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Brasil colonial: 1530-1580 Início da colonização e administração colonial Prof. Cristiano Pissolato

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Brasil colonial: 1530-1580

Início da colonização e administração colonial

Prof. Cristiano Pissolato

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Motivos para colonizar o Brasil

• O Tratado de Tordesilhas (1494) determinava que a divisão do continente americano entre Portugal e Espanha, mas as outras nações não estavam dispostas a respeita-lo.

• Diversos corsários e piratas (principalmente franceses) carregavam madeira na costa brasileira realizando aliança com índios tupinambás e tamoios.

• O comércio com o Oriente entrou em declínio, devido ao alto preço para manter uma feitoria e a concorrência de outras nações.

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• Em dezembro de 1530 partiu de Lisboa uma expedição comandada por Martim Afonso de Sousa composta por cinco navios e em torno de quatrocentas pessoas.

• Objetivo: iniciar a colonização e combater corsários estrangeiros.

Martim Afonso de Sousa (1500-1571) de origem familiar nobre, a partir de 1521 seguiu para Castela acompanhado a corte da viúva do rei D. Manuel I, Leonor da Áustria (dinastia Habsburgo). O rei D. João III o indicou para a primeira expedição colonizadora no Brasil e recebeu uma capitania (São Vicente) e posteriormente foi nomeado governador da Índia portuguesa de 1542-1545.

Expedição colonizadora

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• Em 22/01/1532 Martin Afonso de Sousa fundou São Vicente, a primeira vila do Brasil

Fundação de São Vicente obra de Benedito Calixto em 1900.

São Vicente

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Açúcar: segunda atividade econômica

• Nos núcleos de povoamento foram instalados os primeiros engenhos, a Coroa concedeu grandes áreas de terra (sesmarias) para pessoas que dispusessem de recursos para seu aproveitamento agrícola.

A planta originária do sudeste asiático foi introduzida pelos portugueses na Ilha de Madeira e no século XVI no Brasil. Atualmente o Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, sendo largamente utilizado na produção de açúcar e etanol.

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• Entre 1560 a 1570 a produção sofreu uma rápida expansão, foram estabelecidas pelo rei regras mais rígidas para a concessão de terras.

• Decretado em 1571 que o comércio colonial deveria ser realizado exclusivamente por navios portugueses.

MONOPÓLIO COMERCIAL (chamado na época de EXCLUSIVISMO METROPOLITANO)

Os comerciantes da metrópole compravam os produtos coloniais pelos preços mais baixos do mercado e vendiam aos colonos do Brasil artigos metropolitanos pelos preço mais altos.

O monopólio comercial foi um instrumento de domínio econômico.

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Escravidão indígena

• Os aliados aos colonizadores portugueses (tupiniquins).

• Eram inimigos dos portugueses (tamoios, tupinambás).

Os tamoios e os tupinambás aliaram-se aos franceses durante as suas expedições ao Brasil. Os povos de origem guarani aliaram-se aos espanhóis.

No mapa os nomes grifados em amarelos (língua Tupi-guarani) e em azul (língua Jê – Tapuia).

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• A situação deteriorou-se cada vez mais motivada pela captura e o uso da violência para impor a escravidão aos indígenas.

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• Os portugueses e alguns aliados indígenas moviam guerras aos “índios inimigos” e os prisioneiros eram distribuídos ou vendidos como escravos.

Ataque de Portugueses e Tupiniquins às Cabanas Tupinambás obra do alemão Théodore de Bry por volta de 1592.

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• O governo de Portugal permitia a chamada guerra justa contra os indígenas que não aceitavam a ocupação justificando a escravidão.

Dança dos Tapuias obra do holandês Albert Eckhout. Tapuias como eram chamados os grupos indigenas com tronco linguistico Macro-Jê.

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Administração colonial

Ordenações Manuelinas: coletânea de normas, das leis e de outras medidas tomadas pelo rei D. Manuel I em 1521 para regulamentar os mais diferentes assuntos, apresentavam uma característica centralizadora e absolutista. Foi substituída em 1603 pelas Ordenações Filipinas.

