SECRETARIA DA EDUCAÇÃO8ª COORDENADORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO

SANTA MARIA – RSCOLÉGIO ESTADUAL MANOEL RIBAS

CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANASDISCIPLINA DE HISTÓRIA

ATIVIDADE DOMICILIAR 01 e 02– OUTUBRO/2020 2º ANO – TODOSPROFESSORES:

Luciano Scheffer, Maria Helena N. Romero luciano-tscheffer@educar.rs.gov.brmaria-hromero@educar.rs.gov.br

A economia do Brasil colônia foi sempre voltada para o beneficio de Portugal. Inserida no contexto do mercantilismo europeu, foi caracterizada pelo pacto colonial, segundo o qual os brasileiros só podiam comercializar produtos com portugueses, de modo que estes últimos compravam barato, vendiam caro e ainda tinham exclusividade na exportação das mercadorias do Brasil a outras nações. A grande maioria dos lucros ia para a metrópole que cobrava altos impostos sobre o comercio. As principais atividades realizadas no período colonial foram: extração do pau-brasil, produção de açúcar, a mineração e a pecuária.

ATIVIDADE 01/OUTUBRO: TEMA: r rB asil P é-Colonial É chamado de pré-colonial o período da história do Brasil entre os anos de 1500 a 1530. Este nome é devido ao fato de que nestes 30 anos não houve colonização portuguesa no Brasil. Da chegada dos portugueses ao Brasil (1500) até a vinda da primeira expedição colonizadora de Martim Afonso de Souza (1531), o Brasil recebeu expedições portuguesas voltadas para a exploração do pau-brasil, defesa e reconhecimento territorial. Características do período: 1) Na região onde hoje é o Brasil havia muitas nações indígenas. m 1500. Se calcula entre3 a 4 milhões. 2) Os portugueses enviam as expedições guarda-costas e de reconhecimento do território. 3) As expedições de reconhecimento procuravam por metais preciosos, como o ouro.4) Nesta época os portugueses mantinham um bom comércio com o Oriente, por isso se limitam a levar do Brasil a madeira do pau-brasil. 5) Os portugueses utilizam mão de obra indígena para trabalhar com a madeira do pau-brasil e em troca recebiam facas, espelhos, entre outros objetos de pouco valor aos europeus. Isso se chamou de ESCAMBO. 6) Foi muito forte o contrabando de pau-brasil praticado por europeus, principalmente franceses. Também houve devastação de parte da vegetação litorânea, O pau-brasil foi praticamente eliminado das matas entre o litoral do RJ até o RGN. 7) Em 1530 resolveram colonizar por: estava diminuindo os lucros com o pau-brasil e o litoral brasileiro estava sendo constantemente invadido por europeus.8) O comércio Oriental já não tava tão lucrativo como antes. Com a colonização do Brasil eles vão dividir as terras do indígena entre o português que passam a colonizar e a plantar cana-de-açúcar para exportar o açúcar para a Europa. Agora a exploração começa a ser sistematizada e profunda. Nascem os engenhos!!!

Pequeno vídeo bem explicativo do período:

https://www.youtube.com/watch?v=2xC6n_JGMtk

Fonte: Imagem da internet

BRASIL COLONIAL 1530-1822ATIVIDADE 02/OUTUBRO TEMA: ECONOMIA COLONIAL

AÇÚCAREscolhida a estratégia, definiu-se o produto: o açúcar. A matéria-prima, a cana-de-açúcar, adaptava-se bem ao clima e ao solo brasileiros Além disso, Portugal já possuía experiência na produção de canas nos Açores e na Ilha da Madeira. Para completar, o açúcar tinha grande aceitação na Europa e bom preço. Entretanto faltavam aos portugueses capital inicial e uma eficiente infraestrutura de distribuição. Essa questão foi resolvida com uma parceria com os holandeses, que já fretavam açúcar. O sistema instalado foi o de plantation, cujas características eram: - Grandes propriedades = Latifúndios; - Monocultoras = dedicadas a apenas um produto; os engenhos; - Mao de obra escrava (indígena e africana) – Produção voltada para o mercado externo. Os latifúndios monocultores e a escravidão permitiam uma produção vasta a baixos custos. O destino era unicamente a exportação, uma vez que Portugal não tinha interesse em desenvolver a economia interna brasileira. Os poucos lucros que ficavam aqui, estavam nas mãos dos senhores donos de engenhos, provocando grande concentração de renda. A produção de açúcar foi a principal atividade econômica do Brasil colonial durante os séculos XVI e XVII, sendo ultrapassada no século XVIII pela mineração.

