível do governo e funcionamento das empresas que integram o

sector empresarial do Estado. Destacam-se, pelo seu simbolismo, as medidas de

redução salarial dos gestores públicos, com efeitos a partir de Junho, a que se

juntaram medidas de implementação em 2011, tais como, a redução salarial de todos

os trabalhadores das empresas de capitais maioritariamente públicos e a redução dos

custos operacionais, incluindo os FSE, em 15%. Prosseguiu igualmente a

implementação das orientações e medidas legislativas que impedem o pagamento de

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remunerações variáveis à gestão e aos colaboradores das empresas de capitais

maioritariamente públicos.

No plano organizacional, para além do reforço e consolidação dos mecanismos de

controlo interno, foi dado corpo a um departamento de auditoria interna, reforçando

desta forma a estrutura de governo da sociedade e do Grupo.

Por último, referência para o facto da actual Administração ter assumido funções em

17 de Maio, após ter sido eleita para um mandato de 3 anos na Assembleia-Geral que

teve lugar na mesma data.

� PERSPETIVAS PARA 2011

� PERSPETIVAS MACRO

De acordo com as previsões mais recentes do BdP a economia portuguesa em 2011

deverá contrair-se 1,4% em resultado das medidas de consolidação fiscal e orçamental

que estão previstas para este ano, sendo de esperar um agravamento das mesmas por

via do programa que o Fundo Europeu de auxílio, conjugado com o FMI, certamente

exigirá como contrapartida para o financiamento intercalar nos próximos 2 anos. Neste

capítulo, a forte contração do consumo privado interno e do consumo e investimento

públicos, poderá ser amenizada pelo aumento das exportações líquidas e a diminuição

das importações que resultem da recessão que está, já, em curso.

O período de ajustamento que antevemos, pelo menos nos próximos 2 anos,

equivalerá a uma redução dos níveis de procura interna, com o consumo privado a

diminuir menos que o consumo público, sendo de esperar também uma redução ao

nível do investimento público, substituída (espera-se) pelo investimento privado. O

ajustamento nos preços de alguns bens públicos, fornecidos por empresas públicas ou

de caráter privado, e nos de alguns bens de caráter privado mas fornecidos por

entidades públicas, a par do ajustamento esperado em baixa da curva de salários,

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terão um impato importante nos níveis de consumo, de importações, mantendo-se

nos próximos 12 meses uma baixa taxa de poupança. A subida esperada das taxas de

juros diretoras, e a evolução de subida concomitante das taxas euribor manterá o

setor imobiliário sobre enorme pressão neste contexto, produzindo resultados

depressivos nos preços do principal ativo detido pelas famílias, com consequências

potencialmente desastrosas no setor imobiliário.

O fato do rácio Loan to Book deste tipo de empréstimos vendidos pelos bancos ser

relativamente baixo (cerca de 60%), comparado com os restantes países europeus,

constitui uma válvula de segurança que permite a sua recolocação em mercado, em

caso de retoma de colateral face a crédito malparado, a preços suficientemente baixos

para a libertação de créditos mas à custa da baixa de preços no setor.

Num contexto de ponderação muito elevada dos fatores de risco associados à Divida

Soberana e à sustentabilidade na recuperação das economias, merece destaque a

evolução dos preços de mercado das matérias primas, nomeadamente o do petróleo,

dos bens e matérias agrícolas e dos metais primários básicos à atividade industrial. A

subida da procura mundial provocada pelo muito forte e rápido crescimento de

economias ditas emergentes densamente povoadas implica um crescimento

sustentado no preço daqueles bens com impato negativo nas economias ocidentais

sobretudo as menos dependentes das exportações. O impato em países pequenos,

com economias abertas, mas pouco dinâmicas, como Portugal, conduzirá a efeitos

ainda mais restritivos.

O diferencial de crescimento entre as economias da OCDE e a de países como os BRIC

(mas não só), introduz fatores de distorção políticos, sociais, financeiros e monetários

com reflexos ao nível da chamada taxa de pleno emprego, desemprego de longa

duração, capacidade e nível de endividamento das economias ocidentais com reflexos

de incerteza ao nível das taxas de câmbio. O preço do ouro – autêntica “moeda” e

valor de reserva psicológica é o reflexo disso mesmo.

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Portugal não está imune a estes fatores estruturantes. Bem pelo contrário. O

ajustamento necessário só terá sentido se caminharmos para um superavit sistemático

e sustentável ao nível das contas primárias do Estado. Num cenário de forte ameaça

por parte de países com grande dinamismo social, baixos custos de produção e

ambientes regulatório e legal permissivos, o fato de estarmos em presença de uma

potencial deslocação dos elementos dinâmicos da procura mundial para esses países

obriga a uma redobrada atenção à manutenção de fatores de competitividade

baseados em elementos de qualidade e não de quantidade.

A revisão em baixa do crescimento do PIB nos Países da OCDE e manutenção em níveis

elevados nos países emergentes, pelo 4º ano consecutivo, é demonstrativo. E já não é

coincidência.

É expetável que em 2011 os mercados bolsistas denotem maior volatilidade e

tendência incerta, não sendo seguro que a sua evolução seja globalmente

correlacionada.

Por outro lado, o processo de consolidação orçamental e fiscal por que a economia e a

sociedade Portuguesa passarão, deverá ser acompanhado pela proposição de uma

Agenda para o crescimento, nos limites que um processo de restrição fiscal permita. O

modelo de financiamento da economia, esse, estará sujeito às vicissitudes do

andamento da consolidação em curso, a ser monitorizada por entidades externas.

� PERSPETIVAS DE EVOLUÇÃO DA PARPÚBLICA

É num contexto de profunda crise financeira que a atividade da Parpública se terá de

desenvolver. A previsível aceleração dos processos de reprivatização e privatização

como forma de acorrer ao financiamento da economia e à redução da divida será uma

das traves fundamentais da atuação do Grupo.

O prosseguimento da venda das participações ainda não privatizadas detidas pela

Parpública, permite libertar meios financeiros para abate à divida existente. O

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lançamento dos respetivos processos de privatização será desenvolvido conforme as

condições e exigências de mercado o permitam, atento a urgência e necessidades que

o acionista determine em cada momento. A par do encaixe financeiro que

proporcionam globalmente, as privatizações previstas para alguns dos ativos

empresariais permitem uma reorientação dos seus modelos de gestão e negócio

libertando-as dos constrangimentos dos Passivos que atualmente impendem sobre

elas.

A par, será necessária a definição legal do reforço dos poderes do Estado e da

República em setores em que se inserem algumas das empresas públicas a privatizar,

como forma de manter sobre controlo a capacidade, qualidade e disponibilidade de

acesso a alguns bens essenciais à economia, embora fornecidos por entidades

privadas, como é, por exemplo, o caso da energia e dos combustíveis ou da

manutenção de um “hub” de transportes aéreos no País.

As privatizações anunciadas em sede de Programa de Estabilidade e Crescimento e nos

pressupostos da Lei do Orçamento de Estado para 2011, serão conduzidas no âmbito

legal de acordo com os Decretos-Leis que os suportem casuisticamente. Estarão nesse

caso, a TAP, a REN, a ANA e mesmo a EDP, entre outras.

Os projetos imobiliários continuarão a merecer uma atenção particular, agora

redobrada pela situação de apatia que o mercado vive, acoplada às restrições na

capacidade e no custo de financiamento aos projetos em carteira e particularmente

em relação a novos projetos.

Num ambiente restritivo, causado pela quebra nos fluxos de liquidez, será necessário

utilizar outras soluções, mais realistas, procurando parcerias, com entidades públicas

(como as Autarquias) ou privadas que aduzam valor e exequibilidade na realização dos

projetos. A baixa taxa de execução e venda dos projetos face à rigidez e custo do

financiamento assim o obrigam.

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A preocupação com a Divida existente obrigará a uma atenção redobrada na tentativa

de valorização e venda de alguns ativos com liquidez quase imediata como forma de,

na altura própria, reduzir o stock de divida.

A prazo mais dilatado, e após o cumprimento integral do plano de privatizações em

carteira, colocar-se-á mesmo a necessidade de reequacionar o papel da Parpública

enquanto empresa do Estado vocacionada para a gestão e acompanhamento

profissionalizado das empresas com participação Estatal, à semelhança de algumas

congéneres europeias.

Entretanto, apesar de um novo modelo desenhado por Decreto-Lei para o

acompanhamento das PPP´s, a unidade da Parpública que efetua a gestão dos estudos,

modelos e renegociação eventual das mesmas prosseguirá o seu trabalho, sobretudo

em tempos que irão exigir monitorização e rigor acrescidos na defesa dos interesses

do Estado e dos contribuintes, a par da reserva de valor que essas infra-estruturas

merecem.

� FINANCIAMENTO E GESTÃO DO RISCO

� Estrutura e Maturidade do Financiamento

No exercício de 2010, o Passivo de Financiamento da Parpública, considerado em

valores nominais, registou um aumento de 1.080,7 Milhões € (M€), equivalente, em

termos relativos, a cerca de 29%. Este acréscimo consubstanciou-se através (i) da

emissão de Obrigações Permutáveis GALP no âmbito da sua 5ª fase de reprivatização,

no montante de 885,7 M€, (ii) da emissão de 710 M€ de Papel Comercial, e (iii) da

amortização do empréstimo de Obrigações Permutáveis EDP 2005, no montante de

514,9 M€. O Passivo de Financiamento da Parpública, em termos nominais, registou a

seguinte evolução:

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2006 2007 2008 2009 2010

Curto Prazo 500,0 780,0 710,0

Eurobonds 2.090,0 1.400,0 1.400,0 2.200,0 2.200,0

Obrigações Permutáveis EDP 1.588,0 1.530,1 1.530,1 1.015,2

Obrigações Permutáveis GALP 885,7

Total 2.590,0 2.988,0 3.710,1 3.730,1 4.810,8

Passivo de Financiamento Nominal

Em milhões de Euros

Considerando as disponibilidades no final do ano, verifica-se que o Passivo de

Financiamento Nominal Líquido se situava no final de ano em 4.796 M€, o que

representa um crescimento de 38% face a 2009, devido à ação conjugada do aumento

do passivo e da redução das disponibilidades.

(Em milhões de Euros)

Passivo de Financiamento Nominal Líquido de Disponibilidades

3.474,9

4.796,0

0,0

1.000,0

2.000,0

3.000,0

4.000,0

5.000,0

6.000,0

2009 2010

No que respeita ao plano de reembolsos no final de 2010, o Passivo de Financiamento Nominal

da Parpública apresentava a seguinte calendarização:

(Em milhões de Euros)

Plano de Reembolsos do Passivo de Financiamento Nominal

0

200

400

600

800

1.000

1.200

2011 2012 2013 2014 2017 2020 2026

Eurobonds Obrigações Permutáveis EDP Obrigações Permutáveis GALP

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Deste modo, verifica-se que a maturidade média do Financiamento Nominal no final

de 2010 era de 5 anos, sendo que para as Obrigações Permutáveis a sua maturidade

era de 5,3 anos e para as Eurobonds era de 6,5 anos.

Evolução da Taxa Média

Em 2010 a Taxa Média Ponderada do Passivo da Parpública foi de 3,5% tendo

registado um ligeiro aumento relativamente a 2009 (3,3%) como consequência do

agravamento das condições de mercado. Esta análise considerou os juros suportados,

os fluxos associados a operações de swap e a anualização das despesas na montagem

das operações de financiamento.

Apesar do agravamento dos mercados financeiros ao longo do ano de 2010, o

acréscimo na Taxa Média Ponderada da dívida não foi mais significativo pelo fato da

dívida de médio e longo prazo ser constituída essencialmente por taxa fixa.

(Por maturidade)

Taxa Média Ponderada do Passivo de Financiamento

2,0%

2,5%

3,0%

3,5%

4,0%

4,5%

5,0%

2005 2006 2007 2008 2009 2010

Curto Prazo Médio e Longo Prazos Total

No que se refere às Taxas Médias Ponderadas, ventiladas por tipo de instrumento, a

sua evolução de 2009 para 2010 carateriza-se essencialmente por um ligeiro acréscimo

nas taxas médias associadas ao Papel Comercial de 2,5% para 2,6%, e pelo acréscimo

nas taxas médias das Obrigações Permutáveis devido à nova emissão em 2010. Os

Eurobonds apresentam uma ligeira redução de 3,6% para 3,5%.

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(Por tipo de instrumento)

Taxa Média Ponderada do Passivo de Financiamento

2,0%

2,5%

3,0%

3,5%

4,0%

4,5%

5,0%

2005 2006 2007 2008 2009 2010

Papel Comercial Eurobonds Obrigações Permutáveis

Os swaps de taxa de juro, contratados com o objetivo de diversificar o risco de taxa de juro,

representam no final de 2010 11,43% do total da dívida. Os seus cash flow ascenderam neste

ano a 5 M€. Acresce que no exercício os swaps apresentaram uma evolução negativa no seu

justo valor o que se traduziu numa perda de 0,8 M€.

Evolução dos Fluxos associados na óptica financeira

Os juros pagos e corridos no exercício de 2010, incluindo a anualização de outras

despesas ocorridas na montagem das operações de financiamento e os fluxos dos

swaps associados, ascenderam, em termos absolutos, a cerca de 137 M€, quando no

exercício de 2009 se tinham situado em cerca de 123 M€. Este acréscimo, entre os dois

exercícios, que se situa percentualmente em cerca de 12%, é o reflexo do aumento da

dívida média do período, que registou entre os dois anos um acréscimo equivalente a

5%, passando de 3.762 M€ para 3.945 M€, conforme se verifica pela evolução do

Passivo Médio Ponderado de Financiamento e os respetivos encargos totais.

2009 2010

Passivo Médio de Financiamento (valor) 3.762,12 3.945,01

Passivo Médio de Financiamento (evolução) 100,0% 104,9%

Juros e Encargos (valor) 123,42 137,62

Juros e Encargos (evolução) 100,0% 111,5%

Evolução do Passivo Médio Ponderado de Financiamento e Encargos

Em milhões de euros e em percentagem (base 2009)

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Sendo a Parpública uma sociedade gestora de participações sociais, a fonte principal

dos seus rendimentos são os dividendos recebidos das participadas, e os juros dos

suprimentos que concede às mesmas. Origem marginal de proveitos consiste nos juros

de aplicações de excedentes de tesouraria, quando ocorrem. Em 2010 a evolução dos

fluxos financeiros associados ao financiamento e à carteira de participações, permite

concluir que a Parpública continua a gerar fluxos financeiros significativos mantendo

níveis confortáveis face às responsabilidades existentes, sendo imperativo que

continue a monitorizar a relação entre Juros Suportados e Dividendos a Receber.

2009 2010 Variação

Dividendos 202,96 215,13 6%

Juros de Empréstimos Concedidos 25,01 13,87 -45%

Juros de Aplicações 1,08 1,98 84%

Total 229,05 230,99 1%

Juros e Encargos (1) 123,42 137,62 12%

Saldo 105,63 93,37 -12%

(1) Juros pagos e corridos e outros encargos suportados anualizados

Fluxos Financeiros associados ao Financiamento e à Carteira

Em milhões de euros

Custo Líquido dos Instrumentos de Dívida e Subjacentes

No ponto de vista económico, para além dos fluxos financeiros, o custo líquido dos

Instrumentos Financeiros de Dívida e Subjacentes, contempla as suas variações de

justo valor, nomeadamente associados às Obrigações Permutáveis em circulação.

O custo total líquido da dívida apurado na óptica económica apresenta uma

componente importante de variáveis que não são controladas pela Parpública e que

estão relacionadas com a cotação das ações EDP e da GALP, que constituem o Ativo

Subjacente das duas emissões de Obrigações Permutáveis, com reflexo no respetivo

valor das Opções e dos Ativos.

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� Gestão do Risco Financeiro

No exercício da sua atividade a Parpública identifica as seguintes áreas de riscos

financeiros que podem afetar o seu valor patrimonial: (i) risco de crédito, (ii) risco de

liquidez, e (iii) risco de mercado, no qual se identificam o risco de margem dos

investidores, o risco de taxa de juro, o risco de capital e o risco associado às obrigações

permutáveis em circulação.

I. Risco de crédito

O Risco de Crédito a que a Parpública está exposta está relacionado com as aplicações

financeiras dos seus excedentes de tesouraria, com as contrapartes dos swaps

contratados e com os suprimentos concedidos às suas participadas. Os suprimentos

concedidos pela Parpública são sempre a favor de participadas cuja gestão é por si

controlada e em que a aplicação dos fundos é orientada para investimentos que

demonstrem um retorno adequado. A remuneração dos suprimentos é igual ou

ligeiramente superior ao custo médio da dívida da Parpública. A aprovação dos

suprimentos é da responsabilidade da Comissão Executiva da Parpública.

II. Risco de Liquidez

O Risco de Liquidez da Parpública está coberto com a existência de quatro programas

de Papel Comercial no montante total de 2.200 M€, os quais estão contratados com

instituições financeiras de reconhecida solidez. O downgrade operado pelas Agências

de rating internacionais, Moody’s e Standard & Poor’s, pode colocar restrições ao

pleno cumprimento dos programas contratados.

III. Risco de Mercado

Risco de Margem dos Investidores

Para minimizar o Risco de Margem dos Investidores com o consequente aumento de

spreads, os Contratos de Papel Comercial contratados tinham fixado, em 31/12/2010,

até ao limite de 1.150 M€, um spread fixo que vigora até à data da sua renovação.

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Risco de Taxa de Juro

O risco de taxa de juro consiste no risco do custo de financiamento devido à variação

da taxa de juro do mercado relativamente à dívida contratada a taxa variável, e no

risco de flutuação do valor de um instrumento financeiro, originada pela flutuação das

taxas de juro de mercado. A Parpública tem optado maioritariamente pela emissão de

dívida a taxa fixa e tem contratado swaps de taxa de juro de modo a diversificar este

risco.

A dívida de médio e longo prazo da Parpública, no que respeita ao tipo de taxa de juro

contratada, manteve a distribuição do ano de 2009, ou seja, 96% em taxa fixa e o

restante em taxa variável. Assim, com uma tão elevada percentagem de dívida emitida

a taxa fixa a Parpública tem, em termos de cash flow, uma reduzida exposição à

flutuação de taxa de juro.

Tipo de Taxa de Juro Contratada

(em 2010)

Dívida a Taxa Fixa

96%

Dívida a Taxa

Variável

4%

Em termos de justo valor existe exposição da Parpública às alterações da taxa de juro

do mercado, quer em termos positivos quando se verifica um aumento, quer em

termos negativos quando se verifica uma redução das mesmas.

A Parpública tem contratadas três estruturas de swaps de taxa de juro, com vista à

dispersão do risco de taxa de juro (swap de taxa fixa para taxa variável, swap de taxa

variável para taxa variável e swap de taxa fixa para taxa fixa). O montante total das

estruturas é de 550 M€, o que representa cerca de 13,41% da dívida de médio e longo

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prazo da Parpública. O conjunto das três estruturas obteve, nos anos de 2009 e 2010,

os impatos que seguidamente se indicam, em termos de cash flow e de variação do

justo valor:

(em milhares de euros) 2009 2010

Cashflow do exercício 4.643,8 4.964,9

Variação do justo valor do exercício 7.638,0 -822,7

Os fluxos previsionais, não descontados, dos juros da dívida de médio e longo prazo

existente e dos swaps contratados, são os seguintes:

31 de Dezembro de 2010 (em mi lhares de euros )

Fluxos Previsionais, não descontados Menos de 1 ano Entre 1 a 5 anos Mais de 5 anos Total

Juros da dívida de MLP a pagar -160.965,5 -538.717,3 -327.726,5 -1.027.409,3

Fluxos dos Swaps 3.864,0 8.087,4 5.611,2 15.639,2

31 de Dezembro de 2009 (em mi lhares de euros )

Fluxos Previsionais, não descontados Menos de 1 ano Entre 1 a 5 anos Mais de 5 anos Total

Juros da dívida de MLP a pagar -128.619,7 -436.239,1 -271.878,3 -836.737,1

Fluxos dos Swaps 4.352,2 6.842,5 5.966,5 16.008,3

Risco de Capital

A decisão sobre contratação de dívida por parte de Parpública é tomada pela Comissão

Executiva e apresentada para aprovação aos órgãos competentes (Conselho de

Administração e Acionista).

Esta decisão tem por base as políticas e decisões de investimento e desinvestimento

adoptadas, as previsões de dividendos a receber, a política definida de dividendos a

pagar e a optimização do custo do capital.

O peso do capital alheio no total do capital utilizado pela Parpública no

desenvolvimento da sua atividade deverá manter-se em níveis adequados de

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exposição da empresa ao risco financeiro, de forma a não comprometer tanto o seu

desenvolvimento, como a capacidade de cumprimento do serviço da dívida.

O gearing ratio, utilizado para monitorizar o peso do envolvimento dos capitais alheios

no capital total utilizado, evoluiu da seguinte forma, resultado do aumento do

endividamento conjugado com a redução de disponibilidades:

2009 2010

Dívida Remunerada (Balanço) (1) 3.713,7 4.853,7

Caixa e Equivalentes (2) 255,1 14,8

Passivo de Financiamento Líquido (3) = (1 - 2) 3.458,5 4.838,8

Capitais Próprios (Balanço) (4) 2.423,4 2.381,0

Capital Total (5) = (3+4) 5.881,9 7.219,9

Gearing Ratio (6) = (4 / 5) 41% 33%

Gearing Ratio

Em milhares de euros

Risco da Dívida Titulada por Obrigações Permutáveis

No âmbito da 7ª fase de reprivatização da EDP e da 5ª fase de reprivatização da GALP, foram

emitidas pela Parpública Obrigações Permutáveis em Ações daquelas Empresas, as quais dão

aos seus detentores o direito de serem reembolsados pelo valor nominal da emissão se na

data da respetiva maturidade o preço das ações da EDP ou da GALP, conforme o caso, forem

inferiores ao preço de conversão de cada emissão, ou de serem reembolsados com base no

preço das ações que se verificar no momento, se este for superior ao preço de conversão.

Apresenta-se seguidamente a evolução do valor da paridade da emissão das Obrigações

Permutáveis EDP 2007/2014 (Parity Value), determinada pela evolução das cotações da ação,

comparativamente com o valor nominal dessas emissões (Strike Price) e com o preço das

obrigações do mercado (valores médios anuais). Verifica-se que esta emissão estava no final

de 2010 out-of-the-money (cotação das ações da EDP abaixo do Strike Price). De fato desde

2007 esta emissão tem estado sempre out-of-the-money.

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(Em percentagem)

Obrigações Permutáveis EDP 2007/2014 (7ª fase)

30,0%

55,0%

80,0%

105,0%

2007 2008 2009 2010

Parity Value Strike Price Bond Price

Na mesma análise mas agora respeitante à evolução do valor da paridade da emissão

das Obrigações Permutáveis GALP 2010/2017, que foi emitida no final do 3º trimestre,

verifica-se que até ao final de 2010 esta esteve também sempre out-of-the-money.

(Em percentagem)

Obrigações Permutáveis GALP 2010/2017 (5ª fase)

80,00%

100,00%

120,00%

Set-10 Out-10 Nov-10 2010

Parity Value Strike Price Bond Price

De acordo com as normas contabilísticas em vigor, a opção embutida nestes

empréstimos e os respetivos ativos subjacentes são mensurados ao seu justo valor,

assegurando-se o matching na mensuração.

A evolução conjugada do Justo Valor das Opções e do Justo Valor dos Ativos

Subjacentes determina os ganhos ou perdas reconhecidos no final de cada exercício. O

aumento do valor da opção representa uma perda para a Parpública, enquanto o

aumento do valor do ativo subjacente representa um ganho. No quadro seguinte

apresenta-se o efeito líquido das referidas variações no final de cada exercício.

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2009 2010

Variação do Valor das Opções -64,79 54,67

Variação do Valor do Activo Subjacente 124,04 246,75

Efeito Líquido 188,83 192,08

Variação do Valor das Opções e do Activo Subjacente

Em milhões de euros

Na data de reembolso, a opção do pagamento integral em activo subjacente (acções)

só é possível se as obrigações estiverem “in-the-money” ou “at-the-money”. No caso

de estarem “out-of-the-money”, existirá sempre a necessidade de acorrer ao

pagamento em dinheiro pelo diferencial entre o valor das ações e o montante do

reembolso.

� POSIÇÃO FINANCEIRA E DESEMPENHO DA SGPS

A análise é efetuada tendo por base as demonstrações financeiras separadas que

integram os presentes documentos de prestação de contas, nas quais estão

mensuradas ao justo valor, além dos derivados, os passivos relativos a opções

embutidas em empréstimos obrigacionistas, os ativos respeitantes a ações

subjacentes a tais opções e outras ações que não respeitem a associadas ou

subsidiárias. As participações em subsidiárias e associadas estão mensuradas pelo

custo deduzido de perdas de imparidade acumuladas, quando existam. Os

empréstimos obrigacionistas estão mensurados pelo custo amortizado, com quantia

inferior ao valor nominal pela parte das despesas com a emissão ainda não imputadas

com base no juro efetivo.

As demonstrações financeiras não são comparáveis com as usadas para a análise em

exercícios anteriores por alteração do normativo contabilístico e de relato financeiro.

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Activos Financiamento Activos Financiamento

1%

Legenda :

Outros Passivos

Passivo de Financiamento

Capital Próprio

Activos correntes

Activos não correntes

Total Activo Líquido:

31-12-09 = 6.436 Milhões €

31-12-10 = 7.945 Milhões €

2009 2010

Activos e financiamento dos activos em 2009 e 2010

5% 5%9%

99%95%

58%

61%

38%30%

� ATIVOS E RENDIBILDADE

O ativo é de 7.945 M€ (6.436 M€ em 31-12-2009) sendo na quase totalidade

representado por ativos não correntes relativos às atividades fundamentais da

empresa na gestão e reprivatização de participações sociais. Os ativos não correntes,

de 7.894 M€ (6.144 M€ em 31-12-2009), são constituídos essencialmente por

participações em subsidiárias, associadas e outras empresas, por suprimentos a

subsidiárias e por adiantamentos por conta da aquisição de novas participações

decorrentes de entrega de receitas de reprivatizações por força do disposto na Lei n.º

11/90, de 05 de Abril.

O valor dos recursos económicos à disposição da empresa, expressos pelo total do

ativo aumentou em 1.509 M€ (23%) devido essencialmente ao aumento nos ativos

não correntes, com 622 M€ em participações financeiras, 397 M€ em suprimentos

concedidos a subsidiárias e 731 M€ relativos a adiantamentos. O aumento das

participações deve-se ao efeito conjugado das aquisições ações da EDP por 676 M€,

de ganhos líquidos por mensuração de ações ao justo valor de 253 M€ e de perdas

por imparidade de 211 M€.

De notar que 1.210 M€ (1.321 M€ em 31-12-2009 e média de 1.266 M€) do ativo

respeitam ao valor das ações da EDP e da GALP com processo financeiro de

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reprivatização em curso no final do ano, através de emissões de obrigações

permutáveis que se exprimem no passivo. As ações envolvidas nestas operações de

reprivatização concorrem positivamente para o EBIT com 299 M€ (rendimentos de

dividendos de 46 M€, perdas líquidas de justo valor de 58 M€ e, este ano - apenas -

ganho de 311 M€ no reconhecimento inicial das ações da GALP como ativo

subjacente). Face à média do valor de ambos os ativos, estas operações geram uma

rendibilidade de 24%, mas de – 1% excluindo o ganho no reconhecimento das ações

da GALP designadas como ativo subjacente, e tudo se devendo conjugar com os

efeitos do passivo (juros efetivos e variação das opções) analisados adiante.

Fora do envolvimento nas referidas operações de reprivatização, têm-se 6.684 M€

(4.823 M€ em 31-12-2009 e média de 5.754 M€) nos ativos não correntes e efeitos de

-26 M€ no EBIT (não contando com 55 M€ de perdas líquidas de justo valor nas

opções embutidas em obrigações permutáveis a considerar adiante no custo do

financiamento). A rendibilidade é de –0,5%, decorrendo essencialmente da

inexistência de remuneração dos adiantamentos (saldo médio foi de 906 M€) e da

ocorrência de perdas por imparidade relevantes (211 M€).

Formação Aplicação Formação Aplicação

2%

Legenda :

0% Resultado líquido

Imposto sobre o rendimento

Juros e gastos similares

Outros rendimentos e gastos

Rendimentos de dividendos

0% EBIT:

31-12-09 = 434,6 Milhões €

31-12-10 = 218,8 Milhões €

Formação e aplicação do EBIT em 2009 e 2010

30%

98%

2009 2010

47%

53%

31%

69%

70%

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� ESTRUTURA E CUSTO DOS CAPITAIS

O capital próprio é de 2.381 M€ (2.423 M€ em 31-12-2009), líquido de 972 M€ de

entradas a realizar. O passivo remunerado é de 4.854 M€ (3.714 M€ em 31-12-2009),

do qual 4.144 M€ (3.176 M€ em 31-12-2009) com maturidades a médio e longo prazo.

Assim, os capitais de financiamento totais são de 7.235 M€ (6.137 M€ em 31-12-

2009). Os capitais de financiamento estável ascendem a 6.525 M€ (5.599 M€ em 31-

12-2009).

O peso do capital próprio nos capitais de financiamento totais é de 33% (39% em 31-

12-2009). A cobertura do ativo não corrente por capitais estáveis é de 83% (91% em

31-12-2009).

As operações de reprivatização de ativos através de emissões de obrigações

concorrem para o passivo (bond floor e option) com 1.948 M€ (1.519 M€ em 31-12-

2009 e média de 1.734 M€). Os gastos e perdas com estes passivos são de 118 M€ (63

M€ em juros efetivos e 55 M€ por aumento do justo valor das opções embutidas), que

relacionados com a média deste tipo de passivo traduzem custo de 6,8%.

Fora estas obrigações, o passivo remunerado é de 2.906 M€ (2.195 M€ em 31-12-

2009 e média de 2.551 M€), tendo gerado gastos de juros efetivos de 91 M€, que

relacionados com a média destes passivos conduzem a custo de 3,6%.

� CRIAÇÃO DE VALOR FINANCEIRO

Considerando as quantias médias entre a posição do balanço em 31-12-2009 e 31-12-

2010, têm-se os seguintes rácios explicativos da formação da rendibilidade dos

capitais próprios (quantias em M€):

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EBIT'/AT PT/CP CF/PT RL/RAI RL/CP

1 2 3 4 1+2*(1-3)*4

274 / 7.191 4.789 / 2.402 209 /4.789 65 / 65 65 / 2.402

3,80% 2,0 4,40% 1,0 2,70%

AT – Ativo total; CP – Capital próprio; PT – Passivo total; EBIT’– Resultado operacional ajustado pela não

inclusão das variações de justo valor nas opções no passivo; CF – Custo do financiamento, incluindo variações

de justo valor nas opções no passivo; RAI – Resultado antes de impostos; RL – Resultado líquido

A rendibilidade dos capitais próprios fica abaixo da rendibilidade conseguida dos

ativos, sendo a diferença negativa entre esta e o custo do financiamento potenciada

pela alavancagem na estrutura dos capitais.

As operações de reprivatização através de emissões de obrigações permutáveis

concorrem em 2010 para a rendibilidade dos capitais próprios com os efeitos da

rendibilidade nas ações (24%, mas negativa 1% excluindo o ganho inicial nas ações da

GALP) e do custo das obrigações (6,8%).

Excluindo os efeitos destas operações, a rendibilidade é negativa de 0,5% e o custo do

financiamento é de 3,6%.

A criação de valor financeiro - de que a rendibilidade do capital próprio é um

indicador - é apenas uma das vertentes a considerar no desempenho da empresa,

atento o seu papel instrumental na gestão e reprivatização de ativos oriundos do

Estado; sobre essas vertentes do desempenho em outras partes deste relatório se dá

conta.

� FLUXOS DE CAIXA

Os fluxos relacionados com o EBIT foram integralmente utilizados na remuneração

dos capitais disponibilizados à empresa

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Os fluxos de caixa relacionados com o EBIT, os fluxos de caixa livres para decisão do

acionista e os fluxos de caixa após dividendos pagos ao acionista têm a seguinte

composição (em M€):

1,4 2,2

-0,9

Fluxos relacinados com o

EBIT

Dividendos

pagos

Fluxos de

caixa para

autofinanci

amento

Juros pagosImposto s/

rendimento

-65,0

32,6

Formação e aplicação dos fluxos relacionados com o EBIT em 2009

210,7

-115,3

Juros Rec.

15,2

Div.

Recebidos

203,0

Act. Op.

-7,5

Formação e aplicação dos fluxos relacionados com o EBIT em 2010

Juros pagosImposto s/

rendimento

Act. Op.

-3,6

Dividendos

pagos

Fluxos de

caixa para

autofinanci

amento

232,2

Fluxos relacinados com

o EBIT

Div.

Recebidos

217,1

Juros Rec.

18,7 -127,5

-107,0

� SITUAÇÃO FINANCEIRA E RESULTADOS CONSOLIDADOS DO

GRUPO

� SITUAÇÃO FINANCEIRA

Apesar dos constrangimentos que condicionaram a atividade do Grupo Parpública em

vários dos seus segmentos o ativo consolidado cresceu cerca de 15% ascendendo no

final do ano de 2010 aos 18.739 M€. Como em anos anteriores os segmentos mais

relevantes em termos de ativos foram o segmento das Águas e Resíduos e o da Gestão

de Outras Participações e Diversos, este último integrando os ativos da Parpública, da

Capitalpor e a participação na Parcaixa. Estes dois segmentos representam cerca de

75% do total dos ativos do Grupo, percentagem ligeiramente superior à registada em

2009.

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26

18% 18% Legenda :

Outros Passivos

Passivo de Financiamento

Capital Próprio

Activos correntes

Activos não correntes

Total Activo Líquido:

31-12-09 = 16.297 Milhões €

19% 17% 31-12-10 = 18.739 Milhões €

2009 2010

Estrutura do Balanço Consolidado do Grupo em 2009 e 2010

82% 53%

28%

82%

29%

54%

Analisando o Grupo Parpública enquanto entidade económica independentemente

dos detentores do capital conclui-se que os capitais próprios e equiparados (ou seja,

incluindo os subsídios ao investimento os quais, por não serem exigíveis, são

equiparados a fundos próprios) ascendem agora aos 5.048,8 M€, valor que compara

com os 5.100,8 M€ registado no final de 2009, sendo de referir que a ligeira redução

verificada (- 52 M€) se deve em exclusivo à diminuição dos subsídios ao investimento.

Os fundos próprios asseguram 27% das necessidades de financiamento do Grupo,

percentagem ligeiramente inferior à verificada em 2009 que foi de 31%, redução

justificada pela já referida diminuição em cerca de 100 M€ dos subsídios ao

investimento, recebidos principalmente pela ANA e pela AdP.

Os passivos de financiamento e diversos registaram um aumento de 20 %, explicado

pelo crescimento do endividamento da ANA e da AdP no âmbito do financiamento de

investimentos em infraestruturas em curso, mas principalmente pelo aumento

verificado nos segmentos de Gestão e Promoção Imobiliária e de Gestão de Outras

Participações e Diversos, derivado no essencial das necessidades de financiamento do

programa de aquisição de imobiliário num caso e pelo financiamento da aquisição de

ações para a carteira da Parpública, acrescido do efeito da operação de reprivatização

da GALP por recurso à emissão de obrigações convertíveis no outro. Também os

passivos dos negócios apresentam um crescimento originado no segmento de Gestão

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de Outras Participações e Diversos e explicado pelo passivo originado pelo

financiamento da aquisição de ações para a carteira da Parpública.

� RESULTADOS CONSOLIDADOS

Em 2010 o resultado do exercício nas empresas que integram o Grupo Parpública

registou uma quebra significativa tendo-se situado nos 158,5 M€, quando em 2009

havia alcançado os 559,3 M€, sendo que, após a consideração dos interesses

minoritários, o resultado consolidado da Parpública foi de 98,2 M€. Esta expressiva

redução teve origem principalmente nos segmentos das Atividades Aeronáuticas,

devido à evolução negativa do Grupo TAP, e na Gestão de Outras Participações e

Diversos, neste caso refletindo a redução do resultado da Parpública, SGPS, em contas

separadas.

Valores em milhares de euros

Gestão de

O. Particip.

e Diversos

Gestão e

Promoção

Imobiliária

Explor.

Agrícola,

Pecuária e

Florestal

Produção de

Moeda e

Publicações

Actividades

Aeronáuticas

Águas e

Resíduos

R esultado

C o nso lidado

2010

98.217

48.597 56.982

14.966

705

-4.059

-18.980

Resultado Líquido Consolidado de 2010

O EBITDA Consolidado em 2010 foi de 907,1 M€, correspondente a uma redução de

25% relativamente ao apurado em 2009, totalmente explicada pela variação ocorrida

no segmento de Gestão de Outras Participações e Diversos traduzindo essencialmente

a redução do valor de participações da Parpública por reconhecimento de

imparidades, nomeadamente, por serem as mais relevantes, as respeitantes à

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evolução da cotação das ações EDP, e as perdas potenciais escrituradas associadas a

obrigações permutáveis.

Total = 907.122 milhares €

EBITDA Consolidado em 2010

Águas e Resíduos

38%

Actividades Aeronáuticas

33%

Gestão de O. Participações

e Diversos25%

Produção Moeda e

Publicações2%

Gestão e Promoção

Imobiliária1%

Exploração Agrícola,

Pecuária e Florestal

0%

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RELATÓRIO ANUAL DE 2010

29

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30

ANÁLISE POR SEGMENTOS

� GESTÃO DE OUTRAS PARTICIPAÇÕES E DIVERSOS

Este segmento integra os ativos líquidos da própria Parpública e da Capitalpor, com

especial destaque para as participações na EDP, na REN e na GALP, e ainda os ativos de

sociedades com atividades diversas como a CE – Circuito do Estoril, a SPE – Sociedade

Portuguesa de Empreendimentos, a HCB – Hidroelétrica da Cahora Bassa e ainda a

participação na INAPA.

Em 2010, face a 2009, não houve alteração significativa do conjunto dos ativos

integrados neste segmento, sendo no entanto de salientar o aumento da participação

na EDP em resultado da aquisição pela Parpública de ações EDP representativas de 5%

do capital daquela sociedade e ainda a alteração de enquadramento da participação

na GALP na sequência da operação de reprivatização realizada através da emissão de

obrigações convertíveis, pelo que as ações continuam a integrar o ativo da Parpública

agora como ativo subjacente ao referido empréstimo.

Situação financeira

Os ativos deste segmento, que representam 36% dos ativos do Grupo, registaram um

crescimento 1.472 M€, traduzindo essencialmente os investimentos feitos na carteira

da Parpública, valor que é ligeiramente inferior ao aumento verificado pelos passivos

totais. O crescimento do passivo total é maioritariamente justificado pelo crescimento

do passivo de financiamento, o qual é constituído essencialmente pelo endividamento

da própria Parpública, cujo valor nominal cresceu no exercício 1.080,7 M€. Em

resultado destas variações, o capital próprio deste segmento apresenta uma ligeira

redução de 4,8%, assegurando cerca de 20% das necessidades de financiamento do

segmento, quando no ano anterior era de 27%, sendo de salientar que cerca de 27%

dos fundos próprios do Grupo Parpública estão afetos a este segmento, percentagem

semelhante à verificada no final de 2009.

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31

Resultado da atividade

O resultado apurado neste segmento, no montante de 49,7 M€, ficou

significativamente abaixo do valor alcançado em 2009 que ascendeu aos 390,6 M€.

Esta situação ficou a dever-se principalmente ao registo de imparidades, que

ascenderam aos 231,2 M€, traduzindo uma evolução negativa dos valores de mercado

de alguns ativos financeiros, bem como a redução do valor atribuído às participações

na HCB na SML – Sociedade Mineira do Lucapa, na qual a SPE detém uma participação

e na CE, imparidades determinadas face às mais recentes avaliações daquelas

empresas.

Com esta redução, o segmento deixou de ser o que mais contribui para a formação do

resultado consolidado, tendo em 2010 sido responsável por cerca de 50% do resultado

alcançado pelo Grupo Parpública, quando no ano anterior essa percentagem tinha sido

de 76%. Evolução semelhante correu ao nível do EBITDA, já que depois de em 2009 ter

justificado 43% do valor registado pelo Grupo em 2010 essa percentagem ficou-se

pelos 25%.

� GESTÃO E PROMOÇÃO IMOBILIÁRIA

O ano de 2010 fica marcado pela estagnação do mercado imobiliário, situação

resultante da agudização da crise do subprime, mas também do enquadramento

económico e financeiro gerado pelo sobreendividamento verificado em vários países

da zona euro, entre os quais Portugal. Como consequência, uma forte contração do

lançamento de novos projetos, a retração do número e do valor das transações, por

via da redução da procura e do financiamento bancário, a que se veio juntar o

alheamento dos grandes investidores, nacionais e estrangeiros.

O resultado foi uma profunda contração dos negócios, porventura um dos piores anos

pós 25 de Abril. O excessivo endividamento dos promotores associou-se às restrições

levantadas por parte da banca, conduzindo à suspensão de decisões e,

consequentemente, ao arrefecimento da oferta, tendo por contraponto uma procura

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afetada por igual comportamento: o adiamento de decisões pelo consumidor final e as

restrições de crédito que lhe eram entretanto impostas.

Neste contexto, o segmento imobiliário do grupo Parpública, assente em três pilares

operacionais - o Grupo Sagestamo, o Grupo Baía do Tejo, e a Lazer e Floresta -, regista

no período um desempenho modesto, por um lado, em resultado da sua natureza

instrumental para a colocação no mercado de património público, depois, pela frágil

tendência das vendas, e por fim, pela expressiva estagnação da promoção de novos

negócios imobiliários.

Situação Financeira

O segmento de negócio Gestão e Promoção Imobiliária abarca 10,5% dos ativos do

Grupo. O financiamento do segmento utiliza 11,8% dos fundos próprios do Grupo, a

que acrescem cerca de 842 M€ de suprimentos concedidos, cobrindo assim os fundos

do acionista cerca de ¾ das necessidades do segmento.

Apesar do quadro depressivo do mercado, o grupo Parpública continuou a exercer em

2010 a sua missão de intervenção na racionalização e reestruturação do património

imobiliário público, mantendo um elevado ritmo de investimento, atingindo o

conjunto de ativos imobiliários, um valor superior a 1.744 M€, apesar de se estar a

acentuar a tendência para o registo de quebras do justo valor, no essencial,

imparidades verificadas em alguns imóveis para venda face aos preços atuais de

mercado. Apesar disso, estas propriedades apresentaram globalmente um acréscimo

líquido superior a 410 M€, reflexo das ações que têm vindo a ser desenvolvidas no

sentido da sua valorização, designadamente na obtenção de projetos de

licenciamento, e na realização de estudos de reconversão de uso e para a definição de

parâmetros urbanísticos.

Em detalhe, e dada a contração apresentada pelo mercado, importa realçar a

concentração do investimento nos segmentos com potencial de escoamento mais

imediato, designadamente o do arrendamento (cresce mais de 62% de 2009 para

2010), passando este segmento, em conjunto com o dos imóveis para venda, a

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representar agora cerca de metade do património imobiliário em carteira. Ainda assim,

admite-se que talvez metade dos imóveis e instalações adquiridos em 2010 venham a

ser vendidos ou colocados formalmente no mercado de arredamento durante 2011,

especialmente junto de organismos do Estado e outras entidades públicas, ainda que

alguns outros possam vir a originar ganhos extraordinários resultantes do pagamento

de indemnizações por ocupação de espaço. Mas, por outro lado, é quase certo que ¼

das aquisições efetuadas não terá nenhum potencial de colocação a curto prazo.

Evolução do Património Imobiliário

M€

Para Venda (2)

Arrendado / Para Arrendamento (1)

Reconversão Urbanística (3)

Outras Situações (4) Total

2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009

Grupo Sagestamo (1) 268,40 123,80 463,90 239,60 673,80 689,60 1,90 1,30 1.408,00 1.054,30

Baía do Tejo (2) (3) (4)

11,90 12,20 120,30 120,40 128,30 69,90 4,30 4,30 264,80 206,80

Lazer e Floresta 19,30 19,92 41,24 37,01 10,94 10,60 71,48 67,53

TOTAL 299,60 155,92 584,20 360,00 843,34 796,51 17,14 16,20 1.744,28 1.328,63

(1) Inclui os Fundos de Investimento

(2) Terrenos disponíveis para venda ou arrendamento

(3) Inclui os terrenos da Margueira adquiridos em 2010

(4) Ativos utilizados pela Baía do Tejo

Ainda assim, os imóveis destinados a reconversão urbanística ou requalificação

territorial, de maior complexidade de abordagem e de escoamento tardio, continuam

a representar no total um peso relativo muito acentuado, constituindo-se, pelo tempo

de parqueamento em Balanço, num fator de enorme rigidez e desequilíbrio financeiro,

especialmente no caso do Grupo Sagestamo.

Referência ainda, para o fato de no final de 2010, no contexto do processo de

reformulação das estruturas com intervenção na requalificação urbanística dos

territórios na margem sul do estuário do Tejo (concelhos do Barreiro, Seixal e Almada),

ter sido dado início à extinção do Fundo de Investimento Imobiliário Fechado

Margueira Capital, e da respetiva sociedade gestora, tendo o património imobiliário

afeto sido adquirido pela Baía do Tejo.

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34

Resultados da Atividade

Como se pode verificar no quadro seguinte, os resultados globais da atividade

operacional do segmento mostram um comportamento animador embora ainda

modesto em face da dimensão dos ativos sob gestão. Do conjunto, apenas o Grupo

Sagestamo regista variações expressivas, designadamente as vendas, embora estas

decorram de processos iniciados no ano anterior e consumados em 2010.

Venda de Imóveis e Arrendamentos

M€

Venda de Imóveis Arrendamento

2010 2009 2010 2009

Grupo Sagestamo 68,20 27,87 18,30 14,60

Baía do Tejo 0,32 0,83 9,28 9,53

Lazer e Floresta 1,48 1,43

TOTAL 70,00 30,13 27,58 24,13

No particular, durante 2010 o comportamento dos três pilares responsáveis pelo

segmento Gestão e Promoção Imobiliária do Grupo Parpública, foi o seguinte.

GRUPO SAGESTAMO

O Grupo Sagestamo, constituído pela SGPS e por três empresas subsidiárias, Estamo,

Consest e Fundiestamo, encontra-se especialmente vocacionado para a gestão do

património imobiliário público e a modernização da logística dos serviços públicos,

disponibilizando por via do arrendamento instalações atualizadas, na sua

funcionalidade mas também no registo cadastral, para além da prestação de apoio à

modernização da gestão patrimonial do Estado. Dadas as condições de mercado, o

Grupo deverá continuar a evoluir no imediato, cada vez mais acentuadamente para o

segmento do arrendamento, tendo em conta as dificuldades ao nível da promoção

imobiliária, e dado que a colocação das vendas, ainda que apresentando um saldo

positivo (escrituras), tem vindo a diminuir em termos reais (contratos) e, sobretudo,

tendo por clientes entidades da esfera pública com evidentes reflexos na redução das

margens.

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35

Ainda assim, os objetivos fixados para o corrente ano para o Grupo Sagestamo foram,

com excepção das vendas contratadas (os 58,3 M€ de 2010, comparativamente aos

102,4 M€ de 2009), globalmente alcançados ou mesmo excedidos. Assim, para além

do segmento dos arrendamentos (+93,6% que no ano anterior), e das compras ao

Estado e outros entes públicos, num total de cerca de 359,8 M€ (valor superior em

13,2% ao do ano anterior), uma parte significativa da atividade do Grupo esteve

concentrada na valorização dos imóveis em carteira, através da elaboração de estudos

urbanísticos para aprovação pelos Municípios, bem como na reabilitação de edifícios

para arrendamento ou venda.

O parqueamento em carteira de um volumoso conjunto de imóveis, que a situação do

mercado está a prolongar no tempo, acentuando as dificuldades de venda (a quebra

das vendas contratadas no período foi de 43%), está a provocar a degradação das

margens empresariais, à qual se associaram as reduções do justo valor das

propriedades de investimento, tanto em 2009 mas, mais intensamente em 2010 (de -

3,1 M€ para uma perda de cerca de 14,7 M€). Assim, embora partindo de um EBITDA

positivo de 6,98 M€, o resultado foi uma nova situação económica deficitária, sendo o

Resultado Líquido do Grupo de -8,05 M€, um agravamento de 43% face ao ano

imediatamente anterior.

Ao nível organizacional procurou-se o reforço da gestão operacional, e efetuou-se a

redução da equipa de gestão da SGPS, de 7 para 3 Administradores. A Estamo

manteve-se como veículo estratégico para a compra de imóveis para revenda ou para

a promoção e desenvolvimento urbanístico e o arrendamento de imóveis para

instalação de serviços públicos. A Fundiestamo continuou a privilegiar a concentração

do negócio de arrendamento do Grupo nos Fundos de Investimento por ela geridos,

que passaram a ser três: o Fundo Estamo, o Fundiestamo I, e o Imopoupança, este

último lançado no final da primeira metade do ano.

O quadro previsional do mercado em 2011 não é de molde a esperar grandes

melhorias, antes se podendo antecipar o agravar das dificuldades com que a atividade

do Grupo se tem vindo a confrontar. O contexto sugere pois, uma estratégia centrada

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em assegurar um aumento de liquidez, quer através de uma mais agressiva colocação

dos imóveis no mercado, implicando o relançamento da área comercial, quer por uma

gestão financeiramente mais eficiente do segmento dos arrendamentos. De fato, com

o atual ritmo de vendas e arrecadação de rendas e indemnizações por ocupação de

espaço, não existe capacidade geradora dos fundos necessários para saldar os

compromissos financeiros assumidos, nem para acorrer à aquisição de mais

património imobiliário público. A improvável aquisição de divida nas atuais condições

de mercado condiciona a gestão da atual carteira de ativos e, sobretudo, as novas

aquisições de imóveis ao Estado e outras entidades públicas previstas realizar em

2011, que são da ordem dos 370 milhões euros. A dívida consolidada do Grupo1 era a

31 de Dezembro de 2010 de 1.172 M€, dando nota de um agravamento no período

superior a 400 M€. Assim, a continuidade do programa de aquisição de imobiliário ao

Estado estará necessariamente condicionado ao reforço dos capitais próprios do

Grupo, por encaixe financeiro direto ou indireto por conversão de suprimentos em

capital, após reforço dos capitais do acionista Parpública.

GRUPO BAÍA DO TEJO

Apesar das participações detidas noutras empresas, a atividade do Grupo Baía do Tejo,

SA confunde-se praticamente com o da empresa-mãe constituída na ponta final do

ano de 2009, através de um processo de fusão por incorporação, e tem por missão

promover a valorização e o desenvolvimento dos territórios antes detidos pelas

sociedades Snesges, Urbindústria e Quimiparque, localizados nos concelhos do

Barreiro, Seixal e Estarreja, uma gestão articulada com o Projeto do Arco Ribeirinho

Sul, que visa a requalificação urbanística de importante área dos concelhos a Sul do

Tejo

A Baía do Tejo passou a ter uma área global de intervenção de aproximadamente 540

hetares, em relação à qual deverá assegurar, em particular, a gestão e o

desenvolvimento dos parques empresariais do Barreiro, Seixal e Estarreja (com um

1 Individualmente consideradas, o endividamento global da Sagestamo SGPS era na mesma data de 1.205 M€, e o da Estamo de 1.225 M€.

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total de 276 clientes), para além do Parque Industrial de Torres Novas, em articulação

com o respetivo município. Os ativos propriedade da empresa atingiam o montante

aproximado de 264,8 M€ (28% mais do que em 2009), dos quais cerca de metade

estavam arrendados ou disponíveis para arrendamento ou venda, e praticamente a

outra metade destinada a requalificação territorial.

Em 2010, a desaceleração do mercado condicionou a atividade da empresa, obrigando

a um acompanhamento permanente e de proximidade aos clientes, tendo em vista

contrariar e suster a sua saída dos parques empresariais, situação que viria a ser

amortecida através da atratividade derivada da boa infra-estruturação dos espaços,

cobertos e descobertos, oferecidos para arrendamento ou venda. O valor consolidado

das vendas e serviços prestados foi da ordem dos 14,0 M€, registando ainda assim

uma variação de -7,1% em relação a 2009, em grande parte justificada pela partida de

clientes, perante a redução ou extinção da respetiva atividade.

No que concerne aos projetos de requalificação territorial em curso há a anotar o

seguinte: a proposta de Plano de Pormenor da Quimiparque, no concelho do Barreiro,

aguardava parecer em sede de concertação, perspetivando-se que o Plano de

Urbanização possa estar aprovado até ao final de 2011; quanto Plano de Pormenor

que tem vindo a ser desenvolvido no território do concelho do Seixal, a conjuntura

económica desfavorável, e as especiais caraterísticas da atividade económica de cariz

industrial aí existente, induziram a decisão de se promover uma profunda reflexão

sobre o modelo mais ajustado e eficiente a adoptar para a promoção e

desenvolvimento deste espaço; em relação à Margueira, a Baía do Tejo acompanhou

as ações de marketing territorial promovidas pela Arco Ribeirinho Sul, nomeadamente

os contatos com potenciais investidores nos três territórios, especialmente focadas no

espaço da Margueira/Almada por estar inserido num Plano de Urbanização já

aprovado, e com um duplo objetivo: dar a conhecer os projetos e recolher

sensibilidades que possam resultar como contributos e serem vertidas para os Planos,

especialmente naqueles que ainda se encontram em fase de aprovação. Entretanto,

não foram identificados novos sócios privados, disponíveis para participar num

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aumento de capital, que se concluiu como necessário para o desenvolvimento do

projeto de expansão do Parque Industrial de Torres Novas.

Em matéria de Responsabilidade Ambiental aplicável à prevenção e reparação de

danos ambientais, foi dado cumprimento ao disposto no Decreto-Lei n.º 147/2008,

tendo sido realizado um Estudo Prévio no Âmbito da Responsabilidade Ambiental, e

concluído que os Parques Empresariais da Baia do Tejo (Barreiro, Seixal e Estarreja)

estavam abrangidos por aquele normativo, tornando-se obrigatória a constituição de

garantias financeiras que permitam assumir a responsabilidade ambiental inerente às

atividades neles desenvolvidas. Para tanto, foi adjudicado o estudo de fundamentação

das garantias a prestar, que se prevê estar concluído até finais de Junho de 2011.

Do ponto de vista organizativo e de sustentabilidade, foi concluída no exercício de

2010 a completa integração operacional das estruturas de pessoal e sistemas

decorrentes do processo de fusão ocorrido em finais de 2009. Entretanto, com a

concretização da operação de aquisição ao Estado Português das antigas instalações

dos estaleiros navais da Lisnave, localizados no concelho de Almada, ficará

integralmente executada a determinação recebida da tutela, nomeadamente a

concentração numa única sociedade a gestão do património imobiliário do setor

público anteriormente detido pela Quimiparque, Snesges, Urbindústria e Fundo

Margueira Capital. Para fazer face aos encargos com a aquisição ao Estado Português

dos ativos antes detidos pelo Fundo Margueira Capital, a acionista Capitalpor

deliberou efetuar uma operação de aumento de capital social da Baía do Tejo, no

montante global de 78.637.020,00 €, passando o mesmo a ser de 147.625.000,00 €,

para fazer face não só àquela, mas também às necessidades decorrentes da

comparticipação nacional (30%) nas primeiras operações de remoção dos passivos

ambientais, nos territórios do Barreiro e do Seixal, apoiadas por fundos comunitários

(POVT/QREN) e ainda à devolução de suprimentos. Por último, registe-se que a partir

de 30 de Junho de 2010, o Presidente do Conselho de Administração passou a ser

comum às sociedades Baía do Tejo e Arco Ribeirinho Sul.

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A Baía do Tejo, SA é detentora de participações noutras sociedades, sem especial

relevo, pela reduzida expressão dos seus Ativos. Destacam-se as da Ambisider -

Recuperações Ambientais, SA (100%) e da Ecodetra – Sociedade de Tratamento e

Deposição de Resíduos, SA (51%). No primeiro caso, e após o insucesso de promover a

venda da empresa em 2009, a sua atividade (demolição de instalações) sofreu forte

contingência durante 2010, induzindo a sua reorganização interna, o que levou, entre

outras medidas, à redução do quadro de pessoal em 20%. No segundo, prosseguiu-se

com o processo de renovação da respetiva licença ambiental (cujo projeto visa a

construção e gestão de um aterro de resíduos especiais no Concelho do Seixal),

embora os atrasos verificados aconselhem uma reavaliação do projeto, e porventura, a

eventual alienação desta participação.

Concluindo, os objetivos fixados para 2010 foram genericamente atingidos, ainda que

mitigados pela força da contração do mercado, tendo sido ainda assim obtidos no

exercício resultados líquidos positivos de cerca de 224 mil euros, para os quais

contribuiu também o ajustamento positivo de justo valor das propriedades de

investimento. A empresa-mãe, e o Grupo, continuam a registar um significativo nível

de solidez financeira, financiando-se apenas com recurso a capitais próprios, situação

que o aumento de capital realizado veio acentuar.

LAZER E FLORESTA

A Lazer e Floresta, SA tem por objeto social o planeamento, a promoção e o

desenvolvimento de projetos no âmbito das atividades agrícola e pecuária, florestal,

imobiliária, turística e cinegética.

Em 2010 o valor das propriedades geridas pela sociedade - terrenos, edifícios e

construções diversas - ascende a 71,5 M€ (mais 5,8% do que o verificado em 2009),

onde sobressaem as propriedades de investimento: 15 conjuntos de herdades com

potencial turístico-imobiliário, com uma área total de 9.071,438 hetares, e o valor

global de 41,2 M€. Àquele montante acresce o dos ativos biológicos, apurado em cerca

de 25,2 M€ (com uma variação negativa de cerca de 10%, em relação a 2009).

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Tendo por enquadramento uma conjuntura bastante contraída do mercado, os

resultados obtidos em 2010 foram muito modestos, em particular as vendas. Estas

cingiram-se a um conjunto de pequenas propriedades, por um valor de pouco mais de

1.475 mil euros, ainda assim ligeiramente acima do que o verificado em 2009 (+2,8%).

Por outro lado, embora mais expressivos, os proveitos resultantes da venda de

produtos e serviços da exploração agro-florestal e cinegética, que totalizaram um

montante aproximado de 1.788 mil euros, ficaram substancialmente abaixo do valor

registado no período anterior (-45%). Em matéria de aquisições foi apenas celebrado

um contrato-promessa, envolvendo uma herdade do Estado, no valor de 1.250 mil

euros. Finalmente, reporte-se a continuação dos trabalhos de valorização e

desenvolvimento do potencial turístico da Herdade de Vale dos Reis, cuja conclusão

está prevista para 2011.

O quadro dos objetivos estabelecidos acabaria assim por não ser atingido totalmente,

embora, apesar das severas limitações, tenha sido possível obter no exercício

resultados líquidos positivos de cerca de 706 mil euros, para os quais contribuiu ainda

que parcialmente, o ajustamento positivo de justo valor das propriedades de

investimento. Importa ainda sublinhar o elevado nível de solidez financeira que a

empresa continua a apresentar, financiando-se apenas com recurso a capitais

próprios.

Para 2011, estando reservados cerca de 9 mil hetares para promoção turística e

imobiliária, restam para venda, do património inicial da empresa, cerca de 11,4 mil

hetares, constituídos em grande parte pelos ativos de menor qualidade, fator que

associado aos efeitos da atual crise económico-financeira, irá dificultar a concretização

e o próprio ritmo das vendas. Ainda assim, a empresa propõe-se continuar a colocar

em patamares ambiciosos a alienação destes ativos, até com o objetivo de reduzir a

dispersão territorial do seu imobilizado. Por outro lado, serão concentrados esforços

no desenvolvimento da estratégia de valorização das propriedades de investimento,

tendo em conta que é a área com maior potencial de criação de valor. Paralelamente,

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prosseguirá a venda de produtos e serviços, designadamente a exploração de madeira,

extração e venda de cortiça, a venda de pastagens e a cedência de áreas para caça.

Ser parceiro privilegiado do Estado para a alienação do património de natureza agro-

florestal que vá sendo identificado como desnecessário, é também ponto a reter para

2011, embora a aquisição de novas propriedades esteja para todos os efeitos muito

dependente da elasticidade dos meios financeiros disponíveis.

� EXPLORAÇÃO E GESTÃO AGRÍCOLA

No Grupo Parpública apenas a Companhia das Lezírias, SA desenvolve atividade neste

segmento, o qual acaba por ser o menos relevante quer sob o ponto de vista de

volume de negócios quer em termos de ativos e passivos, quer ainda relativamente à

formação do resultado consolidado, representando apenas 0,7% do valor obtido pelo

Grupo.

Situação financeira

O reduzido peso deste segmento no Grupo fica bem patente pelo fato dos seus ativos

representarem apenas 0,5% e 0,1% dos ativos e dos passivos totais, respetivamente.

A situação financeira da Companhia das Lezírias continua a apresentar-se bastante

sólida, com os fundos próprios a financiarem 80% do ativo, percentagem ligeiramente

superior à do ano anterior. O passivo da sociedade, que se reduziu cerca de 2,7%

sendo de salientar que a empresa continua a não apresentar qualquer endividamento

bancário, correspondendo o passivo quase integralmente a impostos diferidos.

Resultados da atividade

Apesar do exercício de 2010 não ter sido um ano favorável para esta atividade, devido

essencialmente à grande volatilidade dos preços de alguns dos produtos agrícolas, a

empresa conseguiu apresentar um resultado positivo de 705 milhares €, bem melhor

do que o do ano anterior, embora se deva ter em conta que o prejuízo de 2,5 M€

ocorrido em 2009 se deveu a fatores não recorrentes relacionados com o

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reconhecimento da redução do valor de alguns dos seus ativos, num montante

superior a 3,3 M€. Esta situação justifica também o expressivo crescimento de 3,9 M€

do EBITDA.

Em 2010 as vendas e prestações de serviços mantiveram-se sensivelmente ao mesmo

nível do ano anterior tal como o montante dos subsídios à exploração.

unid: milhares €

2010 2009

Vendas

Produtos Agrícolas 848 912

Vinhos e Derivados 947 808

Produtos Florestais 1.468 1.385

Activos Biológicos 836 1.035

Sub-total 4.099 4.139

Prestações de Serviços

Caça 110 124

Agro - Turismo 77 123

Outros 8 26

Sub-total 195 273

TOTAL 4.294 4.413

As principais produções continuam a ser o arroz e cereais, o vinho, a carne de bovino,

a cortiça e outros produtos florestais e a exploração de atividades complementares de

rentabilização dos ativos como sejam a atividade cinegética e o agro-turismo. Em

algumas produções, como no caso do arroz, registou-se uma quebra nas quantidades

produzidas mas um aumento significativo do preço praticado, contribuindo assim para

preservar o valor das vendas. Noutras produções, como foi o caso da carne de bovino,

o expressivo aumento do preço dos fatores de produção (designadamente das rações)

afetou negativamente a rentabilidade da atividade. Já para a produção de vinho o ano

foi favorável tendo as vendas aumentado cerca de 20% face ao ano anterior, evolução

que também reflete o efeito dos investimentos que vêm sendo feitos na adega. As

atividades complementares como a cinegética e o agro-turismo registaram evoluções

negativas por redução da procura. A principal componente das vendas continuou a ser

a venda dos produtos florestais, onde se inclui a cortiça, que ascendeu a 1.468 m €.

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Por outro lado é de registar que a empresa apresenta uma boa performance ao nível

da contenção dos custos, quer dos fornecimentos e serviços externos quer dos gastos

com pessoal, tendo registado em ambas as rubricas valores inferiores aos verificados

em 2009.

� PRODUÇÃO DE MOEDA, PUBLICAÇÕES E PRODUTOS DE

SEGURANÇA

O segmento continua a ser integrado apenas pela INCM – Imprensa Nacional Casa da

Moeda, SA, tendo o exercício culminado um processo iniciado há alguns anos de

profunda redefinição do modelo de negócio e de reestruturação e reorganização

interna. Este processo levou à criação de novas áreas de negócio dedicadas à produção

de produtos de maior valor acrescentado e a um reposicionamento da sociedade num

contexto aberto à concorrência e virada para o mercado interno e externo. A par da

reorientação estratégica tem vindo a verificar-se o reforço das condições de

competitividade através da realização de um programa de investimentos quer em

equipamentos quer na racionalização da estrutura de recursos humanos. A este

propósito referira-se que na última década, entre 2000 e 2010, o número de

colaboradores da INCM reduziu-se cerca de 35% passando de 1.081 para 704,

ajustamento suportado por medidas de incentivo.

Situação Financeira

Este segmento tem pouca expressão nos totais consolidados, utilizando apenas 2,6%

dos capitais próprios do Grupo, percentagem praticamente coincidente com a

verificada em 2009.

A situação financeira da INCM mantém-se sólida embora se tenha registado uma

redução do nível de financiamento do ativo por capitais próprios de 49% para 45%.

Esta redução traduz o fato do aumento do ativo líquido, que cresceu 18%

relativamente a 2009 aumento quase integralmente explicado pela aquisição de metal

amoedado escudo, no montante de 26 M€, ter sido integralmente financiado por

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recurso a endividamento bancário. Esta situação, que se fundou em opções tomadas

no quadro da gestão de tesouraria, justifica o crescimento do endividamento bancário,

que passou de 23,5 M€ em 2009 para 43,1 M€ em 2010. No entanto, o fato daquelas

moedas se destinarem a destruição e subsequente alienação do metal, processo que

deverá estar concluído até ao final de 2012, permitirá que no mesmo prazo aquele

empréstimo seja integralmente amortizado e sejam recuperados os rácios de

autonomia financeira anteriores.

Resultados da atividade

Em 2010 a atividade da INCM gerou um lucro de 14,9 M€, ligeiramente inferior ao

apurado no exercício anterior que havia sido de 15,2 M€, representando cerca de

15,2% dos resultados consolidados, percentagem que é significativamente superior aos

3% verificados no ano passado mas apenas devido à redução do resultado do Grupo.

A evolução do resultado alcançado está em linha com a registada pelo volume de

negócios que apresenta uma diminuição de aproximadamente 2% situando-se nos

82,8 M€, sendo de salientar que o mercado externo representa já 6% do total das

vendas e prestações de serviços, percentagem que em 2009 ainda se ficava pelos 4%.

Apesar da ligeira quebra do volume de negócios, que representa apenas 2,3% do total

do Grupo, o resultado operacional aumentou cerca de 7%, passando dos 18 M€ de

2009 para 19,2 M€, essencialmente devido à redução das amortizações do período

mas refletindo também uma evolução favorável dos custos operacionais que se

reduziram cerca de 7% face a 2009.

� ATIVIDADES AERONÁUTICAS

Após as expressivas perdas verificadas a nível mundial nos anos de 2008 e 2009, o

setor terá registado em 2010 uma recuperação. A IATA, associação que congrega as

principais companhias aéreas, estima mesmo que a indústria do transporte aéreo a

nível mundial tenha alcançado lucros significativos traduzindo uma evolução positiva

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da procura, quer ao nível dos passageiros quer ao nível da carga. Embora os

crescimentos tenham sido mais expressivos nas economias emergentes, também na

Europa se verificou uma evolução positiva apesar de alguns impatos externos

negativos, dos quais o mais evidente terá sido o efeito da erupção vulcânica na Islândia

que provocou grandes perturbações nas operações dos aeroportos e das companhias.

Para 2011, as perspetivas a nível mundial mantêm-se optimistas, embora a recente

evolução registada pelo preço do petróleo tenha justificado uma reavaliação em baixa

das estimativas para o corrente ano, não só atendendo ao efeito negativo que o

aumento do preço do petróleo pode ter no crescimento económico, mas também

porque o combustível é um dos principais custos da quase totalidade das companhias

de transporte aéreo.

A nível nacional, o ano de 2010 apresentou também uma evolução positiva ao nível da

procura, após a quebra verificada em 2009, admitindo-se que no corrente exercício se

venha a manter a tendência de crescimento do nível de atividade, apesar dos

condicionalismos existentes relacionados quer com a evolução do preço do petróleo

quer com as perspetivas de crescimento económico.

No Grupo Parpública este segmento integra os Grupos TAP e ANA, sendo a

participação da Parpública de 100% no primeiro e de 68,56% no segundo, os quais

desenvolvem vários negócios relacionados com a atividade aeronáutica, que vão desde

o transporte aéreo à gestão de aeroportos passando por vários outros negócios

conexos como a assistência em terra a passageiros, carga e aeronaves, a manutenção

técnicas de aeronaves, o catering, a gestão comercial dos espaços aeroportuários,

entre outras.

Situação financeira

Este é um dos principais segmentos do Grupo Parpública em termos de ativos e

passivos, representando 18% dos ativos totais e 21% dos passivos totais, percentagens

ligeiramente inferiores às de 2009. Já em relação aos capitais próprios, face à situação

existente no Grupo TAP, a situação é inversa concluindo-se que, antes de considerados

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os interesses minoritários, o segmento, embora apresente capitais próprios positivos,

eles são inferiores aos de 2009, e representam apenas 2,5% do total consolidado. Esta

situação conduz a que este seja o segmento com menor capacidade de financiamento

dos ativos por fundos próprios já que esta não ultrapassa os 4,7%, traduzindo a

extrema fragilidade da estrutura de capital do Grupo TAP. Mas a redução desta

percentagem face aos 11,7% que se verificavam em 2009, resulta também da

diminuição dos subsídios ao investimento, nesta análise equiparados a fundos

próprios, que foram recebidos pela ANA e que apresentam uma redução de 170 M€.

GRUPO TAP

A situação financeira do Grupo TAP, que desde há anos temos vindo a classificar como

crítica, continua a degradar-se tendo no final do exercício de 2010 os capitais próprios

atingido o valor de – 272,1 M€, o que traduz um agravamento de quase 30% face aos -

211,331 verificados em 2009, definindo uma trajetória de evolução que conduz à

insustentabilidade da empresa dadas as diversas condicionantes que impedem a sua

recapitalização no atual quadro acionista. Compreende-se assim a importância do

anunciado processo de reprivatização no qual o acionista está empenhado e que

sublinha como determinante para o futuro próximo do Grupo, não só pela eventual

injeção de capital mas também pelo contributo que poderá ter na dinamização do

processo de reforço da competitividade e eficiência no desenvolvimento do negócio a

par da manutenção e crescimento do hub de transporte aéreo em Portugal.

GRUPO ANA

O Grupo ANA continua a apresentar-se estável e sólido tendo o ano de 2010

contribuído para consolidar essa situação, dado o bom desempenho operacional e os

resultados apurados. Com efeito, ao mesmo tempo que o ativo líquido do Grupo ANA

cresceu 4,1%, ascendendo aos 1.271,7 M€ e refletindo o significativo esforço de

investimento nas infraestruturas aeroportuárias, que em 2010 ascendeu aos 126,2 M€,

também os capitais próprios registaram um crescimento de 31,8 M€. Assim, no final de

2010, cerca de 27% do ativo líquido do Grupo estava financiado por capitais próprios, o

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que significa um aumento cerca de 2,5 p.p. face ao ano anterior. Por seu lado o

endividamento bancário do Grupo ANA, praticamente todo concentrado na ANA, SA,

situou-se no final de 2010 nos 690,5 M€, correspondendo a um aumento de 3,4% face

ao valor registado em 2009. Este crescimento está associado à utilização de uma

tranche de 40 M€ do empréstimo contratado junto do BEI para co-financiamento dos

investimentos realizados nos aeroportos.

As perspetivas futuras do Grupo ANA estão fortemente condicionadas pelas decisões

que vierem a ser adoptadas relativamente ao novo aeroporto de Lisboa, quer no que

respeita ao volume de investimento envolvido quer quanto às implicações do modelo

que vier a ser definido no quadro acionista da ANA.

Resultados da Atividade

Após um ano em que este segmento havia tido um contributo positivo para a

formação do resultado consolidado do Grupo Parpública, de novo em 2010 os

resultados apurados, após considerados os interesses minoritários voltaram a ser

fortemente negativos situando-se em – 18,9 M€, evolução integralmente justificada

pelo desempenho do Grupo TAP cujos resultados sofreram uma forte deterioração.

GRUPO TAP

O Grupo TAP encerrou o exercício de 2010 com um prejuízo de 52,9 M€ quando em

2009 o seu contributo para a formação dos resultados consolidados havia ascendido

aos 28,5 M€. Esta evolução fortemente negativa é devida aos resultados gerados fora

dos negócios desenvolvidos pela TAP, SA com particular destaque para os resultados

provenientes da SPdH – Sociedade Portuguesa de Handling, SA e da sociedade

brasileira de manutenção a TAP – Manutenção e Engenharia Brasil, SA.

Ao nível da TAP, SA o ano de 2010 trouxe de novo um aumento da procura o que

permitiu um crescimento das vendas e prestações de serviços. Esta evolução traduziu-

se num aumento quer do resultado operacional, que cresceu 4,5 M€ ascendendo aos

103,3 M€, quer do resultado líquido, que passou de 60 M€ para os 62,3 M€. Apesar de

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pouco expressivos é de ter em atenção que estes crescimentos foram obtidos numa

conjuntura de retorno do preço do petróleo a uma trajetória ascendente, cujo impato

pode ser avaliado pelo aumento do custo do combustível que cresceu 46%, passando

de 358,6 M€ em 2009 para 522,9 M€ em 2010, crescimento que traduz o efeito

quantidade decorrente do aumento de atividade mas também o efeito do aumento do

preço do jet fuel. Acresce que o transporte aéreo na Europa, além de se confrontar

com uma retoma económica que em 2010 foi ainda pouco robusta, enfrentou diversos

efeitos externos com impatos fortemente negativos como os decorrentes da atividade

vulcânica na Islândia e a ocorrência de violentas intempéries que causaram grandes

perturbações nas operações e geraram fortes prejuízos para as companhias aéreas,

que no caso da TAP ainda foram agravados pelo efeito dos trágicos acontecimentos

ocorridos na Madeira em Fevereiro de 2010 e que tiveram um impato negativo na

procura.

Ao nível da SPdH, após os prejuízos de 38,2 M€ em 2008 e de 28,2 M€ em 2009,

verifica-se que em 2010 a situação se agravou tendo sido registado um prejuízo de

43,5 M€, embora a alteração do período de reporte fiscal, por adequação ao

calendário gregoriano, incorpore excepcionalmente um período de atividade

equivalente a 14 meses. Perante a crítica situação da sociedade o conselho de

administração da SPdH adoptou em 2010 algumas medidas de racionalização do

negócio tentando definir uma trajetória que venha a contribuir para a viabilização da

empresa de forma sustentável. Acresce que, de acordo com a decisão da Autoridade

da Concorrência a TAP está obrigada a alienar a participação de 50,1% que não foi

autorizada a manter, sendo que a possibilidade de tal transação vir a ocorrer

pressupõe que a empresa seja viável o que pressupõe que o processo de

reestruturação iniciado em 2010 seja aprofundado e venha a gerar os resultados

necessários para inverter a tendência dos último anos, que conduziu à atual situação

que é insustentável a vários títulos.

Também em relação à TAP – Manutenção e Engenharia Brasil, SA, ex-VEM, é urgente a

definição e adoção de uma estratégia que definitivamente inverta a acumulação de

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prejuízos que têm vindo a ser expressivos e fortemente penalizadores para o Grupo

TAP. Em 2010 o prejuízo da Aero LB, sociedade brasileira que integra a participação na

TAP – Manutenção e Engenharia, SA, ascendeu aos 71,8 M€, isto depois de em 2009

tem sido obtido um resultado positivo de 2,4 M€, que no entanto se ficou a dever ao

efeito não recorrente associado à adesão ao programa de refinanciamento fiscal no

Brasil, o qual teve um impato positivo no resultado de 55,7 M€, pelo que se pode

concluir que a exploração da TAP-MEB, SA tem sido sempre deficitária. Esta situação,

que é insustentável para o Grupo TAP, impõe que seja encontrada uma solução

visando estancar a drenagem de recursos que tem provocado. Temos presente que

este investimento foi feito como aposta estratégica no crescimento da atividade de

manutenção em novos mercados e com elevado potencial para a criação de valor ao

nível do Grupo. Mas conclui-se que esse potencial tarda em ver-se concretizado e ao

invés esta aposta tem consumido recursos do Grupo que são escassos e necessários

para os negócios core.

GRUPO ANA

O Grupo ANA tem a sua atividade centrada na gestão dos aeroportos nacionais através

da ANA – Aeroportos de Portugal, SA e da ANAM – Aeroportos e Navegação da

Madeira, SA, desenvolvendo ainda outros negócios relacionados como sejam o

handling, através da Portway – Handling de Portugal, SA, e a exploração comercial dos

espaços afetos aos aeroportos.

Em 2010, o Grupo registou resultados ao nível dos melhores alguma vez alcançados,

tendo o volume de negócios ultrapassado os 406 M€ e o EBITDA alcançado os 164,2

M€ a que correspondeu um resultado líquido de 55,6 M€, o que representa um

aumento de 17,2% face ao lucro de 42,4 M€ verificado em 2009. O resultado do Grupo

foi, uma vez mais, alcançado essencialmente através da atividade da ANA, SA, que

registou um lucro de 58,1 M€, enquanto as restantes empresas do Grupo registaram

resultados negativos, embora melhores do que os verificados em 2009, com excepção

da ANAM que em 2010 apurou um resultado positivo de 1,3 M€, embora

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essencialmente devido a alterações das regras contabilísticas (nomeadamente por via

da aplicação da IFRIC 12).

A melhoria dos resultados do Grupo ANA assentou na implementação ao longo do

triénio de 2008 – 2010 de uma política de racionalização de custos a par de uma

evolução favorável ao nível da procura que suportou um aumento da atividade. Com

efeito, em 2010 o número de passageiros nos aeroportos nacionais ultrapassou os 28,2

milhões enquanto a carga processada atingiu praticamente as 145 mil toneladas,

valores que representam crescimentos de 6,6% e 10,7%, respetivamente, quando

comparados com os registados em 2009, tendo sido ultrapassados, em ambos os

casos, os valores alcançados em 2008, ou seja anteriores à expressiva quebra ocorrida

em 2009.

É no entanto de referir o resultado da política de racionalização de custos que

permitiu, num contexto de crescimento da atividade e de realização de vultuosos

investimentos, uma contenção dos custos operacionais que cresceram 4,4% enquanto

os proveitos operacionais cresciam 6,3%. Para este resultado contribui também a

evolução verificada ao nível dos custos com o pessoal, que se situaram nos 120,5 M€,

sendo 8,6 M€ relativos a incentivos e indemnizações atribuídas no âmbito do

programa de optimização de efetivos. Este valor, embora superior aos 113,7 M€ de

2009, é inferior aos 121,9 M€ de 2008 ano em que se verificou um nível de atividade

próximo do de 2010.

A performance da empresa nos últimos exercícios permitiu um crescimento do EBITDA

e do resultado líquido ao longo do triénio 2008 – 2010, correspondente ao mandato

dos órgãos sociais terminado no final de 2010, de 21% e 49%, respetivamente, o que é

de salientar.

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� ÁGUAS E RESÍDUOS

Este segmento é constituído pelo Grupo AdP o qual tem por missão, através das

sociedades suas participadas, conceber, construir, explorar e gerir sistemas de

abastecimento de Água, de saneamento de águas residuais e de tratamento e

valorização de resíduos sólidos urbanos e industriais, num quadro de sustentabilidade

económica, financeira, técnica, ambiental e social, atividades que são altamente

regulamentadas. A holding do Grupo é a AdP – Águas de Portugal, SGPS, SA, sociedade

cujo capital é maioritariamente detido pela Parpública, cuja participação ascende a

72,18%, sendo os restantes acionistas a Parcaixa, SGPS, SA, com 19%, e o Estado

através da Direção Geral do Tesouro que é diretamente titular de ações

correspondentes a 8,82% do capital.

O Grupo AdP está estruturado em diversos segmentos de atividade sendo de destacar

pela sua importância social e relevância económica o designado como Águas e

Saneamento, que inclui a UNA – PD, Unidade de Negócio de Água – Produção e

Depuração, que agrega as empresas gestoras de sistemas municipais e multimunicipais

de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais, e ainda a EPAL, e o

segmento dos Resíduos, sendo ainda de referir a crescente importância que vêm

assumindo outras áreas de negócio como por exemplo a relacionada com as energias

renováveis.

Situação Financeira

Este segmento representa cerca de 38% dos ativos consolidados do Grupo Parpública e

quase a mesma percentagem (40%) dos passivos totais estando mais de metade dos

fundos próprios do Grupo afetos a este segmento. A capacidade para cobrir as

necessidades de financiamento por fundos próprios é também elevada neste

segmento ascendendo quase aos 40%.

A situação financeira do Grupo AdP apresenta-se estável e relativamente sólida

quando consideramos os subsídios ao investimento equiparados a fundos próprios

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dada a sua não exigibilidade. De fato, atendendo à natureza da sua atividade a AdP é,

no âmbito do Grupo Parpública, a principal destinatária de subsídios ao investimento

os quais, embora se tenham reduzido cerca de 5%, ainda assim ascenderam em 2010

aos 1.922 M€, representando 38% dos fundos próprios totais do segmento.

No entanto as perspetivas futuras delineadas para setor assentam na necessidade de

prosseguir um significativo programa de investimentos visando a realização de

infraestruturas ainda inexistentes de modo a aumentar as taxas de cobertura, mas

também a assegurar a reabilitação e renovação das atuais. Este programa tem

naturalmente associadas significativas necessidades de financiamento, implicando a

captação de recursos acrescidos, processo que constituirá um desafio acrescido, se

não mesmo uma forte restrição a esse mesmo programa de investimentos. Para além

da atual conjuntura dos mercados financeiros, e da divida entretanto acumulada, há

ainda a registar a manutenção neste setor de alguns modelos de gestão que

continuam a não apresentar níveis de eficiência capazes de garantir a sua

sustentabilidade, situação que se torna necessário ultrapassar para que se alcancem os

níveis de sustentabilidade adequados, nomeadamente, e sobretudo, financeira e de

racionalidade económica. A continuação de um modelo de negócio assente, em grande

parte ainda, numa gestão “business to business” no qual a cobrança dos débitos às

Autarquias se tem revelado muito difícil, coloca sérios problemas quer à sustentação

financeira do Grupo, quer à sua capacidade de financiamento nos mercados.

Resultados da Atividade

Para o Grupo AdP o exercício de 2010 fica marcado como aquele em que foi alcançado

o melhor resultado desde a sua constituição tendo ascendido aos 95 M€, superior em

cerca de 17% ao obtido no ano anterior. No âmbito da consolidação no Grupo

Parpública o contributo da AdP para o resultado consolidado ascende aos 56,9 M€,

representando mais de metade do resultado do Grupo.

Para este resultado contribuiu um bom desempenho operacional já que os resultados

financeiros registaram uma evolução desfavorável.

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O volume de negócios cresceu mais de 10%, tendo atingido os 724 M€, sendo o

segmento de negócio de Água e Saneamento, que inclui a UNA – PD e a EPAL, o mais

relevante a este nível representando quase 70% do total.

Grupo

AdP UNA - PD EPAL Sub-Total

724 Volume de Negócios 352 147 499 165 60

277 EBITDA 232 74 306 58 -87

80 RL 24 46 70 11 1

Resíduos Outros

unid: M€

Água e Saneamento

A par da evolução do volume de negócios também o comportamento dos custos

operacionais contribuiu para o expressivo crescimento de 28% do resultado

operacional que em 2010 ascendeu aos 194,9 M€ quando em 2009 havia sido de 152,3

M€.

Como suporte do crescimento do nível de atividade o Grupo tem vindo a realizar um

significativo programa de investimentos. Em 2010 o volume de investimento ascendeu

aos 603 M€, o que se reflete necessariamente no nível do endividamento e em

consequência nos custos financeiros. Este aumento dos custos financeiros e também a

redução das aplicações financeiras e consequentemente das remunerações, levaram a

que o resultado financeiro obtido, não só permaneça negativo como tenha sofrido um

considerável agravamento já que passou de –18,9 M€ para -50,5 M€.