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Capitanias hereditárias

• Em 1534 o rei D. João III ordenou a divisão do Brasil em grandes lotes de terra (15 capitanias) e entregou a pessoas com condições financeiras de explorá-la: os capitães ou donatários.

Documentos

• Carta de Doação: por meio desta o rei português doava para exploração o lote de terra.

• Foral: documento que

especificava os direitos e deveres do donatário.

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Maranhão (1º lote)

Maranhão (2º lote)

Ceará

Rio Grande

Itamaracá

Pernambuco

Baía de Todos os Santos

Ilhéus

Porto Seguro

Espirito Santo

São Tomé São Vicente (1º lote) Santo Amaro

Santana São Vicente (2º lote)

Capitanias que progrediram

João de Barros e Aires da Cunha (1º lote)

Fernando Álvares de Andrade

Antônio Cardoso de Barros

João de Barros e Aires da Cunha (2º lote)

Pero Lopes de Sousa (1º lote)

Duarte Coelho

Francisco Pereira Coutinho

Jorge de Figueiredo Correia

Pero de Campos Tourinho

Vasco Fernandes Coutinho

Pero de Góis

Martim Afonso de Sousa

Pero Lopes de Sousa (2º e 3º lote)

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Direitos dos donatários

• Fundar vilas.

• Distribuir sesmarias a quem desejasse e pudesse cultivá-la.

• Exercer autoridade policial e administrativa.

• Podia autorizar a pena de morte.

• Por meio legal, a guerra justa escravizar indígenas considerados inimigos.

• Podiam enviar trinta indígenas por ano a Portugal.

• Receber a vigésima parte (5%) dos lucros do comércio do pau-brasil em sua capitania.

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Deveres dos donatários

• Assegurar ao rei de Portugal 10% dos lucros sobre todos os produtos da terra.

• Também ao rei um quinto dos lucros sobre metais e pedras preciosas.

• Cabia a Coroa portuguesa o monopólio da exploração do pau-brasil.

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• Destacaram-se apenas as capitanias de Pernambuco e de São Vicente com a atividade açucareira.

Pernambuco

São Vicente

Capitanias que progrediram

Sendo que as fugas dos indígenas eram constantes, o governo português incentivou o tráfico transatlântico de africanos para trabalharem como escravos nas lavouras de cana-de-açúcar a partir da segunda metade do século XVI.

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Problemas das demais capitanias

• Muitos donatários não possuíam capital suficiente para explorá-las.

• Outros diante da necessidade de investir para produzir, não acreditavam em um retorno financeiro.

• Hostilidade de grupos indígenas.

• Falta de comunicação entre as capitanias e com Portugal.

• Nem todas as terras das diversas capitanias eram propícias a plantação de cana-de-açúcar.

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Saldo positivo das capitanias

• Posse das terras para Portugal com a constituição de vários núcleos de povoamento.

Maranhão (1º lote)

Maranhão (2º lote)

Ceará

Rio Grande

Pernambuco

Baía de Todos os Santos

Ilhéus

Porto Seguro

Espirito Santo

São Tomé São Vicente (1º lote) Santo Amaro

Santana

São Vicente (2º lote)

Capitanias que progrediram

Itamaracá

São Vicente (1532)

Olinda (1535)

Igarassu (1535)

Santos (1546)

Ilhéus (1534)

Porto Seguro (1534)

Espírito Santo (1535)

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Governo-geral (1549-1572)

• Em 1548 o rei D. João III nomeou o primeiro governador-geral Tomé de Sousa que chegou ao Brasil no ano seguinte.

• Objetivo: diminuir o isolamento das capitanias com um centro de poder na colônia.

Retrato do rei D. João III tendo a esquerda São João Batista. Obra de Cristóvão Lopes na segunda metade do século XVI.

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• O lugar para a instalação da capital foi a Capitania da Baía de Todos os Santos.