OUTUBROI e II QUINZENAS

HISTÓRIA - 2º ANO

NOME: TURMA 2º____ TURNO MANHÃ TARDE

ATENÇÃO!ACOMPANHA

TEXTO AUXILIAR

MINERAÇÃOEm 1693, abundantes jazidas de ouro foram descobertas na região hoje ocupada por Minas Gerais. Assim, que a noticia se espalhou, milhares de pessoas das mais variadas origens e condições sociais rumaram para lá em busca de riquezas. O governo português para garantir seus lucros criou a Intendência das minas – representantes de Portugal que controlavam e prestavam contas ao rei de Portugal da mineração. Em 1720 transforma a região mineradora, que antes pertencia a Capitania de São Vicente (São Paulo) em Capitania de Minas Gerais. Para organizar a extração, as áreas de ocorrência de metais preciosos foram divididas em lavras e faiscações. As primeiras eram amplas, demandando muito capital e grande quantidade de escravos. As faiscações, menores e mais numerosas. Quem se dedicava á extração devia pagar 20% do ouro encontrado à Coroa – O QUINTO. Em 1725, em razão da enorme sonegação, foram criadas as Casas de fundição, nas quais o ouro em pó era transformado em barras e tinha o quinto extraído. Para garantir a arrecadação do imposto só se permitia a exportação do ouro fundido. Depois a Coroa passa a cobrar um novo tributo: a CAPITAÇÃO, que incidia sobre o número de escravos utilizados. A mineração promoveu o surgimento de núcleos urbanos e o crescimento da população brasileira. Também levou a uma integração do mercado interno do país, pois o Sudeste passou a comprar gado do Sul e escravos do Nordeste. A decadência da atividade se deu por volta de 1800, quando o esgotamento das jazidas causou um rápido esvaziamento e empobrecimento das zonas de extração.

A VIDA EM CLASSES

Diferentes sociedades floresceram no Brasil colonial. Elas compartilhavam algumas características, como a escravidão, mas apresentavam diversas particularidades.

SOCIEDADE DO AÇÚCARAlém de escravista, era agrária e estratificada. Agrária porque sua economia se concentrava nos latifúndios, os povoados e vilas tinham papel secundário. Estratificada porque havia pouca ou nenhuma mobilidade entre as classes. O grupo mais privilegiado era o dos senhores de engenhos, a elite econômica, social e política. Eles eram os donos da terra, das máquinas e da mão de obra – tudo o que representava riqueza e prestigio na época. O símbolo máximo do poder do senhor era a casa-grande, a sede do engenho, onde o senhor vivia com a família e os criados. Por ser pai e autoridade máxima dentro do latifúndio, diz-se que ele comandava uma sociedade

do tipo PATRIARCAL.

No outro extremo da hierarquia social açucareira estavam os escravos, africanos ou indígenas, que eram propriedade do senhor e exerciam todas as atividades de produção. Na época do corte e da moagem da cana, chegavam a trabalhar 18 horas por dia. Os escravos viviam nas senzalas, alojamentos muito simples. Alguns engenhos contavam com trabalhadores assalariados. Eles ocupavam cargos como: Feitor-mor, responsável pela administração do engenho; Feitor, vigiava e castigava os escravos; Alfaiates, pedreiros, pescador etc. Existiam também os comerciantes, que negociavam escravos, animais, carne, trigo, tabaco e outros produtos. Muitos conseguiam romper a típica imobilidade da sociedade açucareira, acumulando fortunas e convertendo-se em senhores de engenho.

SOCIEDADE DO OUROFormada pela massa migratória atraída pela possibilidade de enriquecer garimpando ouro, a sociedade mineradora tinha sérias diferenças em relação à açucareira. Em primeiro lugar, não havia a figura do latifúndio, portanto, a população não era agrária, estando organizada em núcleos urbanos. A mobilidade social era maior e o trabalho livre, muito mais significativo. Surgiu pela primeira vez no Brasil, uma classe média, constituída por artesãos, barbeiros, médicos, advogados, tropeiros e soldados, entre outros. No espectro social, eles ficavam acima dos escravos e abaixo dos grandes comerciantes e donos de minas – os proprietários das maiores fortunas. Esse estrato intermediário a sociedade mineradora é o embrião da atual classe média brasileira.

QUESTOES

1. Explique como funcionava o sistema de ESCAMBO entre os portugueses e os indígenas. 2. Porque os portugueses entre 1500 a 130 não se interessaram muito pelas terras que hoje é o Brasil? Pesquise sobre o comércio das especiarias realizadas pelos portugueses com o Oriente.3. Porque os europeus se interessavam tanto pela madeira do pau-brasil? Que uso faziam dela?4. Explique porque os portugueses a partir de 1530 decidiram colonizar as terras brasileiras.5. Qual a importância econômica dos engenhos de açúcar para os portugueses?6. Faça uma pirâmide social para a sociedade açucareira e outra para a mineradora, posicionando cada grupo social.7. Porque dizemos que a sociedade do açúcar era sem mobilidade social?

8. E, por outro lado, na sociedade mineradora havia um maior movimento social. Explique.9. Como a coroa portuguesa realizava o controle sobre a produção de ouro?10. Porque a extração do ouro na região das minas foi importante para movimentar o comércio dentro da colônia?Documentário realizado pelo historiador brasileiro Boris Faustohttps://www.youtube.com/watch?v=pSyE82yRaKU