� SÍNTESE E AGRADECIMENTOS

Os resultados de 64 M€ registados nas contas separadas, incorporam os ganhos

associados com a valorização líquida das ações subjacentes que suportam os

empréstimos permutáveis, na base das 6ª e 7ª fases de reprivatização da EDP e da

última fase da reprivatização da GALP Energia, com a valoração ao justo valor das

respetivas opções embutidas;

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54

Incorporam ainda as imparidades, avaliadas, das participações do Grupo, incluindo as

que recentemente entraram no perímetro do Grupo;

A valorização e ganhos financeiros dos swaps sobre uma pequena parcela do total da

divida, além do resultado do diferencial entre os dividendos recebidos e encargos

suportados com o passivo bancário remunerado, também estão devidamente aduzidos

no resultado agora divulgado.

O resultado consolidado de 98 M€ reflete sobretudo o diferencial entre os dividendos

distribuídos e a apropriação económica dos resultados em associadas relevantes do

Grupo.

A percepção internacional sobre a situação financeira do País, e do Estado, está

refletida na baixa dos ratings atribuídos pelas 2 empresas internacionais que efetuam

a avaliação do risco de crédito. Ambas, colocam a Parpública abaixo da notação de

“investment grade”.

A sensibilidade na avaliação dos riscos de financiamento às empresas Nacionais,

públicas e privadas, coloca sérios desafios à integridade da continuidade de suporte ao

financiamento do seus investimentos, se não mesmo das suas operações.

A parcimónia nos investimentos futuros, decorrente da necessária ponderação sobre a

sua previsível rendibilidade económica, mas também financeira, a par com

reestruturações empresariais imprescindíveis, reavaliação dos regulamentos e

enquadramento legal vigentes, e venda de ativos em sede de privatizações, impõem-se

como caução imprescindível para reganhar a confiança dos mercados internacionais de

crédito.

O Conselho de Administração realça e sublinha, no momento de apresentação do seu

Relatório Anual, o profundo agradecimento aos gabinetes ministeriais, serviços

Públicos e empresas do Grupo com um estreito relacionamento profissional,

nomeadamente aqueles com uma relação profissional mais intensa, como é o caso dos

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do Ministério das Finanças, e em particular, o da Secretaria de Estado do Tesouro e das

Finanças.

Realce particular também para as entidades de supervisão e controlo, ao ROC e

Auditor Externo pelo aconselhamento, acompanhamento e rigor colaborante com que

realizaram a atividade desenvolvida na sociedade.

Finalmente, o Conselho de Administração sublinha, e agradece, o empenho, o

profissionalismo e a dedicação exaustiva demonstrada pelos quadros e trabalhadores

no desenvolvimento e exercício das suas funções.

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� APLICAÇÃO DE RESULTADOS

A Parpública, SGPS, SA encerrou o exercício de 2010 com um resultado líquido de

64.645.278,39 €.

O Conselho de Administração propõe, nos termos da alínea f) do nº5 do artigo 66º e

para efeitos da alínea b) do nº1 do artigo 376º do Código das Sociedades Comerciais,

que os resultados do exercício sejam aplicados da seguinte forma:

Para Resultados Transitados: 64 645 278,39€

Lisboa, 29 de Abril de 2011

O Conselho de Administração

Joaquim José de Oliveira Reis

Presidente

Carlos Manuel Durães da Conceição José Manuel Pereira Mendes de Barros

Administrador Administrador

Fernanda Maria Mouro Pereira Pedro Miguel Rodrigues Soares Vasquez

Administradora Administrador

Mário Alberto Duarte Donas

Administrador

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CADERNO II

RELATÓRIO DO GOVERNO SOCIETÁRIO

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� MISSÃO E ORIENTAÇÕES ESTRATÉGICAS PARA O MANDATO

� MISSÃO

A PARPÚBLICA – Participações Públicas, SGPS, SA, foi criada em 2000 através do

Decreto-Lei nº 209/2000, de 2 de Setembro, com o objetivo de dotar o Estado de um

veículo empresarial capaz de apoiar a realização do programa de reprivatizações,

contribuir para a modernização da gestão das empresas do setor empresarial do

Estado e dinamizar a gestão do património imobiliário público. Adicionalmente

permitiu ainda constituir um meio com capacidade e competência para a prestação de

apoio técnico complementar ao Ministério das Finanças nas matérias relacionadas com

o lançamento e acompanhamento das concessões.

A sua principal missão consiste, assim, no apoio ao Estado na gestão das participações

públicas em geral, mas em particular das que se encontram em processo de

privatização nos termos da Lei 11\90, de 5 de Abril.

Uma segunda vertente da sua atividade central incide na gestão de património

imobiliário público, segmento de atividade que maior crescimento tem apresentado

nos últimos anos. Esta área de negócio, de acordo com o modelo estabelecido no

próprio diploma que criou a Parpública, tem sido desenvolvida através de empresas

subsidiárias de objeto especializado centradas na Sagestamo e nas empresas

entretanto integradas na Capitalpor, SGPS, SA, a Lazer e Floresta, SA e a Baía do Tejo,

SA, esta resultante da fusão da Quimiparque, da Snesges e da Urbindústria e, mais

recentemente, passando a integrar a área de intervenção dos terrenos da Margueira.

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� Objetivos Estratégicos

A definição de orientações estratégicas por parte do acionista Estado está prevista no

próprio regime jurídico do setor empresarial do Estado, cuja base é o Decreto-Lei nº

558/99, de 17 de Dezembro, com as alterações que lhe foram introduzidas pelo

Decreto-Lei nº 300/2007, de 23 de Agosto. Complementarmente, também as regras de

bom governo das empresas do Estado, aprovadas pela RCM nº 49/2007, e o próprio

Estatuto do Gestor Público, aprovado através do Decreto-Lei nº 71/2007, fazem da

definição de orientações estratégicas o ponto central do exercício do poder acionista e

da avaliação da performance da gestão.

Para o mandato iniciado em 2010 não foram definidas orientações estratégicas

assumindo-se porém os objetivos de reprivatização e privatização de empresas que

integram a carteira de participações da Parpública assumidos e divulgados

publicamente pelo governo no quadro do Programa de Estabilidade e Crescimento em

Março de 2010, bem como o enquadrado pelo Programa de Gestão do Património

Imobiliário do Estado. A crise de liquidez e perturbação dos mercados de crédito jogou

um papel central durante o ano. A gestão da sociedade foi portanto enquadrada ao

longo deste ano de acordo com estas condicionantes por estas orientações, que de

forma sintética podemos resumir assim:

o Princípios

Os negócios do Grupo Parpública são conduzidos de acordo com metodologias

baseadas em instrumentos de planeamento, execução e controlo que se encontram

devidamente explicitados, sendo o objetivo primordial garantir a preservação da sua

sustentabilidade económica, a garantia de maximização do encaixe financeiro para o

Estado, procurando assegurar a manutenção de rácios financeiros em níveis

adequados à liquidez dos ativos e promover o incremento da cadeia de valor das

empresas do grupo a médio prazo.

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59

O estrito respeito pela regulamentação e pela lei, nomeadamente em matérias fiscais,

de defesa da concorrência e de garantia da transparência, constituem a principal

referência da gestão cuja atividade é ainda enquadrada pelas regras de bom governo

das empresas públicas em particular e pelas boas práticas aceites pelos mercados em

geral.

As questões relacionadas com a identificação e o controlo dos riscos constituem

matéria particularmente relevante dadas as caraterísticas da sociedade – enquanto

SGPS e dada a natureza pública do seu capital - tendo em vista a necessidade de

garantir a salvaguarda do valor dos investimentos financeiros e outros ativos como

forma indireta de protecção do interesse do acionista, no caso o Estado, e dos

credores. Enquanto órgão de apoio à gestão, a unidade de Auditoria Interna criada no

último trimestre de 2010 assume particular importância enquanto atividade de

suporte ao processo de gestão de risco, controlo e governação da empresa,

procurando igualmente acrescentar valor e melhorar as operações da organização. A

área de Auditoria Interna adopta as melhores práticas e metodologias

internacionalmente aceites no setor, nomeadamente as que são recomendadas pelo

The Institute of Internal Auditors e pela COSO – Committee of Sponsoring

Organizations.

A intervenção da Parpública no quadro do programa de reprivatizações e privatizações

do Governo tem vindo a ser acompanhada nos últimos anos por um reforço do

crescimento relativo do investimento no imobiliário afeto ao perímetro Estatal, bem

como ao reforço de participações em empresas públicas que perseguem objetivos de

prestação de serviços de interesse económico geral. A deslocação da génese inicial da

sua área de intervenção tem obrigado a uma readaptação da organização que visa

adequá-la a uma maior complexidade e extensão de atividades, garantindo um

acompanhamento mais rigoroso e, portanto, um acréscimo na qualidade do modelo

previsional antecipando problemas, delineando estratégias e propondo soluções como

forma de maximizar o valor económico dos investimentos de maturidade mais larga

bem como das empresas participadas. O modelo de atuação e gestão previsional que

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60

temos procurado instituir constitui condição necessária para que a empresa possa

continuar a ser útil no apoio ao Governo na prossecução de objetivos de maximização

do valor no quadro da gestão dos ativos detidos.

o Estratégia e coordenação empresarial

Mais que a criação de valor, a manutenção da cadeia de valor do Grupo foi o objetivo

central da empresa durante o ano de 2010. Num quadro de severa restrição financeira,

os esforços centraram-se na procura da estabilidade e preservação da solidez

financeira da empresa, a par da busca de soluções e reordenamento dos objetivos às

participadas com o objetivo último de garantir a liquidez financeira, o acesso aos

mecanismos de mercado, mantendo intocável a reserva de financiamento à atividade

das mesmas como forma de proteger o seu valor intrínseco num ambiente económico

e financeiro conturbado, volátil e instável.

A coordenação das políticas contabilistas e financeiras das participadas e associadas do

Grupo consolidou-se através da construção de bases comuns de reporte a todas elas, a

par da implementação de uma bateria de indicadores que permitem, num futuro

imediato, uma melhoria da capacidade de gestão previsional das empresas que o

constituem.

A criação de uma unidade de Auditoria Interna, como forma de aferição dos riscos

decorrentes de atividades empresariais diversas e muito distintas tem como objetivo

último ser um elemento de gestão previsional antecipando problemas, entraves e

riscos à atividade financeira e económica da Parpública.

Ativos Financeiros

A Parpública é uma SGPS com um papel essencial, e, nos últimos anos, decisivo, na

consecução das privatizações previstas pelo Governo, pelo que a gestão dos seus

Ativos Financeiros é condicionada, em larga medida, pelos objetivos do programa de

privatizações quanto à forma, designação e timing nas participações a alienar, para

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61

não falar das condicionantes ligadas aos mercados, sua liquidez, expetativas e

exigências. No quadro das formalidades associadas ao processo de privatização, essa

forma e mecanismos legais definindo, entre outros, a partilha de competências entre o

governo e a Parpública, estão devidamente legisladas em especial através da Lei 11/90

que define o regime jurídico a que estão sujeitas as participações que foram objeto de

nacionalização.

Nas restantes participações a gestão respeita critérios estritamente empresariais no

cumprimento da Lei 71/88 de 24 de Maio e do diploma que visa proceder à

regulamentação necessária à sua execução, nomeadamente o Decreto-Lei 328/88 de

27 de Setembro. No que se refere a alienações a orientação geral que tem sido

adoptada é a de que deverão ser privatizadas todas as participações minoritárias em

empresas cuja detenção não seja justificada por um efetivo interesse estratégico ou

cujo contributo para a criação de valor não se afigure relevante no quadro do grupo.

Num ambiente de grave restrição financeira não ocorreram reforços de investimento

em novos ativos. De um ponto de vista empresarial, a criação de novas sociedades em

parceria com outras entidades, nomeadamente financeiras, poderá ser procurada

como forma de criação de oportunidade financeira para alienação a curto prazo deste

tipo de ativos.

O reordenamento de alguns ativos em sociedades existentes e já detidas pela

Parpública pretende incrementar o valor dos mesmos através da gestão integrada de

ativos semelhantes no seu objeto empresarial ou de atividade produtiva, reduzindo

encargos com a gestão, implementando sinergias e melhorando a cadeia de valor

transversal aos mesmos. Foi o caso da integração dos ativos imobiliários do Fundo

Margueira na Sociedade Baia do Tejo, S.A., por extinção da entidade gestora do Fundo,

em curso.

Atividade Imobiliária

Pela sua particular atividade e enquadramento legal assente na legislação sobre o

regime do património imobiliário público, através do P.G.P.I.E. (Programa de Gestão do

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Património Imobiliário do Estado), a atividade imobiliária assumiu nos últimos anos

uma importância relativa crescente no âmbito do Grupo Parpública.

Os dois instrumentos estruturantes desta intervenção centram-se: na SAGESTAMO –

Sociedade Gestora de Participações Sociais Imobiliárias, SGPS, SA que assegura o apoio

à gestão do património imobiliário do Estado; e nas sociedades Baía do Tejo, SA e Lazer

e Floresta, SA, que prosseguem a gestão e desenvolvimento de ativos imobiliários

destacados do património de empresas que entretanto foram reprivatizadas, grande

parte dos quais tinham associados expressivos passivos ambientais cuja regularização

tem vindo a ser gerida principalmente pela Baía do Tejo, SA e sociedades que lhe

deram origem.

A atividade da SAGESTAMO centrou-se nas aquisições ao Estado de acordo com

avaliações prévias efetuadas por entidades independentes e que atingiram os cerca de

350 Milhões de euros. O modelo de gestão objetivo para este tipo de bens imobiliários

adquiridos com contrato de arrendamento assenta na sua colocação direta no

mercado e via fundos de investimento imobiliário, legalmente autorizados e

supervisionados pelas entidades reguladoras.

Se o ritmo de aquisições tem sido de alguma forma ditado pelas necessidades do

próprio Estado, não é menos verdade que o modelo de financiamento, baseado no

recurso a capitais e créditos exteriores, o condiciona.

A condição muito restritiva do acesso ao crédito será, no futuro imediato, um entrave

a futuras aquisições em montantes significativos, sobretudo porque a capacidade de

colocação e dispersão destes ativos por via de instrumentos de investimento sofre da

restrição de liquidez geral que afeta toda a atividade bancária nacional.

No que se refere à vertente de gestão de patrimónios imobiliários, procura-se garantir

uma adequada valorização dos ativos tendo em vista a sua alienação. Neste âmbito, e

após a reestruturação empresarial que levou à concentração numa única entidade, a

Baía do Tejo, SA, das sociedades Quimiparque, Snesges e Urbindústria, as quais eram

proprietárias de significativos territórios na margem sul do Tejo, foi criada a sociedade

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“Arco Ribeirinho Sul”, com o objetivo de destacar a gestão das atividades de

desenvolvimento imobiliário das de gestão dos parques empresariais existentes no

Barreiro, no Seixal e, por integração na Baía do Tejo, S.A., na Margueira.

Refira-se que a criação deste instrumento foi conseguida sem acréscimos de custos

gestionários. Conforme reconhecido pelo Decreto-Lei que criou esta nova sociedade, o

Património que integra atualmente a Baía do Tejo é considerado como espaço

prioritários de intervenção, constituindo assim a âncora de desenvolvimento do

próprio projeto que visa objetivos de ordenamento e desenvolvimento regional.

Paralelamente, este projeto, que deverá ser levado a cabo através da “promoção

financeiramente sustentada de todas as medidas consideradas necessárias à

implementação do Projeto do Arco Ribeirinho Sul”, constitui também um

enquadramento favorável à valorização dos patrimónios da Baía do Tejo, SA em

termos que permitam a recuperação do capital investido e que sejam compatíveis com

os diferentes interesses públicos em presença.

Também a Lazer e Floresta vem prosseguindo a sua estratégia de valorização dos

ativos em carteira, através da alienação de propriedades com potencial de realização

de mais-valias, desenvolvendo o estudo promoção de projetos com vista a concretizar

possibilidades de valorização de outras. A identificação casuística das situações de

interesse turístico, cinegético ou outros, é um elemento crucial para a realização do

seu potencial valor, pelo que se tratam de projetos com uma maturação mais longa.

Ainda assim, a venda de ativos biológicos e arrendamento com base em projetos de

atividade rural, turístico, cinegético ou agrícola tem proporcionado uma rendibilidade

positiva aos capitais empregues ao longo do tempo.

Apoio ao Investimento Público

A CREDIP – Instituição Financeira de Crédito, SA, criada em 2007 em parceria com a

Caixa Geral de Depósitos, SA com o objetivo de contribuir para soluções de

financiamento de projetos de investimento público, manteve um nível de

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envolvimento ao longo de 2010 semelhante ao do ano anterior, não tendo participado

em novos projetos de investimento.

Apoio Técnico ao Ministério das Finanças

O apoio técnico ao Ministério centrou-se em 2010 no quadro das operações de

reprivatização, nomeadamente da 5ª fase de reprivatização da GALP Energia, concluída

em Setembro, e da preparação da 8ª fase da reprivatização da EDP, S.A.

Paralelamente, prosseguiu o acompanhamento com as Parcerias Público-Privadas,

bem como atividades ligadas ao setor empresarial do Estado.

Neste último ponto continuamos os trabalhos de coordenação tendentes à evolução e

consolidação do SIRIEF, que é hoje o portal através do qual as empresas públicas

cumprem as suas obrigações de reporte, sendo a informação recolhida de utilização

comum pela Parpública, DGTF e IGF. Aqui se concentra a informação referente às

empresas do setor empresarial do Estado necessária ao adequado exercício da função

acionista e de controlo.

� POLÍTICAS DA EMPRESA

� Código de Ética

O Código de Ética é o manual que consagra publicamente os princípios e valores

fundamentais que regem a atuação da Parpública. Em qualquer circunstância, o

modelo de agir procura seguir as boas práticas internacionalmente aceites, mas

também as que são seguidas ao nível da Administração Pública e dos mercados, bem

como, de acordo com as normas, regulamentos e Legislação vigentes que regem e

condicionam a conduta e acção gestionárias.

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Os princípios de igualdade de oportunidades, transparência, rigor, lealdade e

integridade das decisões e comportamentos, de confidencialidade e segurança da

informação, são traves de conduta e prática reiterada Estes princípios básicos são

ainda enquadrados por preocupações no sentido de garantir a eficiência na utilização

dos recursos, a protecção do ambiente e o desenvolvimento do capital humano.

O Código de Ética funciona, assim, como meio de explicitação e sistematização dos

princípios básicos que norteiam a atividade da empresa, dos seus gestores, quadros e

demais colaboradores no desempenho das suas funções e no relacionamento com o

acionista e com terceiros, nomeadamente empresas participadas, fornecedores e com

quaisquer outras entidades sejam elas públicas ou privadas, incluindo os mercados

financeiros

Já em 2009 a sociedade procedeu a uma atualização do seu Código de Ética

procurando assegurar a sua permanente sintonia com o conjunto de normas que vêm

sendo divulgadas, mormente as relacionadas com os riscos de fraude, corrupção e

infracções conexas. Foi, aliás, criado um mecanismo de reporte, direto e anónimo, à

Comissão de Auditoria de qualquer prática irregular que seja detetada por parte de

colaboradores.

O Código de Ética da sociedade é formalmente divulgado junto de todos os

colaboradores e a terceiros encontrando-se disponível no site da empresa.

� Política de Gestão do Risco, designadamente do Risco de Fraude

e Corrupção

De acordo com as recomendações emanadas pelo Tribunal de contas e em particular

as orientações definidas pelo acionista, a sociedade tem vindo a promover a análise

dos seus processos de atuação no sentido de manter claramente identificados os

diversos tipos de risco a que está sujeita, procedendo à revisão da sua estratégia de

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gestão dos diversos riscos de modo a que esta se mantenha alinhada com as melhores

práticas.

No sentido de apoiar a identificação, avaliação e monitorização dos diversos tipos de

riscos a que empresa está sujeita, foi concretizada, no último trimestre de 2010, a

criação da Direcção de Auditoria Interna, a qual reporta funcionalmente à Comissão de

Auditoria e hierarquicamente ao Presidente da Comissão Executiva.

Esta Direcção tem como objetivo apoiar o Conselho de Administração da Parpública na

implementação e manutenção de um adequado sistema de controlo interno que

proporcione uma gestão integrada do risco da empresa.

Os últimos três meses de 2010 serviram para a Direcção de Auditoria Interna

desenvolver os instrumentos de suporte à realização das suas atividades, mais

concretamente a elaboração e aprovação dos seus Estatutos e o Manual de Auditoria

Interna. Os Estatutos definem não só o conceito de Auditoria Interna como a missão,

tipo de reporte, âmbito dos serviços prestados e os critérios de competência,

autoridade, independência e objetividade que têm de ser respeitados pela Direcção de

Auditoria Interna. O Manual de Auditoria Interna é o documento basilar no que diz

respeito aos conceitos, princípios, metodologias e formulários que devem ser seguidos

pelos auditores internos na realização das diversas acções de auditoria à Parpública e

suas participadas, principalmente daquelas em que é, direta ou indiretamente,

acionista maioritária ou mesmo única.

No caso das empresas participadas que possuam uma estrutura própria de Auditoria

Interna, a Direcção de Auditoria Interna irá manter contatos periódicos com os

responsáveis dessas estruturas e obter os relatórios por estas produzidos, para

acompanhar que foi verificada a adequação dos sistemas de controlo interno em vigor

e o cumprimento dos procedimentos de monitorização contínua instituídos.

No cumprimento do Regulamento da Auditoria Interna e dado o universo do Grupo

Parpública, que é muito heterogéneo na sua composição, quer quanto às áreas de

atividades das empresas que o compõem, quer quanto à dimensão e respetivas

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estruturas internas, a Direcção de Auditoria Interna efetuou ainda em 2010 uma

análise preliminar do risco associado a cada uma das participadas e priorizou as acções

de auditoria a serem conduzidas durante o ano de 2011, tendo-se concretizado na

elaboração e aprovação do Programa Anual de Auditoria Interna para 2011.

Não obstante a criação da Auditoria Interna em 2010, a Parpública já tinha dado

passos significativos em anos anteriores em matéria de gestão de risco, pela adoção de

regulamentos específicos para diversos processos da sua atividade que, ao

formalizarem o desenho dos fluxos e a afetação de responsabilidades, promoveram as

condições necessárias a um efetivo controlo interno.

Dentro das condições substantivadas importa referir, para além do Código de Ética

acima mencionado, o Regulamento para a aquisição de bens e serviços, locação de

bens e contratação de empreitadas pela Parpública, bem como os Procedimentos

sobre a documentação Contabilística e de Tesouraria e o Manual do GESTDOC, este

referente ao tratamento, circulação e arquivo da documentação em geral.

A Parpública, como qualquer outra sociedade, enfrenta também outro tipo de riscos

decorrentes de eventuais fraudes, corrupção ou infracções conexas. Apesar de a

empresa nunca ter vivido qualquer situação que possa estar ligada com essas

eventualidades, aconselham as boas práticas e uma política gestionária avisada que os

potenciais riscos sejam identificados e que se edifiquem mecanismos claros,

transparentes mas rigorosos, que não só previnam a ocorrência de tais situações

através da minimização do potencial de risco, como permitam, no caso de aquelas

virem a ocorrer, a sua detecção imediata e uma eficaz e pronta atuação tendente a

corrigir processos e resolver eventuais danos causados.

Nesse sentido, foi adoptada, tendo entrado em vigor em 31 de Março de 2010, a

“Política de Gestão de Riscos de Fraude”, de acordo com as recomendações do

Conselho de Prevenção da Corrupção, que funciona junto do Tribunal de Contas. Neste

documento é estabelecida a posição da Parpública em relação à fraude, assim como os

procedimentos a serem seguidos relativamente a este assunto. Anteriormente havia

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sido aprovado pelo Conselho de Administração o “Plano de Prevenção de Riscos de

Fraude, Corrupção e Infracções Conexas”, que pretende definir os instrumentos e

mecanismos complementares a implementar para prevenir e combater qualquer

potencial situação de fraude ou corrupção.

Estes dois documentos constituem as peças basilares da “Estratégia de Gestão do

Risco de Fraude e Corrupção” da Parpública, sujeita a avaliação regular, após ter sido

objeto de ampla divulgação junto dos colaboradores, encontrando-se também

disponível no site da empresa.

� Política e Modelo de Governance

O modelo de governo adoptado na estrutura de organização interna da sociedade

traduz a preocupação em seguir as boas práticas em termos de governance, a par da

agilidade, rigor e transparência das decisões de gestão Numa sociedade com as

caraterísticas da Parpública o enquadramento legal em matéria de modelo de governo

é definido pela RCM nº 49/2007, publicada em 28 de Março, que estabelece as regras

de bom governo das empresas do setor empresarial do Estado, complementado com

as normas emanadas da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, dado que a

Sociedade é emitente de valores mobiliários cotados.

Tendo por base estes princípios, e ainda o conjunto de alterações entretanto

introduzidas no Código das Sociedades Comerciais, o modelo de governo da sociedade

constante do Decreto-Lei nº 209/2000, de 2 de Setembro, que procedeu à criação da

Parpública, sofreu profundas alterações em 2007 face ao que havia sido definido

aquando da constituição da sociedade e que havia vigorado até essa data sem

alterações. Com as alterações ocorridas em 2007, o modelo de governo evoluiu no

sentido do alargamento do órgão de administração, traduzindo não só a expressiva

ampliação da dimensão, diversificação e complexidade do Grupo Parpública desde

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2000, mas também a clara evolução do que se considera serem as boas práticas em

termos de segregação das funções executivas das funções de controlo e fiscalização.

A sociedade dispõe, para além da Assembleia Geral, de um Conselho de Administração

e de um ROC, eleitos em Assembleia Geral. Os membros dos órgãos sociais são eleitos

para mandatos renováveis de 3 anos, pelo que 2010 marca o início do segundo

mandato exercido na vigência do novo modelo de governo.

O Conselho de Administração é composto por cinco a sete membros (Atualmente

sete), integrando uma Comissão de Auditoria a quem cabe a fiscalização da

administração, sem prejuízo das competências específicas do ROC. É a Assembleia

Geral que designa, de entre os administradores eleitos, o Presidente e os demais

administradores com funções executivas (atualmente três) e ainda, pelo menos, três

administradores que constituem a Comissão de Auditoria. É também a Assembleia

Geral que, por proposta da Comissão de Auditoria, designa o Revisor Oficial de Contas.

Este modelo, na linha das boas práticas sancionadas pelos mercados e acolhidas nos

normativos de referência, assegura a separação efetiva das funções executivas das de

controlo e fiscalização, mediante a existência de um órgão estatutário próprio, a

Comissão de Auditoria, a quem são atribuídas competências específicas nesta matéria

e que dispõe de adequados instrumentos de atuação.

Conselho de Administração

O Conselho de Administração dispõe de um Regulamento de funcionamento nos

termos do qual, para além da Comissão de Auditoria prevista nos Estatutos da

sociedade desde a alteração de 2007, foi criada uma Comissão Executiva composta por

todos os vogais executivos, a qual dispõe de poderes delegados pelo Conselho de

Administração para assegurar a gestão corrente da sociedade.

O Regulamento de funcionamento do Conselho de Administração procedeu ainda à

criação de uma Comissão de Avaliação designada pelos vogais não executivos, a qual

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assegura a avaliação de desempenho dos administradores executivos, prevista na

legislação sobre a matéria.

Assim, a estrutura do Conselho de Administração eleito para o mandato 2010 - 2012

pode ser apresentada como se segue:

De acordo com os Estatutos as competências do Conselho de Administração são as

seguintes:

1. Gerir, com os mais amplos poderes, todos os negócios sociais e efetuar

todas as operações relativas ao objeto social, que não caibam na

competência atribuída a outros órgãos da sociedade;

2. Aprovar os projetos de planos de atividade anuais e plurianuais a

submeter à tutela;

3. A cooptação dos administradores;

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4. O pedido de convocação da assembleia-geral;

5. A aquisição, alienação e oneração de bens imóveis;

6. Aprovar os documentos de prestação de contas a submeter à

assembleia-geral;

7. A prestação de cauções e a prestação de garantias pessoais e reais pela

sociedade, nos termos permitidos pelo nº2 do artigo 13º do Decreto-Lei

nº 558/99, de 17 de Dezembro, na redacção do Decreto-Lei nº 300/2007,

de 23 de Agosto;

8. A mudança de sede social;

9. Representar a sociedade em juízo e fora dele, ativa e passivamente,

podendo desistir, transigir e confessar em quaisquer pleitos e, bem assim,

celebrar convenções de arbitragem;

10. A contratação de programas de papel comercial e financiamentos

previstos no orçamento ou plano de investimentos;

11. Propor à assembleia geral a contracção de empréstimos e a emissão de

empréstimos obrigacionistas não previstos no orçamento ou plano de

investimentos;

12. Propor à assembleia geral a aquisição, alienação ou oneração de

participações sociais;

13. Delegar numa comissão executiva a gestão corrente da sociedade.

Durante o ano de 2010, o Conselho de Administração reuniu 12 vezes, com a presença

de todos os seus membros em funções. Importa realçar que os órgãos sociais para o

triénio 2010 – 2012 foram propostos e votados favoravelmente pelo representante do

acionista em Assembleia Geral Anual de 17 de Maio de 2010.

Comissão Executiva

Conforme deliberação do Conselho de Administração, e nos termos da lei e dos

Estatutos, a gestão corrente dos negócios da sociedade foi atribuída a uma Comissão

Executiva. Esta comissão, composta pelos três administradores executivos, assumiu os

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poderes e as competências que lhe foram delegadas pelo Conselho de Administração,

que são genericamente as seguintes:

1. A gestão, com os mais amplos poderes, de todos os negócios sociais,

efetuando todas as operações relativas ao objeto social que não caibam na

competência atribuída a outro órgão ou ao conselho de administração,

pela lei, pelos estatutos ou pelo Regulamento de Conselho de

Administração;

2. A definição de objetivos e da estratégia da sociedade e do grupo, para

aprovação em conselho de administração;

3. A preparação dos planos de atividade anuais e plurianuais;

4. A preparação dos documentos de prestação de contas anuais;

5. A designação de mandatários para as assembleias-gerais das empresas

controladas ou participadas;

6. A contratação de programas de papel comercial e financiamentos previstos

no orçamento ou planos aprovados;

7. A verificação da execução orçamental da sociedade e a elaboração dos

relatórios trimestrais de execução orçamental a submeter à tutela;

8. A aprovação, para submissão à assembleia-geral, de contratos de

financiamento da sociedade e do grupo bem como da emissão de

empréstimos obrigacionistas não previstos no orçamento ou planos

aprovados;

9. A aprovação, para submissão à tutela, de aquisições, alienações ou

onerações de participações noutras sociedades;

10. A aquisição, alienação e oneração de bens imóveis;

11. A representação da sociedade em juízo e fora dele, ativa e passivamente,

podendo desistir, transigir e confessar em quaisquer pleitos e, bem assim,

celebrar convenções de arbitragem.

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Por seu lado a Comissão Executiva decidiu proceder a uma afetação específica de

responsabilidades entre os seus membros tendo procedido à seguinte definição e

distribuição de pelouros:

Joaquim Reis, Presidente

Representação da Parpública; Coordenação Geral; Relacionamento com a Tutela; Parcerias Público-Privadas; Operações de Privatização; Acompanhamento de empresas participadas (TAP, ANA, AdP, Parcaixa, INAPA e HCB).

José Manuel Barros, Vogal

Finanças;

Organização e Sistemas de Informação;

Acompanhamento de participações

(empresas cotadas em Bolsa e ainda, Sagesecur, SPE e Circuito do

Estoril).

Carlos Durães da Conceição, Vogal

Gestão e Promoção Imobiliária

(Grupo Sagestamo – Fundiestamo, Estamo e Consest; Capitalpor –

Lazer e Floresta e Baía do Tejo – Ecodetra, Ambisider e Portosider;

ENVC, Soc. Imobiliária; Margueira, Soc. Gest. Fundos Inv.

Imobiliário; ISOTAL);

Acompanhamento de empresas participadas

(INCM, Companhia das Lezírias, HCV, Lisnave) e ainda, a Fundação

Alter Real e o IHRU.

Ao longo do exercício a Comissão Executiva realizou 30 reuniões. Os principais

assuntos tratados e decisões adoptadas encontram-se refletidos no presente

Relatório, em particular no caderno financeiro.

A organização interna da sociedade encontra-se estruturada em função da partilha de

responsabilidades entre os membros da Comissão Executiva podendo apresentar-se

do seguinte modo:

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Já em 2010 esta estrutura organizativa sofreu algumas adaptações refletindo

essencialmente a preocupação de acolher nos processos e fluxos de trabalho o

resultado das reflexões desenvolvidas em torno das questões relacionadas com os

sistemas de controlo interno.

Comissão de Auditoria

Nos termos da deliberação da Assembleia Geral a Comissão de Auditoria é constituída

pelos administradores não executivos Fernanda Mouro Pereira, que foi designada

Presidente, Pedro Vasquez e Isabel Ressurreição, tendo esta última renunciado ao

cargo em Outubro de 2010.

Nos termos do artigo 423º-F do Código das Sociedades Comerciais e conforme

estabelecido nas Estatutos da sociedade, à Comissão de Auditoria compete em

especial proceder à fiscalização da sociedade, verificar o cumprimento dos Estatutos e

dos regulamentos internos e apreciar as estruturas e mecanismos de governo

adoptados pela sociedade.

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Compete-lhe dirigir à Assembleia Geral o seu parecer sobre o Relatório e as contas, e

sobre qualquer proposta apresentada pelo Conselho de Administração, bem como

propor a nomeação do ROC.

No ano de 2010 a Comissão de Auditoria reuniu por 15 vezes. Para além das reuniões

realizadas a Comissão prosseguiu com a metodologia adoptada no passado no sentido

de manter contatos diretos com cada um dos administradores executivos e com os

principais quadros dirigentes no sentido de aprofundar o seu acompanhamento em

áreas operacionais específicas.

Comissão de Avaliação

Na linha das regras de bom governo estabelecidas para o setor empresarial do Estado

pela RCM nº 49/2007, o Conselho de Administração decidiu criar no seu seio uma

Comissão de Avaliação. Esta Comissão, presidida pelo administrador Mário Donas,

integra todos os administradores sem funções executivas, tendo como principal

atribuição proceder à avaliação do grau e das condições de cumprimento das

orientações estratégicas definidas pelo acionista bem como proceder à avaliação do

desempenho dos administradores executivos.

No decurso do exercício em análise a Comissão de Avaliação realizou 4 reuniões.

Revisor Oficial de Contas

Nos termos estatutários a fiscalização da sociedade compete a um Revisor Oficial de

Contas tendo a Assembleia Geral nomeado em 2010 para esta função, e para o

mandato 2010 – 2012, a sociedade Grant Thornton & Associados, SROC representada

pelo Prof. Doutor Vítor Franco (ROC 432).

O Prof. Vítor Franco para além das funções de ROC da sociedade não exerce quaisquer

outras funções de consultoria ou aconselhamento fiscal em outras empresas do Grupo

Parpública.

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� Política de Qualificação dos Recursos Humanos

A atividade da sociedade incide sobre áreas muito diversificadas e algumas de grande

complexidade técnica pelo que a qualificação dos recursos humanos constitui um fator

determinante, sobretudo porque a estrutura operacional assenta num número muito

restrito de colaboradores. No final de 2010 a Parpública dispunha de um total de 22

colaboradores efetivos, dos quais 18 dispunham de habilitação académica de nível

superior.

A qualificação técnica dos efetivos está, portanto, na base de todos os processos de

recrutamento atendendo à crescente complexidade e rapidez de mudança a que os

mercados e a realidade económica financeira e de regulação nos exigem O novo

enquadramento externo que se vai desenhando tem dado origem a mais dificuldades,

novos desafios mas também novas oportunidades, exigindo por isso uma capacidade

de resposta e previsão às organizações empresariais mais ,rápida e competentemente

fundamentada o que pressupõe a existência de estruturas operacionais com

competências, motivação e agilidade mais elevadas .

Depois de em 2009 ter-se verificado uma estabilização da estrutura de recursos

humanos face a 2008, em 2010 concretizou-se o processo de selecção visando o

recrutamento de profissionais para integrar a nova estrutura de Auditoria Interna, a

qual é particularmente exigente quer em termos de habilitações técnicas quer em

termos de experiência.

A exigência com a capacidade técnica dos seus colaboradores não se esgota na fase de

recrutamento sendo atribuída uma grande importância à permanente atualização e

evolução dos quadros ao serviço da empresa. Esta preocupação é no entanto

fortemente condicionada pelo fato das estruturas operacionais serem de tal forma

limitadas em número de efetivos, que as possibilidades de afetação de tempo a

atividades de formação resultam inferiores ao desejável. De fato, a multiplicidade de

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setores abrangida pela atuação da Parpública a par da complexidade da sua atividade,

desde os processos de privatização ao estudo, elaboração acompanhamento de

processos de reestruturação empresarial, passando pelo acompanhamento das PPP´s,

e concessões exigem uma elevada qualificação e, sempre que possível, o upgrade de

competências técnicas aos nossos quadros.

� Regulamentos Internos e Externos a que a Empresa está Sujeita

Sendo a Parpública uma sociedade gestora de participações sociais a sua atividade está

desde logo sujeita ao regime definido pelo Decreto-Lei nº 495/88, de 30 de Dezembro

e legislação suplementar, estando por esta via também sujeita ao controlo específico

por parte da Inspecção-Geral de Finanças.

Para além daquele enquadramento, a natureza pública do seu capital coloca a

empresa no âmbito do setor empresarial do Estado estando por isso sujeita ao regime

jurídico estabelecido pelo Decreto-Lei nº 558/99, de 17 de Dezembro, com as

alterações introduzidas pelo Decreto-Lei nº 300/2007, de 23 de Agosto. De igual modo,

pelo fato do seu capital ser público, coloca a Parpública no universo das empresas

sujeitas ao controlo financeiro do Tribunal de Contas de acordo com o estabelecido na

Lei 98/87, de 26 de Agosto, com as alterações decorrentes da Lei 87-B/98, de 31 de

Dezembro; Declaração de Retificação 1/99, de 16 de Janeiro; Lei 1/2001, de 04 de

Janeiro; Lei 55-B/2004, de 30 de Dezembro; Declaração de Retificação 5/2005, de 14

de Fevereiro; Lei 48/2006, de 29 de Agosto; Declaração de Retificação 72/2006, de 06

de Outubro; Lei 35/2007, de 13 de Agosto e Lei 3-B/2010, de 28 de Abril.

Como empresa pública que é a sua gestão está submetida aos princípios de bom

governo definidos na Resolução do Conselho de Ministros nº 49/2007, publicada em

28 de Março. Em termos de orientação estratégica a gestão da Parpública deverá

seguir, para além das orientações globais para o setor empresarial do Estado

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aprovadas pela Resolução do Conselho de Ministros nº 70/2008, publicada em 22 de

Abril, as instruções específicas do acionista.

Quanto aos gestores da Parpública, sendo gestores públicos estão abrangidos pelo

Estatuto do Gestor Público aprovado pelo Decreto-Lei nº 71/2007, de 27 de Março.

Ainda no plano da regulamentação externa é de referir que, pelo fato da Parpública ser

emitente de valores transacionáveis em mercado regulamentado, a sua atividade está

sujeita ao cumprimento de Regulamentos específicos da CMVM e do Banco de

Portugal, em especial no que respeita a questões relacionadas com a divulgação de

informação e transparência da gestão.

No plano interno a regulamentação existente assenta no princípio da segregação de

funções, e definindo de forma clara e expressa a afetação de funções aos vários

intervenientes e os circuitos administrativos e contabilísticos de acordo com os

princípios de rigor, segurança, transparência e formalismo que devem ser inerentes ao

desempenho de funções públicas.

Neste âmbito são de destacar os regulamentos que estabelecem as normas de

funcionamento do Conselho de Administração e da Comissão Executiva, que incorpora

a definição e distribuição de áreas de responsabilidade, e os regulamentos que

definem os processos e fluxos de funcionamento de diferentes áreas operacionais,

todos estes enquadrados pelo Código de Ética, aprovado em 2008 e atualizado em

2009, e ainda pela Política de Gestão do Risco de Fraude e pelo Plano de Prevenção de

Riscos de Fraude, Corrupção e Infracções Conexas, estes últimos aprovados já em

2010.

No que se refere aos regulamentos diretamente relacionados com as atividades

operacionais são de referir, pela sua importância o Regulamento para a aquisição de

bens e serviços, locação de bens e contratação de empreitadas pela Parpública, o qual

detalha os procedimentos obrigatórios associados ao processo de decisão e

contratação das compras de bens e serviços. Este Regulamento privilegia a aquisição

de bens móveis por um sistema de benchmarking com as compras públicas e a

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contratação de serviços especializados pela experiência colhida com contratações

anteriores pela empresa ou por empresas do grupo, considerando-se a via da consulta

a entidades indiferenciadas adequada apenas para outros tipos de aquisições de bens

e serviços. Os princípios básicos subjacentes ao Regulamento em vigor são assim a

salvaguarda da transparência, rigor e equidade na condução dos processos tendo

sempre como objetivo a selecção de propostas compatíveis com o benchmarking

disponível.

Em relação à gestão documental é de referir que a implementação e desenvolvimento

de uma ferramenta informática destinada a controlar todo o processo de emissão,

recepção, organização e gestão do arquivo, permitiu um assinalável nível de

desmaterialização de todos estes processos. Talvez mais relevante seja o fato de que

estes novos meios de tratamento da informação, que impõem a necessidade de se

estabelecerem formalmente as normas que definem os principais circuitos

documentais e os diferentes níveis de acesso, acabam por constituir um muito

relevante instrumento no quadro dos sistemas de controlo interno.

Estes regulamentos internos são aplicáveis a todos os colaboradores da empresa

estando disponíveis para consulta no sítio da empresa na internet.

Importa igualmente realçar que se encontra em curso a elaboração do Manual de

Procedimentos da Parpública para os processos operacionais identificados como

significativos pelos órgãos de gestão, o qual irá contemplar, para cada um dos

processos, uma descrição dos procedimentos efetuados e a identificação e

caraterização dos riscos e controlos existentes. A elaboração do Manual tem como

principais objetivos:

Documentar e divulgar internamente os processos da empresa, evitando incorretas ou

incompletas interpretações

Clarificar normas, funções e responsabilidades

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Obter uma maior percepção dos riscos associados a cada um dos processos e

identificar os controlos existentes com vista à mitigação do impato dos riscos, através

da prevenção ou detecção da sua ocorrência

Permitir uma maior eficiência e eficácia na monitorização e melhoria contínuas dos

processos, a qual ficará a cargo da Direcção de Auditoria Interna no âmbito das

auditorias internas periódicas

� Política de remuneração dos órgãos sociais

A remuneração dos membros dos órgãos sociais da Parpública é fixada pela

Assembleia Geral em termos compatíveis com as boas práticas existentes em

empresas de dimensão e complexidade semelhante, de acordo com princípios e

orientações estabelecidas pelo acionista. As restrições atuais quanto aos encargos

remuneratórios e a necessidade de maior controlo e redução com os encargos gerais

das empresas do Setor Empresarial do Estado foram tidas a par da necessidade de

fomentar uma gestão que prossiga um desenvolvimento de valor sustentável a longo

prazo, de acordo com estado dos mercados e da economia em geral, foram tidas em

conta na condução da Política de Remuneração dos Orgãos Sociais.

No atual enquadramento e em conformidade com o Decreto-Lei n.º 71/2007, de 27 de

Março, que altera o Estatuto do Gestor Público, a Resolução de Conselho de Ministros

nº 49/2007 de 28 de Março, que aprova os princípios de bom governo das empresas

do setor empresarial do Estado, o Despacho nº 11420, de 30 de Abril de 2009, do

Senhor Secretário de Estado do Tesouro e Finanças, a Lei 12-A/2010 de 30 de Junho de

2010, que introduziu a redução em 5% da remuneração mensal ilíquida dos gestores

públicos e a Lei 55-A/2010, que aprovando o Orçamento de Estado para 2011, obrigou

a uma redução adicional nas remunerações, entre outras, dos Gestores Públicos foi

imperativa a necessidade de adaptar os anteriores regimes de remuneração (que

traduziam já uma efetiva moderação salarial, ajustada às efetivas possibilidades das

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empresas) no sentido da acomodação daquela redução, para mais quando foi inserida

num programa mais vasto de um real abaixamento de toda a curva de salários

praticada extensivamente ao Setor Administrativo do Estado e respetivo setor

Empresarial. De igual modo foram cancelados todos os pagamentos relativos a

eventuais remunerações variáveis decorrentes do cumprimento de objetivos

anteriormente traçados para a gestão. Finalmente, a total transparência no que se

refere à prática definida nesta matéria, e a sua aplicação efetiva, estará também

demonstrada na divulgação que agora efetuamos.

Assim, a definição da política remuneratória dos órgãos sociais da Parpública assenta

nas seguintes orientações básicas, de acordo com o anteriormente definido e relevado

em Relatórios de Gestão de anos anteriores:

Política Remuneratória

A política remuneratória dos membros dos órgãos sociais em vigor na empresa é

objeto de apreciação por parte da assembleia-geral anual de acionistas, incluindo

critérios e parâmetros de avaliação de desempenho dos administradores.

A política remuneratória deve ser consistente com a natureza da atividade e a

estratégia dos negócios, permitindo uma eficiente gestão dos riscos e promovendo o

crescimento sustentado da empresa a par da salvaguarda dos legítimos interesses dos

trabalhadores, clientes e investidores.

Para o exercício de 2011, mantém-se a remuneração fixa dos membros do Conselho de

Administração, praticada à data da Assembleia Geral que nomeou os atuais Orgãos

Gestionários para o triénio 2011/2013, conjugada com as modificações atrás

detalhadas e que conduziram a uma redução de 15% nas mesmas, entre a partir de

Julho de 2011 e a partir de Janeiro do corrente ano.

Para os exercícios de 2010 e 2011 o despacho de 25 de Março de 2010 do senhor

Ministro de Estado e das Finanças estabeleceu ainda que não haverá lugar à atribuição

de qualquer componente variável da remuneração.

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Regime Remuneratório

Remuneração da Mesa da Assembleia Geral

A remuneração dos membros da mesa da Assembleia Geral é realizada através da

atribuição de senhas de presença conforma foi deliberado pelo acionista em

Assembleia Geral

Remuneração do Conselho de Administração

O regime remuneratório dos membros dos órgãos de administração com funções

executivas prevê a existência de uma componente fixa, a que poderá acrescer uma

outra variável, esta diretamente dependente da avaliação de desempenho.

As componentes fixa e variável respeitam limites máximos anuais, estabelecidos nos

respetivos contratos de gestão tendo em conta a relação e proporção existentes face à

estrutura remuneratória praticada em outras empresas do setor empresarial do

Estado.

A componente variável da remuneração, é objeto de ponderação de modo a assegurar

uma efetiva correspondência entre o seu valor e o nível de ambição constante nos

objetivos de gestão, sem prejuízo da componente variável da remuneração ser fixada

em percentagem da remuneração fixa anual.

O pagamento de parte significativa, correspondente pelo menos a 50%, da

componente variável da remuneração, deverá ser objeto de diferimento por um

período de tempo adequado, que permita garantir a consistência dos resultados

alcançados e a validade da avaliação de desempenho que a justifica, considerando-se

como tempo mínimo, o final do ano subsequente ao termo formal do mandato.

Deve ser implementada uma política de retribuição que não permita a constituição do

direito ao recebimento de eventual remuneração variável caso ocorram prejuízos.

A remuneração dos membros do órgão de administração sem funções executivas é

exclusivamente constituída pela componente fixa.

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Os administradores da Parpública não auferem qualquer remuneração adicional pelo

desempenho de funções de administração em outras empresas do Grupo Parpública.

De acordo com a atual política de restrição e redução salariais, foi cancelada a

atribuição de pagamento de retribuição de componente variável da mesma, e operada

uma efetiva redução no salário auferido por cada um dos membros do Orgãos Sociais

da empresa e do Grupo, conforme explicado.

Transparência e divulgação de informação

Em cumprimento dos princípios de bom governo estabelecidos e em respeito pelas

boas práticas sancionadas pelos mercados, a empresa procede à divulgação no seu site

e em outros suportes adequados da política de remunerações estabelecida.

A empresa assegura, designadamente no seu Relatório anual, a disponibilização de

informação individualizada sobre a remuneração auferida pelos membros dos órgãos

de fiscalização e administração, discriminando, quando é o caso, os montantes

relativos às componentes fixa e variável, bem como informação referente a todos os

demais benefícios e regalias.

� SUSTENTABILIDADE E CUMPRIMENTO DE OBJETIVOS

A solidez financeira da sociedade, sendo a garantia da sua sustentabilidade, está

condicionada e é enquadrada pela envolvente macro económica e solidez na

manutenção da capacidade de assegurar em cada momento a liquidez financeira que

suporta os objetivos de médio e longo prazo.

A definição de estratégias de médio e longo prazo que permitam assegurar a

manutenção da solidez financeira da sociedade no quadro do desenvolvimento dos

negócios compatível com os objetivos da política económica do acionista Estado sendo

essencial à preservação da sustentabilidade e viabilidade da sociedade no médio e no

longo prazo, é enquadrada pela análise que, em cada momento, se consiga delinear

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sobre a capacidade de sustentação dos programas de financiamento às atividades e

investimento

A gestão da sociedade está vinculada a orientações estratégicas estabelecidas pelo

acionista e ao cumprimento dos objetivos definidos em função daquelas orientações.

No caso dos administradores executivos esta vinculação ao cumprimento dos

objetivos, decorre da lei e dos objetivos definidos em termos de privatizações e

cumprimento de programas de aquisição de Imobiliário impostos pelo Tesouro.

No caso concreto, as politicas definidas pelo acionista Estado, devem levar em conta

outros objetivos globais, também genericamente definidos pelo acionista, mormente,

e sobretudo, o da solvabilidade e sustentabilidade na capacidade de financiamento de

curto e médio prazo.

O crescente desenvolvimento de restrições ao financiamento das Instituições

financeiras e do Estado por parte dos mercados e entidades financeiras estrangeiras,

que se iniciou no início de 2010 e cresceu até aos limites da quase impossibilidade no

momento em que escrevemos, limitou fortemente a consecução integral dos objetivos

definidos à partida.

Para o ano de 2010 o acionista definiu, e foi definindo, conforme as vicissitudes do

andamento no financiamento externo à República promoveram, através do PEC os

principais objetivos os seguintes:

Criação de valor, no quadro da natureza específica dos objetivos da empresa, que

deverá conduzir a sua atuação em articulação com as opções políticas do Governo no

âmbito da gestão da carteira de ativos do Estado.

Programa de Privatizações e alienação de participações não estratégicas,

assegurando a realização das acções necessárias à concretização da operações

definidas pelo Governo, e aproveitando ou criando as oportunidade de alienação das

participações não estratégicas. A este respeito, o objetivo fixado no âmbito do

chamado PEC delineado em Abril de 2010 previa a privatização de 7% da participação

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Estatal na GALP Energia e dos 10% de sua participação no capital social da EDP, ambas

detidas pelo Grupo Parpública.

Gestão dos ativos do Grupo, tendo em vista a criação de valor pretende-se o

desenvolvimento de processos de reestruturação empresarial que melhor assegurem

esse objetivo, e adequadamente dinamizados os processos em curso visando a

promoção e desenvolvimento dos ativos imobiliários, cujo resultado se assume

importante para a manutenção da solidez financeira do grupo.

� Análise da Sustentabilidade da Empresa nos Domínios

Económico, Social e Ambiental

Os resultados alcançados pela empresa no passado recente têm permitido manter a

sua solidez financeira, apoiando o desenvolvimento da sua atividade e das estratégias

de desenvolvimento sustentado que a gestão vem estabelecendo em sintonia com

acionista.

Não obstante se ter verificado nos últimos anos um acréscimo do passivo financeiro da

Parpública, tendo em conta a sua carteira de participações e o rendimento gerado

pelas participações detidas, a sustentabilidade da empresa está assegurada, uma vez

que esses rendimentos permitem satisfazer os seus compromissos, sendo o valor

dessas participações mais do que suficiente para amortizar os valores em dívida,

relação que demonstra a sustentabilidade financeira da empresa.

A Parpública utiliza políticas conservadoras na valorização dos ativos financeiros e

imobiliários, tendo como filosofia a razoabilidade, o rigor e a consideração dos valores

de longo prazo.

A Empresa apresenta uma considerável solidez financeira, associada à sua capacidade

de solver os respetivos compromissos. No entanto, como consequência das

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86

perturbações verificadas nos mercados financeiros relativamente à dívida soberana de

alguns estados europeus, nomeadamente de Portugal, a Parpública veio a sofrer um

downgrade das suas notações de rating. Este downgrade decorre mais do

enquadramento macroeconómico e do inerente risco associado à atual conjuntura do

país, e não tanto de considerações sobre a evolução específica da situação financeira e

das perspetivas futuras da empresa.

Tendo em conta a situação que temos vivido nos últimos tempos, de grande

volatilidade dos mercados, torna-se ainda mais premente a necessidade do controlo

dos riscos, razão pela qual a Parpública tem dado grande enfâse à análise sistemática

dos seus mecanismos de controlo interno e à definição de políticas de gestão do risco,

tanto nas áreas financeiras como relativamente aos riscos associados a potenciais

situações de fraude ou corrupção, e como consequência, também neste segmento a

sustentabilidade futura da sociedade se encontra acautelada, uma vez que as medidas

adoptadas têm sempre como principal preocupação a preservação do valor dos ativos.

Nesta área destaca-se o Código de Ética com a existência de um mecanismo de reporte

de eventuais queixas, a explicitação e divulgação da Política de Gestão do Risco de

Fraude e Infracções Conexas, a existência do Plano de Prevenção de Riscos de Fraude,

Corrupção e Infracções Conexas, e ainda a Direcção de Auditoria Interna, que funciona

em articulação direta e sob a dependência da Comissão de Auditoria, de acordo com as

recomendações para as melhores práticas.

Foi efetuado o acompanhamento dos objetivos de gestão definidos e a avaliação do

seu cumprimento, aumentando o nível e o rigor desse mesmo acompanhamento,

tanto por parte do acionista, como por parte da Parpública relativamente às suas

participadas, reforçando-se ainda mais os mecanismos de análise e gestão dos riscos e

de controlo baseados no acompanhamento dos planos de atividade e orçamentos

feitos tanto numa base trimestral como numa base anual.

A Parpública assume como uma das suas preocupações principais assegurar a rapidez,

a transparência e o rigor na divulgação da informação, divulgando os fatos e

informações relevantes de forma segura, consistente e em tempo real, utilizando os

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suportes que se revelem mais adequados. Salienta-se que, procurando garantir uma

cada vez maior qualidade na disponibilização de informação, se procedeu em 2010 a

um melhoramento do site da empresa no sentido de disponibilizar mais informação de

forma mais acessível e imediata, a exemplo do que já havia acontecido nos dois anos

anteriores.

É de referir o Sistema de Recolha de Informação das Empresas Participadas pelo

Estado (SIRIEF), lançado em 2008 e que entrou em utilização sistemática em 2009,

verificou aperfeiçoamentos em 2010. Sendo já o segundo ano de pleno

funcionamento, continua a ser de interesse a sua utilidade no acompanhamento no

Setor Empresarial do Estado por parte das entidades utilizadoras dessa informação.

Embora a atividade específica da Parpública não se depare diretamente com questões

de natureza ambiental, estes assuntos são acompanhados com toda a atenção e

interesse ao nível das suas participadas, nomeadamente naquelas onde estas matérias

assumem maior importância, como são os casos dos segmentos aeronáutico e

imobiliário.

� Avaliação sobre o Cumprimento dos Princípios de Bom Governo

Sendo a Parpública uma sociedade de capitais públicos a sua gestão está vinculada ao

cumprimento dos princípios de boa gestão definidos na RCM nº 49/2007, publicada

em 28 de Março. A forma como a atividade foi desenvolvida ao longo do ano de 2010

permite afirmar que aqueles princípios foram cumpridos, como se pode verificar no

seguinte mapa síntese:

Princípios de

Bom Governo

Recomendações

Grau de

Cumprimento

Missão,

Objetivos e

Princípios

Gerais de

Atuação

• Cumprimento, enunciação e divulgação, da missão, objetivos e politicas que tenham sido determinados para si e para as participadas que controla, de forma económica, financeira, social e ambientalmente eficiente, atendendo a parâmetros exigentes de qualidade, procurando salvaguardar e expandir a sua competitividade, com respeito pelos princípios fixados de responsabilidade social, desenvolvimento sustentável e satisfação das necessidades da coletividade;

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• Elaborar planos de atividade e orçamentos adequados aos recursos e fontes de financiamento disponíveis, tendo em conta a sua missão e aos objetivos fixados;

• Definir estratégias de sustentabilidade no domínio económico ,social e ambiental identificando objetivos e instrumentos de planeamento, execução e controlo a utilizar;

• Reporte de informação anual à tutela e ao público em geral, de como foi prosseguida a missão, grau de cumprimento dos objetivos, forma de cumprimento da política de responsabilidade social e de desenvolvimento sustentável e forma de salvaguarda da sua competitividade;

• Cumprimento de legislação e regulamentação, adoptando um comportamento eticamente irrepreensível na aplicação de normas de natureza fiscal, de branqueamento de capitais, de concorrência, de protecção do consumidor, de natureza ambiental e de índole laboral, nomeadamente relativas à não discriminação e à promoção da igualdade entre homens e mulheres e permitindo a conciliação da vida pessoal, familiar e profissional;

• Tratamento com respeito e integridade de todos os trabalhadores e contribuir para a sua valorização pessoal;

• Conduzir com integridade todos os negócios da empresa. Ter ou aderir a um código de ética que contemple exigentes comportamentos éticos e deontológicos e proceder à sua divulgação.

• Tratamento com equidade de clientes, fornecedores e demais titulares de direitos legítimos, estabelecendo e divulgando procedimentos adoptados em matéria de aquisição de bens e serviços, adoptando critérios de adjudicação orientados por princípios de economia e eficácia, que assegurem a eficiência das transacções realizadas e que garantem a igualdade de oportunidades para todos os interessados. Divulgação anual de todas as transacções que não tenham ocorrido em condições de mercado e a lista dos fornecedores que representem mais de 5% dos fornecimentos e serviços externos (se a % ultrapassar 1M€);

Estruturas de

Administração e

Fiscalização

• Órgãos de administração e fiscalização ajustados à dimensão e complexidade da empresa, comparáveis com empresas privadas de dimensão semelhante e do mesmo setor;

• O modelo de governo deve assegurar a efetiva segregação de funções de administração e fiscalização;

• Emissão de relatório de avaliação de desempenho anual dos gestores executivos e de avaliação global das estruturas e mecanismos de governo em vigor pela empresa, efetuado pelos membros não executivos ou comissão especializada;

• Contas auditadas por entidades independentes com padrões idênticos aos praticados para empresas admitidas à negociação em mercados regulamentados;

• Implementação do sistema de controlo, que proteja os investimentos e ativos da empresa e que abarque todos os riscos relevantes assumidos pela empresa;

• Promover a rotação e limitação dos mandatos dos membros dos órgãos de fiscalização.

Remuneração e

Outros Direitos

• Divulgação anual das remunerações totais (fixas e variáveis) auferidas por cada membro do órgão de administração, executivos e não executivos e do órgão de fiscalização;

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• Divulgação anual dos demais benefícios e regalias (seguros de saúde, utilização de viatura e outros benefícios concedidos pela empresa).

Prevenção de

conflitos de

interesses e

divulgação de

informação

relevante

• Obrigação dos membros dos órgãos sociais de se absterem de intervir em decisões que envolvam o seu próprio interesse;

• Obrigação dos membros dos órgãos sociais de declararem quaisquer participações patrimoniais importantes que detenham na empresa e relações relevantes que mantenham com fornecedores, clientes, IC’s ou outros, susceptíveis de gerar conflito de interesse;

• Divulgar publicamente, de imediato, todas as informações de que tenham conhecimento, susceptíveis de afetar de modo relevante a situação económica, financeira e patrimonial da empresa;

Princípios

relativos à

divulgação de

informação

• Disponibilizar à DGTF para divulgação no sítio das empresas do Estado e divulgar no sítio da própria empresa, de forma clara, relevante e atualizada, toda a informação antes enunciada, a informação financeira histórica e atual da empresa e a identidade e elementos curriculares de todos os membros dos seus órgãos sociais;

• Nomeação do provedor do cliente, quando se justificar.

• Incluir no Relatório de Gestão ponto relativo ao governo da sociedade referindo; regulamentos internos e externos a que está sujeita, informações sobre transacções relevantes com entidades relacionadas, remunerações dos membros dos órgãos, análise de sustentabilidade e, em geral, avaliação do grau de cumprimento dos PBG);

N.A.

� OUTRAS INFORMAÇÕES SOBRE O MODELO DE GESTÃO

� IDENTIFICAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS

Os órgãos sociais eleitos em Assembleia Geral realizada em 17 de Maio de 2010 para o

mandato 2010 – 2012 têm a seguinte composição:

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A administradora Dra. Maria Isabel Silva Ressurreição solicitou ainda no decurso do

exercício de 2010 a sua exoneração do cargo de administradora não executiva para

que tinha sido eleita, não tendo entretanto sido substituída pelo que se encontra vago

um dos lugares no Conselho de Administração.

� INFORMAÇÃO OBRIGATÓRIA – ACUMULAÇÃO DE FUNÇÕES, CURRICULA E

REMUNERAÇÕES DOS ADMINISTRADORES E ÓRGÃOS DE FISCALIZAÇÃO

Durante o exercício de 2010 as funções exercidas pelos membros do Conselho de

Administração da Parpública, SGPS, SA noutras sociedades foram as seguintes:

Dr. Joaquim José de Oliveira Reis

− Presidente do Conselho de Administração da Capitalpor, SGPS, SA, empresa

participada a 100%;

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− Vogal do Conselho de Administração da ADP, SGPS, S.A, da Parcaixa, SGPS, S.A.

e da CREDIP - Instituição Financeira de Crédito, S.A., empresas participadas a

72,17%, 49% e 20%, respetivamente.

Dr. Carlos Durães da Conceição

− Vogal do Conselho de Administração da Capitalpor, SGPS, S.A. e da SGH -

Sociedade de Gestão Hospitalar, S.A. empresas participadas a 100% e 45%,

respetivamente.

Dr. José Manuel Pereira Mendes de Barros

− Presidente do Conselho de Administração da SAGESECUR – Sociedade de

Estudos, Desenvolvimento e Participação em Projetos, S.A., empresa

participada a 80,5%.

− Vogal do Conselho de Administração da Capitalpor, S.A., empresa participada a

100%

Fernanda Maria Mouro Pereira

− Membro não executivo do Conselho de Administração da Ciencinvest, Valorização

Económica da Ciência, SA, em representação da Aicep Capital Global, SCR, S.A.

Mário Alberto Duarte Donas

− Presidente da MARGUEIRA – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento

Imobiliário, S.A. (empresa controlada);

− Presidente do Conselho de Administração da CONSEST – Promoção Imobiliária,

S.A. (empresa participada a 100%);

− Presidente da Mesa da Assembleia Geral da ECODETRA – Sociedade de

Tratamento e Deposição de Resíduos, S.A.

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Dando cumprimento ao estabelecido nos princípios de bom governo das empresas do

Estado o presente Relatório apresenta de seguida os curricula dos seus membros dos

órgãos sociais

Membros da Mesa da Assembleia Geral

Presidente – Dr. Pedro António Pereira Rodrigues Felício

Habilitações Académicas

- Licenciatura em Gestão no Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG),

concluída em 1994

Atividade Profissional

- Desde Maio de 2010, Diretor-Geral do Tesouro e Finanças – Ministério das

Finanças e da Administração Pública.

- Presidente do Conselho de Administração da Agência Nacional de Compras

Públicas;

- Diretor dos Serviços Financeiros da PT PRO – Serviços de Gestão;

- Responsável pelo Departamento de Contas a Receber da PT PRO – Serviços de

Gestão;

- Responsável pelo Departamento de Recursos Financeiros da TMN -

Telecomunicações Móveis Nacionais, SA;

- Controller na TMN - Telecomunicações Móveis Nacionais, SA;

- Auditor Financeiro/Controller na SLM - Sociedade Lisbonense de Metalização,

SA;

- Consultor de Gestão na Empresa de Consultoria DCN - Consultores de Gestão,

Lda;

- Economista na Câmara Municipal de Lisboa.

Secretário - Dra. Maria Luísa da Silva Rilho

Habilitações Académicas

- Licenciatura em Direito, pela Faculdade de Direito de Lisboa, concluída em Julho

de 1975

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Atividade Profissional

- Desde Fevereiro de 2000 – Técnica Superior da atual Direcção-Geral do Tesouro

e Finanças (DGTF), afeta sucessivamente ao Núcleo de Bonificações e Incentivos,

Gabinete de Prospetiva e Coordenação, Direcção de Serviços de Gestão de

Recursos e Direcção de Serviços de Gestão Financeira e Orçamental

- De Março 1991 a Janeiro de 2000 – Chefe de Divisão das Participações do

Estado (DGT)

- De Maio 1988 a Março 1991 - Chefe de Divisão da Dívida Interna Direta e

Garantida (DGT)

- De Julho de 1990 a Março 1991 - Chefe de Divisão de Gestão de Pessoal (DGT),

em acumulação de funções

- De Junho 1985 a Maio 1988 – Técnica Superior da Direcção-Geral do Tesouro

(DGT) afeta à área de Recuperação de Créditos

- De Novembro de 1979 a Junho de 1985 – Coordenadora do Gabinete Jurídico e

de Contencioso da Direcção do Crédito CIFRE (Ministério das Finanças)

- De Junho de 1977 a Novembro de 1979 – Consultora Jurídica do Comissariado

para os Desalojados

- De Outubro de 1974 a Junho 1977 – Docente do ensino secundário particular e

cooperativo

- Desde Novembro 2008 – Vogal da Comissão Diretiva do Fundo de Apoio ao

Sistema de Pagamentos do Serviço Nacional de Saúde

- Desde Maio 2008 – Vogal do Conselho Fiscal da APL – Administração do Porto

de Lisboa, SA

- Desde Setembro 2000 – Secretária da Mesa da Assembleia Geral da

PARPÚBLICA – Participações Públicas (SGPS), SA

- 2003 / 2005 – Presidente da Mesa da Assembleia Geral do Instituto Português

de Oncologia de Coimbra, SA

- 1997 /2004 - Vogal do Conselho Fiscal da Lisnave -Estaleiros Navais, SA

- 1992 / 2000 – Secretária da Mesa da Assembleia Geral da PARTEST –

Participações do Estado (SGPS), SA

- 1989 / 1995 - Representante Comum dos Participantes da 1ª e da 2ª Emissão de

Títulos de Participação da RNIP, SA

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Membros do Conselho de Administração

Presidente - Dr. Joaquim José de Oliveira Reis

Habilitações Académicas

- Licenciatura em Economia pelo ISEG, concluída em 1983

- Frequência de Pós Graduação em Estudos Europeus pela Universidade Católica

em Lisboa – 1985/1986.

Atividade Profissional

- Desde Maio de 2010, Presidente do Conselho de Administração da PARPÚBLICA,

SGPS e da Capitalpor, SA, empresa instrumental da Parpública.

- Desde Maio de 2010 Vogal dos Conselhos de Administração da CREDIP, SA, da

Parcaixa, SGPS, SA e da ADP, SGPS, SA, empresas participadas pela PARPÚBLICA,

SGPS.

- De Novembro de 2006 a Maio de 2010, Presidente do Conselho de

Administração do Metropolitano de Lisboa, E.P.E.

- Desde Novembro de 2006 até Maio de 2010, Presidente do Conselho de

Administração da Ferconsult, S. A., empresa de Engenharia e Projetos do Grupo

ML, vocacionada para o setor Metropolitano (Pesado e Ligeiro) e Ferroviário. A

Ferconsult desenvolve atualmente projetos em três continentes: Europa

(Portugal, Irlanda), África (Argélia, Líbia) e América do sul (Argentina).

- Maio 2009 – Presidente da Assembleia de Metros da UITP.

- Maio de 2009 – Vice-presidente da UITP (União Internacional do Transporte

Público, integrando Associações, empresas de transporte público, empresas

fabricantes e reguladores de mais de 90 países).

- Junho 2005 – Administrador da Transtejo, S.A. – Empresa de Transporte Fluvial

de Passageiros, com os pelouros Económico e Financeiro, Recursos Humanos e

Sistemas de Informação.

- Setembro 2005 (até Março de 2007), e por inerência, Presidente do Conselho de

Administração da OTLIS - ACE das empresas de transporte de passageiros para a

Implementação da bilhética, na área Metropolitana de Lisboa.

- 2003-2005 - Administrador da Sociedade Financeira – Lisbon Brokers, AS, com

sede em Lisboa, e membro das Bolsas de Valores de Lisboa, Paris, Amesterdão e

Madrid, onde exerceu funções de Direcção Geral da Sociedade, nomeadamente

relativas às áreas Financeiras, Controlo de Gestão, Sistemas de Informação,

Análise de Empresas e Colocação financeira. Foi responsável pela Sucursal de

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Madrid, como Administrador Delegado da Companhia. Nessas funções

reportava às Autoridades de Supervisão Espanholas: Banco Central de Espanha,

Comissão Nacional de Valores e Ministério das Finanças.

- 1998-2003 – Administrador da Sociedade Financeira de Valores Mobiliários

integrada num Grupo Bancário – Central Investimentos, SC / NCO, sendo

responsável pelas áreas de Trading/Vendas (Bolsas Nacionais e Estrangeiras –

Zona Euro e Estados Unidos), Tesouraria e Controlo de Gestão.

- 1993-1998 – Diretor Geral da Sociedade Financeira de Valores Mobiliários –

Central Investimentos, Sociedade Financeira de Corretagem, AS – e Chefe da

Sala de Intermediação de Títulos para Bancos Internacionais e Investidores

Institucionais. Também no âmbito das funções de Direcção Geral, participou na

Direcção do Departamento de “Research” de empresas cotadas e dirigi a

colocação de Ofertas Públicas de Títulos junto de Mercados Internacionais.

- 1992-1993 – Diretor e Chefe da Sala de Intermediação Financeira da Sociedade

Financeira na Bolsa de Valores de Lisboa e Porto – Socifa & Beta, Sociedade

Financeira de Corretagem, S.A.

- 1989-1991 – Diretor Financeiro, Administrador e de Sistemas de Informação da

Sociedade Financeira sob supervisão do Banco de Portugal – Socifa & Beta, S.A.

- 1986-1989 – Técnico no Departamento Financeiro e de Contabilidade de um

Banco Comercial Privado – (BCP) Banco Comercial português, S.A., ligado às

áreas de Mercado Monetário e Forex.

Dr. Carlos Manuel Durães da Conceição

Habilitações Académicas

- Licenciado em Finanças pelo Instituto Superior de Ciências Económicas e

Financeiras, concluída em 1974

Atividade Profissional

- Desde Maio de 2010, Vogal Executivo do Conselho de Administração (CA) da

PARPÚBLICA, SGPS, SA e da Capitalpor, SGPS, SA, empresa do Grupo.

- Desde Maio de 2010, Vogal não Executivo do CA da SGH, SA, empresa

participada da Parpública.

- De 2007 a 2010, Diretor Geral do Tesouro e Finanças.

- De 2006 a 2007, Diretor Geral do Património.

- De 2002 a 2005, Vogal do Conselho Diretivo do Instituto do Emprego e

Formação Profissional.

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- De 2000 a 2001, Diretor da Unidade de Leasing e Administrador da DB Rent e DB

Crédito do Grupo Deutsche Bank.

- De 1994 a 2000, Diretor-Geral da DB Rent e DB Crédito, Grupo Deutsche Bank.

- De 1991 a 2000, Diretor-Geral da DB Leasing, SA, Grupo Deutsche Bank.

- De 1998 a 1991, Diretor-Geral da SLIBALL Portuguesa – Companhia de Locação

Financeira, SA, Grupo Credit Lyonnais.

- De 1984 a 1988, Vogal da Comissão Instaladora e do Conselho Diretivo do

Instituto Nacional de Habitação.

- De 1981 a 1988, Vice-Presidente do Fundo de Fomento da Habitação.

- De 1977 a 1981, Diretor da Junta do Crédito Público.

- Técnico de Finanças Assessor Principal, da Direcção-Geral dos Impostos.

Dr. José Manuel Pereira Mendes de Barros

Habilitações Académicas

- Mestrando em Finanças pelo ISCTE Business School (parte curricular finalizada)

- Pós-graduação em “Gestão de Risco e Derivados” pelo ISEG/UNL/Bolsa de

Derivados do Porto (2000)

- Licenciatura em Gestão pelo Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) –

Universidade Técnica de Lisboa, concluída em 1994

Atividade Profissional

- Desde Maio de 2010, Vogal Executivo do Conselho de Administração (CA) da

PARPÚBLICA, SGPS, SA e da Capitalpor, SGPS, SA, empresa do Grupo.

- Desde Maio de 2010, Presidente da Sagesecur, SA, empresa do Grupo.

- De 2006 a Maio de 2010, Diretor-Adjunto do Departamento de Supervisão da

Intermediação e Estruturas de Mercado na CMVM – Comissão do Mercado de

Valores Mobiliários.

- De 2004 a 2006, Diretor-Adjunto do Departamento de Supervisão Organismos

Especiais de Investimento e gestão de carteiras na CMVM – Comissão do

Mercado de Valores Mobiliários.

- De 2002 a 2004, Coordenador Executivo do Departamento de Registo de

Entidades na CMVM – Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

- De 2001 a 2002, Assessor do Secretário de Estado do Tesouro e das Finanças no

Ministério das Finanças – Secretaria de Estado do Tesouro e das Finanças.

- De 1994 a 2002, Técnico Economista Superior do Departamento de Supervisão

de Gestão de Ativos na CMVM – Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

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- Em 1993, técnico de contabilidade na Concafé Sical, Lda (empresa do universo

Nestlé, SA).

Dra. Fernanda Maria Mouro Pereira

Habilitações Académicas

- PADE – Programa de Alta Direcção de Empresas (XXI) na AESE em 1996

- Master of Business Administration pela William E. Simon Graduate School of

Business Administration, University of Rochester (U.S.A), em 1986.

- Licenciatura em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do

Porto (1975).

- Advanced Course, Private Equity .Management Training, EVCA Institute, 2005.

- Eureko Top Management Seminar, INSEAD, 2002

- Grupo BCP Programme, INSEAD, 2001

- Eureko Programme, INSEAD, 1998

- Seminário sobre Desenvolvimento Económico, Banco Mundial, Outubro a

Dezembro de 1980 (Brasília)

Atividade Profissional

- Membro não executivo do Conselho de Administração da Ciencinvest,

Valorização Económica da Ciência, SA, em representação da Aicep Capital

Global, SCR, SA, desde Outubro de 2005.”

- Membro não executivo do Conselho de Administração da Investvar Comercial,

SGPS, SA, em representação da Aicep Capital Global, SCR, SA, de Abril de 2005 a

Fevereiro de 2008.

- Membro não executivo do Conselho de Administração da Logoplast – Gestão e

Consultoria Financeira, SA, em representação da API Capital, de Dezembro de

2004 a Janeiro de 2006.

- Membro do Conselho de Administração da API Capital, Sociedade de Capital de

Risco, SA, de Outubro de 2004 a Dezembro de 2006. “

- “Business manager” de uma equipa de projeto multinacional para reconversão

das operações, processos e sistemas informáticos de seguros de vida e pensões

das Companhias de Seguros do Banco Comercial Português e da Eureko

(Setembro de 2002 a Março de 2004).

- Membro do Conselho de Administração da Ocidental – Companhia Portuguesa

de Seguros de Vida, S.A., de 2000 a 2002.

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- Membro do Conselho de Administração da BPA Seguros Vida, S.A., de 1991 a

2000.

- Membro do Conselho de Administração da Ocidental – Companhia Portuguesa

de Seguros, S.A., de 2001 a 2002.

- Membro do Conselho de Administração da BPA Seguros, S.A., e da BPA Seguros

Gest, SGPS, S.A., de 1995 a 2000.

- Membro do Conselho de Administração da Vanguarda – Sociedade Gestora de

Fundos de Pensões, S.A., de 1997 a 1999.

- Membro do Conselho de Administração da Præmium – Sociedade Gestora de

Fundos de Pensões, S.A, de 1991 a 1999.

- Membro não executivo do Conselho de Administração da Gestiprimus – Gestão

de Fundos Imobiliários, S.A, de 1995 a 1996.

- Membro não executivo do Conselho de Administração da Primogest – Gestão de

Fundos Mobiliários, S.A, de 1995 a 1996.

- Membro não executivo do Conselho de Administração da Bolsa de Valores do

Porto, em 1994 e 1995, em representação dos Investidores Institucionais.

- Desde 1995, Diretora Central do Banco Comercial Português.

- Desde Janeiro de 1980, quadro do Banco Português do Atlântico, e posteriormente

do Banco Comercial Português, tendo exercido as seguintes funções:

o Técnica no Departamento de Estudos Económicos de 1980 a 1982;

o Responsável da Central de Balanços do mesmo Departamento de 1982 a 1984;

- De 1987 a 1990, Diretora da Direcção Financeira, responsável pelas atividades

no mercado de capitais;

- De 1989 a 1992, representante do BPA no Board of Diretors do Oporto Growth

Fund.

- Estágio no Trust Department do Chase Lincoln First Bank (Rochester, NY), em

Julho/Agosto de 1986.

- Assessora do Secretário de Estado do Planeamento no VI Governo

Constitucional de Janeiro de 1980 a Janeiro de 1981.

- Assistente da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, de 1978 a

1982.

- Docente convidada da Universidade Católica Portuguesa (Centro Regional do

Porto), de 1981 a 1991.

- Técnica economista num gabinete privado de Estudos Económicos e Financeiros

de Empresas, de 1974 a 1979.

Outros

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99

- Membro de Beta Gamma Sigma, the honor society for collegiate schools of

business

- Sócia da APAF – Associação Portuguesa de Analistas Financeiros

- Sócia da APDMC – Associação para o Desenvolvimento do Mercado de Capitais

Dr. Pedro Miguel Rodrigues Soares Vasquez

Habilitações Académicas

- Licenciatura em Gestão pelo Instituto Superior de Gestão, concluída em 1995

Atividade Profissional

- Desde Maio de 2010, Subdiretor-Geral do Tesouro e Finanças.

- De 2008 a 2010, Diretor de Apoio à Gestão na ANCP, E.P.E.

- De 2002 a 2008, Chefe de Área (3ª linha) na TMN.

- Em 2001, Diretor Financeiro na Red Bull Portugal.

- De 1997 a 2001, Controller na TMN.

- De 1995 a 1997 Auditor na PWC- PriceWaterhouseCoopers.

Dr. Mário Alberto Duarte Donas

Habilitações Académicas

- Licenciatura em Ciências Matemáticas (1963);

- Licenciatura em Engenharia Geográfica (1972);

- Licenciatura em Direito (1978);

- Pós-Graduação em Jurídico-Económicas (1981)

Atividade Profissional

- Administrador de empresas desde 1983 até 1995.

- Advogado.

- Vogal do Comissariado da EXPO 98.

- Administrador da PARQUE EXPO até 2000;

- Professor auxiliar de Finanças Públicas e Direito Económico na Universidade

Internacional desde 1987;

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100

- Administrador não executivo da PARPÚBLICA – Participações Públicas (S.G.P.S.),

S.A. desde 2001.

- Presidente do Conselho de Administração da MARGUEIRA – Sociedade Gestora

de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. desde 2002.

Revisor Oficial de Contas

Prof Vítor Franco

Habilitações Académicas

Doutor em Ciências Empresariais (Universidade Autónoma de Madrid)

Catedrático do Departamento de Contabilidade do ISCTE

Professor de Contabilidade Financeira e de Contabilidade de Gestão do ISTE

Presidente do Departamento de Contabilidade e da Assembleia do ISTE

Atividade Profissional

Revisor Oficial de Contas e Advogado

Partner de Grant Thornton & Associados, SROC, Lda.

Dando cumprimento ao estabelecido pelos princípios de bom governo apresenta-se

aqui o estatuto remuneratório fixado pelo acionista para os membros dos órgãos

sociais da sociedade, com excepção da remuneração do ROC que é estabelecida

contratualmente:

Mesa Assembleia Geral

Presidente – Senha de presença no valor de 645,77 euros;

Vice-Presidente – Senha de presença no valor de 511,49 euros;

Secretário – Senha de presença no valor de 387,97 euros.

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101

Conselho Administração 2

Administradores Executivos

Presidente – Remuneração de 9.481,74 euros, 14 vezes por ano;

Vogais – Remuneração de 7.585,40 euros, 14 vezes por ano.

Administradores Não Executivos

Presidente da Comissão de Auditoria – Remuneração de 2.612,50 € 14 vezes por ano;

Vogais da Comissão de Auditoria – Remuneração de 2.280,00 €, 14 vezes por ano;

Vogal não Executivo - Não aufere remuneração.

Ao abrigo da Lei n.º 12-A/2010 de 30 de Junho, com efeitos desde 1 de Junho de 2010,

a remuneração fixa mensal ilíquida dos Administradores do Conselho de Administração

da Parpública foi reduzida em 5%.

A partir do dia 1 de Janeiro de 2011 aplicou-se, à remuneração dos membros do

Conselho de Administração da Parpública, o disposto na Lei n.º 55-A/2010 de 31 de

Dezembro.

ROC

A remuneração do ROC é variável dado que inclui os valores correspondentes ao

pagamento de trabalhos adicionais exigidos pelos processos de rating ou de fecho de

contas intercalares, os quais são pagos de acordo com as recomendações da respetiva

Ordem.

Tal como previsto no Estatuto dos Gestores Públicos foram definidos limites anuais

para os encargos referentes a telemóveis e combustíveis consumidos pelas viaturas de

serviço afetas aos administradores executivos. Os valores fixados, que não sofreram

alteração face aos que vigoraram no mandato anterior, são de 2.000 € para despesas

2 As remunerações indicadas contemplam a redução de 5% determinada pelo artigo 12º da Lei n.º 12-A/2010, de 30 de Junho

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102

com telemóvel e de 6.000 € para as despesas com combustíveis. Quanto aos limites

para os encargos mensais com o renting de viaturas, também se mantiveram os

valores anteriormente fixados que eram de 1.050 € para o Presidente do Conselho de

Administração e de 840 € para os administradores executivos.

A remuneração anual contratualizada com o ROC também não sofreu em 2010

alteração sendo de 75.000 €, acrescida de IVA, correspondendo à certificação das

contas separadas e consolidadas, aos trabalhos adicionais exigidos no quadro do fecho

de contas intercalares e de rating são objeto de pagamento adicional, na linha do

recomendado pela Ordem dos ROC.

Em cumprimento das normas estabelecidas publica-se o mapa contendo informação

detalhada sobre as remunerações e benefícios auferidos em 2010 pelos

administradores, incluindo aqueles que cessaram funções em Maio de 2010.