• Devido ao fracasso econômico da mesma e a posição geográfica ela foi resgatada pelo rei para a construção da primeira capital, a cidade de Salvador em 1549.

Salvador

Parte de um mapa português de 1574 tendo como autor Luís Teixeira.

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Atividades do governo-geral

• Incentivo a busca de metais preciosos. • Apoio a difusão da Igreja Católica. • Luta contra a resistência indígena. • Militares: comando e defesa militar da colônia.

• Administrativas: relacionamento com as capitanias e

controle de assuntos ligados as finanças.

• Judiciária: nomeação de funcionários da Justiça e alterar penas.

• Eclesiásticas: indicação de sacerdotes para comandar as paróquias.

Capitão-mor= responsável pela defesa.

Provedor-mor= encarregado da arrecadação de impostos e taxas da Coroa.

Ouvidor-mor= responsável por aplicar a justiça.

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Criação das Câmaras Municipais

• Nas vilas e cidades foram instaladas a Câmaras Municipais, era composta no máximo por seis membros e eram escolhidos por uma assembleia de proprietários, os chamados “homens-bons”.

As câmaras municipais eram chamadas na época de câmara ou senado da câmara.

Homens-bons: proprietários de terras e escravos, para ser um oficial da câmara (vereador) além de riqueza era preciso também ter “pureza de sangue” não sendo aceitos descendentes de negros ou de judeus.

Poder local

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Funções da Câmara Municipal:

• Administração municipal, regulamentação de feiras e mercados.

• Administração dos bens municipais.

• Realização de obras públicas, conservação e limpeza das ruas.

• Atuação como tribunal de primeira instância.

Casa de Audiência e Câmara de Salvador foi fundada em 1549 sendo formada por dois juízes, três vereadores e um procurador eleitos anualmente por sorteio. Na imagem o Paço Municipal sede atual do poder legislativo municipal datado da segunda metade do século XVII.

Luís Dias indicado pelo rei D. João III responsável pela execução do traçado da cidade e a construção das primeiras edificações.

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Governador-geral Tomé de Sousa (1549-1553)

• Chegou ao Brasil em 1549 e de partida fundou a capital da colônia, a cidade de Salvador.

• Contra-atacou os tupinambás na região da Bahia destruindo suas aldeias a aprisionado os sobreviventes.

Tomé de Sousa nasceu por volta de 1515* na cidade portuguesa de Rates, sendo um filho bastardo de um nobre. Obteve o título de fidalgo depois de seus feitos em uma expedição no norte da África no final da década de 1530. Nomeado governador-geral chefiou uma expedição ao Brasil com em torno de mil pessoas. Em 1553 pediu ao rei D. João III que o substitui-se.

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• Promoveu o aldeamento de índios “mansos” nas proximidades dos povoados portugueses.

• Estabeleceu feiras semanais.

• Combateu o comércio ilegal de pau-brasil.

Chegada de Tomé de Sousa à Bahia, gravura do século XIX.

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• Incentivou a distribuição de sesmarias e importou gado bovino do arquipélago de Cabo Verde.

Carro de boi obra de 1638 do artista holandês Frans Post.

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• Junto com o governador-geral Tomé de Sousa vieram também seis jesuítas chefiados pelo padre Manuel de Nóbrega com o objetivo de catequizar os índios.

Aldeia de índios Tapuias cristãos obra do século XIX realizada pelo alemão Johann Moritz Rugendas.

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• Instituiu-se o regime do padroado, um acordo entre o papa e o rei, onde a Coroa portuguesa tinha uma série de deveres e diretos sobre a Igreja.

A Igreja Católica era a religião oficial, assim todos os súditos deveriam ser católicos.

Deveres • Garantir a expansão da religião

católica em todas as terras conquistadas.

• Obrigação de construir igrejas e conserva-las.

• Remuneração dos sacerdotes pelos seus serviços prestados.