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103

Un: €

Conselho Administração

João Plácido

Pires

(Presidente)

(a)

Joaquim

Reis

(Presidente)

António

Albuquerque

(Vogal

Executivo) (a)

Emílio Castel-

Branco

(Vogal

Executivo) (a)

Carlos Durães

da Conceição

(Vogal

Executivo)

José Manuel

Barros (Vogal

Executivo)

Isabel

Ressurreição

(Vogal não

Executivo) (b)

Fernanda

Pereira

(Vogal não

Executivo) (c )

Pedro

Vasquez

(Vogal não

Executivo)

Mário Alberto

Duarte Donas

(Vogal não

Executivo)

1. Remuneração

1.1. Remuneração base/Fixa 24.952 86.660 44.448 44.448 69.580 69.594 28.000 38.500 20.838 0

1.2. Redução decorrente da Lei 12-A (30/06/2010) -4.117 -3.293 -3.293 -700 -1.100 -989 0

1.3. Remuneração base/Fixa efectiva (1.1. - 1.2.) 24.952 82.543 44.448 44.448 66.287 66.300 27.300 37.400 19.849 0

1.4. Senha de presença NA NA NA NA 1.292 NA NA NA NA NA

1.6. Acumulação de funções de gestão 0 0 0 0 0 0 0 0 0 (d)

1.7. Remuneração variável 0 0 0 0 0 0 NA NA NA NA

1.8. IHT (isenção de horário de trabalho) NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA

2. Outras regalias e compensações

2.1. Gastos na utilização de telefones 83 1.390 106 324 744 1.253 NA NA NA NA

2.2. Subsídio de deslocação NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA

2.3. Subsídio de refeição NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA

2.4. Outras (identif icar detalhadamente) NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA

3. Encargos com benefícios sociais 0

3.1. Regime convencionado 1.801 9.431 6.306 2.719 3.725 6.889 5.801 7.948 4.285 0

3.2. Seguros de saúde 1.028 1.028 1.028 1.028 1.028 836 0 0 0 0

3.3. Seguros de vida 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

3.4. Outros (identif icar detalhadamente) 872 1.183 947 734 734 6.732 243 264 0 0

3.4.3 Fundo de Pensões 0 0 0 0 0 5.785 0 0 0 0

3.4.2 Acidentes de trabalho 669 930 744 531 531 744 243 264 0 0

3.4.3 Acidentes Pessoais 203 253 203 203 203 203 0 0 0 0

4. Parque Automóvel

4.1. Marca SUBARU BMW BMW AUDI BMW AUDI NA NA NA NA

4.2. Modelo Forest 330d Berlin 330D Berlin A6 Sedan 320D A6 Sedan NA NA NA NA

4.4. Valor de aquisição da viatura -- -- -- -- 49.961 -- NA NA NA NA

4.5. Ano de aquiisição da viatura 2007 2008 2008 2007 2005 2007 NA NA NA NA

4.6 Valor de renda/prestação anual da viatura de serviço 1.628 6.255 3.728 3.372 -- 5.657 NA NA NA NA

4.7. Valor do combustível gasto com a viatura de serviço 603 265 394 720 658 940 NA NA NA NA

4.8. Outros (identif icar detalhadamente) 567 352 455 117 1.794 863 NA NA NA NA

4.8.1 M anutenção 567 330 1.691 658 NA NA NA NA

4.8.2 Via Verde 352 125 117 103 205 NA NA NA NA

5. Informações Adicionais

5.1.Opção pela remuneração do lugar de origem (s/n) Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

5.2. Regime convencionado CGA S.Social S.Social CGA CGA CGA CGA S. Social S. Social NA

5.2.1. Segurança social (s/n) Não Sim Sim Não Não Não Não Sim Sim NA

5.2.2. Outro (s/n) Sim Não Não Sim Sim Sim Sim Não Não NA

5.3. Exercício funções remuneradas fora grupo (s/n) Não Não Não Sim Sim Não Sim Sim Sim Não

5.4. Outras (identif icar detalhadamente) NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA

(a) Membros do CA da Parpública no Mandato 2007-2009

(b) Remuneração até Novembro de 2010

(c ) Presidente da Comissão de Auditoria

(d) Remunerado na Margueira - Soc. Gestão de Fundos Investimento Imobiliário, SA, empresa detida em 51% pela Parpública

� Informações sobre Transacções Relevantes

A natureza instrumental da Parpública e o seu estatuto de SGPS justifica a existência

de relações financeiras entre a sociedade e o seu acionista único, o Estado, bem

como com as empresas suas participadas, o que tem acontecido no passado e se

verificou também em 2010.

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104

As relações mais significativas com o Estado enquadram-se no âmbito da

concretização do programa de reprivatizações tendo ocorrido no exercício de 2010

a entrega do montante de 730,8 M€, correspondente quase na totalidade à receita

de reprivatização das acções representativas de 7% do capital da GALP, SGPS, SA,

realizada através da emissão de obrigações permutáveis, montante que está

considerado como adiantamento por conta da aquisição de ativos.

Relativamente ao relacionamento com as empresas participadas as relações mais

expressivas estão relacionadas com o financiamento das suas atividades mediante a

concessão de suprimentos, os quais no final do exercício de 2010 ascendiam aos

939,5 milhões €.

Quanto às informações a prestar em cumprimento do estabelecido na RCM nº

49/2007, relativamente às aquisições de serviços, há a referir que todas as

transacções efetuadas ocorreram em condições de mercado respeitando

integralmente os procedimentos constantes do Código de Contratação existente na

sociedade. Há ainda a referir que no âmbito dos gastos contabilizados pela

Parpública como fornecimentos e serviços externos em 2010 nenhum fornecedor

ultrapassou o montante definido no nº 13 da mesma RCM.

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CADERNO III

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

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1

ÍNDICE

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DA POSIÇÃO FINANCEIRA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 ................... 3

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS RESULTADOS POR NATUREZAS DE 2010 ....................................... 4

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DO RENDIMENTO INTEGRAL DE 2010 ................................................... 5

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO DE 2010 ................................ 6

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DE FLUXOS DE CAIXA DE 2010 ............................................................... 7

NOTAS .......................................................................................................................................................... 8

1. Atividade económica do Grupo PARPÚBLICA ..................................................................................... 8

2. Bases de apresentação e principais políticas contabilísticas aplicadas ............................................ 11

3. Reexpressões e reclassificações ....................................................................................................... 52

4. Fluxos de caixa .................................................................................................................................. 56

5. Ativos fixos tangíveis ........................................................................................................................ 57

6. Propriedades de investimento ......................................................................................................... 60

7. Goodwill ............................................................................................................................................ 63

8. Ativos intangíveis .............................................................................................................................. 66

9. Ativos biológicos ............................................................................................................................... 67

10. Participações financeiras em associadas ...................................................................................... 70

11. Outras participações financeiras .................................................................................................. 71

12. Outros ativos financeiros ............................................................................................................. 72

13. Ativos e passivos por impostos diferidos ..................................................................................... 73

14. Adiantamentos a fornecedores .................................................................................................... 74

15. Estado e outros entes públicos .................................................................................................... 74

16. Outras contas a receber ............................................................................................................... 76

17. Diferimentos ................................................................................................................................. 78

18. Inventários .................................................................................................................................... 81

19. Clientes ......................................................................................................................................... 82

20. Caixa e depósitos bancários ......................................................................................................... 83

21. Capital próprio .............................................................................................................................. 83

22. Interesses Minoritários – Balanço ................................................................................................ 84

23. Provisões ...................................................................................................................................... 85

24. Financiamentos obtidos ............................................................................................................... 87

25. Responsabilidades por benefícios pós-emprego ......................................................................... 94

26. Adiantamentos de clientes ........................................................................................................... 99

27. Fornecedores ................................................................................................................................ 99

28. Outras contas a pagar ................................................................................................................ 100

29. Outros passivos financeiros ........................................................................................................ 102

30. Vendas e serviços prestados ...................................................................................................... 103

31 - Subsídios à exploração ............................................................................................................... 103

32 - Ganhos e perdas imputados de associadas................................................................................ 105 33 - Dividendos de participações ao custo e ao justo valor .............................................................. 105 34 - Variação nos inventários da produção ....................................................................................... 105 35 - Trabalhos para a própria entidade ............................................................................................. 106 36 - Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas ................................................... 107 37 - Fornecimentos e serviços externos ............................................................................................ 107 38 - Gastos com o pessoal ................................................................................................................. 108

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2

39 - Ajustamentos de inventários ..................................................................................................... 110 40 - Imparidade de dívidas a receber ................................................................................................ 110 41 - Provisões .................................................................................................................................... 111 42 - Imparidade de investimentos ..................................................................................................... 112 43 - Aumentos / reduções de justo valor .......................................................................................... 113 44 - Outros rendimentos e ganhos .................................................................................................... 115 45 - Outros gastos e perdas ............................................................................................................... 116 46 - Gastos/reversões de depreciação e de amortização ................................................................. 117 47 - Subsídios ao investimento .......................................................................................................... 117 48 - Juros e rendimentos e gastos similares obtidos / suportados ................................................... 118 49 - Imposto sobre o rendimento do período ................................................................................... 119 50 - Interesses minoritários – Resultado Líquido .............................................................................. 121 51 - Entidades relacionadas ............................................................................................................... 122 52 - Ativos e passivos financeiros ...................................................................................................... 123 53 - Perspetiva sobre os riscos em instrumentos financeiros ........................................................... 125 54 - Ativos e passivos contingentes ................................................................................................... 148 55 - Eventos subsequentes relevantes .............................................................................................. 163 56 - Divulgações de natureza não contabilística ............................................................................... 165

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3

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DA POSIÇÃO FINANCEIRA EM 31 DE

DEZEMBRO DE 2010 Valores em Milhares Euros

ATIVO

Ativo não corrente

Ativos fixos tangíveis 5 3 085 887 3 202 724 3 254 369

Propriedades de investimento 6 468 509 460 113 531 515

Goodwill 7 327 728 325 978 314 754

Ativos intangíveis 8 4 764 834 4 210 362 3 883 437

Ativos biológicos 9 23 109 24 069 27 263

Participações financeiras em associadas 10 3 051 945 2 630 646 2 437 490

Outras participações financeiras 11 1 330 995 1 077 961 812 649

Outros ativos financeiros 12 1 465 674 760 600 865 876

Ativos por impostos diferidos 13 302 707 110 088 98 019

Outras contas a receber 16 157 631 225 642 228 144

Diferimentos 17 310 770 266 016 213 625

15 289 788 13 294 198 12 667 141

Ativo corrente

Inventários 18 1 456 646 1 080 896 732 921

Ativos biológicos 9 2 733 2 990 1 574

Clientes 19 599 700 500 415 489 275

Adiantamentos a fornecedores 14 12 635 15 140 14 005

Estado e outros entes públicos 15 46 406 54 277 63 587

Acionistas / sócios - - 252

Outras contas a receber 16 376 128 500 210 553 363

Diferimentos 17 26 205 24 173 11 802

Outros ativos financeiros 12 22 189 1 708 1 220

Caixa e depósitos bancários 20 906 944 822 548 653 538

Ativos não correntes detidos para venda - - 17 727

3 449 587 3 002 355 2 539 264

Total do ativo 18 739 375 16 296 553 15 206 406

RUBRICAS 31-12-2010 31-12-2009Notas 01-01-2009

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

Capital próprio

Capital real izado 1 027 151 1 027 151 1 027 151

Reservas legais 725 084 711 169 706 517

Outras reservas 106 414 75 774 69 087

Excedentes de revalorização 21 359 27 108 25 439

Ajustamentos em activos financeiros (467 963) (518 149) (551 797)

Resultados transitados 1 064 126 731 713 1 006 529 -

Resultado l íquido do período atribuível aos detentores do capital da empresa-mãe 98 217 506 324 (178 206)

Total do capital próprio atribuível aos detentores do capital da empresa-mãe 21 2 574 387 2 561 090 2 104 720

Interesses minoritários 21; 22 551 594 516 320 485 444

Total do capital próprio 21 3 125 981 3 077 410 2 590 164

Passivo não corrente

Provisões 23 196 917 184 530 150 567

Financiamentos obtidos 24 8 317 715 6 971 600 6 374 084

Responsabil idades por benefícios pós-emprego 25 130 456 130 930 118 900

Passivos por impostos diferidos 13 347 993 188 897 180 673

Estado e outros entes públicos 15 - - 475

Acionistas / sócios 190 - 27 431

Outras contas a pagar 28 194 022 124 418 408 135

Outros passivos financeiros 29 16 107 9 686 18 863

Diferimentos 17 2 627 044 2 518 093 2 217 151

11 830 444 10 128 155 9 496 279

Passivo corrente

Fornecedores 27 243 596 183 542 220 249

Adiantamentos de Cl ientes 26 3 805 3 809 1 352

Estado e outros entes públicos 16 237 340 169 229 153 538

Acionistas / sócios 18 18 20

Financiamentos obtidos 24 1 832 641 1 690 808 1 796 192

Outras contas a pagar 28 1 387 226 958 246 812 976

Diferimentos 17 78 325 85 335 135 636

3 782 950 3 090 989 3 119 962

Total do passivo 15 613 394 13 219 144 12 616 241

Total do capital próprio e do passivo 18 739 375 16 296 553 15 206 406

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4

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS RESULTADOS POR NATUREZAS DE 2010

Valores em Milhares Euros

RUBRICASNotas 2010 2009

Vendas e s erviços prestados 30 3.577.489 3.216.015

Subsídios à exploração 31 15.967 13.823

Ganhos e perdas imputados de as s ociadas 32 181.134 209.744

Dividendos de participações ao cus to e ao jus to va lor 33 45.185 43.111

Variação nos inventários da produção 34 (1.974) (19.228)

Traba lhos para a própria entidade 35 38.425 47.946

Cus to das mercadorias vendidas e das matérias cons umidas 36 (289.675) (255.518)

Fornecimentos e serviços externos 37 (1.765.339) (1.513.390)

Gas tos com o pess oa l 38 (879.076) (812.588)

Ajustamentos de inventários 39 (10.163) (11.748)

Imparidade de dívidas a receber 40 (802) (10.343)

Provis ões 41 28.187 (14.103)

Imparidade de investimentos não depreciáveis / amorti záveis 42 (231.768) (8.736)

Aumentos / reduções de jus to va lor 43 164.521 185.823

Outros rendimentos e ganhos 44 135.079 216.719

Outros gas tos e perdas 45 (100.068) (71.529)

Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 907.122 1.215.998

Gas tos/revers ões de depreciação e de amorti zação 46 (453.119) (444.025)

Imparidade de investimentos depreciáveis / amorti záveis 42 (18.314) (237)

Subsídios ao inves timento 47 78.114 72.494

Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) 513.803 844.230

Juros e rendimentos s imi lares obtidos 48 36.344 59.096

Juros e gas tos s imi lares suportados 48 (321.548) (301.905)

Resultado antes de impostos 228.599 601.422

Impos to sobre o rendimento do período 49 (70.081) (56.277)

Resultado líquido do período das actividades em continuação 158.518 545.145

Res ul tado das actividades descontinuadas (l íquido de impos tos )

incluído no resul tado l íquido do período

- 14.159

Resultado líquido do período 158.518 559.304

Resul tado l íquido dos Interes ses minori tários 50 60.301 52.980

Resultado líquido dos detentores do capital da empresa-mãe 98.217 506.324

Res ul tado bás ico e di luído por acção (euros) 0,25 1,27

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DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DO RENDIMENTO INTEGRAL DE 2010

Valores em Milhares Euros

Resultado líquido 158 518 559 304

Outro rendimento integral

Ga nhos e pe rda s com conve rs ã o de ba l a nços e xpre s s os e m moe da di fe re nte (625) (18 801)

- -

Ga nhos e pe rda s da re me ns ura çã o de a cti vos fi na nce i ros d i s poníve i s pa ra ve nda (190) 80

- -

Ga nhos e pe rda s e m i ns trume ntos de cobe rtura (de fl uxos de ca i xa ) (4 590) 6 815

- -

Al te ra çõe s no e xce de nte de re va l ori za çã o - 504

- -

Outro re ndi me nto i nte gra l i mputa do de a s s oci a da s e e mpre e ndi me ntos conjuntos 15 010 24 435

Monta nte ori gi na do dura nte o pe ríodo 49 389 -

Ajus ta me ntos de re cl a s s i fi ca çã o (34 379) -

- -

Outros ga nhos e pe rda s 11 914 604

Total 21 520 13 636

Rendimento integral 180 038 572 940

Re ndi me nto i nte gra l

Atri buíve l a os de te ntore s de ca pi ta l 118 839 521 370

Atri buíve l a os i nte re s s e s mi nori tá ri os 61 199 51 570

RUBRICAS 2010 2009

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PARPÚBLICA – PARTICIPAÇÕES PÚBLICAS (SGPS), S. A.

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DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO DE 2010 Valores em Milhares Euros

Posição financeira em 01-01-2009 3 632 116 2 000 000 706 516 71 093 83 594 (551 591) 1 014 349 (179 725) 3 144 235 487 880

Ajus ta me ntos e corre cçõe s com e fe i tos re tros pe cti vos (1 041 952) (972 849) - (2 006) (58 155) (206) (7 819) 1 519 (1 039 516) (2 436)

Posição em 01-01-2009 após ajustamentos e correcções 2 590 164 1 027 151 706 516 69 087 25 439 (551 797) 1 006 529 (178 206) 2 104 720 485 444

Transacções com proprietários de capital em 2009 (85 690) - 7 198 20 913 - 1 (271 316) 178 205 (65 000) (20 690)

Apl i ca çã o de re s ul ta dos e d i s tri bui çã o de l ucros e re s e rva s (85 690) - 7 198 20 913 - - (271 316) 178 205 (65 000) (20 690)

Va ri a çõe s de i nte re s s e s mi nori tá ri os 1 - - - - 1 - - 1 - - - - - - - - -

Rendimento integral em 2009 572 940 - (2 544) (14 225) 1 670 33 646 (3 501) 506 325 521 370 51 570

Re s ul ta do l íqu i do do pe ríodo 559 304 - - - - - - 506 325 506 325 52 980

Outro re ndi me nto i nte gra l 13 636 - (2 544) (14 225) 1 670 33 646 (3 501) 15 046 (1 410)

Posição em 01-01-2010 após ajustamentos e correcções 3 077 410 1 027 151 711 169 75 774 27 108 (518 149) 731 713 506 324 2 561 090 516 320

Transacções com proprietários de capital em 2010 (131 464) - 15 424 43 787 - 131 341 444 (506 324) (105 538) (25 926)

Apl i ca çã o de re s ul ta dos e d i s tri bui çã o de l ucros e re s e rva s (131 467) - 15 424 43 787 - 131 341 441 (506 324) (105 541) (25 926)

Outra s tra ns a cçõe s 3 - - - - - 3 - 3

Rendimento integral em 2010 180 038 - (1 509) (13 146) (5 749) 50 057 (9 031) 98 218 118 839 61 199

Re s ul ta do l íqu i do do pe ríodo 158 520 - - - - - - 98 218 98 218 60 302

Outro re ndi me nto i nte gra l 21 518 - (1 509) (13 146) (5 749) 50 057 (9 031) 20 622 896

Posição financeira em 31-12-2010 3 125 981 1 027 151 725 084 106 414 21 359 (467 963) 1 064 126 98 217 2 574 387 551 594

Dividendos distribuídos em 2011 (a accionistas da empresa-mãe) 107 000 - - - - - - - - -

N.º de acções do capital 400 000 000 - - - - - - - - -

Dividendos por acção 0,27 - - - - - - - - -

DEMONSTRAÇÃO DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIOExce de nte s

de

re va l ori za çã o

Outra s

re s e rva s

Re s e rva s

l e ga i s

Ca pi ta l

re a l i za doTOTAL

Inte re s s e s

Mi nori tá ri os

Re s ul ta do

Líqui do do

Pe ri odo

Re s ul ta dos

tra ns i ta dos

Ajus ta me ntos

e m a cti vos

fi na nce i ros

Subtota l (a nte s

de I .M.)

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DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DE FLUXOS DE CAIXA DE 2010

RUBRICAS

Caixa e seus equivalentes no fim do período 712 743 654 226

De s cobe rtos ba ncá ri os 192 737 165 534

Va ri a çõe s de ca i xa por conce ntra çõe s 1 465 2 910

Outros - (122)

Caixa e seus equivalentes constantes do balanço 906 945 822 548

2010 2009

Valores em Milhares Euros

Atividades operacionais:

Recebimentos de cl ientes 3 722 489 3 027 957

Pagamentos a fornecedores (2 567 277) (2 096 442)

Pagamentos ao pessoa l (710 808) (666 777)

Caixa gerada pelas operações 444 403 264 737

Pagamento / recebimento de imposto sobre o rendimento (67 787) (48 428)

Outros recebimentos / pagamentos relativos à act. operaciona l (180 717) 93 756

Fluxos de caixa das actividades operacionais 195 899 310 065

Atividades de investimento:

Recebimentos provenientes de:

Outros ativos fi xos tangíveis 2 787 8 767

Ativos fixos intangíveis 279 71

Investimentos financei ros 95 560 2 491

Subs ídios ao investimento 177 552 193 824

Juros e rendimentos s imi lares 50 205 26 647

Empréstimos concedidos 37 398 96 830

Dividendos 206 965 160 137

Outros ativos 380 13

571 126 488 779

Pagamentos respei tantes a :

Outros ativos fi xos tangíveis (210 580) (220 259)

Propriedades de investimento (1 692) (0)

Outros ativos intangíveis (406 512) (525 625)

Investimentos financei ros (960 451) (533 854)

Juros e gastos s imi lares (16 413) (102)

Empréstimos concedidos (73 000) (35 000)

Outros ativos (58 709) (60)

-554 -786

(1 727 911) (1 315 687)

Fluxos de caixa das actividades de investimento (1 156 786) (826 908)

Atividades de financiamento:

Recebimentos provenientes de:

Rea l i zações de capi ta l e de outros ins trumentos de capita l próprio 7 203 3 020

Financiamentos obtidos 3 690 380 2 538 204

Subs ídios e doações 1 193 2 185

Juros e rendimentos s imi lares 1 198 3 349

Outras operações de financiamento 258 036 -

3 958 010 2 546 758

Pagamentos respei tantes a :

Financiamentos obtidos (2 138 709) (1 335 081)

Contratos de locação financei ra (129 161) (90 731)

Juros e gastos s imi lares (269 595) (277 096)

Dividendos (164 735) (87 538)

Outras operações de financiamento (248 988) (30 018)

(2 951 187) (1 820 464)

Fluxos de caixa das actividades de financiamento 1 006 823 726 294

Variações de ca ixa e seus equiva lentes 45 936 209 451

Efeito das di ferenças de câmbio 12 581 11 943

Caixa e seus equivalentes no início do período 654 226 432 832

Caixa e seus equivalentes no fim do período 712 743 654 226

RUBRICAS 2010 2009

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NOTAS

1. Atividade económica do Grupo PARPÚBLICA

A PARPÚBLICA – Participações Públicas, SGPS, SA (abreviadamente designada por Empresa ou

PARPÚBLICA) é uma Sociedade Gestora de Participações Sociais de capitais exclusivamente públicos,

criada pelo Decreto-Lei n.º 209/2000, de 2 de Setembro, constituindo um instrumento do Estado para

atuação nos seguintes domínios:

(i) Gestão de participações em empresas em processo de privatização ou privatizáveis a prazo;

(ii) Desenvolvimento dos processos de privatização, no quadro determinado pelo governo;

(iii) Reestruturação de empresas transferidas para a sua carteira para o efeito;

(iv) Acompanhamento de participações em empresas privatizadas que conferem direitos especiais

ao Estado;

(v) Gestão de património imobiliário público excedentário, através de empresas subsidiárias de

objeto especializado;

(vi) Apoio ao exercício pelo Ministro das Finanças da tutela financeira sobre empresas do Estado e

empresas concessionárias de serviços de interesse económico geral;

(vii) Promoção da utilização das parcerias público-privadas para o desenvolvimento de serviços

públicos em condições de maior qualidade e eficiência;

As missões cometidas à PARPÚBLICA pelo diploma que a constituiu desenvolvem-se, quer através dos

mecanismos próprios de uma SGPS, ou seja, da sua carteira de participações, quer através da prestação

de serviços ao Ministério das Finanças.

Considerando as atividades desenvolvidas pelas entidades cujas demonstrações financeiras foram

incluídas na consolidação do Grupo PARPÚBLICA e a forma de reporte da informação, foram

identificados seis segmentos de negócio:

(i) Gestão de Outras Participações e Diversos;

(ii) Gestão e Promoção Imobiliária;

(iii) Exploração Agrícola, Pecuária e Florestal;

(iv) Produção de Moeda e Publicações;

(v) Atividades Aeronáuticas; e

(vi) Águas e Resíduos.

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Relato por segmentos

Valores em milhares de Euros

2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009

Vendas e serviços prestados 12.686 11.585 101.522 61.489 4.294 4.413 82.870 84.340 2.652.849 2.395.311 723.268 659.087 - (210) 3.577.489 3.216.015

Subsídios à exploração 3.859 2.804 33 133 1.843 1.881 5.502 5.529 4.108 2.478 622 998 - - 15.967 13.823

Ganhos e perdas imputados de associadas 224.267 238.607 3 5 30 181 160 61 (43.726) (29.111) - - - - 181.134 209.744

Dividendos de participações ao custo e ao justo valor 45.185 43.111 45.185 43.111

Variação nos inventários da produção + Trabalhos para a própria entidade - - (576) (2.964) (1.040) (1.275) 743 1.059 3.716 (10.064) 33.608 41.962 - - 36.451 28.718

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas (11) (17) (61.277) (26.557) (2.730) (2.563) (17.481) (19.044) (177.812) (181.976) (30.364) (25.360) - - (289.675) (255.518)

Fornecimentos e serviços externos (10.870) (13.665) (12.710) (14.252) (2.432) (2.634) (14.589) (14.214) (1.492.981) (1.265.177) (231.873) (203.631) 116 183 (1.765.339) (1.513.390)

Gastos com o pessoal (4.622) (3.899) (7.615) (7.843) (2.323) (2.445) (26.312) (26.291) (680.127) (618.103) (158.078) (154.037) - 30 (879.076) (812.588)

Ajustamentos de inventários - - (14.707) (3.574) - - 551 480 3.963 (8.653) 30 (1) - - (10.163) (11.748)

Imparidade de activos não depreciáveis / amortizáveis (231.233) 7.572 (112) (56) (57) (3.292) (41) (383) 4.151 (18.875) (5.278) (4.044) - - (232.570) (19.078)

Provisões 78 638 (910) (219) - - 147 (30) 3.701 (5.302) 25.171 (9.190) - - 28.187 (14.103)

Aumentos / reduções de justo valor 158.451 183.390 4.050 1.042 1.969 1.386 51 - - - - - - - 164.521 185.818

Outros rendimentos e ganhos 32.156 52.681 9.617 4.051 2.657 2.477 1.732 1.596 84.934 157.395 17.321 12.733 (12.938) (14.214) 135.079 216.719

Outros gastos e perdas (1.891) (1.610) (4.218) (2.472) (432) (586) (6.988) (6.226) (60.047) (43.271) (26.492) (17.364) - - (100.068) (71.529) -

Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e

impostos 228.056 521.196 13.100 8.784 1.778 (2.457) 26.346 26.877 302.729 374.652 347.935 301.153 (12.822) (14.212) 907.122 1.215.993

Gastos/reversões de depreciação e de amortização (5.579) (5.580) (1.245) (1.269) (927) (1.192) (7.068) (8.830) (213.253) (212.198) (225.048) (214.956) - - (453.119) (444.025)

Imparidade de investimentos depreciáveis / amortizáveis (17.736) - (138) (60) - - (440) - - (177) - (18.314) (237)

Subsídios ao investimento 1.833 2.000 - - 77 90 - - 4.158 4.034 72.046 66.370 78.114 72.494

Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e

impostos) 206.575 517.616 11.717 7.455 927 (3.560) 19.278 18.047 93.194 166.488 194.933 152.390 (12.822) (14.212) 513.803 844.225

Juros suportados (151.811) (137.041) (15.533) (14.995) - - (450) (1.497) (61.197) (65.795) (74.983) (79.360) 12.829 14.212 (291.146) (284.476)

Outros ganhos e perdas de financiamento (2.283) (136) (1.105) 1.296 - - 1.406 1.899 28 4.753 7.896 33.860 - - 5.942 41.672

Resultado antes de impostos e actividades descntinuadas 52.481 380.440 (4.921) (6.243) 927 (3.560) 20.235 18.448 32.025 105.446 127.846 106.890 7 0 228.599 601.421

Resultado das actividades descontinuadas - 14.159 - - - - - - - - - - - - - 14.159

Resultado antes de impostos 52.481 394.599 (4.921) (6.243) 927 (3.560) 20.235 18.448 32.025 105.446 127.846 106.890 7 0 228.599 615.581

Imposto sobre o rendimento do período (2.825) (3.935) 860 3.272 (223) 1.050 (5.269) (3.245) (29.813) (27.785) (32.812) (25.634) - - (70.081) (56.277)

Resultado líquido do período 49.656 390.664 (4.061) (2.971) 705 (2.510) 14.966 15.203 2.212 77.661 95.034 81.256 7 0 158.518 559.304

Resultado líquido dos Interesses minoritários 1.059 4.298 -2 -72 0 0 0 0 21.192 15.701 38.052 33.052 - 0 60.301 52.980 -

Resultado líquido dos detentores do capital da empresa-mãe 48.597 386.366 (4.059) (2.899) 705 (2.510) 14.966 15.203 (18.980) 61.960 56.982 48.204 7 0 98.217 506.324

EBITDA (a) 228.056 535.355 13.100 8.784 1.778 (2.457) 26.346 26.877 302.729 374.652 347.935 301.153 (12.822) (14.212) 907.122 1.230.152

Rubricas Consolidado

(a) EBITDA = Resultado antes de impostos, de Juros suportados, de resultados de operações descontinuadas e de Gastos/reversões de depreciação e de amortização

Águas e ResíduosGestão de O. Participações

e Diversos

Segmentos de Negócio

Gestão e Promoção

Imobiliária

Exploração Agrícola,

Pecuária e Florestal

Produção de Moeda e

PublicaçõesActividades Aeronáuticas

Eliminações Inter-

Segmentos

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PARPÚBLICA – PARTICIPAÇÕES PÚBLICAS (SGPS), S. A.

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2. Bases de apresentação e principais políticas contabilísticas aplicadas

2a – Introdução

As principais políticas contabilísticas adotadas pelo Grupo PARPÚBLICA na preparação destas

demonstrações financeiras consolidadas são expostas nas notas seguintes. Excetuando as situações

descritas na nota 2.b, estas políticas foram aplicadas de forma consistente para todos os exercícios

apresentados.

Estas demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas em conformidade com as Normas

Internacionais de Relato Financeiro (International Financial Reporting Standards - IFRS), Normas

Internacionais de Contabilidade e Interpretações (International Accounting Standards and

Interpretations), coletivamente denominadas IFRS, emitidas pelo International Accounting Standards

Board (IASB), tal como adotadas na União Europeia (UE).

A preparação de demonstrações financeiras em conformidade com as IFRS requer o uso de

determinadas estimativas contabilísticas críticas. Requer igualmente que a Administração exerça juízos

de valor ao aplicar as políticas contabilísticas do Grupo PARPÚBLICA da forma mais apropriada. As áreas

onde foram feitas as estimativas e os juízos de valor mais significativos encontram-se apresentadas na

nota 2aa.

Todas as quantias são apresentadas em milhares de euros, arredondados ao milhar mais próximo,

exceto quando indicado de forma diferente.

2b – Alterações nas políticas contabilísticas

2bi Novas normas, interpretações e alterações com eficácia a partir de 01 de Janeiro de 2010

2bi.1 Com impacte nas demonstrações financeiras

• Alterações na IAS 27 Demonstrações financeiras consolidadas e separadas, relacionadas com o

modo como as entidades-mãe têm de contabilizar as alterações do interesse de propriedade nas

subsidiárias e como as perdas de uma subsidiária devem ser repartidas entre o interesse que

controla e o interesse que não controla.

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12

• Adoção antecipada da nova versão da IAS 24 Divulgações de partes relacionadas e IFRS 8

Segmentos operacionais, relacionadas com a simplificação da definição de «parte relacionada»,

eliminando simultaneamente certas incoerências internas, e prevendo isenções para entidades

ligadas à administração pública no respeitante à quantidade de informação que essas entidades

devem prestar em matéria de transações com partes relacionadas.

2bi.2 Sem impacte significativo nas demonstrações financeiras

• Adoção de versão revista da IFRS 3 Concentrações de atividades empresariais. Esta revisão não

teve impacto impacte uma vez que não ocorreram concentrações de atividades em 2010.

• Alterações à IFRS 1 Adoção pela primeira vez das normas internacionais de relato financeiro e à

IAS 27 Demonstrações financeiras e consolidadas, relacionadas com o custo de um investimento

numa subsidiária, entidade conjuntamente controlada ou associada.

• Adoção da IFRIC 16 Coberturas de um investimento líquido numa Unidade Operacional

Estrangeira

• IFRIC 17 Distribuições aos proprietários de ativos que não são caixa

• IFRIC 18 Transferências de ativos provenientes de clientes.

• Adoção da versão reestruturada da IFRS 1 Adoção pela primeira vez das normas internacionais

de relato financeiro.

• Melhoramentos às IFRS: IFRS 1 e IFRS 5

• Melhoramentos às IFRS: IFRS2, IFRS 5, IFRS 8, IAS 1, IAS 7, IAS 17, IAS 36, IAS 38, IAS 39, IFRIC

9 e IFRIC 16

• Alterações à IFRS 2 Pagamento com base em ações

• Adoção da IFRIC 15 Acordos para a construção de imóveis

• Alterações à IAS 39 Instrumentos financeiros: reconhecimento e mensuração, relacionadas

com os itens cobertos elegíveis (para contabilidade de cobertura).

2bii Novas normas, interpretações e alterações que ainda não entraram em vigor

À data de autorização para emissão das presentes demonstrações financeiras consolidadas, estão

adotadas pela União Europeia, através de Regulamentos Comunitários, algumas normas, interpretações

e alterações que o Grupo ainda não aplicou nas presentes demonstrações financeiras consolidadas, pelo

facto de ainda não ser obrigatória a respetiva aplicação, como segue:

2bii.1 Com potencial impacte em demonstrações financeiras futuras

Não aplicável

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2bii.2 Sem potencial impacte nas demonstrações financeiras futuras

• Alterações à IAS 32 Instrumentos financeiros: divulgações, relacionadas com a forma como

devem ser contabilizados certos direitos quando os instrumentos emitidos são denominados numa

moeda diferente da moeda funcional do emitente, a aplicar a partir de 1 de Janeiro de 2011.

• Alterações à IFRS 1 Adoção pela primeira vez das IFRS e à IFRS 7 Instrumentos financeiros:

divulgações, a aplicar a partir de 1 de Janeiro de 2011.

• Alterações à IFRIC 14 Pré-pagamento de um requisito de financiamento mínimo, visam eliminar

uma consequência não intencional da IFRIC 14 nos casos em que uma entidade sujeita a um

requisito de financiamento mínimo procede ao pagamento antecipado de contribuições quando, em

certas circunstâncias, a entidade que procede a esse pré-pagamento seria obrigada a reconhecer

um dispêndio.

• Adoção da IFRIC 19 Extinção de passivos financeiros através de instrumentos de capital próprio

e consequentes alterações à IFRS 1 Adoção pela primeira vez das IFRS.

• Melhoramentos (vários) introduzidos nas normas internacionais de relato financeiro (IFRS 3,

IFRS 7, IAS 32, IAS 39, IAS 21, IAS 28, IAS 31, IFRS 1, IFRS 7, IAS 1, IAS 34 e IFRIC 13), a partir de 1 de

Janeiro de 2011.

2c - Princípios de consolidação

As demonstrações financeiras consolidadas das entidades integradas no Grupo PARPÚBLICA são

apresentadas como as de uma única entidade económica. As transações e saldos intra-grupo são

eliminados integralmente.

As subsidiárias incluídas nas demonstrações financeiras encontram-se listadas na nota 2e.

2d - Concentrações de atividades empresariais

As presentes demonstrações financeiras consolidadas incorporam os resultados de concentrações de

atividades empresariais usando o método de compra. Os resultados das operações das adquiridas são

incluídos na demonstração consolidada dos resultados a partir da data em que o controlo é obtido.

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14

2e - Subsidiárias

Foram consideradas subsidiárias todas as entidades controladas pelo Grupo PARPÚBLICA, considerando-

se controlo como o poder de gerir as políticas financeiras e operacionais de uma entidade de forma a

obter benefícios das suas atividades. Presumiu-se a existência de controlo quando a PARPÚBLICA é

titular, direta ou indiretamente através de subsidiárias, de mais de metade do poder de voto de uma

entidade.

As entidades que se qualificam como subsidiárias são as seguintes:

Firma Sede

Social Atividade Principal

Detenção do Capital

Entidade

% do capital detido pela detentora

direta

2010 2009

PARPÚBLICA - Participações Públicas (SGPS), S.A.

Lisboa Gestão de participações sociais

ESTADO PORTUGUÊS 100,00% 100,00%

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

Lisboa Gestão de participações sociais

PARPÚBLICA, SGPS, S.A. 72,17% 72,17%

ANA - Aeroportos de Portugal, S.A.

Lisboa

Exploração do serviço público aeroportuário de apoio à aviação civil em Portugal

PARPÚBLICA, SGPS, S.A. 68,56% 68,56%

Capitalpor - Participações Portuguesas, SGPS, SA

Lisboa Gestão de participações sociais

PARPÚBLICA, SGPS, S.A. 100,00% 100,00%

CE – Circuito do Estoril, SA

Alcabideche Organização de eventos desportivos

PARPÚBLICA, SGPS, S.A. 100,00% 100,00%

Companhia das Lezírias, S.A.

Samora Correia

Produção agrícola e animal

PARPÚBLICA, SGPS, S.A. 100,00% 100,00%

ENVC – Sociedade Imobiliária, S.A.

Viana do Castelo

Desenvolvimento e projetos imobiliários

PARPÚBLICA, SGPS, S.A. 99,80% 99,80%

INCM - Imprensa Nacional Casa da Moeda, S.A.

Lisboa Produção de moeda, impressos e publicações

PARPÚBLICA, SGPS, S.A. 100,00% 100,00%

MARGUEIRA - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A.

Almada

Gestora do fundo de investimento imobiliário Margueira Capital

PARPÚBLICA, SGPS, S.A. 51,00% 51,00%

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Firma Sede

Social Atividade Principal

Detenção do Capital

Entidade

% do capital detido pela detentora

direta

2010 2009

SAGESECUR - Sociedade de Estudos, Desenvolvimento e Participação em Projetos, S.A.

Lisboa

Est., desenv. E participação em investimentos mobiliários

PARPÚBLICA, SGPS, S.A. 80,50% 80,50%

SAGESTAMO - Sociedade Gestora de Participações Sociais Imobiliárias, S.A.

Lisboa

Gestão de participações sociais e prestação de serviços

PARPÚBLICA, SGPS, S.A. 100,00% 100,00%

TAP - Transportes Aéreos Portugueses, SGPS, S.A.

Lisboa Gestão das participações sociais

PARPÚBLICA, SGPS, S.A. 100,00% 100,00%

AdP – Águas de Portugal Serviços Ambientais, S.A.

Lisboa Prestação de serviços técnicos

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

100,00% 100,00%

Aquasis, S.A. Lisboa Sistemas de Informação Geográfica

AdP - Águas de Portugal Serviços, S.A.

100,00% 54,98%

Águas de Santo André, S.A.

V.N. Santo André

Sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

100,00% 100,00%

EPAL – Empresa Portuguesa das Águas Livres, S.A.

Lisboa Distribuição de água AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

100,00% 100,00%

Empresa Geral do Fomento, S.A.

Lisboa Gestão de participações sociais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

100,00% 100,00%

AdP Energias, S.A. (Reciclamas – Multigestão Ambiental, S.A.)

Lisboa Gestão ambiental AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

100,00% 100,00%

AdP – Águas de Portugal Internacional, S.A.

Lisboa Gestão de participações sociais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

100,00% 100,00%

Aquatec, Lda Maputo Prestação de serviços técnicos

AdP - Águas de Portugal Internacional, S.A.

100,00% 100,00%

Águas de Moçambique, SARL (d)

Maputo Exploração de serviço de abastecimento de água

AdP - Águas de Portugal Internacional, S.A.

73,00% 73,00%

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Firma Sede

Social Atividade Principal

Detenção do Capital

Entidade

% do capital detido pela detentora

direta

2010 2009

Águas do Brasil, S.A. Rio de Janeiro

Distribuição de água AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

100,00% 100,00%

Águas do Algarve, S.A.

Faro

Sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

54,44% 54,44%

Águas do Ave, S.A. (b)

Guimarães

Sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

51,00%

Águas do Cávado, S.A. (b)

Barcelos

Sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

51,00%

Águas do Centro Alentejo, S.A.

Évora

Sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

51,00% 51,00%

Águas do Centro, S.A. Castelo Branco

Sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

70,00% 70,00%

Águas do Douro e Paiva, S.A.

Porto

Sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

51,00% 51,00%

Águas do Minho e Lima, S.A. (b)

Viana o Castelo

Sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

75,00%

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Firma Sede

Social Atividade Principal

Detenção do Capital

Entidade

% do capital detido pela detentora

direta

2010 2009

Águas do Noroeste, S.A. (c)

Barcelos

Sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

56,66%

Águas do Mondego, S.A.

Taveiro

Sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

51,00% 51,00%

Águas do Norte Alentejano, S.A.

Portalegre

Sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

51,00% 51,00%

Águas do Oeste, S.A. Óbidos

Sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

51,00% 51,00%

Águas de Trás-os-Montes, S.A.

Vila Real

Sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

70,54% 70,54%

Águas do Zêzere e Côa, S.A.

Guarda

Sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

87,46% 75,48%

AdRA - Águas da Região de Aveiro, S.A. (c)

Aveiro

Gestão integrada dos serviços municipais de abastecimento de água para consumo público e de saneamento de águas residuais urbanas

AdP – Águas de Portugal, SGPS, SA

51,00%

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18

Firma Sede

Social Atividade Principal

Detenção do Capital

Entidade

% do capital detido pela detentora

direta

2010 2009

AGDA - Águas Públicas do Alentejo, S.A. (c)

Beja

Exploração e gestão Concessionária do Sistema de exploração e gestão dos serviços de água “em alta”

AdP – Águas de Portugal, SGPS, SA

51,00%

Sanest, S,A Cascais

Sistema Multimunicipal de Saneamento de Águas Residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

51,00% 51,00%

Simarsul, S.A. Setúbal

Sistema Multimunicipal de Saneamento de Águas Residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

51,00% 51,00%

Simlis, S.A. Leria

Sistema Multimunicipal de Saneamento de Águas Residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

70,16% 70,16%

Simria, S.A. Aveiro

Sistema Multimunicipal de Saneamento de Águas Residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

67,72% 67,72%

Simtejo S.A. Lisboa

Sistema Multimunicipal de Saneamento de Águas Residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

50,50% 50,50%

Simdouro S.A. Vila Nova de Gaia

Sistema Multimunicipal de Saneamento de Águas Residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

51,00% 51,00%

Algar, S.A. Faro

Sistema Multimunicipal de Tratamento e Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos

Empresa Geral do Fomento, SA

56,00% 56,00%

Amarsul, S.A. Palmela

Sistema Multimunicipal de Tratamento e Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos

Empresa Geral do Fomento, SA

51,00% 51,00%

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19

Firma Sede

Social Atividade Principal

Detenção do Capital

Entidade

% do capital detido pela detentora

direta

2010 2009

Ersuc, S.A Coimbra

Sistema Multimunicipal de Tratamento e Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos

Empresa Geral do Fomento, SA

51,46% 51,46%

Resiestrela, S.A. Serra da Estrela

Sistema Multimunicipal de Tratamento e Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos

Empresa Geral do Fomento, SA

62,95% 62,95%

Resinorte, S.A. Celorico de Basto

Sistema Multimunicipal de Tratamento e Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos

Empresa Geral do Fomento, SA

68,00% 65,00%

Resioeste, S.A Cadaval

Sistema Multimunicipal de Tratamento e Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos

Empresa Geral do Fomento, SA

Fusão com

Valorsul 51,00%

Resulima, S.A. Viana do Castelo

Sistema Multimunicipal de Tratamento e Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos

Empresa Geral do Fomento, SA

51,00% 51,00%

Suldouro, S.A. Sermonde

Sistema Multimunicipal de Tratamento e Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos

Empresa Geral do Fomento, SA

60,00% 60,00%

Valnor, S.A. Avis

Sistema Multimunicipal de Tratamento e Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos

Empresa Geral do Fomento, SA

53,33% 51,00%

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Firma Sede

Social Atividade Principal

Detenção do Capital

Entidade

% do capital detido pela detentora

direta

2010 2009

Valorlis, S.A. Leria

Sistema Multimunicipal de Tratamento e Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos

Empresa Geral do Fomento, SA

51,00% 51,00%

Valorminho, S.A. Valença

Sistema Multimunicipal de Tratamento e Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos

Empresa Geral do Fomento, SA

51,00% 51,00%

Valorsul, S.A. Valença

Sistema Multimunicipal de Tratamento e Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos

Empresa Geral do Fomento, SA

56,79% 56,79%

ANAM – Aerop. Navegação Aérea da Madeira, SA

Funchal Gestão de infraestruturas aeroportuárias

ANA, SA 70,00% 70,00%

NAER- Novo Aeroporto, SA

Lisboa

Desenvolvimento de estudos para a construção de um novo aeroporto

ANA, S.A. 84,41% 84,41%

Portway- Handling de Portugal, SA.

Lisboa Handling ANA, S.A. 100,00% 100,00%

Lazer e Floresta - Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal Imobiliário Turístico e Cinegético,SA

Lisboa Desenvolvimento agro-florestal

Capitalpor 100,00% 100,00%

SPE – Sociedade Portuguesa de Empreendimentos, S.A.

Lisboa Minas / minérios PARPÚBLICA, SGPS, S.A. 81,13% 81,13%

BAÍA DO TEJO, S.A. (ex-QUIMIPARQUE – Parques Empresariais, S.A.

Barreiro Desenvolvimento e gestão de parques empresariais

Capitalpor 100,00% 100,00%

AMBISIDER - Recuperações Ambientais, S.A.

Paio Pires Desmantelamento de inst. industriais e recup. Ambiental

BAÍA DO TEJO, S.A. (em 2008 SNESGES, S.A.)

100,00% 100,00%

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Firma Sede

Social Atividade Principal

Detenção do Capital

Entidade

% do capital detido pela detentora

direta

2010 2009

ECODETRA - Sociedade de Tratamento e Deposição de Resíduos, S.A.

Paio Pires Aterro de resíduos industriais especiais

BAÍA DO TEJO, S.A. (em 2008) URBINDÚSTRIA, S.A.

51,00% 51,00%

APIS – Associação Parque Industrial do Seixal

Lisboa Parques tecnológicos e industriais

BAÍA DO TEJO, S.A. 93,77% 93,77%

Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Estamo

Lisboa Fundo Imobiliário SAGESECUR, S.A.

ESTAMO, SGPS, S.A.

99,97%

0,03%

99,97%

0,03%

CONSEST – Promoção Imobiliária, S.A.

Lisboa Compra, venda e administração de imóveis

SAGESTAMO, SGPS, S.A. 100,00% 100,00%

ESTAMO – Participações Imobiliárias, S.A.

Lisboa Compra, venda e administração de imóveis

SAGESTAMO, SGPS, S.A. 100,00% 100,00%

FUNDIESTAMO - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A.

Lisboa

Administração de Fundos de Investimento Imobiliário

SAGESTAMO, SGPS, S.A. 100,00% 100,00%

Reaching Force, SGPS, S.A. (“REACHING FORCE”) (e)

Lisboa Gestão e administração de participações sociais

TAP SGPS, SA 100,00%

SEAP - Serviços, Administração e Participações Lda. (d)

Macau Gestão e administração de participações sociais

TAP, SGPS, S.A. 75,00%

TAP - Transportes Aéreos Portugueses, S.A.

Lisboa Atividades Aeronáuticas

TAP, SGPS, S.A. 100,00% 100,00%

TAPGER - Sociedade de Gestão e Serviços, S.A.

Lisboa Prestação de serviços de gestão

TAP, SGPS, S.A. 100,00% 100,00%

AIR PORTUGAL TOURS - Programações Turísticas, S.A. (f)

Lisboa Operador turístico TAP, S.A. 100,00%

CATERINGPOR - Catering de Portugal, S.A.

Lisboa Catering TAPGER, S.A. 51,00% 51,00%

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PARPÚBLICA – PARTICIPAÇÕES PÚBLICAS (SGPS), S. A.

22

Firma Sede

Social Atividade Principal

Detenção do Capital

Entidade

% do capital detido pela detentora

direta

2010 2009

L.F.P. - Lojas Francas de Portugal, S.A.

Lisboa Exploração de “free shop”

TAPGER, S.A. 51,00% 51,00%

MEGASIS - Soc. de Serviços e Engenharia Informática, S.A.

Lisboa Engenharia e prestação de serviços informáticos

TAPGER, S.A. 100,00% 100,00%

U.C.S. - Cuidados Integrados de Saúde, S.A.

Lisboa Prestação de cuidados de saúde

TAPGER, S.A. 100,00% 100,00%

PORTUGÁLIA – Companhia Portuguesa de Transportes Aéreos, S.A. (“PORTUGÁLIA”)

Lisboa Atividades Aeronáuticas

TAP, SGPS, S.A. 100,00% 100,00%

AERO-LB, Participações, S.A. (“AERO-LB”)

Brasil Gestão e administração de participações sociais

TAP, SGPS, S.A.

REACHING FORCE

PORTUGÁLIA

99,00%

1,00%

99,00%

1,00%

TAP – Manutenção e Engenharia Brasil, S.A. (ex-VEM)

Brasil Manutenção e engenharia aeronáutica

AERO-LB 98,64% 98,64%

(a) Esta entidade resultou da fusão da Urbindústria e a Snesges na Quimiparque com a (a qual mudou a

designação para Baía do Tejo, S.A..

(b) Entidades extintas em 2010. Foram fusionadas, dando origem à empresa Águas do Noroeste, S.A.

(c) Nova entidade em 2010. Resulta da fusão das empresas: Águas do Minho e Lima, S.A; Águas do Cávado, S.A e

Águas do Ave, S.A..

(d) Entidade alienada em 2010

(e) Entidade incorporada na TAP, SGPS, S.A.

(f) Entidade incorporada na TAP, S.A.

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23

2f – Associadas

Foram consideradas associadas todas as entidades sobre as quais o Grupo PARPÚBLICA tenha influência

significativa e que não sejam subsidiárias nem interesses em empreendimentos conjuntos. Influência

significativa foi considerada como sendo o poder de participar nas decisões das políticas financeiras e

operacionais das investidas mas que não constitui controlo nem controlo conjunto sobre essas políticas.

Considerou-se a existência de influência significativa quando a Entidade-mãe do Grupo PARPÚBLICA

detém, direta ou indiretamente, 20% ou mais do poder de voto da investida, ou quando detém direitos

especiais de voto. As entidades que se qualificam como associadas são as seguintes:

Firma Sede

Social Atividade Principal

Detenção do Capital

Entidade

% do capital detido pela detentora direta

2010 2009

CVP - Sociedade de Gestão Hospitalar, S.A.

Lisboa Administrações de unidades de cuidados de saúde

PARPÚBLICA, SGPS, S.A.

45,00% 45,00%

Parcaixa, SGPS, SA Lisboa Gestão de participações sociais

PARPÚBLICA, SGPS, S.A.

49,00% 49,00%

INAPA – Investimentos Participações e Gestão, SA

Lisboa Gestão de participações sociais

PARPÚBLICA, SGPS, S.A.

32,72% 32,72%

ISOTAL - Imobiliário do Sotavento Algarvio, S.A.

Faro Desenvolvimento de empreendimentos turísticos

PARPÚBLICA, SGPS, S.A.

31,05% 31,05%

CREDIP - Instituição Financeira de Crédito, SA

Lisboa Exercício de atividade bancária

PARPÚBLICA, SGPS, S.A.

20,00% 20,00%

ADA – Administração de Aeroportos, Lda.

Macau Administração de aeroportos

ANA, S.A. 49,00% 49,00%

EDP - Energias de Portugal, S.A.

Lisboa Comercialização e distribuição de energia elétrica

Capitalpor

PARPÚBLICA, SGPS, S.A.

11,17%

9,73%

11,17%

0,79%

REN – Rede Eléctrica Nacional, S.A.

Lisboa Gestão global do sistema elétrico de abastecimento público

Capitalpor

PARPÚBLICA, SGPS, S.A.

46,00%

3,90%

46,00%

3,90%

ORIVÁRZEA, S.A. Benavente Produção e comercialização de arroz

COMPANHIA DAS LEZÍRIAS, S.A.

26,81% 26,55%

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Firma Sede

Social Atividade Principal

Detenção do Capital

Entidade

% do capital detido pela detentora direta

2010 2009

CRL – Companhia das Lezírias e Associados Renováveis, Lda (a)

Benavente

Receção, triagem e primeira transformação de madeira, biomassa e produtos e subprodutos florestais

COMPANHIA DAS LEZÍRIAS, S.A.

20,00% 20,00%

PORTOSIDER Paio Pires Gestão de atividades portuárias

BAÍA DO TEJO, S.A. 40,00% 40,00%

Multicert - Serviços de Certificação Eletrónica

Lisboa Serviços de Certificação Eletrónica

INCM 20,00% 20,00%

Trevoeste Alcobaça Saneamento de águas residuais.

AdP, SGPS 35,00% 35,00%

Netdouro, S.A. Porto Gestão de Infraestruturas de Telecomunicações

Águas do Douro e Paiva, S.A

100,00% 100,00%

Miese (b) Vila Real AdP – Águas de Portugal, SGPS, SA

20,00%

SML – Sociedade Mineira do Lucapa, Lda

Angola Exploração, prospeção e extração de diamantes.

SPE, S.A. 49,00% 49,00%

SPdH – Serviços Portugueses de Handling, S.A. (“SPdH”)

Lisboa Handling

TAPGER, SA

PORTUGÁLIA

TAP, S.A.

43,90%

6,00%

50,10%

43,90%

6,00%

50,10%

(a) Entidade constituída em 2009.

(b) Entidade foi constituída em 2010.

(c) Entidade sem atividade em 2010, em fase de liquidação.

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CVP - So ci e d a d e d e Ge s tã o Ho s p i ta l a r, S .A. 4 919 37 890 35 706 26 825 25 818

Pa rca i xa , SGPS, SA 1 010 982 1 020 222 65 4 413

I NAPA – I nve s ti m e n to s Pa rti ci p a çõ e s e Ge s tã o , SA 740 290 699 967 580 432 547 420

I SOTAL - I m o b i l i á ri o d o So ta ve n to Al ga rvi o , S .A. 233 332 3 4

CRED I P - I ns ti tu i çã o F i na n ce i ra d e Cré d i to , SA 347 386 337 028 335 683 325 984

AD A – Ad m i n i s tra çã o de Ae rop o rto s , Ld a . 22 942 22 942 20 235 20 235

ED P - En e rgi a s de Po rtuga l , S .A. 393 743 40 488 853 38 633 904 29 703 894 28 655 891

REN – Re de El é ctri ca Na ci o n a l , S .A. 39 650 4 460 503 4 294 112 3 438 603 3 297 515

ORIVÁRZEA, S .A. 11 943 9 574 6 765 6 852

CRL – Co m p a n h i a d a s Le zíri a s e As s o ci a d os

Re no vá ve i s , Ld a 4 5 2 1

PORTOSI DER 744 744 51 58

Mul ti ce rt - Se rvi ço s d e Ce rti fi ca çã o El e tró n i ca 3 521 1 422

Tre vo e s te 3 277 4 044 852 2 066

Ad RA 16 127 895

AgdA 1 110 608

Ne td o u ro , S .A. 95 16

Mi e s e (b ) 201 83

SML – So ci e d a d e Mi n e i ra d o Lu ca p a , Ld a 60 851 85 827

SPdH – Se rvi ço s Po rtu gue s e s d e H a nd l i n g, S .A.

(“SPd H ”) 37 169 27 720 149 130 96 125

Cl ub e Go l f d a s Am o re i ra s 1 512 1 374

Em presas Participadas

Goodwill

incluído no

valor dos

investim entos

em associadas

(acum ulado)

Activo total

2010

Passivo

2010

Activo total

2009

Passivo

2009

CVP - So ci e d a d e d e G e s tã o H os p i ta l a r, S .A.

Pa rca i xa , SG PS, SA

I NAPA – I nve s ti m e n to s Pa rti ci pa çõ e s e G e s tã o , SA

I SOTAL - I m o b i l i á ri o d o So ta ve n to Al ga rvi o , S .A.

CRED I P - I ns ti tu i çã o F i na n ce i ra d e Cré d i to , SA

AD A – Ad m i n i s tra çã o d e Ae ro po rto s , Ld a .

ED P - En e rgi a s d e Po rtuga l , S .A.

REN – Re de El é ctri ca Na ci o n a l , S .A.

ORIVÁRZEA, S .A.

CRL – Co m p a n h i a d a s Le zíri a s e As s oci a d o s

Re no vá ve i s , Ld a

PORTOSI D ER

Mul ti ce rt - Se rvi ço s d e Ce rti fi ca çã o El e tró n i ca

Tre vo e s te

Ad RA

AgdA

Ne td o u ro , S .A.

Mi e s e (b )

SML – So ci e d a d e Mi n e i ra d o Lu ca p a , Ld aSPdH – Se rvi ço s Po rtu gue s e s de H a nd l i n g, S.A.

(“SPd H ”)

Cl ub e G o l f d a s Am o re i ra s

Em presas Participadas

45 040 45 591 1 347 1 257

16 464 18 806 5 849 14 100

1 017 481 970 833 3 666 2 165 56 250

7 27 -98 2

9 096 8 548 659 425

20 461 20 461 991 991 0

14 491 631 12 422 799 1 078 925 1 023 845 9 108 435

1 231 191 1 056 786 110 265 134 047 1 377 720

13 739 13 014 354 513

0 -2 -1

8 15 7 13

3 847 2 770 799 307

0 (81) 0

437 232

61 3

25 10

- (82)

33 816 -7 895

135 429 117 614 -43 556 -28 223

- (51)

Justo Valor se

publicadas

cotações de

preços

Total

rendim entos

e ganhos

2010

RL

2010

RL

2009

Total

rendim entos

e ganhos

2009

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26

Na aquisição dos investimentos em associadas, qualquer diferença entre o custo do investimento e a

parte do Grupo no justo valor líquido dos ativos, passivos e passivos contingentes identificáveis da

associada é contabilizada de acordo com a IFRS 3 e incluída na quantia escriturada do investimento.

As associadas foram contabilizadas pelo método da equivalência patrimonial, pelo qual o investimento é

inicialmente reconhecido pelo custo e a quantia escriturada é aumentada ou diminuída para reconhecer

a parte da investidora nos lucros ou prejuízos da investida depois da data da aquisição. A parte da

investidora nos lucros ou prejuízos da investida é reconhecida nos lucros ou prejuízos da investidora. As

distribuições recebidas de uma investida reduzem a quantia escriturada do investimento. Podem

também ser necessários ajustamentos na quantia escriturada para alterações no interesse proporcional

da investidora na investida, resultantes de alterações no capital próprio da investida que não tenham

sido reconhecidas nos lucros ou prejuízos da investida. A parte da investidora nessas alterações é

reconhecida diretamente no capital próprio da investidora.

Se a parte do Grupo nas perdas de uma associada igualar ou exceder o seu interesse, é descontinuado o

reconhecimento de perdas adicionais; depois do interesse ser reduzido a zero, é reconhecido um

passivo se o Grupo tiver incorrido em obrigações legais ou construtivas.

Após a aplicação do método da equivalência patrimonial são aplicados os requisitos da IAS 39 para

determinar a necessidade de reconhecer qualquer perda por imparidade adicional com respeito ao

interesse do Grupo em cada uma das associadas.

A SPdH encontra-se classificada com associada na medida em que a AdC (Autoridade da Concorrência)

impôs, até à venda, que a gestão da Empresa seja efetuada por um mandatário de gestão, que age em

nome da AdC, gerindo a SPdH de forma independente do Grupo TAP.

2g - Goodwill

O goodwill representa o excesso do custo de uma concentração de atividades empresariais sobre os

interesses no justo valor de ativos, passivos e passivos contingentes identificáveis da adquirida. O custo

inclui os justos valores, à data de aquisição, dos ativos cedidos, dos passivos incorridos ou assumidos, e

dos instrumentos de capital próprio emitidos, em troca do controlo sobre a adquirida, mais quaisquer

custos diretamente atribuíveis à concentração de atividades empresariais.

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27

Após o reconhecimento inicial, o goodwill adquirido numa concentração de atividades empresariais é

mensurado pelo custo menos qualquer perda por imparidade acumulada.

2h - Transações em moeda estrangeira

As transações em moeda estrangeira são convertidas à taxa de câmbio em vigor à data de transação. Os

ativos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira são convertidos para euros à taxa de

câmbio em vigor na data do balanço. As diferenças cambiais resultantes desta conversão são

reconhecidas em resultados. Os ativos e passivos não monetários registados ao custo histórico,

expressos em moeda estrangeira são convertidos à taxa de câmbio à data da transação. Ativos e

passivos não monetários expressos em moeda estrangeira registados ao justo valor são convertidos à

taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado.

As demonstrações financeiras do Grupo PARPÚBLICA são preparadas em euros, que é a moeda

funcional. As demonstrações financeiras das subsidiárias, empreendimentos conjuntos e associadas cuja

moeda funcional difere do euro são transpostas para euros da seguinte forma:

• Os ativos e passivos de cada balanço são transpostos à taxa de câmbio na data desse balanço;

• Os rendimentos, gastos e fluxos de caixa evidenciados em cada demonstração financeira são

transpostos às taxas de câmbio nas datas das transações; e

• Todas as diferenças de câmbio resultantes são reconhecidas no capital próprio.

2i - Ativos fixos tangíveis

Os ativos fixos tangíveis do Grupo PARPÚBLICA encontram-se valorizados ao custo deduzido das

respetivas depreciações acumuladas e perdas por imparidade acumuladas.

No reconhecimento inicial de um ativo, o Grupo PARPÚBLICA considera no respetivo custo: (i) o seu

preço de compra; (ii) quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo na localização e

condições necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida pela administração; e

(iii) a estimativa inicial dos custos de desmantelamento e remoção do item e de restauração do local no

qual este está localizado.

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Os gastos diretos relacionados com as áreas técnicas envolvidas na construção de ativos do Grupo

PARPÚBLICA são capitalizados no ativo tangível. Esta capitalização é efetuada em função dos recursos

internos utilizados e dos tempos despendidos, por contrapartida de trabalhos para a própria empresa.

Os custos subsequentes com os ativos tangíveis são reconhecidos como tal apenas se for provável que

deles resultarão benefícios económicos futuros para o Grupo. Todas as despesas com a manutenção e

reparação dos ativos são reconhecidas como gasto, de acordo com o princípio do acréscimo.

O Grupo PARPÚBLICA calcula as depreciações dos seus ativos tangíveis de acordo com o método de

linha reta, de acordo com os seguintes períodos de vida útil esperados dos bens (em anos):

Ativos fixos tangíveis Vida útil

Edifícios e outras construções 5 a 50

Equipamento básico 3 a 20

Equipamento de transporte 4 a 10

Equipamento administrativo 4 a 16

Ferramentas e utensílios 4 a 16

Outros ativos tangíveis 4 a 10

Quando existe indicação de que um ativo possa estar em imparidade, é estimado o seu valor

recuperável, sendo reconhecida uma perda por imparidade sempre que o valor líquido de um ativo

exceda o seu valor recuperável. O Grupo PARPÚBLICA reconhece as perdas por imparidade em

resultados do período.

O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o justo valor menos os custos de venda e

o seu valor de uso, sendo este calculado com base no valor atual dos fluxos de caixa futuros estimados

que se esperam vir obter do uso continuado do ativo e da sua alienação no fim da sua vida útil.

A quantia escriturada de um item do ativo fixo tangível é desreconhecida pelo Grupo nas seguintes

situações: (i) no momento da alienação; e (ii) quando não se esperam futuros benefícios económicos do

seu uso ou alienação. O ganho ou perda decorrente do desreconhecimento de um item do ativo fixo

tangível: (i) é incluído nos resultados quando o item é desreconhecido; e (ii) é determinado como a

diferença entre o produto líquido da alienação, se o houver, e a quantia escriturada do item.

2j - Propriedades de investimento

As propriedades de investimento do Grupo PARPÚBLICA provêm dos imóveis detidos com o objetivo de

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29

obter rendas, de valorização do capital ou de ambas.

As propriedades de investimento são mensuradas inicialmente pelo seu custo, incluindo os custos de

transação que lhes sejam diretamente atribuíveis. Após o reconhecimento inicial as propriedades de

investimento são mensuradas ao justo valor, o qual reflete as condições de mercado à data de balanço.

As mensurações do justo valor têm por base avaliações independentes realizadas no final de cada

exercício.

Os ganhos ou perdas provenientes de alterações no justo valor de propriedades de investimento são

reconhecidos nos resultados do período em que ocorram.

As propriedades de investimento são desreconhecidas na alienação ou quando forem

permanentemente retiradas de uso e nenhuns benefícios económicos forem esperados da sua

alienação.

2k – Outros ativos intangíveis

Os ativos intangíveis do Grupo PARPÚBLICA encontram-se escriturados ao custo de aquisição deduzido

das respetivas amortizações acumuladas e perdas por imparidade acumuladas.

O Grupo PARPÚBLICA calcula as amortizações dos seus ativos intangíveis de acordo com o método de

linha reta, de acordo com os seguintes períodos de vida útil esperados dos bens (em anos):

Outros ativos intangíveis Vida útil

Despesas de desenvolvimento 3

Propriedade industrial e outros direitos 3 a 10

Software 3

2l - Imparidade de ativos em geral

Os ativos intangíveis que não têm uma vida útil definida e os ativos intangíveis em curso não estão

sujeitos a amortização, mas são objeto de testes de imparidade anuais a exemplo do que acontece com

o goodwil. Os ativos sujeitos a amortização são revistos quanto à imparidade sempre que eventos ou

alterações nas condições envolventes indiquem que o valor pelo qual se encontram registados nas

demonstrações financeiras consolidadas possa não ser recuperável. Uma perda por imparidade é

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reconhecida pelo montante do excesso da quantia contabilística do ativo face à sua quantia recuperável.

A quantia recuperável é a mais alta de entre o justo valor de um ativo deduzido dos custos de venda e o

seu valor de uso. Na impossibilidade de atribuir uma quantia recuperável a um determinado ativo, o

mesmo deverá ser agregado com outros ativos, de forma que conjuntamente gerem fluxos de caixa

independentes e, dessa forma, constituam uma UGC (Unidade geradora de caixa). Sempre que se

verifique uma perda por imparidade numa UGC à qual tenha sido alocado goodwill, a perda será alocada

em primeiro lugar ao goodwill sendo o remanescente rateado por entre os ativos que a compõem com

base no valor líquido de balanço dos mesmos. Nesta repartição pelos ativos, o valor ajustado de cada

um não poderá ficar inferior ao maior de entre o valor de um ativo deduzido dos gastos para venda, o

seu valor de uso e 0 (zero).

A perda por imparidade é reconhecida na demonstração consolidada dos resultados, para ativos

registados ao custo histórico. Neste último caso, qualquer excesso remanescente será reconhecido na

demonstração consolidada dos resultados. A amortização do bem será ajustada prospectivamente de

acordo com o valor amortizável ajustado pela imparidade registada.

2m - Ativos biológicos e produtos agrícolas

Os ativos biológicos são mensurados pelo seu justo valor deduzido dos custos estimados no ponto de

venda. Nas situações em que não é possível este tratamento, os mesmos são valorizados ao custo

depreciado.

Os produtos agrícolas são mensurados pelo seu justo valor deduzido dos custos estimados no ponto de

venda no momento da colheita. A quantia escriturada na data da colheita, constitui o valor a registar em

inventários.

Um ganho ou uma perda proveniente do reconhecimento inicial de um ativo biológico pelo justo valor

menos os custos estimados no ponto-de-venda e de uma alteração de justo valor menos os custos

estimados no ponto-de-venda de um ativo biológico são incluídos no resultado líquido do exercício do

período em que surgem.

Um ganho ou perda que surja no reconhecimento inicial do produto agrícola pelo justo valor menos

custos estimados no ponto-de-venda são incluídos no resultado líquido do período em que surgem.

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31

Um subsídio do Governo não condicional que se relacione com um ativo biológico ou produto agrícola

mensurado pelo seu justo valor menos custos no ponto-de-venda estimados é reconhecido como

rendimento quando o subsídio do Governo se torne recebível.

Se um subsídio do Governo relacionado com um ativo biológico mensurado pelo seu justo valor menos

custos no ponto-de-venda estimados for condicional, o Grupo PARPÚBLICA reconhece o subsídio como

rendimento apenas quando sejam satisfeitas as condições a ele associadas.

2n - Outros ativos financeiros

Reconhecimento, mensuração e desreconhecimento

Os ativos financeiros são classificados de acordo com cada uma das seguintes categorias, dependendo

do objetivo para o qual esse ativo foi adquirido:

• Ativos financeiros pelo justo valor por via dos resultados são ativos financeiros que foram

designados como tal ou estão classificados como detidos para negociação, pelo que são detidos

pelo Grupo PARPÚBLICA com o objetivo principal de gerar lucro a curto prazo e incluem derivados

não designados como instrumentos de cobertura. São mensurados inicialmente no balanço pelos

seus justos valores e quaisquer alterações subsequentes aos seus justos valores são reconhecidas

diretamente na demonstração dos resultados.

• Investimentos detidos até à maturidade são ativos financeiros não derivados com pagamentos

fixados ou determináveis e maturidade fixada que o Grupo PARPÚBLICA tem a intenção positiva e a

capacidade de deter até à maturidade. Estes ativos são mensurados inicialmente pelos seus justos

valores acrescidos dos custos de transação diretamente atribuíveis à sua aquisição e são

mensurados subsequentemente pelo custo amortizado através do método do juro efetivo.

• Empréstimos concedidos e contas a receber são ativos financeiros não derivados com pagamentos

fixados ou determináveis que não estão cotados num mercado ativo. Estes ativos são mensurados

inicialmente pelos seus justos valores acrescidos dos custos de transação diretamente atribuíveis à

sua aquisição e são mensurados subsequentemente pelo custo amortizado através do método do

juro efetivo.

• Ativos financeiros disponíveis para venda são ativos financeiros não derivados que sejam designados

como disponíveis para venda ou que não sejam classificados em cada uma das categorias anteriores.

São mensurados inicialmente pelos seus justos valores acrescidos dos custos de transação

diretamente atribuíveis à sua aquisição e quaisquer alterações subsequentes aos seus justos valores

são reconhecidas diretamente no capital próprio, exceto no caso de perdas por imparidade e de

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32

ganhos e perdas cambiais, até que o ativo financeiro seja desreconhecido, momento em que o

ganho ou perda cumulativa anteriormente reconhecido no capital próprio deverá ser reconhecido

nos resultados. Os dividendos resultantes de um instrumento de capital próprio disponível para

venda são reconhecidos nos resultados quando o direito da entidade de receber pagamento for

estabelecido.

Os investimentos em instrumentos de capital próprio que não tenham um preço de mercado cotado

num mercado ativo e cujo justo valor não possa ser fiavelmente mensurado (bem como os derivados

que estejam ligados a esses instrumentos de capital próprio e que devam ser liquidados pela entrega

dos mesmos), são mensurados pelo custo.

Um ativo financeiro é desreconhecido quando (i) os direitos contratuais aos fluxos de caixa resultantes

desse ativo expiram, (ii) tenham sido transferidos substancialmente todos os riscos e benefícios

associados à detenção desse ativo; ou (iii) apesar dos riscos e benefícios não terem sido

substancialmente transferidos, o Grupo não reteve o controlo sobre esse ativo.

Imparidade

O Grupo PARPÚBLICA avalia regularmente se existem sinais de imparidade para os ativos financeiros, ou

grupos de ativos financeiros que não sejam mensurados pelo justo valor via resultados, e em caso

afirmativo, determina os fluxos de caixa futuros descontados e reconhece a perda.

Quando existe evidência de imparidade nos ativos financeiros disponíveis para venda, a perda potencial

acumulada registada no capital próprio (correspondente às variações negativas no justo valor) é

transferida para resultados. Para as categorias de ativos financeiros mensurados pelo custo ou custo

amortizado (incluindo investimentos em instrumentos de capital próprio mensurados pelo custo), as

perdas por imparidade reconhecidas são registadas diretamente nos resultados.

Reversão da imparidade

Se, num período subsequente, a quantia da perda por imparidade diminuir e tal facto for objetivamente

relacionado com um acontecimento que ocorra após o reconhecimento da imparidade, a perda por

imparidade anteriormente reconhecida é revertida, não excedendo contudo o custo amortizado que

resultaria caso a imparidade não tivesse sido reconhecida à data em que a mesma foi revertida.

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33

No caso de investimentos em instrumentos de capital próprio que sejam mensurados pelo custo, bem

como, de investimentos em instrumentos de capital próprio classificados como disponíveis para venda,

as perdas de imparidade reconhecidas não são reversíveis. No caso de instrumentos de dívida

classificados como disponíveis para venda, a reversão dessas perdas é efetuada por via dos resultados.

2o - Outras contas a receber

As contas a receber são mensuradas inicialmente pelo seu justo valor e mensuradas subsequentemente

pelo custo amortizado usando o método do juro efetivo. As perdas por imparidade verificadas são

reconhecidas nos resultados.

O ajustamento para imparidade das contas a receber é estabelecido quando há evidência objetiva de

que o Grupo PARPÚBLICA não receberá parte ou a totalidade dos montantes em dívida, nos termos

acordados. Dificuldades financeiras significativas por parte do devedor, probabilidade de o devedor se

tornar insolvente ou a falha sucessiva de pagamentos por parte do devedor, são considerados

indicadores de que a conta a receber está numa situação de imparidade.

2p – Inventários

Os Inventários são valorizados ao menor entre o seu custo de aquisição e o valor realizável líquido. O

custo dos inventários inclui todos os custos de compra, custos de conversão e outros custos incorridos

para colocar os inventários no seu local e na sua condição atual.

O valor realizável líquido é o preço de venda estimado no decurso normal da atividade deduzido dos

respetivos custos de venda.

As diferenças entre o valor de custo e o valor realizável liquido, quando mais baixo, bem como o valor

dos materiais potencialmente obsoletos, encontram-se registadas na rubrica perdas de imparidade em

existências.

O método de custeio adotado para a valorização das saídas de armazém é o custo médio ponderado.

Os inventários relativos aos ativos biológicos relacionados com a atividade agrícola e os produtos

agrícolas na altura das colheitas são tratados pelo disposto na IAS 41, conforme referido na nota 2m.

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2q - Caixa e depósitos bancários

Caixa compreende o dinheiro em caixa e em depósitos à ordem. Equivalentes de caixa consistem em

investimentos a curto prazo, altamente líquidos que sejam prontamente convertíveis para quantias

conhecidas de dinheiro e que estejam sujeitos a um risco insignificante de alterações de valor.

2r - Ativos não correntes detidos para venda e passivos relacionados

O Grupo PARPÚBLICA classifica um ativo não corrente ou um grupo para alienação como detido para

venda se a sua quantia escriturada vai ser recuperada principalmente através de uma transação de

venda em vez de através de uso continuado.

Os ativos ou grupos para alienação assim classificados estão disponíveis para venda imediata na sua

condição presente e a venda desses ativos ou grupos para alienação é altamente provável.

Espera-se que as vendas dos ativos ou dos grupos para alienação sejam concluídas até um ano a partir

da data da respetiva classificação como detidos para venda.

Os ativos ou grupos para alienação, classificados como detidos para venda, são mensurados pelo menor

valor entre as respetivas quantias escrituradas e os respetivos justos valores menos os custos de vender.

Antes da classificação inicial dos ativos ou grupos para alienação como detidos para venda, as respetivas

quantias escrituradas foram mensuradas de acordo com as IFRS aplicáveis. Por outro lado, são

reconhecidas perdas por imparidade relativamente a reduções do ativo ou grupo do ativo para

alienação para o justo valor menos os custos de vender e são reconhecidos ganhos para qualquer

aumento no justo valor menos os custos de vender dos ativos até à quantia inicial.

2s - Instrumentos de capital próprio

Um instrumento financeiro é classificado como sendo um instrumento de capital próprio, quando o

mesmo evidencia um interesse residual nos ativos de uma entidade após dedução de todos os seus

passivos. Os custos diretamente atribuíveis à emissão de instrumentos de capital próprio são registados

como uma dedução ao valor da emissão.

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As distribuições aos detentores dos instrumentos de capital próprio do Grupo PARPÚBLICA apenas são

reconhecidas como um passivo e debitadas diretamente no capital próprio da entidade, no exercício em

que essas distribuições são aprovadas pelo acionista do Grupo PARPÚBLICA.

2t - Provisões, ativos contingentes e passivos contingentes

Provisões

As provisões são reconhecidas para passivos de tempestividade ou quantia incerta como resultado de

acontecimentos passados e são reconhecidas pelo seu valor descontado quando o efeito do valor

temporal do dinheiro for material.

Ativos e passivos contingentes

Os ativos e passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, mas divulgados

nas notas anexas. Nos casos em que a possibilidade de um exfluxo de recursos que incorporem

benefícios económicos for remota ou se for pouco provável que ocorra o influxo de benefícios

económicos, os respetivos passivos contingentes ou ativos contingentes não são divulgados.

2u - Instrumentos financeiros derivados e contabilidade de cobertura

Os instrumentos financeiros derivados são reconhecidos na data da sua negociação pelo seu justo valor.

Subsequentemente, o justo valor dos instrumentos financeiros derivados é apurado numa base regular,

sendo os ganhos ou perdas resultantes registados diretamente em resultados do período, exceto no que

se refere aos derivados de cobertura. O reconhecimento das variações de justo valor dos derivados de

cobertura, em resultados do período, depende da natureza do risco coberto e do modelo de cobertura

utilizado.

O justo valor dos instrumentos financeiros derivados corresponde ao seu valor de mercado, quando

disponível, ou na sua ausência é determinado por entidades externas tendo por base técnicas de

valorização, incluindo modelos de desconto de fluxos de caixa e modelos de avaliação de opções

conforme seja apropriado.

Contabilidade de cobertura

O Grupo PARPÚBLICA utiliza instrumentos financeiros derivados para cobertura de riscos. Os derivados

que não se qualificam para contabilidade de cobertura são registados como de negociação.

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Os derivados de cobertura são registados ao seu justo valor e os ganhos ou perdas são reconhecidos de

acordo com o modelo de contabilidade de cobertura adotado pelo Grupo.

Um relacionamento de cobertura qualifica-se para contabilidade de cobertura quando forem satisfeitas

todas as seguintes condições:

• No início da cobertura, existir designação e documentação formais do relacionamento de cobertura

e do objetivo e estratégia da gestão de risco para levar a efeito a cobertura. Essa documentação

inclui a identificação do instrumento de cobertura, o item ou transação coberto, a natureza do risco

a ser coberto e a forma como vai ser avaliada a eficácia do instrumento de cobertura na

compensação da exposição a alterações no justo valor ou fluxos de caixa do item coberto atribuíveis

ao risco coberto.

• Existir a expectativa que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir alterações de compensação

no justo valor ou fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto, consistentemente com a estratégia de

gestão de risco originalmente documentada para esse relacionamento de cobertura em particular.

• Quanto a coberturas de fluxos de caixa, uma transação prevista que seja o objeto da cobertura tem

de ser altamente provável e tem de apresentar uma exposição a variações nos fluxos de caixa que

poderia em última análise afetar os resultados.

• A eficácia da cobertura poder ser fiavelmente mensurada, isto é, o justo valor ou os fluxos de caixa

do item coberto que sejam atribuíveis ao risco coberto e ao justo valor do instrumento de cobertura

poderem ser fiavelmente mensurados.

• A cobertura ser avaliada numa base contínua e efetivamente determinada como sendo altamente

eficaz durante todo o período de relato financeiro para o qual a cobertura foi designada.

Cobertura de justo valor

Numa operação de cobertura de justo valor de um ativo ou passivo, o valor de balanço desse ativo ou

passivo, determinado com base na respetiva política contabilística, é ajustado por forma a refletir a

variação do seu justo valor atribuível ao risco coberto. As variações do justo valor dos derivados de

cobertura são reconhecidas em resultados, conjuntamente com as variações de justo valor dos ativos e

passivos cobertos atribuíveis ao risco coberto.

Se a cobertura deixar de cumprir com os critérios exigidos para a contabilidade de cobertura, o

instrumento financeiro derivado é transferido para a carteira de negociação e a contabilidade de

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cobertura é descontinuada prospectivamente e o ativo ou passivo coberto passam a ser mensurados em

conformidade com a categoria onde se enquadram.

Cobertura de fluxos de caixa

Numa operação de cobertura da exposição à variabilidade de fluxos de caixa futuros de elevada

probabilidade, a parte efetiva das variações de justo valor do derivado de cobertura é reconhecida no

capital próprio, sendo transferida para resultados nos períodos em que o respetivo item coberto afeta

resultados. A parte não efetiva da cobertura é registada em resultados do período.

Quando um instrumento de cobertura expira ou é vendido, ou quando a cobertura deixa de cumprir os

critérios exigidos para a contabilidade de cobertura, as variações de justo valor do derivado acumuladas

em reservas são reconhecidas em resultados quando a operação coberta também afetar resultados. No

caso de a cobertura estar associada a uma operação futura, se for previsível que a operação futura não

se efetuará, os montantes registados no capital próprio são imediatamente reconhecidos em resultados

no período.

Cobertura de um investimento líquido numa unidade operacional estrangeira

As operações de cobertura de um investimento líquido numa unidade operacional estrangeira, incluindo

uma cobertura de um item monetário que seja contabilizada como parte do investimento líquido, é

contabilizado de forma semelhante às coberturas de fluxo de caixa, ou seja:

(i) a porção do ganho ou perda resultante do instrumento de cobertura que seja determinada

como uma cobertura eficaz é reconhecida diretamente no capital próprio; e

(ii) a porção ineficaz é reconhecida nos resultados.

O ganho ou perda resultante do instrumento de cobertura relacionado com a porção eficaz da cobertura

que tenha sido reconhecida diretamente no capital próprio é reconhecido nos resultados aquando da

alienação da unidade operacional estrangeira.

Derivados embutidos

Os derivados embutidos em instrumentos financeiros são tratados separadamente sempre que os riscos

e benefícios económicos do derivado não estão relacionados com os do instrumento principal, desde

que este não esteja contabilizado ao justo valor com impacto em resultados do exercício. Os derivados

embutidos são registados ao justo valor com as suas variações registadas em resultados do exercício.

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2v - Outros passivos financeiros

Um instrumento é classificado como um passivo financeiro quando existe uma obrigação contratual da

sua liquidação ser efetuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro ativo financeiro,

independentemente da sua forma legal. Estes passivos financeiros são mensurados inicialmente pelo

seu justo valor deduzido dos custos de transação diretamente atribuíveis à emissão do passivo

financeiro e subsequentemente mensurados pelo custo amortizado usando o método do juro efetivo.

2w - Benefícios dos empregados

O Grupo PARPÚBLICA atribui benefícios pós-emprego a parte dos seus colaboradores, através de planos

de benefícios definidos, nomeadamente planos de pensões que garantem complementos de reforma

por idade, invalidez e sobrevivência, pensões de reforma antecipada e cuidados de saúde durante o

período de reforma e de reforma antecipada. Porém, além de um plano de benefício definido que

abrange apenas pensionistas à data da reconversão do plano (Janeiro de 2004), o Grupo ANA atribui

benefícios pós-emprego aos seus colaboradores, através de planos de contribuição definida.

Planos de benefícios definidos

Os planos de benefícios definidos são financiados através de fundos de pensões complementados por

provisões específicas quando necessário.

Neste contexto, o Grupo PARPÚBLICA reconhece como um passivo a diferença entre o valor presente da

obrigação de benefícios definidos à data do balanço e o justo valor dos ativos do plano (quando

existentes) à custa dos quais vão ser liquidadas as obrigações.

Os ganhos e perdas atuariais determinados anualmente são reconhecidos como um rendimento ou

como um gasto no período em que ocorrem.

Anualmente, na data de fecho de contas, as responsabilidades do Grupo PARPÚBLICA são calculadas por

peritos independentes, individualmente para cada plano, com base no método da Unidade de Crédito

Projetada, sendo assim determinado o valor presente das suas obrigações de benefícios definidos e

respetivo custo do serviço corrente. Para esse efeito, são usados determinados pressupostos atuariais.

Os pressupostos atuariais são as melhores estimativas da entidade das variáveis que determinarão o

custo final de proporcionar benefícios pós-emprego. Os pressupostos atuariais compreendem:

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• pressupostos demográficos acerca das características futuras de empregados (e seus

dependentes) correntes e antigos que sejam elegíveis para os benefícios. Os pressupostos

demográficos tratam matérias tais como:

(i) mortalidade, tanto durante como após o emprego;

(ii) taxas de rotação, de incapacidade e de reforma antecipada dos empregados;

(iii) a proporção dos membros do plano quando dependentes que sejam elegíveis para os

benefícios; e

(iv) taxas de reivindicação segundo os planos médicos.

• pressupostos financeiros, tratando de itens tais como:

(i) a taxa de desconto;

(ii) níveis de ordenados futuros e de benefícios;

(iii) no caso de benefícios médicos, custos médicos futuros incluindo, quando material, o

custo de administrar reivindicações e pagamentos de benefícios; e

(iv) taxa esperada de retorno dos ativos do plano.

2x – Locações

O Grupo PARPÚBLICA classifica as operações de locações como locações financeiras ou locações

operacionais, em função da sua substância e não da sua forma legal, dando cumprimento aos critérios

estabelecidos na IAS 17.

Situações em que o Grupo PARPÚBLICA age como locatário – Locação financeira

Os contratos de locação financeira são registados, na data do seu início, no ativo e no passivo, pelo

custo de aquisição da propriedade locada, ou pelo valor atual das rendas de locação vincendas, se

menor. As rendas são constituídas: (i) pelo encargo financeiro que é debitado em resultados; e (ii) pela

amortização financeira do capital que é deduzida ao passivo. Os encargos financeiros são reconhecidos

como gastos ao longo do período de locação, a fim de produzirem uma taxa de juro periódica constante

sobre o saldo remanescente do passivo em cada período.

Situações em que o Grupo PARPÚBLICA age como locatário – Locação operacional

Os pagamentos de locação ao abrigo de contratos de locação operacional, são registadas como um

gasto no período em que ocorrem, numa base de linha reta durante o período de locação.

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Situações em que o Grupo PARPÚBLICA age como locador – Locação operacional

O Grupo PARPÚBLICA apresenta os ativos sujeitos a locação operacional no seu balanço de acordo com

a natureza do ativo.

Os rendimentos provenientes de contratos de locação operacional, são reconhecidos no rendimento

numa base de linha reta durante o prazo da locação.

Os custos diretos iniciais incorridos são adicionados à quantia escriturada do ativo locado e

reconhecidos como um gasto durante o prazo da locação, na mesma base do rendimento da locação.

De forma a determinar se o ativo locado ficou em imparidade, aplica-se o disposto na IAS 36.

2y - Reconhecimento de gastos e perdas e de rendimentos e ganhos

Os gastos e rendimentos são registados no período a que se referem independentemente do seu

pagamento ou recebimento, de acordo com o regime contabilístico do acréscimo. As diferenças entre os

montantes pagos e recebidos e os respetivos gastos e rendimentos são registados no passivo e no ativo

respetivamente.

Vendas de bens

O rédito proveniente das vendas de bens é reconhecido quando forem satisfeitas todas as condições

seguintes:

• O Grupo PARPÚBLICA tenha transferido para o comprador os riscos e vantagens significativos da

propriedade dos bens;

• O Grupo PARPÚBLICA não retenha envolvimento continuado de gestão com grau geralmente

associado com a posse nem o controlo efetivo dos bens vendidos;

• A quantia do rédito seja fiavelmente mensurada;

• Seja provável que os benefícios económicos associados com a transação fluam para o Grupo; e

• Os custos incorridos ou a serem incorridos referentes à transação possam ser fiavelmente

mensurados.

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Prestação de Serviços

O rédito associado com uma transação que envolva prestação de serviços é reconhecido quando o

desfecho dessa transação possa ser fiavelmente estimado, isto é, quando:

• A quantia de rédito seja fiavelmente mensurada;

• Seja provável que benefícios económicos associados com a transação fluam para o Grupo;

• A fase de acabamento da transação à data do balanço seja fiavelmente mensurada; e

• Os custos incorridos com a transação e os custos para concluir a transação sejam fiavelmente

mensurados.

Juros, Royalties e Dividendos

O rédito proveniente do uso de ativos do Grupo PARPÚBLICA que produzam juros, royalties e

dividendos é reconhecido quando:

• Seja provável que os benefícios económicos associados com a transação fluam para o Grupo; e

• A quantia do rédito possa ser fiavelmente mensurada.

O rédito proveniente do uso desses ativos é reconhecido nas seguintes bases:

• Os juros são reconhecidos utilizando o método do juro efetivo;

• Os royalties são reconhecidos num regime de acréscimo de acordo com a substância do acordo

relevante; e

• Os dividendos são reconhecidos quando for estabelecido o direito do Grupo PARPÚBLICA

(enquanto acionista) de receber o pagamento, exceto nas associadas em que o rédito

corresponde ao resultado atribuível à participação.

Contratos de construção

Os rendimentos e gastos dos contratos de construção são reconhecidos de acordo com o método da

percentagem de acabamento.

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Trabalhos para a própria entidade

Os trabalhos para a própria entidade correspondem essencialmente aos gastos associados à execução e

reparação de equipamentos próprios e incluem gastos com materiais, mão-de-obra direta e gastos

gerais.

Custos de empréstimos

Os custos de empréstimos obtidos que sejam diretamente atribuíveis à aquisição, construção ou

produção de um ativo que se qualifica como parte do custo desse ativo são objeto de capitalização. Os

outros custos de empréstimos obtidos são reconhecidos como um gasto no período em que sejam

incorridos, de acordo com o princípio da especialização dos exercícios e em conformidade com o

método da taxa de juro efetiva

Subsídios do Governo

Os subsídios do Governo são reconhecidos pelo seu justo valor quando existe segurança razoável de que

será recebido e que o Grupo PARPÚBLICA cumprirá as condições inerentes aos mesmos. Os subsídios do

Governo recebidos para financiamento de aquisições de ativos são registados como um rendimento

diferido no passivo e reconhecidos em resultados, proporcionalmente às amortizações dos ativos

subsidiados. Os subsídios do Governo relacionados com rendimentos, são reconhecidos como créditos

na demonstração dos resultados pelo período necessário para os balancear com os gastos que se

destinem a compensar. Os subsídios do Governo relacionados com ativos biológicos têm o tratamento

descrito na nota 2m.

2z - Imposto sobre o rendimento

Os impostos sobre o rendimento compreendem os impostos correntes e os impostos diferidos. Imposto

corrente é a quantia a pagar ou a recuperar de impostos sobre o rendimento respeitante ao lucro ou à

perda tributável de um período. Os impostos diferidos são calculados para as diferenças temporárias

entre os valores contabilísticos dos ativos e passivos e a sua base fiscal, utilizando as taxas de imposto

aprovadas ou substancialmente aprovadas à data de balanço em cada jurisdição e que se espera que

venham a ser aplicadas quando as diferenças temporárias se reverterem.

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Ativos por impostos diferidos

São reconhecidos para todas as diferenças temporárias e reportes fiscais dedutíveis até ao ponto em

que seja provável que exista um lucro tributável ao qual a diferença temporária dedutível possa ser

usada, a não ser que o ativo por impostos diferidos resulte do reconhecimento inicial de um ativo ou

passivo numa transação que:

• Não seja uma concentração de atividades empresarias; e

• No momento da transação, não afete o lucro contabilístico nem o lucro tributável.

Passivos por impostos diferidos

São reconhecidos para todas as diferenças temporárias tributáveis exceto quando esse imposto diferido

resultar de:

• Reconhecimento inicial do goodwill; ou

• Reconhecimento inicial de um ativo ou passivo numa transação que não seja uma concentração

de atividades empresariais e não afete, no momento dessa transação, nem o lucro contabilístico

nem o lucro tributável.

2aa - Juízos de valor, estimativas e pressupostos críticos

A preparação de demonstrações financeiras consolidadas de acordo com as IFRS requer que o Grupo

PARPÚBLICA efetue julgamentos e estimativas e utilize pressupostos que afetam a aplicação das

políticas contabilísticas e os montantes de rendimentos, gastos, ativos e passivos. Alterações em tais

pressupostos ou diferenças destes face à realidade poderão ter impacto sobre as atuais estimativas e

julgamentos. As áreas que envolvem um maior nível de julgamento e complexidade, ou onde são

utilizados pressupostos e estimativas significativas na preparação das demonstrações financeiras

consolidadas, são referidas a seguir:

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Prazo de uma concessão:

O prazo inicial da concessão atribuída à ANAM, SA é de 25 (vinte e cinco anos) a partir de 1 de Outubro

de 1993. Contudo com base no Decreto Legislativo Regional nº 7-A/2000/M, de 15 de Março, é

permitida a renovação do contrato de concessão por períodos sucessivos de 5 anos até ao limite de 15

anos, consoante a taxa interna de rentabilidade nominal dos investimentos efetuados que deverá atingir

os 7,1% + 0,4% para cada período de renovação e a amortização integral do serviço da dívida que foi

contratada para o projeto de ampliação do Aeroporto de Santa Catarina.

A Assembleia Geral de Acionistas encarregou o Conselho de Administração da ANAM de iniciar o

processo de renegociação do Contrato de Concessão, nomeadamente quanto ao alargamento do seu

prazo, tendo em vista o reequilíbrio financeiro da concessão.

A proposta de alteração ao contrato de concessão consagra o alargamento do prazo de concessão por

mais 20 anos, ou seja, até 2053 e encontra-se em análise no Governo Regional, na qualidade de

concedente. A ANAM já recebeu indicações de que, apesar de não haver um prazo previsto para a

conclusão do processo de análise, seria previsível a extensão do prazo de concessão conforme proposto

pela empresa. Desta forma, foi assumido como pressuposto o prazo de concessão da ANAM até 2053.

Vidas úteis dos ativos fixos tangíveis e intangíveis:

A determinação das vidas úteis dos ativos, bem como o método de amortização, é essencial para

determinar o montante de amortizações a reconhecer na demonstração dos resultados consolidados.

Estes dois parâmetros são definidos de acordo com o melhor julgamento da Administração para os

ativos e negócios em questão, podendo, no entanto, vir a ser alterados se a prática internacional do

sector, para situações idênticas, apontar para um benchmark diferente.

Mensuração de propriedades de investimento e ativos biológicos:

As propriedades de investimento e os ativos biológicos mensurados pelo justo valor são objeto de

avaliações independentes realizadas de forma regular. As referidas avaliações foram realizadas com

base no método dos fluxos de caixa descontados.

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Imparidade:

O Grupo testa a imparidade em função de indícios detetados, mas anualmente para o goodwill. Os

valores recuperáveis das unidades geradoras de fluxos de caixa são determinados com base no cálculo

de valores de uso ou de valores de mercado baseados nas melhores estimativas.

Justo valor dos instrumentos financeiros:

O justo valor dos instrumentos financeiros que não têm mercado ativo é determinado com base em

avaliações que refletem o “mark-to-market” desses instrumentos. O Grupo utiliza o julgamento para a

seleção das técnicas de avaliação e os pressupostos a utilizar para a avaliação dos derivados contratados

à data do reporte financeiro.

Pensões:

A obrigação do plano de benefícios definidos é calculada anualmente por atuários independentes,

utilizando o método do crédito da unidade projetada. O valor presente da obrigação do benefício

definido é determinado pelo desconto dos pagamentos futuros dos benefícios, utilizando a taxa de juro

de obrigações de elevada qualidade denominadas na mesma moeda em que os benefícios serão pagos e

com termos de maturidade que se aproximam dos da responsabilidade assumida.

Reconhecimento de provisões e ajustamentos:

O Grupo é parte em diversos processos judiciais em curso para os quais, com base na opinião dos seus

advogados, efetua um julgamento para determinar se deve ser registada uma provisão para essas

contingências. Os ajustamentos para contas a receber são calculados, essencialmente, com base na

antiguidade das contas a receber, o perfil de risco dos clientes e a situação financeira dos mesmos. O

ajustamento de inventários é determinado com base em critérios objetivos atendendo à natureza,

especificidade de utilização, antiguidade e rotação dos materiais.

Imposto sobre o Rendimento:

O Grupo reconhece passivos para liquidações adicionais de impostos que possam resultar de revisões

pelas autoridades fiscais. Quando o resultado final destas situações é diferente dos valores inicialmente

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registados, as diferenças terão impacto no imposto sobre o rendimento e nas provisões para impostos,

no exercício em que tais diferenças se constatam.

Outros:

Sempre que os ativos financeiros disponíveis para venda não possuam uma cotação de mercado, é

efetuada uma estimativa do seu justo valor. Esta estimativa é efetuada com base no Método dos

Discounted Cash Flow.

2ab – Atividade regulada - reconhecimento de ativos e passivos regulatórios

a) Introdução

As empresas gestoras de SMM (sistemas multi-municipais) atuam no âmbito das atividades reguladas. O

maior efeito da regulação sobre a atividade das empresas está no escrutínio que a entidade reguladora

(ERSAR - DL 362/98, de 18 de Novembro, com as alterações introduzidas pelos DL 151/2002, de 23 de

Maio, e DL 277/2009, de 2 de Outubro) faz da tarifa a aplicar aos serviços prestados aos utilizadores e

bem como do respetivo orçamento anual.

Tendo em conta a hierarquia definida no IAS 8, as empresas do Grupo com atividades reguladas

adotaram as regras internacionalmente aplicadas às empresas que atuam em mercados com estas

características (nomeadamente o FAS 71, emitido pelo FASB e o ED/2009/8 emitido pelo IASB). Assim,

são definidos um conjunto de critérios para o reconhecimento de ativos e passivos relacionados com

regras regulatórias. Essas regras prescrevem que uma empresa deva reconhecer nas suas

demonstrações financeiras os efeitos da sua atividade operacional, desde que preste serviços cujos

preços estejam sujeitos a regulação.

A atividade das empresas Multimunicipais do Grupo AdP é regulada, no sentido de que os preços são

fixados por uma terceira entidade (Ministério do Ambiente) sob parecer do Regulador – ERSAR, I.P.,

Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Residuos, I.P., estando deste modo enquadrada no âmbito

deste normativo.

Resumidamente, é requerido que uma empresa reconheça ativos regulatórios ou passivos regulatórios

se o regulador permitir a recuperação de custos anteriormente incorridos ou reembolsar montantes

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anteriormente cobrados, e a ser remunerado sobre as suas atividades reguladas, através de

ajustamentos ao preço cobrado aos seus clientes. Ou seja, quando existe o direito a aumentar ou a

obrigação de diminuir as tarifas em períodos futuros em resultado da prática atual ou expectável do

regulador, (i) uma entidade deve reconhecer um ativo regulatório de modo a recuperar um custo

anteriormente incorrido e obter uma determinada remuneração, ou; (ii) uma entidade deve reconhecer

um passivo regulatório de modo a reembolsar valores previamente cobrados e a pagar uma

determinada remuneração. O efeito de aplicar os requisitos referidos no parágrafo anterior corresponde

ao reconhecimento inicial de um ativo (ou passivo), que de outro modo seriam reconhecidos em

resultados, como um gasto (ou um rendimento).

Encontram-se abrangidos nesta categoria os acréscimos de custos para investimento contratual, bem

como o registo dos desvios tarifários. Assim, de acordo com a regra de reconhecimento de ativos e

passivos regulatórios, estes ativos (e/ou passivos) deverão ser reconhecidos em balanço uma vez que a

recuperação do seu custo (e/ou reembolso do passivo) é elegível para efeito da determinação da tarifa

pelo regulador em períodos subsequentes.

b) Desvio tarifário ativo e passivo

Os contratos de concessão das empresas do Grupo AdP estabelecem os critérios para a fixação das

tarifas ou valores garantidos, em termos anuais, baseados na recuperação dos custos de investimento,

operacionais, financeiros e também a adequada remuneração dos capitais próprios das concessionárias.

Potencialmente, a esta remuneração ainda pode acrescer uma remuneração relativa a ganhos de

produtividade.

Assim, anualmente o Grupo AdP efetua o cálculo da diferença entre o resultado gerado pelas operações

e a remuneração garantida ao capital acionista investido, sendo o valor bruto registado numa conta de

rendimentos – desvios tarifários – e o imposto induzido por estes numa conta de imposto diferido, por

contrapartida de balanço, à luz do reconhecimento de ativos e passivos regulatórios.

O valor do rédito do desvio tarifário corresponde ao crédito ou ao débito a fazer ao rédito das atividades

reguladas por forma a que este revele os proveitos necessários ao cumprimento do disposto

contratualmente relativamente à recuperação integral dos custos, incluindo impostos sobre o

rendimento (IRC) e remuneração anual garantida.

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Se a diferença for positiva (tarifa praticada> tarifa necessária) gera-se um desvio tarifário negativo que

deve ser levado a débito dos proveitos. Este registo dá lugar ainda ao reconhecimento de um ativo por

impostos diferidos, relativos à correção do imposto associada ao débito dos proveitos. O efeito líquido

corresponde à correção do resultado líquido para a recuperação integral dos custos e a remuneração

acionista garantida anualmente.

Se a diferença for negativa (tarifa praticada <tarifa necessária) gera-se um desvio tarifário positivo que

deve ser levado a crédito dos proveitos. Este registo dá lugar ainda ao reconhecimento de um passivo

por impostos diferidos, relativos à correção do imposto associada ao crédito dos proveitos. O efeito

líquido corresponde à correção do resultado líquido para a recuperação integral dos custos e a

remuneração acionista garantida anualmente.

c) Acréscimos de custos para investimentos contratuais e política de amortizações

Em cumprimento do estipulado nos contratos de concessão e gestão de parcerias e com as regras

regulatórias, e sempre que aplicável, é registada a quota-parte anual dos custos estimados para fazer

face às despesas contratuais em investimentos ainda não realizados (regulados) ou em investimentos de

expansão (regulados) da concessão e da parceria.

Para os bens (que se materializarão em direitos de utilização de infraestruturas – IFRIC 12) com vidas

úteis superiores ao período da concessão, as amortizações de investimentos iniciais ou os que venham a

ser posteriormente aprovados ou impostos pelo Concedente e que materializem em expansão ou

modernização das obrigações iniciais, normalmente fazem-se pelo prazo da concessão. No entanto, os

investimentos adicionais de expansão ou modernização, cuja vida útil se prolongue para além do prazo

da concessão, e que apresentam valor residual darão lugar a uma indemnização equivalente ao valor

ainda não amortizado à data do fim da concessão.

Estas amortizações são calculadas pelo método da soma das unidades, isto é pela amortização dos

investimentos, iniciais e ainda por realizar, que constam do estudo de viabilidade económico e

financeira utilizado, tendo como base os caudais de efluente faturados nesse exercício e os efluentes a

faturar até ao final da concessão previstos no estudo de viabilidade. São registadas nos resultados por

contrapartida de amortizações acumuladas e de acréscimos de custos para investimentos contratuais

regulados no passivo.

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2ac – Serviços no âmbito das concessões

a) Introdução

O IFRIC 12 define as regras a observar na contabilização dos contratos de concessão, atendendo aos

serviços que presta e ao poder de controlo sobre os ativos da concessão. Nos termos desta norma as

empresas concessionárias do Grupo AdP prestam dois tipos de serviços: o de construção, modernização

e renovação das infraestruturas afetas ao sistema; e o de exploração e gestão (operar e manter) do

sistema constituído pelas infraestruturas, necessárias à prestação de serviços aos utilizadores. Deste

modo a empresa deve reconhecer e mensurar o rédito (proveito) dos serviços que presta de acordo com

o disposto nos IAS 11 – Contratos de construção e IAS 18 - Rédito.

Se a empresa prestar mais que um serviço (i.e. construção ou modernização dos serviços e operação) ao

abrigo de um só contrato de concessão, o valor (preços ou tarifas) a receber deve ser distribuído de

acordo com os seus justos valores, quando estes forem individualmente (separadamente) identificáveis.

A natureza do preço e da tarifa determina o seu tratamento contabilístico. A empresa deve reconhecer

o rédito e os custos relacionados com a construção ou modernização das infraestruturas de acordo com

o IAS 11. A empresa deve reconhecer o rédito e os custos relacionados com a operação de acordo com o

IAS 18. Adicionalmente prescreve que a infraestrutura no âmbito do IFRIC 12 não deve ser reconhecida

como imobilizado corpóreo do operador (ou concessionária) porque o contrato de concessão não lhe dá

o direito de a controlar. O operador tem acesso e opera a infraestrutura para prestar um serviço público

em nome do concedente, de acordo com os termos do contrato. Nos termos do contrato de concessão,

no âmbito desta norma, o operador (ou concessionária) atua como um prestador de serviços. O

operador (ou concessionária) constrói ou moderniza a infraestrutura (construção ou modernização dos

serviços) utilizados para prestar serviços públicos e opera e mantém a infraestrutura (operação) durante

um período específico de tempo. Se o operador (ou concessionaria) construir ou modernizar as

infraestruturas, o valor recebido ou a receber pelo operador deve ser reconhecido pelo seu justo valor,

e este corresponde a um valor que se materializa num direito que corresponde a: (a) um ativo

financeiro, ou (b) um ativo intangível. O operador (ou concessionária) deve reconhecer um ativo

financeiro na medida em que tem um direito contratual de receber dinheiro ou outro ativo financeiro

do concedente pelos serviços de construção; o concedente não tem como evitar o pagamento, uma vez

que o contrato tem a força de lei. O operador (ou concessionária) tem um direito incondicional de

receber dinheiro se o concedente garantir contratualmente esse pagamento ao operador que

corresponde a (a) um montante especifico, ou (b) à diferença, se existir, entre os montantes recebidos

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dos utilizadores do serviço público, e outro montante específico, mesmo que o pagamento seja

contingente ao facto de operador (ou concessionária) assegurar que a infraestrutura está de acordo

com os requisitos de qualidade e eficiência. O operador (ou concessionária) deve reconhecer um ativo

intangível na medida em que recebe um direito (licença) de cobrar os utilizadores por um serviço

público. O direito a cobrar aos utilizadores por um serviço público não é um direito incondicional de

cobrança, porque os montantes estão condicionados ao facto de os utilizadores utilizarem o serviço.

b) Classificação da infraestrutura

Contratualmente, as empresas do Grupo assentam em modelos tendentes à classificação da

infraestrutura como ativo financeiro, uma vez que não apresentam risco, tendo direito a uma

remuneração (mínima) anual garantida contratualmente, cujo recebimento pode ser diferido no tempo,

mas que estará assegurado.

No entanto, a definição de ativo financeiro, estabelecida pelo IAS 32, não está associada ao risco mas ao

direito presente e incondicional a receber dinheiro ou outro ativo financeiro. De entre os vários

mecanismos de reequilíbrio dos contratos de concessão das empresas do Grupo AdP, aumento de

tarifas, indemnização direta do concedente e/ou extensão do prazo de concessão, a extensão de prazo

não cumpre com os requisitos previstos naquela norma (IAS 32), uma vez que constitui um direito

futuro a cobrar aos utilizadores, inviabilizando a opção pelo reconhecimento do ativo financeiro. Deste

modo, as empresas do Grupo AdP concessionárias de SMM ou gestoras de parcerias classificam as

infraestruturas dos sistemas que exploram como ativos intangíveis – Direito de utilização de

infraestruturas.

Os ativos intangíveis são registados ao custo de aquisição ou produção, incluindo os gastos e

rendimentos (líquidos) diretos e indiretamente relacionados com os projetos de investimento, que são

capitalizados em imobilizações em curso. Os custos que podem ser capitalizados são os relacionados

com a realização do investimento. Os custos operacionais são afetos ao imobilizado em curso através de

uma percentagem calculada em função da afetação do pessoal aos respetivos projetos. Os encargos

financeiros relacionados com empréstimos obtidos para financiamento do investimento em curso são

capitalizados na sua totalidade até à entrada em exploração do sistema.

As despesas com grandes reparações e benfeitorias às infraestruturas (incluindo bens de substituição),

por via da regulação económica das concessões, são especificamente remuneradas na medida em que

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concorrem para a formação da tarifa (ou seja, têm uma recuperação implícita na aceitação da

amortização pelo regulador), sendo desta forma contabilizadas como parte do ativo intangível. As

despesas de conservação e manutenção correntes, são reconhecidas em custos nos respetivos

exercícios em que ocorrem.

c) Amortizações

O ativo intangível, direito de utilização de infraestruturas, é amortizado numa base sistemática de

acordo com o padrão de obtenção de benefícios económicos associados ao mesmo. No caso das

concessões do Grupo AdP os benefícios económicos obtidos na exploração dos direitos de concessão

são determinados pela regulação económica, ou seja, pela aceitação dos custos de amortização na

formação anual das tarifas por parte do regulador.

d) Valor residual

Os investimentos adicionais de expansão ou modernização, cuja vida útil se prolongue para além do

prazo da concessão, poderão apresentar valor residual que dará lugar a uma indemnização equivalente

ao valor não amortizado a essa data, pelo que estes montantes são classificados como ativos financeiros

(valor a receber descontado).

e) Rédito – serviços de construção

De acordo com o IFRIC 12 – Contratos de concessão, o rédito dos serviços de construção deve ser

reconhecido de acordo com o IAS 11 – Contratos de construção. O modelo regulatório e as regras de

cálculo das tarifas não permitem que as empresas do Grupo Águas de Portugal expurguem da tarifa o

serviço de construção e o serviço de operação, e que se determine o justo valor do respetivo rédito com

fiabilidade.

Saliente-se ainda que o Grupo AdP, na fase de construção das infraestruturas atua como um

“agente”/intermediário, sem apropriação de qualquer margem, no decurso da sua atividade

operacional.

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Assim, e tendo em conta as disposições regulatórias das empresas do Grupo AdP, o rédito reconhecido é

aquele que resulta da aplicação das tarifas aprovadas pelo concedente e escrutinadas pelo regulador,

mais ou menos o desvio tarifário subjacente, tal como previsto nos contratos de concessão.

3. Reexpressões e reclassificações

V a l o r e s e m M i l h a r e s E u r o s

A TIV O

A t iv o n ã o co r r e n t e

A ti v o s f i x o s ta n g ív e i s 3 2 0 2 7 2 4 ( 6 1 4 7 7 ) 3 2 6 4 2 0 2

P r o p r i ed a d es d e i n v es ti m e n to 4 6 0 1 1 3 ( 5 4 8 1 ) 4 6 5 5 9 4

G o o d w i l l 3 2 5 9 7 8 ( 4 8 3 9 ) 3 3 0 8 1 7

A ti v o s i n ta n g ív e i s 4 2 1 0 3 6 2 1 0 1 7 6 9 4 1 0 8 5 9 3

A ti v o s b i o l ó g i c o s 2 4 0 6 9 6 6 2 2 3 4 0 7

P a r ti c i p a ç õ e s f i n a n c ei r a s em a s s o c i a d a s 2 6 3 0 6 4 6 6 7 2 6 3 0 5 7 9

O u tr a s p a r ti c i p a ç õ e s f i n a n c e i r a s 1 0 7 7 9 6 1 9 2 5 1 4 0 1 5 2 8 2 0

A c i o n i s ta s / s ó c i o s - ( 7 7 5 6 ) 7 7 5 6

O u tr o s a ti v o s f i n a n c ei r o s 7 6 0 6 0 0 ( 3 7 5 0 4 7 ) 1 1 3 5 6 4 7

A ti v o s p o r i m p o s to s d i fer i d o s 1 1 0 0 8 8 9 2 8 5 1 0 0 8 0 3

O u tr a s c o n ta s a r ec eb e r 2 2 5 6 4 2 ( 8 6 5 9 6 9 ) 1 0 9 1 6 1 1

D i f er i m en to s 2 6 6 0 1 6 1 0 0 2 2 6 5 0 1 4

R es p o n s a b i l i d a d es p o r b e n ef íc i o s p ó s -e m p r eg o - ( 2 2 9 6 ) 2 2 9 6

A ti v o n ã o c o r r e n te 1 3 2 9 4 1 9 8 ( 2 8 4 9 4 0 ) 1 3 5 7 9 1 4 0

A ct iv o co r r e n t e

I n v en tá r i o s 1 0 8 0 8 9 6 ( 2 6 8 5 ) 1 0 8 3 5 8 1

A ti v o s b i o l ó g i c o s 2 9 9 0 8 5 1 2 1 3 9

C l i en tes 5 0 0 4 1 5 ( 4 0 ) 5 0 0 4 5 5

A d i a n ta m en to s a fo r n e c ed o r e s 1 5 1 4 0 1 2 8 7 5 2 2 6 5

E s ta d o e o u tr o s en te s p ú b l i c o s 5 4 2 7 7 2 7 6 0 5 1 5 1 7

O u tr a s c o n ta s a r ec eb e r 5 0 0 2 1 0 ( 6 3 9 7 6 9 ) 1 1 3 9 9 7 9

D i f er i m en to s 2 4 1 7 3 ( 1 6 0 9 6 ) 4 0 2 6 9

O u tr o s a ti v o s f i n a n c ei r o s 1 7 0 8 ( 9 3 9 ) 2 6 4 7

C a i x a e d e p ó s i to s b a n c á r i o s 8 2 2 5 4 8 ( 1 9 ) 8 2 2 5 6 7

A ti v o c o r r en te 3 0 0 2 3 5 5 ( 6 4 3 0 6 2 ) 3 6 4 5 4 1 8

T o t a l d o at iv o 1 6 2 9 6 5 5 3 ( 9 2 8 0 0 3 ) 1 7 2 2 4 5 5 7

C A P ITA L P R Ó P R IO E P A S S IV O

C ap it a l p r ó p r io

C a p i ta l r e a l i za d o 1 0 2 7 1 5 1 ( 9 7 2 8 4 9 ) 2 0 0 0 0 0 0

R es er v a s l eg a i s 7 1 1 1 6 9 ( 1 ) 7 1 1 1 6 9

O u tr a s r e s er v a s 7 5 7 7 4 ( 2 0 0 6 ) 7 7 7 8 0

E x c ed e n te s d e r e v a l o r i z a ç ã o 2 7 1 0 8 ( 5 8 1 5 6 ) 8 5 2 6 4

A j u s ta m e n to s em a c ti v o s f i n a n c e i r o s ( 5 1 8 1 4 9 ) ( 2 0 5 ) ( 5 1 7 9 4 4 )

R es u l ta d o s tr a n s i ta d o s 7 3 1 7 1 3 ( 7 6 1 2 ) 7 3 9 3 2 5

R es u l ta d o l íq u i d o d o p er ío d o a tr i b u ív e l a o s d e ten to r e s d o c a p i ta l

d a em p r e s a -m ã e 5 0 6 3 2 4 ( 3 1 9 ) 5 0 6 6 4 3

To t a l d o cap it a l p r ó p r io at r ib u ív e l ao s d e t e n t o r e s d o cap it a l d a

e m p r e sa- m ã e 2 5 6 1 0 9 0 ( 1 0 4 1 1 4 9 ) 3 6 0 2 2 3 8

I n ter e s s es m i n o r i tá r i o s 5 1 6 3 2 0 ( 5 5 0 ) 5 1 6 8 7 0

To t a l d o cap it a l p r ó p r io 3 0 7 7 4 1 0 ( 1 0 4 1 6 9 9 ) 4 1 1 9 1 0 8

P ass iv o n ão co r r e n t e

P r o v i s õ es 1 8 4 5 3 0 ( 5 8 8 ) 1 8 5 1 1 8

F i n a n c i a m en to s o b ti d o s 6 9 7 1 6 0 0 6 1 1 3 4 5 6 3 6 0 2 5 5

R es p o n s a b i l i d a d es p o r b e n ef íc i o s p ó s -e m p r eg o 1 3 0 9 3 0 2 6 3 3 3 1 0 4 5 9 7

P a s s i v o s p o r i m p o s to s d i f er i d o s 1 8 8 8 9 7 ( 1 7 9 3 2 ) 2 0 6 8 2 9

A c i o n i s ta s / s ó c i o s - ( 2 8 0 7 8 ) 2 8 0 7 8

O u tr a s c o n ta s a p a g a r 1 2 4 4 1 8 ( 5 9 1 5 1 0 ) 7 1 5 9 2 8

O u tr o s p a s s i v o s f i n a n c ei r o s 9 6 8 6 - 9 6 8 6

D i f er i m en to s 2 5 1 8 0 9 3 1 2 4 9 6 7 2 3 9 3 1 2 6

P a s s i v o n ã o c o r r e n te 1 0 1 2 8 1 5 5 1 2 4 5 3 8 1 0 0 0 3 6 1 6

P ass iv o co r r e n t e

F o r n ec ed o r es 1 8 3 5 4 2 1 2 6 2 1 8 2 2 8 0

A d i a n ta m en to s d e C l i en tes 3 8 0 9 9 9 3 7 1 1

E s ta d o e o u tr o s en te s p ú b l i c o s 1 6 9 2 2 9 ( 7 1 9 ) 1 6 9 9 4 8

A c i o n i s ta s / s ó c i o s 1 8 1 8 -

F i n a n c i a m en to s o b ti d o s 1 6 9 0 8 0 8 1 1 2 0 4 6 1 5 7 8 7 6 2

O u tr a s c o n ta s a p a g a r 9 5 8 2 4 6 9 3 2 5 8 8 6 4 9 8 8

D i f er i m en to s 8 5 3 3 6 ( 2 1 6 8 0 7 ) 3 0 2 1 4 2

P a s s i v o c o r r en te 3 0 9 0 9 8 9 ( 1 0 8 4 4 ) 3 1 0 1 8 3 2

T o t a l d o p as s iv o 1 3 2 1 9 1 4 4 1 1 3 6 9 4 1 3 1 0 5 4 4 8

T o t a l d o cap it a l p r ó p r io e d o p as s iv o 1 6 2 9 6 5 5 3 ( 9 2 8 0 0 5 ) 1 7 2 2 4 5 5 7

3 1 - 1 2 - 2 0 0 9 A n te s

R e e x p re s s ã oR U B R IC A S3 1 - 1 2 - 2 0 0 9

Im p a c to R e e x p re s s ã o

/ R e c la s s if ic a ç ã o

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As reexpressões e reclassificadas nas quantias comparativas respeitam às seguintes situações principais:

• Capital

O capital subscrito e não realizado pelo Estado, no montante de 972 849 milhares de euros, foi até á

data registado como um ativo. Procedeu-se à reexpressão mediante a dedução ao capital escriturado do

valor não realizado, por se admitir que tal valor não cumpre a definição de ativo.

• Aplicação da IFRIC 12 e alteração da política contabilística para as atividades reguladas

Valores em Milhares Euros

RUBRICAS

Vendas e serviços pres tados 3 216 015 382 3 215 633

Subsídios à exploração 13 823 29 13 793

Ganhos e perdas imputados de as s ociadas 209 744 4 481 205 262

Dividendos de participações ao cus to e ao justo va l or 43 111 43 111 -

Variação nos inventários da produção (19 228) (5 018) (14 209)

Traba lhos para a própria entidade 47 946 42 312 5 633

Cus to das mercadorias vendidas e das matérias cons umidas (255 518) 2 032 (257 549)

Fornecimentos e s erviços externos (1 513 390) (8 172) (1 505 219)

Gastos com o pess oa l (812 588) (9 131) (803 457)

Ajustamentos de inventários (11 748) (31) (11 717)

Imparidade de dívidas a receber (10 343) 14 684 (25 027)

Provis ões (14 103) (515) (13 588)

Imparidade de investimentos não depreciáveis / amorti záveis (8 736) (16 497) 7 762

Aumentos / reduções de jus to valor 185 823 (2 413) 188 236

Outros rendimentos e ganhos 216 719 (123 094) 339 814

Outros gastos e perdas (71 529) 9 928 (81 457)

Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 1 215 998 (47 912) 1 263 910

Gastos/reversões de depreciação e de amortização (444 025) 18 965 (462 989)

Imparidade de investimentos depreciáveis / amorti zá veis (237) 100 (337)

Subsídios ao inves timento 72 494 (11 927) 84 421

Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) 844 230 (40 775) 885 004

Juros e rendimentos s imi lares obtidos 59 096 55 653 3 443

Juros e gastos s imi la res s uportados (301 905) (15 883) (286 022)

Resultado antes de impostos 601 422 (1 004) 602 426

Impos to s obre o rendimento do período (56 277) 2 574 (58 851)

Resultado líquido do período das actividades em continuação 545 145 1 570 543 575

Res ul tado das actividades des continuadas (l íquido de impostos)

incluído no res ultado l íquido do período

14 159 - 14 159

Resultado líquido do período 559 304 1 570 557 734

Res ul tado l íquido dos Interes ses minori tários 52 980 1 889 51 091

Resultado líquido dos detentores do capital da empresa-mãe 506 324 (319) 506 643

Res ul tado bás ico e di luído por acção (euros ) 1,27 1,27

2009Impacto Reexpressão

/ Reclassificação

2009 Antes

Reexpressão

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54

Grupo AdP:

Na sequência da alteração do entendimento quanto ao tratamento das participações financeiras nas

empresas concessionárias com atividade regulada e rendimento garantido, a Administração do Grupo

Águas de Portugal incluiu, a partir de 1 de Janeiro de 2009, no seu perímetro de consolidação todas as

empresas concessionárias do universo UNA-PD (água) e UNR (resíduos), cuja atividade é regulada, tendo

sido reexpressos todos os valores de Dezembro de 2009.

Grupo ANA:

Foram reexpressas e reclassificadas quantias comparativas, na sequência da adoção da IFRIC 12 –

Contratos de Concessão. No exercício de 2009, foram estimados e registados os impactos da adoção da

IFRIC 12, de modo a seguir a opção efetuada pela PARPÚBLICA no sentido de adotar antecipadamente

aquela interpretação. No entanto, face à informação disponível e trabalhada até à data do fecho de

contas daquele exercício, apenas foram considerados os impactos em termos de ajustamentos à

apresentação de balanço, não tendo sido estimado qualquer impacto em capital próprio. As

reexpressões e reclassificações agora efetuadas resultam das conclusões finais do trabalho desenvolvido

para a aplicação da IFRIC 12.

a) Em termos estimados, todos os bens dominiais adquiridos, patrimoniais e em curso da ANAM

foram considerados como bens da concessão e, como tal, ajustados para o ativo intangível. No

entanto, após a avaliação detalhada dos mesmos, foi decidida a exclusão de alguns ativos dada a

sua reduzida necessidade para a prossecução do objeto da concessão:

– Equipamento básico que se refere exclusivamente a equipamentos afetos aos serviços

centrais;

– Equipamento de transporte referente a viaturas não afetas às atividades aeroportuárias;

– Ferramentas e utensílios que se tratam de equipamentos de reduzida especificidade técnica

e elevada rotação.

b) À valorização inicial do ativo intangível, foram ajustados os valores referentes aos bens excluídos

da concessão, bem como os valores provenientes do recálculo da amortização pelo período da

concessão. Os subsídios reexpressos nos diferimentos do passivo resultam do ativo intangível ter

sido valorizado líquido desses mesmos subsídios. O direito de concessão apresentado no ativo

como um ativo intangível encontra-se valorizado pelo valor efetivamente pago pela

concessionária.

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55

c) Sobre os impactos assumidos no capital próprio foram apurados os correspondentes impostos

diferidos.

• Correções de outras situações

Foram detetados erros na INCM no cálculo das amortizações resultante do impacto da valorização dos

ativos fixos tangíveis na data da transição.

Procedeu-se igualmente ao reconhecimento das responsabilidades com benefícios pós-emprego que a

INCM, relativamente ao pessoal da Função Pública abrangido pelo regime da ADSE/CGA e da Segurança

Social/CNP (25.403 milhares de euros), dado que existe a obrigação presente resultante de

acontecimento passado (acordo sobre o plano de cuidados de saúde) para cuja liquidação se espera a

saída de recursos económicos da empresa.

Procedeu-se a ajustamentos nos impostos diferidos decorrente da utilização do modelo do justo valor

na mensuração dos ativos biológicos animais.

Os ativos da EPAL foram alvo de um estudo das suas vidas úteis (equipamento básico) em 2010, tendo-

se concluído pela existência de um erro aquando da transição do Grupo Parpública para as IFRS.

O goodwill da AdP e da Companhia das Lezírias foi reexpresso por se ter detetado erros no seu

apuramento na data da transição, na qual foi adotada a opção de não aplicação retrospetiva da IFRS 3.

Foram reconhecidas diferenças temporárias na Companhia das Lezírias, para as quais não estavam a ser

considerados os correspondentes impostos diferidos.

O montado de sobro existente nas propriedades classificadas como propriedades de investimento tinha

vindo a ser indevidamente considerado nas avaliações das propriedades de investimento. Esta situação

conduziu a um ajustamento não apenas nas propriedades de investimento mas também nos passivos

por impostos diferidos e no capital próprio.

Procedeu-se à diminuição do goodwill da participada EDP, relativa à parte correspondente à alienação

no decurso de 2009, diminuição essa que não tinha sido realizada.

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Efetuou-se correções relativas à Baia do Tejo, por via de imparidades registadas nos ativos fixos

tangíveis e nas propriedades de investimento com reporte a 1 de Janeiro de 2009 e de correções em

fichas de ativos fixos tangíveis. Estas correções tiveram impacto ao nível dos ativos e passivos por

impostos diferidos e do resultado líquido de 2009.

• Reclassificações

Foram realizadas reclassificações entre contas, por se ter criado novas rubricas no balanço e na

demonstração dos resultados e por incorreções detetadas.

4. Fluxos de caixa

A construção da demonstração consolidada dos fluxos de caixa obedeceu às disposições da IAS 7.

Os fluxos de caixa relativos à atividade operacional respeitam essencialmente ao segmento das

atividades aeronáuticas, com os recebimentos de clientes com uma proporção de 74% (2009: 73%)

sobre o total. Nos pagamentos a fornecedores e ao pessoal este segmento tem um peso de 68% (2009:

82%) e 78% (2009: 75%), respetivamente.

As atividades de financiamento e de investimento respeitam essencialmente a operações da

PARPÚBLICA, do Grupo SAGESTAMO e do Grupo AdP.

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5. Ativos fixos tangíveis

Te rre nos e

re curs os

na tura is

Ed ifíc io s e

o utra s

co ns truçõe s

Equ ip . bá s icoEquip . de

tra ns po rte

Fe rra m . e

ute ns í l io s

Equip .

a d m in is t .

Outra s

im ob il i z.

corpó re a s

Im o bil i z. e m

cu rs o

Adia n ta m e ntos

po r conta s de

im o bil i za çõe s

corpó re a s

Total

A tivo Bruto

Sa ldo in ic ia l 3 1 2 8 8 9 1 5 9 1 7 8 9 3 6 0 0 7 9 5 4 5 1 6 7 2 5 7 9 2 1 8 1 9 4 4 1 3 7 6 9 7 1 3 7 8 8 1 2 9 4 7 5 6 0 6 3 4 2 9

Ad içõe s 7 7 4 9 5 0 6 7 2 7 9 4 8 9 9 5 1 2 0 6 4 2 0 3 8 2 5 1 9 4 3 1 7 4 0 4 3 2 4 6 3 5 3

P e rda s Im pa rida d e re conhe c id a s (5 2 1 1 ) - - - - - - - - (5 2 1 1 )

P e rda s Im pa rida d e re ve rt id a s 9 2 4 - - - - - - - - 9 2 4

Re va lo riza çõ e s - 1 7 3 7 1 0 2 6 - 4 9 4 - - - 2 8 6 1

Al ie na çõe s (1 5 6 4 ) (1 8 8 2 ) (2 0 9 6 8 ) (1 2 5 0 ) (6 ) (6 6 8 ) (1 6 ) - - (2 6 3 5 4 )

Outra s Tra ns fe rê nc ia s / a ba te s (6 1 1 7 ) 6 4 5 2 1 4 9 4 8 2 (2 0 9 9 ) (4 3 1 7 ) (2 1 0 4 4 ) (2 6 4 0 ) (1 4 9 8 5 4 ) (1 8 6 3 6 ) (9 0 7 0 5 )

D ife re nça s Câ m bio 2 7 1 2 6 5 1 9 3 9 6 (1 8 5 ) 9 7 4 5 7 3 5 (1 3 ) 1 3 3 0 - 2 7 7 7 3

Sa ldo fin a l 3 0 8 9 4 1 1 6 6 1 4 9 8 3 6 7 7 6 7 8 4 2 6 2 8 2 3 6 5 3 1 7 0 2 6 4 1 3 5 8 5 3 1 8 3 6 7 4 1 4 8 8 2 6 2 1 9 0 7 1

De p re c iaç õe s A c um u lad as

Sa ldo In ic ia l 4 7 4 7 8 1 6 0 0 1 7 7 8 6 9 0 3 6 2 4 1 1 6 8 8 6 1 4 9 8 2 2 4 5 3 4 7 - - 2 8 0 9 0 6 1

Ad içõe s 1 2 9 4 6 4 1 3 1 8 4 1 6 0 3 1 0 6 1 3 2 7 1 2 4 2 6 5 6 2 1 - - 2 5 3 1 8 2

Al ie na çõe s - (1 2 5 6 ) (1 8 7 4 3 ) (8 2 6 ) (3 ) (6 4 1 ) (1 6 ) - - (2 1 4 8 4 )

Outra s Tra ns fe rê nc ia s / a ba te s (1 6 0 ) (6 9 4 9 ) 1 9 5 7 (6 4 5 9 ) (2 1 8 6 ) (2 0 5 0 3 ) (1 6 4 5 ) - - (3 5 9 4 4 )

D ife re nça s Câ m bio - 8 4 5 5 8 9 (1 5 4 ) 3 6 7 5 6 5 8 (1 2 ) - - 1 1 5 3 2

Sa ldo fin a l 4 4 4 8 1 9 8 9 1 1 9 5 1 6 5 4 3 1 9 0 8 1 6 3 9 2 1 4 6 7 6 3 4 9 2 9 5 - - 3 0 1 6 3 4 7

V alo r L iquido 3 0 8 4 9 8 8 4 1 6 0 6 1 7 2 6 0 2 4 1 0 7 1 9 7 2 6 2 2 3 5 0 1 8 6 5 5 8 1 8 3 6 7 4 1 4 8 8 2 3 2 0 2 7 2 4

Pe rdas de Im p aridad e A c um u lad as

Sa ldo In ic ia l 1 7 0 1 1 - - - - - - - - 1 7 0 1 1

P e rda s Im pa rida d e re conhe c id a s 4 2 1 1 - - - - - - - - 4 2 1 1

P e rda s Im pa rida d e re ve rt id a s (9 2 4 ) - - - - - - - - (9 2 4 )

Sa ldo fin a l 2 0 2 9 8 - - - - - - - - 2 0 2 9 8

3 1 -1 2 -2 0 0 9

A tivo s fixos tangíve is

Terrenos e

recurs os

natura is

Edifícios e

outras

construções

Equip. bás icoEquip. de

transporte

Ferram. e

utens ílios

Equip.

administ.

Outras

imobiliz.

corpóreas

Imobiliz. em

curso

Adiantamentos

por contas de

imobilizações

corpórea s

Total

Ativo Bruto

Sa ldo inicia l (fina l de n-1) 320 745 1 635 453 3 690 635 42 478 36 661 165 410 122 923 184 124 17 183 6 215 612

Reexpressões 8 494 26 045 (12 957) 149 (13 008) 4 854 12 930 (451) (2 300) 23 757

Notas

Sa ldo inicia l 308 941 1 661 498 3 677 678 42 627 23 653 170 264 135 853 183 674 14 883 6 219 071

Variação do perímetro de consolida ção - (0) (1 352) (784) - (604) (32) 5 - (2 767)

Adições (121) 2 436 15 712 1 528 2 248 3 451 1 842 159 420 1 866 188 382

Tra nsferência de e pa ra "Detidos pa ra

Venda" e "Disponíveis para Venda

(288) (1 345) - - - - - - - (1 633)

Perdas Imparidade reconhecidas (5 592) (14 789) - - - - - - - (20 381)

Reva lorizações (500) (440) - - - - - - - (940)

Alienações (753) (489) (949) (668) (2) (216) (21) - - (3 098)

Outras Transferências/ abates (173) 68 587 13 777 (299) 8 408 (245) 7 514 (142 284) (1 142) (45 857)

Diferenças Câmbio 159 255 2 727 12 1 147 2 200 - 238 - 6 738

Sa ldo fina l 301 674 1 715 713 3 707 593 42 416 35 454 174 850 145 156 201 053 15 607 6 339 515

Depreciações Acumuladas

Sa ldo inicia l 444 819 892 1 951 654 31 909 16 392 146 764 49 295 - - 3 016 347

Variação do perímetro de consolida ção - (0) (237) (645) - (408) - (23) - (1 313)

Adições 21 44 331 190 212 3 299 1 201 8 405 5 937 - - 253 406

Tra nsferência de e pa ra "Detidos pa ra

Venda" e "Disponíveis para Venda

- (312) - - - - - - - (312)

Perdas Imparidade reconhecidas - (2 645) - - - - 1 292 - - (1 353)

Perdas Imparidade revertidas - 138 48 - - - - - - 186

Alienações - (80) (886) (625) (3) (181) (17) - - (1 791)

Outras Transferências/ abates (15) 3 073 (25 410) (176) 2 840 (2 049) 5 964 - - (15 772)

Diferenças Câmbio - 71 2 034 10 274 1 840 0 - - 4 229

Sa ldo fina l 450 864 468 2 117 416 33 772 20 704 154 370 62 472 (23) - 3 253 629

Valor Liquido 301 224 851 244 1 590 177 8 644 14 750 20 480 82 683 201 076 15 607 3 085 887

Perdas de Imparidade Acumuladas

Sa ldo inicia l 20 298 - - - - - - - - 20 298

Perdas Imparidade reconhecida s 5 592 14 789 - - - - - - - 20 381

Sa ldo fina l 25 889 14 789 - - - - - - - 40 678

31-12-2010

Ativos fixos tangíveis

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Os terrenos e edifícios a 31 de Dezembro de 2010 incluem:

• 571 milhões de euros (2009: 556 milhões de euros) relativos a terrenos utilizados na atividade

aeroportuária e edifícios e outras construções implantadas nesses terrenos, nomeadamente,

pistas, placas de estacionamento e vias de circulação;

• 252 milhões de euros (2009: 233 milhões de euros) relativos a infraestruturas de produção,

transporte e distribuição de água;

• 170 milhões de euros (2009: 176 milhões de euros) essencialmente relativos aos terrenos e

edifícios do reduto TAP no aeroporto de Lisboa.

A Câmara Municipal de Lisboa interpôs, em exercícios anteriores, no Supremo Tribunal Administrativo,

um recurso que se encontra pendente da decisão do Governo Português, consubstanciado no Decreto-

Lei n.º 351/89, de 13 de Outubro, ao abrigo do qual se processou a transferência para a propriedade do

Grupo TAP dos terrenos, edifícios e outras construções utilizados pela Empresa, e localizados junto do

Aeroporto de Lisboa, desafetando-os do domínio público. Paralelamente, foi colocada uma ação cível

cuja tramitação depende do desfecho do processo atrás referido. É entendimento do Grupo TAP que do

desfecho destes processos judiciais não resultarão impatos materiais para a Empresa.

As perdas por imparidade reconhecidas em 2010 respeitam a terrenos e edifícios afetos ao Circuito do

Estoril (vide nota 42).

O equipamento básico inclui essencialmente:

• 863 milhões de euros (2009: 989 milhões de euros) de equipamento de voo, dos quais 607

milhões de euros (2009: 657 milhões de euros) em regime de locação financeira; e

• 550 milhões de euros (2009: 621 milhões de euros) respeitante a equipamento de produção,

transporte e distribuição de água.

• 168 milhões de euros (2009: 161 milhões de euros) de equipamento afeto à ANA.

Em 31 de Dezembro de 2010, a frota aérea do Grupo TAP é composta por quatro Aviões Airbus A340,

um avião Airbus A310 (a 31 de Dezembro de 2010 este avião não se encontrava afeto à operação), doze

aviões Airbus A330, dezanove aviões Airbus A319, dezassete aviões Airbus A320, três aviões Airbus

A321, 6 aviões Fokker 100 e oito aviões Embraer. Desta frota apenas quatro aviões Airbus A340, três

aviões Airbus A330 e três aviões Airbus A319, não se encontram em regime de locação financeira.

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Adicionalmente, importa salientar que o Grupo TAP operava em 31 de Dezembro de 2010, em regime

de locação operacional, quatro aviões Airbus A319, doze aviões Airbus A320, um avião Airbus A321 e um

avião Airbus A330 e um avião Airbus A310, não reconhecidos no ativo.

O aumento da rubrica equipamento básico refere-se essencialmente a aquisição, pela TAP, de três

reatores B737/300 usados, no montante de 3 558 milhares de euros, de sobressalentes em cerca de

3 215 milhares de euros e de diversos equipamentos no montante de cerca de 4 521 milhares de euros.

As alienações de equipamento básico referem-se, essencialmente, à alienação pela TAP, de

sobresselentes no montante de 933 milhares de euros.

O montante líquido de transferências e abates de equipamento básico, inclui:

• Equipamentos da TAP transferidos para inventários por estarem disponíveis para venda, no

montante de 10 294 milhares de euros negativos;

• Entrada em exploração de equipamentos da ANA, no montante de 40 082 milhares de euros

positivos;

• Transferência de ativos no montante de 8 860 milhares de euros positivos, maioritariamente

afetos à EPAL.

Na rubrica de imobilizações em curso salienta-se as adições realizadas pela AdP no montante de 30

milhões de euros, bem como as adições verificadas na empresa ANA, no montante de cerca de

122 milhões de euros, que respeitam essencialmente ao Plano de Expansão do Aeroporto de Lisboa.

A redução desta rubrica inclui o montante de cerca de 54 milhões de euros advém do Grupo AdP,

correspondendo essencialmente, à conclusão, no decurso do exercício de 2010, de parte das obras

relacionadas com os projetos da Estação Elevatória dos Olivais, ampliação do adutor de Castelo de Bode,

reabilitação do reservatório de Vila Franca de Xira e a diversos processos de titularidade de terrenos.

No que respeita aos investimentos do Grupo ANA que entraram em exploração no exercício de 2010,

destacam-se também os relativos ao Plano de Expansão do Aeroporto de Lisboa, no montante de 65,7

milhões de euros.

O montante de equipamento administrativo advém maioritariamente da ANA (9,8 milhões de euros), do

Grupo TAP (5 milhões de euros) e do Grupo AdP (4,5 milhões de euros).

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A rubrica de outras imobilizações corpóreas inclui essencialmente: (i) 67 438 milhares de euros de

material circulante em operação no Eixo Ferroviário Norte-Sul respeitante à Sagesecur; (ii) 8 653

milhares de euros referentes à INCM; e (iii) 3 506 milhares de euros do Grupo AdP.

A rubrica de adiantamentos por conta de imobilizações corpóreas refere-se, essencialmente, a: (i)

adiantamentos efetuados para a aquisição futura de aeronaves por parte da TAP (6 802 milhares de

euros); (ii) adiantamentos efetuados pela empresa Lazer e Floresta, relacionados com a aquisição de

propriedades, aguardando-se a efetivação da escritura (5 951 milhares de euros); e (iii) adiantamentos

para aquisição de peças de reserva, adquirido pela SAGESECUR em estado de uso em 30 de Junho de

2006 à FERTAGUS e de imediato alugado a esta empresa (1 264 milhares de euros).

O saldo inicial da perda por imparidade acumulada está na totalidade relacionado com ativos da

Companhia das Lezírias.

6. Propriedades de investimento

As principais tipologias de propriedades de investimento em 31 de Dezembro de 2010 e 31 de

Dezembro de 2009 são ativos imobilizados arrendados ou passíveis de serem arrendados. Tiveram a

seguinte variação a 31 de Dezembro de 2010:

Propriedades de InvestimentoAo Justo

ValorAo custo

Ao Justo

ValorAo custo

Saldo inicial 458 851 1 262 530 252 1 263

Ajustamentos de Justo Va lor - ganhos e perdas l íquidos 6 187 (6 896)

Aumentos - aquis ições 271 - 2 152 -

Trans f. para e de inventários e propr. ocupada pelo dono 390 - (68 195) -

Trans ferências para ativos tangíveis (971) - - -

Depreciações - (1) - (1)

Outras variações 1 199 1 320 1 538 -

Saldo final 465 928 2 581 458 851 1 262

Total 468 509 460 113

31-12-2010 31-12-2009

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61

As propriedades de investimento respeitam às seguintes entidades:

A metodologia utilizada para apuramento do justo valor assentou no valor de mercado dos imóveis, com

base em avaliações efetuadas por peritos independentes com referência a 31 de Dezembro de 2010.

O principal critério utilizado para distinguir propriedades de investimento de propriedades detidas para

venda no curso ordinário dos negócios provém do arrendamento.

Os ajustamentos positivos de justo valor incluem:

• 3 189 milhares de euros referentes a imóveis em carteira, detidos pelo Fundo II Estamo; e

• 3 121 milhares de euros relativos a propriedades da Lazer e Floresta.

Os métodos significativos aplicados na determinação do justo valor de propriedades de investimentos

são descritos de seguida:

• Método de Comparação de Mercado - Consiste em relacionar o valor de um imóvel, com os

dados de mercado relativos à transação recente de propriedades na mesma área de localização,

cujas características sejam comparáveis ou semelhantes.

• Método do Custo - Considera-se o somatório dos custos necessários para reproduzir uma

propriedade com as mesmas características e materiais da avaliada, de acordo com os preços

vigentes no mercado.

• Método do Rendimento - Trata-se de um método indireto, comum na aferição do valor de

mercado de ativos suscetíveis de gerar rendimento em função da utilização para a qual estarão

mais vocacionados. O valor do imóvel é equivalente ao investimento necessário para obter o

Propriedades de Inv estim ento por entidade 31-12-2010 31-12-2009

G ru p o S A G E S T A M O 180 799 181 184

G ru p o B a ía d o T e jo 131 646 131 769

Co m p a n h i a d a s Le z íri a s 62 865 62 778

F u n d o I I Es ta m o 48 009 44 820

La ze r & F l o re s ta 41 238 37 013

E N V C 84 -

G ru p o A d P 1 261 1 262

G ru p o T A P 2 607 1 287

Tota l 468 509 460 113

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rendimento real gerado pela exploração do negócio, e é calculado através da capitalização desse

rendimento por uma taxa “yield” (binómio Risco/Rendimento associado ao investimento)

adequada às características do imóvel e ao nível de risco do investimento imobiliário.

• Método do Valor Residual - Este método baseia-se no princípio da máxima e melhor utilização de

um terreno urbano, segundo as premissas aprovadas pelas entidades com jurisdição sobre o

imóvel e considerando que o mesmo se encontra expectante, isto é livre de construções,

salvaguardas e compromissos urbanísticos de carácter público. O valor do solo urbano

determina-se deduzindo ao conjunto das receitas potencialmente geradas pelo empreendimento

(apuradas através do Método de Comparação de Mercado e/ou do Rendimento), os custos

necessários à execução física do edificado, infraestruturas e obras de urbanização, bem como os

custos indiretos afetos, como projetos, taxas, encargos de gestão, fiscalização, promoção e

comercialização (obtidos através do Método dos Custos). Tendo em atenção o carácter temporal

de desenvolvimento do empreendimento o estudo da rentabilidade global decorre de uma

análise de fluxos de caixa (cash-flow), sendo utilizada uma taxa de atualização correspondente à

rentabilidade mínima exigida pelo investidor/promotor.

Os principais pressupostos assumidos pelo Grupo PARPÚBLICA na utilização do Método do Valor

Residual e do Método do Rendimento, encontram-se abaixo resumidos:

Taxas de atualização por

método/Subsidiária

Método do Rendimento Método do Valor Residual

Grupo SAGESTAMO Entre 6,5% e 9,75%. Entre 7,0% e 10,9%

Grupo Baia do Tejo Entre 7% a 11% 4,4%

Companhia das Lezírias 3,92% 5%

Fundo II Estamo n.a. 10%

Lazer & Floresta n.a. 5,25%

ENVC n.a. n.a.

Grupo AdP n.a. n.a.

Grupo TAP n.a. n.a.

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7. Goodwill

As outras variações incluem o montante de 6 583 milhares de euros referente à variação cambial do

goodwill da Aero-LB que se encontra denominado em Reais ( 124 880 960 BRL).

Para efeitos de testes de imparidade, o valor recuperável das unidades geradoras de caixa (UGCs)

Reaching Force, AERO LB e PORTUGÁLIA é determinado com base no valor em uso, de acordo com o

método dos fluxos de caixa descontados. Os cálculos baseiam-se no desempenho histórico e nas

expectativas de desenvolvimento do negócio com a atual estrutura produtiva, sendo por norma

utilizado o orçamento para o ano seguinte e uma estimativa dos fluxos de caixa para um período

subsequente de 4 anos.

No caso da unidade de negócio da TAP Manutenção e Engenharia Brasil, S.A. foi utilizado um orçamento

para o ano seguinte e uma estimativa para o período subsequente de 9 anos que incorporou

nomeadamente a recuperação dos prejuízos fiscais existentes na estimativa de fluxos de caixa.

Em resultado dos testes de imparidade efetuados às diferentes UGCs, não foram identificadas perdas

por imparidade no goodwill. Os principais pressupostos utilizados para efeitos de testes de imparidade

foram os seguintes, tendo em conta o país em que se inserem cada uma das UGCs:

GoodwillSa ldo

Inicial

Perdas de

imparidad

Outras

Variações

Sa ldo

Fina l

Sa ldo

Inicia lAumentos

Perdas de

imparidade

Outras

Variações Sa ldo Final

Reaching Force 91 605 - - 91 605 91 605 - - - 91 605

Aero -LB 49 728 - 6 583 56 311 38 501 - - 11 227 49 728

PORTUGÁLIA / Ges ti serv 63 099 - - 63 099 63 099 - - - 63 099

AdP 95 005 - - 95 005 95 005 - - - 95 005

Va lorsul 3 307 - - 3 307 3 307 - - - 3 307

Algar 130 - - 130 130 - - - 130

Aquasis 210 - - 210 210 - - - 210

ANA 15 850 - - 15 850 15 850 - - - 15 850

NAER - Novo Aeroporto 690 - - 690 690 - - - 690

Portway Handl ing de Portuga l 1 430 - - 1 430 1 430 - - - 1 430

Lazer e Flores ta, S.A. 4 515 (4 515) - - 4 515 - - - 4 515

Companhia das Lezírias , S.A. 318 (318) - - 318 - - - 318

SNES-ES 91 - - 91 91 - - - 91

PIS - Parque Indus trial do Seixal - - - - 3 - - (3) -

SPE (0) - - - - 18 426 (18 426) - -

325 978 (4 833) 6 583 327 728 314 754 18 426 (18 426) 11 224 325 978

31-12-200931-12-2010

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31 -12-2010 Portugal Brasil

Taxa de Desconto 8,90% 14,50%

CAGR da receita * 0,00% 13,20%

Crescimento da perpetuidade 0,00% 4,00%

Taxa de Imposto 26,50% 34,00%

31 -12-2009 Portugal Brasil

Taxa de Desconto 8,08% 12,00%

Crescimento da perpetuidade 0,00% 0,00%

Taxa de Imposto 26,50% 34,00%

* Compound Annual Groowth Rate da receita – taxa de crescimento ano após ano de um

investimento durante um determinado período de tempo

Os testes de imparidade realizados em 2010 sustentam a recuperabilidade da quantia escriturada das

referidas unidades geradoras de caixa. Em 31 de Dezembro de 2010, o valor contabilístico da unidade do

transporte aéreo ascende a 110 257 milhares de Euros, sendo que o valor contabilístico da unidade de

Manutenção do Brasil é negativo em 118 707 milhares de Euros.

O teste ao goodwill da AdP foi baseado numa avaliação realizada com a metodologia sum-of-the-parts,

com os seguintes principais pressupostos:

• Sistemas municipais de água e saneamento e tratamento e valorização de resíduos sólidos

urbanos: o apuramento do valor teve por base os contratos de concessão em que se pressupõe

a rentabilidade fixa garantida aos acionistas (aplicação, ao capital social e reserva legal de uma

taxa indexante acrescida de 3 pontos percentuais a título de prémio de risco). Foi apurado um

intervalo de valor para o conjunto das entidades com concessões, tendo por base três cenários

de taxa de desconto compreendidos nos intervalos de 0,25% a 1,25% de spread acima da taxa

de juro sem risco.

• EPAL: a avaliação foi realizada na ótica do rendimento, considerando-se uma taxa de atualização

entre 7,2>% e 7,7% e uma taxa de crescimento real em perpetuidade variando entre 0,25% e

0,75%.

A avaliação demonstrou que os valores excedem largamente a quantia escriturada dos ativos, incluindo

o goodwill.

Relativamente ao goodwill da Valorsul, Algar e Aquasis, tendo em conta as premissas dos respetivos

contratos de concessão, o valor recuperável corresponde ao valor de uso e este, por sua vez,

corresponde à remuneração garantida (dividendo) em cada um dos anos ao longo do prazo da

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concessão. Os contratos de concessão são tendencialmente sem risco, com remuneração garantida

equivalente à taxa de juro sem risco que corresponde ao yield das obrigações de tesouro a 10 anos

(5,42% em 2010) acrescidas de um spread de 3% definido contratualmente. Caso a remuneração

garantida não seja atingida a concessionaria efetuará os necessários reequilíbrios económicos e

financeiros para atingir a remuneração contratualmente definida. Esta remuneração (paga sob a forma

de dividendo; cash-flow gerado) é de valor consideravelmente superior ao valor da unidade geradora de

caixa (neste caso, a empresa concessionária) mais o valor do goodwill.

No que se refere à Companhia das Lezírias, os ativos são essencialmente constituídos por ativos

biológicos mensurados pelo justo valor e por inventários originados em produção agrícola também

mensurada pelo justo valor, pelo que se considera que o valor de uso corresponde ao capital próprio

contabilístico, tendo-se procedido ao reconhecimento da imparidade do goodwill associada a esta UGC.

Relativamente à Lazer e Floresta, os ativos são constituídos por terrenos, classificados como

propriedades de investimento e ativos fixos tangíveis, e por ativos biológicos. Apenas os ativos fixos

tangíveis sem imparidade não estão mensurados tendo por referência o valor das suas avaliações,

indicando estas que o valor total que ultrapasse ligeiramente o custo. Vista a natureza e mensuração

dos ativos, pode considerar-se que o valor substancial líquido e o justo valor menos os custos de vender

correspondam sensivelmente ao capital próprio contabilístico da Empresa, pelo que se procedeu ao

reconhecimento da imparidade do goodwill associada a esta UGC.

Na determinação da quantia recuperável da ANA foram tidos em conta os dividendos, a taxa de

distribuição e a taxa de crescimento pela retenção de resultados nos níveis médios dos últimos anos. Foi

considerado o cenário simplificado de continuidade nas variáveis, sendo-lhes atribuídos valores

correspondentes à média dos últimos anos:

• Dividendo por ação (D1) = 0,61€

• Taxa de rendibilidade (ke) = 12,2%

• Taxa de crescimento por retenção de dividendos (g) = 6,6%

O goodwill apurado com referência à NAER, resultou da participação da ANA no aumento de capital de

14 milhões de euros, em Dezembro de 2007, tendo subscrito, para além da parte correspondente à sua

percentagem de participação (80%), a parte correspondente à participação do Estado (10%). Para efeito

de realização do teste de imparidade, a NAER é adicionada à unidade geradora de fluxos de caixa do

sistema de aeroportos da ANA.

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O goodwill apurado com referência à Portway foi gerado em Janeiro de 2006, altura em que a ANA

adquiriu a totalidade da participação que a Fraport detinha naquela empresa, ficando assim como seu

único acionista. A participação de capital adquirida, 40%, foi avaliada em 2 704 milhares de euros, valor

entregue em numerário pela ANA.

Na realização do teste de imparidade a este goodwill foi determinado o valor da Portway com base na

atualização dos cash flows livres do plano de negócios da Empresa (5 anos). Para o cálculo do valor atual

dos ativos da Portway, a série de cash flows livres que se espera que os ativos tenham capacidade de

gerar foi descontada ao custo de oportunidade do capital, que para o efeito foi de 7,5%.

8. Ativos intangíveis

Os ativos intangíveis advêm maioritariamente do Grupo AdP, sendo que 4,6 mil milhões de euros (2009:

4 mil milhões de euros) correspondem a direitos de utilização de infraestruturas (IFRIC 12) das unidades

de negócios UNA-PD (águas) e UNR (resíduos).

Os ativo intangíveis provenientes da ANA totalizam o montante de 191 902 milhares de euros (2009:

195 397 milhares de euros) referentes a:

• Direito de concessão que traduz o ativo “trocado” pelo investimento efetuado pela ANAM, SA

em ativos integrados no estabelecimento da concessão, de acordo com os princípios da IFRIC 12

– Acordos de concessão de serviço. O contrato de concessão da ANAM, SA tem por objeto a

“concessão do direito de promover e executar as obras de ampliação do Aeroporto de Santa

Com vida

uti l

indefinida

Com vida uti l

fini ta

Tota l Com vida

uti l

indefinida

Com vida uti l

finita

Tota l

VALORES LÍQUIDOS

Saldo inicia l 3 4 210 358 4 210 361 308 3 883 130 3 883 438

Adições - 568 128 568 128 3 539 840 539 843

Al ienações - - - - (1 894) (1 894)

Outras Trans ferências/ abates - 111 513 111 513 (308) 4 327 4 019

Amortizações - Operações em Continuação - (94 904) (94 904) - (215 045) (215 045)

Sa ldo fina l 3 4 764 831 4 764 834 3 4 210 358 4 210 362

Ativos intangíveis

Ativos fi xos intangívei s

31-12-2010 31-12-2009

Ativos fi xos intangívei s

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Catarina e de desenvolvimento das infraestruturas aeroportuárias, bem como o planeamento e a

exploração do serviço público de apoio à aviação civil na Região Autónoma da Madeira”; e

• Dispêndios com software afeto à ANAM, SA.

Está ainda incluído o montante de 1 447 milhares de euros provenientes do Grupo TAP (2009: 2 115

milhares de euros), referentes à licença válida durante um período de 10 anos, concedida pela CFM

Internacional, S.A. (CFMI), que garante a possibilidade ao Grupo de prestar a terceiros informação e

suporte técnicos relacionados com reatores que a Empresa não opera atualmente. Esta licença é

amortizada em quotas constantes durante aquele período.

As adições advêm essencialmente do Grupo AdP (567 568 milhares de euros), bem como as outras

transferências / abates (109 345 milhares de euros) e as amortizações (-87 491 milhares de euros), em

resultado do contínuo volume de investimento efetuado pelas diversas empresas do Grupo AdP,

durante o ano de 2010.

9. Ativos biológicos

Ativos biológicos não correntes Saldo inicial

Aumentos

derivados

de

aquisições

Diminuições

devidas a

colheitas

Variações por

alterações no JV

menos custos

estimados no ponto

de venda

Alienações DepreciaçõesOutras

variações Saldo final

ATIVOS - Registados ao JV

Flores ta - - - - - - -

Pinhal 10 921 - (556) (351) (207) 564 10 372

Euca l iptal 11 146 - - (36) (432) (219) 10 459

Montado de sobro - - - - - - -

Bovinos reprodutores 1 016 - - (102) - - 914

-

23 083 - (556) (489) (639) - 21 744

ATIVOS - Registados ao Custo

Ol ival 180 - - - (10) - 170

Vinha 807 389 - - (32) - 1 164

Outros - 32 - - - - 32

-

987 421 - - - (42) - 1 365

Total 24 070 421 (556) (489) (639) (42) - 23 109

31-12-2010

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Ativos biológicos correntes Saldo inicial

Aumentos

derivados

de

aquisições

Diminuições

devidas a

colheitas

Variações por

alterações no JV

menos custos

estimados no ponto

Alienações DepreciaçõesOutras

variações Saldo final

ATIVOS - Registados ao JV

Flores ta - - - - - - -

Pinhal 1 364 - - - - (564) 800

Euca l iptal 774 - - - - 226 1 000

Bovinos reprodutores 851 - - 82 - - 933

-

2 990 - - 82 - - (339) 2 733

Total 2 990 - - 82 - - (339) 2 733

31-12-2010

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Considerando as atividades desenvolvidas pelo Grupo PARPÚBLICA, distinguem-se como principais

ativos biológicos a floresta (sobretudo pinhal, eucaliptal e montado de sobro), olival e vinha e ainda

animais de trabalho e bovinos reprodutores.

A floresta encontra-se registada ao justo valor calculado através do método do valor atual dos cash flow

descontados conforme previsto na IAS 41. A área afeta é: (i) de Pinheiro e outras resinosas, 3 709

Hectares (2009: 3 027 Hectares); (ii) de Eucalipto, 8 880 Hectares (2009: 9 461 Hectares); e (iii) de

Sobreiros, 8 759 Hectares (2009: 9 269 Hectares). Em virtude do montado de sobro ser um ativo sujeito

a regime condicionante, o mesmo encontra-se classificado como um ativo fixo tangível.

Ativos biológicos não correntes Saldo inicial

Aumentos

derivados

de

aquisições

Diminuições

devidas a

colheitas

Variações do

exercício derivadas

de alterações no JV

menos custos

estimados no ponto

de venda

Alienações DepreciaçõesOutras

variações Saldo final

ATIVOS - Registados ao JV

Flores ta - - - - - - -

Pinhal 14 185 - (2 450) 48 (42) (819) 10 921

Euca l iptal 11 278 - (392) 1 649 (552) (837) 11 146

Montado de sobro - - - - - - -

Bovinos reprodutores 821 - - - - 195 1 016

26 284 - (2 843) 1 697 (594) - (1 461) 23 083

ATIVOS - Registados ao Custo

Ol ival 205 6 - - (3) (27) 180

Vinha 775 36 - - (32) 27 807

Animais de traba lho (0) 5 - - (5) - (0)

-

979 47 - - (0) (40) - 986

Total 27 263 47 (2 843) 1 697 (594) (40) (1 461) 24 069

31-12-2009

Ativos biológicos correntes Saldo inicia l

Aumentos

deriva dos

de

aquis ições

Diminuições

devidas a

colheitas

Alienações DepreciaçõesOutra s

va ria ções Sa ldo fina l

ATIVOS - Registados ao JV

Fl ore s ta - - - - - - -

Pi nh a l 546 - - - - 819 1 364

Eu ca l i pta l - - - - - 774 774

Bo vi no s re prod utore s 1 028 - - (177) - - 851

1 574 - - (177) - - 1 593 2 990

Total 1 574 - - (177) - - 1 593 2 990

Variações do

exercício derivada s

de a ltera ções no JV

menos custos

es tima dos no ponto

de venda

31-12-2009

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Os ativos biológicos olival e vinha encontram-se valorizados ao custo depreciado (considerando uma

vida útil de 20 e 25 anos, respetivamente), dado não ser possível estimar com fiabilidade o respetivo

justo valor.

No que diz respeito aos animais de trabalho e bovinos reprodutores estes encontram-se valorizados ao

justo valor.

O justo valor dos ativos biológicos baseou-se numa valorização por avaliadores independentes adotando

indicadores físicos, temporais e valorimétricos relevantes para os tipos de ativos.

10. Participações financeiras em associadas

Das principais variações ocorridas destacam-se:

• Aquisição de 5% das ações da EDP por 575 904 milhares de euros e transferência de outras

participações financeiras de parte das ações , correspondente a 3,9% das ações da EDP, que

deixaram de estar relacionadas com as obrigações convertíveis que foram amortizadas em 2010

(vide notas 10 e 24);

• Desreconhecimento das ações da GALP relacionadas com obrigações convertíveis (vide notas 10

e 24);

• Passagem da Águas da Região de Aveiro e da Águas Públicas do Alentejo para método de

consolidação integral, em 2010;

Entidade:

CVP - Sociedade de Gestão Hos pi ta lar, S.A. 9.369 - 529 - - - 9.893 9.369

Credip - Insti tuição Financeira de Crédi to 2.209 - 132 - - - 2.341 2.209

EDP - Energias de Portuga l , S.A. 1.011.712 575.904 84.419 (145.866) 363.920 - 1.890.089 1.011.712

ISOTAL - Imobi l iário do Sotavento Algarvio, S.A. 101 - (30) - - - 71 101

Multicert - Serviços de Certi fi cação Electrónica 420 - 160 - - - 580 420

ORIVÁRZEA, S.A. 1.385 - 32 - - - 1.417 1.385

PORTOSIDER 274 - - - 3 - 277 274

REN – Rede Eléctrica Nacional , S.A. 621.336 - 9.724 - - - 631.060 621.336

GALP 426.671 - 14.498 - (441.169) - - 426.671

INAPA - Invest. Part. E Ges tão, SA 31.414 - 2.392 (15.400) - - 18.407 31.414

Parca ixa, SGPS, SA 500.071 - (4.722) - - - 495.349 500.071

ADA - Adminis tração Aeroportos, Lda 1.341 - (78) - - 119 1.382 1.341

Trevoes te, S.A. 550 - - - - - 550 550

Águas de Timor 5 - - - - - 5 6

Águas da Região de Aveiro 7.768 - - - (7.768) - - 7.768

Águas Públ icas do Alentejo 256 - - - (256) - - 256

Mieses 40 - - - 147 - 187 40

Clube Gol f das Amoreiras 250 - - - - - 250 250

Netdouro 86 - - - - - 86 86

CLR - Comp. Lezírias e Associados Renováveis , Lda 1 - - - - - 1 1

Sociedade Mineira do Lucapa 15.388 - - (15.388) - - 0 15.388

2.630.646 575.904 107.057 (176.654) (85.123) 119 3.051.945 2.630.646

Adições

Movimentos de

equiva lência

patrimonia l

31-12-2009

Saldo final

Perdas

Imparidade

reconhecidas

Outras

transferências

Di ferenças

de câmbio

Participações financeiras em associadas

31-12-2010

Sa ldo inicia l

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• Aplicação do método de equivalência patrimonial;

• Reconhecimento de perda por imparidade da INAPA e da EDP de forma que o valor da

participação corresponda ao justo valor (cotação a 31 de Dezembro de 2010) menos os custos de

vender (considerados imateriais) (vide nota 42).

11. Outras participações financeiras

As ações da EDP existentes a 31 de Dezembro de 2010 encontram-se subjacentes à opção de permuta

no reembolso de um empréstimo obrigacionista (vide nota 24), tendo sido libertada parte das ações que

passaram a ser registadas pelo método de equivalência patrimonial (vide nota 10). As ações da GALP

passaram a estar afetas a um empréstimo obrigacionista (vide nota 24) pelo que deixaram de ser

registadas pelo método de equivalência patrimonial e passaram a ser registadas ao justo valor.

As variações ocorridas no justo valor encontram-se registados na rubrica de aumentos / reduções de

justo valor (vide nota 43), havendo ainda rendimentos com dividendos registados na rubrica de

dividendos de participações ao custo e ao justo valor (vide nota 33) .

Outras participações financeiras 31-12-2010 31-12-2009

Valorizadas ao Justo Valor

EDP - Energias de Portugal , S.A. 377 429 916 819

GALP ENERGIA 832 861 -

UP do Fundo Fundiestamo I 1 631 939

UP do Fundo Imopoupança 11

Portuga l Telecom e ZON Multimédia 7 098 7 317

1 219 030 925 075

Valorizadas ao Custo

HCB - Hidroelectri ca Cahora Bas sa 100 000 140 242

Ins ti tuto da Habi tação e Reabi l i tação Urbana 11 468 11 468

Futuro, SGFP 372 480

Soc. Parque Indus tria l de Vendas Novas 59 98

Lis nave – Infraes truturas Navais - 529

AMESEIXAL - 1

Lis pol i s - As sociação Polo Tec. Seixa l - 3

Outros 66 66

111 965 152 886

1 330 995 1 077 961

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A estimativa utilizada para o cálculo do justo valor das participações financeiras foi baseada nas

referências de mercado (sempre que disponível cotação desses ativos), a transações recentes ou a

avaliações técnicas.

Em 2010 foram reconhecidas perdas por imparidade nas participações financeiras HCB – Hidroelectrica

Cahora Bassa e na Lisnave nos montantes de 40 242 milhares de euros e 529 milhares de euros,

respetivamente (vide nota 42).

12. Outros ativos financeiros

O valor de 1 273 milhões de euros em adiantamentos relativos a privatizações, respeita a entrega ao

Estado da receita resultante (i) da 7ª fase da reprivatização da EDP (532 milhões de euros); (ii) da

reprivatização residual da SN Longos (26 milhões de euros); e (iii) da 5ª fase de reprivatização da GALP

(705 milhões de euros).

Os fundos de renovação e reconstituição são constituídos ao abrigo dos contratos de concessão,

correspondem a aplicações financeiras de médio e longo prazo.

Outros ativos financeiros Corrente Não Corrente

Investi mentos fi nancei ros pel o jus to va lor por via dos resultados

Deti do para negociação - -

Swaps de taxa de juro 885 2 228 - 2 477

Outros 75 - -

Des i gnado pelo justo va lor a través dos res ul tados no reconheci mento ini cia l

Swaps de taxa de juro - - 1 708 -

Outros - 100 - 100

Emprésti mos correntes e contas a receber - -

Adiantamentos rel ativos a privatizações - 1 273 101 - 541 396

Celtejo - 22 500 - -

Fundo de renovação - 7 980 - 32 471

Fundo de recons ti tui ção - 96 910 - 97 731

Outros 4 779 - 565

“Notes ” de securi ti zação de crédi tos do Es tado 21 225 - - 74 699

Di vida Sociedade Mineira do Lucapa - - 7 756

Adiantamentos por conta de investimentos 59 100

Disponíveis para venda - -

Outros - 2 976 - 3 405

22 189 1 465 674 1 708 760 600

Corrente Não Corrente

31-12-2010 31-12-2009

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Os ativos relativos a “Notes” de securitização de créditos do Estado são constituídos pela totalidade da

classe T das Notes Explorer 2004 Series 1 de securitização de créditos do Estado adquiridas à CGD em

Junho de 2004. Este instrumento encontra-se mensurado pelo custo amortizado. Em Março de 2011 foi

recebido remanescente do capital e dos juros das “Notes” de securitização.

O saldo de adiantamento por conta de investimentos, corresponde essencialmente ao valor do contrato

promessa de compra e venda celebrado pela Baia do Tejo, com o Estado Português, para aquisição dos

imóveis do Complexo da Margueira.

Foi registada imparidade da dívida da Sociedade Mineira do Lucapa (vide nota 40).

13. Ativos e passivos por impostos diferidos

Os Ativos e Passivos por Impostos Diferidos reconhecidos no balanço podem ser analisados como segue:

Os ativos por impostos diferidos relativos a prejuízos fiscais reportáveis e crédito de imposto são

reconhecidos quando exista uma expectativa razoável de haver lucros tributáveis futuros. A incerteza de

recuperabilidade de prejuízos fiscais reportáveis e crédito de imposto é considerada no apuramento de

ativos por impostos diferidos.

Impostos Diferidos

Sa ldo Inicial

Variações

com Efei tos

em

Resul tados

Variações

com Efei tos

no Capi ta l

Próprio

Sa ldo Fina lSa ldo

Inicia l

Variações

com Efei tos

em

Resul tados

Variações

com Efei tos

no Capi ta l

Próprio

Sa ldo Fina l

Ativos por Impostos Diferidos

Não Correntes

Prejuízos fisca is reportáveis 7 726 22 615 5 30 345 2 582 5 144 - 7 726

Responsab. com benefícios de reforma 14 598 3 950 716 19 265 17 933 (3 335) - 14 598

Perdas de imparidade em exis tências 10 906 (3 623) - 7 283 9 887 1 019 - 10 906

Reaval iações efectuadas 640 295 - 935 618 23 - 641

Outras provisões e a justamentos não acei tes fisca lmente 2 037 1 605 (46) 3 596 1 437 599 - 2 037

Alteração de perímetro - - - - - - - -

Outros 74 181 167 880 (779) 241 283 65 563 8 618 - 74 181

110 088 192 722 (104) 302 707 98 020 12 068 - 110 088

Passivos por Impostos Diferidos

Não Correntes

Reaval iações efectuadas 84 426 (114) 1 416 85 727 83 623 632 171 84 426

Diferença da base fi sca l derivada da a l teração do período de

vida úti l dos edi fícios - - - - (775) 775 - -

Diferenças de câmbio di feridas - - - - - - - -

Reinvestimento de va lores de real i zação 186 (31) - 155 217 (31) - 186

Subsídios ao investimento 2 463 - - 2 463 2 475 (12) - 2 463

Anulação de provisões 25 (5) - 20 25 - - 25

Alteração de perímetro - (15) - (15) - - - -

Outros 101 798 158 510 (665) 259 643 95 108 8 659 (1 970) 101 797

188 897 158 344 751 347 993 180 673 10 023 (1 799) 188 897

31-12-2010 31-12-2009

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Os ativos por impostos diferidos incluem 19 265 milhares de euros (2009: 14 958 milhares de euros)

relativos ao reconhecimento de responsabilidades com benefícios de reforma não aceites fiscalmente,

sendo que a variação ano está diretamente relacionada com a utilização/redução verificada no exercício

das respetivas responsabilidades.