Direitos • Nomear bispos, padres, criar

dioceses. • Direito de recolher o dízimo. • Utilizar a estrutura para

servir como registro civil.

ALIANÇA

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• Criada em 1551 a primeira diocese, chamada de São Salvador da Bahia organizada pelos jesuítas na capital colonial sob comando do bispo D. Pero Fernandes Sardinha.

Em 1676 a Diocese de São Salvador da Bahia foi elevada a categoria de arquidiocese.

A atual Catedral de Salvador é a quarta igreja construída no local, está última que permanece no local atualmente foi inaugurada e consagrada em 1672.

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Governador-geral Duarte da Costa (1553-1558)

• Segundo governador-geral no Brasil e teve um governo curto, porém conturbado.

• Teve que enfrentar a revolta indígena contra a escravidão.

Duarte da Costa de família nobre foi nomeado governador-geral pelo rei D. João III e chegou ao Brasil em 1553 durante seu mandato até 1558 entrou em atrito com o bispo D. Pero Fernandes Sardinha levando a perda de apoio de parte dos homens-bons na colônia, sendo substituído em 1558.

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• Vieram com o governador-geral Duarte da Costa mais padres jesuítas, com destaque a José de Anchieta.

José de Anchieta nasceu em 1534 nas Ilhas Canárias, Espanha. Estudou desde cedo em Lisboa com os padres jesuítas, chegou ao Brasil em 1553. Atuando junto aos indígenas como médico, sacerdote e educador e participou da negociação para apaziguar o que restava da Confederação dos Tamoios. Faleceu 1585 em Reritiba (atual Anchieta/ES).

Evangelho nas selvas obra de Benedito Calixto em 1893. Anchieta é chamado de Apóstolo do Brasil e foi beatificado em 1980 pelo papa João Paulo II.

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• Em 1554 os padres Manuel da Nóbrega e José de Anchieta fundam o Colégio São Paulo, em torno deste colégio cresceu a cidade de São Paulo.

Fundação de São Paulo obra de Antônio Parreiras (1913).

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• Em 1555 uma expedição comandada pelo militar francês Nicolas Durand de Villegaignon desembarcou na Baía de Guanabara.

• Objetivo: instalar uma colônia francesa (França Antártica).

Grande parte das pessoas que compunham a expedição eram huguenotes (calvinistas franceses).

Nicolas Durand de Villegaignon (1510-1571) depois de fracassada carreira como advogado entrou na escola de navegação da Ordem de Malta em 1531. Em 1555 organizou e uma expedição com duas embarcações e 600 tripulantes recebendo apoio do rei francês Henrique II.

França Antártica

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• Os franceses tinham uma boa relação com os índios tamoios e tupinambás que ocupavam a região.

Mapa francês da Baía de Guanabara em 1555.

Forte Coligny

Morro do Pão de Açúcar, Cara de Cão e Urca formavam a Ilha da Trindade.

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• Sem muitos recursos o governador-geral Duarte da Costa não conseguiu expulsa-los, Portugal mandou ao Brasil mais reforços com a chegada do terceiro governador-geral em 1558.

Gravura do livro de Jean de Léry, um calvinista que participou da fundação da colônia francesa na Baía de Guanabara.

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Governador-geral Mem de Sá (1558-1572)

• Terceiro governador-geral Mem de Sá enfrentou uma situação difícil frente a invasão francesa, rebeldia dos indígenas e conflitos entre os colonos.

Mem de Sá de família nobre formou-se em Direto pela Universidade de Salamanca em 1528, posteriormente assumindo o cargo de juiz em várias comarcas em Portugal. Como o rei D. Sebastião I era menor de idade, foi nomeado governador-geral em 1557 pela regente a avó D. Catarina da Áustria.

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• Auxiliado por seu sobrinho Estácio de Sá o governador-geral consegue expulsar os franceses da Baía de Guanabara em 1567.

A partida da frota de Estácio de Sá obra de Benedito Calixto (1914). Na pintura a frota parte de São Vicente para a Baía de Guanabara; Manuel da Nóbrega abençoa a partida.