A variação ocorrida nos ativos por impostos diferidos por via de perdas de imparidade em existências

advém na sua totalidade da TAP.

O aumento significativo dos outros impostos diferidos ativos e passivos, é em parte explicado pela

aplicação da IFRIC 12 no Grupo AdP, onde existem diferenças temporais significativas, entre as

amortizações contabilísticas e fiscais, e com impacto equivalente os impostos diferidos associados aos

subsídios ao investimento.

Os outros passivos por impostos diferidos incluem ainda 9 480 milhares de euros da ANA referentes a

diferenças relativas à transição fiscal (5 018 milhares de euros) e aos movimentos nos ativos intangíveis

relacionados com o direito de concessão (4 123 milhares de euros).

Os ativos e passivos por impostos diferidos são apresentados pelo seu valor líquido sempre que nos

termos da legislação aplicável, o Grupo PARPÚBLICA possa compensar ativos por impostos correntes

com passivos por impostos correntes e sempre que os impostos diferidos estejam relacionados com o

mesmo imposto.

14. Adiantamentos a fornecedores

15. Estado e outros entes públicos

Corrente Não Correntes

N

ã

o

Conta corrente 3 572 - 2 278

De Imobi l i zado 9 063 - 12 862

12 635 - 15 140

Adiantamentos a fornecedores Corrente

31-12-2010 31-12-2009

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O valor registado no ativo na rubrica estado – outro, inclui:

• 15 232 milhares de euros relativos ao Grupo TAP, os quais incluem 6 318 milhares de euros

(2009: 14 566 milhares de euros) relativos a indemnizações compensatórias referentes ao

exercício de 2009 e de 2010, a receber pela TAP, relativos a:

– 4 189 milhares de euros das rotas para a Região Autónoma dos Açores; e

– 2 129 milhares de euros relativo a encaminhamentos entre ilhas na Região Autónoma

dos Açores. Os créditos referentes às indemnizações compensatórias sobre a rota da

Madeira passaram a ser reclamados diretamente pelos residentes e/ou estudantes ao

Estado desde o segundo trimestre do ano de 2008.

• 12 385 milhares de euros provenientes do Grupo AdP, relativos a IVA a recuperar (10,6 milhões

de euros) e a retenções na fonte de IRC feitas por terceiros (1,5 milhões de euros);

• 6 792 milhares de euros relativos à Sagesecur por via de imposto sobre o rendimento; e

• 2 542 milhares de euros relativos à ANA, respeitantes a IVA a recuperar.

Adicionalmente, a TAP registou no ativo e no passivo na rubrica estado – outros, os montantes de 4 519

milhares de euros referentes a dívidas entre TAP Manutenção e Engenharia Brasil (2009: 5 352 milhares

de euros) e 116 837 milhares de euros do Estado Brasileiro (2009: 88 602 milhares de euros).

A TAP Manutenção e Engenharia Brasil, S.A. aderiu em 2009 ao programa de refinanciamento fiscal,

denominado “REFIS”, pelo que compensou parte dos juros e multas de contingências com imposto de

renda e contribuição social diferidos, sobre a totalidade dos prejuízos fiscais e base negativa de

contribuição social, tendo reduzido à sua dívida o montante de 49 448 milhares de euros. Em 2010 a

Corrente

Activo

Imposto sobre o rendimento a pagar 5 480 12 447

Outros 40 926 41 830

46 406 54 277

Passivo

Imposto sobre o rendimento a pagar 59 985 26 719

Outros 177 355 142 511

237 340 169 229

31-12-2010 Estado e outros entes públicos

CorrenteNão Corrente

31-12-2009

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responsabilidade assumida pela subsidiária foi reclassificada de Provisões para Estado e outros entes

públicos, o que justifica o aumento do saldo credor associado ao REFIS. A adesão a este programa de

refinanciamento fiscal teve um impacto favorável de 55 734 milhares de euros no resultado do exercício

de 2009, que se encontra registado na rubrica outros rendimentos e ganhos (vide nota 44).

A rubrica outros – passivo inclui cerca de 22 milhões de euros do Grupo AdP (2009: 26 milhões de

euros), correspondente na sua quase totalidade à taxa de recursos hídricos (TRH) e à taxa de gestão de

resíduos (TGR), as quais serão apenas pagas no ano seguinte.

16. Outras contas a receber

A rubrica entidades participadas - não correntes, no montante de 3 700 milhares de Euros, respeita a

prestações acessórias de capital concedidas pela TAP à SPdH.

A rubrica de Pessoal inclui 3 172 milhares de euros da ANA, relativos a adiantamentos sobre as

indemnizações acordadas ao abrigo do Plano de Otimização do Efetivo.

O valor registado na rubrica de entidades participadas - correntes respeita, essencialmente, a um

contrato de empréstimo celebrado pela TAP com a SPdH, no valor de 73 000 milhares de euros (2009:

Outras contas a receberCorrente Não Corrente

Entidades do grupo 0 (0) (0) 21 774

Entidades participadas e participantes 75 245 3 700 36 700 3 700

Pessoal 12 956 - 10 438 -

Consul tores , assessores e intermediários 33 - 179 -

Cl ientes - 35 000 894 33 800

Fornecedores C/C 13 - 3 -

Contratos Promessa Compra e Venda de Imóveis - - 29 066 -

Seguros pagos e di feridos - - 2 -

Outros 276 669 96 942 404 664 79 915

Outras despesas antecipadas - 23 910 - 88 374

Ajustamentos por imparidade de outros devedores (11 106) (1 921) (10 913) (1 921)

Acréscimos de rendimentos 22 319 - 29 177

376 128 157 631 500 210 225 642

31-12-2010

Corrente Não Corrente

31-12-2009

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35 000 milhares de euros), com prazo de reembolso inferior a 1 ano e remunerado a taxas normais de

mercado.

A rubrica clientes inclui 35 milhões de euros de saldos com clientes (2009: 33,8 milhões de euros)

resultantes da assinatura de acordos.

A rubrica de outros em outras contas a receber correntes, inclui essencialmente:

• 151 milhões de euros (272 milhões de euros em 2009) a receber pelo Grupo AdP do Fundo de

Coesão;

• 37,7 milhões de euros (2009: 37,9 milhões de euros) do Grupo TAP referentes maioritariamente

a faturação interline, Airbus, saldos devedores do Brasil e outros valores a receber de

fornecedores;

• 5,8 milhões de euros (2009: 5,9 milhares de euros) da ANA, originados essencialmente pela

aplicação de multas e penalidades a fornecedores de investimentos por incumprimentos

contratuais e que foram, ou irão ser, colocadas em execução fiscal.

A rubrica de outros em outras contas a receber não correntes corresponde, essencialmente às seguintes

situações:

• 66 milhões de euros provenientes do Grupo AdP, referentes a:; (ii) 51 milhões de euros a receber

do Fundo de Coesão (2009: 11,0 milhões de euros); e (iii) 15 milhões de euros correspondentes a

Valor residual a receber no final da concessão, relativos a bens de modernização e expansão.

• 16 283 milhares de euros (2009: 14 749 milhares de euros) de cauções da TAP, para processos

judiciais em curso no Brasil;

• Depósitos de garantia constituídos pela TAP no âmbito dos contratos de locação operacional

para aviões e reactores, no montante de 3 250 milhares de euros (2009: 3 805 milhares de euros)

que serão devolvidos à TAP, SA, sem juros, à medida que esses aviões forem sendo restituídos

aos locadores;

• Depósitos cativos da TAP, como garantia da prestação futura de serviços de manutenção aos

aviões da FAF (“Força Aérea Francesa”), no montante de 3 307 milhares de euros (2009: 3 533

milhares de euros);

• Subsídios ao investimento atribuídos à ANA, mas ainda não recebidos no montante de 5 678

milhares euros.

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As outras despesas antecipadas incluem encargos com as concessões do Grupo AdP no montante de

18 milhões de euros (2009: 88 milhões de euros).

A rubrica de acréscimos de rendimentos correntes inclui:

• 2 977 milhares de euros relacionados com “swaps de jet fuel” em aberto no Grupo TAP em 31 de

Dezembro de 2010;

• 1 521 milhares de euros referentes à venda de milhas a parceiros da TAP;

• O valor de 7 855 milhares de euros (2009: 4 473 milhares de euros) da ANA referente à

especialização dos proveitos aeroportuários não faturados/recebidos no exercício e a ele

respeitantes, incluindo essencialmente a taxa de segurança a receber do INAC (7 059 milhares de

euros);

• 3 206 milhares de euros referentes à especialização de subsídios do Circuito do Estoril, para a

realização do Moto GP, não recebidos no exercício e a ele respeitantes; e

• 2 004 milhares de euros relativos à Companhia das Lezírias.

17. Diferimentos

As rubricas de ativo regulatório – desvio tarifário e passivo regulatório – desvio tarifário, advém na

totalidade do Grupo AdP e detalham-se como se segue:

ATIVO ATIVO PASSIVO PASSIVO Efeito Efeito

Diferimentos - Passivo

Re ndi me ntos di fe ri dos 78 187 1 920 672 97 072 2 006 815

re l a ci ona dos com s ubs ídi os pa ra a cti vos 5 281 1 917 564 4 946 1 846 671

outros 72 906 3 108 80 389 3 476

Pa s s i vo Regul a tóri o - Des vi o Ta ri fá ri o - 135 317 - 123 582

Outros 137 571 055 - 544 364

78 325 2 627 044 85 335 2 518 093

31-12-2010

Corrente Não Corrente

31-12-2009

Não CorrenteCorrente

Diferimentos - Ativo

Ati vo regul a tóri o - Des vi o ta ri fá ri o - 310 763 13 058 262 404

Outros ga s tos di feri dos 24 993 7 11 115 1 316

Exces s o de cobertura de

res pons a bi l i da des pós -e mpre go

1 212 -

2 296

26 205 310 770 24 173 266 016

Não Corrente

31-12-200931-12-2010

Corrente Corrente Não Corrente

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deficit

ativo

imposto

diferido

deficit

passivo

imposto

diferido

Líquido

Balanço

em

Vendas

Produção, Tratamento e Transporte

Águas do Algarve, S.A. 10 081 -3 382 6 699 2 155

Águas do Centro Alentejo, S.A. 6 198 -782 5 415 -1 778

Águas do Centro, S.A. 35 720 -8 825 26 895 -7 590

Águas do Douro e Paiva, S.A. 2 612 -5 139 -2 527 1 742

Águas do Mondego, S.A. 4 846 -986 3 860 -866

Águas do Norte Alentejano, S.A. 19 382 -2 504 16 878 -3 064

Águas do Noroeste, S.A. 61 801 -13 623 48 178 -7 384

Águas do Oeste, S.A. 23 736 -4 135 19 601 -5 212

Águas de Trás-os-Montes, S.A. 48 563 -6 226 42 337 -5 284

Águas do Zêzere e Côa, S.A. 35 685 -8 731 26 954 -3 144

Águas Públicas Alentejo, S.A 683 -181 502 -621

Sanest, S.A. 10 326 -32 343 -22 017 755

Simarsul, S.A. 17 650 -4 226 13 424 -4 976

Simdouro, S.A. 646 -135 511 -646

Simlis, S.A. 14 563 -2 265 12 298 -2 968

Simria, S.A. 22 856 -5 325 17 531 955

Simtejo, S.A. 5 524 -20 707 -15 183 2 615

Total UNAPD 302 409 18 461 -58 189 -61 326 201 356 -35 312

ADRA - Águas Região de Aveiro 8 338 -1 546 6 792 -7 901

Total UNADR 8 338 -1 546 6 792 -7 901

Resíduos Sólidos

Algar, S.A. 1 192 -3 934 -2 742 -519

Amarsul, S.A. 885 -2 784 -1 898 -369

Ersuc, S.A. 2 100 -6 031 -3 931 795

Resiestrela, S.A. 176 -1 288 -1 111 623

Resinorte, S.A. -689 -18 -707 -1 857

Resulima, S.A. 15 -31 -16 547

Suldouro, S.A. 946 -3 467 -2 521 30

Valnor, S.A. 1 095 -4 570 -3 476 1 208

Valorlis, S.A. 504 -1 897 -1 393 618

Valorminho, S.A. 71 -467 -396 180

Valorsul, S.A. 18 771 -52 001 -33 230 4 623

Total UNR 15 25 741 -77 128 -49 -51 421 5 877

Total 310 763 44 203 -135 317 -62 921 156 727 -37 336

A rubrica de outros gastos diferidos correntes inclui o valor de 11 750 milhares de euros relativo ao

Grupo TAP, referente a: (i) comissões pagas a agentes por bilhetes vendidos mas ainda não voados e

não caducados até 31 de Dezembro de 2010 no montante de 5 323 milhares de euros (2009: 3 523

milhares de euros); (ii) de rendas de locação financeira pagas antecipadamente no montante de 1 948

milhares de euros (2009: 1 816 milhares de euros); e (iii) pagamentos antecipados de seguros no

montante de 1 983 milhares de euros (2009: 132 mil euros);

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O excesso de cobertura de responsabilidades pós emprego encontra-se detalhada na nota 25.

Os rendimentos diferidos não correntes correspondem na sua maioria a subsídios de investimento

registados pelo Grupo AdP, conforme se segue:

31-12-2010 31-12-2009

Subsídios ao Investimento - Fundo Coesão 1 577 458 1 497 814

Subsídios ao Investimentos - Outros 16 612 119 668

Integração Património 248 402 150 769

1 842 472 1 768 251

Subsídios ao Investimento - Fundo Coesão Valor

Subsídios ao investimento em 31 de Dezembro 2009 1 497 814

Reconhecimento de direito a fundo 177 921

Reconhecimento de proveito (56 474)

Correcções a reconhecimentos (41 803)

Subsídios ao investimento em 31 Dezembro de 2010 1 577 458

Recebimentos em 31-12-2010 173 789

Estão ainda incluídos nos rendimentos diferidos montantes relativos ao Grupo ANA que consistem em

recebimentos antecipados (3 108 milhares de euros) e subsídios atribuídos ao investimento (75 068

milhares de euros).

A rubrica de rendimentos diferidos correntes inclui:

• o valor de 52 617 milhares de euros relativo ao Grupo TAP, referente a: (i) justo valor das milhas e

pontos atribuídos aos clientes aderentes aos programas de fidelização denominados por TAP

Victoria e TAP|Corporate Fly, não utilizados nem caducados em 31 de Dezembro de 2010, com

expectativa de utilização (30 milhões de euros); (ii) trabalhos para companhias de aviação (19

milhões de euros); (iii) fornecimento de combustíveis (1,8 milhões de euros); (iv) reservas de

overhaul (123 milhares de euros); e (v) outras situações (1,8 milhões de euros);

• montantes relativos ao Grupo ANA que consistem em recebimentos antecipados (4 293 milhares

de euros) e subsídios atribuídos ao investimento (4 203 milhares de euros).

Os outros diferimentos passivos não correntes referem-se essencialmente a investimentos contratuais

registados pelo Grupo AdP e detalham-se como se segue:

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31-12-2010 31-12-2009

Água - Produção, Tratamento e Transporte 361 531 339 972

Distribuição e Recolha 4 098 -

Resíduos Sólidos 205 425 191 793

571 055 531 765

18. Inventários

As mercadorias incluem o montante de 609 880 milhares euros de imóveis de propriedade da Estamo

(2009: 351 949 milhares de euros).

Estão também incluídas em mercadorias as propriedades da Lazer e Floresta no montante global de

10 935 milhares de euros.

As matérias-primas, subsidiárias e de consumo incluem o material técnico para utilização na reparação

de aeronaves próprias e nas obras realizadas para outras companhias de aviação, bem como moedas e

outros bens relativos à INCM.

Os produtos acabados e intermédios provêm essencialmente da INCM (8 487 milhares de euros).

A rubrica de produtos e trabalhos em curso compreende essencialmente:

Inventários (Balanço)

Mercadorias 633 303 374 499

Produtos acabados e intermédios 9 959 7 613

Subprodutos , desperdícios . res íduos e refugos 1 945 781

Produtos e traba lhos em curso 33 036 29 817

Matérias -primas , subs idiárias e de consumo 165 090 123 158

Adiantamentos por conta de compras 638 141 549 657

Perdas por imparidade de exis tências (24 829) (4 629)

TOTAL 1 456 646 1 080 896

Inventários 31-12-200931-12-2010

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• o valor dos materiais e horas aplicados em obras de manutenção de aeronaves que se

encontram em curso (15 219 milhares de euros);

• projetos de loteamento (9 250 milhares de euros de projetos em fase de infra-estruturação e

7 755 milhares de euros de terrenos com infraestruturas).

Os adiantamentos por conta de compras correspondem na sua totalidade a imóveis para a Estamo.

19. Clientes

A rubrica de clientes c/c inclui ainda dívidas de:

• Clientes do Grupo AdP no montante de 279 316 milhares de euros (2009: 229 276 milhares de

euros) que está maioritariamente relacionado com dívidas de municípios.

• Clientes do Grupo TAP corresponde essencialmente a saldos ativos com agências de viagens no

montante de 77 962 milhares de euros (2009: 75 938 milhares de euros), entidades privadas de

68 432 milhares de euros (2009: 56 007 milhares de euros) e companhias de viação de 24 353

milhares de euros (2009: 35 526 milhares de euros).

• Clientes do Grupo ANA com um valor global de 29 808 milhares de euros (2009: 24 905 milhares

de euros);

• Clientes do grupo SAGESTAMO com um valor total de 30 712 milhares de euros (2009: 14 821

milhares de euros), respeitando essencialmente a serviços prestados a empresas do Estado

Português;

• Serviços de Estrangeiros e Fronteiras no valor de 5 627 milhares de euros (2009: 4 171 milhares

de euros) relativos à INCM; e

Clientes c/c 618 136 515 927

Clientes de cobrança duvidosa 57 279 73 777

"Água em contador" por facturar 15 963 14 564

Outros - -

Perdas de imparidade acumuladas (91 678) (103 853)

599 700 500 415

31-12-2010 31-12-2009Clientes

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• Clientes da Baia do Tejo com um valor global de 2 449 milhares de euros (2009: 2 998 milhares

de euros).

O saldo de clientes de cobrança duvidosa advém essencialmente da TAP, da ANA e da AdP.

A água em contador por faturar corresponde à estimativa de água a 31 de Dezembro que só será

faturada no primeiro mês de 2011.

As perdas por imparidade dos saldos de Clientes registadas em 2010, são as constantes na nota 40.

20. Caixa e depósitos bancários

As disponibilidades apresentadas pelo Grupo correspondem essencialmente a aplicações efetuadas em

depósitos a prazo e depósitos bancários imediatamente mobilizáveis, destacando-se os saldos da AdP

(477 447 milhares de euros), da TAP (222 499 milhares de euros), do Grupo Sagestamo (56 613 milhares

de euros), da INCM (51 109 milhares de euros). Estas aplicações vencem juros a taxas normais de

mercado.

21. Capital próprio

O capital nominal subscrito do Grupo PÁRPUBLICA, no valor de 2 000 000 000 de euros, é composto por

400 000 000 de ações nominativas de 5 euros cada e é detido pelo Estado Português. Do capital

subscrito encontra-se por realizar 972 849 milhares de euros, sendo que a quantia apresentada como

capital corresponde apenas ao capital realizado, no montante de 1 027 151.

Apl i ca çõe s fi n a n ce i ra s 5 000 71 429

De pós i tos a p ra zo 751 254 295 284

De pós i tos ba ncá ri os i me d i a ta me n te mob i l i zá ve i s 148 403 452 108

Nu me rá ri o 2 287 3 713

Ou tros e q ui va l e nte s a ca i xa - 15

906 944 822 548

31-12-200931-12-2010Caixa e depósitos bancários

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A rubrica reservas não distribuíveis é composta essencialmente pela reserva legal constituída em

conformidade com o artigo 295º do Código das Sociedades Comerciais, o qual prevê que esta seja

dotada com um mínimo de 5% do resultado líquido do período até à concorrência de um valor

correspondente à quinta parte do capital social. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de

liquidação da empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras

reservas, ou incorporada no capital.

Nesta rubrica são também registados os ajustamentos ao justo valor dos instrumentos financeiros de

cobertura de fluxos de caixa, bem como as diferenças de câmbio resultantes da transposição de

unidades operacionais em moeda estrangeira.

A rubrica excedentes de valorização de ativos fixos corresponde essencialmente às revalorizações nos

ativos fixos efetuadas na data de transição para as IFRS.

A rubrica ajustamentos ao valor de ativos financeiros corresponde essencialmente a:

• Ajustamentos decorrentes da aplicação do método da equivalência patrimonial previsto na

IAS 28;

• Ajustamentos ao justo valor dos ativos financeiros disponíveis para venda previstos na IAS 39.

A rubrica resultados acumulados corresponde aos resultados líquidos dos períodos anteriores, conforme

deliberações efetuadas nas assembleias gerais. Encontram-se ainda registadas nesta rubrica as

alterações decorrentes da aplicação pela primeira vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro.

22. Interesses Minoritários – Balanço

In t e r e s s e s M in o r i t á r io s ( B a la n ç o ) 3 1 - 1 2 - 2 0 1 0 3 1 - 1 2 - 2 0 0 9

S E A P - 2 0

C a t e r i n g p o r 2 6 1 4 2 5 5 1

L F P 4 7 4 1 4 1 3 4

A P I S 9 4 9 4

E N V C 1 2

S A G E S E C U R 7 0 9 7 6 6 3 9

E C O D E T R A 1 0 0 8 1 0 2 3

M a r g u e i r a 2 6 7 2 5 2

G r u p o A N A 1 0 6 9 6 3 9 8 1 1 6

A N A M 5 8 5 1 8 8

N A E R 2 7 5 4 7 7 8

G r u p o A d P 4 2 7 3 5 8 4 0 0 3 9 7

S P E ( 1 8 8 7 ) 2 1 2 6

5 5 1 5 9 4 5 1 6 3 2 0

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23. Provisões

Processos judiciais em curso

As provisões para processos judiciais em curso são constituídas de acordo com as avaliações de risco

efetuadas pelas empresas do Grupo e pelos seus consultores legais, baseadas em taxas de sucesso

históricas por natureza de processo e probabilidade de desfecho desfavorável, destinando-se as

provisões existentes em 31 de Dezembro de 2010 para fazer face essencialmente:

• a diversos processos judiciais intentados contra o Grupo TAP, no país e no estrangeiro, no

montante de 13 246 milhares de euros;

• a processos laborais a decorrer relativos à subsidiária TAP e Manutenção e Engenharia Brasil com

possibilidade de perda provável no montante de 25 369 milhares de euros;

• a processos judiciais em curso relativos a IRC, no montante de 8 500 milhares de euros, no âmbito

da INCM.

Provisões (Balanço)Sa ldo

Ini ci a l

Alterações ao

perímetro de

consol idaçã o

Aumentos

Diminuições

por

uti l i zaçã o

Montantes não

uti l i zados

revertidos

Efei to da

pa ssa gem do

tempo e de

a l terações na

taxa de

desconto

Outros

movimentos Sa ldo Final

Provisões não correntes

Provisão pa ra processos judicia is em curso 45 859 - 11 018 (2 883) (4 236) - 7 286 57 044

Fianças a associadas 482 - - - (95) - - 387

Processos ambi entai s 9 016 - - - - - - 9 016

Remoção de materia i s 499 - - - - - - 499

Benefíci os de Reforma e Equivalentes / Pensões (388) - 438 (43) - - 388 396

Provisões para investi mentos fina nceiros 33 281 - 29 596 - (7 361) - 22 425 77 941

Impostos - - 1 470 - - - - 1 470

Aci dentes no trabal ho e doenças profis s iona is 175 - - (33) - - - 142

Outras provi sões 61 643 - 9 664 (2 797) (7 841) - (23 033) 37 635

150 567 - 52 186 (5 756) (19 533) - 7 066 184 530

31-Dez-09

Provisões (Balanço)Sal do

Ini ci a l

Alterações ao

perímetro de

consol idaçã o

Aumentos

Di minui ções

por

uti l i zaçã o

Montantes não

uti l i zados

revertidos

Efeito da

passagem do

tempo e de

a l terações na

ta xa de

desconto

Outros

movimentos Sa ldo Final

Provisões não correntes

Provisão pa ra processos judicia is em curso 57 044 (56) 12 994 (206) (27 157) 3 301 2 372 48 293

Fianças a associadas 387 - - - (387) - - -

Processos ambi entai s 9 016 - - - - - - 9 016

Remoção de materia i s 499 - - - - - - 499

Benefíci os de Reforma e Equivalentes / Pensões 396 - - (43) - - - 353

Provisões para investi mentos fina nceiros 77 941 - 43 556 - - - - 121 497

Impostos 1 470 - 462 - - - - 1 932

Aci dentes no trabal ho e doenças profis s iona is 142 - - - - - 8 150

Outras provi sões 37 635 (713) 3 798 (1 070) (17 600) 3 170 (10 043) 15 176

184 530 (769) 60 810 (1 319) (45 144) 6 471 (7 663) 196 917

31-12-2010

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A reversão de provisões inclui: (i) o montante de 10 675 milhares de euros, da EPAL que deixou de ter a

responsabilidade com o pagamento de quaisquer coimas ou juros de mora associados a taxas de subsolo

relativas a anos anteriores; (ii) o montante de 16 055 milhares de euro relativos à TAP essencialmente

de processos laborais da subsidiária TAP ME Brasil

Processos ambientais

A provisão para responsabilidades ambientais e remoção de materiais advém da Baía do Tejo e destina-

se a acautelar os encargos que irão ser suportados pela Sociedade com a recuperação ambiental do

território que lhe está afeto, incluindo igualmente os gastos com a demolição e desmantelamento de

antigas instalações siderúrgicas e remoção de resíduos e escombros, com destino a aterro. Contudo, o

processo de quantificação destas responsabilidades ainda não se encontra concluído, pelo que o

Conselho de Administração não pode ainda, com segurança, avaliar os encargos futuros que irão advir

deste processo.

No âmbito do desenvolvimento do projeto de recuperação ambiental encontram-se em

desenvolvimento, através de dois Agrupamentos Complementares de Empresas, constituídos entre a

Baía do Tejo e a Empresa Geral de Fomento, processos de candidatura a apoios comunitários no âmbito

do QREN.

Provisões para investimentos financeiros

A rubrica provisões para investimentos financeiros inclui o montante de 115 661 milhares de euros do

Grupo TAP referente à apropriação da totalidade da situação líquida negativa da SPdH, acrescida do

montante de 3 700 milhares de euros relativo a prestações acessórias de capital, concedidas à SPdH,

que se encontra registado na rubrica outras contas a receber - não correntes.

O aumento registado nesta rubrica, no montante de 43 556 milhares de euros, respeita à apropriação da

totalidade do prejuízo desta associada e encontra-se registado na rubrica Ganhos e perdas imputados

de associadas (nota 32).

A rubrica de outras provisões não correntes inclui:

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• provisões do Grupo Sagestamo no montante de 2 206 milhares de euros (1 216 milhares de

euros em 2009) que visam cobrir a responsabilidade assumida contratualmente, no momento da

compra ao Estado, de partilhar com o este a mais-valia obtida com a venda de alguns imóveis.

• provisões do Grupo AdP no montante de 1 090 milhares de euros, para fazer face ao

desempenho negativo que ocorreu na Delegação da EGF - Maputo (947 milhares de euros) e

para as perdas aquando da alienação das ações da Resinorte à Amave, de acordo com o previsto

no Decreto-lei de Constituição (243 milhares de euros).

As variações da rubrica outras provisões incluem o montante de 17 441 milhares de euros e 12 258

milhares de Euros, oriundos do Grupo AdP, que resultam da alienação da Águas de Moçambique e da

correspondente anulação de todas as provisões constituídas no passado, para fazer face a

responsabilidades contingentes e também da respetiva participação financeira (com capitais próprios

negativos).

24. Financiamentos obtidos

Os empréstimos respeitam essencialmente a obrigações e financiamentos junto de instituições de

créditos e investidores nacionais e estrangeiros.

A análise por maturidade da dívida, em 31 de Dezembro de 2010, pode ser efetuada como se segue:

Financiamentos obtidos

Passivo Corrente Passivo Não

corrente

Empré s ti mos por obri ga çõe s - 4 892 913 538 011 3 925 645

Pa pe l come rci a l 1 054 000 1 563 302 144 -

Empré s ti mos ba ncá ri os 663 975 2 818 488 712 840 2 408 503

Outros e mpré s ti mos obti dos 114 665 604 752 137 812 637 452

1 832 641 8 317 715 1 690 807 6 971 600

Passivo Não

corrente

31-12-2010

Passivo Corrente

31-12-2009

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Nos empréstimos obrigacionistas, contraídos na sua maioria pela PARPÚBLICA, em 31 de Dezembro de

2010 e 31 de Dezembro de 2009, eram os seguintes:

31-12-2010 31-12-2009

PARPÚPLICA

Empréstimo de 500,0 M€ emitido em 2004 499 129 498 920

Empréstimo de 500,0 M€ emitido em 2005 499 102 499 026

Empréstimo de 150,0 M€ emitido em 2005 150 000 150 000

Empréstimo de 250,0 M€ emitido em 2006 250 000 250 000

Empréstimo de 800,0 M€ emitido em 2009 797 735 796 883

Empréstimo de 572,8 M€ emitido em 2005

Obrigação base 511756

Opção embutida 24 097

Acréscimo por direito a dividendos 2 157

Empréstimo de 1 015,2 M€ emitido em 2007

Obrigação base 982 530 975 177

Opção embutida 7 817

Despesas -1 777 -2 177

Empréstimo de 886,7 M€ emitido em 2010

Obrigação base 847 567

Opção embutida 124 497

Despesas -5 120

F in a n c ia m e n to s o b tid o s 3 1 - 1 2 - 2 0 1 0 3 1 - 1 2 - 2 0 0 9

P o r M a tu rid a d e s

A t é 1 a n o 1 8 6 5 8 1 1 1 7 1 8 0 1 5

D e 1 a n o a t é 2 a n o s 2 5 8 8 8 4 3 4 4 0 4 4 9

D e 2 a n o s a t é 3 a n o s 1 1 5 3 8 6 3 2 3 2 9 9 2

D e 3 a n o s a t é 4 a n o s 1 3 0 0 7 0 9 3 8 9 4 1 4

D e 4 a n o s a t é 5 a n o s 3 2 1 6 0 5 2 9 5 8 8 5

S u p e ri o r a 5 a n o s 5 2 4 9 4 8 4 2 5 8 5 6 5 4

1 0 1 5 0 3 5 6 8 6 6 2 4 0 8

P o r T ip o d e T a x a d e J u ro

T a x a V a r i á ve l

E x p i ra n u m a n o 1 7 1 3 3 4 7 1 5 5 1 5 7 4

E x p i ra e n tre 1 e 2 a n o s 1 1 4 2 3 8 3 5 7 8 7 7 6

E x p i ra e n tre 2 e 3 a n o s 1 1 3 0 3 7 9 0 1 3 9

M a i s d e 3 a n o s 1 9 1 9 8 1 1 1 4 2 8 8 8 4

3 8 6 0 4 3 2 6 6 4 9 3 7 4

T a x a F i x a

E x p i ra n u m a n o 1 6 0 1 5 8 1 8 4 6 1 7

E x p i ra e n tre 1 e 2 a n o s 1 3 7 5 4 9 1 4 7 1 5 2

E x p i ra e n tre 2 e 3 a n o s 1 0 4 0 2 3 0 1 7 9 5 3 3

M a i s d e 3 a n o s 4 9 5 1 9 8 7 1 5 0 1 7 3 1

6 2 8 9 9 2 3 2 0 1 3 0 3 4

1 0 1 5 0 3 5 6 8 6 6 2 4 0 8

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31-12-2010 31-12-2009

Sub-total PARPÚBLICA 4 143 663 3 713 656

Grupo AdP 500 000 500 000

Grupo ANA 249 251 250 000

Total 4 892 913 4 463 656

Os dois contratos de emissão dos empréstimos obrigacionistas não convertíveis de 500,0, o de 150,0 e o

de 250,0 milhões de euros, emitidos em 14 de Outubro de 2004, 22 de Setembro de 2005, 28 de

Dezembro de 2005 e 16 de Novembro de 2006, respetivamente, preveem entre outras cláusulas, a

possibilidade de os obrigacionistas exercerem o direito de reembolso antecipado das obrigações se o

Estado deixar de deter a totalidade do capital da PARPÚBLICA e/ou perder o controlo direto ou indireto

da sociedade e/ou ainda se os artigos 501º a 503º do Código das Sociedades Comerciais deixarem de se

aplicar nas relações entre o Estado e a sociedade. Adicionalmente, a PARPÚBLICA tem a obrigação de

reembolsar os obrigacionistas em caso de vencimento antecipado de outras dívidas financeiras, de

insolvência, de cessação total ou substancial dos negócios e de sujeição a processos que afetem os

ativos e os réditos.

O empréstimo de Euro Medium Term Notes de 800 milhões de euros foi emitido em Julho de 2009 ao

abrigo de um Programa no montante global de 1 500 milhões de euros, pelo prazo de quatro anos, com

vencimento em 2013, e com um cupão de 3,5% ao ano. Prevê a possibilidade de os obrigacionistas

exercerem o direito de reembolso antecipado das obrigações se o Estado deixar de deter a totalidade do

capital da PARPÚBLICA e/ou perder o controlo direto ou indireto da sociedade e/ou ainda se os artigos

501º a 503º do Código das Sociedades Comerciais deixarem de se aplicar nas relações entre o Estado e a

sociedade. Adicionalmente, a PARPÚBLICA tem a obrigação de reembolsar os obrigacionistas em caso de

vencimento antecipado de outras dívidas financeiras, de insolvência, de cessação total ou substancial

dos negócios e de sujeição a processos que afetem os ativos e os réditos.

O empréstimo de 1 015,15 milhões de euros foi emitido na sequência do Decreto-Lei n.º 382/2007, de

15-11, sobre a 7.ª fase de reprivatização de capital da EDP, conferindo o instrumento de emissão aos

obrigacionistas o direito de reembolso pelo valor nominal das obrigações ou em função do valor

corrente das ações da EDP, se superior. No caso de o reembolso ser determinado pelo valor das ações

subjacentes, a PARPÚBLICA tem a opção de escolha entre a entrega das ações ou da quantia em

dinheiro correspondente. Os investidores têm o direito de pedir o reembolso antecipado das obrigações

em 18-12-2012, ou a sua troca a partir de 18-12-2013. Prevê a possibilidade de os obrigacionistas

exercerem o direito de reembolso antecipado das obrigações se o Estado deixar de deter a totalidade do

capital da PARPÚBLICA e/ou perder o controlo direto ou indireto da sociedade e/ou ainda se os artigos

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501º a 503º do Código das Sociedades Comerciais deixarem de se aplicar nas relações entre o Estado e a

sociedade ou da ocorrência de um evento de mudança do controlo da EDP. Adicionalmente, a

PARPÚBLICA tem a obrigação de reembolsar os obrigacionistas em caso de vencimento antecipado de

outras dívidas financeiras, de insolvência, de cessação total ou substancial dos negócios e de sujeição a

processos que afetem os ativos e os réditos.

O empréstimo de 885,65 milhões de euros foi emitido na sequência do Decreto-Lei n.º 185/2008, de 19-

09, sobre a 5.ª fase de reprivatização de capital da GALP, conferindo o instrumento de emissão aos

obrigacionistas o direito de reembolso pelo valor nominal das obrigações ou em função do valor

corrente das ações da GALP, se superior. No caso de o reembolso ser determinado pelo valor das ações

subjacentes, a PARPÚBLICA tem a opção de escolha entre a entrega das ações ou da quantia em

dinheiro correspondente. Os investidores têm o direito de pedir o reembolso antecipado das obrigações

em 28-09-2015, ou a sua troca a partir de 28-03-2013. A PARPÚBLICA tem a possibilidade de reembolsar

as obrigações, se o valor das mesmas for igual ou superior a 30%, em pelo menos 20 dias úteis durante

30 dias úteis consecutivos, a partir de 13-10-2013. Prevê a possibilidade de os obrigacionistas exercerem

o direito de reembolso antecipado das obrigações se o Estado deixar de deter a totalidade do capital da

PARPÚBLICA e/ou perder o controlo direto ou indireto da sociedade e/ou ainda se os artigos 501º a

503º do Código das Sociedades Comerciais deixarem de se aplicar nas relações entre o Estado e a

sociedade ou da ocorrência de um evento de mudança do controlo da Galp. Adicionalmente, a

PARPÚBLICA tem a obrigação de reembolsar os obrigacionistas em caso de vencimento antecipado de

outras dívidas financeiras, de insolvência, de cessação total ou substancial dos negócios e de sujeição a

processos que afetem os ativos e os réditos.

Um empréstimo de 572,8 milhões de euros emitido em 2005, na sequência do Decreto-Lei n.º 186-

A/2005, de 09-12, sobre a 6.ª fase de reprivatização da EDP e com opção embutida de reembolso pelo

valor corrente das ações da EDP, teve reembolsos antecipados e libertação das ações subjacentes

correspondentes em 2008 e durante 2010, tendo ficado totalmente liquidado neste ano.

A opção embutida nos três empréstimos com opção de conversão e as ações subjacentes estão

mensuradas pelo justo valor através de resultados (vide nota 11). Os efeitos nos resultados ao longo dos

anos das alterações no justo valor dos empréstimos e das ações são:

2010 2009 2008 Até 2007

Variação do valor das opções -54 671 64 792 147 108 180 508

Variação do valor das ações subjacentes 252 431 124 044 -134 222 312 000

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Ganho líquido/Perda Líquida 197 761 188 836 12 886 131 492

Reconhecidas estas variações no valor, têm-se as seguintes quantias escrituradas:

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Empréstimo de 572 800 m€ 31-12-2010 31-12-2009 31-12-2008 Data de emissão

Obrigações no passivo: 0 538 010 573 406 569 697

Base (bond floor) 0 511 756 508 590 555 752

Opção 0 24 097 64 097 13 945

Direitos a dividendos 0 2 157 719 0

Acções no activo 0 447 301 386 894 403 200

Passivo - Activo 0 90 709 186 512 166 497

Empréstimo de 1 015 150 m€ 31-12-2010 31-12-2009 31-12-2008 Data de emissão

Obrigações no passivo: 980 753 980 817 998 168 1 015 404

Base (bond floor) 980 753 973 000 965 559 961 601

Opção 0 7 817 32 609 53 803

Acções no activo 377 429 471 218 407 581 260 957

Passivo - Activo 603 324 509 599 590 587 754 447

Empréstimo de 886 650 m€ 31-12-2010 31-12-2009 31-12-2008 Data de emissão

Obrigações no passivo: 971 764 885 650

Base (bond floor) 847 567 847 567

Opção 124 197 38 083

Despesas 5 120 6 440

Acções no activo 832 801 402 629

Passivo - Activo 138 963 483 021

A rubrica empréstimos bancários - não correntes, inclui um montante de 155 676 milhares de euros que

corresponde a um passivo gerado no âmbito de uma operação de securitização de créditos futuros,

realizada pela TAP em Dezembro de 2006, ao abrigo do Decreto-Lei nº 453/99, de 5 de Novembro, na

qual o Deutsche Bank atuou como lead manager, tendo os créditos futuros sido adquiridos pela Tagus –

Sociedade de Titularização de Créditos, S.A.

Em 29 de Dezembro de 2006 a TAP S.A., celebrou com a Tagus – Sociedade de Titularização de Créditos,

S.A., um contrato de cessão de créditos futuros no valor de 230 milhões de euros, pelo qual, nessa

mesma data, recebeu 228,8 milhões de euros, referente às vendas de títulos de transporte aéreos de

passageiros a realizar pela empresa nas suas diversas linhas e rotas em operação, ao longo de todo o

período de maturidade da operação, que decorre entre 2006 e 2016.

Esta operação foi registada contabilisticamente como um empréstimo de médio e longo prazo, pelo

valor de 228,8 milhões de euros correspondente ao montante inicialmente recebido pela venda dos

créditos futuros, líquido de despesas com a operação de 1,2 milhões de euros, sendo o encargo

financeiro associado a este passivo calculado com base em taxas normais de mercado.

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A rubrica empréstimos bancários - não correntes inclui ainda 1 606 083 milhares de euros (1 300 304

milhares de euros em 2009), relativos a financiamentos do Banco Europeu de Investimento ao Grupo

AdP.

Os passivos por locação financeira, incluídos na rubrica de outros empréstimos obtidos, detalham-se

como se segue:

Os passivos por locação financeira, correntes e não correntes, respeitam basicamente à TAP,

decorrentes de contratos de locação financeira de oito aviões Airbus A330, doze aviões Airbus A319,

cinco aviões Airbus A320, dois aviões Airbus A321, seis aviões Fokker 100, oito aviões Embraer 145 e de

outro imobilizado, encontrando-se o capital em dívida incluído no balanço nas rubricas passivos por

locação financeira, como segue:

31-12-2010 31-12-2009

Passivos por Locação Financeira 31-12-2010 31-12-2009

Locações Financeiras

Dívidas respeitantes locação financeira

Terrenos e recursos natura is - 585

Edi fícios e outras construções 23 023 26 261

Equi pamento bás ico 668 497 684 485

Equi pamento de transporte 1 870 3 596

Equi pamento Adminis trativo 61 10

Outras imobi l i zações corpóreas - 2 617

693 451 717 554

Futuros pagamentos mínimos

Até 1 ano 112 253 135 786

De 1 ano até 5 anos 388 281 335 595

Ma is de 5 anos 194 969 248 810

695 503 720 191

Juros

Até 1 ano 324 562

De 1 ano até 5 anos 928 1 438

Ma is de 5 anos 811 636

2 063 2 636

Valor presente dos pagamentos mínimos

Até 1 ano 111 931 135 223

De 1 ano até 5 anos 387 363 334 157

Ma is de 5 anos 194 157 248 174

693 451 717 554

2 084 468 2 157 936

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As responsabilidades de locação operacional do Grupo TAP não se encontram registadas no Balanço.

Estes contratos têm durações variáveis que podem ir até aos 10 anos, podendo ser prorrogados por

vontade expressa das partes contraentes.

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 existiam compromissos financeiros assumidos pelo Grupo TAP

relativos a rendas de locação operacional de aviões, no montante de 241 871 milhares de euros

(314 432 milhares de USD) e 259 777 milhares de euros (383 171 milhares USD), respetivamente.

Os planos de rendas das locações operacionais detalham-se como segue:

Nestes contratos existiam depósitos de garantia constituídos no montante global de 3 250 milhares de

euros em 31 de Dezembro de 2010 e 3 805 milhares de euros em 31 de Dezembro de 2009, que serão

devolvidos ao Grupo TAP, à medida que os aviões são restituídos aos locadores.

25. Responsabilidades por benefícios pós-emprego

Dívidas respeitantes a locação financeira

Equipamento básico 666 133 678 299

Outras imobilizações corpóreas 2 617

666 133 680 916

Pagamentos de fundos de capital

Até 1 ano 108 367 129 682

De 1 ano até 5 anos 378 752 316 612

Mais de 5 anos 179 014 234 622

666 133 680 916

31-12-2010 31-12-2009

Ate´1 ano 50 209 50 826

De 1 a 2 anos 43 213 44 007

De 2 a 3 anos 30 591 34 462

De 3 a 4 anos 22 811 25 550

Mais de 4 anos 95 047 104 932

241 871 259 777

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Responsabilidades por benefícios pós-emprego 31-12-2010 31-12-2009

Respons abi l idade por s erviços pas sados no inicio do período 166 407 189 099

Al teração ao perímetro -

Cus to de juros 14 433 14 487

Cus to do serviço corrente 3 667 3 613

Contribuições para Fundo de Pensões - empregador (15 982) (11 041)

Ganhos e perdas actuaria is 3 541 (13 117)

Al terações cambia is nos planos mens urados numa moeda di ferente 3 586 6 007

Rendimento activos do fundo (5 300) (9 634)

Benefícios pagos (5 884) (5 631)

Liquidações - 927

Outros 1 778 4 020

Respons abi l idade por s erviços pas sados no fina l do período 166 246 178 730

Excess o de cobertura (EGF)

Excess o de cobertura (EGF) (3) (119)

Va lor no início do período 36 168 47 111

Retorno efectivo 1 794 4 304

Contribuição ao fundo 2 131 2 089

Benefícios pagos (2 181) (2 997)

Outros 215 (292)

38 124 50 096

Excess o de Cobertura 1 212 2 296

Respons abi l idades por benefícios pós -emprego 130 456 130 930

31-Dez-10 31-Dez-09 31-Dez-08 31-Dez-07 31-Dez-06

Valor presente das responsabilidades 289 840 267 939 228 788 216426 221313

Valor dos activos dos fundos 160 597 139 306 113 215 106310 97266

Excedente/ Défice do plano 129 243 128 633 115 573 110 116 124 047

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O justo valor dos ativos dos planos eram os seguintes:

Por força do estipulado em acordos de empresa, o Grupo PARPÚBLICA mantém em algumas das

empresas (PARPÚBLICA, por via da fusão com a Portucel, TAP, Companhia das Lezírias, Lazer e Floresta,

EPAL, EGF e INCM) um conjunto de obrigações de benefícios definidos, para com os seus empregados,

que são tratadas nos termos previstos na IAS 19.

O retorno real dos ativos do plano foi de 7 678 milhares de euros (2009: 9 935 milhares de euros).

A taxa de retorno dos ativos do plano é determinada com base no retorno expectável, de acordo com a

política de investimentos estabelecida. São utilizadas yields de OT’s de longo prazo, Euribor 6 meses

(yield de curto prazo), taxas de retorno de instrumentos de capital e de propriedades de investimento

que reflitam taxas reais de longo prazo, com base na experiência e maturidade dos respetivos mercados.

Os planos de benefícios definidos contemplam não apenas benefícios de reforma mas, na TAP, também:

(i) prémios de jubilação que consistem em prémios a serem pagos, de uma só vez, aos pilotos de avião

na data da reforma e até aos 60 anos de idade, cuja garantia financeira advém dos capitais acumulados

num seguro de capitalização coletiva constituído pelo Grupo; e (ii) cuidados de saúde que o Grupo

assegura aos pré-reformados e reformados do segmento de Atividades Aeronáuticas.

O Acordo de Empresa da TAP S.A. celebrado com o Sindicato dos Pilotos de Aviação Civil (SPAC) prevê a

garantia, por parte da TAP S.A., para além de um plano de pensões, de um prémio de jubilação a cada

piloto, a ser pago de uma só vez no momento da reforma à data da formação da pensão completa, cuja

garantia financeira advém dos capitais acumulados num seguro de capitalização coletiva constituído

pela TAP S.A. em nome dos pilotos. Os princípios subjacentes à apólice de reforma coletiva celebrada

com a companhia seguradora, que reproduzem este Plano de Benefícios de Reforma dos Pilotos, são

como segue:

(i) Condições de admissão: Pilotos que se encontrem em efetividade de serviço;

Justo valor por categoria dos ativos do plano (em valor ou %)2010 2009

Instrumentos de capital próprio 34 840 30 584

Instrumentos de dívida 109 659 96 152

Propriedade 3 980 4 037

Outros ativos 12 118 8 534

160 597 139 306

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(ii) Idade normal de reforma: 60 anos;

(iii) Garantias: Cada participante terá direito, na idade normal de reforma a um capital de 16

vezes o último salário mensal declarado.

O financiamento do plano de benefícios é efetuado através da apólice, que é reforçada pelas

contribuições (prémios) efetuadas pela Empresa e pelo rendimento obtido a partir das aplicações

financeiras realizadas pela companhia seguradora num Fundo Autónomo que suporta esta modalidade

de seguro.

Após a alteração do acordo de empresa com o SPAC, em Outubro de 2008:

(i) Pilotos admitidos até 31 de Maio de 2007: o jubileu é mantido, mas apenas será devido no

caso de reforma à data da formação da pensão completa, podendo o capital ser

aumentado por cada ano de prestação de serviço após a formação da pensão completa;

(ii) Pilotos admitidos a partir de 1 de Junho de 2007: não existe jubileu.

A TAP S.A. assegura aos pré-reformados e reformados antecipadamente, que tenham idade inferior a 65

anos, um plano de saúde que lhes dá acesso a serviços médicos a uma taxa reduzida. Por outro lado, a

TAP S.A. vem facultando aos reformados, a título de liberalidade, a possibilidade de acesso e de

utilização dos serviços médicos da UCS, pelos quais pagarão, por cada ato clínico, uma parcela do custo

do serviço, sendo a parte restante suportada pela TAP S.A..

A TAP S.A. entende que o facto de permitir aos seus ex-trabalhadores, reformados a utilização dos

serviços de saúde prestados na UCS (uma empresa do Grupo TAP), não constitui uma obrigação, mas tão

somente uma liberalidade em cada momento concedida, pelo que não terá que registar qualquer

responsabilidade com a prestação de cuidados de saúde, relativamente aos trabalhadores

presentemente no ativo, para o período após a cessação da sua atividade laboral na empresa. Desta

forma, a esta data, a provisão existente cobre a totalidade das responsabilidades com atos médicos com

pré-reformados, reformados antecipadamente, tendo a referida responsabilidade sido determinada

com base em estudo atuarial calculado por entidade independente.

Nos termos do Regulamento dos Benefícios Sociais em vigor, os empregados do quadro permanente da

Lazer e Floresta e alguns colaboradores da PARPÚBLICA com mais de cinco anos de serviço e admitidos

até 2005 têm direito após a passagem à reforma ou em situações de invalidez, a um complemento

mensal de pensão de reforma ou de invalidez. Esse complemento está definido de acordo com uma

fórmula que toma em consideração a remuneração mensal ilíquida atualizada para a categoria

profissional do empregado à data da reforma e o número de anos de serviço, no máximo de 30, sendo

ainda garantidas pensões de sobrevivência ao cônjuge e a descendentes diretos. Para cobrir esta

responsabilidade foi constituído um fundo de pensões autónomo denominado Fundo de Pensões

Portucel, gerido por entidades externas, tendo sido transferida da Portucel SGPS para a Empresa a parte

do valor do fundo de pensões relativa ao funcionário que foi transferido aquando da sua constituição.

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A EPAL dispõe de um plano de benefícios sociais para os seus trabalhadores, o qual tem inerente o

compromisso do pagamento de um complemento da pensão de reforma (por idade e invalidez)

atribuída pela Segurança Social. Adicionalmente, suporta ainda as responsabilidades decorrentes de

situações de pré-reforma. As responsabilidades decorrentes do Plano de Pensões são financiadas

através do Fundo de Pensões EPAL, constituído em Novembro de 1990, sendo as pré-reformas

suportadas diretamente pela empresa. As responsabilidades globais da empresa são cobertas através

dos ativos do Fundo de Pensões e de uma provisão específica, registada no passivo da empresa. Em 22

de Março de 2008, a EPAL alterou o plano de pensões de benefício definido para um plano misto de

benefício definido e contribuição definida.

Relativamente às pré-reformas, no decurso do primeiro semestre de 2008, a EPAL alterou os

critérios/pressupostos relacionados com contabilização das responsabilidades da empresa para com os

pré-reformados. Até esse momento, era pressuposto que anualmente passaria à situação de pré-

reforma um conjunto de colaboradores representativos de 10% da massa salarial elegível para pré-

reforma, contribuindo esse pressuposto para o cálculo das respetivas responsabilidades. Como esta

situação se mostra desajustada da realidade, apenas passaram a ser consideradas como provisão, as

responsabilidades efetivas de pré-reforma, sendo que quando um colaborador entra em situação de

pré-reforma, é reconhecida no ano a totalidade da responsabilidade correspondente.

Ainda durante o primeiro semestre do ano, foi alterado o Plano de Pensões, passando de um Plano de

Benefício Definido (“BD”), para um Plano Misto de Benefício Definido e Contribuição Definida (“CD”).

Nessa sequência, a porção das responsabilidades BD da empresa correspondente aos colaboradores

atualmente em CD foi reduzida, bem como o correspondente valor do fundo, pois o mesmo foi

transferido para contas individuais dos colaboradores afetos ao Plano CD, conforme acordo firmado

entre Empresa e Organizações Representativas do Trabalhadores da EPAL.

Na EGF a responsabilidade pelo pagamento de pensões complementares de reforma por velhice ou

invalidez a conceder aos antigos empregados da Empresa, na parte que excede as que são garantidas

pela segurança social, está assegurada pelo Fundo de Pensões EGF, gerido pelo BPI-Pensões, S.A.. Em 1

de Janeiro de 2007, a Administração alterou o fundo de “benefício definido” para “contribuição

definida” para os seus atuais colaboradores.

A INCM tem responsabilidades relativamente a cuidados de saúde com o pessoal ativo e não activo

abrangido pelo regime da função pública e pelo regime geral, que não tendo fundo afecto, estão

reconhecidas no passivo.

As responsabilidades das diversas empresas do Grupo PARPÚBLICA foram determinadas por estudos

atuariais reportados a 31 de Dezembro de 2010, elaborados por entidades independentes,

individualmente para cada uma das empresas, utilizando o método “Unidade de Crédito Projetado” e

com os seguintes pressupostos dominantes:

Portugal

2010

Brasil

2010

Portugal

2009

Brasil

2009

Tábua de mortalidade TV 88/90 AT 83 TV 88/90 AT 83

Tábua de invalidez EVK80 IAPB – 57 EKV80 IAPB – 57

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Portugal

2010

Brasil

2010

Portugal

2009

Brasil

2009

Taxa de rendimento 4,75% 10,90% 5,50% 10,19%

Taxa de crescimento

Salários 1,50% - 2,5% 6,49% 2,50% 6,28%

Pensões 1,00% - 2,5% 4,40% 1,50% 4,20%

Pensão de reforma da Segurança Social 2,0% 2,0%

Custos médicos 1,50%-3% 2,50%

Caso a taxa de tendência dos custos médicos registe um aumento ou decréscimo de um ponto

percentual, o respetivo impacto nas responsabilidades do Grupo a 31 de Dezembro de 2010 é de 3 405

milhares de euros e 2 905 milhares de euros.

26. Adiantamentos de clientes

O saldo de adiantamentos de clientes respeita maioritariamente à TAP e mais especificamente a

adiantamentos da SPDH, no montante de 2 667 milhares de euros (2009: 3 005 milhares de euros).

27. Fornecedores

O montante em dívida a fornecedores c/c resulta sobretudo de valores a pagar pela TAP (108 088

milhares de euros), pela AdP (61 654 milhares de euros) e pela ANA (20 502 milhares de euros) no

desenvolvimento da sua atividade operacional.

Fornecedores 31-12-2010 31-12-2009

Forne ce dore s c/c 207 818 166 383

Forne ce dore s - fa ctura s e m re ce pçã o e confe rê nci a 35 777 16 577

Outros - 582

243 596 183 542

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100

28. Outras contas a pagar

Os adiantamentos por conta de vendas relacionam-se essencialmente com a venda de propriedades,

incluindo um valor de 26 000 milhares de euros (o mesmo montante que em 2009) referente ao Imóvel

do Pavilhão do Conhecimento.

As dívidas a fornecedores de imobilizados advêm essencialmente do Grupo AdP (93 milhões de euros

correntes e 32 milhões de euros não correntes) e da ANA (41 milhões de euros).

A diminuição verificada nos passivos correntes – pessoal, é explicada na sua maioria, pelo facto do

Grupo AdP, não ter efetuado qualquer estimativa de prémios a pagar em 2011 aos colaboradores e aos

seus gestores. Por imposição legal, não poderão ser pagos prémios no ano de 2011.

Outras Contas a Pagar Corrente Não Corrente

Adiantamentos por conta de vendas 45 809 477 63 682 -

Fornecedores de imobi l i zado 136 889 32 253 169 679 29 491

Entidades do grupo/fi l ia i s 137 - 2 -

Entidades participantes e participadas 543 - 3 643 -

Pessoa l 20 852 - 25 961 -

Sindicatos 316 - 360 -

Credores por subscrições não l iberadas - - 2 689 -

Consul tores , assessores e intermediários 152 2 164 -

Outros 705 048 149 034 280 150 94 912

Documentos pendentes de voo 239 237 - 206 984 -

Fornecedores 393 - - -

Acréscimos de gastos 237 850 12 256 204 932 15

1 387 226 194 022 958 245 124 418

31-12-2010

Corrente Não Corrente

31-12-2009

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101

O valor registado em documentos pendentes de voo, que provém da subsidiária TAP, corresponde ao

valor de venda do transporte de passageiros e carga, que no momento de venda é registado como um

passivo na rubrica “documentos pendentes de voo”. Quando o transporte é efetuado ou a venda é

cancelada, o valor de venda é transferido desta rubrica para rendimentos do exercício ou para uma

conta a pagar consoante o transporte tenha sido: (i) efetuado pela transportadora do Grupo ou a venda

cancelada sem direito a reembolso; (ii) efetuado por outra transportadora aérea ou a venda cancelada

com direito a reembolso. Periodicamente, são efetuadas análises automáticas do saldo da rubrica de

documentos pendentes de voo, de forma a corrigir os saldos dos bilhetes vendidos, no intuito de se

verificar os que já foram voados ou reembolsados. São também efetuadas análises parciais e não

automáticas do saldo da rubrica, por forma a detetar eventuais incorreções e situações anómalas.

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 a responsabilidade do Grupo relativamente a bilhetes emitidos e

não utilizados, registado na rubrica “Documentos pendentes de voo”, era a seguinte:

31-12-2010 31-12-2010

Passageiros 238 298 206 560

Carga 939 424

239 237 206 984

Durante os exercícios de 2010 e 2009, com base nas análises parciais e periódicas que são efetuadas a

esta rubrica resultaram ajustamentos às receitas de transporte de passageiros e de carga, nos

montantes de 59 345 milhares de euros e 59 310 milhares de euros, respetivamente, correspondentes

a, aproximadamente, 3% da receita voada, que foram reconhecidos na rubrica “Vendas e serviços

prestados”.

A rubrica outros – correntes, inclui basicamente:

• a quantia de 499 715 milhares de euros registados na PARPÚBLICA, dos quais, 460 724 milhares

de euros em dívida pela compra de ações da EDP;

• a quantia de 89 081 milhares de euros, essencialmente relativa a dívidas ao Estado Português

por aquisição de imóveis pela ESTAMO, tal como acontecia em 2009;

• a quantia de 65 853 milhares de euros (2009: 47 636 milhares de euros) referentes ao Grupo

TAP, que inclui essencialmente, taxas e impostos no montante de 41 119 milhares de euros

(2009: 29 751 milhares de euros) e saldos a pagar a outros credores no valor de 21 909 milhares

de euros (2009: 12 309 milhares de euros);

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102

• a quantia de 41 471 milhares de euros (2009: 36 456 milhares de euros) respeitante ao Grupo

AdP

A rubrica outros – não correntes inclui essencialmente:

• 4 646 milhares de euros (2009: 5 886 milhares d euros) correspondentes à dívida líquida do

Grupo BAÍA DO TEJO à Direção Geral do Tesouro;

• 138 559 milhares de euros (2009: 81 400 milhares de euros) relativos ao Grupo AdP,

respeitantes maioritariamente aos montantes em dívida aos municípios pela integração do

património nos sistemas Multimunicipais;

• 4 757 milhares de euros (2009: 6 370 milhares de euros) referentes garantias prestadas por

fornecedores de investimentos da ANA.

A rubrica de acréscimos de gastos - corrente inclui:

• o montante de 139 942 milhares de euros do Grupo TAP (2009: 138 820 milhares de euros)

referente essencialmente a remunerações (62 463 milhares de euros), reservas de manutenção

(11 894 milhares de euros), encargos especiais da atividade de venda (10 718 milhares de euros)

e remunerações a pessoal navegante (10 162 milhares de euros);

• a quantia de 52 556 milhares de euros referentes ao Grupo AdP (2009: 30 664 milhares de

euros);

• a quantia de 41 105 milhares de euros relativa ao Grupo ANA, a qual respeita nomeadamente a

gastos com pessoal (2010: 13 581 milhares de euros; 2009: 13 556 milhares de euros), juros a

liquidar (2010: 4 839 milhares de euros; 2009: 5 163 milhares de euros) e fornecimentos e

serviços externos (2010: 8 883 milhares de euros; 2009: 6 401 milhares de euros).

Os acréscimos de gastos não correntes correspondem na sua totalidade a responsabilidades contratuais

inerentes ao Contrato de Concessão na ANAM.

29. Outros passivos financeiros

Outros passivos financeiros

Pass ivos financeiros pelo justo va lor por via dos resul tados

Pass ivos financeiros mens urados ao cus to amortizado - - - 351

SWAPS - 16 107 - 9 335

- 16 107 - 9 686

Correntes Não Correntes

31-12-2010

Correntes Não Correntes

31-12-2009

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103

O valor registado em outros passivos financeiros corresponde aos swaps de taxa de juro não integrados

na contabilidade de cobertura valorizados pelo seu justo valor à data de balanço, com base em

valorizações indicadas por entidades independentes, sendo que 14 915 milhares de euros

correspondem ao Grupo AdP e que 1 192 milhares de euros respeitam ao Grupo ANA.

O justo valor dos derivados é estimado com base em instrumentos cotados. Na ausência de preços de

mercado, o justo valor dos derivados é estimado através do método de fluxos de caixa descontados

determinados por entidades externas, tendo por base técnicas de valorização aceites pelo mercado

30. Vendas e serviços prestados

Conforme se pode constatar pela análise do relato por segmentos de negócio apresentado na nota 1, as

Atividades Aeronáuticas evidenciam-se como o segmento mais significativo contribuindo com cerca de

2 653 milhões de euros (2 395 milhões de euros em 2009), correspondentes a 74% (2009: 74%) do total

de vendas e prestações de serviços. O segundo segmento mais significativo é o de Águas e Resíduos

contribuindo com cerca de 723 milhões de euros (659 milhões de euros em 2009), correspondentes a

20% (2009: 20%) do total de vendas e prestações de serviços.

31 - Subsídios à exploração

Subsídios à exploração

2010 2009

Relacionados com activos biológicos 1 843 1 881

Outros rendimentos e ganhos 14 124 11 942

Total 15 967 13 823

R édito das vendas e dos serv iços prestados2010 2009

V e n d a s

Me rca d o I n te rn o 545 618 481 480

Me rca d o Exte rn o 141 341 124 664

686 958 606 144

Pre s ta çõ e s d e S e rvi ço s

Me rca d o I n te rn o 911 221 1 255 538

R e n d a s d e p ro p ri e d a d e d e i n ve s ti m e n to 28 989 27 215

Me rca d o Exte rn o 1 950 321 1 327 118

2 890 531 2 609 871

Total 3 577 489 3 216 015

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104

Os subsídios à exploração relacionados com ativos biológicos dizem respeito à atividade operacional da

Companhia das Lezírias.

Os outros rendimentos e ganhos dizem respeito aos subsídios à exploração provenientes,

essencialmente, das seguintes empresas:

• TAP – 4 101 milhares de euros (2009: 2 420 milhares de euros) de subsídios a receber do Estado

relativamente à comparticipação no preço de venda do bilhete para passageiros com destino ou

origem nos arquipélagos dos Açores, desde que os passageiros se enquadrem no regime legal

aplicável. O montante reconhecido em cada exercício corresponde à estimativa do Grupo TAP

do valor a receber por bilhetes voados no próprio exercício por passageiros abrangidos pelo

benefício;

• INCM – 5 502 milhares de euros (2009: 5 500 milhares de euros) de subsídios de exploração

atribuído pelo Estado a título de compensação indemnizatória relativo ao acesso universal e

gratuito do Diário da República Electrónico, bem como pelo serviço público prestado pelas

Contrastarias;

• CE – 3 859 milhares de euros (2009: 2 804 milhares de euros) de subsídios destinados à

realização do evento Moto GP.

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32 - Ganhos e perdas imputados de associadas

G anhos/perdas im putados de associadas 2010 2009

G anhos/perdas pela aplicação do m étodo de equivalência patrim onial

ED P - En e rg i a s d e Po rtu ga l , S .A. 140 007 136 787

R EN – R e d e El é ctri ca N a ci o n a l , S .A. 55 023 66 921

S Pd H - S e rvi ço s Po rtu gu e s e s d e H a n d l i n g , S .A. (43 556) (29 596)

G ALP 24 864 24 303

Pa rca i xa , S G PS , S A 2 866 9 234

I N APA - I n ve s t. Pa rt. E G e s tã o , S A 1 200 708

CV P - S o ci e d a d e d e G e s tã o H o s p i ta l a r, S .A . 606 569

Cre d i p - I n s ti tu i çã o F i n a n ce i ra d e Cré d i to 132 85

I S O TAL - I m o b i l i á ri o d o S o ta ve n to A l ga rvi o , S .A. (30) -

A .A.E. – Aca d e m i a Ae ro n á u ti ca d e Évo ra , S .A. 319 -

Mu l ti ce rt - S e rvi ço s d e Ce rti f i ca çã o E l e ctró n i ca 160 61

O R I V ÁR Z EA, S .A . 30 181

PO R TO S I D ER 3 5

AD A - Ad m i n i s tra çã o Ae ro p o rto s , Ld a 340 485

Subtota l 181 963 209 744

O u tra s p e rd a s

S EAP (e xti n çã o ) (829) -

Subtota l (829) -

TOTAL 181 134 209 744

33 - Dividendos de participações ao custo e ao justo valor

34 - Variação nos inventários da produção

V ariação nos inventários da produção (V ariação da

Produção)

Pro d u to s

a ca b a d o s e

i n te rm é d i o s

Su b p ro d u to s ,

d e s p e rd íci o s ,

re s íd u o s e

re fu go s

Pro d u to s e

tra b a l h o s

e m cu rs o

Pro d u to s

a ca b a d o s e

i n te rm é d i o s

Su b p ro d u to s ,

d e s p e rd íci o s ,

re s íd u o s e

re fu go s

Pro d u to s e

tra b a l h o s

e m cu rs o

I n ve n tá ri o s I n i ci a i s R e e xp re s s o s (11 774) (769) (25 855) (14 339) (3 437) (41 765)

R e gu l a ri za çã o d e I n ve n tá ri o s (605) 14 (7 926) 1 892 4 20

I n ve n tá ri o s F i n a i s 9 959 1 945 33 036 11 774 769 25 855

Variação da Produção (2 421) 1 191 (745) (673) (2 665) (15 890)

(1 974) (19 228)

2010 2009

D i v id e n d o s d e p a rt ic ip a d a s a o c u s t o e a o ju s t o v a lo r 2 0 1 0 2 0 0 9

E D P - E n e rg i a s d e P o r t u g a l , S A 4 3 8 5 1 4 2 1 7 4

P T - P o r t u g a l T e l e c o m , S A 1 2 8 0 4 6 1

O u t ro s 5 4 4 7 6

4 5 1 8 5 4 3 1 1 1

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35 - Trabalhos para a própria entidade

Os trabalhos para a própria entidade, relativos aos ativos fixos tangíveis, incluem essencialmente a

capitalização de custos diretos relacionados com as áreas técnicas envolvidas na construção dos ativos

do Grupo ANA, no montante de 2 148 milhares de euros (2009: 2 959 milhares de euros), assim

decompostos:

• Mercadorias vendidas e matérias consumidas – 8 milhares de euros;

• Fornecimentos e serviços externos – 418 milhares de euros; e

• Outros gastos – 1 722 milhares de euros.

Os trabalhos para a própria entidade relativos aos outros ativos não correntes, no montante de 33 525

milhares de euros (2009: 42 533 milhares de euros), dizem respeito na sua totalidade ao Grupo AdP e

respeitam à capitalização de fornecimentos e serviços externos, gastos com o pessoal e gastos

financeiros que resultam da sua incorporação na formação do gasto dos direitos de utilização de

infraestruturas, assim decompostos:

• Gastos com o pessoal – 9 826 milhares de euros (2009: 8 526 milhares de euros);

• Fornecimentos e serviços externos – 7 157 milhares de euros (2009: 8 805 milhares de euros); e

• Gastos financeiros – 16 541 milhares de euros (2009: 25 201 milhares de euros).

T ra ba lhos pa ra a própria e ntida de2 0 10 20 0 9

A tiv o nã o corre nte

A ti vo s f i xo s ta n g íve i s 2 49 4 3 7 6 3

O u tro s a ti vo s n ã o co rre n te s 3 3 52 5 4 2 5 3 3

3 6 01 9 4 6 2 9 6

A tiv o corre nte

I n ve n tá ri o s 2 40 6 1 6 5 0

2 40 6 1 6 5 0

T O T A L 3 8 42 5 4 7 9 4 6

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Os trabalhos para a própria entidade relativos aos inventários, no montante de 2 406 milhares de euros

(2009: 1 650 milhares de euros), dizem respeito a obras realizadas pela unidade de negócios de

manutenção e engenharia da TAP S.A., relativas a trabalhos de manutenção para a frota do Grupo.

36 - Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas

O custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas em 2010, no montante de 289 675

milhares de euros (2009: 255 517 milhares de euros), incluem, essencialmente:

• 175 829 milhares de euros maioritariamente relacionados com material técnico para utilização

na reparação de aeronaves do Grupo TAP (2009: 180 238 milhares de euros),

• 60 647 milhares de euros de imóveis do Grupo SAGESTAMO (2009: 25 217 milhares de euros),

• 30 364 milhares de euros relativos a reagentes e contadores do Grupo AdP com (2009: 25 360

milhares de euros), e

• com 17 481 milhares de euros moedas e outros bens relativos à INCM (2009: 19 044 milhares

de euros).

Os movimentos respeitantes a regularização de existências de 2009 respeita essencialmente ao Grupo

SAGESTAMO e referem-se à transferência em 2009, de imóveis classificados como propriedades de

investimento em 2008 e reclassificados para existências em 2009.

37 - Fornecimentos e serviços externos

Fornecimentos e serviços externos2010 2009

Combus tíve i s 533 119 366 022

Outros ma te ri a i s e s e rvi ços cons umi dos 248 605 297 263

Tra ba l hos e s pe ci a l i za dos 160 301 129 726

Ta xa s de na ve ga çã o a é re a 151 840 124 180

Custo das mercadorias vendidas e das matérias

consumidos (CMVMC)

Me rca dori a s Ma té ri a s -

pri ma s ,

s ubs i d i á ri a s e

de cons umo

Me rca dori a s Ma té ri a s -

pri ma s ,

s ubs i d i á ri a s e

de cons umo

Inve ntá ri os In i ci a i s Re e xpre s s os 373 998 168 193 205 861 103 577

Al te ra çõe s a o pe ríme tro de cons o l i da çã o - - - -

Compra s 399 455 204 033 215 161 205 918

Re gul a ri za çã o de Exi s tê nci a s 8 545 (13 123) 61 024 6 167

Exi s tê nci a s Fi na i s (627 598) (223 828) (373 997) (168 193)

Inventários Consumidos e Vendidos 154 400 135 276 108 049 147 469

289 675 255 518

20092010

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O segmento de atividade que mais contribuiu para esta rubrica da demonstração dos resultados foi o

sector de atividades aeronáuticas, representando cerca de 85% (84% em 2009) dos gastos incorridos.

Os combustíveis são o gasto mais representativo, com cerca de 30% do total de fornecimentos e

serviços externos.

O aumento de gastos relacionados com fornecimentos e serviços externos deve-se, essencialmente, ao

aumento da atividade do Grupo TAP face ao período homólogo acompanhada pelo aumento do preço

médio do jet fuel.

Os outros materiais e serviços consumidos advêm essencialmente do Grupo TAP (93 477 milhares de

euros), do Grupo AdP (81 242 milhares de euros) e do Grupo ANA (57 042 milhares de euros).

38 - Gastos com o pessoal

Gastos com o pessoal 2010 2009

Re mune ra çõe s 649 719 619 381

Enca rgos Soci a i s 129 888 124 582

Outros ga s tos com o pe s s oa l 79 366 64 479

Ga s tos com be ne fíci os de re forma 20 104 4 145

879 076 812 588

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As remunerações atribuídas aos membros dos órgãos sociais da PARPÚBLICA e das suas subsidiárias em

31 de Dezembro de 2010, foram:

Mesa da Assembleia Geral: 104 milhares de euros

Conselho de Administração / Gerência: 7 748 milhares de euros

Conselho Fiscal/ Revisor Oficial de Contas: 570 milhares de euros

Os outros gastos com o pessoal advêm, essencialmente, do Grupo TAP (52 858 milhares de euros), assim

decompostos:

• Gastos de ação social – 12 657 milhares de euros (2009: 14 723 milhares de euros);

• Indemnizações – 12 849 milhares de euros (2009: 2 962 milhares de euros);

• Seguros – 11 564 milhares de euros (2009: 10 505 milhares de euros);

• Comparticipações de refeições – 4 900 milhares de euros (2009: 7 043 milhares de euros);

• Seguros de acidentes de trabalho – 3 464 milhares de euros (2009: 3 798 milhares de euros);

• Outros gastos com o pessoal – 7 424 milhares de euros (2009: 5 332 milhares de euros).

Os outros gastos com o pessoal incluem, ainda, incentivos e indemnizações no montante de 8 595

milhares de euros referentes ao Grupo ANA, que foram calculados ao abrigo do Plano de Otimização do

Efetivo.

Por força do estipulado em acordos de empresa, o Grupo PARPÚBLICA mantém um conjunto de

obrigações de benefícios definidos, para com os seus empregados, que são tratadas nos termos

previstos na IAS 19.

Os gastos com benefícios de reforma, incluem 17 189 milhares de euros respeitantes ao Grupo TAP

(2009: 1 843 milhares de euros) e 2 418 milhares de euros respeitantes ao Grupo AdP (2009: 1 837

milhares de euros). O movimento ocorrido no ano relativamente aos passivos de benefícios definidos,

G a stos com B e nef íc ios de R e form a2010 2009

Cu s to d o s e rvi ço co rre n te 3 605 3 535

Cu s to d e ju ro s 14 388 13 786

R e to rn o e s p e ra d o d o s a ti vo s d o p l a n o ( 12 337) ( 11 322)

G a n h o s e p e rd a s a tu a ri a i s 12 934 ( 6 475)

O u tro s 1 514 4 621

TO TA L 20 104 4 145

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bem como os principais pressupostos atuariais utilizados na elaboração dos estudos, são apresentados

na nota 25.

39 - Ajustamentos de inventários

Os valores registados na rubrica de inventários (vide nota 18) encontram-se líquidos das perdas e

ganhos do exercício.

As perdas e reversões de mercadorias são registadas em função do valor realizável líquido, o qual se

encontra estimado em 31 de Dezembro de 2010 com base em avaliações efetuadas por peritos

avaliadores independentes, estando relacionadas com o Grupo SAGESTAMO.

As perdas em inventários de matérias-primas, subsidiárias e de consumo referem-se maioritariamente a

ajustamentos nas subsidiárias do Grupo TAP (TAP, S.A. e TAP Manutenção e Engenharia Brasil). As

reversões efetuadas em ajustamentos de inventários de matérias-primas, subsidiárias e de consumo

referem-se a ajustamentos efetuados pela subsidiária do Grupo TAP (TAP Manutenção e Engenharia

Brasil).

As restantes reversões de matérias primas, subsidiárias e de consumo referem-se à INCM.

40 - Imparidade de dívidas a receber

Imparidade de dívidas a receber Aju s ta me ntos

e m co nta s a

re ce be r

Re ve rs ã o d e

a ju s ta me nto s

e m con ta s a

re ce be r

Conta s a re ce be r - nã o corre nte 207 - (440)

Cl i e n te s 12 461 12 911 24 466 721

Outra s co nta s a re ce b e r - corre nte s 3 066 322 2 091 1 370

Outro s a ti vos e pa s s i vos fi na n ce i ro s 92 1 791 48 14 612

2010 2009

Ajus ta me nto s

e m conta s a

re ce b e r

Re ve rs ã o de

a jus ta me ntos

e m conta s a

re ce be r

Ajustamentos em inventários

2009

Me rca dori a s 14 753 93 5 195 1 627

Produtos a ca ba dos e i nte rmé di os 44 1 063 - 373

Subprodutos , de s pe rd íci o s . re s íduo s e re fugos

- 13 - 132

Ma té ri a s -pri ma s , s ubs i d i á ri a s e de cons umo

11 559 15 024 9 650 965

26 356 16 193 14 845 3 097

(10 163) (11 748)

2010

Pe rda s e m

i nve ntá ri os

Re ve rs ã o de

a jus ta me ntos

e m i nve ntá ri os

Pe rda s e m

i nve ntá ri os

Re ve rs ã o de

a jus ta me ntos

e m i nve ntá ri o s

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111

Os valores registados na rubrica de clientes (vide nota 19) encontram-se líquidos das perdas e ganhos do

exercício.

O reforço efetuado em ajustamentos de dívidas a receber resulta, essencialmente, de: (i) ajustamentos

no montante de 6 922 milhares de euros efetuados pelo Grupo TAP; (ii) ajustamentos no montante de

5 697 milhares de euros efetuados pelo Grupo AdP; (iii) ajustamentos no montante de 2 660 milhares de

euros efetuados pelo Grupo ANA.

Relativamente às reversões de ajustamentos em contas a receber, o reforço existente em 2010 é

composto, essencialmente, por: (i) reversão efetuada pelo Grupo TAP em 11 229 milhares de euros; (ii)

reversão efetuada pelo Grupo ANA em 3 144 milhares de euros.

41 - Provisões

O detalhe do valor apurado na rubrica aumentos e diminuições de provisões, líquidas de dotações e

reversões, para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, é o seguinte:

Provisões (gastos / reversões) 2010 2009

Provisão para proces sos judicia is em curso 14 162 (2 228)

Fianças a ass ociadas 387 95

Benefícios de Reforma e Equiva lentes / Pens ões 25 (125)

Impos tos (462) (1 470)

Outras provisões 14 075 (7 437)

Provisão para contingências fi sca is - Bras i l - 1 255

Provisão para contingências labora is - Bras i l - (4 193)

28 187 (14 103)

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112

Os principais aumentos encontram-se discriminados na nota 23 - provisões, destacando-se os

montantes mais significativos no Grupo AdP e no Grupo TAP, resultantes de processos judiciais em curso

e outras provisões.

42 - Imparidade de investimentos

Perdas por

im paridade

R eversão das

perdas por

im paridade

Te rre n o s e re cu rs o s n a tu ra i s 500 - 5 211 924

G o o d w i l l

S PE (G o o d w i l l ) 18 426

O u tro s a ti vo s f i n a n ce i ro s

ED P - En e rgi a s d e Po rtu ga l , S .A. 145 866

I N APA - I n ve s t. Pa rt. E G e s tã o , S A 15 400 13 978

S o ci e d a d e M i n e i ra d o Lu ca p a 24 358

H CB - H i d ro e l é ctri ca d e Ca h o ra B a s s a , S .A 40 242

Li s n a ve – I n fra e s tru tu ra s N a va i s 529

Co m p a n h i a d a s Le zíri a s , S .A. 318

La ze r e F l o re s ta - Em p re s a d e

D e s e n vo l vi m e n to Agro -F l o re s ta l , S .A. 4 515

O u tro s 41

231 768 - 23 638 14 902

(231 768) (8 736)

Im paridade de outros investim entos não

depreciáveis

2010

Perdas por

im paridade

R eversão das

perdas por

im paridade

2009

O valor da imparidade de outros ativos não depreciáveis inclui:

• EDP e INAPA, respetivamente o montante de 145 866 milhares de euros e 15 400 milhares de

euros, correspondentes à diferença entre a quantia escriturada após a aplicação do método de

equivalência patrimonial e o justo valor dado pela cotação das ações destas empresas à data de

31 de Dezembro de 2010;

• Sociedade Mineira do Lucapa (SML), o montante de 24 358 milhares de euros, correspondentes

ao valor escriturado da participação e dos suprimentos da SPE na SML, dado ter sido realizada

uma avaliação por entidade independente que atribui quantia negativa ao equity value da SML;

• HCB – Hidroeléctica de Cahora Bassa, S.A., no montante de 40 242 milhares de euros, em

resultado de um estudo de avaliação realizado por uma entidade independente, no qual se

utilizou o Dividend Discount Model (DDM) para calcular o valor da empresa. O valor médio

indicado pelo estudo reportado a 31 de Dezembro de 2010 para a participação de 15% é de 100

milhões de euros, o qual se considerou como referência para o justo valor menos os custos de

vender. Perante a quantia escriturada de 140 242 milhares de euros, reconheceu-se uma perda

por imparidade de 40 242 milhares de euros.

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Foi efetuada uma avaliação ao imóvel do Autódromo do Estoril, utilizando como metodologia os

Discount Cash Flows (DCF) numa ótica de valor de uso, para apuramento da quantia recuperável, dada a

inexistência de estimativa credível e atual do justo valor menos os custos de vender. Os terrenos e

edifícios, com uma quantia escriturada de 30 667 milhares de euros, apresentam uma imparidade a 31

de Dezembro de 2010 de 18 314 milhares de euros.

43 - Aumentos / reduções de justo valor

Os ajustamentos positivos e negativos de justo valor em propriedades de investimento respeitam às

seguintes entidades (valores líquidos):

• Grupo SAGESTAMO – 504 milhares de euros negativos (2009: 3 101 milhares de euros

negativos);

• Baía do Tejo - 306 milhares de euros positivos (2009: 532 milhares de euros negativos);

A um e ntos / re duçõe s de jus to v a lor20 1 0 2 0 0 9

A jus ta m e ntos Pos itiv os

P ro p ri e d a d e s d e i n ve s t i m e n to 7 4 21 18 9 9 6

A ti vo s b i o l ó g i co s 4 0 04 3 5 0 7

G a n h o s d e o u tra s p a rti c i p a çõ e s va l o ri z a d a s a o ju s to va l o r p o r vi a

d o s re s u l ta d o s

4 2 8 6 82 19 8 8 0 1

O u tro s 15 1 -

4 4 0 2 58 22 1 3 0 3

A jus ta m e ntos N e g a tiv os

P ro p ri e d a d e s d e I n ve s t i m e n to 1 2 33 35 4 8 1

A ti vo s b i o l ó g i co s 4 0 90 -

P e rd a s d e o u tra s p a rti c i p a çõ e s va l o ri z a d a s a o ju s to va l o r p o r vi a d o s

re s u l ta d o s

2 6 9 4 33

P e rd a s d e I n ve s t i m e n to s f i n a n ce i ro s p e l o ju s to va l o r p o r vi a d o s

re s u l ta d o s

82 3 -

O u tro s 15 9 -

2 7 5 7 37 35 4 8 1

1 6 4 5 21 18 5 8 2 3

Imparidade de outros investimentos depreciáveis Perdas por

imparidade

Reversão das

perdas por

imparidade

Ativos fixos tangíveis depreciáveis

Te rre n os e re cu rs os na tura i s 5 592 - - -

Edi fíci os e outra s cons tru çõe s 12 722 - 60 -

Equ i p a me nto bá s i co - - 177 -

18 314 - 237 -

2010

Perdas por

imparidade

Reversão das

perdas por

imparidade

2009

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• ENVC Imobiliária - 84 milhares de euros positivos (2009: 15 406 milhares de euros negativos);

• Companhia das Lezírias – 8 milhares de euros negativos (2009: 18 milhares de euros negativos);

• Fundo IIF Estamo - 3 189 milhares de euros positivos;

• Lazer e Floresta - 3 121 milhares de euros positivos (2009: 2 312 milhares de euros positivos).

Os métodos utilizados para a determinação do justo valor encontram-se discriminados na nota 6

(Propriedades de Investimento).

Os ajustamentos positivos e negativos de justo valor em ativos biológicos respeitam às seguintes

entidades (valores líquidos):

• Companhia das Lezírias - 1 976 milhares de euros positivos (1 404 milhares de euros positivos);e

• Lazer e Floresta – 2 062 milhares de euros negativos (2 103 milhares de euros positivos).

Os ganhos de investimentos financeiros pelo justo valor por via dos resultados correspondem

essencialmente:

• ao reconhecimento da variação positiva de justo valor das opções dos empréstimos permutáveis

emitidos pela PARPÚBLICA no montante de 31 743 milhares de euros e variação negativa das

ações da EDP classificadas como subjacentes a essas opções no montante de 177 170 milhares

de euros negativos (2009: ganhos conjuntos nas opções e ações de 188 836 milhares de euros);

• ao reconhecimento da variação negativa de justo valor da opção do empréstimo permutável

emitido pela PARPÚBLICA no montante de 86 414 milhares de euros e da variação positiva das

ações da GALP classificadas como subjacentes a essa opção no montante de 430 173 milhares

de euros.

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44 - Outros rendimentos e ganhos

Os rendimentos suplementares advêm, essencialmente, do segmento de atividades aeronáuticas e

referem-se, entre outros, a vendas de material de armazém recuperado de 19 592 milhares de euros

(2009: 30 912 milhares de euros), venda de milhas do programa TAP Victoria a parceiros de 12 185

milhares de euros (2009: 17 275 milhares de euros), rendimentos com publicidade de 3 671 milhares de

euros (2009: 3 800 milhares de euros), rendas e sublocações de 2 334 milhares de euros (2009: 3 857

milhares de euros), aluguer de aeronaves de 2 392 milhares de euros (2009: 2 402 milhares de euros) e

7 554 milhares de euros relativos ao Grupo ANA (2009: 6 301 milhares de euros).

Os rendimentos de juros advêm essencialmente do investimento nas “Notes” por parte da SAGESECUR,

no montante de 7 956 milhares de euros (2009: 21 552 milhares de euros), bem como da PARPÚBLICA

em 2 579 milhares de euros (2009: 6 840 milhares de euros).

A rubrica REFIS no montante de 55 734 milhares de euros em 2009 corresponde ao impacto favorável da

adesão da TAP Manutenção e Engenharia Brasil, S.A. ao programa de refinanciamento fiscal “REFIS”.

Os outros rendimentos e ganhos incluem, por parte da PARPÚBLICA, 2 365 milhares de euros referentes

a alienações de ações EDP e 6 033 milhares de euros referentes a rendimentos recebidos de swaps.

As diferenças de câmbio favoráveis respeitam ao Grupo TAP (10 294 milhares de euros) e ao Grupo AdP

(885 milhares de euros).

Outros rendimentos e ganhos operacionais2010 2009

Operações em Continuação

Re ndi me ntos s up l e me nta re s 72 853 87 448

Ga nhos e m e xi s tê nci a s 2 530 565

Ga nhos e m i mobi l i za çõe s 7 930 6 638

Outros Re ndi me ntos e Ga nhos de Propri e da de s de Inve s ti me nto 5 057 2 546

Re ndi me ntos de juros e outros prove i tos fi na nce i ros 12 326 29 497

Compe ns a çã o de d i vi da s fi s ca i s no Bra s i l (Progra ma REFIS) - 55 734

Outros re nd i me ntos e ga nhos 23 205 15 547

D i fe re nça s de câ mbi o fa vorá ve i s 11 179 18 746

-

Total 135 079 216 719

Operações Descontinuadas

Outros re nd i me ntos e ga nhos - 14 159

Total - 14 159

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45 - Outros gastos e perdas

A rubrica de Impostos inclui, essencialmente, 9 446 milhares de euros do Grupo AdP (2009: 9 984

milhares de euros), 7 937 milhares de euros da TAP (2009: 5 059 milhares de euros), 4 611 milhares de

euros da INCM (2009: 4 388 milhares de euros) e 924 milhares de euros do Grupo ANA (2009: 678

milhares de euros).

As perdas em imobilizações e existências referem-se, essencialmente ao Grupo TAP, com um total de

perdas de 1 732 milhares de euros e 9 821 milhares de euros, respetivamente, relativas na sua maioria à

subsidiária TAP Manutenção e Engenharia Brasil.

A rubrica de outros gastos e perdas inclui, essencialmente:

• 15,3 milhões de euros do Grupo AdP, dos quais 11,7 milhões de euros se referem a anulações

de créditos incobráveis por parte da AdP Internacional;

• 13,8 milhões de euros do Grupo ANA, dos quais 10,2 milhões de euros (2009: 5 milhões de

euros) dizem respeito a incentivos a companhias aéreas e que têm como objetivo a captação de

tráfego, designadamente, formação de novas rotas e/ou frequências e a otimização da

capacidade oferecida nos aeroportos do Grupo ANA; e

• 6,2 milhões de euros do Grupo TAP, que se referem a gastos e perdas operacionais com a TAP

Manutenção e Engenharia Brasil, a quotizações, a gastos e encargos com trabalhos e

equipamentos e outros gastos e perdas operacionais não especificados.

• Serviços bancários – 2 749 milhares de euros;

Outros gastos e perdas operacionais2010 2009

Impos tos 23 868 21 074

Pe rda s e m i mobi l i za çõe s 2 218 4 251

Uti l i za çã o fra udul e nta de ca rtõe s de cré d i to 120 151

Pe rda s e m e xi s tê nci a s 10 999 6 450

Mul ta s e pe na l i da de s 4 593 1 120

Outros 41 630 17 908

D i fe re nça s de câ mbi o de s fa vorá ve i s 1 185 3 476

Outros ga s tos e pe rda s fi na nce i ros 15 455 17 099

100 068 71 529

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46 - Gastos/reversões de depreciação e de amortização

47 - Subsídios ao investimento

Os rendimentos relacionados com amortização de subsídios ao investimento totalizaram 78 114 e

72 494 milhares de euros em 2010 e 2009.

Os subsídios ao investimento advêm maioritariamente do segmento das águas e resíduos (92% do valor

dos subsídios) e do segmento das atividades aeronáuticas (5% do valor dos subsídios).

Gastos/reversões de depreciação e de am ortização 2010 2009

Ativos fixos tangíveis

Te rre n o s e re cu rs o s n a tu ra i s 463 414

Ed i fíci o s e o u tra s co n s tru çõ e s 44 940 46 850

Eq u i p a m e n to b á s i co 184 486 184 035

Eq u i p a m e n to d e tra n s p o rte 3 644 3 181

Fe rra m e n ta s e u te n s íl i o s 1 394 1 707

Eq u i p a m e n to Ad m i n i s tra ti vo 8 395 12 113

Ou tra s i m o b i l i za çõ e s co rp ó re a s 8 188 5 183

251 510 253 485

Ativos intangíveis

Ge ra d o s I n te rn a m e n te - -

Co m vi d a u ti l i n d e fi n i d a 668 1

Ou tro s a ti vo s fi xo s i n ta n gíve i s - -

Co m vi d a u ti l fi n i ta 200 898 190 499

201 566 190 500

Propriedades de Investimento (m étodo do custo) 1 -

Ativos Biológicos (m étodo do custo) 42 40

Total 453 119 444 025

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48 - Juros e rendimentos e gastos similares obtidos / suportados

Os outros juros obtidos no montante de 30 852 milhares de euros incluem, essencialmente:

• 17 197 milhares de euros do Grupo AdP

• 6 896 milhares de euros de juros de investimentos do Grupo TAP

• 3 765 milhares de euros do Grupo SAGESTAMO

• 1 406 milhares de euros da INCM; e

• 1 356 milhares de euros da aplicação temporária dos montantes de empréstimo obtidos e ainda

não utilizados pelo Grupo ANA.

A variação de 10 108 milhares de euros da rubrica diferenças de câmbio favoráveis provém, na sua

maioria, do Grupo AdP, justificada:

• pela venda à banca, no início de 2010, da dívida da Águas de Guariroba, que em 2009

apresentava diferenças cambiais positivas; e

• pela diferença de câmbio negativa do empréstimo que a AdP SGPS tem em ienes, que tinha

apresentado diferenças cambiais positivas em 2009.

Os outros rendimentos e ganhos financeiros, no montante de 3 268 milhares de euros, correspondem

na totalidade ao Grupo AdP e resultam na sua maioria do efeito do justo valor associado aos derivados,

assim decompostos:

• Swap de taxa de câmbio (positivos): 8 426 milhares de euros

• Swap de taxa de juro (positivos): 4 468 milhares de euros

• Swap de taxa de juro (negativos): 10 047 milhares de euros

J u ro s e re n d im e n t o s e g a s t o s s im ila re s o b t id o s / s u p o rt a d o s 2 0 1 0 2 0 0 9

R e n d im e n t o s e G a n h o s

J u r o s d e I n v e s t . F i n a n . n ã o r e g i s t a d o s p e l o ju s t o v a l o r p o r v i a d o s 4 3 6 -

O u tr o s ju ro s 3 0 8 5 2 2 9 4 7 2

R e n d i m e n to s d e p a r t i c i p a ç ã o d e c a p i t a l 1 1 2 5 2 7 2

D i f . d e c â m b i o f a v o rá v e i s 6 6 3 1 0 7 7 1

D e s c o n t o s d e p r o n t o p a g a m e n t o o b t i d o s - 9

O u tr o s re n d i m e n t o s e g a n h o s f i n a n c e i ro s 3 2 6 8 1 8 5 7 2

3 6 3 4 4 5 9 0 9 6

G a s t o s e P e rd a s

J u r o s s u p o r t a d o s 2 9 1 1 4 6 2 8 4 5 8 8

D i f . d e c â m b i o d e s f a v o rá v e i s 1 0 6 7 6 1 7 7 3

P e r d a s n a a l i e n a ç ã o d e a p l i c a ç õ e s d e t e s o u ra r i a - 6

O u tr o s g a s t o s e p e r d a s f i n a n c e i ro s 1 9 7 2 6 1 5 5 3 7

3 2 1 5 4 8 3 0 1 9 0 5

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119

Os juros suportados de financiamentos no montante de 291 146 milhares de euros incluem, na sua

maioria:

• 150 965 milhares de euros relativos à PARPÚBLICA;

• 74 983 milhares de euros relativos ao Grupo AdP;

• 44 977 milhares de euros relativos ao Grupo TAP; e

• 16 020 milhares de euros relativos ao Grupo ANA.

As diferenças de câmbio desfavoráveis referem-se ao Grupo AdP (7 479 milhares de euros), ao Grupo

TAP (3 159 milhares de euros) e ao Grupo ANA (38 milhares de euros).

Os outros gastos e perdas de financiamento, no montante de 19 726 milhares de euros, referem-se:

• 6 215 milhares de euros ao Grupo AdP;

• 5 308 milhares de euros ao Grupo SAGESTAMO, que respeitam na sua maioria a compensações

por contratos realizados;

• 3 139 milhares de euros à PARPÚBLICA;

• 2 757 milhares de euros ao Grupo TAP; e

• 2 307 milhares de euros ao Grupo ANA.

49 - Imposto sobre o rendimento do período

Im postos sobre o rendim ento (D R )2010 2009

G a s to / re n d i m e n to p o r i m p o s to s co rre n te s 101 785 61 122

A ju s ta m e n to s re co n h e ci d o s n o p e río d o d e i m p o s to s co rre n te s d e

p e río d o s a n te ri o re s

(53) (170)

G a s to / re n d i m e n to re l a ci o n a d a co m a o ri g e m e re ve rs ã o d e d i fe re n ça s

te m p o rá ri a s

(34 629) 353

B e n e fíci o s p ro ve n i e n te s d e d i fe re n ça te m p o rá ri a d e u m p e río d o a n te ri o r

q u e s e ja u s a d a p a ra re d u z i r g a s to d e i m p o s to s co rre n te s

(401) 162

G a s to p ro ve n i e n te s d e re d u çã o o u re ve rs ã o d e u m a cti vo p o r i m p o s to s

d i fe ri d o s

673 (3 225)

O u tro s 2 707 (1 965)

TO TAL 70 081 56 277

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PARPÚBLICA – PARTICIPAÇÕES PÚBLICAS (SGPS), S. A.

120

Os gastos por impostos correntes correspondem na generalidade ao Grupo AdP (62 112 milhares de

euros), ao Grupo ANA (25 365 milhares de euros), ao Grupo TAP (8 893 milhares de euros) e à INCM

(4 596 milhares de euros).

Os gastos relacionados com a origem e reversão de diferenças temporárias provêm essencialmente do

Grupo AdP (29 300 milhares de euros), do Grupo ANA (3 596 milhares de euros) e do Grupo

SAGESTAMO (2 174 milhares de euros).

Im postos sobre o rendim ento - relação entre o gasto de im postos e o lucro

contabilístico2010 2009

R e s u l ta d o a n te s d e i m p o s to 228 599 601 421

Ta xa 32,5% 24,9%

Pro d u to 74 287 149 747

R e n d i m e n to s e ga s to s n ã o d e d u tíve i s o u n ã o tri b u tá ve i s (194 859) (80 436)

G a s to s n ã o d e d u tíve i s 166 696 (3 474)

Ati vo s e p a s s i vo s p o r i m p o s to s d i fe ri d o s 1 488 1 480

D e rra m a 8 837 3 426

Tri b u ta çõ e s a u tó n o m a s 3 940 850

D i fe re n ça s te m p o rá ri a s 43 066 7 424

Am o rti za çõ e s n ã o a ce i te s f i s ca l m e n te + ta xa 215 11

U ti l i za çã o d e p re ju ízo s f i s ca i s n ã o re co n h e ci d o s a n te ri o rm e n te (42 110) (17 394)

Atu a l i za çã o d e e n ca rgo s co m e xp l o ra çõ e s a g ríco l a s (m a jo ra çã o e n ca rgo s

d e d u tíve i s )

(327) (271)

Ou tro s 8 847 (5 084)

TOTAL 70 081 56 277

Prejuízos fiscais não relevados como activos por impostos diferidos (por data de

extinção):2010 2009

N 8 380 8 104

N+1 26 350 14 812

N+2 18 599 21 727

N+3 33 077 61 814

N+4 24 573 33 391

N+5 17 837 25 200

TOTAL 128 816 165 048

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121

O Grupo PARPÚBLICA está sujeito a tributação em sede de Impostos sobre o Rendimento das Pessoas

Coletivas (IRC) e correspondente Derrama. O cálculo do imposto corrente do exercício de 2010

corresponde à taxa anual de 25%, acrescida de Derrama. A partir do exercício de 2008 a Derrama passou

a ser calculada até ao limite máximo de 1,5% sobre o lucro tributável, podendo assim o imposto atingir a

taxa máxima agregada de 26,5%.

As declarações de autoliquidação do Grupo PARPÚBLICA ficam sujeitas a inspeção e eventual

ajustamento pelas Autoridades Fiscais durante um período de quatro anos.

50 - Interesses minoritários – Resultado Líquido

De 2009 para 2010 registou-se um aumento de 7 321 milhares de euros nos interesses minoritários

sobre o resultado líquido, o qual se deveu maioritariamente aos Grupos AdP e ANA.

Interesses Minoritários (R esultado Líquido) 2010 2009

Ca te ri n g p o r 584 546

LF P 3 604 2 997

EN VC 1 (30)

S AG ES ECU R 1 058 4 472

ECO D ETR A (17) (74)

M a rg u e i ra 15 2

AN A, S A 17 482 13 525

AN AM 235 (297)

N AER (713) (1 070)

G ru p o A d P 38 052 33 052

S PE - (144)

-

60 301 52 980

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122

51 - Entidades relacionadas

Os saldos e transações entre as empresas do grupo que integram o perímetro de consolidação são

eliminados no processo de consolidação, não sendo alvo de divulgação na presente nota. Os saldos e

transações das principais empresas do Grupo PARPÚBLICA com entidades relacionadas são:

Os termos ou condições praticados entre o Grupo e as partes relacionadas são substancialmente

idênticos aos termos que normalmente seriam contratados entre entidades independentes em

operações comparáveis.

As relações da PARPÚBLICA com o Estado e Outras Empresas Públicas traduzem-se num saldo devedor

de 1 273 588 milhares de euros (2009: 542 924 milhares de euros) e saldo credor de 460 724 milhares

de euros (2009: 64 560 milhares de euros). As transações em 2010 aumentaram o activo em 1 306 728

milhares de euros (2009: 232 570 milhares de euros) e geraram rendimentos de 1 312 milhares de euros

(2009: 1 373 milhares de euros).

S al do s e tran sa çõ e s co m En ti dade s Re l a ci on a da s e m 31 -1 2-20 0 9 T o ta l

En ti da de s co m

co n trol o co n ju n to o u

i n fl u ê n ci a

s i gn i fi ca ti va so bre a

e n ti dade

Ass oci a dasO u tras parte s

re l a ci on a da s

Sald os A t ivo s 2 76 4 83 1 14 9 4 3 7 87 23 1 5 47

Sald os P as s ivo s 1 23 5 19 - 7 0 71 11 6 4 48

R en dim en t o s 4 05 9 55 - 1 2 6 93 39 3 2 62

G as t o s 1 43 0 45 - 7 8 6 86 6 4 3 59

Saldos e transações com Entidades Relacionadas em 31-

12-2010Total

Entidades com controlo

conjunto ou influência

significativa sobre a

entidade

Subsidiárias Associadas

Gerência da

entidade ou da

respetiva

entidade-mãe

Outras partes

relacionadas

Sa l d os Ati vos 347 431 1 149 1 631 78 750 - 265 901

Sa l d os Pa s s i vos 155 221 (8 637) - 13 595 - 150 263

Re ndi me ntos 858 085 - 164 869 118 307 - 574 909

Ga s tos 80 882 - 42 79 659 681 501

1 441 620 (7 488) 166 542 290 311 681 991 574

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123

52 - Ativos e passivos financeiros

Empréstimos

concedidos e

conta s a

receber

Ativos

fina nceiros

disponíveis

pa ra venda

Ativos Fina nceiros a o

justo va lor a tra vés

dos lucros ou

prejuízos

Investimentos

detidos a té à

ma turida de

Pa ss ivos fina nceiros

ao justo va lor a tra vés

dos lucros ou prejuízos

Pa ss ivos fina nceiros

mensura dos pelo

custo a mortiza do

Tota l

ATIVOS

Ativo não corrente

Pa rticipa ções fina nceira s - outros métodos - 111 965 1 219 030 - 1 330 995

Outros a tivos fina nceiros 1 401 270 2 976 61 428 - 1 465 674

Outra s conta s a receber 157 631 - - - 157 631

1 558 901 114 941 1 280 458 - - - 2 954 299

Ativo corrente

Clientes 599 700 - - - 599 700

Adia nta mentos a fornecedores 12 635 - - - 12 635

Esta do e outros entes públicos 46 406 - - - 46 406

Outra s conta s a receber 376 128 - - - 376 128

Outros a tivos fina nceiros 21 225 - 964 - 22 189

Ca ixa e depós itos ba ncá rios 906 944 - - - 906 944

1 963 039 - 964 - - - 1 964 003

Total do ativo 3 521 940 114 941 1 281 422 - - - 4 918 303

PASSIVOS

Passivo não corrente

Fina ncia mentos obtidos - 8 317 715 8 317 715

Acionis ta s / sócios - 190 190

Outra s conta s a pa ga r - 194 022 194 022

Outros pa ss ivos fina nceiros 16 107 - 16 107

- - - 16 107 8 511 927 8 528 034

Passivo corrente

Fornecedores - 243 596 243 596

Adia nta mentos de clientes - 3 805 3 805

Esta do e outros entes públicos - 237 340 237 340

Acionis ta s / sócios - 18 18

Fina ncia mentos obtidos - 1 832 641 1 832 641

Outra s conta s a pa ga r - 1 387 226 1 387 226

- - - - 3 704 625 3 704 625

Total do passivo - - - 16 107 12 216 553 12 232 660

Valor Liquido 3 521 940 114 941 1 281 422 (16 107) (12 216 553) (7 314 357)

31-12-2010

Ativos e Passivos Financeiros

Nível 1 Nível 2 Nível 3 Total

Ati vos fi na nce i ros a o jus to va l or a tra vé s dos l ucro s ou pre juízos 1 575 792 2 228 - 1 578 020

Ati vos fi na nce i ros a o jus to va l or - de ri va dos de co be rtura - - - -

Ati vos fi na nce i ros d i s pon íve i s pa ra ve nda - jus to va l or 885 - 372 1 257

1 576 677 2 228 372 1 579 277

Pa s s i vos fi na nce i ros a o jus to va l or a tra vé s dos l ucros ou pre ju ízos - 14 915 - 14 915

Pa s s i vos fi na nce i ros a o jus to va l or - de ri va dos de cobe rtura - - - -

- 14 915 - 14 915

NÍVEL NA HIERARQUIA DO JUSTO VALOR NA QUAL AS MENSURAÇÕES DO

JUSTO VALOR SÃO CATEGORIZADAS NA SUA TOTALIDADE, SEPARANDO AS

MENSURAÇÕES DO JUSTO VALOR EM CONFORMIDADE COM OS NÍVEIS

DEFINIDOS NO PARÁGRAFO 27A DA IFRS 7

31-12-2010

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124

Tota l

ATIVOS

Ativo não corrente

Participa ções financeiras - outros métodos - 152 886 925 075 - - 1 077 961

Outros ativos financeiros 754 618 3 405 2 577 - - 760 600

Outras conta s a receber 225 642 - - - - 225 642

980 260 156 292 927 652 - - 2 064 203

Ativo corrente

Clientes 500 415 - - - - 500 415

Adia ntamentos a fornecedores 15 140 - - - - 15 140

Esta do e outros entes públicos 54 277 - - - - 54 277

Outras conta s a receber 500 210 - - - - 500 210

Outros ativos financeiros - - 1 708 - - 1 708

Caixa e depós itos ba ncários 822 548 - - - - 822 548

1 892 589 - 1 708 - - 1 894 297

Total do ativo 2 872 849 156 292 929 360 - - 3 958 500

PASSIV OS

Passivo não corrente

Fina nciamentos obtidos - - - - 6 971 600 6 971 600

Acionis tas / sócios - - - - - -

Outras conta s a pa ga r - - - - 124 418 124 418

Outros pa ssivos fina nceiros - - - 9 335 351 9 686

- - - 9 335 7 096 369 7 105 704

Passivo corrente

Fornecedores - - - - 183 542 183 542

Adia ntamentos de clientes - - - - 3 809 3 809

Esta do e outros entes públicos - - - - 169 229 169 229

Acionis tas / sócios - - - - 18 18

Fina nciamentos obtidos - - - - 1 690 808 1 690 808

Outras conta s a pa ga r - - - - 958 246 958 246

- - - - 3 005 652 3 005 652

Total do passivo - - - 9 335 10 102 021 10 111 356

Valor Liquido 2 872 849 156 292 929 360 (9 335) (10 102 021) (6 152 856)

31-12-2009

Ativos e Passivos Financeiros

Empréstimos

concedidos e

contas a

receber

Ativos

financeiros

disponíveis

para venda

Ativos Fina nceiros ao

justo va lor através

dos lucros ou

prejuízos

Pa ss ivos fina nceiros

ao justo va lor a tra vés

dos lucros ou prejuízos

Pa ss ivos

fina nceiros

mensurados pelo

custo amortiza do

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PARPÚBLICA – PARTICIPAÇÕES PÚBLICAS (SGPS), S. A.

125

53 - Perspetiva sobre os riscos em instrumentos financeiros

Os riscos a que as organizações se encontram expostas podem ter origem em fatores externos e

internos. A identificação dos riscos relevantes assenta num conhecimento profundo da organização, da

atividade e do mercado onde essa atividade é desenvolvida. Os riscos materialmente relevantes a que o

Grupo está exposto, com base na perspetiva de perda que cada um deles pode representar, são os

seguintes:

• Risco de Mercado, o qual inclui três tipos de risco: (i) risco cambial – é o risco de que o valor de um

instrumento financeiro venha a flutuar devido a alterações nas taxas de câmbio; (ii) risco de taxa de

juro – é o risco de que o valor de um instrumento financeiro venha a flutuar devido a alterações nas

taxas de juro do mercado; e (iii) risco de preço – é o risco de que o valor de um instrumento

financeiro venha a flutuar como resultado de alterações nos preços de mercado, quer essas

alterações sejam causadas por fatores específicos do instrumento individual ou do seu emitente,

quer por fatores que afetem todos os instrumentos negociados no mercado.

• Risco de crédito – é o risco de que um participante de um instrumento financeiro não venha a

cumprir uma obrigação e faça com que o outro participante incorra numa perda financeira. O Grupo

PARPÚBLICA encontra-se sujeita(o) a risco de crédito que concede aos seus clientes. Contudo, as

vendas a crédito estão sujeitas a regras que asseguram que estas são efetuadas a clientes com um

histórico de crédito apropriado e que se encontram dentro dos limites da exposição dos saldos

máximos pré-definidos e aprovados para cada cliente.

• Risco de liquidez (também referido como risco de financiamento) – é o risco de que a Empresa

venha a encontrar dificuldades na obtenção de fundos para satisfazer compromissos associados aos

instrumentos financeiros. O risco de liquidez pode resultar de uma incapacidade de vender

rapidamente um ativo financeiro no fecho do mercado pelo seu justo valor.

Pela sua expressão no Grupo PARPÚBLICA, merecem referência as seguintes entidades: PARPÚBLICA,

Grupo AdP, Grupo ANA e Grupo TAP.

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126

PARPÚBLICA

No exercício da sua atividade a PARPÚBLICA identifica as seguintes áreas de riscos financeiros que

podem afetar o seu valor patrimonial ou o interesse de terceiros: (i) risco de crédito, (ii) risco de

liquidez, e (iii) risco de mercado, pela taxa de juro e pelo preço.

i) Risco de Crédito

O risco de crédito, associado à possibilidade de uma das partes envolvidas num instrumento financeiro

não honrar a sua obrigação, apresenta-se quanto às aplicações financeiras dos seus excedentes de

tesouraria, aos swaps contratados e aos suprimentos concedidos.

Os suprimentos são concedidos a empresas cujas políticas financeiras são controladas (subsidiárias)

para aplicação em investimentos com retorno adequado. Os suprimentos são aprovados Comissão

Executiva da PARPÚBLICA e são remunerados.

ii) Risco de Liquidez

O risco de liquidez está mitigado pela existência de quatro programas de Papel Comercial no montante

total de 2 200 milhões de euros, os quais estão contratados com instituições financeiras de reconhecida

solidez, à semelhança do que já existia em 2009. Estes instrumentos permitem à PARPÚBLICA um

acesso imediato à liquidez.

A segmentação da dívida por natureza de instrumentos e por tempo remanescente até à maturidade é

a seguinte (valores nominais em milhões de euros):

31 de Dezembro de 2010

Financiamentos Passivos 1 - 3

meses

4 - 12

meses 1 - 2 anos 3 - 5 anos > 5 anos Total

4 810,8

Papel Comercial

710,0

710,0

Eurobonds

800,0 500,0 900,0 2 200

Obrigações Permutáveis EDP

1 015,2

1 015,2

Obrigações Permutáveis GALP 885,7 885,7

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PARPÚBLICA – PARTICIPAÇÕES PÚBLICAS (SGPS), S. A.

127

31 de Dezembro de 2009

Passivos 1 - 3

meses

4 - 12

meses 1 - 2 anos 3 - 5 anos > 5 anos Total

Financiamentos

3 730,1

Papel Comercial

0,0

Eurobonds

1 300,0 900,0 2 200,0

Obrigações Permutáveis EDP

514,9

1015,2

1 530,1

As cláusulas de covenant existentes nos instrumentos de dívida são os seguintes:

Financiamentos Covenants

Eurobonds

EMTN 800M€ - 2009 due 2013 Cross Default / Negative Pledge

Bonds 500M€ - 2004 due 2014 Cross Default / Force Majeure

Bonds 500M€ - 2005 due 2020 Cross Default / Force Majeure

Bonds 150M€ - 2004 due 2020 Cross Default

Bonds 250M€ - 2006 due 2026 Cross Default

Obrigações Permutáveis EDP - 2007 due 2014 Cross Default

Obrigações Permutáveis GALP - 2010 due 2017 Negative Pledge / Restriction on Activities

iii) Risco de Mercado

Risco de Taxa de Juro

O risco de taxa de juro respeita à possibilidade de, por alteração das taxas de juro no mercado, existir

variação da remuneração de instrumentos financeiros a taxa variável ou variação no justo valor de

instrumentos financeiros a taxa fixa.

A dívida de médio e longo prazo, no que respeita ao tipo de taxa de juro contratada, manteve a

distribuição, ou seja, 96% em taxa fixa e o restante em taxa variável:

Tipo de Taxa de Juro 2009 2010

Dívida a Taxa Fixa 96,0% 96,3%

Dívida a Taxa Variável 4,0% 3,7%

Dívida a Médio e Longo Prazo 100,0% 100,0%

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PARPÚBLICA – PARTICIPAÇÕES PÚBLICAS (SGPS), S. A.

128

Assim, com uma tão elevada percentagem de dívida emitida a taxa fixa a PARPÚBLICA tem, em termos

fluxos de caixa, uma reduzida exposição à flutuação de taxa de juro. Quanto ao risco de justo valor, não

é relevante para os financiamentos existentes, mas é pelo efeito que tenha em yields no mercado

secundário que condicionem novas emissões de dívida.

A PARPÚBLICA tem contratadas três estruturas de swaps de taxa de juro, com vista à dispersão do risco

de taxa de juro (swap de taxa fixa para taxa variável, swap de taxa variável para taxa variável e swap de

taxa fixa para taxa fixa). O montante nocional total das estruturas é de 550 milhões de euros. O

conjunto das três estruturas teve os seguintes impactos, com efeitos nos resultados (milhares de

euros):

2009 2010

Fluxos de caixa líquidos 4 643,8 4 964,9

Variação do justo valor 7 638,0 -822,7

O único financiamento a taxa de juro variável é no montante de 150 milhões de euros e paga juros

anuais iguais a Euro Mid Swap a 10 anos - 0,48%. Uma variação de 1% na taxa indexante traduz-se

numa alteração no montante anual de juros a pagar de 1.500.00,00 €, o que representa uma variação

de menos de 2% do valor de total de juros a pagar. Releva que este financiamento tem associado um

swap no qual a PARPÚBLICA recebe anualmente taxa Euro Mid Swap a 10 anos – 0,48% e paga

trimestralmente Euribor a três meses + 0,02%, com um limite de 8%, o qual apresentou um

comportamento favorável para a PARPÚBLICA.

Os fluxos previsionais, não descontados, dos juros da dívida de médio e longo prazo existente e dos

swaps contratados, são os seguintes (milhões de euros):

31 de Dezembro de 2010

Fluxos Previsionais, não descontados < 1 ano 1 a 5 anos > 5 anos Total

Juros da dívida a médio/longo prazo - 160 965,5 - 538 717,3 - 327 726,5 - 1 027 409,3

Fluxos dos swaps 3 864,0 8 087,4 5 611,2 15 639,2

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PARPÚBLICA – PARTICIPAÇÕES PÚBLICAS (SGPS), S. A.

129

31 de Dezembro de 2009

Fluxos Previsionais, não descontados < 1 ano 1 a 5 anos > 5 anos Total

Juros da dívida a médio/longo prazo -128 619,7 - 436 239,1 - 271 878,3 - 836 737,1

Fluxos dos swaps 4 352,2 6 842,5 5 966,5 16 008,3

Para minimizar o risco na taxa de juro pelo aumento dos spreads em financiamentos de curto prazo, os

Programas de Papel Comercial existentes em 31-12-2010 tinham um spread fixo, até ao limite de 1.150

milhões de euros, que vigora até à data da sua renovação.

Risco de preço

O risco de preço entende-se pela possibilidade do valor de um instrumento financeiro flutuar como

resultado de alterações nos preços de mercado, quer essas alterações sejam causadas por factores

específicos do instrumento individual ou do seu emitente, quer por factores que afectem todos os

instrumentos negociados no mercado. Coloca-se nos dois empréstimos obrigacionistas de montantes

nominais de 1.015,15 milhões de euros e de 885,65 milhões de euros, com opções embutidas em favor

dos investidores de permutarem as obrigações, respectivamente por acções da EDP e da GALP detidas

na carteira, pelos efeitos na variação da cotação destas acções.

O financiamento de 1.015,15 milhões de euros tem vencimento em 18-12-2014, com a possibilidade de

os investidores poderem pedir o reembolso das obrigações a partir de 18-12-2012. Se na data de

reembolso das obrigações o valor das acções que constituem o activo subjacente foi superior ao preço

de conversão (6,70€ por acção) e a PARPÚBLICA optar por pagar o reembolso em dinheiro, o montante

do reembolso pode ser ajustado ao valor das acções.

O financiamento de 885,65 milhões de euros tem vencimento em 28-09-2017, com a possibilidade de

(i) os investidores poderem trocar as obrigações por acções a partir de Março de 2013, (ii) a empresa

exercer uma call e reembolsar as obrigações a partir de 13-10-2013, e (iii) os investidores poderem

pedir o reembolso das obrigações a partir de 28-09-2015. Se na data de reembolso das obrigações o

valor das acções que constituem o activo subjacente foi superior ao preço de conversão (15,25€ por

acção) e a PARPÚBLICA optar por pagar o reembolso em dinheiro, o montante do reembolso pode ser

ajustado ao valor das acções.

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130

A componente base e a opção embutida destes empréstimos estão separadas contabilisticamente

sendo mensuradas de acordo com o referido em 4.3. e 4.7.

Pela mensuração pelo justo valor das opções e também das acções subjacentes, são reconhecidos os

efeitos líquidos anuais decorrentes da evolução das cotações do activo subjacente. Esses efeitos foram

os seguintes (em milhões de euros):

Variação do Valor das Opções e do Ativo Subjacente 2010 2009

Variação do valor das opções -54,67 64,79

Variação do valor do ativo subjacente 252,43 124,04

Ganho líquido 197,76 188,83

Supondo variações positivas e negativas de 15% na cotação das acções em 31-12-2010 ter-se-iam os

seguintes efeitos:

Obrigações convertíveis em ações da EDP

Ações Opção Var. líquida

Cotação Valor (M€) Variação Valor % Valor (M€) Variação

2,49 377,4 - 0% 0,0 - -

2,86 434,0 15,0% 0% 0,0 - 56,6

2,12 320,8 -15,0% 0% 0,0 - -56,6

Obrigações convertíveis em ações da GALP

Ações Opção Var. líquida

Cotação Valor (M€) Variação Valor % Valor (M€) Variação

14,34 832,8 - 14,1% 124,9 - -

16,49 957,7 15,0% 23,7% 209,9 68,1% 39,9%

12,19 707,9 -15,0% 6,7% 59,3 -52,5% -59,4%

Grupo AdP

É prática corrente no Grupo AdP, entre outros instrumentos, a contratação de instrumentos financeiros

derivados para minimizar alguns dos riscos a que se encontra exposto. O Grupo AdP desenvolveu e

implementou um programa de gestão do risco que, conjuntamente com a monitorização permanente

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dos mercados financeiros, procura minimizar os potenciais efeitos adversos na performance financeira

da AdP e suas participadas. A gestão do risco é conduzida pelo departamento central de tesouraria com

base em políticas aprovadas pela Administração. A tesouraria identifica, avalia e realiza operações com

vista à minimização dos riscos financeiros, em estrita cooperação com as unidades operacionais do

Grupo AdP. O Conselho de Administração providencia princípios para a gestão do risco como um todo e

políticas que cobrem áreas específicas, como o risco cambial, o risco de taxa de juro, risco de crédito, o

uso de derivados, outros instrumentos não estruturados e o investimento do excesso de liquidez. O

Conselho de Administração tem a responsabilidade de definir princípios gerais de gestão de riscos, bem

como limites de exposição. Todas as operações realizadas com instrumentos derivados carecem de

aprovação prévia do Conselho de Administração, que define os parâmetros de cada operação e aprova

documentos formais descritivos dos objetivos das mesmas.

i) Risco de crédito

O risco de crédito está essencialmente relacionado com o risco de uma contraparte falhar nas suas

obrigações contratuais, resultando uma perda financeira para o Grupo AdP. O Grupo está sujeito ao

risco de crédito nas suas atividades operacionais, de investimento e de tesouraria.

O risco de crédito relacionado com operações está essencialmente relacionado com créditos de

serviços prestados a clientes (fornecimento de água). Este risco é reduzido dadas as características do

serviço prestado, não existindo um risco de crédito significativo com um cliente em particular, na

medida em que as contas a receber derivam de um elevado número de clientes.

Os ajustamentos de imparidade para contas a receber são calculados considerando: i) o perfil de risco

do cliente, consoante se trate de cliente residencial ou empresarial; ii) o prazo médio de recebimento, o

qual difere de negócio para negócio; e iii) a condição financeira do cliente. Dada a dispersão de clientes

não é necessário considerar um ajustamento adicional de risco de crédito, para além da imparidade já

registada nas contas a receber – clientes.

A seguinte tabela representa a exposição máxima do Grupo a risco de crédito (não incluindo saldos de

clientes e de outros devedores) a 31 de Dezembro de 2010, sem ter em consideração qualquer colateral

detido ou outras melhorias de crédito. Para ativos no balanço, a exposição definida é baseada na sua

quantia escriturada como reportada na face do Balanço.

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Ativos financeiros bancários 31-12-2010

Depósitos à ordem 51 773

Depósitos prazo 425 673

Investimentos financeiros derivados 2 228

Fundo de renovação do equipamento 7 980

Fundo de reconstituição do capital 96 910

Outros 373

Total 584 937

Rating 31-12-2010

A1 119 970

A2 191 651

A3 162 357

Aa2 5 793

Aa3 20 795

Baa3 76 268

Sem rating conhecido 8 103

Total 584 937

Nota: notação de rating obtida nos sites das instituições financeiras em Fevereiro de 2011.

ii) Risco de taxa de câmbio

A exposição ao risco de câmbio do Grupo AdP não é relevante. Este risco consubstancia-se em futuras

transações comerciais, ativos e passivos reconhecidos, bem como investimentos líquidos em operações

estrangeiras que não foram incorridas ou expressas na moeda funcional do Grupo AdP. A Tesouraria

Central do Grupo AdP é responsável pela gestão da exposição líquida do Grupo AdP em cada divisa,

contratando swaps centralmente, com vista a minimizar os riscos comerciais, ativos e passivos

reconhecidos. O Grupo AdP possui investimentos denominados em moeda estrangeira, cujos ativos

líquidos estão expostos ao risco de taxa de câmbio pela conversão, bem como financiamentos em

moeda estrangeira expostos ao risco de taxa de câmbio. A exposição cambial inerente aos ativos

líquidos em moeda estrangeira é gerida através da contratação de empréstimos na mesma moeda, e

dos empréstimos com swaps de cobertura de taxa de câmbio.

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iii) Risco de liquidez

A gestão do risco de liquidez implica a manutenção das disponibilidades a um nível razoável, a

viabilidade da consolidação da dívida flutuante através de um montante adequado de facilidades de

crédito e a habilidade de liquidar posições de mercado. Em virtude da dinâmica dos negócios

subjacentes, a tesouraria do Grupo AdP pretende assegurar a flexibilidade da dívida flutuante,

mantendo para o efeito as linhas de crédito disponíveis. O Grupo AdP efetua a gestão do risco de

liquidez através da contratação e manutenção de linhas de crédito e facilidades de financiamento com

compromisso de tomada firme junto de instituições financeiras nacionais e internacionais de elevada

notação de crédito que permitem o acesso imediato a fundos.

A tabela abaixo apresenta as responsabilidades do Grupo AdP por intervalos de maturidade residual

contratual. Os montantes apresentados na tabela são os fluxos de caixa contratuais, não descontados a

pagar no futuro (sem os juros a que estão a ser remunerados estes passivos).

< 1 ano 1 a 5 anos > 5 anos

Financiamentos 509 375 273 998 2 142 060

Fornecedores e outros passivos 277 943 170 472 340

iv) Risco de fluxos de caixa e de justo valor associado à taxa de juro

O risco da taxa de juro do Grupo AdP advém, essencialmente, da contratação de empréstimos de longo

prazo. Neste âmbito, empréstimos obtidos com juros calculados a taxas variáveis expõem o Grupo AdP

ao risco de fluxos de caixa e empréstimos obtidos com juros à taxa fixa expõem o Grupo AdP ao risco do

justo valor associado à taxa de juro. O Grupo AdP gere o risco de fluxos de caixa associado à taxa de

juro, mediante a contratação de swaps que permitam a conversão de empréstimos com juros

calculados à taxa variável em empréstimos com juros calculados à taxa fixa. Igualmente associado à

volatilidade das taxas de juro está remuneração garantida dos contratos de concessão, e

consequentemente o desvio tarifário.

A tabela abaixo apresenta a análise de sensibilidade dos encargos financeiros do Grupo AdP.

31-12-2010 Taxa Média + 1% Taxa Média - 1%

Juros suportados 74 983 92 657 52 104

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v) Risco de capital

O objetivo do Grupo AdP em relação à gestão de capital, que é um conceito mais amplo do que o

capital relevado na face do balanço é manter uma estrutura de capital ótima, através da utilização

prudente de dívida que lhe permita reduzir o custo de capital.

O objetivo da gestão do risco do capital é salvaguardar a continuidade das operações do grupo, com

uma remuneração adequada aos acionistas e gerando benefícios para todos os terceiros interessados.

A política do Grupo AdP é contratar empréstimos com entidades financeiras, ao nível da empresa-mãe,

a AdP, SGPS, S.A. (exceção feita à EPAL e aos empréstimos ao investimento), que por sua vez fará

empréstimos às suas filiais. Esta política visa a otimização da estrutura de capital com vista a uma maior

eficiência fiscal e redução do custo médio de capital.

31-12-2010 31-12-2009

Empréstimos não correntes 2 416 058 2 031 420

Empréstimos correntes 509 375 551 802

Disponibilidades (478 840) (299 236)

Dívida 2 446 593 2 283 986

Subsídios ao investimento 1 842 472 1 761 573

Total do capital próprio 928 472 860 010

Capital 5 217 535 4 905 569

Dívida/total do capital 0,47 0,47

vi) Risco regulatório

Como prestador de um serviço público, o Grupo AdP opera num ambiente altamente regulado. O

regulador - ERSAR - mandatado pelo Governo, regula, entre outros aspetos, a tarifa a cobrar pelos

serviços prestados. Na tentativa de balancear o interesse público no que concerne ao adequado acesso

aos serviços prestados e o próprio interesse em gerar resultados que satisfaçam e remunerem o capital

investido dos nossos acionistas, o regulador pode tomar medidas com impacto negativo no cash-flow,

com todas as consequências adversas que daí resultam.

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Grupo ANA

As atividades do Grupo ANA estão expostas a uma variedade de fatores de riscos financeiros: risco de

crédito, risco de liquidez e risco de fluxos de caixa associado à taxa de juro. O Grupo detém um

programa de gestão do risco que foca a sua análise nos mercados financeiros procurando minimizar os

potenciais efeitos adversos, utilizando instrumentos financeiros derivados para efetuar a cobertura a

certos riscos a que se encontra exposta. Sendo que os derivados são contratados apenas com a

intenção de cobertura económica de riscos financeiros a que o Grupo se encontra exposto, em

particular, do risco de taxa de juro.

i) Risco de crédito

O risco de crédito resulta de saldos de caixa e equivalentes de caixa, depósitos e instrumentos

financeiros derivados em instituições financeiras, bem como dos saldos a receber dos clientes e outros

devedores.

Relativamente a clientes e outros devedores, o Grupo não tem concentrações de risco de crédito

significativas, tendo definidas políticas que asseguram que o crédito é concedido a clientes com um

histórico de crédito apropriado, e que limitam o respetivo montante.

No que se refere aos saldos a receber de instituições financeiras, a tabela seguinte apresenta um

resumo da qualidade de crédito dos depósitos e das aplicações:

Rating Saldos

2010 2009

Equivalentes de Caixa

AA 1 10 132

A 52 897 23 751

<A 227 33 064

Outros 221 866

53 346 67 813

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ii) Risco de liquidez

A gestão do risco de liquidez implica a manutenção, a um nível suficiente, das disponibilidades de caixa

e seus equivalentes, da consolidação da dívida flutuante, através de um montante adequado de

facilidades de crédito, e da habilidade de liquidar posições de mercado. Em função da dinâmica dos

negócios subjacentes, o Grupo pretende assegurar a flexibilidade da dívida flutuante, mantendo linhas

de crédito de curto prazo estáveis.

0 – 6 meses 6 –12 meses 1 – 5 anos > 5 anos

Fornecedores c/c 24 684 25 47

Fornec. Imobilizado 40 551

Fornec. Imobilizado – Locação Financeira 339 1 365 1 650

Outros Credores 3 438

75

Garantias Prestadas por Terceiros 1 055 64 2 194 1 445

Empréstimos Bancários 13 332 25 048 359 622 409 397

Derivados 171 171 520

Acrésc. Custos, exceto juros financ.

bancários 33 498 2 789 12 267

117 068 29 463 376 299 410 917

iii) Risco de fluxos de caixa e de justo valor associado à taxa de juro

Como o Grupo não tem activos significativos remunerados, o lucro e os fluxos de caixa operacionais são

substancialmente independentes das alterações da taxa de juro de mercado.

O risco da taxa de juro do Grupo advém de empréstimos de longo prazo, obtidos. Sendo que os

emitidos com taxas variáveis expõem-no ao risco de fluxos de caixa associado à taxa de juro e os

emitidos com taxas fixas expõem-no ao risco do justo valor da dívida.

O Grupo gere o risco de fluxos de caixa associado à taxa de juro, contratando instrumentos derivados

que permitam a transformação de taxas de juro variáveis em taxas de juro fixas.

A análise de sensibilidade a variações de taxa de juro permite obter os seguintes impactos em

resultados:

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Natureza Cenário com taxa

actual * Cenário +1% Cenário -1%

Financiamentos à taxa variável (5 102) (3 345) 3 345

Financiamentos à taxa fixa (14 279)

Juros s/ locação financeira (108) (13) 13

Juros obtidos DP 851

Impacto aproximado em resultados/ cenário taxa actual

(3 358) 3 358

* Custo dos juros em 2011

iv) Gestão do risco de capital

O objectivo da Empresa em relação à gestão do capital, que é um conceito mais lato do que o capital

próprio relevado na face do balanço é:

• Salvaguardar a capacidade do Grupo continuar a sua actividade e efectuar os investimentos

necessários à prossecução do objecto da concessão;

• Manter uma estrutura de capital óptima que lhe permita reduzir o custo de capital; e

• Criar valor a longo prazo para os accionistas.

Esta gestão é efectuada através de medidas como: a emissão de instrumentos de dívida (empréstimo

obrigacionista); a negociação e reescalonamento da divida e entradas de capital dos accionistas.

v) Gestão do risco financeiro

A política de financiamento da ANA contemplou os seguintes princípios e condicionantes:

• Manutenção de uma estrutura equilibrada de capitais;

• Cumprimento dos níveis de rácios de endividamento assumidos com as entidades financiadoras;

• Os limites previstos no Despacho n.º 510/10 da Secretaria de Estado do Tesouro e das Finanças, que

estatuiu um conjunto de determinações relativas aos limites máximos de crescimento anual do

endividamento previstos no Programa de Estabilidade e Crescimento 2010-2013, onde se estabelece

que o crescimento médio do endividamento no período 2010-2013 não ultrapasse os 5,5%;

• A revisão para downgrade do rating da dívida do Estado Português e eventual repercussão na ANA;

Em 2010 o endividamento do Grupo (passivo financeiro remunerado), no montante de 690,5 milhões

de euros, aumentou cerca de 3,4% face ao final de 2009. Na ANA, o endividamento total no montante

de 496,3 milhões representou um acréscimo de 4,8%. Esta evolução enquadra-se dentro dos limites

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estabelecidos pelo Despacho n.º 510/10 de Sua Excelência o Secretário de Estado do Tesouro e

Finanças.

O aumento do passivo financeiro remunerado na ANA, resultou em 2010, de uma nova contratação

junto do BEI, com condições de custo e de prazo muito competitivas, só possíveis com uma instituição

com os princípios e objectivos do BEI.

Em 2009, a ANA emitiu obrigações no montante de 100 milhões de euros por um prazo de 4 anos.

No final de 2010, os empréstimos de médio e longo prazo do Grupo ANA representavam 664,5 milhões

de euros num total de 690,5 milhões de euros e um peso de 96% do total da dívida. A vida média da

dívida do Grupo ANA era, em 31 de Dezembro, de cerca de 9 anos.

Em 31 de Dezembro de 2010 o peso da dívida a taxa variável no Grupo era de 42,2%. A cobertura do

risco desta componente é balanceada entre o hedging natural do negócio e a contratação de

instrumentos derivados à luz dos requisitos da IAS 39.

Uma vez que a maior parte da dívida do Grupo se encontra contratada com o Banco Europeu de

Investimentos (BEI), que prevê a fixação directa das taxas de juro sem quaisquer custos acrescidos, o

Grupo privilegia esta opção sempre que possível.

Na fixação de taxas de juro sem recurso ao BEI, o Grupo privilegiará a contratação de instrumentos de

cobertura que cumpram os requisitos da IAS 39.

Tratando-se de um negócio de capital intensivo, o Grupo tem privilegiado soluções de financiamento

dirigidas para a estabilidade dos capitais empregues.

A minimização da afectação de capitais alheios à cobertura financeira dos investimentos anuais e

plurianuais tem sido conseguida através do autofinanciamento e da adopção de uma política de pró-

actividade na captura de apoios comunitários, sem deixar de ter em conta a minimização do WACC.

Grupo TAP

A gestão do risco financeiro continua a ser conduzida e acompanhada pelo Grupo TAP nas suas

múltiplas e complexas vertentes, sendo objeto de articulação permanente entre a Administração e a

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Direção Financeira. A avaliação dos níveis de risco aceitáveis nos diversos domínios, e das alternativas

de proteção face aos mesmos, constitui uma área de decisão importante e com forte impacto potencial

nos resultados e na estabilidade do Grupo, sendo um desafio permanente e muito exigente conseguir

salvaguardar o Grupo da diversidade e dimensão dos choques económicos provocados pelo

comportamento dos mercados. Em particular, o ano de 2010 assistiu a comportamentos historicamente

inéditos nos mercados de divida pública, com impactos fortíssimos na disponibilidade de

financiamentos às empresas em Portugal e na Europa em geral, e assistiu a uma crescente instabilidade

nos mercados de matérias-primas, em particular nos mercados petrolíferos, que subiram gradualmente

ao longo do ano e significativamente na fase final de 2010.

i) Risco de preço

Os anos mais recentes têm assistido a uma transformação acentuada na “fisionomia” da economia

mundial, com alterações significativas na dinâmica e no peso económico relativo entre países

desenvolvidos e economias emergentes, tendo apresentado estas, nos anos recentes, médias de

crescimento mais elevadas e um nível de resistência às crises económicas superior à das economias da

Europa, dos EUA e Japão. Crescimentos de 10% na China (9% em 2009) ou de7,5% na Índia e Brasil, em

2010 (5% e 0% em 2009), contrastaram uma vez mais com ritmos de 2,8% nos EUA (-2,6% em 2009) ou

1,8% para o conjunto da União Europeia (-4,2% em 2009). Em termos gerais, as economias do "ex-

Terceiro Mundo", na Ásia, na América Latina e em África, muitas delas importantes produtoras de

matérias-primas, e muitas delas com crescimentos demográficos significativos e uma população muito

jovem e com crescente nível de qualificação, têm vindo a afirmar-se no quadro da economia mundial e

a assumir crescente importância no comércio internacional.

No caso do Grupo TAP, a crescente diversificado e aumento de oferta nas diversas rotas de transporte

aéreo, quer no Brasil e em África, quer em destinos no Leste Europeu, tem permitido corresponder ao

aumento de procura originado em mercados com maior dinamismo. Esta estratégia constitui um

importante fator mitigador de riscos de mercado, riscos esses que se poderiam tornar excessivos caso

se mantivesse ou se incrementasse uma concentração geográfica mais elevada.

A título de exemplo, refira-se o peso do mercado interno no conjunto das vendas de passagens (receita

efetiva), que se limitou em 2010 a menos de 30% do total, representando as vendas do conjunto da

Europa (incluindo o Leste e a Escandinávia) para os múltiplos destinos oferecidos cerca de 36%. O peso

do mercado brasileiro no total de vendas de passagens foi em 2010 de 22%, representando África

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aproximadamente 7%. Naturalmente que a dimensão e abrangência da rede oferecida permite criar

sinergias e complementaridades, pelo que a oferta de rotas no mercado brasileiro reforça as vendas na

generalidade dos mercados europeus, e a diversidade de oferta na Europa estimula o tráfego

transatlântico e proveniente de África, que utiliza de forma crescente, por exemplo, o hub de Lisboa.

A política de preços, e o seu reflexo nas receitas, é naturalmente condicionada a nível de custos pelo

comportamento do combustível, para o qual se ativa o mecanismo de sobretaxas em caso de subida

acentuada do combustível, o que sucedeu em 2010, dado que se verificou uma subida do preço do

combustível.

Muitos outros fatores se repercutem na receita e na rentabilidade das linhas, como sejam as conexões

oferecidas, a integração da rede, a qualidade do serviço a bordo, o número de frequências, a imagem

de marca, a maior ou menor apetência pelos destinos disponíveis, o desenvolvimento de fluxos

turísticos, étnicos e de negócios, a abertura de novos destinos.

ii) Risco cambial

A exposição cambial do Grupo TAP é resultado, a nível da receita, da dispersão geográfica das suas

vendas (quer de bilhetes e carga, quer de serviços de manutenção), designadamente em mercados

europeus fora da zona euro e extra-europeus como o Brasil, sendo as vendas fora do mercado nacional

uma proporção significativa no total. A nível de custos, diversas fontes contribuem para uma exposição

significativa ao dólar, quer de forma direta na Exploração, como no caso dos combustíveis, ou de forma

indireta em investimentos como a aquisição de frota, com preços contratuais denominados em dólares.

Em 2010 voltou a registar-se uma valorização do Dólar dos EUA face ao Euro. Depois de uma

valorização média de 5% em 2009 face a 2008, em 2010 o USD voltou a subir 5% em termos médios

face a 2009, de 1,39 para 1,32. Também o Real brasileiro manteve a tendência de subida face ao Euro e,

em menor grau, face ao Dólar. Assim, tendo-se situado em inícios de 2009 em torno de 3 Reais por

Euro, na sequência da turbulência do pós Lehman Brothers, veio a registar valorizações para 2,5 em

finais de 2009 atingindo níveis de 2,2 a 2,3 em finais de 2010.

A exposição do Grupo ao dólar reside fundamentalmente nos gastos com combustíveis, cujo mercado

continua a ser baseado em dólares. Sendo o consumo de combustíveis na ordem das 860 mil toneladas,

e tendo-se situado a cotação média da tonelada de jet fuel (referência CIF NWE) em 725 dólares em

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2010, a exposição ao dólar correspondente terá representado aproximadamente 624 milhões de USD

ou 472 milhões de Euros.

Aos valores de combustíveis haverá que adicionar outras parcelas da estrutura de custos, mas de

expressão muito inferior, como sejam taxas de navegação e aeroportuárias, materiais de manutenção

bem como leasings operacionais de aeronaves. Contudo, o peso de receitas no conjunto de países em

que o tarifário e as vendas está indexado ao Dólar, como Brasil, Angola e EUA, representando, no caso

de vendas de passagens, 30% do total, significará, apenas neste segmento de atividade (excluindo

Carga, Correio e Manutenção), aproximadamente 650 milhões de USD, cerca de 500 milhões de Euros.

Pode concluir-se, portanto, que, salvo em situações de evoluções extremas do combustível como as

verificadas em 2008, existirá um hedge natural na relação cambial mais relevante, do Euro face ao

Dólar.

De referir ainda, que, em 2010 não foram levadas a cabo operações de cobertura cambial e que,

relativamente à exposição cambial da dívida, esta se manteve quase totalmente denominada em Euros

(cerca de 97% do total no fecho do exercício).

A exposição do Grupo TAP ao risco de taxa de câmbio a 31 de Dezembro de 2010, com base nos valores

de balanço dos ativos e passivos financeiros convertidos para Euros aos câmbios em vigor à data de

balanço, apresenta-se como segue:

Ativos e Passivos em Divisas 31-12-2010

USD BRL Outras TOTAL

ATIVOS

Caixa e equivalentes de caixa 18 449 12 610 20 973 52 032

Contas a receber - Clientes 29 912 97 523 24 969 152 404

Contas a receber - outros 22 042 17 892 4 135 44 069

70 403 128 025 50 077 248 505

PASSIVOS

Passivos remunerados 38 792 - - 38 792

Contas a pagar - fornecedores 15 865 13 967 3 994 33 826

Contas a pagar-outros 159 4 697 268 5 124

54 816 18 664 4 262 77 742

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Ativos e Passivos em Divisas 31-12-2009

USD BRL Outras TOTAL

ATIVOS

Caixa e equivalentes de caixa 18 889 6 064 33 556 58 519

Contas a receber - Clientes 39 052 76 114 15 479 130 645

Contas a receber - outros 26 160 19 076 2 890 48 126

84 111 101 254 51 925 237 290

PASSIVOS

Passivos remunerados 41 688 - - 41 688

Contas a pagar - fornecedores 19 740 12 527 3 489 35 756

Contas a pagar-outros 349 5 442 376 6 167

61 777 17 969 3 865 83 611

iii) Risco de taxa de juro

O ano de 2010 caracterizou-se por uma atitude extremamente cautelosa por parte das autoridades

monetárias, na Europa e Estados Unidos, no sentido de não comprometerem a recuperação hesitante

das economias dos países desenvolvidos, por efeito de uma subida prematura das taxas de juro

respetivas. Sendo assim, as taxas diretoras mantiveram-se em 1% na zona euro e próximas do zero nos

EUA. Já as taxas de mercado, quer no curto prazo, quer no longo prazo, iniciaram a sua subida,

respetivamente, no 2º trimestre e no 3º trimestre de 2010. A Euribor a 6 meses, por exemplo, subiu de

1% a 1,25% e a taxa a 5 anos, que tinha baixado no 1º semestre de perto de 3% a 2%, subiu para 2,5%

na segunda metade do ano. De referir que em diversos mercados emergentes e nalgumas economias

desenvolvidas se registaram subidas de taxas oficiais, à medida que a preocupação com a inflação se foi

sobrepondo aos receios de desaceleração ou estagnação económica. Essas preocupações com a subida

dos preços foram-se intensificando em final do ano com a cada vez mais pronunciada subida de

cotações da generalidade das matérias-primas, nomeadamente alimentares e energia.

A divida remunerada do Grupo TAP reduziu cerca de 26 milhões de Euros, entre 31 de Dezembro de

2009 e 31 de Dezembro de 2010. Ao longo do ano, a despeito das crescentes dificuldades de

financiamento à economia nacional, verificou-se a renovação das operações de curto prazo em vigor,

bem como o refinanciamento de diversas operações de leasing de longo prazo que chegaram ao seu

terminus e ainda a contratação de uma operação de financiamento de fundo de maneio do tipo

Schuldschein, a 5 anos. A contratação das operações no ano em curso verificou-se quer a taxas

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143

variáveis, quer a taxas fixas. Em 31 de Dezembro de 2010, a exposição à taxa variável representava 46%

do total, contra 54% de taxa fixa. De referir que, na taxa variável, as componentes indexadas a taxas a 3

meses constituem a parcela mais significativa (40%)e a 1 e 6 meses apenas 3% cada. O spread médio da

divida total, mesmo após o agravamento das condições de financiamento verificado no ano de 2010,

manteve-se em valores moderados e sustentáveis, bem como a taxa média do conjunto de operações a

taxa fixa. O perfil temporal da dívida manteve-se em níveis adequados em final de 2010, sendo apenas

5,5% do total representado por linhas de curto prazo, automaticamente renováveis e, mesmo caso se

assumisse o termo dessas operações de curto prazo no ano de 2011, a vida média da dívida total situar-

se-ia, aproximadamente, em 3,5 anos, com um perfil de amortizações faseado de forma estável, para a

maioria dos financiamentos, ao longo dos próximos 7 anos, sendo os valores remanescentes para anos

posteriores, de 2018 a2020, menos expressivos.

No quadro do Passivo Remunerado abaixo, englobando capital e juros, assumiram-se os pressupostos

relativos a taxas de juro de mercado e câmbio do Euro/Dólar, como segue: 3% para a Euribor, 1,75%

para a Libor do Dólar, e 1,3362 no Euro/Dólar. Os valores de passivo expressam os valores a pagar nos

prazos indicados, incluindo a estimativa de todos os fluxos de caixa contratuais com amortização e

juros, não descontados, até ao final da vida dos empréstimos. Considerou-se um pressuposto

simplificador de ritmo de amortização intra-anual linear para efeito de cálculo dos juros futuros:

31-12-2010

< 1 ano 1- 2 anos 3 - 5 anos 6 - 10 anos > 10 anos TOTAL

Empréstimos 160 565 85 607 310 878 135 671 - 692 721

Locações Financeiras 131 747 119 340 321 236 190 979 - 763 302

Total 292 312 204 947 632 114 326 650 - 1 456 023

Empréstimos taxa fixa 51 747 51 748 205 703 98 134 - 407 332

Locações Financeiras taxa fixa 72 906 49 609 158 039 106 791 - 387 345

Total 124 653 101 357 363 742 204 925 - 794 677

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iv) Risco de preço de combustível

Depois do choque petrolífero de meados de 2008, com o brent a 145 USD/barril, a retração verificada

na 2ª metade desse ano conduziu os preços a mínimos de 35 USD/barril em final de 2008. Um ano mais

tarde, o mercado situava-se no dobro desse valor e assim se manteve estabilizado, entre 70 e 80

dólares por barril, até ao Outono passado, quando se inicia a presente escalada dos preços. O mesmo

efeito se fez sentir nos preços do combustível de avião, com subidas significativas em final de 2010.

Retrospetivamente, o jet fuel apresentou valores médios por tonelada métrica em torno dos 700 USD

em 2007, 1.000 USD em 2008, 560 USD em 2009 e 725 USD em 2010. Em final do ano de 2010, o jet fuel

situou-se próximo dos 850 USD por tonelada.

A preocupação em garantir a previsibilidade dos custos com combustíveis conduziu à realização de

diversas operações de hedging de jet fuel. Em 2009 havia sido levada a cabo uma parte da cobertura

para o primeiro semestre do ano, e em inicio do 2º trimestre realizou-se mais um conjunto de

operações para completar a cobertura para a segunda metade do ano, garantindo-se um hedge ratio

bastante elevado para o conjunto do ano, cerca de 75% face aos níveis de consumo previstos. Em

virtude das oscilações de mercado entretanto verificadas, o resultado final obtido com as operações de

hedging revelou-se ligeiramente negativo, em termos de tesouraria, apesar de se ter compensado, por

exemplo, diversas perdas ao longo do ano com ganhos mais expressivos na fase final do ano, para a

qual o grau de cobertura se situou próximo dos 100%.

A exposição ao preço do combustível é, ao nível dos custos, o fator mais importante gerador de

exposição cambial do Grupo TAP (especialmente quando as cotações do combustível estão elevadas)

dado que o mercado de jet fuel é denominado em dólares e o combustível é a principal rubrica de

31-12-2009

< 1 ano 1- 2 anos 3 - 5 anos 6 - 10 anos > 10 anos TOTAL

Empréstimos 156 509 84 609 250 879 220 505 - 712 502

Locações Financeiras 143 418 112 310 274 676 245 097 6 399 781 900

Total 299 927 196 919 525 555 465 602 6 399 1 494 402

Empréstimos taxa fixa 59 472 49 243 147 551 147 262 - 403 528

Locações Financeiras taxa fixa 93 785 78 471 167 173 162 372 6399 508 200

Total 153 257 127 714 314 724 309 634 6 399 911 728

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145

custos variáveis. Uma baixa considerável no preço do combustível, por seu turno, reduz

significativamente a exposição líquida do Grupo TAP ao Dólar.

A análise de sensibilidade para o custo com combustíveis da empresa foi elaborada com base nos

pressupostos abaixo:

Consumo padrão: 860 mil toneladas

Variação: 100 USD/tonelada

Câmbio EUR/USD: 1,30

Impacto anual na Exploração: 86 milhões de USD, aproximadamente 66 milhões de Euros

v) Risco de crédito e de liquidez

A posição de tesouraria é uma variável crítica e determinante da estabilidade do Grupo TAP. Esta

variável requer uma atenção especial dada a suscetibilidade da liquidez às flutuações da economia em

geral e também a oscilações em mercados determinantes como o mercado petrolífero.

O principal fator condicionante das condições de financiamento das empresas ao longo do ano foi a

eclosão da crise da divida soberana que penalizou muito significativamente a Europa e, em particular,

os Estados mais endividados da periferia da zona euro, Grécia, Irlanda e Portugal, tendo-se comunicado

com grande intensidade ao financiamento do sector privado. Para além da brutal subida, de 4%

para7%, nos yields da divida pública nacional a 10 anos, ao longo do ano, também os Credit Default

Swaps (CDS) da República, seguros que medem o risco de solvabilidade de Portugal, se agravaram de

níveis abaixo de 1% em inicio do ano para 5% no final do ano. Outras medidas evidentes do stress

financeiro vivido por Portugal foram o agravamento dramático dos CDS da banca nacional, as

crescentes dificuldades de financiamento desta nos mercados monetários e necessidade de recurso

maciço ao financiamento do BCE, bem como as baixas de rating de bancos, de empresas do sector

público e do Estado português. Todas estas evoluções negativas tiveram repercussão de forma muito

pronunciada nas subidas de spreads a todo o sector privado, desde as PME às grandes empresas.

Num ano em que diversas operações de financiamento a longo prazo se venciam, as restrições ao

recurso ao crédito, e seu custo elevado, levaram a que o Grupo TAP dedicasse um esforço acrescido no

domínio da gestão da liquidez e concretizasse junto dos mercados financeiros as transações necessárias

à manutenção de níveis de liquidez adequados. Esse esforço traduziu-se em negociações mais

complexas e demoradas tendo os custos de endividamento sido mais elevados na maior parte das

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146

operações novas contratadas, dado o contexto de extrema restrição financeira que se gerou a nível

global. Nos contratos assinados foi, contudo, possível manter clausulados equilibrados e com

dispositivos de opcionalidade que permitem, nomeadamente, soluções de terminus antecipado, de

forma economicamente viável, em caso de melhoria significativa dos mercados financeiros no futuro.

A concretização das diversas operações de leasing, de fundo de maneio e de renovação de linhas de

crédito não se traduziu em aumento do endividamento bruto, dado que serviu essencialmente para

compensar a liquidação programada de operações de longo prazo na sua fase final de vida, por outro

lado, não alterou significativamente o perfil temporal da divida, dado que a maioria das operações foi

efetuada a médio e longo prazo. Por fim, resultou da exploração corrente e do esforço de

refinanciamento um acréscimo significativo de liquidez ao longo do ano. A divida líquida do Grupo TAP

registou, portanto, uma redução em 2010 face ao ano anterior de 117 milhões de Euros.

Em final de 2010, e após as alterações na divida verificadas ao longo do ano, as responsabilidades de

curto prazo do Passivo Remunerado atingiram os valores constantes do quadro seguinte:

1º Semestre 2º Semestre

Amortização

Empréstimos 33 834 103 461

Leasings 61 997 45 027

Total 95 831 148 488

Juro

Empréstimos 11 958 11 312

Leasings 13 068 11 655

Total 25 026 22 967

No cômputo geral da divida do Grupo TAP, verifica-se também uma diversificação das instituições com

as quais estão estabelecidos os contratos de financiamento, nacionais e estrangeiras, prosseguindo a

politica de alargamento do espectro de entidades contrapartes, de forma a diminuir o risco das

operações e potenciar as oportunidades de transação em condições vantajosas. No domínio das

aplicações de fundos, o Grupo TAP efetua uma gestão centralizada de investimento, em condições de

máxima flexibilidade, com garantias de mobilização antecipada sem penalizações, e tendo sempre

como prioridade a qualidade creditícia da entidade ou entidades que recebem essas aplicações e a

segurança das mesmas. Também a nível de operações com derivados à dada particular atenção à

qualidade das contrapartes, procurando-se também estabelecer um nível de diversificação suficiente

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147

para obter condições de competitividade satisfatórias nas operações de hedging. De referir que os

swaps de taxa de juro e combustível em vigor ao longo do ano tiveram contrapartes com rating, a 31 de

Dezembro de 2010, iguais ou superiores a A- da Standard & Poor’s.

O risco de crédito do Grupo TAP reside, também, na possibilidade de incumprimento de obrigações

contratuais por parte de determinados clientes, por exemplo, a nível de serviços de manutenção e

engenharia. Contudo são, consistentemente, acionados mecanismos de salvaguarda e de proteção do

risco de crédito (por exemplo, garantias bancárias) que permitem minimizar os riscos em questão. Dada

a natureza das transações a nível da atividade de transporte aéreo, o montante de risco incorporado

nos valores a receber de clientes é significativamente mitigado, existindo aliás um valor elevado em

saldo, de forma recorrente, de adiantamento de clientes, montantes pagos antes da concretização do

voo. De referir que os bilhetes vendidos através de agentes de viagens são liquidados à empresa

através de um sistema de clearing especifico da indústria, coordenado pela IATA (lnternational Air

Transport Association), o qual salvaguarda o risco de crédito das companhias aéreas através de

avaliação contínua da posição financeira das agências e da solicitação, sempre que justificado, de

instrumentos de proteção de risco, como garantias bancárias ou de acionistas.

O quadro seguinte apresenta elementos relativos à posição de liquidez do Grupo TAP a 31 de Dezembro

de 2010 e 2009, bem como saldos de contas a receber, que refletem o risco de crédito nessas mesmas

datas:

31-Dez-10 31-Dez-09

Ativos não correntes

Depósitos Judiciais – Brasil 16 283 14 749

Contas a receber – Clientes 13 914 15 309

Ativos correntes

Caixa e equivalentes de caixa 222 677 131 077

Contas a receber – clientes 223 212 192 590

Associadas e outros ativos correntes 128 134 90 777

604 220 444 502

Exposição ao risco de crédito fora de balanço

Garantias prestadas 40 853 37 666

Outros compromissos 241 871 259 777

282 724 297 443

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148

De referir que uma percentagem superior a 50% do total da rubrica 'Contas a receber - clientes'

correspondia em 2010 a créditos ainda não vencidos. Quanto a créditos já vencidos, a parcela de

antiguidade inferior a 12 meses representava em 2010 cerca de 1/3 do total.

54 - Ativos e passivos contingentes

Grupo AdP

i) Investimento Contratual

A estimativa de compromissos financeiros assumidos pelo Grupo AdP não relevados no balanço,

decorrentes da celebração dos contratos de concessão relativamente a investimentos iniciais, de

substituição, renovação e expansão a efetuar no decorrer do período remanescente de concessão,

apresenta-se do seguinte modo:

Investimento

contratual

Investimento

já efetuado

Investimento

em curso

Investimento

contratual

(N+1)

Investimento

contratual

(N+2 .. N+5)

Investimento

contratual

(>N+5)

UNA-PD 6 487 755 3 632 285 684 229 508 362 730 001 934 090

UNA-DR 490 758 969 905 14 601 133 274 341 009

UNR 1 415 607 853 882 72 309 178 299 134 745 212 484

8 394 120 4 487 136 757 443 701 262 998 020 1 487 581

Empresas Abastecimento

/ Saneamento

Resíduos Distribuição

e Recolha

31-Dez-10

31-Dez-09

Investimento contratual 6 487 755 1 415 607 490 758 8 394 120 6 477 326

Investimento já efetuado 3 632 285 853 882 969 4 487 136 3 709 513

Investimento em curso 684 229 72 309 905 757 443 1 053 941

Investimento contratual - - -

Investimento contratual - N - - - -

Investimento contratual (N+1) 508 362 178 299 14 601 701 262 807 555

Invest. contratual (N+2 .. N+5) 730 001 134 745 133 274 998 020 559 322

Investimento contratual (>N+5) 934 090 212 484 341 009 1 487 581 785 422

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149

No mapa seguinte encontram-se apresentados os compromissos futuros do grupo relativos às rendas a

pagar aos municípios, conforme definido nos contratos de concessão.

Rendas já

reconhecidas

Rendas

reconhecidas

em dívida

Rendas

futuras -

(N+1)

Rendas

futuras -

Restantes

31-12-2010

31-12-2009

Águas do Algarve, S.A. 457 - 96 3 225 3 778 3 778

Águas do Ave, S.A. - - - 3 277

Águas do Centro Alentejo, S.A. 932 - 169 4 690 5 790 3 110

Águas do Mondego, S.A. 27 262 - 1 349 7 657 36 267 20 943

Águas do Norte Alentejano,S.A. 209 - 53 1 129 1 391 1 391

Águas do Noroeste, S.A. 2 799 396 - - 7 488 -

Águas do Oeste, S.A. 26 - 5 127 158 302

Águas de Santo André, S.A. 4 310 - 479 9 577 14 365 14 365

Águas de Trás-os-Montes, S.A. 2 178 1 267 659 14 881 18 985 18 972

Águas do Zêzere e Côa, S.A. 5 391 462 716 20 605 27 174 26 090

Águas Públicas Alentejo, S.A - 62 125 6 048 6 235 -

Simarsul, S.A. 2 789 - 441 8 901 12 132 12 132

Simdouro, S.A. 321 - 321 643 1 285 -

Simlis, S.A. 961 - 101 1 817 2 879 2 879

Simtejo, S.A. 38 690 - 391 7 816 46 898 46 898

86 325 2 187 5 122 91 190 184 824 154 137

ii) Outros ativos e passivos contingentes

Águas do Algarve, S.A.

A Águas do Algarve, S.A. tem 3 Ações a decorrer em tribunal já devidamente contestadas. A primeira

refere-se ao Sistema do Sotavento, a qual está a decorrer no Tribunal Administrativo do Circulo de

Lisboa, no valor de 2 662 milhares de euros. A 2ª ação refere-se ao Sistema de Barlavento e decorre no

Tribunal Administrativo de Circulo de Lisboa no valor de 1 909 milhares de euros. A 3 ª ação (Processo

516/09.3 Belle – Somague, Engigás, Neopul, Construtores ACE, no valor de 9 191 milhares de euros e

tem como fundamento a alegada inexequibilidade técnica das travessias da Ria Formosa. Por seu lado e

além da contestação desta ação a Águas do Algarve, S.A. instaurou uma ação no valor de 1 894 milhares

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150

de euros por incumprimento do contrato de empreitada imputável ao empreiteiro. Em todos os

processos, a Águas do Algarve, S.A. entendeu que não são devidos nem exigíveis quaisquer quantias

referentes a este litígios, pelo que não se constituiu qualquer provisão para o efeito.

Águas do Centro, S.A.

Estão pendentes os seguintes Processos Judiciais: nº.105/07.7 do tribunal de Ferreira de Zêzere nº.

4/08.5 do tribunal de Alvaiázere nº. 135/07.9 TBOLVR do Tribunal Judicial de Oleiros nº. 198/07.07

TBTMR do 1º Juízo do tribunal de Tomar nº. 150/07.2 BECTB do tribunal Administrativo e Fiscal de

Castelo Branco e os processos de contra ordenação nº. 155NAJ/05 e 156NAJ/05 ambos de Direção

Regional da Agricultura da Beira Litoral nº. 250/06 da comissão de Coordenação e desenvolvimento

Regional do Centro

Águas do Mondego, S.A.

Proc. n.º 905 / 09.3TBLSA ( Tribunal Judicial da Lousã ): invasão de propriedade

Proc. n.º 116/10.5TBPNL ( Tribunal Judicial de Penela ): danos causados propriedade privada

Proc. n.º 3234 / 10.6TBLRA - 2.º Juízo ( Tribunal Judicial de Leiria ): danos causados em propriedade

privada

Proc. n.º 488/07.9PCCBR - 3.º juízo Criminal de Coimbra: crime: art. 277.ºdo CP, agravado c/ morte de

um trabalhador, por afogamento na EE do loreto.

Proc. n.º 1480/09.4TTCBR -1.º Juízo ( Tribunal do Trabalho de Coimbra ): relativa a contrato de

prestação de serviços celebrado em 01-04-2008 com Luís Manuel Velez Ventura

Processo n.º 1747/10.9YYPRT -Processo de execução para pagamento de quantia certa, a correr termos

nos Juízos de Execução do Porto -2º Juízo/2.a

Secção, proposto pela BNP PARIBAS FACTOR, INSTITUIÇÃO

FINANCEIRA DE CREDITO, S.A. contra a Águas do Mondego, S.A.. Através deste processo, a BNP

pretende o pagamento, pela Águas do Mondego, S.A., de determinadas quantias, pagamentos, esses

que resultariam (a) da fatura n.º E010411, remetida por JOAO SALVADOR, S.A. a Águas do Mondego,

S.A. e (b) de diversas faturas, remetidas pela LEIRISLENA -ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES, S.A. à Águas

do Mondego, S.A.. A Águas do Mondego, S.A. apresentou oposição a execução, pela qual informou ter

requerido a apensação dos autos ao processo de consignação em depósito que instaurou no Tribunal

Administrativo e Fiscal de Coimbra (Processo n.º 330/10.3BECBR) e, por isso, requereu a suspensão da

instância. A BNP apresentou contestação. Por despacho de 13 de Julho de 2010, a instância foi

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151

suspensa ate que seja proferida decisão no processo de consignação em depósito;

Processo n.º 330 (10.3BECBR -Processo especial de Consignação em depósito, a correr termos na 1ª

Unidade Orgânica do Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra, em que é requerente a Águas do

Mondego, S.A. e em que são citadas as entidades BNP Paribas Factor, Instituição Financeira de Credito,

S.A.; António Jose Matos Loureiro, na qualidade de Administrador da Insolvência da Leirislena -

Engenharia e Construções, S.A.; Andaluga -Aluguer de Andaimes e Maquinas para a Construção, Lda.;

Aqualis Captações -Hidrogeologia e Sondagens, Lda.; Aplitinta Protecção e Revestimentos de Betão,

Lda.; Arcopintura -Construções, Pintura, Tacos e Lacagem Unipessoal, Lda.; Areia Centro -Construções,

S.A.; Brastec -Construção, Lda.; Eliseu & Filhos, Lda.; Emesto Alves Pinto e Cª, Lda.; Gistec -Técnicas

Cartográficas e Fotogramétricas, Lda.; Luis Monsanto, Unipessoal, Lda.; Mortelas Construção Civil, Lda.;

Nogueira Fernandes, Lda.; Noráqua -Consultores de Engenharia, Lda.; Rui Paulo -Muros -Construções,

Lda.; Sodrenagens -Drenagens, Lda.; Soplacas -Sociedade de Placas de Betão, S.A. e Terraplanagens

Oliveira e Sequeira, Lda.. A Águas do Mondego, S.A. desencadeou este processo em virtude da objectiva

e legitima ausência de segurança na identificação do credor (ou dos credores) de determinados

pagamentos, relativos a três diferentes contratos de empreitada de obras publicas: (i) EMPREITADA DA

BOAVISTA; (ii) EMPREITADA DA RONQUElRA e (iii) EMPREITADA DO ROXO. Através deste processo, a

Águas do Mondego, S.A. pretende que sejam declaradas extintas as obrigações pecuniárias referentes

as referidas empreitadas, mediante a autorização do depósito, ainda por efetuar pela Águas do

Mondego, S.A., no valor de 848 milhares de euros. Foram apresentadas cinco contestações e réplica da

Águas do Mondego, S.A.. Aguarda-se, neste momento, pela autorização para o referido depósito;

Águas do Noroeste, S.A.

Autor Processo Valor Situação em 31-12-2010

Alberto Martins de Mesquita &

Filhos, SA

113/10.0TYVNG 8 457 484,60 Aguarda-se desenvolvimento do

processo

Alberto Martins de Mesquita &

Filhos, SA

1636/08.7BEBRG 3 649 442,68 Aguarda-se nova marcação

Construtora do Tâmega, SA e

Outros

256/06.5BERG 3 326 979,76 Aguarda-se nova marcação da

audiência preliminar

Construtora do Tâmega, SA e

Outros

515/05.4BERG 2 965 665,87 Aguarda-se marcação do

julgamento

Isolux Inginieria, SA 476/10.8BEBRG 1 578 627,90 Aguarda-se desenvolvimento do

processo

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Autor Processo Valor Situação em 31-12-2010

Município de Caminha 144/09.3BEBRG 1 073 485,23 Aguarda-se desenvolvimento do

processo

Mª José Maio D. Veloso e Outros

(ação contra Município da PV)

2166/08.2BEPRT 560 000,00 Aguarda-se desenvolvimento do

processo

Águas de Santo André, S.A.

Colocação de processos de injunção e processos de ação administrativa ordinários à Câmara Municipal

de Sines e de Santiago do Cacém e processo das lamas e ação de impugnação judicial de licitude de

despedimento sem valor.

Águas do Zêzere e Côa, S.A.

Ação arbitral proposta por parte do Município do Fundão, onde esta entidade reclama o pagamento de

indemnização no montante de 43 394 milhares de euros. Paralelamente, a Águas do Zêzere e Côa, S.A.

reclama daquele MUNICÍPIO DO FUNDÃO o pagamento de indemnização no valor de 186 milhares de

euros. Por acórdão de 29 de Outubro de 2010, o Tribunal Arbitral reconheceu parcialmente a pretensão

do Município do Fundão, com um quantitativo a fixar em sede de execução de sentença e com um valor

limite de 762 milhares de euros. Por seu turno, quanto à Águas do Zêzere e Côa, S.A., o pedido

indemnizatório formulado foi julgado parcialmente procedente, com a atribuição de uma indemnização

também a fixar em execução de sentença e com um limite máximo de 364 milhares de euros. Os

restantes pedidos do Município do Fundão foram indeferidos ou objeto de rejeição. Ambas as partes

recorreram, ainda que parcialmente, da decisão do Tribunal Arbitral, encontrando-se o processo, neste

momento, a aguardar a decisão do Tribunal Central Administrativo Sul;

Ação administrativa comum, sob a forma de processo ordinário, proposta pela Águas do Zêzere e Côa,

S.A. onde se pede a condenação do Município do Fundão no pagamento de faturas emitidas entre Maio

de 2001 e Agosto de 2008, bem como no pagamento dos respetivos juros vencidos e vincendos, no

valor total de 1 202 milhares de euros – Processo n.º 487/08.3BECTB, a correr termos no Tribunal

Administrativo e Fiscal de Castelo Branco. Aguarda-se pela fase de saneamento do processo, que é

prévia à fase de julgamento;

Ação administrativa comum, sob a forma de processo ordinário, proposta pela Águas do Zêzere e Côa,

S.A. onde se pede a condenação do Município do Fundão no pagamento de faturas emitidas entre

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Setembro e Dezembro de 2008, bem como no pagamento dos respetivos juros vencidos e vincendos,

no valor total de 591 milhares de euros – Processo n.º 154/09.0BECTB, a correr termos no Tribunal

Administrativo e Fiscal de Castelo Branco. Aguarda-se pela fase de saneamento do processo, que é

prévia à fase de julgamento;

Ação administrativa comum, sob a forma de processo ordinário, proposta pela Águas do Zêzere e Côa,

S.A. onde se pede a condenação do Município do Fundão no pagamento de faturas emitidas entre

Janeiro e Abril de 2009, bem como no pagamento dos respetivos juros vencidos e vincendos, no valor

total de 550 milhares de euros – Processo n.º 491/09.4BECTB, a correr termos no Tribunal

Administrativo e Fiscal de Castelo Branco. Aguarda-se pela fase de saneamento do processo, que é

prévia à fase de julgamento;

Ação administrativa comum, sob a forma de processo ordinário, proposta pela Águas do Zêzere e Côa,

S.A. onde se pede a condenação do Município do Fundão no pagamento de faturas emitidas entre

Agosto e Outubro de 2009, bem como no pagamento dos respetivos juros vencidos e vincendos, no

valor total de 557 milhares de euros – Processo n.º 2/10.9BECTB, a correr termos no Tribunal

Administrativo e Fiscal de Castelo Branco. Aguarda-se pela fase de saneamento do processo, que é

prévia à fase de julgamento;

Ação administrativa comum, sob a forma de processo ordinário, proposta pela Águas do Zêzere e Côa,

S.A. onde se pede a condenação do Município do Fundão no pagamento de faturas emitidas entre

Janeiro e Abril de 2010, bem como no pagamento dos respetivos juros vencidos e vincendos, no valor

total de 803 milhares de euros – Processo n.º 377/10.0BECTB, a correr termos no Tribunal

Administrativo e Fiscal de Castelo Branco. Aguarda-se pela fase de saneamento do processo, que é

prévia à fase de julgamento;

Ação administrativa comum, sob a forma de processo ordinário, proposta pela Águas do Zêzere e Côa,

S.A. onde se pede a condenação do Município do Fundão no pagamento de faturas emitidas entre Maio

e Julho de 2010, bem como no pagamento dos respetivos juros vencidos e vincendos, no valor total de

522 milhares de euros – Processo n.º 554/10.3BECTB, a correr termos no Tribunal Administrativo e

Fiscal de Castelo Branco. O processo encontra-se, neste momento, na fase de saneamento, que é prévia

à fase de julgamento;

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Ação administrativa comum, sob a forma de processo ordinário, proposta pela Águas do Zêzere e Côa,

S.A. onde se pede a condenação do Município do Fundão no pagamento de faturas emitidas entre

Agosto e Outubro de 2010, bem como no pagamento dos respetivos juros vencidos e vincendos, no

valor total de 709 milhares de euros – Processo n.º 15/11.3BECTB, a correr termos no Tribunal

Administrativo e Fiscal de Castelo Branco. Aguarda-se pela contestação do Município do Fundão;

Resiestrela, S.A.