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• Em 1562 diversos grupos indígenas com apoio francês formaram a Confederação dos Tamoios na região da costa do Rio de Janeiro e São Paulo, com a expulsão dos franceses essa confederação enfraqueceu e acabou sendo negociada a Paz de Iperoig. Cunhambebe um dos

lideres tupinambás que formaram a Confederação dos Tamoios com apoio francês. Desenho do francês André Thévet que participou da expedição de Villegaignon.

Um grande epidemia de varíola que ocorreu na região também colaborou com o enfraquecimento da Confederação dos Tamoios.

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• É fundada em 1565 por Estácio de Sá na Baía de Guanabara a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro.

Painel da Igreja de São Sebastião dos Frades Capuchinhos retratando a fundação da cidade do Rio de Janeiro no dia primeiro de março de 1565.

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Fundação da Cidade do Rio de Janeiro obra de Antônio Firmino Monteiro (segunda metade do século XIX) localizada no Palácio Pedro Ernesto sede atual da Câmara Municipal. Na obra aparece Mem de Sá entregando as chaves da cidade ao alcaide e nomeia o Senado da Câmara.

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• Em 1572 pediu ao rei D. Sebastião I um substituto, porém este não chegou ao Brasil devido ataque de piratas em alto-mar.

• Mem de Sá faleceu na Bahia em 1572.

Ribeira de Lisboa local dos principais estaleiros navais no rio Tejo na cidade de Lisboa, onde a maioria das mercadorias colôniais eram recebidas. Gravura de Braun e Hogenberg, 1572.

Paço da Ribeira

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Divisão do Brasil em duas áreas administrativas

• Em 1572 o rei português decidiu dividir o Brasil em duas áreas para melhor administrar.

• O sul com capital na cidade do Rio de Janeiro.

• O norte com capital na cidade de Salvador.

• A divisão durou por apenas cinco anos.

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Extra

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Reis portugueses no período (1521-1580)

Forma de governo: monarquia absolutista

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Rei D. João III (1521-1557)

D. João III nasceu em Lisboa no ano de 1502 filho do rei D. Manuel I com a sua segunda mulher a espanhola D. Maria de Aragão e Castela. Pertencente a Dinastia de Avis no poder em Portugal desde 1385. Casou-se com Catarina da Áustria, irmã mais nova do rei da Espanha e imperador do Sacro Império Romano Germânico Carlos I (Carlos V). Com sua esposa teve nove filhos todos acabaram falecendo antes do fim de seu reinado, assim um neto assumiu a Coroa portuguesa.

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Rei D. Sebastião I (1557-1578)

D. Sebastião I neto do rei D. João III nasceu em Lisboa em 1554 filho do príncipe D. João Manuel e Joana da Áustria filha do rei da Espanha e imperador do Sacro Império Carlos I (Carlos V). Com a morte de seu avô em 1557 assume o poder com apenas três anos, assim assume a regência sua avó Catariana da Áustria e depois o Cardeal Henrique de Évora (irmão de D. João III) até assumir com plenos poderes. Faleceu em batalha no norte do atual Marrocos e seu corpo despareceu, não deixou descendente ocasionando uma crise sucessória.

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Rei D. Henrique I (1578-1580) D. Henrique I nasceu em Lisboa no ano de 1512, sendo o quinto filho (varão) do rei D. Manuel I com sua segunda esposa D. Maria de Aragão e Castela ficando distante da sucessão real acabou recebendo uma educação eclesiástica e seguiu a carreira na Igreja Católica para defender os interesses da Coroa portuguesa. Foi arcebispo de Braga, Lisboa e Évora onde atuou com destaque de 1540 a 1564 e de 1575 a 1578 colaborando para organizar uma universidade. Foi regente de D. Sebastião I, assumiu a Coroa portuguesa em 1578 depois da morte inesperada do rei, seu sobrinho-neto.