Processo nº 64/10.9BECTB do TAF de Castelo Branco - Executado: Município de Celorico da Beira; Data

de entrada: 26 de Janeiro de 2010; Valor da ação: 1 112 milhares de euros; Taxa de justiça paga: 408

euros; Natureza e estado do processo: Ação Executiva respeitante a várias faturas. De acordo com a

sentença proferida, em 23 de Abril de 2010, a ação foi totalmente procedente. Posteriormente à

sentença, o Município liquidou algumas faturas, tal como acima indicado. Para além de tais faturas, o

Município liquidou ainda a Nota de débito n.º 2300000048, no montante de 34 milhares de euros,

relativa a juros de mora. Sendo certo que esta Nota de débito não consta de qualquer dos

reconhecimentos de dívida que serviram de base à ação executiva, a realidade é que a quantia de juros

de mora titulada por este documento corresponde a parte da quantia de juros de mora respeitante a

parte das faturas acima mencionadas e peticionadas na ação. Entretanto aguarda-se a liquidação do

remanescente, seja pelo Município (voluntariamente ou mediante a efetivação de penhora que foi

requerida nos autos), seja por conta da dotação orçamental inscrita à ordem do Conselho Superior dos

Tribunais Administrativos e Fiscais, tendo sido requerida a abertura de crédito extraordinário por este

órgão.

Processo n.º 66/09.8BECTB, do Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) de Castelo Branco - Réu: ADC –

Águas da Covilhã, E.M.; Data da entrada: 19 de Novembro de 2008; Valor da Ação: 1 028 milhares de

euros; Taxa de Justiça Paga: 1 152 euros + 1 152 euros + 1 152 euros; Natureza e estado do processo:

Processo resultante do requerimento de injunção intentado pela Águas do Zêzere e Côa, S.A., tendo

posteriormente havido habilitação da Resiestrela, S.A. (aceite em sentença de 31 de Março de 2009),

respeitante às faturas emitidas entre 31 de Julho de 2007 e 31 de Maio de 2008, no montante global de

950 milhares de euros.

Por sentença 16 de Dezembro de 2010, foi a Ré absolvida do pedido, com fundamentação no facto de o

Tribunal entender que, inexistindo contrato de entrega e receção de resíduos sólidos urbanos, inexiste,

também, suporte contratual de base que legitime a emissão e a cobrança das faturas cujo pagamento é

peticionado nos autos.

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155

Por não se conformar com tais sentenças, a Resiestrela, S.A. interporá os competentes recursos junto

do Tribunal Central Administrativo Sul.

NUIPC 581/09.3TAGRD- Processo de Inquérito, cuja investigação se encontra a ser levada a cabo pela

GNR do Fundão, motivado por denúncia efetuada pela Resiestrela, em relação à destruição, por

desconhecidos, de ecopontos da sua propriedade. Uma vez que a queixa foi apresentada contra

desconhecidos, afigura-se pouco provável que a Resiestrela, S. A. venha a ser ressarcida dos seus

prejuízos.

Processo n.º 57/2010-SM -Natureza e estado do processo: Arbitragem obrigatória para determinação

dos serviços mínimos por greve dos trabalhadores da Resiestrela. Foi proferido acórdão arbitral em 19

de Novembro de 2010, tendo do mesmo sido interposto recurso pelo STAL (Sindicato dos

Trabalhadores da Administração Local), e tendo a Resiestrela, S.A. apresentado as suas contra-

alegações ao Tribunal da Relação de Coimbra em 14 de Dezembro de 2010, onde o processo se

encontra a correr trâmites normais.

Potenciais reclamações - Em 05 de Novembro de 2010 foi recebida uma carta de Maria Florinda

Marques Pires Elias, na qual, com referência a invocados danos numa das paredes exteriores do prédio

sito no n.º 24 da Rua Formosa, na Guarda, alegadamente resultantes do incêndio que, a 01 de

Novembro de 2010, foi ateado por desconhecidos aos ecopontos, propriedade da Resiestrela, S.A., que

se encontravam instalados naquele local, vem peticionado o desenvolvimento de procedimentos, no

sentido de minimizar os danos e reparação da referida parede, desconhecendo-se os montantes

envolvidos e se a Resiestrela, S.A. irá ser demandada judicialmente.

Resulima, S.A.

A empresa tem uma ação judicial contra a AGNI.

Simarsul, S.A.

Proc. N.º CO/001132/09 - relativamente à ETAR da Fonte da Prata, sendo imputada à Simarsul, S.A.

uma contra-ordenação a que cabe a coima entre 60 milhares de euros a 70 milhares de euros, em caso

de negligência, e de 500 milhares de euros a 2 500 milhares de euros, no caso de dolo e Proc. N.º

CO/001142/09 - relativamente à ETAR da ZIA, sendo imputada à Simarsul, S.A. uma contra-ordenação a

que cabe a coima entre 60 milhares de euros a 70 milhares de euros, em caso de negligência, e de 500

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milhares de euros a 2 500 milhares de euros, no caso de dolo. A IGAOT procedeu à apensação dos dois

processos, condenando a Simarsul, S.A. na pena única de 180 milhares de euros, tendo sido impugnada

judicialmente a decisão.

Proc. N.º CO/15/2010 – relativamente à ETAR da Lagoínha, sendo imputada à SIMARSUL uma contra-

ordenação a que cabe a coima entre 38 500 milhares de euros a 70 milhares de euros, em caso de

negligência, e de 200 milhares de euros a 2 500 milhares de euros, no caso de dolo, tendo a SIMARSUL

apresentado a sua defesa no âmbito do processo de contra-ordenação.

Proc. N.º CO/32/2010 – relativamente à ETAR da Quinta do Conde, sendo imputada à Simarsul, S.A.

uma contra-ordenação a que cabe a coima entre 38 500 milhares de euros a 70 milhares de euros, em

caso de negligência, e de 200 milhares de euros a 2 500 milhares de euros, no caso de dolo, tendo a

Simarsul, S.A. apresentado a sua defesa no âmbito do processo de contra-ordenação.

Simlis, S.A.

Proc. 1552/09.5BELRA - TAFLeiria- Ação administrativa comum sob a forma ordinária intentada por

Construtora Abrantina, S.A., em 29 de Setembro de 2009, pedindo a condenação de Simlis, S.A. no

pagamento da quantia de 3 099 milhares de euros e juros, relativa a prejuízos com perdas de

rendimento, permanência em obra, lucros cessantes, encargos financeiros e prejuízos com montagem e

desmontagem de estaleiro - “ Empreitada de execução da Rede de Saneamento de Maceira- 3.ª,5.ª e

6.ª fases

Simria, S.A.

Ação administrativa comum na forma ordinária n.º 760/05.2BEVIS, a correr seus termos no Tribunal

Administrativo e Fiscal de Viseu, movida pelas sociedades CONSTRUTORA ABRANTINA, S.A. e JAIME

RIBEIRO & FILHOS, S.A. em que, no âmbito da empreitada denominada “Sistema Multimunicipal de

Saneamento da Ria de Aveiro – Intercetores Sul e Vouga – Condutas”, se pede que a Simria, S.A. seja

condenada a reconhecer o direito das Autoras à prorrogação legal do prazo daquela empreitada até

Abril de 2003 e a pagar a estas uma indemnização no valor de 8 896 milhares de euros, acrescida dos

respetivos juros vencidos e vincendos à taxa legal.

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Neste processo a Simria, S.A. deduziu pedido reconvencional contra as Autoras, reclamando destas uma

indemnização no valor de 7 820 milhares de euros, acrescido de juros, a título de multas aplicadas ao

empreiteiro por atraso na execução da obra, lucros cessantes, danos de imagem e outros.

Nesta ação, aguarda-se a elaboração do despacho saneador pelo tribunal e respetiva notificação às

partes, posto o que prosseguirão os ulteriores termos processuais.

Ação administrativa comum na forma ordinária n.º 1075/08.0BEVIS, a correr seus termos no Tribunal

Administrativo e Fiscal de Viseu, movida pelas sociedades CONSTRUTORA ABRANTINA, S.A. e JAIME

RIBEIRO & FILHOS, S.A. em que, no âmbito da empreitada denominada “Sistema Multimunicipal de

Saneamento da Ria de Aveiro – Intercetores Sul e Vouga – Condutas”, se pede que a Simria, S.A. seja

condenada a reconhecer o direito das Autoras à prorrogação legal do prazo daquela empreitada até 24

de Setembro de 2004 e a pagar a estas a quantia de 4 407 milhares de euros, a título de indemnização

por prejuízos alegadamente sofridos pelo empreiteiro na referida empreitada, trabalhos a mais, revisão

de preços e juros de mora por alegado desfasamento entre os pagamentos contratualmente esperados

e os realmente verificados. Nesta ação, aguarda-se a elaboração do despacho saneador pelo Mmo. Juiz,

seguindo-se os ulteriores termos processuais.

Águas do Douro e Paiva, S.A.

Processo de Injunção sem Oposição Processo de liquidação de Imposto Municipal de Sisa: Autora:

Fazenda Pública - Réu: Águas do Douro e Paiva

Tribunal: Administrativo e Fiscal do Porto. A sociedade tem pendente no TAF do Porto um processo de

impugnação judicial contra liquidação do imposto municipal de Sisa, no valor de 1 695 milhares de

euros a que acrescem juros compensatórios de 681 milhares de euros. O processo aguarda contestação

da Fazenda Pública.

Para os processos acima referidos em que a empresa é Ré, está constituída uma provisão no valor de

11,6 milhares de euros, a qual o Conselho de Administração considera suficiente para fazer face à

previsão de perdas.

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Grupo ANA

Os processos judiciais em curso, dos quais não se espera que resultem responsabilidades para o Grupo

ANA são:

Descrição 31-12-2010 31-12-2009

Processos de natureza laboral 240 475

Processos de natureza cível 210 822

Processos de expropriação 512 512

Processo de indemnização por anulação de adjudicação de contrato 134 134

Custas contingentes do processo de propriedade dos terrenos do ALS, movido pela

Câmara Municipal de Lisboa contra o Estado, ANA,EP e TAP

150 150

Processo de indemnização por rompimento de contrato de prestação de serviços 0 61

Processo de indemnização por acidentes de Viação 314 314

Ação Administrativa por danos causados pela inviabilização de loteamento 103 103

Ações contra a ANAM, no âmbito do Projecto de ampliação do Aeroporto do

Funchal

299 299

Ações de contestação à aplicação da taxa de tráfego 266 266

Ações de contestação à revogação de licenças de ocupação 92 293

Outras responsabilidades 435 392

O Município de Lisboa instaurou contra o Estado, ANA - Aeroportos de Portugal, SA e TAP Portugal, SA uma

ação relativa a titularidade dos terrenos do Aeroporto de Lisboa, que corre termos no Tribunal

Judicial de Lisboa (processo n.0 301 /1995), pedindo ao Estado, no que respeita aos terrenos

afetos a atividade aeroportuária uma indemnização no valor de 390 milhões de euros, a que

acresceriam juros compensatórios de 1 S%, pela alegada expropriação ou mutação do domínio

municipal para a Domínio público, e, no que respeita as áreas não afetas a atividade aeroportuária, o

reconhecimento da titularidade do Município de Lisboa e a sua imediata restituição.

Tratando-se de uma ação que respeita essencialmente a um litígio entre o Município de Lisboa e o

Estado, a responsabilidade patrimonial da ANA, em caso de procedência da ação, corresponderia

apenas às custas.

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Grupo TAP

i) Passivos contingentes

À data de 31 de Dezembro de 2010, os passivos contingentes referem-se à TAP Manutenção e

Engenharia Brasil, que possui ações de natureza tributária, cívil e laboral, envolvendo riscos de perda

classificados pela Administração do Grupo TAP como possíveis, com base na avaliação dos seus

consultores jurídicos, para as quais não foi constituída provisão, conforme composição a seguir:

Contingência Descrição Desenvolvimentos atuais 31-12-2010 31-12-2009

(i) Laboral

FGTS não depositado entre

2002/2004 e ação pelo

Sindicato.

Probabilidade de êxito da TAP

Manutenção e Engenharia

Brasil, S.A.

90 329 81 973

(ii) Tributária

Execução Fiscal de obrigação

de pagamento de ICMS

incidente na importação de

mercadorias ou bens para o

ativo fixo e uso ou consumo.

Probabilidade de perda

possível na esfera

administrativa e remota na

esfera judicial.

74 378 74 378

(iii) Tributária Execução Fiscal de obrigações

acessórias de ICMS.

Aguarda-se a suspensão da

exigibilidade do crédito.

Probabilidade de êxito da TAP

Manutenção Brasil.

5 590 4 913

(iv) Tributária IRPJ/CSLL - DIPJ do ano de

2002.

Aguarda-se julgamento e

impugnação com

probabilidade de êxito.

71 192 60 862

(v) Tributária

AI POA - insuficiência de

recolhimento de tributos

sobre importações no período

de 08/2002 a 12/2004.

Aguarda-se julgamento e

impugnação com

probabilidade de êxito.

13 231 11 089

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160

ii) Ações laborais

(a) FGTS não depositado entre 2002/2004 e Periculosidade/Insalubridade

A principal ação laboral trata-se de um processo movido pelo sindicato onde é reclamado o depósito do

FGTS entre o período 2002 e 2004 de todos os funcionários de Porto Alegre.

A outra ação refere-se ao requerimento de pagamento adicional de insalubridade e periculosidade para

todos os funcionários que exercem a função de auxiliar de manutenção de aeronaves em Porto Alegre.

Após análise da prova pericial, foi concluído que as atividades exercidas não se caracterizam como

perigosas ou insalubres. O processo encontra-se no TST (Brasília) com recurso do Sindicato para ser

julgado.

A TAP Manutenção e Engenharia Brasil, S.A. entende, baseada em informações provenientes dos seus

advogados, que destes processos não resultarão impactos materialmente relevantes, suscetíveis de

afetar as suas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2010.

iii) Ações fiscais

(b) Execução fiscal de obrigação de pagamento de ICMS – Imposto na importação de mercadorias

Em Março de 2009, foi lavrado um auto de infração contra a TAP Manutenção e Engenharia Brasil, S.A.

sobre a suposta exigência do pagamento de ICMS, o qual incide sobre a importação de mercadorias. A

subsidiária apresentou impugnação administrativa sobre o auto de infração que foi julgado procedente.

Em Dezembro de 2009, o recurso do Estado foi julgado procedente no Conselho de Contribuintes. De

acordo com os advogados desta subsidiária, a probabilidade de perda é possível na esfera

administrativa e remota na esfera judicial.

(c) Execução fiscal de obrigações acessórias de ICMS – Imposto na importação de mercadorias

Em Dezembro de 2007, a subsidiária foi notificada no âmbito de uma execução fiscal, proposta pela

Fazenda do Estado de São Paulo (Guarulhos), relativa a obrigações acessórias de ICMS. A subsidiária

realizou a penhora de 2% da faturação, bem como a suspensão da execução com as razões para a

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161

revisão da execução fiscal. Atualmente, a subsidiária está a aguardar a decisão do Juiz em relação à

suspensão da execução. A probabilidade de êxito por parte da subsidiária é considerada provável.

(d) Auto de Infração de IRPJ/CSLL/PIS/COFINS

Em Abril de 2007 foi instaurado contra a subsidiária um auto de infração, através do qual a Receita

Federal reclama créditos tributários de IRPJ, CSLL, PIS e COFINS, do exercício de 2002, no qual

argumenta: (i) a suposta omissão de receitas; e (ii) dedução de gastos não comprovados pela

subsidiária e que, portanto, não poderiam ter sido deduzidos pela empresa. Adicionalmente, é cobrada

uma multa decorrente de divergências entre os valores constantes dos registos contabilísticos e

aqueles declarados pela subsidiária nas suas declarações de DCTF's e DIPJ's. A subsidiária apresentou a

sua defesa administrativa sustentando que não houve omissão de receitas e que os custos e despesas

não aceites pelo Fisco foram efetivamente comprovados durante a fiscalização. Aguarda-se o

julgamento, em 1ª instância administrativa. A TAP Manutenção e Engenharia Brasil, S.A. entende,

baseada em informações provenientes dos seus advogados, que destes processos não resultarão

impactos materialmente relevantes, suscetíveis de afetar as suas demonstrações financeiras em 31 de

Dezembro de 2010.

(e) Auto de infração de II/IPI/PIS/COFINS – Importação

A subsidiária foi notificada pela Reserva Federal, em 16 de Outubro de 2007, que entendeu não serem

aplicáveis às operações de importação da subsidiária a isenção de II e IPI e a alíquota 0% de PIS e

COFINS. Aguarda-se o julgamento da defesa apresentada pela subsidiária. A TAP Manutenção e

Engenharia Brasil, S.A. entende, baseada em informações provenientes dos seus advogados, que deste

processo não resultarão impactos materialmente relevantes, suscetíveis de afetar as suas

demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2010.

iv) Outras

a) Em 2009, a sociedade gestora do fundo AERUS (fundo de pensões Brasil) alegou que a TAP

Manutenção e Engenharia Brasil, S.A. possuía dívidas não reconhecidas na transferência de

responsabilidades com benefícios pós-emprego para o referido fundo de cerca de 16 milhões de euros

(R$ 40 milhões), por ser co-responsável pelo deficit dos fundos de pensões de outros patrocinadores

(VARIG e VASP). Segundo a avaliação da Administração da TAP Manutenção e Engenharia Brasil, S.A.,

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162

fundamentada na opinião dos seus assessores jurídicos, a dívida apresentada pela AERUS não possui

fundamentação legal. A estimativa de probabilidade de que a TAP Manutenção e Engenharia Brasil, S.A.

venha a pagar essa dívida é remota. Consequentemente, em 31 de Dezembro de 2010, a subsidiária

não registou qualquer provisão para fazer face a esta contingência.

b) A subsidiária TAP Manutenção e Engenharia Brasil, S.A. possui diversos bens ativos penhorados no

valor de 25 852 milhares de euros (30 265 milhares de euros em 2009), que se referem a garantias

requeridas em processos fiscais e laborais. Entre os bens encontram-se veículos, computadores,

componentes, itens dos hangares do Rio de Janeiro e Porto Alegre, entre outros.

c) A Câmara Municipal de Lisboa interpôs, em exercícios anteriores, no Supremo Tribunal

Administrativo, um recurso que se encontra pendente da decisão do Governo Português,

consubstanciado no Decreto-Lei n.º 351/89, de 13 de Outubro, ao abrigo do qual se processou a

transferência para a propriedade da TAP S.A. dos terrenos, edifícios e outras construções utilizados pela

TAP, e localizados junto do Aeroporto de Lisboa, desafetando-os do domínio público. Paralelamente, foi

colocada uma ação cível cuja tramitação depende do desfecho do processo atrás referido. É

entendimento da TAP S.A., que do desfecho destes processos judiciais, não resultarão impactos

materiais para a TAP S.A.

Grupo Baía do Tejo

i) Passivos contingentes

Em 31 de Dezembro de 2010 existia uma responsabilidade contingente no valor que pode variar de 500

milhares de euros a 2 500 milhares de euros, a título de coima correspondente a uma contra-ordenação

ambiental que a Inspecção-Geral do Ambiente e do Ordenamento do Território manifestou intenção de

aplicar, que se encontra reclamada no Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território. Em

Fevereiro de 2011 foi recebida nova notificação desta Inspeção Geral, na sequência da impugnação

apresentada pela empresa, informando que a decisão final, embora passível de nova impugnação,

consubstancia-se numa coima e custas no montante de 15 milhares de euros. A empresa vai impugnar

esta decisão.

Existe ainda um processo judicial em curso com um fornecedor (Terriminas) que reclama o pagamento

de faturas em dívida e respetivos juros de mora, e juros de mora sobre faturas já pagas, sendo o

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163

montante global das ações, calculados à data da interposição das mesmas no Tribunal, de 4 586

milhares de euros.

Em resultado de decisão do tribunal proferida em Junho de 2010, relativa à ação em que é reclamado o

pagamento de faturas em dívida, a Baía do Tejo foi condenada ao respetivo pagamento. Contudo, foi

interposto recurso, requerendo efeito suspensivo e prestada garantia bancária no montante de 1 666

milhares de euros.

Salienta-se que, do valor da dívida reclamada a Empresa tem registada uma fatura no montante de 635

milhares de euros. Por outro lado, uma vez que este assunto está relacionado com o processo de

despoluição dos pós históricos da Maia, todos os gastos deste processo foram assumidos pelo Estado,

por Despacho do Senhor Secretário de Estado do Tesouro e Finanças nº 814/08-SETF, de Outubro, pelo

que não foi constituída qualquer provisão.

Ainda relacionado com o processo dos Pós históricos da Maia decorre em contencioso um processo,

interposto em Julho de 2008, contra a Urbindústria, SNESGES, SN Longos e o fornecedor acima referido,

referente a um pedido de suposta remoção de resíduos depositados indevidamente nos terrenos do

autor da ação. O pedido da ação ascende a 10 269 milhares de euros. Tal como na situação acima

referida, assume-se que os eventuais encargos que possam ocorrer serão assumidos pelo Estado, não

sendo por isso constituída qualquer provisão para o efeito.

55 - Eventos subsequentes relevantes

PARPÚBLICA

À data de emissão das demonstrações financeiras relativas ao período findo em 31 de Dezembro de

2010, estima-se que o valor da participada HCB – Hidroeléctrica de Cahora Bassa seja inferior em cerca

de 7 milhões de euros face ao considerado na determinação da perda de imparidade, devido a

alterações na taxa de câmbio.

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164

Grupo AdP

Em Fevereiro de 2011, o Grupo AdP recebeu do Concedente (Ministério do Ambiente e do

Ordenamento do Território), uma carta solicitando à AdP – Águas de Portugal, SGPS, S.A., na qualidade

de acionista maioritário das entidades gestoras de sistemas multimunicipais de abastecimento,

saneamento e de valorização e tratamento de resíduos que promova os estudos necessários e

apresente ao concedente uma proposta de revisão dos contratos de concessão relativamente as quais

se verifiquem alterações com impacto relevante no equilíbrio financeiro das concessionárias.

Também em Fevereiro foi recebido na AdP SGPS, S.A. um despacho conjunto do Ministério das Finanças

e do Ambiente, onde se determina que:

“- A AdP – Águas de Portugal, SGPS, S.A., através da sua participada AdP Energias – Energias renováveis

e Serviços Ambientais, S.A., inicie os procedimentos necessários para a construção e implementação de

uma central de valorização Energética (CVE) de lamas de ETAR e CDR, mantendo permanentemente

informados os Ministérios responsáveis pelo exercício da função acionista.

- A AdP – Águas de Portugal, SGPS, S.A., através da sua participada AdP Energias – Energias renováveis e

Serviços Ambientais, S.A., garanta a participação de parceiro, ou parceiros, do sector privado no projeto

de construção da CVE, cumprindo as necessárias e imprescindíveis condições de equidade, concorrência

e transparência.

- A AdP – Águas de Portugal, SGPS, S.A., através da sua participada AdP Energias – Energias renováveis e

Serviços Ambientais, S.A., assegure os termos e condições necessárias de forma a garantir a inexistência

de subsidiação cruzada entre as atividades de gestão de resíduos e de gestão de águas e de águas

residuais.

- A AdP – Águas de Portugal, SGPS, S.A., através da sua participada AdP Energias – Energias renováveis e

Serviços Ambientais, S.A., assegure a sustentabilidade do projeto, sendo que a remuneração dos

capitais aplicados deve reflectir o risco que lhe está associado, devendo esse risco ser devidamente

ponderado.

- A AdP – Águas de Portugal, SGPS, S.A., através da sua participada AdP Energias – Energias renováveis e

Serviços Ambientais, S.A., apresente os estudos sobre a viabilidade económica e financeira do projeto,

bem como o plano de negócios da empresa a constituir para efeitos de autorização tutelar prévia, a

conceder nos termos da lei, devendo tais estudos estar devidamente enquadrados no plano de

atividades e orçamento da AdP para 2011 e na política de limitação do crescimento do endividamento

prevista no PEC 2010-2013.”

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165

56 - Divulgações de natureza não contabilística

i) Garantias

Grupo AdP

As responsabilidades por garantias bancárias prestadas por unidades de negócio das empresas incluídas

no perímetro de consolidação do Grupo AdP demonstram-se como se segue:

UN Tribunais Instituições

financeiras

Entidades

Concedentes

Outros 31-12-2010 31-12-2009

UNAPD 21 540 - 2 020 21 596 45 156 46 821

EPAL 5 433 12 565 - 29 880 47 878 42 727

UNADR - - - - - -

UNR 153 36 668 2 161 4 894 43 876 24 355

UNI - - - 1 429 1 429 304

Corporativos - 400 - 404 805 200

TOTAL 27 126 49 633 4 181 58 203 139 144 114 407

Grupo ANA

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, as garantias prestadas pelo Grupo ANA decompõem-se como se

segue:

ANA, SA Grupo ANA

31-12-2010 31-12-2009 31-12-2010 31-12-2009

Seguro caução 492 492 492 492

Garantia bancária 218 507 154 335 219 236 155 064

218 998 154 827 219 727 155 556

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166

As garantias prestadas têm por fim cobrir as seguintes situações:

ANA, SA Grupo ANA

31-12-2010 31-12-2009 31-12-2010 31-12-2009

Financiamento BEI 214 982 151 021 214 982 151 021

IRC 3 190 3 152 3 190 3 152

Processos litigiosos de expropriação 492 492 492 492

Gestão dos entrepostos aduaneiros 718 718

Outros 334 162 345 172

218 998 154 827 219 727 155 556

Grupo TAP

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, as garantias prestadas pelo Grupo TAP decompõem-se como

segue:

31-Dez-10 31-Dez-09

Garantias bancárias prestadas pela Sede da TAP S.A.

Estado Português - Exploração das linhas dos Açores 4 460 4 910

Natwest - "Acquiring" referente a cartões de crédito 5 855 5 855

Tribunal do Trabalho 2 674 2 522

Aeronaves 10 318 6 636

Combustíveis 2 997 3 116

Outras 4 198 3 883

Garantias bancárias prestadas pela L.F.P., S.A.

Contratos de concessão de licenças de exploração das lojas francas 6 336 6 699

Garantias bancárias prestadas por outras Empresas do Grupo 399 387

Garantias e cartas de conforto prestadas a associadas 2 854 2 916

Cauções prestadas a seguradoras 762 742

40 853 37 666

O reforço efetuado durante o corrente exercício nas garantias bancárias prestadas pelo Grupo TAP

referentes a aeronaves prende-se essencialmente com os novos contratos de locação operacional.

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167

Grupo Baía do Tejo

Em 31 de Dezembro de 2010, as garantias bancárias prestadas a terceiros são as seguintes:

Beneficiário Natureza Montante

Câmara Municipal do Seixal Boa execução das obras de infraestruturas. 141

Tribunal Cível da Comarca do Seixal

Caução para que seja atribuído efeito suspensivo ao recurso

interposto relacionado com o processo da Terriminas (Pós da

Maia)

1 666

BESLEASING - Imobiliária, S.A.

Garantir uma eventual restituição do preço de venda de um

dos lotes do Parque Industrial do Seixal (PIS), vendido pela Ex

Urbindústria, S.A.

249

Administração do Porto de Lisboa Garantir despesas relacionadas com a utilização do terminal do

Seixal 68

Administração do Porto de Lisboa Utilização de área de domínio público 42

Tribunal do Trabalho de Almada Caução de um processo envolvendo um ex-trabalhador 19

SLE Fornecimento de energia eléctrica às instalações localizadas no

parque do Barreiro. 7

2 192

Adicionalmente, a Sociedade tem outorgado em contratos-promessa de compra e venda de frações

situadas no PIS I, celebrados entre a Ex-Urbindústria e particulares, garantias solidárias, para assegurar

eventuais indemnizações a pagar aos ex-proprietários dos terrenos da antiga Siderurgia Nacional, S.A.

Por sua vez, prometeu, a título de garantia, à Câmara Municipal do Seixal, efetuar a dação em

cumprimento de 10 lotes de terreno no Parque Industrial do Seixal – 3ª fase (PIS III) em caso de

incumprimento do compromisso de boa execução das infraestruturas a efetuar no referido parque.

Companhia das Lezírias

A Companhia das Lezírias possui as seguintes garantias bancárias que lhe foram prestadas:

• Garantias (5) bancárias no valor de 18 milhares de euros, no BCP, destinadas a caucionar

consumos de energia elétrica. Na data de relato, devido a alterações nos contratos de

fornecimento de eletricidade, encontram-se canceladas 4, restando 1 no valor de 5 milhares de

euros.

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• Garantia (1) bancária no valor de 15 milhares de euros, no BCP, destinada a caucionar o

fornecimento de gasóleo pela BP.

• Garantia (1) bancária no valor de 49 milhares de euros, no BPI, destinada a caucionar a

execução das obras de urbanização do loteamento industrial sito no núcleo fabril de Salvaterra

de Magos.

• Garantia (1) bancária no valor de 2,4 milhares de euros, no BPI, destinada a caucionar a

exportação de vinhos.

ii) Compromissos

Grupo ANA

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 existiam os seguintes compromissos financeiros assumidos que

não figuram no balanço:

ANA, SA Grupo ANA

31-12-2010 31-12-2009 31-12-2010 31-12-2009

Com contratos firmados com realização em curso 82 411 117 027 90 111 127 275

Grupo TAP

Em 31 de Dezembro de 2010 existiam compromissos financeiros assumidos pela subsidiária TAP S.A.

relativos a rendas de locação operacional de aviões, no montante de 241 871 milhares de euros

(259 777 milhares de euros em 31 de Dezembro de 2009).

Adicionalmente, está contratada com a Airbus a compra futura de doze aeronaves Airbus A350, com

mais três de opção, a receber entre 2014 e 2018.

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Grupo Baía do Tejo

Em 31 de Dezembro de 2010 existem os seguintes compromissos financeiros que não figuram no

balanço:

Existem ainda responsabilidades assumidas para execução de infra-estruturação dos terrenos do PIS III

que se estimam em cerca de 10 180 milhares de euros.

iii) Trabalhadores ao serviço

Durante os exercícios de 31 de Dezembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009 o número médio de

trabalhadores ao serviço (da empresa e de todas as subsidiárias) foi de 20 387 e de 19 913,

respetivamente.

iv) Honorários e serviços do Revisor Oficial de Contas (ROC)

Os honorários das sociedades de Revisores Oficiais de Contas das empresas do Grupo PARPÚBLICA no

exercício de 2010 foram os seguintes:

• Relativos à revisão legal das contas - 488 milhares de euros;

• Relativos a outros serviços de garantia de fiabilidade – 960 euros.

Natureza Montante

Pagamento de IMT associado à aquisição do "Complexo da Margueira" 3 782

Contratos de renting 129

3 912

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As presentes demonstrações financeiras foram aprovadas para emissão em reunião do Conselho de

Administração de 29 de Abril de 2010.

O Conselho de Administração

Joaquim Oliveira Reis, Presidente

Carlos Durães da Conceição

José Manuel Barros

Fernanda Mouro Pereira

Pedro Soares e Vasquez

Mário Duarte Donas

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS SEPARADAS

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1

ÍNDICE

DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRA ....................................................................................... 2 DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS ................................................................................................... 3 DEMONSTRAÇÃO DO RENDIMENTO INTEGRAL ................................................................................... 4 DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO ................................................................ 5 DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA .............................................................................................. 6 NOTAS................................................................................................................................................... 7 1. Apresentação da empresa e do referencial de relato financeiro .................................................... 7 2. Normas alteradas e introduzidas com eficácia nos períodos iniciados em 01-01-2010 ou posteriormente .................................................................................................................................... 8 3. Adopção pela primeira vez das IFRS ................................................................................................ 9 4. Bases de apresentação e principais políticas contabilísticas aplicadas ......................................... 12 5 – Reexpressões e reclassificações ................................................................................................... 21 6 – Activos fixos tangíveis .................................................................................................................. 23 7 – Activos intangíveis ........................................................................................................................ 24 8– Participações financeiras e empréstimos concedidos .................................................................. 25 9 – Outras contas a receber ............................................................................................................... 31 10 – Outros activos financeiros .......................................................................................................... 31 11 - Clientes ........................................................................................................................................ 32 12 – Estado e outros entes públicos .................................................................................................. 32 13- Diferimentos ................................................................................................................................ 32 14 - Activos financeiros detidos para negociação .............................................................................. 34 15 – Caixa e Depósitos Bancários ....................................................................................................... 34 16 – Capital Próprio ............................................................................................................................ 34 17 – Provisões .................................................................................................................................... 35 18 – Financiamentos Obtidos ............................................................................................................. 36 19 – Outras contas a pagar ................................................................................................................ 40 20 – Fornecedores .............................................................................................................................. 41 21 – Vendas e serviços prestados ...................................................................................................... 41 22 – Dividendos de participações ao custo e ao justo valor .............................................................. 42 23 – Fornecimentos e serviços externos............................................................................................ 42 24 – Gastos com pessoal .................................................................................................................... 43 25 – Imparidade de activos ................................................................................................................ 44 26 – Aumentos/reduções de justo valor ............................................................................................ 44 27 – Outros rendimentos e ganhos .................................................................................................... 45 28 – Outros gastos e perdas ............................................................................................................... 46 29 – Gastos/reversões de depreciação e de amortização ................................................................. 46 30 – Juros e gastos similares suportados ........................................................................................... 46 31 – Imposto sobre o Rendimento do período .................................................................................. 47 32. Instrumentos financeiros em geral .............................................................................................. 48 33 – Partes relacionadas .................................................................................................................... 54 34 – Activos e passivos contingentes e acontecimentos subsequentes ........................................... 54 35 – Divulgações de natureza não contabilística ............................................................................... 55

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2

DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRA

Unida de: Euro

31-12-2010 31-12-2009 01-01-2009

ACTIVO

Activo não corrente

Activos fixos tangiveis 6 165.102,70 259.257,64 308.954,24

Activos intangiveis 7 2.599,07 2.599,07

Participações financeiras 8 5.658.713.291,01 5.036.272.217,20 3.994.851.381,38

Inves tim entos em curs o

Em prés tim os concedidos 8 962.092.304,16 565.259.027,03 644.845.753,93

Outras contas a receber 9 725.814,97 725.814,97

Outros activos financeiros 10 1.272.375.805,26 541.552.946,93 798.979.150,00

7.894.074.917,17 6.144.071.862,84 5.438.985.239,55

Activo corrente

Clientes 11 1.672.395,84 1.988.601,93 957.481,06

Es tado e outros entes públicos 12 2.832.552,54 2.931.778,12 3.508.268,07

Outras contas a receber 9 30.401.106,84 28.473.310,31 735.969.644,82

Diferim entos 13 764.492,38 1.889.638,44 2.504.547,04

Activos financeiros detidos para negociação 14 884.979,55 1.707.701,13

Caixa e depós itos bancários 15 14.828.702,80 255.116.156,92 36.814.373,43

Activos não correntes detidos para venda 17.727.277,26

51.384.229,95 292.107.186,85 797.481.591,68

Total do Activo 7.945.459.147,12 6.436.179.049,69 6.236.466.831,23

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

Capital próprio

Capital realizado 1.027.151.031,48 1.027.151.031,48 1.027.151.031,48

Res ervas legais 695.688.928,89 695.688.928,89 695.688.928,89

Res ultados trans itados 593.560.786,55 402.063.592,05 365.396.352,51

2.316.400.746,92 2.124.903.552,42 2.088.236.312,88

Res ultado líquido do periodo 64.645.278,39 298.497.194,50 154.044.846,50

Total do capital próprio 16 2.381.046.025,31 2.423.400.746,92 2.242.281.159,38

Passivo

Passivo não corrente

Provis ões 17 205.124.565,63 205.202.415,69 224.102.155,88

Financiam entos obtidos 18 4.143.662.762,06 3.175.645.650,92 2.969.246.516,79

Outras contas a pagar 19 22.334,80 22.334,80 0,00

4.348.809.662,49 3.380.870.401,41 3.193.348.672,67

Passivo corrente

Fornecedores 20 1.196.438,45 85.208,15 288.256,82

Es tado e outros entes públicos 12 862.493,82 574.561,71 156.290,24

Financiam entos obtidos 18 710.000.000,00 538.010.910,84 780.000.000,00

Outras contas a pagar 19 503.544.527,05 93.237.220,66 20.392.452,12

1.215.603.459,32 631.907.901,36 800.836.999,18

Total do Pas s ivo 5.564.413.121,81 4.012.778.302,77 3.994.185.671,85

Total do capital próprio e do Pas s ivo 7.945.459.147,12 6.436.179.049,69 6.236.466.831,23

Rubricas NotasPo s i çã o

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DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

Unidade: Euro

Ano de 2010 Ano de 2009

Vendas e s ervi ços prestados 21 721.585,84 764.494,84

Dividendos de participações ao cus to e ao justo val or 22 215.133.714,98 202.957.943,45

Fornecimentos e servi ços externos 23 -3.401.338,89 -6.720.445,12

Gas tos com pes soa l 24 -3.459.023,00 -2.655.004,07

Imparidade de dividas a receber 25 -3.627,56 28.545,70

Provi sões 17 77.850,06 5.609.219,45

Imparidade de inves timentos não depreciávei s/amortizáveis 25 -211.374.865,84 -16.639.000,00

Aumentos /reduções de jus to va lor 26 196.937.854,86 198.747.478,06

Outros rendimentos e ganhos 27 24.863.086,39 54.232.599,33

Outros gastos e perdas 28 -541.449,60 -1.590.122,48

Resultados antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 218.953.787,24 434.735.709,16

Gas tos /reversões de depreciação e de amortização 29 -182.382,68 -165.569,80

Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) 218.771.404,56 434.570.139,36

Juros e gas tos s imi lares s uportados 30 -154.103.901,67 -136.062.486,50

Resultado antes de impostos 64.667.502,89 298.507.652,86

Imposto s / rendimento do período 31 -22.224,50 -10.458,36

Resultado líquido do período 64.645.278,39 298.497.194,50

Res ultados das actividades des continuadas (l íquido de impos to) incluido no

resul tado l íquido 14.158.672,74

Res ultado bás ico por acção 0,16 0,75

Rubricas NotasPERÍODOS

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DEMONSTRAÇÃO DO RENDIMENTO INTEGRAL

Unidade: Euro

Rubricas NOTAS 2010 2009

Resultado Liquido do período 64.645.278,39 298.497.194,50

Outro Rendimento integral 0,00 0,00

64.645.278,39 298.497.194,50

Rendimento integral 64.645.278,39 298.497.194,50

Atri bui çã o do rendi mento i nte gra l

Dete ntores de ca pi ta l 64.645.278,39 298.497.194,50

Interes s es minori tá rios 0,00 0,00

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DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO

Unidade: Euro

Capital Reservas legaisResultados

transitados

Ajustamentos

em activos

financeiros

Resultado líquido

do períodoTotal

Posição em 01-01-2009 1 2.000.000.000,00 695.688.928,89 288.789.819,01 -139.892.074,21 2.844.586.673,69 2.844.586.673,69

Alterações no período

Primeira adopção do normativo das IFRS -972.848.968,52 113.273.773,04 139.892.074,21 -719.683.121,27 -719.683.121,27

2 -972.848.968,52 0,00 113.273.773,04 139.892.074,21 0,00 -719.683.121,27 -719.683.121,27

Resultado líquido do período 3 298.497.194,50 298.497.194,50 298.497.194,50

Rendimento integral 4=2+3 -972.848.968,52 0,00 113.273.773,04 139.892.074,21 298.497.194,50 -421.185.926,77 -421.185.926,77

Operações com detentores de capital

Realizações de capital 0,00 0,00

Realizações de prémios de emissão 0,00 0,00

Distribuições 0,00 0,00

Entradas para cobertura de perdas 0,00 0,00

Outras operações

5 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Posição em 31-12-2009 6=4+5 1.027.151.031,48 695.688.928,89 402.063.592,05 0,00 298.497.194,50 2.423.400.746,92 2.423.400.746,92

DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO - 2010Unidade: Euro

Capital Reservas legaisResultados

transitados

Ajustamentos

em activos

financeiros

Resultado líquido

do períodoTotal

Posição em 01-01-2010 1 1.027.151.031,48 695.688.928,89 402.063.592,05 0,00 298.497.194,50 2.423.400.746,92 2.423.400.746,92

Alterações no período

0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

2 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Resultado líquido do período 3 64.645.278,39 64.645.278,39 64.645.278,39

Rendimento integral 4=2+3 0,00 0,00 0,00 0,00 64.645.278,39 64.645.278,39 64.645.278,39

Operações com detentores de capital

5 0,00 0,00 191.497.194,50 0,00 -298.497.194,50 -107.000.000,00 -107.000.000,00

Posição em 31-12-2010 6=4+5 1.027.151.031,48 695.688.928,89 593.560.786,55 0,00 64.645.278,39 2.381.046.025,31 2.381.046.025,31

Descrição

Capital Próprio atribuído aos detentores da empresa

Total do Capital

Próprio

Descrição

Capital Próprio atribuído aos detentores da empresa

Total do Capital

Próprio

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DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

Uni da de: Euro

R ubricas Ano de 2010 Ano de 2009

Activ idades Operacionais:

R e ce b i m e n to s d e cl i e n te s 2.291.605,95 1.487.417,05

Pa ga m e n to s a fo rn e ce d o re s -2.355.869,66 -5.515.260,22

Pa ga m e n to s a o p e s s o a l -2.223.676,55 -2.299.933,85

Caix a gerada pelas operações -2.287.940,26 -6.327.777,02

Pa ga m e n to /R e ce b i m e n to I m p o s to s /re n d i m e n to 1.389.470,34 2.231.216,56

Ou tro s re ce b i m e n to s /p a ga m e n to s re l a t à a cti vi d a d e o p e ra ci o n a l -1.258.354,81 -1.258.720,89

F lux os de caix a das activ idades operacionais -2.156.824,73 -5.355.281,35

Activ idades de Investim ento:

R e ce b i m e n to s p ro ve n i e n te s d e :

I n ve s ti m e n to s fi n a n ce i ro s 652.426.722,87 439.080.391,18

Acti vo s fi xo s ta n g i ve i s 22.400,00 8.500,00

Ju ro s e re n d i m e n to s s i m i l a re s 18.723.465,08 15.185.636,55

D i vi d e n d o s 217.060.670,29 202.957.943,45

888.233.258,24 657.232.471,18

Pa ga m e n to s re s p e i ta n te s a :

I n ve s ti m e n to s fi n a n ce i ro s -1.961.474.396,51 -266.264.901,69

Acti vo s fi xo s ta n g i ve i s -84.152,12 -115.875,20

-1.961.558.548,63 -266.380.776,89

F lux os de caix a das activ idades de investim ento -1.073.325.290,39 390.851.694,29

Activ idades de F inanciam ento:

R e ce b i m e n to s p ro ve n i e n te s d e :

F i n a n ci a m e n to s o b ti d o s 1.589.219.253,60 826.145.018,57

1.589.219.253,60 826.145.018,57

Pa ga m e n to s re s p e i ta n te s a :

F i n a n ci a m e n to s o b ti d o s -519.568.384,10 -809.803.145,94

Ju ro s e ga s to s s i m i l a re s -127.456.208,50 -115.347.254,85

D i vi d e n d o s -107.000.000,00 -65.000.000,00

-754.024.592,60 -990.150.400,79

F lux os de caix a das activ idades de financiam ento 835.194.661,00 -164.005.382,22

Variações de caix a e seus equiv alentes -240.287.454,12 221.491.030,72

Ca i xa e s e u s e q u i va l e n te s n o i n i ci o d o p e ri o d o 255.116.156,92 33.625.126,20

Ca i xa e s e u s e q u i va l e n te s n o fi m d o p e ri o d o 14.828.702,80 255.116.156,92

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NOTAS

1. Apresentação da empresa e do referencial de relato financeiro

A PARPÚBLICA – Participações Públicas, SGPS, S.A. é uma Sociedade Gestora de Participações Sociais de

capitais exclusivamente públicos, criada pelo Decreto-Lei n.º 209/2000, de 2 de Setembro, constituindo

um instrumento do Estado para actuação nos seguintes domínios:

• Gestão de participações em empresas em processo de privatização ou privatizáveis a prazo;

• Desenvolvimento dos processos de privatização, no quadro determinado pelo governo;

• Reestruturação de empresas transferidas para a sua carteira para o efeito;

• Acompanhamento de participações em empresas privatizadas que conferem direitos especiais

ao Estado;

• Gestão de património imobiliário público excedentário, através de empresas subsidiárias de

objecto especializado;

• Apoio ao exercício pelo Ministro das Finanças da tutela financeira sobre empresas do Estado e

empresas concessionárias de serviços de interesse económico geral;

• Promoção da utilização das parcerias público-privadas para o desenvolvimento de serviços

públicos em condições de maior qualidade e eficiência.

As missões cometidas à PARPÚBLICA pelo diploma que a constituiu desenvolvem-se, quer através dos

mecanismos próprios de uma SGPS, ou seja, da sua carteira de participações, quer através da prestação

de serviços ao Ministério das Finanças.

A empresa apresenta as suas demonstrações financeiras em conformidade com as Normas

Internacionais de Relato Financeiro (International Financial Reporting Standards - IFRS), Normas

Internacionais de Contabilidade e Interpretações (International Accounting Standards and

Interpretations), colectivamente denominadas IFRS, emitidas pelo International Accounting Standards

Board (IASB), tal como adoptadas na União Europeia (UE), doravante designadas por IFRS/UE. As

IFRS/UE foram adoptadas em 01 de Janeiro de 2010 por opção em relação ao Sistema de Normalização

Contabilística, ao abrigo do n.º 3 do art.º 4.º do Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de Julho, tendo em

conta que a empresa prepara demonstrações financeiras consolidadas de acordo com as IFRS/UE.

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Considerando que a empresa detém investimentos em subsidiárias, está sujeita à preparação de

demonstrações financeiras consolidadas, pelo que a presente informação respeita a demonstrações

financeiras separadas, nos termos da IAS 27 Demonstrações Financeiras Consolidadas e Separadas,

sendo preparadas por força do estabelecido no Código das Sociedades Comerciais e de outras

disposições legais. Estas demonstrações financeiras relacionam-se com as demonstrações financeiras

consolidadas da PARPÚBLICA, que acompanham.

As presentes demonstrações financeiras separadas respeitam ao período anual findo em 31 de

Dezembro de 2010, foram preparadas a partir dos registos contabilísticos da empresa efectuados no

pressuposto da continuidade das operações e do acréscimo e estão apresentadas em euros, salvo

quando referida outra unidade.

2. Normas alteradas e introduzidas com eficácia nos períodos iniciados em 01-01-2010 ou posteriormente

2.1. Novas normas, interpretações e alterações com eficácia a partir de 1 de Janeiro de 2010

Ainda em 2009 foram aprovadas pela União Europeia as seguintes normas contabilísticas,

interpretações, emendas e revisões, de aplicação obrigatória nos exercícios iniciados em 01 de Janeiro

de 2010, ou posteriormente, que foram consideradas no momento da adopção das IFRS/UE pela

empresa:

• IAS 32 – Emendas (Clarificação de direitos de emissão)

• Revisão da IFRS 1 – Adopção pela primeira vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro.

• IFRIC 12 – Acordos de concessão de serviços

• IFRIC 15 – Acordos para a construção de imóveis

• IFRIC 16 – Coberturas de um investimento líquido numa unidade operacional estrangeira

• IFRIC 17 – Distribuições em espécie aos detentores de capital

• Adopção antecipada da nova versão da IAS 24 IAS 24 Divulgações de partes, com alterações

relacionadas, relacionadas com a simplificação da definição de «parte relacionada», eliminando

simultaneamente certas incoerências internas, e prevendo isenções para entidades ligadas à

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administração pública no respeitante à quantidade de informação que essas entidades devem

prestar em matéria de transações com partes relacionadas.

A entrada em vigor das normas acima referidas não provocou impactos significativos nas

demonstrações financeiras.

2. 2. Novas normas, interpretações e alterações com eficácia a partir de 01-01-2011 À data de autorização para a emissão das presentes demonstrações financeiras estão adoptadas pela

União Europeia algumas normas, interpretações e alterações com eficácia para exercícios iniciados em

01 de Janeiro de 2011 ou posteriormente, com possibilidade de aplicação antecipada que a empresa

não seguiu:

• Emenda à IFRS 1 – Adopção pela primeira vez das normas internacionais de relato financeiro

• Emenda à IFRS 7 – Instrumentos financeiros – Divulgações

• Emenda à IAS 32 – Instrumentos Financeiros – Apresentação

• Emenda à IAS 39 – Instrumentos financeiros – Reconhecimento e mensuração

• Emenda à IAS 21 – Efeitos das alterações em taxas de câmbio

• Emenda à IAS 28 – Investimentos em associadas

• Emenda à IAS 31 – Interesses em empreendimentos conjuntos

• Emenda à IAS 34 – Relato financeiro intercalar

• Emenda à IFRIC 13 – Programas de fidelidade do cliente

3. Adopção pela primeira vez das IFRS

A PARPÚBLICA adoptou as IFRS/UE em 01-01-2005 para elaboração das demonstrações financeiras

consolidadas, pelo que em respeito pelo disposto na parte final do parágrafo D17 da IFRS 1, as quantias

para abertura em 01-01-2010 e apresentadas na informação comparativa correspondem àquelas com

que concorreu para as demonstrações financeiras consolidadas do ano findo em 31-12-2009,

ressalvadas as diferenças pelos ajustamentos próprios da consolidação e pelas particularidades das

demonstrações financeiras separadas.

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No que respeita à informação comparativa exigida, a empresa ajustou os montantes reportados de

acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal.

Os ajustamentos quanto a reconhecimento, a mensuração e a apresentação para a passagem da

informação financeira preparada de acordo com o POC para informação baseada nas IFRS/UE são os

seguintes:

Rubricas Total Débito Crédito Débito Crédito Itens não correntes Itens Correntes Total Rubricas

Imobilizações incorpóreas 2.599,07 2.599,07 2.599,07 Activos intangiveis

Imobilizações corpóreas 259.257,64 259.257,64 259.257,64 Activos fixos tangíveis

Imobilizações financeiras 5.515.769.741,21 418.720.232,68 333.080.857,03 565.136.899,66 5.036.272.217,20 5.036.272.217,20 Participações financeiras

Dividas de terceiros 1.536.100.601,74 10.432.217,11 972.848.968,52 542.278.761,90 31.405.088,43 573.683.850,33 Outras contas a receber

565.259.027,03 565.259.027,03 565.259.027,03 Empréstimos concedidos

0,00 0,00 Outros activos financeiros

0,00 Outros activos

Clientes 2.003.683,00 15.081,07 1.988.601,93 1.988.601,93 Clientes

1.707.701,13 1.707.701,13 1.707.701,13 Activos financeiros negociáveis

Depósitos bancários 256.823.858,05 1.707.701,13 255.116.156,92 255.116.156,92 Caixa depósitos bancários

Acréscimos e diferimentos 12.688.186,38 1.871.000,00 12.669.547,94 1.889.638,44 1.889.638,44 Diferimentos

T o tal do A ctivo 7.323.647.927,09 418.720.232,68 333.080.857,03 579.269.945,27 1.552.378.198,32 6.144 .071.862,84 292.107.186,85 6.436.179.049,69 T o tal do A ct ivo

Provisões 269.261.415,69 64.059.000,00 205.202.415,69 205.202.415,69 Provisões

Empréstimos obtidos 3.713.656.561,76 3.175.645.650,92 538.010.910,84 3.713.656.561,76 Financiamentos obtidos

Dividas a terceiros 65.596.549,74 28.237.567,43 22.334,80 93.811.782,37 93.834.117,17 Outras contas a pagar

Fornecedores 90.207,02 4.998,87 85.208,15 85.208,15 Fornecedores

Acréscimos e diferimentos 28.234.501,43 257.351,66 28.491.853,09 0,00

T o tal do P assivo 4.076.839.235,64 64.059.000,00 257.351,66 28.496.851,96 28.237.567,43 3.380.870.401,41 631.907.901,36 4.012.778.302,77 T o tal do P assivo

Capital 2.000.000.000,00 972.848.968,52 1.027.151.031,48 1.027.151.031,48 Capital

Ajustamentos de partes de capital -139.892.074,21 344.749.767,31 484.641.841,52 0,00 Ajustamentos partes Capital

Reservas 695.688.928,89 695.688.928,89 695.688.928,89 Reservas

Resultados transitados 288.789.819,01 497.917.423,85 611.191.196,89 402.063.592,05 402.063.592,05 Resultados transitados

Resultado líquido 402.222.017,76 322.311.613,88 218.586.790,62 298.497.194,50 298.497.194,50 Resultados líquidos do período

T o tal C apital P ró prio 3.246.808.691,45 1.164.978.805,04 1.314.419.829,03 972.848.968,52 0,00 2.423.400.746,92 0,00 2.423.400.746,92 T o tal C apital P ró prio

BALANÇO - POCAjustamentos de

reconhecimento/mensuraçãoBALANÇO - IFRS

Ajustamentos de

reclassificação

Rubricas To tal Débito Crédito Débito Crédito To tal Rubricas

Vendas e prestações de Serviço s 414.855,25 319.021,92 668.661,51 764.494,84 Vendas e serviços prestado s

Outros pro veitos financeiro s 216.069,51 54.448.668,84 54.232.599,33 Outro s rendimento s e ganho s

160.205.964,66 42.751.978,79 202.957.943,45Dividendos obtido s

P roveito s e ganho s extrao rdinário s 21.282.083,92 21.282.083,92

P roveito s suplementares 2.775.860,41 2.775.860,41 28.545,70 28.545,70 Imparidade de dividas a receber (perdas/reversõ es)

Reversão de amort izações e ajustamento s 28.545,70 28.545,70

Juros e proveito s s imilares 560.914.404,43 290.947.613,88 269.966.790,55

Fo rnecimentos e serviço s externo s -4.885.914,01 1.834.531,11 -6.720.445,12 Fo rnecimentos e serviço s externo s

Custo s com o pessoal -2.323.615,22 331.388,85 -2.655.004,07 Gastos com pessoal

P rovisões do exercicio -77.850,06 5.471.000,00 216.069,51 5.609.219,45 P rovisõ es (aumentos/reduções)

31.364.000,00 14.725.000,00 -16.639.000,00 Imparidade investimento s não depreciáveis/amortizáveis

A justamentos de div idas a receber -539.969,60 2.813.000,00 196.474.447,66 198.747.478,06 A umento s/reduçõ es de justo valo r

P erdas em empresas do grupo e associadas -6.997.386,03 6.997.386,03

Amortizações do exercicio -165.569,80 -165.569,80 Gastos de Depreciação

Outros custos operacio nais -106.816,66 1.814.694,67 331.388,85 -1.590.122,48 Outro s gastos e perdas

Amort izações de aplicaçõ es e investimentos financeiro s -28.374.439,93 28.374.439,93

Juro s e Custo s Similares -137.897.065,13 1.834.578,63 -136.062.486,50 Juros e gastos similares suportado s

Custos e perdas extrao rdinárias -1.814.647,15 1.814.647,15

Impo sto so bre o rendimento -10.458,36 -10.458,36 Impo sto so bre o rendimento do perío do

Resultado liquido do exercicio 4 02 .22 2 .0 17 ,76 322.311.613,88 218.586.790,62 298.568.986,64 298.568.986,64 298.497.194,50 Resultado liquido do período

A justamento s de

reconhecimento /desreco nhecimen

to

DEM ONSTRAÇÃO DOS RESULTA DOS - IFRSA justamento s de reclassif icaçãoDEM ONSTRAÇÃ O DE RESULTA DOS - P OC

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A reconciliação das quantias das rubricas do capital próprio no normativo do POC e do normativo das

IFRS é a seguinte:

31.12.2009 (POC) 01.01.2010 (IFRS)

Rubricas Capitais Capitais

Próprios Próprios

Capital 2.000.000.000,00 972.848.968,52 1.027.151.031,48

Ajustamentos -139.892.074,21 362.881.868,99 502.773.943,20 0,00

Reservas Lega is 695.688.928,89 695.688.928,89

Resultados Transitados 288.789.819,01 500.503.064,36 613.776.837,40 402.063.592,05

Resultado Liquido 402.222.017,76 322.311.613,88 218.586.790,62 298.497.194,50

3.246.808.691,45 2.423.400.746,92

Ajustamentos

D C

Os ajustamentos pela adopção das IFRS foram os seguintes:

a) Capital:

• Dedução ao capital subscrito da quantia não realizada (972.848.968,52 devedor);

b) Ajustamentos:

• Eliminação dos efeitos do método da equivalência patrimonial por contrapartida de

participações financeiras (18.854.048,97 devedor) e de resultados transitados (111.854.337,77

credor);

• Transferência de ajustamentos por perdas e reversões de imparidade em participações

financeiras por contrapartida de resultados transitados (30.252.785,41 credor) e de resultados

do período (16.639.000,00 credor);

c) Resultados transitados:

• Eliminação dos efeitos do método da equivalência patrimonial por contrapartida de

participações financeiras (148.609.803,95 credor), de ajustamentos (111.854.337,77 devedor)

e de resultados do período (12.058.197,51 credor);

• Transferência de ajustamentos por perdas e reversões de imparidade em participações

financeiras por contrapartida de participações financeiras (17.080.547,07 devedor) e de

ajustamentos (28.902.282,23 devedor);

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• Alteração do excedente do plano de pensões por contrapartida de diferimentos (257.351,66

devedor);

• Remensurações para o justo valor de acções cotadas por contrapartida de participações

financeiras (73.506.557,60 credor) e de ajustamentos (1.350.503,18 devedor);

• Alteração da provisão para responsabilidades - art. 491.º, 501.º e 502.º do CSC por

contrapartida resultados do período (5.471.000,00 devedor) e provisões (64.059.000,00

credor);

• Alteração do valor de aquisição e do goodwill do passado por contrapartida de participações

financeiras (20.043.764,11 devedor);

d) Resultados do período

• Eliminação dos efeitos do método da equivalência patrimonial por contrapartida de

participações financeiras (95.718.474,59 devedor) e de resultados transitados (348.651,33

credor);

• Transferência de ajustamentos por perdas e reversões de imparidade em participações

financeiras por contrapartida de ajustamentos (16.639.000,00 devedor);

• Remensurações para o justo valor de acções cotadas por contrapartida de participações

financeiras (2.813.000,00 credor);

• Reforço da provisão para responsabilidades - art. 491.º, 501.º e 502.º do CSC por contrapartida

de resultados transitados (5.471.000,00 credor).

4. Bases de apresentação e principais políticas contabilísticas aplicadas

4.1. Activos fixos tangíveis e activos intangíveis

Os activos fixos tangíveis e os activos intangíveis são mensurados pelo modelo do custo, com dedução

das depreciações ou amortizações acumuladas e perdas por imparidade acumuladas, quando aplicável.

As despesas subsequentes com os activos fixos tangíveis são reconhecidas no activo apenas se for

provável que delas resultarão benefícios económicos futuros. As despesas com a manutenção e

reparação corrente dos activos são reconhecidas como gasto.

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Se existirem indícios de que um activo, ou uma unidade geradora de caixa, possa estar em imparidade,

é estimado a sua quantia recuperável, sendo reconhecida, com efeitos nos resultados, perda por

imparidade sempre que o valor líquido exceda a quantia recuperável.

Por princípio, a quantia recuperável é determinada como o mais elevado entre o justo valor menos os

custos de vender e o seu valor de uso, sendo este calculado com base no valor actual dos fluxos de

caixa futuros estimados que se esperam vir a obter do uso continuado do activo e da sua alienação no

fim da sua vida útil. Porém, será considerado apenas o valor de uso caso o justo valor fiável não seja

determinável com fiabilidade e pode ser considerado apenas o justo valor menos os custos de vender

quando se anteveja que o valor de uso não o excede por quantia materialmente relevante.

A quantia escriturada de um item do activo fixo tangível ou do activo intangível é desreconhecida no

momento da sua alienação ou quando não se esperam futuros benefícios económicos do seu uso ou

alienação. O ganho, ou a perda, decorrente do desreconhecimento é incluído nos resultados quando o

item é desreconhecido, sendo determinado como a diferença entre o produto liquido da alienação, se

o houver, e a quantia escriturada do item.

A empresa calcula as depreciações dos seus activos tangíveis de acordo com o método das quotas

constantes, de acordo com os seguintes períodos de vida útil esperados dos bens (em anos):

Vida Útil

Equipamento de transporte 4-8

Equipamento administrativo e utensílios 4-12

Outros activos fixos tangíveis 4-10

4.2. Investimentos financeiros em subsidiárias e associadas

São consideradas subsidiárias nas demonstrações financeiras separadas todas as entidades em que a

PARPÚBLICA tenha directamente participação no capital e nas quais exerça controlo, directa ou

indirectamente. Por controlo entende-se o poder de gerir as políticas financeiras e operacionais de

uma entidade de forma a obter benefícios das suas actividades. Presumiu-se a existência de controlo

quando a PARPÚBLICA é titular, directa ou indirectamente através de subsidiárias, de mais de metade

do poder de voto de uma entidade.

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São consideradas associadas nas demonstrações financeiras separadas todas as entidades em que a

PARPÚBLICA tenha directamente participação no capital e nas quais exerça influência significativa,

directa ou indirectamente, e que não sejam subsidiárias nem interesses em empreendimentos

conjuntos. Influência significativa é considerada como sendo o poder de participar nas decisões das

políticas financeiras e operacionais das investidas mas que não constitui controlo nem controlo

conjunto sobre essas políticas. Considerou-se a existência de influência significativa quando a

PARPÚBLICA detém, directa ou indirectamente, 20% ou mais do poder de voto da investida, ou quando

detém direitos especiais de voto.

Os investimentos em subsidiárias e associadas estão mensurados pelo custo de aquisição e são sujeitos

a testes de imparidade.

Os investimentos em subsidiárias e associadas são revistos quanto à imparidade sempre que eventos

ou alterações nas condições envolventes indiquem que a quantia pela qual se encontram registados

nas demonstrações financeiras possa não ser recuperável, designadamente comparando a quantia

escriturada com a quantia pela qual concorram para as demonstrações financeiras consolidadas, nos

termos do parágrafo 12, alínea (h) da IAS 36 Imparidade dos Activos. É reconhecida perda por

imparidade pelo montante do excesso da quantia contabilística do activo face à sua quantia

recuperável. A quantia recuperável é determinada de acordo com os procedimentos referidos para os

activos fixos tangíveis e intangíveis. O teste de imparidade é anual para os investimentos em

subsidiárias que tenham goodwill associado.

4.3. Outros activos financeiros

Os activos financeiros detidos em 2010 e 2009 são classificados de acordo com cada uma das seguintes

categorias, dependendo da sua génese ou do objectivo para o qual foram adquiridos:

• Activos financeiros pelo justo valor por via dos resultados são activos financeiros que foram

designados como tal ou estão classificados como detidos para negociação, pelo que são

detidos pela empresa com o objectivo principal de gerar lucro a curto prazo e incluem todos os

derivados que sejam activo, visto que não há derivados como instrumentos de cobertura de

fluxos de caixa ou de investimentos líquidos em unidade estrangeira. São mensurados

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inicialmente no balanço pelos seus justos valores e quaisquer alterações subsequentes aos

seus justos valores são reconhecidas directamente na demonstração de resultados.

• Investimentos detidos até à maturidade são activos financeiros não derivados com pagamentos

fixados ou determináveis e maturidade fixada que a PARPÚBLICA tem a intenção positiva e a

capacidade de deter até à maturidade. Estes activos são mensurados inicialmente pelos seus

justos valores acrescidos dos custos de transacção directamente atribuíveis à sua aquisição e

são mensurados subsequentemente pelo custo amortizado através do método do juro

efectivo.

• Empréstimos concedidos e contas a receber são activos financeiros não derivados com

pagamentos fixados ou determináveis que não estão cotados num mercado activo. Estes

activos são mensurados inicialmente pelos seus justos valores e, quando adquiridos, acrescidos

dos custos de transacção, sendo mensurados subsequentemente pelo custo amortizado

através do método do juro efectivo.

Nos activos financeiros ao justo valor através de resultados estão incluídos, por designação, as acções

da EDP e da GALP subjacentes a opções em dois empréstimos obrigacionistas, para evitar o mismatch

na mensuração entre as opções e os activos que determinam o seu valor.

Não são utilizados instrumentos financeiros derivados para cobertura de riscos, pelo que todos os

derivados são classificados como de negociação.

O justo valor dos activos financeiros mensurados pelo justo valor corresponde ao seu valor de

mercado, quando disponível, ou na sua ausência é determinado por entidades externas tendo por base

técnicas de valorização, incluindo modelos de desconto de fluxos de caixa e modelos de avaliação de

opções conforme seja apropriado.

Os investimentos em instrumentos de capital próprio não tratados no âmbito de participações em

subsidiárias ou associadas, que não tenham um preço de mercado cotado num mercado activo e cujo

justo valor não possa ser fiavelmente mensurado, são mensurados pelo custo.

A empresa avalia regularmente se existem indícios de imparidade para os activos financeiros que não

sejam mensurados pelo justo valor através de resultados, e em caso afirmativo, determina os fluxos de

caixa futuros descontados e reconhece a perda nos resultados.

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Se num período subsequente a quantia da perda por imparidade diminuir e tal facto for

objectivamente relacionado com um acontecimento que ocorra após o reconhecimento da perda, esta

é revertida, até ao ponto em que não exceda o custo ou o custo amortizado que resultaria caso a

imparidade não tivesse sido reconhecida. As perdas de imparidade em investimentos em instrumentos

de capital próprio mensurados pelo custo não são reversíveis.

Um activo financeiro é desreconhecido quando (i) os direitos contratuais aos fluxos de caixa

resultantes desse activo expiram, (ii) tenham sido transferidos substancialmente todos os riscos e

benefícios associados à detenção desse activo; ou (iii) apesar dos riscos e benefícios não terem sido

substancialmente transferidos, a sociedade não reteve o controlo sobre esse activo.

4.4. Activos não correntes detidos para venda e passivos relacionados

São classificáveis como detidos para venda activos não correntes ou grupos para alienação se a sua

quantia escriturada vai ser recuperada principalmente através de uma transacção de venda em vez de

através de uso continuado e se estiverem em condições para venda imediata e esta seja altamente

provável e concretizável dentro de um ano após a classificação.

Considerando que a alienação de participações está sujeita a orientações, acontecimentos e

circunstâncias fora do controlo da PARPÚBLICA que tornam imprevisível a duração do processo, deixou

de se fazer a sua classificação como detidas para venda.

4.5. Caixa e seus equivalentes

Caixa compreende o dinheiro em caixa e em depósitos à ordem. Como equivalentes de caixa são

apresentados investimentos a curto prazo, altamente líquidos que sejam prontamente convertíveis

para quantias conhecidas de dinheiro e que estejam sujeitos a um risco insignificante de alterações de

valor.

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4.6. Instrumentos de capital próprio emitidos

Os instrumentos de capital próprio emitidos respeitam exclusivamente às acções do capital social Os

custos directamente atribuíveis à emissão de instrumentos de capital próprio são registados como uma

dedução ao valor da emissão.

As distribuições de dividendos são reconhecidas como um passivo e debitadas directamente no capital

próprio no período em que essas distribuições são aprovadas pelo accionista.

4.7. Financiamentos obtidos e contas a pagar Os financiamentos obtidos e outras dívidas a terceiros são mensurados, inicialmente pelo justo valor

resultante da transacção que os origina e, subsequentemente pelo custo, ou custo amortizado pelo

método do juro efectivo.

Para os empréstimos obrigacionistas com opção de reembolso em acções da carteira é feita a

separação entre a componente base e a componente da opção por se considerar que os riscos e

benefícios económicos do derivado não estão relacionados com os do instrumento principal. A

componente base é mensurada pelo custo amortizado e a opção embutida é mensurada ao justo valor

através de resultados, o qual é também aplicado às acções subjacentes para minimizar o mismatch na

mensuração (ver nota 4.3.)

4.8. Provisões e contingências

As provisões são reconhecidas para passivos de tempestividade ou quantia incerta como resultado de

acontecimentos passados e são mensuradas pela melhor estimativa e pelo valor descontado quando o

efeito do valor temporal do dinheiro se considere material.

Os activos e passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras. Os passivos

contingentes são divulgadas, excepto se for remota a possibilidade de um exfluxo de recursos que

incorporem benefícios económicos, e os activos contingentes são divulgados apenas quando não for

pouco provável que ocorra o influxo de benefícios económicos.

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4.9. Benefícios dos empregados

Nos termos do Regulamento dos Benefícios Sociais em vigor, os empregados do quadro permanente da

ex-Portucel com mais de cinco anos de serviço têm direito após a passagem à reforma ou em situação

de invalidez, a um complemento mensal de pensão de reforma ou de invalidez. Esse complemento está

definido de acordo com uma fórmula que tem em consideração a remuneração mensal ilíquida

actualizada para a categoria profissional do empregado à data da reforma e o número de anos de

serviço, no máximo de 30, sendo ainda garantidas pensões de sobrevivência ao cônjuge e a

descendentes directos.

Para cobrir esta responsabilidade foi constituído um fundo de pensões autónomo, gerido por uma

entidade externa.

O plano de pensões é de benefícios definidos, uma vez que define os critérios de determinação do

valor das pensões e benefícios que os empregados receberão durante a reforma e pré reforma,

usualmente dependente de um ou mais factores como sejam idade, anos de serviço e retribuição na

data da reforma.

A empresa reconhece, presentemente ainda como activo, a diferença entre o valor presente da

obrigação de benefícios definidos à data do balanço e o justo valor dos activos do plano à custa dos

quais vão ser liquidadas as obrigações.

Os ganhos e perdas actuariais determinados anualmente são reconhecidos como um rendimento ou

como um gasto no período em que ocorrem.

Anualmente, na data de fecho de contas, as responsabilidades da empresa são calculadas por um

perito independente, com base no método da Unidade de Crédito Projectada, sendo assim

determinado o valor presente das suas obrigações de benefícios definidos e respectivo custo do serviço

corrente. Para esse efeito, são usados determinados pressupostos actuariais. Os pressupostos

actuariais são as melhores estimativas da empresa das variáveis que determinarão o custo final de

proporcionar benefícios pós-emprego. Os pressupostos actuariais compreendem:

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• Pressupostos demográficos acerca das características futuras de empregados (e seus

dependentes) correntes e antigos que sejam elegíveis para os benefícios. Os pressupostos

demográficos tratam matérias tais como:

(i) mortalidade, tanto durante como após o emprego;

(ii) proporção dos membros do plano quando dependentes que sejam elegíveis

para os benefícios.

• Pressupostos financeiros, tratando de itens tais como:

(i) taxa de desconto,

(ii) níveis de ordenados futuros e de benefícios; e

(iii) taxa esperada de retorno dos activos do plano.

4.10. Reconhecimento de gastos e perdas e de rendimentos e ganhos

Os gastos e rendimentos são registados no período a que se referem independentemente do seu

pagamento ou recebimento, de acordo com o regime contabilístico do acréscimo. As diferenças entre

os montantes pagos e recebidos e os respectivos gastos e rendimentos são registadas no passivo e no

activo respectivamente.

O rédito associado com uma transacção que envolva prestação de serviços é reconhecido quando o

desfecho dessa transacção possa ser fiavelmente estimado, isto é, quando:

• A quantia do rédito seja fiavelmente mensurada;

• Seja provável que benefícios económicos associados com a transacção fluam para a empresa;

• A fase de acabamento da transacção à data do balanço seja fiavelmente mensurada; e

• Os custos incorridos com a transacção e os custos para concluir a transacção sejam fiavelmente

mensurados.

O rendimento proveniente de activos que produzam juros, royalties e dividendos é reconhecido

quando seja provável que os benefícios económicos associados com a transacção fluam para a

sociedade e a quantia do rédito possa ser fiavelmente mensurada. Adicionalmente:

• Os juros são reconhecidos utilizando o método do juro efectivo;

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• Os royalties são reconhecidos num regime de acréscimo de acordo com a substância do acordo

relevante; e

• Os dividendos são reconhecidos quando for estabelecido o direito da Empresa de os receber.

Tratando-se de demonstrações financeiras separadas, não é aplicado o método da equivalência

patrimonial pelo que os ganhos respeitantes a participações no capital de subsidiárias e associadas são,

tal como os das demais participações financeiras, reconhecidos em função dos direitos a dividendos.

Os custos de empréstimos obtidos que sejam directamente atribuíveis à aquisição, construção ou

produção de um activo que se qualifique para capitalização de tais encargos são objecto de inclusão no

custo do activo. Os outros custos de empréstimos obtidos são reconhecidos como um gasto no período

em que sejam incorridos. Os gastos de financiamento são reconhecidos com base no juro efectivo

através da mensuração dos passivos financeiros ao custo amortizado. Embora a taxa de juro das

obrigações com opção embutida tenha sido fixada tendo em conta também as perspectivas de

evolução do valor das acções subjacentes e logo do valor da opção, a diferença entre as variações de

justo valor nas opções e nas acções são incluídas na rubrica “variações de justo valor” da demonstração

dos resultados e não como complemento ou atenuação dos juros reconhecidos nos gastos de

financiamento, por se considerar que tais variações têm relação próxima com as operações de

reprivatização de activos que suportam.

4.11. Imposto sobre o rendimento

Os impostos sobre o rendimento compreendem os impostos correntes relativos ao resultado do

período e os impostos diferidos expressando quantias dedutíveis ou pagáveis no futuro por diferenças

entre valores contabilísticos e bases fiscais ou direito de reporte de prejuízos ou a créditos fiscais.

Pelas particularidades do regime fiscal das sociedades gestoras de participações sociais, é pouco

provável que se verifiquem condições para reconhecimento de impostos diferidos, não resultando

efeitos da aplicação das normas contabilísticas sobre a matéria para a PARPÚBLICA.

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21

4.12. Ajuizamentos e estimativas

A preparação das demonstrações financeiras de acordo com as IFRS requer julgamentos e estimativas e

a utilização de pressupostos que afectam a aplicação das políticas contabilísticas e os montantes de

rendimentos, gastos, activos e passivos. As áreas que envolvem maior nível de complexidade, ou onde

são utilizados pressupostos e estimativas significativas na preparação das demonstrações financeiras, a

requerer ajuizamento da gestão, são as seguintes:

• Determinação das vidas úteis dos activos fixos tangíveis e definição do método de depreciação;

• Determinação do justo valor dos instrumentos financeiros que não têm mercado activo, com

base em avaliações de entidades financeiras, reflectindo o “mark-to-market” desses

instrumentos com julgamento para a selecção das técnicas e dos pressupostos a utilizar na

avaliação dos derivados à data do reporte financeiro;

• Determinação de fluxos de caixa futuros, de taxas de desconto e de justo valor para

determinação de perdas por imparidade;

• Análise de indícios de imparidade em activos fixos tangíveis e investimentos financeiros e de

incobrabilidade de créditos;

• Determinação das responsabilidades do plano de benefícios definidos, estimadas por estudo de

um actuário independente;

• Determinação de activos por impostos diferidos e de passivos por impostos diferidos.

5 – Reexpressões e reclassificações

Relativamente às quantias com as quais a PARPÚBLICA concorreu para as demonstrações financeiras

consolidadas de anos anteriores, já preparadas de acordo com as IFRS, foram efectuadas reexpressões

e reclassificações nos seguintes termos:

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Uni dade: mi l hares euros

31-12-2009

Impacto das

reexpressões/re

classificações

31-12-2009 antes

das

reexpressões/re

classificações

01-01-2009

Impacto das

reexpressões/re

classificações

01-01-2009 antes

das

reexpressões/re

classificações

A C T IVO

Activo não corrente 6.144.072 -440.778 6.584.850 5.439.735 -975.309 6.415.044

Activo corrente 292.107 -542.278 834.385 797.481 2.460 795.021

T o tal do A ctivo 6.436.179 -983.056 7.419.235 6.237.216 -972.849 7.210.065

C A P IT A L P R ÓP R IO E P A SSIVO

C apital pró prio

Capital realizado 1.027.151 -972.849 2.000.000 1.027.151 -972.849 2.000.000

Reservas legais 695.689 695.689 695.689 695.689

Resultados transitados 402.064 -20.044 422.107 365.397 365.397

2.124.904 -992.893 3.117.796 2.088.237 -972.849 3.061.086

Resultado líquido do periodo 298.497 9.762 288.735 154.044 154.044

Total do capital próprio 2.423.401 -983.131 3.406.532 2.242.281 -972.849 3.215.130

P assivo

Passivo não corrente 3.380.870 100 3.380.770 3.194.098 0 3.194.098

Passivo corrente 631.908 -25 631.933 800.837 0 800.837

Total do Passivo 4.012.778 75 4.012.703 3.994.935 0 3.994.935

Total do capital próprio e do Passivo 6.436.179 -983.056 7.419.235 6.237.216 -972.849 7.210.065

As reclassificações materialmente relevantes respeitam a:

• Reclassificação dos adiantamentos por entregas ao Estado de receita de reprivatizações

(541.552.946,93) do activo corrente para o activo não corrente;

• Reapresentação do valor de capital não realizado (972.8498.969,52).

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Rubricas 31-12-2009

Impacto das

reexpressões/rec

lassificações

31-12-2009 antes

das

reexpressões/rec

lassificações

Vendas e serviços prestados 764 350 415

Dividendos de participações ao custo e ao justo valor 202.958 202.958

Fornecimentos e serviços externos -6.720 -6.720

Gastos com pessoal -2.655 -331 -2.324

Imparidade de dividas a receber 29 540 -511

Provisões 5.609 5.609

Imparidade de investimentos não depreciáveis/amortizáveis -16.639 9.762 -26.401

Reduções de justo valor 198.747 -540 199.287

Outros rendimentos e ganhos 54.233 -189.149 243.382

Outros gastos e perdas -1.590 331 -1.922

Resultados antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 434.736 23.921 410.815

Gastos/reversões de depreciação e de amortização -166 -166

Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) 434.570 23.921 410.650

Juros e gastos similares suportados -136.062 -136.062

Resultado antes de impostos 298.508 23.921 274.587

Imposto s/ rendimento do período -10 -10

Resultado líquido do período 298.497 9.762 288.735

Resultados das actividades descontinuadas (líquido de imposto) incluido no

resultado líquido 14.159 14.159 14.159

Resultado básico por acção 0,75 0,72

Unidade: milhares euros

As reexpressões e reclassificações materialmente relevantes respeitam a:

• Reclassificação dos dividendos da rubrica Outros rendimentos e ganhos (215.133.714,98);

• Reexpressão de reversão de perda por imparidade (9.761.883,58).

6 – Activos fixos tangíveis

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2010, o movimento ocorrido nos activos fixos

tangíveis, bem como as respectivas depreciações acumuladas foi o seguinte:

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Edificios e Equipamento Equipamento Outros activosoutras de fixos Total

construções transporte administrativo tangiveisActivo Bruto Sa ldo Inicia l 2.569,99 184.968,77 889.345,63 4.803,18 1.081.687,57 Adições 59.180,90 24.971,22 84.152,12 Alienações -96.317,01 -96.317,01 Sa ldo Final 2.569,99 147.832,66 914.316,85 4.803,18 1.069.522,68

Depreciações Acumuladas Sa ldo Inicia l 184.968,77 633.212,03 4.249,13 822.429,93 Adições 14.795,22 163.359,90 151,94 178.307,06 Alienações -96.317,01 -96.317,01 Sa ldo Final 0,00 103.446,98 796.571,93 4.401,07 904.419,98

Quantia escriturada 2.569,99 44.385,68 117.744,92 402,11 165.102,70

7 – Activos intangíveis

Durante o período findo em 31 de Dezembro de 2010, o movimento ocorrido nos activos intangíveis,

bem como as respectivas amortizações acumuladas foi o seguinte:

Edificios e Equipamento Equipamento Outros activosPeriodo de 2009 outras de fixos Total

construções transporte administrativo tangiveisActivo Bruto Saldo Inicial 237 342,54 776 665,70 7 374,08 1 021 382,32 Adições 2 569,99 112 679,93 623,28 115 873,20 Revalorizações 0,00 Alienações -52 373,77 -3 194,18 -55 567,95

0,00 Saldo Final 2 569,99 184 968,77 889 345,63 4 803,18 1 081 687,57

Depreciações Acumuladas Saldo Inicial 237 342,54 468 417,45 6 668,09 712 428,08 Adições 164 794,58 775,22 165 569,80 Revalorizações 0,00 Alienações -52 373,77 -52 373,77 Outras Transf e Abates -3 194,18 -3 194,18 Saldo Final 0,00 184 968,77 633 212,03 4 249,13 822 429,93

Perdas de imparidade Acumuladas 0,00 Saldo Inicial 0,00 Adições 0,00 Revalorizações 0,00 Alienações 0,00 Ajustamentos IAS/IFRS 0,00 Saldo Final 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Quantia escriturada 2 569,99 0,00 256 133,60 554,05 259 257,64

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25

P ro gram as Ou tro s d e ac t ivo s fixo s To tal

c o m p u tad o r in tan give isA c t ivo Bru to Sa ld o In ic ia l 2 .5 9 9 ,0 7 2 .5 9 9 ,0 7 Ad iç õ e s 4 .0 7 5 ,6 2 4 .0 7 5 ,6 2 Sa ld o F in a l 4 .0 7 5 ,6 2 2 .5 9 9 ,0 7 6 .6 7 4 ,6 9

D e p re c iaç õ e s A c u m u lad as Ad iç õ e s 4 .0 7 5 ,6 2 4 .0 7 5 ,6 2 Sa ld o F in a l 4 .0 7 5 ,6 2 0 ,0 0 4 .0 7 5 ,6 2

Q u an tia e sc ritu rad a 0 ,0 0 2 .5 9 9 ,0 7 2 .5 9 9 ,0 7

Os outros activos intangíveis têm vida indefinida, não tendo sido sujeitos a teste de imparidade atenta

a imaterialidade da quantia escriturada.

8– Participações financeiras e empréstimos concedidos

As empresas em que a PARPÚBLICA detém directamente participação no capital e que se qualificam

como subsidiárias são as seguintes:

Empresa Sede Social Actividade Principal Detentores de Capital

% do Capital

detido em

2010

% do Capital

detido em

2009

CAPITALPOR - Participações Portuguesas SGPS, SA. Lisboa Gestão de Participações Sociais PARPUBLICA, SGPS, SA. 100,00% 100,00%

CE - Circuito do Estoril, SA. Alcabideche Organização de eventos desportivos PARPUBLICA, SGPS, SA. 100,00% 100,00%

CL - Companhia das Lezirias, SA Samora Correia Produção agricola e animal PARPUBLICA, SGPS, SA. 100,00% 100,00%

INCM - Imprensa Nacional Casa da Moeda, SA. Lisboa Produção de moeda, impressos e publicações PARPUBLICA, SGPS, SA. 100,00% 100,00%

SAGESTAMO - Sociedade Gestora Participações

Sociais Imobiliárias, SA. Lisboa Gestão de Participações Sociais e prestação de serviços PARPUBLICA, SGPS, SA. 100,00% 100,00%

TAP - Transportes Aéreos Portugueses SGPS, SA. Lisboa Gestão de Participações Sociais PARPUBLICA, SGPS, SA. 100,00% 100,00%

ENVC - Sociedade Imobiliária, SA. Viana Castelo Desenvolvimento e projectos imobiliários PARPUBLICA, SGPS, SA. 99,80% 99,80%

SPE - Sociedade Portuguesa de Empreendimentos, SA. Lisboa Minas/Minérios PARPUBLICA, SGPS, SA. 81,13% 81,13%

SAGESECUR - Sociedade de Estudos,

Desenvolvimento e Participação em Projectos, SA. Lisboa Estudo desenvolvimento e participação em investimentos imob. PARPUBLICA, SGPS, SA. 80,50% 80,50%

Adp - Aguas de Portugal, SA. Lisboa Gestão de Participações Sociais PARPUBLICA, SGPS, SA. 72,17% 72,17%

ANA - Aeroportos de Portugal, SA. Lisboa

Exploração do serviço público aeroportuário de apoio à aviação

civil em Portugal PARPUBLICA, SGPS, SA. 68,56% 68,56%

MARGUEIRA - Sociedade Gestora Fundos

Investimento Imobiliário, SA. Almada Gestora do fundo de investimento imobiliário Margueira Capital PARPUBLICA, SGPS, SA. 51,00% 51,00%

As empresas em que a PARPÚBLICA detém directamente participação no capital e que se qualificam

como associadas são as seguintes:

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Empresa Sede Social Actividade Principal Detentores de Capital

% do Capital

detido em

2010

% do Capital

detido em

2009

CVP - Sociedade de Gestão Hospitalar, SA Lisboa Administração de unidades de cuidados de saude PARPUBLICA, SGPS, SA. 45,00% 45,00%

PARCAIXA, SGPS, SA. Lisboa Gestão de Participações Sociais PARPUBLICA, SGPS, SA. 49,00% 49,00%

GALP Energia SGPS, SA. Lisboa Comercialização e distribuição de energias de combustiveis PARPUBLICA, SGPS, SA. 7,00% 7,00%

INAPA - Investimentos de Participação e Gestão, SA. Lisboa Gestão de Participações Sociais PARPUBLICA, SGPS, SA. 32,72% 32,72%

ISOTAL - Imobiliária do Sotavento do Algarve, SA Faro Desenvolvimento de Empreendimentos turisticos PARPUBLICA, SGPS, SA. 31,05% 31,05%

CREDIP - Instituição Financeira de Credito, SA Lisboa Exercicio de Actividade Bancária PARPUBLICA, SGPS, SA. 20,00% 20,00%

CAPITALPOR, SA. 11,17% 11,17%

EDP - Energias de Portugal, SA. Lisboa Comercialização e distribuição de energia eléctrica PARPUBLICA, SGPS, SA. 5,79% 0,79%

PARPUBLICA, SGPS, SA. (1) 8,08% 8,08%

REN - Redes Electricas Nacionais, SGPS, SA. Lisboa Gestão global do sistema energético de abastecimento público CAPITALPOR, SA. 46,00% 46,00%

PARPUBLICA, SGPS, SA. 3,90% 3,90%

(1) Acções classificadas como activo subjacente a opções embutidos em instrumentos de divida.

As designações das subsidiárias e associadas, as respectivas moradas, as percentagens de interesse e as

quantias, em milhares de euros, dos capitais próprios e resultados são:

Empresas Sede social

Corrente Não corrente Corrente Não corrente

Adp - Aguas de Portugal, SA.

Av. da Liberdade, 110-5º

Lisboa 72,18% 928.472 58.166 670.171 1.023.575 6.189.821 859.581 5.425.343

ANA - Aeroportos de Portugal, SA.

Aeroporto de Lisboa-Ed 120

Lisboa 68,56% 343.551 55.127 235.539 116.486 1.156.367 153.679 775.623

CAPITALPOR - Participações Portuguesas SGPS, SA.

Rua Laura Alves, 4

Lisboa 100,00% 1.879.547 74.278 1.879.547 111 1.948.169 68.733 0

CE - Circuito do Estoril, SA. (1)

E.N. 9, Km 6

Alcabideche 100,00% 27.992 1.107 27.992 3.689 31.289 6.986 0

CL - Companhia das Lezirias, SA. (1)

Largo 25 de Abril, 17

Samora Correia 100,00% 83.822 705 83.822 11.394 95.043 2.996 19.619

CREDIP - Instituição Financeira de Credito, SA. (2)

Rua Barata Salgueiro, 33

Lisboa 20,00% 11.703 659 2.341 28 347.358 324 335.359

CVP - Sociedade de Gestão Hospitalar, SA

Rua Duarte Galvão, 54

Lisboa 45,00% 11.064 1.347 4.979 25.509 12.381 12.404 14.421

EDP - Energias de Portugal, SA. (1) (3)

Praça Marquês Pombal, 12

Lisboa 13,87% 10.784.959 1.234.601 1.495.874 7.281.625 33.207.228 7.729.639 21.974.255

ENVC - Sociedade Imobiliária, SA.

Av. da Praia Norte

Viana do Castelo 99,80% 15.644 318 15.612 1.547 15.020 113 811

INAPA - Investimentos, Participações e Gestão, SA.

Rua do Salitre, 142

Lisboa 32,72% 159.858 3.666 52.306 345.311 394.979 354.980 225.452

INCM - Imprensa Nacional Casa da Moeda, SA.

Av. António José Almeida

Lisboa 100,00% 107.876 14.966 107.876 117.191 65.086 53.108 21.293

ISOTAL - Imobiliária do Sotavento do Algarve, SA

Rua Rebelo da Silva, 3 - 2º

Lisboa 31,05% 230 -98 71 184 48 3 0

MARGUEIRA - Sociedade Gestora Fundos

Investimento Imobiliário, SA. (2)

Avenida Aliança Povo-MFA

Almada 51,00% 544 31 277 644 12 111 1

PARCAIXA, SGPS, SA. (2)

Rua Laura Alves, 4

Lisboa 49,00% 1.010.917 5.849 495.349 298.188 712.794 65 0

REN - Redes Electricas Nacionais, SGPS, SA.

Avenida EUA, 55

Lisboa 3,90% 1.021.901 110.266 39.854 495.248 3.965.255 930.944 2.507.658

SPE - Sociedade Portuguesa de Empreendimentos,

SA.

Rua dos Fanqueiros, 12-2º

Lisboa 81,13% 7.902 -410 6.411 1.069 21.279 270 14.176

SAGESTAMO - Sociedade Gestora Participações

Sociais Imobiliárias, SA.

Rua Laura Alves, 4

Lisboa 100,00% 215.497 -8.049 215.497 1.343.691 199.583 476.228 851.549

SAGESECUR - Sociedade de Estudos,

Desenvolvimento e Participação em Projectos, SA.

Rua Laura Alves, 4

Lisboa 80,50% 35.870 5.428 28.875 45.564 90.057 2.221 97.531

TAP - SGPS, SA.

Aeroporto Lisboa-Ed 25 -8º

Lisboa 100,00% -264.811 -57.103 -264.811 750.754 1.336.069 1.049.891 1.301.743

(1) Os dados apresentados diferem dos das DF's apresentados pela subsidiária porque esta utiliza o referencial contabilistico SNC ou politicas diferentes das definidas pelo Grupo no seu RC.

(2) Os dados apresentados diferem dos das DF's apresentados pela subsidiária porque esta utiliza o referencial contabilistico NCA ou politicas diferentes das definidas pelo Grupo no seu RC.

(3) Inclui as 295.343.816 acções afectas a opções de troca ou reembolso embutidas em dois empréstimos obrigacionistas

unidade: milhares de euros

Activo Passivo% do

capital

detida

Capitais

próprios

2010

Resultado

Líquido 2010

Interesse no

capital

próprio

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PARPÚBLICA – PARTICIPAÇÕES PÚBLICAS (SGPS), S. A.

27

As participações financeiras em subsidiárias e associadas são mensuradas pelo custo, aferido pelo justo

valor da retribuição dada para aquisição ou pelo justo valor quando reclassificados de activos

financeiros ao justo valor através de resultados.

As transacções com subsidiárias e associadas em 2010 e os saldos com essas entidades em 31-12-2010

têm a seguinte expressão:

EmpresaGastos

suportados

Prestação de

serviços

Juros de

suprimentosDividendos

Adp - Aguas de Portugal, SA. 26.601,12 17.766.649,24

ANA - Aeroportos de Portugal, SA. 18.689.525,77

CL - Companhia das Lezirias, SA 31.978,15

CAPITALPOR - Participações Portuguesas SGPS, SA. 48.084,03 94.620.000,00

CE - Circuito do Estoril, SA. 21.133,43

CVP - Sociedade de Gestão Hospitalar, SA 136.054,24 384.764,22

CELTEJO, SA. 566.100,00

EDP - Energias de Portugal, SA 48.347.756,12

GALP Energia SGPS, SA. 11.615.902,80

INCM - Imprensa Nacional Casa da Moeda, SA. 3.847,25 7.957.929,08

Lazer e Floresta, SA. 115.600,00

MARGUEIRA - Sociedade Gestora Fundos Investimento

Imobiliário, SA.38.388,00

PARCAIXA, SGPS, SA. 8.371.123,43

REN - Redes Electricas Nacionais, SGPS, SA. 3.477.942,00

SAGESECUR - Sociedade de Estudos, Desenvolvimento e

Participação em Projectos, SA.1.558.657,56 2.535.750,00

SAGESTAMO - Sociedade Gestora Participações Sociais

Imobiliárias, SA.1.014.650,70 11.674.974,18

SPE - Sociedade Portuguesa de Empreendimentos, SA. 3.854,79

O detalhe das participações e empréstimos brutos, reportados a 31 de Dezembro de 2010 é o seguinte:

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28

Entidades Nº acções Valor aquisição Imparidades Quantia escrituradaValor

unitário

Investimentos em subsidiárias

Adp - Aguas de Portugal, SA. 62.722.718 457.577.715,39 457.577.715,39 7,30

ANA - Aeroportos de Portugal, SA. 27.422.096 200.604.385,59 200.604.385,59 7,32

CL - Companhia das Lezirias, SA 1.000.000 33.443.379,47 33.443.379,47 33,44

CAPITALPOR - Participações Portuguesas SGPS, SA. 380.000.000 1.900.000.000,00 1.900.000.000,00 5,00

CE - Circuito do Estoril, SA. 15.000.000 39.307.523,61 25.221.523,61 14.086.000,00 0,94

ENVC - Sociedade Imobiliária, SA. 2.595.000 12.937.686,77 12.937.686,77 0,00 0,00

INCM - Imprensa Nacional Casa da Moeda, SA. 5.500.000 68.072.266,00 68.072.266,00 12,38

MARGUEIRA - Sociedade Gestora Fundos Investimento

Imobiliário, SA. 51.000 259.279,00 259.279,00 5,08

SAGESECUR - Sociedade de Estudos, Desenvolvimento e

Participação em Projectos, SA. 3.622.500 18.112.500,00 18.112.500,00 5,00

SAGESTAMO - Sociedade Gestora Participações Sociais

Imobiliárias, SA. 36.800.000 184.000.000,00 184.000.000,00 5,00

SPE - Sociedade Portuguesa de Empreendimentos, SA. 8.113.415 28.187.883,58 28.187.883,58 0,00 0,00

TAP - SGPS, SA. 1.500.000 15.000.000,00 15.000.000,00 0,00 0,00

2.957.502.619,41 81.347.093,96 2.876.155.525,45

Investimentos em associadas

CREDIP - Instituição Financeira de Credito, SA 400.000 2.000.000,00 2.000.000,00 5,00

CVP - Sociedade de Gestão Hospitalar, SA 225.000 8.000.000,00 8.000.000,00 35,56

EDP - Energias de Portugal, SA. 355.662.863 993.202.916,55 107.246.716,55 885.956.200,00 2,49

INAPA - Investimentos, Participações e Gestão, SA. 49.084.738 52.964.720,64 34.557.943,89 18.406.776,75 0,38

ISOTAL - Imobiliária do Sotavento do Algarve, SA 18.632 144.375,00 144.375,00 7,75

PARCAIXA, SGPS, SA. 490.000.000 490.000.000,00 490.000.000,00 1,00

REN - Redes Electricas Nacionais, SGPS, SA. 20.826.000 64.560.600,00 15.366.800,00 49.193.800,00 2,36

1.610.872.612,19 157.171.460,44 1.453.701.151,75

Outras participações financeiras

EDP - Energias de Portugal, SA. - Acções subjacentes 151.517.000 377.428.847,00 377.428.847,00 2,49

GALP Energia SGPS, SA. 4.105 58.865,70 58.865,70 14,34

GALP Energia SGPS, SA. - Acções subjacentes 58.075.409 832.801.365,06 832.801.365,06 14,34

HCB - Hidroeléctrica de Cahora Bassa, SA. 4.121.323.887 140.242.272,44 40.242.272,44 100.000.000,00 0,02

IHRU - Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, IP 377.590.008 11.467.500,00 11.467.500,00 0,03

Lisnave Infraestruturas Navais, SA. 106.000 528.725,78 528.725,78 0,00 0,00

Lisnave Infraestruturas Navais, SA.-Prestações suplementares --- 53.563.033,08 53.563.033,08 0,00 0,00

PT-Portugal Telecom, SA. 801.332 6.715.162,16 6.715.162,16 8,38

Zon Multimédia, SGPS, SA. 112.870 382.629,30 382.629,30 3,39

Outras 216.512,70 214.268,11 2.244,59

1.423.404.913,22 94.548.299,41 1.328.856.613,81

Empréstimos concedidos

CAPITALPOR - Participações Portuguesas SGPS, SA. 60.000.000,00 60.000.000,00

CE - Circuito do Estoril, SA. 58.000,00 58.000,00

CELTEJO, SA. 22.500.000,00 22.500.000,00SAGESECUR - Sociedade de Estudos, Desenvolvimento e

Participação em Projectos, SA. 77.825.879,22 77.825.879,22

SPE - Sociedade Portuguesa de Empreendimentos, SA. 400.000,00 400.000,00

SAGESTAMO - Sociedade Gestora Participações Sociais

Imobiliárias, SA. 801.308.424,94 801.308.424,94

962.092.304,16 0,00 962.092.304,16

Total das participações financeiras 5.991.780.144,82 333.066.853,81 5.658.713.291,01

Total dos emprestimos 962.092.304,16 0,00 962.092.304,16

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29

Os montantes resultantes de entregas de fundos ou de outras relações financeiras com as filiais que

tenham cariz de suprimentos e que não tenham reembolso previsto a menos de um ano são

apresentados como empréstimos concedidos no activo não corrente.

Sobre estes empréstimos, são calculados juros a taxas que têm em atenção as condições de mercado.

As alterações nas rubricas do activo relativas a participações financeiras foram as seguintes:

Empresas Reconhecimentos ReclassificaçõesPerdas por

imparidade

Alterações de

justo valor

CE - Ci rcu i to do Es tori l , SA. 5.480.000,00 -25.221.523,61

SPE - Soci e da de Portugue s a de -9.761.883,58

Sub-tota l da s s ubs i d i á ri a s 5.480.000,00 0,00 -34.983.407,19 0,00

EDP - Ene rgi a s de Portuga l , SA. 575.904.690,90 363.919.851,29 -107.246.716,55

GALP En e rgi a SGPS, SA. -402.657.000,00INAPA - Inve s ti m e ntos , Pa rti ci pa çõe s e -13.006.943,89

REN - Re d e s El e ctri ca s Na ci ona i s , SGPS, SA. -15.366.800,00

Sub-tota l da s a s s o ci a da s 575.904.690,90 -38.737.148,71 -135.620.460,44 0,00

EDP Ene rgi a s de Portuga l , SA. -363.919.851,29 -177.170.569,48

GALP En e rgi a SGPS, SA. 402.657.000,00 430.203.230,76

PT-Portuga l Te l e com , SA. -481.543,84

Zon Mul ti m é di a , SGPS, SA. -119.868,70

Li s n a ve In fra e s trutura s Na va i s , SA. -528.725,77

HCB - H i droe l é ctri ca de Ca hora Ba s s a , SA. -40.242.272,44

Sub-tota l da s outra s e m pre s a s 0,00 38.737.148,71 -40.770.998,21 252.431.248,74

TOTAL GERAL 581.384.690,90 0,00 -211.374.865,84 252.431.248,74

As perdas por imparidade do exercício estão incluídas na rubrica Imparidade de investimentos não

depreciáveis/amortizáveis da demonstração dos resultados (ver nota 25).

A quantia recuperável das participações relevantes foi determinada nos seguintes termos:

• Subsidiária CE: valor obtido de estudo de entidade independente pelo método dos Discount

Cash Flows com taxa de desconto de 7,7%, por impossibilidade de se ter justo valor credível no

contexto actual dos seus activos.

• Subsidiária SPE: valor de obtido de estudo de entidade independente suportado no método

dos Discount Cash Flows, com taxa de desconto de 18,7%, sem dedução de custos de vender

por se terem como irrelevantes para o tipo de venda, admitindo-se que o valor de uso não seja

diferente.

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30

• Associadas EDP, INAPA e REN: valor decorrente da cotação em 31.12.2010 deduzido, no caso

da REN, de custos em linha com os suportados em processos de reprivatização, admitindo-se

não diferir significativamente do valor de uso.

• Participação na HCB: valor obtido de estudo de entidade independente suportado no Dividend

Discount Model com taxa de desconto decrescente durante o período remanescente da

concessão (entre 15,75% e 14%) e sem dedução de custos de vender por se terem como não

relevantes no tipo de venda, admitindo-se que o valor não difira do valor de uso.

As perdas em participações em empresas com acções cotadas reflecte a quebra das cotações e nas

restantes empresas decorre da situação de activos no estrangeiro ou do contexto de reestruturação

dos activos.

As participações em subsidiárias que têm goodwill relevante e os respectivos montantes são (em

milhares de euros):

AdP 99.510

ANA 15.850

O goodwill respeita integralmente às aquisições das participações em cuja quantia escriturada está

incluído.

O teste ao goodwill foi baseado em avaliações dos capitais próprios orientadas essencialmente para a

perspectiva de transacção, que demonstram valores que excedem largamente a quantia escriturada

das participações, incluindo o goodwill.

O valor para determinação da quantia recuperável da AdP foi obtido pela sum of the parts, com os

negócios mais relevantes avaliados pelo Discount Cash Flow e métodos comparativos.

Na determinação da quantia recuperável da ANA foram tidos em conta os dividendos, a taxa de

distribuição e a taxa de crescimento pela retenção de resultados nos níveis médios dos últimos anos

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9 – Outras contas a receber

O detalhe das quantias apresentadas no activo corrente e não corrente é o seguinte:

Correntes Não Correntes Correntes Não Correntes

Clientes com reestruturação do crédito 725.814,97 725.814,97

Devedores por acréscimos de rendimentos 592.939,97 2.773.741,21

Juros de suprimentos concedidos 28.549.524,56 25.386.892,38

Outras contas a receber 1.258.642,31 312.676,72

30.401.106,84 725.814,97 28.473.310,31 725.814,97

31-12-2010 31-12-2009

Os créditos de juros respeitam essencialmente à SAGESTAMO sendo relativos aos anos de 2009 e 2010.

As outras contas a receber estão líquidas de 3.627,56€ de perdas de imparidade estimadas em função

da realização (ver nota 25).

10 – Outros activos financeiros

O detalhe das quantias apresentadas é o seguinte:

Privatização EDP 531.999.658,98 531.999.658,98

Direcção Geral do Tesouro 9.396.008,56 9.396.008,56

Privatização SN Longos 25.600.000,00

Privatização GALP 705.222.858,33

Privatização REN - remanescente 157.279,39 157.279,39

1.272.375.805,26 541.552.946,93

2010 2009

O activo por entregas de receitas de reprivatizações decorre da aplicação do disposto no art. 9.º do DL

209/2000, de 2 de Setembro. Não estão definidos termos da compensação que permitam mensuração

pelo custo amortizado e para aferição de imparidade.

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32

11 - Clientes

Os saldos de clientes referem-se a débitos de serviços efectuados às participadas:

31-12-2010 31-12-2009

Clientes C/C 1.657.177,97 1.958.941,81

Clientes Cobrança Duvidosa 213.361,49 227.803,74

1.870.539,46 2.186.745,55

Perdas por Imparidade acumuladas em contas a receber 198.143,62 198.143,62

1.672.395,84 1.988.601,93Total

12 – Estado e outros entes públicos

O detalhe é o seguinte:

3 1- 12 - 2 0 10 3 1- 12 - 2 0 0 9

C o r r e n t e C o r r e n t e

A c tivo

Im p o s t o s /R e n d im e n t o 2 .5 1 8 .6 0 5 ,8 0 2 .4 6 6 .0 1 5 ,3 3

R e t e n ç õ e s n a fo n t e 8 4 .1 0 0 ,0 0

IVA a re c u p e ra r 3 1 3 .9 4 6 ,7 4 3 8 1 .6 6 2 ,7 9

2 .8 3 2 .5 5 2 ,5 4 2 .9 3 1 .7 7 8 ,1 2

P assivo

R e t e n ç õ e s n a fo n t e 1 1 5 .4 4 5 ,2 1 3 9 .1 7 5 ,1 6

IVA a p a ga r 7 1 0 .6 3 1 ,9 9 5 1 1 .0 0 2 ,0 2

Se gu ra n ç a s o c ia l e o u t ro s re gim e s c o m p le n t a re s 3 6 .4 1 6 ,6 2 2 4 .3 8 4 ,5 3

8 6 2 .4 9 3 ,8 2 5 7 4 .5 6 1 ,7 1

Os saldos respeitam a movimentos em situação corrente, todos gerados no período excepto os

créditos sobre o Estado de 745.869,35 euros de IRC e uma parte do crédito (312.196,73 euros) relativo

a IVA, cuja resolução se aguarda.

13- Diferimentos

As quantias cujo gasto não seja de reconhecer no ano são as seguintes:

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33

31-12-2009

Corrente Corrente

Excedentes de coberturas de responsabilidades de benefícios

pós-emprego674.760,71 1.871.000,00

Seguros 61.638,03 13.187,44

Diversos 28.093,64 5.451,00

764.492,38 1.889.638,44

31-12-2010

Além dos gastos a reconhecer, nomeadamente com seguros, esta rubrica regista o excedente da

cobertura financeira sobre as responsabilidades de planos de benefícios definidos de pós-emprego,

sendo as variações anuais reconhecidas gastos com o pessoal.

As responsabilidades e o valor dos activos do Fundo que as sustenta eram as seguintes, em milhares de

euros:

31-12-2010 31-12-2009 31-12-2008 31-12-2007 31-12-2006

Valor presente das responsabilidades 12.930 11.961 11.360 11.655 11.421Valor dod activos do fundo 13.604 13.827 13.820 16.242 16.698Excesso de cobertura 674 1.866 2.460 4.587 5.277

A evolução das responsabilidades em 2010 justifica-se por:

2010

Responsabilidade por serviços passados no inicio do periodo 11.961.084,05

Custo de Juros 594.316,12

Custo do serviço corrente 105.737,01

Contribuições para Fundo de pensões - empregador 0,00

Ganhos e Perdas actuariais 930.684,48

Rendimento activos do fundo 243.132,60

Responsabilidade por serviços passados no final do periodo 12.929.652,76

Aumento das responsabilidades por beneficios pós-emprego 919.168,90

As responsabilidades foram determinadas por entidade independente tendo por base os seguintes

pressupostos principais:

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34

31-12-2010 31-12-2009

Tábua de mortalidade TV 88/90 TV 73/77

Tábua de invalidez --- EKV-80

Taxa de crescimento salarial 2,50% 0,0%

Taxa de crescimento das pensões 1,50% 0,5%

Taxa de rendimento 4,75% 4,5%

Taxa de desconto 4,75% 4,5%

14 - Activos financeiros detidos para negociação

O saldo de 884.979,55 € (2009: 1.707.701,13 €) respeita ao justo valor de três estruturas de swaps de

taxa de juro, com vista à dispersão do risco de taxa de juro: swap de taxa fixa para taxa variável, swap

de taxa variável para taxa variável e swap de taxa fixa para taxa fixa (ver nota 32.2).

15 – Caixa e Depósitos Bancários

O detalhe é o seguinte, estando imediatamente disponíveis todas as quantias:

31-12-2010 31-12-2009

Caixa 364,58 382,04

Depósitos Bancários 14.828.338,22 73.115.774,88

Depósitos a Prazo 182.000.000,00

14.828.702,80 255.116.156,92

16 – Capital Próprio

Os saldos e movimentos nas rubricas do capital próprio são:

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35

Rubricas Saldo final P OC Saldo inicial IFRS Aumentos Diminuições Saldo Final

Capital 2.000.000.000,00 1.027.151.031,48 1.027.151.031,48

Ajustamentos de partes capital -139.892.074,21

Ajustamentos de transição -38.700.905,35

Lucros não atribuidos 311.170.718,34

Outras Variações dos capitais próprios -365.470.101,79

Depreciações -46.891.785,41

Reservas Legais 695.688.928,89 695.688.928,89 695.688.928,89

Resultados transitados 288.789.819,01 402.063.592,05 191.497.194,50 593.560.786,55

Resultado de 2009 não distribuido 185.892.846,50 191.497.194,50

Lucros de participadas de 2009 não atribuidos -79.908.029,26

Ajustamento por adopção das IFRS -15.432.078,17

Resultado Líquido 2009 402.222.017,76 298.497.194,50 298.497.194,50 0,00

Resultado Líquido 2010 64.645.278,39 64.645.278,39

Total 3.246.808.691,45 2.423.400.746,92 447.639.667,39 298.497.194,50 2.381.046.025,31

O capital da PARPÚBLICA é de 2.000.000.000,00 de euros é composto por 400.000.000 acções

nominativas de 5 euros, está parcialmente realizado e é detido pelo Estado Português.

As reservas legais são constituídas em conformidade com o artº 295º do Código das Sociedades

Comerciais, o qual prevê que esta seja dotada com um mínimo de 5% do resultado líquido do período

até à concorrência de um valor correspondente à quinta parte do capital social, que está superado.

Estas reservas não são distribuíveis a não ser em caso de liquidação da empresa, mas pode ser utilizada

para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital.

Os resultados transitados correspondem à parte dos resultados líquidos dos períodos anteriores não

distribuídos em assembleia-geral, ajustados eventuais reexpressões retrospectivas. Encontram-se ainda

registadas nesta rubrica as alterações decorrentes da aplicação pela primeira vez das IFRS.

17 – Provisões

As provisões acumuladas apresentam o seguinte detalhe e movimentos no exercício findo em 31-12-

2010:

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36

Saldo Inicial Aumentos Diminuiçöes Saldo Final

204.626.565,63 204.626.565,63

498.000,00 498.000,00

Provisões diversas 77.850,06 77.850,06 0,00

205.202.415,69 0,00 77.850,06 205.124.565,63Totais

Rubricas

Responsabilidades nos termos dos art. 491.º, 501.º e

502.º do Código das Sociedades Comerciais

Liquidações contestadas de imposto de selo da ex-

PORTUCEL, SGPS

18 – Financiamentos Obtidos

Os financiamentos obtidos têm a seguintes naturezas e classificação:

Corrente Não corrente Corrente Não corrente

Empréstimos por obrigações 4.143.662.762,06 538.010.910,84 3.175.645.650,92

Papel Comercial 710.000.000,00

710.000.000,00 4.143.662.762,06 538.010.910,84 3.175.645.650,92

31-12-2010 31-12-2009

Os empréstimos respeitam essencialmente a obrigações e financiamentos junto de instituições de

créditos nacionais e estrangeiras.

A segmentação das quantias nominais da dívida por maturidades e tipos de taxa de juro é a seguinte

(em milhões de euros):

31-12-2010 31-12-2009

Por Maturidades

Até 1 ano 710,00 514,90

De 1 ano até 2 anos 0,00 0,00

De 2 anos até 3 anos 800,00 0,00

De 3 anos até 4 anos 1.515,15 800,00

De 4 anos até 5 anos 0,00 1.515,15

Superior a 5 anos 1.785,65 900,00

4.810,80 3.730,05

Com taxa de juro fixa

Até 1 ano 0,00 514,90

De 1 ano até 2 anos 0,00 0,00

De 2 anos até 3 anos 800,00 0,00

Superior a 3 anos 3.150,80 3.065,15

3.950,80 3.580,05

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37

Os empréstimos e respectivas quantias em 31-12-2010 eram as seguintes:

- Obrigações não convertíveis de 500,0 M€ emitido em 2004

Obrigação base 500.000.000,00

Despesas não amortizadas - 871.469,66 499.128.530,34

- Obrigações não convertíveis de 500,0 M€ emitido em 2005

Obrigação base 500.000.000,00

Despesas não amortizadas - 897.782,12 499.102.217,88

- Obrigações não convertíveis de 150,0 M€ emitido em 2005

Obrigação base 150.000.000,00

Despesas não amortizadas 0,00 150.000.000,00

- Obrigações não convertíveis de 250,0 M€ emitido em 2006

Obrigação base 250.000.000,00

Despesas não amortizadas 0,00 250.000.000,00

- Obrigações convertíveis de 1.015,2 M€ emitido em 2007

Obrigação base 982.529.692,00

Opção embutida 0,00

Despesas não amortizadas - 1.776.915,74 980.752.776,26

- EMTN de 800,0 M€ emitido em 2009

Quantia da emissão 800.000.000,00

Despesas não amortizadas - 2.264.721,63 797.735.278,37

- Obrigações convertíveis de 885,6 M€ emitido em 2010

Obrigação base 847.567.050,00

Opção embutida 124.497.097,30

Despesas não amortizadas - 5.120.188,09 966.943.959,21

4.143.662.762,06

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38

Os dois contratos de emissão dos empréstimos obrigacionistas não convertíveis de 500,0, o de 150,0 e

o de 250,0 milhões de euros, emitidos em 14 de Outubro de 2004, 22 de Setembro de 2005, 28 de

Dezembro de 2005 e 16 de Novembro de 2006, respectivamente, prevêem entre outras cláusulas, a

possibilidade de os obrigacionistas exercerem o direito de reembolso antecipado das obrigações se o

Estado deixar de deter a totalidade do capital da PARPÚBLICA e/ou perder o controlo directo ou

indirecto da sociedade e/ou ainda se os artigos 501º a 503º do Código das Sociedades Comerciais

deixarem de se aplicar nas relações entre o Estado e a sociedade. Adicionalmente, a PARPÚBLICA tem a

obrigação de reembolsar os obrigacionistas em caso de vencimento antecipado de outras dívidas

financeiras, de insolvência, de cessação total ou substancial dos negócios e de sujeição a processos que

afectem os activos e os réditos.

O empréstimo de Euro Medium Term Notes de 800 milhões de euros foi emitido em Julho de 2009 ao

abrigo de um Programa no montante global de 1.500 milhões de euros, pelo prazo de quatro anos,

com vencimento em 2013, e com um cupão de 3,5% ao ano. Prevê a possibilidade de os obrigacionistas

exercerem o direito de reembolso antecipado das obrigações se o Estado deixar de deter a totalidade

do capital da PARPÚBLICA e/ou perder o controlo directo ou indirecto da sociedade e/ou ainda se os

artigos 501º a 503º do Código das Sociedades Comerciais deixarem de se aplicar nas relações entre o

Estado e a sociedade. Adicionalmente, a PARPÚBLICA tem a obrigação de reembolsar os

obrigacionistas em caso de vencimento antecipado de outras dívidas financeiras, de insolvência, de

cessação total ou substancial dos negócios e de sujeição a processos que afectem os activos e os

réditos.

O empréstimo de 1.015,15 milhões de euros foi emitido na sequência do Decreto-Lei n.º 382/2007, de

15-11, sobre a 7.ª fase de reprivatização de capital da EDP, conferindo o instrumento de emissão aos

obrigacionistas o direito de reembolso pelo valor nominal das obrigações ou em função do valor

corrente das acções da EDP, se superior. No caso de o reembolso ser determinado pelo valor das

acções subjacentes, a PARPÚBLICA tem a opção de escolha entre a entrega das acções ou da quantia

em dinheiro correspondente. Os investidores têm o direito de pedir o reembolso antecipado das

obrigações em 18-12-2012, ou a sua troca a partir de 18-12-2013. Prevê a possibilidade de os

obrigacionistas exercerem o direito de reembolso antecipado das obrigações se o Estado deixar de

deter a totalidade do capital da PARPÚBLICA e/ou perder o controlo directo ou indirecto da sociedade

e/ou ainda se os artigos 501º a 503º do Código das Sociedades Comerciais deixarem de se aplicar nas

relações entre o Estado e a sociedade ou da ocorrência de um evento de mudança do controlo da EDP.

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39

Adicionalmente, a PARPÚBLICA tem a obrigação de reembolsar os obrigacionistas em caso de

vencimento antecipado de outras dívidas financeiras, de insolvência, de cessação total ou substancial

dos negócios e de sujeição a processos que afectem os activos e os réditos.

O empréstimo de 885,65 milhões de euros foi emitido na sequência do Decreto-Lei n.º 185/2008, de

19-09, sobre a 5.ª fase de reprivatização de capital da GALP, conferindo o instrumento de emissão aos

obrigacionistas o direito de reembolso pelo valor nominal das obrigações ou em função do valor

corrente das acções da GALP, se superior. No caso de o reembolso ser determinado pelo valor das

acções subjacentes, a PARPÚBLICA tem a opção de escolha entre a entrega das acções ou da quantia

em dinheiro correspondente. Os investidores têm o direito de pedir o reembolso antecipado das

obrigações em 28-09-2015, ou a sua troca a partir de 28-03-2013. A PARPÚBLICA tem a possibilidade

de reembolsar as obrigações, se o valor das mesmas for igual ou superior a 30%, em pelo menos 20

dias úteis durante 30 dias úteis consecutivos, a partir de 13-10-2013. Prevê a possibilidade de os

obrigacionistas exercerem o direito de reembolso antecipado das obrigações se o Estado deixar de

deter a totalidade do capital da PARPÚBLICA e/ou perder o controlo directo ou indirecto da sociedade

e/ou ainda se os artigos 501º a 503º do Código das Sociedades Comerciais deixarem de se aplicar nas

relações entre o Estado e a sociedade ou da ocorrência de um evento de mudança do controlo da Galp.

Adicionalmente, a PARPÚBLICA tem a obrigação de reembolsar os obrigacionistas em caso de

vencimento antecipado de outras dívidas financeiras, de insolvência, de cessação total ou substancial

dos negócios e de sujeição a processos que afectem os activos e os réditos.

Um empréstimo de 572,8 milhões de euros emitido em 2005, na sequência do Decreto-Lei n.º 186-

A/2005, de 09-12, sobre a 6.ª fase de reprivatização da EDP e com opção embutida de reembolso pelo

valor corrente das acções da EDP, teve reembolsos antecipados e libertação das acções subjacentes

correspondentes em 2008 e durante 2010, tendo ficado totalmente liquidado neste ano.

A opção embutida nos três empréstimos com opção de conversão e as acções subjacentes estão

mensuradas pelo justo valor através de resultados (ver notas 4.3. e 4.7.). Os efeitos nos resultados ao

longo dos anos das alterações no justo valor dos empréstimos e das acções são:

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2010 2009 2008 Até 2007

Variação do valor das opções -54.670.672 64.792.041 147.108.152 180.508.432

Variação do valor das acções subjacentes 252.431.249 124.044.403 -134.222.039 312.000.000

Ganho líquido/Perda líquida 197.760.576 188.836.444 12.886.113 131.491.568

Reconhecidas estas variações no valor, têm-se as seguintes quantias escrituradas:

Emprestimo de 572.800 m€ 31-12-2010 31-12-2009 31-12-2008 Data de emissão

Obri ga ções no pa s s ivo: 0 538.010.911 573.405.510 569.696.645

Ba s e (bond floor) 0 511.756.189 508.589.591 555.751.932

Opçã o 0 24.097.320 64.096.785 13.944.713

Di re i tos a divi dendos 0 2.157.402 719.134 0

Acçõe s no a cti vo 0 447.301.398 386.894.135 403.200.000

Pa s s ivo - Acti vo 0 90.709.513 186.511.375 166.496.645

Emprestimo de 1.015.150 m€ 31-12-2010 31-12-2009 31-12-2008 Data de emissão

Obri ga ções no pa s s ivo: 980.752.776 980.816.488 998.167.733 1.015.404.381

Ba s e (bond floor) 980.752.776 972.999.833 965.558.502 961.601.431

Opçã o 0 7.816.655 32.609.231 53.802.950

Acçõe s no a cti vo 377.428.847 471.217.870 407.580.730 260.957.113

Pa s s ivo - Acti vo 603.323.929 509.598.618 590.587.003 754.447.268

Emprestimo de 886.650 m€ 31-12-2010 31-12-2009 31-12-2008 Data de emissão

Obri ga ções no pa s s ivo: 971.764.147 885.650.000

Ba s e (bond floor) 847.567.050 847.567.050

Opçã o 124.197.097 38.082.950

Des pes a s 5.120.188 6.439.973

Acçõe s no a cti vo 832.801.365 402.628.541

Pa s s ivo - Acti vo 138.962.782 483.021.459

19 – Outras contas a pagar

Os saldos e movimentos nas rubricas de Outras contas a pagar são:

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41

Correntes Não Correntes Correntes Não Correntes

Obrigacionistas (ex: Portucel ) 22.334,80 22.334,80

Fornecedores investimentos financeiros 460.723.752,72 64.560.600,00

Remunerações a pagar 238.630,57 195.599,33

Credores por acréscimos de juros 38.423.488,60 27.908.611,35

Credores por subscrições não real izadas 3.830.000,00

Outros acréscimos de gastos 328.655,16 572.409,98

503.544.527,05 22.334,80 93.237.220,66 22.334,80

31-12-2010 31-12-2009

O saldo de fornecedores respeita à parte em dívida por aquisições de acções em reforço de posições

em associadas.

O saldo dos credores por acréscimos de gastos respeita aos juros de empréstimos obtidos imputáveis

ao exercício, mas cujo pagamento ocorrerá no exercício seguinte.

O saldo de credores por subscrições não liberadas respeita à parte do aumento de capital da CE Estoril

não realizada.

20 – Fornecedores

Os saldos e movimentos nestas rubricas são:

31-12-2010 31-12-2009

Fornecedores conta corrente 1.196.438,45 83.388,31

Fornecedores, facturas recepção/conferência 1.819,84

1.196.438,45 85.208,15

21 – Vendas e serviços prestados

Os saldos respeitam a serviços debitados a participadas e por apoio ao Estado no domínio das Parcerias

Público-Privadas (2010: 721.585,84€; 2009: 764.494,84€).

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42

22 – Dividendos de participações ao custo e ao justo valor

No âmbito das demonstrações financeiras separadas, os dividendos constituem a fonte relevante do

rendimento da exploração dos activos da PARPÚBLICA e para relato segmental por relação com os

activos.

Os dividendos reconhecidos durante o ano findo em 31-12-2010 e a sua expressão face à quantia

escriturada das respectivas participações financeiras são:

Quantia Taxa de reto rno

(1) (2) (3) (4)=(3) / (1)

Adp - Agua s de Portuga l , SA. 457.577.715,39 17.766.649,24 3,88%

ANA - Aeroportos de Portuga l , SA. 200.604.385,59 18.689.525,77 9,32%

CAPITALPOR - Pa rti ci pa ções Portugues a s SGPS, SA. 1.900.000.000,00 94.620.000,00 4,98%

CL - Compa nhi a da s Lezi ri a s , SA 33.443.379,47 31.978,15 0,10%

CVP - Soci eda de de Ges tã o Hos pi ta l a r, SA . (1) 8.000.000,00 384.764,22 1) 4,81%

EDP - Energi a s de Portuga l , SA. 971.897.642,12 107.246.716,55 50.274.711,43 3) 5,17%

GALP Energi a SGPS, SA. (2) 402.657.000,00 11.615.902,80 2) 2,88%

IHRU - Ins ti tuto da Ha bi ta çã o e da Rea bi l i ta çã o

Urba na , IP 11.467.500,00 54.237,02 0,47%

INCM - Imprens a Na ci ona l Ca s a da Moeda , SA. 68.072.266,00 7.957.929,08 11,69%

PARCAIXA, SGPS, SA. 490.000.000,00 8.371.123,48 1,71%

PT-Portuga l Te l ecom, SA. 7.196.706,00 1.262.097,90 17,54%

REN - Redes El ectri ca s Na ci ona i s , SGPS, SA. 64.560.600,00 15.366.800,00 3.477.942,00 5,39%

SAGESECUR - Soci eda de de Es tudos ,

Des envol vi mento e Pa rti ci pa çã o em Projectos , SA. 18.112.500,00 2.535.750,00 14,00%

Zon Mul ti médi a , SGPS, SA. 502.498,00 18.059,20 3,59%

4.634.092.192,57 122.613.516,55 217.060.670,29

(1) Inclui dividendos de 2008 de 214.065,46€

(2) Inclui dividendos antecipados de 3.484.770,84€

(3) Quantia efectivamente recebida

DividendosQuantia escriturada em

01-01-2010

P erdas po r imparidade

em 2010

23 – Fornecimentos e serviços externos

O detalhe dos fornecimentos e serviços externos relativos a consultorias necessárias às actividades e

ao funcionamento corrente é o seguinte:

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43

2010 2009

Trabalhos Especializados 2.568.780,16 5.877.472,89

Honorários 283.124,96 292.368,30

Rendas e Alugueres 261.549,45 258.100,81

Diversos 79.387,07 70.964,55

Conservação e Reparação 62.011,96 56.818,14

Comunicação 34.216,72 34.238,54

Electricidade/água/segurança 28.141,93 30.857,24

Seguros 21.446,14 34.597,51

Material de escritório 20.495,07 14.236,99

Limpeza e conforto 16.540,24 19.675,91

Combustiveis 12.871,54 15.759,81

Deslocações e estadas 12.773,65 15.354,43

3.401.338,89 6.720.445,12

A natureza dos serviços pode ser vista no quadro acima e destacamos essencialmente a redução

ocorrida do valor total.

24 – Gastos com pessoal

O detalhe dos gastos com os órgãos sociais e com o pessoal é o seguinte:

Remunerações 1.917.850,87 2.052.345,63

Beneficios pós-emprego 1.192.315,21 331.388,85

Encargos sobre Remunerações 284.702,07 243.880,20

Seguros 8.013,10 9.173,32

Outros Gastos com o Pessoal 56.141,75 18.216,07

3.459.023,00 2.655.004,07

2010 2009

As remunerações brutas atribuídas aos membros dos órgãos sociais da PARPÚBLICA foram:

2010 2009

Conselho de administração 413.526,23 722.690,68

Conselho Fiscal

Assembleia Geral 2.578,97 899,46

Roc 75.000,00 75.000,00

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44

Os gastos com benefícios pós-emprego respeitam à redução verificada no excedente de cobertura das

responsabilidades reconhecido no activo relativamente ao plano celebrado pela ex-Portucel (ver nota

13).

25 – Imparidade de activos

Dos testes efectuados resultaram os seguintes movimentos como perdas e reversões (ver notas 8. e

10.):

2 0 10

Im pa rida de Im pa rida de Reve rs ã o de

Im pa rida de

Pe rdas por Imparidade

Dividas a re ce be r: 3 .6 2 7 ,5 6 2 8 .5 4 5,7 0

Clie nte s 2 8 .5 4 5,7 0

Outros de ve dore s 3 .6 2 7 ,5 6

Inve stime ntos finance iros: 21 1 .37 4 .86 5 ,8 4 3 1.3 64 .0 00 ,0 0 1 4 .7 2 5 .0 0 0 ,0 0

C E - C ircuito do Es to ril, SA . 2 5 .22 1 .5 2 3 ,6 1

ED P - Energias de P o rtugal, SA . 10 7 .24 6 .71 6 ,5 5

EN VC - So c iedade Im o biliária, SA . 1 2.9 38 .0 00 ,0 0

H C B - H idro eléc t rica de C aho ra B assa, SA . 4 0 .24 2 .2 7 2 ,4 4

IN A P A - Inves t im ento s , P art ic ipaçõ es e Ges tão , SA . 1 3 .00 6 .9 4 3 ,8 9 1 4 .7 2 5 .0 0 0 ,0 0

Lisnave Infraes truturas N avais , SA . 52 8 .7 2 5 ,7 7

R EN - R edes Elec t ricas N ac io nais , SGP S, SA . 1 5 .36 6 .8 0 0 ,0 0

SP E - So c iedade P o rtuguesa de Em preendim ento s , SA . 9 .76 1 .88 3 ,5 8 1 8.4 26 .0 00 ,0 0

2 0 0 9

26 – Aumentos/reduções de justo valor

Os ganhos e as perdas nos instrumentos financeiros mensurados pelo justo valor foram as seguintes:

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45

Ganhos Perdas Ganhos Perdas

Opções e activos subjacentes

Obrigações devidas em 2010

Opção 23.926.820,00 39.999.465,00

Acções da EDP 83.381.546,48 60.407.262,76

Obrigações devidas em 2014

Opção 7.816.655,00 24.792.576,00

Acções da EDP 93.789.023,00 63.637.139,75

Obrigações devidas em 2017

Opção 86.414.147,30

Acções da GALP 430.172.824,44

Swaps 822.721,58 7.638.004,15

30.406,32 601.412,54 2.813.000,00 539.969,60

461.946.705,76 265.008.850,90 199.287.447,66 539.969,60

Ganhos / perdas l íquidos

(1) Participações sociais em empresas que não se qualificam como subsidiárias e associadas.

2010 2009

Outras acções cotadas (1)

196.937.854,86 198.747.478,06

O justo valor das acções é fundamentado na cotação na NYSE Euronext e o justo valor dos derivados é

baseado no mark to market determinado por entidades financeiras internacionais.

27 – Outros rendimentos e ganhos

Como outros rendimentos e ganhos estão considerados:

2010 2009

Rendimentos Suplementares 280.406,06 3.094.882,33

Rendimentos Ganhos Subsidiárias 3.176.023,96

Rendimentos e ganhos outros activos financeiros 2.365.886,33 21.479.132,55

Rendimentos e ganhos de investimentos não financeiros 22.400,00 8.500,00

Juros obtidos 15.855.202,57 26.096.565,50

Rendimentos swaps 6.033.013,89

Outros 306.177,54 377.494,99

24.863.086,39 54.232.599,33

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46

28 – Outros gastos e perdas

Como outros gastos e perdas estão considerados:

31-12-2010 31-12-2009

Impostos 123.723,57 106.816,66

Correcções relativas a exercicios anteriores 47.508,26 1.381.402,10

Donativos 335.000,00 2.500,00

Diversos 35.217,77 99.403,72

541.449,60 1.590.122,48

29 – Gastos/reversões de depreciação e de amortização

Os gastos por depreciações e amortizações foram:

2010 2009

Equipamento Transporte 14.795,22

Equipamento Administrativo 163.359,00 164.794,58

Outros Activos Fixos Tangiveis 151,94 775,22

178.306,16 165.569,80

Programas de computador 4.075,62

4.075,62 0,00

182.381,78 165.569,80

Activos Fixos Tangiveis

Activos Fixos Intangiveis

30 – Juros e gastos similares suportados

Os juros e outros gastos similares suportados com os instrumentos de dívida emitidos foram:

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47

2010 2009

Juros Suportados 150.965.312,90 136.062.486,50

Outros gastos e Perdas 3.138.588,77

154.103.901,67 136.062.486,50

Os gastos de juros são determinados com base na taxa do juro efectivo.

31 – Imposto sobre o Rendimento do período

A PARPÚBLICA está sujeita a tributação em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas

Colectivas (IRC) e correspondente Derrama. O cálculo do imposto corrente do exercício de 2010

corresponde à taxa anual de 25%, acrescida de Derrama tendo o limite máximo de 1,5% sobre o lucro

tributável.

Pelo regime fiscal das SGPS e pela natureza das participações sociais detidas, a PARPÚBLICA não vê

satisfeitos os requisitos para reconhecimento de impostos diferidos (ver nota 4.11).

As declarações de autoliquidação, da Empresa ficam sujeitas a inspecção e eventual ajustamento pelas

Autoridades Fiscais durante um período de quatro anos.

Os gastos de imposto sobre o rendimento são compostos exclusivamente por impostos correntes

(2010: 22.224,50 €; 2009: 10.458,36 €), sendo respeitantes às tributações autónomas:

2010 2009

Resultado antes de imposto 64.645.278,39 298.507.652,86

Gastos não dedutiveis -63.824.311,62 -309.015.256,56

Resultado fiscal (lucro/prejuízo) 820.966,77 -10.507.603,70

Utilização de prejuízos fiscais -820.966,77 0,00

Gasto de imposto antes das tributações autónomas 0,00 0,00

Gasto de imposto sobre as tributações autónomas -22.224,50 -10.458,36

Gasto de imposto após as tributações autónomas -22.224,50 -10.458,36

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48

32. Instrumentos financeiros em geral

Além das divulgações efectuadas em notas anteriores, relevam informações relativas activos

financeiros e passivos financeiros, quanto à posição financeira, aos efeitos nos resultados e à

percepção sobe o risco.

32.1. Posição e efeitos nos resultados dos activos e passivos financeiros

Para as categorias e outros agregados relativos a activos e passivos financeiros, excluindo os activos

que respeitam a investimentos em subsidiárias e associadas e para os efeitos nos resultados, tem-se:

3 1 -1 2 -2 0 1 0 3 1 -1 2 -2 0 0 9

Ac ti v o s f i n a n c ei r o s m en s u r a d o s a o j u s to v a l o r a tr a v és d e r es u l ta d o s

Ac ti v o s f i n a n c ei r o s m en s u r a d o s a o c u s to a m o r ti za d o m en o s i m p a r i d a d e

I n s tr u m en to s d e c a p i ta l p r ó p r i o m en s u r a d o s a o j u s to v a l o r 8 8 4 ,9 1 .7 0 7 ,7

P a s s i v o s f i n a n c ei r o s m en s u r a d o s a o j u s to v a l o r a tr a v és d e r es u l ta d o s

P a s s i v o s f i n a n c ei r o s m en s u r a d o s a o c u s to a m o r ti za d o 3 .7 4 3 .6 6 2 ,7 3 .3 1 3 .6 5 6 ,5

Ac ti v o s f i n a n c ei r o s c o m p er d a p o r i m p a r i d a d e

C u s to o u c u s to a m o r ti za d o 1 .3 4 7 .7 4 6 ,2 1 4 7 .7 1 4 ,0

P er d a p o r i m p a r i d a d e a c u m u l a d a 3 3 3 .0 6 6 ,8 1 0 4 .6 1 3 ,1

Q u a n ti a es c r i tu r a d a 1 .6 8 0 .8 1 3 ,0 2 5 2 .3 2 7 ,1

Ac ti v o s s u b j a c en tes a o p ç õ es em o b r i ga ç õ es

Ju s to v a l o r 1 .2 1 0 .2 3 0 ,1 9 1 8 .5 1 9 ,1

C u s to 6 6 3 .5 8 5 ,6 6 6 4 .1 5 7 ,1

Ac ti v o s f i n a n c ei r o s r ec l a s s i f i c a d o s p a r a i n v es ti m en to s em a s s o c i a d a s

(a c ç õ es l i b er ta s p o r n ã o ex er c íc i o d e o p ç ã o em o b r i ga ç õ es )

2 0 1 0 2 0 0 9

G a n h o s / p e r d a s em a c ti v o s f i n a n c e i r o s m e n s u r a d o s a o j u s to v a l o r 2 5 3 .0 0 2 ,3 1 2 4 .0 4 4 ,1

M en s u r a ç ã o o b r i g a tó r i a 2 5 3 .0 0 2 ,3 1 2 4 .0 4 4 ,1

M en s u r a ç ã o p o r d e s i g n a ç ã o

G a n h o s / p e r d a s em p a s s i v o s f i n a n c ei r o s m en s u r a d o s a o j u s to v a l o r -5 4 .6 7 0 ,7 6 4 .7 9 1 ,9

M en s u r a ç ã o o b r i g a tó r i a -5 4 .6 7 0 ,7 6 4 .7 9 1 ,9

M en s u r a ç ã o p o r d e s i g n a ç ã o

R e n d i m e n to s d e j u r o s p e l o m é to d o d o j u r o efe c ti v o

G a s to s d e j u r o s p e l o m é to d o d o j u r o e fe c ti v o 1 4 5 .7 4 1 ,5 1 2 6 .3 3 3 ,0

P e r d a s / r ev er s õ e s d e i m p a r i a d e e m a c ti v o s f i n a n c e i r o s m en s u r a d o s p e l o

c u s to o u c u s to a m o r ti za d o

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49

32.2. Perspectiva sobre os riscos em instrumentos financeiros

No exercício da sua actividade a PARPÚBLICA identifica as seguintes áreas de riscos financeiros que

podem afectar o seu valor patrimonial ou o interesse de terceiros: (i) risco de crédito, (ii) risco de

liquidez, e (iii) risco de mercado, pela taxa de juro e pelo preço.

(i) Risco de Crédito

O risco de crédito, associado à possibilidade de uma das partes envolvidas num instrumento financeiro

não honrar a sua obrigação, apresenta-se quanto às aplicações financeiras dos seus excedentes de

tesouraria, aos swaps contratados e aos suprimentos concedidos.

Os suprimentos são concedidos a empresas cujas políticas financeiras são controladas (subsidiárias)

para aplicação em investimentos com retorno adequado. Os suprimentos são aprovados Comissão

Executiva da PARPÚBLICA e são remunerados.

(ii) Risco de Liquidez

O risco de liquidez está coberto pela existência de quatro programas de Papel Comercial no montante

total de 2.200 milhões de euros, os quais estão contratados com instituições financeiras de

reconhecida solidez, à semelhança do que já existia em 2009. O dowgrade operado pelas agências de

rating internacionais Moody’s e Standard & Poor’s no sentido de notação abaixo de “investment grade”

pode colocar restrições ao pleno cumprimento dos programas contratados.

A segmentação da dívida por natureza de instrumentos e por tempo remanescente até à maturidade é

a seguinte (valores nominais em milhões de euros):

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50

31 de Dezembro de 2010

1 - 3 meses 4 - 12 meses 1 - 2 anos 3 - 5 anos > 5 anos Total

Financiamentos

4.810,8

Papel Comercial

710,0

710,0

Eurobonds

800,0 500,0 900,0 2.200,0

Obrigações Permutáveis EDP

1.015,2

1.015,2

Obrigações Permutáveis GALP 885,7 885,7

31 de Dezembro de 2009

1 - 3

meses

4 - 12

meses 1 - 2 anos 3 - 5 anos > 5 anos Total

Financiamentos

3.730,1

Papel Comercial

0,0

Eurobonds

1.300,0 900,0 2.200,0

Obrigações Permutáveis EDP 514,9 1.015,2 1.530,1

As cláusulas de covenant existentes nos instrumentos de dívida são os seguintes:

Financiamentos Covenants

Eurobonds

EMTN 800M€ - 2009 due 2013 Cross Default / Negative Pledge

Bonds 500M€ - 2004 due 2014 Cross Default / Force Majeure

Bonds 500M€ - 2005 due 2020 Cross Default / Force Majeure

Bonds 150M€ - 2004 due 2020 Cross Default

Bonds 250M€ - 2006 due 2026 Cross Default

Obrigações Permutáveis EDP - 2007 due 2014 Cross Default

Obrigações Permutáveis GALP - 2010 due 2017 Negative Pledge / Restriction on Activities

(iii) Risco de Mercado

Risco de Taxa de Juro

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51

O risco de taxa de juro respeita à possibilidade de, por alteração das taxas de juro no mercado, existir

variação da remuneração de instrumentos financeiros a taxa variável ou variação no justo valor de

instrumentos financeiros a taxa fixa.

A dívida de médio e longo prazo, no que respeita ao tipo de taxa de juro contratada, manteve a

distribuição, ou seja, 96% em taxa fixa e o restante em taxa variável:

Tipo de Taxa de Juro 2009 2010

Dívida a Taxa Fixa 96,0% 96,3%

Dívida a Taxa Variável 4,0% 3,7%

100,0% 100,0%

Assim, com uma tão elevada percentagem de dívida emitida a taxa fixa a PARPÚBLICA tem, em termos

fluxos de caixa, uma reduzida exposição à flutuação de taxa de juro. Quanto ao risco de justo valor, não

é relevante para os financiamentos existentes, mas é pelo efeito que tenha em yields no mercado

secundário que condicionem novas emissões de dívida.

A PARPÚBLICA tem contratadas três estruturas de swaps de taxa de juro, com vista à dispersão do risco

de taxa de juro (swap de taxa fixa para taxa variável, swap de taxa variável para taxa variável e swap de

taxa fixa para taxa fixa). O montante nocional total das estruturas é de 550 milhões de euros. O

conjunto das três estruturas teve os seguintes impactos, com efeitos nos resultados (milhares de

euros):

2009 2010

Fluxos de caixa líquidos 4.643,8 4.964,9

Variação do justo valor 7.638,0 -822,7

O único financiamento a taxa de juro variável é no montante de 150 milhões de euros e paga juros

anuais iguais a Euro Mid Swap a 10 anos - 0,48%. Uma variação de 1% na taxa indexante traduz-se

numa alteração no montante anual de juros a pagar de 1.500.00,00 €, o que representa uma variação

de menos de 2% do valor de total de juros a pagar. Releva que este financiamento tem associado um

swap no qual a PARPÚBLICA recebe anualmente taxa Euro Mid Swap a 10 anos – 0,48% e paga

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52

trimestralmente Euribor a três meses + 0,02%, com um limite de 8%, o qual apresentou um

comportamento favorável para a PARPÚBLICA.

Os fluxos previsionais, não descontados, dos juros da dívida de médio e longo prazo existente e dos

swaps contratados, são os seguintes (milhões de euros):

31 de Dezembro de 2010

< 1 ano 1 a 5 anos > 5 anos Total

Juros da dívida a médio/longo prazo - 160.965,5 - 538.717,3 - 327.726,5 - 1.027.409,3

Fluxos dos swaps 3.864,0 8.087,4 5.611,2 15.639,2

31 de Dezembro de 2009

< 1 ano 1 a 5 anos > 5 anos Total

Juros da dívida a médio/longo prazo -128.619,7 - 436.239,1 - 271.878,3 - 836.737,1

Fluxos dos swaps 4.352,2 6.842,5 5.966,5 16.008,3

Para minimizar o risco na taxa de juro pelo aumento dos spreads em financiamentos de curto prazo, os

Programas de Papel Comercial existentes em 31-12-2010 tinham um spread fixo, até ao limite de 1.150

milhões de euros, que vigora até à data da sua renovação.

Risco de preço

O risco de preço entende-se pela possibilidade do valor de um instrumento financeiro flutuar como

resultado de alterações nos preços de mercado, quer essas alterações sejam causadas por factores

específicos do instrumento individual ou do seu emitente, quer por factores que afectem todos os

instrumentos negociados no mercado. Coloca-se nos dois empréstimos obrigacionistas de montantes

nominais de 1.015,15 milhões de euros e de 885,65 milhões de euros, com opções embutidas em favor

dos investidores de permutarem as obrigações, respectivamente por acções da EDP e da GALP detidas

na carteira, pelos efeitos na variação da cotação destas acções.

O financiamento de 1.015,15 milhões de euros tem vencimento em 18-12-2014, com a possibilidade

de os investidores poderem pedir o reembolso das obrigações a partir de 18-12-2012. Se na data de

reembolso das obrigações o valor das acções que constituem o activo subjacente foi superior ao preço

de conversão (6,70€ por acção) e a PARPÚBLICA optar por pagar o reembolso em dinheiro, o montante

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53

do reembolso pode ser ajustado ao valor das acções. Se for inferior, a Parpública terá sempre de

angariar, pelo menos, o montante financeiro em dinheiro necessário à cobertura da diferença entre a

cotação das ações e o valor global do reembolso.

O financiamento de 885,65 milhões de euros tem vencimento em 28-09-2017, com a possibilidade de

(i) os investidores poderem trocar as obrigações por acções a partir de Março de 2013, (ii) a empresa

exercer uma call e reembolsar as obrigações a partir de 13-10-2013, e (iii) os investidores poderem

pedir o reembolso das obrigações a partir de 28-09-2015. Se na data de reembolso das obrigações o

valor das acções que constituem o activo subjacente foi superior ao preço de conversão (15,25€ por

acção) e a PARPÚBLICA optar por pagar o reembolso em dinheiro, o montante do reembolso pode ser

ajustado ao valor das acções.

A componente base e a opção embutida destes empréstimos estão separadas contabilisticamente

sendo mensuradas de acordo com o referido em 4.3. e 4.7.

Pela mensuração pelo justo valor das opções e também das acções subjacentes, são reconhecidos os

efeitos líquidos anuais decorrentes da evolução das cotações do activo subjacente. Esses efeitos foram

os seguintes (em milhões de euros):

2009 2010

Variação do valor das opções -64,79 54,67

Variação do valor do activo subjacente 124,04 252,43

Ganho líquido 188,83 197,76

Supondo variações positivas e negativas de 15% na cotação das acções em 31-12-2010 ter-se-iam os

seguintes efeitos:

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54

Cotação Valor (M€) Variação Valor % Valor (M€) Variação

2,49 377,4 - 0,0% 0,0 - -

2,86 434,0 15,0% 0,0% 0,0 - 56,6

2,12 320,8 -15,0% 0,0% 0,0 - -56,6

Cotação Valor (M€) Variação Valor % Valor (M€) Variação

14,34 832,8 - 14,1% 124,9 - -

16,49 957,7 15,0% 23,7% 209,9 68,1% 39,9

12,19 707,9 -15,0% 6,7% 59,3 -52,5% -59,4

Opção

OpçãoAcções

Acções

Obrigações convertíveis em acções da EDP

Var. líquida

(M€)

Var. líquida

(M€)

Obrigações convertíveis em acções da GALP

33 – Outras partes relacionadas

As relações da PARPÚBLICA com o Estado e Empresas Públicas traduzem-se em saldo devedor de

1 273 588 milhares de euros (2009: 542 924 milhares de euros) e saldo credor de 460 724 milhares de

euros (2009: 64 560 milhares de euros). As transações em 2010 aumentaram o activo em 1 306 728

milhares de euros (2009: 232 570 milhares de euros) e geraram rendimentos de 1 312 milhares de

euros (2009: 1 373 milhares de euros).

34 – Activos e passivos contingentes e acontecimentos subsequentes

Não são conhecidos activos e passivos contingentes.

À data de emissão das demonstrações financeiras relativas ao período findo em 31-12-2010, estima-se

que o valor da participada HCB – Hidroeléctrica de Cahora Bassa seja inferior em cerca de 7 milhões de

euros face ao considerado na determinação da perda de imparidade, devido a alterações na taxa de

câmbio.

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55

35 – Divulgações de natureza não contabilística

A sociedade:

• Não é devedora em mora relativamente a impostos e a contribuições ou descontos para a

segurança social (art.º 21 do Decreto-Lei n.º 411/91, de 17 de Dezembro);

• Não detém acções próprias nem efectuou qualquer negócio que as envolvesse (art.º 324.º, n.º

2, do Código das Sociedades Comerciais);

• Não realizou transacções cujos efeitos não estejam reflectidos nas demonstrações financeiras

(art.º 66.º-A, 1ª)), do Código das Sociedades Comerciais).

Os membros dos órgãos sociais:

• Não efectuaram quaisquer negócios com a sociedade (art.º 397.º do Código das Sociedades

Comerciais);

• Não são, nem foram, titulares de acções ou obrigações da sociedade ou de outras com as quais

esta mantenha relação de domínio, por si ou através de quaisquer outras pessoas ou

sociedades, não sendo relevante a apresentação em anexo ao relatório do órgão de

administração das listas de títulos e accionistas referidas nos art.ºs 447.º e 448.º do Código das

Sociedades Comerciais.

Durante o ano de 2010 e 2009 o número médio de trabalhadores ao serviço foi de 24 e de 22

respectivamente. Os trabalhadores em 31-12-2010 eram 27, estando 23 afectos a actividades

corporate, 2 no apoio no domínio das parcerias-público privadas e 2 cedidos à Direcção-Geral e

Tesouro e Finanças.

- - -

As presentes demonstrações financeiras foram aprovadas para emissão em reunião do Conselho de

Administração de 29-04-2011.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Vitor Saraiva Joaquim Oliveira Reis, Presidente

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56

Carlos Durães da Conceição

José Manuel Barros

Fernanda Mouro Pereira

Pedro Soares e Vasquez

Mário Duarte Donas

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DECLARAÇÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

(NOS TERMOS DO ARTº 245 DO CÓDIGO DE VALORES

MOBILIÁRIOS)

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PARPÚBLICA – Participações Públicas, SGPS, SA

Sede: Rua Laura Alves, nº 4 ‐ 1050 – 138 Lisboa NPC e de Matrícula: 502 769 017

Declaração

nos termos da alínea c) do número 1 do artº 245º

do Código dos Valores Mobiliários

Nos termos e para os efeitos do disposto na alínea c) do número 1 do artigo 245º do

Código dos Valores Mobiliários, os membros do Conselho de Administração da

Parpública – Participações Públicas, SGPS, SA, abaixo identificados, na qualidade e no

âmbito das funções que lhes competem, tal como aí referidas, declaram que, tanto

quanto é do seu conhecimento:

(i) A informação constante do relatório de gestão, as contas anuais, a certificação

legal de contas e demais documentos de prestação de contas exigidos por lei

ou regulamento, relativamente ao exercício social findo em 31 de Dezembro de

2010, foram elaborados em conformidade com as normas contabilísticas

aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do activo e do passivo,

da situação financeira e dos resultados da Parpública – Participações Públicas,

SGPS, SA e das empresas incluídas no respectivo perímetro de consolidação.

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(ii) O relatório de gestão relativo àquele exercício social expõe fielmente a

evolução dos negócios, do desempenho e da posição da Parpública –

Participações Públicas, SGPS, SA e das empresas incluídas no respectivo

perímetro de consolidação, contendo uma descrição dos principais riscos e

incertezas com que se defrontam.

Lisboa, 29 de Abril de 2011

O Conselho de Administração

Joaquim José de Oliveira Reis

Presidente

Carlos Manuel Durães da Conceição José Manuel Pereira Mendes de Barros

Administrador Administrador

Fernanda Maria Mouro Pereira Pedro Miguel Rodrigues Soares Vasquez

Administradora Administrador

Mário Alberto Duarte Donas

Administrador

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DOCUMENTOS DE CERTIFICAÇÃO E AUDITORIA

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Grant Thornton & Associados – SROC, Lda.

Edifício Amadeu Sousa Cardoso Alameda António Sérgio, 22,11.º Miraflores – 1495-132 Algés – Portugal T +351 214 123 520 F +351 214 123 539 Avenida Arriaga, 30 – 1.º B – 9000-064 Funchal – Portugal

T +351 291 200 540 F +351 291 200 549 E-mail: [email protected]

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Member firm of Grant Thornton International Ltd

Capital Social: 25.000 Euros . Contribuinte / Matricula n.º 502 286 784 . Inscrita na C.R.C. Cascais Inscrita na Ordem dos Revisores Oficiais de Contas sob o n.º 67, na C.M.V.M. sob o n.º 314

Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria Demonstrações Financeiras Consolidadas Exercício findo em 31 de Dezembro de 2010

Introdução

1. Nos termos da legislação aplicável, apresentamos a Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria sobre a informação financeira consolidada do exercício findo em 31 de Dezembro de 2010 contida no Relatório de Gestão e nas demonstrações financeiras consolidadas da Parpública – Participações Públicas (SGPS), S.A., as quais compreendem, o Balanço consolidado em 31 de Dezembro de 2010 (que evidencia um total de 18.739.375 milhares de euros e um total de capital próprio de 3.125.981 milhares de euros, incluindo um resultado líquido de 158.518 milhares euros), as demonstrações consolidadas dos resultados, dos fluxos de caixa, das alterações nos capitais próprios e o rendimento integral do exercício findo naquela data, e os correspondentes Anexos.

Responsabilidades

2. É da responsabilidade do Conselho de Administração:

a) a preparação de demonstrações financeiras consolidadas preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) tal como adoptadas na União Europeia que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do conjunto das empresas incluídas na consolidação, o resultado consolidado das suas operações, os fluxos de caixa consolidados, as alterações nos capitais próprios e o rendimento integral;

b) que a informação financeira consolidada seja preparada de acordo com as Normas

Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) tal como adoptadas na União Europeia e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários;

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c) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados;

d) a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado; e e) a informação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a actividade do

conjunto das empresas incluídas na consolidação, a sua posição financeira ou resultados.

3. A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira contida nos

documentos de prestação de contas acima referidos, designadamente sobre se é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório profissional e independente baseado no nosso exame.

Âmbito

4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras consolidadas estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu: - a verificação de as demonstrações financeiras das empresas incluídas na

consolidação terem sido apropriadamente examinadas e, a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações constantes e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração utilizadas na sua preparação;

- a verificação das operações de consolidação e da aplicação do método da

equivalência patrimonial; - a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua

divulgação, tendo em conta as circunstâncias; - a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; - a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das

demonstrações financeiras consolidadas; e - a apreciação se a informação financeira consolidada é completa, verdadeira, actual,

clara, objectiva e lícita.

5. O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informação financeira consolidada constante do Relatório de Gestão com os restantes documentos de prestação de contas, bem como as verificações previstas no número 5 do artigo 451º do Código das Sociedades Comerciais.

6. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.

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Opinião

7. Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras consolidadas apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira consolidada da Parpública – Participações Públicas (SGPS), S.A. em 31 de Dezembro de 2010, o resultado consolidado das suas operações, os fluxos consolidados de caixa e as alterações nos capitais próprios e o rendimento integral no exercício findo naquela data, em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) tal como adoptadas na União Europeia e a informação nelas constante é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita.

Relato sobre outros requisitos legais

8. É também nossa opinião que a informação constante do Relatório de Gestão é concordante com as demonstrações financeiras consolidadas do exercício e o Relatório sobre o governo da sociedade inclui os elementos exigíveis nos termos do artigo 245º A do Código dos Valores Mobiliários.

Ênfases

9. Sem afectar a opinião expressa no parágrafo anterior, chamamos a atenção para os seguintes factos: 9.1 A participada TAP - Transportes Aéreos Portugueses, SGPS, S.A. apresenta

capitais próprios negativos, incluindo os interesses minoritários, no montante de 264.811 milhares de euros. No entanto, estas demonstrações financeiras foram preparadas com base na continuidade das operações da referida participada, a qual depende do suporte financeiro do accionista e da rendibilidade futura das operações e, tal como previsto no artigo 35º do Código das Sociedades Comerciais, por estar perdido metade do capital social, deverão ser tomadas as medidas necessárias para rectificar esta situação.

9.2 Conforme indicado na nota 17 do Anexo, as rubricas de acréscimos e

diferimentos activos e passivos não correntes incluem 310.763 milhares de euros (275.462 milhares de euros em 2009) e 135.317 milhares de euros (123.582 milhares de euros em 2009), respectivamente, referentes ao valor das insuficiências e excessos das tarifas e dos preços praticados pelo Grupo AdP relativamente aos que seriam necessários para permitir a recuperação dos custos inerentes à concessão e remunerar os capitais investidos e, desta forma, assegurar o equilíbrio económico-financeiro das concessões, de acordo com os contratos de concessão existentes. Apesar de ainda não terem sido aprovados pelas entidades competentes os mecanismos tendentes a avaliar os eventuais excessos ou insuficiências das tarifas e dos preços, o Grupo AdP reconheceu aqueles valores nas demonstrações financeiras.

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9.3 O Programa de Estabilidade e Crescimento 2010-2013 inclui no quadro da

programação plurianual das operações de privatização as seguintes empresas em que a Parpública - Participações Públicas (SGPS), S.A. detém directa ou indirectamente, participação no capital: ANA - Aeroportos de Portugal, S.A., EDP - Energias de Portugal, S.A., Galp Energia, SGPS, S.A., HCB - Hidroeléctrica de Cahora Bassa, S.A., INAPA - Investimentos Participações e Gestão, S.A., REN - Rede Eléctrica Nacional, S.A., Sociedade Portuguesa de Empreendimentos, SPE, S.A. e TAP - Transportes Aéreos Portugueses, SGPS, S.A.. Em Setembro de 2010 efectuou-se a 5º reprivatização da GALP tendo sido emitidas 885.650 milhares de euros de obrigações permutáveis, que tinham subjacentes acções representativas de 7% do capital da empresa. Atendendo às condições do mercado, esta foi a única operação de reprivatização concluída no exercício.

9.4 As demonstrações financeiras consolidadas da Empresa em 31 de Dezembro de

2010 foram preparadas com base na continuidade das operações, a qual depende do suporte financeiro do Estado, da efectivação das privatizações no âmbito do Programa de Estabilidade e Crescimento 2010-2013, dos dividendos a receber das participações e do acesso da Empresa ao mercado de capitais.

Lisboa, 29 de Abril de 2011

____________________________________

Grant Thornton & Associados – SROC, Lda.

Representada por Victor Domingos Seabra Franco

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Capital Social: 25.000 Euros . Contribuinte / Matricula n.º 502 286 784 . Inscrita na C.R.C. Cascais Inscrita na Ordem dos Revisores Oficiais de Contas sob o n.º 67, na C.M.V.M. sob o n.º 314

Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria Demonstrações Financeiras Separadas Exercício findo em 31 de Dezembro de 2010

Introdução

1. Nos termos da legislação aplicável, apresentamos a Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria sobre a informação financeira individual do exercício findo em 31 de Dezembro de 2010 da Parpública – Participações Públicas (SGPS), S.A. contida no Relatório do Conselho de Administração e nas demonstrações financeiras individuais as quais compreendem, a Demonstração da Posição Financeira (que evidencia um total de 7.945.459 milhares de euros e um total de capital próprio de 2.381.046 milhares de euros, incluindo um resultado líquido de 64.645 milhares de euros), as Demonstrações dos Resultados, do Rendimento Global, dos fluxos de caixa e das alterações nos capitais próprios do exercício findo naquela data, e o correspondente Anexo.

Responsabilidades

2. É da responsabilidade do Conselho de Administração:

a) a preparação de demonstrações financeiras individuais, de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), tal como adoptadas na União Europeia, que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Empresa, o resultado das suas operações, o rendimento global, os fluxos de caixa e as alterações nos seus capitais próprios;

b) que a informação financeira seja preparada de acordo com as Normas

Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), tal como adoptadas na União Europeia, e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários;

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Grant Thornton & Associados – SROC, Lda.

Member firm of Grant Thornton International Ltd

c) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados;

d) a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado e e) a informação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a sua actividade,

posição financeira ou resultados. 3. A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira contida nos

documentos de prestação de contas acima referidos, designadamente sobre se é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório profissional e independente baseado no nosso exame.

Âmbito

4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras individuais estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu:

- a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações

constantes das demonstrações financeiras individuais e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração utilizadas na sua preparação;

- a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua

divulgação, tendo em conta as circunstâncias; - a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; - a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das

demonstrações financeiras individuais; e - a apreciação sobre se a informação financeira individual é completa, verdadeira,

actual, clara, objectiva e lícita.

5. O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informação financeira individual constante do Relatório de Gestão com os restantes documentos de prestação de contas, bem como as verificações previstas no nº 5 do artigo 451º do Código das Sociedades Comerciais.

6. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.

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Opinião

7. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras individuais referidas no parágrafo nº 1 acima, apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira individual da Parpública – Participações Públicas (SGPS), S.A. em 31 de Dezembro de 2010, o resultado das suas operações, o rendimento global, as alterações no capital próprio e os fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), tal como adoptadas na União Europeia, e a informação nelas constante é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita.

Relato sobre outros requisitos legais

8. É também nossa opinião que a informação constante do Relatório de Gestão é concordante com as demonstrações financeiras do exercício e o Relatório sobre o governo da sociedade inclui os elementos exigíveis nos termos do artigo 245º - A do Código dos Valores Mobiliários.

Ênfases

9. Sem afectar a opinião expressa nos parágrafos 7 e 8 acima, chamamos a atenção para os seguintes factos:

9.1 Conforme a nota 3 do anexo às demonstrações financeiras, a Empresa adoptou, com efeitos a partir de 01 de Janeiro de 2010, as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), adoptadas pela União Europeia. Dado que tinha adoptado, em 01 de Janeiro de 2005, as IFRS para elaboração das demonstrações financeiras consolidadas, no processo de transição, para as demonstrações financeiras separadas seguiu os requisitos previstos na parte final do parágrafo D17 da IFRS 1 - Adopção pela Primeira Vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro. As divulgações adicionais exigidas relativamente ao processo de transição para as IFRS foram incluídas nas notas 3 e 5 do anexo às demonstrações financeiras.

9.2 A participada TAP – Transportes Aéreos Portugueses, SGPS, S.A. apresenta nas

suas demonstrações financeiras separadas capitais próprios negativos de 264.811 milhares de euros. Esta participação financeira está reconhecida pelo valor líquido nulo, tendo sido registada em exercícios anteriores, conforme nota 17 do Anexo, provisões de 204.626 milhares de euros que reflectem o valor negativo do capital próprio, considerando o valor descontado.

9.3 O Programa de Estabilidade e Crescimento 2010-2013 inclui no quadro da

programação plurianual das operações de privatização as seguintes empresas em que a Parpública - Participações Públicas (SGPS), S.A. detém directa ou indirectamente, participação no capital: ANA - Aeroportos de Portugal, S.A.,

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Grant Thornton & Associados – SROC, Lda.

Member firm of Grant Thornton International Ltd

EDP - Energias de Portugal, S.A., Galp Energia, SGPS, S.A., HCB - Hidroeléctrica de Cahora Bassa, S.A., INAPA - Investimentos Participações e Gestão, S.A., REN - Rede Eléctrica Nacional, S.A., Sociedade Portuguesa de Empreendimentos, SPE, S.A. e TAP - Transportes Aéreos Portugueses, SGPS, S.A.. Em Setembro de 2010 efectuou-se a 5º reprivatização da GALP tendo sido emitidas 885.650 milhares de euros de obrigações permutáveis, que tinham subjacentes acções representativas de 7% do capital da empresa. Atendendo às condições do mercado, esta foi a única operação de reprivatização concluída no exercício.

9.4 As demonstrações financeiras da Empresa em 31 de Dezembro de 2010 foram

preparadas com base na continuidade das operações, a qual depende do suporte financeiro do Estado, da efectivação das privatizações no âmbito do Programa de Estabilidade e Crescimento 2010-2013, dos dividendos a receber das participações e do acesso da Empresa ao mercado de capitais.

Lisboa, 29 de Abril de 2011

____________________________________

Grant Thornton & Associados – SROC, Lda.

Representada por Victor Domingos Seabra Franco

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PARPÚBLICA PAR11C1PAÇÔFS p~)m.lCAS <~PS) SA RELATÓRIO ANUAL DE 2010

Relatório e Parecer da Comissão de Auditoria

Contas Consolidadas

No exercício das suas competências, a Comissão de Auditoria acompanhou a

evolução da actividade da PARPÚBLlCA, Participações Públicas, SGPS, S.A., e empresas

participadas, zelou pela observância da lei, regulamentos e Estatutos da sociedade,

supervisionou o cumprimento das políticas e práticas contabilísticas e fiscalizou o

processo de preparação e divulgação da informação financeira, a revisão legal de

contas, a eficácia do sistema de controlo interno e gestão de riscos, bem como a

independência e actividade do Revisor Oficial de Contas.

As acções desenvolvidas pela Comissão de Auditoria durante 2010, no

desempenho das suas competências, estão descritas no Relatório de Actividades anexo

ao presente parecer.

A Comissão examinou o balanço consolidado a 31 de Dezembro de 2010, a

demonstração dos resultados consolidados, os fluxos de caixa consolidados e as

respectivas notas anexas, bem como o relatório de gestão preparados pelo Conselho

de Administração para o exercício findo naquela data.

A Comissão apreciou a certificação legal das contas e relatório de auditoria

elaborado pelo Revisor Oficial de Contas e tomou conhecimento das ênfases nele

expressas, tendo o documento merecido o seu acordo.

Face ao exposto, a Comissão é de opinião que as demonstrações financeiras

consolidadas e o relatório do Conselho de Administração, bem como a proposta nele

expressa, estão de acordo com as disposições contabilísticas, legais e estatutárias

aplicáveis, pelo que recomenda a sua aprovação em Assembleia Geral de Accionistas.

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1

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F

PARPUBLICA PAR! ICWA<";ÜIS I'LHUCA~ (s<;rS) ':.A. RELATÓRIO ANUAL DE 2010

Nos termos e para os efeitos da alínea c), do nQ1, do artigo 2459 do Código dos

Valores Mobiliários; os membros da Comissão de Auditoria da PARPÚBlICA,

Participações Públicas, SGPS, S.A., abaixo identificados, declaram, na qualidade e no

âmbito das funções que lhes competem, que, tanto quanto é do seu conhecimento e

tendo por base a informação a que tiveram acesso no âmbito da Comissão de

Auditoria, no exercício das suas funções:

- A informação constante do relatório de gestão, das contas anuais, da

certificação legal das contas e dos demais documentos de prestação de contas exigidos

por lei ou regulamento relativamente ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2010

foi elaborada de acordo com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem

verdadeira e apropriada do activo e do passivo, da situação financeira e dos resultados

da PARPÚBlICA, Participações Públicas, SGPS, S.A. e das empresas incluídas no

respectivo perímetro de consolidação.

- O relatório de gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do

desempenho e da posição da PARPÚBlICA, Participações Públicas, SGPS, S.A. e das

empresas incluídas no respectivo perímetro de consolidação, e contém uma descrição

dos principais riscos e incertezas com que se defronta.

Lisboa, 30 de Abril de 2011

Fernanda Maria Mouro Pereira, Presidente

... Pedro Miguel Rodrigues Soares e Vasquez, Vogal

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2

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PARPUBLICA f'AlnlCIPAÇÔF5 P(;SLlCAS (SGPS ) SA RELATÓRIO ANUAL DE 2010

Relâtório e Parecer da Comissão de Auditoria

Contas Individuais

No exercício das suas competências, a Comissão de Auditoria acompanhou a

evolução da actividade da PARPÚBLlCA, Participações Públicas, SGPS, S.A., e empresas

participadas, zelou pela observância da lei, regulamentos e Estatutos da sociedade,

supervisionou o cumprimento das políticas e práticas contabilísticas e fiscalizou o

processo de preparação e divulgação da informação financeira, a revisão legal de

contas, a eficácia do sistema de controlo interno e gestão de riscos, bem como a

independência e actividade do Revisor Oficial de Contas.

As acções desenvolvidas pela Comissão durante o ano de 2010, no desempenho

das suas competências, estão descritas no Relatório de Actividades anexo ao presente

parecer.

A Comissão examinou o balanço a 31 de Dezembro de 2010, a demonstração

dos resultados, os fluxos de caixa e as respectivas notas anexas, bem como o relatório

preparados pelo Conselho de Administração para o exercício findo naquela data.

Apreciou, também, a certificação legal das contas e relatório de auditoria

elaborado pelo Revisor Oficial de Contas e tomou conhecimento das ênfases nele

expressas, tendo o documento merecido o seu acordo.

Face ao exposto, a Comissão é de opinião que as demonstrações financeiras e o

relatório de gestão do Conselho de Administração, bem como a proposta nele

expressa, estão de acordo com as disposições contabilísticas, legaiS e estatutárias

aplicáveis, pelo que recomenda a sua aprovação em Assembleia Geral de Accionistas.

Nos termos e para os efeitos-da alínea c}, do n21, do artigo 2452 do Código dos

Valores Mobiliários, os membros da Comissão de Auditoria da PARPÚBLlCA,

1

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PARPÚBLICA I'AR1ICII'AçÔr.s P(;HUCA=- {ser"!' ):'À. RELATÓRIO DE 2010

Participações Públicas, SGPS, S.A., abaixo identificados, declaram, na qualidade e no

âmbito das funções que lhes competem, que, tanto quanto é dá seu conhecimento e

tendo por base a informação a que tiveram acesso no âmbito da Comissão de

Auditoria, no exercício das suas funções:

- A informação constante do relatório de gestão, das contas anuais, da

certificação legal das contas e dos demais documentos de prestação de contas exigidos

por lei ou regulamento relativamente ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2010

foi elaborada de acordo com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem

verdadeira e apropriada do activo e do passivo, da situação financeira e dos resultados

da PARPÚBLlCA, Participações Públicas, SGPS, S.A.

- O relatório de gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do

desempenho e da posição da PARPÚBLlCA, Participações Públicas, SGPS, S.A., e contém

uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se defronta.

Lisboa, 30 de Abril de 2011

Fernanda Maria Mouro Pereira, Presidente

Pedro Miguel Rodrigues Soares e Vasquez, Vogal

2